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Abre a cortina
Narrador 1 (Lina): Todo mundo nasce, mas nenhum de nós nasce igual, alguns nascem para
serem açougueiros, padeiros ou até mesmo aventureiros.
Narrador 2 (Rafaela): Outros servem só mesmo para fazerem salada, mas seja como for, cada
ser humano é extraordinário.
Narrador 3 (Renata): Para o melhor, ou para o pior.
Narrador 4 (Mariana): A maioria dos pais, acredita que seus filhos são a coisa mais linda do
mundo.
Narrador 1 (Lina): Outros, são mais realistas. Os pais de Matilda moravam num bairro bom, e
numa casa boa, mas não eram nada gente boa.
Narrador 2 (Rafaela): Às vezes, eles nem percebiam que tinham uma filha, se soubessem,
saberia que ela é extraordinária.
Narrador 3 (Renata): Matilda já sabia o que muitos só aprendiam com 30 anos, como cuidar
de si mesma.
Narrador 4 (Mariana): Todas as manhãs seu irmão Michael ia para a escola. (Michael sai)
Narrador 1 (Lina): O pai ia trabalhar vendendo carros usados por preços absurdos. (Pai sai)
Narrador 2 (Rafaela): E sua mãe saia para o bingo.
Mãe: A sopa está no fogão, esquente se tiver fome. (Mãe sai)
Narrador 3 (Renata): Matilda ficava sozinha, era o que ela mais gostava. (Sonoplastia)
Matilda se divertindo. Dando oi pra plateia.
Blackout.
Narrador 4 (Mariana): Matilda já tinha lido todas as revistas da casa.
Narrador 1 (Lina): Certa noite, ela pediu para o pai uma coisa que ela queria
desesperadamente.
Matilda: Pai, eu quero um livro!
Pai: Um livro? Um livro para quê?
Matilda: Para ler.
Pai: Para ler? Para quer você quer ler se tem um aparelho de tv ou celular bem aí na sua
frente.
Mãe: Não há nada que exista num livro que você não possa aprender na TV, mas mais
depressa.
Michael: Sai da frente aí pirralha.
Narrador 2 (Rafaela): Matilda já tinha percebido que era um pouco diferente da família dela.
Narrador 3 (Renata): Ela viu que se quisesse algo nesse mundo teria que conseguir sozinha.
Pai: Até logo. (Despedindo-se da esposa).
Mãe: (Para Matilda). Tem miojo lá no armário, 3 minutos está pronto.
Narrador 4 (Mariana): Depois que os seus pais saíram, Matilda foi a procura de um livro.
Matilda: (Procurando por uma biblioteca pública no mapa). Biblioteca pública.
Cena 2 (Biblioteca)
Abre a cortina
Pai: Chegou algum pacote hoje?
Matilda: Não.
Pai: De onde veio tudo isso?
Matilda: Da biblioteca.
Pai: Da biblioteca? Você nunca pisou numa biblioteca. Só tem 4 anos.
Matilda: Tenho 6 e meio.
Pai: Tem 4!
Matilda: Tenho 6 e meio.
Pai: Se tivesse tudo isso já estaria na escola.
Matilda: Mas eu quero ir à escola! Eu já te disse que deveria começar a escola em janeiro e
você nem me ouviu.
Pai: Levanta daí, levanta daí. (Leva Matilda para a mãe). Meu amorzinho, quantos anos a
Matilda tem?
Mãe: 4.
Matilda: Eu tenho 6 e meio mamãe.
Mãe: 5 então.
Matilda: Eu fiz 6 em agosto.
Pai: Mentirosa!
Matilda: Eu quero ir à escola. (Vai indo para o centro do palco)
Pai: Escola? Escola… sem condições, quem vai receber os pacotes valiosos. Vai assistir TV
que nem uma boa menina.
Mãe: Sabe, as vezes eu acho que tem alguma coisa errada com essa garota. (para a plateia,
para o marido, depois sai)
Pai: Nem me fale. (sai)
Matilda está triste no centro do palco.
Narrador 5 (Luisa): Às vezes, Matilda ansiava por uma amiga. Alguém como uma pessoa boa
e corajosa que ela via nos seus livros. Ocorreu a ela que dragões que falam, e princesas só
existiam nos livros infantis. Mas Matilda estava para descobrir quem seria sua melhor amiga.
E que tinha uma espécie de força que ela nem imaginava.
Blackout de luz
Cena 6 (Escola)
Narrador 5 (Lina): Matilda sempre quis ir à escola porque adorava aprender. Ela tentou
imaginar como seria a nova escola. Um prédio, cheio de crianças, um jardim com várias
flores, parquinho E ela estava feliz de estar lá, afinal, qualquer escola é melhor do que escola
nenhuma.
