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Segunda-feira, 12 de Fevereiro de 2007 Número 4 109 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.

º 4 – 12 de Fevereiro de 2007

ASSEMBLEIA NACIONAL ou a qualquer autoridade pública, no sentido de que to-


me, adopte ou proponha determinadas medidas.
Resolução n.º 27/VIII/2007
2. Entende-se por representação a exposição destinada
A Assembleia Nacional vota, nos termos da alínea e) a manifestar opinião contrária a da perfilhada por qual-
do artigo 107.º da Constituição, o seguinte: quer entidade, ou a chamar a atenção de uma autoridade
pública relativamente a determinada situação ou acto,
Artigo Único com vista à sua revisão ou ponderação dos seus efeitos.

É dado assentimento, nos termos do n.º 1 do artigo 3. Entende-se por reclamação a impugnação de um ac-
85.º da Constituição, para que o Presidente da República to perante o órgão, funcionário ou agente que o praticou,
possa ausentar-se do Pais por um período de sete dias, a ou perante o seu superior hierárquico.
partir do dia 10 de Fevereiro de 2007, a fim de participar
na XXIV Conferencia dos Chefes de Estado de África e 4. Entende-se por queixa a denúncia de qualquer in-
da França, nos dias 15 e 16 de Fevereiro de 2007, em constitucionalidade ou ilegalidade, bem como do funcio-
Cannes – República Francesa. namento anómalo de qualquer serviço, com vista a adop-
SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE Assembleia Nacional, em S. Tomé, aos 6 de Fevereiro
ção de medidas contra os responsáveis.

de 2007. 5. As petições, representações, reclamações e queixas


dizem-se colectivas quando apresentadas por um conjun-
Publique-se. to de pessoas através de um Único instrumento, em nome
colectivo quando apresentadas por uma pessoa colectiva
O Presidente da Assembleia Nacional, Interino, Eugé- em representação dos respectivos membros.

DIÁRIO DA REPÚBLICA
nio Rodrigues da Trindade Tiny.
6. Sempre que, nesta lei se empregue unicamente o
termo petição, entende-se que o mesmo se aplica a todas
Lei n.º 1/2007 as modalidades referidas no presente artigo.
Lei do Exercício do Direito de Petição.
Artigo 3.º
Preâmbulo Cumulação

O artigo 60.º da Constituição da República Democrá- O direito de petição é cumulável com outros meios de
tica de São Tomé e Príncipe, consagra o princípio de que defesa de direitos e interesses previstos na Constituição e
todos os cidadãos têm o direito de apresentar, individual na lei e não pode ser limitado ou restringido no seu exer-
SUMÁRIO ou colectivamente, aos órgãos do poder político ou a cício por qualquer órgão de soberania ou por qualquer
qualquer autoridade, petições, representações, reclama- outra autoridade pública.
ASSEMBLEIA NACIONAL MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E ASSUNTOS ções ou queixas para defesa dos seus direitos, da Consti-
Resolução n.º 27/VIII/2007. PARLAMENTARES tuição, das leis ou do interesse geral. Artigo 4.º
Gabinete do Ministro Titularidade
Lei n.º 1/2007. Despachos. Nestes termos, a Assembleia Nacional decreta, nos
Lei n.º 2/2007. termos da alínea b) do artigo 97.º da Constituição, o 1. O direito de petição, enquanto instrumento de parti-
Lei n.º 3/2007. Direcção dos Registos e Notariado seguinte: cipação política democrática, é exclusivo dos cidadãos
Constituição de Sociedade. São-Tomenses.
Despacho n.º 03/GPAN/2007. Capítulo I
Princípios gerais 2. Os estrangeiros e os apátridas que residam em São
GOVERNO Tomé e Príncipe gozam do direito de petição, para defesa
Decreto n.º 5/2007. Artigo 1.º dos seus direitos e interesses legalmente protegidos.
Aprova o regime remuneratório aplicável aos Âmbito
agentes e funcionários da Inspecção das Activida- 3. O direito de petição é exercido individual ou colec-
des Económicas. O direito de apresentar petições, queixas e reclama- tivamente.
ções perante autoridade competente, com excepção dos
Decreto n.º 6/2007. tribunais, para exigir o restabelecimento de direitos vio- 4. Gozam igualmente do direito de petição quaisquer
Nomeia o Presidente e os Vogais do Conselho lados ou em defesa do interesse geral é exercido nos pessoas colectivas legalmente constituídas.
Fiscal da Autoridade Geral de Regulação (AGER) termos da presente lei.
Artigo 5.º
Decreto n.º 7/2007. Artigo 2.º Liberdade de petição
Nomeia o Senhor Arlindo de Ceita Carvalho, para Conceito
em comissão de serviço, exercer as funções de Nenhuma entidade, pública ou privada, pode proibir,
Director Geral do Ambinete. 1. Entende-se por petição, em geral, a apresentação de ou por qualquer forma impedir ou dificultar, o exercício
um pedido ou de uma proposta a um órgão de soberania
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do direito de petição, designadamente na livre recolha de b) O texto seja ininteligível. 3. Se a entidade destinatária carecer de realizar dili- 2. Admitida a petição é a mesma distribuída à Comis-
assinaturas e na prática dos demais actos necessários. gencias junto de outras instituições ou pessoas que a são competente em razão da matéria para análise e pare-
6. Para os efeitos do número anterior, a entidade desti- habilitem a melhor responder ao objectivo do pedido, o cer.
Artigo 6.º natária fixa um prazo de 20 (vinte) dias, com a advertên- prazo da resposta poderá ser ajustado mais 15 (quinze) 3. O interessado é informado por escrito da posição da
Garantias cia de que o não suprimento das deficiências apontadas dias, devendo o peticionário ser informado desta necessi- Assembleia Nacional.
determina o arquivamento liminar da petição. dade.
1. Ninguém pode ser prejudicado, privilegiado ou pri- Artigo 17.º
vado de qualquer direito em virtude do exercício do di- 7. Em caso de petição colectiva, ou em nome colecti- Artigo 13.º Prazo
reito de petição. vo, é suficiente a identificação completa de um dos sig- Entidade Competente
natários. 1. A Comissão competente poderá examinar a petição
2. O disposto no número anterior não exclui a respon- Se entidade destinatária se julgar incompetente para no prazo nunca superior a 20 (vinte) dias.
sabilidade criminal, disciplinar ou civil do peticionário, Capítulo II conhecer do objecto de petição, remeterá de imediato à
se do seu exercício resultar ofensa de interesse legalmen- Modo de tramitação entidade competente, informando do facto o peticionário. 2. Em relação às petições que sejam distribuídas
te protegido. quando a Assembleia Nacional se encontre em férias
Artigo 10.º Artigo 14.º parlamentares, caberá a Comissão Permanente ponderar
Artigo 7.º Apresentação em território nacional Indeferimento Liminar o ajustamento de prazos.
Dever de exame e de comunicação
1. As petições devem, em regra, ser apresentadas nos 1. A petição é liminarmente indeferida quando for Artigo 18.º
1. O exercício do direito de petição obriga a entidade serviços das entidades a quem são dirigidas. manifesto que: Conclusões do exame
destinatária a receber e examinar as petições, representa-
ções, reclamações ou queixas, bem como a comunicar as 2. As petições dirigidas a órgãos centrais de entidades a) A pretensão deduzida é ilegal; 1. A Comissão competente, findo o exame, poderá de-
decisões que forem tomadas. públicas podem ser apresentadas nos serviços dos respec- terminar o seguinte:
tivos órgãos locais, quando os interessados residam na b) Visa a reapreciação de decisões dos tribunais, ou
2. O erro na qualificação da modalidade do direito de respectiva área ou nela se encontrem. de actos administrativos insusceptíveis de recur- a) O envio a outras instituições competentes em
petição, de entre as que se referem no artigo 2.°, não so; razão da matéria, para tomada de decisões, com
justifica a recusa da sua apreciação pela entidade destina- 3. Quando sejam dirigidas aos Órgãos da Administra- conhecimento ao peticionário;
tária. ção Pública que não disponham de serviços na região ou c) Visa a reapreciação, pela mesma entidade, de b) Propostas concretas das providências a serem
distrito de residência do interessado ou interessados, as casos já anteriormente apreciados na sequência tomadas por outras instituições ou pela Assem-
Artigo 8.º petições podem ser entregues na Secretaria do Governo do exercício do direito de petição, salvo se fo- bleia Nacional, enviando-se neste caso, relatório
Gratuitidade Regional ou nas Câmaras Distritais. rem invocados ou tiverem ocorrido novos ele- ao Presidente da Assembleia Nacional para as
mentos de apreciação. pertinentes decisões;
O exercício do direito de petição é livre de pagamen- 4. As petições apresentadas nos termos dos números 2
tos de quaisquer taxas. e 3 são remetidas à instituição destinatária no prazo má- 2. A petição é ainda liminarmente indeferida se for c) O seu arquivamento com conhecimento ao peti-
ximo de 8 (oito) dias. apresentada a coberto de anonimato e do seu exame não cionário.
Artigo 9.º for possível a identificação da pessoa ou pessoas de
Informalidade Artigo 11.º quem provém. 2. No caso da alínea a) do número anterior a institui-
Apresentação no estrangeiro ção competente deverá informar a Comissão no prazo de
1. O exercício do direito de petição não está sujeito a Artigo 15.º 20 (vinte) dias das decisões que venha a tomar ou das
qualquer forma ou processo específico. 1. As petições podem também ser apresentadas nos Enquadramento Orgânico diligências que estejam em curso.
serviços das representações diplomáticas e consulares
2. A petição, a representação, a reclamação e a queixa São-Tomenses, no país em que se encontrem ou residam Sem prejuízo do disposto em especial para a Assem- 3. As petições não são sujeitas a votação, mas qual-
devem, porém, ser reduzidas a escrito devidamente assi- os interessados. bleia Nacional, os órgãos de soberania, Governo da Re- quer Deputado pode com base nas mesmas, exercer a
nadas pelos titulares, ou por outrem a seu rogo, se aque- gião Autónoma do Príncipe e das autarquias locais, bem iniciativa legislativa nos termos do Regimento.
les, não souberem ou não puderem assinar. 2. As representações diplomáticas ou consulares reme- como os Departamentos da Administração Pública onde
terão os requerimentos às entidades a quem sejam dirigi seja mais frequente a entrega de instrumentos do exercí- Artigo 19.º
3. O direito de petição é remetido directamente a enti- das, num prazo máximo de 15 (quinze) dias. cio do direito de petição, organizarão esquemas adequa- Audições
dade podendo também ser exercido por via postal, telefax dos de recepção, tratamento e decisão das petições.
ou outros meios de telecomunicações. Artigo 12.º 1. A falta de comparência injustificada, a recusa de
Tramitação CAPÍTULO III depoimento ou o não cumprimento das diligências orde-
4. Os órgãos de soberania, Governo da Região Autó- Petições dirigidas à Assembleia Nacional nadas pela Comissão constituem crime de desobediência.
noma do Príncipe e das autarquias locais, bem como os 1. A entidade destinatária da petição deve responder 2. A falta de comparência injustificada do próprio pe-
Departamentos da Administração Pública onde ocorra a num prazo de 30 (trinta) dias. Artigo 16.º ticionário poderá determinar o arquivamento da petição.
entrega de instrumentos do exercício do direito de peti- Distribuição
ção, organizarão sistema de recepção o mais adequado. 2. Se a petição carecer de ser clarificada, precisada no 3. Nos casos em que as instituições solicitadas não
seu objectivo ou completada quanto aos elementos de 1. As petições dirigidas à Assembleia Nacional são respondam atempadamente às diligências ou aos pedidos
5. A entidade destinatária convida o peticionário a identificação, a entidade destinatária instruirá de imedia- endereçadas, por escrito, ao Presidente da Assembleia de informações pertinentes, a Comissão da Assembleia
completar o escrito apresentado quando: to o peticionário para o fazer, informando-o de que o Nacional. Nacional deverá convocar os respectivos responsáveis
prazo estabelecido no número anterior fica suspenso até à para os ouvir em sessão de trabalho.
a) Aquele não se mostre correctamente identifica- obtenção dos dados adicionais.
do e não contenha menção do seu domicílio; Artigo 20.º
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Informação ao Plenário em funções da comissão de inquérito se processe até ao 6. Dentro do prazo referido no número anterior, o Pre- O Presidente da Comissão Parlamentar do Inquérito
5.º dia posterior à publicação do requerimento no Diário. sidente da Assembleia Nacional, ouvida a Conferência ou o Relator deve ser um membro do grupo proponente
Em cada Sessão Legislativa da Assembleia Nacional dos Representantes dos Grupos Parlamentares, agenda da criação da referida comissão, ao menos que o mesmo
será apresentado um relatório analítico sobre as petições Artigo 4.º um debate sobre a matéria do inquérito desde que solici- não esteja interessado.
que tenham dado entrada, bem como do tratamento que Requisitos formais tado pelos requerentes da constituição da comissão ou
tenham recebido. por um Grupo Parlamentar. Artigo 11.º
1. Os requerimentos, projectos ou propostas de resolu- Normas subsidiárias
Artigo 21.º ção tendentes a realização de um inquérito indicarão o Artigo 7.º
Entrada em vigor seu objecto e os seus fundamentos sob pena de rejeição Publicação As Comissões Parlamentares de Inquérito valer-se-ão,
liminar pelo Presidente. subsidiariamente, das normas contidas no Código de
A presente lei entra em vigor nos termos legais. A resolução que determina a realização de um inquéri- Processo Penal.
2. Da não admissão de um requerimento, projecto ou to e que fixa a composição da respectiva comissão e o
Assembleia Nacional, em São Tomé, aos 12 de Janei- proposta de resolução apresentados nos termos da pre- requerimento a que se refere o n.º 2 do artigo anterior Artigo 12.º
ro de 2007.- O Presidente da Assembleia Nacional, Eu- sente lei cabe sempre recurso para o Plenário, nos termos serão publicados no Diário da Assembleia. Eleição de Relator
génio Rodrigues da Trindade Tiny. do Regimento.
Artigo 8.º As Comissões Parlamentares de Inquérito devem ele-
Promulgado em 9 de Fevereiro de 2007. Artigo 5.º Repetição do objecto ger relator ou relatores na sua primeira reunião.
Publique-se. Informação ao Procurador-Geral da República
Durante o período de cada sessão legislativa não é Artigo 13.º
O Presidente da República, Fradique Bandeira Melo 1. O Presidente da Assembleia Nacional informará o permitida a constituição de novas comissões de inquéri- Prazo de inquérito
de Menezes. Procurador-Geral da República do requerimento, projecto tos que tenham o mesmo objecto que dera lugar a consti-
ou proposta de resolução tendente à realização de um tuição de uma comissão, que está em exercício de fun- 1. O prazo da conclusão do inquérito é fixado pelo
Lei n.º 2/2007 inquérito parlamentar. ções, ou que tenha terminado no referido período, salvo plenário entre o mínimo de 45 dias e o máximo de 180
Lei do Regime dos Inquéritos Parlamentares se surgirem mais factos. dias.
2. Caso o Procurador-Geral da República informe à
A Assembleia Nacional decreta, nos termos da alínea Assembleia Nacional de que, sobre o mesmo objecto, se Artigo 9º 2. O pedido de prorrogação do prazo inicial, previsto
b) do artigo 97.º da Constituição, o seguinte: encontra em curso uma investigação judicial, o projecto Funcionamento das Comissões no número anterior, é dirigido ao Presidente da Assem-
ou proposta de resolução não poderá ser votado nem bleia Nacional sob forma de requerimento escrito e obri-
Artigo 1.º submetido a discussão, devendo a mesma ser imediata- 1. Os inquéritos parlamentares serão realizados por gatoriamente acompanhado das razões que o fundamen-
Objecto mente suspensa, se iniciada. comissões eventuais da Assembleia, especialmente cons- tam.
tituída para cada caso, nos termos do Regimento.
Os inquéritos parlamentares têm por objecto matéria Artigo 6.º Artigo 14.º
de interesse relevante para a vida política, económica e Constituição obrigatória da Comissão 2. Os membros da comissão tomam posse perante o Deputados
social do País. Parlamentar de Inquérito Presidente da Assembleia Nacional até ao 5.° dia posteri-
or à publicação no Diário da Assembleia da deliberação 1. Os Deputados membros da comissão de inquérito só
Artigo 2.º 1. As Comissões Parlamentares de Inquérito são obri- que fixa a respectiva composição. podem ser substituídos em virtude de perda ou suspensão
Função gatoriamente constituídas sempre que tal seja requerido do mandato ou em caso de escusa justificada.
por 10 deputados que constituem a Assembleia Nacional. 3. As reuniões da comissão podem ter lugar em qual-
Os inquéritos parlamentares têm por função vigiar pe- quer dia de semana e durante as férias sem dependência 2. As faltas dos membros da comissão às reuniões se-
lo cumprimento da Constituição e das leis, bem como a 2. O referido requerimento dirigido ao Presidente da da autorização prévia do plenário. rão participadas ao Presidente da Assembleia Nacional
apreciação dos actos do Governo e da Administração. Mesa deve indicar os seus fundamentos e delimitar o seu até 3 dias depois da sua verificação, com a nota de terem
âmbito. 4. A comissão inicia os seus trabalhos imediatamente sido ou não justificadas.
após a constituição da respectiva Mesa e logo que fique
3. O Presidente verificará a existência formal das con- preenchida uma das seguintes condições: 3. O Presidente da Assembleia Nacional comunicará
Artigo 3.º dições previstas no número anterior, bem como a identi- na sessão Plenária seguinte as faltas injustificadas.
Iniciativa dade dos deputados subscritores. a) Estar indicadas mais de metade dos membros da
comissão, representando no mínimo, dois gru- 4. O deputado que violar o dever de sigilo em relação
1. A iniciativa de inquérito parlamentar compete: 4. Se se verificar alguma omissão ou erro no cumpri- pos parlamentares, um dos quais deve ser obri- aos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito ou
mento daquelas formalidades, notificará de imediato o gatoriamente de partido sem representação no faltar sem justificação a mais de 3 reuniões perde a qua-
a) Aos Grupos Parlamentares; primeiro subscritor para suprir as falhas correspondentes. Governo; lidade de membro da Comissão.

