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d stentati
de ajuste heferodoxo
1985-dez. 1987)
heterodoxo de
0 enfoque
he ajuste
economla na
brasSileira, como talvez na
maior parte
ericanas, tendeu a ser associado basicamente ao
latino-am
outras
experincias
inflacionário, a partir do desenvolvimento das análises combate
torno da
em
das
0 0 p r o c e s s o
dlementação de uma politica heterodoxa tena como objetivo prioritário romper este circulo
iso, que era visto como o principal determinante da aceleração inflacionária
e do risco
au o Estado viesse encontrar dificuldades de continuar
a
refinanciando. Desde este
se
cnfoque analitico, a ruptura desta dinamica perversa supunha, além de um efetivo ajuste
onerosas,
Através da análise das medidas de politica econômica e do processo de negociação
com os credores externos durante o último trimestre de 1985 e ao longo de 1986e 1987 se
prdende discutir duas questões a respeito desta dimenso menos explicita do enfoque hete-
as autoridades econo
rodoxo. Em primeiro lugar, evidenciar as reiteradas dificuldades que uma base
Ncs entrentaram na tentativa de avançar noâmbito fiscal e na estruturação de
nanciamento mais sólida para o setor público. Em segundo lugar, mostrar que, embora
nCipio se esteja tratando o período como uma unidade homogënea, houve eniases
stin equipe cconomica
Dnt
uanlo à
1ongo do tempo e divergências internas
até numa mesma
gestão da
política a ser seguida.
O capit está dividido em três partes. Na primeira se faz uma revisão breve do que
*poderia entender POr
1 estruturais do enfoque heterodoxo
de ajuste". Embora
a0se pOssa aE aspectos
esta tenha sido uma abordagem analitica
acabada e bem elaborada,
l que exiet u e bases logicas de
XIstem clementos suficientes a r a revelar as suas principais
SUslentação. externa
Na segunda parte se analisa o processo de negociação da dividacomunidade fi-
nesse
publico,polit niicaumeeconOmi
ros mo
blemas intemos.Na terccira c última partc discutem medidas e
se as
voltadas para o ajustc fiscal c o inanciamcnto inlcrno do sctor
r n
cncontradas e os resultados alcançados. as
diliculaa
ter odoxo
Os principais aspectos estruturais do enfoque heterodoxo ee sun
sua
logjita de qiuste
A onigem dos fundamentos estruturais do entoque hcterodoxo no
pode eno
basicamente no marco do pensamcnto sobre o desenvolvimento latino.T
imno,ontrad
sentido, ires principios parecem ter norteado as preocupações com oajuste N
Nese
a procura de uma cstratégia de politica econömica alternativa.
Em primeiro lugar, partindo do diagnóstico de que as causas do procesen
no Brasil tendiam a ser de natureza cstrutural, e apenas conjunturalmente ele eaion
nentaboe
erad
do por pressões de demanda, seu combate devena ser concebido num contexto
ção do crescimento com mudanças na cstrutura da oferta. Esta preocupação ses l c n
em meados da década de 80 por dois outros aspectos. Por um lado, a cconomia kdora
havia passado por um forte ajuste recessivo no periodo 1981-1983, que praticam j
cou o produto industrial por um período de seis anos e diminuiu significativa l
vestimentos em infra-estrutura Dada esta evolução, a retomada de um mini i
crescimcnto implicar imediato
poderia de problemas adicionais
do lado da ofera to
qüentemente, mais pressócs sobresociais
os preços Por ouiro lado, o ajuste
recesivo avia agra
vado já
as precárias condições do
pais. Embora se pudesse implementar
polik.
publicas especificas, uma condição precipua para aliviar o quadro social, no médio ica
senia a retomada do desenvolvimento. prazo,
Em segundo lugar, os resultados alcançados pela politica de
ajuste na área fiscal tes
lavam que era muito dificil aumentar as receitas do govermo num contexto
o aumento da
carga tributárna era mais que compensado pela redução da base
recessivo, já que
sobre a qual
incidiam os impostos. Ou seja, sendo a
performance fiscal essencialmente pró-cíclica un
efetivo ajuste nesta área também supunha como
condiço de partida a sustentaço do
crescimento.
Isso levava ao terceiro
problema crucial, que cra o financiamento dos gastos do setor
público, já que a sustentação do crescimento supunha a retomada dos investimentos cm
infra-estrutura e no setor produtivo estatal. Como foi
discutido no capítulo anterior, as con
contexO
120
inanciamento que prevalecerar
sleceram na
p o i sh a v i a n
slhemative
situaço de Ponzidécadade 30 cram
condições menos onerosas.alcançar novas
bases de jinance. Assim, insusten-
puiblicoe
partir deste o
agnóstico ásico,
J sdo passado, áreas fiscal, de tormava r se
financi
um
necessårnoe delinear
amento ara oajsetor
para uste
Com relaçao ao
nanci
1inanciamento evt a ment
extemo, o
o întermo
- dos termos da
negociação com os aspecto medidas, diferentes
de
financiamento
Yoncentrada
extema o
no setor püblico. credores mais
Neste sentido, se importdado
anteo consistiia
extemo.
nracão de longo prazo
A70 (25
dos juros e em atrinta anos) de pensava volume de
namu-
r internacionais,
or afctados garantias minimas grande parte do basicamente numa divida
p a r c i a l
que estoque, no
gudcsinamização negativamente
com
icsenvolvimento
do
mercado
por
e
a sinalização de secundano
novo
choque
um
que os temos
dos tihulosfinanceiro
impedissem
da
negoci
gOCiação
refinanciamento
reestru-
numa um internacional.
da divida
exterma de Somen-
pensou i
crescente gqp
reestruturação da base
produtiva assim diminuiria risco de e
o
tecnológico e de compctitividade cntre o Brasil e os paises desenvolvidos. um
A segunda árca
do
estratégica para uma politica de ajuste altemativa seria constituição a
financiamento público intemo cm novas bases, essencialmente um
a custos mais
por prazo mais longo
baixos. Uma condição necessária para isso seria uma reduço signilicativa
do patamar inflacionário. Como foi discutido no final do capitulo 3, diante da sceleração dos
prcços, os agentes financeiros, para evitar qualquer tipo de descasamento e com isso cleva-
uas perdas, restringiam suas operações ativas ao curtissimo prazo, ou seja, s operações de
200% aa ao qual chegado partir se havia a da crise
Overnight. Num patamar de inflação de estarna fadada ao fracasso,
o praz0 dos titulos publicos
ue
1982, qualquer tentativa de alongar de relinanciamento, praticamente
processo
CoTendo inclusive risco de implodir o frág1l
o nível de
do estoque da divida
publica
intema.
Além disso, com umfinancia-
de grande parte uma tonte importante de
aano, demanda por mocda, Sendo csta
a inflacioná-
ntlação baixo aumenta esiruturalista,o conírole do processo
Assim, a partir da ofica com a preocupação de
mento do Estado.
essenciaimenie
ambito do
cconomica
dPOuuca
No u u d d s
entanto,
no
sobre as
quais,
121
das. Estas caiam fora do
instrumental
tradiciona e supunham
sobre a
bitrar sobre
ark:
constituieã
definitivamcnte arcar com o õnus
do ajuste c
quem de
investimento de praz0 mais longo. Pri
financiamento
tur.
intema
por parte
Até então,
de projctos de
de alguns
a
analistas, a prcocupaçao
passivo
("Passibrás
dimenso do esto
publico acumulado
ou relinanciá-lo uma fo
Come
do ae divid
irobuscar,comecavdapia tihle,
de liquidá-lo
cspecificaou cxtraordinániacomo
do passivo "vclho"
tinha objetivo evitar a contaminaço das
custo
novas
as necessidadt
elevado da situação de Ponzi i
isolarnenae
financiamento do Estado
no pnmeir periodo
com o nsco0 c
to económico
crescimen
Do lado dos gastos publicos, a experiencia desde o final dos anos 70 havia revelado a
dificuldade de controlá-los c prioriza-los dc acordo com uma lógica de reestruturação na
basc produtiva. Isso fazia com que qualquer CStraegia nesta årea
devessc começar por re
três
ctatal.
bre a maquina estatal, Do as
aut
ponto de vIstaondades
p
o
a
Controle
r e c á i ua p o n t a r
direções. da
nOva Primeiro, diminuir nahureza cconömi
dos
cas adquirir
base de despesas gastos, as prioni
as um
considerava-se necessário retfinanciam esas finan
c o m
&
ver
segundo
luga
ar os ento do
passivo fidonancei ras, o
i s h a
AUnon rocesso o
o n o l ed o
crescimento económico
o
primeira tivesse
estrategicamente, financiamento
sguma
gmnimo de antecedia e era considerado de um
patamar
îscal
pndpriogustefisca imprescindivel ao
Em segundo lugar,
d e s e n v o l v i m e n t o
bancos
os
Intracredor para a gestão deste roblema,
contratados
ajus
77%
dos quais
99 bilhðes,
de USS
1986 e r a
Oestoquei médio da divida lotal cm
lutuantes. 123
Tabela4.1 exterior (1980=100)
comércio
Brasil: indices de
Importagoes
Exportaçöes
63.00
100.00
1980 91.03
80.47
163.27 88.40
1985 71.15 86.80
137.63 121.26
1986
86.28 78.48 85.53
161.50 Il1.31
1987
87.36
1987 foram
recalculados confome CT
e de Quantum
de 1986 e
ecex-FFunsex
Nola:(a) Os Indices de Preços
Tobela 4.2
internacionais (médias anuais em %)
Evolugão das taxas de juros
PRIME RATE(EUA) LIBOR (USS-6 meses)
real nominal real
nominal
racão do
reestrutu
1987 longopriprazo
ncipseal. reduzzu
de
csão
quido de crédito de médio
l i q u i d
e
Fúi
l1uxo
o
ve negativo partir e parir
s
a
consideravelmente,
(Tabelituaçãoa4.3tomou-se
-tem memo). Assimeados
qve
0
nsndb-sicão de financiamento exterm
do
s darestnçfão.
