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Olá a todos. O poema que eu escolhi foi o “porque” de sophia de mello breyner andersen.

Sophia de Mello Breyner Andersen, de origem dinamarquesa pelo lado paterno, nasceu a 6 de
novembro de 1919 no Porto, onde passou a sua infância. foi escritora e poetisa e foi a primeira
mulher portuguesa a receber o prémio Camões, em 1998. Foi mãe de 5 filhos, para quem começou a
escrever contos infantis.
Faleceu a 2 de julho de 2004, em Lisboa. Dez anos depois, em 2014, foram-lhe concedidas honras de

Estado e os seus restos mortais encontram-se no panteão nacional. (mudar)

De seguida vou ler-vos o poema e fazer uma análise interna, externa e linguística do
poema

PORQUE

Porque os outros se mascaram mas tu não


Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.

Porque os outros são os túmulos caiados


Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem


E os seus gestos dão sempre dividendo
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos


E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.
Este poema denuncia as injustiças e as desigualdades sociais. O próprio título reforça a ideia
desenvolvida ao longo do poema ou seja, aquilo que o sujeito poético considera incorreto na
sociedade.

As ideias principais deste poema são as características atribuídas aos “outros” e as características
atribuídas ao “tu”
As características atribuídas aos outros são, por exemplo, ser falso, maldoso, covarde, habilidoso,
vazio e calculista.
Já as características atribuídas ao “tu” são, por exemplo, ser livre, transparente, sincero, natural,
corajoso, determinado e genuíno.

Neste poema encontram-se 5 recursos expressivos:


comparação porque compara os “outros” com o “tu”
antítese, pois o “tu” é o oposto dos outros
a comparação e a antítese encontram-se ao longo de todo o poema
anáfora, uma vez que a expressão “porque os outros” e a expressão “mas tu não” está presente em
quase todos os versos
metáfora – em “a sombra dos abrigos”, “porque os outros são os túmulos caiados/ onde germina
calada a podridão” (verso 5 e 6)
aliteração em “s” – “porque os outros se mascaram mas tu não”

Este poema apresenta 1 quadra e 3 tercetos (mudar)

A primeira estrofe apresenta um verso solto (b), uma rima cruzada e uma rima emparelhada
O Primeiro verso apresenta 11 sílabas métricas (hendecassílabo), o segundo 9 sílabas métricas
(eneassílabo), o terceiro 10 sílabas métricas (decassílabo) e o quarto 11 sílabas métricas
(hendecassílabo).

A segunda estrofe tem um verso solto (c) e uma rima emparelhada


O primeiro verso apresenta 11 sílabas métricas, o segundo 11 sílabas métricas e o terceiro 10 sílabas

métricas. (mudar)
A terceira estrofe apresenta apenas versos soltos
Nesta estrofe há 10 sílabas métricas em todos os versos

A quarta estrofe tem um verso solto (a) e uma rima emparelhada


o primeiro e o segundo verso apresenta 11 sílabas métricas e o terceiro verso 10 sílabas métricas

este foi o meu trabalho, espero que tenham gostado

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