b) Às Comissões Especializadas Permanentes; 5. Recebido o requerimento ou verificado o suprimen- b) Não estar indicada a maioria do número de de- 5. No caso de haver violação de sigilo, a Comissão
to referido no número anterior, se a ele houver lugar, o putados da comissão, desde que apenas falte a Parlamentar de Inquérito deve promover uma investiga-
c) A um mínimo de cinco deputados; Presidente da Assembleia Nacional tomará as providên- indicação dos deputados pertencentes a um gru- ção sumária e deliberar, por maioria qualificada de dois
cias necessárias para que a composição da Comissão de po parlamentar. terços, sobre a verificação e a identidade do seu autor.
d) Ao Governo através do Primeiro-Ministro. Inquérito se processe até ao quinto dia posterior à distri-
buição do requerimento aos deputados ou aos Grupos Artigo 10.º 6. O Presidente da Assembleia Nacional deverá ser in-
2. No caso previsto no número anterior o Presidente Parlamentares. Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito formado do conteúdo da deliberação prevista no número
da Assembleia Nacional toma as providências necessá- anterior, quando dela resulte o reconhecimento da exis-
rias para que a composição, tomada de posse e entrada tência da respectiva violação e da identidade do seu autor
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para declarar a perda por parte deste na qualidade de previstos no n.º 2 do presente artigo e quando a comissão 3. A convocação será para qualquer ponto do territó- Artigo 21.º
membro da respectiva comissão e dar contas desta sua assim o deliberar. rio, sob qualquer das formas previstas no Código de Sanções criminais
decisão ao Plenário. Processo Penal, devendo, no caso de funcionários, agen-
2. São públicas: tes do Estado e de outras entidades públicas, ser efectua- 1. Fora dos casos previstos no artigo 19.° a falta com-
Artigo 15.º da através do respectivo superior hierárquico. parência, a recusa de depoimento ou o não cumprimento
Poderes da Comissão a) As reuniões iniciais de tomada de posse, eleição das ordens legítimas de uma comissão parlamentar de
da mesa, aprovação do regulamento e definição 4. As Comissões podem requisitar e contratar especia- inquérito no exercício das suas funções constituem crime
1. As Comissões Parlamentares do Inquérito gozam de dos objectivos, designadamente através de ela- listas para as coadjuvar nos seus trabalhos mediante de desobediência qualificada para os efeitos previstos no
todos os poderes de investigação das autoridades judici- boração de questionário; autorização prévia do Presidente da Assembleia Nacio- Código Penal.
ais. nal.
b) A reunião final de votação e declarações de voto 2. A revelação do segredo dos actos e documentos do
2. As Comissões Parlamentares de Inquérito têm direi- em relação ao relatório e, eventualmente, ao 5. Ao especialista contratado nos termos do número processo por parte dos membros da comissão de inquéri-
to à coadjuvação dos órgãos de investigação criminal e projecto de resolução; anterior são aplicadas as normas constantes desta lei to e de seus funcionários constitui crime de violação de
de autoridades administrativas nos mesmos termos que relativas aos deveres dos deputados, salvo aqueles que segredo profissional, previsto e punível pela Lei Penal
os Tribunais Judiciais. c) As reuniões relativamente às quais os depoentes pela sua natureza são aplicáveis apenas a estes. vigente, cessando, para esse efeito, a imunidade parla-
manifestem interessem na sua publicidade, des- mentar nos termos consagrados no Regimento da As-
3. As Comissões Parlamentares de Inquérito, por pro- de que a comissão reconheça que aquela não Artigo 19.º sembleia Nacional.
posta dos seus membros, podem requerer ao Governo, às prejudicará os objectivos do inquérito e a eficá- Depoimentos
autoridades Judiciárias, aos órgãos da administração ou cia dos seus trabalhos; 3. Verificando-se qualquer dos factos previstos nos
às entidades privadas, as informações e documentos que 1. A falta de comparência perante a comissão parla- números anteriores, o Presidente da Comissão, ouvido
julguem úteis à realização do inquérito. 3. Só o Presidente da Comissão, ouvindo esta, pode mentar de inquérito ou à recusa de depoimento só se esta, comunicá-lo-á ao Presidente da Assembleia com os
prestar declarações públicas relativas à matéria reservada terão por justificadas nos termos gerais da Lei Processual elementos indispensáveis à instrução do processo, para
4. A obtenção das informações e elementos referidos do inquérito. Penal. efeito de participação à Procmadoria-Geral da República.
no número anterior têm prioridade sobre quaisquer outros
serviços e deverão ser satisfeitos no prazo de oito dias 4. As actas das comissões, bem como todos os docu- 2. A obrigação de comparecer perante a Comissão tem Artigo 22.º
sob pena das sanções previstas no artigo 21.°, salvo justi- mentos na sua posse podem ser consultados após a apro- precedência sobre qualquer acto ou diligência oficial. Relatório
ficação dos requeridos, que aconselhe a prorrogação vação do relatório final nas seguintes condições:
daquele prazo ou o cancelamento da diligência. 3. Não é admitida, em caso algum, a recusa de compa- 1. Terminado o inquérito a comissão elaborará, obri-
a) Não revelem matéria sujeita a segredo de Esta- rência de funcionários, de agentes do Estado e de outra gatoriamente, o relatório final.
5. O pedido referido no n.º 3 deverá citar esta lei e do, a segredo de Justiça ou a sigilo por razões da entidade pública, podendo, contudo, estes requerer a
transcrever o n.º 4 deste artigo. reserva de intimidade das pessoas; alteração da data da convocação por imperiosa necessi- 2. Do relatório final constatarão obrigatoriamente:
dade de serviço, contanto que não fique frustrada a reali-
6. No decorrer do inquérito só será admitida a recusa b) Não ponha em perigo o segredo das fontes de zação de inquérito. a) As diligências efectuadas pela Comissão;
de fornecimento de documentos ou da prestação de de- informação constantes do inquéritor a menos
poimentos com fundamento em segredo de Estado ou em que haja autorização dos interessados. 4. No depoimento dos funcionários e agentes só será b) As conclusões do Inquérito e os respectivos
segredo de Justiça, nos termos de legislação respectiva. admitida a recusa com fundamento no interesse superior fundamentos;
5. Os depoimentos feitos perante as comissões não do Estado quando devidamente justificado nos termos da
Artigo 16.º podem ser consultados ou publicados, salvo autorização lei. c) O sentido de voto de cada membro da comissão,
Local de funcionamento do seu autor ou do plenário. assim como as declarações de voto escritas.
5. A forma dos depoimentos rege-se pelas normas
1. As Comissões Parlamentares de Inquérito, funcio- Artigo 18.º aplicáveis do Código do Processo Penal sobre prova 3. A Comissão poderá propor ao Plenário ou à Comis-
nam numa das salas da Assembleia Nacional, podendo, Convocação de pessoas e contratação de peritos testemunhal. são Permanente a elaboração de relatórios separados, se
contudo, funcionar ou efectuar diligências, sempre que entender que o objecto do inquérito é susceptível de
necessário, em qualquer parte do território nacional. 1. As comissões parlamentares de inquérito podem Artigo 20.º investigação parcelar, devendo os respectivos relatórios
2. As reuniões realizadas na sede são sempre grava- convocar qualquer cidadão para prestar declarações sobre Encargo ser tidos em consideração, no relatório final.
das. factos relativos ao inquérito.
1. Ninguém pode ser prejudicado no seu trabalho ou 4. As conclusões das Comissões Parlamentares de In-
3. As diligências e os depoimentos ou declarações ob- 2. As convocações serão assinadas pelo Presidente da emprego em virtude da obrigação de prestar declarações quéritos não serão vinculativas para os Tribunais, nem
tidos fora daquele local constarão da acta especialmente Comissão ou, à solicitação deste, pelo Presidente da perante a Comissão Parlamentar de Inquérito, conside- afectarão as decisões judiciais que sobre o mesmo objec-
elaborada para traduzir pormenorizadamente aquelas Assembleia Nacional e deverão conter as indicações rando-se justificadas todas as faltas de comparência re- to se venham a verificar.
diligências e ser-lhes-ão anexos os depoimentos e decla- seguintes: sultantes do respectivo requerimento.
rações referidos depois de assinados pelos seus autores. 5. O relatório será distribuído aos grupos parlamenta-
a) O objecto do inquérito; 2. As despesas de deslocação, bem como a eventual res e deputados de partidos não constituídos em grupo
indemnização que, a pedido do convocado, for fixada parlamentar e publicado no Diário da Assembleia.
Artigo 17.º b) O local, o dia e a hora do depoimento; pelo Presidente da Comissão, serão pagas por conta do
Publicidade dos trabalhos orçamento da Assembleia Nacional. Artigo 23.º
c) As sanções previstas no artigo 21.º da presente Deliberação sobre o relatório
1. As reuniões e diligências efectuadas pelas Comis- lei.
sões Parlamentares de Inquérito são públicas nos casos O relatório deve reflectir a opinião maioritária, mas
deve integrar a opinião minoritária.
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Artigo 24.º Lei n.º 3/2007 tas, devendo apresentar ao Governo, além do relatório
Debate e resolução Lei sobre o Sistema de Administração das actividades realizadas e o balanço anual, um demons- Artigo 5.º
Financeira do Estado. trativo anual das receitas recebidas do Estado e as despe- Autonomia Administrativa
1. Até 30 dia após a publicação do relatório, o Presi- sas realizadas por conta dessas despesas.
dente da Assembleia Nacional inclui a sua apreciação na Preâmbulo O regime geral de administração financeira dos órgãos
ordem do dia. 3. A forma e o prazo para a entrega das informações do poder central, dos órgãos do poder regional e local,
A necessidade de reforma com vista a introduzir legis- serão regulamentados em diploma próprio pelo Ministro dos Institutos ou agências locais e empresas estatais é o
2. Juntamente com o relatório, a Comissão Parlamen- lação e modelos de gestão mais adequados às necessida- que superintende a área das Finanças. de autonomia administrativa, entendendo-se por esta a
tar de Inquérito pode apresentar um projecto de resolu- des actuais de administração do erário público foi deter- capacidade concedida aos organismos e serviços do Es-
ção. minanda a adopção e implantação pontual de algumas Artigo 3.º tado de praticar actos administrativos de execução, no
medidas, Objectivos do SAFE âmbito da respectiva gestão.
3. Apresentado ao Plenário o relatório, será aberto um
debate. Assim, convindo estabelecer, de uma forma global, O SAFE tem por objectivos: Artigo 6.º
mais abrangente e consistente, os princípios básicos e Autonomia Administrativa e Financeira
4. O debate é introduzido por uma breve exposição do normas gerais de direito financeiro para os Órgãos de a) Estabelecer e harmonizar regras e procedimen-
Presidente da Comissão e do relator ou relatores designa- Soberania, Órgãos do Poder Regional e Local, Institutos tos de programação, execução, controlo e avali- 1. Só deverá ser concedida autonomia administrativa e
dos. ou Agências Nacionais e Empresas Estatais, ao abrigo do ação dos recursos públicos; financeira a organismos do Estado quando esta se justifi-
disposto na alínea 1) do artigo 98.º da Constituição; que para a sua adequada gestão e desde que este tenha
5. Terminado o debate proceder-se-á a votação dos b) Manter o sistema contabilístico de controlo da capacidade de arrecadar 2/3 de receitas próprias para
projectos de resolução que tiverem sido apresentados. Nestes termos, a Assembleia Nacional decreta, nos execução orçamental, financeira e patrimonial suportar suas despesas.
termos da alínea b) do artigo 97.º da Constituição, o adequado às necessidades de registo, da organi-
6. O Plenário pode deliberar sobre a publicação inte- seguinte: zação da informação e da avaliação do desem- 2. A atribuição do regime excepcional, com funda-
gral ou parcial das actas da comissão. penho das acções desenvolvidas no domínio da mento na verificação dos requisitos previstos neste arti-
TÍTULO I actividade financeira dos órgãos públicos; go, bem como a sua cessação, nos termos a regulamentar,
7. O relatório não será objecto de votação no Plenário. Sistema de Administração Financeira do Estado é da competência do Governo, salvo nos casos em que a
c) Manter o sistema de controlo interno eficiente e Lei expressamente defina em contrário.
Artigo 25.º CAPÍTULO I eficaz com procedimentos de auditoria interna
Materialização das recomendações Disposições Gerais internacionalmente aceites; CAPÍTULO II
Organização e Funcionamento do SAFE
Seis meses após a publicação da Resolução sobre as Artigo 1.º d) Manter sistemas informatizados que proporcio-
conclusões do Inquérito, um membro da Comissão Espe- Objecto nem informação oportuna e fiável sobre o com- Artigo 7.º
cializada Permanente competente, designado pela mesma portamento orçamental e patrimonial dos órgãos Organização
apresentará um relatório sobre a materialização das re- 1. É criado o Sistema de Administração Financeira do públicos do Estado.
comendações formuladas pelas Comissões Parlamentares Estado, abreviadamente, designado por SAFE. 1. O SAFE compreende um conjunto de subsistemas,
do Inquérito ao Presidente da Assembleia Nacional para Artigo 4.º normas e procedimentos administrativos que tornam
efeitos de agendamento por este e o respectivo debate na 2. O SAFE é integrado pelos seguintes subsistemas: Princípios Fundamentais possível a obtenção da receita, a realização da despesa e
reunião Plenária seguinte. a) Subsistema Orçamental; a gestão do património do Estado, incluindo suas aplica-
b) Subsistema do Tesouro Público; O SAFE rege-se, de entre outros, pelos seguintes prin- ções e correspondente registo.
Artigo 26.º c) Subsistema de Contabilidade Pública; cípios:
Casos Omissos d) Subsistema do Património do Estado; 2. A administração financeira do Estado compreende
e) Subsistema do Controlo Interno. a) Regularidade financeira, pela qual a execução também a obtenção e gestão das receitas que não deter-
Compete ao Plenário deliberar sobre os casos não pre- do Orçamento Geral do Estado deve ser feita em minem alterações ao património do Estado.
vistos na presente lei. 3. O SAFE estabelece e harmoniza regras e procedi- harmonia com as normas vigentes e mediante o
mentos de programação, execução e controlo dos recur- cumprimento dos prazos estabelecidos; Artigo 8.º
Artigo 27.º sos públicos, de modo a permitir o seu uso eficaz e efici- Órgão Coordenador
Vigência ente, bem como produzir a informação de forma b) Legalidade, o qual determina a observância in-
integrada e atempada, respeitante à administração finan- tegral das normas legais vigentes; A direcção e coordenação do SAFE competem ao Mi-
A presente lei entra em vigor nos termos da lei. ceira dos órgãos e instituições do Estado. nistro que superintende a área das Finanças.
c) Economicidade, na base do qual se deve alcan-
Assembleia Nacional, em São Tomé, aos 12 de Janei- Artigo 2.º çar uma utilização racional dos recursos postos à Artigo 9.º
ro de 2007.- O Presidente da Assembleia Nacional, Inte- Âmbito de Aplicação disposição e uma melhor gestão de tesouraria; Exercício Económico
rino, Eugénio Rodrigues da Trindade Tiny.
1. A presente Lei aplica-se a todos os órgãos de sobe- d) Eficiência que se traduz na minimização do des- 1. O ano económico, no âmbito do SAFE, coincide
Promulgada em 9 de Fevereiro de 2007. rania, aos órgãos do poder regional e local, bem como às perdício para a obtenção dos objectivos delinea- com o ano civil.
outras instituições do Estado, designadamente: aos Insti- dos;
Publique-se. tutos ou Agências Nacionais e às Empresas Estatais. 2. Serão consideradas no ano económico respectivo:
e) Eficácia, de que resulta a obtenção dos efeitos a) As receitas cobradas e recebidas;
O Presidente da República, Fradique Bandeira Melo 2. Os institutos ou agências nacionais e as empresas desejados com a medida adoptada, procurando a
