03/12/2020

Prof. Dr. Carlos Eduardo de Farias Silva

(Bacharel e Mestre em Engenharia Química pela UFAL)
(Dr. Em Engenharia Industrial – UNIPD – Itália –
Curriculum Engenharia Química e Ambiental)

Aula 2 – Balanço de Massa em

Processo Contínuo
1

Processo descontínuo
Problema
baixos rendimentos e/ou produtividades
fenômenos de inibição, repressão ou desvia o metabolismo celular

concentrações elevadas de substrato

plasmólise celular

repressão na síntese de enzimas desidratação dos sistemas enzimáticos

perda de água da célula

inibição do transporte de nutrientes para o seu interior

Processo descontínuo
◼ O balanço de massa é feita sempre iniciando-se pela
relação:

acúmulo = entrada – saída + geração/- consumo

◼ Como em batelada não há entrada ou saída, a

própria geração ou consumo são relacionadas com a
diferencial do acúmulo.
◼ Basicamente o que utilizamos na Aula de Cinética
Microbiana para encontrar as constantes cinéticas.
◼ Por essa razão se estuda em separado os balanços
para Processo contínuo.

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Processo contínuo – Abordagem usando a taxa

de diluição

Reator contínuo ideal sem reciclo de células

F F
X0, S0, P0
X, S, P

acúmulo = entrada – saída+ geração/consumo

Processo contínuo – Abordagem usando a

taxa de diluição

Reator contínuo ideal sem reciclo de células

acúmulo de células = células que entram – células que saem + células que crescem
- células que morrem rx

Entrada Saída
Geração tem - se geralmente que   

Acúmulo D = taxa de diluição

θ =1/D = tempo de residência hidráulico no reator
F F = vazão de alimentação
D= V = volume do reator
V
5

Processo contínuo – Abordagem usando a

taxa de diluição

dX µx = 1/x . rx >> rx = µx . X
= D.( X 0 − X ) +  . X
dt
X0 = 0 --- alimentação com meio estéril
dX
= − DX +  . X
dt
. X = D. X
=D
no estado estacionário Yx/s = µx/-µs >>
µs = -(1/Yx/s) . µx

dS . X no estado estacionário
= D.( S 0 − S ) −  S . X = D.( S 0 − S ) −
dt YX / S . X = YX / S .D.( S 0 − S )
dP X = YX / S .( S 0 − S )
= D( P0 − P) +  P . X
dt
Para produto, dependerá de µp – se
é associado ou não ao produto.

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Processo contínuo – Abordagem usando a

taxa de diluição

. X = D. X
=D
Em regime permanente a concentração celular se mantém constante
uma vez que há o equilíbrio entre a velocidade de crescimento celular e
a velocidade de retirada de células significando que é possível fixar o
estado fisiológico das células.

Importante mencionar que a taxa de diluição (D) é o inverso do tempo

de permanência, ou tempo de residência ou tempo de detenção
hidráulico (θ).

F
D=
V

Processo contínuo – Abordagem usando a

taxa de diluição

A partir do modelo de Monod: µx = (µmax . S)/(Ks + S)

D = (µmax . S)/(Ks + S)
K S .D Isolo S – S final
S=
 máx − D
K S .D
X = YX / S .( S 0 − )
 máx − D
K S .D
Produtividade PX = D. X = D.YX / S .( S 0 − )
Celular  máx − D
 para S = 0 D = 0 e aumenta à medida que se aumenta a taxa de diluição

 para valores de D <<< μmáx → S cresce com D, pois qS/μmáx é constante

 quando D → μmáx S → valor máximo (S0) X = 0

lavagem (“wash-out”)
arraste de células

Processo contínuo – Abordagem usando a

taxa de diluição

Exercício de Simulação 1 Dc = (µmax . S0)/(Ks + S0)

θ wo = 1/Dc = 1/0,5 = 2 horas

Dc = μmáx

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Processo contínuo – Abordagem usando a

taxa de diluição

◼ Método dinâmico para determinar µ máx

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Processo contínuo – Abordagem usando a

taxa de diluição

◼ Interessante mencionar os conceitos:

◼ Quimiostato – é um reator contínuo operando na região
de valores de D para os quais X varia pouco e, portanto, é
um processo cuja a composição química é mantida
constante (X e S constantes) através da introdução de
substrato pela alimentação.

