Você está na página 1de 12

Capítulo 28

Tempos modernos versus ansiedade:


aprenda a controlar sua
ansiedade

Q ína Nolcto Bueno *


Angeluci Reis Branquínho Ribeiro**
Iran Johnathan Silva O liveira***
Jéssica Cirqueira A lve s****
Roberta M a ia M a rc o n *****

Universidade Católica dc Qoiás

A tecnologia e a agitação da vida moderna trouxeram consigo competitividade,


instabilidade no emprego, viotência, trânsito, perspectivas futuras, diversas pressões
quanto a ser avaliado, ser aprovado, ser capaz, dar conta, alcançar o sucesso g mais
uma infinidade de possibilidades e ameaças abstratas e reais. Todas, portanto, com ­
preendendo estímulos às pessoas, independente de sua raça, credo, classe social ou
localização geográfica. Implicando, desta forma, no poder de gerarem respostas emo­
cionais - positivas ou negativas - naqueles indivíduos que, de uma forma ou de outra,
são colocados diante de tais contextos. Àqueles que as discriminam como estímulos
aversivos darão a elas a função de gerarem-lhes respostas emocionais negativas. E,
muito provavelmente, ao serem mantidos em contato com tais estímulos, percebendo-
os como negativos, poderá haver a aparição, em seus organismos, de respostas de
estresse e de ansiedade alterada.
Os diversos estudos sobre as respostas ansiosas, assim como sobre o de­
senvolvimento do estresse, relatam que, num primeiro momento, tanto a ansiedade
quanto o estresse são respostas que objetivam levar o organismo de quem as sente a

’ Mestra em Psicologia. Professora do Departamento de Psicologia e tio Programa de Pòs-Graríuaçáo em Psicologia Lato Sensuda
Universidade Católica de Goiás, membro do Núcleo de Pesquisa Aplicada em Intervenções Clinicas e Com unitárias-N U PA IC C E-mail
ginabuerxTpsigihotmail ccm
~ angelpsi80@yalioü.com br
irangyn@hotmail.com
~")cirqueira_psi@ hotm ailcom
“ ™ robertamalamarcon@hotmai!.coni

Sobre Comportamento c Cognição 341


enfrentar as contingências de ameaças, mesmo que implicando apenas num proces­
so evolutivo sócio-ambiental. Porém, a eficácia quando do enfrentamento das situa­
ções geradoras de ansiedade exacerbada e de estresse dependerá do repertório
assertivo para a ocorrência desse enfrentamento. Caso contrário, enfrentar tomar-se-á
em uma nova contingência que não favorecerá o controle dessas respostas, mas sim
sua exacerbação {Ballone, 2008; Lipp & Tanganelli, 2002).
Assim, é importante destacar que não apenas situações classificadas como
ruins têm a propriedade de favorecer a quebra da homeostase biológica do organismo.
Aqueles eventos muito prazeros podem produzir, também, alteração homeostática, visan­
do a adptação do organismo ao novo contexto (Pacanaro & Santos, 2007). Assim, quanto
menor for capacidade de adaptação, maior será a probabilidade do afetamento grave de
todas as respostas da pessoa: cognitivas, fisiológicas, emocionais e com porta mentais.
Como se vê, a qualidade de vida não está relacionada apenas à ausência da
doença, mas sim, a todo contexto que envolva o bem-estar profissional, físico, emocio­
nal e social do indivíduo {Lipp, 1997).
Sendo assim, o estresse e a ansiedade funcionam como respostas adaptativas
e essenciais ao ser humano que quando imediatas ou de curtos periodos permitirão
que o indivíduo se adapte ao ambiente (Craske & Barlow, 1993/1999). Porém, é impor­
tante compreender a diferença entre ambos e o que cada um pode ocasionar.

Estresse
Trata-se de uma condição dinâmica na qual uma pessoa é confrontada com
uma oportunidade, limitação, bem como com uma demanda em relação a algo deseja­
do e cujo resultado é percebido, simultaneamente, como importante e incerto (Robbins.
20 0 1 / 2 0 0 2 ).
Um ponto a considerar é que o processo de estresse será desencadeado e
desenvolvido de forma diferente para cada indivíduo, visto que a análise de cada evento
como aversivo ou não dependerá de como cada pessoa aprendeu a percebê-lo. Ou
seja, o processo de estresse está intimamente relacionado à história de vida do indiví­
duo (Sanzovo & Coelho, 2007).
De acordo com as autoras, sendo a análise de cada evento como aversivo ou
não dependente da história de aprendizagem de cada indivíduo, bem como sua reação
frente a determinado evento, deve-se considerar que, além de possuírem histórias de
vida diferentes, os indivíduos estão expostos a fontes estressoras diferentes, de forma
que alguns deles podem considerar um agente como estressor, enquanto outros não
consideram.
É importante ressaltar que o estresse aparece associado tanto aos limites quan­
to às demandas. Os limites impedem que o indivíduo faça o que deseja e as demandas
referem-se à perda de algo desejado. Assim, quando o indivíduo faz suas provas na
escola ou passa pelo processo de avaliação de desempenho em seu trabalho, sente o
estresse por estar confrontando oportunidades, limitações, bem como demandas. Um
bom desempenho pode levar a uma promoção, a maiores responsabilidades, além de
um salário mais alto. Já um mau desempenho pode impedi-lo de atingir a promoção. Se
a avaliação for muito ruim, pode significar até sua demissão (Robbins, 2001/2002).
Para que o estresse potencial se torne real são necessárias duas condições. É
preciso haver incerteza em relação ao resultado, e este deve ser importante. Indepen­
dentemente das condições, apenas acontece o estresse quando existe incerteza ou

