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CAMPUS DO SERTÃO
LABORATORIO DE SOLOS 1
DELMIRO GOUVEIA
2022
1
ANA BÁRBARA AVELINO SANTOS
EDUARDA PINHEIRO BARBOSA DA SILVA
SILMAYKO GOMES DA SILVA
VICTOR MANOEL BARBOSA DOS SANTOS
DELMIRO GOUVEIA
2022
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Sumário
1. Ensaio de Índices Físicos (PARTE 1) .......................................................... 4
1.1 Introdução ............................................................................................. 4
1.2 Materiais................................................................................................ 5
1.3 Desenvolvimento ................................................................................... 5
1.4 Resultados e discussões....................................................................... 9
2. Ensaio de Índices Físicos (PARTE 2) ........................................................ 11
2.2 Materiais.............................................................................................. 11
2.3 Desenvolvimento ................................................................................. 11
2.4 Resultados e discussões..................................................................... 15
2.5 Considerações finais ........................................................................... 18
3. Ensaio de Granulometria ........................................................................... 19
3.1 Introdução ........................................................................................... 19
3.2 Materiais.............................................................................................. 20
3.3 Desenvolvimento ................................................................................. 20
3.4 Resultados e discussões..................................................................... 22
3.5 Considerações finais ........................................................................... 25
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 27
3
1. Ensaio de Índices Físicos (PARTE 1)
1.1 Introdução
O solo é um corpo de material inconsolidado que cobre a superfície
terrestre emersa, formado pela desagregação de rochas através do processo
de intemperismo. Possuem características trifásicas distintas, sendo elas
divididas entre sólida, liquida e gasosa (figura 1), onde a fase sólida é
caracterizada pelos grãos, a líquida pela presença de água no solo e a
gasosa pelo ar incorporado e dissolvido neste. Quando um volume de solo
precisa ser caracterizado, normalmente não existe a possibilidade de que
todo ele seja examinado, sendo necessário que suas amostras sejam
coletadas e posteriormente preparadas para execução dos ensaios.
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Em contrapartida, a separação das fases de forma proporcional aos
seus volumes facilita as definições e as determinações das relações entre as
elas (figura 1-b).
Figura 1-a: Solo em seu estado natural. Figura 1-b: Solo separado em volume.
1.2 Materiais
Talhador
Balança
Paquímetro
Estufa
Cápsula de alumínio
Faca/espátula
Amostra de solo
1.3 Desenvolvimento
1.3.1 Determinação da massa unitária do solo natural
A princípio foi lapidada a amostra de solo indeformada de 7x7x12 cm e
com auxílio do talhador, foi retirado o excesso até que se obtenha um cilindro
com 5 cm de diâmetro e 10 cm de altura (figuras 1 e 2).
5
Figura 1: Amostra de solo Figura 2: Amostra moldada
6
Figura 3: Pesagem de solo +
(Autores, 2022)
7
Figura 4: Cápsulas com solo natural
(Autores, 2022)
(Autores, 2022)
8
1.4 Resultados e discussões
Após contabilizar os valores obtidos na realização do experimento foi
possível determinar a massa unitária natural
a partir da equação 1.
𝜌 = (1)
P = Peso (g)
𝑉= (2)
O valor do peso especifico natural não varia muito geralmente está entre
os 19 a 20 kN/m³, caso o solo seja desconhecido pode ter uma variação de 17
a 21 kN/m³ e em casos de argila orgânicas moles, pode a presentar um peso
especifico natural de 14 kN/m³.
𝑃 −𝑃
𝑊 = 𝑃1 −𝑃2 𝑥100(%) (3)
2 𝑐
9
W = Umidade natural (%)
45,49 − 42,96
𝑊= 𝑥100(%)
42,96 − 25,29
𝑊 = 14,32%
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2. Ensaio de Índices Físicos (PARTE 2)
2.2 Materiais
Picnômetro com capacidade de 500 cm³ calibrado a 20°C com a
respectiva curva de calibração;
Termômetro graduado em 0,5° C de 0° a 50° C;
Balança que permita pesar 1000g sensível a 0,1g;
Bomba de vácuo para remoção do ar aderente às partículas;
Estufa capaz de manter a temperatura entre 105° e 110° C
Aparelho de dispersão com hélices substituíveis e copo munido de
chicanas, ou outro dispositivo capaz de produzir dispersão eficiente da
amostra;
Cápsulas e espátulas.
2.3 Desenvolvimento
2.3.1 Determinação da massa específica dos grãos
Após a determinação da massa unitária e da umidade natural do solo, foi
tomado aproximadamente 50g de massa seca do solo já utilizado e o adicionou
à um Becker com água por cerca de 24 horas (figura 1).
(Autores, 2022)
11
realizada a dispersão da amostra com o aparelho por cerca de 15 minutos
(Figuras 2 e 3).
12
Para verificação do ar contido na amostra, foi enchido o picnômetro com
água destilada até a altura do menisco, (figura 7) e realizado o vácuo novamente
para ter certeza de que todo o ar havia saído da amostra.
(Autores, 2022)
(Autores, 2022)
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Na sequência, foi pesado todo o material da amostra com água+solo no
picnômetro (Pas=718,26 g) (Figura 9), como também, a cápsula de secagem
(Pc=143,41 g) que será levada à estufa para obter a massa do solo seco.
(Autores, 2022)
(Autores, 2022)
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2.4 Resultados e discussões
A massa específica real de um solo é o valor médio da massa específica
dos grãos desse solo, ou seja, seus vazios não são computados. A sua obtenção
é necessária para o cálculo do ensaio de sedimentação e a determinação do
índice de vazios, assim como, os demais índices.