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Processo contínuo – Abordagem usando a

taxa de diluição

◼ Interessante mencionar os conceitos:

◼ Turbidostato – designa-se o processo contínuo
operando na região de grande variação de X, ou seja, D
próximo a µmáx. Nesse caso, ajusta-se a vazão de
alimentação de forma a manter X constante o que em
alguns casos corresponde a manter a turbidez do meio
constante.

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Processo contínuo – Abordagem usando a

taxa de diluição

◼ Interessante mencionar, que no caso de tratamento biológico de

resíduos, deve-se operar o reator com baixos valores de D, pois
o objetivo, neste caso, é obter um efluente com baixos valores
da concentração de substrato.

Fonte:
https://www.eosconsultores.com.br/tratamento-
de-efluentes/

Fonte: https://blog.safesst.com.br/entenda-a-importancia-do-tratamento-de-efluentes-industriais/

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Processo contínuo – Abordagem usando a

taxa de diluição

◼ Nessa situação de baixos valores de S, todavia, tornam-se

críticos certos fenômenos, tais como, metabolismo endógeno,
lise celular e consumo de substrato para manutenção, cujas
consequências para o desempenho do reator precisam ser
analisados.

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Processo contínuo – Abordagem usando a

taxa de diluição

Desvios do comportamento ideal devido à

manutenção e ao decaimento celular
◼ O que muda nas equações de balanço?

µ – D – kd = 0
µ = D + kd
(µmax . S)/(Ks + S) = D + kd
Isolo S

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Processo contínuo – Abordagem usando a

taxa de diluição

◼ Em estado estacionário:

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Processo contínuo – Abordagem usando a

taxa de diluição

Exercício de Simulação 2

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Processo contínuo – Abordagem usando a

taxa de diluição

Reator contínuo com reciclo de células interno

X0, S0, P0 (1-c)F

hX, S
F
cF
X, S
Produto fermentado

c = fração do líquido efluente removida diretamente do fermentador, sem passar pelo filtro
(“purga”);
h = fator de diluição da concentração celular obtido no líquido filtrado.

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Processo contínuo – Abordagem usando a

taxa de diluição

◼ E como fica o balanço? Purga – a purga não é necessária, mas

permite uma maior controlabilidade do
processo em termos de manter uma
maior estabilidade do sistema.

Geração Saída

X0, S0, P0 (1-c)F

hX, S
Acúmulo F
cF
X, S
Produto fermentado
Cadê a entrada no balanço?

Filtro para concentrar células no reator.

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Processo contínuo – Abordagem usando a

taxa de diluição

Divide-se por V

Sendo

Em estado estacionário:

Algumas conclusões podemos obter:

• Essa equação indica que em estado estacionário, não é mais válido que µ = D;
• A está sempre entre c < A < 1 (verificar situações onde h = 0 e h = 1);
• A relação Permite-se que se trabalhe com valores
de D superiores a µmáx, uma vantagem de
sistemas com reciclo.

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Processo contínuo – Abordagem usando a

taxa de diluição

◼ Considerando a cinética de Monod e estado

estacionário: Exercício de Simulação 3

Essas equações não levaram em

conta nem kd e nem m.
O exemplo, não considerou purga,
logo c = 0. Na simulação considere
dois exemplos com c = 0.2 e 0.5.

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Processo contínuo – Abordagem usando a

taxa de diluição

◼ Por exemplo, no caso de tratamento de efluentes, o

sistema com reciclo de células, permite uma
concentração ainda menor de contaminante residual.

Fonte:
https://www.eosconsultores.com.br/tratamento-
de-efluentes/

Fonte: https://blog.safesst.com.br/entenda-a-importancia-do-tratamento-de-efluentes-industriais/

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Processo contínuo – Abordagem usando a

taxa de diluição

Reator contínuo com reciclo de células externo

S0
(1+α)F
F
X1, S1

Produto fermentado
S1, X2

F
Soma da vazão de saída
αF S1, X3 deve ser igual a de
entrada.
S1, X3

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Fs = F + aFs
a=R

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Processo contínuo – Abordagem usando a

taxa de diluição

◼ E os balanços?

