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CB - POLÍTICAS SOCIAIS

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Como está previsto no edital:

1 POLÍTICAS PÚBLICAS 1.1 Introdução às políticas públicas: conceitos e tipologias. 1.2 Ciclos de políticas públicas:
agenda e formulação; processos de decisão; implementação, seus planos, projetos e programas; monitoramento e
avaliação.1.3 Institucionalização das políticas em Direitos Humanos como políticas de Estado. 1.4 Federalismo e
descentralização de políticas públicas no Brasil: organização e funcionamento dos sistemas de programas nacionais.

CONHECIMENTOS BÁSICOS – POLÍTICAS SOCIAIS (FASE 1)


INFORME: NA SEGUNDA SEMANA DE FEVEREIRO, TEREMOS O PRIMEIRO SIMULADO! ESTEJA PREPARADO. .................... 4

1. POLÍTICAS PÚBLICAS ........................................................................................................................ 5

1.1 INTRODUÇÃO ÀS POLÍTICAS PÚBLICAS: CONCEITOS E TIPOLOGIAS................................................................... 5


1.1.1 CONCEITOS ..................................................................................................................................... 5
POLÍTICA PÚBLICA DE GOVERNO E POLÍTICA PÚBLICA DE ESTADO .............................................................................. 5
“GOVERNOS COMEÇAM E TERMINAM, MAS O ESTADO FICA” ..................................................................................... 5
DIFERENÇA ENTRE POLÍTICA PÚBLICA E POLÍTICA SOCIAL ......................................................................................... 6
AS TRÊS DIMENSÕES DE “POLÍTICA” ..................................................................................................................... 6
MODELOS E TEORIAS ......................................................................................................................................... 7
1.1.2 TIPOLOGIAS .................................................................................................................................... 9
1.2. CICLOS DE POLÍTICAS PÚBLICAS ........................................................................................................... 13
1.2.1 AGENDA E FORMULACÃ̧ O ......................................................................................................................... 14
1.2.2 PROCESSOS DE DECISÃO .......................................................................................................................... 16
1.2.3 IMPLEMENTACÃ̧ O, SEUS PLANOS, PROJETOS E PROGRAMAS ............................................................................ 18
1.2.4 MONITORAMENTO E AVALIACÃ̧ O ............................................................................................................... 20
1.3. INSTITUCIONALIZAÇÃO DAS POLÍTICAS EM DIREITOS HUMANOS COMO POLÍTICAS DE ESTADO ........................... 23
1.4 FEDERALISMO E DESCENTRALIZACÃ ̧ O DE POLÍTICAS PÚBLICAS NO BRASIL: ORGANIZACÃ ̧ O E FUNCIONAMENTO DOS
SISTEMAS DE PROGRAMAS NACIONAIS ........................................................................................................ 27
QUESTÕES PARA FIXAÇÃO ......................................................................................................................... 33
QUESTÕES COM RESPOSTAS E COMENTÁRIOS ................................................................................................ 48

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Como Estudar Esta Apos;la de Polí;cas Públicas Eficazmente

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apos6la. Se não souber algumas respostas, deixe-as em branco. Isso serve como um diagnós6co
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leitura será mais focada e ajudará a esclarecer dúvidas, solidificando seu conhecimento.
✅ Avaliação e Reflexão: Volte às questões que deixou em branco e tente resolvê-las novamente.
Em seguida, confira suas respostas com o gabarito. É crucial estudar as explicações de cada
questão, independentemente de você ter acertado ou não, para entender a lógica por trás das
respostas.

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se tornar um especialista acadêmico em Polí6cas Públicas. Concentre-se em entender os
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detalhe, não se frustre. O foco deve estar em adquirir uma compreensão sólida que lhe permita
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1. Polí(cas Públicas

1.1 Introdução às Polí@cas Públicas: conceitos e tipologias

De forma simples, polí;cas públicas são ações e decisões tomadas pelos governos para ajudar
a sociedade a funcionar melhor. Elas podem ser leis, programas, planos ou qualquer 6po de
inicia6va que o governo adota para resolver problemas ou melhorar a vida das pessoas.

A ideia de polí6cas públicas não é nova. Desde que as sociedades começaram a se organizar sob
governos, houve algum 6po de polí6ca pública. No entanto, a maneira como entendemos
polí6cas públicas hoje começou a se formar no século XX, especialmente após a Segunda Guerra
Mundial, quando os governos começaram a desempenhar um papel mais a6vo na gestão dos
assuntos sociais e econômicos.

Polí6cas públicas estão em todo lugar em nossa vida diária, embora muitas vezes não as
percebamos. Quando você bebe água da torneira, está confiando nas polí6cas públicas de
saneamento e saúde. As leis de trânsito que regulam a velocidade nas estradas e os semáforos
que controlam o fluxo de veículos são exemplos de polí6cas públicas para segurança viária. Os
programas de vacinação que mantêm doenças sob controle e os sistemas de educação que
garantem que as crianças aprendam habilidades essenciais são todos produtos de polí6cas
públicas.

1.1.1 Conceitos

Polí6cas públicas são orientações deliberadas para solucionar problemas que são considerados
relevantes e significa6vos para a sociedade.

Polí;ca pública de Governo e Polí;ca Pública de Estado


“governos começam e terminam, mas o Estado fica”

• Polí;cas de Governo: São aquelas que tendem a mudar com a alternância do poder. Por
exemplo, um programa de bolsas estudan6s pode ser introduzido por um governo e
descon6nuado pelo próximo.

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• Polí;cas de Estado: Estas têm con;nuidade e são man;das através de diferentes
governos. Um exemplo seriam as cotas universitárias, que, uma vez implementadas,
tornam-se uma polí6ca estável.

Diferença entre Polí;ca Pública e Polí;ca Social

• Polí;ca Pública: Pode ser vista como o tronco de uma árvore, da qual derivam vários
setores de polí6cas. É um conjunto de polí6cas, programas e ações do Estado des6nados
a enfrentar desafios e aproveitar oportunidades no interesse cole6vo.
• Polí;ca Social: É um dos galhos dessa árvore. Cons6tui-se das polí6cas públicas focadas
especificamente em prover bens e serviços básicos à população, abarcando áreas como
educação, saúde, assistência social, Previdência e moradia.

Enquanto a polí6ca pública é ampla e abrangente, englobando vários setores (como polí6cas
econômicas, de infraestrutura, etc.), a polí6ca social é mais focada em aspectos específicos do
bem-estar social. Por exemplo, as folhas do galho da polí6ca social incluem os direitos à educação,
saúde, Previdência e assistência social.

Conforme a Cons6tuição Federal de 1988, as polí6cas sociais são empregadas na garan6a de


direitos humanos, abordando o enfrentamento da desigualdade e promovendo o exercício da
cidadania.

As polí6cas públicas, incluindo as sociais, não são está6cas. Elas evoluem e se moldam de acordo
com a dinâmica social, os recursos disponíveis e os contextos ideológicos vigentes, seja de caráter
conservador, liberal ou progressista.

As três dimensões de “Polí;ca”

Dimensão Ins;tucional - Polity: O termo "polity" refere-se à ordem do sistema polí6co como um
todo, delineada pelo sistema jurídico. Trata-se da estrutura ins6tucional do sistema polí6co-
administra6vo, abrangendo todas as en6dades e mecanismos formais que cons6tuem o governo
e a administração do Estado. Isso inclui as cons6tuições, os órgãos legisla6vos, execu6vos e
judiciais, bem como as agências e departamentos administra6vos.

Dimensão Processual - Poli;cs: "Poli6cs" foca no processo polí6co, que muitas vezes é de
natureza conflituosa e envolve a disputa pelo poder. Esta dimensão se concentra em como os
obje6vos são estabelecidos e perseguidos dentro do sistema polí6co, os conteúdos das
discussões polí6cas e as decisões de distribuição de recursos. É neste contexto que se observam
as negociações, as alianças e os conflitos entre diferentes grupos e interesses dentro da
sociedade.

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Dimensão Material - Policy: O termo "policy" está relacionado aos conteúdos concretos, ou seja,
à configuração dos programas polí6cos, aos problemas técnicos e ao conteúdo material das
decisões polí6cas. Isso se refere às polí6cas públicas em si - os planos e programas que são
implementados para abordar questões específicas, como saúde pública, educação, transporte,
segurança, e assim por diante. Enquanto "polity" e "poli6cs" dizem respeito à forma e ao
processo, "policy" é sobre a substância e os resultados prá6cos da a6vidade polí6ca.

Modelos e teorias

a) Modelo Racional-Compreensivo
Este modelo pressupõe uma abordagem altamente analí6ca e sistemá6ca para a tomada
de decisão em polí6cas públicas. Envolve a iden6ficação clara de obje6vos, a coleta
extensiva de dados e informações, a consideração de todas as opções possíveis e a escolha
da alterna6va que maximiza a eficiência e eficácia, baseando-se em critérios obje6vos e
análises custo-benefcio.
Exemplo: O desenvolvimento de um plano nacional de infraestrutura que avalia
minuciosamente todas as opções de transporte, energia e comunicações, escolhendo as
que oferecem o maior retorno sobre o inves6mento para a sociedade.

b) Modelo Incremental
Este modelo sugere que as polí6cas públicas são frequentemente o resultado de
pequenas modificações em polí6cas existentes, mais do que de grandes inovações ou
mudanças abruptas. Baseia-se na noção de que os tomadores de decisão operam com
informações e recursos limitados, levando-os a optar por ajustes marginais que são mais
facilmente aceitos e implementados, evitando assim o risco e a incerteza associados a
grandes mudanças.

Exemplo: Ajustes anuais no orçamento de educação ou saúde, onde se acrescenta ou


modifica programas existentes ao invés de introduzir novos sistemas completos.

c) Modelo de Múl;plos Fluxos (Mul;ple Streams)


Este modelo, desenvolvido por John Kingdon, argumenta que o processo de polí6cas
públicas pode ser entendido como a interação de três fluxos independentes: o fluxo de
problemas (questões que requerem atenção), o fluxo de polí6cas (soluções disponíveis) e
o fluxo polí6co (o clima polí6co e a disposição para adotar soluções). Polí6cas públicas
surgem quando esses três fluxos se encontram em uma "janela de oportunidade", onde
os problemas, as soluções e o clima polí6co estão alinhados.

Exemplo: A adoção de polí6cas de energia renovável em resposta ao reconhecimento


crescente das mudanças climá6cas (problema), a disponibilidade de tecnologias de
energia verde (solução) e um movimento polí6co favorável ao meio ambiente (polí6ca).

d) Teoria da Escolha Pública

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Baseada em princípios econômicos, esta teoria trata o governo e as polí6cas públicas
como produtos de interações individuais e cole6vas mo6vadas por interesses próprios.
Examina como polí6cos, burocratas e eleitores agem em seus próprios interesses, muitas
vezes em detrimento do interesse público, e como isso influencia a formulação e
implementação de polí6cas públicas.

Exemplo: A influência do lobby corpora6vo no desenvolvimento de regulamentações


ambientais, onde os interesses empresariais podem prevalecer sobre as considerações
ambientais.

e) Modelo de Coalizão de Defesa (Advocacy Coali;on Framework)


Este modelo propõe que as polí6cas públicas são influenciadas por grupos de atores
(coalizões de defesa) que compar6lham crenças e obje6vos comuns. Estes grupos podem
incluir uma variedade de atores como legisladores, burocratas, grupos de interesse e
acadêmicos. As polí6cas mudam quando ocorrem alterações dentro das coalizões ou nas
suas crenças, geralmente impulsionadas por eventos externos ou aprendizado ao longo
do tempo.

Exemplo: A formação de coalizões entre ONGs ambientais, cien6stas e polí6cos


progressistas para promover polí6cas de combate às mudanças climá6cas.

f) Modelo Ins;tucionalista
Este modelo enfa6za o papel das ins6tuições - leis, regulamentos, normas e estruturas
organizacionais - na formulação e implementação de polí6cas públicas. Argumenta que as
ins6tuições moldam não apenas as polí6cas, mas também as preferências e
comportamentos dos atores polí6cos, limitando ou facilitando certas ações e decisões.

Exemplo: A influência das estruturas jurídicas e regulatórias existentes na formulação de


novas leis de privacidade de dados, onde as normas legais preexistentes definem o escopo
e a abordagem das novas regulamentações.

Modelo de Descrição Detalhada Exemplo Prático Crítica Comum


Políticas
Públicas
Racional- Tomada de decisão Plano nacional de Impraticável devido à
Compreensivo baseada em análise infraestrutura baseado em complexidade e
abrangente e sistemática, análise custo-benefício. limitação de
focando na eficiência. informações.
Incremental Políticas evoluem com Ajustes anuais no Resistência a
pequenas mudanças a orçamento de educação. mudanças
partir de políticas significativas.
existentes.
Múltiplos Convergência de três fluxos Adoção de políticas de Dependência do acaso
Fluxos (problema, política, energia renovável em e da oportunidade.
(Multiple política) cria janelas de resposta às mudanças
Streams) oportunidade. climáticas.

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Teoria da Enfoque nos interesses Influência do lobby Visão cínica, focando
Escolha Pública próprios dos atores corporativo em nos interesses
políticos, aplicando regulamentações pessoais.
princípios econômicos. ambientais.
Coalizão de Grupos com crenças e Coalizões entre ONGs Complexidade na
Defesa objetivos comuns ambientais e políticos para aplicação prática.
influenciam as políticas políticas climáticas.
públicas.
Institucionalista Papel das instituições na Estruturas jurídicas Pouca atenção ao
formulação e influenciando novas leis de papel dos atores
implementação de privacidade de dados. individuais.
políticas.

1.1.2 Tipologias

No contexto das polí6cas públicas, a "6pologia" é uma forma de classificação ou categorização


que ajuda a compreender e organizar as diversas polí6cas governamentais de acordo com
caracterís6cas específicas. Cada 6po de polí6ca pública é agrupado com base em critérios como
seus obje6vos, métodos de implementação, impactos na sociedade, e o público-alvo.

Inicialmente, enfocaremos a perspec6va das arenas polí6cas, uma abordagem conceituada por
Theodore J. Lowi (o mais relevante para concurso). Este modelo categoriza as polí6cas públicas
em quatro grupos dis6ntos:

1. Polí;cas Distribu;vas: Estas polí6cas são voltadas para prover serviços ou recursos para
segmentos específicos da sociedade, como grupos sociais, regiões ou categorias de
pessoas. Exemplos lpicos incluem a construção de infraestruturas como hospitais, escolas
e estradas, bem como programas de subsídio a negócios.

2. Polí;cas Redistribu;vas: Este 6po foca na realocação de bens ou serviços de um grupo


da população para outro, muitas vezes gerando conflitos, dada a natureza das
transferências de recursos. Exemplos comuns são a reforma agrária e a redistribuição de
receitas do petróleo. Buscam mudar o grau de concentração de recursos, quanto à sua
finalidade

3. Polí;cas Regulatórias: Estas polí6cas estabelecem normas e regras que definem como
certas a6vidades devem ser executadas ou que comportamentos são permi6dos. Os
efeitos destas polí6cas podem variar amplamente, dependendo de como são aplicadas.
Exemplos incluem leis de trânsito e regulamentações ambientais.

4. Polí;cas Cons;tu;vas: Refere-se à criação de regras e procedimentos que formam a base


para a formulação e implementação de outras polí6cas públicas. Um exemplo seria as
normas cons6tucionais e os regulamentos dos órgãos legisla6vos.

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Robert H. Salisbury expandiu a 6pologia de Lowi, enfa6zando a relação entre o 6po de polí6ca e
seu contexto ins6tucional:

• Polí;cas Distribu;vas de Salisbury: Resultam da combinação de demandas fragmentadas


com um sistema decisório igualmente disperso.

• Polí;cas Redistribu;vas de Salisbury: Surgem de demandas concentradas e são


processadas em um sistema decisório centralizado, muitas vezes sob a pressão de
conflitos intensos.

• Polí;cas Regulatórias de Salisbury: Caracterizam-se por demandas fragmentadas, mas


são decididas por um sistema concentrado de tomada de decisões.

James Q. Wilson também contribuiu com uma 6pologia baseada na distribuição de custos e
benefcios:

• Polí;cas Clientelistas de Wilson: Benefcios concentrados com custos dispersos.


• Polí;cas Majoritárias de Wilson: Tanto custos quanto benefcios são distribuídos
amplamente pela sociedade.
• Polí;cas Empreendedoras de Wilson: Benefcios são cole6vos, mas os custos recaem
sobre grupos específicos.

William T. Gormley iden6ficou quatro padrões de polí6cas regulatórias:


• Polí;cas de Sala Operatória: Alta complexidade e visibilidade.
• Polí;cas de Audiência: Baixa complexidade técnica, mas alta visibilidade.
• Polí;cas de Sala de Reuniões: Elevada complexidade técnica e baixa visibilidade.
• Polí;cas de Baixo Escalão: Baixa complexidade técnica e visibilidade.

Gunnel Gustafsson propôs uma divisão em polí6cas reais, simbólicas, pseudopolí6cas e polí6cas
sem sen6do, cada uma com caracterís6cas específicas em termos de implementação e intenção.

Michael Hill e Peter Hupe ofereceram uma classificação focada em polí6cas regulatórias,
diferenciando-as em regulatórias compe66vas e protetoras.

Por fim, Elenaldo Celso Teixeira introduziu critérios para classificar polí6cas públicas com base em
sua natureza e abrangência de benefcios, como polí6cas estruturais, conjunturais, universais,
segmentais e fragmentadas, além de diferenciar polí6cas de acordo com o setor de a6vidade
governamental.

Memorize a tabela a seguir, pois costuma ser muito cobrado em provas, sobretudo em relação à
Lowi.

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Autor Tipo de Política Conceito Exemplo
Theodore J. Políticas Políticas focadas na alocação de Bolsas de estudo para
Lowi *** Distributivas recursos para grupos específicos da estudantes de áreas
É a mais sociedade. carentes.
cobradas em Políticas Políticas que realocam recursos de Imposto sobre grandes
provas Redistributivas um grupo da sociedade para outro, fortunas destinado a
visando a equidade. Normalmente, financiar programas de
envolvem conflitos. assistência social.
Políticas Políticas que estabelecem regras ou Normas de segurança
Regulatórias normas para regular atividades e alimentar estabelecendo
comportamentos. São as mais padrões para a produção e
visíveis ao público. venda de alimentos.
Políticas Políticas que estabelecem as regras Criação de uma nova
Constitutivas fundamentais do sistema político e constituição que redefine
administrativo. Estabelecem as os processos legislativos.
“regras do jogo” do processo das
políticas públicas.
Robert H. Políticas Políticas que resultam da Programas de incentivo
Salisbury Distributivas combinação de demandas fiscal para pequenas
fragmentadas com um sistema empresas em regiões rurais.
decisório disperso.
Políticas Políticas surgidas de demandas Política de realocação de
Redistributivas concentradas e processadas por um fundos federais para
sistema decisório centralizado, educação em áreas de baixo
frequentemente sob a pressão de rendimento.
conflitos intensos.
Políticas Políticas caracterizadas por Regulamentação
Regulatórias demandas fragmentadas, mas centralizada do comércio
decididas por um sistema decisório interestadual.
concentrado.
James Q. Políticas Políticas com benefícios Subsídios governamentais
Wilson Clientelistas concentrados e custos dispersos, para a indústria agrícola.
frequentemente direcionadas a
grupos específicos.
Políticas Políticas onde tanto custos quanto Políticas de vacinação
Majoritárias benefícios são distribuídos pública contra doenças
amplamente pela sociedade. infecciosas.
Políticas Políticas com benefícios coletivos e Introdução de tarifas
Empreendedoras custos concentrados em grupos ambientais para empresas
específicos. que poluem.
William T. Políticas de Sala Políticas de alta complexidade e Legislação sobre pesquisa e
Gormley Operatória visibilidade, que exigem uso de células-tronco.
conhecimento técnico especializado.

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Políticas de Políticas de baixa complexidade Políticas de cotas raciais
Audiência técnica, mas que atraem muita para admissão em
atenção pública devido a questões universidades.
ideológicas ou de valor.
Políticas de Sala Políticas com elevada complexidade Regras complexas de
de Reuniões técnica e baixa visibilidade, comércio internacional e
geralmente pouco notadas pelo tarifas.
público geral.
Políticas de Baixo Políticas de baixa complexidade Normas administrativas
Escalão técnica e visibilidade, normalmente para a emissão de
associadas a rotinas administrativas. passaportes.
Gunnel Políticas Reais Políticas que os governantes têm Programas de
Gustafsson intenção efetiva de implementar e infraestrutura em grande
possuem o conhecimento escala, como a construção
necessário. de uma nova rede
ferroviária

Tipologia dos Atores em Ciências Sociais

Em ciências sociais e relações públicas, 'atores' refere-se a indivíduos, grupos, organizações ou


ins6tuições que desempenham um papel a6vo em um processo social, polí6co ou econômico.

Individuais e Cole;vos:
• Individuais: Uma pessoa atuando em seu próprio interesse ou representando suas
próprias crenças.
• Cole;vos: Grupos ou organizações que representam interesses ou obje6vos comuns.

Formais e Informais:
• Formais: Atores reconhecidos oficialmente, como governos, empresas e ONGs.
• Informais: Grupos ou indivíduos sem reconhecimento oficial, como movimentos sociais
ou líderes comunitários.

Públicos e Privados:
• Públicos: En6dades governamentais ou estatais.
• Privados: Indivíduos, empresas ou organizações não governamentais.

