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QUESTÕES GABARITADAS
QUESTÕES GABARITADAS
EXERCÍCIOS.............................................................................................................................1
GABARITO...............................................................................................................................36
O processo de políticas públicas mostra-se como uma forma moderna de lidar com as incertezas decorren-
tes das rápidas mudanças do contexto social, político e econômico, e das exigências e demandas da sociedade
frente ao Estado.
Compreendem-se as políticas públicas, a partir da dinâmica do funcionamento do Estado, EXCETO como:
(A) Decisões condicionadas pelo próprio fluxo e pelas reações e modificações que elas provocam no tecido
social, bem como das visões e dos valores dos que influem na decisão.
(B) Estratégias que apontam para diversos fins almejados por diferentes grupos que participam do processo
decisório da ordem estatal.
(C) Um conjunto de ações estruturadas de modo sequencial, legalmente estabelecidas em conformidade
com os procedimentos normativos.
(D) Um fluxo de decisões públicas orientado a manter o equilíbrio social ou a introduzir desequilíbrios des-
tinados a modificar uma dada realidade.
Blackmore e Lauder (2015) afirmam que políticas públicas são mais do que textos “oficiais” produzidos
pelas autoridades governamentais, tendo múltiplas dimensões e sendo formas de ações sociais planejadas,
embora inevitavelmente incompletas nas formas de se inscreverem na prática. Neste sentido, analise as asser-
tivas abaixo, assinalando V, se verdadeiras, ou F, se falsas.
( ) A pesquisa sobre políticas públicas predominante até a década de 1970 estava alicerçada em técnicas
estatísticas, grandes amostras populacionais e processos hierárquicos lineares.
( ) O modelo “racional” de análise busca abranger, além da criação, a recepção e os efeitos das políticas
públicas, também o modo pelo qual o discurso e a linguagem configuram o contexto delas.
( ) Cientistas sociais têm crescentemente conceituado o Estado como um âmbito disputado, no qual um
conjunto de relações contraditórias medeia a construção de políticas públicas.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
(A) V – F – F.
(B) V – V – F.
(C) V – F – V.
(D) F – V – F.
(E) F – F – V.
_______é um conceito usado nas políticas públicas para se referir ao tratamento de algum tema de forma
interdepartamental (ou seja, de forma conjunta entre ministérios, secretarias, etc.), com a criação de fóruns
horizontais de debate e tomada de decisão. A ideia vem originalmente dos estudos sobre educação. Segundo
autores da área, classificar o mundo em diferentes matérias escolares (história, geografia, biologia, física, etc.)
esconde as conexões que existem entre essas disciplinas dentro de determinados temas. Para esses casos,
é melhor que o estudo seja interdisciplinar (VICK, 2023). Assinale a alternativa que corretamente completa a
lacuna no excerto:
(A) Conectividade.
(B) Transversalidade.
(C) Interdisciplinaridade.
(D) Interdepartamentalização.
(E) Multidisciplinaridade.
Uma definição mais adequada é entender as políticas públicas como iniciativas governamentais destinadas
a atender demandas socialmente reconhecidas, de acordo com normas estabelecidas.
(Disponível em: https://pp.nexojornal.com.br/ponto de-vista/2022/Sobre-o-conceito-de-pol%C3%ADticas-
-p%C3%BAb licas. Adaptado.)
Sobre a principal finalidade das políticas públicas, é afirmar que a mesma:
(A) Limita a duração dos projetos, estabelecendo um período determinado com começo, meio e fim, para
garantir eficiência e resultados precisos.
(B) Simplifica a realidade social, econômica e ambiental, ignorando a complexidade do público atendido, a
Em ‘Políticas públicas: seus ciclos e subsistemas: uma abordagem integral’, Howlett, Ramesh e Perl (2013)
apresentam o método aplicado de resolução de problemas do processo político-administrativo, que auxilia no
esclarecimento dos diferentes papéis desempenhados no processo pelos atores, instituições e ideias relacio-
nados à política. Relacione as resoluções aplicadas de problemas na Coluna 1 aos estágios referentes ao ciclo
de políticas públicas na Coluna 2.
Coluna 1
1. Escolha da solução.
3. Propostas de solução.
4. Reconhecimento do problema.
5. Efetivação da solução.
Coluna 2
( ) Montagem da agenda.
( ) Formulação da política.
( ) Tomada de decisão política.
( ) Implementação da política.
( ) Avaliação da política.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
(A) 4 – 3 – 1 – 5 – 2.
(B) 2 – 3 – 1 – 4 – 5.
(C) 4 – 2 – 5 – 1 – 3.
(D) 1 – 2 – 3 – 4 – 5.
(E) 4 – 1 – 3 – 2 – 5.
Segundo Lowi (1964), as políticas públicas podem ser divididas em 4 categorias: distributivas, regulatórias,
redistributivas e constitutivas. Usando a tipologia de Lowi, é possível afirmar que é um exemplo de política re-
gulatória:
(A) Proibição de fumo em estabelecimentos fechados.
(B) Cotas para o ensino superior.
(C) Direito ao pagamento de meia-entrada em atividades culturais e esportivas aos estudantes.
(D) Programa de transferência de renda.
(E) Vacinação prioritária em idosos.
“Dada a natureza da ação estatal, os processos relacionados à implementação de políticas públicas são
inesgotáveis. Eles podem variar no conteúdo (mudar prioridades), podem variar na forma (uso de diferentes
instrumentos), podem variar em termos de atores (estatais ou não estatais). Mas a legitimidade da existência
do estado é definida por sua capacidade de colocar políticas públicas em prática, materializando e dando vida
concreta a elas.”
LOTTA, Gabriela. A política pública como ela é: contribuições dos estudos sobre implementação para a
análise de políticas públicas. In: LOTTA, G. (Org.) Teorias e Análises sobreImplementaçãodePolíticasPúbli-
casnoBrasil.p.33-34.Disponívelem:voo_TTeeoras%%%200e%%20Ann%%C3%%
%AA1lises%200sobee%%220Impemmeent%%C3%A7%C3%A3o%%%20d%%20Poo%C3%%AD-
Dias%%20P%C3%BAbcas%20no%20Basspdf ADticas%20P%C3%BAblicas%20no%20Brasil.pdf
O texto acima aponta que as políticas públicas são uma forma a partir da qual o estado se torna:
(A) crítico das iniciativas sindicais.
(B) defensor das associações patronais.
(C) representante dos interesses privados.
(D) porta-voz das demandas populares.
