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1. DIREITO CONTITUCIONAL..................................................................................03
2. DIREITO ADMINISTRATIVO................................................................................10
3. DIREITO CIVIL......................................................................................................12
4. DIREITO PROCESSUAL CIVIL...............................................................................15
5. DIREITO PENAL...................................................................................................19
6. DIREITO PROCESSUAL PENAL.............................................................................29
7. DIREITO DO TRABALHO......................................................................................33
8. DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO...............................................................45
9. DIREITO TRIBUTÁRIO.........................................................................................46
10. DIREITO INTERNACIONAL...................................................................................65
11. DIREITO DO CONSUMIDOR................................................................................65
12. DIREITO AMBIENTAL..........................................................................................67
13. ÉTICA PROFISSIONAL..........................................................................................69

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PÁGINA ONDE SE LÊ LEIA-SE

50 Não é possível ADI contra lei ou ato Não é possível ADI contra lei ou ato
normativo municipal em face da normativo municipal em face da Constituição
Constituição Federal – seu controle somente Federal – seu controle somente será possível
será possível através do controle difuso ou através do controle difuso ou da ADPF.
da ADPF. Quanto aos Tratados e demais atos Quanto aos Tratados e demais atos do Direito
do Direito Internacional, é possível o seu Internacional, é possível o seu controle
controle quanto a sua internalização no quanto a sua internalização no ordenamento
ordenamento jurídico brasileiro (CF, art. 49, jurídico brasileiro (CF, art. 49, I). Importante
I). Importante observar que em face da observar que em face da Emenda
Emenda Constitucional nº 45/2004, os Constitucional nº 45/2004, os tratados e
tratados e convenções internacionais sobre convenções internacionais sobre Direitos
Direitos Humanos serão equivalentes às Humanos serão equivalentes às emendas
emendas constitucionais se aprovados, em constitucionais se aprovados, em cada Casa
cada Casa do Congresso Nacional, em dois do Congresso Nacional, em dois turnos, por
turnos, por três quintos dos votos dos três quintos dos votos dos respectivos
respectivos membros (CF, art. 5º, § 3º). membros (CF, art. 5º, § 3º). Nesse caso, a
Nesse caso, a análise da constitucionalidade análise da constitucionalidade deve atentar
deve atentar para os parâmetros fixados no para os parâmetros fixados no art. 60 da
art. 60 da Constituição. Constituição.

3.3.1.2. LEGITIMIDADE  A Ação Direta de Inconstitucionalidade


(ADI) é meio processual inadequado para o
controle de decreto regulamentar de lei
estadual. Poderia caber ADI se fosse um
decreto autônomo. Mas sendo um decreto
que apenas regulamenta a lei, não cabe a ADI
(STF. Plenário. ADI 4409/SP, Rel. Min.
Alexandre de Moraes, julgado em 6/6/2018
(Info 905)).
 É cabível ADI contra Resolução do TSE
que tenha, em seu conteúdo material,
“norma de decisão” de caráter abstrato, geral
e autônomo, apta a ser apreciada pelo STF
em sede de controle abstrato de
constitucionalidade (STF. Plenário. ADI 5122,
Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 3/5/2018
(Info 900))

3.3.1.2. LEGITIMIDADE

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75 Objeto Legitimidade Legitimidade Objeto Legitimidade Legitimidade
Ativa Passiva Ativa Passiva

Acesso e Administração Acesso e Administração


Correção de Pública / Banco Correção de Pública / Banco
informações IMPETRANTE de Dados informações IMPETRANTE de Dados
relativas à Particular de relativas à Particular de
pessoa do caráter público. pessoa do caráter público.
impetrante impetrante

6.3.4. MANDADO DE  Súmula 2, STJ: Não cabe o habeas data


SEGURANÇA (CF, art. 5º, LXXII, letra "a") se não houve
recusa de informações por parte da
autoridade administrativa.

6.3.4. MANDADO DE
SEGURANÇA

88 9.4. INELEGIBILIDADE 9.4. INELEGIBILIDADE


REFLEXA REFLEXA

§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição § 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição


do titular, o cônjuge e os parentes do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos
consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do
por adoção, do Presidente da República, de Presidente da República, de Governador de
Governador de Estado ou Território, do Distrito Estado ou Território, do Distrito Federal, de
Federal, de Prefeito ou de quem os haja Prefeito ou de quem os haja substituído dentro
substituído dentro dos seis meses anteriores ao dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já
pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e titular de mandato eletivo e candidato à
candidato à reeleição. reeleição.

9.5. VEDAÇÃO À CASSAÇÃO  Súmula Vinculante 13 - A nomeação de


DE DIREITOS POLÍTICOS cônjuge, companheiro ou parente em linha
reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro
grau, inclusive, da autoridade nomeante ou
de servidor da mesma pessoa jurídica
investido em cargo de direção, chefia ou
assessoramento, para o exercício de cargo
em comissão ou de confiança ou, ainda, de
função gratificada na administração pública
direta e indireta em qualquer dos poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, compreendido o ajuste mediante
designações recíprocas, viola a Constituição
Federal.
 Súmula vinculante 18- A dissolução da
sociedade ou do vínculo conjugal, no curso
do mandato, não afasta a inelegibilidade
prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição
Federal.

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9.5. VEDAÇÃO À CASSAÇÃO
DE DIREITOS POLÍTICOS

89 Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e
extinção de partidos políticos, resguardados a extinção de partidos políticos, resguardados a
soberania nacional, o regime democrático, o soberania nacional, o regime democrático, o
pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pluripartidarismo, os direitos fundamentais da
pessoa humana e observados os seguintes pessoa humana e observados os seguintes
preceitos: preceitos: Regulamento

I - caráter nacional;(1/3 de Estados + Distrito I - caráter nacional;


Federal)
II - proibição de recebimento de recursos
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros
financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes;
ou de subordinação a estes;
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
lei.
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia
§ 1º É assegurada aos partidos políticos para definir sua estrutura interna e estabelecer
autonomia para definir sua estrutura interna, regras sobre escolha, formação e duração de seus
organização e funcionamento e para adotar os órgãos permanentes e provisórios e sobre sua
critérios de escolha e o regime de suas organização e funcionamento e para adotar os
coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de critérios de escolha e o regime de suas coligações
vinculação entre as candidaturas em âmbito nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração
nacional, estadual, distrital ou municipal, nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade
devendo seus estatutos estabelecer normas de de vinculação entre as candidaturas em âmbito
disciplina e fidelidade partidária. nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo
seus estatutos estabelecer normas de disciplina e
§ 2º - Os partidos políticos, após adquirirem fidelidade partidária. (Redação dada pela
personalidade jurídica, na forma da lei civil, Emenda Constitucional nº 97, de 2017)
registrarão seus estatutos no Tribunal Superior
Eleitoral. § 2º Os partidos políticos, após adquirirem
personalidade jurídica, na forma da lei civil,
§ 3º - Os partidos políticos têm direito a recursos registrarão seus estatutos no Tribunal Superior
do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à Eleitoral.
televisão, na forma da lei.
§ 3º Somente terão direito a recursos do fundo
§ 4º - É vedada a utilização pelos partidos partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão,
políticos de organização paramilitar. na forma da lei, os partidos políticos que
alternativamente: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 97, de 2017)

I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos


Deputados, no mínimo, 3% (três por cento) dos
votos válidos, distribuídos em pelo menos um
terço das unidades da Federação, com um mínimo
de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada
uma delas; ou (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 97, de 2017)

II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados


Federais distribuídos em pelo menos um terço das
unidades da Federação. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 97, de 2017)

§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos


de organização paramilitar.

§ 5º Ao eleito por partido que não preencher os


requisitos previstos no § 3º deste artigo é
assegurado o mandato e facultada a filiação, sem

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perda do mandato, a outro partido que os tenha
atingido, não sendo essa filiação considerada para
fins de distribuição dos recursos do fundo
partidário e de acesso gratuito ao tempo de rádio
e de televisão. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 97, de 2017)

93 11.2.1. PRIVATIVA (ART. 22 11.2.1. PRIVATIVA (ART. 22


CF) CF)

Art. 22. Compete privativamente à União Art. 22. Compete privativamente à União legislar
legislar sobre: sobre:

Parágrafo único. Lei complementar poderá Parágrafo único. Lei complementar poderá
autorizar os Estados a legislar sobre questões autorizar os Estados a legislar sobre questões
específicas das matérias relacionadas neste específicas das matérias relacionadas neste artigo.
artigo.

 Súmula Vinculante 39 - Compete


11.2.2. CONCORRENTE (ART. privativamente à União legislar sobre vencimentos
dos membros das polícias civil e militar e do corpo
24 CF) de bombeiros militar do Distrito Federal.

 Súmula Vinculante 46 - A definição dos


crimes de responsabilidade e o estabelecimento
das respectivas normas de processo e julgamento
são de competência legislativa privativa da União.

 Súmula 19, STJ: A fixação do horário


bancário, para atendimento ao público, é da
competência da União

11.2.2. CONCORRENTE (ART.


24 CF)

93 11.3.1. COMPETÊNCIA DO 11.3.1. COMPETÊNCIA DO


MUNICÍPIO MUNICÍPIO

Art. 30. Compete aos Municípios: Art. 30. Compete aos Municípios:

I - legislar sobre assuntos de interesse local; I - legislar sobre assuntos de interesse local;

II - suplementar a legislação federal e a estadual II - suplementar a legislação federal e a estadual


no que couber; no que couber;

III - instituir e arrecadar os tributos de sua III - instituir e arrecadar os tributos de sua
competência, bem como aplicar suas rendas, competência, bem como aplicar suas rendas, sem
sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e
contas e publicar balancetes nos prazos fixados publicar balancetes nos prazos fixados em lei;
em lei;
IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada
IV - criar, organizar e suprimir distritos, a legislação estadual;
observada a legislação estadual;
V - organizar e prestar, diretamente ou sob
V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços
regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de
públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;
transporte coletivo, que tem caráter essencial;
VI - manter, com a cooperação técnica e

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VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de
financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental; VII -
educação infantil e de ensino fundamental; VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da
prestar, com a cooperação técnica e financeira União e do Estado, serviços de atendimento à
da União e do Estado, serviços de atendimento saúde da população;
à saúde da população;
VIII - promover, no que couber, adequado
VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento
ordenamento territorial, mediante e controle do uso, do parcelamento e da
planejamento e controle do uso, do ocupação do solo urbano;
parcelamento e da ocupação do solo urbano;
IX - promover a proteção do patrimônio histórico-
IX - promover a proteção do patrimônio cultural local, observada a legislação e a ação
histórico-cultural local, observada a legislação e fiscalizadora federal e estadual.
a ação fiscalizadora federal e estadual.

 Súmula vinculante 49: Ofende o


11.3.2. COMPETÊNCIA DO princípio da livre concorrência lei municipal
que impede a instalação de
DF: EXCEÇÕES
estabelecimentos comerciais do mesmo
ramo em determinada área.
 Súmula Vinculante 38: É competente o
município para fixar o horário de
funcionamento de estabelecimento
comercial.

11.3.2. COMPETÊNCIA DO DF:


EXCEÇÕES

106 13.2.5. TRIBUNAIS DE 13.2.5. TRIBUNAIS DE


CONTAS (ARTS. 70 A 75) CONTAS (ARTS. 70 A 75)

Auxiliam o Poder Legislativo na Trata-se de um órgão independente


fiscalização das respectivas contas. que não integra o Poder Legislativo ou
qualquer outro dos poderes, mas que auxilia
o Legislativo na fiscalização das respectivas
contas.

106 Art. 53. § 2º Desde a expedição do diploma, os Art. 53. § 2º Desde a expedição do diploma, os
membros do Congresso Nacional não poderão membros do Congresso Nacional não poderão ser
ser presos, salvo em flagrante de crime presos, salvo em flagrante de crime inafiançável.
inafiançável. Nesse caso, os autos serão Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de
remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que,
respectiva, para que, pelo voto da maioria de pelo voto da maioria de seus membros, resolva
seus membros, resolva sobre a prisão. sobre a prisão.

13.3. PODER JUDICIÁRIO ATENÇÃO! Cumpre destacar o fato de


recentemente o STF ter aplicado
interpretação restritiva ao §1º do art. 53 que
trata do foro privilegiado dos deputados e
senadores e dispõe que “os Deputados e
Senadores, desde a expedição do diploma,
serão submetidos a julgamento perante o
Supremo Tribunal Federal”. Segundo o STF, o
dispositivo deve ser interpretado de modo a

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se entender que o foro privilegiado dos
parlamentares está restrito a crimes
cometidos durante o exercício do mandato e
em razão dele. Ainda, foi estabelecido um
marco temporal a partir do qual a
competência para processar e julgar as
respectivas ações penais não será mais
alterada em razão de o parlamentar ter
deixado de exercer o cargo, qual seja o fim da
instrução processual, considerando-se
encerrada a instrução processual com a
publicação do despachode intimação para
apresentação de alegações finais.1

13.3. PODER JUDICIÁRIO

127 18.2.3. MEIO AMBIENTE 18.2.3. MEIO AMBIENTE

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum ecologicamente equilibrado, bem de uso comum
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, do povo e essencial à sadia qualidade de vida,
impondo-se ao Poder Público e à coletividade o impondo-se ao Poder Público e à coletividade o
dever de defendê-lo e preservá-lo para as dever de defendê-lo e preservá-lo para as
presentes e futuras gerações. presentes e futuras gerações.

§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, § 1º Para assegurar a efetividade desse direito,
incumbe ao Poder Público: incumbe ao Poder Público:

I - preservar e restaurar os processos ecológicos I - preservar e restaurar os processos ecológicos


essenciais e prover o manejo ecológico das essenciais e prover o manejo ecológico das
espécies e ecossistemas; espécies e ecossistemas;

II - preservar a diversidade e a integridade do II - preservar a diversidade e a integridade do


patrimônio genético do País e fiscalizar as patrimônio genético do País e fiscalizar as
entidades dedicadas à pesquisa e manipulação entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de
de material genético; material genético;

III - definir, em todas as unidades da Federação, III - definir, em todas as unidades da Federação,
espaços territoriais e seus componentes a serem espaços territoriais e seus componentes a serem
especialmente protegidos, sendo a alteração e a especialmente protegidos, sendo a alteração e a
supressão permitidas somente através de lei, supressão permitidas somente através de lei,
vedada qualquer utilização que comprometa a vedada qualquer utilização que comprometa a
integridade dos atributos que justifiquem sua integridade dos atributos que justifiquem sua
proteção; proteção;

IV - exigir, na forma da lei, para instalação de IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra
obra ou atividade potencialmente causadora de ou atividade potencialmente causadora de
significativa degradação do meio ambiente, significativa degradação do meio ambiente,
estudo prévio de impacto ambiental, a que se estudo prévio de impacto ambiental, a que se
dará publicidade; dará publicidade;

V - controlar a produção, a comercialização e o V - controlar a produção, a comercialização e o


emprego de técnicas, métodos e substâncias que emprego de técnicas, métodos e substâncias que
comportem risco para a vida, a qualidade de vida comportem risco para a vida, a qualidade de vida
e o meio ambiente; e o meio ambiente;

1 STF. Plenário. AP 937 QO/RJ, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em03/05/2018.

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VI - promover a educação ambiental em todos os VI - promover a educação ambiental em todos os
níveis de ensino e a conscientização pública para níveis de ensino e a conscientização pública para a
a preservação do meio ambiente; preservação do meio ambiente;

VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma
forma da lei, as práticas que coloquem em risco da lei, as práticas que coloquem em risco sua
sua função ecológica, provoquem a extinção de função ecológica, provoquem a extinção de
espécies ou submetam os animais a crueldade. espécies ou submetam os animais a crueldade.

§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica


obrigado a recuperar o meio ambiente degradado,
de acordo com solução técnica exigida pelo órgão
público competente, na forma da lei.

§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas


ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas
físicas ou jurídicas, a sanções penais e
administrativas, independentemente da obrigação
de reparar os danos causados.

§ 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata


Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-
Grossense e a Zona Costeira são patrimônio
nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei,
dentro de condições que assegurem a preservação
do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos
recursos naturais.

§ 5º São indisponíveis as terras devolutas ou


arrecadadas pelos Estados, por ações
discriminatórias, necessárias à proteção dos
ecossistemas naturais.

§ 6º As usinas que operem com reator nuclear


deverão ter sua localização definida em lei federal,
sem o que não poderão ser instaladas.

§ 7º Para fins do disposto na parte final do inciso


VII do § 1º deste artigo, não se consideram cruéis
as práticas desportivas que utilizem animais, desde
que sejam manifestações culturais, conforme o §
1º do art. 215 desta Constituição Federal,
registradas como bem de natureza imaterial
integrante do patrimônio cultural brasileiro,
devendo ser regulamentadas por lei específica que
assegure o bem-estar dos animais
envolvidos. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 96, de 2017)

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PÁGINA ONDE SE LÊ LEIA-SE

179  Inquérito: Instrução, Defesa e  Inquérito: Instrução, Defesa e


Relatório. Relatório.
 Julgamento: Decisão Final.  Julgamento: Decisão Final.
 Súmula 611, STJ: Desde que
devidamente motivada e com amparo em
investigação ou sindicância, é permitida a
instauração de processo administrativo
disciplinar com base em denúncia anônima,
em face do poder-dever de autotutela
imposto à Administração.
 Súmula 592, STJ: O excesso de prazo
para a conclusão do processo
administrativo disciplinar só causa nulidade
se houver demonstração de prejuízo à
defesa.
 Súmula 591, STJ: É permitida a “prova
emprestada” no processo administrativo
disciplinar, desde que devidamente
autorizada pelo juízo competente e
respeitados o contraditório e a ampla
defesa.
 As irregularidades verificadas no
processo disciplinar, para justificarem a
sua anulação, devem ser graves a ponto de
afetar as garantias do devido processo
legal, dependendo, portanto, da efetiva
demonstração de prejuízos à defesa do
servidor, segundo o princípio da
instrumentalidade das formas (pas de
nullité sans grief) (STJ. 3ª Seção. RO nos
EDcl nos EDcl no MS 11.493/DF, Rel. Min.
Nefi Cordeiro, julgado em 25/10/2017).

182 Modalidade Obras e Compras Modalidade Obras e Compras


Serviços de e Outros Serviços de e Outros
Engenharia Serviços Engenharia Serviços

Concorrência Acima de Acima de Concorrência Acima de Acima de


1.500.000 650.000 1.500.000 650.000

10
Tomada de Até Até Tomada de Até Até
Preço 1.500.000 650.000 Preço 1.500.000 650.000

Convite Até 150.000 Até Convite Até 150.000 Até


80.000 80.000

9.5. DISPENSA E ATENÇÃO! Em 18 de junho de 2018 foi


INEXIGIBILIDADE publicado o decreto 9.412 que entrou em
vigor em 18 de julho de 2018, atualizando os
valores das modalidades de licitação de que
trata o art. 23 da Lei nº 8.666/93. Assim, a
partir de 18/07/2018 começaram a vigorar
os seguintes valores:

Modalidade Obras e Compras


Serviços de e Outros
Engenharia Serviços

Concorrência Acima de Acima de


3.300.000 1.430.000

Tomada de Até Até


Preço 3.300.000 1.430.000

Convite Até 330.000 Até


176.000

9.5. DISPENSA E
INEXIGIBILIDADE

190 IV - fazer-se assistir, facultativamente, por IV - fazer-se assistir, facultativamente, por


advogado, salvo quando obrigatória a advogado, salvo quando obrigatória a
representação, por força de lei. representação, por força de lei.

Súmula Vinculante 5. A falta de defesa técnica Súmula Vinculante 5. A falta de defesa técnica
por advogado no processo administrativo por advogado no processo administrativo
disciplinar não ofende a Constituição. disciplinar não ofende a Constituição.

Art. 4º São deveres do administrado perante a Súmula Vinculante 3: Nos processos perante o
Administração, sem prejuízo de outros previstos Tribunal de Contas da União asseguram-se o
em ato normativo: contraditório e a ampla defesa quando da
decisão puder resultar anulação ou revogação
de ato administrativo que beneficie o
interessado, excetuada a apreciação da
legalidade do ato de concessão inicial de
aposentadoria, reforma e pensão.

Art. 4º São deveres do administrado perante a


Administração, sem prejuízo de outros previstos
em ato normativo:

11
200 Parágrafo único. Na fixação das penas previstas Parágrafo único. Na fixação das penas previstas
nesta lei o juiz levará em conta a extensão do nesta lei o juiz levará em conta a extensão do
dano causado, assim como o proveito dano causado, assim como o proveito
patrimonial obtido pelo agente. patrimonial obtido pelo agente.

IPC!!! Existe uma grande discussão sobre a Atenção! Está pacificado na


aplicabilidade da Lei de Improbidade jurisprudência o entendimento de que a lei
Administrativa aos agentes políticos. de Improbidade Administrativa se aplica aos
Observe: agentes políticos, com exceção do
Presidente da República. Esse já era o
entendimento do STJ e recentemente
passou a ser também do STF, conforme
STJ STF julgado a seguir:

Aplica-se a todos os Não, pois os


agentes políticos, agentes políticos Os agentes políticos, com exceção do
com exceção do em geral Presidente da República, encontram-se
Presidente da sujeitam-se sujeitos a duplo regime sancionatório, de
República, que se apenas aos modo que se submetem tanto à
sujeita apenas à Lei crimes de responsabilização civil pelos atos de
1.079/50. responsabilidade improbidade administrativa quanto à
previstos na Lei responsabilização político-administrativa
1.079/50 por crimes de responsabilidade. O foro
especial por prerrogativa de função previsto
na Constituição Federal em relação às
infrações penais comuns não é extensível às
11.4. DA DECLARAÇÃO DE ações de improbidade administrativa. STF.
Plenário. Pet 3240 AgR/DF, rel. Min. Teori
BENS
Zavascki, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso,
julgado em 10/5/2018 (Info 901).

11.4. DA DECLARAÇÃO DE
BENS

PÁGINA ONDE SE LÊ LEIA-SE

227 Esta matéria é tratada no art. 50/CC, nos Esta matéria é tratada no art. 50/CC, nos
seguintes termos: “em caso de abuso da seguintes termos: “em caso de abuso da
personalidade jurídica, caracterizado pelo personalidade jurídica, caracterizado pelo
desvio de finalidade ou pela confusão desvio de finalidade ou pela confusão
patrimonial, pode o juiz decidir, a patrimonial, pode o juiz decidir, a
requerimento da parte, ou do Ministério requerimento da parte, ou do Ministério
Público quando lhe couber intervir no Público quando lhe couber intervir no

12
processo, que os efeitos de certas e processo, que os efeitos de certas e
determinadas relações de obrigações sejam determinadas relações de obrigações sejam
estendidos aos bens particulares dos estendidos aos bens particulares dos
administradores ou sócios da pessoa jurídica”. administradores ou sócios da pessoa jurídica”.
Situação diversa ocorre quando o sócio
oculta ou desvia seus bens pessoais na pessoa
4.8.2. EXTINÇÃO DA PESSOA jurídica com o objetivo de prejudicar terceiro.
JURÍDICA Nesse caso, esses bens da pessoa jurídica (que
em verdade são bens ocultos do sócio) podem
ser atingido pela denominada
desconsideração inversa da personalidade
jurídica.
 Jornada IV STJ 283: “É cabível a
desconsideração da personalidade jurídica
denominada ‘inversa’ para alcançar bens de
sócio que se valeu da pessoa jurídica para
ocultar ou desviar bens pessoais, com prejuízo
a terceiros”.