Vai entrando um aluno de cada vez. Os alunos andando e brincando no pátio da escola.
Hortência - A minha mãe diz que eu sou legal.
Amanda - Meu pai falou que eu sou especial.
Aninha - Uma princesa.
Laurinha - E eu sou a rainha.
Bruce - Nessa escola o lema é obedecer.
Matilda - Por quê?
Hortência -Vocês viram ela perguntando por quê?
Todos menos Matilda: Crossfit Coletivo!
Amanda - É especialidade da Diretora Trunchbull.
Aninha - A minha mãe diz que eu devo estudar.
Laurinha - O meu pai falou que eu tenho que ser a nota dez.
Bruce – Preciso me dedicar aos trabalhos.
Amanda - Hoje eu aprendi a soletrar.
Vão ficando enfileirados, um do lado do outro, marchando, parados em posição de
descanso.
Matilda - Oi, desculpe. (Esbarrando em Laurinha).
Laurinha - Tudo bem, qual o seu nome?
Matilda – Matilda! E o seu?
Laurinha – Laurinha.
Hortência – Melhor vocês se mandarem, eu não estou brincando, temos que ter cuidado com
a diretora Trunchbull, se não vamos para a detenção.
Matilda – Obrigada pelo aviso, vamos tomar cuidado, né Laurinha.
Laurinha – Ela vem aí!
Diretora – Vocês aí. Alongamento Matinal, se espalhem pelo espaço, vamos lá! (Faz o
alongamento e as crianças repetem). Polichinelo, Abdominal, Burpee, agora vocês estão
prontos pra aula. Podem ir!
Blackout de luz
Abre a cortina
Mãe – (Falando no telefone). Pois é menina, nem te conto, sim um babado, não ficou
sabendo? Ela mesmo! Aham..
Matilda – Mamãe, cheguei.
Mãe – E como foi a escola?
Matilda – Foi ótimo. Olha, eu já faço trabalho de álgebra e geometria.
Mãe – Você não está vendo que eu estou no meio de um telefonema importante?
Matilda – Mas você me perguntou como foi na escola.
Mãe – Quieta.
Matilda – Bem, foi bem legal. A diretora é completamente pirada. Já a minha professora, é
maravilhosa.
Mãe – Sim, eu sei como são as crianças, parece que seis horas na escola não é suficiente.
Matilda – Pode crer.
Campainha toca
Honey – Olá.
Pai – Não damos dinheiro, não gostamos de caridade e não, não quero comprar a sua rifa.
Honey – Não Senhor, eu sou a professora de Matilda.
Pai – O que essa pestinha aprontou dessa vez. Vá para o quarto agora pirralha. Seja o que for,
ela é seu problema agora.
Honey – Não existe problema algum.
Pai – Então some você, roda a roda Jequiti já vai começar e eu não quero perder.
Honey – Você acha que assistir um programa de TV é mais importante que a sua filha, então
o senhor não devia ter sido pai. (Pegando o controle). Agora desliga isso e me dá atenção.
Michael – Pô meu.
Pai – Está bom, pode ir indo, mas a minha esposa não vai gostar nada disso.
Mãe – Quem é?
Honey – Sou a professora da Matilda, Senhorita Honey.
Mãe – Seja breve meu amor.
Honey – Serei breve.
Mãe – Então desembucha logo.
Honey – Bem, como vocês devem saber. Matilda, está nos anos iniciais do ensino
fundamental, junto com seus colegas, que consequentemente não sabem ler ainda.
Mãe – Olha querida, eu não sou muito a favor de mulheres que pensam demais, intelectuais
demais. Mulheres devem pensar na beleza. Um cabelo hidratado, um belo aplique, dieta em
dia, Mary Kay na cara meu amor. Tudo isso é muito mais importante que livros. Olhe para
você, e olhe para mim. Você escolheu os livros. E eu escolhi ser M.A.R.A!!!!
Honey – Mas Matilda sabe fazer equações complicadas de cabeça. Ela tem uma mente
incrível, e eu acredito que com o nosso apoio ela...
Mãe – Mente, incrível? Você não sabe de nada mesmo né queridinha.
A família vai saindo de cena.
Honey – Deixe de besteira Honey. Não consegue Honey. Acha mesmo que vai entrar lá e
mudar esse lugar? Deixa para lá, de tanto tentar. Não é da sua conta! (Matilda entrar). Mas
que nem ela não tem igual, ela tem que saber que é especial. Tenho que protegê-la, não
posso deixá-la sem ajuda. Eu já vi, Matilda quer ter alguém ali. Para poder lutar. Mas quem
veio fui eu, tão fraca. Por que eu?
