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Textos de Apoio – Núcleo Gerador: Saúde

URGÊNCIAS
 
9. URGÊNCIAS

9.1. O que é uma situação de urgência?


É toda a situação em que a demora de diagnóstico, ou de tratamento, pode trazer grave risco
ou prejuízo para a vítima, como nos casos de traumatismos graves, intoxicações agudas,
queimaduras, crises cardíacas ou respiratórias. 3

Algumas urgências, pela extrema gravidade da situação, ou porque implicam o uso de


telecomunicações ou o transporte especial do doente, são consideradas como emergências
médicas.

9.2. Posso ir directamente ao serviço de urgência de um Hospital?


Só nas situações de risco de vida ou de emergência. Nas restantes situações deverá procurar
o serviço de atendimento permanente, ou urgente, do Centro de Saúde da área da ocorrência.
Muitos Centros de Saúde têm serviço de atendimento permanente em horário alargado.
Só em situações graves deverá recorrer ao serviço de urgência hospitalar

9.3. O que devo fazer numa situação de emergência? Que número de telefone devo usar?
Deve de imediato alertar os serviços competentes, o que em Portugal, à semelhança dos
países da UE, é feito através do número 112. Esta chamada é gratuita.

9.4. Que informação devo dar à pessoa que atende o telefone de emergência?
Deve informar, de forma simples e clara:

O tipo de situação (doença, acidente, parto, etc.);

O número de telefone do qual está a ligar;

A localização exacta e, sempre que possível, pontos de referência;

O número, o sexo e a idade aparente das pessoas a necessitar de socorro;

As queixas principais e as alterações que observa;

A existência de qualquer situação que exija outros meios para o local,por exemplo, libertação
de gases, perigo de incêndio, etc.
Desligue o telefone apenas quando o operador indicar.

É importante lembrar que o 112 é o número nacional de socorro, sendo comum a situações de
saúde e outras, tais como incêndios, assaltos, etc.;

Assim, a chamada será atendida inicialmente por um elemento da autoridade (PSP), que fará
uma abordagem sumária, no sentido de verificar se se trata de uma situação de polícia,
bombeiros ou saúde. 3

Nos casos que se insiram no âmbito da saúde, a chamada é reencaminhada para a central de
emergência médica (INEM), onde um médico procede à triagem das diferentes ocorrências,
com vista à selecção dos meios de socorro adequados.

As centrais de emergência médica alargar-se-ão, tendencialmente, a todo o território do


continente. Nos locais não abrangidos por este serviço, o elemento da autoridade que atende a
chamada 112 dar-lhe-á o encaminhamento necessário.

9.5. Se não for uma emergência, o técnico que atende o telefone dá-me indicações sobre o
que devo fazer?
Sim. A Central de Emergência Médica (INEM) indica sempre o que deve ser feito, de acordo
com o tipo de situação.

9.6. Quando há intoxicação ou envenenamento, o que devo fazer?


Em caso de intoxicação, telefone para o Centro de Informação Antivenenos (CIAV) também
conhecido por Centro de Intoxicações.

808 250 143

Este atendimento funciona 24 horas por dia. Para cada caso será informado sobre as medidas
que deverá tomar.
Procure ter a informação que possa ajudar o Centro de Intoxicações a identificar a situação:
Nome/utilidade do produto
Quantidade envolvida
Hora provável do contacto

9.7. Qualquer pessoa pode aprender a socorrer?


Até uma criança pode aprender gestos simples que salvam.

Há cursos de socorrismo, organizados por várias instituições e associações, como o Instituto


Nacional de Emergência Médica (INEM), a Cruz Vermelha Portuguesa ou a Escola Nacional
de Bombeiros, que se destinam a profissionais ou ao público em geral.

Têm de ser pedidos por associações ou entidades, tais como empresas, escolas e autarquias.