Saída
Entrada
Geração
Acúmulo

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Processo contínuo – Abordagem usando a

taxa de diluição

Divide-se por V

Sendo

Em estado estacionário:

Essas equações não levaram em conta

nem kd e nem m.

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Processo contínuo – Abordagem usando a

taxa de diluição

Algumas conclusões podemos obter:

• (1-ag) < (1-a), significa que B < 1, ou seja, ag < 1, pois ag = 1 significaria
que tudo estaria sendo reciclado, não podendo-se atingir estado
estacionário.

28

Processo contínuo – Abordagem usando a

taxa de diluição

Exercício de Simulação 4

Essas equações não levaram em

conta nem kd e nem m.

Na simulação considere c = 0.2, g =

2,5 e a = 0,3.

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Processo contínuo – Diversificação de

operação – multientradas e multiestágios – com reciclo de X

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Processo contínuo – Formação de produto

em fermentação contínua

◼ E o produto?

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Processo contínuo – Formação de produto

em fermentação contínua

◼ Em estado estacionário

Lembrem-se P0 = 0!

DP = Pp = produtividade de produto

Lembrar que µ = D e µp = αµ

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Processo contínuo – Formação de produto

em fermentação contínua

Lembrar que µ = D e µp = β

Lembrar que µ = D e µp = αµ + β

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Processo contínuo – Formação de produto

em fermentação contínua

Exercício de Simulação 5

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Processo contínuo – Formação de produto

em fermentação contínua

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Processo contínuo – Formação de produto

em fermentação contínua

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Processo contínuo – Abordagem usando o

tempo de residência

Balanço Geral para X

Sem Reciclo
Entrada Saída
Acúmulo Geração

Considerações
◼ Estado estacionário > Acúmulo = 0;
◼ X0 = 0 (entrada)
◼ Considerar morte celular e Monod, logo:
µ𝑚𝑎𝑥 . 𝑆
𝑟𝑥,𝑐𝑟𝑒𝑠𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = µ𝑋 = .𝑋
𝑟𝑥,𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑟𝑥,𝑐𝑟𝑒𝑠𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 + 𝑟𝑥,𝑚𝑜𝑟𝑡𝑒 𝐾𝑠 + 𝑆

𝑟𝑥,𝑚𝑜𝑟𝑡𝑒 = −𝑘𝑑 . 𝑋

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Processo contínuo – Abordagem usando o

tempo de residência

Divido por F e aplico o

conceito de tempo de
residência
Acúmulo

Lembrando que: • Estado estacionário > Acúmulo = 0;

• X0 = 0 (entrada)
• Considerar morte celular, logo:

E: 𝑟𝑥,𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑟𝑥,𝑐𝑟𝑒𝑠𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 + 𝑟𝑥,𝑚𝑜𝑟𝑡𝑒

µ𝑚𝑎𝑥 . 𝑆
𝑟𝑥,𝑐𝑟𝑒𝑠𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = µ𝑋 = .𝑋
𝐾𝑠 + 𝑆

𝑟𝑥,𝑚𝑜𝑟𝑡𝑒 = −𝑘𝑑 . 𝑋

38

Processo contínuo – Abordagem usando o

tempo de residência

Dividindo por X e isolando S:

𝐾𝑆 + 𝑆0
θ𝑤𝑜 =
(µ𝑚𝑎𝑥 −𝑘𝑑 )𝑆0 − 𝑘𝑑 𝐾𝑆

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Processo contínuo – Abordagem usando o

tempo de residência

Balanço Geral para X

Sem Reciclo
Entrada Saída
Acúmulo Consumo

Lembrando que: • Estado estacionário > Acúmulo = 0;

• Conceito de fator de conversão Yx/s.