Tipologia dos Atores em Relações Públicas

Segundo o Poder e Influência:


• Decisores: Atores com poder direto para tomar decisões.
• Consul;vos: Aqueles que influenciam decisões através de conselhos ou opiniões.
• Influenciadores: Indivíduos ou grupos que moldam a opinião pública ou comportamento.

Segundo o Relacionamento com a Organização:

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• Internos: Empregados, gerentes, acionistas.
• Externos: Clientes, fornecedores, mídia, comunidade.

1.2. Ciclos de polí@cas públicas

Preste bastante atenção agora, pois isso já foi cobrado em concursos. Primeiro, leia essa questão
(é da banca CEBRASPE, mas nada impede que a CESGRANRIO venha a abordar o mesmo tópico
no CNU):

No que diz respeito ao Estado como forma complexa de organização que produz, gere, controla,
formula e implementa polí6cas públicas, julgue o item a seguir.

A movimentação de questões no âmbito da agenda de discussões polí6cas decorre do


atendimento de caracterís6cas da próxima agenda e ocorre da seguinte forma: as questões
passam pela agenda decisória ou de mídia, em seguida pela agenda governamental ou
ins6tucional e, por fim, pela agenda sistêmica ou polí6ca.

(Certo) (Errado)

Veja que a questão abordou diversos “6pos” de agenda. Para facilitar para você, leia essa
historinha abaixo:

Era uma vez um desafio chamado Aquecimento Global. Ele sabia que precisava embarcar em uma jornada
importante para chamar a atenção do Reino dos Estados, uma terra governada por complexas organizações que
formulam políccas públicas.

O Aquecimento Global começou sua jornada na vasta terra da 'AGENDA SISTÊMICA', onde todos os problemas e
preocupações vivem esperando ser notados. Ele conversou com cidadãos, ciencstas e grupos de interesse, pedindo
para ser reconhecido como um problema sério.

Com a força do povo e a clareza dos fatos, o Aquecimento Global cruzou a ponte para a 'AGENDA GOVERNAMENTAL'.
Aqui, os Líderes e Políccos do Reino dos Estados começaram a ouvi-lo e a reconhecer sua importância. Eles
debateram e discucram sobre ele em seus conselhos e assembleias.

Finalmente, o Aquecimento Global chegou à 'AGENDA DECISÓRIA', o lugar onde as decisões são tomadas. Nesta
fase, ele foi transformado em políccas concretas e ações. Leis foram escritas, tratados foram assinados, e medidas
para combater o aquecimento global foram implementadas.

A jornada do Aquecimento Global mostrou como um problema passa da 'AGENDA SISTÊMICA', onde é apenas uma
preocupação entre muitas, para a 'AGENDA GOVERNAMENTAL', onde ganha reconhecimento formal, e finalmente
para a 'AGENDA DECISÓRIA', onde se transforma em ação concreta.

Com essa breve “historinha”, você memorizou as três mais importantes agendas e a ordem delas:

AGENDA SISTÊMICA è AGENDA GOVERNAMENTAL è AGENDA DECISÓRIA

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Com isso, agora já saberia a resposta da questão anterior:

No que diz respeito ao Estado como forma complexa de organização que produz, gere, controla,
formula e implementa polí6cas públicas, julgue o item a seguir.

A movimentação de questões no âmbito da agenda de discussões polí6cas decorre do


atendimento de caracterís6cas da próxima agenda e ocorre da seguinte forma: as questões
passam pela agenda decisória ou de mídia, em seguida pela agenda governamental ou
ins6tucional e, por fim, pela agenda sistêmica ou polí6ca.

(Certo) (Errado)

*****
A afirmação apresentada é "Errado". Normalmente, o processo de movimentação de questões
na agenda de discussões polí6cas ocorre de maneira um pouco diferente. Em geral, as questões
começam na agenda sistêmica ou polí6ca, onde são reconhecidas como questões relevantes. Em
seguida, podem passar para a agenda governamental ou ins6tucional, quando são reconhecidas
pelas ins6tuições governamentais como algo que necessita de atenção ou ação. Finalmente,
podem alcançar a agenda decisória ou de mídia, onde são efe6vamente discu6das para tomada
de decisões e amplamente divulgadas e deba6das na mídia. Portanto, a sequência correta tende
a ser do geral (agenda sistêmica) para o específico (decisória ou de mídia), e não o contrário.

Você ainda não sabe tudo sobre o assunto. São diversos os 6pos de agenda:

Agenda Sistêmica; Agenda Governamental; Agenda Decisória;


Agenda de Mídia; Agendas Setoriais (como saúde, educação, meio ambiente, etc.)
Agendas Locais; Agendas Nacionais;
Agendas Globais.

Mas fica aqui comigo, pois você irá dominar tudo que precisa... Vamos lá =D

1.2.1 Agenda e formulação

Agenda

Uma agenda é uma lista de questões ou problemas considerados de interesse público que
demandam soluções. Temos diversos 6pos de agendas (memorize os conceitos da tabela
abaixo):

Tipo de Agenda Descrição Exemplo


Agenda Sistêmica Abrange todos os problemas percebidos Debates públicos sobre
pelo público e pela mídia, mudanças climáticas.

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Sinônimos: Agenda Pública, independentemente do reconhecimento
Agenda Geral ou Agenda oficial pelo governo.
PolíWca
Agenda Governamental Composta por questões que receberam Discussões
Sinônimos: Agenda reconhecimento oficial e atenção por parte governamentais sobre
InsWtucional, Agenda Oficial, das instituições governamentais. reforma tributária.
Agenda Formal
Agenda Decisória Inclui questões que alcançaram o estágio Implementação de uma
Sinônimos: Agenda de Políticas, de decisão e ação concreta no processo de nova legislação
Agenda Executiva formulação de políticas. ambiental.
Agenda de Mídia Refere-se às questões que ganham atenção Cobertura intensiva da
significativa dos meios de comunicação. crise de refugiados.
Agendas Setoriais Relacionadas a áreas específicas ou setores, Políticas específicas de
como saúde, educação, meio ambiente, etc. saúde pública.
Agendas Locais Questões e políticas específicas para áreas Iniciativas locais de
geográficas menores, como municípios ou reciclagem.
comunidades.
Agendas Nacionais Questões de importância para um país Leis nacionais de
inteiro. educação.
Agendas Globais Questões que transcendem fronteiras Tratados internacionais
nacionais e são de importância sobre comércio.
internacional.

A agenda pública refere-se ao conjunto de questões, problemas e assuntos que são percebidos
pelos membros da sociedade e pelos decisores polí6cos como merecedores de atenção e ação
governamental. Ela é formada pelas temá6cas que capturaram o interesse público e polí6co a
ponto de serem consideradas importantes para discussão, deliberação e possível intervenção do
Estado. Vários elementos podem influenciar na agenda, como mídia, opinião pública,
movimentos sociais e por aí vai.

Teoria dos Fluxos Múl;plos (já caiu em prova): segundo a teoria dos múl6plos fluxos, a mudança
na agenda ocorre quando há convergência entre reconhecimento de um problema,
iden;ficação de alterna;vas e construção de apoio polí;co.

A Teoria dos Fluxos Múl6plos, proposta por John Kingdon, oferece uma análise mais aprofundada
de como as polí6cas são formuladas. Ela argumenta que três fluxos independentes influenciam o
processo de formulação de polí6cas:

1. Fluxo dos Problemas: Este fluxo envolve o reconhecimento de questões que se tornam
proeminentes na agenda pública. A atenção a um problema pode ser impulsionada por
indicadores (como estals6cas ou relatórios), eventos dramá6cos (como desastres ou
crises), ou feedback sobre programas existentes.
2. Fluxo das Soluções: Soluções são geradas e deba6das dentro de uma comunidade de
especialistas e formuladores de polí6cas. Estas soluções podem exis6r muito antes de um
problema específico ser iden6ficado, esperando uma oportunidade para serem aplicadas.

15
3. Fluxo Polí;co: Compreende as mudanças no governo, influências de campanhas, grupos
de interesse, e a opinião pública. Este fluxo é altamente variável e pode ser afetado por
eleições, mudanças de liderança, e alterações significa6vas na opinião pública.

A convergência destes fluxos cria uma "janela de oportunidade", um momento crí6co onde é
mais provável que as polí6cas sejam adotadas. Esta janela pode abrir-se devido a eventos
significa6vos ou mudanças no fluxo polí6co, como uma crise nacional, ou pela emergência de
uma solução viável para um problema reconhecido. Manifestações e mobilizações sociais, por
exemplo, podem ter um papel crucial ao influenciar o fluxo polí6co, realçando a urgência de um
problema e pressionando por mudanças. Assim, a Teoria dos Fluxos Múl6plos destaca a natureza
dinâmica e muitas vezes imprevisível do processo de formulação de polí6cas públicas.

Análise de custo-benepcio x custo-efe;vidade

Durante a formulação de polí6cas públicas, as análises custo-benefcio e custo-efe6vidade são


ferramentas essenciais para avaliar a viabilidade e eficiência de diferentes opções de polí6cas.
Elas ajudam a determinar quais polí6cas oferecem o melhor equilíbrio entre custos e benefcios
ou a efe6vidade desejada.

A análise custo-benepcio é uma técnica econômica que compara os custos de uma polí6ca ou
projeto (quan6ficados em termos monetários) com os benefcios gerados (também expressos em
termos monetários - $). O obje6vo é determinar se o valor dos benefcios supera o dos custos,
jus6ficando assim a implementação da polí6ca ou projeto.

Por outro lado, a análise custo-efe;vidade se concentra em avaliar os resultados ou efeitos de


uma polí6ca pública em relação aos seus custos, mas os resultados são frequentemente medidos
em termos não monetários, como qualidade de vida, anos de vida ajustados pela qualidade ou
outros indicadores de resultado. Essa análise é usada para determinar a maneira mais eficiente
de alcançar um obje6vo específico, considerando os recursos disponíveis.

Portanto, ao afirmar que a análise custo-benefcio baseia-se na relação entre os custos rela6vos
e os resultados de uma polí6ca pública, a questão mistura erroneamente os conceitos dessas
duas análises dis6ntas, levando a uma compreensão imprecisa dessas ferramentas de avaliação
em polí6cas públicas. Obrigado por apontar isso e enriquecer a discussão com a referência a
Chiavenato (2014).

1.2.2 Processos de Decisão

Para o conteúdo que estudaremos agora para o CNU, teremos muitos conceitos para memorizar.

Vamos lá!

16
Introdução à Tomada de Decisão em Polí;cas Públicas

• Definição e Importância: A tomada de decisão em polí6cas públicas é o processo pelo


qual escolhas são feitas para abordar problemas ou questões sociais. Essas decisões
afetam a formulação e execução de polí6cas, impactando diretamente a vida dos
cidadãos.

• Integração das Fases: A tomada de decisão não é isolada da formulação de polí6cas. Ela
é integrada em todo o processo, desde a iden6ficação de problemas até a implementação
e avaliação de polí6cas.

Teoria da Escolha Racional na Tomada de Decisão

• Conceito Básico: Baseia-se na ideia de que os indivíduos tomam decisões racionais,


visando maximizar seus benefcios pessoais ou ins6tucionais.

• Aplicação na Polí;ca Pública: Os atores polí6cos definem suas preferências com base em
benefcios e custos, escolhendo ações que lhes parecem mais vantajosas.

Abordagens de Racionalidade na Formulação de Polí;cas Públicas

• Racionalidade Econômica: Esta abordagem foca na eficiência e na maximização da


u6lidade. As decisões são baseadas em análises de custo-benefcio e na busca pelo maior
bem-estar social possível.

• Racionalidade Polí;co-Sistêmica: Aqui, a tomada de decisão envolve negociações e


compromissos entre diferentes atores polí6cos. O foco está em alcançar acordos viáveis
dentro do sistema polí6co.

• Formulação Responsável: Enfa6za a importância do debate público, considerando valores


é6cos como igualdade e democracia. Busca-se atender às necessidades da sociedade de
maneira equita6va.

Modelos de Tomada de Decisão de Allison e Zelikow

• Modelo da Polí;ca Racional: Pressupõe que os atores buscam a solução mais eficaz e
racional, avaliando todas as alterna6vas possíveis.

• Modelo Organizacional: Reconhece que as decisões são muitas vezes moldadas pelas
capacidades, limitações e cultura das organizações envolvidas.

• Modelo da Polí;ca Burocrá;ca: Destaca a complexidade das decisões polí6cas, onde


diferentes interesses e polí6cas se entrelaçam, levando a negociações e barganhas.

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Outros Modelos de Tomada de Decisão

• Racional-Compreensivo: Enfa6za uma análise detalhada e abrangente das opções,


visando a maximização de obje6vos e valores.

• Racionalidade Limitada: Reconhece que, devido às limitações informa6vas e cogni6vas,


as decisões são frequentemente "suficientemente boas", ao invés de ó6mas.

• Modelo Incremental: Sugere que as decisões são feitas de forma gradual, considerando
as restrições polí6cas e ins6tucionais existentes.

Teoria do Equilíbrio Pontuado de Jones e Baumgartner

• Estabilidade e Mudança: Esta teoria explica como as polí6cas públicas tendem a ser
estáveis, mas podem sofrer mudanças abruptas em resposta a crises ou mudanças
significa6vas no ambiente polí6co.

• Impacto das Crises: As crises podem ser catalisadores para mudanças rápidas e
significa6vas nas polí6cas, rompendo períodos de estabilidade.

1.2.3 Implementação, seus planos, projetos e programas

A implementação de polí6cas públicas é uma fase crí6ca onde os planos e decisões formulados
anteriormente são efe6vamente colocados em prá6ca. É nesta etapa que as polí6cas são
"re6radas do papel", saindo do âmbito teórico e conceitual para se tornarem realidade. As ações
começam a ser executadas com o obje6vo de fazer a polí6ca pública funcionar na prá6ca,
conforme foi planejado e decidido. Portanto, a implementação é menos sobre planejamento
adicional e mais sobre a execução a6va dos planos existentes, assegurando que os obje6vos da
polí6ca sejam alcançados no mundo real.

Introdução à Implementação de Polí;cas Públicas

• Definição do Processo: A implementação de polí6cas públicas é o conjunto de ações para


transformar obje6vos polí6cos em resultados prá6cos e reais. Isso envolve organizar o
governo e usar recursos como dinheiro, pessoas, materiais e tecnologia.
• Importância do Planejamento: Planejar cuidadosamente é crucial antes de agir. Isso inclui
criar planos detalhados (listas de passos a serem seguidos), programas (conjuntos de
projetos relacionados) e projetos individuais.

Abordagens Principais na Implementação

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• Modelo Top-Down (De Cima para Baixo): Neste modelo, as decisões são tomadas por
líderes ou altos funcionários e passadas para os níveis inferiores para execução. É como
se os chefes desenhassem um mapa e os funcionários seguissem as instruções.

• Modelo Botom-Up (De Baixo para Cima): Aqui, as ideias e feedback vêm dos
trabalhadores de nível mais baixo ou da base. Eles que lidam diretamente com os
problemas e suas ideias sobem para os níveis superiores para formar as polí6cas.

• Modelo Intera;vo-Itera;vo: Este modelo representa um processo mais flexível e


dinâmico, onde as decisões são feitas, revistas e adaptadas constantemente com base na
interação e feedback de diferentes pessoas envolvidas. Isso permite uma abordagem mais
colabora6va e adaptável à implementação de polí6cas.

Detalhamento de Planos, Projetos e Programas na Implementação

• Planos na Implementação: Os planos são documentos detalhados que definem os


obje6vos específicos, as estratégias para alcançá-los, os recursos necessários e os prazos.
Eles servem como um guia para a ação e ajudam a manter todos os envolvidos alinhados
com os obje6vos da polí6ca.

• Projetos na Implementação: Projetos são conjuntos específicos de a6vidades projetadas


para a6ngir parte dos obje6vos do plano. Cada projeto tem um escopo definido, um
cronograma e uma equipe responsável. Eles são cruciais para a execução prá6ca dos
planos.

• Programas na Implementação: Programas são conjuntos de projetos inter-relacionados


que buscam alcançar um obje6vo maior e mais abrangente da polí6ca pública. Eles
coordenam e integram vários projetos, garan6ndo que todos contribuam para o obje6vo
comum.

Avaliação de Polí;cas Públicas

• Componente Crucial do Ciclo: A avaliação é uma etapa essencial no ciclo de polí6cas


públicas, envolvendo a análise dos efeitos das polí6cas na sociedade e a comparação dos
resultados com os obje6vos e metas estabelecidos.

• Avaliação Integrada ao Ciclo de Gestão: A avaliação deve ser uma parte conlnua do
processo, ocorrendo em todas as fases, desde a iden6ficação do problema até as decisões
sobre a con6nuidade ou a interrupção da polí6ca. Isso assegura que as polí6cas sejam
con6nuamente monitoradas e ajustadas conforme necessário, aumentando sua eficácia.

• Avaliações Forma;vas na Implementação: As avaliações forma6vas são realizadas


durante o processo de implementação de uma polí6ca pública e têm como obje6vo
principal fornecer feedback conlnuo sobre o desempenho e a eficácia das ações em

19
andamento. Elas se concentram nos processos, buscando iden6ficar pontos fortes e
fracos, e sugerindo melhorias e ajustes em tempo real. Essas avaliações são essenciais
para garan6r que a polí6ca pública esteja no caminho certo para alcançar seus obje6vos,
permi6ndo uma abordagem mais flexível e adapta6va.

O Ciclo Convnuo e Interconectado das Polí;cas Públicas

• Múl;plas Finalidades: Este ciclo ajuda a entender que as polí6cas públicas servem para
várias funções, incluindo garan6r o controle e a transparência (accountability),
desenvolver estratégias eficazes, empoderar a sociedade, fortalecer as ins6tuições e
democra6zar a administração pública.

• Impacto Social e Ins;tucional: A análise do ciclo mostra como as polí6cas públicas podem
causar mudanças significa6vas na sociedade e fortalecer as ins6tuições, contribuindo para
a melhoria da qualidade de vida e a jus6ça social.

1.2.4 Monitoramento e avaliação

Definindo Critérios de Avaliação

• Importância dos Critérios: Para avaliar uma polí6ca pública, é essencial definir critérios
claros. Esses critérios são como regras ou padrões usados para julgar o sucesso da polí6ca.

• Critérios Comuns: Os mais conhecidos são eficiência, eficácia e efe6vidade. Cada um


desses critérios olha para um aspecto diferente do desempenho de uma polí6ca.

Vamos abordar a classificação das avaliações de polí6cas públicas com base em seu período de
execução, que se divide em três categorias principais: Avaliação Ex ante, Avaliação In i6nere e
Avaliação Ex post. Obs.: já caiu em prova.

Avaliação Ex ante
• Definição: A avaliação Ex ante é realizada antes do início da implementação de uma
polí6ca pública, programa ou projeto.
• Obje;vo: O principal obje6vo é prever os impactos e a eficácia da polí6ca proposta. Esta
avaliação envolve a análise de viabilidade, estudos de custo-benefcio e a iden6ficação de
potenciais riscos e oportunidades.
• U;lidade: Ajuda os formuladores de polí6cas a tomar decisões informadas e a fazer
ajustes necessários antes de lançar a polí6ca ou programa.
Avaliação In i;nere
• Definição: A avaliação In i6nere, ou avaliação em curso, é realizada durante a
implementação da polí6ca pública.

20
• Obje;vo: Seu foco é monitorar o progresso e a conformidade com os obje6vos
estabelecidos, proporcionando a oportunidade de realizar ajustes em tempo real para
o6mizar a eficiência e eficácia da polí6ca.
• U;lidade: Essencial para a gestão adapta6va, permite iden6ficar e corrigir problemas,
desvios ou ineficiências que ocorrem durante a execução da polí6ca.

Avaliação Ex post
• Definição: A avaliação Ex post é conduzida após a conclusão da implementação de uma
polí6ca pública.
• Obje;vo: O obje6vo é avaliar os resultados e o impacto da polí6ca. Esta avaliação analisa
se os obje6vos foram alcançados, o custo total, os benefcios e o impacto a longo prazo.
• U;lidade: Fundamental para entender a efe6vidade da polí6ca, informar futuras decisões
polí6cas e fornecer aprendizados para a formulação e implementação de polí6cas futuras.

Entendendo Eficiência, Eficácia e Efe;vidade

• Eficiência: Refere-se a quão bem os recursos (como dinheiro, tempo e esforço humano)
são usados na implementação da polí6ca. Uma polí6ca é eficiente se consegue a6ngir
seus obje6vos sem desperdício.

• Eficácia: Foca se a polí6ca alcançou suas metas e obje6vos. O controle de eficácia é EX


POST, ou seja, feito de forma posterior à implementação da polí6ca, buscando verificar o
resultado (eu sei que parece papo de doido, mas lembre-se: você precisa memorizar
conceitos).

• Efe;vidade: Considera os resultados reais e as transformações ocorridas na sociedade


devido à polí6ca. Uma polí6ca é efe6va se causa um impacto posi6vo real na realidade
que visa mudar.

Uso de Indicadores na Avaliação

• O que são Indicadores: Indicadores são unidades de medida que ajudam a analisar se os
critérios de avaliação estão sendo atendidos. Eles funcionam como sinais que mostram
como a polí6ca está performando em diferentes aspectos.
• Desenvolvendo Indicadores: Para cada critério de avaliação, criamos indicadores
específicos. Por exemplo, se estamos avaliando a eficiência, podemos medir o custo por
beneficiário da polí6ca.