342 Ç ina N . Bueno, Angeluci R. B. Ribeiro, Iran J. S. Oliveira, Jessica C. Alves, Roberta M . Marcon
dúvida a respeito de a oportunidade ser aproveitada, as limitações serem superadas nu
até mesmo a perda sor evitada. Sendo assim, o estresse é maior para as pessoas que
não conseguem saber se vão perder ou ganhar, e menor para aquelas que têm certeza
da perda ou do ganho. Mas a importância do resultado também é crítica, visto que sc
perder ou ganhar não for um aspecto relevante para o indivíduo, não haverá estresso
Porem, se manter seu emprego e/ou receber uma promoção forem contingências que
não produzirão muita diferença, então não haverá por que ficar estressado cm relação
à sua avaliação de desempenho (Kobbins, 2001/2002).
De acordo com o autor, o estresse não é necessariamente ruim, embora costu­
me ser discutido dentro de um contexto negativo. O estresse também tem seu lado
positivo, ou seja, deve ser percebido como uma oportunidade quando oferece um po­
tencial de ganho. Considere, por exemplo, o desempenho demonstrado por um atleta
quando exposto a uma situação limite. Geralmente o atleta utiliza o estresse para dar o
máximo de si.
Portanto, o estresse é essencial em nossas vidas para adaptação em situa­
ções novas (Nunes, 2003). A manifestação de estresse diante de situações verdadeira
mente ameaçadoras é adaptativa e necessária à sobrevivência, gerando um comporta­
mento apropriado para livrar o organismo do perigo e, portanto, não provocar dano
algum ao mesmo. Por outro lado, o estresse provocado por uma hipervalorização do
perigo e desvalorização dos recursos pessoais é Cesadaptativo, e yera comportamen­
tos que cronificam esse quadro físico (Falcone, 1997).
Reconhece-se que o estresse compreende algumas fases. A primeira fase é
conceituada como sendo Reação de Alerta. Também é chamada de Reação de Alarme.
Nela o organismo prepara-se para lutar ou para fugir. Caso o estressor tenha curta
duração essa fase termina em algumas horas (Martins, 2001). Sendo os estressores
aqueles estímulos ou eventos difíceis que desencadeiam um estado emocional forte
que exija adaptações de enfrentamento (Straub, 2002/2005).
Os estressores podem ser subdivididos em estressores internos e externos.
Os estressores internos sâo: (1) Frio; (2) Fome; e (3) Dor. Enquanto que os estressores
externos - psicossociais - referem-se, por exemplo, à: profissão, escola, relaciona­
mento, dentre outros.
A segunda fase do estresse é a de Resistência. Se o agente estressor perdura
e o organismo tenta restabelecer o equilíbrio interno, o organismo fica enfraquecido e
muito suscetível a doenças, Contudo, durante essa fase, o indivíduo utiliza técnicas
para controlar seu estresse e consegue diminuí-lo, saindo desse estágio de estresse
sem seqüelas. Assim, o equilíbrio é restabelecido (Lipp & Malagris, 1995).
Já a terceira fase é identificada como a de Quase-Exaustão. É um enfraqueci­
mento da pessoa que não mais está conseguindo adaptar-se ou resistir ao estressor.
As doenças começam a surgir, tais como: herpes simples, psoríase, picos de hiperten­
são e diabetes, mas ainda não são tão graves quanto às da próxima fase (Lipp, 2000).
Enquanto na quarta fase, que é a de Esgotamento ou_Exaustão, o estressor
perdura ainda mais. As psícopatologias e patologias m anifestam -se, com muita
freqüência, nos níveis psicológico e físico, respectivamente. Contudo, é importante res­
saltar que o estresse não trata-se do elemento patogênico das doenças, mas conduz a
um enfraquecimento das respostas psicológicas e fisiológicas. Desta forma, as patolo­
gias programadas geneticamente manifestam-se no indivíduo devido ao seu estado de
exaustão (Lipp & Malagris, 1995; Martins, 2001).
Um ponto a considerar é que em todas as fases do estresse estarão ocorrendo
problemas, de forma gradual, de acordo com a própria fase. Necessário, portanto,

