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Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação na educação:

RECURSOS DIGITAIS E AUTISMO


Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro
Centro de Ciência e Tecnologia – CCT / Laboratório de Ciências Químicas – LCQUI
Campos dos Goytacazes, RJ, 2023

AUTISMO E RECURSOS DIGITAIS.

Marco Antonio G. T. da Silva


marcoagts@gmail.com
Mariana Mattos Manhães Machado
manhmar.92@gmail.com

As tecnologias digitais se destacam com o avanço da web (após a


web 2.0) e favorecem o surgimento de novos conceitos de serviço e
recursos na própria web, alterando a rotina das pessoas e
funcionalidades socioculturais e laborais estabelecidas. Dentro
desse processo, proporcionado pelo avanço tecnológico e a
convergência, é que se propõe o nosso trabalho: incorporação de
ferramentas que permitam a interação entre as pessoas, para
favorecer o processo de ensino e aprendizagem. Veremos juntos
ferramentas que irão possibilitar tarefas para esse público tão
especial, os conectados. Estamos sim, propondo transgredir
layouts e os limites físicos das salas de aulas convencionais. Dessa
forma, sugerimos um ensino mais voltado para o século XXI
considerando as tecnologias no ambiente digital e considerando
técnicas de inclusão. Não se busca uma inclusão seletiva, mas um
contexto para eliminar as barreiras, sejam cognitivas, físicas ou
sociais. Como esse curso é voltado para a classe de docência que,
muitas vezes, no exercício da profissão, não temos tempo para
estar em uma sala e obter novas informações, esse material tem a
proposta de facilitar ao participante do curso a compreensão do
que é apresentado.

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Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação na educação:
RECURSOS DIGITAIS E AUTISMO
Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro
Centro de Ciência e Tecnologia – CCT / Laboratório de Ciências Químicas – LCQUI
Campos dos Goytacazes, RJ, 2023

SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 03
INCLUSÃO 06
COMPETÊNCIAS DIGITAIS 16
GAMIFICAÇÃO 20
APRESENTAÇÃO E CRIAÇÃO DE VÍDEOS 32
LÚDICO NA REDE SOCIAL DIGITAL 42
PLANEJAMENTO DE MATERIAL DIDÁTICO DIGITAL 47
PROGRAMAÇÃO EM BLOCOS VISUAIS 59

Olá, sou Marco Antonio, analista de sistema e tecnólogo em sistemas de


telecomunicações, especialista em docência no século XXI, mestre em
ciências naturais. Considero que a tecnologia é um facilitador para a
educação. A minha contribuição durante a disciplina é o apoio técnico e,
juntos, trocamos aprendizagem.
Dos cursos que fiz, alguns (maioria) são de ferramentas para educação
e principalmente para educação no ambiente virtual. Diante disso, é
possível dizer que sou entusiasta da área de formação com tecnologia.
Gostaria de agradecer a Amanda Monteiro, Mariângela Diz e Larissa
Salarolli pelas valiosas contribuições neste material.

Oi, eu sou Mariana Mattos, Licenciada em Química, psicopedagoga,


mestre em ensino de ciências naturais e professora dos anos iniciais
do ensino fundamental. Para mim, quanto mais recursos didáticos o
professor utilizar mais ele propicia o aprendizado do aluno. Acredito
que os recursos didáticos digitais são um facilitador para a educação.
Durante o curso espero poder trocar experiências com vocês e
ajudá-los a criar os recursos didáticos digitais.

Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas e tecnologias ...


Mas, ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.
Carl Gustav Jung
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APRESENTAÇÃO
OBJETIVO: esse material foi planejado com objetivo de complementar o curso
“Autismo e recursos Digitais”. Acreditamos que a educação no século XXI, transpassa os limites
da sala de aula e os participantes desse novo momento estão cada vez mais preparados para
serem colaborativos na sua própria formação, dependendo apenas de nós, para dar um incentivo
e direcionamento.
O curso é organizado em tópicos. Como o foco é aplicar as tecnologias digitais viáveis ao
processo de ensino de alunos com TEA em sala de aula, iniciaremos por esse “olhar”,
considerando a competência digital, a questão conceitual da inclusão em sala de aula e o recurso
da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). Nas etapas seguintes iremos abordar o passo
a passo para a criação de recursos didáticos digitais.

1 CERTIFICAÇÃO
Para receber o certificado é necessário entregar as tarefas. Essas tarefas estamos denominando de
atividade final. Onde, você vai desenvolver recursos didáticos no ambiente digital e
disponibilizá-lo. O tema das tarefas será designado por nós, você escolherá uma habilidade da
BNCC da área de Ciências Naturais dentro da lista que vamos disponibilizar.