Estabelecendo Padrões de Avaliação

• Definição de Padrões: Padrões são os níveis que os indicadores devem a6ngir para que
consideremos que a polí6ca atendeu aos critérios de avaliação. Eles são como metas para
os indicadores.

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• Aplicação de Padrões: Por exemplo, podemos estabelecer que para uma polí6ca ser
considerada eficiente, o custo por beneficiário não deve ultrapassar um determinado
valor.

Modelo da Cadeia de Valor e dos 6Es do Desempenho

• Expansão dos Critérios de Avaliação: Além de eficiência, eficácia e efe6vidade, podemos


considerar outras categorias como economicidade (uso eficiente dos recursos), celeridade
(rapidez na execução), equidade (jus6ça e igualdade na aplicação da polí6ca) e
sustentabilidade (viabilidade a longo prazo).

• 6Es do Desempenho: No contexto da Administração Pública brasileira, o Programa


Nacional de Gestão Pública e Desburocra6zação (Gespública) introduz um modelo mais
amplo com seis categorias de indicadores - Economicidade, Execução, Excelência,
Eficiência, Eficácia e Efe6vidade. Cada um desses elementos se concentra em diferentes
aspectos do desempenho da polí6ca.

Exemplo Prá;co: Vamos tomar como exemplo uma campanha de vacinação. A eficácia pode ser
medida pelo número de crianças imunizadas contra a meta estabelecida. A eficiência pode ser
avaliada pelo custo por criança vacinada. A efe6vidade seria analisada pelo impacto da campanha
na redução da incidência da doença.

Tipos de avaliação

*** A banca poderá formular questões fazendo com que você confunda os conceitos.

Avaliação de Eficiência: Foca em quão economicamente os recursos são u6lizados para


alcançar os obje6vos das polí6cas. Avalia se os resultados estão sendo alcançados com o
mínimo de recursos e desperdício.

Avaliação de Eficácia: Examina se os obje6vos de uma polí6ca, programa ou projeto estão


sendo alcançados. Este 6po de avaliação mede o sucesso ou o desempenho em relação
aos obje6vos estabelecidos.

Avaliação de Efe;vidade: Vai além da eficácia ao avaliar o impacto real da polí6ca ou


programa na sociedade. Considera os efeitos a longo prazo e se a polí6ca está trazendo
mudanças posi6vas sustentáveis.

Avaliação de Impacto: Analisa os efeitos diretos e indiretos, intencionais e não


intencionais de uma polí6ca ou programa. Esta avaliação busca entender o impacto
amplo, incluindo resultados não previstos.

22
Avaliação de Equidade: Inves6ga como os benefcios e os custos de uma polí6ca são
distribuídos entre diferentes grupos da sociedade. Foca em questões de jus6ça e
igualdade no acesso aos benefcios de uma polí6ca.

Avaliação Forma;va: Realizada durante o desenvolvimento e implementação de uma


polí6ca ou programa, com o obje6vo de fornecer feedback conlnuo para melhorias em
tempo real.

Avaliação Soma;va: Realizada ao final de um programa ou polí6ca, com foco nos


resultados finais e na eficácia geral do programa.

Avaliação Jurídica: Concentra-se na conformidade legal das ações dos gestores de


polí6cas públicas, existem outros 6pos de avaliação que são fundamentais no contexto da
administração pública.

Avaliação Ex ante na formulação de Polí;cas Públicas: (já tratamos, mas não custa
reforçar, pois é bastante cobrado em provas) A Avaliação Ex ante é uma forma de análise
realizada antes de um projeto ou polí6ca pública ser implementada. O termo "ex ante" é
um termo la6no que significa "antes do evento". Ela é prospec6va, ou seja, olha para o
futuro, antecipando o que pode acontecer de problemas. Importância da Avaliação Ex
ante: 1) Prevenção de Problemas: uma das principais funções da Avaliação Ex ante é
iden6ficar possíveis erros ou falhas no planejamento de uma polí6ca. Isso pode incluir
aspectos como custos subes6mados, obje6vos irrealistas ou a falta de recursos
necessários. 2) Economia de Recursos: ao iden6ficar problemas antecipadamente, os
governos e organizações podem economizar recursos, evitando gastar tempo e dinheiro
em polí6cas mal planejadas que podem falhar. 3) Melhoria na Formulação de Polí6cas:
esta avaliação permite que os formuladores de polí6cas ajustem seus planos e estratégias
antes de implementá-los, aumentando a probabilidade de sucesso das polí6cas.

1.3. Ins.tucionalização das Polí.cas em Direitos Humanos como Polí.cas de Estado

A par6r daqui, é importante alertar que o conteúdo tratará de informações com conteúdo
ideológico. Você não precisa concordar com as informações, mas precisa acertar as questões, se
quiser ser aprovado no CNU. Feito esse alerta, vamos lá...

Evolução Histórica das Polí;cas de Direitos Humanos

Os direitos humanos, embora pareçam um conceito moderno, têm suas raízes em diversas
tradições filosóficas, religiosas e legais ao longo da história. Desde as leis de Hammurabi na
Mesopotâmia até as filosofias gregas e romanas, passando pelas doutrinas religiosas, várias
culturas contribuíram para o conceito contemporâneo de direitos humanos.

23
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada pela ONU em 1948, marca um ponto de
virada na história dos direitos humanos. Este documento não vincula6vo estabeleceu um ideal
global para todos os povos e nações, enfa6zando a universalidade, a inalienabilidade e a
interdependência dos direitos humanos.

Após a Segunda Guerra Mundial, testemunhou-se um esforço internacional significa6vo para


ins6tucionalizar os direitos humanos. Foram estabelecidos tratados internacionais, como os
Pactos Internacionais de Direitos Civis e Polí6cos e de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais,
além da criação de organismos internacionais dedicados à promoção e proteção dos direitos
humanos.

Direitos Humanos como Polí;cas de Estado

Polí6cas de Estado em direitos humanos referem-se ao conjunto de ações, legislações e


ins6tuições permanentemente incorporadas na estrutura do Estado, visando assegurar o
respeito, a proteção e a promoção dos direitos humanos. Estas polí6cas transcendem governos e
conjunturas polí6cas, representando o compromisso estatal conlnuo com os direitos
fundamentais.

Vários mecanismos têm sido adotados pelos Estados para proteger e promover os direitos
humanos. Isso inclui a criação de ins;tuições nacionais de direitos humanos, a implementação
de legislação específica, e a ra;ficação de tratados internacionais. A eficácia desses mecanismos
muitas vezes depende da independência judicial, da educação em direitos humanos e da
par6cipação civil a6va.

Existem exemplos notáveis de países que têm feito progressos significa6vos na ins6tucionalização
de polí6cas de direitos humanos, como a implementação de polí6cas an6-discriminatórias na
África do Sul pós-apartheid. Contudo, os desafios persistem, incluindo a resistência polí6ca, a
falta de recursos e a necessidade de harmonização com as normas internacionais

O Caso Brasileiro

A luta pelos direitos humanos no Brasil tem suas raízes na resistência contra a ditadura militar,
um período marcado por violações sistemá6cas dos direitos fundamentais. Com o retorno à
democracia, esses direitos começaram a ser reconhecidos gradualmente como uma causa de
Estado, embora esse reconhecimento não tenha sido unânime na sociedade.

A transição para a democracia foi acompanhada pela criação de estruturas ins6tucionais


dedicadas à promoção dos direitos humanos. A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência
da República (SDH/PR), por exemplo, foi estabelecida como um órgão central nesse processo,
focando em polí6cas para grupos sociais vulneráveis. No entanto, apesar dessas inicia6vas
ins6tucionais, desafios significa6vos permaneceram, especialmente em relação às violações de
direitos humanos por agentes estatais.

24
Marco Legal e Programas Nacionais
A Cons6tuição de 1988 estabeleceu um marco legal para os direitos humanos no Brasil. O avanço
significa6vo ocorreu em 1996 com o lançamento do Programa Nacional de Direitos Humanos
(PNDH-1) e, em 1997, com a criação da Secretaria Nacional de Direitos Humanos. Estes passos
representaram a formalização do compromisso do Estado brasileiro com a agenda dos direitos
humanos.

O PNDH, Programa Nacional de Direitos Humanos, é uma inicia6va do governo brasileiro


des6nada a promover e proteger os direitos humanos no Brasil. Este programa é uma série de
diretrizes e obje6vos que orientam as polí6cas públicas para fortalecer a proteção e a promoção
dos direitos humanos no país. O PNDH visa abordar uma ampla gama de questões de direitos
humanos, incluindo direitos civis e polí6cos, direitos econômicos, sociais e culturais. Ele busca
integrar os direitos humanos em várias polí6cas governamentais e programas.

Os PNDHs representam marcos importantes na evolução dos direitos humanos no Brasil,


refle6ndo o compromisso progressivo do país com esses princípios:

PNDH-1 (FHC, 1996): Focado nos direitos civis, este programa se concentrou em combater a
impunidade e a violência policial. Notável por ser o terceiro programa de direitos humanos
implementado globalmente, ele estabelece um precedente significa6vo na polí6ca brasileira.

PNDH-2 (FHC, 2002): Este programa ampliou o escopo para abranger direitos sociais, com especial
atenção aos grupos vulneráveis, como afrodescendentes, povos indígenas e a comunidade
LGBTQ+. Introduziu a noção de mul6culturalismo e incluiu ações concretas em áreas vitais como
educação, saúde e moradia. Caracterizou-se pela implementação através de planos de ação
anuais, alinhando as inicia6vas do programa com os orçamentos em vários níveis
governamentais.

PNDH-3 (Lula, 2009): Uma extensão dos programas anteriores, mas com uma linguagem mais
asser6va. Trouxe à tona questões polêmicas como o direito ao aborto e a jus6ça de transição
relacionada ao regime militar brasileiro. Este programa também ques6onou a representação nos
meios de comunicação e abordou a questão dos símbolos religiosos em espaços públicos.

Influências Polí;cas e Mudanças de Paradigma

Os governos do Par6do dos Trabalhadores trouxeram novas dinâmicas para a ins6tucionalização


dos direitos humanos no Brasil. Eles man6veram a ênfase na implementação de direitos e
garan6as cons6tucionais e introduziram mudanças significa6vas, tanto na expansão dos direitos
a serem protegidos quanto na alteração do perfil das polí6cas públicas. Essa fase representou
uma evolução na forma como os direitos humanos eram percebidos e abordados no cenário
nacional.

Influência Internacional e Construção de Polí;cas

25
O PNDH-1 não apenas representou um marco no Brasil, mas também na América La6na, sendo
influenciado significa6vamente pelas recomendações da Conferência Mundial de Direitos
Humanos de 1993, realizada em Viena. A par6cipação de organizações não governamentais e a
conformidade com as diretrizes internacionais demonstram o esforço do Brasil em alinhar suas
polí6cas de direitos humanos com padrões globais, refle6ndo um movimento de sensibilização
governamental em relação a essa causa.

Linha do Tempo das Polí;cas de Direitos Humanos no Brasil

Período Colonial e Império (1500-1888)


• 1500-1888: A era colonial e imperial foi marcada pela escravidão e pela ausência de
direitos básicos para a maioria da população. A abolição da escravatura em 1888 foi um
marco importante.
Primeira República e Era Vargas (1889-1945)
• 1889: Proclamação da República, porém com limitada atenção aos direitos humanos.
• 1930-1945: Durante a Era Vargas, apesar de avanços nas legislações trabalhistas, ocorreu
a supressão de direitos civis e polí6cos.

Período Democrá;co e Regime Militar (1946-1985)


• 1946: Nova Cons6tuição promulgada, com alguns avanços em direitos civis e polí6cos.
• 1964-1985: Regime militar caracterizado por violações sistemá6cas dos direitos
humanos, incluindo tortura, censura e perseguição polí6ca.

Redemocra;zação e Cons;tuição de 1988


• 1985: Fim do regime militar e início do processo de redemocra6zação.
• 1988: Promulgação da Cons6tuição Cidadã, estabelecendo um amplo conjunto de direitos
humanos e criando mecanismos para sua proteção.

Desenvolvimentos Pós-1988
• 1990: Brasil ra6fica o Pacto de San José da Costa Rica, reforçando o compromisso com os
direitos humanos.
• 1995-2002: Criação de diversas polí6cas e programas nacionais em resposta a violações
de direitos humanos durante o regime militar.
• 2003: Estabelecimento da Secretaria Especial dos Direitos Humanos.
• 2006: Implementação do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3).
• 2010: Criação da Comissão da Verdade, focada em inves6gar violações durante o regime
militar.

Desafios do Século XXI


• 2016-Presente: Desafios persistentes, incluindo violência policial, questões de terra e
habitação, direitos dos povos indígenas e a luta contra a discriminação racial e de gênero.

26
1.4 Federalismo e descentralização de polí.cas públicas no Brasil: organização e
funcionamento dos sistemas de programas nacionais

O federalismo brasileiro é um modelo de organização estatal que divide o poder entre o governo
federal e as unidades subnacionais – estados e municípios. Essa estrutura promove uma
distribuição de competências e responsabilidades, crucial para a governança de um país de
dimensões con6nentais como o Brasil. A descentralização nas polí6cas públicas é um aspecto
fundamental desse federalismo, permi6ndo que decisões e ações sejam adaptadas às realidades
locais, aumentando a eficácia e a eficiência na gestão pública.

Conceitos-Chave
• Federalismo e Descentralização: O federalismo é um sistema de governo em que o poder
é dividido entre um governo central e vários governos regionais. A descentralização
refere-se à transferência de poderes e recursos do governo central para os níveis inferiores
de governo.
• Diferenças entre Centralização e Descentralização: Enquanto a centralização concentra a
autoridade e a tomada de decisões em um único ponto, geralmente o governo central, a
descentralização distribui esses poderes para diferentes níveis ou localidades.

História e Evolução no Brasil

A história do federalismo no Brasil é marcada por períodos de maior centralização e


descentralização. Desde a Proclamação da República em 1889, o país experimentou diferentes
modelos federa6vos. Mudanças significa6vas ocorreram especialmente após a Cons6tuição de
1988, que ampliou as competências dos estados e municípios, promovendo uma maior
descentralização nas polí6cas públicas.

Organização do Federalismo Brasileiro

O Brasil é dividido em três níveis de governo: federal, estadual e municipal. Cada nível tem suas
competências e responsabilidades definidas pela Cons6tuição. O governo federal lida com
questões nacionais, como defesa e polí6ca externa. Os governos estaduais e municipais são
responsáveis por questões mais locais, como educação e saúde, embora haja muitas
competências compar6lhadas.

Descentralização de Polí;cas Públicas

A descentralização de polí6cas públicas no Brasil pode ser observada em diversas áreas:

Saúde: O Sistema Único de Saúde (SUS) é um exemplo de polí6ca descentralizada, com


responsabilidades compar6lhadas entre União, estados e municípios.
Educação: A gestão escolar e a implementação de programas educacionais envolvem
tanto o governo federal quanto os estaduais e municipais.

27
Segurança: Embora a segurança seja predominantemente uma responsabilidade
estadual, existem inicia6vas federais e municipais complementares.

Essa descentralização traz vantagens como maior adequação às necessidades locais, mas também
apresenta desafios, como a necessidade de coordenação e cooperação entre os diferentes níveis
de governo.

Sistemas de Programas Nacionais

Os programas nacionais no Brasil são frequentemente projetados para operar dentro do contexto
federalista. Exemplos incluem o Bolsa Família, um programa de transferência de renda, e o
Programa Nacional de Imunizações. Esses programas são implementados com a colaboração de
governos estaduais e municipais, garan6ndo uma abordagem mais abrangente e eficiente.

Um exemplo notável é o Programa Nacional de Imunizações, que ilustra a interação entre os


diferentes níveis de governo. Este programa, coordenado pelo Ministério da Saúde, envolve a
distribuição de vacinas, o monitoramento de cobertura vacinal e a resposta a surtos de doenças
em todo o país. A eficácia do programa depende da colaboração entre o governo federal, que
fornece as vacinas e diretrizes, e os governos estaduais e municipais, responsáveis pela
administração das vacinas e pelo acompanhamento local.

Categoria Descrição
Desafios do Coordenação das políticas públicas entre diferentes níveis de governo pós-
Federalismo Constituição de 1988. Mudança significativa na distribuição de
responsabilidades, especialmente em saúde, educação e assistência social.
Saúde - Sistema Único Federalismo cooperativo ilustrado pelo SUS, um sistema descentralizado e
de Saúde (SUS) participativo gerido pela União, estados e municípios. Necessita de coordenação
eficaz e adaptação às necessidades locais.
Educação Semelhante à saúde, requer distribuição de responsabilidades e coordenação
entre os níveis federal, estadual e municipal para eficácia das políticas
educacionais.
Descentralização Variação na capacidade de arrecadação de tributos entre estados e municípios,
Fiscal equilibrada por transferências fiscais.
Implementação e Desafios na implementação eficaz de políticas em todo o país devido à
Coordenação descentralização.
Organização dos Inclui gestão e coordenação em múltiplos níveis de governo, descentralização e
Programas Nacionais autonomia local, financiamento e transferências fiscais, desafios operacionais,
participação e controle social, e adaptação e evolução contínua dos programas.

Agora que você já tem uma noção geral do tema, precisamos aprofundar em alguns programas
e tópicos, dada sua importância para a prova do CNU.

Sistema Único de Saúde

28
Vamos, agora, tratar do mais importante programa brasileiro, o SUS. Para isso, extraímos do
próprio site do governo as informações que podem aparecer na prova do CNU. Vamos lá:

O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde pública
do mundo, abrangendo desde o simples atendimento para avaliação da pressão arterial, por
meio da Atenção Primária, até o transplante de órgãos, garantindo acesso integral, universal e
gratuito para toda a população do país.

A gestão das ações e dos serviços de saúde deve ser solidária e participativa entre os três entes
da Federação: a União, os Estados e os municípios. A rede que compõe o SUS é ampla e abrange
tanto ações quanto os serviços de saúde. Engloba a atenção primária, média e alta
complexidades, os serviços urgência e emergência, a atenção hospitalar, as ações e serviços das
vigilâncias epidemiológica, sanitária e ambiental e assistência farmacêutica.

Conforme a Constituição Federal de 1988 (CF-88), a “Saúde é direito de todos e dever do


Estado”. No período anterior a CF-88, o sistema público de saúde prestava assistência apenas
aos trabalhadores vinculados à Previdência Social, aproximadamente 30 milhões de pessoas com
acesso aos serviços hospitalares, cabendo o atendimento aos demais cidadãos às entidades
filantrópicas.

Estrutura
O Sistema Único de Saúde (SUS) é composto pelo Ministério da Saúde, Estados e Municípios,
conforme determina a Constituição Federal. Cada ente tem suas co-responsabilidades.
Nível de Entidade Responsabilidades e Ações
Gestão
Federal Ministério da - Gestor nacional do SUS.
Saúde - Formula, normaWza, fiscaliza, monitora e avalia políWcas e ações em
arWculação com o Conselho Nacional de Saúde.
- Atua na Comissão Intergestores TriparWte para pactuar o Plano Nacional de
Saúde.
- Estrutura inclui Fiocruz, Funasa, Anvisa, ANS, Hemobrás, Inca, Into e oito
hospitais federais.
Estadual Secretaria - Participa da formulação das políticas e ações de saúde.
Estadual de - Presta apoio aos municípios em articulação com o conselho estadual.
Saúde - Participa da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) para aprovar e
implementar o plano estadual de saúde.
Municipal Secretaria - Planeja, organiza, controla, avalia e executa as ações e serviços de saúde.
Municipal de - Articula com o conselho municipal e a esfera estadual para aprovar e
Saúde implantar o plano municipal de saúde.

O SUS funciona segundo os seguintes princípios:

- Universalização: a saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao Estado


assegurar este direito, sendo que o acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as
pessoas, independentemente de sexo, raça, ocupação ou outras características sociais ou
pessoais.

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- Equidade: o objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. Apesar de todas as pessoas
possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais e, por isso, têm necessidades distintas.
Em outras palavras, equidade significa tratar desigualmente os desiguais, investindo mais onde
a carência é maior.
- Integralidade: este princípio considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas
necessidades. Para isso, é importante a integração de ações, incluindo a promoção da saúde, a
prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação. Juntamente, o princípio de integralidade
pressupõe a articulação da saúde com outras políticas públicas, para assegurar uma atuação
intersetorial entre as diferentes áreas que tenham repercussão na saúde e qualidade de vida dos
indivíduos.

Princípios organizativos do SUS


- Regionalização e Hierarquização: os serviços devem ser organizados em níveis crescentes de
complexidade, circunscritos a uma determinada área geográfica, planejados a partir de critérios
epidemiológicos e com definição e conhecimento da população a ser atendida. A regionalização
é um processo de articulação entre os serviços que já existem, visando o comando unificado dos
mesmos. Já a hierarquização deve proceder à divisão de níveis de atenção e garantir formas de
acesso a serviços que façam parte da complexidade requerida pelo caso, nos limites dos recursos
disponíveis numa dada região.
- Descentralização e Comando Único: descentralizar é redistribuir poder e responsabilidade entre
os três níveis de governo. Com relação à saúde, descentralização objetiva prestar serviços com
maior qualidade e garantir o controle e a fiscalização por parte dos cidadãos. No SUS, a
responsabilidade pela saúde deve ser descentralizada até o município, ou seja, devem ser
fornecidas ao município condições gerenciais, técnicas, administrativas e financeiras para exercer
esta função. Para que valha o princípio da descentralização, existe a concepção constitucional do
mando único, onde cada esfera de governo é autônoma e soberana nas suas decisões e
atividades, respeitando os princípios gerais e a participação da sociedade.
- Participação Popular: a sociedade deve participar no dia a dia do sistema. Para isto, devem ser
criados os Conselhos e as Conferências de Saúde, que visam formular estratégias, controlar e
avaliar a execução da política de saúde.