A expressão “política pública” engloba vários ramos do pensamento humano, sendo interdisciplinar, pois
sua descrição e definição abrangem diversas áreas do conhecimento, como a Ciência Política, a Economia,
entre outros, tendo como objetivo o estudo do problema central, ou seja, o processo decisório governamental.
Entre as várias definições de políticas públicas, podemos dizer que:
I – É a combinação de decisões básicas, compromissos e ações feitas por aqueles que detêm ou influen-
ciam cargos de autoridade do governo.
II – É o que as empresas privadas decidem ou não fazer para o bem dos seus funcionários, por meio do
serviço social.
III – É a soma das atividades dos governos, que agem diretamente, ou por meio de agentes, e que influen-
ciam a vida dos cidadãos.
Assinale a alternativa que descreve um fundamento essencial para a existência de uma política pública:
(A) Disponibilidade de recursos vultosos.
(B) Aprovação da Presidência da República.
(C) Desenvolvimento de projetos complexos.
(D) Necessidade de resposta a um problema público.
(E) Envolvimento de equipes com múltiplas capacidades técnicas e gerenciais.
As políticas públicas em termos nacionais e em particular em termos municipais, podem ter vários objetivos
e particularidades distintas. A princípio, política pública são as atitudes tomadas ou não pelo governo e os im-
pactos dessas ações e omissões. Assim, pode-se caracterizar as políticas públicas como?
I - Políticas Públicas Distributivas.
II - Políticas Públicas Redistributivas.
Houve crescimento de 74% da população brasileira encarcerada entre 2005 e 2012. As análises possibilita-
ram identificar o perfil da população que está nas prisões do país: homens, jovens (abaixo de 29 anos), negros,
com ensino fundamental incompleto, acusados de crimes patrimoniais e, no caso dos presos adultos, condena-
dos e cumprindo regime fechado e, majoritariamente, com penas de quatro até oito anos.
BRASIL. Mapa do encarceramento: os jovens do Brasil. Brasília: Presidência da República, 2015.
Nesse contexto, as políticas públicas para minimizar a problemática descrita devem privilegiar a
(A) flexibilização do Código Civil.
(B) promoção da inclusão social.
(C) redução da maioridade penal.
(D) contenção da corrupção política.
(E) expansão do período de reclusão.
Segundo Rua e Romanini (2013), políticas sociais são aquelas destinadas a prover o exercício de direitos
sociais como educação, seguridade social, habitação etc. Constitui-se em um exemplo de política pública social
distributiva:
(A) Código de Trânsito.
(B) Regimento do Congresso.
(C) Implementação de escolas.
(D) Transferência de recursos inter-regionais.
As políticas públicas que buscam mudar o grau de concentração de recursos, quanto à sua finalidade,
classificam-se como
(A) estruturadoras.
(B) constitutivas.
(C) redistributivas.
(D) distributivas.
(E) regulatórias.
As alternativas a seguir se referem a alguns princípios e características das políticas públicas. Assinale
entre elas a que está INCORRETA:
(A) segundo o princípio da universalização da política pública, ela será igualmente acessível a todos os
cidadãos, sem critérios para diferenciar quem tem acesso e quem não tem acesso.
(B) há políticas públicas que são focalizadas para uma posterior universalização. Nesses casos, a ação é
norteada para a identificação de foco como parte de um projeto maior.
(C) o princípio da descentralização parte de uma alocação territorializada de recursos públicos, buscando a
igualdade para todos os estados e municípios.
(D) as políticas públicas têm na descentralização uma forma de torná-las mais eficientes e eficazes. Elas
devem ser desenvolvidas pelo ente federativo que se encontra mais próximo dos cidadãos.
(E) se a política é desenhada com focalização, é preciso identificar, a partir de estudos quais são os critérios
atuais de elegibilidade.
As ações públicas de governos visam produzir resultados e impactos sociais. Quando essas ações são
articuladas e explicitam propósitos claros são denominadas como políticas públicas. Indique, dentre as alterna-
tivas, qual delas corresponde a uma ação passível de ser interpretada como pertencente a uma política pública.
(A) Emissão de Registro Geral, RG.
(B) Reforma de próprios públicos.
(C) Cobrança de impostos e taxas.
(D) Fiscalização de mananciais.
(E) Implantação de posto de saúde.
Na formulação de alternativas, um dos cinco estágios do ciclo das políticas públicas, é necessário
(A) identificar os temas, os problemas e os recursos disponíveis para a atuação dos atores envolvidos.
(B) planejar as ações, realizar diagnóstico e estabelecer objetivos para a tomada de decisões.
(C) escolher o responsável para implementar os modelos de racionalidade absoluta e limitada, incremental
e de fluxos múltiplos.
(D) transformar as intenções em ações concretas e verificar se os resultados alcançaram o público-alvo.
O ciclo de políticas públicas é uma forma de compreensão de como os processos, a elas inerentes, se
organizam.
Geralmente vistas como compondo e se constituindo, EXCETO pelo(a):
(A) Elaboração/formulação que consiste na identificação e delimitação de um problema da comunidade e as
possíveis alternativas para a solução, na avaliação de custos e efeitos de cada uma delas e na definição das
prioridades. Traduz-se na seleção e especificação das alternativas mais convenientes e explicitam as decisões
adotadas, os objetos e metas, os marcos jurídicos e os processos administrativos e financeiros.
(B) Formação da agenda, que se dá pela inclusão de um determinado pleito ou demandas de grupos na
agenda política, na lista de prioridades dos agentes governamentais, se constituindo como o momento de cons-
trução do consenso entre os atores governamentais sobre o percurso da política.
(C) Implementação/execução, em que a implementação constitui a organização do aparelho administrativo
e os variados recursos (humanos, tecnológicos, informacionais) necessários à execução da política. Compre-
ende-se, no nível da execução, o conjunto de ações destinadas a atingir os objetivos estabelecidos pela políti-
ca. A execução é a política posta em ação.
(D) Monitoramento e avaliação, o primeiro consistindo em um processo sistemático de supervisão da exe-
cução das atividades e de seus diversos componentes, cujo objetivo é o de fornecer informação necessária à
produção de eventuais correções do curso da ação; a avaliação, por sua vez, é a mensuração e análise dos
efeitos produzidos pelas políticas públicas, especialmente no que diz respeito às realizações obtidas e às con-
sequências previstas e não previstas da política.
As continuas e rápidas mudanças nos contextos sociais, que produziram transformações na capacidade do
Estado e nas ações governamentais, colocaram novos desafios para o planejamento estatal. O esgotamento
dos modelos tradicionais reorienta a discussão sobre o planejamento, suas premissas e processos, incorporan-
do a dimensão estratégica na gestão pública.
