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RESENHA:

Aluno: ISRAEL MENDES DOS SANTOS

Curso: Psicologia

Faculdade: Frasce

Resenha do 1° capítulo da obra “Avaliação Psicológica: aspectos teóricos e práticos”,


organizado por Manuela Ramos Caldas Lins e Juliane Callegaro Borsa, sob o título “A
diferenciação entre avaliação psicológica e testagem psicológica: questões emergentes”.

O primeiro capítulo da obra “Avaliação Psicológica: aspectos teóricos e práticos” traz uma
discussão sobre a diferenciação entre avaliação psicológica e testagem psicológica. Os autores
destacam que, apesar de haver uma tendência de se utilizar esses termos de forma
intercambiável, eles não são sinônimos. A avaliação psicológica envolve não apenas a aplicação
de testes, mas também a análise de outras fontes de informação, como entrevistas,
observação direta, relatos de terceiros, entre outras. Já a testagem psicológica é uma técnica
específica da avaliação, que tem como objetivo mensurar uma determinada habilidade ou
característica do indivíduo, por meio de um instrumento padronizado e validado.

Os autores ressaltam a importância de se realizar uma avaliação psicológica adequada e ética,


e destacam a necessidade de o psicólogo ter conhecimento sobre os diferentes tipos de testes
psicológicos, sua elaboração, normatização e interpretação. Eles alertam que a ausência de
disciplinas de estatística em alguns cursos de Psicologia pode dificultar a compreensão de
conceitos básicos, como o percentil, que é fundamental para a conversão dos escores brutos
em pontos percentílicos. Além disso, os autores enfatizam a importância da psicometria na
avaliação psicológica, destacando que o psicólogo deve ter conhecimento sobre os parâmetros
psicométricos dos testes, como precisão, validade e padronização.

Os autores também discutem a importância do Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos


(SATEPSI) na escolha dos instrumentos de avaliação psicológica. O SATEPSI, que é
regulamentado pelo Conselho Federal de Psicologia, tem como objetivo avaliar a qualidade
dos instrumentos de avaliação psicológica disponíveis no mercado e garantir a utilização de
testes padronizados e validados. No entanto, os autores alertam que nem todos os
instrumentos aprovados pelo SATEPSI apresentam evidências de validade de critério, e que
cabe ao psicólogo identificar os instrumentos mais adequados para o contexto específico da
sua avaliação.

Por fim, os autores destacam que a avaliação psicológica é um campo de integração entre
ciência e profissão, que contribui para a objetivação e operacionalização de teorias
psicológicas e para a identificação precoce de padrões de comportamentos disfuncionais que
podem evoluir para transtornos mentais na vida adulta. Cabe aos profissionais se capacitarem
para realizar uma avaliação psicológica ética e eficaz, utilizando instrumentos válidos e
precisos.

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