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Atualidades Aula 06

Aula 06 – Atualidades

Lei Kandir e seus impactos na economia paraense.

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Sumário
SUMÁRIO 2

INTRODUÇÃO 3

LEI KANDIR (LEI COMPLEMENTAR N° 87/96) 3

Incidência 3
Não Incidência 4

IMPACTOS NA ECONOMIA DO PARÁ 5

Estimativa de Perdas de ICMS 6


Proporção entre perdas acumuladas de ICMS com despesas realizadas em 2017 10
Principais produtos exportados pelo estado do Pará 11
Perdas acumuladas dos Municípios 12
DO CUMPRIMENTO DA ADO Nº 25 PELO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO 14

ÚLTIMAS NOTÍCIAS 16

QUESTÕES COMENTADAS 22

QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS 28

GABARITO 31

RESUMO DIRECIONADO 32

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Introdução

Nesta aula iremos abordar, primeiramente, os principais aspectos da Lei Kandir (legislação que dispõe sobre
o imposto dos Estados e do Distrito Federal sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação - ICMS), para em seguida
entendermos os impacto na economia do Estado do Pará.
O Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) é o principal tributo de competência estadual
e está previsto no art. 155, II, da Constituição Federal de 1988 (CF/88). É o imposto que representa o maior
percentual na composição das receitas dos Estados.

Lei Kandir (lei complementar n° 87/96)

O ICMS é um imposto estadual, ou seja, somente os governos dos Estados e o Distrito Federal têm
competência para instituí-lo, conforme determinou a Constituição Federal de 1988. A Constituição atribuiu
competência tributária à União para criar uma lei geral sobre o ICMS, o que foi feito por meio da Lei Kandir.

Incidência

O primeiro artigo da LK (Lei Kandir) estabelece ser de competência dos Estados e do Distrito Federal a
instituição do ICMS.

O campo de incidência do ICMS é a circulação de mercadoria ou prestação de serviços interestadual ou


intermunicipal de transporte e de comunicação, ainda que iniciados no exterior:

Art. 1º Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir o imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e
sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as
prestações se iniciem no exterior.

Assim, o ICMS incide sobre:


 a circulação de mercadorias
 fretes interestaduais e intermunicipais
 a prestação de serviços de comunicação, ainda que se iniciem no exterior.
A Lei Kandir apresenta outras situações em que caberá a incidência do ICMS, mas para efeito deste concurso,
acredito que não precisamos analisar essas hipóteses.

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Não Incidência

A Lei Kandir prevê diversas não incidências, mas para efeitos do nosso estudo, segue a mais importante:

Art. 3º O imposto não incide sobre:

II - operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos primários e produtos industrializados
semi-elaborados, ou serviços;

Equipara-se às operações de exportação a saída de mercadoria realizada com o fim específico de exportação
para o exterior, destinada a:
I - empresa comercial exportadora, inclusive tradings ou outro estabelecimento da mesma empresa;

II - armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro.


Aqui está a norma mais importante e polêmica da Lei Kandir: A imunidade do pagamento de ICMS sobre as
exportações de produtos primários e semielaborados ou serviços. Por esse motivo, a lei sempre provocou polêmica
entre os governadores de estados exportadores, que alegam perda de arrecadação devido à não incidência do
imposto nesses produtos.
Até 2003, a Lei Kandir garantiu aos estados o repasse de valores a título de compensação pelas perdas
decorrentes da isenção de ICMS, mas, a partir de 2004, a Lei Complementar 115 – uma das que alterou essa
legislação –, embora mantendo o direito de repasse, deixou de fixar o valor. Com isso, os governadores precisam
negociar a cada ano com o Executivo o montante a ser repassado, mediante recursos alocados no orçamento geral
da União. O artigo 31 estipula o sistema de compensação, na forma do Anexo da LC 87/96. Este anexo estabeleceu
um sistema de compensação destinado a garantir aos estados e municípios a recomposição das perdas de receitas,
por meio de transferências de recursos pela União, consignados em sua Lei Orçamentária Anual.

Art. 31. Nos exercícios financeiros de 2003 a 2006, a União entregará mensalmente recursos aos Estados e seus Municípios,
obedecidos os montantes, os critérios, os prazos e as demais condições fixadas no Anexo desta Lei Complementar. (Redação
dada pela LCP nº 115, de 26.12.2002)

§ 1° Do montante de recursos que couber a cada Estado, a União entregará, diretamente: (Redação dada pela LCP nº 115, de
26.12.2002)

I - setenta e cinco por cento ao próprio Estado; e

II - vinte e cinco por cento aos respectivos Municípios, de acordo com os critérios previstos no parágrafo único do art. 158 da
Constituição Federal.

§ 2° Para atender ao disposto no caput, os recursos do Tesouro Nacional serão provenientes: (Redação dada pela LCP nº 115,
de 26.12.2002)

I - da emissão de títulos de sua responsabilidade, ficando autorizada, desde já, a inclusão nas leis orçamentárias anuais de
estimativa de receita decorrente dessas emissões, bem como de dotação até os montantes anuais previstos no Anexo, não se
aplicando neste caso, desde que atendidas as condições e os limites globais fixados pelo Senado Federal, quaisquer restrições
ao acréscimo que acarretará no endividamento da União;

II - de outras fontes de recursos.

§ 3° A entrega dos recursos a cada unidade federada, na forma e condições detalhadas no Anexo, especialmente no seu item
3, será satisfeita, primeiro, para efeito de pagamento ou compensação da dívida da respectiva unidade, inclusive de sua

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administração indireta, vencida e não paga junto à União, bem como para o ressarcimento à União de despesas decorrentes
de eventuais garantias honradas de operações de crédito externas. O saldo remanescente, se houver, será creditado em
moeda corrente. (Redação dada pela LCP nº 115, de 26.12.2002)

§ 4° A entrega dos recursos a cada unidade federada, na forma e condições detalhadas no Anexo, subordina-se à existência
de disponibilidades orçamentárias consignadas a essa finalidade na respectiva Lei Orçamentária Anual da União, inclusive
eventuais créditos adicionais. (Redação dada pela LCP nº 115, de 26.12.2002)