Receberá o certificado quem preparar os quatro(4) recursos solicitados, no(s) prazo(s)


estabelecido(s). Será considerado “apto” ou “não apto” para certificação, não havendo uma
quantificação do processo.

1.1 ATIVIDADE FINAL


Cada um deve desenvolver a sua atividade final, que será composta pela criação de 4
recursos: um jogo da memória digital, um quiz, uma paródia e um vídeo. Em relação ao vídeo,
sugerimos um vídeo rápido de até 6 (seis) min. . Para elaborar os recursos será necessário um
roteiro de planejamento e aplicação.
Para os recursos: Ao criar os recursos NA ÁREA DE CIÊNCIAS NATURAIS, deve-se
trabalhá-lo de forma completa (introdução, conceito e aplicação). A proposta é uma atividade
com base nas habilidades do Ensino Fundamental de Ciências da Natureza ou interdisciplinar.
As habilidades que poderão ser utilizadas/escolhidas são:
EF01CI01 EF03CI05
EF02CI01 EF03CI06
EF02CI02

EXEMPLO DE VÍDEO
A colega Luciane Morais, que participou da turma de 2020/2, desenvolveu um trabalho
bem legal. Não posso definir qual(is) foi(ram) a(s) dificuldade(s) que ela teve, porém, posso
dizer que obteve a melhor avaliação, na turma dela, por isso trouxe esse exemplo.

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https://www.youtube.com/watch?v=INJlsiiS9hk&t=2s

Tarefa: desenvolver um roteiro de aula para a sua atividade final

A sua atividade final deve estar alinhada com a BNCC escolha uma das habilidades da
nossa lista (EF01CI01, EF02CI01, EF02CI02, EF03CI05, EF03CI06) e prepare um roteiro de
aula conforme o modelo disponibilizado no link.
Observe que montamos o modelo no Canva. <<TEMPLATE ROTEIRO DE AULA>>

https://www.canva.com/design/DAFYs-dJ-dc/qwGFYZ_ZgqMdj_HgAoVu4Q/view?utm
_content=DAFYs-dJ-dc&utm_campaign=designshare&utm_medium=link&utm_source=publish
sharelink&mode=preview

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Já pensou o que é para que serve um roteiro ou plano de aula?
O Roteiro de Aula serve para organizar seu conteúdo e planejar seu tempo em sala de
aula (esse recurso é muito importante: o tempo).
No roteiro tem que ter a identificação do público alvo e do conteúdo, além do tempo que
planeja trabalhar. Mas, para conseguir chegar onde deseja, é necessário definir a dinâmica da
aula, ou seja, é necessário descrever o método.
Não só a questão de como vai acontecer, mas, como será avaliado. E avaliar não é “dar
uma prova”, é na verdade saber se você como professor alcançou seu objetivo.
Pense no roteiro de aula como um encontro. Então se sua disciplina tem até dois tempos
de aula ou um, seu planejamento não pode ser fatiado. Seu roteiro deve organizar os conceitos e
colocar em cada plano o número de conceitos possíveis de serem alcança pelo aluno.
O que é necessário?
1ª Conhecer a BNCC. Mas, não é ir direto e ver a habilidade, é entender a qual
competência está relacionada e qual é o objeto de conhecimento.
2º Definir seus recursos, mas lembre-se de quantos alunos tem em sua sala e quem é seu
aluno.
3º Definir seu método, com base no que vai ensinar e nos recursos empregados.
4º Defina como será sua avaliação, sempre lembrado do objetivo de aprendizagem e,
que, avaliar é mensurar sim, mas, o que você conseguiu ensinar.
Lógico, um plano tem itens necessários: identificação do professor; turma; carga
horária; área de conhecimento e componente curricular; competência(s); habilidade(s);
recursos necessários; procedimento metodológico; avaliação.
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Observação

Como esse material tem como proposta de estudo das tecnologias digital estamos
apresentando vídeos e textos on-line, assim, resolvemos incluir aqui tags bidimensionais que
servem para “linkar” o usuário do papel (este material) com a internet. A tag, quando for “lida”
por um dispositivo móvel (smartphone ou tablet) é capaz de direcionar para endereços na
internet.
Esses recursos são conhecidos por QRCode e, para serem executadas, necessitam de
leitor (programa específico) disponível para ser baixado em cada aparelho móvel e também de
acesso à internet, pelo aparelho que realizar a leitura.
Alguns aparelhos necessitam de um programa para leitura de QRCode instalado no seu
dispositivo móvel. Ao acionar o aplicativo (Leitor de QRCode ou a câmera direta na TAG) no
dispositivo móvel e apontá-lo para a imagem, na apostila, vai aparecer o endereço eletrônico da
informação.

