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Administração Geral

Modelos de tomada de decisão em


política pública

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1 Apresentação
Sejam bem-vindos a mais uma aula de Administração Geral!

É com prazer que iniciamos mais um capítulo do material PDF FOCADO do Focus
Concursos. Apresentaremos conteúdos com normativas atuais, com abordagem bem
didática e assertiva para a sua compreensão.

Ressaltamos que o PDF FOCADO conta com a produção intelectual das aulas do
professor, além das complementações, atualizações e revisões elaboradas pela nossa
equipe Pedagógica do Focus Concursos.

A respeito das complementações, frisamos que, este material pode conter


informações além das trabalhadas em videoaulas. Mas, claro, com tudo que é
necessário para a sua aprovação, com a profundidade necessária – nem mais, nem
menos.

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2 Roteiro do PDF FOCADO

Bom, feita esta análise geral, você já deve ter percebido que estamos no caminho certo.
Preciso que você, futuro aprovado(a), juntamente com este professor que passa a ser o seu
maior torcedor, organize seus estudos da seguinte forma:

Estrutura do PDF FOCADO:

• Material Teórico Escrito (conteúdo para o aluno complementar além das videoaulas.
Este material pode conter informações além das trabalhadas em videoaulas. Mas,
claro, com tudo que é necessário para a sua aprovação, com a profundidade
necessária – nem mais, nem menos.);

Você pode usar as videoaulas para entender a matéria como um todo e usar os PDFs para
complementar e aprofundar ainda mais sobre os temas!

E como eu disse, sem enrolação, vamos direto ao conteúdo para o seu concurso. VAMOS
NESSA!

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3 Sumário
1 Apresentação.......................................................................................................................2
2 Roteiro do PDF FOCADO .......................................................................................................3
4 Modelos de tomada decisão em política pública: incremental, racional e suas variantes. ......5
4.1 Definição de Política Pública........................................................................................................ 5
4.2 Modelos de tomada de decisão ................................................................................................... 6
a) Definição - ....................................................................................................................................... 6
a) Incremental - ................................................................................................................................... 7
b) Racional- ......................................................................................................................................... 8
c) Institucional - ................................................................................................................................... 9
d) De processo - ................................................................................................................................... 9
e) De grupo - ..................................................................................................................................... 10
f) De elite - ........................................................................................................................................ 10

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4 Modelos de tomada decisão em política pública: incremental,


racional e suas variantes.
4.1 Definição de Política Pública

As políticas públicas são instrumentos complexos e multifacetados que


constituem o cerne da ação governamental em sociedades democráticas,
representando o conjunto de decisões, diretrizes e programas elaborados e
implementados pelo Estado para abordar questões sociais, econômicas, políticas e
ambientais.
Essas políticas são moldadas por uma interação intrincada de fatores, incluindo
demandas da sociedade civil, pressões políticas, recursos disponíveis e objetivos
governamentais, visando a consecução de objetivos específicos que podem variar
desde a promoção da igualdade, a melhoria do bem-estar social, a regulamentação
de setores econômicos até a proteção do meio ambiente.
A discussão em torno das políticas públicas começou a ficar mais aguda após a
Segunda Guerra Mundial, num cenário de destruição da área econômica de vários
estados nacionais importantes do globo. O modelo de Estado de Bem – Estar Social
foi implementado em várias nações, pois os Estados tornaram-se protagonistas em
investimentos na área social, educação, transporte, planejamento urbano e defesa.
Autores como Harold Lasswell, Herbet Simom, Charles Lindblon e David Easton
ficaram conhecidos por seres os fundadores intelectuais dos estudos de políticas
públicas.
A elaboração de políticas públicas é um processo intrincado que envolve a
participação ativa dos três poderes do Estado em uma democracia. O Poder Executivo,
liderado pelo Chefe de Estado ou Chefe de Governo, desempenha um papel central
na formulação, implementação e supervisão das políticas, sendo responsável por
desenvolver propostas, alocar recursos e tomar medidas para atingir os objetivos
governamentais.
O Poder Legislativo, composto por representantes eleitos, contribui
significativamente através da criação e aprovação de leis que orientam as políticas
públicas, bem como pela fiscalização da implementação das políticas pelo Executivo.
Por fim, o Poder Judiciário, embora não formule políticas, desempenha um
papel crucial na interpretação das leis e na resolução de disputas que possam surgir
em relação à implementação das políticas públicas. Essa interação dinâmica entre os
três poderes é essencial para garantir a eficácia, a transparência e a accountability
(conjunto de práticas de gestão) no processo de desenvolvimento e execução das
políticas públicas.