Esse mecanismo de reposição deveria ser observado em caráter temporário até a edição da lei
complementar de que trata o art. 91 do ADCT. Porém, a inércia legislativa do Congresso Nacional configurou a
omissão daquela Casa Parlamentar, ensejando em 2013 a propositura da ADO nº 25 pelo Governo do Estado do
Pará perante o STF, resultando no reconhecimento judicial da mora do Parlamento federal, o qual foi instado a dar
início ao cabível processo legislativo no prazo de 12 meses, a contar da data da decisão, cujo Acórdão foi publicado
em 18 de agosto de 2017.
O STF determinou, ainda, que na hipótese de transcorrer o mencionado prazo, caberá ao Tribunal de Contas
da União (TCU) fixar o valor do montante total a ser transferido aos Estados-membros e ao Distrito Federal
considerando os critérios dispostos no art. 91 do ADCT para fixação do montante a ser transferido anualmente, a
saber, as exportações para o exterior de (aos Estados exportadores) produtos primários e semielaborados, a
relação entre as exportações e as importações, os créditos decorrentes de aquisições destinadas ao ativo
(imobilizado) permanente e a afetiva manutenção e aproveitamento do crédito do imposto a que se refere o
art. 155 § 2º, X, a, do texto constitucional.
Cabendo ainda ao TCU calcular o valor das quotas a que cada Estado fará jus, considerando os
entendimentos entre os Estados-membros e o Distrito Federal realizados no âmbito do Conselho Nacional de
Política Fazendária (Confaz) e que seja comunicada aos órgãos competentes da União para adoção dos
procedimentos orçamentários necessários para o cumprimento da decisão, notadamente no que se refere à
oportuna inclusão dos montes na proposta de lei orçamentária anual da União.

Impactos na economia do Pará

A desoneração do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de


Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) nas exportações de produtos
primários e semielaborados, instituída pela Lei Kandir, teve como objetivo aumentar a competitividade das
exportações brasileiras e, por conseguinte, elevar o patamar do crescimento do produto interno bruto do País.
Pela justificativa da lei, com a desoneração fiscal, esperava-se efeito econômico positivo que gerasse receita
tributária interna capaz de compensar (ou mais do que compensar) as perdas de arrecadação tributária sofridas
pelo Pará.
Na prática a referida Lei Kandir sugere um trade off (escolha) entre o recolhimento de impostos internos em
troca de uma dinâmica econômica exportadora nacional. Na Amazônia, especificamente, na maior economia da
região – o Pará – as não incidências atuam em atividades com grandes contrastes com a dinâmica histórica que

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alinha a economia à conservação da floresta em troca da produção agropecuária ou a criação de enclaves para
extração de minérios. Em ambos os casos os incentivos financeiros transformam significativamente as estruturas
socioeconômicas e ambientais dos lugares atingidos, seja com a ampliação demográfica, seja com a
transformação paisagística com destaque para retirada de cobertura vegetal.
No Pará os principais efeitos da Lei Kandir são observados na atividade de mineração, essa economia é
considerada um enclave (situação a parte) visto que há pouca relação dela com outras produções no estado ou
mesmo na região, bem como o fato de que a extração e a semi-elaboração, como a transformação em barras são
voltadas majoritariamente para o exterior e se encaixam no tipo de bem desonerado pela Lei Kandir. Segue que a
abundância de minérios, especialmente de ferro, torna o território paraense um alvo das mineradoras, o que causa
migração de pessoas e criando pressão sobre os serviços públicos como a educação.

Histórico

Em 2011, houve grande envolvimento e engajamento do TCE-PA nessa causa da Lei Kandir, com a percepção
de seu então presidente Conselheiro Cipriano Sabino de que a LC 87/96 proporcionava grandes prejuízos aos
Estados e Municípios, solicitou ao corpo técnico dessa Corte de Contas, a elaboração de um estudo, a fim de
estimar o montante das perdas acumuladas do Estado do Pará, desde 1997 a 2010. O estudo revelou, à época, uma
estimativa de perdas de arrecadação de ICMS em torno de R$21,5 bilhões. Foi, então, a partir da divulgação desse
levantamento que as discussões se iniciaram e ganharam corpo no estado do Pará e, consequentemente, os
debates avançaram em nível nacional.

Estimativa de Perdas de ICMS

Iremos verificar a estimativa de valores pelos dois tipos de perdas de arrecadação de ICMS, ou seja, da
exportação dos produtos primários e semielaborados e dos valores dos créditos de ICMS nas aquisições do
ativo imobilizado.
De forma resumida, entre 1996 e 2018, o Brasil apresenta total das perdas brutas (R$825,2 bilhões),
deduzindo o valor das transferências realizadas pela União aos Estados (R$178,2 bilhões), o que resulta no valor
das perdas líquidas, na ordem de R$646,9 bilhões.
Do total das perdas brutas de ICMS com a Lei Kandir, 60% referem-se à exportação de produtos primários e
semielaborados, na ordem de R$495,2 bilhões e 40% são decorrentes de créditos de ICMS nas aquisições de ativo
imobilizado, cujo valor atingiu a cifra de R$330 bilhões, conforme se visualiza no gráfico:

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Neste mesmo período, entre 1996 e 2018, o Estado do Pará apresentou uma perda líquida de R$ 39,1
bilhões, sendo o 6° Estado que mais perdeu receitas de ICMS pela desoneração dos produtos primários e
semielaborados, bem como sobre o direito ao creditamento de ICMS pela aquisição de bens do ativo imobilizado.
Veja a tabela a seguir:

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Segue abaixo a estimativa de perdas de ICMS do estado do Pará, detalhando os valores de perdas
provenientes da exportação dos produtos primários e semielaborados e dos valores dos créditos de ICMS nas
aquisições do ativo imobilizado, bem como as transferências compensatórias feitas ao Estado, resultando na
perda líquida a ser compensada pela União:

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De acordo com os valores atualizados para dezembro de 2018, as perdas brutas do estado do Pará atingem
o montante de R$49,6 bilhões, sendo R$41,8 bilhões pela exportação de produtos primários e semielaborados e
R$7,8 bilhões decorrentes de créditos de ICMS nas aquisições de ativo imobilizado. Verifica-se, portanto, que do
total das perdas brutas do Pará, cerca de 80% referem-se à exportação de produtos primários e semielaborados,
conforme pode ser visualizado no gráfico abaixo:

A União transferiu ao estado do Pará, como compensação até dezembro de 2018, R$10,5 bilhões, sendo
R$6,6 bilhões referentes às Transferências decorrentes da Lei Kandir (trata-se das compensações) e R$3,9
bilhões das Transferências do Auxílio Financeiro aos Estados Exportadores (FEX).
Vale ressaltar que o valor das transferências compensatórias representa um grau de cobertura de perdas de
apenas 21%.