4.8.2. EXTINÇÃO DA PESSOA


JURÍDICA

314 - pela nulidade: imperfeição antecedente - pela nulidade: imperfeição antecedente


que torna o contrato ineficaz. que torna o contrato ineficaz.
 Súmula 616, STJ: A indenização securitária
9.12. DO CONTRATO DE é devida quando ausente a comunicação
MANDATO prévia do segurado acerca do atraso no
pagamento do prêmio, por constituir
requisito essencial para a suspensão ou
resolução do contrato de seguro.
 Súmula 610, STJ: O suicídio não é coberto
nos dois primeiros anos de vigência do
contrato de seguro de vida, ressalvado o
direito do beneficiário à devolução do
montante da reserva técnica formada.
 Súmula 609, STJ: A recusa de cobertura
securitária, sob a alegação de doença
preexistente, é ilícita se não houve a exigência
de exames médicos prévios à contratação ou a
demonstração de má-fé do segurado.

9.12. DO CONTRATO DE
MANDATO

326 ---  Súmula 603, STJ: É vedado ao banco


mutuante reter, em qualquer extensão, os
salários, vencimentos e/ou proventos de
correntista para adimplir o mútuo (comum)
contraído, ainda que haja cláusula contratual
autorizativa, excluído o empréstimo garantido
por margem salarial consignável, com

13
desconto em folha de pagamento, que possui
regramento legal específico e admite a
retenção de percentual.

349 12.2.5. DA CELEBRAÇÃO DO 12.2.5. DA CELEBRAÇÃO DO


CASAMENTO CASAMENTO
A celebração do casamento é ato necessário A celebração do casamento é ato necessário
para sua validade. Averiguados os requisitos para sua validade. Averiguados os requisitos
legais em regular Processo de Habilitação, e legais em regular Processo de Habilitação, e
expedida a certidão de habilitação prevista no expedida a certidão de habilitação prevista no
art. 1.521 do Código Civil, os contraentes, art. 1.525 do Código Civil, os contraentes,
mediante petição, requerem à autoridade mediante petição, requerem à autoridade
competente a celebração do casamento. A competente a celebração do casamento. A
apresentação do certificado de habilitação para apresentação do certificado de habilitação para
o casamento é documento imprescindível para o casamento é documento imprescindível para
a realização da solenidade2. a realização da solenidade3.

392 Nos termos do art. 1.845, do CC, são Nos termos do art. 1.845, do CC, são
herdeiros necessários os descendentes, os herdeiros necessários os descendentes, os
ascendentes e o cônjuge. Nem todos os ascendentes e o cônjuge. Nem todos os
herdeiros legítimos são herdeiros necessários, herdeiros legítimos são herdeiros necessários,
isto porque alguns dos herdeiros legítimos isto porque alguns dos herdeiros legítimos
poderão ser afastados da sucessão, o que poderão ser afastados da sucessão, o que
nunca poderá acontecer com os herdeiros nunca poderá acontecer com os herdeiros
necessários. necessários.
O companheiro não foi citado pelo artigo em Quanto ao companheiro no bojo de uma
questão, logo, o companheiro não é herdeiro união estável, o STF julgou o mérito do tema na
necessário. repercussão geral nº 809, analisando o art.
1790 do CC, que prevê o direito de herança por
parte do companheiro. Para fim de repercussão
geral, foi aprovada a seguinte tese:
“No sistema constitucional vigente é
inconstitucional a diferenciação de regime
sucessório entre cônjuges e companheiros
devendo ser aplicado em ambos os casos o
regime estabelecido no artigo 1829 do Código
Civil”.
Desse modo, a jurisprudência caminha para
uma equiparação do companheiro e do
cônjuge.

400 No que diz respeito ao companheiro e à No que diz respeito ao companheiro e à


companheira, o artigo 1.790, do CC prevê que companheira, o artigo 1.790, do CC foi
um só participará da sucessão do outro quanto declarado inconstitucional pelo STF4 que
aos bens adquiridos de forma onerosa na entendeu pela igualdade de direitos entre o
vigência da união estável, sem receber, no cônjuge e o companheiro, devendo a ambos se
entanto, o mesmo tratamento do cônjuge aplicar o disposto no art. 1.829 do CC. Cumpre

2 FIUZA, Ricardo. Novo Código Civil Comentado. 5. ed. atual. São Paulo: Saraiva, 2006. p.1245.
3 FIUZA, Ricardo. Novo Código Civil Comentado. 5. ed. atual. São Paulo: Saraiva, 2006. p.1245.
4 STF. Plenário. RE 646721/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso e RE 878694/MG, Rel. Min. Roberto
Barroso, julgados em 10/5/2017 (repercussão geral) (Info 864).

14
sobrevivente, que tem maior participação na destacar ainda recente entendimento do STJ
herança e foi incluído no rol dos herdeiros que assim dispõe: “Na falta de descendentes e
necessários. O artigo faz distinção entre a ascendentes, será deferida a sucessão por
concorrência do companheiro com filhos inteiro ao cônjuge ou companheiro
comuns ou só do falecido, tendo o sobrevivente, não concorrendo com parentes
companheiro direito apenas à metade do que colaterais do de cujus”. (STJ. 3ª Turma. REso
couber aos que descenderem somente do de 1.357.117-MG, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas
cujus. Além disso, se o companheiro concorrer Cueva, julgado em 13/03/2018. Info 622).
com outros parentes, terá direito a apenas um
terço da herança e só terá direito à totalidade
da herança quando não houver colaterais do
autor da herança.

401 23.9.4. OS COLATERAIS 23.9.4. OS COLATERAIS


Conforme o que prevê o inciso IV do art. Conforme o que prevê o inciso IV do art.
1.829 e o art. 1.839, ambos do CC, e, em não 1.829 e o art. 1.839, ambos do CC, e levando-se
havendo cônjuge sobrevivente que preencha em conta os atuais entendimentos do STF e do
os requisitos do art. 1.830, do CC, os colaterais STJ supracitados, em não havendo cônjuge ou
até o quarto grau herdarão os bens do de companheiro sobrevivente que preencha os
cujus. Se houver companheiro, os colaterais requisitos do art. 1.830, do CC, os colaterais até
concorrerão com ele, sendo que o o quarto grau herdarão os bens do de cujus.
companheiro tem direito a um terço da
herança (art. 1.790, III, do CC).

PÁGINA ONDE SE LÊ LEIA-SE

419 1.6. BOA-FÉ PROCESSUAL 1.6. BOA-FÉ PROCESSUAL


Art. 5º Aquele que de qualquer forma Art. 5º Aquele que de qualquer forma
participa do processo deve comportar-se de participa do processo deve comportar-se de
acordo com a boa-fé. acordo com a boa-fé.

A boa-fé no direito processual civil é exigido


de todas as partes que de qualquer forma
atuem no processo, sejam as partes, juízes ou
auxiliares da justiça, e se manifesta como
exigência de um comportamento de acordo
com a boa-fé objetiva, como uma norma de
conduta. Dessa forma, trata-se de uma análise
externa realizada com base no
comportamento efetivamente realizado pela
pessoa e não com base nos seus sentimentos
internos (o que caracterizaria a boa-fé
subjetiva.

Assim, exige-se que todos ajam de acordo

15
com os padrões de comportamento a fim de
não frustrar a legítima confiança da outra
parte, servindo como limitação a qualquer
abuso de direito.

As quatro principais manifestações da boa-


fé objetiva são:

a) Venire contra factum proprium: visa


proteger a parte contra aquele que exerce
conduta contraditória com o comportamento
assumido anteriormente, sendo, dessa forma,
um dos fundamentos teóricos que justificam a
existência da preclusão lógica.

b) Supressio: renúncia tácita de um direito


em virtude do seu não exercício e da criação
de justa expectativa para a outra parte de que
o seu não exercício se prorrogará
indefinidamente no tempo.

c) Surrectio: inversamente ao instituto da


supressio, aqui há o surgimento de uma nova
posição jurídica em razão de sua prática
prolongada no tempo.

d) Tu quoque: impede a parte de se


beneficiar de sua própria torpeza e de exigir da
parte contrária comportamento não atendido
anteriormente por ela própria.

442 É a lei do direito material que define, via É a lei do direito material que define, via
de regra, as hipóteses de atuação do de regra, as hipóteses de atuação do
Ministério Público como autor – a Lei de Ministério Público como autor – a Lei de
Alimentos, por exemplo, possibilita ao Alimentos, por exemplo, possibilita ao
Ministério Público demandar em favor do Ministério Público demandar em favor do
menor que necessita de alimentos na menor que necessita de alimentos na
hipótese de o representante legal do menor hipótese de o representante legal do menor
deixar de fazê-lo. deixar de fazê-lo. Nessa senda, destaca-se
ainda o entendimento do STJ constante na
Súmula 594: “O Ministério Público tem
legitimidade ativa para ajuizar ação de
alimentos em proveito de criança ou
adolescente independentemente do
exercício do poder familiar dos pais, ou do
fato de o menor se encontrar nas situações
de risco descritas no art. 98 do Estatuto da
Criança e do Adolescente, ou de quaisquer
outros questionamentos acerca da
existência ou eficiência da Defensoria
Pública na comarca”.

443 ---  O Ministério Público é parte legítima


para pleitear tratamento médico ou entrega
de medicamentos nas demandas de saúde
propostas contra os entes federativos,
mesmo quando se tratar de feitos contendo
beneficiários individualizados, porque se
refere a direitos individuais indisponíveis,
na forma do art. 1º da Lei n. 8.625/1993 (Lei

16
Orgânica Nacional do Ministério Público).
STJ. 1ª Seção. REsp 1.682.836-SP, Rel. Min.
Og Fernandes, julgado em
25/04/2018(recurso repetitivo) (Info 624).

 Súmula 601-STJ: O Ministério Público


tem legitimidade ativa para atuar na defesa
de direitos difusos, coletivos e individuais
homogêneos dos consumidores, ainda que
decorrentes da prestação de serviço
público.

472 - O estrangeiro também terá direito à - O estrangeiro também terá direito à


Gratuidade da Justiça; Gratuidade da Justiça, inclusive o não
residente no Brasil, conforme entendimento
pacificado pelo STJ;

496 10.4.6. Interrupção do prazo para 10.4.6. Interrupção do prazo para


interposição de outros recursos e interposição de outros recursos e
utilização dos embargos de declaração utilização dos embargos de declaração
com a finalidade procrastinatória: Os com a finalidade procrastinatória: Os
embargos de declaração interrompem o prazo embargos de declaração interrompem o prazo
de interposição de outros recursos, nos termos de interposição de outros recursos, nos termos
do artigo 1.026 do CPC. Como há a interrupção do artigo 1.026 do CPC. Como há a interrupção
do prazo de interposição de outros recursos, a do prazo de interposição de outros recursos, a
parte deverá aguardar o julgamento dos parte deverá aguardar o julgamento dos
declaratórios para então interpor o recurso declaratórios para então interpor o recurso
com a finalidade de modificar a decisão. Caso o com a finalidade de modificar a decisão. Caso o
recurso seja interposto antes do julgamento recurso seja interposto antes do julgamento
dos embargos de declaração, o CPC – em dos embargos de declaração, o CPC – em
posição oposta à adotada pela Súmula 418 do posição oposta à adotada pela Súmula 418 do
Superior Tribunal de Justiça – positivou que o Superior Tribunal de Justiça – positivou que o
recurso não é intempestivo, dispensando a recurso não é intempestivo, dispensando a
necessidade de ratificação de eventual recurso necessidade de ratificação de eventual recurso
já interposto (artigo 1.024, § 5º). já interposto (artigo 1.024, § 5º).
Posteriormente, o STJ proferiu a Súmula 579
que dispõe que “não é necessário ratificar o
recurso especial interposto na pendência do
julgamento dos embargos de declaração,
quando inalterado o resultado anterior”.

496 Se forem considerados procrastinatórios os Se forem considerados procrastinatórios os


embargos de declaração, o juiz ou tribunal, em embargos de declaração, o juiz ou tribunal, em
decisão fundamentada, condenará o decisão fundamentada, condenará o
embargante a pagar ao embargado multa não embargante a pagar ao embargado multa não
excedente a 2% sobre o valor atualizado da excedente a 2% sobre o valor atualizado da
causa (artigo 1.026, § 2º). Em havendo a causa (artigo 1.026, § 2º). Em havendo a
reiteração dos embargos de declaração reiteração dos embargos de declaração
procrastinatórios, a multa será elevada para procrastinatórios, a multa será elevada para
até 10% sobre o valor atualizado da causa, e a até 10% sobre o valor atualizado da causa, e a
interposição de qualquer recurso ficará interposição de qualquer recurso ficará
condicionada ao depósito prévio do valor da condicionada ao depósito prévio do valor da
multa, à exceção da Fazenda Pública e do multa, à exceção da Fazenda Pública e do
beneficiário de gratuidade da justiça, que a beneficiário de gratuidade da justiça, que a
recolherão ao final (artigo 1.026, § 3º). Não recolherão ao final (artigo 1.026, § 3º). Não
serão admitidos novos embargos se os dois serão admitidos novos embargos se os dois
anteriores forem considerados anteriores forem considerados
procrastinatórios (artigo 1.026, § 4º). procrastinatórios (artigo 1.026, § 4º).

17
Cumpre destacar entendimento recente do STF
que dispôs que, tendo sido opostos embargos
de declaração contra decisão do presente do
tribunal que não admitiu o recurso
extraordinário e não sendo esse o recurso
cabível, não haveria interrupção ou suspensão
do prazo para interposição de agravo de
instrumento, correndo normalmente o prazo
do recurso correto.

500 ---  Súmula 727 – STF: Não pode o magistrado


deixar de encaminhar ao Supremo Tribunal
Federal o agravo de instrumento interposto da
decisão que não admite recurso
extraordinário, ainda que referente a causa
instaurada no âmbito dos juizados especiais.

503 Em contrapartida, por decisão de última Em contrapartida, por decisão de última


instância, deve se entender as causas de instância, deve se entender as causas de
competência originária dos tribunais (v.g. ação competência originária dos tribunais (v.g. ação
rescisória). rescisória).

 Não cabe recurso extraordinário contra


decisão do TST que julga processo
administrativo disciplinar instaurado contra
magistrado trabalhista. Compete ao STF julgar,
mediante recurso extraordinário, as “causas”
decididas em única ou última instância (art.
102, III, da CF/88). O vocábulo “causa”
referido no inciso III do art. 102 da CF/88 só
abrange processos judiciais, razão pela qual é
incabível a interposição de recursos
extraordinários contra acórdãos proferidos
pelos Tribunais em processos administrativos,
inclusive aqueles de natureza disciplinar
instaurados contra magistrados. STF. 2ª
Turma. ARE 958311/SP, rel. org. Min. Teori
Zavaski, red.p/ac. Min. Gilmar Mendes,
julgado em 27/02/2018 (Info 892).

18
PÁGINA ONDE SE LÊ LEIA-SE

557 ► Princípio da continuidade normativo- ► Princípio da continuidade normativo-


típica: caso haja mera revogação formal de típica: caso haja mera revogação formal de
determinado tipo penal, que sofre uma determinado tipo penal, que sofre uma
readequação típica e consequente readequação típica e consequente
modificação do respectivo nomen iuris, não modificação do respectivo nomen iuris, não
se falará em abolitio criminis, já que o fato se falará em abolitio criminis, já que o fato
continua previsto dentro do ordenamento continua previsto dentro do ordenamento
jurídico-penal como delituoso. 1º exemplo: jurídico-penal como delituoso. 1º exemplo:
o rapto violento (art. 219 do CP) foi o rapto violento (art. 219 do CP) foi
revogado pela Lei n.º 11.106/05, mesma revogado pela Lei n.º 11.106/05, mesma
legislação que criou a figura do sequestro ou legislação que criou a figura do sequestro ou
cárcere privado qualificado porque praticado cárcere privado qualificado porque praticado
com fins libidinosos (art. 148, § 1º, V, do CP). com fins libidinosos (art. 148, § 1º, V, do CP).
Portanto, não há abolitio criminis de rapto Portanto, não há abolitio criminis de rapto
violento, já que a conduta ainda é prevista violento, já que a conduta ainda é prevista
como delituosa dentro do Código Penal. como delituosa dentro do Código Penal.
Nesse sentido: STF, HC 101035, j. 26-10- Nesse sentido: STF, HC 101035, j. 26-10-
2010, noticiado no Informativo 606. 2º 2010, noticiado no Informativo 606. 2º
exemplo: também em respeito ao princípio exemplo: também em respeito ao princípio
da continuidade normativa típica, não há da continuidade normativa típica, não há
que se falar em abolitio criminis de atentado que se falar em abolitio criminis de atentado
violento ao pudor, já que a Lei n.º violento ao pudor, já que a Lei n.º
12.015/09 apenas revogou formalmente o 12.015/09 apenas revogou formalmente o
art. 214 do CP, passando a modalidade art. 214 do CP, passando a modalidade
delituosa ali prevista para dentro do art. delituosa ali prevista para dentro do art.
213. O crime, portanto, continua existindo, 213. O crime, portanto, continua existindo,
hoje com o nome de estupro. hoje com o nome de estupro. 3º exemplo: o
uso de arma de fogo como causa de
aumento de pena no crime de roubo foi
revogado do inciso I, do §2º, do art. 157 do
CP, mas passou a ser previsto no inciso I, do
§2º-A do mesmo artigo, razão pela qual não
há que se falar em abolitio criminis da
majorante de uso de arma de fogo no crime
de roubo. O mesmo não pode se afirmar das
armas brancas e impróprias que, revogadas
e não abarcadas pelo novo tipo penal,
acabaram sofrendo a abolitio criminis.

563 1.6.2.3. Princípio da consunção ou absorção 1.6.2.3. Princípio da consunção ou absorção


(lex consumens derogat legi consumptae): (lex consumens derogat legi consumptae):

(...) (...)
Atenção: O STF entende não ser
possível que um crime tipificado no Código
Penal seja absorvido por uma infração

19
tipificada na Lei de Contravenções Penais.
STF. 1ª Turma. HC 121652/SC, rel. Min. Dias
Toffoli, julgado em 22/4/2014 (Info 743).

566 ► Não incide: a) no crime de moeda falsa ► Não incide: a) no crime de moeda falsa
(art. 289 do CP); b) nos crimes praticados (art. 289 do CP); b) nos crimes praticados
com violência ou grave ameaça contra com violência ou grave ameaça contra
pessoa (ex.: roubo); c) no crime de pessoa (ex.: roubo); c) no crime de
contrabando. contrabando. d) no crime de tráfico de
drogas.

566 1.7.5. Princípio da insignificância ou ► Crimes contra o meio ambiente: O STF


bagatela: entende ser aplicável o princípio da
significância aos crimes ambientais, devendo
(...) ser analisadas as circunstâncias específicas
ATENÇÃO: do caso concreto para se verificar a
atipicidade da conduta em exame.
(...) Recentemente, a Suprema Corte entendeu
que o princípio não se aplica ao crime de
pesca em período de defeso com o uso de
método não permitido previsto no art. 34,
caput c/c parágrafo único, II, da Lei
9.605/98: “TIPO PENAL – PRÁTICA
DELITUOSA – CIRCUNSTÂNCIAS. As
circunstâncias da prática delituosa não
afastam a configuração do tipo penal,
repercutindo na fixação da pena. MEIO
AMBIENTE – DANO – PEQUENO VALOR. A
natureza do bem protegido afasta a
construção jurisprudencial do crime de
bagatela.” (HC 122560, Relator(a): Min.
MARCO AURÉLIO, Primeira Turma, julgado
em 08/05/2018, PROCESSO ELETRÔNICO
DJe-098 DIVULG 18-05-2018 PUBLIC 21-05-
2018)

566 1.7.5. Princípio da insignificância ou ► Transmissão clandestina de sinal de


bagatela: internet via radiofrequência: “Não se aplica
o princípio da insignificância a casos de
(...) transmissão clandestina de sinal de internet
ATENÇÃO: via radiofrequência, que caracteriza o fato
típico previsto no art. 183 da Lei n.
(...) 9.472/1997 ” (Súmula 606 do STJ).

566 ► Crime de descaminho: “Saliente-se, por ► Crimes tributários e descaminho: STF e


oportuno, que a Terceira Seção do Superior STJ pacificaram o entendimento de que o
Tribunal de Justiça, na sessão eletrônica princípio da insignificância incide tanto nos
iniciada em 22/11/2017 e finalizada em crimes contra a ordem tributária previstos
28/11/2017, decidiu afetar os Recursos na Lei nº 8.137/90 como também no caso do
Especiais n. 1.709.029/MG e 1.688.878/SP, descaminho (art. 334 do CP) quando o
Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, a fim de débito tributário não ultrapassar o limite de
propor a revisão da tese firmada no Tema R$ 20.000,00 (vinte mil reais), valor
157/STJ (REsp 1.112.748/TO), nos termos do estipulado pelo art. 20, Lei 10.522/2002,
art. 927, § 4º, do CPC e art. 256-S do RISTJ, atualizado pelas portarias 75 e 130/2012,
com a seguinte questão submetida a do Ministério da Fazenda. Precedentes: STJ.
julgamento: ‘Discute-se a revisão da tese 3ª Seção. REsp 1.709.029/MG, Rel. Min.

20
fixada no REsp n. 1.112.748/TO Sebastião Reis Júnior, julgado em
(representativo de controvérsia) - Tema 28/02/2018 (recurso repetitivo). STF. 1ª
157, a fim de adequá-la ao entendimento Turma. HC 137595 AgR, Rel. Min Roberto
externado pela Suprema Corte, no sentido Barroso, julgado em 07/05/2018.
de considerar o parâmetro estabelecido nas
Portarias n. 75 e 130/MF (vinte mil reais)
para aplicação do princípio da
insignificância aos crimes tributários federais
e de descaminho’” (STJ, 5ª T., AgRg no REsp
1694698, j. 12/12/2017).