Vamos, agora, esquema6zar em uma tabela os principais programas nacionais, incluindo outros
além dos SUS:

Programa Descrição Organização nas Esferas Federativas


Sistema Único de Garante acesso universal, Federal: Coordenação e financiamento do sistema,
Saúde (SUS) integral e gratuito à saúde políticas nacionais de saúde. Estadual: Gerencia
para toda a população programas e serviços de saúde de alcance regional.
brasileira. Municipal: Gestão dos serviços de saúde locais, como
hospitais e postos de saúde.
Bolsa Família Programa de Federal: Planejamento e coordenação geral. Municipal:
transferência de renda Cadastro das famílias, acompanhamento e execução
para famílias em situação local.
de pobreza e extrema
pobreza.

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Fundo de Manutenção Distribuição de recursos Federal: Estabelece critérios de distribuição e
e Desenvolvimento da para a educação básica complementação de recursos. Estadual e Municipal:
Educação Básica pública. Recebem recursos para aplicação em educação básica.
(FUNDEB)
Programa Nacional de Oferece alimentação Federal: Coordenação, financiamento e
Alimentação Escolar escolar e educação estabelecimento de diretrizes. Estadual e Municipal:
(PNAE) alimentar e nutricional a Execução e gestão das ações alimentares e educacionais
estudantes da educação nas escolas.
básica pública.
Minha Casa Minha Programa habitacional Federal: Coordenação, financiamento e
Vida para facilitar o acesso à estabelecimento de diretrizes. Municipal: Identificação
moradia para famílias de das demandas habitacionais, seleção dos beneficiários e
baixa renda. implementação dos projetos habitacionais em parceria
com construtoras. Estados: Complementam o
financiamento.
Programa Oferece bolsas de estudo Federal: Coordenação geral e estabelecimento de
Universidade para em instituições de ensino critérios para concessão de bolsas. Instituições de
Todos (ProUni) superior privadas para Ensino Superior: Implementação do programa e oferta
estudantes de baixa das vagas.
renda.
Programa Nacional de Oferece crédito para o Na esfera federal, o Ministério da Agricultura, Pecuária
Fortalecimento da desenvolvimento da e Abastecimento (MAPA) e o Ministério do
Agricultura Familiar agricultura familiar. Desenvolvimento Agrário (MDA) coordenam e
(PRONAF) regulamentam o programa, enquanto instituições
financeiras como o BNDES e o Banco do Brasil
disponibilizam os recursos financeiros. Nos estados, os
órgãos de extensão rural oferecem assistência técnica e
disseminam informações, e as agências de fomento
estaduais podem operacionalizar os créditos. Nas
municipalidades, prefeituras e secretarias de
agricultura identificam e cadastram agricultores
elegíveis, com apoio de entidades locais como
sindicatos e cooperativas. O sucesso do PRONAF
depende da colaboração entre estas esferas, garantindo
acesso efetivo ao crédito para os agricultores familiares,
que são os principais beneficiários e responsáveis pela
apresentação de seus projetos de financiamento.

De forma relacionada ao tema da organização das polí6cas públicas, há outro tópico que merece
atenção de sua parte, pois também já caiu em prova:

• Polí;cas Setoriais: As polí6cas setoriais focam em temas específicos. Elas são moldadas
para lidar com problemas iden6ficados dentro de um setor par6cular.
Exemplos:
• Combate às Drogas: Por exemplo, programas de prevenção ao uso de drogas e
reabilitação de dependentes.
• Problemas Ambientais: Inicia6vas como a preservação de áreas de mata na6va ou
polí6cas de reciclagem.

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• Direitos do Cidadão: Esforços como a promoção da igualdade de gênero e
proteção dos direitos das minorias.

• Polí;cas Territoriais: Essas polí6cas têm uma abordagem geográfica, voltadas para áreas
ou regiões específicas.
Exemplos:
• Desenvolvimento do Semiárido: Inicia6vas para combater a seca e promover a
agricultura sustentável nessa região.
• Combate ao Contrabando em Fronteiras: Programas focados em segurança e
controle nas fronteiras para prevenir contrabando e tráfico.

• Polí;cas Ver;cais: São polí6cas coordenadas entre diferentes níveis de governo, da


administração central até as autoridades locais.
Exemplos:
• Educação Básica: A colaboração entre governo federal, estadual e municipal para
garan6r a qualidade do ensino.
• Polí;ca Tributária: A coordenação entre diferentes esferas governamentais para a
coleta e distribuição de impostos.
• Desenvolvimento Urbano: Planejamento urbano integrado que envolve governos
federal, estadual e municipal.

• Polí;cas Horizontais: São polí6cas desenvolvidas entre en6dades no mesmo nível


hierárquico, promovendo a integração e cooperação.
Exemplos:
• Coleta de Resíduos em Áreas Metropolitanas: Municípios vizinhos colaborando
para gerenciar o lixo urbano de forma eficiente.

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Questões para fixação

01) Considere as afirmações a seguir sobre as dis6nções entre Polí6cas de Governo e Polí6cas de
Estado:
a) Polí6cas de Governo são aquelas que tendem a ter con6nuidade e são man6das através de
diferentes governos.
b) Polí6cas de Estado são aquelas que tendem a mudar com a alternância do poder.
c) Tanto as Polí6cas de Governo quanto as de Estado são implementadas por um período
indefinido e não sofrem alterações com a troca de gestão.
d) Polí6cas de Estado são aquelas que tendem a ter con6nuidade e são man6das através de
diferentes governos.
e) As Polí6cas de Governo e as Polí6cas de Estado tendem a mudar frequentemente e não
possuem con6nuidade.

02) Em relação à dis6nção entre Polí6ca Pública e Polí6ca Social, selecione a opção correta:
a) Polí6ca Social é a mesma coisa que Polí6ca Pública, não existe diferença entre elas.
b) Polí6ca Social é uma subcategoria de Polí6ca Pública, com foco em responder a necessidades
sociais como saúde e educação.
c) Polí6ca Pública é uma subcategoria de Polí6ca Social e lida apenas com questões econômicas.
d) Polí6ca Pública e Polí6ca Social são conceitos completamente diferentes e sem relação.
e) Polí6ca Social refere-se apenas ao conjunto de leis e regulamentos de um governo, enquanto
Polí6ca Pública refere-se ao planejamento estratégico do mesmo.

Jus6fica6va: Polí6ca Social é uma subdivisão de Polí6ca Pública. Ela abrange um conjunto de
ações que são conduzidas para atender a certas necessidades da sociedade em áreas como
educação, saúde, moradia, entre outros, enquanto a Polí6ca Pública é mais ampla e engloba
várias outras áreas além das demandas sociais.

03) Considerando a alocação de recursos, estrutura ins6tucional e processos decisórios, qual


dimensão da "polí6ca" está mais diretamente relacionada?
a) Polity
b) Poli6cs
c) Policy
d) Polí6ca Social
e) Polí6ca Pública

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04) Considerando os diferentes modelos que explicam o processo de tomada de decisão em
polí6cas públicas, qual das alterna6vas a seguir examina as polí6cas públicas como produtos de
interações individuais e cole6vas, principalmente mo6vadas por interesses próprios, muitas vezes
em detrimento do interesse público?
a) Modelo Racional
b) Modelo Incremental
c) Modelo de Múl6plos Fluxos
d) Teoria da Escolha Pública
e) Teoria da Con6ngência

05) Com base nos modelos de tomada de decisão em polí6cas públicas, iden6fique o exemplo
que melhor se ajusta ao Modelo de Múl6plos Fluxos:
a) Elaboração de um plano estratégico nacional revolucionário para o desenvolvimento de
infraestrutura 'verde' no país.
b) Adoção de polí6cas de energia renovável em resposta ao reconhecimento crescente das
mudanças climá6cas, a disponibilidade de novas tecnologias de energia verde, e um clima polí6co
favorável ao meio ambiente.
c) Introdução de uma nova polí6ca agrícola que representa uma mudança radical dos
procedimentos an6gos.
d) Ajustes regulares nas polí6cas de educação do Estado de acordo com os dados mais recentes
disponíveis.
e) Aumento das taxas de juros em resposta à crescente inflação.

06) Considerando os modelos de polí6cas públicas descritos acima, qual deles estaria mais
diretamente relacionado com a seguinte situação: a aprovação de uma nova legislação ambiental
após intensa pressão e lobby de grupos de interesse ecológicos, cien6stas e polí6cos
progressistas?
a) Modelo Racional-Compreensivo
b) Modelo Incremental
c) Modelo dos Múl6plos Fluxos (Mul6ple Streams)
d) Modelo da Teoria da Escolha Pública
e) Modelo de Coalizão de Defesa

07) No contexto da polí6ca pública, que abordagem é caracterizada pela evolução das polí6cas
por meio de mudanças pequenas e incrementais a par6r das polí6cas existentes, em vez de
grandes mudanças ou reformas radicais?
a) O Modelo Ins6tucionalista
b) O Modelo Racional-Compreensivo
c) O Modelo da Teoria da Escolha Pública
d) O Modelo Incremental
e) O Modelo dos Múl6plos Fluxos (Mul6ple Streams)

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08) Assinale a opção que melhor define polí6cas públicas redistribu6vas na perspec6va das
arenas polí6cas de Theodore J. Lowi e Robert H. Salisbury:
a) Polí6cas que surgem de demandas fragmentadas e são processadas em um sistema decisório
disperso.
b) Polí6cas que estabelecem normas e regras que definem como certas a6vidades devem ser
executadas.
c) Polí6cas que focam em realocação de bens ou serviços de um grupo da população para outro,
surgindo de demandas concentradas e processadas em um sistema decisório centralizado.
d) Polí6cas voltadas para prover serviços ou recursos para segmentos específicos da sociedade.
e) Polí6cas que surgem de demandas fragmentadas, mas são decididas por um sistema
concentrado de tomada de decisões.

09) Sujeitos a mudanças e conflitos em função de suas metas, as polí6cas redistribu6vas podem
gerar diversas reações na sociedade. Em relação a esta afirmação, iden6fique a alterna6va que
NÃO exemplifica um scenario lpico de uma polí6ca redistribu6va.
a) Criação de leis de trânsito mais rígidas para diminuir a taxa de acidentes.
b) Implementação da reforma agrária.
c) Redistribuição de receitas do petróleo.
d) Desenvolvimento de programas de transferência de renda.
e) Realização de reformas tributárias progressivas.

10) Considerando as 6pologias de polí6cas públicas de Wilson, Gormley, Gustafsson, Hill e Hupe
e Teixeira, qual alterna6va representa corretamente um exemplo de uma polí6ca pública que se
enquadra na categorização de uma Polí6ca Empreendedora de Wilson e uma Polí6ca de Sala
Operatória de Gormley?
a) Uma nova polí6ca de transporte público de uma cidade, que beneficia todos os cidadãos que
dela se u6lizam e tem todos seus custos arcados através de impostos municipais.
b) Uma polí6ca pública de subsídios para agricultores proeminentes, que beneficia uma minoria
seleta, mas que tem seus custos diluídos através de impostos nacionais.
c) Programa de revitalização de um parque público de uma cidade, que beneficia todos os
cidadãos, mas tem seus custos arcados por empresas específicas devido a um imposto verde.
d) Um programa de renovação das licenças de emissão de poluentes de indústrias, de alta
complexidade e visibilidade.
e) Um esquema de quotas de pesca, que beneficia aqueles que obtêm os direitos de pesca, mas
os custos recaiam sobre os demais pescadores por meio de restrições à sua a6vidade.

11) De acordo com classificação de Michael Hill e Peter Hupe, qual alterna6va melhor ilustra um
6po de polí6ca pública regulatória protetora?
a) Polí6cas que incen6vam a compe6ção de mercado, por exemplo, regulamentos an6truste.
b) Polí6cas que protegem os consumidores de prá6cas comerciais injustas ou enganosas.
c) Polí6cas que estabelecem regras em um setor específico para promover a estabilidade dos
preços.

35
d) Polí6cas que incen6vam a inovação tecnológica através de subsídios governamentais.
e) Polí6ca que estabelece limites de pesca para evitar a sobrepesca.

12) Considerando os 6pos de polí6cas públicas apresentadas por Theodore J. Lowi, como
poderíamos classificar uma polí6ca que estabelece regras para a produção e venda de alimentos
orgânicos, com o obje6vo de garan6r a saúde e a segurança dos consumidores?
a) Polí6ca Distribu6va
b) Polí6ca Redistribu6va
c) Polí6ca Regulatória
d) Polí6ca Cons6tu6va
e) Polí6ca Clientelista

13) Numa inicia6va de reforma da polí6ca de saúde, uma reunião é realizada onde os
par6cipantes incluem um deputado federal, um líder de uma ONG que defende o acesso universal
à saúde (Representante A), um empresário que possui uma rede de hospitais par6culares
(Representante B) e um grupo de cidadãos que foram escolhidos para representar o público. Com
base na 6pologia dos atores em ciências sociais e relações públicas, quais seriam os atores formais
presentes na reunião?
a) O deputado federal e o representante A
b) O deputado federal e o representante B
c) O representante A e o representante B
d) O deputado federal, o representante A e o representante B
e) Todos os presentes na reunião

14) Considerando a mesma reunião da questão anterior, quais atores poderiam ser considerados
tanto públicos quanto privados, dependendo do contexto?
a) O deputado federal
b) O representante A
c) O representante B
d) O grupo de cidadãos
e) Nenhum deles

15) Considerando os diferentes 6pos de stakeholders envolvidos em polí6cas públicas, qual das
seguintes opções descreve corretamente a relação entre os atores e suas respec6vas funções?
a) Influenciadores são frequentemente empregados ou acionistas internos à organização.
b) Consul6vos são externos e 6picamente incluem mídias e comunidades.
c) Decisores têm um papel de aconselhamento e geralmente influenciam as decisões através de
conselhos ou opiniões.
d) Internos são atores com poder direto para tomar decisões e incluem empregados, gerentes,
acionistas.
e) Externos são influenciadores que moldam a opinião pública ou comportamento e incluem
clientes, fornecedores, mídia, comunidade.

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16) No contexto dos ciclos de polí6cas públicas, é verdade que a movimentação de questões no
âmbito da agenda de discussões polí6cas depende diretamente da próxima agenda?
a) Sim, movimentações de questões seguem um fluxo unidirecional.
b) Não, o fluxo de questões é bidirecional e pode variar dependendo das circunstâncias.
c) A movimentação de questões não tem nenhuma relação com a próxima agenda.
d) Sim, mas apenas se as questões passam pela agenda sistêmica ou polí6ca.
e) Não, as movimentações de questões dependem integralmente da atual agenda em discussão.

17) Em relação à trajetória de um problema na esfera de polí6cas públicas, assinale a alterna6va


que melhor corresponde à sequência correta:
a) Agenda Decisória - Agenda Governamental - Agenda Sistêmica
b) Agenda Governamental - Agenda Sistêmica - Agenda Decisória
c) Agenda Sistêmica - Agenda Governamental - Agenda Decisória
d) Agenda Sistêmica - Agenda Decisória - Agenda Governamental
e) Agenda Governamental - Agenda Decisória - Agenda Sistêmica

18) Qual é a importância da Agenda Sistêmica para a formulação de polí6cas públicas?


a) Decidir quais polí6cas devem ser implementadas.
b) Colocar em prá6ca as decisões tomadas na Agenda Governamental.
c) Monitorar e controlar as polí6cas já implementadas.
d) Reconhecer os problemas e preocupações que devem ser considerados pelos formuladores de
polí6cas.
e) Determinar os recursos financeiros necessários para a implementação de polí6cas.

19) No âmbito das polí6cas públicas, a agenda decisória:


a) Inclui todos os assuntos que são de conhecimento público, mas que ainda não são
reconhecidos como problemas.
b) É restrita apenas a assuntos que já foram aprovados para ação governamental.
c) Refere-se a questões amplamente deba6das na mídia, mas que ainda não chegaram a uma fase
de tomada de decisão.
d) É o conjunto de questões para as quais se mobilizam recursos de polí6cas a fim de que decisões
sejam tomadas.
e) Engloba todas as questões que são de responsabilidade direta de agências governamentais e
organizações não governamentais.

20) Dentre os 6pos de agendas apresentados, qual deles se refere à lista de questões ou
problemas que são percebidos pelo público e pela mídia, independentemente do
reconhecimento oficial por parte do governo?
a) Agenda Governamental
b) Agenda Decisória
c) Agenda de Mídia
d) Agenda Sistêmica

37
e) Agendas Setoriais

21) Qual a relação correta, de acordo com a Teoria dos Fluxos Múl6plos, para que ocorra uma
mudança na agenda polí6ca?
a) Iden6ficação de alterna6vas, construção de apoio polí6co e divergência de opiniões.
b) Reconhecimento de um problema, desconhecimento de alterna6vas e construção de apoio
polí6co.
c) Reconhecimento de um problema, apa6a polí6ca e iden6ficação de alterna6vas.
d) Reconhecimento de um problema, construção de apoio polí6co e desconhecimento de
alterna6vas.
e) Reconhecimento de um problema, iden6ficação de alterna6vas e construção de apoio polí6co.

22) Segundo a "teoria dos fluxos múl6plos" proposta por John Kingdon, é correto afirmar que:
a) A janela de oportunidade é um momento crí6co em que o fluxo dos problemas, o fluxo das
soluções e o fluxo polí6co se convergem para que a adoção de polí6cas seja menos provável.
b) A emergência de uma solução viável para um problema conhecido nunca contribui para a
abertura de uma janela de oportunidade.
c) O feedback sobre programas existentes pode levar a uma tomada de decisão no fluxo das
soluções, mesmo sem a iden6ficação de um problema específico.
d) O fluxo polí6co não é influenciado por eventos significa6vos como uma crise nacional, mas
apenas por mudanças no governo e opiniões públicas.
e) Manifestações e mobilizações sociais não têm nenhum papel importante ao influenciar o fluxo
polí6co.

23) Em relação às análises de custo-benefcio e custo-efe6vidade na formulação de polí6cas


públicas, marque a alterna6va correta:
a) A análise de custo-benefcio é uma técnica não-econômica que compara os custos de uma
polí6ca com os benefcios gerados.
b) A análise de custo-efe6vidade estabelece um equilíbrio entre os custos e benefcios,
quan6ficados em termos monetários, de uma polí6ca.
c) A análise de custo-benefcio visa determinar a maneira mais eficiente de alcançar um obje6vo
específico, considerando os recursos disponíveis.
d) Ambas as análises, custo-benefcio e custo-efe6vidade, avaliam os resultados ou efeitos de
uma polí6ca pública em relação aos seus custos, mas expressam esses resultados em termos
diferentes.
e) A análise de custo-efe6vidade baseia-se unicamente na relação entre os custos e os benefcios
monetários de uma polí6ca pública.

24) Considerando a Teoria da Escolha Racional na Tomada de Decisão em Polí6cas Públicas, qual
das alterna6vas a seguir apresenta a correta sequência de ações de um ator polí6co envolvido
nesse processo?
a) Iden6fica um problema, age de acordo com as normas ins6tucionais, avalia os custos, escolhe
a ação com maior benefcio.

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b) Iden6fica um problema, avalia os custos e benefcios, decide de acordo com o bem-estar social,
age de acordo com as normas ins6tucionais.
c) Iden6fica um problema, avalia os custos e benefcios, escolhe a ação com maior benefcio, age
de acordo com as normas ins6tucionais.
d) Age de acordo com as normas ins6tucionais, iden6fica um problema, avalia os custos e
benefcios, decide de acordo com o bem-estar social.
e) Iden6fica um problema, age de acordo com as normas ins6tucionais, decide de acordo com o
bem-estar social, avalia os custos e benefcios.

25) A teoria da racionalidade econômica na formulação de polí6cas públicas diz que:


a) As escolhas dos atores polí6cos são sempre determinadas pela busca do maior benefcio
pessoal ou ins6tucional.
b) Os atores polí6cos devem tomar decisões baseadas em análises de custo-benefcio e na busca
pelo maior bem-estar social possível.
c) Os atores polí6cos sempre agem de maneira completamente lógica e previsível.
d) A principal preocupação dos atores polí6cos é com a distribuição justa dos recursos sociais.
e) Todos os atores polí6cos têm perfeitas informações sobre todas as opções disponíveis.

26) Considerando os modelos de tomada de decisão em Polí6ca Pública, qual dos seguintes
melhor descreve o Modelo de Polí6ca Burocrá6ca?
a) As decisões são moldadas pelas capacidades, limitações e cultura das organizações envolvidas.
b) Destaca a importância do debate público, considerando valores como igualdade e democracia.
c) A tomada de decisão envolve negociações e compromissos entre diferentes atores polí6cos.
d) Destaca a complexidade das decisões polí6cas, onde diferentes interesses se entrelaçam,
levando a negociações e barganhas.
e) As decisões são feitas de maneira gradual, levando em conta as restrições polí6cas e
ins6tucionais existentes.