Considerando-se o total das perdas acumuladas pelo Estado ao longo desses 22 anos no valor de R$48,6
bilhões e o valor transferido pela União de apenas R$10,5 bilhões, resultando ao Pará um acúmulo de perda líquida
de ICMS não compensada no montante de R$ 39,1 bilhões. Veja o gráfico a seguir:

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Proporção entre perdas acumuladas de ICMS com despesas realizadas em 2017

A tabela a seguir apresenta gastos ocorridos em 2018, nas áreas de Educação, Saúde, Segurança e
Investimentos no estado do Pará, fazendo uma relação proporcional com o valor das perdas estimadas de ICMS
no exercício de 2018.

Percebe-se que o valor das perdas de ICMS em 2018 (R$ 3.069.422) supera duas das áreas especificadas na
tabela, Segurança e Investimentos. E se aproxima aos valores de gastos com Educação e Saúde. Esses dados
demonstram novamente o grande prejuízo que a Lei Kandir proporciona aos entes federativos e em especial ao
estado do Pará.

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As perdas na arrecadação de ICMS, impostas pela Lei Kandir, impactou de forma negativa a educação, saúde,
segurança e investimentos, nesta ordem.

Principais produtos exportados pelo estado do Pará

Para efeito de conhecimento de quais os produtos primários e semielaborados que são exportados, o quadro
a seguir relaciona os produtos e seus respectivos percentuais de participação no total de produtos exportados pelo
Estado do Pará:

Observa-se que os principais produtos primários e semielaborados exportados pelo Estado do Pará são:
Minérios de ferro e seus concentrados (47%); Alumina calcinada (9,4%); Alumínio não ligado, em formas brutas
(9,3%); Outros minérios de cobre e seus concentrados (5,7%) e Ferro fundido bruto, não ligado (3,4%).

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Perdas acumuladas dos Municípios

Diante das informações dos índices de repasses aos municípios do Estado do Pará, disponibilizados no sítio
eletrônico da Secretaria de Estado da Fazenda paraense, elaborou-se os dados contendo os valores das cotas que
cada um dos 144 (cento e quarenta e quatro) municípios faz jus, após a edição da Lei Kandir, bem como o valor de
suas dívidas com a União, com seus respectivos saldos encontrados após o confronto de contas, conforme se
verifica a seguir os 20 primeiros municípios mais afetados com perdas de arrecadação do ICMS:

O gráfico a seguir apresenta os dez municípios paraenses que apresentam as maiores perdas acumuladas de
ICMS:

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PROPOSTA DE LEI COMPLEMENTAR

Encontra-se tramitando na Câmara Federal, o Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 511/2018, de autoria da
Comissão Especial Mista, destinada a oferecer propostas sobre alteração da Lei Kandir no que se refere à
compensação da União aos Estados, Distrito Federal e Municípios, por conta da perda de receita decorrente de
desoneração do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
O projeto dispõe sobre a compensação financeira devida pela União aos Estados, Distrito Federal e
Municípios em função da perda de receita decorrente da desoneração de ICMS sobre exportações de bens e da
concessão de crédito nas operações anteriores, conforme art. 91 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias, além de alterar as Leis Complementares nº 87, de 1996 e 101 de 2000 e a Lei nº 11.494, de 2007.
Assim, faz-se algumas considerações sobre o projeto de lei complementar (PLP) nº 511/2018.
Principais aspectos:

- O valor anual proposto: R$39 bilhões, incluindo a parcela do FUNDEB, corrigido anualmente pelo IPCA;
- A entrega dos recursos perdurará até que o ICMS sobre a exportação de produtos primários e
semielaborados, tenha o produto de sua arrecadação nas operações interestaduais destinado,
predominantemente, em proporção não inferior a 80%, ao Estado consumidor das mercadorias, bens ou serviços;

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- A compensação das perdas acumuladas desde a edição da Lei Kandir, deverá ser realizada a partir de 2019,
durante um prazo máximo de 30 anos. O valor devido será calculado pelo CONFAZ;

- Período de transição de 2 (dois) anos:

 Em 2019 será repassado R$ 19.500.000.000,00 (50% a menos).

 Em 2020 será repassado R$ 29.250.000.000,00 (25% a menos);

 A partir de 2021 o repasse será integral R$ 39.000.000.000,00.

- Critérios de repartição:
a) 40% rateados segundo coeficientes fixos:
b) 40% proporcional ao somatório das exportações de produtos primários e semielaborados de cada Estado,
nos sessenta meses anteriores ao mês de julho do ano do cálculo;

c) 20% proporcional ao somatório do saldo da balança comercial de cada Estado nos 5 exercícios anteriores
ao mês de julho do ano do cálculo.

DO CUMPRIMENTO DA ADO Nº 25 PELO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

A decisão do STF, por meio do Acórdão da ADO nº 25/2013, determinou que na hipótese de transcorrer in
albis (sem nenhuma providência) dentro do prazo de doze meses estabelecido a o Congresso Nacional, cabe ao
Tribunal de Contas da União fixar o valor do montante total a ser transferido aos Estados-membros e ao DF, bem
como o valor das quotas a que cada um dos entes fazem jus.
O mencionado prazo já se expirou sem a aprovação da regulamentação por parte do Congresso Nacional,
cabendo agora ao TCU adotar as providências para a competência que lhe foi atribuída pelo Acórdão da suprema
Corte federal.
A decisão do STF de que, caso o Congresso Nacional não regulamentasse a Lei dentro do prazo determinado,
tal competência repassaria ao Tribunal de Contas da União, reitera a importância da atuação dos tribunais de
contas, que com essa tamanha competência atribuída pelo STF, só confirma o grau de confiabilidade na
capacidade do TCU em desempenhar adequadamente seu propósito de cumprir a missão que lhe foi imposta. E
por esse motivo, os TCEs se colocam à disposição do TCU para darem total e irrestrito apoio no cumprimento de
tal honrosa decisão.
Veja decisão do STF:

O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator , julgou procedente a ação para declarar a
mora do Congresso Nacional quanto à edição da Lei Complementar prevista no art. 91 do ADCT, fixando o
prazo de 12 meses para que seja sanada a omissão, vencido, no ponto, o Ministro Marco Aurélio . Na
hipótese de transcorrer in albis o mencionado prazo, o Tribunal , por maioria, deliberou que caberá ao
Tribunal de Contas da União : a) fixar o valor do montante total a ser transferido aos Estados-membros e
ao DF , considerando os critérios dispostos no art . 91 do ADCT para fixação do montante a ser transferido

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anualmente, a saber, as exportações para o exterior de produtos primários e semielaborados, a relação


entre as exportações e as importações, os créditos decorrentes de aquisições destinadas ao ativo
permanente e a efetiva manutenção e aproveitamento do crédito do imposto a que se refere o art . 155,§
2º, X, a, do texto constitucional; b)calcular o valor das quotas a que cada um deles fará jus, considerando
os entendimentos entre os Estados - membros e o Distrito Federal realizados no âmbito do Conselho
Nacional de Política Fazendária - CONFAZ; e que se comunique ao Tribunal de Contas da União , ao
Ministério da Fazenda, para os fins do disposto no § 4º do art. 91 do ADCT, e ao Ministério do Planejamento
, Desenvolvimento e Gestão , para adoção dos procedimentos orçamentários necessários para o
cumprimento da presente decisão, notadamente no que se refere à oportuna inclusão dos montes definidos
pelo TCU na proposta de lei orçamentária anual da União.