Sobre Comportamento e C oflníçlo 343


salientar que podem ocorrer: (a) problem as físicos - músculos tensos ou rígidos,
vômitos, perda ou ganho de peso, bruxismo, cansaço, suores, dores de cabeça devido
à tensão, fragilidade, problemas estomacais, sensação de asfixia, tremores muscula­
res, náusea, erupções na pele, hipertensão, reações alérgicas, cicto menstrual doloro­
so, batimentos cardíacos rápidos ou irregulares; (b) problemas psicológicos - pensa­
mentos ansiosos, raiva, depressão, dificuldades de memória, fadiga, pouca concentra­
ção. ressentimento, incapacidade de relaxar; e (c) problemas comportamentais - inqui­
etação, choro, fuga de tarefas, problemas para dormir, punhos cerrados, consumo de
substâncias entorpecentes, mudanças em hábitos alimentares, temperamento agres­
sivo, fuga de relacionamentos (Straub, 2002/2005).
É importante ressaltar que tais condições não representam conseqüências
inevitáveis do estresse, tampouco a presença de várias respostas em níveis diferentes
necessariamente indica que o estresse seja a causa. Estas inúmeras respostas estão
correlacionadas, também, com a ansiedade.

Ansiedade
Staats (1996) adverte que a ansiedade é um estado emocional. Essa emoção
é normal, necessária à sobrevivência de todo ser vivo, pois o adverte ao cumprimento
ordenado das contingências da vida, seja para enfrentá-las, fugir ou esquivar-se detas.
Assim, Mundim e Bueno (2006) ressaltam que os estados emocionais podem
ser desregulados, assim como qualquer outra função do organismo. Quando isto ocor­
re, ou seja, quando a ansiedade torna-se intensa, exacerbada, ela pode estabelecer
riscos ao indivíduo que a vivência.
Desta forma, a função da ansiedade quando o indivíduo está frente a um estí­
mulo favorecedor de sua discriminação de que haja a possibilidade de perigo, de ame­
aça à sua vida, é a de protegê-lo, isto quando esta é mantida em níveis normais. E não
prejudicá-lo, o que ocorre quando em níveis intensos.
A ansiedade é definida também como reação de luta-e-fuga. É assim denomi­
nada porque todos os seus efeitos estão diretamente voltados para lutar ou fugir de um
perigo (Craske & Barlow, 1993/1999).
Quando alguma forma de perigo é percebida ou antecipada, o cérebro envia
mensagens a uma seção de nervos chamada de sistema nervoso autônomo, que
possui duas subsecções ou ramos: o sistema nervoso autônomo simpático - SNAS e o
sistema nervoso autônomo parassimpático - SNAP. O SNAS é o sistema da reação de
luta-e-fuga, tendo a função de liberar energia para colocar o corpo pronto para ação.
Tende muito a ser um sistema tudo-ou-nada. Isto é, quando ativado, todas as partes do
organismo vão reagir (Craske & Barlow, 1993/1999).
Nesse contexto, uma série de mudanças fisiológicas ocorre, quando o organis­
mo está diante de situações geradoras de ansiedade, como: aceleração dos batimentos
cardíacos, sudorese nas extremidades, tremores, calafrios, formigamentos, ânsia de
vômito, dificuldade para respirar, para concentrar-se, fraqueza física, etc.. E, caso as
situações se tornem freqüentes ou prolongadas, poderão provocar danos mais sérios
ao organismo, como úlceras gástricas e hipertensão arterial, sendo essas manifesta­
das na forma das doenças consideradas psicossomáticas (Alencar, 1977).
Em algum momento, o corpo cansará da reação de luta-e-fuga e ele próprio
ativará o SNAP para restaurar seu estado de relaxamento. Assim, o SNAP é um protetor
embutido que impede o SNAS de desgovernar-se (Craske & Barlow, 1993/1999).
É importante ressaltar que o efeito número um da reação de luta-e-fuga é alertar
o organismo para a possível existência do perigo. Portanto, há uma mudança automática