da
&
C n s e
e
programa de ajuste
de inanciamento
P O r
le um ajuste alter
de
alternativo inte- a
1SuSEnpa0
de
e Estes ile
externos. Estes gue
que emo,inviabilizando-se
c
om OS credores últimos, ampliasse
em vánas o
", própr
com o que os
conllitos as ocasides, raioaplicaram
e
de ma
d
aslinica
econõmi carregando de minar uma
da divida
diticuldades intermos asimples
de
minarculdadoaplicanbra
na
s
sileiras
brasile
na
neCgoCiação
poshura mais
a extema
gestão na
fime das de
de negociação da divida
ise
ilise do
o
processo
autor
ndoNo T e v e l o ua s iculdades,
n
intemas CxIemas,exiema neste periodo de
o d e s
ntstiva
de
recompor
i n od e c r e s c C L m e n t o .
um fuxo de
financiamento extemoquecondizente
autoridades enceentfoque he
encontraran
as
com um
patamar mi.
egoaiagõo
da dívida
exter
gestão de D. Funaro (setembro/85 a
abrl/87)
Neste periodo, pode-sedodistunguir duas fases.
Numa primeira, que se estende
plantação Plano 1zado, as autoridades até
m e s e s i
nuticassem
:
condicionalidades impostas pelos
limitações å formulaçãoda
seguir
credores extemos sig.
política econômica interma. Na
pode ser demarcada a partir de
1986, se procurou meadossegunda fase, que
de
implantar
mais agressiva. Isso, no entanto, se deu num contexto uma estratégia de
negociaq
de gestão
mica intema já muito detenorado, acabando por se da politica
constituir num fator adicional de
isestabilizaç ão da cquipe economica liderada pelo ministro Funaro.
Na primeira fase, a preocupação inicial de D. Funaro, ao substituir
F. Domelles no
Ministério da Fazenda, foi a de tranqünlizar os credores extemos de
shadow que os temos do
ogreement, fechado pelo ex-ministro, seriam respeitados na sua integra. No entanto, ao mes-
mo tempo em que mantinha uma atitude de
cautela no relacionamento direto com a comu-
udade financeira internacional, o ministro revelava
rapidamente sua postura critüica com
relação à maneira como se vinha tratando a questão da dívida externa. Logo nas primeiras
nas de sua
gestão, na Reunião Anual do FMi do Banco Mundial Seul outabro de
0 ee assumiu uma posição de liderança no grupo dos paises endividados, defendcndo
e em
pankamentar.
Para viabilizar "autonomia", que
foi relativamente bem-suc
esta inicial de Em principio,
ao Brasil propo
dproposta
certo poder
de barganha.
contava com um
um trunfo
ru que lhe
dava
O
125
Tabela 4.3
-
USS milhões
pagamentos
de
Brasil: balango
1985 1986
1980
1983
12.486 8.304
1987
6.470 11.1
(2.823)
(2.675) (3.919)
L Balança wmercial
(3.430)
(3.165)
150 86
(3.269)
de serviços 108 0
2 Balança 168
aTransferencias
9.961 4.471
unilaterais
6 6.085)
3.413 7.973
4Saldo (1+2+3) (16.418) (18.150) (20.874) (22.612)
(11.321)
sObrigaçöes financeiras
(6.311) (9.555) (9.659) (9.327) (8.792)
51Juros (6.863) (8.491) (11.547) (13.820)
(5.010)
52Amortizaçdes (13.006) (8.190) (16402) (14.639)
(17.406)
&Necessidades de
financiamento
erterno liquido (4-5) 16.402
13.006 8.190 14.639
17.406
7.Financiamento
1.121 664 720 (263) 531
7.1Investimentos 7.078 3.109 3.988
72 Empréstimos e
10.596 6.708
Tinanciamentos de médio
elongo prazos
2.561 899 (2.404) 1.144 697
7.3.Capitais de curto
przo e outros
bridge-loanse refinanciamentos não voluntários dos bancos.incluem sinanciamentos do BIS, FM, IEso ricano,
de
regularização (-) amortizações. (g) Empréstimos de médio e longo prazo eraces
Fonte: Bacen, Bolelim Mensal, vários (T°P
números.
1986, e ass1m restnngiu a negociação ao
heiro novo cm
de
1985 c dos vincendos em 1986.
reesca
n a o
pecisava
débitos
atrasados de
Aamend
pais
e n t od o sd é l
s edores, por sua vez,també houve certa "toleräncia". Vale dizer, deram
D ol a d od o s .
do ntido. Além disso, não se deve esquecer que se havia passado por uma
sentic
Bano aeste
a o Brasil
csta p r e s s i o n a r
guado
para
icio
ssim, no início de janeiro de 1986 chegou-se a um entendimcnto preliminar com os
pagamentos
dos juros devidos. caracteristicas básicas, que se evi-
Suspender os a observar
duas
credores passou-se qualquer tipo de
Na postura dos evitava-se ciar
Por um lado,
nos meses
seguintes. acordo sem algum en-
talvez a postura
mento futuro, quando a cste periodo por
odúvida que fica cm relação
mais enfraquecida. Brasil,
uma
o govemo gozavaa
vista do apos-quando
de
Já do ponto decretação do Plano Cruzado ou logo
onto
ele não tentou
de politica c c o n õ m i c a ,
a
ão de sua cstratgia suas
que, junto na
implemcntaçãod
dc negociaçao
da divida cxierna para recompor
de grande poio
no processo anterior ficou claro que
termos Da analise Icita
no capitulo
encaminhar nov intcmacional..
intemacional.
nuptura unilatcral
do
nto
Iinanciamenlo
dilicilmente podena implicar uma
de ativa uma estraté-
de articular-se
ratégia altemaliva
ases
isso (VerAs dificuldades melhores
uma possiveie oio interno para Por outro lado, o
momento de
externa, pág. 95).
Brasil, por tatad a divida havia pasSad
havia passado, porque os
credores tinham conseguido
perspectivas
Tobela 4.4
itens selecionados
Acordos da renegociação:
Minuta da Fase III
Item (Fevereirode 1985)_ Acordo 198$5/86
bilhões)
(2/686)
1. Dinheiro "novo" (USS
44,0
2. Amortizações reescalonadas 15,7
(USS bilhões) 7
3. Prazo de consolidação (anos)
até 16
4. Prazo total (anos)
7
5.Carencia (anos)
6. Pagamento do principal
10,4
(USS bilhões)
LIBOR
7. Taxa de referencia LIBOR
111/8 1 1/8
8. Spread sobre LIBOR (% a.a)
9. Flat Fee (% aa)
10. Comissão de compromisso (% aa.)
11. Reempréstimo Pleno com onlending Limitado
12. FM EFF Art 4
13. Jurisdição Todos os acordos: Londres ou Nova York
14. Linhas comerciais (USS bilhöes) 9,8 10,3
15. Linhas interbancárias (USS bilhões) 6, 5,6
Notas: (a) Eliminação gradual das linhas inlerbancárias e sua
transfomação em linhas comerciais (Projeto 3) no
prazo de quatro anos. (b) Transformações de USS 600 milhöes em linhas comerciais até março de 1987.
cisgoExIema.
coniav gestão do ministro D. Funaro pode ser traçada a partir do acordo
(a) o
definitiva ao problema;
de trinta anOs,
dando uma solução
em torno
custo da divida externa
Além de mudanças convencionais (spread
(b) a redução do no acordo cláusulas
na taxa de juros de referëncia), deveriam englobar-se fi-
menor e mudança automática do diferencial de juros que
a capitalização
de salvaguarda que implicassem
casse acima de
teto preestabelecido.
heterogeneidade de
um
contava-se no
ambito externo com a
Para viabilizar esta proposta,
pequenos e grandes norte-americanos)
entre os diferentes credores (europeus,
interesses dilerenciadas. Esperava-se quc
dado que condições de exposure e
reservas
eram muito tratamento ao
politica de importações e
suas no
liberalizantes
medidas divisão cntre
a adoção de algumasainda quc fossem a os
de caráter muito selctivo, ampliaria
realizar uma renc-
capital estrangeiro, assim se conseguiria
de interesses especificos,
c
que
Credores em função convencionais.