de Menezes. estatais se regem por legislação específica no que se maximização do seu impacto no desenvolvimen- b) As despesas pagas;
refere à sua administração financeira e prestação de con- to económico e social.
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c) As despesas por pagar quando regularmente O Orçamento Geral do Estado é o documento no qual c) Os recursos provenientes de donativos, heranças Artigo 16.º
efectuadas. estão previstas as receitas a arrecadar e fixadas as despe- ou legados a favor do Estado com destino espe- Contratos e Acordos Internacionais
sas a realizar num determinado exercício económico e cífico;
TÍTULO II tem por objecto a prossecução da política económica e 1. A assinatura de contratos e acordos internacionais
SUBSISTEMAS DO SAFE financeira do Estado. d) Os recursos que tenham, por lei especial, destino que impliquem a assunção de responsabilidades financei-
específico. ras para o Estado ou envolvam matéria fiscal carecem de
CAPÍTULO I Artigo 13.º prévio parecer do Ministro que superintende a área das
Subsistema do Orçamento Geral do Estado Princípios 3. Constitui excepção ao princípio da especificação a Finanças, ainda que tais despesas tenham dotação no
inscrição no Orçamento Geral do Estado de uma dotação Orçamento Geral do Estado.
SECÇÃOI 1. Na sua preparação e execução, o Orçamento Geral provisional, equivalente a 1 % das receitas fiscais do ano
Organização e Competências do Estado observa, dentre outros, os seguintes princípios em causa, que permanecerá sob gestão do Ministro que 2. A falta do parecer do Ministro que superintende a
e regras: superintende a área das Finanças, por forma a permitir a área das Finanças determina a nulidade do contrato ou do
Artigo 10.º sua afectação, em momento oportuno e atempado, à acordo, não podendo por isso ser autorizada qualquer
Organização a) Anualidade, nos termos do qual o Orçamento realização de despesas não previsíveis e inadiáveis. transferência cambial no âmbito de algum contrato ou
tem um período de validade e de execução anu- acordo nulo.
O Subsistema do Orçamento Geral do Estado, abrevi- al, sem prejuízo da existência de programas que 4. Em caso de insuficiência da verba prevista na alínea
adamente designado por SOE, compreende todos os impliquem encargos plurianuais; precedente, justificada pela amplitude e duração dos Artigo 17.º
órgãos do poder central, regional e local e as instituições fenómenos geradores das despesas não previsíveis e Escalonamento de Encargos Contratuais
públicas que intervêm nos processos de programação e b) Unidade, na base do qual o Orçamento é apenas inadiáveis, o Governo submeterá à Assembleia Nacional
controlo orçamental e abrange ainda as respectivas nor- um; uma proposta de alteração do valor orçamentado devi- Os compromissos resultantes de leis, tratados ou con-
mas e procedimentos. damente fundamentado, que deverá ser apreciada com tratos já firmados pelos órgãos e instituições do Estado
c) Universalidade, pelas quais todas as receitas e carácter de urgência, precedendo à discussão de toda e que envolvam despesas em mais de um ano económico
Artigo 11.º todas as despesas que determinem alterações ao qualquer outra matéria. deverão apresentar o escalonamento plurianual dos res-
Competências património do Estado devem nele ser obrigatori- pectivos encargos, associado ao respectivo enquadramen-
amente inscritas; Artigo 14.º to orçamental, por forma a que a liquidação do encargo
Compete aos órgãos e instituições que integram o Receitas esteja garantida no saldo da dotação do próprio ano em
SOE: d) Especificação, segundo o qual cada receita e ca- que for determinado o pagamento do respectivo montante
da despesa devem ser individualizadas; 1. Constituem receitas públicas todos os recursos mo- escalonado.
a) Preparar e propor os elementos necessários para netários ou em espécie, seja qual for a sua fonte ou natu-
a elaboração do Orçamento Geral do Estado; e) Não compensação, por força do qual as receitas reza, postos à disposição do Estado, com ressalva daque- SECÇÃO III
e as despesas devem ser inscritas de forma ilí- las em que o Estado seja mero depositário temporário. Orçamento por Programas
b) Preparar o projecto de Lei Orçamental e respec- quida;
tiva fundamentação; 2. Nenhuma receita pode ser criada, inscrita ou cobra- Artigo 18.º
f) Não consignação, na base do qual o produto de da senão em virtude de lei anterior e sua utilização só Regime
c) Avaliar os projectos de orçamentos dos órgãos, quaisquer receitas não pode ser afecto à cobertu- pode ocorrer quando estiver prevista no Orçamento Geral
instituições e empresas do Estado; ra de determinadas despesas específicas, ressal- do Estado aprovado. 1. A despesa orçamental é classificada de acordo com
vadas as excepções previstas no ponto n.º 2; os critérios institucional, programático, funcional, eco-
d) Propor medidas necessárias para que o Orça- Artigo 15.º nómico e por fonte de recursos.
mento Geral do Estado comece a ser executado g) Equilíbrio, com fundamento nos quais todas as Despesas
no início do exercício económico a que respeita; despesas previstas no Orçamento devem ser 2. Sem prejuízo da sua especificação de acordo com as
efectivamente cobertas por receitas nele inscri- 1. Constitui despesas públicas todo o dispêndio de re- classificações institucional, económica e por fonte de
e) Preparar, em coordenação com o Subsistema do tas; e cursos monetários ou em espécie, seja qual for a sua recursos, toda a acção do Governo deverá estar estrutura-
Tesouro Público, a programação relativa à exe- proveniência ou natureza, gastos pelo Estado, com res- da em programas orientados para a realização de objecti-
cução orçamental e financeira, mediante a ob- h) Publicidade, em conformidade com a qual a Lei salva daquelas em que o beneficiário se encontra obriga- vos estratégicos definidos nas Grandes Opções de Plano.
servância do disposto na presente Lei e respecti- Orçamental, as tabelas de receitas e as tabelas de do à reposição dos mesmos. O Programa é o módulo comum integrador entre o Plano
va regulamentação complementar; despesas, bem assim as demais informações e o Orçamento. Em termos de estruturação, o Plano ter-
económicas e financeiras julgadas pertinentes 2. Nenhuma despesa pode ser assumida, ordenada ou mina no Programa e o Orçamento começa no Programa,
f) Avaliar as alterações ao Orçamento Geral do Es- devem ser publicadas em Diário da República. realizada sem que, sendo legal, se encontre inscrita devi- o que confere a esses instrumentos uma integração desde
tado; damente no Orçamento Geral do Estado aprovado, tenha a origem. O Programa, como módulo integrador, e as
2. Exceptuam-se do princípio da não consignação os cabimento na correspondente verba orçamental e seja acções, como instrumentos de realização dos Programas.
g) Avaliar o processo de execução orçamental e casos em que: justificada quanto à sua economicidade, eficiência e
financeira. eficácia. 3. O Programa é o instrumento de organização e actu-
a) Por virtude de autonomia administrativa e finan- ação governamental que articula um conjunto de acções
ceira, as receitas tenham de ser afectas a deter- 3. As despesas só podem ser assumidas durante o ano que concorrem para a concretização de um objectivo
SECÇÃO II minado fim específico ou a determinado órgão económico para o qual tiverem sido orçamentadas. comum pré - estabelecido, mensurado por indicadores
Orçamento ou instituição; instituídos no Plano, visando a solução de um problema
4. As dotações orçamentais constituem o limite máxi- ou o atendimento de determinada necessidade ou exigên-
Artigo 12.º b) Os recursos financeiros sejam provenientes de mo a utilizar na realização de despesas públicas, no cor- cia da sociedade. A partir do programa são identificadas
Objecto operações específicas de crédito público; respondente exercício. as acções sob a forma de actividades ou projectos, espe-
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cificando os respectivos valores e metas e as unidades Elaboração da Proposta Orçamental 1. A proposta do Orçamento Geral do Estado observa cluindo empréstimo bancário não superior a
orçamentárias responsáveis pela realização da acção. estrita conformidade com a política económico- 10% das receitas fiscais do ano anterior.
Artigo 20.º financeira e o programa anual do Governo.
4. A classificação funcional tem por objectivo deter- Orçamento Geral do Estado 3. Aprovado o Orçamento Geral do Estado, os Depu-
minar a área de acção governamental em que a despesa 2. A proposta do Orçamento Geral do Estado compõe- tados e as Comissões da Assembleia Nacional não po-
será realizada. Cada actividade ou projecto identificará a 1. A elaboração do Orçamento Geral do Estado é anu- se da proposta de Lei Orçamental e respectivos mapas, dem tomar iniciativas de lei que envolvam o aumento das
função e subfunções às quais se vinculam. Trata-se de al e da competência do Governo. cabendo ao Ministro que superintende a área das Finan- despesas ou a diminuição das receitas.
uma classificação independente dos programas e de apli- ças a definição dos mapas a serem anexos à proposta.
cação comum e obrigatória a todos os órgãos definidos 2. Na elaboração do Orçamento Geral do Estado, o Artigo 26.º
no artigo 2.º da presente Lei, o que permitirá a consolida- Governo deve ter em conta o quadro - macroeconómico e 3. O Governo apresenta, ainda, a Assembleia Nacio- Não aprovação do Orçamento Geral do Estado
ção nacional dos gastos do sector público. fiscal, os objectivos fiscais para o período e as estimati- nal, com a proposta do Orçamento Geral do Estado, to-
vas disponíveis da execução do orçamento para o período dos os elementos necessários à justificação da política 1. Não sendo aprovada a proposta do Orçamento Geral
5. Cada função orçamental divide-se em subfunções mais recente. orçamental, nomeadamente: do Estado, fica o Governo autorizado a utilizar duodéci-
que visam agregar determinado subconjunto de despesas mos das dotações fixadas no Orçamento Geral do Estado
do sector público, a identificar a natureza básica das 3. A programação e execução do Orçamento Geral do a) As Grandes Opções do Plano / O Plano Econó- do ano anterior.
acções que se aglutinam em tomo das funções em que se Estado devem ser tratadas a preços correntes. mico e Social do Governo;
inserem. 2. A vigência do Orçamento Geral do Estado, na for-
Artigo 21.º b) O balanço preliminar da execução do Orçamen- ma autorizada, abrange a manutenção da autorização para
Artigo 19.º Propostas Orçamentais dos Órgãos do Estado to Geral do Estado do ano em curso; cobrança das receitas e realização das despesas nele
Estruturação Programática previstas nos seguintes termos:
1. Os Órgãos e Instituições do Estado apresentam ao c) A fundamentação da previsão das receitas fisca-
1. A função orçamental corresponde ao mais elevado Ministério que superintende a área das Finanças, nos is e da fixação dos limites da despesa; a) Interdição de execução de todas as despesas re-
nível de agregação da acção governamental nos diferen- prazos legalmente definidos, as suas propostas orçamen- d) A demonstração do financiamento global do Or- lativas aos investimentos em curso;
tes sectores, a contemplar o maior nível de agregação das tais tendo em vista as acções a desenvolver no âmbito das çamento Geral do Estado com discriminação das
diversas áreas de despesa que competem ao sector públi- suas funções. principais fontes de recursos; b) Cativação de dez por cento (10%) das verbas
co. inscritas para todas as despesas ordinárias, à ex-
2. Das propostas orçamentais a que alude o número e) A relação de todos os órgãos e instituições; cepção das despesas salariais que serão inte-
2. O programa orçamental e o desdobramento de uma anterior constam, com base nas directrizes orçamentais gralmente executadas.
subfunção incluem as despesas de carácter anual ou plu- fixadas pelo Governo, através do Ministério que superin- f) A proposta de orçamento de todos os organis-
rianual que concorrem, de forma articulada e comple- tende a área das Finanças, os limites financeiros, quanti- mos com autonomia administrativa e financeira SECÇÃO VI
mentar, para a concretização de um ou mais objectivos, tativos, bem como os objectivos a atingir. das empresas do Estado. Execução do Orçamento Geral do Estado
relativos a uma ou mais políticas públicas, dele fazendo
necessariamente parte integrante um conjunto de indica- 3. As classificações funcional, económica e por fontes SECÇÃO V Artigo 27.º
dores que permitam avaliar a economia, a eficiência e a de recursos das operações financeiras dos organismos do Apresentação do Orçamento Regras para a Execução
eficácia da sua realização, para além de servir como elo Estado serão os mesmos que para o orçamento do Go-
entre o planeamento de médio e longo prazo e o orça- verno Central. Artigo 24.º Para dar início à execução orçamental, o Governo
mento anual. Apresentação aprova as disposições que se mostrem necessárias, sem
Artigo 22.º prejuízo da imediata aplicação das normas da Lei do
3. Cada programa orçamental divide-se em projectos Classificação Orçamental O Governo submeterá até ao dia 30 de Setembro de Orçamento Geral do Estado que sejam directamente
ou actividades, devendo existir um responsável pela sua cada ano à Assembleia Nacional a proposta do Orçamen- exequíveis.
gestão. 1. Compete ao Governo aprovar e manter um classifi- to Geral do Estado a que se refere o n.º 1 do artigo 21.º
cador orçamental de receitas e despesas do Estado, cuja desta Lei. Artigo 28.º
4. Os programas são compostos de acções que, con- estrutura obedeça às seguintes regras: Execução das Receitas
forme suas características, devem ser classificadas como a) A receita orçamental é classificada de acordo Artigo 25.º
actividades ou projectos. com os critérios institucional, económico e por Aprovação do Orçamento Geral do Estado A execução das receitas compreende as três fases se-
fonte de recurso; guintes:
5. A actividade é um instrumento de programação uti- 1. A Assembleia Nacional delibera sobre a proposta de
lizado para alcançar o objectivo de um programa, envol- b) A despesa orçamental é classificada de acordo Lei do Orçamento Geral do Estado até 15 de Dezembro a) Lançamento, procedimento administrativo de
vendo um conjunto de operações que se realizam no com os critérios institucional, programático, de cada ano, desde que os prazos fixados no artigo 24.º verificação da ocorrência do facto gerador da
modo contínuo e permanente, das quais resulta um pro- económico e por fonte de recursos. sejam observados. obrigação correspondente;
duto ou serviço necessário à manutenção da acção do
Estado. 2. A classificação económica, tanto da receita como da 2. Aprovado o Orçamento Geral do Estado, o Governo b) Liquidação, cálculo do montante da receita de-
despesa, compreende as duas categorias seguintes: fica autorizado a: vida e identificação do respectivo sujeito passi-
6. O projecto é um instrumento de programação utili- a) Corrente; a) Adoptar todas as medidas destinadas à cobrança vo;
zado para alcançar o objectivo de um programa, envol- das receitas previstas e à realização das despesas c) Cobrança, acção de receber ou tomar posse da
vendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, b) De Capital. inscritas no Orçamento; receita e subsequente entrega ao Tesouro Públi-
das quais resulta um produto que concorre para a expan- co.
são ou o aperfeiçoamento da acção do Estado. Artigo 23.º b) Realizar todas as operações de crédito necessá-
Proposta do Orçamento Geral do Estado rias ao financiamento do défice orçamental, in- Artigo 29.º
SECÇÃO IV Realização das Despesas
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b) As despesas por pagar devem ser anuladas, caso 2. É ainda da competência do Governo a redistribuição g) Gerir a dívida pública interna e externa;
1. A realização das despesas compreende as três fases não sejam pagas, até ao final do exercício se- de dotações dentro dos limites estabelecidos pela Assem-
seguintes: guinte. bleia Nacional na Lei Anual do Orçamento. h) Realizar e gerir as operações de crédito público.