3
Os conhecimentos básicos de Socorrismo adquiridos permitem actuar até que o auxílio
adequado chegue ao local. Esta aprendizagem inclui os procedimentos indicados nas
situações de urgência e principalmente, os conhecimentos sobre o que não deve ser feito,
pelos perigos que, por vezes, uma actuação não apropriada pode trazer à vítima.

Dia do Não Fumador


Só oito por cento dos médicos prescrevem
medicamentos para deixar de fumar 
16.11.2008 - 14h18 Lusa
Apenas oito por cento dos médicos de família prescrevem medicamentos para deixar
de fumar, revelam dados da consultora “IMS Health” que confirmam a preocupação de
alguns especialistas com a falta de formação dos clínicos para travar o tabagismo. Os
dados foram recolhidos entre Julho de 2007 e Junho de 2008 junto de médicos de
clínica geral em Portugal e, na opinião da pneumologista Cecília Pardal, responsável
pela consulta de cessação tabágica do Hospital Amadora-Sintra, mostram que os
clínicos precisam de mais formação.

Apesar de acreditar que os números são mais negros do que a realidade, a médica
admitiu que há "uma grande lacuna nas faculdades" no que diz respeito à formação
dos clínicos para lidarem com o tabagismo. "Os médicos não estão treinados para
promover a cessação. Não há nada nas escolas que ensine os médicos a trabalhar 3
nesta área", disse, por seu lado, o especialista sueco Karl Fageström, em Lisboa para
participar num encontro internacional sobre estratégias clínicas de luta contra a
dependência do tabaco que juntou 250 especialistas.

Em vésperas do Dia do Não Fumador, que se assinala amanhã, o mesmo especialista


disse que "o grande desafio para a medicina na área do tabaco é a cessação". Para
Fageström, "é importante que os médicos saibam se os seus doentes fumam, o que
nem sempre acontece". Depois, é importante aconselhar o doente a deixar de fumar e,
finalmente, o médico deve ajudar o paciente a abandonar o vício, nomeadamente com
recurso a medicamentos.

O investigador, que há mais de 30 anos desenvolveu um questionário que é hoje


utilizado por médicos em todo o mundo para aferir o grau de dependência de um
fumador, lembrou que muitos clínicos ainda consideram que estão a invadir a vida
privada do doente quando lhe perguntam se fuma, além de terem pouco tempo para
aconselhar o paciente.

Para envolver mais os clínicos na luta contra o tabagismo, Fageström e Cecília Pardal
advogam que as Universidades incluam formação na área da cessação tabágica.
"Se não passar pelas faculdades, haverá sempre uma lacuna", defende a médica
portuguesa. Outras propostas são remunerar o tempo que os médicos despendem em
aconselhamento de fumadores e comparticipar os medicamentos para deixar de
fumar, até porque, defende o especialista sueco, não comparticipar é passar a
mensagem de que a dependência do tabaco não é uma doença como as outras, de que
não é tão grave.

Comparticipação

Cecília Pardal lembra que os portugueses "não estão mentalmente preparados" para
gastar tanto dinheiro em medicamentos para deixar de fumar e admite mesmo que
muitas vezes os médicos prescrevem os tratamentos e os doentes acabam por não os
levantar na farmácia "por causa do preço". Questionado recentemente sobre a
possibilidade de comparticipação de medicamentos, o director-geral da Saúde,
Francisco George, referiu não haver qualquer proposta nesse sentido e defendeu que
deixar de fumar é "um ganho imediato em poucos dias".

O mesmo responsável admitiu em Setembro que a Lei do Tabaco, em vigor desde o


início deste ano, tem uma lacuna. É que a lei prevê consultas para deixar de fumar em
todos os centros de saúde, mas "não há médicos especialistas" nessa área. Francisco
George afirmou que proporá a alteração da lei, porque todos os clínicos devem saber
se os seus pacientes fumam e aconselhá-los a deixar o tabaco. George lembrou ainda 3
existir um guia de orientação e formação para os profissionais de saúde.