e m moldes não
gOCiação da divida contribuido para isso. No âmbito
Esta proposta não avançou,
aspectos podem ter e dois
que os leva a
subestimaçao da coCsao entre os credores,
externo, ter havido uma
além de diver-intermo,
existcm entre cleS u m ambito
parece No
fato
Superar as divergências que de a articulação do apoio politico
alcançados peclo
dos resul tados ntiracredon:s, pág. 63.
e l a c t o n a n i e r i o
ver O
cSse respeito,
entretanto se
combinaram ad hoc com
de maneira adhon.
de uma proposta alternativa, que
de caráter convencional.
medidas
1986já havia indícios
de que dificilmente pais continuar.
o
Em meados de Il bihões a USS 12 hilstentan
comercial da ordem de Uss
do um superávit na balança
saldo mensal da balança
comercial desde i S ,
desde junho, Hav
na
uma queda não desprezivel
no
do ano anterior, deternoraçao
cssa que se agravou quando
comparado com igual periodo performance comercial brasilica
deterioração da
setembro.A
vamente a partir de causada num primeiro steve
associada fundamentalmente à queda
das exportações, momento
do processo inflacionánio. APor
no controle
excesso de demanda e pelas dificuldades å moeda norte-ameriUe
em relaço
o cruzado se tenha valorizado significativamente
termos preços, se medida
de pela evoluo
de vista da competitividade global em
ponto houve perda (Tabela 4.3). Isso se deve à de
indice da taxa de câmbio efetiva real, não csvalo-
rização do dólar em relação às outras moedas fortes desde
985, que praticamente com
sou a valorização do cruzado em relação à mocda norte-americana. Ou seja, aparenteme
emente
havia problemas com a perda de competitividade
devido preços. No entanto
aos
não
indices de preços não captavam o crescente ágio cobrado no mercado intemo diante d
controle de preços e a falta de alguns produtos em função da expansão da demanda. Jst
desviou bens que se destinavam ao mercado externo para o interno, porque este último
cm
relação
ao US$*
ponderada pclo total Taxa real efctiva
gva das cxportaçes ponderada pelas export
de manufaturados
1986 1987 1985
1985 1986 1987 1985
128.5 115.2 81.5 1986 1987
128.9 87.7 92.5 95.0 104.7
1314
128.3 171 82.2 90.2 97.7 109.1
95.5 107.0
128.6 118.5 79.8 92.8 111.6
129.5 99.9 92.4 109.1
137.5
129.1 111.9 87.7 93.8 1092
94.9 100.6 10.7
129.1 l14.2 91.6 992
142.1 94.9 95.4 107.1 111.7 99.0
145.0 129.1 116.8 93.7 94.1 95.5
I11.3 1002
144.4 128.2 122.0 96.9 95.2 98.5 l130 I114 105.7
137.0 126.7 123.1 91.7 95.6 100.0 109.3 I11.4 109.4
140.0 126.0 121.1 91.8 95.3 100.0 109.5 IIL8 l102
141.3 125.6 l17.0 95.4 95.7 96.6 110.1 112.9 105.9
134.4 123.9 113.7 89.6 93.9 96.8 107.1 111.7 104.3
132.2 118.9 1116 91.4 91.2 96.7 106.9 107.1 101.9
131
Tobela 4.6
principais itens
Brasil: pavta
de importações
Participação na pauta
USS milhões
Taxas de
Valor em (em 6)
1986
crescimento (em%,
1986 1984 1985 1986/
1984 1985 1984 19861
Item da pauta
15.5 18.9 24.7 61.0
1985
3.464
2.151 2.480 39,7
1.Bens de Capital 5.0 6.0 14.2 184.7
702 795 1.999 1514
2.Bens de Consumo
26.7 28.1 35.9 35.6
3.718 3.702 5.041 362
3.Matérias-primas
3.541 52.8 47.0 25.2 (51.8) (42.7)
4.Combust. e lubrif. 7.345 6.176
100.0 100.0 100.0 0.9
13.916 13.154 14.044 6.8
5.Importaçõces totais 74.8 9.9
6.977 10.504 47.2 53.0 50.5
- Import. exceto 6.571
combust
n° 1, janv88.
Fonte: Bacen, Boletim Mensal, Vol. 24,
Tabela 4.7
Brasil: reservas internacionais do Banco Central (USS milhões)
132
de dinheiro novo impeduria que a discussão
nCccessiaer (artigo IV do Acordo do Fundo)
parecer
(artigo com o FMI se restrin-
P
edores
pra
um
vados,
Simpies
tand-by.
cordo formal de implicaria, por exigência dos e
tática prevalecente
tatica prevale
Tudo indica
r-se alastado
deuim
vencendo em etapas
credores, numa tentati va de dividi-los. paulatinas a
3
o era a
que cumpriria dois
anseguiru i a c o r d o
parecer
MI sobreo andamento da economia brasileira, o que o Brasil favo um
28/01/87
negoviga
r Pej4, 28/0I/87, e 1sto£,
da
os passos
desenrolaram
se
d c t a l h e s
de como
33
o pagama
Alguns dias depois, a decrctada, suspendendo-se
moratória foi
bancos privados c, em scguida, o pag
amcnto dos créditos doss juros a
comcrciais ecinterbancárioa
comerciais
jetos 3 c 4) quc fossem vencendo.
Os condicionantcs desta decisão-considerando a trajctória dos :
dos aconlecimentos pó.
Plano Cruzado c o momento no qual cla se deu -loram tanto de ordem C c
politica. Com relação aos primciros, a moralornd cumpria dois objctivosomica
rescrvas haviam alcançado um nívcl critico e cra necessário cvitar uma u
iliquidez Ou scja, moratória cra, dc fato, tóenica. tro
Por outro no entnão de
lado, no
lado,
a
Ministénio da Fazenda, a moratória servina de instrumento de negociação. entanto, na visäototal
lentati
d
roconquistar algum raio de manobra. Embora
estas possam ter sido razee
portantes, e estratégicas em si, clas não podem ser desvinculadas do agraVam icacasvade
im.
se politico intcrmo. O adiamento dc quaisquer correções no Plano Cruzado mpa
ming politico (clciçöcs de 15 de novembro de l986), o maogro do Plano C ão d
pessima aceitação pclo conjunto da socicdade levaram a um desCrédito da cquine
(Cada vez mcnos cocsa) c à perda de controle da politica cconomica. Este nica
contexto s
ainda mais deteriorado pelo quadro politico, no qual brotavam crescentes pressöes
dos govemadores-que assumiriam seus cargos em 15 de março de 1987al parte
decorentes das negociações entre o Congresso Constituinte e o Executivo. Assim
"endurecimento" no front cxtermo respondeu principalmente às grandes
dades en-
frentadas na gestão do desequilibrio do balanço de pagamentos, mas também era
uma ten.
Lativa de auxiliar na ampliação da base de sustentação poliica intema do govemo,
Com a suspensão do pagamento dos juros por prazo
indeternminado,
revelar diante dos credores extermos uma postura dura mas,
o
govemo tente.
Sumultaneamente, cautelosae
responsável. Determinou-se a manutenção dos pagamentos em cruzados, que serian deso
sitados em contas abertas para os respectivos bancos, estando å sua
disposição no Banen
Central. O govemo brasileiro também fez questão de explicitar que suas
resoluções não
significavam um confronto com a comunidade financeira internacional. Além de reafimar
sua disposição de continuar
negociando com os credores e honrar seus compromissos, o
governo anunciou uma série de medidas de contenção dos gastos püblicos,
suas expectativas: i) durante seis meses o Tesouro não
condizentes com
gastaria recursos além de sua arreca
dação; i) os investimentos das empresas estatais teriam que limitar-se a recursos
ou já efetivamente próprios
disponiveis; e ii) haveria uma revisão global dos subsídios, a ser subme
tida ao Congresso. Nada, no entanto, garantia
que estas medidas pudessem ser de fato im-
plementadas. Também se acenou com a possibilidade de encaminhar a solução dos
problemas dos bancos estaduais, o que realmente aconteceu alguns dias
Todo o cuidado na divulgação da noticia e depois.
especialmente às autoridades norte-americanas, não comunicaçãoestas credores extemos,
na aos
134
as autondades norte-americanas pres
anada moratóna brasilcira
feitas ao México, ås Filipinas e ao
m
de
eneg
de
reação
geral
mais
cautelosa.
rigida,
Reed, dirngente maximo do Citicorp, pela sua postura
em
Depois es
rilicar John Ree
do que
aisso, as represálias foram muitotenham
menores
usivensivel e perigosa.AICm
ouinclusive
a
1 o r a m
aotária, sem
o dúvida, evitou que se deu num mo
as imposiçQes dos credores. No entanto,
cOn
dezembro de 1987)
Pereira (maio a
divida externa na gestäo de LC. Bresser
dogão da
comunidade finan-
A
aceito pela
que em principio foi bem da
ministro da Fazenda, em relação à questão
Onovo com uma poshura ambígua
iniciou sua gestao
intenacional,
eira ministro
dividaexterna.