567 1.7.9. Princípio da exteriorização ou 1.7.9. Princípio da exteriorização ou


materialização do fato: materialização do fato:

(...) (...)
Atenção: a contravenção penal da vadiagem Atenção: a contravenção penal da vadiagem
(art. 59 da LCP), embora formalmente (art. 59 da LCP), embora formalmente
vigente, é tida por muitos autores como não vigente, é tida por muitos autores como não
recepcionada pela Constituição Federal, já recepcionada pela Constituição Federal, já
que representaria o indesejável direito penal que representaria o indesejável direito penal
do autor. do autor. Ainda, excepcionalmente, a Lei de
Terrorismo (Lei 13.260/2016) prevê a
penalização de atos preparatórios voltados
ao terrorismo.

569 ► Individualização da pena (art. 5º, XLVI, ► Individualização da pena (art. 5º, XLVI,
da CF): deve ser lembrada a Súmula 471 do da CF): em respeito ao respectivo princípio
STJ: “Os condenados por crimes hediondos constitucional, a Suprema Corte editou a
ou assemelhados cometidos antes da Súmula Vinculante nº 26 que declarou
vigência da Lei n.º 11.464/2007 sujeitam-se inconstitucional dispositivo da Lei de Crimes
ao disposto no art. 112 da Lei n.º Hediondos que impedia a progressão de
7.210/1984 (Lei de Execução Penal) para a regime ao prever a totalidade do
progressão de regime prisional”. Significa cumprimento da pena em regime fechado. A
que todos os crimes, hediondos ou não, fim de efetivar o respectivo princípio
exigirão o requisito objetivo de 1/6 de também no caso de crimes hediondos, foi
cumprimento de pena no regime mais editada a Súmula 471 do STJ: “Os
gravoso para a progressão, desde que o condenados por crimes hediondos ou
delito tenha sido praticado até 29 de março assemelhados cometidos antes da vigência
de 2007 (data em que a Lei n.º 11.464/07 da Lei n.º 11.464/2007 sujeitam-se ao
entrou em vigor). Depois dessa data, os disposto no art. 112 da Lei n.º 7.210/1984
crimes não hediondos continuarão exigindo (Lei de Execução Penal) para a progressão de
o cumprimento de 1/6 da pena no regime regime prisional”. Significa que todos os
anterior para a progressão, e os hediondos e crimes, hediondos ou não, exigirão o
assemelhados (tortura, tráfico de drogas e requisito objetivo de 1/6 de cumprimento
terrorismo) 2/5 (réu não reincidente) ou 3/5 de pena no regime mais gravoso para a
(réu reincidente). progressão, desde que o delito tenha sido
praticado até 29 de março de 2007 (data em
que a Lei n.º 11.464/07 entrou em vigor).
Depois dessa data, os crimes não hediondos
continuarão exigindo o cumprimento de 1/6
da pena no regime anterior para a
progressão, e os hediondos e assemelhados
(tortura, tráfico de drogas e terrorismo) 2/5
(réu não reincidente) ou 3/5 (réu
reincidente).

21
572 p) Crime impossível: conforme o art. 17 do p) Crime impossível: conforme o art. 17 do
Código Penal, “Não se pune a tentativa, Código Penal, “Não se pune a tentativa,
quando, por ineficácia absoluta do meio ou quando, por ineficácia absoluta do meio ou
por absoluta impropriedade do objeto, é por absoluta impropriedade do objeto, é
impossível consumar-se o crime”. O crime impossível consumar-se o crime”. O crime
impossível exclui a tipicidade. impossível exclui a tipicidade.
► Súmula 73, STJ: “A utilização de papel
moeda grosseiramente falsificado configura,
em tese, o crime de estelionato, da
competência da Justiça Estadual”.
► Súmula 567, STJ: “Sistema de vigilância
realizado por monitoramento eletrônico ou
por existência de segurança no interior de
estabelecimento comercial, por si só, não
torna impossível a configuração do crime de
furto”.
► Súmula 145, STF: “Não há crime, quando
a preparação do flagrante pela polícia torna
impossível a sua consumação”.

581  Eventual: quando o agente não quer  Eventual: quando o agente não quer
produzir o resultado, mas aceita o risco de produzir o resultado, mas aceita o risco de
produzi-lo (ex.: o motorista que, em produzi-lo (ex.: o motorista que, em
desabalada corrida, para chegar em seu desabalada corrida, para chegar em seu
destino, aceita o resultado de atropelar destino, aceita o resultado de atropelar
uma pessoa). Recorde-se da conhecida uma pessoa). Recorde-se da conhecida
fórmula de Frank para explicar o dolo fórmula de Frank para explicar o dolo
eventual: “Seja como for, dê no que der, eventual: “Seja como for, dê no que der,
em qualquer caso não deixo de agir”. em qualquer caso não deixo de agir”. Obs:
a embriaguez do agente condutor do
automóvel, por si só, não pode servir de
premissa bastante para a afirmação do
dolo eventual em acidente de trânsito
com resultado morte. STJ. 6ª Turma. REsp
1.689.173-SC, Rel. Min. Rogério Schietti
Cruz, julgado em 21/11/2017 (Info 623).

611 Causas de aumento (majorantes) e de Causas de aumento (majorantes) e de


diminuição (minorantes). diminuição (minorantes).
(...) (...)
Exemplos de causas de aumento: o concurso Exemplos de causas de aumento: o concurso
formal (art. 70 do CP); a continuidade formal (art. 70 do CP); a continuidade
delitiva (art. 71 do CP); o fato de ser a vítima delitiva (art. 71 do CP); o fato de ser a vítima
de homicídio doloso menor de catorze ou de homicídio doloso menor de catorze ou
maior de sessenta anos (art. 121, § 4º, do maior de sessenta anos (art. 121, § 4º, do
CP); a condição de funcionário público nos CP); a condição de funcionário público nos
crimes contra a honra, se eles se deram em crimes contra a honra, se eles se deram em
razão de suas funções (art. 141, II, do CP); o razão de suas funções (art. 141, II, do CP); o
período de repouso noturno no furto (art. período de repouso noturno no furto (art.
155, § 1º, do CP); o emprego de arma e o 155, § 1º, do CP); o concurso de pessoas e o
concurso de pessoas no roubo (art. 157, § uso de arma de fogo no roubo (art. 157, § 2º
2º, do CP). e §2-A, do CP). Atenção: as consideradas
armas brancas (facas, canivetes, etc) não são

22
mais consideradas causa de aumento de
pena, passando a ser integrantes do tipo
penal do roubo, havendo causa de aumento
de pena apenas se a violência ou grave
ameaça for exercida com arma de fogo,
conforme alteração trazida pela Lei
13.654/2018.

611 --- De acordo com a Súmula 607 do STJ, “A


majorante do tráfico transnacional de
drogas (art. 40, I, da Lei n. 11.343/2006)
configura-se com a prova da destinação
internacional das drogas, ainda que não
consumada a transposição de fronteiras”.

631 -- ► Súmula 592, STF: Nos crimes


falimentares, aplicam-se as causas
interruptivas da prescrição, previstas no
Código Penal.

636 Presunção de inocência com relação a fatos Presunção de inocência com relação a fatos
supervenientes. O apenado continua supervenientes. O apenado continua
merecendo tratamento de inocente no que merecendo tratamento de inocente no que
se refere a novos delitos e faltas se refere a novos delitos e faltas
disciplinares. Age, portanto, sob o manto disciplinares. Age, portanto, sob o manto
constitucional da presunção da inocência, constitucional da presunção da inocência,
previsto no art. 5º, LVII, da CF. previsto no art. 5º, LVII, da CF.
Obs: Destaca-se o entendimento firmado
pelo Supremo Tribunal Federal acerca da
execução antecipada da pena: “A execução
provisória de acórdão penal condenatório
proferido em grau de apelação, ainda que
sujeito a recurso especial ou extraordinário,
não compromete o princípio constitucional
da presunção de inocência. Em outras
palavras, é possível o início da execução da
pena condenatória após a prolação de
acórdão condenatório em 2º grau e isso
não ofende o princípio constitucional da
presunção da inocência”. STF. Plenário. HC
126292/SP, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado
em 17/2/2016 (Info 814).

637 Individualização da pena. Individualização da pena.


O art. 5º, XLVI, da CF e o art. 5º da LEP O art. 5º, XLVI, da CF e o art. 5º da LEP
garantem a individualização da pena, direito garantem a individualização da pena, direito
fundamental do condenado, inclusive na fundamental do condenado, inclusive na
fase executória. A partir de agora, além dos fase executória. A partir de agora, além dos
exames classificatório e criminológico, existe exames classificatório e criminológico, existe
a obrigatoriedade de os condenados por a obrigatoriedade de os condenados por
crimes hediondos ou violentos serem crimes hediondos ou violentos serem
submetidos a exame de DNA (art. 9º-A da submetidos a exame de DNA (art. 9º-A da
LEP). LEP).

23
Obs 1: Súmula 439, STJ - Admite-se o
exame criminológico pelas peculiaridades
do caso, desde que em decisão motivada.
Obs 2: Súmula Vinculante 26 - Para
efeito de progressão de regime no
cumprimento de pena por crime hediondo,
ou equiparado, o juízo da execução
observará a inconstitucionalidade do art. 2º
da Lei n. 8.072, de 25 de julho de 1990, sem
prejuízo de avaliar se o condenado
preenche, ou não, os requisitos objetivos e
subjetivos do benefício, podendo
determinar, para tal fim, de modo
fundamentado, a realização de exame
criminológico.

640 Requisito objetivo. Exige-se o Requisito objetivo. Exige-se o


cumprimento de um sexto da pena. Obs.: no cumprimento de um sexto da pena. Obs.: no
caso de crimes hediondos ou equiparados, o caso de crimes hediondos ou equiparados, o
sentenciado deve cumprir 2/5 (se primário) sentenciado deve cumprir 2/5 (se primário)
ou 3/5 (se reincidente), conforme disposto ou 3/5 (se reincidente), conforme disposto
no art. 2º, § 2º, da Lei n. 8.072/90. no art. 2º, § 2º, da Lei n. 8.072/90, alterado
pela Lei nº 11.464/2007.
Requisito subjetivo. Comprovação do bom
comportamento carcerário. Obs: Nesse sentido, a Súmula 471 do STJ
prevê que “os condenados por crimes
hediondos ou assemelhados cometidos
antes da vigência da Lei n. 11.464/2007
sujeitam-se ao disposto no artigo 112 da Lei
n. 7.210/1984 (Lei de Execução Penal) para a
progressão de regime prisional”. Esse
entendimento foi consolidado para dirimir
eventuais controvérsias após o Supremo
Tribunal Federal ter declarado
inconstitucional o art. 2º da Lei n. 8.072, de
25 de julho de 1990 que estabelecia a
impossibilidade de progressão de regime no
caso de crimes hediondos ao prever a
integralidade do cumprimento da pena em
regime fechado, pois tal previsão
consubstanciaria afronta direta ao princípio
constitucional da individualização da pena.
Editou-se a Súmula Vinculante nº 26 nesse
sentido.

Requisito subjetivo. Comprovação do bom


comportamento carcerário.

644 O homicídio qualificado, tentado ou O homicídio qualificado, tentado ou


consumado, é crime hediondo, por expressa consumado, é crime hediondo, por expressa
previsão do art. 1º, I, da Lei n. 8.072/90. previsão do art. 1º, I, da Lei n. 8.072/90.
Homicídio qualificado-privilegiado – Destaca-se o entendimento do STJ no
Somente é possível se a qualificadora for sentido de que não caracteriza bis in idem o
objetiva. Não é crime hediondo. reconhecimento das qualificadoras de
motivo torpe e de feminicídio no crime de

24
homicídio praticado contra mulher em
situação de violência doméstica e familiar.
STJ. 6ª Turma. HC 433.898-RS, Rel. Min. Nefi
Cordeiro, julgado em 24/04/2018 (Info 625),
DJe 11/05/2018.
Homicídio qualificado-privilegiado –
Somente é possível se a qualificadora for
objetiva. Não é crime hediondo.

654 Furto qualificado (art. 155, § 4º) – O furto é Furto qualificado (art. 155, § 4º) – O furto é
qualificado se cometido: com destruição ou qualificado se cometido: com destruição ou
rompimento de obstáculo à subtração da rompimento de obstáculo à subtração da
coisa (inc. I); com abuso de confiança, ou coisa (inc. I); com abuso de confiança, ou
mediante fraude, escalada ou destreza (inc. mediante fraude, escalada ou destreza (inc.
II); com emprego de chave falsa (inc. III); e II); com emprego de chave falsa (inc. III); e
mediante concurso de duas ou mais pessoas mediante concurso de duas ou mais pessoas
(inc. IV). À exceção da circunstância do (inc. IV). À exceção da circunstância do
abuso de confiança, as demais, de natureza abuso de confiança, as demais, de natureza
objetiva, comunicam-se aos coautores e objetiva, comunicam-se aos coautores e
partícipes. Conforme o § 5º, a pena é de partícipes. Conforme o § 5º, a pena é de
reclusão de três a oito anos, se a subtração reclusão de três a oito anos, se a subtração
for de veículo automotor que venha a ser for de veículo automotor que venha a ser
transportado para outro Estado ou para o transportado para outro Estado ou para o
exterior. Já o § 6º, incluído ao Código Penal exterior. Já o § 6º, incluído ao Código Penal
pela Lei n. 13.330/2016, pune o agente com pela Lei n. 13.330/2016, pune o agente com
a pena de reclusão de dois a cinco anos se a a pena de reclusão de dois a cinco anos se a
subtração for de semovente domesticável subtração for de semovente domesticável
de produção, ainda que abatido ou dividido de produção, ainda que abatido ou dividido
em partes no local da subtração. em partes no local da subtração. As
novidades do tipo penal ficam por conta das
alterações trazidas pela Lei 13.654/2018 que
que inseriu no respectivo artigo do CP o §4º-
A que prevê a pena de reclusão de 4
(quatro) a 10 (dez) anos e multa se houver
emprego de explosivo ou de artefato
análogo que cause perigo comum e o §7º
que também prevê a pena de reclusão de 4
(quatro) a 10 (dez) anos e multa no caso de
a subtração ser de substâncias explosivas ou
de acessórios que, conjunta ou
isoladamente, possibilitem sua fabricação,
montagem ou emprego.

655 Roubo majorado ou circunstanciado (art. Roubo majorado ou circunstanciado de 1/3


157, § 2º) – A pena do crime de roubo é até a metade (art. 157, § 2º) – A pena do
aumentada de 1/3 até 1/2: a) se a violência crime de roubo é aumentada de 1/3 até 1/2:
ou grave ameaça é exercida com emprego a) se há concurso de duas ou mais pessoas;
de arma, o que não inclui o uso de arma de b) se a vítima está em serviço de transporte
brinquedo, estando cancelada a Súmula 174 de valores e o agente conhece tal
do STJ. Em se tratando de arma de fogo, não circunstância; c) se a subtração for de
é necessária a apreensão e perícia do veículo automotor que venha a ser
armamento, desde que o seu uso seja transportado para outro Estado ou para o
demonstrado por outros meios (ex.: prova exterior; d) se o agente mantém a vítima em
testemunhal); b) se há concurso de duas ou seu poder, restringindo sua liberdade. A Lei
mais pessoas; c) se a vítima está em serviço 13.654/2018, além de revogar o inciso que
de transporte de valores e o agente conhece previa a majorante pelo uso de arma (seja

25
tal circunstância; d) se a subtração for de branca ou de fogo), ainda inseriu entre as
veículo automotor que venha a ser majorantes a subtração de substâncias
transportado para outro Estado ou para o explosivas ou de acessórios que, conjunta ou
exterior; e) se o agente mantém a vítima em isoladamente, possibilitem sua fabricação,
seu poder, restringindo sua liberdade. montagem ou emprego. Como explosivos
podemos entender substância ou artefato
que possa gerar alguma destruição. Nesse
sentido: STJ. 6ª Turma. REsp 1627028/SP,
Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura,
julgado em 21/02/2017 (Info 599).

656 --- Roubo majorado ou circunstanciado em 2/3


(art. 157, § 2º-A) – O respectivo parágrafo
foi inserido pela Lei 13.654/2018 que
acrescentou duas circunstâncias causadoras
de aumento de pena do crime de roubo em
2/3, quais sejam: a) se a violência ou ameaça
é exercida com emprego de arma de fogo; b)
se há destruição ou rompimento de
obstáculo mediante o emprego de explosivo
ou de artefato análogo que cause perigo
comum. Primeiramente, podemos destacar
que, em razão de o uso de arma de fogo ter
sido previsto no presente parágrafo, ainda
que revogado no anterior, não se trata de
abolitio criminis, mas sim de continuidade
normativo-típica, conforme já estudado.
Ainda, destaca-se a restrição trazida pelo
legislador que inseriu apenas a arma de fogo
como majorante do crime de roubo, fazendo
com que as armas brancas (como faca e
canivete) e demais artefatos capazes de
causar dano à vítima agora configurem
apenas roubo simples, sem serem
consideradas causas de aumento de pena.

656 Roubo qualificado pelas lesões corporais Roubo qualificado pelas lesões corporais
graves (art. 157, § 3º, 1ª parte) – Se da graves (art. 157, § 3º, inciso I) – Se da
violência empregada decorrem lesões violência empregada decorrem lesões
corporais graves, a hipótese é de roubo corporais graves, a hipótese é de roubo
qualificado e a pena é aumentada em razão qualificado e a pena é aumentada em razão
do maior desvalor do resultado. Não do maior desvalor do resultado. Não
importa se essas lesões advieram de dolo ou importa se essas lesões advieram de dolo ou
de culpa, mas é imprescindível que tenham de culpa, mas é imprescindível que tenham
sido causadas pela violência física sido causadas pela violência física
empregada contra a vítima ou, ainda, contra empregada contra a vítima ou, ainda, contra
terceira pessoa, e não pela grave ameaça ou terceira pessoa, e não pela grave ameaça ou
por qualquer outro meio utilizado pelo por qualquer outro meio utilizado pelo
agente para proceder à subtração. agente para proceder à subtração.
Conforme alteração trazida pela Lei
13.654/2018, a pena é de reclusão de 7
(sete) a 18 (dezoito) anos, e multa.

656 Latrocínio (art. 157, § 3º, 2ª parte) – O Latrocínio (art. 157, § 3º, inciso II) – O
latrocínio é um crime complexo, ou seja, latrocínio é um crime complexo, ou seja,
uma unidade jurídica composta pelos delitos uma unidade jurídica composta pelos delitos

26
de roubo e homicídio (da vítima ou de de roubo e homicídio (da vítima ou de
terceiro). Trata-se, pois, do roubo terceiro). Trata-se, pois, do roubo
qualificado pelo resultado morte. Sua qualificado pelo resultado morte. Sua
configuração exige o dolo na conduta configuração exige o dolo na conduta
antecedente, mas não importa se houve antecedente, mas não importa se houve
dolo ou culpa no resultado consequente, dolo ou culpa no resultado consequente,
porque o aumento da pena decorre do porque o aumento da pena decorre do
maior desvalor do resultado. Outrossim, maior desvalor do resultado. Outrossim,
apesar de atingir o bem jurídico vida, no apesar de atingir o bem jurídico vida, no
latrocínio, a morte é um meio para o crime- latrocínio, a morte é um meio para o crime-
fim que é contra o patrimônio da vítima, o fim que é contra o patrimônio da vítima, o
que afasta a competência do Tribunal do Júri que afasta a competência do Tribunal do Júri
para seu julgamento (Súmula 603 do STF). para seu julgamento (Súmula 603 do STF).
De acordo com a Súmula 610 do STF, o De acordo com a Súmula 610 do STF, o
latrocínio estará consumado quando o latrocínio estará consumado quando o
homicídio se consuma, ainda que o agente homicídio se consuma, ainda que o agente
não realize a subtração de bens da vítima. O não realize a subtração de bens da vítima. O
latrocínio é crime hediondo (art. 1º, II, da Lei latrocínio é crime hediondo (art. 1º, II, da Lei
n. 8.072/90). n. 8.072/90).

666 AÇÃO PENAL (ART. 225 DO CP) AÇÃO PENAL (ART. 225 DO CP)
Nos crimes contra a liberdade sexual Nos crimes contra a liberdade sexual
(capítulo I) e nos crimes sexuais contra (capítulo I) e nos crimes sexuais contra
vulnerável (capítulo II), procede-se mediante vulnerável (capítulo II), procede-se mediante
ação penal pública condicionada à ação penal pública condicionada à
representação. No entanto, se a vítima é representação. No entanto, se a vítima é
menor de 18 anos ou pessoa vulnerável, a menor de 18 anos ou pessoa vulnerável, a
ação será pública incondicionada. ação será pública incondicionada. A ação
penal também será pública incondicionada
no crime de estupro praticado mediante
violência real, conforme previsão da Súmula
608 do STF, entendendo o Supremo Tribunal
Federal ainda que “o entendimento dessa
súmula pode ser aplicado
independentemente da existência da
ocorrência de lesões corporais nas vítimas
de estupro. A violência real se caracteriza
não apenas nas situações em que se
verificam lesões corporais, mas sempre que
é empregada força física contra a vítima,
cerceando-lhe a liberdade de agir segundo a
sua vontade. Assim, se os atos foram
praticados sob grave ameaça, com
imobilização de vítimas, uso de força física e,
em alguns casos, com mulheres sedadas,
trata-se de crime de estupro que se
enquadra na Súmula 608 do STF e que,
portanto, a ação é pública incondicionada”.
STF. 2ª Turma. RHC 117978/SP, Rel. Min.
Dias Toffoli, julgado em 4/6/2018 (Info 905).

680 Obs.: “1. O Superior Tribunal de Obs.: “1. O Superior Tribunal de


Justiça firmou o entendimento de que o Justiça firmou o entendimento de que o
crime de desobediência é subsidiário, crime de desobediência é subsidiário,
configurando-se apenas quando, configurando-se apenas quando,
desrespeitada ordem judicial, não existir desrespeitada ordem judicial, não existir

27
sanção específica ou não houver ressalva sanção específica ou não houver ressalva
expressa no sentido da aplicação cumulativa expressa no sentido da aplicação cumulativa
do Código Penal. 2. Considerando-se a do Código Penal. 2. Considerando-se a
existência de medidas próprias na Lei n.º existência de medidas próprias na Lei n.º
11.340/2006 e a cominação específica do 11.340/2006 e a cominação específica do
art. 313, inciso III, do Código de Processo art. 313, inciso III, do Código de Processo
Penal, o descumprimento de medidas Penal, o descumprimento de medidas
protetivas de urgência não configura o protetivas de urgência não configura o
crime de desobediência” (STJ, 5ª T., AgRg no crime de desobediência” (STJ, 5ª T., AgRg no
AREsp 539828, j. 05/10/2017). AREsp 539828, j. 05/10/2017). Nessa senda,
destaca-se a atualização trazida pela Lei nº
13.641/2018 que incluiu na Lei Maria da
Penha (Lei nº 11.340/2006) um tipo penal
específico para essa conduta ao prever no
art. 24-A pena de detenção de 3 meses a 2
anos para quem descumprir decisão judicial
que defere medidas protetivas de urgência
previstas na respectiva lei.