Isso significa compreendê-lo como:
Sobre o modelo de tomada de decisão incrementalista em políticas públicas, assinale a alternativa correta.
(A) É estabelecido a partir de uma comparação entre as diversas alternativas existentes, garantindo uma
melhor opção técnica, ainda que não seja considerada a melhor opção política.
(B) Tende a ser o preferido do ponto de vista organizacional, uma vez que os recursos já estão acomodados
e precisam apenas de ajustes para a continuidade da política pública.
(C) Pressupõe uma decisão aprimorada gradualmente a partir de dados estatísticos, pautando uma delibe-
ração puramente racional por parte dos policymakers.
(D) Depreende-se de um encontro entre problemas e soluções, em uma janela de oportunidade política que
viabiliza a implementação de uma política pública.
(E) Privilegia o surgimento de soluções inovadoras para os problemas que estão sendo enfrentados, abrin-
De acordo com a legislação que dispõe sobre a criação do cargo de Analista de Políticas Públicas e Gestão
Governamental (APPGG) na Prefeitura Municipal de São Paulo:
Art. 10. São atribuições dos Analistas de Políticas Públicas e Gestão Governamental a implementação,
supervisão, coordenação, execução, monitoramento e avaliação de projetos, atividades e políticas públicas da
Administração Direta e Indireta da Prefeitura do Município de São Paulo. (Lei no 16.193, de 05.05.2015)
Nesse sentido, considerando todas as etapas do ciclo de políticas públicas municipais, é correto afirmar
que:
(A) há de se compreender que o processo de produção de políticas públicas não é rígido, de modo que as
atribuições de gestão serão sobrepostas, ainda que se trate de uma única política pública.
(B) o desempenho em cada uma das etapas do processo deve ser meramente técnico, subsidiando os to-
madores de decisão com dados desvinculados de análises políticas.
(C) o ocupante do cargo não é parte legítima no processo de formulação da política pública, devendo atuar
a partir da etapa de implementação.
(D) o processo decisório envolve uma importante dimensão política, não cabendo ao servidor interferir ou
influenciar nesta etapa do ciclo de políticas públicas.
(E) ainda que os trabalhos técnicos do servidor possam subsidiar novas políticas governamentais, é ilegíti-
ma sua participação na construção de novas agendas formais.
O estudo das políticas públicas usa modelos na forma de ciclos de etapas sucessivas, de modo a facilitar
sua análise e identificar uma possível intervenção, como no exemplo proposto a seguir.
A análise de políticas públicas pode ser entendida como a atividade orientada para a geração e a sistema-
tização de conhecimentos aplicados à resolução de problemas públicos. Para tanto, se faz necessário com-
preender as diferentes formas de avaliar e identificar ineficiências antes, durante e depois da implementação
de políticas públicas. Essa avaliação, quando feita de forma preliminar à tomada de decisão, é denominada ex
ante.
Essa metodologia ocorre:
(A) em momento de elaboração e proposição de políticas públicas e visa ao monitoramento da política pú-
blica em andamento;
(B) em momento de elaboração e proposição de políticas públicas e visa a orientar a decisão para que a
política pública formulada seja a mais efetiva, eficaz e eficiente;
(C) após o momento de elaboração e proposição de políticas públicas e visa a produzir propostas de melho-
ria de políticas públicas já instituídas;
(D) após o momento de elaboração e proposição de políticas públicas e visa a avaliar os impactos de polí-
ticas públicas após sua implementação;
(E) após o momento de elaboração e proposição de políticas públicas e visa a avaliar o custo-benefício da
política pública implementada.
Uma forma de imprimir racionalidade ao processo de formulação e viabilizar a posterior avaliação das políti-
cas públicas é a utilização do modelo lógico, uma importante ferramenta para identificar e descrever os compo-
nentes do desenho, da operação e dos resultados esperados de uma política pública durante sua elaboração.
O modelo lógico é formado por cinco componentes: insumos, atividades, produtos, resultados e impactos.
Sobre os componentes do modelo lógico, é correto afirmar que:
(A) resultados são os efeitos de longo prazo observados nos indivíduos ou instituições em decorrência da
intervenção realizada;
(B) produtos são os recursos necessários à realização da intervenção ou implementação da política;
(C) insumos são os frutos diretos e quantificáveis da política pública;
(D) impactos são os efeitos imediatos da intervenção ou política pública, nem sempre mensuráveis;
(E) atividades são as ações e os serviços realizados no escopo da política pública.
No ciclo das políticas públicas, após a construção de agenda e da formulação da política, tem-se o proces-
so decisório. Sobre o processo decisório, diz-se que
I. a formação das alternativas e a tomada de decisão se caracterizam pela apresentação de propostas pelos
atores, em vista da resolução de um problema posto, considerando a expressão de interesses diversos a serem
combinados, de modo que se chegue a uma solução aceitável para o maior número de partes envolvidas.
II. uma tomada de decisão significa que todas as decisões relativas a uma política pública já foram tomadas.
III. quando a política pública é pouco conflituosa e agrega bastante consenso, o seu núcleo pode ser bas-
tante abrangente e reunir decisões sobre diversos aspectos.
IV. quando são muitos os conflitos da política pública, as questões se apresentam complexas e a decisões
requerem pragmatismo ideológico e conhecimentos, ainda que superficiais, a fim de alcançarem o maior núme-
ro de pessoas e aspectos possíveis, antecipando as decisões para o momento de oportunidade e conveniência
política.
Está correto o que se afirma apenas em
(A) II e III.
(B) I e II.
(C) I e III.
(D) I e IV.
(E) II e IV.
A agenda em políticas públicas é o conjunto de problemas públicos relevantes que podem se tornar um
programa específico de governo. A relativa falta de clareza da agenda de políticas públicas é resultado da coe-
xistência de várias agendas que nem sempre coincidem.
1. Agenda da sociedade
2. Agenda do governo
3. Agenda de decisão
( ) problemas de curto e médio prazo que podem afetar não só o governo, mas também os poderes Execu-
tivo, Legislativo e Judiciário.
( ) questões que preocupam permanentemente diversos atores políticos e sociais.
( ) problemas que um governo específico escolheu tratar, consoante a ideologia partidária e os projetos
políticos.
Assinale a opção que indica a relação correta, na ordem apresentada.
(A) 1, 3 e 2.
(B) 1, 2 e 3.
(C) 2, 1 e 3.
(D) 3, 1 e 2.
(E) 3, 2 e 1.
A agenda governamental diz respeito aos temas que são alvo da atenção das autoridades em determinado
momento. Frequentemente, por motivos diversos, a agenda governamental deixa de lado questões relevantes
para dar espaço a outras de menor importância.