a) Cabimento, acto resultante da autoridade do ór- Artigo 31.º 3. O Superavit Financeiro apurado em balanço patri- SECÇÃO II
gão que cria para o Estado o compromisso, cuja Anulação de Despesas e Receitas monial do exercício anterior é recurso que, para ser utili- Tesouro Público
satisfação implica a verificação, registo e cati- zado, carece de alteração orçamental.
vação do valor do encargo a assumir pelo Esta- 1. Reverte à respectiva dotação o valor da despesa Artigo 39.º
do; anulada no exercício. 4. A transferência de dotações de um órgão ou insti- Objecto
tuição do Estado para outro deve ser tratada no Orçamen-
b) Liquidação, apuramento e reconhecimento do 2. Quando a anulação do valor da despesa ocorrer to Geral do Estado, de forma a identificar as entidades O Tesouro Público, compreendendo os direitos, as ga-
valor que efectivamente há a pagar; após o encerramento do respectivo exercício económico, envolvidas. rantias e obrigações da responsabilidade do Estado, tem
o valor anulado é considerado receita do ano em que a por objecto a elaboração da programação financeira, a
c) Pagamento, emissão da ordem de pagamento e anulação se efectivar. Artigo 36.º realização dos desembolsos e os pagamentos relativos à
entrega da importância ao beneficiário do do- Informação Periódica execução financeira.
cumento de despesa. 3. A restituição da receita arrecadada indevidamente,
quando ocorra no respectivo exercício da sua arrecada- 1. O Governo presta informação trimestral sobre a Artigo 40.º
2. É vedada a realização de despesas, início de obras, ção, é efectuada nesse exercício mediante anulação do execução do Orçamento Geral do Estado à Assembleia Princípios e Regras Específicas
celebração de contratos sem o devido cabimento orça- valor na rubrica orçamental respectiva. Nacional, até 30 dias depois de vencido o trimestre, de-
mental. vendo esta ser publicada no Diário da República. 1. A administração do Tesouro Público rege-se, dentre
3. O não cumprimento do disposto no número anterior 4. A restituição da receita arrecadada indevidamente, outros, pelos seguintes princípios:
não obriga o Estado ao pagamento. quando ocorra em exercícios posteriores, é realizada em 2. Cabe ao Ministro que superintende a área das Fi-
rubrica orçamental de despesa adequada do exercício em nanças a regulamentação sobre os dados a publicar. a) Unidade de tesouraria, segundo o qual todos os
4. A cabimentação da despesa contratada por período que ela ocorrer. recursos públicos devem ser centralizados com
superior ao do exercício económico, deve ser efectuada vista a uma maior capacidade de gestão, com
pelo valor da despesa prevista para realização no exercí- Artigo 32.º CAPÍTULO II observância dos princípios de eficácia, eficiên-
cio. Receitas Liquidadas e Não Cobradas Subsistema do Tesouro Público cia e economicidade;