𝑃
𝛿= 𝛾 (1)
𝑃 +𝑃 −𝑃
Onde:
𝑃 = 678,44 𝑔
64,08
𝛿= ∗ (1)
64,08 + 678,44 − 718,26
𝛿 = 2,64 𝑔/𝑐𝑚³
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Com os dados da massa específica dos grãos de solo, teor de umidade e
massa unitária natural, sendo respectivamente 2,64 g/cm³, 14,32% e 2,17 g/cm³,
é possível determinar os demais índices físicos, como por exemplo, a massa
específica aparente seca, os índices de vazios, a porosidade e o grau de
saturação.
𝛾
𝜌 = (3)
1+𝑤
Onde:
2,17
𝜌 =
14,32
1 + ( 100 )
𝜌 = 1,9 𝑔/𝑐𝑚³
𝜌
𝑒= −1 (4)
𝜌
Temos:
𝑒 − índices de vazios;
2,64
𝑒= −1
1,9
16
𝑒 = 0,39
𝑒
𝑛= ∗ 100 (5)
1+𝑒
Temos:
𝑛 − Porosidade (%);
0,39
𝑛= ∗ 100
1 + 0,39
𝑛 = 28,06 %
𝜌 ∗𝑤
𝑆= (6)
𝑒∗𝜌
Onde:
17
Substituindo os valores na equação 5 temos:
2,64 ∗ 14,32
𝑆=
0,39 ∗ 1
𝑆 =96,94%
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3. Ensaio de Granulometria
3.1 Introdução
Tendo uma infinidade de solos que existem na natureza é necessário um
sistema de classificação que indique características geotécnicas comuns de um
determinado grupo de solos a partir de ensaios simples de identificação.
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3.2 Materiais
Balança com resolução de até 0,01g;
Peneiras de 50; 38; 25; 19; 9,5; 4,8; 2,0; 0,6; 0,42; 0,3; 0,15; 0,075 mm;
Escova de cerdas metálicas;
Prato de vidro.
3.3 Desenvolvimento
Com a operação preliminar já realizada foi iniciado o peneiramento
em duas etapas: peneiramento grosso e fino. No primeiro momento
demos início ao processo de peneiramento do agregado graúdo com as
respectivas peneiras de 50; 38; 25; 19; 9,5; 4,8 milímetros. Em seguida o
ensaio de peneiramento dos agregados fino com as peneiras: 1,2; 0,6;
0,42; 0,3; 0,15; 0,075.
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Tabela 1 – Material retido no peneiramento grosso.
Peneiramento grosso 𝑀 = 1000,07 𝑔
PENEIRAS (mm) MASSA PARCIAL (g)
50 0
38 0
25 0
19 0
9,5 0,78
4,8 0,48
2,0 6,25
FONTE: Autores, 2022.
𝑀 −𝑀
𝑀 = × 100 + 𝑀 (1)
100 + ℎ
Sendo,
𝑀 −𝑀
𝑄 = × 100 (2)
𝑀
21
Sendo,
𝑀 × 100 − 𝑀 × (100 + ℎ)
𝑄 = ×𝑁 (3)
𝑀 × 100
Sendo,
𝑃 = 𝑃 − 𝑃 Á (4)
Sendo cápsula 1,
𝑃 = 141,66 − 25,14 = 116,52
E cápsula 2,
𝑃 = 161,1 − 44,48 = 116,12
22
E cápsula 2,
𝑃 = 166,26 − 161,1 = 5,16 𝑔
Sendo cápsula 1,
5,15
𝑊 = × 100 = 4,42%
115,52
E cápsula 2,
5,16
𝑊 = × 100 = 4,44%
116,12
𝑊 +𝑊
𝑊 = = 4,43%
2
1000,07 − 7,45
𝑀 = × 100 + 7,45 = 957,95 𝑔
100 + 4,43
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Tendo conhecimento do valor da massa total de amostra seca juntamente
com a equação 7 podemos calcular podemos calcular o total de material que
passou em cada peneira dos agregados grosso.
𝑀 −𝑀
𝑄 = 𝑋 100 (7)
𝑀
𝑀 − 𝑀 (100 + ℎ)
𝑄 = 𝑋𝑁 (7)
𝑀
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A partir dos valores calculados traça-se a curva de distribuição
granulométrica como mostrado no gráfico de curva granulométrica.
Curva granulométrica
100
90
80
Percentual passando (%)
70
60
50
40
30
20
10
0
0,01 0,1 1 10 100
Diâmetro das partículas (mm)
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De acordo com os resultados e comparando-os com a Tabela 6
disposta pela NBR 6502-1995 percebe-se que o solo do presente ensaio
apresentou pedregulho, areia grossa, areia média e areia fina, sendo: 7,45g
de pedregulho correspondendo a 1,92%; 26,34g de areia grossa (6,79%);
161,75g de areia.
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REFERÊNCIAS
SOARES SANTOS, W. J. Notas de Aula de Solos 1. Delmiro Gouveia:
Universidade Federal de Alagoas - Campus do Sertão, 2021.
SOARES SANTOS, W. J. Notas de Aula de Lab. De Solos 1. Delmiro
Gouveia: Universidade Federal de Alagoas - Campus do Sertão, 2021.
NBR 6502, ABNT 1995 – Rochas e Solos;
PINTO, Carlos de Souza. Curso básico de mecânica dos solos: Com
exercícios resolvidos. 3. ed. rev. São Paulo: Oficina de textos, 2006. 367 p. v.
1. ISBN 978-85-86238-51-2.
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