Uma das teorias que tentam explicar essa situação é a dos fluxos múltiplos, que parte da ideia de que o
governo é permeado pelos fluxos
(A) dos problemas, das soluções e das políticas.
(B) das instituições, da sociedade e da mídia.
(C) da lógica, da emoção e do grupo.
(D) das classes, dos meios e do poder.
(E) da força, do relacionamento e do trabalho.
O conceito de política pública modificou-se ao longo das últimas décadas. Atualmente considera-se que as
políticas públicas têm uma natureza bastante complexa e controversa. O ciclo clássico de políticas públicas que
englobava três etapas foi ampliado, no sentido de se compreender melhor seu processo.
Considerando essa nova perspectiva, as fases e a respectiva ordem de desenvolvimento das políticas pú-
blicas são:
(A) agenda, formulação, estratégia, execução, implementação e monitoramento;
(B) formação da agenda, decisão de implementação, execução e monitoramento;
(C) agenda, elaboração, formulação, implementação, execução, acompanhamento e avaliação;
(D) formulação, execução, implementação, acompanhamento e avaliação;
(E) agenda, formulação, execução, monitoramento e avaliação.
O ciclo de políticas públicas deve conter diversas etapas. Assinale a alternativa que não compreenda uma
das fases do ciclo de políticas públicas.
(A) Formulação da agenda
(B) Tomada de decisão
(C) Implementação
(D) Propaganda eleitoral
“No processo de formulação de políticas públicas, a primeira providência a ser tomada quando uma situa-
ção é vista como problema – e, por isso, é incluída na agenda governamental – é definir as linhas de ação que
serão adotadas para resolver a questão. A definição, no entanto, gera um embate político entre grupos que vão
ver as linhas de ação como sendo favoráveis ou contrárias a seus interesses. Nesse momento deve ser definido
o objetivo da política pública, quais serão os programas desenvolvidos e as metas a serem alcançadas. Um
bom processo de elaboração de políticas públicas segue, em geral, os seguintes passos: conversão de estatís-
ticas em informação relevante para o problema; análise das preferências dos atores envolvidos; ação baseada
no conhecimento adquirido. Este procedimento proporciona à autoridade uma série de opiniões que pode servir
como base para apontar o caminho desejado pelos segmentos sociais”.
Determinadas políticas públicas ganham força e legitimidade ao longo do tempo a ponto de se tornarem
políticas de Estado, tal como o Financiamento Estudantil – FIES e o Programa Bolsa Família. Nesse contexto,
as políticas públicas passam por etapas até alcançarem resultados ao longo do tempo. Assinale a alternativa
que inclui duas dessas etapas.
(A) Inovação e agenda de políticas públicas.
No desenvolvimento de uma política pública podem existir diferentes formas de coprodução com o cidadão.
Essa diferenciação ocorre em função do tipo de participação e envolvimento do cidadão ao longo do proces-
so. Por exemplo, há políticas em que a comunidade toma as iniciativas e se articula, permanentemente, como
microcosmo que age em prol do bem comum, independentemente de o cidadão ser ou não solicitado ou con-
vocado pelo poder público.
Essa modalidade de coprodução envolve a participação do tipo:
(A) por consulta;
(B) passiva;
(C) funcional;
(D) interativa;
(E) automobilização.
A implementação de políticas públicas pode ser operacionalizada por meio de diferentes instrumentos. Um
instrumento que compromete a legitimidade de uma política pública quando utilizado, são as (os)
(A) leis ordinárias
(B) medidas provisórias.
(C) leis complementares
(D) decretos legislativos
(E) emendas constitucionais
No que se refere à implementação de políticas públicas, assinale a opção que apresenta mecanismos efi-
cientes no combate à corrupção.
(A) fortalecimento do clientelismo; nepotismo; fortalecimento das práticas de controle interno e externo;
melhorias no acesso às informações públicas
(B) fortalecimento do clientelismo; nepotismo; melhorias no acesso às informações públicas; fortalecimento
do princípio da pessoalidade
(C) transparência dos atos promovidos pela administração pública; melhorias no acesso às informações
públicas; fortalecimento do princípio da pessoalidade
(D) transparência dos atos promovidos pela administração pública; fortalecimento de práticas de controle
interno e externo; melhorias no acesso às informações públicas.
O ciclo de políticas públicas apresenta uma fase em que as decisões inicialmente tomadas deixam de ser
apenas intenções e se tornam intervenção na realidade, efetivando o que fora decidido. Essa fase se refere à
(A) avaliação.
(B) implementação.
(C) formação da agenda.
(D) tomada de decisões.
Na cidade de São Paulo, desde março de 2023, a responsabilização pela gestão, manutenção, explora-
ção, revitalização e expansão dos serviços cemiteriais e funerários passou para a iniciativa privada a partir de
uma concessão de 25 anos. Deste modo, um conjunto de empresas assumirá gradativamente o serviço, antes
prestado pelo Serviço Funerário do Município de São Paulo (SFMSP) e que dará suporte até janeiro de 2024.
A fiscalização da política pública será de atribuição da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Município
de São Paulo (SP Regula).
Considerando o período de transição das atividades entre as concessionárias e o Serviço Funerário do
Município de São Paulo (SFMSP), assinale a alternativa que representa uma barreira típica de implementação
com potencial risco de ocorrência.
(A) Cooptação.
(B) Mudanças de prioridades.
(C) Autorização lenta.
(D) Limitação de fundos.
(E) Oposição burocrática.
No processo de planejamento e execução de políticas públicas (PP), diversos fatores se fazem presentes e
influem, direta e indiretamente, no processo decisório público. Compete aos gestores analisar com isenção os
fatores de maior ou menor impacto de maneira a assegurar o uso apropriado de recursos com vistas ao alcance
da finalidade, dos objetivos e da missão de seus órgãos. Quando trabalhando em conjunto com outros órgãos
no planejamento e análise de PP, os decisores e gestores se defrontam com situações nas quais pode haver
conflito de interesses na utilização de recursos.