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A sua eficácia depende da coerência, da transparência, da avaliação constante


e do compromisso do Estado com a implementação e aperfeiçoamento contínuo
dessas políticas em busca do interesse público.
As políticas públicas afetam a todos os cidadãos, de todas as escolaridades,
independente de sexo, raça, religião ou nível social. Com o aprofundamento e a
expansão da democracia, as responsabilidades do representante popular se
diversificaram.
Hoje, é comum dizer que sua função é promover o bem-estar da sociedade. O
bem-estar da sociedade está relacionado a ações bem desenvolvidas e à sua execução
em áreas como saúde, educação, meio ambiente, habitação, assistência social, lazer,
transporte e segurança, ou seja, deve-se contemplar a qualidade de vida como um
todo.
E é a partir desse princípio que, para atingir resultados satisfatórios em
diferentes áreas, os governos (federal, estaduais ou municipais) se utilizam das
políticas públicas.

4.2 Modelos de tomada de decisão

a) Definição - Os modelos de tomada de decisão são estruturas ou abordagens


conceituais que ajudam a sistematizar e racionalizar o processo de escolha entre
diferentes alternativas diante de um conjunto de informações, objetivos e restrições.
Esses modelos oferecem um conjunto de diretrizes ou procedimentos que auxiliam na
avaliação, análise e seleção da melhor opção, muitas vezes levando em consideração
fatores como custos, benefícios, riscos e preferências.
Eles são utilizados em uma ampla variedade de contextos, desde negócios e
economia até políticas públicas e decisões pessoais, oferecendo uma estrutura lógica
para enfrentar complexidades e incertezas na busca por escolhas eficazes e
informadas.
Quando aplicados ao contexto de políticas públicas, os modelos de tomada de
decisão desempenham um papel fundamental na formulação, implementação e
avaliação dessas políticas. Eles ajudam os formuladores de políticas a analisar as
opções disponíveis, considerar os impactos potenciais, alocar recursos de maneira
eficaz e tomar decisões informadas que afetam a sociedade como um todo.

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Figura 1. Modelos de tomada de decisão.

Esses modelos podem variar desde análises custo-benefício e análises de


impacto regulatório até estruturas de preferência social e abordagens multicritério. A
escolha do modelo apropriado depende da natureza do problema a ser resolvido e
das informações disponíveis, sendo crucial para garantir que as políticas públicas
sejam bem fundamentadas, transparentes e capazes de atender às necessidades e
interesses da população.

a) Incremental - O modelo incremental de políticas públicas é uma abordagem que


descreve como as políticas públicas geralmente evoluem de forma gradual e
progressiva ao longo do tempo.
Nesse modelo, as mudanças nas políticas são feitas por meio de ajustes
incrementais nas políticas existentes, em vez de mudanças abruptas. Isso ocorre
devido à resistência à mudança nas instituições governamentais e à complexidade
inerente das políticas públicas.
Ou seja, o modelo em questão entende que as políticas públicas do presente
são uma continuação das atividades de governos anteriores, com apenas algumas
modificações incrementais (graduais)
A adoção do incrementalismo decorre de fatores como: ausência de tempo,
dinheiro ou pesquisas; os formuladores de políticas aceitam a legitimidade das
políticas anteriores por causa das incertezas quando às consequências de políticas
novas ou diferentes ou a convivência para os acordos, visto que apenas modificações
nas políticas existentes podem reduzir possíveis conflitos, manter a estabilidade e
preservar o próprio sistema político.
O processo de tomada de decisão tende a ser gradual, com base na