681  Controle de convencionalidade: “A Quinta  Controle de convencionalidade: “A


Turma deste Superior Tribunal de Justiça, no Quinta Turma deste Superior Tribunal de
julgamento do REsp 1.640.084/SP, afastou a Justiça, no julgamento do REsp
tipicidade do crime de desacato, ante sua 1.640.084/SP, afastou a tipicidade do crime
incompatibilidade com a Convenção de desacato, ante sua incompatibilidade
Americana de Direitos Humanos. No com a Convenção Americana de Direitos
entanto, a matéria foi recentemente Humanos. No entanto, a matéria foi
examinada pela Terceira Seção deste recentemente examinada pela Terceira
Sodalício, no HC-379.269/MS (sessão do dia Seção deste Sodalício, no HC-379.269/MS
24/5/2017). Lá, por maioria de votos (...), (sessão do dia 24/5/2017). Lá, por maioria
entendeu-se que o delito de desacato de votos (...), entendeu-se que o delito de
continua a ser conduta típica no desacato continua a ser conduta típica no
ordenamento jurídico pátrio” (STJ, 5ª T., ordenamento jurídico pátrio” (STJ, 5ª T.,
AgRg no HC 395364, j. 15/08/2017). AgRg no HC 395364, j. 15/08/2017). No
mesmo sentido é o entendimento do
Supremo Tribunal Federal que
recentemente decidiu que “o crime de
desacato é compatível com a Constituição
Federal e com o Pacto de São José da Costa
Rica. A figura penal do desacato não tolhe o
direito à liberdade de expressão, não
retirando da cidadania o direito à livre
manifestação, desde que exercida nos
limites de marcos civilizatórios bem
definidos, punindo-se os excessos”. STF. 2ª
Turma, HC 141949/DF, Rel. Min. Gilmar
Mendes, julgado em 13/3/2018 (Info 894).

681 Descaminho (art. 334) – O crime é iludir, no Descaminho (art. 334) – O crime é iludir, no
todo ou em parte, o pagamento de direito todo ou em parte, o pagamento de direito
ou imposto devido pela entrada, pela saída ou imposto devido pela entrada, pela saída
ou pelo consumo de mercadoria, punido ou pelo consumo de mercadoria, punido
com a pena de 1 a 4 anos de reclusão. A com a pena de 1 a 4 anos de reclusão. A
consumação ocorre no momento da consumação ocorre no momento da
liberação das mercadorias, sem o liberação das mercadorias, sem o
recolhimento dos impostos devidos. De recolhimento dos impostos devidos. De
acordo com a atual jurisprudência dos acordo com a atual jurisprudência dos
Tribunais Superiores, não há necessidade de Tribunais Superiores, não há necessidade de

28
constituição definitiva do crédito tributário constituição definitiva do crédito tributário
(exigida pela Súmula Vinculante 24 do STF). (exigida pela Súmula Vinculante 24 do STF),
entendendo o Supremo Tribunal Federal que
“é dispensada a existência de procedimento
administrativo fiscal com a posterior
constituição do crédito tributário para a
configuração do crime de descaminho (art.
334 do CP), tendo em conta sua natureza
formal”. STF. 1ª Turma. HC 121798/BA, Rel.
Min. Marco Aurélio, julgado em 29/5/2018
(Info 904).

PÁGINA ONDE SE LÊ LEIA-SE

704  Causas de rejeição (art. 395 do CPP): a  Causas de rejeição (art. 395 do CPP): a
peça acusatória será rejeitada quando for peça acusatória será rejeitada quando for
manifestamente inepta; faltar manifestamente inepta; faltar
pressuposto processual ou condição para pressuposto processual ou condição para
o exercício da ação penal; ou faltar justa o exercício da ação penal; ou faltar justa
causa para o exercício da ação penal. causa para o exercício da ação penal.

 No momento da denúncia, prevalece o


princípio do in dubio pro societate. STF. 1ª
Turma. Inq 4506/DF, rel. Min. Marco
Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso,
julgado em 17/04/2018 (Info 898).

718 ---  “As normas da Constituição de 1988


que estabelecem as hipóteses de foro por
prerrogativa de função devem ser
interpretadas restritivamente, aplicando-
se apenas aos crimes que tenham sido
praticados durante o exercício do cargo e
em razão dele. Assim, por exemplo, se o
crime foi praticado antes de o indivíduo ser
diplomado como Deputado Federal, não se
justifica a competência do STF, devendo ele
ser julgado pela 1ª instância, mesmo
ocupando cargo de parlamentar federal.
Além disso, mesmo que o crime tenha sido
cometido após a investidura no mandato, se
o delito não apresentar relação direta com
as funções exercidas, também não haverá
foro privilegiado. Foi fixada, portanto, a
seguinte tese: O foro por prerrogativa de

29
função aplica-se apenas aos crimes
cometidos durante o exercício do cargo e
relacionados às funções desempenhadas.
Após o final da instrução processual, com a
publicação do despacho de intimação para
apresentação de alegações finais, a
competência para processar e julgar ações
penais não será mais afetada em razão de o
agente público vir a ocupar outro cargo ou
deixar o cargo que ocupada, qualquer que
seja o motivo”. STF. Plenário. AP 937 QO/RJ,
Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em
03/05/2018.
 “O foro por prerrogativa de função no
caso de Governadores e Conselheiros de
Tribunais de Contas dos Estados deve ficar
restrito aos fatos ocorridos durante o
exercício do cargo e em razão deste”.
“Assim, o STJ é competente para julgar os
crimes praticados pelos Governadores e
pelos Conselheiros de Tribunais de Contas
somente se estes delitos tiverem sido
praticados durante o exercício do cargo e
em razão deste”.
STJ. Corte Especial. APn 857/DF, Rel. para
acórdão Min. João Otávio de Noronha,
julgado em 20/06/2018.
STJ. Corte Especial. APn 866/DF, Rel. Min.
Luis Felipe Salomão, julgado em
20/06/2018.

729

9.2 PRINCÍPIOS DAS 9.2 PRINCÍPIOS DAS


NULIDADES NULIDADES
Princípio do prejuízo (pas de nullité sans Princípio do prejuízo (pas de nullité sans
grief). Nenhum ato será declarado nulo se grief). Nenhum ato será declarado nulo se
da nulidade não resultar prejuízo para a da nulidade não resultar prejuízo para a
acusação ou para a defesa (art. 563 do CPP). acusação ou para a defesa (art. 563 do CPP).
Nesse sentido, para que seja declarada a Nesse sentido, para que seja declarada a
nulidade de um ato, além da constatação de nulidade de um ato, além da constatação de
sua imperfeição com o modelo legal, deve sua imperfeição com o modelo legal, deve
estar presente o prejuízo. estar presente o prejuízo.
Princípio da instrumentalidade das formas  Mesmo havendo inversão na ordem de
(economia processual). Segundo este apresentação das alegações finais, não
princípio não será declarada a nulidade de haverá nulidade se não ficou demonstrado
ato processual que não houver influído na que houve prejuízo à defesa. STF. 1ª Turma.
apuração da verdade substancial ou na AP 968/SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em
decisão da causa (art. 566 do CPP). 22/5/2018 (Info 903).
Princípio da instrumentalidade das formas
(economia processual). Segundo este
princípio não será declarada a nulidade de
ato processual que não houver influído na

30
apuração da verdade substancial ou na
decisão da causa (art. 566 do CPP).

762 b) Cabimento b) Cabimento


De acordo com o art. 318 do CPP, poderá De acordo com o art. 318 do CPP, poderá
o juiz substituir a prisão preventiva pela o juiz substituir a prisão preventiva pela
domiciliar quando o agente for: domiciliar quando o agente for:
I - maior de 80 (oitenta) anos; I - maior de 80 (oitenta) anos;
II - extremamente debilitado por motivo de II - extremamente debilitado por motivo de
doença grave; doença grave;
III - imprescindível aos cuidados especiais de III - imprescindível aos cuidados especiais de
pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou
com deficiência; com deficiência;
IV - gestante a partir do 7º (sétimo) mês de IV - gestante;
gravidez ou sendo esta de alto risco.
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos
de idade incompletos;
VI - homem, caso seja o único responsável
pelos cuidados do filho de até 12 (doze)
anos de idade incompletos.

762 c) Prova das hipóteses de cabimento c) Prova das hipóteses de cabimento


Para a substituição, o juiz exigirá prova Para a substituição, o juiz exigirá prova
idônea dos requisitos estabelecidos no art. idônea dos requisitos estabelecidos no art.
318 do CPP (parágrafo único). 318 do CPP (parágrafo único).

11.6 LIBERDADE  O art. 318, II, do CPP é chamado de


PROVISÓRIA prisão domiciliar humanitária. Em um caso
concreto, o STF entendeu que deveria
conceder prisão humanitária ao réu tendo
em vista o alto risco de saúde, a grande
possibilidade de desenvolver infecções no
cárcere e a impossibilidade de tratamento
médico adequado na unidade prisional ou
em estabelecimento hospitalar — tudo
demostrado satisfatoriamente no laudo
pericial. Considerou-se que a concessão da
medida era necessária para preservar a
integridade física e moral do paciente, em
respeito à dignidade da pessoa humana (art.
1º, III, da CF). STF. 2ª Turma. HC 153961/DF,
Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 27/3/2018
(Info 895).

11.6 LIBERDADE
PROVISÓRIA

781 Isso se justifica pelo fato de que o acusado Isso se justifica pelo fato de que o acusado
se defende do fato criminoso que lhe é se defende do fato criminoso que lhe é
imputado e não, especificamente, do tipo imputado e não, especificamente, do tipo
penal em que sua conduta é classificada na penal em que sua conduta é classificada na
peça inicial. Estando devidamente descritos peça inicial. Estando devidamente descritos
os fatos e circunstâncias, podem ser os fatos e circunstâncias, podem ser

31
reconhecidas, embora não expressas na reconhecidas, embora não expressas na
denúncia ou queixa, qualificadoras e denúncia ou queixa, qualificadoras e
majorantes, acarretando elevação na majorantes, acarretando elevação na
dosimetria da pena. Pode também o juiz dosimetria da pena. Pode também o juiz
condenar o réu por outro crime descrito na condenar o réu por outro crime descrito na
exordial, sem que haja específica exordial, sem que haja específica
capitulação. capitulação.

14.5 MUTATIO LIBELLI  (...) Nos termos do art. 383, do Código


de Processo Penal, emendatio libelli consiste
na atribuição de definição jurídica diversa ao
arcabouço fático descrito na inicial
acusatória, ainda que isso implique
agravamento da situação jurídica do réu,
mantendo-se, contudo, intocada a
correlação fática entre acusação e sentença,
afinal, o réu defende-se dos fatos no
processo penal. O momento adequado à
realização da emendatio libelli pelo órgão
jurisdicional é o momento de proferir
sentença, haja vista que o Parquet é o titular
da ação penal, a quem se atribui o poder-
dever da capitulação jurídica do fato
imputado. Como corolário da devolutividade
recursal vertical ampla, inerente à apelação,
desde que a matéria tenha sido devolvida
em extensão, plenamente possível ao
Tribunal realizar emendatio libelli para a
correta aplicação da hipótese de incidência,
desde que dentro da matéria devolvida e
não implique reformatio in pejus, caso haja
recurso exclusivo da defesa. (...) STJ. 5ª
Turma. HC 427.965/SP, Rel. Min. Ribeiro
Dantas, julgado em 13/03/2018.

14.5 MUTATIO LIBELLI

783 Na contagem do prazo, no processo penal, Na contagem do prazo, no processo penal,


não se computa o dia do começo (inicia-se não se computa o dia do começo (inicia-se
sempre no primeiro dia útil seguinte), sempre no primeiro dia útil seguinte),
incluindo-se, entretanto, o dia do incluindo-se, entretanto, o dia do
vencimento, conforme o disposto no art. vencimento, conforme o disposto no art.
798, § 1º, do CPP. 798, § 1º, do CPP.
Súmulas importantes:  Não é extemporâneo recurso
interposto antes da publicação do acórdão.
Sob o ângulo da oportunidade, a publicação
do acórdão impugnado é elemento neutro,
podendo a parte, ciente da decisão
proferida, protocolar o recurso. Assim por
exemplo, admite-se a interposição de
embargos declaratórios oferecidos antes da
publicação do acórdão embargado e dentro
do prazo recursal. STF. 1ª Turma. HC
113826, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em
10/4/2018 (Info 897).
Súmulas importantes:

32
785 Obs.: “Em regime de repercussão geral, fica Obs.: “Em regime de repercussão geral, fica
reafirmada a jurisprudência do Supremo reafirmada a jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal no sentido de que a Tribunal Federal no sentido de que a
execução provisória de acórdão penal execução provisória de acórdão penal
condenatório proferido em grau recursal, condenatório proferido em grau recursal,
ainda que sujeito a recurso especial ou ainda que sujeito a recurso especial ou
extraordinário, não compromete o princípio extraordinário, não compromete o princípio
constitucional da presunção de inocência constitucional da presunção de inocência
afirmado pelo artigo 5º, inciso LVII, da afirmado pelo artigo 5º, inciso LVII, da
Constituição Federal” (STF, Pleno, ARE Constituição Federal” (STF, Pleno, ARE
964246 RG/SP, j. 10/11/2016). 964246 RG/SP, j. 10/11/2016).
 Extensivo: encontra previsão no art. 580 Súmula 604, STJ: O mandado de segurança
do CPP. No caso de concurso de agentes, a não se presta para atribuir efeito suspensivo
decisão do recurso interposto por um dos a recurso criminal interposto pelo Ministério
réus, se fundado em motivos que não sejam Público.
de caráter exclusivamente pessoal,
aproveitarão aos demais.  Extensivo: encontra previsão no art. 580
do CPP. No caso de concurso de agentes, a
decisão do recurso interposto por um dos
réus, se fundado em motivos que não sejam
de caráter exclusivamente pessoal,
aproveitarão aos demais.

PÁGINA ONDE SE LÊ LEIA-SE

831 Princípio da norma mais favorável, segundo Princípio da norma mais favorável, segundo
o qual sempre que duas normas forem o qual sempre que duas normas forem
aplicáveis a um mesmo fato concreto, deve- aplicáveis a um mesmo fato concreto, deve-
se optar por aquela norma que conduza à se optar por aquela norma que conduza à
conclusão mais benéfica ao trabalhador. conclusão mais benéfica ao trabalhador.
Ainda, quanto a este último princípio, Com o advento da reforma trabalhista,
merecem referência as três técnicas pode-se afirmar que houve certa
consagradas pela literatura para a relativização do princípio da norma mais
determinação da norma mais favorável: favorável em determinadas situações. A
primeira seria a referente às matérias
listadas no art. 611-A da CLT, pois, para elas,
uma regra prevista em Acordo Coletivo do
Trabalho poderá prevalecer sobre disposição
de texto de lei ainda que a regra legal seja
mais favorável ao empregado. Ainda,
destaca-se a previsão do art. 620 da CLT que
dispõe que as regras previstas em Acordo
Coletivo de Trabalho sempre prevalecerão
sobre as previstas em Convenção Coletiva,
notando-se o afastamento da aplicação do

33
princípio em questão em razão de ter sido
estabelecido um critério objetivo de
hierarquia.
Ainda, quanto a este último princípio,
merecem referência as três técnicas
consagradas pela literatura para a
determinação da norma mais favorável:

833 4.1.4. SUBORDINAÇÃO 4.1.4. SUBORDINAÇÃO


Por último, tem-se o elemento Por último, tem-se o elemento
subordinação, que se consubstancia, subordinação, que se consubstancia,
conforme a doutrina predominante, no conforme a doutrina predominante, no
elemento principal de caracterização da elemento principal de caracterização da
relação empregatícia. Pelo elemento relação empregatícia. Pelo elemento
subordinação, tem-se que o empregador subordinação, tem-se que o empregador
possui o poder de determinar o que, como, possui o poder de determinar o que, como,
quando e onde produzir, restando ao quando e onde produzir, restando ao
trabalhador, apenas, acatar suas ordens, trabalhador, apenas, acatar suas ordens,
salvo se manifestamente abusivas ou ilícitas. salvo se manifestamente abusivas ou ilícitas.
Trata-se aqui de subordinação jurídica,
conforme pode se depreender da previsão
do parágrafo único do art. 6º da CLT.

835 4.3. TRABALHADOR AVULSO 4.3. TRABALHADOR AVULSO


Diz-se trabalhador avulso aquele que, apesar Diz-se trabalhador avulso aquele que, apesar
de presentes os demais elementos de presentes os demais elementos
essenciais da relação de emprego, presta essenciais da relação de emprego, presta
serviços sem a característica da serviços sem a característica da
pessoalidade. O avulso não é empregado e, pessoalidade. O avulso não é empregado e,
portanto, não possui vínculo empregatício portanto, não possui vínculo empregatício
com o tomador dos serviços. No entanto, com o tomador dos serviços. No entanto,
por força do art. 7o, inciso XXXIV da CRFB, o por força do art. 7o, inciso XXXIV da CRFB, o
trabalhador avulso tem igualdade de direitos trabalhador avulso tem igualdade de direitos
com o empregado, no que se lhe aplica, no com o empregado, no que se lhe aplica, no
que couber, a CLT e a legislação trabalhista que couber, a CLT e a legislação trabalhista
complementar, bem como outras complementar, bem como outras
disposições estabelecidas por negociação disposições estabelecidas por negociação
coletiva. Exemplos típicos de trabalhadores coletiva. Exemplos típicos de trabalhadores
avulsos são o portuário (Lei nº 12.815/2013) avulsos são o portuário (Lei nº 12.815/2013)
e o “chapa” (este último, controvertido e o “chapa” (este último, controvertido
quanto a sua caracterização como avulso). quanto a sua caracterização como avulso).

A diferença marcante para os demais


trabalhadores é que os avulsos realizam
tarefas para os tomadores com a
intermediação de uma entidade
representativa chamada de Órgão Gestor de
Mão de Obra (OGMO), conforme previsão
do art. 32 da Lei 12.815/2013.

835 A Medida Provisória nº 808 de 2017, que A Lei nº 13.467/2017 (Reforma Trabalhista)
complementou as alterações feitas pela Lei trouxe algumas inovações em relação à
nº 13.467/2017 (Reforma Trabalhista), com modalidade contratual.
vigência prorrogada em 20.02.2018 por mais

34
60 dias, trouxe algumas inovações em Em primeiro lugar, o art. 442-B da CLT previu
relação à modalidade contratual. expressamente que a contratação do
autônomo, cumpridas por este todas as
Em primeiro lugar, o art. 442-B da CLT previu formalidades legais, com ou sem
expressamente que a contratação do exclusividade, de forma contínua ou não,
autônomo, cumpridas por este todas as afasta a qualidade de empregado prevista
formalidades legais, de forma contínua ou no art. 3º da CLT, ainda que exerça atividade
não, afasta a qualidade de empregado relacionada ao negócio da empresa
prevista no art. 3º da CLT, ainda que exerça contratante.
atividade relacionada ao negócio da
empresa contratante. Percebe-se da alteração inserida que o
trabalhador autônomo pode inclusive
O mesmo dispositivo, em seu § 3º, anuncia exercer seus serviços com exclusividade e
que é vedada a celebração de cláusula de continuidade para um mesmo tomador de
exclusividade. No entanto, é importante serviços que ainda assim não será
destacar que não caracteriza a qualidade de caracterizada a qualidade de empregado
empregado (art. 3º da CLT) o fato de prestar (art. 3º da CLT). Destaca-se, entretanto, que
serviços a apenas um tomador de serviços, de qualquer forma o autônomo não poderá
já que o autônomo poderá prestar serviços estar subordinado juridicamente a este
de qualquer natureza a outros tomadores de tomador para que fique afastada a
serviços que exerçam ou não a mesma qualidade de empregado, exercendo seu
atividade econômica, sob qualquer trabalho com independência.
modalidade de contrato de trabalho,
inclusive como autônomo. Nesse particular, Ainda, trabalhadores pertencentes a
é garantida ao autônomo a possibilidade de categorias profissionais reguladas por leis
recusa de realizar atividade demandada pelo específicas relacionadas a atividades
contratante, garantida a aplicação de compatíveis com o contrato autônomo
cláusula de penalidade prevista em (como motoristas, representantes
contrato. Ainda, trabalhadores pertencentes comerciais, corretores de imóveis, parceiros,
a categorias profissionais reguladas por leis etc.) não possuirão a qualidade de
específicas relacionadas a atividades empregado prevista o art. 3º da CLT. Por
compatíveis com o contrato autônomo fim, tem-se que o contrato autônomo
(como motoristas, representantes desvirtuado, ou seja, aquele em que
comerciais, corretores de imóveis, parceiros, presente a subordinação jurídica, ensejará o
etc.) não possuirão a qualidade de reconhecido o vínculo empregatício.
empregado prevista o art. 3º da CLT. Por
fim, é importante destacar que o contrato
autônomo desvirtuado, ou seja, aquele em
que presente a subordinação jurídica,
ensejará o reconhecido o vínculo
empregatício.

839 Na hipótese de o período de convocação Na hipótese de o período de convocação


exceder 1 mês, o pagamento não poderá ser exceder 1 mês, o pagamento não poderá ser
estipulado por período superior a 1 mês, estipulado por período superior a 1 mês,
contado a partir do primeiro dia do período contado a partir do primeiro dia do período
de prestação de serviço. Quanto aos de prestação de serviço.
benefícios previdenciários, a Medida
Provisória nº 808, de 2017, ainda prevê que:
É importante referir, ainda, que se considera
período de inatividade o intervalo temporal
- Auxílio-doença: será devido ao segurado da distinto daquele para o qual o empregado
Previdência Social a partir da data do início intermitente haja sido convocado e tenha
da incapacidade, vedada a aplicação do prestado serviços. Durante esse intervalo, o
disposto § 3º do art. 60 da Lei nº 8.213/91. empregado poderá prestar serviços de
qualquer natureza a outros tomadores de
serviço, que exerçam ou não a mesma
atividade econômica, utilizando contrato de

35
- Salário maternidade: será pago trabalho intermitente ou outra modalidade
diretamente pela Previdência Social, nos de contrato de trabalho.
termos do disposto no § 3º do art. 72 da Lei
nº 8.213/91.

Ainda, é facultado às partes convencionar


por meio do contrato de trabalho
intermitente:

I - locais de prestação de serviços;

II - turnos para os quais o empregado será


convocado para prestar serviços;
III - formas e instrumentos de convocação e
de resposta para a prestação de serviços;
IV - formato de reparação recíproca na
hipótese de cancelamento de serviços
previamente agendados.