As multas para quem fumar em espaços fechados e fora das zonas previstas para
fumadores oscilam entre os 50 e os 750 euros e entre os 50 e os mil euros para os
proprietários de estabelecimentos privados e órgãos directivos dos serviços da
Administração Pública que não cumpram a legislação. A nova legislação proíbe ainda a
venda de tabaco a menores de 18 anos e deixa de autorizar que as próprias máquinas
de venda automática façam publicidade aos cigarros.

Um estudo realizado recentemente por Lourdes Barradas, do Instituto Português de


Oncologia de Coimbra, revela que apenas sete por cento dos fumadores que tentam
deixar o vício sem ajuda médica se mantêm abstinentes ao fim de um ano. Nas
consultas de cessação tabágica, um quarto dos fumadores consegue deixar de o ser.

Em Portugal, mais de 1,8 milhões de portugueses são fumadores, de acordo com o


último Inquérito Nacional de Saúde, realizado em 2005/06 pelo Instituto Ricardo Jorge
e Instituto Nacional de Estatística. A Organização Mundial de Saúde garante que o
tabagismo é a principal causa de morte evitável em todo o mundo. As doenças
provocadas pelo tabaco são anualmente responsáveis pela morte de cerca de cinco
milhões de pessoas, um número que deverá duplicar em 2030 se a epidemia não for
travada.

î Nova Roda dos Alimentos

A roda dos alimentos é um instrumento de educação alimentar largamente reconhecido


pela população portuguesa pela sua utilização desde 1977 na campanha "Saber comer é
saber viver".

A sua forma circular associa-se ao prato vulgarmente utilizado às refeições, e a sua


divisão por grupos permite identificar facilmente qual a proporção com que os
alimentos de cada um desses grupos deve estar presente na alimentação diária,
incentivando maior consumo dos alimentos pertencentes aos grupos de maior dimensão
e menor consumo daqueles que se encontram nos grupos de menor dimensão. Dentro de
cada grupo estão reunidos alimentos nutricionalmente semelhantes entre si, que devem
ser regularmente substituídos entre si de modo a assegurar a variedade alimentar.

- Folheto explicativo da nova roda dos alimentos 

Para outras informações consulte o site:


http://www.consumidor.pt/pls/ic/app_ver_canal?id=5451&p_acc=0&plingua=1  3

î As recomendações para a população portuguesa, em termos nutricionais, são as


seguintes:

1) Promoção do aleitamento materno;


2) Aumento do consumo de hidratos de carbono complexos;
3) Aumento do consumo de fibra;
4) Redução do consumo dos lípidos totais, em especial à custa dos ácidos gordos
saturados e colesterol;
5) Redução do consumo de sacarose;
6) Redução do consumo de sódio;
7) Redução do consumo de álcool;
8) Ingestão adequada de cálcio;
9) Ingestão adequada de flúor (1);
10) Adequação alimentar às necessidades energéticas.

(1) De acordo com as recomendações publicadas no Programa Nacional de Promoção


da Saúde Oral - 2005, a suplementação da alimentação com flúor não é recomendada
para nenhuma faixa etária da população. Excepcionalmente, as crianças com elevado
risco para o aparecimento de cárie dentária podem fazer 1 comprimido diário de
fluoreto de sódio a 0,25 mg.

î A estas recomendações poder-se-ão acrescentar as seguintes especificações em


termos alimentares:

1) Aleitamento materno nos primeiros meses de vida, pelo menos durante os primeiros
seis meses;
2) Consumo adequado de cereais e seus derivados, como o pão e outros, batatas e
leguminosas;
3) Aumento do consumo de produtos hortícolas e de frutos frescos;
4) Redução do consumo de gorduras, em especial das gorduras sólidas e das
sobreaquecidas; dar preferência ao consumo de azeite;
5) Aumento do consumo de peixe;
6) Redução do consumo de açúcar e de produtos açucarados;
7) Redução do consumo de sal;
8) Em caso de ingestão de bebidas alcoólicas, que esta seja feita com moderação.
Grávidas, lactantes, crianças e jovens com menos de 17 anos nunca devem beber álcool;
9) Consumo adequado de leite e seus derivados;
10) Manutenção de um peso adequado à custa de um equilíbrio entre a ingestão
alimentar e a actividade física;
11) Ingestão alimentar variada e fraccionada em pelo menos cinco refeições diárias;
12) Uma primeira refeição equilibrada logo após o acordar.