QRCode – Modelo Leitor (dispositivo móvel)

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TÓPICO: Inclusão
Objetivo da etapa: identificar que um material didático digital inclusivo é
um processo de planejamento e deve conter estratégias que motivem todos
da sala de aula. Nessa etapa, esperamos fazer compreender que os
“puxadinhos de acessibilidade” não são soluções para todos, mas, apenas
para alguns. Entender o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e apresentar
recursos didáticos.

Inclusão e educação
É necessário reconhecer a necessidade, na formação
do docente, quanto aos temas voltados para a inclusão.
Devemos considerar esse contexto para além das questões
de normatizações ou convenções. Entendemos que é
importante adotar um design que atente para inclusão no
sistema educacional, assim como é adotado pela engenharia
civil: um modelo universal (equitativo; flexível; simples e
intuitivo; tolerância ao erro; baixo esforço físico).
Precisamos avaliar os desafios em diversas ordens: pontualidade, incompatibilidade de
equipamentos, altos custos, falta de conscientização, treinamento e falta de recurso específicos.
Pesquisadores (AGUILAR MORIÑA; PERERA, 2019; MILONE; TRAVERSINI, 2019),
apontam que a aprendizagem dos professores, sobre a inclusão, ocorre na prática da sala de aula
e não durante a graduação. Por isso, precisamos conversar sobre questões de inclusão!
Os alunos, cada um com sua singularidade, requerem da escola uma postura diferente em
relação ao processo de ensino-aprendizagem e, principalmente, que ela rompa com os métodos
tradicionais de ensino e procure novas formas de ensinar nas áreas do campo social, cultural e
tecnológico (SANTOS, 2020; SENA e SANTOS, 2020).
O processo de ensino aprendizagem de alunos com deficiência pode ser facilitado por
meio de instrumentos de TDIC se utilizarmos o método adequado. Por isso é importante
desenvolver métodos que facilitem a utilização destes recursos por este grupo. Devemos ter
sempre em mente que os recursos certos em conjunto com os métodos certos resultam em um
ótimo avanço no processo de ensino aprendizagem (AFONSO E XAVIER, 2018).
Dentre as barreiras associadas à inclusão, as atitudes dos professores representam um
fator-chave para que ela aconteça adequadamente. Muitos professores se deparam com alunos
com deficiência em sala de aula e não sabem como agir. O professor encontra muitas barreiras
para construir o conhecimento e a autonomia dos educandos com deficiência. Os estudantes com
deficiência mesmo presentes em sala de aula, muitas vezes ficam segregados na hora da
realização das atividades (GARRAD, RAYNER, PEDERSEN, 2019; SANTOS, 2020; JURY,
2021). Este curso vem com a proposta de auxiliar você, professor, a desenvolver seu trabalho em
sala de aula de forma mais inclusiva.
Este material não pretende descrever na sua totalidade o que é a inclusão. Na verdade,
conto com o conhecimento e experiência de cada um de vocês para dar continuidade nesse
contexto.
Antes de terminar, e vocês assistirem os vídeos, deixo uma questão: inclusão é apenas
acessibilidade? Ou inclusão na EDUCAÇÃO é acessibilidade, questões sociais, limitações
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individuais (físicas ou cognitivas) e diversidades (étnicas, raciais ...)? Sei que não cabe
discussões de tantas aflições, nem conseguiremos neste material criar uma universalização na sua
complexidade em relação as tecnologias, apenas estamos dando o sinal de alerta que temos muito
mais para construir.

https://bit.ly/Marco22_22

https://bit.ly/Marco22_23

https://bit.ly/Marco22_24

Debate
Espero que a questão: “COMO PODEMOS DESENVOLVER RECURSOS DIGITAIS NO CONTEXTO
INCLUSIVO?”, oriente a nossa conversa.
Mas, eu também tenho questões que sempre me incomodam e vou deixar aqui com
vocês, deve servir para debatermos: quando desenvolvo um material, para “o aluno específico”,
não seria integração? quando eu encaminho meu aluno para a sala de recurso, pela minha falta de
conhecimento, não seria segregação?
Vamos debater? Mas, tragam a experiência e quem não tiver, traga a curiosidade,
assim como eu trouxe.

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O Transtorno do Espectro Autista

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é definido como um transtorno complexo do


neurodesenvolvimento que pode acarretar problemas em várias áreas como o pensamento, o
sentimento, a linguagem e a capacidade de se relacionar com os outros. Seus principais deficits
ocorrem no campo da comunicação, interação social e na maneira convencional de aprender
(APA, 2014; TEODORO et.al, 2016).