344 Qina N . Bueno, Angelucí R. E. Ribeiro, Iran J. S. Oliveira, Jessica C. Alves, Roberta M . Marcon
e imediata na atenção para pesquisar o ambiente em busca de ameaças em potencial.
Exatamente por isso, conccntrar-se em tarefas rotineiras torna-se muito difícil para al­
guém que está muito ansioso. Porém, muitas vezes uma ameaça óbvia não pode ser
encontrada. E, infelizmente, a maioria das pessoas não aceita o fato de não encontrar
uma explicação para alguma coisa. Assim, em muitos casos, quando as pessoas não
conseguem expiicar seus sentimentos, elas tendem a procurar em si próprias. Ncssc
caso, o cérebro inventa uma explicação como “Eu devo estar morrendo, perdendo contro­
le ou ficando louco". Como já mencionado, nada poderia ser menos verdadeiro, já quo a
função primordial da reação de iuta-e-fuga é a de proteger o organismo, o não de prejudicá-
lo. Por isso mesmo, são auto-falas compreensíveis (Craske & Barlow, 1993/1999).
Segundo Nardi (2000), medo é uma reação normal do indivíduo frente a uma
situação ou objeto específico que ofereça perigo, sendo esse real ou imaginário, fazen­
do com que o mesmo o evite.
Apesar de ser considerado como uma emoção, o medo produz uma gama de
comportamentos que podem ser mensuráveis, portanto, observáveis. Sendo assim,
tem-se que os medos podem ser saudáveis e adaptativos, uma vez que também exer­
cem a função de proteger o indivíduo das possíveis ameaças, tendo um valor do sobre­
vivência para perpetuação das espécies. Em geral, o medo é expressado por meio de
fuga em relação às pessoas, objetos ou situações que o eliciem (Harlow. McGaugh &
Thompson, 1971/1978).
O medo obsessivo gerado numa determinada situação pode, gradualmente,
ser generalizado para outras situações que, em principio, poderiam ser consideradas
secundárias, levando o indivíduo a um estado geral de apreensão ou ansiedade em
todas as circunstâncias (Harlow et al., 1978).
De acordo com uma grande quantidade de pesquisas, as pessoas aprendem a
experimentar medo, inclusive, das próprias sensações de reação de luta-e-fuga. Isto
ocorre graças a interpretações errôneas quanto ás respostas fisiológicas necessárias
nos momentos em que o indivíduo precise lutar ou fugir de algum evento (Craske &
Barlow, 1993/1999). Discriminar incorretamente que o funcionamento de seu corpo esta
fora de seu controle - nesse contexto de reação luta-e-fuga - acreditando que o que sente
é assustador, leva essas pessoas a aprenderem o medo das respostas corporais. De­
senvolvendo a partir daí uma nova classe de com portam ento-problema: pânico.
O transtorno de pânico ocorre quando uma pessoa discrimina suas respostas
fisiológicas como anormais e a partir daí foca toda sua atenção no monitoramento de
suas reações corporais, temendo a morte iminente e as próprias respostas sim páti­
cas. Assim, sem saber, constrói, ela própria, o ataque de pânico que recorrente produ­
zirá o transtorno de pânico. E, uma dessas respostas fisiológicas muito importantes
para a construção do ataque de pânico é a hiperventilação.

Hiperventilação e Controle Respiratório


A hiperventilação é uma respiração induzida pelo estado de estresse corporal,
experimentado por uma condição que a pessoa a discrimine como sendo de perigo
(Craske & Barlow, 1993/1999).
Ao hiperventilar, a pessoa faz com que a concentração de oxigênio em seu
cérebro diminua. Esse quadro é provocado em função de a pessoa inspirar e expirar o
ar rapidamente, o que favorece uma redução drástica de oxigenação corporal. E é justa­
mente essa diminuição na quantidade de oxigênio no organismo que provoca a ocor­
rência de respostas corporais desconfortáveis, por ser ativado o SNAS, e com ele todas
as funções fisiológicas que, por sua vez, tornam-se aceleradas.

Sobre Comportamento e Cognição 345


Contudo, a indução da hipen/entilação como técnica terapêutica tem a função
de levar o participante de um processo terapêutico psicológico, estressado e/ou em
estado de pânico, a observar que sempre que ocorrerem situações ás quais discriminá-
las como sendo aversivas e que ele permitir-se auto-falas negativas (pensamentos),
toda a sua musculatura será tensionada. obstruindo o funcionamento correto dos pul­
mões. O resultado será a alteração de sua respiração, agora curta e acelerada, com
posterior alteração total das demais funções fisiológicas e, finalmente, a ativação inten­
siva do SNAS, ocasionando o ataque de pânico.
Mas, ao ser aplicada a segunda técnica, controle respiratório, após a indução
da hiperventiiação no contexto clínico, o terapeuta levará essa pessoa a discriminar que
mesmo estando diante de uma contingência aversiva, em que seu SNAS com certeza é
ativado, a regularização de sua respiração favorecerá o controle das respostas simpá­
ticas, via a ativação do SNAP,
Ao contrário da hiperventiiação, o controle respiratório favorecerá uma adequada
oxigenação do organismo, o que favorecerá o equilíbrio das respostas corporais, cognitivas,
emocionais e coniportamentais. A conseqüência do controle respiratório será a cessação
da ansiedade exacerbada, portanto, a cessação das condições favoráveis ao ataque de
pânico, que ocorrendo agravará o estado de estresse do indivíduo.