relacionamento com os credores, o novo
no ferida"
de negociação e "cicatrizar a
Nonivel datática relação ao seu antecessor,
tentando
intenção
mudança em credores. Com a
uma clara
aos
um discurso
aprazivel
mostrou fomulando declarações reafir
moratória e suas primeiras
deixada pela mais ameno, logo nas
disposto
relacionamento
técnica e que estava
restabelecer um eminentemente
de dívida era uma questão " a c e i t á v e l " . Neste
mesmo
mou que o
problema da caso seu programa
fosse
o juros,
entendimento
com o FMl retomada do
pagamento de
com a
a entrar em veladamente, o Brasil pedia qual
ainda que final de maio, no
chegou a acenar, no
sentido
telex ao comitê
dos bancos,
de curto prazo
(Projetos 3 e 4)**.
reiterado em um crédito
de
que foi em tormo
linhas
das aceitação por
tveram boa
acordo que
aprorrog.ação do
concretas,
em
medidas econômica ten-
traduziu a nova equipe
também se Intemamente,
Esta postura internacional. FMI na política eco-
uma ingerenca do
financeira
comunidade de
parte da conseqüências do F u n d o " - c o m o
possiveis "tecnicalidades
lou
"desmistificar" as
disposta a utilizaras seu
de ajustamento.
plano
Pediram
mostrando-se de
brasileira, formulação sobre a econo-
parecer
Ca definir- na un novo
chegaram a aprescntar o
eles próprios organismo, que
devena
nas semanas
algumas para incorporar
à equipe deste o
a d i a s s e por
d o s . Por último,
a t e n d idos.
não se deve
NCuSive do ano, que
meados
foram
Gxela Mercantil,20/02/87.
Gæela Mercantil, 25/05/87.
135
desvalorizou o zado em
cnizo4.
plano
antiinflacio 7,5%e
scionário, decretou mais
csquecer que,
com a
divulgação do
novo
coMsegi n.
necessário
Funaro, de que
era recursos ao exterior nos1
exigidos
transfeènindo
Cxigid
combinação como deca
continuar
de
te, da incapacidade
política cambial,
em
quec1ment o dapeldeo,.
credores. Embora
a nova
prov
salarialprovocado pela re
intema-causado pelo profundo
arocho
o desempenho da balanea.celeração inila
ança c
nciar à reivindicação de dinhomercial, is
manda
rapidamente rocuperar
cionária- tenha pemitido Pereira a renunciar
do ministro Bresser
não levou a equipe Macroccondmio
Plano de Controle
refletiu-se no próprio "ajustamengad
A ambigüidade Na parte especifica do ext
pelo Ministério da Fazenda
no final de julho. crescimento mínima, a Darti
de uma taxa de
dcu-se clara prioridade à sustentação externo necessário, mudando portanto
de financiamento
dcfinir-se-ia o montante
entre os credores externos.
No entanto, quando se anaalisa o
ção de negociação prevalecente volta-se a uma postura m a s convencional:
ccme do cenáno
macroeconomico,
136
ansil
poderiäm
vir
devido
a ser
oOYamente reclassificados
value
impaired,
arir
ao
ho no não-pagamento dos juros.pelas autorndades deste
de entanto, do lado do pais, agora para
istroBresser
e aobservou-se adefesa
chegaria considerar
Bras1l,
uma
a
de
e
mais
especificamente
comos
Esta
Esta até
medidas proposta de da parte do
mente mais
tarde".
"guinada" na de postura do unilaterais negociação mais firme
opunião
ministro deveu-seComo
aOsto já haviasustentar
se veio
divida..Assim, em agosto
simultaneamente à
informações de que a crescimento eo sua
esentada aos credores o mudança
saber
dc
a
o Convencionais, através
vés dos exiernos em proposta brasileira de serviço da
créditos dos bancos quais pais pretendiasetembro- incorporarianegociação
o
om que o s
norte-americano-a
elEste fato foi importante de posteriormente
cfetivação do desconto Washington, junto
em
ao
dois pontos de vista. da divida em favor
cadeou, colocou em cvidéncia o
desencad do
Extemamente,
OTandes credores privados c mesmo por intenso grau de resistência pelas reações que
existente entre os ainda
10 sentido de uma negOCiaçao que parte dos govemos dos paises centrais"
da perda aos onerasse se avançar a
credores. Por sua vez, no ämbitomenos os paises devedores e
Fazenda foi reccbida com surpresa e impusesse parte
intermo, a nova postura do então
cle mesmo traçada até então. parecia totalmente fora do contexto ministro da
Isto revelava da estratégia por
pOsta na área económica do govermo, esta que, caso se estivesse gestando uma nova
não parecia articulada a pro-
politica mais ampla, apesar de o ministro, na vspcra de sua
uma base de
sustentação
à Comissão da Divida Externa no
Senado. apresentação oficial, te-la levado
O contcúdo da
proposta de renegociação apresentada aos credores em 25
continha, de sctembro
sem dúvida, importantes aspectos inovadores. Com
cional, o relação à parte não conven-
objetivo era converter créditos da divida em titulos de longo prazo
eneste processo realizar uma parte do deságio em favor do país. Um aspecto
(securitização)
importante para
viabilizar csta opcração consistia no fato de o processo de conversão de crédito em capital
de risco realizar-se obrigatoriamente através destes novos titulos. Ou
seja, embora a partici-
pação dos credores no processo de securitização fosse voluntária, o atrelamento da conver
"Se no começo da década nósjá enfrentávamos uma incompati bilidade básica entre crescimento e pagamento
de juros sobre a divida exterma, atualmente esta inconsistenca e ainda mais evidente (..). Devo admitir que
nunca se
eletivanam (.).
provavelmente (nudailing thirough)¬ propor
uma solução (..) em que
denunciara estratégia
de linancimento c
ajustam ento credores (.).A melhor forma para suspendér
a
137
são àqucles bônus criaria um mercado cativo para este tipo de titulo, per:
138
diz respeito aos juros, no entendiment preliminar não ficaram clara-
diz
ra reestruturação
(I988-1993), além de abarcar vencim uturos (1988-1993),
alaodivida já reescalonada no passado (1983-1985) c o dinheiro novo obtido nas nego-
jclu ede 1982.
1982. Em
Em segundo lugar, o rescalonamento se faria pelo sistema de serial
desde
ciapoes considera os pr de carência e amortização a partir da data de vencimento
que
nick-up, a partir da dala de assinaura do novo acordo.
divida original e nao
atuação da equipe ncgociadora do ministro Bresser Pereira
na
Portanto, observou-se ter que abdicar de
de preservar o processo de negociação com os credores, sem
a abjietivo
obye
res principios fundamentais:
relinancia-
longo prazo, que abrangesse não só o
acordo definitivo de
(a) fechar um
no período 1987-1989,
(50%-75%) dos juros devidos aos bancos privados
mento parcial do de securitização da dívida de
médio e longo
o inicio processo
mas que
também garantisse
prazo,
diante de qualquer deterioração da situação
(b) introduzir cláusulas de salvaguarda
cconömicainternacional negociação com os bancos
FMI somente depois que a
com o
(C) assinar um acordo final se bascava, por um
A proposta de deixar o FMI para o
tivesse sido concluída. custo politico
intemo muito elevado
privados
acordo imediato teria
um
qualquer em 1987, por
outro
lado, nofato de que r e c u s o s ainda
do ponto de vista de
significativas mostrou que o processo
de negociação
enão traria vantagcns que
mexicana,
a expeniência
lado, tentava aproveitar e x t r e m a m e n t e prolongado e desgastante.
com os bancos pode
ser Pereira, em principio,
a gestäo
do mnistro Bresser
sob na claboração
das
de negociação signticativamente
Da experiência Avançou-se
entre credo-
importantes. de divergências
outros aspectos parecem as vantagens
dOIs tentar explorar crédito. Apesar
secundário de
de negociação para no mercado
ToCnicalidades
desyalorização
da divida também ficou evidente
foram as
sinalizações de o
Tes e as
e
sinalizações serem claras, que nos levam à segunda questão.
essas divergências Estas diticuldades de despolitização do
ae concretas para
explorá-las.
penodo
um estorço
dificuldades h o u v e nesle ainda que
a gestão
anterior,
procurou-sc restrngir a negociação,
com
aspectos
No âmbito exteno,
Comparando cmbora
contivesse
a proposta,
processo de negociação. ntenanenic, de u m a articulação
politica
âmbito tecnico. acompanhada
ao l01
de maneira firme,
nao
conceinua,
de vista
inovadores do ponto
manifestou que tinha
intenções de dispensar
ele
Bresser Pereira
ex-ministro
a securiüzação
da divida, caso não
do banco a banco
4emois da saida negociar
comitê
assessor
dos
bancose dejaneiro de 1988.
almente
o no u n a l
mealo
prazo
de
&cordo
o
fechasse
se
139
transformá-la efetivamente
numa estrategia de negociação. Esta a
que permitisse melhor resistenedculaca
litica não teria sido somente
uma
para enirentar
condição as
dos
para lazer 1ace aos obstáculos inten Cre
mas também teria
sido imprescindivcl
oconômica coerente que pemiusse
sustenlar uma postura mais firme no âmhit
ex
edores,
Uma pol
fitüca
Em suma, da andlise destas tentalivas de recomposição de um
um fluco mo
fluco
ciamento externo surgem duas questöes relevantes do ponto de vista da minimo de
econimica interna propriamente dita. Emprimeiro lugar, não houve até elgestão de finan.