40

Processo contínuo – Abordagem usando o

tempo de residência

Divido por F e aplico o

conceito de tempo de
residência
Acúmulo

Substituo rs e isolo X

41

Processo contínuo – Abordagem usando o

tempo de residência

Balanço Geral para X

Sem Reciclo
Entrada Saída
Acúmulo Geração

Considerações
◼ Estado estacionário > Acúmulo = 0;
◼ P0 = 0 (entrada)
◼ Considerar fatores de conversão e formação
do produto associada ao crescimento, logo:

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Processo contínuo – Abordagem usando o

tempo de residência

Divido por F e aplico o

conceito de tempo de
residência
Acúmulo Entrada Geração

Saída

Substituo rp e isolo P Produtividades

𝑌𝑃/𝑆 µ𝑚𝑎𝑥 . 𝑆
𝑃= . . 𝑋. θ
𝑌𝑋/𝑆 𝐾𝑠 + 𝑆

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Processo contínuo – Abordagem usando o

tempo de residência

◼ Exemplo:
µmax (dia-1) 0,2
Ks (g/L) 0,5
Kd (dia-1) 0,02
S0 (g/L) 3,5
Yx/s 0,9
Yx/p 0,7
Yp/s 1,29

θ𝑤𝑜

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Processo contínuo – Abordagem usando o

tempo de residência

CSTR
Reator
𝑺𝟎 𝑺𝑬 θ (Tempo de Residência) 𝑺𝑼 𝑺𝑼
𝑿𝟎 = 𝟎 𝑿𝑬 𝑿𝑼 Sedimentador 𝑿𝑺 = 𝟎
𝑷𝟎 = 𝟎 𝑷𝑬 𝑷𝑼 𝑷𝑼

𝑭𝟎 𝑭𝑬 𝑭𝑬 𝑭𝑺
𝑴𝒊𝒔𝒕𝒖𝒓𝒂𝒅𝒐𝒓

𝑺𝑼 𝑺𝑼
𝑿𝑹 𝑭𝑼
𝑿𝑹 𝑺𝑼
𝑷𝑼 𝑭𝒘
𝑷𝑼 R 𝑿𝑹
𝑷𝑼
𝑹𝒆𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐

Balanço Geral para X

θ𝒄 (Tempo de Retenção de Sólido)
com Reciclo

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Processo contínuo – Abordagem usando o

tempo de residência

Definições e Considerações Importantes

◼ Estado estacionário -> Acúmulo = 0;
◼ X0 e P0 = 0 (entrada)
◼ Taxa de reciclo 𝐹𝑅
𝑅=
𝐹0
◼ Tempo de retenção de sólido (idade da biomassa – biomass age)
𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝑑𝑒 𝐵𝑖𝑜𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎
θ𝑐 =
𝑉𝑎𝑧ã𝑜 𝑑𝑒 𝑅𝑒𝑚𝑜çã𝑜 𝑑𝑜 𝑆𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 (𝑃𝑢𝑟𝑔𝑎)

𝑉 . 𝑋𝑈
θ𝑐 = Importante!
𝐹𝑊 . 𝑋𝑅

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Processo contínuo – Abordagem usando o

tempo de residência

𝐹𝐸 𝑋𝑈 = 𝐹𝑆 𝑋𝑆 + 𝐹𝑈 𝑋𝑅 Considerando o balanço no
sedimentador para X

Considero Xs = 0 e substituo FU = FW + FR, FE = (1+R)F0 e FR = RF0

𝑉 . 𝑋𝑈
(1 + 𝑅)𝐹0 𝑋𝑈 = 𝐹𝑊 𝑋𝑅 + 𝑅𝐹0 𝑋𝑅 θ𝑐 =
𝐹𝑊 . 𝑋𝑅
Substituindo FW a partir do conceito de idade da biomassa e
isolando-a, tem-se:
θ. 𝑋𝑈
θ𝑐 =
1 + 𝑅 𝑋𝑈 − 𝑅𝑋𝑅