5. As despesas que sejam reconhecidas judicialmente Os valores relativos a contribuições e impostos e de- SECÇÃO I b) Equilíbrio de tesouraria, pelo qual as entradas de
no exercício em curso, pertencentes a exercícios anterio- mais créditos fiscais do Estado, liquidados e não cobra- Organização e Competências recursos devem ser iguais ou ' superiores às saí-
res, mas neles não liquidadas, são pagas em rubrica espe- dos dentro do exercício financeiro de origem, constituem das de recursos.
cificamente criada para tal, constante do Orçamento processo legal de cobrança e são incorporados em conta Artigo 37.º
Geral do Estado do exercício em curso. própria de controlo, findo o exercício, pela contabilidade Organização 2. A cobrança de todas as receitas deve ser realizada
pública. em estrita observância do princípio da unidade de tesou-
6. Pode ser autorizada a realização de despesas sob o Artigo 33.º O Subsistema do Tesouro Público, abreviadamente raria.
regime de adiantamentos em numerário, denominado Fundos Especiais designado por SUB.TP, compreende os órgãos do poder
fundo de maneio, para atender despesas cujos valores central, regional e local e as instituições públicas que 3. A unidade de tesouraria abrange todos os fundos de
sejam de pequeno montante e para as quais se dispense o Constitui fundo especial o produto de receitas especi- intervêm nos processos de programação, captação de origem fiscal e extrafiscal e os provenientes de operações
cumprimento do normal processo de realização de despe- ficadas que, por lei, se vinculam à realização de determi- recursos e gestão de meios de pagamento e abrange ainda de crédito legalmente autorizadas.
sas. nados objectivos ou serviços, facultada pela adopção de as respectivas normas e procedimentos.
normas peculiares de aplicação. Artigo 41.º
7. Compete ao Governo aprovar, quer os limites má- Artigo 38.º Conta Única
ximos para a realização das despesas a que se refere o Artigo 34.º Competências
número anterior, quer as dotações orçamentais a este Investimentos 1. A Conta Única é uma conta mantida junto ao Banco
regime sujeitas, quer ainda à regulamentação sobre a sua Compete aos órgãos ou instituições do Estado que in- Central de São Tomé e Príncipe, através da qual se mo-
concessão, aplicação e prestação de contas. Os investimentos serão discriminados na Lei de Or- tegram o SUB.TP, nomeadamente: vimenta, quer a arrecadação e cobrança de receitas, quer
çamento segundo os projectos de obras e de outras apli- o pagamento de despesas, seja qual for a sua proveniên-
Artigo 30.º cações elaborados em conformidade com as orientações a) Zelar pelo equilíbrio financeiro; cia ou natureza.
Despesas por Pagar do órgão gestor do sistema de planeamento.
b) Administrar os haveres financeiros e patrimoni- 2. É vedada a abertura de contas bancárias de que seja
Relativamente ao período do exercício económico em ais; unicamente titular qualquer órgão do poder público do
curso, devem ser observadas as seguintes regras: Artigo 35.º Estado integrante do SAFE.
Alterações Orçamentais c) Elaborar a programação financeira;
a) Constituem despesas por pagar as despesas li- d) Elaborar as estatísticas das Finanças Públicas; 3. Cabe ao Ministro que superintende a área das finan-
quidadas e não pagas até 31 de Dezembro, desde 1. As alterações dos limites fixados no Orçamento Ge- ças a aprovação dos casos de excepcionalidade.
que exista recurso disponível no final do exercí- ral do Estado são efectuadas por Lei sob proposta do e) Gerir a conta única;
cio a que ela se refere; Governo devidamente fundamentada. 4. Na constituição da Conta Única, compete ao Minis-
f) Propor a formulação da política de financiamen- tro que superintende a área das Finanças definir e deter-
to da despesa pública; minar as vias mais adequadas à sua concretização, tendo
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em vista a melhor gestão de tesouraria e os superiores Competências parados ao longo do tempo e do espaço os dados
interesses do Estado. produzidos;
Compete aos órgãos ou instituições que integram o
Artigo 42.º SCP: d) Oportunidade, pelo qual a informação deve ser
Dívida Pública produzida em tempo oportuno e útil por forma à 2. O Activo compreende o grupo de contas represen-
a) Propor e elaborar normas, procedimentos técni- apoiar a tomada de decisões e a análise da ges- tado pelo somatório dos valores dos bens e direitos,
1. A Dívida Pública compreende as obrigações finan- cos, relatórios e mapas, bem como a respectiva tão. agrupados em Activo Circulante, Realizável à Longo
ceiras assumidas em virtude de leis, contratos e acordos e metodologia e periodicidade, tendo em vista a Prazo e Activo Permanente.
da realização de operações de crédito, classificando-se harmonização e uniformização contabilísticas; Artigo 47.º
em Flutuante e Fundada. Método 3. O Passivo compreende o grupo de contas represen-
b) Elaborar e manter actualizado o Plano de Con- tado pelo somatório dos valores das obrigações, agrupa-
2. A Dívida Pública Flutuante corresponde aos com- tas; O critério utilizado para os registos dos actos e factos dos em Passivo Circulante, Exigível a Longo Prazo e o
promissos de curto prazo. administrativos, no âmbito do SAFE, é o princípio digrá- Património Líquido.
c) Elaborar e manter actualizado o Código de Con- fico ou do método das partidas dobradas.
3. A Dívida Pública Fundada refere-se às obrigações ta; 4. As Contas de Ordem Activas e Passivas compreen-
de médio e longo prazos e divide-se em: Artigo 48º dem os grupos de contas onde serão registados os bens,
d) Acompanhar e avaliar o registo sistemático e Regime de Registo valores, obrigações e situações não compreendidas nos
a) Dívida Pública Interna, aquela que é contraída atempado de todas as transacções; números anteriores e que, mediata e indirectamente pos-
pelo Estado com entidades de direito público ou O registo contabilístico adoptado é o regime misto, sam vir a afectar o património do Estado.
privado, com residência ou domiciliadas no Pa- e) Elaborar os relatórios de informação periódicos aplicando-se para as receitas o regime de caixa e para as
ís, e cujo pagamento é exigível dentro do territó- a apresentar pelo Governo a Assembleia Nacio- despesas o regime de compromissos. Artigo 54.º
rio nacional; nal; Demonstração das Variações Patrimoniais
Artigo 49.º
b) Dívida Pública Externa, aquela que é contraída f) Elaborar a Conta Geral do Estado. Moeda A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenci-
pelo Estado com outros Estados, organismos in- ará as alterações verificadas no património, resultantes ou
ternacionais ou outras entidades de direito pú- SECÇÃO II A escrituração dos actos e factos administrativos é independentes da execução orçamental e indicará o resul-
blico ou privado, com residência ou domicílio Escrituração Contabilística efectuada em moeda nacional. tado patrimonial do exercício.
fora do País, e cujo pagamento é exigível fora
do território nacional. Artigo 45.º Artigo 50.º Artigo 55.º
Objecto Relatórios Contabilísticos Avaliações e Reavaliações
4. Os organismos públicos com autonomia administra-
tiva e financeira só poderão recorrer a empréstimos no 1. A Contabilidade Pública tem por objecto a produ- O Governo elabora no fim de cada exercício económi- 1. A avaliação dos elementos patrimoniais obedecerá
mercado interno, sendo este recurso sujeito ao parecer ção e manutenção de registos e evidenciar as transacções co, o Balanço Orçamental, o Balanço Financeiro, o Ba- às normas seguintes:
prévio escrito e favorável do Ministro responsável pela realizadas pelos órgãos e instituições do Estado e os seus lanço Patrimonial e a Demonstração das Variações Pa-
área das Finanças. efeitos sobre o património do Estado. trimoniais. a) Os débitos e créditos, bem como os títulos de
renda, pelo seu valor nominal, feita a conversão,
5. Às empresas públicas é autorizado o recurso a cré- 2. A Contabilidade mantém os registos analíticos e Artigo 51.º quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio
ditos externos, desde que obtido parecer prévio escrito e sintéticos dos bens, direitos e obrigações integrantes do Balanço Orçamental do Banco Central vigente na data do balanço;
favorável do Ministro responsável pela área das Finan- património dos órgãos públicos do Estado, abrangidos
ças. nos termos do artigo 2.º da presente Lei. O Balanço Orçamental demonstrará as receitas e des- b) Os bens móveis e imóveis, pelo valor de aquisi-
pesas previstas em comparação com as realizadas. ção ou pelo custo de produção ou de construção;
CAPÍTULO III Artigo 46.º
Subsistema da Contabilidade Pública Princípios Contabilísticos Artigo 52.º c) Os bens em stock pelo preço médio ponderado
Balanço Financeiro das compras.
SECÇÃO I A contabilidade pública respeita, entre outros, os se-
Organização e Competências guintes princípios geralmente aceites: O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despe- 2. As variações resultantes da conversão dos débitos,
sa orçamental, bem como os recebimentos e os pagamen- créditos e valores em espécie serão levadas à conta pa-
Artigo 43.º a) Consistência, na base do qual os procedimentos tos de natureza não orçamental (direitos e obrigações), trimonial.
Organização contabilísticos de um exercício para o outro não conjugados com os saldos em espécie provenientes do
devem ser alterados; exercício anterior e os que se transferem para o exercício 3. Poderão ser feitas reavaliações dos bens móveis e
O Subsistema de Contabilidade Pública, abreviada- seguinte. imóveis.
mente designado por SCP, compreende todos os órgãos b) Materialidade, segundo o qual a informação
do poder central, regional e local e as instituições públi- produzida apresenta todos os elementos relevan-
cas que intervêm nos processos de execução orçamental, tes que permitam o acompanhamento da utiliza- Artigo 53.º SECÇÃO III
de recolha, de registo, de acompanhamento e processa- ção dos recursos públicos; Balanço Patrimonial Conta Geral do Estado
mento das transacções susceptíveis de produzir ou que 1. O Balanço Patrimonial demonstrará:
produzam modificações no património do Estado e c) Comparabilidade, em conformidade com o qual Artigo 56.º
1 Activo 2. Passivo
abrange, ainda, as respectivas normas e procedimentos. o registo das operações observa as normas de- Objecto
1.1 Activo Circulante 2.1 Passivo Circulante
terminadas ao longo da vida dos respectivos ór- 1.2 Realizável A Longo 2.2 Exigível A Longo Prazo
Artigo 44.º gãos públicos, por forma a que possam ser com- Prazo
1.3 Activo Permanente 2.3 Património Líquido
1.9 Contas de Ordem 2.9 Contas de Ordem
Activas Passivas
N.º 4 – 12 de Fevereiro de 2007 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 126 127 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 4 – 12 de Fevereiro de 2007

