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“A segunda escrita apresenta alguns traços distintivos, que devem sucintamente recordar-se.
Em primeiro lugar, o esforço para instaurar um arquivo. [...] Esta escrita esforça-se, aliás, por
edificar uma comunidade que se forja a partir de restos dispersos em todos os cantos do
mundo. [...] A declaração de identidade característica desta segunda escrita provém, no
entanto, de uma profunda ambiguidade. Com efeito, ainda que se exprima na primeira pessoa
e de modo autopossessivo, o seu autor é um sujeito que vive a obsessão de se ter tornado
estranho a si mesmo, mas que procurará doravante assumir responsavelmente o mundo, dando
a si mesmo o seu próprio fundamento.” (MBEMBE, 2013, pp. 59, 60, 61)
Achille Mbembe aponta que a categoria Negro foi construída por dois grandes esforços
intelectuais. O primeiro, iniciado no século XV, teve como sujeitos de produção indivíduos
ligados à “província” europeia; o segundo, ocorreu a partir do final do século XVIII, quando
aqueles que foram definidos socialmente como negros assumiram a tarefa de responder à
questão: “Quem somos nós?”. Essa segunda escrita teve como protagonistas os
panafricanistas e os nacionalistas africanos.
A partir das discussões em sala de aula e dos textos descontrua criticamente a seguinte
afirmação: “Os pan-africanistas e nacionalistas africanos são racistas”. Valor: até 3,0
Os Pan africanistas são antirracistas, porém são praticante de um mundo baseado em raças,
do ponto de vista biológico não há como fugir do seu tempo, usando da metodologia do racismo
intrínseco, onde as diferenças dos seres humanos tem uma base racial que é incerta, porém há
uma necessidade de aproximação de membros de uma raça criando uma solidariedade racial de
certa forma obrigando a adotar comportamentos, mobilizado para pensar a si mesmo, como um
tipo de consciência negra do negro , partindo da lógica de status moral racial uma estrutura
familiar, assim como foi a apropriação da palavra “Negro” para os negros a partir da escravidão.