47

Processo contínuo – Abordagem usando o

tempo de residência

Se rearranjarmos e considerarmos o conceito de idade de biomassa

para substituir em XR, encontramos:
𝑉 . 𝑋𝑈
𝑋𝑅 =
θ 𝑅.𝐹0 𝐹𝑊 . θ𝑐
θ𝑐 = . (1 + ) 𝑉
1+𝑅 𝐹𝑊
Lembrar que: 𝐹0 =
θ
Relação importante entre os três ademensionais que
caracterizam o processo com reciclo:

θ𝐶
𝐹𝑅
θ =R
𝐹0 𝐹0
𝐹𝑊

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Processo contínuo – Abordagem usando o

tempo de residência

θ 𝑅.𝐹0
θ𝑐 = . (1 + )
1+𝑅 𝐹𝑊

θ𝐶
θ

𝐹0
𝐹𝑊

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Processo contínuo – Abordagem usando o

tempo de residência

Agora, podemos realizar os balanços para encontrar as equações

para SU, XU, XR e PU em função da idade de biomassa.

Tomando-se em consideração que:

𝑃𝑢𝑟𝑔𝑎 = 𝐺𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑏𝑖𝑜𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎

𝑉𝑊 . 𝑋𝑅 = 𝑟𝑥,𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 . 𝑉

Substituindo XR do conceito de idade da biomassa:

𝑉 . 𝑋𝑈
𝑋𝑈 𝑋𝑅 =
θ𝑐 = 𝐹𝑊 . θ𝑐
𝑟𝑥,𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

50

Processo contínuo – Abordagem usando o

tempo de residência

Substituindo as equações para a taxa de crescimento total e

isolando-se a idade de biomassa:
𝑟𝑥,𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑟𝑥,𝑐𝑟𝑒𝑠𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 + 𝑟𝑥,𝑚𝑜𝑟𝑡𝑒
𝐾𝑆 + 𝑆𝑈
θ𝑐 = µ𝑚𝑎𝑥 . 𝑆
(µ𝑚𝑎𝑥 −𝑘𝑑 )𝑆𝑈 − 𝑘𝑑 𝐾𝑆 𝑟𝑥,𝑐𝑟𝑒𝑠𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = µ𝑋 =
𝐾𝑠 + 𝑆
.𝑋

𝑟𝑥,𝑚𝑜𝑟𝑡𝑒 = −𝑘𝑑 . 𝑋

Isolando-se SU:

𝐾𝑆 . (1 + 𝑘𝑑 θ𝑐 )
𝑆𝑈 =
[(µ𝑚𝑎𝑥 −𝑘𝑑 )θ𝑐 − 1]

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Processo contínuo – Abordagem usando o

tempo de residência

Para encontrar a expressão de XU se procede de forma similar ao

sistema sem reciclo:
𝑑𝑆
𝑉. = 𝐹0𝑆0 − 𝐹0𝑆𝑈 + 𝑉. 𝑟𝑠 Balanço Geral para X
𝑑𝑡
Sem Reciclo
Entrada Saída
Acúmulo Consumo

Lembrando que: • Estado estacionário > Acúmulo = 0;

• Conceito de fator de conversão Yx/s.
µ𝑚𝑎𝑥 . 𝑆
𝑟𝑥,𝑐𝑟𝑒𝑠𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = µ𝑋 = .𝑋
𝐾𝑠 + 𝑆
1 µ𝑚𝑎𝑥 . 𝑆
𝑟𝑆 = µ𝑋 = − .𝑋
𝑌𝑋/𝑆 𝐾𝑠 + 𝑆

𝑟𝑥,𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑟𝑥,𝑐𝑟𝑒𝑠𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 + 𝑟𝑥,𝑚𝑜𝑟𝑡𝑒 >> 𝑟𝑥,𝑐𝑟𝑒𝑠𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 𝑟𝑥,𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 - 𝑟𝑥,𝑚𝑜𝑟𝑡𝑒

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Processo contínuo – Abordagem usando o

tempo de residência

𝑟𝑥,𝑐𝑟𝑒𝑠𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 𝑟𝑥,𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 - 𝑟𝑥,𝑚𝑜𝑟𝑡𝑒