É importante referir, ainda, que se considera


período de inatividade o intervalo temporal
distinto daquele para o qual o empregado
intermitente haja sido convocado e tenha
prestado serviços. Durante esse intervalo, o
empregado poderá prestar serviços de
qualquer natureza a outros tomadores de
serviço, que exerçam ou não a mesma
atividade econômica, utilizando contrato de
trabalho intermitente ou outra modalidade
de contrato de trabalho.

839 Além disso, no contrato de trabalho Além disso, no contrato de trabalho


intermitente, o período de inatividade não intermitente, o período de inatividade não
será considerado tempo à disposição do será considerado tempo à disposição do
empregador e não será remunerado, empregador e não será remunerado,
hipótese em que restará descaracterizado o hipótese em que restará descaracterizado o
contrato de trabalho intermitente caso haja contrato de trabalho intermitente caso haja
remuneração por tempo à disposição no remuneração por tempo à disposição no
período de inatividade. período de inatividade.

A rescisão contratual de pleno direito do


contrato de trabalho intermitente ocorrerá
após decorrido o prazo de um ano sem
qualquer convocação do empregado pelo
empregador, contado a partir da data da
celebração do contrato, da última
convocação ou do último dia de prestação
de serviços, o que for mais recente. Nesse
caso, serão devidas as seguintes parcelas
resilitórias:

36
I - pela metade: (a) o aviso prévio
indenizado, calculado conforme o art. 452-F
da CLT; e (b) a indenização sobre o saldo do
FGTS

II - na integralidade, as demais verbas


trabalhistas.

A extinção de contrato de trabalho


intermitente permite a movimentação da
conta vinculada do trabalhador no FGTS,
limitada a até 80% do valor dos depósitos. É
importante lembrar que a Medida Provisória
em questão também prevê que a extinção do
contrato de trabalho intermitente a que se
refere este artigo não autoriza o ingresso no
Programa de Seguro-Desemprego. Como
forma de assegurar a manutenção do
emprego, a redação do art. 452-G da CLT
determina que, até 31 de dezembro de 2020, o
empregado registrado por meio de contrato de
trabalho por prazo indeterminado demitido
não poderá prestar serviços para o mesmo
empregador por meio de contrato de trabalho
intermitente pelo prazo de dezoito meses,
contado da data da demissão do empregado.

842 --- 5.2.5. EMPREGADOR RURAL


Outra característica diferenciadora do
empregado rural é que ele também é deve
sua classificação à identificação do seu
empregador como rural. Conforme
disposição do art. 2º da Lei nº 5.889/73,
empregado rural é toda pessoa física que,
em propriedade rural ou prédio rústico,
presta serviços de natureza não eventual a
empregador rural, sob a dependência deste
e mediante salário.
Verifica-se, portanto, a relevância da
identificação do ambiente de trabalho do
empregado, que deve ser propriedade rural
ou prédio rústico, e principalmente da
identificação de seu empregador que deve
ser considerado como rural.
Por inteligência do art. 3º da mesma lei,
tem-se que empregador rural é a pessoa
física ou jurídica, proprietário ou não, que
explore atividade agroeconômica, em
caráter permanente ou temporário,
diretamente ou através de prepostos e com
auxílio de empregados, considerando-se
também a exploração do turismo rural
ancilar à exploração agroeconômica.

37
845 Regime de tempo parcial. Inova também o Regime de tempo parcial. Inova também o
art. 3º, § 2º, ao possibilitar a prestação de art. 3º, § 2º, ao possibilitar a prestação de
horas extras aos empregados contratados horas extras aos empregados contratados
em regime parcial (até 25 horas semanais), em regime parcial (até 25 horas semanais).
algo que é vedado aos demais empregados, Conforme a LC 150/2015, a duração normal
nos termos do art. 59, § 4º, da CLT. do trabalho do empregado em regime de
Conforme a LC 150/2015, a duração normal tempo parcial poderá ser acrescida de horas
do trabalho do empregado em regime de suplementares, em número não excedente a
tempo parcial poderá ser acrescida de horas uma hora diária, mediante acordo escrito
suplementares, em número não excedente a entre empregador e empregado, com o
uma hora diária, mediante acordo escrito limite máximo de 6 horas diárias.
entre empregador e empregado, com o
limite máximo de 6 horas diárias.

847 a) precariedade no cargo – os cargos de a) precariedade no cargo – os cargos de


confiança em geral, inclusive os de gestão, confiança em geral, inclusive os de gestão,
por natureza, são cargos precários, cujo por natureza, são cargos precários, cujo
direito do empregado resiste apenas direito do empregado resiste apenas
enquanto houver a confiança de seu enquanto houver a confiança de seu
empregador (art. 468, parágrafo único, CLT); empregador (art. 468, §1º, CLT); cessada
cessada essa, o empregado pode retornar ao essa, o empregado pode retornar ao cargo
cargo ou função anterior. Ademais, a Súmula ou função anterior. Ademais, a Súmula 372, I
372, I do TST indica que percebida a do TST indica que percebida a gratificação
gratificação de função por dez ou mais anos de função por dez ou mais anos pelo
pelo empregado, se o empregador, sem empregado, se o empregador, sem justo
justo motivo, revertê-lo a seu cargo efetivo, motivo, revertê-lo a seu cargo efetivo, não
não poderá retirar-lhe a gratificação tendo poderá retirar-lhe a gratificação tendo em
em vista o princípio da estabilidade vista o princípio da estabilidade financeira;
financeira;

863 Ainda em relação ao período de gestação, a Ainda em relação ao período de gestação, a


Medida Provisória nº 808 de 2017, que Lei nº 13.467/2017 (Reforma Trabalhista)
complementou as alterações feitas pela Lei dispõe no art. 394-A que a mulher deverá
nº 13.467/2017 (Reforma Trabalhista), com ser afastada de atividades consideradas
vigência prorrogada em 20.02.2018 por mais insalubres em grau máximo enquanto durar
60 dias, trouxe inovação polêmica, a gestação. Já os incisos II e III acrescentam
anunciando que o exercício de atividades e que a empregada será afastada quando
operações insalubres em grau médio ou apresentar atestado de saúde emitido por
mínimo, pela gestante, será permitido médico de sua confiança, do sistema privado
quando ela, voluntariamente, apresentar ou público de saúde, que recomende o
atestado de saúde, emitido por médico de afastamento de atividades insalubres em
sua confiança, do sistema privado ou público grau médio ou mínimo para gestantes ou de
de saúde, que autorize a sua permanência atividades insalubres em qualquer grau para
no exercício de suas atividades. lactantes.
Ainda, o instrumento normativo em questão O §3º do art. 394-A da CLT prevê, por fim,
determinou que a empregada lactante será que quando não for possível que a gestante
afastada de atividades e operações ou a lactante afastada nos termos do artigo
consideradas insalubres em qualquer grau exerça suas atividades em local salubre na
quando apresentar atestado de saúde empresa, a hipótese será considerada como
emitido por médico de sua confiança, do gravidez de risco e ensejará a percepção de
sistema privado ou público de saúde, que salário-maternidade durante todo o período
recomende o afastamento durante a de afastamento.
lactação.

38
863 Existem ainda outras regras de proteção à Existem ainda outras regras de proteção à
maternidade, entre elas as que visam maternidade, entre elas as que visam
auxiliar a amamentação. O art. 396 da CLT auxiliar a amamentação. O art. 396 da CLT
estabelece dois períodos de 30 minutos, estabelece dois períodos de 30 minutos,
cada, para que a empregada, dentro da cada, para que a empregada, dentro da
jornada de trabalho, amamente seu filho, jornada de trabalho, amamente seu filho,
até que o mesmo complete 6 meses de até que o mesmo complete 6 meses de
idade. Tais períodos não ampliarão o idade. Tais períodos não ampliarão o
término da jornada de trabalho da mulher, término da jornada de trabalho da mulher,
nem, tampouco, conforme entendemos, nem, tampouco, conforme entendemos,
trarão prejuízos na remuneração. Nos trarão prejuízos na remuneração5. Nos
termos do parágrafo único do artigo, o termos do §1º do artigo, o período de 6
período de 6 meses poderá ser ampliado, se meses poderá ser ampliado, se a saúde da
a saúde da criança assim exigir. criança assim exigir, a critério da autoridade
competente, e, nos termos do §2º os
intervalos previstos no artigo deverão ser
definidos em acordo individual entre a
mulher e o empregador.

866 Ainda, com relação à duração do trabalho, Ainda, com relação à duração do trabalho,
lembramos que o menor de 18 anos, se lembramos que o menor de 18 anos, se
estudante, deverá gozar suas férias estudante, deverá gozar suas férias
profissionais juntamente com as férias profissionais juntamente com as férias
escolares e de forma contínua, sendo escolares (art. 136, § 2º, CLT).
vedado o fracionamento (arts. 136, § 2º, e
134, § 2º, CLT).

872 A Medida Provisória nº 808 de 2017, que Já o novo art. 59-A ainda facultou às partes,
complementou as alterações feitas pela Lei por meio de norma coletiva, o
nº 13.467/2017 (Reforma Trabalhista), com estabelecimento de horário de trabalho de
vigência prorrogada em 20.02.2018 por mais 12 horas seguidas por 36 horas ininterruptas
60 dias, ainda facultou às partes, por meio de descanso, observados ou indenizados os
de norma coletiva, o estabelecimento de intervalos para repouso e alimentação.
horário de trabalho de 12 horas seguidas Determinou que, nesse caso, a remuneração
por 36 horas ininterruptas de descanso, mensal pactuada pelo horário abrange os
observados ou indenizados os intervalos pagamentos devidos pelo descanso semanal
para repouso e alimentação. Determinou remunerado e pelo descanso em feriados e
que, nesse caso, a remuneração mensal serão considerados compensados os
pactuada pelo horário abrange os feriados e as prorrogações de trabalho
pagamentos devidos pelo descanso semanal noturno, quando houver.
remunerado e pelo descanso em feriados e
serão considerados compensados os Além disso, a Lei nº 13.467/17 excluiu a
feriados e as prorrogações de trabalho necessidade da licença prévia de que trata o
noturno, quando houver. art. 60 da CLT (para fins de adoção de
regime de compensação horária em
Por fim, a referida medida provisória prestação de atividades insalubres) para as
também possibilitou, às entidades atuantes jornadas 12x36.
no setor de saúde estabelecer, por meio de
acordo individual escrito, convenção coletiva
ou acordo coletivo de trabalho, horário de
trabalho de 12 horas seguidas por 36 horas
ininterruptas de descanso, observados ou
indenizados os intervalos para repouso e

5 Precedente Normativo 6 TST: Garantia de salário no período de amamentação (positivo) É garantido às mulheres, no período
de amamentação, o recebimento do salário, sem prestação de serviços, quando o empregador não cumprir as determinações dos
§§ 1º e 2º do art. 389 da CLT.

39
alimentação. Além disso, a Lei nº 13.467/17
excluiu a necessidade da licença prévia de
que trata o art. 60 da CLT (para fins de
adoção de regime de compensação horária
em prestação de atividades insalubres) para
as jornadas 12x36.

880 Conforme determina o art. 136 da CLT, a Conforme determina o art. 136 da CLT, a
escolha da época da concessão das férias, escolha da época da concessão das férias,
dentro do período legal, é opção do dentro do período legal, é opção do
empregador. Todavia, algumas limitações empregador. Todavia, algumas limitações
são impostas a este no momento da são impostas a este no momento da
concessão das férias. Primeiramente, os concessão das férias. Primeiramente, os
empregados da mesma família que empregados da mesma família que
trabalhem para igual empregador, mesmo trabalhem para igual empregador, mesmo
que não seja em idêntico estabelecimento, que não seja em idêntico estabelecimento,
poderão gozar suas férias juntos, se assim o poderão gozar suas férias juntos, se assim o
quiserem e se disto não resultar prejuízos ao quiserem e se disto não resultar prejuízos ao
serviço (art. 136, § 1º, CLT). Segundo, os serviço (art. 136, § 1º, CLT). Segundo, os
empregados estudantes menores de 18 anos empregados estudantes menores de 18 anos
têm o direito à coincidência entre suas férias têm o direito à coincidência entre suas férias
profissionais e escolares (art. 136, § 2º, CLT). profissionais e escolares (art. 136, § 2º, CLT).
Em terceiro lugar deve haver comunicação Em terceiro lugar deve haver comunicação
por escrito ao empregado 30 dias antes da por escrito ao empregado 30 dias antes da
concessão das férias6. concessão das férias7.
As férias podem ser fracionadas em dois
momentos, desde que um deles não seja
inferior a 10 dias corridos (art. 134, § 1º,
CLT). O fracionamento é vedado aos
menores de 18 anos e aos maiores de 50
anos (art. 134, § 2º, CLT).

887 13.6.1.6. PRAZO PARA 13.6.1.6. PRAZO PARA


PAGAMENTO PAGAMENTO
O salário deve ser pago até o 5º dia útil do O salário deve ser pago até o 5º dia útil do
mês subsequente ao vencido, para os casos mês subsequente ao vencido, para os casos
do empregado receber o salário por mês do empregado receber o salário por mês
(art. 459, parágrafo único, CLT). (art. 459, §1º, CLT).

891 13.9.5. DIÁRIAS PARA VIAGEM 13.9.5. DIÁRIAS PARA VIAGEM


(EXCEDENTES DE 50% DO São parcelas que se destinam a cobrir os
SALÁRIO) gastos referentes às viagens que o
São parcelas que se destinam a cobrir os empregado realiza em seu labor. Ainda que
gastos referentes às viagens que o habituais elas não integram a remuneração
empregado realiza em seu labor. Apenas são do empregado, não se incorporam ao
salariais quando excederem o valor de 50% contrato de trabalho e não constituem base

6 Sobre esta exigência há ainda o Precedente Normativo 116 do TST: “Férias. Cancelamento ou adiamento (positivo). Comunicado
ao empregado o período do gozo de férias individuais ou coletivas, o empregador somente poderá cancelar ou modificar o início
previsto se ocorrer necessidade imperiosa e, ainda assim, mediante o ressarcimento, ao empregado, dos prejuízos financeiros por
este comprovados”.
7 Sobre esta exigência há ainda o Precedente Normativo 116 do TST: “Férias. Cancelamento ou adiamento (positivo). Comunicado
ao empregado o período do gozo de férias individuais ou coletivas, o empregador somente poderá cancelar ou modificar o início
previsto se ocorrer necessidade imperiosa e, ainda assim, mediante o ressarcimento, ao empregado, dos prejuízos financeiros por
este comprovados”.

40
do salário do empregado (art. 457, §§ 1º e de incidência de qualquer encargo
2º, CLT), sendo, então, consideradas diárias trabalhista e previdenciário. (art. 457, §§ 1o
impróprias. Quando ficarem abaixo deste e 2o, CLT).
valor, as diárias serão consideradas parcelas
indenizatórias.

892 b) Diárias para viagem. São valores b) Diárias para viagem. São valores
destinados ao empregado para custeio das destinados ao empregado para custeio das
viagens necessárias para o desempenho de viagens necessárias para o desempenho de
suas atividades. Quando excedem 50% do suas atividades. Assim como a ajuda de
salário do empregado passam a ter natureza custo, há expressa disposição legal para não
salarial (art. 457, §2º, CLT). integrar a remuneração do empregado e
não incidir encargos trabalhistas e
previdenciários (art. 457, §2º, CLT).

902 m.3) A empregada gestante será afastada, m.3) A empregada gestante será afastada,
enquanto durar a gestação, de quaisquer sem prejuízo da remuneração, enquanto
atividades, operações ou locais insalubres e durar a gestação, de atividades, operações
exercerá suas atividades em local salubre, ou locais insalubres em grau máximo ou em
excluído, nesse caso, o pagamento de grau médio ou mínimo mediante atestado
adicional de insalubridade. (Redação dada de saúde, cabendo à empresa pagar o
pela Medida Provisória nº 808, de 2017) adicional de insalubridade (art. 394-A, CLT,
(art. 394-A, CLT, incluído pela Lei incluído pela Lei 13.257/2016). Quando não
13.257/2016). Assim, não havendo local for possível que a gestante ou a lactante
salubre para que a empregada exerça afastada exerça suas atividades em local
atividades profissionais, esta será salubre na empresa, a hipótese será
dispensada durante o período, sem prejuízo considerada como gravidez de risco e
de sua remuneração. ensejará a percepção de salário-
maternidade durante todo o período de
afastamento.

945 20.2 CRITÉRIOS DE 20.2 CRITÉRIOS DE


QUANTIFICAÇÃO DA QUANTIFICAÇÃO DA
INDENIZAÇÃO INDENIZAÇÃO
A Medida Provisória nº 808 de 2017, que A Lei nº 13.467/2017 (Reforma Trabalhista)
complementou as alterações feitas pela Lei estabeleceu polêmicos parâmetros para a
nº 13.467/2017 (Reforma Trabalhista), com fixação do quantum indenizatório, na
vigência prorrogada em 20.02.2018 por mais hipótese de dano extrapatrimonial, a serem
60 dias, ainda estabeleceu polêmicos adotados pelo juiz. Vejamos:
parâmetros para a fixação do quantum
indenizatório, na hipótese de dano [...]
extrapatrimonial, a serem adotados pelo Caso o ofendido seja pessoa jurídica, a
juiz. Vejamos: indenização será fixada com observância dos
[...] mesmos parâmetros estabelecidos, acima
discriminados. Ainda, havendo reincidência
Caso o ofendido seja pessoa jurídica, a entre partes idênticas, o juiz poderá elevar
indenização será fixada com observância dos ao dobro o valor da indenização.
mesmos parâmetros estabelecidos, acima
discriminados, mas em relação ao salário
contratual do ofensor. Ainda, havendo
reincidência de quaisquer das partes –
considerando o prazo de 2 anos do trânsito
em julgado de sentença condenatória –, o
juiz poderá elevar ao dobro o valor da
indenização.

41
Por fim, é importante destacar que os
critérios quantitativos indicados não se
aplicam a dano extrapatrimonial decorrente
de morte.

955 Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo
coletivo de trabalho, observados os incisos III coletivo de trabalho têm prevalência sobre a
e VI do caput do art. 8º da Constituição, têm lei quando, entre outros, dispuserem
prevalência sobre a lei quando, entre outros, sobre: (Incluído pela Lei nº 13.467, de
dispuserem sobre: (Redação dada pela 2017)
Medida Provisória nº 808, de 2017)
I - pacto quanto à jornada de trabalho,
I - pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites
observados os limites constitucionais; constitucionais; (Incluído pela
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) Lei nº 13.467, de 2017)
II - banco de horas anual; (Incluído pela Lei II - banco de horas
nº 13.467, de 2017) anual; (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017)
III - intervalo intrajornada, respeitado o limite
mínimo de trinta minutos para jornadas III - intervalo intrajornada, respeitado o limite
superior a seis horas; (Incluído pela Lei nº mínimo de trinta minutos para jornadas
13.467, de 2017) superiores a seis
horas; (Incluído pela Lei nº
IV - adesão ao Programa Seguro-Emprego 13.467, de 2017)
(PSE), de que trata a Lei no 13.189, de 19 de
novembro de 2015; (Incluído pela Lei nº IV - adesão ao Programa Seguro-Emprego
13.467, de 2017) (PSE), de que trata a Lei no 13.189, de 19 de
novembro de 2015; (Incluído
V - plano de cargos, salários e funções pela Lei nº 13.467, de 2017)
compatíveis com a condição pessoal do
empregado, bem como identificação dos V - plano de cargos, salários e funções
cargos que se enquadram como funções de compatíveis com a condição pessoal do
confiança; (Incluído pela Lei nº 13.467, de empregado, bem como identificação dos
2017) cargos que se enquadram como funções de
confiança; (Incluído pela Lei nº
VI - regulamento empresarial; (Incluído pela 13.467, de 2017)
Lei nº 13.467, de 2017)
VI - regulamento
VII - representante dos trabalhadores no empresarial; (Incluído pela Lei
local de trabalho; (Incluído pela Lei nº 13.467, nº 13.467, de 2017)
de 2017)
VII - representante dos trabalhadores no
VIII - teletrabalho, regime de sobreaviso, e local de trabalho; (Incluído
trabalho intermitente; (Incluído pela Lei nº pela Lei nº 13.467, de 2017)
13.467, de 2017)
VIII - teletrabalho, regime de sobreaviso, e
IX - remuneração por produtividade, incluídas trabalho
as gorjetas percebidas pelo empregado, e intermitente; (Incluído pela
remuneração por desempenho individual; Lei nº 13.467, de 2017)
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
IX - remuneração por produtividade,
X - modalidade de registro de jornada de incluídas as gorjetas percebidas pelo
trabalho; (Incluído pela Lei nº 13.467, de empregado, e remuneração por
2017) desempenho
individual; (Incluído pela Lei nº
XI - troca do dia de feriado; (Incluído pela Lei
13.467, de 2017)
nº 13.467, de 2017)
X - modalidade de registro de jornada de
XII - enquadramento do grau de insalubridade
trabalho; (Incluído pela Lei nº
e prorrogação de jornada em locais
13.467, de 2017)
insalubres, incluída a possibilidade de
contratação de perícia, afastada a licença XI - troca do dia de
prévia das autoridades competentes do feriado; (Incluído pela Lei nº
Ministério do Trabalho, desde que 13.467, de 2017)
respeitadas, na integralidade, as normas de
saúde, higiene e segurança do trabalho XII - enquadramento do grau de
previstas em lei ou em normas insalubridade; (Incluído pela Lei nº
regulamentadoras do Ministério do Trabalho; 13.467, de 2017)
(Redação dada pela Medida Provisória nº