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aprendizagem empírica ao longo do tempo, à medida que os formuladores de


políticas observam os resultados das políticas existentes e fazem ajustes com base em
experiências passadas. Esse modelo é muitas vezes influenciado pela disponibilidade
de recursos orçamentários limitados, o que leva a decisões incrementais para
equilibrar as necessidades de diferentes programas e projetos.

b) Racional- O modelo de políticas públicas racional é uma abordagem que assume


que as políticas são desenvolvidas de forma lógica e deliberada, com base em uma
análise rigorosa das alternativas disponíveis. Nesse modelo, os formuladores de
políticas buscam identificar e avaliar objetivamente todas as opções possíveis,
considerando critérios como eficiência, eficácia e equidade.
No Modelo Racional, os governos devem optar por políticas cujos ganhos
sociais superem os custos pelo maior valor e devem evitar políticas cujo custos não
sejam excedidos pelos ganhos. Dessa maneira, a racionalidade envolve o cálculo de
todos os valores sociais, políticos e econômicos alcançados (ou sacrificados) por uma
política pública.
Para selecionar uma política racional, é necessário: (i) Conhecer as preferências
valorativas da sociedade; (ii) Conhecer todas as propostas disponíveis; (iii) Conhecer
todas as consequências de cada proposta; (iv) Calcular o custo/benefício; e (v)
Selecionar a proposta política mais eficiente.
Decisões são tomadas com base em uma análise custo-benefício, onde os
custos e benefícios de cada alternativa são cuidadosamente pesados. Além disso, o
modelo presume que as preferências dos tomadores de decisão são bem definidas e
consistentes.
O processo de tomada de decisão no modelo racional segue uma sequência
lógica, começando pela identificação de um problema, seguida pela coleta de dados,
análise das alternativas, seleção da melhor alternativa com base em critérios objetivos
e implementação da política escolhida.
Este modelo é idealizado e assume um ambiente onde a informação é
perfeitamente conhecida, as preferências são claras e as decisões são tomadas de
forma estritamente lógica. No entanto, na realidade, muitas políticas públicas são
influenciadas por fatores políticos, sociais e culturais, o que pode tornar a aplicação
estrita do modelo racional desafiadora.
Os maiores desafios ao modelo são: identificar os benefícios societários de
forma consensual e global, a preocupação do gestor em status e poder, ao invés de
prezar pelos objetivos societários e a dificuldade que existe de coletar todas as
informações no tecido social.

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c) Institucional - O modelo institucional de políticas públicas enfoca a influência das


instituições governamentais e da estrutura de governo na formulação e
implementação de políticas públicas. Nesse modelo, as políticas são vistas como
produtos de interações complexas entre diferentes órgãos e agências
governamentais, bem como de atores externos, como grupos de interesse e sociedade
civil.
As instituições desempenham um papel central na determinação de como as
políticas são desenvolvidas e implementadas. Isso inclui a maneira como as leis são
elaboradas, como os recursos são alocados e como as responsabilidades são
distribuídas entre diferentes partes do governo. Além disso, as normas e regras
informais também influenciam significativamente o processo de políticas públicas.
Uma política não se transforma em política pública antes que seja formulada e
implementada por alguma instituição governamental. As instituições governamentais
dão às políticas públicas três características fundamentais: (i) legitimidade (refere-se
às obrigações legais) ; (ii) universalidade (diz respeito à sociedade como um todo) ; e
(iii) coerção (uso da força legítimo pelo governo).
No modelo institucional, as políticas públicas são frequentemente vistas como
produtos de negociação e compromisso entre diferentes partes interessadas e órgãos
governamentais.
As decisões políticas são influenciadas por considerações políticas, sociais e
culturais, bem como pela dinâmica do sistema político em vigor. Portanto, esse
modelo reconhece que as políticas públicas podem ser moldadas por interesses
diversos e disputas políticas, resultando em soluções que nem sempre seguem uma
lógica estritamente racional.