A Conta Geral do Estado tem por objecto evidenciar a Variações Patrimoniais


execução orçamental, financeira e patrimonial, bem co- e) Os anexos às demonstrações financeiras; a) Coordenar a gestão dos bens patrimoniais do Es-
mo apresentar o resultado do exercício e a avaliação do tado; 1. Constituem variações patrimoniais os actos ou efei-
desempenho dos órgãos do poder central, regional e local f) O mapa dos activos e passivos financeiros exis- tos que produzam alterações ao património do Estado,
e das instituições públicas. tentes no início e no final do ano económico. b) Organizar o inventário dos bens imóveis do Es- tais como a obtenção e concessão de crédito, aquisição
tado; ou alienação e depreciação ou valorização dos bens pa-
Artigo 57.º 2. O Governo apresenta como anexo à Conta Geral do trimoniais do Estado.
Regras da Conta Geral do Estado Estado o inventário consolidado do património do Esta- c) Elaborar anualmente o mapa de inventário físico
1. A Conta Geral do Estado deve ainda ser elaborada do. consolidado e das variações dos bens patrimoni- 2. Compete ao Governo definir os critérios de depreci-
com clareza, exactidão e simplicidade, de modo a possi- ais do Estado; ação e valorização dos bens patrimoniais do Estado.
bilitar a sua análise económica e financeira. Artigo 60.º
Conta de Órgãos e Instituições Autónomas d) Proceder periodicamente ao confronto dos in- 3. Toda e qualquer variação patrimonial deve obede-
2. A Conta Geral do Estado deve reflectir a observân- ventários físicos com os respectivos valores con- cer a determinações legais aplicáveis a cada caso.
cia do grau de cumprimento dos princípios de regularida- 1. O Governo deve apresentar, ainda, como anexo à tabilísticos;
de financeira, legalidade, economicidade, eficiência e Conta Geral do Estado, o balanço patrimonial dos órgãos CAPÍTULO V
eficácia na obtenção e aplicação dos recursos públicos do poder regional e local e das instituições públicas que e) Propor normas e instruções regulamentares per- Subsistema do Controlo Interno
colocados à disposição dos órgãos e instituições. não integrarem o SAFE electrónico e o quadro demons- tinentes sobre os bens patrimoniais do Estado.
trativo das despesas realizadas e os respectivos saldos, SECÇÃO I
3. Tendo em vista reflectir a situação financeira e os relativamente aos recursos transferidos do OGE. 2. A inventariação e gestão do património do Estado Organização e Competências
resultados da execução orçamental e patrimonial do Es- 2. A forma e prazo para entrega das informações serão compete à entidade onde se localizam os bens e direitos
tado, a Conta Geral do Estado deve ser elaborada com regulamentados pelo Ministro que superintende a área patrimoniais, de acordo com a legislação vigente. Artigo 67.º
base nos princípios e regras de contabilidade geralmente das Finanças. Organização
aceites. 3. As normas e instruções necessárias, a forma e o
Artigo 61.º prazo para entrega de informações serão regulamentados O Subsistema do Controlo Interno, abreviadamente
Artigo 58.º Prazos pelo Ministro que superintende a área das Finanças. designado por SCI, compreende os órgãos do poder cen-
Conteúdo tral, regional e local e as instituições públicas que inter-
1. O Governo deve apresentar ao Tribunal de Contas a SECÇÃO II vêm nos processos de arrecadação, cobrança e utilização
A Conta Geral do Estado deve conter informação Conta Geral do Estado, até ao dia 30 de Abril do ano Património do Estado dos recursos públicos e abrange ainda as respectivas
completa relativa a: seguinte àquele a que a referida conta respeite. normas e procedimentos.
Artigo 64.º
a) Receitas cobradas e despesas pagas pelo Estado; 2. O Relatório e o Parecer do Tribunal de Contas sobre Objecto Artigo 68.º
b) Financiamento do défice orçamental; a Conta Geral do Estado devem ser enviados à Assem- Competências
bleia Nacional até ao dia 31 de Julho do ano seguinte O Património do Estado tem por objecto a coordena-
c) Fundos de terceiros; àquele a que a Conta Geral do Estado respeite. ção e gestão dos bens patrimoniais do Estado, a organi- 1. Compete aos órgãos do poder central, regional e lo-
zação da informação relativa à inventariação dos referi- cal e as instituições públicas que integram o SCI exercer
d) Balanço do movimento de fundos entrados e sa- 3. A Assembleia da Nacional aprecia e aprova a Conta dos bens e à elaboração do respectivo inventário. as actividades de verificação da aplicação dos procedi-
ídos na Caixa do Estado; Geral do Estado, a partir da sessão seguinte à entrega do mentos estabelecidos e o cumprimento da legalidade,
Relatório e Parecer do Tribunal de Contas. Artigo 65.º regularidade, economicidade, eficiência e eficácia, tendo
e) Activos e passivos financeiros e patrimoniais do Princípios e Regras Específicos em vista a boa gestão na utilização dos recursos postos à
Estado; CAPÍTULO IV disposição dos organismos do Estado.
Subsistema do Património do Estado O Património do Estado rege-se, de entre outros, pelos
f) Adiantamentos e suas regularizações. seguintes princípios e regras: 2. O Governo, por intermédio do Ministro que supe-
SECÇÃO I rintende a área das Finanças, pode submeter à auditoria
Artigo 59.º Organização e competências a) Os bens de domínio público e os de domínio independente, pontual ou sistemática, os órgãos do poder
Estrutura da Conta Geral do Estado privado de uso especial do Estado são impenho- público e as instituições públicas.
Artigo 62.º ráveis e inalienáveis;
1. A Conta Geral do Estado deve conter os seguintes Organização
documentos básicos: b) Os bens patrimoniais do Estado são avaliados de
O Subsistema do Património do Estado, abreviada- acordo com critérios específicos a serem fixados
a) O relatório do Governo sobre o resultado eco- mente designado por SPE, compreende os órgãos do pelo Governo;
nómico da gestão referente ao exercício; poder central, regional e local, bem como as instituições
públicas que intervêm nos processos de administração e c) A aquisição e alienação de bens patrimoniais do SECÇÃO II
b) O financiamento global do Orçamento Geral do gestão dos bens do Estado e abrange, ainda, as respecti- Estado realizam-se por concurso público, ressal- Controlo Interno
Estado, com discriminação da situação das fon- vas normas e procedimentos. vando-se as excepções legais;
tes de financiamento; Artigo 69.º
Artigo 63.º d) Os critérios e taxas de amortização e reintegra- Objecto
c) Os Balanços Orçamental, Financeiro e Patrimo- Competências ção dos bens patrimoniais do Estado são objecto
nial; de legislação específica. O controlo interno tem por objecto:
1. Compete aos órgãos e instituições públicas que in-
d) A Demonstração das Variações Patrimoniais; tegram o SPE: Artigo 66º
N.º 4 – 12 de Fevereiro de 2007 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 128 129 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 4 – 12 de Fevereiro de 2007