42
808, de 2017) XIII - prorrogação de jornada em ambientes
insalubres, sem licença prévia das
XIII - (Revogado Medida Provisória nº 808, de autoridades competentes do Ministério do
2017) Trabalho; (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017)
XIV - prêmios de incentivo em bens ou
serviços, eventualmente concedidos em XIV - prêmios de incentivo em bens ou
programas de incentivo; (Incluído pela Lei nº serviços, eventualmente concedidos em
13.467, de 2017) programas de
incentivo; (Incluído pela Lei nº
XV - participação nos lucros ou resultados da
13.467, de 2017)
empresa. (Incluído pela Lei nº 13.467, de
2017) XV - participação nos lucros ou resultados da
empresa. (Incluído pela Lei nº
§ 1º No exame da convenção coletiva ou do
13.467, de 2017)
acordo coletivo de trabalho, a Justiça do
Trabalho observará o disposto no § 3o do art. § 1o No exame da convenção coletiva ou do
8o desta Consolidação. (Incluído pela Lei nº acordo coletivo de trabalho, a Justiça do
13.467, de 2017) Trabalho observará o disposto no § 3o do art.
8o desta
§ 2º A inexistência de expressa indicação de
Consolidação. (Incluído pela
contrapartidas recíprocas em convenção
Lei nº 13.467, de 2017)
coletiva ou acordo coletivo de trabalho não
ensejará sua nulidade por não caracterizar § 2o A inexistência de expressa indicação de
um vício do negócio jurídico. (Incluído pela contrapartidas recíprocas em convenção
Lei nº 13.467, de 2017) coletiva ou acordo coletivo de trabalho não
ensejará sua nulidade por não caracterizar
§ 3º Se for pactuada cláusula que reduza o
um vício do negócio
salário ou a jornada, a convenção coletiva ou
jurídico. (Incluído pela Lei nº
o acordo coletivo de trabalho deverão prever
13.467, de 2017)
a proteção dos empregados contra dispensa
imotivada durante o prazo de vigência do § 3o Se for pactuada cláusula que reduza o
instrumento coletivo. (Incluído pela Lei nº salário ou a jornada, a convenção coletiva ou
13.467, de 2017) o acordo coletivo de trabalho deverão prever
a proteção dos empregados contra dispensa
§ 4º Na hipótese de procedência de ação
imotivada durante o prazo de vigência do
anulatória de cláusula de convenção coletiva
instrumento coletivo. (Incluído
ou de acordo coletivo de trabalho, quando
pela Lei nº 13.467, de 2017)
houver a cláusula compensatória, esta
deverá ser igualmente anulada, sem § 4o Na hipótese de procedência de ação
repetição do indébito. (Incluído pela Lei nº anulatória de cláusula de convenção coletiva
13.467, de 2017) ou de acordo coletivo de trabalho, quando
houver a cláusula compensatória, esta
§ 5º Os sindicatos subscritores de convenção
deverá ser igualmente anulada, sem
coletiva ou de acordo coletivo de trabalho
repetição do
participarão, como litisconsortes necessários,
indébito. (Incluído pela Lei nº
em ação coletiva que tenha como objeto a
13.467, de 2017)
anulação de cláusulas desses instrumentos,
vedada a apreciação por ação individual. § 5o Os sindicatos subscritores de
(Redação dada pela Medida Provisória nº convenção coletiva ou de acordo coletivo de
808, de 2017) trabalho deverão participar, como
litisconsortes necessários, em ação
individual ou coletiva, que tenha como objeto
a anulação de cláusulas desses
instrumentos. (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017)

972 No particular, é importante ressaltar a nova No particular, é importante ressaltar a nova


redação do art. 611-A da CLT, dada pela Lei redação do art. 611-A da CLT, dada pela Lei
nº 13.467/17, que determina a nº 13.467/17, que determina a
preponderância da negociação coletiva preponderância da negociação coletiva
sobre a lei em determinados aspectos, sobre a lei em determinados aspectos,
observado o art. 8º, III e VI do caput da observado o art. 8º, III e VI do caput da
Constituição, quais sejam: Constituição, quais sejam:
- pacto quanto à jornada de trabalho, - pacto quanto à jornada de trabalho,
observados os limites constitucionais; observados os limites constitucionais;

43
- banco de horas anual; - banco de horas anual;
- intervalo intrajornada, respeitado o - intervalo intrajornada, respeitado o
limite mínimo de trinta minutos para limite mínimo de trinta minutos para
jornadas superiores a seis horas; jornadas superiores a seis horas;
- adesão ao Programa Seguro-Emprego - adesão ao Programa Seguro-Emprego
(PSE), de que trata a Lei no 13.189, de 19 de (PSE), de que trata a Lei no 13.189, de 19 de
novembro de 2015; novembro de 2015;
- plano de cargos, salários e funções - plano de cargos, salários e funções
compatíveis com a condição pessoal do compatíveis com a condição pessoal do
empregado, bem como identificação dos empregado, bem como identificação dos
cargos que se enquadram como funções de cargos que se enquadram como funções de
confiança; confiança;
- regulamento empresarial; - regulamento empresarial;
- representante dos trabalhadores no - representante dos trabalhadores no
local de trabalho; local de trabalho;
- teletrabalho, regime de sobreaviso, e - teletrabalho, regime de sobreaviso, e
trabalho intermitente; trabalho intermitente;
- remuneração por produtividade, - remuneração por produtividade,
incluídas as gorjetas percebidas pelo incluídas as gorjetas percebidas pelo
empregado, e remuneração por empregado, e remuneração por
desempenho individual; desempenho individual;
- modalidade de registro de jornada de - modalidade de registro de jornada de
trabalho; trabalho;
- troca do dia de feriado; - troca do dia de feriado;
- enquadramento do grau de - enquadramento do grau de
insalubridade e prorrogação de jornada em insalubridade;
locais insalubres, incluída a possibilidade de
contratação de perícia, afastada a licença - prorrogação de jornada em ambientes
prévia das autoridades competentes do insalubres, sem licença prévia das
Ministério do Trabalho, desde que autoridades competentes do Ministério do
respeitadas, na integralidade, as normas de Trabalho;
saúde, higiene e segurança do trabalho - prêmios de incentivo em bens ou
previstas em lei ou em normas serviços, eventualmente concedidos em
regulamentadoras do Ministério do programas de incentivo;
Trabalho;
- participação nos lucros ou resultados da
- prêmios de incentivo em bens ou empresa.
serviços, eventualmente concedidos em
programas de incentivo;
- participação nos lucros ou resultados da
empresa.

44
PÁGINA ONDE SE LÊ LEIA-SE

979 No tocante aos entes de direito público No tocante aos entes de direito público
externo, haverá imunidade de jurisdição se externo, haverá imunidade de jurisdição se
houver norma internacional incorporada houver norma internacional incorporada
pelo ordenamento jurídico brasileiro neste pelo ordenamento jurídico brasileiro neste
sentido. Não se aplicando, nesta hipótese, a sentido. Não se aplicando, nesta hipótese, a
diferenciação entre os atos de gestão e de diferenciação entre os atos de gestão e de
imperuium, que permitiam a incidência da imperuium, que permitiam a incidência da
jurisdição trabalhista para os atos de mera jurisdição trabalhista para os atos de mera
gestão, como nas contratações das relações gestão, como nas contratações das relações
de trabalho; salvo se o ente de direito de trabalho; salvo se o ente de direito
público externo expressamente renunciar a público externo expressamente renunciar a
sua imunidade de jurisdição. Neste sentido, sua imunidade de jurisdição. Neste sentido,
a Orientação Jurisprudencial 416 SDI-1 do a Orientação Jurisprudencial 416 SDI-1 do
TST. TST.

 Compete à Justiça do Trabalho


processar e julgar demandas propostas
- Inciso II
contra órgãos da Administração Pública, por
servidores que ingressaram em seus
quadros, sem concurso público, antes da
CF/88, sob regime da CLT, com o objetivo
de obter prestações de natureza trabalhista.
STF. Plenário. ARE 906491 RG, Rel. Min.
Teori Zavascki, julgado em 01/10/2015
(repercussão geral)

 A Justiça competente para julgar


litígios envolvendo servidores temporários
(art. 37, IX, da CF/88) e a Administração
Pública é a JUSTIÇA COMUM (estadual ou
federal). A competência NÃO é da Justiça do
Trabalho. STF. 1ª Turma. Rcl 6527 AgR/SP,
Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 25/8/2015
(Info 796).

- Inciso II

980 - Inciso II - Inciso II


Todas as discussões que envolvam o direito Todas as discussões que envolvam o direito
de greve dos trabalhadores estão sujeitas à de greve dos trabalhadores estão sujeitas à
Justiça do Trabalho. Em relação ao exercício Justiça do Trabalho. Em relação ao exercício
do direito de greve, o entendimento do direito de greve, o entendimento
majoritário é que à Justiça do Trabalho majoritário é que à Justiça do Trabalho
fiquem reservadas as questões trabalhistas fiquem reservadas as questões trabalhistas
e cíveis (ajuizamento de interdito e cíveis (ajuizamento de interdito
proibitório, por exemplo), mas não as proibitório, por exemplo), mas não as

45
questões penais. Neste sentido, a Súmula questões penais. Neste sentido, a Súmula
Vinculante nº 23 STF dispondo sobre a Vinculante nº 23 STF dispondo sobre a
competência da Justiça do Trabalho para competência da Justiça do Trabalho para
processar e julgar as ações possessórias processar e julgar as ações possessórias
ajuizadas em decorrência do exercício do ajuizadas em decorrência do exercício do
direito de greve pelos trabalhadores da direito de greve pelos trabalhadores da
iniciativa privada. Importante ressaltar, iniciativa privada. Importante ressaltar,
nesse contexto, que antes da Emenda nesse contexto, que antes da Emenda
Constitucional n°. 45/04, a competência era Constitucional n°. 45/04, a competência era
da Justiça Comum. da Justiça Comum.

 A justiça comum, federal ou estadual,


é competente para julgar a abusividade de
greve de servidores públicos celetistas da
Administração pública direta, autarquias e
fundações públicas. STF. Plenário. RE
846854/SP, rel. orig. Min. Luiz Fux, red. p/ o
ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em
1º/8/2017 (repercussão geral) (Info 871).

980 --- - Inciso III


A Emenda Constitucional nº 45/04 ampliou
a competência da Justiça do Trabalho,
definindo que nela devem ser julgadas as
ações sobre representação sindical, entre
sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores,
e entre sindicatos e empregadores.

PÁGINA ONDE SE LÊ LEIA-SE

1089 A anterioridade aplica-se somente A anterioridade aplica-se somente


quando ocorrer instituição ou aumento de quando ocorrer instituição ou aumento de
tributo. Via de regra, caso não haja tributo. Via de regra, caso não haja
disposição em contrário, a redução do disposição em contrário, a redução do
tributo importa em vigência imediata. As tributo importa em vigência imediata. As
taxas e a contribuição de melhoria taxas e a contribuição de melhoria
obedecem ao princípio da anterioridade. obedecem ao princípio da anterioridade.
São exceções ao princípio da  Súmula Vinculante 50: Norma legal que
anterioridade: altera o prazo de recolhimento de obrigação
tributária não se sujeita ao princípio da
anterioridade.

São exceções ao princípio da

46
anterioridade:

1096 O princípio informador das taxas é o O princípio informador das taxas é o


princípio da retributividade que assevera princípio da retributividade que assevera
que a finalidade da taxa é compensar, que a finalidade da taxa é compensar,
ressarcir a pessoa política pelo ato prestado. ressarcir a pessoa política pelo ato prestado.
Portanto, deve haver uma correlação entre Portanto, deve haver uma correlação entre
o custo da atuação estatal e o valor cobrado o custo da atuação estatal e o valor cobrado
a título de taxa. a título de taxa.
 Súmula Vinculante 41: O serviço de
iluminação pública não pode ser
remunerado mediante taxa.
 Súmula Vinculante 29: É
constitucional a adoção, no cálculo do valor
de taxa, de um ou mais elementos da base
de cálculo própria de determinado imposto,
desde que não haja integral identidade
entre uma base e outra.
 Súmula Vinculante 19: A taxa cobrada
exclusivamente em razão dos serviços
públicos de coleta, remoção e tratamento
ou destinação de lixo ou resíduos
provenientes de imóveis, não viola o artigo
145, II, da Constituição Federal.
 Súmula 545, STF: Preços de serviços
públicos e taxas não se confundem, porque
estas, diferentemente daqueles, são
compulsórias e têm sua cobrança
condicionada à prévia autorização
orçamentária, em relação à lei que as
instituiu.

1101 A doutrina conceitua imunidades A doutrina conceitua imunidades


tributárias como hipóteses de não- tributárias como hipóteses de não-
incidência constitucionalmente qualificadas8 incidência constitucionalmente
ou, ainda, como regras negativas de qualificadas10 ou, ainda, como regras
competência tributária9. As imunidades negativas de competência tributária11. As
estão dispostas na Constituição, portanto imunidades estão dispostas na Constituição,
não podem ser criadas ou revogadas por lei portanto não podem ser criadas ou
complementar. revogadas por lei complementar.
Entretanto, conforme entendimento
firmado pelo STF, os requisitos para o gozo
da imunidade devem estar previstos em lei

8 “Pois bem. Quando a não-incidência decorre de expressa disposição constitucional, que vede ao legislador ordinário competente
instituir determinado tributo, alcançando certa realidade ou pessoa, estamos diante da figura da imunidade. Neste caso, a
vedação – por estar contida no próprio texto da Lei Maior – apresenta-se como ‘limitação constitucional ao poder de tributar’ de
que são titulares União, Estados, Distrito Federal e Municípios.” (BOTTALLO, Eduardo Domingos. Fundamentos do IPI.. São Paulo,
RT, 2006, pp. 107-108)
9 CARRAZZA, Roque Antonio. Curso de Direito Constitucional Tributário. 22.ed. São Paulo, Malheiros, 2006, p. 682.
10 “Pois bem. Quando a não-incidência decorre de expressa disposição constitucional, que vede ao legislador ordinário
competente instituir determinado tributo, alcançando certa realidade ou pessoa, estamos diante da figura da imunidade. Neste
caso, a vedação – por estar contida no próprio texto da Lei Maior – apresenta-se como ‘limitação constitucional ao poder de
tributar’ de que são titulares União, Estados, Distrito Federal e Municípios.” (BOTTALLO, Eduardo Domingos. Fundamentos do IPI..
São Paulo, RT, 2006, pp. 107-108)
11 CARRAZZA, Roque Antonio. Curso de Direito Constitucional Tributário. 22.ed. São Paulo, Malheiros, 2006, p. 682.

47
complementar (STF. Plenário. ADI 2028/DF,
ADI 2036/DF, ADI 2228/DF, rel. orig. Min.
Joaquim Barbosa, red. p/ o ac. Min. Rosa
Weber, julgados em 23/2 e 2/3/2017 (Info
855). STF. Plenário. RE 566622/RS, Rel. Min.
Marco Aurélio, julgado em 23/2/2017 (Info
855).

1102  Da Imunidade das Entidades Sindicais  Da Imunidade das Entidades Sindicais


dos Trabalhadores dos Trabalhadores
Forte no artigo 150, VI, c, da CRFB/1988, o Forte no artigo 150, VI, c, da CRFB/1988, o
legislador constitucional, portanto, legislador constitucional, portanto,
desonerou de impostos as organizações dos desonerou de impostos as organizações dos
empregados, estimulando a defesa coletiva empregados, estimulando a defesa coletiva
de seus interesses trabalhistas. Saliente-se de seus interesses trabalhistas. Saliente-se
que não gozam de imunidade as entidades que não gozam de imunidade as entidades
sindicais patronais, as dos empregadores. Ao sindicais patronais, as dos empregadores. Ao
vedar a instituição de imposto (espécie do vedar a instituição de imposto (espécie do
gênero tributo) sobre propriedade, sobre gênero tributo) sobre propriedade, sobre
renda ou serviços, as entidades sindicais dos renda ou serviços, as entidades sindicais dos
trabalhadores estão imunes, por exemplo, trabalhadores estão imunes, por exemplo,
dos impostos sobre Propriedade Predial e dos impostos sobre Propriedade Predial e
Territorial Urbana – IPTU e do Imposto sobre Territorial Urbana – IPTU e do Imposto sobre
Propriedade de Veículos Automotores – Propriedade de Veículos Automotores –
IPVA. A imunidade do artigo 150, VI, c, da IPVA. A imunidade do artigo 150, VI, c, da
CRFB/1988 não veda a instituição e CRFB/1988 não veda a instituição e
cobrança de taxas, contribuições de cobrança de taxas, contribuições de
melhoria, contribuições sociais e melhoria, contribuições sociais e
empréstimos compulsórios, somente dos empréstimos compulsórios, somente dos
impostos. Para gozar da imunidade, deve o impostos. Para gozar da imunidade, deve o
sindicato atender os requisitos de lei nos sindicato atender os requisitos de lei nos
termos do artigo 14 do CTN12. termos do artigo 14 do CTN13.
Destaca-se, ainda, o entendimento
pacificado pelo STF na Súmula Vinculante
52: “Ainda quando alugado a terceiros,
permanece imune ao IPTU o imóvel
pertencente a qualquer das entidades
referidas pelo art. 150, VI, “c”, da
Constituição Federal, desde que o valor dos
aluguéis seja aplicado nas atividades para as
quais tais entidades foram constituídas”.

1103  Da Imunidade das Instituições Sociais  Da Imunidade das Instituições Sociais


sem Fins Lucrativos sem Fins Lucrativos
O artigo 150, VI, c, da CRFB/1988 também O artigo 150, VI, c, da CRFB/1988 também
concede imunidade de impostos sobre concede imunidade de impostos sobre

12 CTN, art. 14: “O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9.º é subordinado à observância dos seguintes requisitos pelas
entidades nele referidas: I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; II –
aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais; III – manterem escrituração
de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão”.
13 CTN, art. 14: “O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9.º é subordinado à observância dos seguintes requisitos pelas
entidades nele referidas: I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; II –
aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais; III – manterem escrituração
de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão”.

48
patrimônio, renda ou serviços às instituições patrimônio, renda ou serviços às instituições
sociais sem fins lucrativos. As instituições sociais sem fins lucrativos. As instituições
sociais são aquelas voltadas aos direitos sociais são aquelas voltadas aos direitos
sociais, nos termos do artigo 6.º da sociais, nos termos do artigo 6.º da
CRFB/1988, quais sejam: direito à educação, CRFB/1988, quais sejam: direito à educação,
à saúde, ao trabalho, à moradia, ao lazer, à à saúde, ao trabalho, à moradia, ao lazer, à
segurança, à previdência social, à proteção à segurança, à previdência social, à proteção à
maternidade e à infância e à assistência aos maternidade e à infância e à assistência aos
desamparados. Para o gozo dessa desamparados. Para o gozo dessa
imunidade, devem ser atendidos os imunidade, devem ser atendidos os
requisitos da lei, nos termos do artigo 14 do requisitos da lei, nos termos do artigo 14 do
CTN, salientando que não haverá ofensa a CTN, salientando que não haverá ofensa a
tal dispositivo caso as instituições tal dispositivo caso as instituições
assistenciais venham a cobrar por seus assistenciais venham a cobrar por seus
serviços, ou mesmo, tenham sobras serviços, ou mesmo, tenham sobras
financeiras. financeiras.
 Súmula 730, STF: A imunidade
tributária conferida a instituições de
assistência social sem fins lucrativos pelo
art. 150, VI, c, da Constituição, somente
alcança as entidades fechadas de
previdência social privada se não houver
contribuição dos beneficiários.

1103 Em relação ao tema nº 593 da Gestão por Em relação ao tema nº 593 da Gestão por
Temas da Repercussão Geral do portal do Temas da Repercussão Geral do portal do
STF na internet, proponho a seguinte tese: A STF na internet, proponho a seguinte tese: A
imunidade tributária constante do art. 150, imunidade tributária constante do art. 150,
VI, d, da CF/88 aplica-se ao livro eletrônico VI, d, da CF/88 aplica-se ao livro eletrônico
(e-book), inclusive aos suportes (e-book), inclusive aos suportes
exclusivamente utilizados para fixá-lo. exclusivamente utilizados para fixá-lo.
 Súmula 657, STF: A imunidade
 Da Imunidade dos fonogramas e prevista no art. 150, VI, d, da Constituição
videofonogramas musicais produzidos no Federal abrange os filmes e papéis
Brasil fotográficos necessários à publicação de
jornais e periódicos.

 Da Imunidade dos fonogramas e


videofonogramas musicais produzidos no
Brasil

1133 O fato gerador se dá com o desembaraço O fato gerador se dá com o desembaraço


aduaneiro, que se inicia com a declaração de aduaneiro, que se inicia com a declaração de
importação. O contribuinte é o importador, importação. O contribuinte é o importador,
o destinatário de remessa internacional o destinatário de remessa internacional
indicado pelo remetente, bem como o indicado pelo remetente, bem como o
adquirente da mercadoria entrepostada. adquirente da mercadoria entrepostada.

Trata-se de um imposto com finalidade


extrafiscal, pois interfere diretamente na
economia do país e é utilizado como meio
de controle das importações. Por essa razão,
a Constituição Federal em seu art. 153, §1º,
facultou ao Poder Executivo a alteração das

49
respectivas alíquotas, desde que atendidas
as condições e limites legais (exceção ao
princípio da legalidade). Assim, como para o
Imposto de Importação, essa competência
não é privativa do Presidente da República,
sendo possível outorga-la à Câmera de
Comércio Exterior (RE 570.680/RS).

Destaca-se novamente ser o presente


imposto exceção ainda aos princípios da
anterioridade e da anterioridade
nonagesimal.

Por fim, o lançamento do imposto em


questão ocorre por homologação,
modalidade em que o contribuinte tem
participação essencial para a arrecadação do
tributo.

1133 Trata-se de imposto não muito oneroso, em Trata-se de imposto não muito oneroso, em
face da busca em fomentar a exportação, no face da busca em fomentar a exportação, no
Brasil. Brasil.

Assim como II, trata-se de imposto com


finalidade extrafiscal, razão pela qual também
é exceção aos princípios da legalidade, da
anterioridade e da anterioridade nonagesimal.
Seu lançamento também ocorre por
homologação.

1133 13.1.3. IMPOSTO DE RENDA 13.1.3. IMPOSTO DE RENDA


O artigo 43 do Código Tributário Nacional O IR é um imposto de finalidade fiscal, pois
dispõe que: visa a arrecadação de recursos para o
Estado. Conforme o art. 153, §2º, I, da CF,
ele obedece aos princípios da generalidade
(alcança todas as pessoas), universalidade
(alcança todas as espécies de rendimentos)
e progressividade (rendimentos elevados
sofrem incidência de alíquotas maiores).

Relembrando, a majoração do presente


imposto obedece ao princípio da
anterioridade, mas é exceção ao princípio da
anterioridade nonagesimal. Ademais, seu
lançamento ocorre por homologação.

O artigo 43 do Código Tributário Nacional


dispõe que:

1134 Ora, nesse sentido, se o imposto de renda Ora, nesse sentido, se o imposto de renda
incide sobre acréscimos patrimoniais, não incide sobre acréscimos patrimoniais, não

50
incide sobre indenizações, como programa incide sobre indenizações, como programa
de incentivos à aposentadoria, já que de incentivos à aposentadoria, já que
indenização não é renda. indenização não é renda.

 Súmula 587, STF: Incide imposto de


renda sobre o pagamento de serviços
técnicos contratados no exterior e prestados
no Brasil.
 Súmula 586, STF: Incide imposto de
renda sobre os juros remetidos para o
exterior, com base em contrato de mútuo.
 Súmula 585, STF: Não incide o imposto
de renda sobre a remessa de divisas para
pagamento de serviços prestados no
exterior, por empresa que não opera no
Brasil.
 Súmula 584, STF: Ao imposto de renda
calculado sobre os rendimentos do ano-
base, aplica-se a lei vigente no exercício
financeiro em que deve ser apresentada a
declaração.

