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- A crise do Estado liberal e do positivismo jurídico, que levou à superação da ideia de que a Constituição
era apenas uma declaração política de direitos e que a lei era a única fonte do direito.
- A expansão das funções administrativas do Estado, que passou a intervir mais intensamente nas
relações sociais e econômicas, assumindo novos papéis como regulador, fomentador, prestador de
serviços públicos e promotor do desenvolvimento.
- A exigência de maior participação popular e controle social sobre a atuação estatal, que implicou uma
maior democratização da Administração Pública e uma maior transparência e accountability dos agentes
públicos.
Esses fatores levaram à necessidade de adequar o Direito Administrativo aos princípios e valores
consagrados na Constituição, bem como de garantir a efetividade e a concretização dos direitos
fundamentais nas relações jurídico-administrativas.
## Consequências da constitucionalização do Direito Administrativo
- A redefinição da ideia de supremacia do interesse público sobre o interesse privado, que deixou de ser
entendida como uma prerrogativa absoluta da Administração Pública para se tornar um princípio que
deve ser ponderado com os direitos fundamentais dos administrados. Assim, o interesse público passou
a ser concebido como o resultado da harmonização dos interesses individuais e coletivos envolvidos na
relação jurídica administrativa.
- A possibilidade de controle judicial do mérito do ato administrativo e sua motivação, que decorre da
exigência de conformidade dos atos administrativos com os princípios constitucionais. Assim, o juiz pode
verificar se o ato administrativo foi praticado com proporcionalidade, razoabilidade, moralidade,
impessoalidade, entre outros critérios. Além disso, o administrador deve motivar