Nesses casos específicos, devem-se considerar:
(A) em conjunto objetivos individuais dos órgãos através de critérios amplos de forma a favorecer as metas
individuais, aumentando assim a eficiência ao alocar recursos destinados a PP, por vezes garantindo que mais
desses objetivos sejam alcançados;
(B) em conjunto objetivos principais da PP através de critérios individuais de cada órgão de forma a mitigar
metas e objetivos particulares, assim garantindo que mais objetivos principais sejam alcançados;
As políticas públicas são desenhadas por meio de instrumentos capazes de traduzir as intenções dos formu-
ladores de políticas em um conjunto de ações concretas. A escolha das ferramentas de aplicação, sejam elas
a atuação direta do Estado ou as várias formas de parceria e arranjos público-privados, é fundamental no pro-
cesso de formulação de políticas públicas. Nessa escolha,diversos fatores devem ser levados em conta, quais
sejam: ideais, interesses, indivíduos e instituições. Cada fator apresenta um impacto diferente na escolha das
ferramentas. Sobre as instituições como fatores na escolha de ferramentas de aplicação de políticas públicas,
é correto afirmar que, em conjunto com:
(A) os indivíduos, elas tratam da aceitabilidade social das ferramentas, facilitando ou resistindo de acordo
com as suas preferências por ferramentas socialmente aceitas;
(B) as ideias, elas tratam da aplicabilidade das ferramentas, facilitando ou resistindo de acordo com suas
preferências por ferramentas socialmente aceitas;
(C) os interesses, elas tratam da aceitabilidade das ferramentas, facilitando ou resistindo de acordo com
suas preferências e com o alcance econômico das ferramentas;
(D) os indivíduos, elas tratam da eficiência das ferramentas, facilitando ou resistindo de acordo com suas
preferências por ferramentas que diluem a responsabilidade;
(E) os indivíduos, elas tratam da aplicabilidade das ferramentas, facilitando ou resistindo de acordo com
suas preferências por ferramentas já estabelecidas.
A ampliação dos espaços de participação popular permite que a sociedade atue em conjunto com o Es-
tado na elaboração, na implementação e na fiscalização das políticas públicas, contribuindo para aumentar a
eficácia e a abrangência das ações públicas. Esses espaços têm permitido aos atores sociais localizarem e
apresentarem as respectivas demandas, possibilitando sua aproximação junto aos legisladores e formuladores
de políticas públicas.
Acerca das relações entre Estado e sociedade na formulação de políticas públicas, assinale a alternativa
correta.
(A) Os grupos que integram o sistema político, demandando ou executando ações que podem ser transfor-
madas em políticas públicas, são chamados de atores, que podem ser públicos ou privados.
(B) Os atores públicos são aqueles que não possuem vínculo direto com a estrutura administrativa do Esta-
do e fazem parte da sociedade civil.
(C) Os atores privados são aqueles que exercem funções públicas no Estado, eleitos pela sociedade para
um cargo por tempo determinado.
(D) Os atores privados são os responsáveis por mobilizar todos os recursos necessários para elaboração,
execução, monitoramento e avaliação das diversas políticas.
(E) Os atores privados possuem participação garantida no processo de políticas públicas por meio de de-
creto judicial, após provocação.
Na maioria dos países, o planejamento, seja ele robusto e sofisticado, ou composto por diretrizes genéricas,
não orienta a formulação de políticas públicas setoriais ministeriais, nem as prioridades do governante.
(TONI, 2021, p. 23.)
Utilizando o texto como reflexão e pensando nos entraves na relação entre planejamento e implementação
das políticas públicas, assinale a afirmativa INCORRETA.
(A) Falta de coerência entre planejamentos.
(B) Incapacidade de atualizar o planejamento em face de fatos novos da conjuntura, como crises e deman-
das inesperadas.
(C) Associação entre planejamento estratégico governamental e execução orçamentária, conduzindo o pla-
nejamento das prioridades do governo.
(D) Risco de ineficiência na implementação de políticas públicas pela duplicação ou sobreposição de planos
e projetos, afetando a coordenação do governo.
O Estado possui acesso a um número limitado de recursos que devem ser utilizados para atender a um
número significativo de demandas da sociedade e que tendem a crescer em função da maior complexidade das
sociedades e das novas exigências e problemas decorrentes. Desse modo, as funções estatais, em todos os
níveis (federal, estadual, municipal), para serem exercidas, necessitam de um mínimo de planejamento, com
adoção de critérios de racionalidade para que as metas e objetivos sejam alcançados de forma eficiente, ou
seja, obter resultados com recursos limitados. Logo, para desempenhar suas funções essenciais, o Estado pre-
O ciclo de políticas, ou policy cycle, é uma abordagem para o estudo das políticas públicas que identifica
fases sequenciais e interativas no processo de produção de uma política, a partir da decomposição do processo
de sua elaboração nos momentos de formulação, implementação e avaliação de resultados.
(RUA, 2012; CHRISPINO, 2016.)
Em relação às etapas do ciclo de políticas, assinale a afirmativa correta.
(A) Avaliação: normalmente acompanha a implementação e consiste em um conjunto de procedimentos de
apreciação dos processos adotados, dos resultados preliminares e intermediários obtidos e do comportamento
do ambiente da política.
(B) Formação da agenda: ocorre quando, após a análise do problema incluído na agenda, os atores come-
çam a apresentar propostas para sua resolução e, então, passa a ser possível chegar-se a uma decisão sobre
o núcleo da política que está sendo formulada.
(C) Monitoramento: consiste em um conjunto de procedimentos de julgamento dos resultados de uma po-
lítica, segundo critérios que expressam valores e destina-se a subsidiar as decisões dos gestores da política
quanto aos ajustes necessários para que os resultados esperados sejam obtidos.
(D) Implementação: consiste em um conjunto de decisões a respeito da operação das rotinas executivas
das diversas organizações envolvidas em uma política, de tal maneira que as decisões inicialmente tomadas
deixam de ser apenas intenções e passam a ser intervenção na realidade.
(E) Formação das alternativas e tomada de decisões: ocorre quando uma demanda é reconhecida como
um problema político e sua relevância enquanto problema de interesse social precisa ser dominada; então, sua
discussão passa a integrar as atividades de um grupo de autoridades dentro e fora do governo.
No processo de implementação, cada vez mais organizações não estatais estão envolvidas na produção
de políticas públicas, como, por exemplo, as organizações sociais na saúde no Brasil. Nas análises, não levar
em consideração esses atores significa deixar os estudos às cegas na questão empírica presente em muitos
países.
Acerca da perspectiva analítica que entende implementação de políticas públicas como processo interativo,
é correto afirmar que essas políticas são implementadas
(A) por grupos multiorganizacionais, que podem ser de dentro das estruturas estatais ou de fora delas, os
quais interagem entre si defendendo diferentes perspectivas e valores acerca das políticas públicas.
(B) por atividades contínuas que também exigem decisões em cada ação governamental, pois nem todas
As políticas públicas podem ser visualizadas e interpretadas didaticamente por meio de um ciclo de vida.
De acordo com a literatura, corresponde precipuamente ao estágio de implementação de uma política pública
(A) o outcome.