CARTA DE DIAMANTINA

Esta carta foi elaborada em conjunto com os Governadores dos Estados em 2017. Vejamos o teor da carta:

Reunidos em Diamantina, cidade cuja história lembra a um tempo a riqueza natural, a espoliação tributária e a
coragem para promover mudanças, nós, os governadores abaixo assinados, na defesa dos interesses do povo dos
Estados que administramos, vimos de público manifestar nossa disposição para o diálogo institucional que permita
o encontro de contas entre os Estados e a União, de modo a negociar solução capaz de extinguir tanto as dívidas
dos Estados perante a União, bem como, as dívidas da União com os Estados, resultado das implicações adversas
da Lei Federal nº 87/1996, a Lei Kandir.
Partimos do entendimento de que a própria Lei Kandir, ao isentar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços (ICMS) das exportações de produtos primários e semi elaborados (commodities) e das aquisições
destinadas ao ativo imobilizado, estabeleceria recompensas aos Estados pelas perdas inerentes à isenção. Assim,
entendemos por ver na palavra compensação, constante na justificativa do projeto que embasou a referida lei, o
reconhecimento da necessidade de reparar um prejuízo.

Portanto, percebemos ainda por ver na palavra perdas, constante na mesma justificativa, o reconhecimento de
que o prejuízo é resultante da ausência da arrecadação desse tributo estadual. Ressalta-se, por fim, que a própria
Lei Kandir já estabelece um critério provisório, válido por cinco anos, para a compensação dessas perdas.
O reconhecimento da necessidade de compensar as perdas sofridas pelos estados foi confirmado com a
promulgação da Emenda Constitucional nº 42/2003, que busca o equilíbrio fiscal por meio de transferência
constitucional obrigatória da União em favor dos Estados e do Distrito Federal, no entanto, tal medida estaria
passível de regulamentação por Lei Complementar.
Este entendimento foi corroborado pelo Supremo Tribunal Federal, em Ação Direta de Inconstitucionalidade por
Omissão, em 30 de novembro de 2016, sobre a necessidade de regulamentação, estabelecendo o prazo de 1 (um)
ano.
Ponderamos que, no intervalo tão extenso desde a promulgação da Lei Kandir, há 21 anos, as perdas dos Estados
acumularam-se a valores exorbitantes e vêm prejudicando, cada vez mais intensamente, a capacidade do

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cumprimento das atividades inerentes aos Estados, especialmente Educação, Saúde e Segurança. Destacamos
que não apenas os Estados, mas também os municípios são penalizados pela Lei Kandir, uma vez que, 25% dos
recursos seriam destinados aos mesmos.
Sentimos que a influência da Lei Kandir sobre o sistema de repartição de receitas resultou na concentração de
recursos da União e, simultaneamente, no enfraquecimento dos Estados, Distrito Federal e municípios. Esta
consequência desarticula o pacto federativo e penaliza, em última instância, o cidadão.

Acrescentamos ainda que, mesmo com as perdas ocasionadas pela Lei Kandir, os Estados convivem com a
obrigação de dívidas perante a União. Assim, enquanto não recebem o que lhes é devido, em razão da Lei Kandir,
os Estados transferem uma parcela substantiva de suas arrecadações, desequilibrando ainda mais as finanças
estaduais.

Enfatizamos, por fim, que a retração da economia tem resultado na queda significativa das arrecadações
estaduais. Somado a não transferência dos recursos da Lei Kandir, os Estados estão em uma situação de
verdadeira penúria, tornando frágil a prerrogativa do cumprimento de suas competências constitucionais.

A nossa voz neste dia histórico, voz que traz consigo a da população de nossos Estados é uma voz pelo
entendimento, pelo equilíbrio e pela paz institucional. O que desejamos é que nossos Estados e a União possam
promover, em clima de solidariedade e de diálogo, o encontro de contas capaz de mensurar as dívidas de todos os
entes federados e deduzi-los das dívidas com a União.

Avaliamos que o encontro de contas pretendido contribuirá para restabelecer a saúde financeira dos Estados e
recuperar sua autonomia frente às competências constitucionais. Resultará no fortalecimento, agora fragilizado,
do federalismo brasileiro, e irá validá-lo como opção pelo reconhecimento da pluralidade do país, pelo equilíbrio
de poder e pelo salutar compartilhamento de responsabilidades, direitos e deveres entre os entes federativos.

Últimas Notícias

11/06/2019: Debate sobre impactos causados pela Lei Kandir aponta alternativas

Atendendo a solicitação do deputado estadual deputado Fábio Freitas, líder do PRB, uma Audiência Pública
realizada nesta segunda-feira (10/06), no auditório João Batista, da Assembleia Legislativa do Estado do Pará,
reuniu autoridades, especialistas e parlamentares para debater os impactos sofridos pelo Pará com a lei que
concede isenção do pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre as
exportações de produtos primários, como itens agrícolas, semielaborados ou serviços, a Lei Kandir.
O objetivo do evento foi discutir alternativas para o impasse. “A Lei Kandir já sangrou os cofres públicos de
diversos Estados exportadores, inclusive o Pará. Em 20 anos, entre 1996 e 2016, as perdas brutas dos cofres
estaduais chegaram a R$ 707 bilhões. Deduzidos R$ 159 bilhões transferidos pela União, a título de compensação
no período, as perdas líquidas chegam a R$ 548 bilhões”, enumera o deputado Fábio Freitas.
Segundo ele, o Estado do Pará ocupa a sexta posição no ranking dos Estados que mais perderam pela desoneração
de ICMS no período, com R$32,5 bilhões perdas.