1134 Art. 51. Contribuinte do imposto é: Art. 51. Contribuinte do imposto é:


I - o importador ou quem a lei a ele I - o importador ou quem a lei a ele equiparar;
equiparar;
II - o industrial ou quem a lei a ele equiparar;
II - o industrial ou quem a lei a ele equiparar;
III - o comerciante de produtos sujeitos ao
III - o comerciante de produtos sujeitos ao imposto, que os forneça aos contribuintes
imposto, que os forneça aos contribuintes definidos no inciso anterior;
definidos no inciso anterior;
IV - o arrematante de produtos apreendidos
IV - o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, levados a leilão.
ou abandonados, levados a leilão.
Parágrafo único. Para os efeitos deste
Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se contribuinte autônomo
imposto, considera-se contribuinte autônomo qualquer estabelecimento de importador,
qualquer estabelecimento de importador, industrial, comerciante ou arrematante.
industrial, comerciante ou arrematante.

O IPI é um imposto utilizado para


13.1.5. IMPOSTO SOBRE aquecer a economia ao reduzir a sua
OPERAÇÕES DE CRÉDITO, incidência, evidenciando seu efeito
extrafiscal de intervenção do Estado na
CÂMBIO E SEGURO, OU
economia. Apesar de ser exceção ao
RELATIVAS A TÍTULOS OU princípio da anterioridade, ele se submete
VALORES MOBILIÁRIOS ao princípio da anterioridade nonagesimal.
Seu lançamento ocorre por homologação.

Destaca-se o disposto no art. 153, §3º,


da CF quanto ao IPI:

§ 3º - O imposto previsto no inciso IV:


I - será seletivo, em função da
essencialidade do produto;

51
II - será não-cumulativo, compensando-se o
que for devido em cada operação com o
montante cobrado nas anteriores;
III - não incidirá sobre produtos
industrializados destinados ao exterior.

IV - terá reduzido seu impacto sobre a


aquisição de bens de capital pelo contribuinte
do imposto, na forma da lei.

Além de não incidir sobre os produtos


industrializados destinados ao exterior,
também não incide sobre:

- Livros, jornais, periódicos e papel


destinado a sua impressão (art. 150, VI, d);
- Ouro, quando definido em lei como ativo
financeiro ou instrumento cambial (art. 153,
§ 5º);
- Energia elétrica, derivados de petróleo,
combustíveis e minerais no País (art. 155, §
3º).

O STF já decidiu, no julgamento do RE


723.651/RS com repercussão geral, que é
legítima a incidência do IPI na importação de
automóveis por pessoas físicas para uso
próprio.

 Súmula 495, STJ - A aquisição de bens


integrantes do ativo permanente da
empresa não gera direito a creditamento de
IPI.

13.1.5. IMPOSTO SOBRE


OPERAÇÕES DE CRÉDITO,
CÂMBIO E SEGURO, OU
RELATIVAS A TÍTULOS OU
VALORES MOBILIÁRIOS

1135 Cumpre ressaltar, entre suas principais Cumpre ressaltar, entre suas principais
características, que se trata de um imposto características, que se trata de um imposto
flexível, que não obedece aos princípios da flexível, que não obedece aos princípios da
anterioridade e da anterioridade anterioridade e da anterioridade
nonagesimal. nonagesimal em razão de sua finalidade
eminentemente extrafiscal. Seu lançamento
ocorre por homologação.

Além da incidência do imposto sobre as


operações de crédito, câmbio e seguro, ou
relativas a títulos ou valores mobiliários, o

52
IOF também incide sobre o ouro, quando
definido em lei como ativo financeiro ou
instrumento cambial. Nesse caso haverá
incidência exclusiva do IOF, conforme prevê
o art. 153, §5º, da CF:

§ 5º O ouro, quando definido em lei como


ativo financeiro ou instrumento cambial,
sujeita-se exclusivamente à incidência do
imposto de que trata o inciso V do "caput"
deste artigo, devido na operação de origem; a
alíquota mínima será de um por cento,
assegurada a transferência do montante da
arrecadação nos seguintes termos: (Vide
Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
I - trinta por cento para o Estado, o Distrito
Federal ou o Território, conforme a origem;
II - setenta por cento para o Município de
origem.

 Súmula 664, STF: É inconstitucional o


inciso V do art. 1º da Lei 8.033/90, que
instituiu a incidência do imposto nas
operações de crédito, câmbio e seguros -
IOF sobre saques efetuados em caderneta
de poupança.

1135 13.1.6. IMPOSTO SOBRE 13.1.6. IMPOSTO SOBRE


PROPRIEDADE TERRITORIAL PROPRIEDADE TERRITORIAL
RURAL RURAL
Nos termos do artigo 29 do Código O ITR incide sobre propriedades territoriais
Tributário Nacional, tem-se que: fora da zona urbana dos municípios,
possuindo caráter eminentemente
extrafiscal em razão de ser usado para
Art. 29. O imposto, de competência da União, estimular a produtividade das propriedades
sobre a propriedade territorial rural tem como
rurais ao estabelecer alíquotas progressivas
fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a
posse de imóvel por natureza, como definido na para propriedades improdutivas. Entretanto,
lei civil, localização fora da zona urbana do a alteração de suas alíquotas se sujeita aos
Município. princípios da anterioridade e anterioridade
nonagesimal.
Art. 30. A base do cálculo do imposto é o valor
fundiário.

Art. 31. Contribuinte do imposto é o proprietário Não incidirá ITR sobre as pequenas glebas
do imóvel, o titular de seu domínio útil, ou o seu rurais, cujo conceito será definido em lei,
possuidor a qualquer título. quando as explore o proprietário que não
possua outro imóvel.

Tem como característica a progressividade,


em face do critério da utilização do imóvel. Nos termos do artigo 29 do Código
Tributário Nacional, tem-se que:

Art. 29. O imposto, de competência da União,


sobre a propriedade territorial rural tem como
fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a
posse de imóvel por natureza, como definido na

53
lei civil, localização fora da zona urbana do
Município.

Art. 30. A base do cálculo do imposto é o valor


fundiário.

Art. 31. Contribuinte do imposto é o proprietário


do imóvel, o titular de seu domínio útil, ou o seu
possuidor a qualquer título.

A base de cálculo do imposto, então, é o


valor fundiário, não sendo contabilizadas
benfeitorias e construções. Seu lançamento
é por homologação.

Outra característica importante do ITR é que


pode haver delegação de sua capacidade
tributária ativa para os municípios que
optarem por fiscalizar e cobrar o respectivo
imposto, desde que não implique redução
do imposto ou qualquer outra forma de
renúncia fiscal, conforme previsão no art.
153, § 4º, III, da CF/88. Atenção! A
competência tributária continue sendo da
União. Nesses casos, os municípios
receberão a totalidade do que foi
arrecadado. Caso não optem por assumir a
sujeição ativa, recebem 50% do montante
arrecadado, relativamente aos imóveis neles
situados.

1136 O contribuinte do imposto é: a) nas doações: O contribuinte do imposto é: a) nas doações:


o doador domiciliado no país; o donatário, o doador domiciliado no país; o donatário,
quando o doador não for residente no país; quando o doador não for residente no país;
b) nas transmissões “causa mortis”, o b) nas transmissões “causa mortis”, o
beneficiário ou recebedor do bem ou direito beneficiário ou recebedor do bem ou direito
transmitido. É um imposto real, e, portanto, transmitido.
o Supremo Tribunal Federal está, em sede
de repercussão geral (RE 562045),
debatendo se é possível a sua O Supremo Tribunal Federal, em sede de
progressividade, sob a alegação dos repercussão geral (RE 562045), entendeu
contribuintes de que não há amparo admissível a progressividade das alíquotas
constitucional. do presente imposto, tornando possível
graduá-lo conforme a capacidade
contributiva de cada um.

Apresenta finalidade arrecadatória (fiscal) e


obedece aos princípios da legalidade, da
anterioridade e da anterioridade
nonagesimal.

A base de cálculo do ITCMD será o valor


venal dos bens ou direitos transmitidos,
conforme dispõe o art. 38 do CTN. Seu

54
lançamento ocorre por declaração, pois a
autoridade administrativa lança o tributo
com base em informações prestadas pelo
próprio contribuinte.

O Estado competente para tributar essa


transmissão será, em se tratando de bens
imóveis e respectivos direitos, o da situação
do bem ou ao Distrito Federal, não
importando se a transmissão é causa mortis
ou doação. No que se refere aos bens
móveis, títulos e créditos, devemos
primeiramente saber a que título ocorreu a
transmissão, pois se foi por sucessão causa
mortis o imposto cabe ao Estado onde se
processar o inventário ou arrolamento, mas
se foi por doação compete ao Estado onde
tiver domicílio o doador. A CF/88 (art. 155, §
1º, III) também prescreve que o ITCMD terá
a competência para sua instituição regulada
por lei complementar se o doador tiver
domicilio ou residência no exterior ou se o
de cujus possuía bens, era residente ou
domiciliado ou teve o seu inventário
processado no exterior.

 Súmula 590, STF: Calcula-se o imposto


de transmissão causa mortis sobre o saldo
credor da promessa de compra e venda de
imóvel, no momento da abertura da
sucessão do promitente vendedor.
 Súmula 331, STF: É legítima a
incidência do imposto de transmissão causa
mortis no inventário por morte presumida.
 Súmula 115, STF: Sobre os honorários
do advogado contratado pelo inventariante,
com a homologação do juiz, não incide o
imposto de transmissão "causa mortis".
 Súmula 114, STF: O imposto de
transmissão causa mortis não é exigível
antes da homologação do cálculo.
 Súmula 113, STF: O imposto de
transmissão causa mortis é calculado sobre
o valor dos bens na data da avaliação.
 Súmula 112, STF: O imposto de
transmissão causa mortis é devido pela
alíquota vigente ao tempo da abertura da
sucessão.

55
1136 13.2.2. IMPOSTO SOBRE 13.2.2. IMPOSTO SOBRE
OPERAÇÕES RELATIVAS À OPERAÇÕES RELATIVAS À
CIRCULAÇÃO DE CIRCULAÇÃO DE
MERCADORIAS E SOBRE MERCADORIAS E SOBRE
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE
TRANSPORTE INTERESTADUAL TRANSPORTE INTERESTADUAL
E INTERMUNICIPAL E DE E INTERMUNICIPAL E DE
COMUNICAÇÃO, AINDA QUE COMUNICAÇÃO, AINDA QUE
AS OPERAÇÕES SE INICIEM NO AS OPERAÇÕES SE INICIEM NO
EXTERIOR (ICMS) EXTERIOR (ICMS)
O ICMS, nos termos do artigo 155, II da O presente imposto apresenta finalidade
Constituição Federal, assim está disposto: fiscal, sendo uma das principais fontes de
renda dos estados. Ainda, é um tributo real
(incide sobre coisas) e proporcional (suas
alíquotas não variam em função da base de
cálculo). Também é, em regra, um imposto
plurifásico, ou seja, incide sobre todas as
etapas de produção da mercadoria. A
exceção fica por conta do ICMS-
Combustíveis em que a incidência do ICMS
será monofásica (ocorrerá apenas uma vez).
A incidência plurifásica do ICMS tem por
consequência o princípio da não
cumulatividade (aplicável também ao IPI),
nos termos do art. 155, § 2º, I. Segundo ele,
compensa-se o que for devido em cada
operação com o montante cobrado nas
anteriores pelo mesmo ou outro Estado.
Pode ser classificado também como um
tributo indireto, visto que quem sofre o
ônus tributário (o consumidor final) não é a
mesma pessoa que efetua o recolhimento
do imposto, pois todos esses custos são
repassados na hora da venda do produto
final. Seu lançamento ocorrerá por
homologação.
O ICMS, nos termos do artigo 155, II da
Constituição Federal, assim está disposto:

1138 Importa destacar que a Lei Kandir, Lei Importa destacar que a Lei Kandir, Lei
Complementar 87/96, trata da matéria, Complementar 87/96, trata da matéria,
sendo aplicável a todos os Estados- sendo aplicável a todos os Estados-
Membros, que devem obedecê-la em suas Membros, que devem obedecê-la em suas
legislações estaduais. legislações estaduais.
 Súmula Vinculante 48: Na entrada de
mercadoria importada do exterior, é
legítima a cobrança do ICMS por ocasião do
desembaraço aduaneiro.

56
 Súmula Vinculante 32: O ICMS não
incide sobre alienação de salvados de
sinistro pelas seguradoras.
 Súmula 662, STF: É legítima a
incidência do ICMS na comercialização de
exemplares de obras cinematográficas,
gravados em fitas de videocassete.
 Súmula 660, STF: Não incide ICMS na
importação de bens por pessoa física ou
jurídica que não seja contribuinte do
imposto.
 Súmula 576, STF: É lícita a cobrança
do imposto de circulação de mercadorias
sobre produtos importados sob o regime da
alíquota "zero".
 Súmula 574, STF: Sem lei estadual que
a estabeleça, é ilegítima a cobrança do
imposto de circulação de mercadorias sobre
o fornecimento de alimentação e bebidas
em restaurante ou estabelecimento similar.
 Súmula 573, STF: Não constitui fato
gerador do imposto de circulação de
mercadorias a saída física de máquinas,
utensílios e implementos a título de
comodato.
 Súmula 570, STF: O imposto de
circulação de mercadorias não incide sobre a
importação de bens de capital.
 Súmula 569, STF: É inconstitucional a
discriminação de alíquotas do imposto de
circulação de mercadorias nas operações
interestaduais, em razão de o destinatário
ser, ou não, contribuinte.
 Súmula 557, STF: Na importação de
mercadorias do exterior, o fato gerador do
imposto de circulação de mercadorias
ocorre no momento de sua entrada no
estabelecimento do importador.
 Súmula 536, STF: São objetivamente
imunes ao imposto sobre circulação de
mercadorias os produtos industrializados,
em geral, destinados à exportação, além de
outros, com a mesma destinação, cuja
isenção a lei determinar.
 Súmula 391, STJ: O ICMS incide sobre
o valor da tarifa de energia elétrica
correspondente à demanda de potência
efetivamente utilizada.

57
 Súmula 166, STJ: Não constitui fato
gerador do ICMS o simples deslocamento de
mercadoria de um para outro
estabelecimento do mesmo contribuinte.
 Súmula 163, STJ: O fornecimento de
mercadorias com a simultânea prestação de
serviços em bares, restaurantes e
estabelecimentos similares constitui fato
gerador do ICMS a incidir sobre o valor total
da operação.

1139 13.2.3. IMPOSTO SOBRE 13.2.3. IMPOSTO SOBRE


VEÍCULOS AUTOMOTORES VEÍCULOS AUTOMOTORES
Nos termos do que dispõe o artigo 155, III da Imposto de finalidade fiscal, cumpre
Constituição Federal, tem-se o IPVA, a saber: destacar ainda o fato de a alteração de sua
base de cálculo (e não alíquota) estar
“O imposto previsto no inciso III: (Incluído pela
excepcionada do princípio da anterioridade
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
nonagesimal. Assim, conclui-se que a
I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado majoração das alíquotas do IPVA obedece
Federal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº aos princípios da anterioridade e
42, de 19.12.2003) anterioridade nonagesimal.
II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função
Nos termos do que dispõe o artigo 155, III da
do tipo e utilização. (Incluído pela Emenda
Constituição Federal, tem-se o IPVA, a saber:
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)”

“O imposto previsto no inciso III: (Incluído pela


13.3. IMPOSTOS MUNICIPAIS Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado


Federal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº
42, de 19.12.2003)

II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função


do tipo e utilização. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)”

Tendo como base de cálculo o valor do


veículo, o STF já decidiu, no RE 466.480-AgR,
que a permissão do inciso II não se confunde
com progressividade, pois “não há tributo
progressivo quando as alíquotas são
diferenciadas segundo critérios que não
levam em consideração a capacidade
contributiva”.

Cumpre destacar que o princípio da não


discriminação com base na procedência ou
destino, previsto no art. 152 da CF, veda a
aplicação de alíquotas diferenciadas para
veículos nacionais e importados.

58
O contribuinte é o proprietário do veículo
automotor e seu lançamento é realizado de
ofício.

13.3. IMPOSTOS
MUNICIPAIS

1140
O IPTU tem como principais características: O IPTU tem como principais características:
a) ser um imposto real, que admite a a) ser um imposto real, que admite a
progressividade fiscal e extrafiscal; b) nos progressividade fiscal e extrafiscal; b) nos
termos do artigo 32, parágrafo 2º do CTN, termos do artigo 32, parágrafo 2º do CTN,
da área de expansão urbana, onde será da área de expansão urbana, onde será
também cobrado o IPTU; c) o contribuinte é também cobrado o IPTU; c) o contribuinte é
o proprietário, o titular, como também o seu o proprietário, o titular, como também o seu
possuidor, a qualquer título. possuidor, a qualquer título.

No tocante aos princípios constitucionais, o


IPTU fica sujeito tanto à anterioridade como
à anterioridade nonagesimal, excetuadas as
majorações da base de cálculo do tributo,
que constituem exceções ao princípio da
anterioridade nonagesimal.

Quanto ao contribuinte do IPTU, o


entendimento do STJ (REsp 325.489) é o de
que, para ser considerado assim
considerado, o indivíduo deve exercer a
posse sobre o imóvel com animus domini
(animus definitivo), que quer dizer intenção
de ser dono. Dessa forma, sumulou-se
entendimento no sentido de que o locatário
ou comodatário de imóvel não pode ser
considerado como contribuinte do IPTU.

Quanto à progressividade extrafiscal do


respectivo imposto, tem-se que o art. 182 da
CF/88 confere ao Poder Público municipal a
competência para executar a política de
desenvolvimento urbano, com o objetivo de
ordenar o pleno desenvolvimento das
funções sociais da cidade e garantir o bem-
estar de seus habitantes. Nessa senda, § 4º
do art. 182 permitiu ao Poder Público
municipal exigir, mediante lei específica, do
proprietário do solo urbano não edificado,
subutilizado ou não utilizado, que promova
o seu adequado aproveitamento. Caso
contrário, entre outras penas, é permitido
cobrar o IPTU progressivo no tempo. Trata-
se, portanto, da progressividade extrafiscal
do IPTU, cujo objetivo é estimular o
cumprimento da função social da

59
propriedade, sob pena da progressão do
tributo incidente sobre o imóvel. Destaca-se,
entretanto, que essa não é a primeira
medida a ser tomada pelo poder público,
devendo primeiro ocorrer o parcelamento
ou edificação compulsórios.

Essa modalidade de progressividade existe


desde a promulgação da CF/88, ao contrário
da progressividade das alíquotas do IPTU
com base no valor venal do imóvel
(progressividade fiscal) que só passou a
existir com o advento da EC 29/00. De
acordo com esta, a progressividade ocorre
com base no valor dos imóveis, permitindo
que o município cobre alíquotas maiores
para imóveis urbanos mais caros.

O IPTU é um imposto lançado de ofício (sem


participação do sujeito passivo) e
normalmente incide no dia 01 de janeiro de
cada ano.

Por fim, destaca-se que a EC 29/00 incluiu o


inciso II, no § 1º, do art. 156, da CF/88,
possibilitando que as alíquotas do IPTU
sejam diferentes de acordo com a
localização e o uso do imóvel.

 Súmula 668, STF: É inconstitucional a


lei municipal que tenha estabelecido, antes
da Emenda Constitucional 29/2000,
alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se
destinada a assegurar o cumprimento da
função social da propriedade urbana.
 Súmula 589, STF: É inconstitucional a
fixação de adicional progressivo do imposto
predial e territorial urbano em função do
número de imóveis do contribuinte.
 Súmula 583, STF: Promitente-
Comprador de imóvel residencial transcrito
em nome de autarquia é contribuinte do
imposto predial territorial urbano.
 Súmula 539, STF: É constitucional a lei
do município que reduz o imposto predial
urbano sobre imóvel ocupado pela
residência do proprietário, que não possua
outro.
 Súmula 614, STJ: O locatário não
possui legitimidade ativa para discutir a
relação jurídico-tributária de IPTU e de taxas

60
referentes ao imóvel alugado nem para
repetir indébito desses tributos.
 Súmula 397, STJ: O contribuinte do
IPTU é notificado do lançamento pelo envio
do carnê ao seu endereço.
 Súmula 160, STJ: É defeso, ao
município, atualizar o IPTU, mediante
decreto, em percentual superior ao índice
oficial de correção monetária.

1140 13.3.2. IMPOSTO 13.3.2. IMPOSTO


TRANSMISSÃO DE BENS TRANSMISSÃO DE BENS
IMÓVEIS IMÓVEIS
Disposto no artigo 156, II, da CRFB/1988, é Disposto no artigo 156, II, da CRFB/1988, é
de competência dos municípios, incidindo de competência dos municípios, incidindo
sobre a transmissão, por ato oneroso, de sobre a transmissão, por ato oneroso, de
bens imóveis, por natureza ou acessão física, bens imóveis, por natureza ou acessão física,
e de bens imóveis, exceto os de garantia, e de bens imóveis, exceto os de garantia,
bem como cessão de direitos a sua bem como cessão de direitos a sua
aquisição. É imposto cobrado por ocasião da aquisição. É imposto cobrado por ocasião da
compra e venda de bens imóveis. compra e venda de bens imóveis.

O contribuinte do imposto é qualquer das Destaca-se que o ITBI não incide sobre a
partes na operação tributada, como a lei transmissão de bens ou direitos
dispuser, bem como a base de cálculo é o incorporados ao patrimônio de pessoa
valor venal do imóvel. As alíquotas são jurídica em realização de capital, nem sobre
fixadas por lei municipal. a transmissão de bens ou direitos
decorrentes de fusão, incorporação, cisão
ou extinção de pessoa jurídica, salvo se,
nesses casos, a atividade preponderante do
adquirente for a compra e venda desses
bens ou direitos, locação de bens imóveis ou
arrendamento mercantil.

O contribuinte do imposto é qualquer das


partes na operação tributada, como a lei
dispuser, bem como a base de cálculo é o
valor venal do imóvel. As alíquotas são
fixadas por lei municipal e o município
competente para a cobrança desse imposto
é aquele da situação do bem.

O ITBI incide apenas sobre os modos


derivados de aquisição da propriedade
(como contrato ou sucessão hereditária, ou
seja, relação entre pessoas), não incidindo
quando o modo de aquisição foi originário
(sem alienante voluntário, como
desapropriação e usucapião). Ademais, a
CF/88 estabeleceu imunidade (art. 184, § 5º)
de impostos federais, estaduais e municipais

61
sobre as operações de transferência de
imóveis desapropriados para fins de reforma
agrária.

