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Atualidades para Soldado da PM PA Prof.

Danuzio Neto
Aula 02

Aula 02 – Atualidades
Atualidades para Soldado da PM PA
Prof. Danuzio Neto

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SUMÁRIO
SUMÁRIO 2
A NOVA FRONTEIRA AGRÍCOLA NA AMAZÔNIA 3
FRENTE DE EXPANSÃO E FRENTE PIONEIRA 4
A PECUÁRIA NO PARÁ 6
O IMPACTO AMBIENTAL DA ATIVIDADE PECUÁRIA 12
TRAGÉDIA DE BARCARENA 13
EXPLORAÇÃO DAS RIQUEZAS MINERAIS. 14
PROJETO CARAJÁS 15
PROJETO PORTO TROMBETAS 16
A REALIDADE SOCIOECONÔMICA 17
INTERVENÇÃO DO ESTADO NO SETOR MINERAL DO PARÁ 18
QUESTÕES COMENTADAS PELO PROFESSOR 22
LISTA DE QUESTÕES 33
GABARITO 39
RESUMO DIRECIONADO 40

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A NOVA FRONTEIRA AGRÍCOLA NA AMAZÔNIA


Fronteira agrícola é uma área, mais ou menos definida, que representa um AVANÇO DA PRODUÇÃO
AGROPECUÁRIA SOBRE O MEIO NATURAL. Em outras palavras, podemos dizer que se trata de uma REGIÃO
AINDA COM MATA NATIVA QUE SOFRE COM A EXPANSÃO DE ATIVIDADES AGROPECUÁRIAS.
Assim, podemos dizer que a Fronteira Agrícola se apresenta como um complicado dilema para a
sociedade. De um lado, temos a atividade humana se expandindo a fim de buscar novos territórios cultiváveis, o
que contribui para a economia nacional. De outro, geralmente, grandes reservas florestais e áreas pouco povoadas
que ainda conservam a vegetação nativa e o ecossistema local, o que contribui para a preservação do planeta.
Diante dessas informações, percebemos que a existência da fronteira agrícola está diretamente ligada
a maior necessidade de produção de alimentos e de criação de animais – tanto para o consumo interno quanto
para o abastecimento do comércio internacional. Além disso, a sua existência também está ligada à ausência de
políticas públicas eficientes – já que, na fronteira agrícola, muitas terras são compradas ilegalmente e sem
qualquer tipo de controle/fiscalização.
Diante da situação singular de uma fronteira agrícola, que ameaça ecossistemas ainda intocáveis, a
comunidade científica costuma acompanhar com bastante preocupação o conflito existente entre a “mata
virgem” e o avanço das atividades agropecuárias, já que são nessas áreas em que há maior desrespeito à
legislação ambiental e ocorrem com mais frequência desmatamento ilegal e conflitos que envolvem a posse e o
uso das terras.
No excerto a seguir, os geógrafos Milton Santos e Maria Laura Silveira explicam como esse processo, no
século XX, foi promovido principalmente pelo setor privado, mas com a cooperação do poder público.

“Se o movimento pioneiro em São Paulo, no século XIX, foi dirigido pelos grandes plantadores,
capazes de construir estradas de ferro, atrair imigrantes e incorporar um maquinismo moderno, as
fronteiras agrícolas, na segunda metade do século XX, foram abertas pelas grandes empresas, com
a cooperação do poder público”.
(SANTOS, Milton. SILVEIRA, Maria Laura. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. Rio de
Janeiro: Record, 2001.)

Assim, temos que a expansão da fronteira agrícola, nas últimas décadas do século XX, deu-se pelos fatos
listados a seguir:

• A colonização oficial e privada, tendo em vista que o governo estimulou o avanço do povoamento e,
consequentemente, a ocupação econômica da região Norte;
• A expansão das vias de circulação, especialmente durante o regime militar, quando a política de
segurança nacional exigia um povoamento de zonas com baixa densidade populacional, a fim de
afugentar ameaças estrangeiras. A BR-163, por exemplo, foi construída sob o lema “ocupar para não
entregar”, que sintetizava a política da ditadura militar para a ocupação do “vazio” Amazônico. Esta
política relaciona-se com o tema abordado no item anterior (colonização oficial e privada);
• Os movimentos espontâneos de imigração;
• Às diferenças quanto ao grau de tecnificação;
• A especialização da agricultura, como no cultivo da soja, que demanda áreas de cultivo cada vez
maiores.

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FRENTE DE EXPANSÃO E FRENTE PIONEIRA


Uma fronteira agrícola costuma se desenvolver por meio das seguintes etapas:
FRENTE DE EXPANSÃO – Esta fase se inicia com a presença dos posseiros durante a ocupação de áreas
naturais. Estas ocupações geralmente são realizadas por pequenos produtores sobre terras devolutas (terrenos
públicos sem uso público), sendo que, em não raras ocasiões, estes produtores se organizam por meio de
cooperativas. Após dez anos de ocupação destes terrenos, os produtores geralmente requerem a posse legal de
suas terras por meio do usucapião. Normalmente, estes produtores exercem a agricultura familiar e de
subsistência.
FRENTE PIONEIRA – São os GRILEIROS que ganham o protagonismo nesta fase. PRODUTORES
RURAIS que expandem seus domínios por meio da grilagem (apropriação ilegal por meio da falsificação de
documentos e de títulos de propriedades) de terras devolutas ou de espaços já ocupados pelos posseiros. Os
grileiros desenvolvem um modo de produção voltado para a produção comercial interna e para a exportação.

FRENTE DE EXPANSÃO E FRENTE PIONEIRA


Frente de expansão
- PRESENÇA DOS POSSEIROS;
- PEQUENOS PRODUTORES SOBRE TERRAS DEVOLUTAS (terrenos públicos sem uso público);
- Geralmente ORGANIZADOS POR MEIO DE COOPERATIVAS;
- Geralmente, REQUEREM A POSSE LEGAL DE SUAS TERRAS POR MEIO DO USUCAPIÃO;
- Geralmente, exercem a AGRICULTURA FAMILIAR E DE SUBSISTÊNCIA.

Frente pioneira
- GRILEIROS;
- PRODUTORES RURAIS;
- Expandem seus domínios por meio da GRILAGEM de terras devolutas ou de espaços já ocupados pelos
posseiros.
- MODO DE PRODUÇÃO VOLTADO PARA A PRODUÇÃO COMERCIAL INTERNA E PARA A EXPORTAÇÃO.

Onde está a fronteira agrícola brasileira?


No Brasil, a fronteira agrícola se encontra atualmente na região Norte, tomando espaço de vastas
porções da Floresta Amazônica, e também na área que ficou conhecida como Matopiba, e que é formada pelos
estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
Em relação aos estados, podemos ainda citar como regiões da fronteira agrícola os seguintes: Pará e Mato
Grosso. Por conta deste avanço, são ainda registrados vários conflitos na área da Floresta Amazônica
decorrentes de questões ambientais ou de “mera” luta por posse de terra. Dentre estes conflitos, ganhou
destaque o caso de Dorothy Stang, que era uma ativista norte-americana, mas naturalizada brasileira, que foi
assassinada por fazendeiros na cidade de Anapu (PA), em 2005. Com o desmatamento da Floresta Amazônica,
muitas comunidades indígenas perderam as suas terras ou tiveram os seus espaços reduzidos.
Assim, temos que a expansão da fronteira agrícola, especialmente na Amazônia Legal, é marcada por
conflitos entre assentados e grandes projetos agropecuários e de mineração e por intensa devastação e
desperdício dos recursos naturais e da biodiversidade, o que compromete o futuro da região.
Além da expansão da fronteira agrícola, a floresta amazônica, o maior bioma brasileiro, também é
degradada por causa dos seguintes fatores:

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• Extração de madeira;
• Mineração;
• Construção de hidrelétricas; e
• Abertura de estradas na selva.

Principais problemas da Fronteira agrícola


Por conta da grilagem e do desmatamento, alguns problemas saltam aos olhos nos locais onde se desbrava
uma fronteira agrícola, sendo, o primeiro deles, os conflitos no campo, já que de um lado estarão grileiros e, do
outro, posseiros (que podem estar representados por meio de movimentos sociais do campo, como o MST –
Movimento dos Trabalhadores Sem Terra). Em oposição ao grupo de grileiros, também podemos observar grupos
indígenas. Com o avanço do agronegócio, as pequenas propriedades são pressionadas para avançar ainda mais a
fronteira agrícola ou para praticarem o êxodo rural, o que resulta na migração de um grande contingente de
trabalhadores rurais, sem as qualificações adequadas, para as cidades.
Das disputas territoriais, que também podem envolver comunidades indígenas, são recorrentes os
assassinatos na luta pela terra. No meio de tudo isso, ainda ocorre a remoção e a comercialização ilegal de madeira
nativa da floresta. Diante dessas informações, podemos apontar como três os principais problemas observados
como decorrentes das fronteiras agrícolas:
Devastação da vegetação – Este é o problema de mais fácil observação, já que a fronteira agrícola, para
existir como tal, precisa avançar sobre a vegetação nativa de determinada região.
Concentração de terras – Este problema se refere ao surgimento de latifúndios, já que o tamanho médio
de uma propriedade na fronteira agrícola é maior que o de terrenos rurais no resto do país.
Questão de produção de alimentos – Este problema aparece como decorrência do segundo, já que os
grandes latifundiários, geralmente, produzem com os olhos voltados para o mercado exterior.

A fronteira agrícola muda de lugar?


A fronteira agrícola não é um local imutável no cenário de determinada região. Não é como um acidente
geográfico, que permanece no mesmo lugar pelos séculos. No Brasil, assim como em qualquer outro país com
grandes áreas cultiváveis, a localização da fronteira agrícola se modificou ao longo da história.
Durante boa parte do período colonial, por exemplo, a zona litorânea, composta predominantemente pela
Mata Atlântica, foi cenário da primeira fronteira agrícola do Brasil. Ao longo do século XX, as práticas agrícolas
ganharam novos terrenos, avançando para o interior do país. Nesse meio tempo, o Centro-Oeste passou a ser a
nova fronteira agrícola, tocada por produtores oriundos do Sul e do Sudeste brasileiro. Como resultado, houve
intensa transformação da paisagem de estados como Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o que fez com
que a região Centro-Oeste ficasse conhecida como o celeiro do Brasil.
Assim, podemos perceber que o Centro-Oeste, atualmente o coração do agronegócio brasileiro, nem
sempre teve suas porteiras abertas para o setor. Antes da década de 1970, por uma questão tecnológica, a região
ainda era considerada um obstáculo para a expansão agrícola, já que a maioria dos solos não era considerada
agricultável por conta de seus elevados índices de acidez. Com a REVOLUÇÃO VERDE, no entanto, houve a
correção dos solos (principalmente por meio da técnica de calagem). Para fortalecer ainda mais a interiorização
da fronteira agrícola, houve a difusão da rede de infraestrutura, logística e serviços, o que facilitou sobremaneira
a ocupação agrícola do Cerrado.

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A PECUÁRIA NO PARÁ
Esta parte da nossa aula fundamenta-se principalmente nos dados apresentados no Boletim Agropecuário do
Pará 2017, formulado pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará – Fapespa.