poltic
que tampouco o há na alualidade) uma compreensão entre os principais
tão (e
tudo indicuica
cos e politicos do pais, e mesmo entre grande parle dos responsáveis da oesecon agentes
económica, da wndadeira necessidade de recompor ofluxo de recursos exte
qrüentcmente. da necessidade de mudangça no padrão de negociação com os creda Cose.
xler nos politica
nactonas. A falta de entendimento do significado da restrição de financiamews inter
torna. por si só, as tentaivas de una abordagem não convencional do proble
externa exTremamente vulneráveis.
externo
a divida
mada do
lado, reccita fiscal vinha
a encontrou uma Situay ambigua
crescimento
cconômico, que neste ano contando
já
com o
impacto pos reto
emo na
apresentava
um maior
u
140
Eete cfeito é mais bem percebido pcla recuperação da receita de
d i s t i a
( 1 a b e l a4
da receita
shela .oo o ICM, o IPle
ficos, como0 0 .
huloscspecilicos ano anterior (labela 4.9). Por outro lado, no entanto, além do pro-
capitulo antenor, existiam duas outras pres
no
nceiras, comentado
e encargos
fiscal. Em primeiro lugar, os gastos com pessoal
e m
y ad a sd e s p e s a s
espesctracão
iinosamente naquele ano, em todas as esferas da administração públi
a
e
escidolugar, os governos
govermose estaduas e aunicipais haviam começado a retomar
lugar, 0s tal.
segundo
houvessem sido estruturadas fontes de financiamento para
cem que
sdiela
Etzas
1Em
através da
moVimento queja havia ganhado certa importancia
sinenensificar um os muni-
recursos da esfera federal para
cujo oobjetivo
vinlicta, cujo
era drenar mais
Municipalista,
área fiscal,
agiu de imediato na
e
piose estados.
equipe do ministro D.
Funaro
situação, a 1985. Neste âmbito,
desta
te de medidas logo em novembro de
D njunto significativo conômica mais importante.
As medidas
o "pacote"de politica do
Jugaràdúvida,posteriomente ou seguiram os mesmos
lineamentos básicos
seimplementadas ou cram
determinadas sobrc
e signiticavam ajustes a0 mesmo,
qede novembro/8) estruturais na área financeira.
de mudanças visavam
tentativas de acordo com os objetivos que
pe ser ordenadas institu-
hudo
fiscais podem de natureza
As As medidas basicamente i) mudanças
trës: raciona
apresentam-Se
neste sentido, maior controle e
mrir C, aumentar a receita do Estado; ii)
vIsavam
medidas que
ional: i) transfer ncias
intragovemamentais.
transparência,
e das finalidade obter
lzacão dos gastos natureza
insthtucional
tinham como
dos r e c u r s o s públi-
de financeira racional
As medidas c uma
administração contribuiram
sobre os gastos
efetivamente
e que
controle medidas importantes Criou-se a
maior t o m a r a m tres
sentido se dos recursos públicos. gestão
Neste
racionalidade
na Brasil (no-
Cos. visibilidade e Movimento do Banco do
maior eliminou a Conta come
uma cxecução
para Nacional e se aprovação e
Tesouro
Secretaria do orçamento püblico,
sua elaboração,
Central também
o quc o novembro de
1986 o Banco
com
vembro/85), de
real. A partir Brasil.
algum signilicado Banco do
a ter crëdito rural do transi
por um periodo
çaram de
controlar as opcrações funcionaram
a discussão, ou maiores
passou estavam em não tiveram
Nesta mesma direção que,
entretanto,
de Remuneração
institucionas
três o
Conselho
para o
tório de tempo, 1985
instituiu-se
de remuneração
novembro de d1retrizes da politica
resultados. Em delinear as limites nos
deveria 101 incietivo para impor
Proventos (CIRP),
que no entanto, Da mesma
e
Este conselho, csieras do setor püblico.
do setor público. da situação da ad-
distuntas
para
conjunto
definir uma politica 1azer um
diagnóstico
salariais e devena
mais ampla
Teajustes geral que uma r e t o m a
comissão
criou-se uma do qual
se propona adiada ao
a partir constantemente
mnistração
direta e tempo, ma2s Sua de n o v e m b r o
de 1986.
por algum cleiçöes
as
sobreviveu especiaumenie
objctivo
comissão
ordem politica, uma holding, cujo
ESta razõcs de
em c r i a r
Ongo Setor
Produtivo u s cupresas
imediatas
For último, no e aespeSs proposta solfreu
resistências
fluxo de TCCeitas Esta propa
controle do
tinanciancnto.
Ta avançar no i n v e s t i m e n l o s
e
a s e r discutida
i mais ampl
amplamente.
cneganao
de esfera pública federal,
nem
politica integra ncgrada
empresas
püblicas,
aumentar
as receitas na
auou-seem quatro
141
Tabela 4.8
corrente e
formogão de capital
fixo do setor público público consolidado
o
conta
Brasi:
Em %do PIB
Total de Conta Total de Formação
Consumo
Trans Corente Encargos Bruta SaldSaldo
Anos Receta
Bens Total sem Financeiros Capital
Pessoal e ferências
Disponivel
Total Encargos serviços Encargos Fixo
Financeiros
836
doOrFiecal
-ICMS
4.63 S.13 6.07 5.26
0.53 0.47 0.66 0.63
.Demais Tnbutos
0.58 0.54 0.62 0.58
Municipios
21.82 22.53 24.88 23.34
Total
incentivos) de
arrecadação liquida (exclusive restituiçdes
e
impostos. No
entanto, com a novamente, o que aca-
desindexados os em
rendexa-los
autoridades ano.
ae 1986, as novembro
deste
mesmo
cstatais sofreu, desde o início, sérias resistências, além do problema dos estados Cuu
pios, que tëm automonia de gasto, abam
caindo sobre
mas
cujos desarranjos fiscais e financeiroS 0
a
esfera federal. Este aspecto é especialmente relevante no que refere s
O s resultados desta e
144
da c
itmcniosAA
cnlos.
prcocupaçãoda cauipc oconòmica era
sustentar
h a v1am i n i c
ciadoem 1985
lmente administração
emprcsas estatais, estadual investimentos públicos
os direta
das
os
municipal e
a l e d e r a l ,p r i n c i p
abclas
4.11) Esta 4.10e mas e
s cndenac
investumentos do coordenação subordi
Estado como um todo visava, por um
ná-los todos
retomar, na
a uma
icade lado, dar
mi-
de de financiamento. Esta tentativa
ipouóiida e, por outro, coercomn
compat
fracassou, tanto no controle
de sólidas bases de ibilizá-l a
mo será discutido r o itemfinanciamento
r e c o m p o s i ç ã
a
dos
pág. 123) investimentos
na
o
panlountemo (com
A extemo (ver
dos investimentos gestão financeira intema do
de financia e
Na
questãc
da implementação de uma
publicos houve mais um setor
priblico).
com o inicio
em %do PI3
Periodo Pessoale Encargos FBKF
União Estados MunicipiosS União Estados
1980 2.49 2.83 0.99
1.09
0.72
0.68
0.92 Munmci0.7p3o
1983 2.44 3.08 0.73
1984 2.06 2.66 0.94 0.60 0.76
043
1985 2.48 3.39 1.07 0.51 1.20
0.54
1986 2.40 3.75 1.31 0.85 0.61
1.44
3.74 1.25 1.07 .75
1987 2.78 1.21
.87
em
valores costantes de 1990-Base: 1980-100
Periodo Pessoale Encargos FBKF
Fonte: Afonso, José R.R. (1992a) op.cit.Os dados originais são das Contas Nacionais / Conta
FGV/IBRECEF; PIB- FIBGE (jan/91). Govermo
nomia e de
responsabilidade nas áreas
fiscal e de
plexo jogo politico-começaram a financiamento, imbricados por Coms
condicionar crescentemente a manifestar-se. E foi esta última questão passou
as
Tabela 4.11
Rrasil: Investimentos nos Setores Püblico
«
Privado- em % do PIB
Periodo
Total Administração pública direta SPE Privado
Estados Municípios_ Outros
16.88 0.60
0.76 0.54 2.80 11.94
1 9 8 4
Gráfko 4.1
Investimentos: evolução real e comportamento dos preços
507
45
40
35
30
25
20
15
0
89 90
87 88
85 86
83 84
08 79
D . I . F B K F / D . I . P I B ( b )
82
80 81
FBKF/PIB(a)
Wemeck,
R. (1992).
e
DeflatorImplicito.
D.D.
Caneiro,
D.I.
=
Nacionais
147
cada v e z
maiores,
das
mais
esferas pú-
diversas e o f
pressões
como por prafis
económico
para
da cconomia
Estado.
crescimento
do C
ritmo de cxpansão
sobre o gasto
do Estado, o
blicas e privadas, rcdução no arrecadação
anj
com a a
da receita, diminuiu
seguridade social
Do lado c m 1986,
da
alcançou contribuições
(Tabcla 4.9).