27) Qual modelo de tomada de decisão em polí6ca pública ressalta que, devido à limitações de
informações e cogni6vas, as decisões são frequentemente "suficientemente boas", ao invés de
serem ó6mas?
a) Modelo da Polí6ca Racional
b) Modelo Organizacional
c) Modelo da Polí6ca Burocrá6ca
d) Modelo Incremental
e) Racionalidade Limitada

28) Com base na Teoria do Equilíbrio Pontuado de Jones e Baumgartner, qual das seguintes
situações é mais provável de resultar em uma mudança abrupta e significa6va na polí6ca pública?
a) Um novo administrador público é empossado
b) Uma ligeira variação nos dados econômicos apresentada em um relatório annual
c) Uma sequência prolongada de pequenas alterações legisla6vas
d) Um debate polí6co público de alta visibilidade

39
e) Uma crise nacional de saúde pública

29) Em relação à implementação de polí6cas públicas, qual é a diferença principal entre o modelo
Top-Down (De Cima para Baixo) e o modelo Boˆom-Up (De Baixo para Cima)?
a) No modelo Top-Down, os líderes decidem a polí6ca, enquanto no modelo Boˆom-Up, os
funcionários a implementam.
b) No modelo Top-Down, as autoridades de alto nível detêm todo o poder, enquanto no modelo
Bo0om-Up, o poder é distribuído uniformemente entre todos.
c) No modelo Top-Down, as decisões são tomadas pelos líderes e passadas para os níveis
inferiores para execução, enquanto no modelo Boˆom-Up, as polí6cas são desenvolvidas e
implementadas por indivíduos ou grupos no nível de base.
d) No modelo Top-Down, o foco é na implementação, enquanto no modelo Boˆom-Up, o foco é
na formulação da polí6ca.
e) No modelo Top-Down, a implementação da polí6ca leva mais tempo do que no modelo
Boˆom-Up.

30) Assinale a opção que melhor descreve o Modelo Boˆom-Up (De Baixo para Cima) nas polí6cas
públicas:
a) As polí6cas são definidas e implementadas pelos líderes polí6cos no topo da hierarquia.
b) A criação e implementação de polí6cas são processos altamente rígidos e não se adaptam ao
feedback.
c) As ideias e feedback vêm dos trabalhadores de nível mais baixo e sobem para os níveis
superiores para formar as polí6cas.
d) As decisões são tomadas de forma autônoma por cada indivíduo envolvido, sem interação
significa6va entre eles.
e) As polí6cas são definidas em grandes conferências internacionais e são seguidas
uniformemente por todos os países.

31) Qual é a principal diferença entre avaliações forma6vas e avaliações soma6vas em termos de
Polí6ca Pública?
a) As avaliações forma6vas são realizadas apenas após a conclusão da polí6ca, enquanto as
avaliações soma6vas são realizadas durante a implementação.
b) As avaliações forma6vas fornecem feedback conlnuo sobre o desempenho e eficácia das ações
em andamento, enquanto avaliações soma6vas resumem o impacto geral da polí6ca.
c) As avaliações forma6vas são realizadas por pessoas de fora do país, enquanto as avaliações
soma6vas são realizadas internamente.
d) As avaliações forma6vas não consideram o contexto cultural, enquanto as avaliações soma6vas
fazem.
e) As avaliações forma6vas focam apenas em questões financeiras, enquanto as avaliações
soma6vas focam em questões sociais.

32) Considerando o Ciclo Conlnuo e Interconectado das Polí6cas Públicas, assinale a opção que
NÃO corresponde a uma das finalidades dessas polí6cas:
a) Garan6r o controle e a transparência (accountability)

40
b) Desenvolver estratégias eficazes
c) Reduzir a par6cipação da sociedade na formulação e implementação de polí6cas públicas
d) Fortalecer ins6tuições
e) Democra6zar a administração pública

33) Sobre a Avaliação Ex ante, é correto afirmar:


a) É realizada durante o processo de implementação de uma polí6ca pública, programa ou
projeto.
b) Seu principal obje6vo é prever os efeitos da polí6ca após sua completa implementação e prazo
de funcionamento.
c) Esta avaliação envolve a análise de viabilidade e estudos de custo-benefcio, além da
iden6ficação de potenciais riscos e oportunidades.
d) Não considera a análise de viabilidade.
e) Não envolve a iden6ficação de potenciais riscos e oportunidades.

34) Em relação aos 6pos de avaliação de polí6cas públicas, assinale a alterna6va correta:
a) A avaliação ex ante monitora o progresso e a conformidade com os obje6vos estabelecidos
durante a implementação da polí6ca;
b) A avaliação in i6nere é realizada antes da formulação da polí6ca;
c) A avaliação ex post é responsável por iden6ficar e corrigir desvios e ineficiências durante a
execução da polí6ca;
d) A avaliação in i6nere é realizada durante a implementação da polí6ca pública;
e) A avaliação ex ante é conduzida após a conclusão da implementação da polí6ca pública.

35) Com relação aos conceitos de eficiência, eficácia e efe6vidade, marque a opção incorreta:
a) Eficiência se refere a quão bem os recursos são usados na implementação da polí6ca;
b) Eficácia se refere a se os resultados da polí6ca correspondem aos obje6vos propostos;
c) Efe6vidade considera os resultados reais e as transformações ocorridas na sociedade devido à
polí6ca;
d) Uma polí6ca pode ser eficaz, mas não necessariamente efe6va;
e) Eficácia e eficiência são sinônimos e podem ser usados alternadamente na avaliação de
polí6cas públicas.

36) Suponha que o governo de um país implementou uma polí6ca de redução do analfabe6smo,
oferecendo incen6vos para programas de alfabe6zação para adultos em regiões menos
favorecidas. Após um período de aplicação, a polí6ca é avaliada. Com base em nossas discussões,
qual dos seguintes indicadores de desempenho poderia ser considerado um indicador de eficácia
para essa polí6ca?
a) O número total de adultos que frequentaram os programas de alfabe6zação.
b) O custo médio por adulto matriculado nos programas de alfabe6zação.
c) O número total de professores contratados para os programas de alfabe6zação.
d) A diferença na taxa de analfabe6smo antes e depois da implementação da polí6ca.
e) O grau de sa6sfação dos adultos com os programas de alfabe6zação.

41
37) O Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocra6zação (Gespública) introduziu um
modelo de desempenho baseado nos 6Es. Suponha que você está avaliando uma polí6ca de
habitação social. Qual dos seguintes elementos poderia ser considerado um indicador de
'Economicidade'?
a) O número total de casas construídas em comparação com a meta estabelecida.
b) O custo total da construção de casas em comparação com o orçamento alocado para essa
polí6ca.
c) O impacto da polí6ca na redução do déficit habitacional do país.
d) A velocidade de construção e alocação das casas.
e) A distribuição equita6va das casas entre diferentes grupos socioeconômicos.

38) Considere as seguintes polí6cas e programas:


(I) Programa de Redistribuição de Renda;
(II) Programa de Alfabe6zação de Adultos;
(III) Programa de Segurança Pública para Redução de Homicídios.
Qual destas polí6cas ou programas seria mais apropriado para uma Avaliação de Equidade?
a) I e II
b) II e III
c) I e III
d) Apenas II
e) Todas as polí6cas e programas citados seriam apropriadas para uma Avaliação de Equidade.

39) A Avaliação Ex ante é uma análise realizada antes de um projeto ou polí6ca pública ser
implementada. Quais são os benefcios que essa estratégia pode trazer para a implementação de
uma nova polí6ca ou programa?
a) Economia de recursos e melhoria da polí6ca.
b) Iden6ficação do impacto final da polí6ca e melhoria da polí6ca.
c) Iden6ficação do impacto final da polí6ca e economia de recursos.
d) Implementação rápida da polí6ca e iden6ficação de erros.
e) Nenhuma das alterna6vas.

40) Qual das seguintes afirmações melhor descreve a relevância e o propósito da


ins6tucionalização de polí6cas de Estado em direitos humanos?
a) As polí6cas de Estado em direitos humanos são especialmente formuladas para fins par6dários
e assumem a forma de diretrizes para ações governamentais em resposta a conjunturas polí6cas.
b) As polí6cas de Estado em direitos humanos são temporárias e modificáveis, adaptando-se à
mudança de governos e condições polí6cas.
c) As polí6cas de Estado em direitos humanos são ins6tuições permanentes incorporadas à
estrutura do Estado, visando assegurar o respeito, proteção e promoção dos direitos humanos,
independente de governos e conjunturas.
d) As polí6cas de Estado em direitos humanos são sempre definidas e implementadas pelo poder
execu6vo.

42
e) As polí6cas de Estado em direitos humanos são diretrizes opcionais que os estados podem
escolher adotar ou rejeitar.

41) Quais dos seguintes elementos são considerados crí6cos para a eficácia da implementação
de polí6cas de Estado em direitos humanos?
a) Forte liderança polí6ca e alinhamento par6dário
b) Independência judicial, educação em direitos humanos e par6cipação civil a6va
c) Disposição do Estado para implementação militar forçada de polí6cas
d) Apoio unânime de todos os cidadãos para as polí6cas implementadas
e) Ausência de contestação e crí6ca pública

42. Qual Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH) ampliou o escopo para abranger
direitos sociais, com especial atenção aos grupos vulneráveis, como afrodescendentes, povos
indígenas e a comunidade LGBTQ+, e introduziu a noção de mul6culturalismo?
a) PNDH-1 (FHC, 1996)
b) PNDH-2 (FHC, 2002)
c) PNDH-3 (Lula, 2009)
d) Ambos, PNDH-1 e PNDH-3
e) Todos os PNDHs mencionados

43) Todos os Programas Nacionais de Direitos Humanos (PNDH) atuaram na perspec6va da


promoção e proteção dos direitos humanos. No entanto, houve um programa que se dis6nguiu
por adotar uma linguagem mais asser6va e por abordar questões polêmicas como o direito ao
aborto e a jus6ça de transição relacionada ao regime militar brasileiro. Qual foi esse programa?
a) PNDH-1 (FHC, 1996)
b) PNDH-2 (FHC, 2002)
c) PNDH-3 (Lula, 2009)
d) Todos os PNDHs se enquadrariam nessa definição.
e) Nenhum dos PNDHs se enquadra nessa definição.

44) Com base no processo de redemocra6zação no Brasil e os desenvolvimentos pós-1988, qual


das seguintes opções melhor descreve a posição do Brasil em relação aos direitos humanos?
a) O Brasil não demonstrou compromisso significa6vo com os direitos humanos após a
redemocra6zação.
b) Embora o Brasil tenha ra6ficado o Pacto de San José da Costa Rica, não foram criadas polí6cas
e programas em resposta às violações de direitos humanos durante o regime militar.
c) Apenas a Comissão da Verdade foi criada para inves6gar as violações dos direitos humanos
durante o regime militar.
d) O Brasil reafirmou o seu compromisso com os direitos humanos através da ra6ficação do Pacto
de San José da Costa Rica, da criação de diversas polí6cas e programas em resposta às violações
de direitos humanos durante o regime militar, e do estabelecimento da Secretaria Especial dos
Direitos Humanos.

43
e) Nos anos 2000, o foco do Brasil se voltou para questões de terra e habitação, direitos dos povos
indígenas e luta contra a discriminação racial e de gênero, em detrimento dos direitos humanos.

45) Como se caracteriza a descentralização nas polí6cas públicas no Brasil?


a) Transferência de poderes e recursos do governo central para o governo estadual.
b) Transferência de poderes e recursos do governo central para os níveis inferiores de governo.
c) Concentração de autoridade e tomada de decisões no governo central.
d) Transferência de competências dos governos regionais para o governo central.
e) Centralização da autoridade e tomada de decisões nos governos regionais.

46) Sobre o federalismo brasileiro e a consequente descentralização de polí6cas públicas, é


correto afirmar que:
a) Após a Cons6tuição de 1988, as competências dos estados e municípios foram reduzidas,
resultando numa maior centralização das polí6cas públicas.
b) A implementação de programas educacionais é uma competência exclusiva do governo federal.
c) A segurança é uma responsabilidade compar6lhada entre todos os níveis de governo, mas é
predominantemente de responsabilidade municipal.
d) A descentralização de polí6cas públicas pode ser benéfica ao permi6r uma maior adequação
às necessidades locais, mas também apresenta desafios, como a necessidade de coordenação
entre os diferentes níveis de governo.
e) No Brasil, só existem dois níveis de governo: o federal e o estadual.

47) No Sistema Único de Saúde (SUS), as responsabilidades são compar6lhadas entre União,
estados e municípios.
Seria correto concluir com base nessa informação que o SUS é um exemplo de:
a) Polí6ca centralizada
b) Polí6ca setorizada
c) Polí6ca descentralizada
d) Polí6ca municipalizada
e) Polí6ca estadualizada

48) No contexto do Federalismo Coopera6vo Brasileiro, como se dá a interação entre os governos


federal, estadual e municipal no Programa Nacional de Imunizações?
a) O governo federal é responsável pela administração das vacinas e pelos acompanhamentos
locais, enquanto os governos estaduais e municipais fornecem as vacinas e diretrizes.
b) Os governos estaduais e municipais são exclusivamente responsáveis pelo programa, enquanto
o governo federal atua como um orientador.
c) O governo federal, estadual e municipal são responsáveis unicamente pela distribuição das
vacinas, enquanto as ins6tuições privadas supervisionam a cobertura vacinal.
d) O governo federal fornece as vacinas e diretrizes, enquanto os governos estaduais e municipais
são responsáveis pela administração das vacinas e acompanhamento local.
e) A coordenação do Programa Nacional de Imunizações é de responsabilidade exclusiva do
governo federal.

44
49) Sobre a estrutura do Sistema Único de Saúde (SUS), é correto afirmar que:
a) A organização do SUS é exclusivamente responsabilidade do Ministério da Saúde.
b) O nível municipal é responsável somente pela execução das ações e serviços de saúde, não
havendo par6cipação no planejamento ou controle.
c) O nível estadual tem como uma de suas atribuições prestar apoio aos municípios em
ar6culação com o conselho estadual.
d) Os hospitais federais não fazem parte da estrutura do SUS.
e) A Comissão Intergestores Tripar6te é composta apenas pelos estados e municípios, sem a
par6cipação do Ministério da Saúde.

50) Considerando os princípios doutrinários do Sistema Único de Saúde (SUS), qual das seguintes
afirmações está correta?
a) O princípio da Equidade visa tratar igualmente os iguais, inves6ndo igualmente em todas as
regiões.
b) O princípio da Integralidade é limitado apenas às ações de saúde.
c) O princípio da Universalização garante que apenas os cidadãos brasileiros têm direito à saúde.
d) O princípio da Equidade busca diminuir as desigualdades, tratando desigualmente os desiguais,
inves6ndo mais onde a carência é maior.
e) O princípio da Universalização assegura que apenas pessoas de determinado sexo, raça ou
ocupação têm acesso aos serviços de saúde.

51) Referente à descentralização e comando único no Sistema Único de Saúde (SUS), qual das
seguintes afirmações é correta?
a) O SUS centraliza todo o comando e responsabilidade no governo Federal.
b) No SUS, a responsabilidade pela saúde é centralizada apenas nos municípios.
c) Na descentralização, o SUS redistribui poder e responsabilidade entre os três níveis de governo.
d) O SUS promove a descentralização, porém não mantém uma coordenação unificada entre as
esferas de governo.
e) A descentralização no SUS não permite o controle e a fiscalização por parte dos cidadãos.

52) Com relação às polí6cas setoriais, é correto afirmar:


a) São ar6culadas e executadas exclusivamente pelo governo federal.
b) Abordam problemá6cas gerais da sociedade, sem foco em setores específicos.
c) Possuem caráter exclusivamente coerci6vo, com o obje6vo de impor mudanças de
comportamento.
d) Concentram-se em temas ou problemas específicos dentro de um setor par6cular, moldando
estratégias e inicia6vas para lidar com tais problemas.
e) São desenvolvidas unicamente por organizações não governamentais e agências
internacionais.

53) No que diz respeito às Polí6cas Ver6cais, analise a seguinte sentença: "A polí6ca de combate
ao contrabando em fronteiras é um exemplo de polí6ca ver6cal".

45
a) Verdadeiro, pois envolve a ar6culação entre várias esferas de governo no controle de
fronteiras.
b) Falso, uma vez que se remete a uma polí6ca territorial.
c) Verdadeiro, pois ocorre uma coordenação entre governos estaduais apenas.
d) Falso, porque polí6cas ver6cais só se aplicam à questões de educação e saúde.
e) Verdadeiro, pois engloba a atuação do governo federal na prevenção de contrabando e tráfico.

54) Qual é a principal caracterís6ca das polí6cas públicas horizontais?


a) São polí6cas desenvolvidas por um único nível hierárquico e que se aplicam apenas a esse nível.
b) São polí6cas que promovem a integração e cooperação entre diferentes níveis hierárquicos de
governo.
c) São polí6cas que promovem a integração e cooperação entre en6dades no mesmo nível
hierárquico.
d) São polí6cas desenvolvidas por um único nível hierárquico, mas que se aplicam a todos os
níveis.
e) São polí6cas que não exigem cooperação entre en6dades e atuam de maneira independente.

55) Qual das seguintes en6dades é responsável pela fiscalização e monitoramento das polí6cas
de saúde no âmbito nacional?
a) Secretaria Estadual de Saúde
b) Fiocruz
c) Ministério da Saúde
d) Secretaria Municipal de Saúde
e) Anvisa

56) Qual das seguintes afirmações é verdadeira em relação à Comissão Intergestores Bipar6te
(CIB)?
a) É uma comissão do nível federal para a pactuação do Plano Nacional de Saúde.
b) Inclui representantes dos municípios e do Ministério da Saúde.
c) É responsável pela implementação do plano estadual de saúde.
d) É liderada exclusivamente pelo Ministério da Saúde.
e) Coordena ações exclusivamente no âmbito municipal.

57) Quais ins6tuições são integrantes da estrutura do Ministério da Saúde?


a) Secretarias Municipais de Saúde
b) Fiocruz, Funasa, Anvisa, ANS, Hemobrás, Inca, Into e oito hospitais federais
c) Secretarias Estaduais de Saúde d) Todos os hospitais públicos do Brasil e) Conselho Nacional e
Conselho Estadual de Saúde

58) Qual é o papel principal da Secretaria Municipal de Saúde no SUS?


a) Definir e norma6zar polí6cas de saúde em nível nacional.
b) Fiscalizar e avaliar as ações de saúde em nível estadual.
c) Planejar, organizar, controlar, avaliar e executar as ações e serviços de saúde no município.
d) Pactuar o Plano Nacional de Saúde na Comissão Intergestores Tripar6te.

46
e) Aprovar e implementar o plano estadual de saúde.

59) Qual é a função do Conselho Nacional de Saúde no contexto do Ministério da Saúde?


a) Executar as ações e serviços de saúde em nível nacional.
b) Ar6cular com os municípios para implementação do plano municipal de saúde.
c) Pactuar o Plano Nacional de Saúde na Comissão Intergestores Tripar6te.
d) Fiscalizar e monitorar a execução do plano estadual de saúde.
e) Ar6cular com o Ministério da Saúde na formulação e avaliação de polí6cas de saúde.

60) A Comissão Intergestores Tripar6te é responsável por:


a) Aprovar e implementar o plano municipal de saúde.
b) Pactuar o Plano Nacional de Saúde entre os níveis federal, estadual e municipal.
c) Fiscalizar as ações das Secretarias Municipais de Saúde.
d) Coordenar a distribuição de recursos financeiros aos estados.
e) Norma6zar as polí6cas de saúde no âmbito estadual.

61) Qual das seguintes ins6tuições é parte integrante da estrutura do Ministério da Saúde e atua
principalmente na área de vigilância sanitária?
a) Hemobrás
b) Inca
c) Anvisa
d) Fiocruz
e) Into

62) O princípio de Universalização no SUS assegura que:


a) Todos os brasileiros têm direito a medicamentos gratuitos.
b) A saúde é um direito de todas as pessoas, garan6ndo acesso igualitário às ações e serviços de
saúde.
c) Todos os serviços de saúde devem ser oferecidos exclusivamente pelo governo.
d) Apenas cidadãos brasileiros têm direito ao acesso aos serviços de saúde.
e) Os serviços de saúde são acessíveis apenas para quem contribui com a seguridade social.

63) Como o princípio de Equidade é aplicado no SUS?


a) Oferecendo os mesmos serviços de saúde para todos os cidadãos.
b) Priorizando o tratamento de doenças mais graves em detrimento de doenças menores.
c) Tratando desigualmente os desiguais, inves6ndo mais onde a carência é maior.
d) Distribuindo recursos de saúde de forma igual entre diferentes regiões do país.
e) Fornecendo maior atenção à saúde dos idosos em comparação com outros grupos etários.

64) Qual das seguintes situações exemplifica melhor o princípio da Equidade no SUS?
a) Vacinação obrigatória para todas as faixas etárias.
b) Fornecimento de serviços de saúde especializados para populações em áreas remotas.

47
c) Implementação uniforme de protocolos de saúde em todas as regiões do país.
d) Distribuição de medicamentos gratuitos para todas as pessoas com a mesma condição de
saúde.
e) Acesso igual a consultas médicas para todos os cidadãos, independentemente de sua condição
socioeconômica.