A BOVINOCULTURA contribui para que o Pará detenha o principal rebanho do Norte do Brasil, com
destaque para o município de maior efetivo bovino no país, tornando a pecuária paraense um segmento
importante para a economia do estado, que conta também com a criação de aves, suínos, equinos, ovinos e
caprinos.
A relevância da pecuária na matriz econômica paraense está expressa na sua participação de 26% do PIB
do setor primário. Entre os rebanhos paraenses, a bovinocultura destaca-se como o 5º maior efetivo do país,
sendo superior a 20 milhões de cabeças, segundo o IBGE, ou de mais de 22 milhões, consoante dados da Agência
de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARÁ), o que o tornaria o 3º maior do Brasil. Esse posicionamento
do rebanho bovino do Pará favorece o desenvolvimento dos segmentos alimentícios como o da carne e o do leite.
A evolução da pecuária nacional e paraense nos últimos 10 anos (2007 a 2016) mostra que o efetivo bovino
do Pará cresceu acima da média brasileira. Enquanto o rebanho nacional obteve variação de 9,25%, o paraense
obteve crescimento de 33,36%, resultado superior até mesmo ao verificado nos estados com maior efetivo bovino:
Mato Grosso (17,96%), Minas Gerais (4,71%), Goiás (11,76%) e Mato Grosso do Sul (-0,14%).

Ao enfocar no biênio 2015/2016, observa-se que, com exceção de Minas Gerais que apresentou retração,
os principais rebanhos tiveram crescimentos relevantes, sobretudo, quando levado em conta que, no plano
nacional, a variação foi de 1,41%. Nesse contexto, os rebanhos paraenses registraram incremento de 1,01%, ao
passo que Mato Grosso (3,17%), Goiás (4,53%) e Mato Grosso do Sul (2,08%) mantiveram-se acima da média do
país (Tabela 1). Nesse cenário, o efetivo bovino do Pará passou a representar 9,38% do nacional, ante os 9,42% em
2015.

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Nos últimos anos, a evolução competitiva da pecuária bovina do Pará tem se apresentado ligada às
variáveis naturais, econômicas e tecnológicas, agrupadas a uma estrutura de governança que estabelece
condições de aplicabilidade de ações na melhoria dos fatores de regulação da atividade bovina, pactuada com os
segmentos produtivos. Soma-se, ainda:

• A qualidade e a disponibilidade de terras a preços mais baixos em relação a outras regiões do país;
• O clima favorável às pastagens, ideal para o desenvolvimento de capim e de forrageiras;
• O melhoramento genético e sanitário dos animais;
• A qualidade da carne produzida, fruto da alimentação exclusivamente a pasto dos animais (boi
verde), o que lhe confere características organolépticas peculiares.

Adicionalmente, o estado conquistou a Certificação Internacional de Área Livre de Aftosa através da


vacinação e, com isso, os produtores paraenses tiveram acesso a novos mercados nacionais e internacionais.
As condições favoráveis da criação de gado no estado têm
favorecido a comercialização dos produtos bovinos com o alcance a vários Boi verde é o animal criado
centros consumidores. Um fator relevante que ajuda a interpretar tal
em sistema de criação em
assertiva pode ser verificado por meio das exportações de carne bovina, que,
pasto sem agrotóxico
em 2016, registrou aumento de 18,50% na comparação com o ano de 2015.
Entre 2012 e 2016, a média anual de expansão é de 12,28%.
O desenvolvimento da produção bovina paraense está atrelado ao aperfeiçoamento tecnológico e de
gestão que estabelece a introdução de novos sistemas de produção, como:

• O pastejo rotacionado;
• Integração lavoura/pecuária/floresta;
• Melhoramento de pastagens;
• Aprimoramento genético e sanitário do rebanho, somados à preocupação com o bem-estar animal.

O resultado desse empenho é a melhoria produtiva da pecuária bovina do Pará, uma das que mais se
expandem no país.

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Entre alguns dos componentes importantes da pecuária, encontra-se a área de pastagem, compreendida
como relevante na avaliação de expansão do potencial produtivo, sendo que, no Pará, ela correspondeu a 16
milhões de hectares ou 13% do território total do estado em 2014. Desse quantitativo:

• 72% compreendem as áreas de pastos limpos;


• 16% de pastos sujos; e
• 12% as áreas de regeneração com pasto (Figura 2).

Somente o pasto limpo expandiu sua área em 39% de 2004 a 2014, e, quando observada a variação de 2012
para 2014, o incremento foi de 12% ((TERRACLASS, 2014).
Os dados mostram que houve expansão da área de pastagem de 13,058 mi/ha em 2004 para 14,635 mi/ha
em 2008, elevação de 12%. Em 2010, houve novo incremento para 14,065 mi/ha ou de 2,97%. Contudo, em 2012,
ocorreu declínio da pastagem em 9,13% ou 13,690 mi/ha, fato que está relacionado com a capacidade de
verificação das áreas pelo satélite, a qual foi prejudicada por nuvens, portanto, não diz respeito a nenhum fator
estruturante da atividade bovina. No ano de 2014, ocorreu nova expansão em 17,32% ou o estabelecimento de
uma área de pastagem em 16,062 mi/há (Figura 2) (TERRACLASS, 2014).

A distribuição de pastagem entre os municípios do estado caracteriza o município de SÃO FÉLIX DO


XINGU como o de maior parcela no recorte de área de pasto no Pará e no Brasil. Somente em relação ao estado,
o município responde por 8,31% da área total de pastagem ou 1,334 mi/ha, e Marabá (4,04%) e Cumaru do Norte
(3,77%) em seguida, com respectivos 649,156 mil/ha e 605,989 mil/ha. Como mostra a Tabela 2, ressalta-se, nesse
aspecto, que:

• São Félix do Xingu e Marabá são os de maior rebanho bovino no Pará; e


• Cumaru do Norte obtém o quarto maior quantitativo de cabeças de gado.

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A pecuária está presente em todos os municípios paraenses, estabelecida em 52 deles como uma das
atividades econômicas predominantes. Destaca-se, ainda, que os 10 municípios de maior produção pecuária
respondem por 42% da produção total do estado, participação que configura as regiões Sul e Sudeste como as
protagonistas na criação bovina. Nesse sentido, a Região de Integração Araguaia lidera a produção de gado com
o efetivo de 7.450.661 cabeças de gado, 36,39% do total do estado, com a RI Carajás (3.389.151) e a RI Xingu
(2.590.997) em seguida, contabilizando 16,60% e 12,65%, respectivamente. Juntas, essas regiões concentram
13.439.809 unidades bovinas, 65% do contingente bovino paraense (Mapa 2).

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A dinâmica da produção pecuária estabelecida nessas regiões consolidou a cadeia bovina no estado, que,
além da criação de gado, agrupa também a produção leiteira, somando a indústria de carne e a de laticínios,
segmentos produtivos de agregação de valor e de dinamismo econômico. O resultado disso converge para uma
comercialização de produtos que atende tanto o mercado interno, com o consumo de carne e derivados, quanto
o externo, com a exportação de gado e de subprodutos da carne bovina.
Com relação ao rebanho bubalino, o Pará lidera o ranking nacional com um efetivo de 519.586
cabeças, em 2016, equivalente a 37,90% da produção brasileira e 57,29% em relação à Região Norte, quantidade
0,51% menor em relação ao ano de 2015 (Tabela 3). Os principais municípios produtores são Chaves (30,96%),
Soure (14,36%), Cachoeira do Arari (9,00%) e Ponta de Pedras (7,68%), que somados concentram 62% desse
rebanho no estado.

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Ainda que os rebanhos bovinos e bubalinos detenham grande


relevância na produção pecuária, a população de aves no Pará, em especial de
Frango (ou franga) é o
galináceos, alcançou números consideráveis em 2016, com um rebanho
nome que se dá ao galo
estimado em mais de 26 milhões. Os galináceos compreendem galos, galinhas,
frangas, frangos, pintos e pintainhas (IBGE, 2015). A Tabela 4 apresenta esse
(ou galinha) jovem.
rebanho para o Brasil, Região Norte e estado do Pará, nos anos de 2015 e 2016.

A evolução da criação de galináceos em um ano foi de 1,52% no Brasil, 3,31% na Região Norte e 1,38% no
Pará, sendo o rebanho paraense o maior do Norte do país. A Tabela 5 apresenta os 10 municípios com maiores
rebanhos, que, juntos, acumulam, aproximadamente, 72% do rebanho galináceo paraense, com a maior parcela
concentrada em Santa Isabel do Pará, que registrou 8.161 milhões de animais, 30,94% do total, seguido por
Castanhal, com 3.300 milhões (12,51%), e Igarapé-Açu, com 1.586 milhão (6,01%).

Além dos rebanhos de maior representatividade, já mencionados, a agropecuária paraense conta também
com outros efetivos, a exemplo do rebanho suíno, o qual, em 2016, registrou mais de 636 mil cabeças, com
aumento de tamanho em 14,16%; equino (380 mil), que apresentou crescimento de 11,11%; ovino (280 mil), o qual
obteve crescimento de 18,98%; além do caprino (80 mil) e codornas (21 mil), com esta última apresentando
redução de 31,34% (Tabela 6).

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O IMPACTO AMBIENTAL DA ATIVIDADE PECUÁRIA


Em 2009, a Organização Não Governamental (ONG) Greenpeace publicou um estudo, chamado “A farra
do Boi na Amazônia”, em que analisa os impactos ambientais do desenvolvimento da pecuária na Amazônia
brasileira.
De acordo com este estudo, o Brasil é o quarto maior emissor mundial de gases do efeito-estufa (GEE),
principalmente por causa do desmatamento e das queimadas na Amazônia. Globalmente, a destruição das
florestas tropicais é responsável por cerca de 20% das emissões de GEE. Zerar o desmatamento é um passo
essencial na estratégia global de combate às mudanças climáticas e de proteção à biodiversidade.
O maior desafio, conforme identificado pelo Banco Mundial, é combater os principais vetores econômicos
de desmatamento nas áreas de ‘fronteiras agrícolas’, como a Amazônia.
Diferentes governos, agências multilaterais de financiamento como o Banco Mundial e corporações
globais – todos têm um papel a desempenhar.
Segundo o Greenpeace, a Amazônia brasileira apresenta, em área, maior média anual de desmatamento
do que qualquer outro lugar do mundo, sendo a pecuária o principal vetor de desmatamento na Amazônia
brasileira. De acordo com o governo brasileiro: ‘A pecuária é responsável por cerca de 80% de todo o
desmatamento’ na região Amazônica. Nos anos recentes, a cada 18 segundos, um hectare de floresta Amazônica,
em média, é convertido em pasto. O setor pecuário na Amazônia brasileira é responsável por 14% do
desmatamento global anual. Isso o torna o maior vetor de desmatamento do mundo, responsável por mais floresta
destruída que o total desmatado em qualquer país, com exceção da Indonésia.
Como uma resposta à denúncia da “Farra do Boi” feita pelo Greenpeace, que sustenta que ao levar carne
bovina de procedência ilegal para casa, o consumidor financia, entre outras irregularidades, a destruição da
Amazônia, a invasão de terras públicas e o trabalho escravo – inclusive infantil, a Associação Brasileira de
Supermercados e Ministério Público Federal firmaram um acordo para evitar a compra de carne bovina
proveniente de áreas com irregularidades ambientais e sociais, como desmatamento, invasão de terras públicas e
trabalho escravo.

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TRAGÉDIA DE BARCARENA

Imagem: https://www.canalrural.com.br/programas/navio-com-mil-bois-vivos-minerva-afunda-para-59155/

Em 2015, no rio Pará, em Barcarena, região metropolitana de Belém, ocorreu uma tragédia, quando um
navio com mais de cinco mil bois vivos e 700 toneladas de óleo a bordo naufragou. A embarcação saía do porto de
Vila do Conde, com destino à Venezuela.
Os animais que estavam a bordo morreram afogados, muitos presos na embarcação, em uma das cenas
mais chocantes já vistas no país.
A tragédia ambiental, social e econômica atingiu a vida de milhares de pessoas nessa região.
O banho nas águas foi proibido e o movimento de frequentadores das praias de Barcarena, Abaetetuba e
ilhas vizinhas caiu. Outro impacto significativo do naufrágio foi que pescadores não puderam mais retirar o
sustento dos rios.