Fecha a cortina
Sinal toca.
Diretora - Eu quero todos no auditório agora. Sentados!
Todos chegam comentando sobre o que pode acontecer.
Diretora – Bruce, venha cá. (Todos olham para o Bruce). Venha pequeno Bruce. (Sussurros).
Este menino fez uma coisa absurda.
Bruce – Não sei do que você está falando.
Diretora – Estou falando de um bolo. Um bolo de chocolate. Você foi agachando até a
cozinha e comeu o meu bolo.
Bruce – Bem, não dá para eu lembrar de um bolo especial.
Diretora – Aquele bolo era meu, e era um bolo tão doce e delicioso, o melhor que existe no
mundo.
Bruce – O da minha mãe era melhor. (Todos ficam chocados).
Diretora – Ah é. Como saberia sem provar outro pedaço? (Abre a cortina) Olha só, a sua
surpresa. Não vai comer?
Bruce – Não, obrigado.
Diretora – Está uma delícia!
Bruce - Está bem! (Comendo o bolo). Hmm, muito bom!
Diretora – Parece que você gostou disso, Bruce.
Bruce – Sim, Dona Trunchbull.
Diretora – Deveria comer mais!
Bruce – Não, obrigado.
Diretora – Mas vai magoar a cozinheira. (Entra cozinheira). Ela fez esse bolo inteirinho só
para você!
Bruce – Eu já sei Diretora, vou dividir com todo mundo!
Matilda – Isso Bruce.
Diretora – Silêncio!
Todos – Bruce! Bruce! Bruce!
Bruce - Venham, venham.
Honey – Crianças, as coisas podem parecer difíceis e sem saída. Mas, acreditem em mim.
Nunca, absolutamente nunca, desistam dos seus sonhos. Nunca percam a essência de vocês.
Cada um aqui é especial do jeito que é. E um bolo não vai mudar isso, quando vocês
crescerem, as coisas vão mudar, mas é preciso ter fé e, é claro, lutar por dias melhores.
Música (Quando eu crescer)
Bruce –
Quando eu crescer
vou ser tão alto quanto uma colina
Vou poder subir em cada galho
Só depois que eu crescer.
Aninha e Amanda -
E quando eu crescer
Vou ser inteligente e corajoso,
Ter cada resposta no meu coração,
Depois que eu crescer.
Bruce e Amanda -
E vou acordar
Quando o sol raiar,
Vou assistir desenhos todo dia assim.
Todos –
Sem nem lembrar o que devo fazer,
Quando eu crescer.
Quando eu crescer, quando crescer, quando eu crescer
Vou ser tão forte pra poder levar
Todas as coisas que precisa ter, com você.
Quando eu crescer!
E quando eu crescer, quando eu crescer, quando eu crescer
Vou enfrentar todos os monstros que se escondem pelos cantos, por aí
Tem que lutar pra crescer.
E quando eu crescer, quando eu crescer
Vou correr pra cá e pra lá, e brincar,
Com tudo que eu quiser, e nunca consegui.
Vou acordar, vou acordar, quando o sol raiar.
E vou passar, o dia todo nesse sol,
Mas sem queimar, porque eu já cresci,
Quando eu crescer...
Algumas pessoas -
E quando eu crescer…
Se você não gosta da realidade
Escreva uma história boa de verdade
Solta pra ficar só assinando os fatos
Tem que mudar
Quanto você mede agora não importa
Tem que endireitar que a vida se contorna
Se ficar parado não ajuda em nada
Se acha que está bem
Você já entregou
É só mudar
E se quer mudar
Precisa levantar
Eu sei que ninguém vai mudar o meu passado
Paro pra fazer o que me foi mandado
Mas também da pra ser revolucionário.
Sinal toca.
Honey – Vamos crianças, antes que a Trunchbull chegue..
Blackout de luz
Narrador 1 (Lina) – Matilda se deu conta que tudo que ela aprendeu nos livros dava a ela o
poder do conhecimento, e que a educação seria a saída para transformar a escola.
Matilda – Não se preocupe Senhorita Honey, eu vou cuidar disso.
Honey – Mas como você vai fazer isso Matilda?
Matilda - Eu acredito que a Diretora Trunchubull precisa aprender com as crianças.
Honey – Admiro você Matilda por acreditar que isso seja possível, a gente pode fazer alguma
coisa na nossa aula hoje.
Matilda – Sim senhorita Honey.
Honey – Atenção alunos, eu e Matilda pensamos em fazer uma surpresa para a Diretora hoje
Matilda – Nós precisamos fazer com que a Diretora Trunchbull acredite que a educação pode
ser transformadora.
Honey -. Alguém tem alguma ideia?
Amanda – A gente podia soletrar igual aprendemos trimestre passado.