a) Fiscalizar a correcta utilização dos recursos pú- na presente Lei, responde disciplinarmente nos termos do
blicos e a exactidão e fidelidade dos dados con- Estatuto da Função Pública. No uso das faculdades que me são conferidas ao abri- Artigo 3.º
tabilísticos; go do disposto no n.º 1 do artigo 27.º do Regimento da
5. Sem prejuízo da responsabilidade disciplinar ou Assembleia Nacional, indico para me substituir na Presi- O presente decreto entra em vigor nos termos legais.
b) Garantir, através da fiscalização, a uniformiza- criminal que ao caso couber, o Estado tem direito de dência da Assembleia Nacional, durante o meu impedi-
ção da aplicação das regras e métodos contabi- regresso sobre todo o funcionário público que cause, por mento, o senhor Vice-Presidente, Jaime José da Costa. Visto e aprovado em Conselho de Ministros, em S.
lísticos; seu acto ou omissão, prejuízos ao Estado. Tomé aos 20 dias do mês de Outubro de 2006.- O Pri-
Publique-se. meiro Ministro e Chefe do Governo, Eng.º Tomé Soares
c) Verificar o cumprimento das normas legais e Artigo 73.º da Vera Cruz; a Vice- Primeira Ministra e Ministra do
procedimentos aplicáveis; Regulamentação Gabinete do Presidente da Assembleia Nacional, em Plano e Finanças, Dr.ª Maria dos Santos Tebús Torres; O
S. Tomé aos 12 de Janeiro de 2007.- O Presidente da Ministro da Justiça e Assuntos Parlamentares, Dr. Justino
d) Verificar a legalidade dos actos e factos de exe- 1. Compete ao Governo regulamentar a presente Lei Assembleia Nacional, Interino, Eugénio Rodrigues Tiny. Tavares Veiga; O Ministro da Administração Pública,
cução orçamental, financeira e patrimonial, de até ao dia 31 de Dezembro do ano de 2007. Reforma do Estado e Administração Territorial, Dr. Ar-
forma prévia, concomitante e subsequente. mindo Vaz Rodrigues Aguiar; A Ministra do Trabalho,
2. O Governo deve criar condições e implantar, a par- GOVERNO Solidariedade, Mulher e Família, Dr.ª Maria de Cristo
Artigo 70.º tir de 01 de Janeiro do ano de 2008, sistema electrónico Costa Carvalho; Ministra da Economia, Eng.ª Cristina
Princípios e Regras Específicas denominado SAFE e, destinado ao tratamento de forma Decreto n.º 5/2007 Maria Fernandes Dias.
integrada a programação e execução orçamental, finan- Promulgado em 7 de Fevereiro de 2007.
O controlo interno rege-se pelos princípios de inde- ceira e patrimonial, bem como os registos contabilísticos Atendendo o papel atribuído por Lei à Inspecção das
pendência e isenção e ainda pelos princípios e regras do Estado. Actividades Económicas, na defesa da Politica Económi- Publique-se.
aplicáveis pelas organizações internacionais de auditoria. ca, nomadamente na organização prevenção e promoção
3. Os órgãos e as instituições públicas com autonomia da repressão a prática de delitos contra a Economia Na- O Presidente da República, Fradique Bandeira Melo
Artigo 71.º administrativa e financeira que não aderirem, no primeiro cional, contra a saúde pública e ao ambiente; de Menezes.
Prestação de Contas momento, à utilização do SAFE electrónico, deverão
informar mensalmente ao Ministério que superintende a Considerando a necessidade de adopção e mecanismos
Além da prestação de contas anual ou por motivo de área das Finanças, as transferências recebidas do Estado de incentivo, mais ajustados ao carácter especifico do
gestão, poderá haver, a qualquer tempo, levantamento e e as despesas realizadas por conta dessas receitas. referido sector e sobretudo ao regime de exclusividade, a
prestação de contas de todos os responsáveis por bens ou que devem estar sujeitos os respectivos agentes e funcio-
valores públicos. 4. A forma e prazo para entrega das informações serão nários;
regulamentados pelo Ministro que superintende a área
TÍTULO III das Finanças. Admitindo ainda tratar-se de uma situação de elemen-
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Artigo 74.º tar justiça salarial, cuja solução vem sendo adiada há já
Entrada em Vigor algum tempo, face ao preceituado na alínea f) do artigo
Artigo 72.º n.º 5 da Lei n.º 2/97, de 31 de Dezembro e o artigo 119.º
Regime de Responsabilidade A presente Lei entra em vigor na data da sua publica- da Lei n.º 5/97, de 1 de Dezembro, que define as áreas da
ção, respeitadas as condições mencionadas no artigo Administração Pública sujeitas a regime privativo de
1. Os titulares dos cargos públicos, funcionários e 73.°. remunerações;
agentes do Estado e demais entidades públicas respon- Artigo 75.º
dem financeira, disciplinar, criminal e civilmente nos Revogação Nestes termos, no uso das faculdades conferidas con-
termos da lei, pelas infracções que pratiquem no âmbito feridas pela alínea c) do artigo 111.º da constituição, o
do exercício das suas funções de execução orçamental ou Com a entrada em vigor da presente lei, fica revogada Governo da República Democrática de S. Tomé e Prínci-
financeira. toda a legislação anterior que a contrarie. pe decreta e eu promulgo o seguinte:

2. O Estado e demais pessoas colectivas públicas res- Assembleia Nacional, em São Tomé, aos 28 de De- Artigo 1.º
pondem civilmente pelos danos causados a terceiros, nos zembro de 2006. O Presidente da Assembleia Nacional,
termos da lei. Francisco Silva. É aprovado o regime remuneratório aplicável aos
agentes e funcionários da Inspecção das Actividades
3. As autoridades que ordenarem à percepção de Promulgado em 12 de Fevereiro de 2007. Económicas cuja Tabela consta do anexo I, que faz parte
quaisquer contribuições directas ou indirectas, sejam de integrante do presente diploma.
que natureza for, não autorizadas por lei, e os funcioná- Publique-se.
rios que, por acto próprio ou em cumprimento de ordens
superiores procederem à cobrança de contribuições ou O Presidente da República, Fradique Bandeira Melo
impostos não autorizados, ou o fizerem por valor superi- de Menezes.
or ao devido, sendo disso sabedores, serão punidos com a Despacho n.º 03/GPAN/2007 Artigo 2.º QUADRO DE PESSOAL – REGIME DE
pena que couber aos crimes de concussão ou imposição Ministério da Economia
arbitrária de contribuições, previstos no Código Penal. Tornando-se necessário providenciar pelo normal fun- Os agentes e funcionários, que nos termos da Lei pas-
cionamento da Assembleia Nacional, devido ao meu sem a exercer cargos ou a desempenhar funções em co- Inspecção das Actividades Econ
4. Todo o funcionário público que, por negligência, impedimento, nos termos do disposto nos artigos 87.º da missão de serviços, podem a todo o tempo optar pela
praticar acto em contrário ou omitir acto, dos definidos Constituição e 24.º, n.º 2 do Regimento da Assembleia manutenção da remuneração a que teriam direito, caso tal
Nacional, situação não se tivesse verificado. U CATEG. Niv Salário Total Despesas Subsíd. Água e
N de Base Anual Repres. de Chefia Energia
I P/Class
.

Pess. Directivo
1 Inspect. - 1.750.000 21.000.000 10.500.000 10.500.000 10.500.000
Chefe
N.º 4 – 12 de Fevereiro de 2007 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 130 131 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 4 – 12 de Fevereiro de 2007

Recursos Naturais e do Meio Ambiente, Dr. Manuel de


Nestes termos, no uso das faculdades conferidas pela Deus Lima.
alínea c) do artigo 111.º da Constituição, o Governo da
República Democrática de S. Tomé e Príncipe decreta e Promulgado em 9 de Fevereiro de 2007.
ou promulgo o seguinte:
Publique-se.
Artigo 1.º
O presidente da República, Fradique Bandeira Melo
É o senhor Arlindo Carneiro Rodrigues, nomeado Pre- de Menezes.
sidente do Conselho fiscal da AGER – Autoridade Geral
de Regulação.
MINISTERIO DA JUSTIÇA E ASSUNTOS
Artigo 2.º PARLAMENTARES

São os senhores Fernando Graça Vaz Conceição e Eu- Gabinete do Ministro


génio António Sacramento da Graça, nomeados para
exercerem as funções de vogais do Conselho Fiscal. Despachos

Artigo 3.º No âmbito da competência que é reservado ao Minis-


tro da Justiça relativamente a atribuição da nacionalidade
O presente decreto entra imediatamente em vigor. São-Tomense aos interessados que preencham aos requi-
sitos mencionados no artigo 10.º do Lei n.º 6/90, de 11 de
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 12 de Setembro, Lei da Nacionalidade, conjugados com o De-
Janeiro de 2007, O Primeiro Ministro e Chefe do Gover- creto- lei n.º 16/91, Regularização da Nacionalidade.
no, Eng.º Tomé Soares Vera Cruz; O Ministro das Obras
Públicas e Infra-estruturas, Senhor, Delfim Santiago das Tendo em conta que a atribuição de nacionalidade por
Neves. naturalização, considera-se São-Tomense, os que preen-
cham os seguintes requisitos:
Promulgado em 7 de Fevereiro de 2007.
a) Residirem habitualmente em S. Tomé e Prínci-
Publique-se. pe há, pelos menos cinco anos;

O Presidente da República, Fradique Bandeira Melo b) Serem considerados maiores pelas leis dos Esta-
de Menezes. do São-tomense;
c) Terem conhecimento suficiente da língua portu-
guesa ou uma das línguas nacionais;
Decreto n.º 7/2007
d) Oferecerem garantias civis e morais de integra-
Tornando-se necessário proceder a nomeação do Di- ção na sociedade São-tomense,
rector Geral do Ambiente;
e) Renunciarem a anterior nacionalidade, e
Nestes termos,
f) Possuírem capacidade para reger a sua pessoa e
No uso das faculdades conferidas pela alínea c) do ar- assegurar a sua subsistência.
tigo 111.º da Constituição, o Governo da República de-
creta e eu promulgo o seguinte: Considerando que os ditos pressupostos legais foram
cumpridos na integra, e nesta perspectiva, convicto de
Artigo 1.º que o requerente cumpriu o preceituado tanto na actual
Constituição Politica como na lei que regulamenta a
É o Senhor Engenheiro Arlindo Ceita de Carvalho matéria em questão, nomeadamente no que respeita o n.º
nomeado para em comissão de serviço exercer as funções 1 do artigo 10.º da Lei n.º 6/90, de 11 de Setembro, a Lei
do Director Geral do Ambiente, com efeitos a partir do da Nacionalidade, conjugado com o Decreto-lei n.º
dia 12 de Janeiro de 2007. 10/78, de 18 de Maio de 1978.
Decreto n.º 6/2007 Artigo 2.º Tendo António José Coelho Cristóvão, casado, empre-
sário, filho de António Dias dos Santos Cristóvão e de
Tornando-se necessário proceder às nomeações dos Este Decreto entra imediatamente em vigor. Graciete Ventura Coelho, nascido a 10 de Maio de 1957,
membros do Conselho fiscal da AGER – Autoridade natural de freguesia de Alpiarça, Concelho de Alpiarça,
Geral de Regulação, à Luz do que se encontra estatuído Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 12 de Portugal, de nacionalidade portuguesa, titular de certifi-
no Decreto- Lei n.º 14/2005, publicado no Diário da Janeiro de 2007.- O Primeiro Ministro e Chefe do Go- cado de residência n.º 125/97, Tipo B, emitido pelo Ser-
República n.º 24 de Agosto. verno, Eng.º Tomé Soares Vera Cruz; O Ministro dos viço de Migração e Fronteiras em 07.09.05, residente em
N.º 4 – 12 de Fevereiro de 2007 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 132 133 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 4 – 12 de Fevereiro de 2007

Avenida Amílcar Cabral, Distrito de Água Grande, re- da Nacionalidade, conjugado com o Decreto-lei n.º f) Possuírem capacidade para reger a sua pessoa e dade Gabonesa, Director da Empresas, residente em
querido a nacionalidade São-Tomense, ao abrigo do 10/78, de 18 de Maio de 1978. assegurar a sua subsistência. Libreville- Gabão portador de passaporte número
disposto do n.º 1 do artigo 10.º da Lei n.º 6/90, de 11 de 0204940 de vinte sete de Abril de dois mil e seis, emitido
Setembro, a Lei da Nacionalidade; Tendo Nuno Miguel Teles da Cunha Pereira Barbosa, Considerando que os ditos pressupostos legais foram pelas autoridade Gabonesa, com poderes necessários para
solteiro, estudante, filho de Nilson de Santa Rita Pereira cumpridos na integra, e nesta perspectiva, convicto de este acto conforme a procuração datada de dez de Outu-
Nestes termos, Barbosa e de Maria Filomena da Cunha Pereira Barbosa, que o requerente cumpriu o preceituado tanto na actual bro de dois mil e seis, devidamente legalizada que me foi
nascido a 20 de Março de 1987, natural de freguesia de Constituição Politica como na lei que regulamenta a presente e arquivo.
O Ministro da Justiça e Assuntos Parlamentares, no São Sebastião da Pedreira, Concelho de Lisboa, Portugal, matéria em questão, nomeadamente no que respeita o n.º
uso das faculdades que lhe são conferidas determina o de nacionalidade portuguesas, titular de certificado de 1 do artigo 10.º da Lei n.º 6/90, de 11 de Setembro, a Lei Segundo: Manuel Domingos da Graça Morais, casado
seguinte: residência n.º 170/95, Tipo B, emitido pelo Serviço de da Nacionalidade, conjugado com o Decreto - lei n.º com Maria da Conceição Perpetua Rodrigues Morais, sob
migração e Fronteiras, residente em Estrada do Aeropor- 10/78, de 18 de Maio de 1978. o regime de comunhão de bens adquiridos, natural de
Artigo Único to, n.º 170 – Praia Emília, Distrito de Água Grande, re- Trindade - S. Tomé, Empresário, residente em Capela
querido a nacionalidade São-Tomense, ao abrigo do Tendo Maria Filomena da Cunha Pereira Barbosa, ca- São Tomé.
É concedida a Nacionalidade São-Tomense a António disposto do n.º 1 do artigo 10.º da Lei n.º 6/90, de 11 de sada, professora, filha de Higino José da Cunha e de
José Coelho Cristóvão e autorizada a transcrição do res- Setembro, a Lei da Nacionalidade; Maria da Conceição Teles e Cunha, nascida a 09 de Fe- Terceiro: Jorge Moisés Teixeira Coimbra, casado com
pectivo assento. vereiro de 1940, natural de Bombaim, República da Ín- Lídia da Conceição Sobral Adriano Coimbra, sob o re-
Nestes termos, dia, de nacionalidade portuguesa, titular de certificado de gime de bens adquiridos, natural de Conceição - São
Publique-se. residência n.º 202/90, do Tipo B, emitido pelo Serviço de Tomé, Empresário, residente na Avenida da Independên-
O Ministro da Justiça e Assuntos Parlamentares, no Migração e Fronteiras, residente em Estrada do Aeropor- cia São Tomé.
Gabinete do Ministro da Justiça e Assuntos Parlamen- uso das faculdades que lhe são conferidas determina o to, n.º 170 – Praia Emília, Distrito de Água Grande, re-
tares em S. Tomé, aos 07 dias do mês de Fevereiro de seguinte: querido a nacionalidade São-Tomense, ao abrigo do Quatro: Jerónimo Sebastião Dias da Mota, solteiro,
2007.- O Ministro da Justiça e Assuntos Parlamentares, disposto do n.º 1 do artigo 10.º da Lei n.º 6/90, de 11 de maior, natural de Conceição São Tomé, Empresário,
Justino Tavares Veiga. Artigo Único Setembro, a Lei da Nacionalidade; residente em Neves, Distrito de Lembá.