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EXPLORAÇÃO DAS RIQUEZAS MINERAIS.


A mineração é a principal atividade econômica na região sudeste do Pará, onde o extrativismo mineral vem
desenvolvendo uma indústria metalúrgica cada vez mais significativa.
A região Norte como um todo possui um grande potencial para mineração, mas são as jazidas do Estado
do Pará, como Serra dos Carajás, no Sudeste do estado, e Oriximiná, no Noroeste, que despontam como algumas
das principais do Brasil.

Fonte da imagem: https://orixi.wordpress.com/tag/mapas/

Outro ponto interessante é que o estado do Pará apresenta atualmente uma cadeia bem articulada de sua
produção mineral. Em Barcarena, por exemplo, é beneficiada boa parte da bauxita extraída em Paragominas e na
região do Tapajós, em Oriximiná.
A propósito, Barcarena é um grande produtor de alumínio e sedia uma das maiores fábricas desse produto
no mundo. Grande parte desta produção é exportada, o que contribui para que o município seja sede de um dos
principais portos do Pará, no distrito de Vila do Conde.
Em Marabá, além das companhias já presentes, o governo federal implementou um polo siderúrgico e
metalúrgico. Este polo utilizava intensamente o carvão vegetal para aquecer os fornos que produzem o ferro gusa,
contribuindo, assim, para a devastação mais rápida das florestas nativas da região. Recentemente, porém, este
cenário tem mudado, já que as indústrias estão investindo no reflorestamento de áreas devastadas e na produção
de carvão do coco da palmeira Babaçu, que não devasta áreas da floresta nativa. Na produção deste carvão há
queima somente do coco - e não do coqueiro – o que contribui para a sustentabilidade do negócio.

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Em 2017, o Pará foi:

• O 2º maior produtor nacional no setor de minério de ferro, com 169 milhões de toneladas - das 450
milhões produzidas pelo país;
• Responsável por quase 980 mil toneladas de cobre (das 1,28 milhões de toneladas da produção
nacional);
• Produtor de quase toda a produção brasileira de alumínio (bauxita) (34,5 de 36,7 milhões de
toneladas);
• Responsável por 2,3 de 3,4 milhões de toneladas do manganês produzidos no Brasil;
• O 3º maior produtor brasileiro de ouro, com 20 toneladas;
• O 2º, no Brasil, em produção de níquel;
• O 3º maior produtor nacional de estanho.

PROJETO CARAJÁS
O Programa Grande Carajás (PGC), simplesmente conhecido como Projeto Carajás, é um projeto de
exploração mineral, iniciado durante a ditadura militar, mais especificamente durante o governo do presidente
João Figueiredo, quando Eliezer Batista, pai do ex-bilionário Eike Batista, era presidente da Vale. O projeto fica
numa das áreas minerais mais ricas do planeta.
A antiga Empresa Estatal Brasileira Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), atual Vale, ficou responsável por
explorar o projeto.
Abarcando terras do sudeste do Pará, norte de Tocantins e sudoeste do Maranhão, e cortada pelos rios
Xingu, Tocantins e Araguaia, o PGC estende-se por uma área de 900 mil km², o que corresponde a um décimo do
território brasileiro. Ao longo da Estrada de Ferro Carajás, que vai da região sudeste do Pará até São Luís/MA, é
possível observar a presença crescente de siderúrgicas em território paraense.
Por causa da grande extensão territorial do Programa, este acaba por beneficiar inúmeros municípios,
ainda que de maneira desigual. Ou seja, uns mais que os outros. Dentre os mais beneficiados, por exemplo,
podemos citar Canaã dos Carajás, que se tornou centro do maior projeto de minério do mundo, o S11D da Vale.
Usina de processamento da S11D, maior projeto de minério do mundo, localizada em Canaã dos Carajás

Foto: Ricardo Teles

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ÁREA DO PROJETO CARAJÁS

Fonte da imagem: http://www.mesalva.com/forum/t/plano-de-desenvolvimento/9883/2

Uma das maiores áreas de exploração de minérios do mundo, o projeto Grande Carajás, na atualidade,
está ligado às atividades da Vale, que foi privatizada em 1997 e é a terceira maior mineradora de ferro do mundo.
Em Grande Carajás, além da maior reserva de minério de alto teor de ferro do mundo, são explorados
manganês, cobre, níquel, ouro, bauxita e cassiterita.
Os preços do minério de ferro, principal riqueza de Carajás no mercado internacional, se elevaram a partir
de 2004, devido à demanda de países emergentes, como a China, o que levou o preço das ações da Vale a
dispararem na Bovespa.
Em 2009, porém, por causa da crise econômica global, houve uma queda na demanda de minério de ferro,
o que fez o preço dessa commodity cair drasticamente. Entre os anos de 2004 a 2009, a cotação do minério era,
em média, U$ 120/tonelada. Atualmente orbita entre U$ 60 e U$70/tonelada.
O minério de ferro também é largamente utilizado no setor metalúrgico, um dos mais importantes do
mundo.

PROJETO PORTO TROMBETAS


Os projetos para extração de minérios foram os que mais atraíram investimento estrangeiro para a região
Norte, que abriga algumas das maiores reservas minerais do planeta.
Em Porto Trombetas, distrito onde está localizada a segunda mais importante aglomeração urbana do
município de Oriximiná, está um dos complexos que foi beneficiado por este capital.
Toda a estrutura habitacional para os trabalhadores das Mina do Saracá V, Saracá W e Bela Cruz está neste
distrito, que ainda possui um porto de escoamento da produção e base de apoio e centro comercial para atividades
mineiras.

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O Projeto Porto Trombetas, que beneficiou sobremaneira a região, surgiu em 1974 com a missão de
acomodar os trabalhadores que construíam a estrutura para mineração na Serra do Saracá. Com o término da
construção da estrutura, em 1976, surgiu a necessidade de acomodação dos funcionários que iriam operar a
extração na mina, a vila provisória, localizada em Porto Trombetas, acabou se tornando permanente.
Atualmente, as atividades econômicas do distrito estão intimamente ligadas aos trabalhos da empresa
Mineração Rio do Norte (MRN),
Em 2016, a MRN anunciou investimentos de R$ 6,8 bi na expansão de suas atividades na região, dos quais
R$ 4 bilhões na fase de implantação e R$ 2,8 bilhões em infraestrutura. O projeto de ampliação será nos platôs da
Zona Central e Oeste a fim de garantir a continuidade das operações da mineradora até 2043. Atualmente, a MRN
extrai bauxita no platô da Zona Leste, com uma produção anual de 18 milhões de toneladas e 5 mil empregos
diretos e indiretos. Metade do volume produzido pela MRN é destinado ao mercado internacional.
Em setembro de 2018, na esteira dessa expansão, a MRN protocolou junto ao Ibama pedido de Licença
Prévia para o projeto “Novas Minas” para exploração dos platôs Barone, Jamari, Cruz Alta Leste, Rebolado e
Escalante – três deles incidentes na Terra Quilombola Alto Trombetas 2 – nos municípios de Oriximiná, Faro e
Terra Santa.
Já em maio de 2020, em meio a pandemia do coronavírus, a MRN apresentou ao Ibama o Estudo de
Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do empreendimento. O Estudo de
Componente Quilombola do projeto Novas Minas, que deve avaliar os impactos para as comunidades quilombolas
dos Territórios Boa Vista e Alto Trombetas 2, se encontra em elaboração.
Ao todo, o empreendimento abrange uma área de 10.213,5 hectares. Segundo a empresa, os novos platôs
proporcionarão a continuidade da produção, agregando um horizonte de continuidade das operações até o ano
de 2040. O início da implantação do empreendimento está planejado para 2021, estendendo-se até o final de 2025.
O projeto prevê a instalação de novas estruturas, como: alojamentos, escritórios, refeitórios, vestiários,
posto de combustível, oficinas e estrutura de apoio à operação/lavra em geral e canteiros de obras. O RIMA do
empreendimento indica que será necessária a instalação de 10 novas barragens para receber os rejeitos do Projeto
Novas Minas. Os estudos da MRN avaliam que os impactos socioambientais do projeto atingirão 1.290 famílias de
19 comunidades ribeirinhas e de 9 comunidades quilombolas.
A previsão da MRN era obter a Licença Prévia (LP) do Projeto Novas Minas ainda em 2020. Porém, em 22
de setembro de 2020, o Ibama devolveu para a empresa o EIA e o RIMA para atendimento de diversas
recomendações, com especial atenção para a necessidade de integralização do Estudo do Componente
Quilombola e do processo de consulta às comunidades quilombolas nos estudos ambientais.

A REALIDADE SOCIOECONÔMICA
A região amazônica é marcada por diversos problemas de ordem social, econômica e ambiental. Isso é
reflexo, em grande parte, das ações e intervenções realizadas pelo Estado ou pelas atividades econômicas que se
desenvolvem em seu território, que em diversos casos, são baseadas na apropriação de grandes extensões
territoriais, o que acarretam na centralização de determinadas atividades produtivas e na exclusão de muitos
atores que pertencem ou que querem pertencer a esse território.
Exemplo dessa situação é o setor de mineração, que ao longo dos séculos XX e XXI tem sido alvo das mais
diversas ações de intervenção por parte dos governos nacionais e dos estados nos quais suas atividades se
desenvolvem. A Amazônia, é sempre bom lembrar, tem uma contribuição significativa na atividade de extração e
transformação mineral realizada em território brasileiro, considerando a ocorrência na região de diversos minerais
que influenciam na balança comercial do país.

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Na região amazônica, os grandes complexos industriais minerais têm infraestrutura e tecnologia que são
gerenciadas de forma autônoma, tendo em vista que as grandes empresas mineradoras apresentam pouca
articulação com os demais setores da economia – o que torna a mineração uma atividade de enclave e com
baixíssimos desencadeamentos locais.
Mantendo o olhar sobre a região amazônica brasileira, observa-se que, além dos grandes complexos
industriais, há também a presença de pequenos empreendimentos que estão inseridos no setor mineral, o que
exige políticas públicas com foco no desenvolvimento regional.
Nesse sentido, o Estado tem um papel especial quanto às políticas públicas para o desenvolvimento
regional, principalmente em relação à inovação e à mudança de cultura. Para que a política de desenvolvimento
seja eficiente é necessário que haja sinergia entre as ações dos atores e dos demais níveis institucionais e
empresariais.
O setor da mineração tem sido um dos principais motores de crescimento da Região Norte, especialmente
no Pará, onde se encontram as duas maiores jazidas da região:

• A de ORIXIMINÁ, que lavra bauxita, com maior parte da produção destinada à exportação; e
• A de SERRA DOS CARAJÁS, que aparece como uma das maiores do planeta e produz o minério de
ferro mais puro do mundo. Localizada, no sudeste do estado, Carajás concentra, ainda, uma
diversidade de minerais, são eles: manganês, cobre, bauxita, ouro, níquel, estanho e outros.

Em 2018, 88% das exportações do Pará correspondiam às Indústrias de Mineração e Transformação


Mineral. O ferro continua sendo o principal produto exportado pela indústria de mineração do Pará, representando
US$ 9,196 bilhões, seguido por cobre, com US$ 2,064 Bilhões, manganês, US$ 276 Milhões, bauxita, níquel,
caulim, ouro, silício.
Até 2024, a indústria mineral pretende investir R$ 22,013 bilhões no Pará, outros R$ 18,863 bilhões serão
investidos em infraestrutura, transformação mineral e outros negócios, como a produção de biodiesel. Em
números, gera 266 mil empregos diretos e indiretos na cadeia produtiva local e responde por 20% do PIB paraense.
China, Malásia e Japão foram os três maiores mercados compradores de bens minerais produzidos no
Pará. Já com relação a empregabilidade, a cadeia produtiva mineral respondeu por 266 mil empregos diretos e
indiretos no Pará em 2018. Para cada emprego direto criado na Indústria de Mineração, outros treze postos de
trabalho são criados ao longo da cadeia produtiva.