(*) Fonte: Conselho Nacional de Alimentação e Nutrição, Comissão de Educação


Alimentar.
     "Recomendações para a educação alimentar da população portuguesa"; 1997

î Estratégia Global de Alimentação, Actividade Física e Saúde

î Contextualização: 3

Em 2001 as doenças crónicas não transmissíveis contribuíram para quase 60% dos 56
milhões de mortes anuais . Tendo em consideração estes valores e antevendo um
agravamento desta situação, a prevenção das doenças crónicas não transmissíveis
constitui um dos maiores desafios para a saúde pública actual.

O Relatório Mundial de Saúde de 2002 da Organização Mundial de Saúde (OMS)1


descreve como os principais factores de risco contribuem para os valores de mortalidade
e morbilidade da maior parte dos países. No caso das doenças crónicas não
transmissíveis, os factores de risco mais importantes incluem hipertensão, consumo de
tabaco, consumo de bebidas alcoólicas, deficiência em ferro, colesterol sanguíneo
elevado, consumo inadequado de frutos e hortícolas, inactividade física e o excesso
ponderal.

Hábitos alimentares pouco saudáveis e inactividade física, estão entre as principais


causas para o aumento dos factores de risco acima referidos e para o aparecimento de
doenças como obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes mellitus tipo 2 e certos
tipos de cancro, que contribuem substancialmente para as despesas globais com a saúde
e para os valores de mortalidade. 

Face à crescente e alarmante prevalência deste tipo de doenças, tanto nos países
desenvolvidos como nos subdesenvolvidos, os Estados Membros da Organização
Mundial de Saúde (OMS), solicitaram, em Maio de 2002, a elaboração de uma
estratégia global que pudesse ser usada como instrumento na prevenção das doenças
crónicas não transmissíveis .

Em Maio de 2004, durante a Assembleia Mundial de Saúde, que decorreu em Genebra


(Suíça), foi aprovada a "Estratégia Global de Alimentação, Actividade Física e Saúde"
(Global Strategy on Diet, Physical Activity and Health).

î Objectivos:

Tendo sempre como objectivo final a promoção e melhoria da saúde da população, a


Estratégia tem quatro objectivos principais: 

- Reduzir os factores de risco para as doenças crónicas provenientes de hábitos


alimentares inadequados e inactividade física através de acções em saúde pública e de
medidas que abranjam a promoção da saúde e a prevenção da doença; 
- Aumentar a consciencialização da população para a influência da alimentação e
actividade física na saúde e para o impacto positivo que têm as acções de prevenção; 
- Incentivar o desenvolvimento e implementação de políticas e planos de acção que
sejam abrangentes, de longa duração e multisectoriais, e que incluam a colaboração com
a sociedade civil, sector privado e com os meios de comunicação;
- Monitorizar dados científicos e principais influências na alimentação e actividade
física; apoiar a investigação realizada em áreas relevantes para este tema, incluindo a
avaliação da eficácia das intervenções e o reforço dos recursos humanos  necessários
neste domínio.

î Conteúdo do Documento:
3
De uma maneira não vinculativa, a Estratégia fornece aos diversos intervenientes na
prevenção das doenças crónicas (OMS e outras instituições das Nações Unidas, Estados
Membros, organizações não governamentais, sociedade civil e sector privado), um vasto
conjunto de opções para que estes possam , criando planos de acção adaptados à
realidade de cada país, melhorar o estado de saúde da população e diminuir os avultados
gastos com o tratamento das doenças.  