Conforme a figura 1, no TEA foram incorporados os transtornos que anteriormente


possuíam denominações específicas como transtorno autista (autismo), o transtorno de Asperger,
o Transtorno Desintegrativo da Infância (TDI), o transtorno de Rett e a classe do Transtorno
Global do Desenvolvimento (TGD) sem outra especificação de acordo com o DSM-IV, manual
anterior (APA, 2014).

A fusão de todos estes transtornos em uma única categoria, Transtorno do Espectro Autista, foi
justificada por estes transtornos apresentarem os mesmos deficits nos domínios de comunicação
social e comportamentos repetitivos e estereotipados 1 diferindo apenas na intensidade dos
deficits que vão de leve a grave (APA, 2014).

As pessoas do nível 1 e do nível 2 conseguem desenvolver a linguagem de maneira


apropriada, contudo tem dificuldade de iniciar ou manter uma conversa. Apresentam falta de
correspondência, deficit na compreensão de figuras de linguagem, piadas e sarcasmo. Podem
também exibir problemas na entoação, velocidade, ênfase, timbre e ritmo. Em alguns casos, a
habilidade para falar com os outros é muito ruim, verbalizam certos sons, frequentemente falam
palavras fora de contexto e possuem vocabulário escasso. Há casos, em que as crianças não
desenvolvem a linguagem verbal, ou seja, não falam (APA, 2014; ARAÚJO, 2016; MELO,
2016).

Uma característica clássica no campo da linguagem é a ecolalia (repetição de palavras


e/ou frases) e utilização inadequada de gírias, dialetos e pronomes, como por exemplo utilizam a
terceira pessoa para se referirem a elas mesmas (APA,2014).
Em relação ao comportamento, a maioria dos indivíduos com TEA apresentam interesses
restritos. Muitos apresentam movimentos repetitivos e estereotipados. Alguns não ficam
confortáveis em ambientes barulhentos, se isolam do grupo evitando contato com pessoas,
gostam de ficar próximos apenas de pessoas nas quais confiam. Em certos casos, podem também
ter problemas em atender a comandos verbais por não compreenderem a linguagem falada
(MELO, 2016).
Uma grande parte das pessoas com TEA apresentam dificuldade com mudanças de rotina
e como consequência ficam agitadas, agressivas e nervosas. Em alguns casos, por conta do stress
pode ocorrer até automutilação como por exemplo se apertar, se morder, bater alguma parte do
corpo contra a parede ou chão. Para eles, ter uma rotina é extremamente importante para o
desenvolvimento social, cognitivo e motor (MACEDO, 2011; MELO, 2016).

1
Os movimentos estereotipados são movimentos impulsivos e desnecessários socialmente No Brasil, são aqueles
movimentos conhecidos popularmente como “tique nervoso. Como exemplo temos agitar as mãos, estalar os dedos,
piscar, balançar alguma parte do corpo, tocar objetos com os dedos, girar objetos, morder, se apertar e bater em algo
ou em partes do corpo.

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Figura 1 - Transtorno do Espectro Autista

Fonte: a autora com base no APA, 2014.

Em uma pesquisa com crianças com TEA, Fernandes e colaboradores (2021) constatou
que as crianças participantes apresentaram déficits psicomotores relacionados a praxia fina2,
tônus muscular, coordenação motora e controle postural. E, algumas, também apresentaram

2
A praxia fina, também denominada motricidade fina, é o trabalho de forma ordenada dos pequenos músculos,
engloba os movimentos precisos do corpo realizado pelas mãos, como por exemplo, recortar, pegar em uma pinça,
escrever, pintar, entre outros que exigem alto nível de destreza.