INTERVENÇÃO DO ESTADO NO SETOR MINERAL DO PARÁ


O estado do Pará é caracterizado pela diversidade de recursos minerais e grande extensão territorial, o que
torna o estado fonte de matéria-prima para diversos segmentos.
Esse cenário, porém, pode encobrir uma “armadilha”, já que a atividade minerária e aquelas ligadas a ela
são responsáveis por um grande volume de recursos, para a população e para as administrações municipal e
estadual, que pode ser suficiente para sufocar o surgimento de outras atividades. Ou seja, muitas vezes a
abundância desses recursos acaba aumentando a dependência da mineração ao longo do tempo. Esse fato, aliado
ao caráter finito dos recursos naturais e de que a viabilidade de sua exploração está sujeita a fatores do mercado
internacional que fogem do controle de quem a pratica, pode se transformar em um grande perigo para muitos
municípios mineiros, principalmente no médio e longo prazos.
Os desdobramentos das atividades minerais vêm permeando as ações dos governos do estado do Pará
desde a década de 1980, quando o governo estadual percebeu que o seu setor mineral sofria grande dependência
do mercado externo e apresentava baixo valor agregado. À época, observou-se também que a caulim e a bauxita
eram exportados com baixo processamento, in natura, sem qualquer beneficiamento no local.

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É reconhecido que nenhum recurso mineral, por mais importante que seja do ponto de vista do seu
uso industrial, é suficiente por si mesmo para promover o desenvolvimento de uma região. De fato,
a dotação dos recursos naturais disponíveis de uma região não exerce por si só um papel decisivo
na evolução da renda agregada, sobretudo quando este recurso natural é comercializado para o
mercado exterior praticamente de forma "in natura" com baixo grau de valor agregado.
(CARVALHO et.al., 2017 p. 172)

A questão levantada por Carvalho é que as economias extrativas minerais tendem a desenvolver menos
ligações na cadeia produtiva, para trás e para frente, do que outros setores. Essa deficiência acarreta em diversos
problemas de caráter social, econômico e ambiental nos locais onde ocorre a exploração dos recursos minerais.
Uma das propostas para sanar tais problemas foi a elaboração de uma política estadual para provocar a
verticalização da produção mineral. Esta proposta tem por objetivo agregar valor ao minério extraído, o que teria
as seguintes consequências:
• Expansão espacial das atividades minerais;
• Mudança na base produtiva;
• Maior qualificação e remuneração da mão-de-obra;
• Abertura de novos postos de trabalho;
• Desenvolvimento tecnológico;
• Redução das desigualdades; e
• Controle da ação antrópica.

Em 2014, o Plano de Mineração do Estado do Pará (PEM 2014-2030, p.192) conceitua que a verticalização
da produção “consiste em uma estratégia em que a empresa procura fabricar todos os seus equipamentos e
beneficiar seus produtos em todas as etapas da produção”.
Na década de 1990, os governos do estado, passaram a priorizar a verticalização mineral de diversos
segmentos da mineração, tais como: ferro (aço), bauxita (alumínio), ouro e gemas.
Atualmente, podemos dizer que o Pará tem potencial para se tornar um dos maiores centros mineradores
do mundo e com uma das minerações mais modernas do planeta – tanto em termos de equipamentos quanto de
processos ambientais.

Fonte: Mdic

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Fonte: Mdic

Principais destinos das Exportações da Indústria de Mineração do Pará

Fonte: Mdic

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Destaque nas compras locais pela Indústria de Mineração - I A REDES – Inovação e Sustentabilidade
Econômica é uma iniciativa do Sistema FIEPA, pioneira na disseminação dos negócios de impacto e internalização
das riquezas do estado Pará. Há 19 anos atua desenvolvendo iniciativas de inovação e sustentabilidade econômica
no ambiente de negócios industriais. Seu principal foco é potencializar o crescimento e a evolução dos
fornecedores paraenses e incentivar as compras locais. Um dos seus principais objetivos é contribuir com o
desenvolvimento do estado, através de um conjunto de práticas financeiras e administrativas que visam o
desenvolvimento favorável do mercado industrial local com equilíbrio social e econômico. Das demandas
sinalizadas ao REDES pela Indústria de Mineração* na busca por fornecedores locais em 2018, temos como
destaque os seguintes segmentos:

Terminamos a parte teórica da aula. Agora vamos resolver algumas questões de prova!

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QUESTÕES COMENTADAS PELO PROFESSOR


1. (IBADE - IPERON/RO - 2017)
O processo denominado de expansão da fronteira agrícola possui diferentes fases históricas de ocorrência.
Atualmente, a expansão da fronteira agrícola promove diversas consequências, com maior ou menor impacto.
Entre as alternativas a seguir, a que melhor apresenta a principal consequência da expansão da fronteira agrícola
é:
a) ampliação das unidades de conservação ambiental para mais de 70% do território.
b) diminuição das áreas agrícolas e aumento das áreas urbano-industriais.
c) degradação ambiental com desmatamento das vegetações naturais.
d) manutenção permanente das paisagens naturais da floresta amazônica.
e) substituição da floresta amazônica pelas espécies típicas do cerrado.
RESOLUÇÃO:
Fronteira agrícola é uma área, mais ou menos definida, que representa um avanço da produção agropecuária
sobre o meio natural. Em outras palavras, podemos dizer que se trata de uma região ainda com mata nativa que
sofre com a expansão de atividades agropecuárias.
Assim, podemos dizer que a Fronteira Agrícola se apresenta como um complicado dilema para a sociedade. De um
lado, temos a atividade humana se expandindo a fim de buscar novos territórios cultiváveis, o que contribui para
a economia nacional. De outro, geralmente, grandes reservas florestais e áreas pouco povoadas que ainda
conservam a vegetação nativa e o ecossistema local, o que contribui para a preservação do planeta.
Resposta: C

2. (CONSULPLAN - SEDUC/PA - 2018)


Atualmente, o desmatamento na Amazônia está associado à ampliação de áreas de cultivo (principalmente de
soja), denominadas frentes ou fronteiras agrícolas. São consequências do desmatamento na Amazônia, EXCETO:
a) Manutenção dos ciclos reprodutivos e da migração de espécies de peixes.
b) Redução da vazão dos rios, o que desencadeia os processos de sedimentação e assoreamento.
c) Prejuízos econômicos, perda de valor simbólico e cultural da terra, sobretudo para os povos indígenas.
d) Decomposição de animais e vegetais dos ecossistemas alagados que diminui a oxigenação da água,
provocando a morte dos peixes.
RESOLUÇÃO:
O desmatamento na Amazônia ocasiona grandes desarranjos no meio ambiente, como redução da vazão dos rios,
ameaça aos povos indígenas e prejuízos para a flora e a fauna locais.
Assim, por ser um fator que contribui para desestabilizar o equilíbrio da região, o único item que não apresenta
uma consequência do desmatamento na Amazônia é a alternativa A, já que as “frentes ou fronteiras agrícolas” não
contribuem para a manutenção dos ciclos reprodutivos e da migração de espécies de peixes.
Resposta: A

3. (FGV - Prefeitura de João Pessoa/PB - 2014)


“Se o movimento pioneiro em São Paulo, no século XIX. Foi dirigido pelos grandes plantadores, capazes de construir
estradas de ferro, atrair imigrantes e incorporar um maquinismo moderno, as fronteiras agrícolas, na segunda metade
do século XX, foram abertas pelas grandes empresas, com a cooperação do poder público”.
(SANTOS, Milton. SILVEIRA, Maria Laura. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001.)

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A expansão da fronteira agrícola, nas últimas décadas do século XX, se deu pelos fatos listados a seguir, à exceção
de um. Assinale‐o.
a) A colonização oficial e privada.
b) A expansão das vias de circulação.
c) A tecnificação homogênea da produção.
d) Os movimentos espontâneos de imigração.
e) A especialização da agricultura, como no cultivo da soja.
RESOLUÇÃO:
A expansão da fronteira agrícola, nas últimas décadas do século XX, deu-se pelos fatos listados a seguir:
• A colonização oficial e privada, tendo em vista que o governo estimulou o avanço do povoamento e,
consequentemente, a ocupação econômica da região Norte;
• A expansão das vias de circulação, especialmente durante o regime militar, quando a política de segurança
nacional exigia um povoamento de zonas com baixa densidade populacional, a fim de afugentar ameaças
estrangeiras. A BR-163, por exemplo, foi construída sob o lema “ocupar para não entregar”, que sintetizava
a política da ditadura militar para a ocupação do “vazio” Amazônico. Esta política relaciona-se com o tema
abordado no item anterior (colonização oficial e privada);
• Os movimentos espontâneos de imigração;
• Às diferenças quanto ao grau de tecnificação;
• A especialização da agricultura, como no cultivo da soja, que demanda áreas de cultivo cada vez maiores.
A alternativa C erra ao falar em tecnificação “homogênea” da produção, já que esta desenvolve-se em nosso país
nas mais diversas formas. Sejam as mais sofisticadas, como as do agronegócio, sejam as mais rudimentares, como
nas propriedades familiares.
Resposta: C

4. (CESPE/CEBRASPE - ABIN - 2008)


Perduram imagens obsoletas sobre a região amazônica, verdadeiros mitos. Não apenas os mitos tradicionais da terra
exótica e dos espaços vazios, mas também mitos recentes que obscurecem a realidade regional e dificultam a
elaboração de políticas públicas adequadas ao seu desenvolvimento. Nas últimas décadas do século XX, mudanças
bem mais drásticas ocorreram na região, tanto no que se refere a aspectos políticos e econômicos quanto no que diz
respeito a políticas públicas. As populações regionais se organizam e se tornam atores políticos significativos, a
cooperação internacional financeira e tecnocientífica assume influência crescente, e o terceiro setor emerge como
mediador de interesses diversos, reduzindo o papel do Estado.
B. K.. Becker. Amazônia: nova geografia, nova política regional e nova escala de ação. In: M. Coy e Kohlhepp (Coords.).
Amazônia sustentável. Garamond, 2005, p. 23-4 (com adaptações).
Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os próximos itens, acerca das transformações político-
econômicas que têm ocorrido na região amazônica.
Na Amazônia, o avanço da fronteira agrícola ocorre por meio da recuperação das áreas degradadas utilizadas para
o cultivo de produtos, cuja exportação representa uma forma de inserção do Brasil no mercado internacional.
( ) Certo ( ) Errado

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RESOLUÇÃO:
Fronteira agrícola é uma área, mais ou menos definida, que representa um avanço da produção agropecuária
sobre o meio natural. Em outras palavras, podemos dizer que se trata de uma região ainda com mata nativa que
sofre com a expansão de atividades agropecuárias.
Assim, podemos dizer que a Fronteira Agrícola se apresenta como um complicado dilema para a sociedade. De um
lado, temos a atividade humana se expandindo a fim de buscar novos territórios cultiváveis, o que contribui para
a economia nacional. De outro, geralmente, grandes reservas florestais e áreas pouco povoadas que ainda
conservam a vegetação nativa e o ecossistema local, o que contribui para a preservação do planeta.
Ou seja, o avanço da fronteira agrícola aumenta as áreas degradadas utilizadas para o cultivo de produtos, ainda
que seja utilizada para o cultivo de produtos que serão exportados, representando uma forma de inserção do Brasil
no mercado internacional.
Resposta: Errado

5. (CESPE/CEBRASPE - ABIN - 2018)