î Recomendações alimentares e de actividade física:

As recomendações alimentares e de actividade física existentes neste documento têm


por base a vasta evidência científica actual:

- Adquirir um peso adequado à estatura e fazer a manutenção do mesmo através do


equilíbrio energético entre o que é gasto e o que é consumido;
- Limitar o consumo de gordura total preferindo sempre gorduras insaturadas e
eliminando o consumo de ácidos gordos trans; 
- Aumentar o consumo de frutos, hortícolas, cereais e leguminosas;
- Limitar o consumo de açúcares simples;
- Limitar o consumo total de sal (sódio), assegurando que o sal consumido é iodado.

Relativamente à actividade física recomenda-se um mínimo de 30 minutos diários para


a redução do risco de doença cardiovascular, diabetes, cancro do cólon e da mama. Se o
objectivo for o controlo ou a redução de peso, pode ser necessário aumentar o tempo
diário dedicado à prática de actividade física.

î Responsabilidade da OMS:

A OMS, em colaboração com as restantes instituições interessadas, é responsável por


providenciar liderança, colaboração, apoio, orientação, regulação e coordenação entre
todos os intervenientes que estejam interessados em desenvolver planos de acção,
recomendações à população, investigação e outras actividades que visem promover
hábitos alimentares e de actividade física mais saudáveis. O documento apresentado
discrimina o papel da OMS nas acções anteriormente mencionadas.

î Áreas de intervenção recomendadas aos Estados Membros:

- Educação, comunicação e consciencialização da população;


- Criação de recomendações nacionais para a alimentação e a actividade física;
- Marketing, publicidade e promoção de produtos alimentares para crianças e
adolescentes. Sugere-se que nenhuma destas actividades deve explorar a credulidade e
inexperiência destas faixas etárias, e que mensagens que promovam hábitos alimentares
pouco saudáveis ou um estilo de vida sedentário devem ser desencorajadas, devendo os
governos ter nesta área um papel coordenador e principalmente regulador; 
- Melhoria e monitorização da rotulagem nutricional;
- Controlo da utilização de "menções de saúde" nos produtos alimentares;
- Promoção de alimentos que, numa alimentação saudável, devem ser consumidos diária
e regularmente;
- Políticas fiscais. Uma vez que o preço dos alimentos é um dos factores que influencia
a escolha dos consumidores, as políticas fiscais implementadas devem influenciar o
preço dos alimentos através da aplicação de taxas que favoreçam a escolha e adopção de 3
hábitos alimentares saudáveis;
- Programas alimentares de ajuda aos mais carenciados;  
- Políticas agrícolas. A política agrícola de um determinado país pode ter uma grande
influência nos hábitos alimentares da população, assim, a política deve ser escrita e
implementada tendo também em consideração a promoção da saúde e a prevenção das
doenças crónicas não transmissíveis;
- Desenvolvimento de políticas multisectoriais para a promoção da actividade física;
- Implementação de programas escolares que apoiem a adopção de hábitos alimentares
saudáveis e de práticas de actividade física adequadas.

Além de estabelecer as responsabilidades da OMS e dos Estados Membros, este


documento inclui também as responsabilidades de outras instituições das Nações
Unidas, das ONG e do sector privado. Atribuindo funções a diversos intervenientes, é
destacada a importância da colaboração entre sectores e instituições para a eficácia das
acções de prevenção.

î Implementação:

O plano para a implementação da Estratégia Global está a ser finalizado pela OMS. No
entanto, todas as acções que os Estados Membros ou outras Instituições pretendam
desenvolver podem, como sempre, contar com todo o apoio da OMS, uma vez que urge
promover e melhorar a saúde mundial e que existe todo o interesse em desenvolver
novas actividades e em avaliar o seu impacto e eficácia.

A aprovação deste documento representa apenas um primeiro passo na prevenção global


da epidemia das doenças crónicas não transmissíveis. Esta estratégia constitui uma
valiosa ferramenta de trabalho em saúde pública, uma vez que coloca à disposição de
cada país uma extensa lista de sugestões para uma abordagem holística deste problema.
A eficaz implementação desta estratégia contribuirá de forma decisiva para a melhoria
da saúde da população mundial.