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alterações sensoriais como por exemplo, respostas intensas a certos sons e texturas, cheirar ou
tocar objetos, sensibilidade a ruídos externos, fascínio por luzes ou objetos com movimento,
além de oscilações de humor e atenção. Podem apresentar também, ocasionalmente, indiferença
à dor e temperatura (FERNANDES et.al., 2021).
O ambiente pode piorar o comportamento estereotipado uma vez que, a agitação
psicomotora tem relação com as alterações sensoriais, aumentadas com maior frequência na
audição. À medida que a pessoa com TEA recebe informações do ambiente externo, ocorre uma
resposta hiper-reativa que é interpretada como agitação (PIMENTA, 2019; FERNANDES et.al.,
2021; ZAMPELLA, 2021).
Vale ressaltar que cada autista é único e cada um vai apresentar as características em diferentes
graus e terá algumas áreas mais afetadas do que outras. Por isso, é necessário avaliar o aluno
com TEA previamente. Todas as especificidades do aluno devem ser consideradas ao ensinar um
aluno com TEA. As intervenções pedagógicas precisam começar a partir das características
específicas de cada indivíduo.
Crianças com autismo (TEA) aprendem de modo diferente das outras crianças. Elas tem
dificuldade em aprender coisas abstratas ou por meio de imitação, observação e transmissão
simbólica. Apresentam também dificuldades como: aprender usando os métodos tradicionais de
ensino; colocar-se no lugar do outro e entender certas situações; compreender e usar metáforas,
pronomes interrogativos e ironias; seguir ordens muitos complexas com mais de uma instrução;
não entendem conceitos abstratos como saudade, tristeza, preocupação, amor, raiva e agonia
(OLIVEIRA, 2014).
Como mostrado na figura 2, as dificuldades de aprendizagem podem ser agrupadas em
quatro áreas determinantes: dificuldade de atenção uma vez que algumas crianças não têm
capacidade em se concentrar, dificuldade de generalização, dificuldade de compreensão pois
aprendem usando a mecanização, qualquer alteração no contexto faz com que ele fique confuso,
e dificuldade de persistência, desistem e tem acessos de raiva quando não conseguem realizar a
tarefa. Eles têm facilidade com repetições, mesmices, rotinas, aprendizado com conteúdos
visuais e memorização. (GARCÍA & RODRÍGUEZ, 1997; OLIVEIRA, 2014)

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Fonte: a autora com base em GARCÍA & RODRÍGUEZ, 1997; OLIVEIRA, 2014

As dificuldades associadas à linguagem influenciam no processo de aprendizagem. Este


déficit faz com que os indivíduos com TEA não tenham conhecimento acerca dos próprios
processos cognitivos (mentais), não sendo capazes de refletir ou entender sobre o próprio
pensamento, compreensão da mente e aprendizados (MACEDO, 2011).
A falta de capacidades sociais e comunicacionais pode ser um empecilho à aprendizagem,
particularmente à aprendizagem por meio da interação social ou em contextos com seus colegas.
As dificuldades para planejar, organizar e enfrentar a mudança, provocam um impacto negativo
no sucesso acadêmico, mesmo para alunos com inteligência acima da média (APA,2014)
(WHITE et.al,2011).
Frith e Snowling observaram que os estudantes com Autismo exibiram menor
desempenho do que os estudantes sem autismo em um teste de compreensão de leitura, mesmo
com ambos os grupos de estudantes estarem bem em relação à leitura. Ou seja, o aluno com
autismo, lia, mas não entendia (FRITH e SNOWLING, 1983).
As crianças com TEA têm uma acuidade visual superior aos demais indivíduos, são
extremamente visuais. Pensam por signos, fazem inversão pronominal, tem dificuldades em
entender/diferenciar sentimentos (feliz x triste), tem pouca interação social e são resistentes a
mudanças. Estas características não vão mudar, e o professor precisa usar técnicas que consigam
oportunizar o aprendizado (PIMENTA, 2019).
Uma pesquisa realizada por Chen e colaboradores revelou um perfil de heterogeneidade
nos alunos com TEA. Um grupo apresentou baixo desempenho em habilidades matemáticas em
comparação com a leitura, já o outro teve desempenho em matemática superior à leitura. Alguns
indivíduos com TEA podem ter uma inteligência acima da média, geralmente centrada em certa
área do conhecimento, apresentando habilidades excepcionais como: calcular mentalmente
números com muitas casas decimais, decorar livros inteiros e dominar teorias e práticas
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complexas, enquanto outros podem ter deficiência intelectual (CHEN et.al., 2018; DUARTE
et.al., 2021).
Em, aproximadamente, 70% dos casos de TEA há um outro distúrbio associado, como
por exemplo deficiência intelectual (~50%), Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade-TDAH (28 – 44%) e epilepsia (~10%). Outras comorbidades também podem
estar associadas, como o transtorno obsessivo compulsivo, transtorno bipolar, distúrbio
alimentar, esquizofrenia, psicose e distúrbio do sono (GAIATO, 2018).
O professor ao considerar todas essas peculiaridades consegue proporcionar um ensino
que faça com que o aluno se desenvolva. Uma ferramenta que auxilia o professor é o Plano de
Ensino Individualizado, mais conhecido como PEI. Ao realizar esse plano o professor deve
considerar as características do indivíduo, bem como suas habilidades já desenvolvidas e as a
serem desenvolvidas. Nele o professor coloca as metas a serem alcançadas durante um certo
período de tempo e as estratégias que serão utilizadas. A elaboração do PEI é um processo
coletivo, envolvendo as expectativas dos pais, professores e demais profissionais que trabalham
com o aluno. O PEI é um instrumento norteador de seu
trabalho pedagógico, que viabiliza a educação do aluno com TEA.