A respeito da dinâmica do agronegócio brasileiro, julgue o item que se segue.
A expansão da fronteira agrícola na Amazônia Legal é marcada por conflitos entre assentados e grandes projetos
agropecuários e de mineração e por intensa devastação e desperdício dos recursos naturais e da biodiversidade, o
que compromete o futuro da região.
( ) Certo ( ) Errado
RESOLUÇÃO:
No Brasil, a fronteira agrícola se encontra atualmente na região Norte, tomando espaço de vastas porções da
Floresta Amazônica, e também na área que ficou conhecida como Matopiba, e que é formada pelos estados do
Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
Em relação aos estados, podemos ainda citar como regiões da fronteira agrícola os seguintes: Pará e Mato Grosso.
Por conta deste avanço, são ainda registrados vários conflitos na área da Floresta Amazônica decorrentes de
questões ambientais ou de “mera” luta por posse de terra. Dentre estes conflitos, ganhou destaque o caso de
Dorothy Stang, que era uma ativista norte-americana, mas naturalizada brasileira, que foi assassinada por
fazendeiros na cidade de Anapu (PA), em 2005. Com o desmatamento da Floresta Amazônica, muitas
comunidades indígenas perderam as suas terras ou tiveram os seus espaços reduzidos.
Assim, temos que a expansão da fronteira agrícola, especialmente na Amazônia Legal, é marcada por conflitos
entre assentados e grandes projetos agropecuários e de mineração e por intensa devastação e desperdício dos
recursos naturais e da biodiversidade, o que compromete o futuro da região.
Resposta: Certo

6. (CESPE/CEBRASPE - MPU - 2013)


Tendo em vista a importância da cadeia alimentar, dos ecossistemas florestais e da sucessão para o entendimento
acerca do meio ambiente e sua biodiversidade, julgue o item a seguir.
A causa principal de degradação da floresta amazônica, o maior bioma brasileiro, é a extração de madeira, mas
outros fatores são também importantes, tais como a mineração, a construção de hidrelétricas, a abertura de
estradas na selva e a expansão das fronteiras agrícolas.
( ) Certo ( ) Errado

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RESOLUÇÃO:
Fronteira agrícola é uma área, mais ou menos definida, que representa um avanço da produção agropecuária
sobre o meio natural. Em outras palavras, podemos dizer que se trata de uma região ainda com mata nativa que
sofre com a expansão de atividades agropecuárias.
Além da expansão da fronteira agrícola, a floresta amazônica, o maior bioma brasileiro, também é degradada por
causa dos seguintes fatores:
• Extração de madeira;
• Mineração;
• Construção de hidrelétricas; e
• Abertura de estradas na selva.
Resposta: Certo

7. (CESPE/CEBRASPE - Instituto Rio Branco - 2006)


No quarto final do século XX, a estrutura social do mundo contemporâneo sofreu alterações profundas. Em 1991,
desmoronaram a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e o sistema socialista construído em torno delas. As
nações que continuaram adotando o comunismo como objetivo promoveram grandes mudanças: a China, por
exemplo, a partir de 1978, desmantelou o sistema de comunas, no qual se organizava a maior parte de sua imensa
população. Do lado capitalista, a produção e a distribuição de bens se reorganizaram: os países centrais do sistema
deslocaram, para além de seus territórios, especialmente para a Ásia, um gigantesco aparato produtivo e, graças ao
avanço das comunicações, uma grande quantidade de serviços.
Enquanto isso, no Brasil, o desenvolvimento industrial foi mínimo nas últimas décadas, salvo uma ou outra indústria,
nenhuma delas muito sofisticada tecnologicamente. O único setor que se destacou foi o do agronegócio. Mudanças
que já se desenvolviam em períodos anteriores consolidaram a extensão do capitalismo ao campo, o assalariamento
rural, a incorporação de uma forma subordinada da pequena propriedade familiar a cadeias produtivas comandadas
por grandes empresas. Foi como se o país tivesse cumprido um outro ciclo de produção de matérias-primas, depois dos
ciclos do ouro, do açúcar e do café, em mais uma etapa de sua inserção subordinada no sistema capitalista mundial,
do qual é morador periférico desde os tempos coloniais.
Retrato do Brasil. São Paulo: Editora Manifesto, n.º 4, nov./dez./2005, p. 133 (com adaptações).
Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens seguintes.
O avanço da fronteira agrícola, como observado no Centro- Oeste e no Norte do país, privilegia a ocupação e a
proteção das fronteiras nacionais com outros países, como parte de um projeto geoestratégico para a América
Latina.
( ) Certo ( ) Errado
RESOLUÇÃO:
O avanço da fronteira agrícola, como observado no Centro-Oeste e no Norte do país, privilegia o desenvolvimento
do agronegócio, que foi citado no texto.
Desta forma, os principais interesses atendidos são os dos setores agrários, daqueles que trabalham no campo, e
não os interesses geopolíticos do país.
Resposta: Errado

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8. (CESPE/CEBRASPE - Instituto Rio Branco - 2008)


A análise da dinâmica da modernização da agricultura brasileira é importante para o entendimento da sociedade
do Brasil contemporâneo. A esse respeito, julgue (C ou E) os itens subseqüentes.
Atualmente, observa-se, nas áreas de expansão da fronteira agrícola no Brasil, um sistema produtivo intenso e
mecanizado, que gera poucos empregos diretos e baixo índice de urbanização e de migrações.
( ) Certo ( ) Errado
RESOLUÇÃO:
Por causa da mecanização e da adoção de alta tecnologia no meio rural, o número de trabalhadores rurais no Brasil
tem diminuído com o passar do tempo.
Isso não significa, porém, que as migrações, inclusive tendo as fronteiras agrícolas como destino, deixaram de
existir. Pelo contrário. Tendo em vista as oportunidades de trabalho que o agronegócio proporciona, e da
necessidade de mão-de-obra especializada ou não, várias pessoas migram para o campo em busca de melhores
condições de vida.
Ademais, com a expansão da fronteira agrícola, várias cidades acabam ganhando novos moradores, o que pode,
eventualmente, aumentar a taxa de urbanização de determinada região.
Resposta: Errado

9. (CESPE/CEBRASPE - Instituto Rio Branco - 2005)


Julgue os itens subseqüentes, relativos à agricultura no Brasil.
As fronteiras agrícolas do Brasil, a partir da segunda metade do século XX, vincularam-se à expansão das vias de
circulação, aos movimentos espontâneos de imigração e à colonização oficial e privada, à especialização da
produção nos diversos ramos agropecuários e às diferenças quanto ao grau de tecnificação.
( ) Certo ( ) Errado
RESOLUÇÃO:
A expansão da fronteira agrícola, nas últimas décadas do século XX, deu-se pelos fatos listados a seguir:
• A colonização oficial e privada, tendo em vista que o governo estimulou o avanço do povoamento e,
consequentemente, a ocupação econômica da região Norte;
• A expansão das vias de circulação, especialmente durante o regime militar, quando a política de segurança
nacional exigia um povoamento de zonas com baixa densidade populacional, a fim de afugentar ameaças
estrangeiras. A BR-163, por exemplo, foi construída sob o lema “ocupar para não entregar”, que sintetizava
a política da ditadura militar para a ocupação do “vazio” Amazônico. Esta política relaciona-se com o tema
abordado no item anterior (colonização oficial e privada);
• Os movimentos espontâneos de imigração;
• Às diferenças quanto ao grau de tecnificação;
• A especialização da agricultura, como no cultivo da soja, que demanda áreas de cultivo cada vez maiores.
Resposta: Certo

10. (GUALIMP - Prefeitura de Conceição de Macabu/RJ - 2020)


A região Norte possui um grande potencial para mineração, dentre as principais jazidas da região podem ser
citadas:
a) Serra dos Carajás e Oriximiná.
b) Maciço do Urucum e Ponta da Madeira.

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c) Quadrilátero Ferrífero e São Francisco.


d) Maciço do Urucum e Serra dos Carajás.
RESOLUÇÃO:
A mineração é a principal atividade econômica na região sudeste do Pará, onde o extrativismo mineral vem
desenvolvendo uma indústria metalúrgica cada vez mais significativa.
A região Norte como um todo possui um grande potencial para mineração, mas são as jazidas do Estado do Pará,
como Serra dos Carajás, no Sudeste do estado, e Oriximiná, no Noroeste, que despontam como algumas das
principais do Brasil.
Resposta: A

11. (FEPESE - Companhia Águas de Joinville - 2018)


Os projetos para extração de minérios foram os que mais atraíram investimento estrangeiro para a Região Norte.
Os países estrangeiros eram os principais interessados na compra da matéria-prima extraída. A Região Norte
abriga algumas das maiores reservas minerais do planeta.
Veja o fragmento de texto abaixo:
BAUXITA - MRN investirá R$ 6,8 bi em expansão “O Diretor-Presidente da Mineração Rio do Norte (MRN), Silvano
de Souza Andrade, apresentou projeto de expansão da Companhia (…) em Oriximiná (PA)”. Ao todo serão investidos
R$ 6,8 bilhões, dos quais R$ 4 bilhões na fase de implantação e R$ 2,8 bilhões em infraestrutura.(…)”
“O projeto de ampliação será nos platôs da Zona Central e Oeste a fim de garantir a continuidade das operações da
mineradora até 2043. Atualmente, a MRN extrai bauxita no platô da Zona Leste, com uma produção anual de 18
milhões de toneladas e 5 mil empregos diretos e indiretos. Metade do volume produzido pela MRN é destinado ao
mercado internacional, gerando receita de R$ 850 milhões.”(…)
“Para garantir a continuidade da empresa e a manutenção dos empregos, a MRN planejou a expansão, que ainda
depende de aprovação de licenças ambientais.”
In: Revista Brasil Mineral – edição 374 – setembro 2017 * com adaptações.
Tendo o texto acima como motivador, o projeto descrito diz respeito ao:
a) Projeto Sivam.
b) Projeto Trombetas.
c) Projeto Calha Norte.
d) Projeto Grande Carajás.
e) Projeto Amazônia Legal.
RESOLUÇÃO:
Os projetos para extração de minérios foram os que mais atraíram investimento estrangeiro para a região Norte,
que abriga algumas das maiores reservas minerais do planeta.
Em Porto Trombetas, distrito onde está localizada a segunda mais importante aglomeração urbana do município
de Oriximiná, está um dos complexos que foi beneficiado por este capital.
Em 2016, a MRN anunciou investimentos de R$ 6,8 bi na expansão de suas atividades na região, dos quais R$ 4
bilhões na fase de implantação e R$ 2,8 bilhões em infraestrutura. O projeto de ampliação será nos platôs da Zona
Central e Oeste a fim de garantir a continuidade das operações da mineradora até 2043. Atualmente, a MRN extrai
bauxita no platô da Zona Leste, com uma produção anual de 18 milhões de toneladas e 5 mil empregos diretos e
indiretos. Metade do volume produzido pela MRN é destinado ao mercado internacional.
Resposta: B

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12. (CESPE/CEBRASPE - FUB- 2014)


O Brasil é um dos países mais ricos do mundo em recursos minerais. Diversas jazidas minerais estão sendo
exploradas, e muitos outros depósitos estão sob avaliação para que se determine sua viabilidade econômica de
exploração. Com relação a esse assunto, julgue o item a seguir.
Na Serra dos Carajás, além do ferro, são explorados outros minerais metálicos importantes, como o ouro e o cobre.
( ) Certo ( ) Errado
RESOLUÇÃO:
Uma das maiores áreas de exploração de minérios do mundo, o projeto Grande Carajás, na atualidade, está ligado
às atividades da Vale, que foi privatizada em 1997 e é a terceira maior mineradora de ferro do mundo.
Em Grande Carajás, além da maior reserva de minério de alto teor de ferro do mundo, são explorados manganês,
cobre, níquel, ouro, bauxita e cassiterita.
Resposta: Certo