O imposto maiorcs à politica de
renda das
r
de continuidadc upe
de imposto
Percira
tamb m deu quando implcmentou
tosemestral ministro
Bresser
do ano,
A cquipe
do aló mcados
congclamcnto de prer
públicas
ração do valor real
das tarifas
Bresser) do qualfazia parteoinllacionário,
algumas
tarifaNo
ta-
antiinflacionário
(Plano
choque rctomada do proccsso
a 4. 12).
1986 (Tabcla
com
posteriormente,
cntanto, defasadas que
cm
de controlar o pron.
cesso
tão ou até mais e as
diliculdadCs
ram a cstar
crescimento
cconômico
e
pressOes por subsídios Caas
Com a retração do aumentaram as
c o n t e r os gastosc 1ederal.
tomou-sc dificil
ogovemo
públicas sobre
intlacionáno,
Através do Decreto-lei 2354 (24/08/87) se deteminou a volta ao regime anual para as declaraçoes
rendimentos de todas as pessoas
juridicas
SEP/SP, Andlise de Conjuntura Econdmica, N° 28, set.-out/87, São Paulo, p. 21.
* SEP/SP, Andlise de Conjuntura Económica, N° 28,
set.-out/87, São Paulo, p. 105.
148
. TodAavia,
vermopressões
x c e u a st u t u r a s
as
finald e a
dccrcloupassaram
agosto, o govemo decrcto a ser
täo
grandcs c
, de o eriar no os
subsidios, salvo sc
tivessc
quc o
poder cxccutivo tão dificcis de
podia mais conccder
não
dotaço ficava
proibido, conter
at finalquc,
minustr
do ano, quc
que
cconQmica cm contrapartida.
cxcrcício
financiamento quc o
oara tinal
o no
fiscal para onarte dc outras entanto solreu passou
csleras do sctor reaçõcs contráriasclaborar
a
ambém de parte de um novo
ministro Bresser Percira cm püblico. Este
não só do
sctor
pacote
este ministro, ao dezembro de 1987. foi um fatlor privado
ra contrario de seu dctcrminante na
berd intervi,
atuar
atu
cstrutura tributaria c sofreuantcccssor, não teve mais
na
O
heterodoxo adotado no periodo do
enfogue
afivas de realizar algumas ministro Funaro
mudanças na arca
financcira continha, scm
intena para cnfrentar dúvida,
Dan7i finance. As medidas
dcão das despesas financeiras implementadas apontavam csscncialmente em trös situação a
relerentes a0 estoque de
divida pública já direçõcs:
iminuição deste mesmo estoque,e n) contraida; ii)
eQue fossem menos onerosas. Este constituição de novas bases de
financiamento intemo
ulimo aspecto, que constituia a razão de scr de uma
efctiva reforma financeira intema, visava restaurar a separação entre
mocda e poupança
financeira. Desta maneira se esperava, por um lado, retomar o controle sobre a
monetária e ampliar o fin anciamento monetario e o poder de senhoriagem do Estado.politica
Por
outro lado, este tipo de reforma pretendia criar as condições para que a financeira
se constituisse na base de alavancagem do processo de funding dos poupança
investimentos. Este
processo deveria iniciar-se nas empresas estatas, dado que seus investimentos eram com-
plementares aos da árca privada, mas não podiam scr retomados pelos problemas de finan
Cramento decorrentes da crise extema.
No que diz respcito à redução das despesas financeiras nas quais o setor público vinha
uncorrendo, foram tomadas, logo de sada, basicamente duas medidas na gestão do ministro
Funaro. Primeiro, a valorização continua da mocda nacional em relação ao dölar pratica
mente ao longo de toda a sua gestão (Tabcla 4.14) fez com que se reduzisem os encargos
em cruzados). Como se pode
anceiros externos expressos em cruzeiros (e posteriormentedo
houve uma redução estoque de passivo extemo
var nos Grálicos 4.2 e 4.3, em 1986 e com isso do peso das amortizações
que
Selor publico expresso em moeda nacional, a
de juros rclerentes
efeito pode ser observado no fluxo
naqucle ano. O mesmo efeito cambial
divida 1986 observou-se exatamente o
(Tabela 4.15). Ou seja, em
Este enfoque de redução
dos
inverso comentado no capítulo 2.
4 de 1evereiro de 1983,sustentado causa da crise cambial que se desencadeou
ALCTmos não pôde ser por
e seus
Plano Cruzado
monetánia ds vésperas do
na gestão
Fara uma análise detalhada dos problemas de Barros (1992:13-21).
ODeivos nesta área, ver Mendonça
149
Tabela 4.12
das Principals Tarifas Públicas
Brasil: Evolução 100)
Média Anval (1980
=
(em% do PB)
1985 1986 1987
13.74 12.14
LReceitas
13.56
I R e c e i a sO p e r a c i o n a i s
de 1986
mobiliána Aliás, de novembro
refinanciamento da divida pública
parte dos mescs a taxa de
dUICuldades de na maior
meados de 1987,
Plano Bresser em explica a tendência de queda
e8 mplantação do em temos
reais, o que
chegou a ser negativa
d 0 overnight estava relacionada
com a
observada no Gráfico 4.4. na área
tinanceira
ante
diretriz houvesse
Con ja apontado,
uma segunda
divida pública
interna. Emborajá
o estoque da
oficiais pelo governo
dedesvalorização do
indexadores
dos
manipulações até então mais
Cd -reiteradas a expenëncia
n a gestão
do mercado
funcionamento
o
para
dos indexadores
oficias
significado
Para u detalhada do
nlise
151
Tabela 4.14
1986 1927
1985_
5.15
Periodo 99.26
84.21
95.20
100.83
85.09
95.T7 85.84
98.88
mar 96.33 80.68
104.57
96.02 82.18
107.67
95.53 83.52
109.51
J 94.9 87.06
108.90
Jul 103.07
93.67 87.39
92.66 85.71
105.02
92.72 82.53
105.64
Out
91.14 80.06
100.25
nov
87.14 78.64
98.31
dez
IGP-DL.
Nota: Taxa de cåmbio nominal
pelo
deflacionada
92).
inanceiro brasileiro, sua
manipulação pelo governo e suas conseqdências, ver Mendonga o
152
Grálico
Divida 4.2iquida
externa
Setor Pübiko
(crescimento anual)
bU
40
20
1985 I986
1987
1988
Uss cofrentes Crs de 1980
Gráfico 4.3
Divida externa lquida
Setor Püblico (1980= 100)
450T
4001
350
SO0
*
250-
200
190
150- 1986
|989 CS de1980
- USS corentes IGP-DI.
deflacioaada pelo
nominal e
de câmbio
convertida pela taxa
E c o n o m i c a
dezembro,
posigão de
Nota: Divida em USS, posição FGV,
Corgiunhura
Fonte: Ra
Económico,
O r a s l - P r o g r a m a
153
Tabela 4.15
externo5 do setor público
Encargos financeros
Valores coTentes Valores Constantes
Periodo
USS CrS
1983=100 Cr$ de 1980
USS milhöcs
6.763 100 627.3 1983=100
1983 100
114 729.744
1984 7.735 116
7.887 117 738.973
1985 118
7.218 107 401.646
1986 64
7.027 104 560
1987
1988 7.937 117 898.457
143
1989 8.742 129 964.446 154
1990 8.957 132 617.625 98
Nota: () Juroa exiermos em USS correntes, coavertidos pela taxa de cåmbio de 31/12 de cada ano. ValoreCAcorenta
deflacion ad os pelo 1GP-DI acunulado no ano.
Fonte: BacenDepec: Encargos financciros do setor público estimativas, mimeo.
Gráfico 4.4
Taxa real de juros
Overnight- 12 meses (em %)
URS
J65 A J OJ87 A
J O J/88 A J
154
cnire de fevereiro, eo
160 aoiro e 15
dos
osr Contabilizado entre os dias
pragos
p a s s O u
& S e r
13%
deração a inflaç:
e
lerando, todos queles contratos
see
ac ültimos três meses.
iadlapão
vmha
dosemestre
estre de 1986, com a perda de entusiasmo dos "iscais do Sarmey" e problemas graves
ahastecimento, a prática de agios se havia generalizado. Como estes não eram capta-
de desaba
pelos indices ofíciais de preços, a indexaão legal das dividas se fazia por um valor
dos pe
real dos preços.
inferior à evolução
Qualquer tentativa de estimar a desvalorizaço do passivo intemo do setor público via
Cstes mecanismos grosseira e careceria de fundamentos minimamente
seria extrem am ente
macroeconômico em expansão e
T TO tenha uma idéia, nos
cinco
meses
economia. Para que se
d e remonetizaço da da
ço-julho/86)
houve uma expansão real
Seguintes à implanta do Plano Cruzado tölego
das com a
retomada
base monetánao 150%, tendência que posteriormente perdeu 90% das ne-
de
a praticamente
pressões de d base monetária
correspondeu
contra 38%
preços. Em 1986, a no conceito
operacional,
RsSidades Ananciamento
de do setor público
financiamento (NFSP) a quedado
imposto
u da remonetização superou em muito melhoran-
anterior. O efcito positivo de estabilização,
ntlacionário (ou sen processo
nagem) também
decoente do
do setor público
(Tabela 4.16).
portanto nitidamente
cnte as condições
conu de as
financiamento
an
155
aspecto foi o
1inanceiro mais bem.