Veja um exemplo de ficha de PEI:

modelo de PEI.pdf

https://drive.google.com/file/d/1LgFRet-WvadrxpcLQz27TkJpUU0Lc-ah/view?usp=share_link

Estratégias para o ensino de alunos com TEA


A utilização do método tradicional de ensino com alunos com TEA deve ser repensada já
que é um método conteudista, centrado na figura do professor, que não permite que o estudante
aprenda no seu ritmo e de acordo com suas preferências (FONTENELE, 2018).
De acordo com Juhlin (2012) o processo de ensino e aprendizagem de alunos com TEA
deve ocorrer de forma divertida, agradável e dinâmica, ou seja, de maneira lúdica. É necessário
despertar o interesse das crianças com TEA para que elas aprendam (JUHLIN,2012).
Pessoas com TEA tendem a mostrar melhores resultados nas tarefas quando elas são de
fácil compreensão, as quais apenas de olhar já é possível saber o que é preciso fazer, sem a
necessidade de explicações verbais, isto é, tarefas que sejam visualmente compreensíveis como
as de emparelhamento típico (GOMES, 2011).
Segundo Marco e seus colaboradores (2013) “ Muitas informações na mesma folha,
instruções longas e pedidos variados no mesmo exercício tendem a confundir essa criança e
devem ser evitados, sempre que possível” (MARCO et.al. p.36).
Quando o professor usa várias formas de ensinar ele possibilita que mais alunos
compreendam o conteúdo, uma vez que há várias formas de aprender. Assim o aluno que não
aprender de um jeito, aprende do outro. Isso pode ser explicado pela teoria VAC (visual,
auditivo, cinestésico) de Fernald e Keller e Orton-Gilingham, que propõe que as pessoas têm
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estilos diferentes de aprendizagem. Estes estilos são baseados nos sentidos e se dividem em
visual, auditivo e cinestésico. O visual compreende os alunos que aprendem por meio da visão
com uso de imagens, vídeos, palavras, gráficos, já o auditivo engloba aqueles alunos que
aprendem melhor através da escuta, como músicas e áudios. Tem ainda os que são cinestésicos
cuja assimilação é facilitada através do toque, da interação e possibilidade de manipulação de
materiais. No geral, os alunos têm um estilo predominante para aprender os conteúdos, podendo
ainda haver alguns em que há a mistura equilibrada dos três estilos: visual, auditivo e cinestésico.
A maioria dos alunos com TEA são visuais (NOGUEIRA et.al., 2020; GALLERT, 2005;
FRANÇA, 2019).
Algumas crianças com TEA apresentam dificuldades em abstração, por isso o uso de
recursos visuais no ensino é recomendado. As pistas auditivas também são muito importantes
para o ensino, pois elas envolvem o aluno e fazem com que ela acompanhe melhor o que está
acontecendo (RODRIGUES E CRUZ, 2019).
A utilização do recurso didático por parte do professor é fundamental para o ensino,
porém, deve ocorrer de forma adequada. Recurso didático é todo material usado para auxiliar o
processo de ensino e aprendizagem de um determinado conteúdo. Há uma gama enorme de
recursos didáticos que podem ser utilizados nesse processo, desde o quadro negro até um data
show, passando por jogos, vídeos, experimentos e assim por diante. Os alunos com TEA, em sua
maioria, pouco participam das aulas quando são utilizados recursos didáticos mais simples. Os
recursos tecnológicos são facilitadores do acesso aos saberes de modo a abranger todos os alunos
e minimizar as dificuldades de aprendizagem (FRANCISCO JUNIOR & LAUTHARTE, 2012;
EGIDO et al., 2018).
Os recursos tecnológicos digitais surgem como uma possibilidade de inovação nos
recursos didáticos, especialmente no desenvolvimento de pessoas que carecem de medidas
educativas especiais, como as pessoas com TEA. Os recursos tecnológicos digitais têm potencial
para serem utilizados como ferramentas de apoio e estratégias de ação em propostas pedagógicas
contemporâneas (STOCHERO, 2017).
Em seu trabalho Fontenele destacou que:
As tecnologias digitais podem atuar como uma ponte para um novo modelo educacional
e dependendo da metodologia aplicada e dos instrumentos utilizados pelo professor,
pode gerar mudanças necessárias na educação de pessoas com autismo, bem como
construir um sujeito mais funcional e eficaz no seu processo de aprendizagem.
(FONTENELE, 2018)