(B) a janela de oportunidades de Kingdon.
(C) a avaliação ex post.
(D) o modelo dos fluxos múltiplos.
(E) a abordagem bottom-up.
O modelo de implementação de políticas públicas, caracterizado pela separação clara entre o momento de
tomada de decisão e o de implementação, em fases consecutivas, é chamado de
(A) modelo de baixo para cima ou bottom-up.
(B) modelo da lata do lixo.
(C) modelo incremental.
(D) modelo de cima para baixo ou top-down.
O conceito de “vulnerabilidade social” tem se tornado cada vez mais presente em estudos que guiam a
implementação de políticas públicas. Tais estudos enfatizam a relação entre vulnerabilidade e violência. Por
exemplo, segundo estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, do Ministério da Economia,
e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública: “Enquanto a taxa de homicídios de mulheres não negras teve cres-
cimento de 1,6% entre 2007 e 2017, a taxa de homicídios de mulheres negras cresceu 29,9%. Em números
absolutos a diferença é ainda mais brutal, já que entre não negras o crescimento é de 1,7% e entre mulheres
negras de 60,5%”.
(Acessível em http://www.forumseguranca.org.br/wpcontent/uploads/2019/06/Atlas-da-Violencia-2019
_05jun_vers%C3%A3o-coletiva.pdf, p. 38)
Tendo como suporte as colocações do texto, é correto afirmar que a
(A) vulnerabilidade de grupos sociais determinados está associada a fatores socioeconômicos.
(B) violência se manifesta de modo uniforme em todos os grupos sociais, como revelam os dados estatís-
Pesquisas internacionais indicam que o fim da impunidade é uma medida necessária para acabar com o
círculo vicioso de corrupção nas esferas privada e pública. Recentemente, promotores do Ministério Público
Federal elaboraram as “10 Medidas Contra a Corrupção”, uma proposta para endurecer o sistema punitivo de
crimes contra a Administração Pública, a criminalização do caixa 2 nas campanhas eleitorais, a punição contra
juízes e promotores que cometerem ilícitos, entre outras medidas.
Sobre os fatores que influenciam a incidência de corrupção e fatores que promovem a qualidade das políti-
cas públicas, analise os itens a seguir.
I. A independência funcional perante os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário permite que o Ministério
Público possa servir como guardião do funcionamento da Administração Pública e da Justiça.
II. A mídia exerce papel de controle sobre a esfera política e a atuação da Administração Pública, realizando
jornalismo investigativo, denunciando corrupção e apontando as melhores práticas.
III. Implícita na visão weberiana está a interpretação de que o trabalho do burocrata deve ter suma discricio-
nariedade, de forma a evitar corrupção, favoritismos ou desvirtuamentos dos interesses coletivos.
Está correto o que se afirma em
(A) I, II e III.
(B) I e II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) III, apenas.
O uso da internet pelos atores políticos é uma variável importante das democracias representativas: depu-
tados, atores institucionais, cidadãos e organizações da sociedade civil utilizam diferentes plataformas para
influenciar as decisões políticas, em um processo denominado de “Democracia Digital” que fortalece o princípio
da transparência.
A respeito das tecnologias de informação e comunicação aplicadas aos processos democráticos, relacione
os possíveis efeitos da transparência digital listados a seguir às respectivas descrições.
As atuais tendências para alterar a forma de atuação da gestão governamental em relação à governança
das políticas públicas incluem
I a condução dos assuntos de governo por atores do mercado e da sociedade civil organizada em conjunto
com a burocracia estatal.
II a microgestão integrada entre os diversos atores formadores de políticas públicas por meio de inteligência
artificial, com centralização do processo decisório modelado em uma estrutura inovadora de interação entre
Estado e partes interessadas (stakeholders).
III a crescente tendência de estruturação de arranjos entre múltiplos órgãos estatais, o que envolve, muitas
vezes, múltiplos níveis de governo para conduzir políticas públicas e prestação de serviços de forma integrada.
IV os recentes avanços tecnológicos que deram origem à revolução digital e que, ao reduzirem custos de
transação e criarem inovadoras alternativas de interação, capacitaram a formação de parcerias e a colaboração
em tempo real entre diferentes organizações.
Estão certos apenas os itens
O federalismo moderno tem sua origem histórica nos Estados Unidos do século XVIII, sendo visto como
engenharia institucional para acomodar conflitos sociais e políticos de base territorial e para constituição do
Estado Nacional (SOARES; MA-CHADO, 2018). Essa experiência se expandiu pelo mundo, ganhando variados
contornos e especificidades, mas preservando algumas características básicas.
Analise as afirmativas sobre os elementos, dentre outros, que caracterizam o federalismo:
I. Divisão do poder realizada verticalmente, de modo que diferentes níveis de governo tenham autoridade
sobre a mesma população e território, sendo a eles atribuídas distintas jurisdições governamentais de forma
que sejam independentes entre si.
II. A pactuação entre as forças centrípetas que impulsionam a defesa da autonomia política e decisória para
as comunidades territoriais, e as forças centrifugas impulsionadoras do fortalecimento do poder central em suas
competências de caráter nacional.
III. A descentralização legislativa ou jurisdicional que significa a capacidade dos entes nacionais de criar
legislação própria, de forma que possam atuar livres de quaisquer constrangimentos legais do poder central.
IV. Um processo de distribuição de poder que preserva um espaço jurisdicional exclusivo do nível central,
que lhe permita atuar independente da autorização prévia das unidades territoriais autônomas.
Estão CORRETAS apenas as afirmativas:
(A) I e IV.
(B) I, II e III.
(C) II e III.
(D) II, III e IV.
Novas abordagens sobre políticas públicas procuram ir além da demonstração dos efeitos do federalismo
sobre elas, buscando destacar a existência de uma relação de reciprocidade, observada, principalmente, em
momentos em que são introduzidas políticas de welfare state (FRANZESE; ABRÚCIO, 2014).
Nesse caso, tem se que:
I. No federalismo democrático competitivo, em que a União tenha poucas prerrogativas e poucas são as
áreas de decisão compartilhada, a estratégia dos entes subnacionais de realizar menos investimentos em polí-
tica de bem-estar para que não atraia beneficiários de outras unidades, pode ser respondida pelo ente central
por meio de transferências vinculadas, o que ocasiona maior interdependência entre as unidades federativas.
II. No momento da retração dos gastos sociais e redução do tamanho do Estado, o federalismo funciona
como uma barreira favorecendo a manutenção do status quo, devido ao número de possíveis veto players à
redução dos gastos federais. As unidades federativas mais socialmente vulneráveis são as primeiras a reagir
contra a retirada dos recursos do governo central.