Se,
por lado, a remonetização
um
ido
outro, paradoxaim ente, a sua gestão
programa de ajuste heterodoxo, por
retomada das pressoes
inllacionárias. Já emneaf
em TIesle
pecto determinante na rápida sinais de e fins de
para uma cxpansao da
no ano de 1985 se apontavaCruzado
aemanda ce
pela recuperaco3
1984
em si, principalmente
do lado daoferta". O Plano esta Neesa
ao futuro, relorçou expansão.
por expectativas favoráveis quanto do credito, que por sua vez montex
uma intensa cxpansão
remonetização implicou preços que, no curto prazo o u
congclamento c a regulação dos a um aspecto
tOs, erodindo ocombate ao proccsso
inflacionário.
importante no detalhe cste problema:
Barros analisa em
LC. Mendonça de
de preços
explos do crédito bancário foi um estimulo insuportável para umaeconomia, já aqu
cida pela elevação do salário real em função da redução brusca da inflação e do processo d
queima de poupança financeira devido à ilusão monetária dos jurosnominais baixos.Do po
de vista técnico, foi um dos maiores eros cometidos na gestäo do Plano Cnizado."
156
Tabela 4.16
Fontes de financiamento do setor público:
Senhoriagem e Base Monetária
c o m o
ó do P I B Imposto Inflacionário Basc Monetária"
N S P
NFSP NFSP
(Oper.) (Nom.) (Oper.) (Nom.)
3.20 5.14
3.27 4.21
1980
2.31 3.44
987
2.19 3.04
982
3.0
19.9 2.58 83.28 12.96 2.15 69.59 10.80
1983
2.7
23.3 2.12 77.36 9.10 1.66 60.76 7.12
1984
4.3 27.8 2.20 52.4 7.91 1.59 37.82 5.72
1985 10.8 1.35 37.14 12.14 3.26 89.56
3.5 29.31
1980
5.5 .5 3.96 65.45 12.64 2.26 37.31 721
1987 48.5 4.65 101.1 9 8.88
4.2 148 32.25 2.28
1980 93.1 7.10 103.19
6.9 8.55 1.36 19.84 1.64
989 5.9 4.55
(1.2) C) 16.91 2.30 (c) 8.55
1990
157
Tabela 4.17
Com exceão da cademeta de poupança para pessoas fisicas, para a qual se manteve a
passada, para evitar uma onda de saqucs que podena trazcr problemas à já dificilindexaçaodo inflaçã0
à
imobiliário.
gestão crédito
no curto prazo
esso
precisava
de
ser
substitutda por uma
casse
i m p l i c a
m process
desintermcdiação
ercado. iEm segundo
mercado.
financcira, e,
forma de
remuneração que
não
referencia
reciso ae
tornar lugar, para garantir umaportanto, tinha que
encontrar
Estaa feita
era
os
titulos publicos fonte de
financiamcnto
um
214) muneraalongam
r e m u
L.IS fosse
resta
1986,
coniança
1lançou a LIN com num honzonte minimo de plancjamcnto. Assim, em
se
para isso
ados de juros flutuantes
6.38) ncas Cujas taxas sernam repactuadas periodicamente(LTNSD, com
na basc da taxa
prazo minimo de 378
colocadas junto
nto ao público. Nesta mesma média de LTNs dec
59 ocasião, governo autorizou as institui- o
0 nancciras a tam bem reaizarem operações de captação de
63 poes minimo
cmpréstimos taxas flu-
de 180 diasec
a
Ids
num programa
conter as pressões de venilicados no
mercado.
forma de ágios
seria u m a crescentes
de CZS 133
isoo combater os da ordem
de preços e
recursos
compulsónios vi-
com
contasse
OCongelamento
FND empréstimos
primeiro ano, o além dos obrigatória
dos
no
que, bilhões), que, da aplicação
ilh USS 9,5 estatais e
empresas
( a p r o x i m a d a m e n t e
das FND.
preferenciais
nam da venda de ações em
títulos do
estatais
fundos de pensão
pe das empresas
so
extenor e
compra
C automóveis,
gasolina,
álcool,
viagens
de
compra
sobre a
era
empréstimo compulsório
de dólares
para turismo.
159
As dificuldades na alteração da dinamica monetária e financeira para criar
um
base de financiamento do Estado-via mecanismos de mercado ou empréstimaecleti
sórios-aparcceram rapidamente. Após a reuniao de Carajás (final de maio/19R6pu,.
o presidente Samey convocou seus ministros para discutir a etapa seguinte da que
Plano Cruzado, ficou explícito que não havia apoio politico para sustentar avaneão do
ção das mudanças estruturais. A partir daquele momento observou-se por parta na dir
do Banco Central um recuo-que um de seus membros chamou de "tático" e
ara evitar
um descontrole na área monetário-financcira.
Com a retomada das pressões inílacionárias, a implementação das taxas dei
tuantes para os titulos públicos de curto prazo causou no mcrcado uma reação
con
àquela esperada pelas autoridades economicas. Por outro lado, diante das incerteza nna
cado financeiro, de um evidente atraso do câmbio e de ameaças da Receita Federal mer.
em
presas que descumprissem o congelamento de preços, aparcceram indicios de um procee
de fuga de capitais, que se refletiu naparalisação do mercado financeiro e em um nova eal
do ágio desta situação, as salto
no paralelo dólar em agosto.
mercado do
maram várias medidas que indicavam uma clara atitude de recu0.
Diante autoridadesto-
Primeiro, voltou-se a pemitir que as pessoas juridicas aplicassem seus recursos en
cadermeta de poupança, o que lhes garantia uma indexação à inflação passada. Para as pec.
soas fisicas, o prazo minimo das aplicaçõcs cm cademeta de poupança voltou a serde um
mes. Para evitar a fuga de capitais do mercado financero, criaram-se os fundos de
curto
prazo, que permitiam a aplicagão de recurs0s no curtissimo prazo e de forma anönimai
que as cotas podiam ser ao portador. No minimo 40% dos recursos destes fundos tinham que
ser aplicados em Letras do Banco Central
(LBC). Desta maneira as autoridades eriaram um
importante mcrcado cativo paraas LBCs, dai em diante praticamente os únicos titulos atra
ves dos quais o governo passou a financiar sua dívida mobiliária.
Frente às resistências dos agentes em canalizar seus recursos para ativos de prazo mais
longo-mesmo com a garantia de remuneração atualizada na margem através de taxas de
juros flutuantes, as autoridades econômicas partiram para a implementação de um pro.
cesso de indexação fînanceira plena. Isso se deu através do lançamento das LBCs, um titulo
do Banco Central com indexação diária'. Se bem este titulo
poderia scrvir para fazer gestão
de politica monetária, sua função principal, quando foi lançado, era a de uma moeda inde
xada, substituta da moeda num contexto inflacionário e de instabilidade, que evitasse a fuga
para ativos reais e/ou de risco e, desta maneira, garantisse o refinanciamento da divida pü-
blica. Ou seja, introduziu-se deliberadamente uma moeda
básicode
para todas as operações fínanceiras"-que era corrigida diariamente pela remuneração
indexada- recferencial
tativa quanto.
pectati da pata
inilação (overnight), sendo que esta
e ao
Do ponto
de vista do financiame
anciamento estado de remuneração
liquidez
c o n s e q ü ê n c i
a dimensão se obscrvou,
ministro Bresser Pereira, lado, como já
do des Estao do recebeu grande
ênfase. Por um tendência
do setor público não
entfrentados,
e obstáculos
equipe econômica anter já havia
a recuado frente
aos
estruturais no
ämbito
financeiro
mudanças
Por outro lado, equipe, queo acabou
o
que se reforçou em alguns casos.
do setor público
da nova
Fundo
foi
u
intemo não faziam parte da lógica de ajuste mais claro neste
sentido
pa de 1986, o
O exemplo anteriores.
crado em
meados
esmobil
bilizando alguns esforços
e sido
de abnl do
ano
de haver unicio
obrigações
véspera
do FND,
um dos principais
l61
do ministro Bresser Perei
no início da gestão
deste fundo. Logo
cursos
extinguindo-se, por
um
lado, os empnáePOL
tava do FND foi desmontado, um novo Com
por outro,
astapulos sórcr iode
recursos e instituindo-se,
alimentavam com
que o
a raz o de ser deste funding. A extinc de ga
sendo estes
investimentos-
de ser onerosa, pois nao
teve papel algum na alavana desta ppropOsa
funding não deixou administrad5n dedeinmves
mentos, mas relegou
ao Estado um passivo que precISa ser
rado e
r e c u r s o s públicos já
escassos.
Na realidade, o plano macroeconõmico propugnado em meados de
liqudado con
987
lógica de ajuste do setor público
basicamente de nahureza fiscal-aumento ontinha
ampliação da base de financiamente ccilae
de gastos-e nenhuma ênfase
na
público. Coerente com esta lôgica e numa nova tentativa heterodoxa de eeta interno 0
ajustebaseou-se f+scale numa politica monetária mais restritiva
na politica iza¢ãoa0, 0
vista como essencial para desestimular a especulaçao com estoques e.junto com Esta
da demanda, garantir uma saida orden ada do congelamento de preços. Pararesti
quidez, elevaram-se os depósitos compulsórios das instituições financeirase a
curto prazo passaram a ser obrigados a aplicar 80% de seus recursos cm LBC.