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Dentre os municípios paraenses, Belém, Parauapebas, Marabá, Tucuruí, Barcarena e Ananindeua são os mais
prejudicados pelas perdas causadas em razão da desoneração nas exportações, somando mais de R$4 bilhões não
arrecadados.
O diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural da Fundação Amazônia Paraense de
Amparo à Pesquisa (Fapespa), Márcio Ponte, apresentou um dos estudos mais relevantes sobre o assunto, a Nota
Técnica sobre a Lei Kandir, recentemente atualizada junto aos dados do Tribunal de Contas do Estado e do
CONFAZ e que serve de subsídio para decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), para os pareceres da Câmara
Federal e para o governo estadual. "Só derrubar a Lei Kandir não resolve. Ou se libera a tributação para que o
Estado volte a arrecadar ICMS ou se faz uma ação direta de Inconstitucionalidade contra a emenda constitucional
número 42 que dá base constitucional para a Lei.

Ou ainda exigir do governo federal que possa desonerar, através de incentivos fiscais, a indústria de transformação
no Pará para conseguir a competividade necessária para ampliar o parque industrial", aponta o diretor.
"Vamos brigar com todas as nossas forças para a reposição das perdas de valores que servirão, para construir e
reformar mais escolas, mais postos de saúde, investir mais na área de segurança pública e valorização do servidor
público.
Vamos unir força com o Tribunal de Contas do Estado, secretários de Finanças e da Fazenda para cobrar a
compensação com as perdas líquidas de ICMS do Estado, e juntos vamos elaborar e colocar em prática os estudos
técnicos para fundamentar nossas exigências", afirmou Fábio Freitas.

19/05/2020: União e estados entram em acordo sobre Lei Kandir. Acordo prevê transferências aos
estados de R$ 65,6 bilhões, dos quais R$ 58 bilhões serão pagos de 2020 a 2037.

União e estados entraram em acordo a respeito dos termos de compensação por perdas geradas pela Lei Kandir.
Ambos enviaram manifestações ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (19/5), registrando a
anuência com o repasse, pela União, no valor total de R$ 65,6 bilhões. Desse montante, R$ 58 bilhões devem ser
transferidos entre 2020 e 2037.
Na quarta-feira (20/5), o acordo deve ser homologado no plenário do STF. O relator da ação direta de
inconstitucionalidade por omissão (ADO) 25, ministro Gilmar Mendes, levou o caso em mesa na última quinta-
feira (14/5), para que tivesse prioridade de julgamento. Até aquele momento, o colegiado trataria da prorrogação
do prazo, já que os envolvidos estavam próximos ao acordo. O caso tramita desde 2013.
A última audiência em busca de um consenso se deu em 3 de dezembro do ano passado, na sede do STF, com o
relator do caso, governadores, representantes do Tribunal de Contas da União (TCU), os presidentes da Câmara
dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), além do então procurador-
geral da Fazenda Nacional, José Levi Mello do Amaral, hoje Advogado-Geral da União, e representantes do
Ministério da Economia.

Os termos foram enviados à Comissão Especial de Conciliação para a redação do acordo. Por fim, as propostas
foram encaminhadas aos governadores, os quais deliberaram a respeito por meio do Fórum de Governadores.

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Além dos R$ 58 bilhões ao longo de 17 anos, há ainda a previsão de repasses de R$ 3,6 bilhões nos três anos
subsequentes à aprovação da regulamentação da proposta de reforma constitucional, pela PEC 188 de 2019, que
visa repassar mais recursos, da União aos demais entes federativos, de parte da receita proveniente do disposto
no art. 20 da Constituição Federal; e R$ 4 bilhões da receita a ser obtida a título de bônus de assinatura com os
leilões dos Blocos de Atapu e Sépia, na Bacia de Santos, previstos para este ano.
O documento também tem, em anexo, os coeficientes de participação de cada estado. São Paulo terá o maior
valor, com 31,14%; seguido de Minas Gerais, com 12,9%; e Paraná, com R$ 10,08%.
Na petição desta terça-feira (19/5), a AGU informa a aquiescência com os termos definidos. A peça é assinada por
Levi, a secretária-geral de Contencioso, Izabel Vinchon, e a advogada pública Andrea Echeverria. Na última quarta-
feira (13/5), os estados enviaram a concordância.

A Lei Kandir está em vigor desde 1996 e isenta do pagamento de ICMS as exportações de produtos e serviços, com
a devida compensação feita pelo governo federal a estados e municípios. Entretanto, o Congresso deveria
regulamentar uma fórmula para essa compensação – o que nunca foi feito.

A ADO 25 foi ajuizada pelo governo do estado do Pará em 2013. O STF julgou procedente a ação “para declarar a
mora do Congresso Nacional quanto à edição da Lei Complementar prevista no art. 91 do ADCT, fixando o prazo
de 12 meses para que seja sanada a omissão”.
Depois, esse prazo acabou sendo prorrogado, mas foi previsto que caso não fosse cumprida a decisão e criada a
lei complementar, o TCU deveria determinar uma fórmula de pagamento. Desde junho de 2019, os estados
manifestaram interesse em buscar um consenso e vinham se reunindo com o ministro relator para tentar um pacto
federativo em torno do tema.

21/05/2020: Lei Kandir: STF homologa acordo entre União e estados

O Supremo Tribunal Federal (STF) homologou, na quarta-feira (20), acordo firmado entre os estados, o Distrito
Federal e a União para regulamentar a compensação de perdas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços (ICMS) desonerado das exportações de produtos primários e semielaborados.
O termo prevê que a União deverá repassar aos entes federados pelo menos R$ 65 bilhões entre 2020 e 2037, do
seguinte modo: R$ 58 bilhões em 15 anos, sendo R$ 4 bilhões por ano, nos dez primeiros anos, e um decréscimo
de R$ 500 milhões por ano até a extinção; R$ 3,6 bilhões, em três parcelas de R$ 1,2 bilhão nos anos seguintes à
aprovação da PEC 188/19, que autoriza a União a repassar aos Estados uma parte dos recursos provenientes das
receitas de petróleo do pré-sal; e R$ 4 bilhões, relativos ao ressarcimento de 2019, fruto do leilão dos campos de
petróleo Anapu e Sépia, cujo leilão em 2019 foi frustrado.
O Pará vai receber R$ 4,537 bilhões. A União vai enviar lei complementar regulamentando a matéria no prazo de
60 dias, que chegará ao Congresso com um acordo assinado pela União e as 27 Unidades Federadas.
Ao anunciar a homologação do acordo nas redes sociais, o governador Helder Barbalho comemorou a vitória
histórica.
“Ao longo deste tempo – 25 anos - o governo federal ficou devendo ao Estado do Pará e aos demais estados da
federação um valor significativo. O Supremo Tribunal Federal homologou o acordo para que nos próximos 17 anos