d) De processo - O modelo de processo na análise de políticas públicas concentra-


se na dinâmica do ciclo de vida das políticas. Começa com a definição da agenda,
onde questões emergem na esfera pública e chamam a atenção das autoridades. Em
seguida, a formulação de políticas ocorre, envolvendo a pesquisa, análise e
desenvolvimento de soluções para os problemas identificados.
A etapa seguinte é a tomada de decisão, onde os formuladores de políticas,
como legisladores e executivos, escolhem entre as opções disponíveis. Após a decisão,
segue-se a implementação, onde a política é colocada em prática.
Por fim, há a avaliação, que analisa os resultados da política e pode levar a
revisões ou reformulações. Este modelo ajuda a compreender como as políticas
públicas evoluem e como os diferentes estágios do processo podem ser influenciados
por atores e contextos políticos específicos.

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e) De grupo - O modelo de grupo na análise de políticas públicas enfatiza o papel


desempenhado por grupos de interesse ou atores externos no processo de
formulação e implementação de políticas. Nesse modelo, a política é vista como
resultado de negociações e interações entre diferentes grupos que buscam influenciar
as decisões governamentais.
A teoria dos grupos propõe que a interação entre os grupos é determinante
para a política. Dessa forma, os indivíduos com interesses em comum unem-se,
formalmente ou informalmente, para apresentar suas demandas ao governo. Esse
conjunto de indivíduos com interesses compartilhados são chamados de "grupos de
interesse".
Grupos de interesse, que podem ser organizações empresariais, sindicatos,
grupos de defesa de direitos, ONGs, entre outros, desempenham um papel ativo na
defesa de seus interesses e na pressão por políticas que atendam às suas demandas.
Eles podem se envolver em atividades de lobbying, mobilização de recursos, advocacia
e participação em processos de consulta pública.
Neste modelo, a política representa as lutas entre os grupos para influenciar as
políticas públicas. Com isso, a política é orientada pelos grupos que ganham influência
e tende a se afastar das aspirações dos grupos menos influentes. Cabe ao sistema
político administrar o conflito entre os diferentes grupos de interesse.
O modelo de grupo reconhece que o poder e a influência variam entre
diferentes grupos e que a política muitas vezes reflete o equilíbrio de forças entre eles.
Portanto, a análise de políticas públicas sob essa perspectiva considera como grupos
de interesse afetam a agenda política, influenciam a formulação de políticas e
desempenham um papel importante na implementação e avaliação das políticas
governamentais.

f) De elite - O modelo de elite na análise de políticas públicas se concentra nas elites


políticas, econômicas e sociais que detêm o poder de influenciar e tomar decisões-
chave no processo de formulação e implementação de políticas públicas. Nesse
modelo, a política é vista como resultado das interações e negociações entre elites,
em vez de uma participação ampla e igualitária da sociedade.

As elites desempenham um papel dominante na definição da agenda política,


influenciando quais questões são consideradas importantes e dignas de atenção
governamental. Elas também têm um peso significativo na formulação de políticas,
muitas vezes moldando políticas de acordo com seus interesses econômicos e
políticos. Além disso, as elites podem exercer influência substancial na implementação
e na tomada de decisões administrativas.
Este modelo levanta questões sobre a concentração de poder e a possibilidade

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de que as políticas públicas sejam orientadas para atender aos interesses das elites
em detrimento dos interesses da maioria da população. Portanto, a análise de políticas
públicas sob essa perspectiva examina como as elites exercem influência, quais
interesses elas representam e quais são os impactos das políticas públicas em
diferentes grupos sociais.
Nota-se que a teoria da elite entende que a sociedade é apática e mal informada
no que diz respeito às políticas públicas, ficando à mercê da elite que molda a opinião
das massas sobre as questões políticas.
Nesta perspectiva, as políticas públicas fluem "de cima para baixo", isto é, das
elites para as massas. Mas o elitismo não significa que as políticas públicas serão
contra o bem-estar das massas.

Bons estudos!

Lembre-se de que o futuro pertence aqueles que acreditam


na beleza de seus sonhos. (Eleanor Roosevelt).

Nós acreditamos e apostamos na realização dos seus objetivos.

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