0 = 𝑆0 − 𝑆𝑈 −
1
(
𝑋𝑈
+ 𝑘𝑑 𝑋𝑈 ) 𝑋𝑈
𝑌 𝑋 θ𝐶 θ𝑐 =
𝑆 𝑟𝑥,𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

Isolando XU:

𝑌𝑋 (𝑆0 − 𝑆𝑈)
𝑆 θ𝐶
𝑋𝑈 = .
(1+𝑘𝑑 θ𝐶 ) θ

Encontra-se PU de forma similar :

𝑌𝑃/𝑆 µ𝑚𝑎𝑥. 𝑆
𝑃𝑈 = . . 𝑋. θ ou 𝑃𝑈 = 𝑌𝑃 (𝑆0 − 𝑆𝑈 )
𝑌𝑋/𝑆 𝐾𝑠 + 𝑆 𝑆

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Processo contínuo – Abordagem usando o

tempo de residência

Sabendo-se que:
θ. 𝑋𝑈
θ𝑐 =
1 + 𝑅 𝑋𝑈 − 𝑅𝑋𝑅

Isolando-se XR:

θ𝐶
1+𝑅 − . 𝑋𝑈
θ
θ𝑐 =
𝑅
E o Dc? Se relaciona com o θ𝑤𝑜
𝑐 :

𝐾𝑆 + 𝑆0
θ𝑤𝑜
𝑐 =
(µ𝑚𝑎𝑥 −𝑘𝑑 )𝑆0 − 𝑘𝑑 𝐾𝑆

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Processo contínuo – Abordagem usando o

tempo de residência

Relembrando:
θ 𝑅.𝐹0
θ𝑐 = . (1 + )
1+𝑅 𝐹𝑊

Caso substituamos, o valor limite encontrado anteriormente:

𝐾𝑆 + 𝑆0
θ𝑤𝑜
𝑐 =
(µ𝑚𝑎𝑥 −𝑘𝑑 )𝑆0 − 𝑘𝑑 𝐾𝑆

Duas situações podem ocorrer:

◼ Se θ é constante e substituindo θ𝑐𝑤𝑜 na primeira equação, como F0 e Fw
geralmente são constantes, se encontra Rmin;
𝐹𝑤 . 𝜃 – 𝜃𝑐𝑤𝑜 𝜃 – 𝜃𝑐𝑤𝑜
𝑅𝑚𝑖𝑛 = =
(𝜃𝑐𝑤𝑜 . 𝐹𝑤 − 𝜃. 0𝐹𝐼 ) 𝐹
(𝜃𝑐𝑤𝑜 − 𝜃. 𝐼 )
𝐹𝑤
Taxa de Reciclo Mínimo
◼ Se R é constante e substituindo θ𝑤𝑜
𝑐 na primeira equação, como F0 e F w
geralmente são constantes, se encontra θ min;

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Processo contínuo – Abordagem usando o

tempo de residência

◼ Caso 1 = com
R = 0,1 (constante)
µmax (dia-1) 0,2
Ks (g/L) 0,5
Kd (dia-1) 0,02
S0 (g/L) 3,5
Yx/s 0,9
Yx/p 0,7
Yp/s 1,29

θ𝑤𝑜 𝑜𝑢 θ𝑚𝑖𝑛

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Processo contínuo – Abordagem usando o

tempo de residência

◼ Caso 2 = com
θ = 5 dias
µmax (dia-1) 0,2
Ks (g/L) 0,5
Kd (dia-1) 0,02
S0 (g/L) 3,5
Yx/s 0,9
Yx/p 0,7
Yp/s 1,29

θ𝑤𝑜

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Referências
◼ SCHMIDELL, W.; LIMA, U.A.; AQUARONE, E.;
BORZANI, W. Biotecnologia Industrial, Volume 2,
Engenharia Bioquímica, Ed. Edgard Blücher Ltda., 1
ed., 2001.
◼ SILVA, C.E.F.; BERTUCCO, A. A Two-Stage System
for the Large-Scale Cultivation of Biomass: a Design
and Operation Analysis Based on a Simple Steady-
State Model Tuned on Laboratory Measurements.
BioEnergy Research, volume 11, 398–413(2018).

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