É concedida a Nacionalidade São-Tomense a Nuno Nestes termos, Quinto: José Luís Xavier Mendes, solteiro, maior, na-
No âmbito da competência que é reservado ao Minis- Miguel Teles da Cunha Pereira Barbosa e autorizada a tural de Conceição São Tomé, Medico Veterinário, resi-
tro da Justiça relativamente a atribuição da nacionalidade transcrição do respectivo assento. O Ministro da Justiça e Assuntos Parlamentares, no dente na Rua Soldado Paulo Ferreira São Tomé.
São-Tomense aos interessados que preencham aos requi- uso das faculdades que lhe são conferidas determina o
sitos mencionados no artigo 10.º do Lei n.º 6/90, de 11 de Publique-se. seguinte: Verifiquei a identidade dos outorgantes por conheci-
Setembro, Lei da Nacionalidade, conjugados com o De- mento pessoal.
creto-lei n.º 16/91, Regularização da Nacionalidade. Gabinete do Ministro da Justiça e Assuntos Parlamen- Artigo Único E por eles foi dito: Que pela presente escritura eles e o
tares em S. Tomé, aos 07 dias do mês de Fevereiro de seu representados resolveram entre si constituir uma
Tendo em conta que a atribuição de nacionalidade por 2007.- O Ministro da Justiça e Assuntos Parlamentares, É concedida a Nacionalidade São-tomense a Maria Fi- sociedade por quotas de responsabilidade Limitada que
naturalização, considera-se São-Tomense, os que preen- Justino Tavares Veiga. lomena da Cunha Pereira Barbosa e autorizada a transcri- se regerá nos termos constantes dos seguintes artigos.
cham os seguintes requisitos: ção do respectivo assento.
No âmbito da competência que é reservado ao Minis- Artigo Primeiro
a) Residirem habitualmente em S. Tomé e Príncipe tro da Justiça relativamente a atribuição da nacionalidade Publique-se. Denominação, Sede e Duração
há, pelos menos cinco anos; São-tomense aos interessados que preencham aos requisi-
tos mencionados no artigo 10.º do Lei n.º 6/90, de 11 de Gabinete do Ministro da Justiça e Assuntos Parlamen- Um- A Sociedade adopta a denominação de GWC,
b) Serem considerados maiores pelas leis dos Esta- Setembro de, Lei da Nacionalidade, conjugados com o tares em S. Tomé, aos 07 dias do mês de Fevereiro de Limitada, tem a sua sede em Monte forte, Distrito de
do São-Tomense; Decreto- lei n.º 16/91, Regularização da Nacionalidade. 2007.- O Ministro da Justiça e Assuntos Parlamentares, Lembá.
Justino Tavares Veiga.
c) Terem conhecimento suficiente da língua por- Tendo em conta que a atribuição de nacionalidade por Dois- A gerência da sociedade fica autorizada a deslo-
tuguesa ou uma das línguas nacionais; naturalização, considera-se São-Tomense, os que preen- car a sede social dentro do mesmo Distrito ou outros
cham os seguintes requisitos: Direcção dos Registos e Notariado Distritos.
d) Oferecerem garantias civis e morais de integra-
ção na Sociedade São-Tomense, a) Residirem habitualmente em S. Tomé e Príncipe Constituição de Sociedade Três- A duração da Sociedade é por tempo indetermi-
há, pelos menos cinco anos; nado, contando-se o seu inicio a partir desta data.
e) Renunciarem a anterior nacionalidade, e Aos quinze dias do mês de Janeiro do ano dois mil e
b) Serem considerados maiores pelas leis dos Esta- sete na Direcção dos Registos e Notariado - Secção Nota- Artigo Segundo
f) Possuírem capacidade para reger a sua pessoa e do São-Tomense; rial, sita na Praça do Povo, Cidade de São Tomé, perante Objecto
assegurar a sua subsistência. mim Licenciado Carlos Olímpio Stock, Director dos
c) Terem conhecimento suficiente da língua portu- referidos serviços exercendo o cargo de Notário compa- Um- A Sociedade tem por objecto directa ou indirec-
Considerando que os ditos pressupostos legais foram guesa ou uma das línguas nacionais; receram como outorgantes: tamente em todos os Países e mais particularmente na
cumpridos na integra, e nesta perspectiva, convicto de d) Oferecerem garantias civis e morais de integra- República Democrática de São Tomé e Príncipe, as se-
que o requerente cumpriu o preceituado tanto na actual ção na Sociedade São-Tomense, Primeiro: Adelino Pereira, divorciado, natural de guintes actividades:
Constituição Politica como na lei que regulamenta a Trindade - S. Tomé, Empresário, residente na Rua Padre
matéria em questão, nomeadamente no que respeita o n.º e) Renunciarem a anterior nacionalidade, e Martinho Pinto da Rocha, Distrito de Água Grande, que a) A importação e exportação e transformação de
1 do artigo 10.º da Lei n.º 6/90, de 11 de Setembro, a Lei outorga por si e em representação do senhor Christian madeiras e seus derivados, em bruto ou em obra
Guizord, solteiro, maior, natural de Gabão de nacionali- acabada;
N.º 4 – 12 de Fevereiro de 2007 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 134 135 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 4 – 12 de Fevereiro de 2007

a) Acordo com o titular; Lucros Líquidos possa induzir em erro com aquela que me foi presente e
b)· A Construção Civil e Obras Públicas, assistência arquivo.
técnica e arquitectura; b) Interdição ou violação do sócio; Os lucros distribuídos terão a aplicação que for delibe-
rada em Assembleia Geral, por maioria simples dos votos Esta escritura lavrada por minuta que fica arquivada
c) A prestação de serviços e a contratação e sub- c) Arresto, arrolamento ou penhora da quota, ou correspondentes ao capital social. depois de cumpridas as formalidades legais foi lida aos
contratação de pessoal em todo o tipo de activi- quando a mesma for arrematada, adjudicada ou outorgantes em voz alta na presença simultânea de todos
dades; vendida em processo judicial, administrativo ou Artigo Décimo Primeiro os intervenientes com a advertência de que o registo
fiscal; Falecimento de Sócios deste acto deverá ser requerido no prezo legal.
d) As aduções de água e electrificação das colecti-
vidades; d) Quando o sócio violar qualquer das obrigações Um- Por falecimento de qualquer sócio, é conferido Direcção dos Registos e Notariado de S. Tomé, aos
que lhe derivam do pacto social, da lei ou de de- aos seus herdeiros o direitos de se afastarem da socieda- doze dias de Fevereiro de dois mil e sete.- O Chefe de
e) A exploração de pedreiras e canalização de pro- liberação social validamente proferida. Será de, exigindo a amortização da quota do falecido. Secção, Ciciliano da Trindade.
dutos basálticos e inerentes; sempre considerada violação grave a violação
ilícita dos deveres de sigilo por parte dos sócios Dois- Os representantes da quota em situação de indi-
f) A gestão de Portos e Aeroportos; que desempenham funções de gerência ou de visão hereditária ou de contitularidade, poderão nomear
fiscalização; um entre si ou um estranho que a todos o represente na
g) A prestação de Serviços petrolíferos nos domí- sociedade.
nios offshore e onshore. e) Partilha judicial ou extrajudicial de quota, na
parte em que não for adjudicada ao seu titular, Artigo Décimo Segundo
Artigo Terceiro Dissolução e Liquidação
Capital Social f) Quando a quota for legada ou cedida gratuita-
mente a não sócios; Na hipótese de dissolução, a liquidação da sociedade
Um- O Capital social, integralmente realizado em di- será efectuada pelos gerentes à data de dissolução adjudi-
nheiro é de duzentas e cinquenta milhões de dobras, Artigo Sétimo cando, se o activo social por licitação entre os sócios,
divididos em seis quotas, da seguinte forma: Assembleia Geral depois de pagos os credores.

Christian Guizard- Cinquenta e um por cento; As Assembleias Gerais serão convocadas por meio de Assim o disseram e outorgaram.
Manuel domingos da Graça Morais- Onze por cento; cartas registadas dirigidas aos sócios, com antecedência
Jorge Moisés Teixeira Coimbra- Onze por cento; mínima de quinze dias, devendo constar do respectivo
Jerónimo Sebastião Dias da Mota- Onze por cento; aviso, o dia, a hora, o local e a ordem dos trabalho.
Adelino Pereira- Onze por cento;
José Luís Xavier Mendes- Cinco por cento. Artigo Oitavo
Participações e Prestações Suplementares
Artigo Quarto
Gerência Um- A sociedade poderá adquirir ou alienar participa-
ções em quaisquer sociedades, bem como associar-se a
Um- A gerência da sociedade, remunerada ou não , quaisquer pessoas singulares ou colectivas, para nomea-
conforme for a deliberação em Assembleia Geral, bem damente, formar agrupamentos complementares de em-
como a sua representação caberá ao sócio Adelino Perei- presas, agrupamentos de empresas de interesses econó-
ra, o qual desde já fica nomeado gerente. mico, novas sociedade, consórcios e associações de
participação, independentemente do respectivo objecto.
Dois- A vinculação da Sociedade nos assuntos corren-
tes será da responsabilidade do presente nomeado. Dois- A Sociedade poderá exigir prestações suplemen-
tares de capital sempre que for necessário.
Três- Para vincular a Sociedade nos actos e movimen-
to de contas bancárias, contractos despesas de gerência é Artigo Nono DIÁRIO DA REPÚBLICA
obrigatória a assinatura de dois sócios gerentes a indicar Administração
na Assembleia Geral. AVISO
Em ampliação dos seus poderes normais, a gerência
Artigo Quinto poderá: A correspondência respeitante à publicação de anúncios no Diário da República, a sua assinatura ou
Cessão de Quotas falta de remessa, deve ser dirigida ao Centro de Informática e Reprografia do Ministério da Justiça e
a) Comprar, vender e permutar quaisquer bens Assuntos Parlamentares – Telefone: 225693 - Caixa Postal n.º 901 – E-mail: cir@cstome.net São
Dois- A cessão de quotas a não sócios carece do con- móveis ou imóveis, incluindo automóveis; Tomé e Príncipe - S.Tomé.
sentimento da Sociedade. b) Celebrar contratos de locação financeira;
Artigo Sexto c) Contrair empréstimos ou outro tipo de financia- Instruem este acto a procuração já referida no contexto
Amortização de Quotas mento e realizar operações de créditos que se- desta escritura e a certidão passada por esta Direcção
jam permitidas por lei, prestando as garantias Secção dos Registos datada de catorze de Novembro de
A amortização das quotas será permitida nos seguintes exigidas pelas entidades mutuantes. dois mil e seis, donde se vê não existir matriculada nesta
casos: Direcção - Secção dos Registos nenhuma sociedade com
Artigo Décimo esta denominação ao outra que por tal forma semelhante

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