A utilização dos recursos tecnológicos digitais como recurso didático vem dar o suporte
necessário para o ensino da pessoa com TEA, beneficiando o desenvolvimento e possibilitando a
sua motivação. Os recursos tecnológicos digitais têm o potencial de suprir os deficits causados
pelo transtorno uma vez que a sua utilização na educação inclusiva proporciona ao aluno o
desenvolvimento de habilidades como a tomada de decisões, a comunicação, a memorização, a
concentração, o desenvolvimento motor e cognitivo e a percepção visual e sonora (CASSEMIRO
et al. 2017).

Em relação aos recursos didáticos tecnológicos Peres (2015) afirmou que:


(...)são recursos de mediação, onde o computador tem um papel de destaque, que fazem
os educandos com TEA conviver melhor dentro do seu grupo, descobrindo-se como
sujeitos da aprendizagem, tornando-a mais prazerosa e promovendo a conexão dos
educandos. (PERES, 2015)

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Os recursos didáticos tecnológicos que vêm sendo utilizados com alunos com TEA
variam bastante dentre as referências obtidas. A seguir destacamos alguns recursos didáticos
tecnológicos que podem apresentar algum impacto no processo de ensino e aprendizagem de
pessoas sem deficiência, mas sobretudo de pessoas com TEA.

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DESENHO UNIVERSAL PARA APRENDIZAGEM - DUA

Não que seja meta deste curso apresentar o DUA, mas, por questão de atualização e
demonstração da visualidade da inclusão em um plano internacional, vamos comentar sobre o
DUA. Trata-se de uma abordagem do Center for Applied Special Technology (CAST), uma
organização de pesquisa sem fins lucrativos, definida por David H. Rose na década e 1990
(CAST, 2018).

Sua estrutura é organizada em princípios que objetivam proporcionar múltiplas formas


de interação, os quais propõem desenvolver um processo inclusivo, sem precisar dos
“puxadinhos” para educação: Princípio 1 - representação (empregar diferentes linguagens e
símbolos) que permita a compreensão e múltiplos engajamentos; Princípio 2 – ação e expressão
(desenvolver opções de interação); Princípio 3 - participação no processo de aprendizagem
(ação e expressão).
O DUA, como conjunto de objetos e recursos, é empregado no processo do ensino e
aprendizagem para incluir os alunos e é um subsídio na formação do docente. Para os
organizadores do CAST, o DUA se destaca, principalmente, quando o ensino ocorre no ambiente
virtual, pelos recursos existentes nesses ambientes. A proposta é que os princípios auxiliem o
planejamento do currículo.
A estrutura do DUA considera uma aprendizagem afetiva, isso mesmo, não é o corretor
ortográfico que trocou o efetiva para afetiva. A organização dos princípios foi desenvolvida por
educadores médicos neurologistas, pensando nas condições biológicas e neurológicas para
aprendizagem. Os múltiplos modos de apresentação, engajamento, ação e expressão, são
baseados em princípios da educação, aprendizagem psicologia e ciência cognitiva.

É importante considerar que a inclusão deve identificar as concepções dos produtos e


planejamento para que sejam empregados sem a necessidade de ser para pessoas com
deficiências ou não e, empregar a tecnologia de forma inclusiva respeitando as particularidades