13. (Quadrix - Prefeitura de Canaã dos Carajás/PA - 2020)


Considerando aspectos marcantes da realidade histórica, geográfica e social de Canaã dos Carajás, além de
acontecimentos importantes da atualidade brasileira e mundial, julgue o item.
Embora possua grandes reservas minerais, Canaã dos Carajás não conseguiu atrair o interesse de grandes
empresas mineradoras, diferentemente do que ocorreu com outras áreas do Pará.
( ) Certo ( ) Errado
RESOLUÇÃO:
Abarcando terras do sudeste do Pará, norte de Tocantins e sudoeste do Maranhão, e cortada pelos rios Xingu,
Tocantins e Araguaia, o PGC estende-se por uma área de 900 mil km², o que corresponde a um décimo do território
brasileiro. Ao longo da Estrada de Ferro Carajás, que vai da região sudeste do Pará até São Luís/MA, é possível
observar a presença crescente de siderúrgicas em território paraense.
Por causa da grande extensão territorial do Programa, este acaba por beneficiar inúmeros municípios, ainda que
de maneira desigual. Ou seja, uns mais que os outros. Dentre os mais beneficiados, por exemplo, podemos citar
Canaã dos Carajás, que se tornou centro do maior projeto de minério do mundo, o S11D da Vale.
Resposta: Errado

14. (Quadrix - Prefeitura de Canaã dos Carajás/PA - 2020)


Considerando acontecimentos que bem caracterizam o Brasil e o mundo na atualidade, além de aspectos
significativos que inserem Canaã dos Carajás na realidade paraense e brasileira, julgue o item.
Canaã dos Carajás jamais esteve vinculado ao Projeto Grande Carajás do regime militar, provavelmente pelo
desconhecimento, à época, de suas potencialidades minerais.
( ) Certo ( ) Errado
RESOLUÇÃO:
Abarcando terras do sudeste do Pará, norte de Tocantins e sudoeste do Maranhão, e cortada pelos rios Xingu,
Tocantins e Araguaia, o PGC estende-se por uma área de 900 mil km², o que corresponde a um décimo do território
brasileiro. Ao longo da Estrada de Ferro Carajás, que vai da região sudeste do Pará até São Luís/MA, é possível
observar a presença crescente de siderúrgicas em território paraense.

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Por causa da grande extensão territorial do Programa, este acaba por beneficiar inúmeros municípios, ainda que
de maneira desigual. Ou seja, uns mais que os outros. Dentre os mais beneficiados, por exemplo, podemos citar
Canaã dos Carajás, que se tornou centro do maior projeto de minério do mundo, o S11D da Vale.
Resposta: Errado

15. (CONSESP - Prefeitura de Santa Fé do Sul/SP - 2018)


Analise o mapa em que o detalhe hachurado representa jazidas minerais. Aponte a opção que identifica o estado
e as jazidas enumeradas.

a) Estado de Roraima, 1) Vale do Ribeira, ferro – 2) Serra dos Carajás, ouro e alumínio.
b) Estado do Pará, 1) Vale do Rio Trombetas, alumínio – 2) Serra dos Carajás, ferro e manganês.
c) Estado do Amazonas, 1) Maciço do Urucum, ferro – 2) Serra do Navio, alumínio.
d) Estado de Rondônia, 1) Tapajós, prata – 2) Serra do Navio, estanho e gás.
RESOLUÇÃO:
O estado em destaque é o Pará e as jazidas enumeradas são:
1) Vale do Trombetas, onde estão situadas as maiores reservas brasileiras de bauxita, o minério de alumínio;
2) Serra dos Carajás, onde há produção, dentre outros de minerais de manganês, zinco, níquel, cobre, ouro,
prata, bauxita e estanho.
Resposta: B

16. (MOVENS - PC/PA - 2009)


Com relação ao Projeto Carajás, assinale a opção correta.
a) Nesse projeto, além de minério de ferro, são explorados manganês, cobre, níquel, ouro, bauxita e cassiterita.
b) O porto de Itaqui foi construído em Belém para escoar a produção mineral.
c) A produção de ferro foi possível apenas depois da privatização da Companhia Vale do Rio Doce.
d) Os investimentos nesse projeto foram altos, porque o teor de ferro do minério é um dos mais baixos do mundo.
RESOLUÇÃO:
a) ITEM CORRETO.
b) O porto de Itaqui foi construído na cidade de São Luís para escoar a produção mineral. ITEM INCORRETO.
c) A privatização da Companhia Vale do Rio Doce ocorreu apenas em 1997. A produção de ferro na região,
porém, existe desde a época do regime militar. ITEM INCORRETO.
d) Em Grande Carajás está localizada a maior reserva de minério de alto teor de ferro do mundo. ITEM
INCORRETO.
Resposta: A

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17. (MOVENS - PC/PA - 2009)

Acerca da atividade pecuária no Pará, assinale a opção correta.


a) Carne certificada é aquela produzida de acordo com princípios da pecuária orgânica, ou seja, sem uso de vacinas
ou antibióticos.
b) Os grandes frigoríficos recusaram-se a aceitar a solução do Ministério Público de não comprar carne de áreas
desmatadas ilegalmente.
c) O Greenpeace defende, com essa medida, o fim do consumo de carne.
d) Algumas das principais redes de supermercado do país comprometeram-se a parar de comprar carne de quem
tivesse desmatado ilegalmente para a produção pecuária.
RESOLUÇÃO:
Segundo o Greenpeace, a Amazônia brasileira apresenta, em área, maior média anual de desmatamento do que
qualquer outro lugar do mundo, sendo a pecuária o principal vetor de desmatamento na Amazônia brasileira. De
acordo com o governo brasileiro: ‘A pecuária é responsável por cerca de 80% de todo o desmatamento’ na
região Amazônica. Nos anos recentes, a cada 18 segundos, um hectare de floresta Amazônica, em média, é
convertido em pasto. O setor pecuário na Amazônia brasileira é responsável por 14% do desmatamento global
anual. Isso o torna o maior vetor de desmatamento do mundo, responsável por mais floresta destruída que o total
desmatado em qualquer país, com exceção da Indonésia.
Como uma resposta à denúncia da “Farra do Boi” feita pelo Greenpeace, que sustenta que ao levar carne bovina
de procedência ilegal para casa, o consumidor financia, entre outras irregularidades, a destruição da Amazônia, a
invasão de terras públicas e o trabalho escravo – inclusive infantil, a Associação Brasileira de Supermercados e
Ministério Público Federal firmaram um acordo para evitar a compra de carne bovina proveniente de áreas com
irregularidades ambientais e sociais, como desmatamento, invasão de terras públicas e trabalho escravo.
Resposta: D

18. (INAZ do Pará - Prefeitura de São João do Araguaia/PA - 2018)


A pecuária faz parte da composição do Produto Interno Bruto (PIB) do município de São João do Araguaia/PA, na
criação e abate de gado de corte e na produção leiteira de bovino, essa atividade é muito importante em nível
estadual. Contudo, recentemente tivemos um grave acidente ambiental no Pará envolvendo o comércio de
exportação de bovinos.
Disponível em: http://www.saojoaodoaraguaia.pa.gov.br/. Acesso em: 25/04/2018.
http://g1.globo.com/pa/para/noticia/2016/04/apos-6-meses-de-naufragio-navio-e-bois-aindaestao-submersos-no-pa.html.
Acesso em 29/04/2018.
Baseado na afirmação acima, qual foi o grave acidente ambiental mencionado?
a) Navio cargueiro afunda com quatro mil bois no porto de Belém, em 2015.
b) Navio cargueiro afunda com mais de seis mil bois no terminal portuário de Outeiro, em Belém, no ano de 2015.
c) Navio cargueiro afunda com aproximadamente três mil bois no porto de Santarém, em 2015.
d) Navio cargueiro afunda com cinco mil bois no porto de Vila do Conde em Barcarena, no ano de 2015.

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RESOLUÇÃO:
Em 2015, no rio Pará, em Barcarena, região metropolitana de Belém, ocorreu uma tragédia, quando um navio com
mais de cinco mil bois vivos e 700 toneladas de óleo a bordo naufragou. A embarcação saía do porto de Vila do
Conde, com destino à Venezuela.
Resposta: D

19. (INAZ do Pará - CREFITO-16ª Região (MA) - 2018)


O filme “Sob a Pata do Boi” foi o vencedor do prêmio One Hour que aconteceu em Toulouse, na França. A premiação
ocorreu na noite de domingo, 08 de abril deste ano. Foi a primeira exibição pública do documentário, que também será
exibido em Londres, Utrecht (Holanda) e Paris, para audiências de ambientalistas. A estreia no Brasil é prevista para
junho de 2018.
A pecuária praticada na Amazônia já possui 40% do rebanho bovino brasileiro, com 85 milhões de cabeças de gado, o
que corresponde a mais de três vezes a população humana da região, de 25 milhões de habitantes.
Disponível em:< http://www.oeco.org.br/noticias/sob-a-pata-do-boi-ganha-o-premio-one-hour-no-festival-fredd-em-toulouse/>
Acesso em: 13/04/2018, adaptado.
A atividade produtiva descrita acima se tornou um dos maiores problemas ambientais nessa região brasileira
porque:
a) Reduz a emissão de gases necessários à vegetação, como o dióxido de carbono, que é indispensável à
fotossíntese.
b) É praticada por um grande número de pequenos produtores descapitalizados que usam técnicas tradicionais.
c) Amplia o desmatamento da floresta pois requer a formação de extensas áreas de pastagens para o gado.
d) Aumenta a umidade do ar prejudicando a evapotranspiração das árvores e a formação das chuvas.
e) Intensifica a evapotranspiração dos vegetais, reduzindo a umidade do ar e provocando a desertificação em
larga escala.
RESOLUÇÃO:
a) Aumenta os gases do Efeito Estufa. ITEM INCORRETO.
b) É praticada por um PEQUENO número de GRANDES produtores CAPITALIZADOS que usam técnicas
MODERNAS. ITEM INCORRETO.
c) ITEM CORRETO.
d) DIMINUI a umidade do ar prejudicando a evapotranspiração das árvores e a formação das chuvas. ITEM
INCORRETO.
e) DIMINUI a evapotranspiração dos vegetais. ITEM INCORRETO.
Resposta: C

20. (MOVENS - PC/PA - 2009)


Com relação à ocupação de terras na Região Norte do Brasil, assinale a opção correta.
a) A pecuária tornou-se, no século XXI, a principal responsável pelo desmatamento de grandes áreas.
b) O lema “integrar para não entregar”, criado no final da década de 1980, visava à ocupação da Amazônia por
meio de ampla reforma agrária.
c) A plantação de soja nunca se mostrou adequada na Amazônia em razão da pobreza do solo da região.
d) Apesar do aumento da área desmatada, o número de habitantes na Amazônia Legal estabilizou-se em torno
de 15 milhões.

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RESOLUÇÃO:
a) ITEM CORRETO.
b) O lema “integrar para não entregar”, criado durante o período militar, visava à ocupação da Amazônia, ainda
que esta não viesse acompanhada de uma ampla reforma agrária. ITEM INCORRETO.
c) Por meio da expansão da Fronteira Agrícola, o cultivo de soja tem ganhado novas áreas de cultivo na floresta
amazônica brasileira. ITEM INCORRETO.
d) Nas últimas décadas, todas as regiões brasileiras tiveram acréscimo populacional. ITEM INCORRETO.
Resposta: A

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LISTA DE QUESTÕES
1. (IBADE - IPERON/RO - 2017)
O processo denominado de expansão da fronteira agrícola possui diferentes fases históricas de ocorrência.
Atualmente, a expansão da fronteira agrícola promove diversas consequências, com maior ou menor impacto.
Entre as alternativas a seguir, a que melhor apresenta a principal consequência da expansão da fronteira agrícola
é:
a) ampliação das unidades de conservação ambiental para mais de 70% do território.
b) diminuição das áreas agrícolas e aumento das áreas urbano-industriais.
c) degradação ambiental com desmatamento das vegetações naturais.
d) manutenção permanente das paisagens naturais da floresta amazônica.
e) substituição da floresta amazônica pelas espécies típicas do cerrado.