Para mais informações consulte o site: http://www.who.int/dietphysicalactivity/en/ 

-----------------
Referências bibliográficas: 
The World Health Report 2002. Reducing risks, promoting healthy life. Geneva, World
Health Organization, 2002. 
Diet, Physical activity and Health. Fifty-fifth World Health Assembly, Agenda item
13.11 (WHA 55.23). Geneva, World Health Organization, 2002 (disponível
em: http://www.who.int/gb/ebwha/pdf_files/WHA55/ewha5523.pdf, consultado a 1
de Outubro de 2004).

Causas e consequências da obesidade


 In http://www.portaldasaude.pt/
   

  Sabia que, depois do tabagismo, a obesidade é considerada como a


segunda causa de morte passível de prevençã o?
     
 
A obesidade é uma doença! Mais, é uma doença que constitui um importante
factor de risco para o aparecimento, desenvolvimento e agravamento de
outras doenças.
Há tantas pessoas obesas a nível mundial que a Organizaçã o Mundial de
Saú de (OMS) considerou esta doença como a epidemia global do século XXI.
O que é a obesidade?
De acordo com a OMS, a obesidade é uma doença em que o excesso de
gordura corporal acumulada pode atingir graus capazes de afectar a saú de.
É uma doença cró nica, com enorme prevalência nos países desenvolvidos, 3
atinge homens e mulheres de todas as etnias e de todas as idades, reduz a
qualidade de vida e tem elevadas taxas de morbilidade e mortalidade.
A obesidade acarreta mú ltiplas consequências graves para a saú de.
Quais são os tipos de obesidade?
 Obesidade andró ide, abdominal ou visceral - quando o tecido adiposo
se acumula na metade superior do corpo, sobretudo no abdó men. É
típica do homem obeso. A obesidade visceral está associada a
complicaçõ es metabó licas, como a diabetes tipo 2 e a dislipidémia e, a
doenças cardiovasculares, como a hipertensã o arterial, a doença
coroná ria e a doença vascular cerebral, bem como à síndroma do
ová rio poliquístico e à disfunçã o endotelial (ou seja deterioraçã o do
revestimento interior dos vasos sanguíneos). A associaçã o da
obesidade a estas doenças está dependente da gordura intra-
abdominal e nã o da gordura total do corpo.
 Obesidade do tipo ginó ide - quando a gordura se distribui,
principalmente, na metade inferior do corpo, particularmente na
regiã o glú tea e coxas. É típica da mulher obesa.

O que causa a obesidade?