Controle Respiratório
Esta é uma técnica simples e fácil de ser realizada.
Primeiro passo - A pessoa deve sentar-se em uma cadeira, deixando os pós apoi­
ados ao chão.
Segundo passo - Relaxar a musculatura do corpo o máximo possível.
Terceiro passo - Cerrar os lábios e inalar a maior quantidade de ar possível pelas
narinas, até encher os pulmões. Esse ar deve ficar retido por cerca de 4 segundos.
Quarto passo - Entreabrir a boca, deixando o ar escapulir, o mais lentamente pos­
sível, até o final.
Quinto passo - Voltar a respirar de forma norma!, por 4 segundos, sempre instruin­
do o corpo ao estado de relaxamento muscular.
Sexto passo - Repetir os 5 passos 6 vezes consecutivas, o que compreenderá uma
sessão de controle respiratório. O indicado a uma pessoa com nível de estresse
alto e/ou que esteja fazendo crises de ansiedade intensa, inclusive de ataques de
pânico, são pelo menos 10 sessões de controle respiratório por dia. Essas ses­
sões devem ser bem distribuídas ao longo do dia/noite quando a pessoa estiver em
estado vigil, Isto implica que seu estado de sono não deve ser interrompido para
realizar sessões de controle respiratório.
A fim de viabilizar a capacitação das pessoas para o alcance do autocontrole de
sua ansiedade, paralelamente ao controle respiratório faz-se necessária a educação
sobre esta resposta emocional.

Educação sobre a Ansiedade


Tal como for mencionado anteriormente, a ansiedade é um estado emocional
normal, básico, necessário à vida do ser humano. Staats (1996) ressalta que esta
resposta emocional ou emoção é eliciada por um estímulo - público ou privado - que
possui três funções: (1) eliciar uma resposta emocional, (2) atuar como estímulo
reforçador e (3) direcionar comportamentos de aproximação ou de fuga ou esquiva.

346 Qína N . Rueno, A n g elu d R. E, Ribeiro, Iran j. S. Oliveira, Jessica C. Alves. Roberta M . Murcon
Desta forma, se a resposta emocional provocada por um estímulo for positiva, o com ­
portamento esperado é de aproximação ao estimulo que a gerou. Mas, s r ao contrário
a resposta emocional evocada pelo estímulo for negativa, o comportamento será de
afastamento do estímulo que a gerou, discriminado como aversivo.
É necessário, portanto, salientar os processos cognitivos nesse contexto. Pro­
cessos cognitivos referem-se àquilo que compreende o mundo privado da pessoa; o
pensar, o sentir, o ouvir, o falar para si mesmo, o emocionar, o discriminar, o perceber,
etc.. Os processos cognitivos podem ocorrer de forma positiva e de forma negativa,
dependendo de algumas variáveis, entre elas: a historia de vida do indivíduo, bem como
seu estado de privação e/ou de saciedade.
A próxima etapa da educação sobre a ansiedade é levar a pessoa a compreen­
der os processos básicos de funcionamento do seu cérebro. O cérebro funciona à base
de energia cerebral. A energia cerebral é composta, entre tantos elementos químicos,
físicos e elétricos, por dois que são considerados essenciais: o oxigênio (O2, o ar que
respiramos) e a glicose (açúcar oriundo dos alimentos ingeridos).
No cérebro, entre outros sistemas nervosos há o sistema nervoso autônomo,
que é o sistema da vida das relações (interações sociais) Ele divide-se em dois
subsistem as: sistema nervoso autônom o sim pático e sistema nervoso autónom o
parassimpático, já descritos anteriormente.
Nesse sentido, delinear o processo de operacionalização do sistema nervoso
autônomo simpático e parassimpático é imprescindível para a compreensão dos efei­
tos fisiológicos dos estados emocionais negativos, assim como parece bastante salu­
tar a utilização de metáforas para explicações desse processo.

Efeitos Fisiológicos dos Estados Emocionais Negativos


Conhecer os efeitos dos estados emocionais negativos pode ser um recurso
muito importante àquele ou àquela que deles padecem, de forma exacerbada, bem como
àqueles profissionais que prestam serviços de assistência ao restabelecimento da saú­
de dessas pessoas.
Para favorecer o conhecimento desse procosso, o terapeuta pode utilizar-se da
metáfora de velocímetro (aparelho que mede a velocidade de um veiculo). O veículo dis­
põe de um velocímetro com a finalidade do orientar aquele que o dirige para práticas
corretas de velocidade. O mesmo procedimento ocorre com essa resposta emocional,
chamada ansiedade. Quando, graças à discriminação dos estímulos que a pessoa faz, a
ansiedade é evocada, sua intensidade será correta ou não. Se cometa, o indivíduo que a
sente ativa em si o SNAP e a conseqüência esperada de sua interação com o evento que
a antecedeu é positiva. Mas quando sua intensidade é verificada de forma exacerbada, a
conseqüência deverá ser negativa tanto à pessoa que a sente quanto ao meio ambiente
social desta.
Assim, a ansiedade em níveis normais deverá ser aquela na qual os SNAS e
SNAP serão adequadamente ativados, favorecendo à pessoa respostas assertivas de
enfrentamento ou de fuga ou de esquiva ao evento que ocorre.
Portanto, o repertório de habilidades sociais, bem como o repertório verbal que
uma pessoa dispõe será imprescindível para o controle ou não de suas respostas ansi­
osas.
Entretanto, quando o indivíduo percebe um estímulo como muito aversivo, suas
respostas cognitivas e emocionais são afetadas e, por conseguinte, serão afetadas