65) Considerando o princípio de Universalização, qual das seguintes afirmações é INCORRETA?


a) O SUS deve oferecer serviços de saúde a todos os residentes no Brasil, independentemente de
sua nacionalidade.
b) Acesso igualitário às ações e serviços de saúde implica em oferecer o mesmo 6po de
tratamento para todas as condições de saúde.
c) O SUS assegura o direito à saúde para todas as pessoas, sem discriminação por caracterís6cas
sociais ou pessoais.
d) A universalização busca garan6r que todos tenham acesso aos serviços de saúde,
independentemente de sua capacidade de pagamento.
e) A cobertura de saúde do SUS abrange desde atendimentos primários até procedimentos
complexos e especializados.

66) De acordo com James Q. Wilson, a implementação de um programa de vacinação pública


gratuita contra a Covid-19, cujo obje6vo é garan6r a imunização de toda a população, pode ser
considerada qual 6po de polí6ca pública?
a) Polí6ca Clientelista
b) Polí6ca Majoritária
c) Polí6ca Empreendedora
d) Polí6ca de Audiência
e) Polí6ca Real

Questões com respostas e comentários

01) Considere as afirmações a seguir sobre as dis6nções entre Polí6cas de Governo e Polí6cas de
Estado:
a) Polí6cas de Governo são aquelas que tendem a ter con6nuidade e são man6das através de
diferentes governos.
b) Polí6cas de Estado são aquelas que tendem a mudar com a alternância do poder.
c) Tanto as Polí6cas de Governo quanto as de Estado são implementadas por um período
indefinido e não sofrem alterações com a troca de gestão.
d) Polí6cas de Estado são aquelas que tendem a ter con6nuidade e são man6das através de
diferentes governos.
e) As Polí6cas de Governo e as Polí6cas de Estado tendem a mudar frequentemente e não
possuem con6nuidade.

Resposta correta: d) Polí6cas de Estado são aquelas que tendem a ter con6nuidade e são
man6das através de diferentes governos.

48
Jus6fica6va: As Polí6cas de Estado são desenhadas para terem con6nuidade independentemente
da alternância de governos, enquanto as Polí6cas de Governo podem mudar conforme o poder
alterna.

02) Em relação à dis6nção entre Polí6ca Pública e Polí6ca Social, selecione a opção correta:
a) Polí6ca Social é a mesma coisa que Polí6ca Pública, não existe diferença entre elas.
b) Polí6ca Social é uma subcategoria de Polí6ca Pública, com foco em responder a necessidades
sociais como saúde e educação.
c) Polí6ca Pública é uma subcategoria de Polí6ca Social e lida apenas com questões econômicas.
d) Polí6ca Pública e Polí6ca Social são conceitos completamente diferentes e sem relação.
e) Polí6ca Social refere-se apenas ao conjunto de leis e regulamentos de um governo, enquanto
Polí6ca Pública refere-se ao planejamento estratégico do mesmo.

Resposta correta: b) Polí6ca Social é uma subcategoria de Polí6ca Pública, com foco em responder
a necessidades sociais como saúde e educação.

Jus6fica6va: Polí6ca Social é uma subdivisão de Polí6ca Pública. Ela abrange um conjunto de
ações que são conduzidas para atender a certas necessidades da sociedade em áreas como
educação, saúde, moradia, entre outros, enquanto a Polí6ca Pública é mais ampla e engloba
várias outras áreas além das demandas sociais.

03) Considerando a alocação de recursos, estrutura ins6tucional e processos decisórios, qual


dimensão da "polí6ca" está mais diretamente relacionada?
a) Polity
b) Poli6cs
c) Policy
d) Polí6ca Social
e) Polí6ca Pública

Resposta Correta: c) Policy


Jus6fica6va: A dimensão "Policy" está relacionada aos conteúdos concretos, aos programas
polí6cos e ao conteúdo material das decisões polí6cas. Ela se refere às polí6cas públicas em si -
os planos e programas implementados para abordar questões específicas.

04) Considerando os diferentes modelos que explicam o processo de tomada de decisão em


polí6cas públicas, qual das alterna6vas a seguir examina as polí6cas públicas como produtos de
interações individuais e cole6vas, principalmente mo6vadas por interesses próprios, muitas vezes
em detrimento do interesse público?
a) Modelo Racional
b) Modelo Incremental
c) Modelo de Múl6plos Fluxos
d) Teoria da Escolha Pública
e) Teoria da Con6ngência

49
Resposta: d) Teoria da Escolha Pública
Jus6fica6va: A Teoria da Escolha Pública baseia-se em princípios econômicos e interpreta o
governo e as polí6cas públicas como resultados das interações mo6vadas por interesses pessoais
entre polí6cos, burocratas e eleitores, muitas vezes em detrimento do interesse público. Essa
teoria examina como esses interesses individuais influenciam a criação e aplicação de polí6cas
públicas.

05) Com base nos modelos de tomada de decisão em polí6cas públicas, iden6fique o exemplo
que melhor se ajusta ao Modelo de Múl6plos Fluxos:
a) Elaboração de um plano estratégico nacional revolucionário para o desenvolvimento de
infraestrutura 'verde' no país.
b) Adoção de polí6cas de energia renovável em resposta ao reconhecimento crescente das
mudanças climá6cas, a disponibilidade de novas tecnologias de energia verde, e um clima polí6co
favorável ao meio ambiente.
c) Introdução de uma nova polí6ca agrícola que representa uma mudança radical dos
procedimentos an6gos.
d) Ajustes regulares nas polí6cas de educação do Estado de acordo com os dados mais recentes
disponíveis.
e) Aumento das taxas de juros em resposta à crescente inflação.

Resposta: b) Adoção de polí6cas de energia renovável em resposta ao reconhecimento crescente


das mudanças climá6cas, a disponibilidade de novas tecnologias de energia verde, e um clima
polí6co favorável ao meio ambiente.
Jus6fica6va: O Modelo de Múl6plos Fluxos argumenta que o processo de polí6cas públicas pode
ser entendido como a interação de três fluxos independentes: o fluxo de problemas, o fluxo de
polí6cas e o fluxo polí6co. As polí6cas são formuladas quando esses três fluxos se encontram
numa janela de oportunidade. O exemplo mencionado reflete esse conceito, representando um
problema (mudanças climá6cas), uma solução (tecnologias de energia verde) e um clima polí6co
favorável.

06) Considerando os modelos de polí6cas públicas descritos acima, qual deles estaria mais
diretamente relacionado com a seguinte situação: a aprovação de uma nova legislação ambiental
após intensa pressão e lobby de grupos de interesse ecológicos, cien6stas e polí6cos
progressistas?
a) Modelo Racional-Compreensivo
b) Modelo Incremental
c) Modelo dos Múl6plos Fluxos (Mul6ple Streams)
d) Modelo da Teoria da Escolha Pública
e) Modelo de Coalizão de Defesa

Resposta: e) Modelo de Coalizão de Defesa.


Jus6fica6va: O modelo de Coalizão de Defesa propõe que polí6cas públicas são influenciadas por
grupos de atores que têm crenças e obje6vos comuns. Neste caso, os grupos de interesse

50
ecológicos, cien6stas e polí6cos estão formando uma coalizão para pressionar a aprovação de
uma nova legislação ambiental.

07) No contexto da polí6ca pública, que abordagem é caracterizada pela evolução das polí6cas
por meio de mudanças pequenas e incrementais a par6r das polí6cas existentes, em vez de
grandes mudanças ou reformas radicais?
a) O Modelo Ins6tucionalista
b) O Modelo Racional-Compreensivo
c) O Modelo da Teoria da Escolha Pública
d) O Modelo Incremental
e) O Modelo dos Múl6plos Fluxos (Mul6ple Streams)
Resposta: d) O Modelo Incremental
Jus6fica6va: O Modelo Incremental sugere que as polí6cas públicas normalmente evoluem
através de pequenas alterações a par6r das polí6cas existentes, ao invés de mudanças grandes e
radicais. Isso ocorre principalmente porque os decisores polí6cos tendem a levar em conta as
restrições de tempo, os recursos limitados e a incerteza em relação aos resultados da polí6ca.

08) Assinale a opção que melhor define polí6cas públicas redistribu6vas na perspec6va das
arenas polí6cas de Theodore J. Lowi e Robert H. Salisbury:
a) Polí6cas que surgem de demandas fragmentadas e são processadas em um sistema decisório
disperso.
b) Polí6cas que estabelecem normas e regras que definem como certas a6vidades devem ser
executadas.
c) Polí6cas que focam em realocação de bens ou serviços de um grupo da população para outro,
surgindo de demandas concentradas e processadas em um sistema decisório centralizado.
d) Polí6cas voltadas para prover serviços ou recursos para segmentos específicos da sociedade.
e) Polí6cas que surgem de demandas fragmentadas, mas são decididas por um sistema
concentrado de tomada de decisões.

Resposta: alterna6va c).


Jus6fica6va: As polí6cas públicas redistribu6vas definem realocações de bens e serviços. Na
perspec6va de Lowi, essas polí6cas geram conflitos por causa da transferência de recursos. Na
perspec6va de Salisbury, essas polí6cas surgem de demandas concentradas e são processadas
em um sistema decisório centralizado.

09) Sujeitos a mudanças e conflitos em função de suas metas, as polí6cas redistribu6vas podem
gerar diversas reações na sociedade. Em relação a esta afirmação, iden6fique a alterna6va que
NÃO exemplifica um scenario lpico de uma polí6ca redistribu6va.
a) Criação de leis de trânsito mais rígidas para diminuir a taxa de acidentes.
b) Implementação da reforma agrária.
c) Redistribuição de receitas do petróleo.
d) Desenvolvimento de programas de transferência de renda.
e) Realização de reformas tributárias progressivas.

51
Resposta: alterna6va a).
Jus6fica6va: Leis de trânsito mais rígidas para diminuir a taxa de acidentes são um exemplo de
polí6cas regulatórias, que estabelecem normas e regras, não redistribu6vas. As opções b, c, d e e
são exemplos de polí6cas redistribu6vas, que focam na realocação de bens ou serviços de um
grupo da população para outro.

10) Considerando as 6pologias de polí6cas públicas de Wilson, Gormley, Gustafsson, Hill e Hupe
e Teixeira, qual alterna6va representa corretamente um exemplo de uma polí6ca pública que se
enquadra na categorização de uma Polí6ca Empreendedora de Wilson e uma Polí6ca de Sala
Operatória de Gormley?
a) Uma nova polí6ca de transporte público de uma cidade, que beneficia todos os cidadãos que
dela se u6lizam e tem todos seus custos arcados através de impostos municipais.
b) Uma polí6ca pública de subsídios para agricultores proeminentes, que beneficia uma minoria
seleta, mas que tem seus custos diluídos através de impostos nacionais.
c) Programa de revitalização de um parque público de uma cidade, que beneficia todos os
cidadãos, mas tem seus custos arcados por empresas específicas devido a um imposto verde.
d) Um programa de renovação das licenças de emissão de poluentes de indústrias, de alta
complexidade e visibilidade.
e) Um esquema de quotas de pesca, que beneficia aqueles que obtêm os direitos de pesca, mas
os custos recaiam sobre os demais pescadores por meio de restrições à sua a6vidade.

Resposta: alterna6va c).


Jus6fica6va: A revitalização do parque é um exemplo de uma Polí6ca Empreendedora de Wilson,
pois beneficia a todos na sociedade (benefcio cole6vo), porém os custos são especificamente
dedicados a empresas específicas através de um imposto verde (custos específicos). É também
um exemplo de uma Polí6ca de Sala Operatória de Gormley, pois é de alta complexidade
(planejamento e implementação da revitalização) e de alta visibilidade (é facilmente perceplvel
por todos na cidade).

11) De acordo com classificação de Michael Hill e Peter Hupe, qual alterna6va melhor ilustra um
6po de polí6ca pública regulatória protetora?
a) Polí6cas que incen6vam a compe6ção de mercado, por exemplo, regulamentos an6truste.
b) Polí6cas que protegem os consumidores de prá6cas comerciais injustas ou enganosas.
c) Polí6cas que estabelecem regras em um setor específico para promover a estabilidade dos
preços.
d) Polí6cas que incen6vam a inovação tecnológica através de subsídios governamentais.
e) Polí6ca que estabelece limites de pesca para evitar a sobrepesca.

Resposta: alterna6va b). As polí6cas protetoras são projetadas para proteger os interesses dos
cidadãos ou dos grupos vulneráveis na sociedade. A polí6ca que protege os consumidores de
prá6cas comerciais injustas ou enganosas, é um exemplo clássico de uma polí6ca regulatória
protetora.

52
12) Considerando os 6pos de polí6cas públicas apresentadas por Theodore J. Lowi, como
poderíamos classificar uma polí6ca que estabelece regras para a produção e venda de alimentos
orgânicos, com o obje6vo de garan6r a saúde e a segurança dos consumidores?
a) Polí6ca Distribu6va
b) Polí6ca Redistribu6va
c) Polí6ca Regulatória
d) Polí6ca Cons6tu6va
e) Polí6ca Clientelista
Resposta: Alterna6va C, Polí6ca Regulatória.
Jus6fica6va: A polí6ca citada consiste na criação de normas e regulações que vão orientar a
produção e venda de um dado produto. É um exemplo de Polí6ca Regulatória, que é focada em
estabelecer regras ou normas para regular a6vidades e comportamentos.

13) Numa inicia6va de reforma da polí6ca de saúde, uma reunião é realizada onde os
par6cipantes incluem um deputado federal, um líder de uma ONG que defende o acesso universal
à saúde (Representante A), um empresário que possui uma rede de hospitais par6culares
(Representante B) e um grupo de cidadãos que foram escolhidos para representar o público. Com
base na 6pologia dos atores em ciências sociais e relações públicas, quais seriam os atores formais
presentes na reunião?
a) O deputado federal e o representante A
b) O deputado federal e o representante B
c) O representante A e o representante B
d) O deputado federal, o representante A e o representante B
e) Todos os presentes na reunião

Resposta: Alterna6va b) O deputado federal e o representante B


Jus6fica6va: O deputado federal, que é parte do governo, e o empresário representando uma
rede de hospitais par6culares, são ambos atores formais, pois são reconhecidos oficialmente
como partes interessadas no processo. Embora a ONG do representante A possa ser reconhecida
oficialmente, ela age mais como uma en6dade cole6va informal neste contexto, pois está
representando os interesses cole6vos de um grupo, e o grupo de cidadãos agem como atores
informais cole6vos.

14) Considerando a mesma reunião da questão anterior, quais atores poderiam ser considerados
tanto públicos quanto privados, dependendo do contexto?
a) O deputado federal
b) O representante A
c) O representante B
d) O grupo de cidadãos
e) Nenhum deles
Resposta: Alterna6va a) O deputado federal

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Jus6fica6va: O deputado federal, apesar de ocupar um cargo público, é também um indivíduo
privado e pode atuar em seu próprio interesse ou representar sua própria eleição. Portanto,
dependendo do contexto, ele pode servir tanto como um ator público (quando toma decisões
como representante do governo) quanto como um ator privado (quando age de acordo com seus
próprios interesses). Os outros atores na descrição dada, incluindo o representante de uma ONG,
um representante de uma empresa privada e um grupo de cidadãos, seriam mais claramente
classificados como privados ou cidadãos individuais, e não teriam a mesma dualidade que o
deputado federal neste contexto.

15) Considerando os diferentes 6pos de stakeholders envolvidos em polí6cas públicas, qual das
seguintes opções descreve corretamente a relação entre os atores e suas respec6vas funções?
a) Influenciadores são frequentemente empregados ou acionistas internos à organização.
b) Consul6vos são externos e 6picamente incluem mídias e comunidades.
c) Decisores têm um papel de aconselhamento e geralmente influenciam as decisões através de
conselhos ou opiniões.
d) Internos são atores com poder direto para tomar decisões e incluem empregados, gerentes,
acionistas.
e) Externos são influenciadores que moldam a opinião pública ou comportamento e incluem
clientes, fornecedores, mídia, comunidade.

Resposta correta: e) Externos são influenciadores que moldam a opinião pública ou


comportamento e incluem clientes, fornecedores, mídia, comunidade.
Jus6fica6va: Esta opção é a correta porque segue a descrição correta dos conceitos de
stakeholders em termos de polí6ca pública. Os influenciadores podem ser internos ou externos
e tendem a moldar as opiniões ou comportamentos públicos.

16) No contexto dos ciclos de polí6cas públicas, é verdade que a movimentação de questões no
âmbito da agenda de discussões polí6cas depende diretamente da próxima agenda?
a) Sim, movimentações de questões seguem um fluxo unidirecional.
b) Não, o fluxo de questões é bidirecional e pode variar dependendo das circunstâncias.
c) A movimentação de questões não tem nenhuma relação com a próxima agenda.
d) Sim, mas apenas se as questões passam pela agenda sistêmica ou polí6ca.
e) Não, as movimentações de questões dependem integralmente da atual agenda em discussão.

Resposta correta: b) Não, o fluxo de questões é bidirecional e pode variar dependendo das
circunstâncias.
Jus6fica6va: A movimentação de questões em polí6cas públicas não segue necessariamente uma
única direção. Fatores como a natureza do problema, o ambiente polí6co, e os recursos
disponíveis podem impactar o fluxo das questões.

17) Em relação à trajetória de um problema na esfera de polí6cas públicas, assinale a alterna6va


que melhor corresponde à sequência correta:
a) Agenda Decisória - Agenda Governamental - Agenda Sistêmica
b) Agenda Governamental - Agenda Sistêmica - Agenda Decisória

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c) Agenda Sistêmica - Agenda Governamental - Agenda Decisória
d) Agenda Sistêmica - Agenda Decisória - Agenda Governamental
e) Agenda Governamental - Agenda Decisória - Agenda Sistêmica

Resposta: Alterna6va "c". A jus6fica6va é que o conceito de Agendas em Polí6cas Públicas envolve
uma transição de uma questão ou problema para ser reconhecido como tal no nível da sociedade
(Agenda Sistêmica), mover-se então para o reconhecimento formal no nível do governo (Agenda
Governamental) e, finalmente, tornar-se uam ação concreta através de polí6cas (Agenda
Decisória).

18) Qual é a importância da Agenda Sistêmica para a formulação de polí6cas públicas?


a) Decidir quais polí6cas devem ser implementadas.
b) Colocar em prá6ca as decisões tomadas na Agenda Governamental.
c) Monitorar e controlar as polí6cas já implementadas.
d) Reconhecer os problemas e preocupações que devem ser considerados pelos formuladores de
polí6cas.
e) Determinar os recursos financeiros necessários para a implementação de polí6cas.

Resposta: Alterna6va "d". A jus6fica6va é que a Agenda Sistêmica é a primeira etapa na trajetória
de um problema para se tornar uma polí6ca pública. Aqui é onde os problemas e preocupações
são reconhecidos ao nível da sociedade e considerados dignos de atenção polí6ca. Devem então
ser movidos para a Agenda Governamental para serem reconhecidos formalmente.

19) No âmbito das polí6cas públicas, a agenda decisória:


a) Inclui todos os assuntos que são de conhecimento público, mas que ainda não são
reconhecidos como problemas.
b) É restrita apenas a assuntos que já foram aprovados para ação governamental.
c) Refere-se a questões amplamente deba6das na mídia, mas que ainda não chegaram a uma fase
de tomada de decisão.
d) É o conjunto de questões para as quais se mobilizam recursos de polí6cas a fim de que decisões
sejam tomadas.
e) Engloba todas as questões que são de responsabilidade direta de agências governamentais e
organizações não governamentais.

Resposta: d) É o conjunto de questões para as quais se mobilizam recursos de polí6cas a fim de


que decisões sejam tomadas.
Jus6fica6va: A agenda decisória é representada pelo conjunto de questões que, prioritariamente,
estão sobre a mesa para a tomada de decisão. Assim, essa agenda é o espaço onde, efe6vamente,
há a concentração e mobilização de recursos para que decisões sejam tomadas.

20) Dentre os 6pos de agendas apresentados, qual deles se refere à lista de questões ou
problemas que são percebidos pelo público e pela mídia, independentemente do
reconhecimento oficial por parte do governo?
a) Agenda Governamental

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b) Agenda Decisória
c) Agenda de Mídia
d) Agenda Sistêmica
e) Agendas Setoriais

Resposta: Alterna6va d) Agenda Sistêmica.


Jus6fica6va: A descrição da Agenda Sistêmica se encaixa com a pergunta. A Agenda Sistêmica é
cons6tuída por todos os problemas percebidos pelo público e pela mídia, independentemente
do reconhecimento oficial pelo governo. Os outros 6pos de agendas citados possuem focos
diferentes, seja ele ins6tucional, de ação, de destaque dos meios de comunicação ou setorial.

21) Qual a relação correta, de acordo com a Teoria dos Fluxos Múl6plos, para que ocorra uma
mudança na agenda polí6ca?
a) Iden6ficação de alterna6vas, construção de apoio polí6co e divergência de opiniões.
b) Reconhecimento de um problema, desconhecimento de alterna6vas e construção de apoio
polí6co.
c) Reconhecimento de um problema, apa6a polí6ca e iden6ficação de alterna6vas.
d) Reconhecimento de um problema, construção de apoio polí6co e desconhecimento de
alterna6vas.
e) Reconhecimento de um problema, iden6ficação de alterna6vas e construção de apoio polí6co.

Resposta: Alterna6va e) Reconhecimento de um problema, iden6ficação de alterna6vas e


construção de apoio polí6co.
Jus6fica6va: De acordo com a Teoria dos Fluxos Múl6plos, a mudança na agenda polí6ca ocorre
quando esses três elementos convergem. Isso gera um ambiente propício para que a questão em
pauta ganhe prioridade na agenda e desencadeie a formulação de polí6cas.