Conforme entendimento do STJ (REsp


1.188.655/RS), incide ITBI sobre a
arrematação judicial de bem imóvel em
leilão público (hasta pública).

O fato gerador desse imposto ocorre com o


registro da transmissão da propriedade no
Cartório de Registro de Imóveis, não sendo
considerado o mero registro do contrato de
compromisso de compra e venda no
Cartório de Títulos e Documentos. Seu
lançamento ocorre por declaração.

 Súmula 656, STF: É inconstitucional a


lei que estabelece alíquotas progressivas
para o imposto de transmissão inter vivos
de bens imóveis - ITBI com base no valor
venal do imóvel.
 Súmula 329, STF: O imposto de
transmissão inter vivos não incide sobre a
transferência de ações de sociedade
imobiliária
 Súmula 328, STF: É legítima a
incidência do imposto de transmissão inter
vivos sobre a doação de imóvel.
 Súmula 110, STF: O imposto de
transmissão inter vivos não incide sobre a
construção, ou parte dela, realizada pelo
adquirente, mas sobre o que tiver sido
construído ao tempo da alienação do
terreno.
 Súmula 111, STF: É legítima a
incidência do imposto de transmissão inter
vivos sobre a restituição, ao antigo
proprietário, de imóvel que deixou de servir
à finalidade da sua desapropriação.
 Súmula 108, STF: É legítima a
incidência do imposto de transmissão inter
vivos sobre o valor do imóvel ao tempo da
alienação e não da promessa, na
conformidade da legislação local.

1140 13.3.3. IMPOSTO SOBRE 13.3.3. IMPOSTO SOBRE


SERVIÇOS SERVIÇOS
O imposto ora analisado, disposto no artigo O imposto ora analisado, disposto no artigo
156, III, da CRFB/1998, incide sobre os 156, III, da CRFB/1998, incide sobre os

62
serviços, excetos os serviços de serviços de qualquer natureza não
comunicação e transporte intermunicipal e compreendidos no campo de incidência do
interestadual. ICMS, excetuando os serviços de
comunicação e transporte intermunicipal e
interestadual, desde que definidos em lei
O contribuinte é o prestador de serviços. A complementar, ainda que esses não se
alíquota é fixada por lei municipal. Há que constituam como atividade preponderante
ser observado, ainda, nos termos do artigo do prestador. Nesse caso, a lei responsável é
156 da Constituição Federal, a saber: a LC 116/03 que deve ser observada em
conjunto com sua lista anexa.

§ 3º Em relação ao imposto previsto no Os serviços tributáveis são definidos em lei


inciso III do caput deste artigo, cabe à lei complementar, mas a instituição efetiva do
complementar:(Redação dada pela Emenda tributo ocorre por meio de lei ordinária
Constitucional nº 37, de 2002) municipal. Cumpre destacar que os serviços,
I - fixar as suas alíquotas máximas e para serem tributáveis, devem ser
mínimas; (Redação dada pela Emenda destinados a terceiros, conforme se verifica
Constitucional nº 37, de 2002) no seguinte precedente:

II - excluir da sua incidência exportações de


serviços para o exterior. (Incluído pela TRIBUTÁRIO. INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA.
Emenda Constitucional nº 3, de 1993) CONSTRUÇÃO FEITA PELO INCORPORADOR
III - regular a forma e as condições como EM TERRENO PRÓPRIO. ISS. NÃO
isenções, incentivos e benefícios fiscais INCIDÊNCIA. AUSÊNCIA DE PRESTAÇÃO DE
serão concedidos e revogados. (Incluído pela SERVIÇO A TERCEIRO. 1. Nos termos da
Emenda Constitucional nº 3, de 1993) jurisprudência desta Corte, não incide ISS na
hipótese de construção feita pelo próprio
incorporador, haja vista que, se a construção
é realizada por ele próprio, em terreno
Logo, nas exportações de serviços para o
próprio, não há falar em prestação de
exterior, há imunidade constitucionalmente
serviços a terceiros, mas a si próprio, o que
prevista. Ademais, convém ressaltar que há
descaracteriza o fato gerador. (STJ, AgRg
de ser observada a Lei Complementar
REsp 1.295.814/MS, Rel. Min. Sérgio Kukina,
116/2003, bem como sua lista anexa, que
Julgamento em 03/10/2013)
traz o rol de atividades consideradas
“serviços”, para o fim da incidência do ISS.
O contribuinte é o prestador de serviços. A
alíquota é fixada por lei municipal. Há que
ser observado, ainda, nos termos do artigo
156 da Constituição Federal, a saber:

§ 3º Em relação ao imposto previsto no inciso


III do caput deste artigo, cabe à lei
complementar:(Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 37, de 2002)
I - fixar as suas alíquotas máximas e
mínimas; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 37, de 2002)
II - excluir da sua incidência exportações de
serviços para o exterior. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
III - regular a forma e as condições como
isenções, incentivos e benefícios fiscais
serão concedidos e revogados. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 3, de 1993)

63
Em cumprimento ao dispositivo
constitucional, o art. 2º, I, da LC 116/2003,
dispõe:

Art. 2º O imposto não incide sobre:


I – as exportações de serviços para o exterior
do País;

Por outro lado, o imposto incidirá, caso os


serviços sejam desenvolvidos no Brasil,
desde que tenham seus respectivos
resultados verificados aqui, ainda que o
pagamento seja feito por residente no
exterior.

A base de cálculo do ISS é o preço do


serviço, tendo alíquota máxima de 5% e
mínima de 2% pela lei complementar. A LC
157/16 definiu, ainda, que o ISS não será
objeto de concessão de isenções, incentivos
ou benefícios tributários ou financeiros,
inclusive de redução de base de cálculo ou
de crédito presumido ou outorgado, ou sob
qualquer outra forma que resulte, direta ou
indiretamente, em carga tributária menor
que a decorrente da aplicação da alíquota
mínima de 2%.

O lançamento é por homologação, pois o


contribuinte, a cada fato gerador, fica
obrigado a calcular o valor do imposto
devido e antecipar o pagamento sem o
prévio exame da autoridade administrativa.

 Súmula Vinculante 31: É


inconstitucional a incidência do Imposto
sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS
sobre operações de locação de bens
móveis.
 Súmula 167, STJ: O fornecimento de
concreto, por empreitada, para construção
civil, preparado no trajeto até a obra em
betoneiras acopladas a caminhões, e
prestação de serviço, sujeitando-se apenas
a incidência do ISS.
 Súmula 138, STJ: O ISS incide na
operação de arrendamento mercantil de
coisas móveis.

64
PÁGINA ONDE SE LÊ LEIA-SE

1160 - asilo territorial: se constitui no próprio - asilo territorial: se constitui no próprio


território do Estado em que o estrangeiro território do Estado em que o estrangeiro
tenha ingressado e aí tenha requerido o tenha ingressado e aí tenha requerido o
asilo. asilo.
 Súmula 421, STF: Não impede a
extradição a circunstância de ser o
extraditado casado com brasileira ou ter
filho brasileiro.

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1204 Súmulas: Súmulas:


STJ nº 130 – A empresa responde, perante STJ nº 130 – A empresa responde, perante
o cliente, pela reparação de dano ou furto de o cliente, pela reparação de dano ou furto de
veículo ocorridos em seu estacionamento. veículo ocorridos em seu estacionamento.
STF nº 187 – A responsabilidade contratual STJ nº 479 - As instituições financeiras
do transportador, pelo acidente com o respondem objetivamente pelos danos
passageiro, não é elidida por culpa de gerados por fortuito interno relativo a fraudes
terceiro, contra o qual tem ação regressiva. e delitos praticados por terceiros no âmbito
de operações bancárias.
STJ nº 595 - As instituições de ensino
superior respondem objetivamente pelos
danos suportados pelo aluno/consumidor
pela realização de curso não reconhecido
pelo Ministério da Educação, sobre o qual
não lhe tenha sido dada prévia e adequada
informação.

STF nº 187 – A responsabilidade contratual


do transportador, pelo acidente com o
passageiro, não é elidida por culpa de
terceiro, contra o qual tem ação regressiva.

65
1218 Em sendo assim, no Capítulo VI do CDC Em sendo assim, no Capítulo VI do CDC
que cuida da proteção contratual do que cuida da proteção contratual do
consumidor, este diploma legal institui consumidor, este diploma legal institui
deveres aos fornecedores, criou direitos aos deveres aos fornecedores, criou direitos aos
consumidores, bem como municiou o juiz consumidores, bem como municiou o juiz
com instrumentos para aplicar de forma com instrumentos para aplicar de forma
mais efetiva a proteção pretendida. mais efetiva a proteção pretendida.

5.1. FASE PRÉ-CONTRATUAL  Súmula 603, STJ: É vedado ao banco


mutuante reter, em qualquer extensão, os
salários, vencimentos e/ou proventos de
correntista para adimplir o mútuo (comum)
contraído, ainda que haja cláusula
contratual autorizativa, excluído o
empréstimo garantido por margem salarial
consignável, com desconto em folha de
pagamento, que possui regramento legal
específico e admite a retenção de
percentual.

5.1. FASE PRÉ-CONTRATUAL

1224 5.6. CONTRATOS DE ADESÃO  Súmula 609, STJ: A recusa de cobertura


securitária, sob a alegação de doença
preexistente, é ilícita se não houve a
exigência de exames médicos prévios à
contratação ou a demonstração de má-fé do
segurado.
 Súmula 597, STJ: A cláusula contratual
de plano de saúde que prevê carência para
utilização dos serviços de assistência
médica nas situações de emergência ou de
urgência é considerada abusiva se
ultrapassado o prazo máximo de 24 horas
contado da data da contratação.

5.6. CONTRATOS DE ADESÃO

1225 A legitimação para a defesa de direitos A legitimação para a defesa de direitos


do consumidor em juízo só ocorre quando do consumidor em juízo só ocorre quando
estivermos diante de um dos interesses estivermos diante de um dos interesses
previstos pelo legislador como tuteláveis previstos pelo legislador como tuteláveis
através da ação coletiva. Estes são, conforme através da ação coletiva. Estes são, conforme
o art. 81, § único do CDC, os difusos, os o art. 81, § único do CDC, os difusos, os
coletivos e os individuais homogêneos. coletivos e os individuais homogêneos.

6.1.1. DIREITOS DIFUSOS E  Súmula 601, STJ: O Ministério Público


COLETIVOS tem legitimidade ativa para atuar na defesa
de direitos difusos, coletivos e individuais
homogêneos dos consumidores, ainda que
decorrentes da prestação de serviço
público.

6.1.1. DIREITOS DIFUSOS E


COLETIVOS

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PÁGINA ONDE SE LÊ LEIA-SE

1233 Não que os bens ambientais (microbens Não que os bens ambientais (microbens ou
ou elementos naturais) não tivessem proteção elementos naturais) não tivessem proteção até
até então. Sim, já possuíam. Entretanto, esta então. Sim, já possuíam. Entretanto, esta
proteção se dava de forma proteção se dava de forma
fragmentada/isolada bem por bem não fragmentada/isolada bem por bem não
considerando o meio, o ambiente como um considerando o meio, o ambiente como um
todo. Já existia, antes da publicação do PNMA, todo. Já existia, antes da publicação do PNMA,
o (antigo) Código Florestal – Lei nº 4.771/65, o o (antigo) Código Florestal – Lei nº 4.771/65, o
Código de Águas – Decreto nº 24.643/34, o Código de Águas – Decreto nº 24.643/34, o
Código de Minas – Decreto nº 1.985/40, etc. Código de Minas – Decreto nº 1.985/40, etc.
Mas foi efetivamente com a Publicação da Lei Mas foi efetivamente com a Publicação da Lei
nº 6.938/81 que passamos a visualizar o meio nº 6.938/81 que passamos a visualizar o meio
ambiente: o conjunto de condições, leis, ambiente: o conjunto de condições, leis,
influências e interações de ordem física, influências e interações de ordem física,
química e biológica, que permite, abriga e rege química e biológica, que permite, abriga e rege
a vida em todas as suas formas (art. 3º, I da Lei a vida em todas as suas formas (art. 3º, I da Lei
nº 6.938/81).14 nº 6.938/81).15

 Súmula 613, STJ: Não se admite a


aplicação da teoria do fato consumado em
tema de Direito Ambiental. Obs.: Segundo a
teoria do fato consumado, as situações
jurídicas consolidadas pelo decurso do
tempo, amparadas por decisão judicial, não
devem ser desconstituídas, em razão do
princípio da segurança jurídica e da
estabilidade das relações sociais (STJ, REsp
709.934/RJ).

1260 O Poder Público poderá, ressalvadas as O Poder Público poderá, ressalvadas as


atividades agropecuárias e outras atividades atividades agropecuárias e outras atividades
econômicas em andamento e obras públicas econômicas em andamento e obras públicas
licenciadas, na forma da lei, decretar licenciadas, na forma da lei, decretar
limitações administrativas provisórias ao limitações administrativas provisórias ao
exercício de atividades e empreendimentos exercício de atividades e empreendimentos
efetiva ou potencialmente causadores de efetiva ou potencialmente causadores de
degradação ambiental, para a realização de degradação ambiental, para a realização de

14 Destaca Annelise Monteiro Steigleder: a consequência da autonomização jurídica do bem ambiental é a possibilidade de sua
tutela como bem independente dos diversos elementos corpóreos que o integram, versando a proteção jurídica da qualidade
ambiental e sobre as características físicas, químicas e biológicas do ecossistema. STEIGLEDER, Annelise Monteiro; CAPPELLI, Silva;
MARCHESAN, Ana Maria Moreira. Direito ambiental. 4.ed. Porto Alegre: Editora Verbo Jurídico, 2007, p. 16.
15 Destaca Annelise Monteiro Steigleder: a consequência da autonomização jurídica do bem ambiental é a possibilidade de sua
tutela como bem independente dos diversos elementos corpóreos que o integram, versando a proteção jurídica da qualidade
ambiental e sobre as características físicas, químicas e biológicas do ecossistema. STEIGLEDER, Annelise Monteiro; CAPPELLI, Silva;
MARCHESAN, Ana Maria Moreira. Direito ambiental. 4.ed. Porto Alegre: Editora Verbo Jurídico, 2007, p. 16.

67
estudos com vistas na criação de Unidade de estudos com vistas na criação de Unidade de
Conservação, quando, a critério do órgão Conservação, quando, a critério do órgão
ambiental competente, houver risco de ambiental competente, houver risco de
dano grave aos recursos naturais ali dano grave aos recursos naturais ali
existentes. Na área submetida às limitações existentes. Na área submetida às limitações
administrativas, não serão permitidas administrativas, não serão permitidas
atividades que importem em exploração ou atividades que importem em exploração ou
corte raso da floresta e demais formas de corte raso da floresta e demais formas de
vegetação nativa. O subsolo e o espaço vegetação nativa. O subsolo e o espaço
aéreo, sempre que influírem na estabilidade aéreo, sempre que influírem na estabilidade
do ecossistema integram os limites das do ecossistema integram os limites das
unidades de conservação. As unidades de unidades de conservação. As unidades de
conservação, exceto Área de Proteção conservação, exceto Área de Proteção
Ambiental e Reserva Particular do Ambiental e Reserva Particular do
Patrimônio Natural, devem possuir uma Patrimônio Natural, devem possuir uma
zona de amortecimento16 e, quando zona de amortecimento18 e, quando
conveniente, corredores ecológicos17. conveniente, corredores ecológicos19.

 É inconstitucional a redução ou a
supressão de espaços territoriais
especialmente protegidos, como é o caso
das unidades de conservação, por meio de
medida provisória. Isso viola o art. 225, § 1º,
III, da CF/88. Assim, a redução ou supressão
de unidade de conservação somente é
permitida mediante lei em sentido formal. A
medida provisória possui força de lei, mas o
art. 225, § 1º, III, da CF/88 exige lei em
sentido estrito. A proteção ao meio
ambiente é um limite material implícito à
edição de medida provisória, ainda que não
conste expressamente do elenco das
limitações previstas no art. 62, § 1º, da
CF/88 (STF, Plenário, ADI 4717/DF, Rel. Min.
Cármen Lúcia, julgado em 5/4/2018 (Info
896)).

16 O entorno de uma unidade de conservação, onde as atividades humanas estão sujeitas a normas e restrições específicas, com o
propósito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade, art. 2º, XVIII do SNUC.
17 Porções de ecossistemas naturais ou seminaturais, ligando unidades de conservação, que possibilitam entre elas o fluxo de
genes e o movimento da biota, facilitando a dispersão de espécies e a recolonização de áreas degradadas, bem como a
manutenção de populações que demandam para sua sobrevivência áreas com extensão maior do que aquela das unidades
individuais, art. 2º, XIX do SNUC.
18 O entorno de uma unidade de conservação, onde as atividades humanas estão sujeitas a normas e restrições específicas, com o
propósito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade, art. 2º, XVIII do SNUC.
19 Porções de ecossistemas naturais ou seminaturais, ligando unidades de conservação, que possibilitam entre elas o fluxo de
genes e o movimento da biota, facilitando a dispersão de espécies e a recolonização de áreas degradadas, bem como a
manutenção de populações que demandam para sua sobrevivência áreas com extensão maior do que aquela das unidades
individuais, art. 2º, XIX do SNUC.

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PÁGINA ONDE SE LÊ LEIA-SE

1465 IV – passar a exercer, em caráter IV – passar a exercer, em caráter


definitivo, atividade incompatível com a definitivo, atividade incompatível com a
advocacia; (GRIFAMOS) advocacia; (GRIFAMOS)

OBS: como é o caso das funções de OBS: como é o caso das funções de juiz,
juiz, promotor de justiça, delegado, etc., promotor de justiça, delegado, etc.,
conforme o disposto no artigo 28 do conforme o disposto no artigo 28 do
Estatuto. Estatuto.
§1º Ocorrendo uma das hipóteses dos V - perder qualquer um dos requisitos
incisos II, III e IV, o cancelamento deve ser necessários para inscrição.
promovido, de ofício, pelo Conselho
competente ou em virtude de comunicação §1º Ocorrendo uma das hipóteses dos
por qualquer pessoa. incisos II, III e IV, o cancelamento deve ser
promovido, de ofício, pelo Conselho
competente ou em virtude de comunicação
por qualquer pessoa.

1475 OBS: é a situação de vereador, OBS: é a situação de vereador,


deputado estadual, deputado federal e deputado estadual, deputado federal e
senador. senador.
Parágrafo único. Não se incluem nas
hipóteses do inciso I os docentes dos cursos
jurídicos.

1488 Artigo 45 São órgãos da OAB: Artigo 45 São órgãos da OAB:


I – o Conselho Federal; OBS: dotado de I – o Conselho Federal; OBS: dotado de
personalidade jurídica. personalidade jurídica.

II – os Conselhos Seccionais; OBS: dotado II – os Conselhos Seccionais; OBS: dotado


de personalidade jurídica. de personalidade jurídica.

III – as Subseções; III – as Subseções;


IV – as Caixas de Assistência dos IV – as Caixas de Assistência dos
advogados. OBS: dotado de personalidade advogados. OBS: dotado de personalidade
jurídica. jurídica.

§ 5.º A OAB, por constituir serviço público, § 5.º A OAB, por constituir serviço público,
goza de imunidade tributária total em goza de imunidade tributária total em relação
relação a seus bens, rendas e serviços. a seus bens, rendas e serviços.
§6º Os atos conclusivos dos órgãos da § 6º Os atos, as notificações e as decisões
OAB, salvo quando reservados ou de dos órgãos da OAB, salvo quando
administração interna, devem ser reservados ou de administração interna,
publicados na imprensa oficial ou afixados serão publicados no Diário Eletrônico da
no fórum, na íntegra ou em resumo. Ordem dos Advogados do Brasil, a ser
disponibilizado na internet, podendo ser
afixados no fórum local, na íntegra ou em
resumo. (Redação dada pela Lei nº
13.688, de 2018)

69
1492 Artigo 61 Compete à Subseção, no Artigo 61 Compete à Subseção, no âmbito
âmbito de seu território: de seu território:
I – dar cumprimento efetivo às finalidades I – dar cumprimento efetivo às finalidades da
da OAB; OAB;
II – velar pela dignidade, independência e II – velar pela dignidade, independência e
valorização da advocacia, e fazer valer as valorização da advocacia, e fazer valer as
prerrogativas do advogado; prerrogativas do advogado;
III – representar a OAB perante os poderes III – representar a OAB perante os poderes
constituídos; constituídos;
IV – desempenhar as atribuições previstas IV – desempenhar as atribuições previstas
no Regulamento Geral ou por delegação de no Regulamento Geral ou por delegação de
competência do Conselho Seccional. competência do Conselho Seccional.
Parágrafo único. Ao conselho da Subseção, Parágrafo único. Ao conselho da Subseção,
quando houver, compete exercer as quando houver, compete exercer as funções
funções e atribuições do Conselho e atribuições do Conselho Seccional, na
Seccional, na forma do Regimento Interno forma do Regimento Interno deste, e ainda:
deste, e ainda:
a) editar seu Regimento interno, a ser
Editar seu Regimento interno, a ser referenciado pelo Conselho Seccional;
referenciado pelo Conselho Seccional;
b) editar resoluções, no âmbito de sua
Editar resoluções, no âmbito de sua competência;
competência;
c) instaurar e instruir processos disciplinares,
Instaurar e instruir processos disciplinares, para julgamento pelo Tribunal de Ética e
para julgamento pelo Tribunal de Ética e Disciplina;
Disciplina;
d) receber pedido de inscrição nos quadros
Receber pedido de inscrição nos quadros de advogado e estagiário, instruindo e
de advogado e estagiário, instruindo e emitindo parecer prévio, para decisão do
emitindo parecer prévio, para decisão do Conselho Seccional.
Conselho Seccional.

1495 § 2º Nos casos de publicação na imprensa § 2º No caso de atos, notificações e


oficial do ato ou da decisão, o prazo inicia-se decisões divulgados por meio do Diário
no primeiro dia útil seguinte. Eletrônico da Ordem dos Advogados do
Brasil, o prazo terá início no primeiro dia útil
Artigo 70. O poder de punir seguinte à publicação, assim considerada o
disciplinarmente os inscritos na OAB primeiro dia útil seguinte ao da
compete exclusivamente ao Conselho disponibilização da informação no
Seccional em cuja base territorial tenha Diário. (Redação dada pela Lei nº 13.688,
ocorrido a infração, salvo se a falta for de 2018)
cometida perante o Conselho Federal.
Artigo 70. O poder de punir
disciplinarmente os inscritos na OAB
compete exclusivamente ao Conselho
Seccional em cuja base territorial tenha
ocorrido a infração, salvo se a falta for
cometida perante o Conselho Federal.

70

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