III. Em condições de austeridade, em situações em que os cortes não necessitam de decisão compartilha-
da, as reduções são feitas nos recursos dos entes subnacionais e, nesse caso, o ente central, transferindo as
responsabilidades para as outras unidades federativas que precisam arcar com os custos da política.
IV. Em casos em que vigorava uma estrutura federativa centralizada, antes do welfare states, a implementa-
ção de políticas de bem-estar social ocorreu lentamente e, nesse caso, o federalismo exerceu, de fato, o papel
de retardar, e até impedir a formação dessas políticas.
Estão CORRETAS apenas as afirmativas:
(A) I e III.
(B) I e IV.
(C) I, II e III.
(D) II, III e IV.
Do ponto de vista do federalismo fiscal associado a políticas de transferência direta de renda e eventuais
distorções migratórias, é correto afirmar que
(A) é esperado que a transferência direta de renda seja oferecida por governos municipais para evitar pro-
cessos imigratórios ao local em que se ofereça este benefício e para induzir o aumento do bem-estar geral da
localidade.
(B) é desejável que a oferta de transferência direta de renda ocorra por governos locais, mais próximos à
população e capazes de aferir com precisão as necessidades e para fins de induzir processos emigratórios de
população de baixa renda das localidades onde há programa de transferência direta de renda.
(C) é desejável que a oferta de transferência direta de renda seja realizada por nível de governo mais cen-
tral, quando se pretende evitar a ocorrência de processos migratórios em que a população de baixa renda se
moveria a localidades que ofereçam transferência de renda.
No que se refere ao conceito, à origem e aos elementos do Estado, julgue os itens que se seguem.
I O Estado é uma associação humana (povo), radicada em base espacial (território), que vive sob o coman-
do de uma autoridade (poder) não sujeita a qualquer outra (soberana).
II Nação é um agrupamento humano homogêneo cujos membros possuem os mesmos costumes, as mes-
mas tradições e os mesmos ideais coletivos, falam a mesma língua e partilham laços invisíveis, como a cons-
ciência coletiva e o sentimento de pertencer a uma mesma comunidade.
III A soberania é caracterizada pela unicidade, indivisibilidade, imprescritibilidade e indelegabilidade.
Assinale a opção correta.
(A) Apenas o item I está certo.
(B) Apenas o item II está certo.
(C) Apenas os itens I e III estão certos.
(D) Apenas os itens II e III estão certos.
(E) Todos os itens estão certos.
Uma discussão central da reforma do Estado está associada ao papel atribuído para que o interesse da
coletividade seja alcançado.
Em um continuum de modelos de ação atribuídos ao Estado, há aqueles que defendem que o Estado deve
“articular um novo modelo de desenvolvimento que possa trazer para o conjunto da sociedade brasileira a
perspectiva de um futuro melhor. Um dos aspectos centrais desse esforço é o fortalecimento do Estado para
que sejam eficazes sua ação, no quadro de uma economia de mercado, bem como os serviços básicos que
presta e as políticas de cunho social que precisa implementar [...]este deixa de ser o responsável direto pelo
desenvolvimento econômico e social pela via da produção de bens e serviços, para fortalecer-se na função de
promotor desse desenvolvimento.”
(Brasil, PDRAE, 1995, p. 6-12).
O trecho acima remete a uma noção de Estado
(A) centralizador.
(B) liberal.
(C) interventor.
(D) regulador.
(E) planificador.
Após a Primeira Guerra Mundial, muitos países se encontravam em uma situação bastante delicada. A
economia estava enfraquecida e o poder de consumo da população havia diminuído. Então, em 1929, veio
uma grande recessão econômica que atingiu o mundo todo. Esse período ficou conhecido como a Grande De-
pressão e durou até o término da Segunda Guerra Mundial, no início de setembro de 1945. Por conta de todos
os problemas enfrentados pelos países, os governantes viram a necessidade de construir Estados mais fortes,
que conseguissem assegurar determinados direitos à população.
Esse contexto se refere ao surgimento do:
(A) Estado socialista.
(B) Estado de bem-estar social.
(C) Estado gerencialista.
(D) Estado regulador.
O nome do modelo de Estado que abrange as áreas social, política e econômica vendo o Estado como a
instituição que tem por obrigação organizar a economia de um país e dispor aos cidadãos o acesso a serviços
básicos, como saúde, educação e segurança, é chamado de estado
(A) gestor.
(B) empreendedor social.
(C) executivo.
(D) patrimonialista.
(E) do bem-estar social.
João, estudante de direito, tinha muitas dúvidas em relação à conhecida classificação das formas de go-
verno oferecida por Aristóteles.
Após ampla digressão teórica, o Professor explicou corretamente a João que o referido pensador
(A) distinguia as formas de governo normais das anormais, o que decorria de um critério ético, baseado no
atendimento ao interesse geral.
(B) situava as formas de governo nos referenciais de democracia, teocracia e clerocracia, conforme o seu
fundamento fosse o povo, a nobreza ou o clero.
(C) lastreava as formas de governo direcionadas ao bem comum em referenciais de base axiológica, expli-
citados nos valores de honra, moderação e virtude.
(D) concebia o governo de maneira monolítica, lastreado na vontade popular, o que caracterizava a demo-
cracia, sendo plúrimo o seu modo de exercício.
(E) concebia duas formas de governo, que expressavam a concepção de república própria dos antigos,
sendo dividida em república aristocrática e república democrática.
A história do Parlamento brasileiro completa dois séculos em 2023, desde a instalação da Assembleia Geral
Constituinte e Legislativa do Império do Brasil em maio de 1823. Durante esses 200 anos, o Legislativo brasi-
leiro foi fechado, dissolvido e seus deputados tiveram o mandato cassado repetidas vezes.
As afirmativas a seguir exemplificam corretamente processos de intervenção no Legislativo brasileiro, à
exceção de uma. Assinale-a.
(A) A Constituição outorgada em 1824 foi elaborada pelo Conselho de Estado nomeado por Pedro I após a
dissolução da Assembleia Constituinte de 1823.
(B) No Segundo Império, a Câmara dos Deputados foi dissolvida várias vezes pelo imperador, no exercício
privativo do poder moderador.
(C) Após a Revolução de 1930, Getúlio Vargas dissolveu o Congresso Nacional, mas manteve as assem-
bleias legislativas dos estados e as câmaras municipais.
(D) Na ditadura militar, o Ato Institucional nº 2 conferiu ao presidente da República o poder de decretar o
recesso do Congresso, autorizando que nesse período o presidente legislasse por decretos-leis.