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sejam pagos R$ 65 bilhões, o que vai permitir que ao longo dos anos nós tenhamos capacidade de investimento, o
fortalecimento das receitas, e acima de tudo, melhorar a qualidade de vida da nossa população”, disse Helder
Barbalho.
O governador agradeceu o empenho dos técnicos do Tribunal de Contas do Estado, da Secretaria da Fazenda e
Procuradoria Geral do Estado (PGE) pelos estudos e empenho; “aos governadores que me colocaram como
coordenador para tratar o assunto junto ao STF, ao ministro Gilmar Mendes e em nome dele ao Supremo Tribunal
Federal, e claro, ao Congresso Nacional”.
A União, agora, se compromete a buscar a promulgação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 188 na forma
em que foi apresentada ao Congresso Nacional, especialmente em relação à criação de regra para que uma parcela
dos recursos referentes à exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de
energia elétrica e de outros recursos minerais seja repassada aos demais entes federados.
O acordo também estabelece que a parcela constitucionalmente devida aos municípios (25%) está reservada e que
não são devidos honorários advocatícios nas ações judiciais que forem extintas em decorrência do acordo.
Segundo o relator, essa cláusula permite poupar milhões de reais dos erários federal e estaduais relativos às
demandas indenizatórias comuns que discutem o tema.
ADO - O acordo foi firmado como resultado da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) 25,
iniciativa do Pará junto ao STF em 2015, solicitando que declarasse a União e o Congresso em mora por não
cumprimento do art. 91 da ADCT da Constituição, que determinava que os Estados e Municípios fossem
compensados pela desoneração do ICMS nas exportações, desoneração essa levada a cabo pela Lei Kandir (LC
87/96) e constitucionalizada em 2003 pela PEC 42/2003.

Em 2017, o STF reconheceu a omissão e deu prazo de um ano para o Congresso editar a lei, e determinando que,
caso não a editasse, caberia ao TCU mensurar o total de perdas e o critério de distribuição. O prazo se esgotaria
em 20 de fevereiro de 2019, e em janeiro/19, vendo que a lei não seria editada, o governador Helder Barbalho
procurou o TCU e o Ministro Gilmar Mendes. O prazo para o Congresso decidir foi prorrogado por mais um ano.

Em agosto de 2019, o Ministro Gilmar Mendes promoveu uma reunião de conciliação entre a União e Estados. A
União alegou que nada devia aos Estados como compensação da Lei Kandir, e coube ao governador do Pará
defender a compensação aos Estados. Para tentar solucionar o impasse foi criada uma comissão especial com
representantes dos Estados e da União, intermediada pelo Ministro Gilmar Mendes. O Fórum de Governadores
indicou um grupo de sete Estados, coordenados pelo governador Helder Barbalho. A comissão especial foi
integrada pelos secretários de Fazenda desses Estados.
O secretário da Fazenda do Pará, René Sousa Júnior, lembra o protagonismo do governador do Pará na questão,
atuando junto aos outros estados e junto ao STF para resolver a questão dos repasses. Para o titular da Sefa, os
estados exportadores tiveram muitas perdas em decorrência da Lei Kandir, e é uma questão de justiça a restituição
dos valores. “Foi a vitória possível, dentro das circunstâncias atuais”.

14/12/2020: Projeto do Senado com regras para compensação da Lei Kandir aos estados vai a sanção

Com a aprovação na Câmara dos Deputados, nesta segunda-feira (14), do Projeto de Lei Complementar (PLP)
133/2020, fica formalizado o acordo entre a União e os estados para encerrar disputas judiciais pela isenção do
ICMS nas exportações, prevendo repasses de R$ 58 bilhões pelo governo federal entre 2020 e 2037. A matéria será

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enviada à sanção presidencial. E para o autor da proposta, senador Wellington Fagundes (PL-MT), é um
importante reforço para o caixa dos gestores, principalmente para os estados produtivos.

— Felizmente agora conseguimos chegar a esse entendimento que é bom para o Brasil, é bom para os municípios
e para todos os estados brasileiros. Porque nós vamos ter, com isso, mais capacidade ainda de exportar. E os
estados terão o dinheiro para atender o cidadão, para melhorar o transporte escolar, para pagar salários. Porque
o volume de recursos é bastante considerável. Chegará no meu estado, de Mato Grosso, agora para ser
compartilhado, 75% para o estado e 25% para os municípios, quase R$ 2,5 bi nesses próximos anos — comemorou.
Wellington Fagundes também ressaltou que os recursos ainda podem chegar em curto prazo para os entes
federativos exportadores.
— Já colocamos no Orçamento. Então agora nós vamos pressionar. E tenho certeza que o presidente vai sancionar
ainda este ano, para que esse pagamento chegue agora no final do ano. Esses prefeitos vão poder cumprir a Lei de
Responsabilidade Fiscal e o atual governador (...). E nós vamos ter a garantia desses recursos chegando até o ano
de 2035. Além disso, também tem os royalties do petróleo — emendou.

Lei Kandir
A polêmica existe quando a Lei Complementar 87, de 1996 (Lei Kandir), que regulamentou o Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), principal imposto de competência dos estados, isentou desse tributo
os produtos primários e semi-industrializados destinados à exportação. A Lei Kandir desonerou as exportações de
todos os tributos, inclusive estaduais, e remeteu a uma outra lei complementar como seriam feitas as
compensações aos estados e ao Distrito Federal.
Nesse período, o Congresso não votou essa lei complementar; e vários estados entraram, junto ao Supremo
Tribunal Federal (STF), com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO), pois a existência da lei
estava prevista na Constituição desde 2003 (Emenda Constitucional 42). Essa emenda prevê repasses anuais
provisórios enquanto não houver uma lei definitiva.
Em 2016, o Supremo deu ganho de causa aos estados e, desde então, tem renovado prazos para o Congresso
aprovar a lei complementar prevista.
Para pôr fim à disputa, negociações iniciadas em 2019 e terminadas em maio deste ano levaram ao acerto desse
pagamento e de mais R$ 3,6 bilhões condicionados à repartição com todos os estados e municípios de royalties
arrecadados pela exploração de petróleo, de recursos hídricos e minerais. Essa repartição deve constar da PEC do
Pacto Federativo (PEC 188/2019), que aguarda votação no Senado.
Repasse de 2019
A título de quitação do repasse temporário pendente de 2019 para compensar as perdas com a isenção tributária,
o projeto determina o rateio de mais R$ 4 bilhões com dinheiro a ser arrecadado no leilão de petróleo do pré-sal
dos campos de Atapu e Sépia, que está previsto para o terceiro trimestre de 2021.
Assim, o valor global do acordo soma R$ 65,6 bilhões.
Parcelas anuais

Dos R$ 58 bilhões previstos entre 2020 e 2037, R$ 4 bilhões serão entregues a cada ano entre 2020 e 2030. De 2031
a 2037, os valores vão diminuindo R$ 500 milhões ao ano (R$ 3,5 bilhões em 2031; R$ 3 bilhões em 2032; e assim
por diante).