Sobre Comportamento c Cognição 34 7


também suas respostas fisiológicas e comportamentais. Esse é o momento que a
pessoa produz o clássico quadro de ansiedade exacerbada.
Exacerbados, os efeitos provocados pelos estímulos aversivos condicionados
afetam o SNAS que, por sua vez, acelera o funcionamento de todos os órgãos do corpo,
provocando: taquicardia; sudorese; palpitação; tremor; calafrios; dormências/formiga­
mentos; boca seca; ânsia de vômito; vertigem; sensações de sufocamento, de falta de
ar, de fraqueza física, de perda de contato com a realidade e de desmaio; pressão
cerebral, torácica, estomacal, intestinal; tontura; dilatação das pupilas, dentre outras.
Essas conseqüências produzirão estresse no organismo, deixando as pesso­
as que as sentem: fadigadas, cansadas, em estados de prostração. Por conseqüência
do estresse são esperadas: perda da atenção, da concentração, do lembrar, querer, do
fazer, da libido, da vontade; aumento da irritabilidade; alteração dos ciclos sono-vigília e
alimentar; e alteração dos esfíncteres, dentre outras.
Diante disto, a Figura 1, a seguir, demonstrará de forma macro os efeitos dos
estados emocionais negativos visando favorecer-lhe a compreensão sobre este pro­
cesso.

Figurai - Seqüências das ações do Sistema Nervoso Autônomo Simpático e


Parassimpático segundo Craske e Barlow (1993/1999).

3 4 8 C/ina N . Buerto, A n g e lu ti R. B. Ribeiro, Iran j. S. Oliveira, Jéssica C. Alves, Roberta M . Marcon


Portanto, a importância do controle respiratório agora se toma evidente: produ­
zir uma overdose de oxigênio no cérebro/organismo, visando a ativação imediata do
SNAP para a devolução ao corpo de seu estado de equilíbrio, de relaxamento
Percebe-se, assim, que o controle respiratório será apenas uma das técnicas
necessárias para o controle da ansiedade exacerbada, provocada pela discriminação
de um evento como aversivo. Outras técnicas imprescindíveis para a garantia desse
controle são necessárias, especialmente o treinamento de habilidades sociais (Caballo,
2002/2003; Del Prette & Del Prette. 1999/2001).
Assim, objetivando o autocontrole do estresse e da ansiedade, o terapeuta
deve proporcionar a seu cliente estratégias de intervenção, favorecendo-lhe melhor
qualidade de vida.

Manejo do Estresse e da Ansiedade


Todos os indivíduos possuem , em m aior ou m enor grau. habilidades de.*
enfrentamento que foram adquiridas ao longo dos anos. Entre elas, estão: (a) as estra
tégias que funcionaram no passado; (b) as técnicas sobre as quais lemos; e (c) os
comportamentos que observamos em outros indivíduos. Essas habilidades, na maio­
ria das situações, são provavelmente adequadas, por nos impedir de experim entar
estresse e ansiedade indevidos. Porém, em algumas vezes, as demandas de uma
situação podem exceder nossos recursos de enfrentamento (Straub, 2002/2005).
O terapeuta, com a finalidade de manejar o estresse e a ansiedade em seu
cliente, busca técnicas que o levem a ativar mais o SNAP e ativar o SNAS apenas em
niveis de proteção, e não de paralisação.
Entre um arsenal de técnicas com esta finalidade, destacam sc:
(1) Parada de Pensamento (PP) -
É um procedimento de autocontrole desenvolvido para interromper pensamen­
tos geradores de ansiedade (Raich, 1996/2007);
(2) A .C .A .L .M .E .-S .E . -
Essa técnica, segundo Rangé (1998), tem o intuito de levar o indivíduo a lidar
com seu estado de ansiedade e aceitá-lo totalmente. A fim de que este permaneça no
presente e aceite sua ansiedade, fazendo-a atingir niveis de controle. Sendo assim,
para desenvolver o autocontrole da ansiedade nos clientes, os terapeutas utilizam os
oito passos que a compreendem:
1o Passo - A - Aceite a ansiedade;
2° Passo - C - Contemple a natureza;
3o Passo - A - Aja com sua ansiedade (não deixe de comportar-se);
4o Passo - L - Libere o ar dos pulmões (faça o controle respiratório);
5o Passo - M -^Mantenha os passos anteriores;
6 ° Passo - E - Examine seus pensamentos (troque os pensamentos negati­
vos, por pensamentos positivos);
7o Passo - S - Somia, você venceu, você aprendeu a controlar a sua ansiedade e
8 o Passo - E - Espere o melhor do futuro, pois no presente, você é quem está
controlando a ansiedade, e não a ansiedade provocada por estímulos ambientais, é
que tem o controle sobre você;