O excesso de gordura resulta de sucessivos balanços energéticos positivos,
em que a quantidade de energia ingerida é superior à quantidade de energia
dispendida. Os factores que determinam este desequilíbrio sã o complexos e
podem ter origem genética, metabó lica, ambiental e comportamental.
Uma dieta hiperenergética, com excesso de gorduras, de hidratos de carbono
e de á lcool, aliada a uma vida sedentá ria, leva à acumulaçã o de excesso de
massa gorda.
Existem provas científicas que sugerem haver uma predisposiçã o genética
que determina, em certos indivíduos, uma maior acumulaçã o de gordura na
zona abdominal, em resposta ao excesso de ingestã o de energia e/ou à
diminuiçã o da actividade física.
Quais são os factores de risco?
 Vida sedentá ria - quanto mais horas de televisã o, jogos electró nicos
ou jogos de computador, maior a prevalência de obesidade;
 Zona de residência urbana - quanto mais urbanizada é a zona de
residência maior é a prevalência de obesidade;
 Grau de informaçã o dos pais - quanto menor o grau de informaçã o
dos pais, maior a prevalência de obesidade;
 Factores genéticos - a presença de genes envolvidos no aumento do
peso aumentam a susceptibilidade ao risco para desenvolver
obesidade, quando o indivíduo é exposto a condiçõ es ambientais
favorecedoras, o que significa que a obesidade tem tendência
familiar;
 Gravidez e menopausa podem contribuir para o aumento do
armazenamento da gordura na mulher com excesso de peso.
3
Que consequências para a saúde acarreta a obesidade?
 Aparelho cardiovascular - hipertensã o arterial, arteriosclerose,
insuficiência cardíaca congestiva e  angina de peito;
 Complicaçõ es metabó licas - hiperlipidémia, alteraçõ es de tolerâ ncia à
glicose, diabetes tipo 2, gota;
 Sistema pulmonar - dispneia (dificuldade em respirar) e fadiga,
síndroma de insuficiência respirató ria do obeso, apneia de sono
(ressonar) e embolismo pulmonar;
 Aparelho gastrintestinal - esteatose hepá tica, litíase vesicular
(formaçã o de areias ou pequenos cá lculos na vesícula) e carcinoma
do có lon;
 Aparelho genito-uriná rio e reprodutor - infertilidade e amenorreia
(ausência anormal da menstruaçã o), incontinência uriná ria de
esforço, hiperplasia e carcinoma do endométrio, carcinoma da mama,
carcinoma da pró stata, hipogonadismo hipotalâ mico e hirsutismo;
 Outras alteraçõ es - osteartroses, insuficiência venosa cró nica, risco
anestésico, hérnias e propensã o a quedas.

A obesidade provoca também alteraçõ es socio-econó micas e psicossociais:


 Discriminaçã o educativa, laboral e social;
 Isolamento social;
 Depressã o e perda de auto-estima.

Como se previne a obesidade?


 Dieta alimentar equilibrada;
 Actividade física regular;

 Modo de vida saudá vel.

Tabaco e álcool matam mais de 16 mil por ano

Vícios custam milhões


O tabaco e o álcool são os dois produtos que mais matam em Portugal e
representam cerca de 678 milhões de euros em gastos com a Saúde, de acordo com
o Estudo Comparativo dos Custos e Carga da Doença Atribuíveis ao Tabaco e ao
Álcool.

O tabaco foi responsável por 12 600 mortes em 2005, ou seja, 11,7% do total. Por
sua vez o álcool causou 4050 mortes, 3,8% do total. Por faixa etária, o álcool é a
dependência que mais homens mata até ao grupo entre os 40 e 44 anos, com 180
óbitos. No sexo feminino, a preponderância da morte associada ao álcool
prolonga-se até à faixa etária entre os 50 e 54 anos, com perto de 50 casos.

Em idades mais avançadas o tabaco surge à frente do álcool no número de óbitos.


Entre os homens o valor mais elevado é entre os 75 e 79 anos com cerca de 1700
mortes. Nas mulheres, perto de 600 óbitos por tabaco ocorreram entre os 80 e 84
anos, revela o trabalho liderado pelos professores Miguel Gouveia e António Vaz 3
Carneiro.
Ao se estimar a carga global da doença verifica-se que os anos de vida perdidos
ajustados por incapacidade para as doenças atribuíveis ao tabagismo foram de
145 801, enquanto que para as doenças atribuíveis ao alcoolismo foram de 41
257. "Esta medida dá-nos o valor dos anos de vida perdidos por morte ou
incapacidade [redução da qualidade de vida] atribuível a estas doenças", sustenta
o estudo. Nos gastos com a Saúde, o tabagismo representa 489 milhões de euros,
dos quais 126 milhões devidos a internamentos. Por sua vez, o álcool atinge 189
milhões de euros, representando o internamento 96 milhões.
Os fumadores são mais atingidos por doenças respiratórias e pelo cancro.
Nos alcoólicos as doenças do fígado e os acidentes de viação são os principais
problemas. Os dados agora divulgados não tomam em conta a lei que entrou em
vigor em Janeiro e que restringe o consumo do tabaco.

In Correio da Manhã - 19 Setembro 2008 - 00h30

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