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Em contrapartida, os estados desistirão de todas as ações na Justiça sobre o tema dentro de dez dias da publicação
da futura lei; e a obrigação da União de entregar recursos compensatórios acabará.

Pela extinção das causas, não serão devidos honorários advocatícios.


Responsabilidade fiscal
O texto também libera a União de apresentar estimativas de impacto orçamentário, aumento de receita ou
diminuição de despesas para compensar esses repasses, que não serão considerados despesa obrigatória de
caráter continuado.
Critérios de rateio
Os R$ 58 bilhões a serem pagos até 2037 deverão ser rateados entre os estados segundo dois critérios. Metade dos
recursos serão divididos conforme coeficientes definidos no projeto. Por esse critério, os estados de São Paulo,
Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná, juntos, ficam com cerca de 60% dessa metade.
Para os demais 50%, valerão os coeficientes divulgados periodicamente pelo Conselho Nacional de Política
Fazendária (Confaz), órgão que reúne as secretarias de Fazenda de todos os estados e do DF.

Entretanto, os estados ficam com 75% do valor recebido de todo o repasse porque a Constituição determina a
destinação do restante (25%) aos municípios.
A União entregará o dinheiro diretamente às prefeituras segundo suas cotas-parte do ICMS dentro de cada estado.
Leilões de petróleo

Esses critérios valem ainda para o repasse dos R$ 4 bilhões vindos da arrecadação com a venda dos direitos de
exploração do pré-sal. No leilão do ano passado, não apareceram interessados pelos campos de Atapu e Sépia,
pelos quais o governo pedia R$ 36,6 bilhões.

Se os leilões ocorrerem em anos distintos, o repasse será de R$ 2 bilhões em cada exercício em parcela única.
No caso desses R$ 4 bilhões, os estados somente poderão aplicar o dinheiro em despesas previdenciárias suas e
das estatais dependentes, em fundos previdenciários de servidores públicos, para pagar contribuições sociais
devidas ao INSS ou para investimento.

Já os municípios poderão escolher entre gastar os recursos, alternativamente, com investimento ou com essas
contribuições sociais.
Fonte: Agência Senado

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Questões comentadas

1. (Inédito)
A competência para a instituição do ICMS cabe:

a) aos Estados e ao Distrito Federal.


b) aos Estados e municípios.
c) à União.

d) aos Estados, somente.

Comentário:

Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir o imposto sobre operações relativas à circulação de
mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda
que as operações e as prestações se iniciem no exterior.
Gabarito: A.

2. (Inédita)
O campo de incidência do ICMS compreende:

a) fretes interestaduais e intermunicipais.


b) fretes interestaduais e intramunicipais.
c) qualquer prestacao de serviços.
d) venda de imóveis.

Comentário:
Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir o imposto sobre operações relativas à circulação de
mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda
que as operações e as prestações se iniciem no exterior.
Frete intramunicipal é de competência dos municípios.
Gabarito: A

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3. (Inédita)
A lei kandir sempre provocou polêmica entre os governadores de estados exportadores, que alegam perda
de arrecadação devido à:

a) compensação injusta realizada pelo TCU para estes produtos.


b) falta de planejamento na elaboração do orçamento público.
c) entrega de apenas 50% dos recursos feita pela União.

d) não incidência do ICMS nesses produtos.

Comentário:

A lei Kandir sempre provocou polêmica entre os governadores de estados exportadores, que alegam perda
de arrecadação devido à não incidência do imposto nesses produtos.
Gabarito: D

4. (Inédita)
O STF determinou que caberá ao Tribunal de Contas da União (TCU) fixar o valor do montante total a ser
transferido aos Estados-membros e ao Distrito Federal considerando os seguintes critérios para fixação do
montante a ser transferido anualmente, exceto:

a) as exportações para o exterior de produtos primários e semielaborados,


b) a relação entre as exportações e as importações,
c) os créditos decorrentes de aquisições de materiais de consumo.

d) a afetiva manutenção e aproveitamento do crédito do imposto.

Comentário:

Os critérios para fixação do montante a ser transferido anualmente, são: as exportações para o exterior de
(aos Estados exportadores) produtos primários e semielaborados, a relação entre as exportações e as
importações, os créditos decorrentes de aquisições destinadas ao ativo (imobilizado) permanente e a afetiva
manutenção e aproveitamento do crédito do imposto.

Os créditos decorrentes de aquisições de materiais de consumo não faz parte desse critério.
Gabarito: C

5. (Inédita)

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Do total das perdas brutas de arrecadação do ICMS do Pará, cerca de 80% referem-se:
a) à créditos decorrentes de aquisições de materiais de consumo.

b) à exportação de produtos primários e semielaborados.


c) à créditos de ICMS nas aquisições de ativo imobilizado.
d) aproveitamento do crédito do imposto.
Comentário:

Veja que 84% das perdas decorrem da exportação de produtos primários e semielaborados.
Gabarito: B

6. (Inédita)
Acerca dos produtos primários e semielaborados que são exportados pelo Estado do Pará, os principais
efeitos da Lei Kandir são observados na atividade:

a) de minério de ferro.
b) bovina

c) de ferro-níquel.
d) de bauxita.

Comentário:

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Os principais produtos primários e semielaborados exportados pelo Estado do Pará são: Minérios de ferro e
seus concentrados (47%); Alumina calcinada (9,4%); Alumínio não ligado, em formas brutas (9,3%); Outros
minérios de cobre e seus concentrados (5,7%) e Ferro fundido bruto, não ligado (3,4%).
Gabarito: A

7. (Inédita)
os 3 primeiros municípios mais afetados com perdas de arrecadação do ICMS são, respectivamente:

a) Belém, Marabá e Parauapebas


b) Belém, Parauapebas e Tucuruí.

c) Belém, Tucuruí e Parauapebas.


d) Belém, Parauapebas e Marabá.