22) Segundo a "teoria dos fluxos múl6plos" proposta por John Kingdon, é correto afirmar que:
a) A janela de oportunidade é um momento crí6co em que o fluxo dos problemas, o fluxo das
soluções e o fluxo polí6co se convergem para que a adoção de polí6cas seja menos provável.
b) A emergência de uma solução viável para um problema conhecido nunca contribui para a
abertura de uma janela de oportunidade.
c) O feedback sobre programas existentes pode levar a uma tomada de decisão no fluxo das
soluções, mesmo sem a iden6ficação de um problema específico.
d) O fluxo polí6co não é influenciado por eventos significa6vos como uma crise nacional, mas
apenas por mudanças no governo e opiniões públicas.
e) Manifestações e mobilizações sociais não têm nenhum papel importante ao influenciar o fluxo
polí6co.

Resposta correta: c) O feedback sobre programas existentes pode levar a uma tomada de decisão
no fluxo das soluções, mesmo sem a iden6ficação de um problema específico.
Jus6fica6va: O feedback sobre programas existentes pode impulsionar a atenção a um problema,
que faz parte do fluxo dos problemas. No entanto, se o feedback mostra que a solução proposta

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é efe6va, isso pode levar à sua adoção através do fluxo das soluções mesmo sem a iden6ficação
de um problema específico.

23) Em relação às análises de custo-benefcio e custo-efe6vidade na formulação de polí6cas


públicas, marque a alterna6va correta:
a) A análise de custo-benefcio é uma técnica não-econômica que compara os custos de uma
polí6ca com os benefcios gerados.
b) A análise de custo-efe6vidade estabelece um equilíbrio entre os custos e benefcios,
quan6ficados em termos monetários, de uma polí6ca.
c) A análise de custo-benefcio visa determinar a maneira mais eficiente de alcançar um obje6vo
específico, considerando os recursos disponíveis.
d) Ambas as análises, custo-benefcio e custo-efe6vidade, avaliam os resultados ou efeitos de
uma polí6ca pública em relação aos seus custos, mas expressam esses resultados em termos
diferentes.
e) A análise de custo-efe6vidade baseia-se unicamente na relação entre os custos e os benefcios
monetários de uma polí6ca pública.

Resposta correta: d) Ambas as análises, custo-benefcio e custo-efe6vidade, avaliam os resultados


ou efeitos de uma polí6ca pública em relação aos seus custos, mas expressam esses resultados
em termos diferentes.
Jus6fica6va: Enquanto a análise de custo-benefcio quan6fica tanto os custos quanto os
benefcios em termos monetários, a análise custo-efe6vidade avalia os resultados em termos não
monetários.

24) Considerando a Teoria da Escolha Racional na Tomada de Decisão em Polí6cas Públicas, qual
das alterna6vas a seguir apresenta a correta sequência de ações de um ator polí6co envolvido
nesse processo?
a) Iden6fica um problema, age de acordo com as normas ins6tucionais, avalia os custos, escolhe
a ação com maior benefcio.
b) Iden6fica um problema, avalia os custos e benefcios, decide de acordo com o bem-estar social,
age de acordo com as normas ins6tucionais.
c) Iden6fica um problema, avalia os custos e benefcios, escolhe a ação com maior benefcio, age
de acordo com as normas ins6tucionais.
d) Age de acordo com as normas ins6tucionais, iden6fica um problema, avalia os custos e
benefcios, decide de acordo com o bem-estar social.
e) Iden6fica um problema, age de acordo com as normas ins6tucionais, decide de acordo com o
bem-estar social, avalia os custos e benefcios.

Resposta: Alterna6va c).


Jus6fica6va: De acordo com a Teoria da Escolha Racional, um ator polí6co, após iden6ficar um
problema, busca avaliar os custos e benefcios para decidir a ação que trará maior benefcio. Atuar
de acordo com as normas ins6tucionais é o úl6mo passo no processo.

25) A teoria da racionalidade econômica na formulação de polí6cas públicas diz que:

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a) As escolhas dos atores polí6cos são sempre determinadas pela busca do maior benefcio
pessoal ou ins6tucional.
b) Os atores polí6cos devem tomar decisões baseadas em análises de custo-benefcio e na busca
pelo maior bem-estar social possível.
c) Os atores polí6cos sempre agem de maneira completamente lógica e previsível.
d) A principal preocupação dos atores polí6cos é com a distribuição justa dos recursos sociais.
e) Todos os atores polí6cos têm perfeitas informações sobre todas as opções disponíveis.

Resposta: Alterna6va b).


Jus6fica6va: De acordo com a teoria da racionalidade econômica, as polí6cas públicas devem ser
formuladas com base em análises de custo-benefcio, buscando a maior eficiência possível e
promovendo o bem-estar social.

26) Considerando os modelos de tomada de decisão em Polí6ca Pública, qual dos seguintes
melhor descreve o Modelo de Polí6ca Burocrá6ca?
a) As decisões são moldadas pelas capacidades, limitações e cultura das organizações envolvidas.
b) Destaca a importância do debate público, considerando valores como igualdade e democracia.
c) A tomada de decisão envolve negociações e compromissos entre diferentes atores polí6cos.
d) Destaca a complexidade das decisões polí6cas, onde diferentes interesses se entrelaçam,
levando a negociações e barganhas.
e) As decisões são feitas de maneira gradual, levando em conta as restrições polí6cas e
ins6tucionais existentes.

Resposta: d).
Jus6fica6va: O Modelo de Polí6ca Burocrá6ca destaca a complexidade das decisões polí6cas e
como diferentes interesses e polí6cas podem se entrelaçar, levando a negociações e barganhas.

27) Qual modelo de tomada de decisão em polí6ca pública ressalta que, devido à limitações de
informações e cogni6vas, as decisões são frequentemente "suficientemente boas", ao invés de
serem ó6mas?
a) Modelo da Polí6ca Racional
b) Modelo Organizacional
c) Modelo da Polí6ca Burocrá6ca
d) Modelo Incremental
e) Racionalidade Limitada

Resposta: e).
Jus6fica6va: A Racionalidade Limitada reconhece que devido às limitações informa6vas e
cogni6vas, as decisões são frequentemente "suficientemente boas", em vez de serem as
melhores possíveis.

28) Com base na Teoria do Equilíbrio Pontuado de Jones e Baumgartner, qual das seguintes
situações é mais provável de resultar em uma mudança abrupta e significa6va na polí6ca pública?
a) Um novo administrador público é empossado

58
b) Uma ligeira variação nos dados econômicos apresentada em um relatório annual
c) Uma sequência prolongada de pequenas alterações legisla6vas
d) Um debate polí6co público de alta visibilidade
e) Uma crise nacional de saúde pública

Resposta: E. Uma crise nacional de saúde pública


Jus6fica6va: A Teoria do Equilíbrio Pontuado enfa6za que grandes mudanças nas polí6cas
públicas são mais propensas a ocorrer em resposta a eventos significa6vos como uma crise, ao
invés de ocorrer gradualmente ao longo do tempo através de pequenas alterações.

29) Em relação à implementação de polí6cas públicas, qual é a diferença principal entre o modelo
Top-Down (De Cima para Baixo) e o modelo Boˆom-Up (De Baixo para Cima)?
a) No modelo Top-Down, os líderes decidem a polí6ca, enquanto no modelo Boˆom-Up, os
funcionários a implementam.
b) No modelo Top-Down, as autoridades de alto nível detêm todo o poder, enquanto no modelo
Bo0om-Up, o poder é distribuído uniformemente entre todos.
c) No modelo Top-Down, as decisões são tomadas pelos líderes e passadas para os níveis
inferiores para execução, enquanto no modelo Boˆom-Up, as polí6cas são desenvolvidas e
implementadas por indivíduos ou grupos no nível de base.
d) No modelo Top-Down, o foco é na implementação, enquanto no modelo Boˆom-Up, o foco é
na formulação da polí6ca.
e) No modelo Top-Down, a implementação da polí6ca leva mais tempo do que no modelo
Boˆom-Up.

Resposta: c)
Jus6fica6va: A principal diferença entre esses dois modelos de implementação é o nível no qual
as decisões são tomadas e implementadas. No modelo Top-Down, as decisões são feitas no topo
e depois filtradas para baixo para implementação. No modelo Boˆom-Up, a polí6ca é
desenvolvida e implementada no nível de base.

30) Assinale a opção que melhor descreve o Modelo Boˆom-Up (De Baixo para Cima) nas polí6cas
públicas:
a) As polí6cas são definidas e implementadas pelos líderes polí6cos no topo da hierarquia.
b) A criação e implementação de polí6cas são processos altamente rígidos e não se adaptam ao
feedback.
c) As ideias e feedback vêm dos trabalhadores de nível mais baixo e sobem para os níveis
superiores para formar as polí6cas.
d) As decisões são tomadas de forma autônoma por cada indivíduo envolvido, sem interação
significa6va entre eles.
e) As polí6cas são definidas em grandes conferências internacionais e são seguidas
uniformemente por todos os países.

Resposta: alterna6va c).

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Jus6fica6va: No Modelo Boˆom-Up (De Baixo para Cima), as decisões polí6cas são informadas
com base no feedback e na experiência daqueles que estão no nível mais baixo da hierarquia -
aqueles que lidam diretamente com a implementação das polí6cas.

31) Qual é a principal diferença entre avaliações forma6vas e avaliações soma6vas em termos de
Polí6ca Pública?

a) As avaliações forma6vas são realizadas apenas após a conclusão da polí6ca, enquanto as


avaliações soma6vas são realizadas durante a implementação.
b) As avaliações forma6vas fornecem feedback conlnuo sobre o desempenho e eficácia das ações
em andamento, enquanto avaliações soma6vas resumem o impacto geral da polí6ca.
c) As avaliações forma6vas são realizadas por pessoas de fora do país, enquanto as avaliações
soma6vas são realizadas internamente.
d) As avaliações forma6vas não consideram o contexto cultural, enquanto as avaliações soma6vas
fazem.
e) As avaliações forma6vas focam apenas em questões financeiras, enquanto as avaliações
soma6vas focam em questões sociais.

Resposta certa: alterna6va b


Jus6fica6va: As avaliações forma6vas focam nos processos e são realizadas durante a
implementação da polí6ca, fornecendo feedback conlnuo para ajustes e melhorias. As avaliações
soma6vas, por outro lado, são realizadas após a conclusão da polí6ca e têm o obje6vo de resumir
o impacto geral da polí6ca.

32) Considerando o Ciclo Conlnuo e Interconectado das Polí6cas Públicas, assinale a opção que
NÃO corresponde a uma das finalidades dessas polí6cas:
a) Garan6r o controle e a transparência (accountability)
b) Desenvolver estratégias eficazes
c) Reduzir a par6cipação da sociedade na formulação e implementação de polí6cas públicas
d) Fortalecer ins6tuições
e) Democra6zar a administração pública

Resposta: Alterna6va c).


Jus6fica6va: O Ciclo Conlnuo e Interconectado das Polí6cas Públicas não tem como finalidade
reduzir a par6cipação da sociedade na formulação e implementação de polí6cas públicas. Ao
contrário, uma das funções das polí6cas públicas é empoderar a sociedade, significando
aumentar sua par6cipação e envolvimento nas decisões públicas.

33) Sobre a Avaliação Ex ante, é correto afirmar:


a) É realizada durante o processo de implementação de uma polí6ca pública, programa ou
projeto.
b) Seu principal obje6vo é prever os efeitos da polí6ca após sua completa implementação e prazo
de funcionamento.

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c) Esta avaliação envolve a análise de viabilidade e estudos de custo-benefcio, além da
iden6ficação de potenciais riscos e oportunidades.
d) Não considera a análise de viabilidade.
e) Não envolve a iden6ficação de potenciais riscos e oportunidades.

Resposta: Alterna6va c.
Jus6fica6va: A Avaliação Ex ante é realizada antes do início da implementação de uma polí6ca
pública, seu principal obje6vo é prever os impactos e a eficácia da polí6ca proposta. Esta avaliação
envolve a análise de viabilidade, estudos de custo-benefcio e a iden6ficação de potenciais riscos
e oportunidades, fazendo a opção c ser a correta.

34) Em relação aos 6pos de avaliação de polí6cas públicas, assinale a alterna6va correta:
a) A avaliação ex ante monitora o progresso e a conformidade com os obje6vos estabelecidos
durante a implementação da polí6ca;
b) A avaliação in i6nere é realizada antes da formulação da polí6ca;
c) A avaliação ex post é responsável por iden6ficar e corrigir desvios e ineficiências durante a
execução da polí6ca;
d) A avaliação in i6nere é realizada durante a implementação da polí6ca pública;
e) A avaliação ex ante é conduzida após a conclusão da implementação da polí6ca pública.

Resposta: Alterna6va D. A avaliação in i6nere é realizada durante a implementação da polí6ca


pública, com o intuito de monitorar o progresso e a conformidade com os obje6vos estabelecidos,
proporcionando a oportunidade de realizar ajustes em tempo real. As demais alterna6vas
misturam conceitos de diferentes 6pos de avaliação, confundindo suas definições e funções.

35) Com relação aos conceitos de eficiência, eficácia e efe6vidade, marque a opção incorreta:
a) Eficiência se refere a quão bem os recursos são usados na implementação da polí6ca;
b) Eficácia se refere a se os resultados da polí6ca correspondem aos obje6vos propostos;
c) Efe6vidade considera os resultados reais e as transformações ocorridas na sociedade devido à
polí6ca;
d) Uma polí6ca pode ser eficaz, mas não necessariamente efe6va;
e) Eficácia e eficiência são sinônimos e podem ser usados alternadamente na avaliação de
polí6cas públicas.

Resposta: Alterna6va E. Eficácia e eficiência são conceitos dis6ntos na avaliação de polí6cas


públicas. Enquanto a eficácia se refere a se os resultados e obje6vos foram alcançados, a
eficiência diz respeito a quão bem os recursos foram u6lizados durante a implementação da
polí6ca, ou seja, se houve desperdício ou não. Portanto, eles não podem ser usados como
sinônimos.

36) Suponha que o governo de um país implementou uma polí6ca de redução do analfabe6smo,
oferecendo incen6vos para programas de alfabe6zação para adultos em regiões menos
favorecidas. Após um período de aplicação, a polí6ca é avaliada. Com base em nossas discussões,

61
qual dos seguintes indicadores de desempenho poderia ser considerado um indicador de eficácia
para essa polí6ca?
a) O número total de adultos que frequentaram os programas de alfabe6zação.
b) O custo médio por adulto matriculado nos programas de alfabe6zação.
c) O número total de professores contratados para os programas de alfabe6zação.
d) A diferença na taxa de analfabe6smo antes e depois da implementação da polí6ca.
e) O grau de sa6sfação dos adultos com os programas de alfabe6zação.

Resposta: d) A diferença na taxa de analfabe6smo antes e depois da implementação da polí6ca.


Jus6fica6va: Indicadores de eficácia medem se um programa está alcançando seus obje6vos.
Neste caso, a meta é a redução do analfabe6smo. Portanto, a mudança na taxa de analfabe6smo
seria um indicador de eficácia.

37) O Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocra6zação (Gespública) introduziu um


modelo de desempenho baseado nos 6Es. Suponha que você está avaliando uma polí6ca de
habitação social. Qual dos seguintes elementos poderia ser considerado um indicador de
'Economicidade'?
a) O número total de casas construídas em comparação com a meta estabelecida.
b) O custo total da construção de casas em comparação com o orçamento alocado para essa
polí6ca.
c) O impacto da polí6ca na redução do déficit habitacional do país.
d) A velocidade de construção e alocação das casas.
e) A distribuição equita6va das casas entre diferentes grupos socioeconômicos.

Resposta: b) O custo total da construção de casas em comparação com o orçamento alocado para
essa polí6ca.
Jus6fica6va: A 'Economicidade' refere-se ao uso eficiente dos recursos. Portanto, comparar o
custo total de construção de casas com o orçamento alocado ajudaria a entender se a polí6ca
está sendo econômica.

38) Considere as seguintes polí6cas e programas:


(I) Programa de Redistribuição de Renda;
(II) Programa de Alfabe6zação de Adultos;
(III) Programa de Segurança Pública para Redução de Homicídios.
Qual destas polí6cas ou programas seria mais apropriado para uma Avaliação de Equidade?
a) I e II
b) II e III
c) I e III
d) Apenas II
e) Todas as polí6cas e programas citados seriam apropriadas para uma Avaliação de Equidade.

Resposta: c) I e III

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Jus6fica6va: A Avaliação de Equidade inves6ga como os benefcios e os custos de uma polí6ca
são distribuídos entre diferentes grupos da sociedade. O Programa de Redistribuição de Renda e
o Programa de Segurança Pública para Redução de Homicídios impactam diretamente a
distribuição de benefcios e riscos sociais, tornando-os apropriados para a Avaliação de Equidade.
O Programa de Alfabe6zação de Adultos também pode ser avaliado sob a perspec6va da
equidade, mas isso não é tão diretamente relacionado quanto os outros dois programas.

39) A Avaliação Ex ante é uma análise realizada antes de um projeto ou polí6ca pública ser
implementada. Quais são os benefcios que essa estratégia pode trazer para a implementação de
uma nova polí6ca ou programa?
a) Economia de recursos e melhoria da polí6ca.
b) Iden6ficação do impacto final da polí6ca e melhoria da polí6ca.
c) Iden6ficação do impacto final da polí6ca e economia de recursos.
d) Implementação rápida da polí6ca e iden6ficação de erros.
e) Nenhuma das alterna6vas.

Resposta: a) Economia de recursos e melhoria da polí6ca.


Jus6fica6va: O principal benefcio da Avaliação Ex ante é permi6r uma visão prévia que pode
iden6ficar falhas ou problemas potenciais antes que a polí6ca seja implementada. Isto pode
resultar na economia de recursos, pois evita o inves6mento em projetos com possibilidade de
falha. Além disso, permite que a polí6ca seja ajustada e melhorada antes mesmo de sua
implementação, aumentando assim sua chance de êxito.

40) Qual das seguintes afirmações melhor descreve a relevância e o propósito da


ins6tucionalização de polí6cas de Estado em direitos humanos?
a) As polí6cas de Estado em direitos humanos são especialmente formuladas para fins par6dários
e assumem a forma de diretrizes para ações governamentais em resposta a conjunturas polí6cas.
b) As polí6cas de Estado em direitos humanos são temporárias e modificáveis, adaptando-se à
mudança de governos e condições polí6cas.
c) As polí6cas de Estado em direitos humanos são ins6tuições permanentes incorporadas à
estrutura do Estado, visando assegurar o respeito, proteção e promoção dos direitos humanos,
independente de governos e conjunturas.
d) As polí6cas de Estado em direitos humanos são sempre definidas e implementadas pelo poder
execu6vo.
e) As polí6cas de Estado em direitos humanos são diretrizes opcionais que os estados podem
escolher adotar ou rejeitar.

Resposta correta: c) As polí6cas de Estado em direitos humanos são ins6tuições permanentes


incorporadas à estrutura do Estado, visando assegurar o respeito, proteção e promoção dos
direitos humanos, independente de governos e conjunturas.

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Jus6fica6va: A questão exige o entendimento de que polí6cas de Estado em direitos humanos
transcende governos e conjunturas polí6cas e são efe6vamente integrais, permanentes e
compromissadas com os direitos fundamentais.

41) Quais dos seguintes elementos são considerados crí6cos para a eficácia da implementação
de polí6cas de Estado em direitos humanos?
a) Forte liderança polí6ca e alinhamento par6dário
b) Independência judicial, educação em direitos humanos e par6cipação civil a6va
c) Disposição do Estado para implementação militar forçada de polí6cas
d) Apoio unânime de todos os cidadãos para as polí6cas implementadas
e) Ausência de contestação e crí6ca pública

Resposta correta: b) Independência judicial, educação em direitos humanos e par6cipação civil


a6va.
Jus6fica6va: A questão requer uma compreensão de que a eficácia da implementação de polí6cas
de Estado em direitos humanos muitas vezes depende de mecanismos independentes de
controle, conscien6zação e a6vismo público, em vez de uma perspec6va estritamente polí6ca ou
forcible.

42. Qual Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH) ampliou o escopo para abranger
direitos sociais, com especial atenção aos grupos vulneráveis, como afrodescendentes, povos
indígenas e a comunidade LGBTQ+, e introduziu a noção de mul6culturalismo?
a) PNDH-1 (FHC, 1996)
b) PNDH-2 (FHC, 2002)
c) PNDH-3 (Lula, 2009)
d) Ambos, PNDH-1 e PNDH-3
e) Todos os PNDHs mencionados

Resposta Correta: b) PNDH-2 (FHC, 2002)


Jus6fica6va: O PNDH-2 é mencionado no texto como o programa que ampliou o escopo para
abranger direitos sociais, focando em grupos vulneráveis e introduzindo a noção de
mul6culturalismo.

43) Todos os Programas Nacionais de Direitos Humanos (PNDH) atuaram na perspec6va da


promoção e proteção dos direitos humanos. No entanto, houve um programa que se dis6nguiu
por adotar uma linguagem mais asser6va e por abordar questões polêmicas como o direito ao
aborto e a jus6ça de transição relacionada ao regime militar brasileiro. Qual foi esse programa?
a) PNDH-1 (FHC, 1996)
b) PNDH-2 (FHC, 2002)
c) PNDH-3 (Lula, 2009)
d) Todos os PNDHs se enquadrariam nessa definição.
e) Nenhum dos PNDHs se enquadra nessa definição.