Sobre Comportamento e Cognição 3 4 9


(3) Relaxamento -
Partindo-se do conceito de que o estresse é uma resposta biológica ante a
situações percebidas como ameaçadoras às quais o organismo não possui recursos
para enfrentá-las adequadamente, o relaxamento, por outro lado. é considerado “(...)
uma resposta biologicamente antagônica à resposta de stress, que pode ser aprendida
e convertida em um importante recurso pessoal para opor-se aos efeitos negativos do
stress." (Benson, 1975, citado por Vera & Vila, 1996/2007, p. 150).

Considerações Finais
Com os tempos modernos, a competitividade, a pressão, a tensão e uma bus­
ca continua por superação têm favorecido o desenvolvimento de quadros de estresse e
de ansiedade exacerbados aos indivíduos, em qualquer fase de suas vidas. Isto p o r­
que, desde criança, há a exigência do sucesso como marcador da quaiidade de vida e
da aceitação social, sem se avaliar a eficácia e eficiência do treinamento e da maturida­
de do repertório hábil da pessoa para apresentar o resultado social desejado.
O produto final disto está apresentado no próprio organismo das pessoas dos
tem pos m odernos, ou seja: desorganização em ocional, intelectual, fisiológica e
comportamental, conseqüenciando vários tipos de comportamentos-problema, como
os transtornos de pânico, ansiedade generalizada, depressão, além de diversas outras
formas de fobias, favorecedoras de quadros de estresse cada vez mais importantes,
Sendo esta cadeia ascendente, e quando nâo interrompida levará ao desenvolvimento
das mais variadas formas de enfermidades.
Diante do exposto, este estudo objetivou apresentar como as respostas de
ansiedade intensas sâo desencadeadas; além de definir os principais estím ulos
mantenedores da resposta emocional negativa; bem como propor treinamento de es­
tratégias de intervenção que viabilizem a capacitação das pessoas para o alcance do
autocontrole de suas respostas emocionais, ou seja, da ansiedade.
Assim, este estudo objetivou primeiramente favorecer aos terapeutas, e às
pessoas de uma forma geral, recursos para o processo de aprendizagem sobre o
desenvolvimento das respostas fisicas. cognitivas, emocionais e comportamentais da
ansiedade e do estresse. Secundariamente seu objetivo foi apresentar técnicas que,
bem aplicadas, podem favorecer o controle das respostas ansiosas e de estresse,
experimentadas pelo indivíduo. Por fim, buscou estabelecer um procedimento ordena­
do tanto para a educação quanto para a reeducação da ansiedade exacerbada bem
como do quadro de estresse, que se não controlados favorecem o desenvolvimento de
uma infinidade de psicopatologias e de patologias.
Porém, não foi seu objetivo aportar-se como um modelo pronto e acabado para
o controle de quaisquer respostas ansiosas ou estressantes. Posto que cada experiên­
cia com mesmo evento e/ou com eventos semelhantes ou mesmo diferentes leva o
indivíduo a comportar-se das mais variadas formas, isto è, idiossincraticamente, gra­
ças à sua história de aprendizagem anterior, bem como ao seu estado de saciedade ou
de privação anterior, dentre outras variáveis.

Referências

Alencar, E. M. L. S. (1977). Psicologia: introdução aos princípios básicos do comportamento. Rio


de Janeiro: Vozes.

350 Ç ína N . Bueno, A n g elu d R. R, Ribeiro, Iran J, S. Oliveira, Jéssica C. Alves, Roberta M . Marcon
Ballone, G. J. Estresse, ansiedade, e esgotamento. Retirado no dia 13/03/2008. do whIjí.iU' http.;,1
yyww. cerebro fnen ie.org. br/ n11.'düBncas/estresse.m iri

Benson. H (1975). The reíaxation responsa. Londres. W Collins and Sons.

Caballo, V. E (2003). Habilidades sociais: Quadro teórico. Em: V. E. Caballu (Orçj ). Manual do
avaliação e treinamento das habilidades sociais (pp 1-16) Tradução organiziuin por N fiu in in rã fiv
Sáo Paulo: Santos Editora. (Trabalho original publicado em 2002)

Craske, M. G. & Barlow, D H. (1999) Transtorno do pânico e agorafobia Km I) H Liarlow (O rg),


Manual clinico dos transtornos psicológicos (pp. 13-62). Tradução nrgíini/;.vJu por M. R B Osorio
2a Ediçáo Porto Alegre: Artmed (Trabalbu original publicaao em 1993)

Del Prette, Z. A. P. & Del Prette. A. (2001). Psicologia das habilidades somais: Terapia e educação
25 Ediçáo. Petròpolis: Vozes. (Trabalho original publicado em 1999)