Comentário:

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Gabarito: D

Julgue Correto ou Errado

8. (Inédita)
Entre 1996 e 2018, o Estado do Pará apresentou uma perda líquida de R$ 39,1 bilhões, sendo o 6° Estado que mais
perdeu receitas de ICMS pela desoneração dos produtos primários e semielaborados, bem como sobre o direito
ao creditamento de ICMS pela aquisição de bens do ativo imobilizado.

Comentário:
Correto. Pará é o 6° Estado que mais perdeu receitas de ICMS pela desoneração dos produtos primários e
semielaborados
Gabarito: Correto

9. (Inédita)
As perdas na arrecadação de ICMS, impostas pela Lei Kandir, impactou de forma negativa a educação, saúde,
segurança e investimentos, nesta ordem.

Comentário:

Correto. Foi o que vimos durante a aula.


Gabarito: Correto

10. (Inédita)

Dentre os municípios paraenses, Belém, Parauapebas, Marabá, Tucuruí, Barcarena e Ananindeua são os mais
prejudicados pelas perdas causadas em razão da desoneração nas exportações, somando mais de R$ 10 bilhões
não arrecadados.

Comentário:
Dentre os municípios paraenses, Belém, Parauapebas, Marabá, Tucuruí, Barcarena e Ananindeua são os mais
prejudicados pelas perdas causadas em razão da desoneração nas exportações, somando mais de R$ 5 bilhões
não arrecadados.

Gabarito: Errado

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11.(Inédita)
Com a aprovação na Câmara dos Deputados do Projeto de Lei Complementar (PLP) 133/2020, fica formalizado o
acordo entre a União e os estados para encerrar disputas judiciais pela isenção do ICMS nas exportações, prevendo
repasses de R$ 58 bilhões pelo governo federal entre 2020 e 2037.

Comentário:
Correto. Foi o que vimos nas ultimas noticias apresentadas na aula.

Gabarito: Correto.

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Questões Sem Comentários

1. (Inédito) A competência para a instituição do ICMS cabe:

a) aos Estados e ao Distrito Federal.


b) aos Estados e municípios.
c) à União.
d) aos Estados, somente.

2. (Inédita)
O campo de incidência do ICMS compreende:

a) fretes interestaduais e intermunicipais.


b) fretes interestaduais e intramunicipais.
c) qualquer prestacao de serviços.

d) venda de imóveis.

3. (Inédita)
A lei kandir sempre provocou polêmica entre os governadores de estados exportadores, que alegam perda
de arrecadação devido à:

a) compensação injusta realizada pelo TCU para estes produtos.


b) falta de planejamento na elaboração do orçamento público.

c) entrega de apenas 50% dos recursos feita pela União.


d) não incidência do ICMS nesses produtos.

4. (Inédita)
O STF determinou que caberá ao Tribunal de Contas da União (TCU) fixar o valor do montante total a ser
transferido aos Estados-membros e ao Distrito Federal considerando os seguintes critérios para fixação do
montante a ser transferido anualmente, exceto:

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a) as exportações para o exterior de produtos primários e semielaborados,


b) a relação entre as exportações e as importações,

c) os créditos decorrentes de aquisições de materiais de consumo.


d) a afetiva manutenção e aproveitamento do crédito do imposto.

5. (Inédita)
Do total das perdas brutas de arrecadação do ICMS do Pará, cerca de 80% referem-se:

a) à créditos decorrentes de aquisições de materiais de consumo.


b) à exportação de produtos primários e semielaborados.
c) à créditos de ICMS nas aquisições de ativo imobilizado.

d) aproveitamento do crédito do imposto.

6. (Inédita)
Acerca dos produtos primários e semielaborados que são exportados pelo Estado do Pará, os principais
efeitos da Lei Kandir são observados na atividade:

a) de minério de ferro.
b) bovina

c) de ferro-níquel.
d) de bauxita.

7. (Inédita)

os 3 primeiros municípios mais afetados com perdas de arrecadação do ICMS são, respectivamente:

a) Belém, Marabá e Parauapebas


b) Belém, Parauapebas e Tucuruí.

c) Belém, Tucuruí e Parauapebas.


d) Belém, Parauapebas e Marabá.

Julgue os itens a seguir em Correto ou Errado

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8. (Inédita)
Entre 1996 e 2018, o Estado do Pará apresentou uma perda líquida de R$ 39,1 bilhões, sendo o 6° Estado que mais
perdeu receitas de ICMS pela desoneração dos produtos primários e semielaborados, bem como sobre o direito
ao creditamento de ICMS pela aquisição de bens do ativo imobilizado.

9. (Inédita)
As perdas na arrecadação de ICMS, impostas pela Lei Kandir, impactou de forma negativa a educação, saúde,
segurança e investimentos, nesta ordem.

10. (Inédita)
Dentre os municípios paraenses, Belém, Parauapebas, Marabá, Tucuruí, Barcarena e Ananindeua são os mais
prejudicados pelas perdas causadas em razão da desoneração nas exportações, somando mais de R$ 10 bilhões
não arrecadados.

11.(Inédita)
Com a aprovação na Câmara dos Deputados do Projeto de Lei Complementar (PLP) 133/2020, fica formalizado o
acordo entre a União e os estados para encerrar disputas judiciais pela isenção do ICMS nas exportações, prevendo
repasses de R$ 58 bilhões pelo governo federal entre 2020 e 2037.

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Gabarito
1. A
2. A
3. D
4. C
5. B
6. A
7. D
8. C
9. C
10. E
11. C

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Resumo Direcionado

Art. 1º Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir o imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e
sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as
prestações se iniciem no exterior.

Art. 3º O imposto não incide sobre:

II - operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos primários e produtos industrializados
semi-elaborados, ou serviços;

O STF determinou, ainda, que na hipótese de transcorrer o mencionado prazo, caberá ao Tribunal de Contas
da União (TCU) fixar o valor do montante total a ser transferido aos Estados-membros e ao Distrito Federal
considerando os critérios para fixação do montante a ser transferido anualmente, a saber, as exportações para
o exterior de (aos Estados exportadores) produtos primários e semielaborados, a relação entre as exportações
e as importações, os créditos decorrentes de aquisições destinadas ao ativo (imobilizado) permanente e a
afetiva manutenção e aproveitamento do crédito do imposto a que se refere o art. 155 § 2º, X, a, do texto
constitucional.

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