2. (CONSULPLAN - SEDUC/PA - 2018)


Atualmente, o desmatamento na Amazônia está associado à ampliação de áreas de cultivo (principalmente de
soja), denominadas frentes ou fronteiras agrícolas. São consequências do desmatamento na Amazônia, EXCETO:
a) Manutenção dos ciclos reprodutivos e da migração de espécies de peixes.
b) Redução da vazão dos rios, o que desencadeia os processos de sedimentação e assoreamento.
c) Prejuízos econômicos, perda de valor simbólico e cultural da terra, sobretudo para os povos indígenas.
d) Decomposição de animais e vegetais dos ecossistemas alagados que diminui a oxigenação da água,
provocando a morte dos peixes.

3. (FGV - Prefeitura de João Pessoa/PB - 2014)


“Se o movimento pioneiro em São Paulo, no século XIX. Foi dirigido pelos grandes plantadores, capazes de construir
estradas de ferro, atrair imigrantes e incorporar um maquinismo moderno, as fronteiras agrícolas, na segunda metade
do século XX, foram abertas pelas grandes empresas, com a cooperação do poder público”.
(SANTOS, Milton. SILVEIRA, Maria Laura. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001.)
A expansão da fronteira agrícola, nas últimas décadas do século XX, se deu pelos fatos listados a seguir, à exceção
de um. Assinale‐o.
a) A colonização oficial e privada.
b) A expansão das vias de circulação.
c) A tecnificação homogênea da produção.
d) Os movimentos espontâneos de imigração.
e) A especialização da agricultura, como no cultivo da soja.

4. (CESPE/CEBRASPE - ABIN - 2008)


Perduram imagens obsoletas sobre a região amazônica, verdadeiros mitos. Não apenas os mitos tradicionais da terra
exótica e dos espaços vazios, mas também mitos recentes que obscurecem a realidade regional e dificultam a
elaboração de políticas públicas adequadas ao seu desenvolvimento. Nas últimas décadas do século XX, mudanças
bem mais drásticas ocorreram na região, tanto no que se refere a aspectos políticos e econômicos quanto no que diz
respeito a políticas públicas. As populações regionais se organizam e se tornam atores políticos significativos, a
cooperação internacional financeira e tecnocientífica assume influência crescente, e o terceiro setor emerge como
mediador de interesses diversos, reduzindo o papel do Estado.
B. K.. Becker. Amazônia: nova geografia, nova política regional e nova escala de ação. In: M. Coy e Kohlhepp (Coords.).
Amazônia sustentável. Garamond, 2005, p. 23-4 (com adaptações).

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Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os próximos itens, acerca das transformações político-
econômicas que têm ocorrido na região amazônica.
Na Amazônia, o avanço da fronteira agrícola ocorre por meio da recuperação das áreas degradadas utilizadas para
o cultivo de produtos, cuja exportação representa uma forma de inserção do Brasil no mercado internacional.
( ) Certo ( ) Errado

5. (CESPE/CEBRASPE - ABIN - 2018)


A respeito da dinâmica do agronegócio brasileiro, julgue o item que se segue.
A expansão da fronteira agrícola na Amazônia Legal é marcada por conflitos entre assentados e grandes projetos
agropecuários e de mineração e por intensa devastação e desperdício dos recursos naturais e da biodiversidade, o
que compromete o futuro da região.
( ) Certo ( ) Errado

6. (CESPE/CEBRASPE - MPU - 2013)


Tendo em vista a importância da cadeia alimentar, dos ecossistemas florestais e da sucessão para o entendimento
acerca do meio ambiente e sua biodiversidade, julgue o item a seguir.
A causa principal de degradação da floresta amazônica, o maior bioma brasileiro, é a extração de madeira, mas
outros fatores são também importantes, tais como a mineração, a construção de hidrelétricas, a abertura de
estradas na selva e a expansão das fronteiras agrícolas.
( ) Certo ( ) Errado

7. (CESPE/CEBRASPE - Instituto Rio Branco - 2006)


No quarto final do século XX, a estrutura social do mundo contemporâneo sofreu alterações profundas. Em 1991,
desmoronaram a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e o sistema socialista construído em torno delas. As
nações que continuaram adotando o comunismo como objetivo promoveram grandes mudanças: a China, por
exemplo, a partir de 1978, desmantelou o sistema de comunas, no qual se organizava a maior parte de sua imensa
população. Do lado capitalista, a produção e a distribuição de bens se reorganizaram: os países centrais do sistema
deslocaram, para além de seus territórios, especialmente para a Ásia, um gigantesco aparato produtivo e, graças ao
avanço das comunicações, uma grande quantidade de serviços.
Enquanto isso, no Brasil, o desenvolvimento industrial foi mínimo nas últimas décadas, salvo uma ou outra indústria,
nenhuma delas muito sofisticada tecnologicamente. O único setor que se destacou foi o do agronegócio. Mudanças
que já se desenvolviam em períodos anteriores consolidaram a extensão do capitalismo ao campo, o assalariamento
rural, a incorporação de uma forma subordinada da pequena propriedade familiar a cadeias produtivas comandadas
por grandes empresas. Foi como se o país tivesse cumprido um outro ciclo de produção de matérias-primas, depois dos
ciclos do ouro, do açúcar e do café, em mais uma etapa de sua inserção subordinada no sistema capitalista mundial,
do qual é morador periférico desde os tempos coloniais.
Retrato do Brasil. São Paulo: Editora Manifesto, n.º 4, nov./dez./2005, p. 133 (com adaptações).
Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens seguintes.
O avanço da fronteira agrícola, como observado no Centro- Oeste e no Norte do país, privilegia a ocupação e a
proteção das fronteiras nacionais com outros países, como parte de um projeto geoestratégico para a América
Latina.
( ) Certo ( ) Errado

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Aula 02

8. (CESPE/CEBRASPE - Instituto Rio Branco - 2008)


A análise da dinâmica da modernização da agricultura brasileira é importante para o entendimento da sociedade
do Brasil contemporâneo. A esse respeito, julgue (C ou E) os itens subseqüentes.
Atualmente, observa-se, nas áreas de expansão da fronteira agrícola no Brasil, um sistema produtivo intenso e
mecanizado, que gera poucos empregos diretos e baixo índice de urbanização e de migrações.
( ) Certo ( ) Errado

9. (CESPE/CEBRASPE - Instituto Rio Branco - 2005)


Julgue os itens subseqüentes, relativos à agricultura no Brasil.
As fronteiras agrícolas do Brasil, a partir da segunda metade do século XX, vincularam-se à expansão das vias de
circulação, aos movimentos espontâneos de imigração e à colonização oficial e privada, à especialização da
produção nos diversos ramos agropecuários e às diferenças quanto ao grau de tecnificação.
( ) Certo ( ) Errado

10. (GUALIMP - Prefeitura de Conceição de Macabu/RJ - 2020)


A região Norte possui um grande potencial para mineração, dentre as principais jazidas da região podem ser
citadas:
a) Serra dos Carajás e Oriximiná.
b) Maciço do Urucum e Ponta da Madeira.
c) Quadrilátero Ferrífero e São Francisco.
d) Maciço do Urucum e Serra dos Carajás.

11. (FEPESE - Companhia Águas de Joinville - 2018)


Os projetos para extração de minérios foram os que mais atraíram investimento estrangeiro para a Região Norte.
Os países estrangeiros eram os principais interessados na compra da matéria-prima extraída. A Região Norte
abriga algumas das maiores reservas minerais do planeta.
Veja o fragmento de texto abaixo:
BAUXITA - MRN investirá R$ 6,8 bi em expansão “O Diretor-Presidente da Mineração Rio do Norte (MRN), Silvano
de Souza Andrade, apresentou projeto de expansão da Companhia (…) em Oriximiná (PA)”. Ao todo serão investidos
R$ 6,8 bilhões, dos quais R$ 4 bilhões na fase de implantação e R$ 2,8 bilhões em infraestrutura.(…)”
“O projeto de ampliação será nos platôs da Zona Central e Oeste a fim de garantir a continuidade das operações da
mineradora até 2043. Atualmente, a MRN extrai bauxita no platô da Zona Leste, com uma produção anual de 18
milhões de toneladas e 5 mil empregos diretos e indiretos. Metade do volume produzido pela MRN é destinado ao
mercado internacional, gerando receita de R$ 850 milhões.”(…)
“Para garantir a continuidade da empresa e a manutenção dos empregos, a MRN planejou a expansão, que ainda
depende de aprovação de licenças ambientais.”
In: Revista Brasil Mineral – edição 374 – setembro 2017 * com adaptações.
Tendo o texto acima como motivador, o projeto descrito diz respeito ao:
a) Projeto Sivam.
b) Projeto Trombetas.
c) Projeto Calha Norte.
d) Projeto Grande Carajás.
e) Projeto Amazônia Legal.

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12. (CESPE/CEBRASPE - FUB- 2014)


O Brasil é um dos países mais ricos do mundo em recursos minerais. Diversas jazidas minerais estão sendo
exploradas, e muitos outros depósitos estão sob avaliação para que se determine sua viabilidade econômica de
exploração. Com relação a esse assunto, julgue o item a seguir.
Na Serra dos Carajás, além do ferro, são explorados outros minerais metálicos importantes, como o ouro e o cobre.
( ) Certo ( ) Errado

13. (Quadrix - Prefeitura de Canaã dos Carajás/PA - 2020)


Considerando aspectos marcantes da realidade histórica, geográfica e social de Canaã dos Carajás, além de
acontecimentos importantes da atualidade brasileira e mundial, julgue o item.
Embora possua grandes reservas minerais, Canaã dos Carajás não conseguiu atrair o interesse de grandes
empresas mineradoras, diferentemente do que ocorreu com outras áreas do Pará.
( ) Certo ( ) Errado

14. (Quadrix - Prefeitura de Canaã dos Carajás/PA - 2020)


Considerando acontecimentos que bem caracterizam o Brasil e o mundo na atualidade, além de aspectos
significativos que inserem Canaã dos Carajás na realidade paraense e brasileira, julgue o item.
Canaã dos Carajás jamais esteve vinculado ao Projeto Grande Carajás do regime militar, provavelmente pelo
desconhecimento, à época, de suas potencialidades minerais.
( ) Certo ( ) Errado

15. (CONSESP - Prefeitura de Santa Fé do Sul/SP - 2018)


Analise o mapa em que o detalhe hachurado representa jazidas minerais. Aponte a opção que identifica o estado
e as jazidas enumeradas.

a) Estado de Roraima, 1) Vale do Ribeira, ferro – 2) Serra dos Carajás, ouro e alumínio.
b) Estado do Pará, 1) Vale do Rio Trombetas, alumínio – 2) Serra dos Carajás, ferro e manganês.
c) Estado do Amazonas, 1) Maciço do Urucum, ferro – 2) Serra do Navio, alumínio.
d) Estado de Rondônia, 1) Tapajós, prata – 2) Serra do Navio, estanho e gás.