Falcone, E. (1997). A relação entre o estresse e as crenças na form ação dos transtornos de
ansiedade. Em: M. Delirti (O g ) , Sobre comportamento e cognição - A aplicação da análise do
com portam ento e da terapia cog nitivo-co m po rtam enta ! nc h o sp ita l g e ra l c nos tr,insta m os
psiquiátricos (Vol. 3, pp. 97-102). São Paulo ESETec

Hariow, H. F., McGaugh, J. L. & Thompson, R. F. (1978) Psic.oiogia. Traduçao organizada por F. J L.
Ribeiro & J. S. C Pereira 1a Ecição. São Pado: Ed. Brasiliense. (Trabalho original publicado em 1971).

Lipp, M. E. N. & Malagris. L. E. N (1995). Manejo do eslresse Em B Rangé (Org ), Psicoterapia


com portamental e cognitiva: Pesquisa, prática, aplicações e ft/oblerrias (pp. 279-292). Campinas
Editorial Psy II.

Lipp, M. N. (1997). Qualidade de vida e «sobrevivência: Modelo de tratamento comportamental do


estresse. Em: M. DeliUí (Org.) £ o bre com portam ento e cognição - A aplicação da análise do
com portam en to e da terapia cog n itivu -co m p o rta m e n ta l no h o sp ita l g e ra l e nos tra nstornos
psiquiátricos (Vol. 3, pp. 111-114). São Paulo ESETec.

Lipp, M, N. (2000). Manual do inventário de sintomas de stress para adultos de Lipp (ISSL). São
Paulo: Casa do Psicólogo

Lipp, M, E. N. & Tanganeli, M. S. (2002). Stress e qualidade de vitía em magistrados da justiça do


trabalho: Diferenças entre homens e mulheres. Psicologia: Reflexão e Critica. 15{3), 537-548.

Martins, S. M. V. B. (2001). Tratamento de estresse: Uma adaptação do método de Andrew Wei)


combinado com a análise aplicada do comportamento. Dissertação de Mestrado, não publicada.
Universidade Católica de Goiás, Goiânia.

Mundim, M. M. & Bueno, G. N. (2006). Análise comportamental em um caso de dependência à nicotina.


Revista Brasileira de Terapia Comportameníal e Cognitiva, 8{2), 179-191.

Nardí, A. E. (2000). Fobia Social: A timidez patológica. Ciência Hoje, 27, 16-20

Nunes, S. O. V. (2003). O estresse e as alterações imunológicas Em: M Z Brandão; F. C. Conte; F.


S Brandão; Y. K. Ingberman; C. B. Moura; V M. Silva & S. M. Oliane (Orgs.), Sobre comportamento
e cognição - Clinica, pesquisa e aplicação (Vol. 12, pp. 228 - 233). Santo André: ESETec Editores
A ssociados.

Pacanaro, S. V. & Santos, A. A. A. (2007). Avaliação do estresse no contexto educacional: análise


de produção de artigos Avaliação Psicológica, 6(2), 253-260.

Raich, R. M. (2007). O condicionamento encoberto. Em: V. E. Caballo (Org.), Manual de técnicas de


terapia e m odificação do comportamento (pp. 315-334). Tradução organizada por M. D. Claudino 1J
Edição. São Paulo: Santos Editora. (Trabalho originai publicado em 1996).

Rangé, B. (1998). Psicoterapia comportamental. Em: B. Rangé (Org ). Psicoterapia comportarncntal


e cognitiva: Pesquisa, prática, aplicações e problem as (Vol. II, pp. 35-42). Campinas: Editorial Psy.

Sobre Comportamento c Cognição


Robbins. S. (20C2). Comportamento organizational. Tradução organizaoa por R. C. Marcondes. 9a
Edição São Paulo: Prentice Hall. (Trabalho original publicado em 2001).

Sanzovo, C E & Coelho, M. F. C (2007). Estressores e estratégias de coping em uma amostra de


psicólogos clínicos Estudos em Psicologia, 24(2). 227-238

Staats, A. W. (1996). Behavior and personality. Psichologica! behaviorism New York: Springer
Publishing Company, Inc.

Straub, R 0 (2005). Psicologia da saúdo. Tradução organizada por R C Costa Porto Alegre:
Artmed. (Trabalho original publicado em 2002).

Vera. M. N. & Vila, J (2007). Técnicas de relaxamento Em: V. E. Caballo (O rg ), Manual de técnica $
de terapia e modificação do comportamento (pp. 147-165). Tradução organizada por W. O. Claudino.
1a Edição. São Paulo: Santos Ediiors. (Trabalho original publicado em 1996).

3 5 2 Q ifw N . Bucno, A n g e luci R, B. Ribeiro, (ran J. S. O liveira, jéssica C.. A lves, Roberta M . Marcon

Você também pode gostar