A conseqüente subida da taxa de juros (Tabela 4.17 e Gráfico 4.4) e a dim
nivel de atividade implicaram uma retração da demanda por crédito do setor priva diminuição do
o que no segundo semestre de 1987 houve, entre os haveres não monetários d
ado,
lo sistema
financeiro, uma significativa substituição dos depósitos
a prazo por LBCs
(Tabela4
Esta mudança na oricntação da política monetária levou, por um lado, a um luxo20.d
dinâmica financeira privada e criou problemas parä empresas
que se haviam lançado num
processo de expansão e alavancagem de crédito, rebatendo no sistema financeiro
162
Encargos financeiros Tabela 4.18
do setor
Total do
püblico em % do
Setor Püblico PB
Total
P e r i o d o
Intermos
6.64
2.92
Extermos Enpresas estalais
1983
3.72 Total
7.21
1984 3.34 3.53 Internos
7.05 3.52
3.87 1.28 EXxtcrnos
1985 3.38 2.25
5.25 3.53 1.15
1986 2.30 3.24 2.23
4.71 2.95 1.00
1987 2.04 2.71 224
2.67 0.79
5.73 2.82 2.28 1.92
1988
2.91 0.67
2.43 L.61
0.64
L.79
Governo central
Total Intemos
Estados eMunicipios
Periodo Extemos
2.09
Total
1983 0.83 Intemos
1.26 Extemos
1.03 0.82
1984 2.5 1.16 0.21
143 1.25
76
1.03 022
1985 2. 1.71 1.05 1.05 0.80 025
1986 1.64 0.83 0.81 0.90 0.68 022
1987 145 0.58 0.87 0.98 0.79 0.19
1988 2.41 1.56 0.85 0.89 0.63 0.26
função
de em
sob a gestão
Onctária restritiva neste contexto
ocoreu
financeiros.
Isso no
periodo
enfatizado
ministro Mailson.
163
Tabela 4.19
Brasi: endividamento público em USS milhões
-
(posião dezembrol
1983 1984
1982 1985
1986
Divida total 95.982 94.816 102.959 118.980
1.935
1987
GoveTno Federal 33.913 33.343 39.262 43.680 157.796
48.536
Estados e Municipios 13.692 12.059 13.288 15.958
18.549
75.038
Empresas Estatais 48.377 49.414 .409 59.342 19.827
64.850
Divida interma 47.889 32.825 39.8. 49.066
62.931
50.523
Govamo Federal 18.206 6.097 13.473 17.837
65.843
10.917
25.085
Divida Mobiliária 19.393 9.654 16.677 24.643 24.043
- Depósitos no Bacn 0 0
31.969
5.397
Aviso MF-30 (1.187) (3.557) (3.204) (6.806) (13.126) (12.281)
Estados e Municipios 10.686 9.045 9.799 11.229 13.441 14.923
Divida Mobilidria 3.958 2.744 2.670 3.174 4.110
S.562
Divida Bancária 6.728 6.199 6.878 7.531 8.320
8.021
Aviso MF-30 102 251 524 1.011 1.340
Empresas Estatais 18.997 17.683 16.583 20.000 26.14 25.835
-Divida Bancária 17.810 14.228 13.631 13.718 14.050 14.894
-Aviso MF-30 1.187 3.455
2.952 6.282
12.115 10.941
Divida exterma 48.093 61.991 63.104 69.914 81.412 91.953
Govemo Federal 15.707 27.246 6.789 25.843 37.619 49.953
Estados e Municipios 3.006 3.014 3.489 4.729 5.108 4.904
Empresas Estatais 29.380 31.731 33.826 39.342 38.685 37.096
Nota: Os dados referentes à divida interna foram convertidos em dólares a taxa de câmbio (venda) do 31/12 de cada
ano.
Fonte: Bacen/Depec.
Conclusões
1)A experiência hcterodoxa quanto à
foque mais abrangente, que afete não questão do financiamento mostrou que
somente os fluxos, mas tambémo estoque divida
Lende a ser mais
efetivo para reverter a situação de Ponzi do setor püblico. Nest
Scntido apontaram tanto a
finance
politica de valorização da moeda nacional -diminundo peso
da divida cxterna c
seus
encargos em termos de cruzeiros como os canismos
de
desvalorização divida interna. No entanto, esta
da diversos
experiência também revelou Sua um
164
Brasil:
composião fabela
dos
4.20
haveres
TOTAL
nao-monetbrlos
PERIODO
No a sustentação
de uma nsco
caso da divida exterma relativamente desvalornizada,
o
sobagentes
nais obriga àuplementação de uma taxa de câmbio ativa dos próprios
implement de uma
especulação
de investimentos
é
dOSó de perda de competitividadc
como
Na medida
em que a taxa
baixa e, quentemente,
outros
determinantes
a ser
um
fator básico
da
dos agentes
desenvolvem, adesvalorizag
financeiros
cambial passa
zação os encargos
eleva
entanto,
OrTtações. Esta politica cambial, no
6
e, o Estado. Em
endividados cm moeda estrangeira,
isto
de determinantes
suma,
suma
básicoe. desem um maor
e o desenvolvimento
recursos extermos
sempre haverá
um írade-of entre o peso do estoque comp
e dopetitivid
uxa
axo de
nacional,
extermos do Estado e a pertormance da balança comercial, especialme
ernos depende, por um lado, da perfom an ce a das ex
s
encargos i nanceiintertog
exportaçdes.
Este fluxo de recursos
extermos depende, ed omance na
economica interma c, por outro,
da postura
do contexto
investidores intemacionais
intemacional
gest
diante dodapoli ca
seja,das conseqüências da evoluçaão para oo Brasil.
pais, ou
No que se refere à divida pública intema, as imposiçães unilateraig
de
do estoque se mostraram politicamente
muito desgastantes e os agentes svaloi,
crescentemente mecanismos paraprecaver-se deste risc0, inclusive embuti assaram apro
o umamarge
adicional em seus preços. Como assinala Alesina, sem uma causa maior
esta
tratar a questão da dívida püblica intena é de diticil aceitação. Isso, Dortantcra d
Isso, portanto,
âmbito intermo, também à questo do financiamento. remete,e, tno
Em suma, já que um ajuste mais efctivo precisa envolver estoques signifina.
divida pública, e como suas acima
desvalorizações implicam as dificuldades
enfrentamento do problema passa nccessariamente pelo refinanciamento
nto destes
destes sdas, o
condições adequadas. estoques em
2) Neste processo de refinanciamento, a exper+ência do Plano Cruzado deu evi
claras quanto à importância do controle do processo intlacionário para recuperar a
mento do Estado pelo processo de remonetização. Esta é uma questão central e que é n
ëpouco
enfatizada quando se trata dos objetivos da estabilização.
3) As dificuldades de empreender um verdadeiro ajuste fiscal ficam muito evidene
neste periodo. Neste sentido, duas questöes parecem fundamentais. Em primeiro lugar. um
efetivo aumento da receita do Estado tem como condição necessária um contexto de cresci
mento, que permita elevar a carga tributária sobre uma base de arecadação em expansão
Em segundo lugar, tende-se a subestimar as dificuldades de contenção e/ou rcestruturasão
dos gastos do Estado, não só em relação aos interesses pravados nele consolidados, mas
também àqueles das distintas esferas intragovermamentais.
Se este diagnóstico for correto, um efetivo ajuste fiscal no país suporia duas coisas 0
mesmo tempo. Por um lado, o ajuste fiscal não pode ser visto independentemente da questão
do financiamento, já que este é necess ário para sustentar um patamar mínimo de crescimer
to, sem o qual as tentativas de clevar as receitas do Estado têm sido dificeis. Por outro lado,
suporia uma profunda reforma do Estado que permitisse reestruturar scus gastos, readequar
sua inserção cconômica direta e seus instrumentos de gestão de política econômica
4) No que diz respeito ao financiamento, além do processo de remonetização destark:
do, a expeniencia do Plano Cruzado serviu para mostrar as dificuldades de mudar a condk
çoes vigentes. Supondo que se alcançasse um controle razoável do
processo
enancce a questão da recuperação dos demais instrumentos de financiamento. Ha ou
inflacionano,
o e n t e que supöe que a partir da estabilização o processo de financiamento see Om
poe automaticamente". Outros analistas são mais céticos a este respeito. A paru expe
166
financiamento adequado não parece tão automática. Em
um p r o c e s s o
de
de
composição
alavancar
Anção de um esforço redobrado na canalização da poupança financeira para
necessidadeed
as experiências de outros países que
longo prazo. Tomando por base
nanciamentos de de investimentos, a necessidade de meca-
empreender esfore significativos
reconsi-
que os fundos de pensão, deverá ser
de poupança, entre os quas
t i v e r a m
sustenta o cres
isso se realiza e se
entanto, á medida que
produtivos. No e o passivo público
acumu-