Bruce – E se a gente fizesse uma cozinha experimental, tem que conquistar pela barriga!
Aninha – Vamos fazer uma gincana esportiva.
Laurinha – Já sei, vamos tentar demonstrar tudo isso que vocês estão falando numa
apresentação artística, vamos falar sobre a revolução na educação.
Os alunos começam a se organizar pra apresentação, puxam a diretora e colocam ela pra
assistir à apresentação da música “Pela educação”
Matilda – Nós fizemos essa apresentação pra você diretora, esperamos que você goste!
Música (Pela Educação)
Woah
Precisamos dizer o que fazer
Temos que mudar a realidade
Mas não vamos jamais esquecer
Todos –
Pelo direito de ser respeitado
Nunca mais tirará nossa voz
Nunca mais terá poder sobre nós
Nunca mais duvidar de quem eu sou
Sou muito mais do que um mágico
Nunca mais servir para vencer porque
EDUCA
LUTA
NÃO DÁ PRA VOLTAR
VENCER
APRENDER
SEM FUGIR
SEM CHORAR
NÃO TEM COMO ALGUÉM PARAR
A NOSSA LUTA!
Trumchbull – Era disso que eu precisava alunos! Eu tinha perdido a esperança na educação e
vocês resgataram essa esperança para mim. Quero pedir desculpas a todos, sei que não sou
uma pessoa fácil, mas aprendi muito com vocês hoje. Podem ter certeza que a escola será
diferente e podem contar comigo para o que precisarem, até se quiser um bolo de chocolate
viu Bruce.
Todos abraçam a diretora
Blackout
Cena 11 (Finalização)
Matilda – Senhorita Honey, depois de termos ajudado a Diretora Trunchbull eu acho que
preciso de ajuda com a minha casa, minha família.
Honey – Já sei como podemos fazer isso Matilda. Que tal se eu ajudasse você a escrever um
poema.
Matilda - Seria ótimo Senhorita Honey, e eu posso convidá-los para participar do piquenique
da família que a Diretora Trunchbull vai fazer.
Honey - Como o próprio Bruce disse, conquistar pela barriga é uma ótima saída.
Senhorita Honey e Matilda escrevendo o poema juntos, Música Amizade - Mundo Bita.
Matilda - (Chamando sua família para ler o poema)
Família é o berço,
Que nos acolhe ao nascer,
Nos dá força e energia, Nos abriga e faz Crescer.
Aperta contra o peito, Quando tudo corre mal, Ou parece ter defeito.
A família é o lar,
Onde voltamos
Que nos anima e protege,
Na tristeza e na alegria.
Familia é tudo.
Há famílias bem diferentes,
Em género, número ou cor,
O que importa é a união,
O importante é o Amor!
Michael – Nossa, isso tudo foi pra gente irmãzinha?
Pai – Obrigado minha filha, pelas palavras, papai sabia que você era inteligente.
Mãe - Puxou a mim.
Pai - Matilda, a gente sabe que somos diferentes e que muitas vezes não damos valor a você filha.
Mas saiba que nós a amamos.
Mãe - Eu sempre quis ter uma filha. E você foi uma benção Matilda. Você me ensina muita coisa.
Michael - Irmãzinha, saiba que minha implicância é coisa de irmão, no fundo, até que gosto de você.
Matilda – Papai, mamãe, eu aprendi uma coisa muito legal nos últimos dias na escola. Eu vi que é
possível que a gente transforme a vida das pessoas por meio da educação. E lá na escola vai ter o
piquenique da família, gostaria que vocês fossem.
Pai - Sei que a gente não vai muito para essas coisas, mas pode contar com a gente.
Mãe - A gente prepara uma cesta com comidinhas bem gostosas.
Dão um abraço em Matilda e começam a preparar as coisas para o piquenique. Vão chegando os
amigos de Matilda, a Senhorita Honey, a Diretora Trunchbull.
Narrador 1 – A diretora Trunchbull aprendia cada vez mais com as crianças e precisou
adicionar o Ensino Médio na Escola.
Narrador 2 - Afinal de contas, os alunos não queriam sair da escola. E os pais de Matilda?
Bom, eles aprenderam com a sua filha.
Narradora 3 - Matilda estava feliz, tinha feito amigos na escola. Amigos que ela levaria para a vida
toda.
Narrador 4 – E Matilda descobriu que a vida pode ser divertida. E decidiu tirar o máximo
proveito disso.
Narrador 5 – Afinal, Matilda, era uma garota muito inteligente. Mas a melhor parte da
história é que Matilda contagiou todos em sua volta, que entenderam que a educação pode
transformar vidas.
Todos se apresentam para o público.
FIM