A formulação do conceito de Estado moderno remonta ao século XVI, quando a crise dos grandes poderes
universais e dos poderes senhoriais feudais abriu o espaço para a formação de monarquias centralizadas di-
nástico-territoriais, em conflito pela hegemonia da Europa.
Na França, em um contexto de guerras interestatais e civis religiosas, o jurista Jean Bodin desenvolveu uma
das primeiras teorias sobre o poder soberano como principal agente da racionalização política:
Aquele que é soberano não deve estar sujeito ao comando de outrem em modo algum, e deve poder dar
a lei aos seus súditos e apagar ou anular as palavras inúteis nela substituindo-as por outras, o que não pode
ser feito por quem está sujeito às leis ou a pessoas que exercitem o poder sobre ele. Por isso, a lei afirma que
o príncipe não está sujeito à autoridade das leis, e em latim a palavra lei significa o comando de quem tem o
poder soberano. Assim como o papa, segundo os canonistas, nunca pode atar as próprias mãos, também não
as pode atar o príncipe soberano, mesmo que o quisesse. Por isso, no fim dos editos e das ordenanças vemos
as palavras “pois tal é o nosso prazer”, para que esteja claro que as leis do príncipe soberano, mesmo que fun-
dadas em motivos válidos e concretos, dependem apenas de sua pura e livre vontade. Quanto, porém, às leis
naturais e divinas, todos os príncipes da terra estão sujeitos a elas, nem possuem poder para transgredi-las, se
não quiserem serem culpados de lesa majestade divina, pondo-se em guerra contra aquele Deus a cuja majes-
tade todos os príncipes da terra devem se submeter, com absoluto temor e reverência.
Adaptado de J. Bodin, I sei libri dello Stato. Torino: Utet, 1964, livro I, cap. VIII, p. 358-362.
Com base no trecho e em seus conhecimentos, assinale a afirmativa que caracteriza corretamente o con-
ceito moderno de estado e de soberania em Bodin.
(A) Exercer a soberania absoluta, fazendo uso integral dos poderes da soberania, significa poder modificar
o direito ordinário, consuetudinário e as leis fundamentais do Reino.
(B) Para que o poder seja absoluto, deve se sobrepor a todos os demais poderes, por isso ele se manifesta
na prerrogativa de não se submeter à autoridade das leis.
(C) O poder absoluto consiste na faculdade de derrogar as leis civis, no caráter juridicamente incondiciona-
do da soberania e em sua limitação pelo direito divino e natural.
(D) O Estado moderno é caracterizado por uma entidade soberana, o Estado, que exerce o poder coercitivo
sobre um território e possui o monopólio do uso legitimo da força.
(E) A soberania moderna baseia-se na divisibilidade de poderes exercidos por um Estado sobre uma comu-
nidade política, submetida aos poderes soberano, divino e natural.
Tendo em vista a relação entre política, estado e mercado no século 20, a forma de estado que começou a
se desenvolver após a crise econômica de 1929, no mundo ocidental, com a implementação de políticas públi-
cas de cunho social é conhecida como estado
(A) de bem-estar social.
(B) socialista.
(C) liberal.
(D) mínimo.
(E) neoliberal.
No que concerne ao desenho do estado em perspectiva econômica, assinale a alternativa que indica o
modelo político-econômico segundo o qual o estado deveria se tornar mínimo, deixando de regular o mercado
e de se encarregar da produção de determinados bens básicos relacionados com a infraestrutura econômica.
(A) Social
(B) Neoliberal
(C) Democrático
(D) Social-democrático
(E) Democrático de direito
Trata-se de criar o “Estado mínimo”, que apenas estabelece e fiscaliza as regras do jogo econômico, mas
não joga.
Tudo isso baseado no pressuposto de que a gestão pública ou estatal de atividades direta e indiretamente
econômicas é pouco eficaz, ou simplesmente ineficaz. O que está em causa é a busca de maior e crescente
produtividade, competitividade e lucratividade, a partir dos mercados nacionais, regionais e mundiais. Daí a
impressão de que o mundo se transforma no território de uma vasta e complexa fábrica global.
Octavio Ianni. Capitalismo, violência e terrorismo. Rio de Janeiro Civilização Brasileira, 2004, p. 313-314
(com adaptações)
O texto apresentado se refere a um modelo de Estado específico que emergiu concomitantemente ao pro-
cesso de globalização da economia e que ficou conhecido como
(A) interventor.
(B) corporativista.
(C) neoliberal.
(D) policial.
(E) socialista.
O Estado de bem-estar social é um Estado assistencialista, em que o governo deve prover as necessidades
básicas da população. Para se configurar um Estado de bem-estar social é necessário que
(A) a população tenha direitos sociais reconhecidos pela legislação e, ainda, que os benefícios sejam uni-
versais, independentemente de recolhimentos de impostos e contribuições.
(B) os políticos e a sociedade civil estruturem uma rede de serviços em caráter filantrópico, de forma a man-
ter o atendimento social.
(C) os governantes incluam, nos seus planos de governo e nas suas agendas, políticas de distribuição e
redistribuição de renda, de forma a mitigar a desigualdade social.
(D) o Estado incentive as ações de atendimento da sociedade civil organizada, certificando-se de que a
população terá acesso aos serviços sociais necessários.
“Mas a Escassez é apenas um dos cinco gigantes na estrada para a reconstrução, e de certa forma, o mais
fácil de se atacar. Os demais são Doença, Ignorância, Miséria e Ociosidade.”
William Beveridge, em seu “Plano Beveridge”, relata as dificuldades que seriam encontradas na reconstru-
ção da Grã-Bretanha após a Segunda Guerra, e aponta para possíveis soluções. Sobre o modelo de Estado
inspirado por Beveridge, pode-se dizer que:
Gabarito
1 C 30 E 58 E
2 C 31 C 59 D
3 B 32 C 60 A
4 D 33 D 61 B
5 E 34 A 62 B
6 A 35 C 63 A
7 A 36 C 64 D
8 D 37 D 65 A
9 B 38 B 66 D
10 A 39 B 67 C
11 D 40 C 68 C
12 E 41 E 69 E
13 D 42 B 70 D
14 A 43 A 71 B
15 B 44 D 72 E
16 A 45 C 73 B
17 C 46 B 74 A
18 C 47 A 75 B
19 C 48 E 76 C
20 E 49 D 77 C
21 B 50 E 78 A
22 B 51 E 79 B
23 A 52 E 80 C
24 A 53 A 81 C
25 C 54 C 82 A
26 B 55 C 83 C
27 A 56 D 84 A
28 A 57 A 85 A
29 B 58 E