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16. (MOVENS - PC/PA - 2009)


Com relação ao Projeto Carajás, assinale a opção correta.
a) Nesse projeto, além de minério de ferro, são explorados manganês, cobre, níquel, ouro, bauxita e cassiterita.
b) O porto de Itaqui foi construído em Belém para escoar a produção mineral.
c) A produção de ferro foi possível apenas depois da privatização da Companhia Vale do Rio Doce.
d) Os investimentos nesse projeto foram altos, porque o teor de ferro do minério é um dos mais baixos do
mundo.

17. (MOVENS - PC/PA - 2009)

Acerca da atividade pecuária no Pará, assinale a opção correta.


a) Carne certificada é aquela produzida de acordo com princípios da pecuária orgânica, ou seja, sem uso de
vacinas ou antibióticos.
b) Os grandes frigoríficos recusaram-se a aceitar a solução do Ministério Público de não comprar carne de áreas
desmatadas ilegalmente.
c) O Greenpeace defende, com essa medida, o fim do consumo de carne.
d) Algumas das principais redes de supermercado do país comprometeram-se a parar de comprar carne de
quem tivesse desmatado ilegalmente para a produção pecuária.

18. (INAZ do Pará - Prefeitura de São João do Araguaia/PA - 2018)


A pecuária faz parte da composição do Produto Interno Bruto (PIB) do município de São João do Araguaia/PA, na
criação e abate de gado de corte e na produção leiteira de bovino, essa atividade é muito importante em nível
estadual. Contudo, recentemente tivemos um grave acidente ambiental no Pará envolvendo o comércio de
exportação de bovinos.
Disponível em: http://www.saojoaodoaraguaia.pa.gov.br/. Acesso em: 25/04/2018.
http://g1.globo.com/pa/para/noticia/2016/04/apos-6-meses-de-naufragio-navio-e-bois-aindaestao-submersos-no-pa.html.
Acesso em 29/04/2018.
Baseado na afirmação acima, qual foi o grave acidente ambiental mencionado?
a) Navio cargueiro afunda com quatro mil bois no porto de Belém, em 2015.
b) Navio cargueiro afunda com mais de seis mil bois no terminal portuário de Outeiro, em Belém, no ano de
2015.
c) Navio cargueiro afunda com aproximadamente três mil bois no porto de Santarém, em 2015.
d) Navio cargueiro afunda com cinco mil bois no porto de Vila do Conde em Barcarena, no ano de 2015.

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19. (INAZ do Pará - CREFITO-16ª Região (MA) - 2018)


O filme “Sob a Pata do Boi” foi o vencedor do prêmio One Hour que aconteceu em Toulouse, na França. A premiação
ocorreu na noite de domingo, 08 de abril deste ano. Foi a primeira exibição pública do documentário, que também será
exibido em Londres, Utrecht (Holanda) e Paris, para audiências de ambientalistas. A estreia no Brasil é prevista para
junho de 2018.
A pecuária praticada na Amazônia já possui 40% do rebanho bovino brasileiro, com 85 milhões de cabeças de gado, o
que corresponde a mais de três vezes a população humana da região, de 25 milhões de habitantes.
Disponível em:< http://www.oeco.org.br/noticias/sob-a-pata-do-boi-ganha-o-premio-one-hour-no-festival-fredd-em-toulouse/>
Acesso em: 13/04/2018, adaptado.
A atividade produtiva descrita acima se tornou um dos maiores problemas ambientais nessa região brasileira
porque:
a) Reduz a emissão de gases necessários à vegetação, como o dióxido de carbono, que é indispensável à
fotossíntese.
b) É praticada por um grande número de pequenos produtores descapitalizados que usam técnicas
tradicionais.
c) Amplia o desmatamento da floresta pois requer a formação de extensas áreas de pastagens para o gado.
d) Aumenta a umidade do ar prejudicando a evapotranspiração das árvores e a formação das chuvas.
e) Intensifica a evapotranspiração dos vegetais, reduzindo a umidade do ar e provocando a desertificação em
larga escala.

20. (MOVENS - PC/PA - 2009)


Com relação à ocupação de terras na Região Norte do Brasil, assinale a opção correta.
a) A pecuária tornou-se, no século XXI, a principal responsável pelo desmatamento de grandes áreas.
b) O lema “integrar para não entregar”, criado no final da década de 1980, visava à ocupação da Amazônia por
meio de ampla reforma agrária.
c) A plantação de soja nunca se mostrou adequada na Amazônia em razão da pobreza do solo da região.
d) Apesar do aumento da área desmatada, o número de habitantes na Amazônia Legal estabilizou-se em torno
de 15 milhões.

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GABARITO

1. C 8. E 15. B

2. A 9. C 16. A

3. C 10. A 17. D

4. E 11. B 18. D

5. C 12. C 19. C

6. C 13. E 20. A

7. E 14. E

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RESUMO DIRECIONADO

Fronteira agrícola é uma área, mais ou menos definida, que representa um AVANÇO DA PRODUÇÃO
AGROPECUÁRIA SOBRE O MEIO NATURAL. Em outras palavras, podemos dizer que se trata de uma
REGIÃO AINDA COM MATA NATIVA QUE SOFRE COM A EXPANSÃO DE ATIVIDADES
AGROPECUÁRIAS.

A expansão da fronteira agrícola, nas últimas décadas do século XX, deu-se pelos fatos listados a seguir:

• A colonização oficial e privada, tendo em vista que o governo estimulou o avanço do povoamento e,
consequentemente, a ocupação econômica da região Norte;
• A expansão das vias de circulação, especialmente durante o regime militar, quando a política de
segurança nacional exigia um povoamento de zonas com baixa densidade populacional, a fim de
afugentar ameaças estrangeiras. A BR-163, por exemplo, foi construída sob o lema “ocupar para não
entregar”, que sintetizava a política da ditadura militar para a ocupação do “vazio” Amazônico. Esta
política relaciona-se com o tema abordado no item anterior (colonização oficial e privada);
• Os movimentos espontâneos de imigração;
• Às diferenças quanto ao grau de tecnificação;
• A especialização da agricultura, como no cultivo da soja, que demanda áreas de cultivo cada vez
maiores.

FRENTE DE EXPANSÃO E FRENTE PIONEIRA


Frente de expansão
- PRESENÇA DOS POSSEIROS;
- PEQUENOS PRODUTORES SOBRE TERRAS DEVOLUTAS (terrenos públicos sem uso público);
- Geralmente ORGANIZADOS POR MEIO DE COOPERATIVAS;
- Geralmente, REQUEREM A POSSE LEGAL DE SUAS TERRAS POR MEIO DO USUCAPIÃO;
- Geralmente, exercem a AGRICULTURA FAMILIAR E DE SUBSISTÊNCIA.

Frente pioneira
- GRILEIROS;
- PRODUTORES RURAIS;
- Expandem seus domínios por meio da GRILAGEM de terras devolutas ou de espaços já ocupados pelos
posseiros.
- MODO DE PRODUÇÃO VOLTADO PARA A PRODUÇÃO COMERCIAL INTERNA E PARA A EXPORTAÇÃO.

No Brasil, a fronteira agrícola se encontra atualmente na região Norte, tomando espaço de vastas porções
da Floresta Amazônica, e também na área que ficou conhecida como Matopiba, e que é formada pelos
estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

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Além da expansão da fronteira agrícola, a floresta amazônica, o maior bioma brasileiro, também é
degradada por causa dos seguintes fatores:

• Extração de madeira;
• Mineração;
• Construção de hidrelétricas; e
• Abertura de estradas na selva.

Os três os principais problemas observados como decorrentes das fronteiras agrícolas:


• Devastação da vegetação – Este é o problema de mais fácil observação, já que a fronteira agrícola,
para existir como tal, precisa avançar sobre a vegetação nativa de determinada região.
• Concentração de terras – Este problema se refere ao surgimento de latifúndios, já que o tamanho
médio de uma propriedade na fronteira agrícola é maior que o de terrenos rurais no resto do país.
• Questão de produção de alimentos – Este problema aparece como decorrência do segundo, já que os
grandes latifundiários, geralmente, produzem com os olhos voltados para o mercado exterior.

A BOVINOCULTURA contribui para que o Pará detenha o principal rebanho do Norte do Brasil, com
destaque para o município de maior efetivo bovino no país, tornando a pecuária paraense um segmento
importante para a economia do estado, que conta também com a criação de aves, suínos, equinos, ovinos e
caprinos.

Nos últimos anos, a evolução competitiva da pecuária bovina do Pará tem se apresentado ligada às
variáveis naturais, econômicas e tecnológicas, agrupadas a uma estrutura de governança que estabelece
condições de aplicabilidade de ações na melhoria dos fatores de regulação da atividade bovina, pactuada com
os segmentos produtivos. Soma-se, ainda:

• A qualidade e a disponibilidade de terras a preços mais baixos em relação a outras regiões do


país;
• O clima favorável às pastagens, ideal para o desenvolvimento de capim e de forrageiras;
• O melhoramento genético e sanitário dos animais;
• A qualidade da carne produzida, fruto da alimentação exclusivamente a pasto dos animais (boi
verde), o que lhe confere características organolépticas peculiares.

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Em 2017, o Pará foi:


• O 2º maior produtor nacional no setor de minério de ferro, com 169 milhões de toneladas - das 450
milhões produzidas pelo país;
• Responsável por quase 980 mil toneladas de cobre (das 1,28 milhões de toneladas da produção
nacional);
• Produtor de quase toda a produção brasileira de alumínio (bauxita) (34,5 de 36,7 milhões de toneladas);
• Responsável por 2,3 de 3,4 milhões de toneladas do manganês produzidos no Brasil;
• O 3º maior produtor brasileiro de ouro, com 20 toneladas;
• O 2º, no Brasil, em produção de níquel;
• O 3º maior produtor nacional de estanho.

O Programa Grande Carajás (PGC), simplesmente conhecido como Projeto Carajás, é um projeto de
exploração mineral, iniciado durante a ditadura militar, mais especificamente durante o governo do
presidente João Figueiredo, quando Eliezer Batista, pai do ex-bilionário Eike Batista, era presidente da Vale. O
projeto fica numa das áreas minerais mais ricas do planeta.

Os projetos para extração de minérios foram os que mais atraíram investimento estrangeiro para a região
Norte, que abriga algumas das maiores reservas minerais do planeta.
Em Porto Trombetas, distrito onde está localizada a segunda mais importante aglomeração urbana do
município de Oriximiná, está um dos complexos que foi beneficiado por este capital.
Toda a estrutura habitacional para os trabalhadores das Mina do Saracá V, Saracá W e Bela Cruz está neste
distrito, que ainda possui um porto de escoamento da produção e base de apoio e centro comercial para
atividades mineiras.

A região amazônica é marcada por diversos problemas de ordem social, econômica e ambiental. Isso é
reflexo, em grande parte, das ações e intervenções realizadas pelo Estado ou pelas atividades econômicas que
se desenvolvem em seu território, que em diversos casos, são baseadas na apropriação de grandes extensões
territoriais, o que acarretam na centralização de determinadas atividades produtivas e na exclusão de muitos
atores que pertencem ou que querem pertencer a esse território.
Exemplo dessa situação é o setor de mineração, que ao longo dos séculos XX e XXI tem sido alvo das mais
diversas ações de intervenção por parte dos governos nacionais e dos estados nos quais suas atividades se
desenvolvem. A Amazônia, é sempre bom lembrar, tem uma contribuição significativa na atividade de extração
e transformação mineral realizada em território brasileiro, considerando a ocorrência na região de diversos
minerais que influenciam na balança comercial do país.

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Atualmente, podemos dizer que o Pará tem potencial para se tornar um dos maiores centros
mineradores do mundo e com uma das minerações mais modernas do planeta – tanto em termos de
equipamentos quanto de processos ambientais.

Fonte: Mdic

Fonte: Mdic

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Principais destinos das Exportações da Indústria de Mineração do Pará

Fonte: Mdic

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