64
Resposta Correta: c) PNDH-3 (Lula, 2009)
Jus6fica6va: O PNDH-3 u6lizou uma linguagem mais asser6va e trouxe à tona temas polêmicos
como o direito ao aborto e a jus6ça de transição: “Considerar o aborto como tema de saúde
pública, com a garan6a do acesso aos serviços de saúde”; .

44) Com base no processo de redemocra6zação no Brasil e os desenvolvimentos pós-1988, qual


das seguintes opções melhor descreve a posição do Brasil em relação aos direitos humanos?
a) O Brasil não demonstrou compromisso significa6vo com os direitos humanos após a
redemocra6zação.
b) Embora o Brasil tenha ra6ficado o Pacto de San José da Costa Rica, não foram criadas polí6cas
e programas em resposta às violações de direitos humanos durante o regime militar.
c) Apenas a Comissão da Verdade foi criada para inves6gar as violações dos direitos humanos
durante o regime militar.
d) O Brasil reafirmou o seu compromisso com os direitos humanos através da ra6ficação do Pacto
de San José da Costa Rica, da criação de diversas polí6cas e programas em resposta às violações
de direitos humanos durante o regime militar, e do estabelecimento da Secretaria Especial dos
Direitos Humanos.
e) Nos anos 2000, o foco do Brasil se voltou para questões de terra e habitação, direitos dos povos
indígenas e luta contra a discriminação racial e de gênero, em detrimento dos direitos humanos.

Resposta: d)
Jus6fica6va: O Brasil reafirmou se compromisso com os direitos humanos em várias ocasiões após
a redemocra6zação, como é evidente pela ra6ficação do Pacto de San José da Costa Rica, da
criação de várias polí6cas e programas, como o Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-
3), e do estabelecimento da Secretaria Especial dos Direitos Humanos.

45) Como se caracteriza a descentralização nas polí6cas públicas no Brasil?


a) Transferência de poderes e recursos do governo central para o governo estadual.
b) Transferência de poderes e recursos do governo central para os níveis inferiores de governo.
c) Concentração de autoridade e tomada de decisões no governo central.
d) Transferência de competências dos governos regionais para o governo central.
e) Centralização da autoridade e tomada de decisões nos governos regionais.
Resposta: b) Jus6fica6va: A descentralização, no contexto do federalismo brasileiro, refere-se à
transferência de poderes e recursos do governo central para os níveis inferiores de governo
(estados e municípios). Isso permite a adaptação das decisões e ações às realidades locais,
aumentando a eficácia na gestão pública.

46) Sobre o federalismo brasileiro e a consequente descentralização de polí6cas públicas, é


correto afirmar que:
a) Após a Cons6tuição de 1988, as competências dos estados e municípios foram reduzidas,
resultando numa maior centralização das polí6cas públicas.

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b) A implementação de programas educacionais é uma competência exclusiva do governo federal.
c) A segurança é uma responsabilidade compar6lhada entre todos os níveis de governo, mas é
predominantemente de responsabilidade municipal.
d) A descentralização de polí6cas públicas pode ser benéfica ao permi6r uma maior adequação
às necessidades locais, mas também apresenta desafios, como a necessidade de coordenação
entre os diferentes níveis de governo.
e) No Brasil, só existem dois níveis de governo: o federal e o estadual.

Resposta: Alterna6va (d). Jus6fica6va: A alterna6va correta é a (d) pois a descentralização de


polí6cas públicas, embora possa trazer vantagens em termos de adequação às necessidades
locais, apresenta desafios como a necessidade de coordenação e cooperação entre diferentes
níveis de governo.

47) No Sistema Único de Saúde (SUS), as responsabilidades são compar6lhadas entre União,
estados e municípios.
Seria correto concluir com base nessa informação que o SUS é um exemplo de:
a) Polí6ca centralizada
b) Polí6ca setorizada
c) Polí6ca descentralizada
d) Polí6ca municipalizada
e) Polí6ca estadualizada

Resposta: Alterna6va (c). Jus6fica6va: A alterna6va correta é a (c) pois o SUS é um exemplo de
polí6ca descentralizada, uma vez que as responsabilidades são compar6lhadas entre diversos
níveis de governo: a União, os estados e os municípios.

48) No contexto do Federalismo Coopera6vo Brasileiro, como se dá a interação entre os governos


federal, estadual e municipal no Programa Nacional de Imunizações?
a) O governo federal é responsável pela administração das vacinas e pelos acompanhamentos
locais, enquanto os governos estaduais e municipais fornecem as vacinas e diretrizes.
b) Os governos estaduais e municipais são exclusivamente responsáveis pelo programa, enquanto
o governo federal atua como um orientador.
c) O governo federal, estadual e municipal são responsáveis unicamente pela distribuição das
vacinas, enquanto as ins6tuições privadas supervisionam a cobertura vacinal.
d) O governo federal fornece as vacinas e diretrizes, enquanto os governos estaduais e municipais
são responsáveis pela administração das vacinas e acompanhamento local.
e) A coordenação do Programa Nacional de Imunizações é de responsabilidade exclusiva do
governo federal.

Resp.: d) O governo federal fornece as vacinas e diretrizes, enquanto os governos estaduais e


municipais são responsáveis pela administração das vacinas e acompanhamento local.

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Jus6fica6va: A alterna6va correta descreve corretamente a colaboração e as responsabilidades
dos governos federal, estaduais e municipais na execução do Programa Nacional de Imunizações.

49) Sobre a estrutura do Sistema Único de Saúde (SUS), é correto afirmar que:
a) A organização do SUS é exclusivamente responsabilidade do Ministério da Saúde.
b) O nível municipal é responsável somente pela execução das ações e serviços de saúde, não
havendo par6cipação no planejamento ou controle.
c) O nível estadual tem como uma de suas atribuições prestar apoio aos municípios em
ar6culação com o conselho estadual.
d) Os hospitais federais não fazem parte da estrutura do SUS.
e) A Comissão Intergestores Tripar6te é composta apenas pelos estados e municípios, sem a
par6cipação do Ministério da Saúde.

Resposta correta: c) O nível estadual tem como uma de suas atribuições prestar apoio aos
municípios em ar6culação com o conselho estadual.
Jus6fica6va: A opção correta refere-se às co-responsabilidades atribuídas ao nível de gestão
estadual dentro do sistema SUS. As demais alterna6vas trazem ideias opostas à realidade do SUS.

50) Considerando os princípios doutrinários do Sistema Único de Saúde (SUS), qual das seguintes
afirmações está correta?
a) O princípio da Equidade visa tratar igualmente os iguais, inves6ndo igualmente em todas as
regiões.
b) O princípio da Integralidade é limitado apenas às ações de saúde.
c) O princípio da Universalização garante que apenas os cidadãos brasileiros têm direito à saúde.
d) O princípio da Equidade busca diminuir as desigualdades, tratando desigualmente os desiguais,
inves6ndo mais onde a carência é maior.
e) O princípio da Universalização assegura que apenas pessoas de determinado sexo, raça ou
ocupação têm acesso aos serviços de saúde.

Resposta correta: d
Jus6fica6va: A alterna6va "d" é a correta pois o princípio da Equidade dentro do SUS visa
justamente minimizar as desigualdades sociais no campo da saúde, levando ações e serviços de
saúde a regiões e populações onde a mesma é mais precária, isto é, tratar desigualmente os
desiguais, inves6ndo mais onde a carência é maior.

AlternaWva A - Equidade e Tratamento Igual: Esta alternacva está incorreta porque confunde o conceito de
igualdade com equidade. Enquanto a igualdade trata todos de maneira idêncca, a equidade leva em consideração
as diferenças e necessidades específicas de cada grupo ou região, buscando oferecer recursos de maneira
proporcional às suas necessidades específicas.
AlternaWva B - Integralidade Limitada às Ações de Saúde: Esta afirmação é incorreta porque o princípio da
Integralidade no SUS abrange não apenas as ações de saúde, mas também a prevenção, o tratamento e a reabilitação.
O SUS visa cuidar do indivíduo de forma integral, considerando tanto aspectos isicos quanto psicológicos e sociais.
AlternaWva C - Universalização Apenas para Cidadãos Brasileiros: Esta alternacva está errada porque o princípio da
Universalização garante o acesso à saúde para todos que estão no território nacional, independentemente de
nacionalidade, raça, gênero ou condição socioeconômica. O SUS é um sistema inclusivo que visa garancr o direito à
saúde para todos.

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AlternaWva E - Universalização Limitada por Sexo, Raça ou Ocupação: Esta afirmação é incorreta. Como mencionado
anteriormente, o princípio da Universalização assegura o acesso à saúde a todos, sem discriminação por sexo, raça,
ocupação ou qualquer outra caracteríscca.

51) Referente à descentralização e comando único no Sistema Único de Saúde (SUS), qual das
seguintes afirmações é correta?
a) O SUS centraliza todo o comando e responsabilidade no governo Federal.
b) No SUS, a responsabilidade pela saúde é centralizada apenas nos municípios.
c) Na descentralização, o SUS redistribui poder e responsabilidade entre os três níveis de governo.
d) O SUS promove a descentralização, porém não mantém uma coordenação unificada entre as
esferas de governo.
e) A descentralização no SUS não permite o controle e a fiscalização por parte dos cidadãos.

Resposta correta: c
Jus6fica6va: A alterna6va "c" é correta pois a descentralização se reflete justamente na
redistribuição de responsabilidades e poderes entre os três níveis de governo (federal, estadual
e municipal). Isso possibilita um atendimento em saúde mais próximo e adequado à realidade
local de cada região do país.

52) Com relação às polí6cas setoriais, é correto afirmar:


a) São ar6culadas e executadas exclusivamente pelo governo federal.
b) Abordam problemá6cas gerais da sociedade, sem foco em setores específicos.
c) Possuem caráter exclusivamente coerci6vo, com o obje6vo de impor mudanças de
comportamento.
d) Concentram-se em temas ou problemas específicos dentro de um setor par6cular, moldando
estratégias e inicia6vas para lidar com tais problemas.
e) São desenvolvidas unicamente por organizações não governamentais e agências
internacionais.

Resposta: Alterna6va (d) Concentram-se em temas ou problemas específicos dentro de um setor


par6cular, moldando estratégias e inicia6vas para lidar com tais problemas.
Jus6fica6va: As polí6cas setoriais buscam tratar de temas ou problemas iden6ficados em um
setor específico. Não são exclusivas de um nível de governo ou de organizações específicas, como
descrito nas outras alterna6vas.

53) No que diz respeito às Polí6cas Ver6cais, analise a seguinte sentença: "A polí6ca de combate
ao contrabando em fronteiras é um exemplo de polí6ca ver6cal".
a) Verdadeiro, pois envolve a ar6culação entre várias esferas de governo no controle de
fronteiras.
b) Falso, uma vez que se remete a uma polí6ca territorial.
c) Verdadeiro, pois ocorre uma coordenação entre governos estaduais apenas.
d) Falso, porque polí6cas ver6cais só se aplicam à questões de educação e saúde.
e) Verdadeiro, pois engloba a atuação do governo federal na prevenção de contrabando e tráfico.

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Resposta: Alterna6va (b) Falso, uma vez que se remete a uma polí6ca territorial.

Jus6fica6va: Polí6cas ver6cais são formas de atuação em que os três níveis de governo (federal,
estadual e municipal) coordenam ações para resolver um problema. O exemplo apresentado trata
de questões geográficas específicas, referindo-se, portanto, a uma polí6ca territorial.

54) Qual é a principal caracterís6ca das polí6cas públicas horizontais?


a) São polí6cas desenvolvidas por um único nível hierárquico e que se aplicam apenas a esse nível.
b) São polí6cas que promovem a integração e cooperação entre diferentes níveis hierárquicos de
governo.
c) São polí6cas que promovem a integração e cooperação entre en6dades no mesmo nível
hierárquico.
d) São polí6cas desenvolvidas por um único nível hierárquico, mas que se aplicam a todos os
níveis.
e) São polí6cas que não exigem cooperação entre en6dades e atuam de maneira independente.

Resposta: Alterna6va C
Jus6fica6va: A descrição fornecida acima no enunciado define as polí6cas públicas horizontais
como aquelas que promovem a integração e cooperação entre en6dades no mesmo nível
hierárquico, tornando a alterna6va C a correta.

55) Qual das seguintes en6dades é responsável pela fiscalização e monitoramento das polí6cas
de saúde no âmbito nacional?
a) Secretaria Estadual de Saúde
b) Fiocruz
c) Ministério da Saúde
d) Secretaria Municipal de Saúde
e) Anvisa
Resposta: c) Ministério da Saúde Jus6fica6va: O Ministério da Saúde é o gestor nacional do SUS e
é responsável por formular, norma6zar, fiscalizar, monitorar e avaliar as polí6cas e ações de saúde
em âmbito nacional.

56) Qual das seguintes afirmações é verdadeira em relação à Comissão Intergestores Bipar6te
(CIB)?
a) É uma comissão do nível federal para a pactuação do Plano Nacional de Saúde.
b) Inclui representantes dos municípios e do Ministério da Saúde.
c) É responsável pela implementação do plano estadual de saúde.
d) É liderada exclusivamente pelo Ministério da Saúde.
e) Coordena ações exclusivamente no âmbito municipal.

Resposta: c) É responsável pela implementação do plano estadual de saúde. Jus6fica6va: A


Comissão Intergestores Bipar6te (CIB) é um órgão de ar6culação entre o estado e os municípios,
e tem como função a aprovação e implementação do plano estadual de saúde.

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57) Quais ins6tuições são integrantes da estrutura do Ministério da Saúde?
a) Secretarias Municipais de Saúde
b) Fiocruz, Funasa, Anvisa, ANS, Hemobrás, Inca, Into e oito hospitais federais
c) Secretarias Estaduais de Saúde d) Todos os hospitais públicos do Brasil e) Conselho Nacional e
Conselho Estadual de Saúde

Resposta: b) Fiocruz, Funasa, Anvisa, ANS, Hemobrás, Inca, Into e oito hospitais federais
Jus6fica6va: O Ministério da Saúde abriga diversas ins6tuições e órgãos em sua estrutura,
incluindo a Fiocruz, Funasa, Anvisa, ANS, Hemobrás, Inca, Into e oito hospitais federais. Estas
ins6tuições desempenham papéis específicos na gestão da saúde no nível federal.

58) Qual é o papel principal da Secretaria Municipal de Saúde no SUS?


a) Definir e norma6zar polí6cas de saúde em nível nacional.
b) Fiscalizar e avaliar as ações de saúde em nível estadual.
c) Planejar, organizar, controlar, avaliar e executar as ações e serviços de saúde no município.
d) Pactuar o Plano Nacional de Saúde na Comissão Intergestores Tripar6te.
e) Aprovar e implementar o plano estadual de saúde.

Resposta: c) Planejar, organizar, controlar, avaliar e executar as ações e serviços de saúde no


município. Jus6fica6va: A Secretaria Municipal de Saúde é responsável pelo planejamento,
organização, controle, avaliação e execução das ações e serviços de saúde em nível municipal,
trabalhando em ar6culação com o conselho municipal e a esfera estadual.

59) Qual é a função do Conselho Nacional de Saúde no contexto do Ministério da Saúde?


a) Executar as ações e serviços de saúde em nível nacional.
b) Ar6cular com os municípios para implementação do plano municipal de saúde.
c) Pactuar o Plano Nacional de Saúde na Comissão Intergestores Tripar6te.
d) Fiscalizar e monitorar a execução do plano estadual de saúde.
e) Ar6cular com o Ministério da Saúde na formulação e avaliação de polí6cas de saúde.

Resposta: e) Ar6cular com o Ministério da Saúde na formulação e avaliação de polí6cas de saúde.


Jus6fica6va: O Conselho Nacional de Saúde atua em ar6culação com o Ministério da Saúde na
formulação, avaliação e monitoramento das polí6cas e ações de saúde em nível nacional.

60) A Comissão Intergestores Tripar6te é responsável por:


a) Aprovar e implementar o plano municipal de saúde.
b) Pactuar o Plano Nacional de Saúde entre os níveis federal, estadual e municipal.
c) Fiscalizar as ações das Secretarias Municipais de Saúde.
d) Coordenar a distribuição de recursos financeiros aos estados.
e) Norma6zar as polí6cas de saúde no âmbito estadual.

Resposta: b) Pactuar o Plano Nacional de Saúde entre os níveis federal, estadual e municipal.
Jus6fica6va: A Comissão Intergestores Tripar6te é um órgão que reúne representantes dos três

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níveis de gestão (federal, estadual e municipal) para pactuar questões como o Plano Nacional de
Saúde, promovendo a integração entre os diferentes níveis do SUS.

61) Qual das seguintes ins6tuições é parte integrante da estrutura do Ministério da Saúde e atua
principalmente na área de vigilância sanitária?
a) Hemobrás
b) Inca
c) Anvisa
d) Fiocruz
e) Into
Resposta: c) Anvisa Jus6fica6va: A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é uma
ins6tuição que faz parte da estrutura do Ministério da Saúde e é responsável por regular e
fiscalizar produtos e serviços que envolvem risco à saúde pública, incluindo medicamentos,
alimentos e outros, representando um componente essencial na área de vigilância sanitária no
Brasil.

62) O princípio de Universalização no SUS assegura que:


a) Todos os brasileiros têm direito a medicamentos gratuitos.
b) A saúde é um direito de todas as pessoas, garan6ndo acesso igualitário às ações e serviços de
saúde.
c) Todos os serviços de saúde devem ser oferecidos exclusivamente pelo governo.
d) Apenas cidadãos brasileiros têm direito ao acesso aos serviços de saúde.
e) Os serviços de saúde são acessíveis apenas para quem contribui com a seguridade social.

Resposta: b) A saúde é um direito de todas as pessoas, garan6ndo acesso igualitário às ações e


serviços de saúde.
Jus6fica6va: O princípio da Universalização assegura que o acesso às ações e serviços de saúde
deve ser garan6do a todas as pessoas, sem discriminação, sendo um direito de cidadania.

63) Como o princípio de Equidade é aplicado no SUS?


a) Oferecendo os mesmos serviços de saúde para todos os cidadãos.
b) Priorizando o tratamento de doenças mais graves em detrimento de doenças menores.
c) Tratando desigualmente os desiguais, inves6ndo mais onde a carência é maior.
d) Distribuindo recursos de saúde de forma igual entre diferentes regiões do país.
e) Fornecendo maior atenção à saúde dos idosos em comparação com outros grupos etários.

Resposta: c) Tratando desigualmente os desiguais, inves6ndo mais onde a carência é maior.


Jus6fica6va: O princípio de Equidade se baseia na ideia de que, apesar de todos terem direito aos
serviços de saúde, as necessidades das pessoas não são iguais. Assim, busca-se diminuir
desigualdades inves6ndo de forma diferenciada conforme as necessidades específicas de cada
grupo.

64) Qual das seguintes situações exemplifica melhor o princípio da Equidade no SUS?
a) Vacinação obrigatória para todas as faixas etárias.

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b) Fornecimento de serviços de saúde especializados para populações em áreas remotas.
c) Implementação uniforme de protocolos de saúde em todas as regiões do país.
d) Distribuição de medicamentos gratuitos para todas as pessoas com a mesma condição de
saúde.
e) Acesso igual a consultas médicas para todos os cidadãos, independentemente de sua condição
socioeconômica.

Resposta: b) Fornecimento de serviços de saúde especializados para populações em áreas


remotas. Jus6fica6va: A Equidade no SUS visa tratar desigualmente os desiguais, inves6ndo mais
onde a carência é maior. Portanto, alocar recursos adicionais para oferecer serviços de saúde
especializados em áreas remotas, onde o acesso é mais difcil, reflete esse princípio.

65) Considerando o princípio de Universalização, qual das seguintes afirmações é INCORRETA?


a) O SUS deve oferecer serviços de saúde a todos os residentes no Brasil, independentemente de
sua nacionalidade.
b) Acesso igualitário às ações e serviços de saúde implica em oferecer o mesmo 6po de
tratamento para todas as condições de saúde.
c) O SUS assegura o direito à saúde para todas as pessoas, sem discriminação por caracterís6cas
sociais ou pessoais.
d) A universalização busca garan6r que todos tenham acesso aos serviços de saúde,
independentemente de sua capacidade de pagamento.
e) A cobertura de saúde do SUS abrange desde atendimentos primários até procedimentos
complexos e especializados.

Resposta: b) Acesso igualitário às ações e serviços de saúde implica em oferecer o mesmo 6po de
tratamento para todas as condições de saúde. Jus6fica6va: A Universalização foca no direito igual
de acesso à saúde, mas não implica que o mesmo 6po de tratamento deve ser oferecido para
todas as condições, pois as necessidades de saúde variam entre indivíduos.

66) De acordo com James Q. Wilson, a implementação de um programa de vacinação pública


gratuita contra a Covid-19, cujo obje6vo é garan6r a imunização de toda a população, pode ser
considerada qual 6po de polí6ca pública?
a) Polí6ca Clientelista
b) Polí6ca Majoritária
c) Polí6ca Empreendedora
d) Polí6ca de Audiência
e) Polí6ca Real

Resposta: Alterna6va B, Polí6ca Majoritária. Jus6fica6va: A polí6ca citada prevê tanto benefcios
como custos distribuídos amplamente pela sociedade. Por isso, se encaixa no conceito de Polí6ca
Majoritária, onde, segundo Wilson, tanto custos quanto benefcios são amplamente distribuídos
pela sociedade.

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