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e “pluralidades” que podem existir em ambiente educacional (PLETSCH et al., 2020). Mas,
devemos considerar o framework do DUA como uma estrutura aberta, sempre em construção.
Precisamos pensar no DUA como recurso na etapa de planejamento, para desenvolver
currículo, programa pedagógico e o roteiro de aula. O DUA não reflete a aplicação para “o”
aluno (de forma individual), mas para todos, não é um “puxadinho” que atende alguma
necessidade específica. Considera-se que todos têm necessidades diferentes e, portanto,
aprendem por diferentes métodos e recursos. Ou seja, sendo redundante, mas com objetivo de
tornar claro, o DUA não é para o aluno com deficiência física ou cognitiva ou qualquer tipo de
transtorno, é para a heterogeneidade ou diversidade de uma sala de aula. Mais uma vez, o DUA
não é uma etapa para o professor somente na sala de aula, é para todos da comunidade escolar,
pensar em como SERÁ a aula.
Entendam que ADAPTAR para atender uma ou mais pessoas é REMENDAR, em outras
palavras, é o “puxadinho”.
Em relação à inclusão da educação no Brasil, desde a promulgação das novas Diretrizes
Curriculares Nacionais (BRASIL, 2010) e incorporação de princípios da Educação Inclusiva
por meio da Lei de Diretrizes e Bases (BRASIL, 1996), ampliou-se e organizou-se o conceito e
contextualização da inclusão e valorização das diferenças. Entendendo que o processo de incluir
requer a participação de todos os alunos, sem distinção, compreendendo alunos com e sem
necessidades especiais, diferentes credos, etnias, gênero, entre outros, pensar em um material
didático verdadeiramente inclusivo é um dos grandes desafios da educação do século XXI.
DO DUA, O QUE PODEMOS TRAZER PARA NOSSA CULTURA?
- PLANEJAMENTO: A PROPOSTA É QUE A INCLUSÃO SEJA PLANEJADA ANTES DA SALA DE AULA.
- ENGAJAMENTO: ASSIM, COMO FOI COMENTADO NO TEXTO, EXPLICANDO O DUA, NÃO É DO PROFESSOR
EM SALA, MAS DE TODA COMUNIDADE ESCOLAR, PRINCIPALMENTE DA ADMINISTRAÇÃO.
- RECURSOS DIVERSIFICADOS: DEVEMOS TENTAR EMPREGAR O MÁXIMO DE RECURSOS PARA UM MESMO
CONCEITO. ISSO COMPLICA A VIDA DO DOCENTE? NÃO VEJO POR ESSE PRISMA, POIS AQUI O CURSO PODEREMOS
DESENVOLVER VÁRIOS RECURSOS E COMPARTILHAR COM OS COLEGAS.

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TÓPICO: Competências (digitais)


Objetivo da etapa: (re)conhecer os recursos das tecnologias digitais na
educação e sua finalidade no contexto didático, considerando as
orientações da BNCC. Nesse contexto, propõem-se identificar a cultura
digital como ferramenta de desenvolvimento, mas de forma reflexiva,
crítica e significativa.

As TDIC no processo de ensino e aprendizagem


A tecnologia intensifica a relação
social entre as pessoas. Assim, também,
como estamos cada vez mais inserindo as
mídias digitais no nosso cotidiano.
Entretanto, para que as Tecnologias
Digitais da Informação e Comunicação
(TDIC) sejam, também, ferramentas
cotidianas no processo de ensino e
aprendizagem é necessário que o docente
tenha acesso desse contexto ainda na sua
formação.
A tecnologia digital é um contexto importante na educação, de tal forma que a Base
Nacional Comum Curricular (BNCC), refere-se às tecnologias em grande parte do documento
homologado em 2018, bem como, a competência geral 5, contempla as TDIC.
Martinez (2013) afirmou:
Em relação ao ensino, as TIC caracterizam-se pela sua versatilidade,
flexibilidade e adaptabilidade. São adaptadas às características dos
alunos com TEA, favorecendo diferentes ritmos de aprendizagem e
maior individualização. Assim, facilitam a implementação de
adaptações curriculares individualizadas dentro de uma mesma tarefa
para todo o grupo e, além disso, são um elemento de aprendizagem ativa
(MARTINEZ, 2013).

Assim, propomos neste tópico, iniciar nossa “caminhada” direcionada as TDIC na


formação do docente.

Debate
Vamos começar a refletir? Para isso, deixo um questionamento como processo norteador:
Como utilizam as tecnologias digitais nas suas aulas? (Considere a estratégia empregada para
criar ou pesquisar na rede por recursos, consideram técnicas inclusivas no contexto das
habilidades da BNCC para promover o ensino-aprendizagem; As dificuldades para identificar os
recursos digitais considerando a BNCC e técnicas de inclusão, em razão da sua formação;
Estratégias para aplicação na sala de aula.)

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BNCC - Você está pronto para encarar este desafio?
Em um cenário, para além de concepções conteudistas, no ano de 2018, a Base Nacional
Comum Curricular (BRASIL, 2018) foi homologada pelo Ministério da Educação (MEC),
considerando as etapas da Educação Infantil ao Ensino Médio. Entre os apontamentos
identificados na BNCC, estão as competências gerais da Educação Básica, a fim de promover o
protagonismo do aluno desenvolvendo capacidades e habilidades requeridas em um mundo de
constantes transformações.
Nesse documento normativo, o uso de Tecnologias Digitais de Informação e
Comunicação (TDIC) ganha espaço expressivo em duas das dez competências gerais:

[...] 4. Utilizar diferentes linguagens - verbal (oral ou visual-motora, como


Libras e escrita), corporal, visual, sonora e digital - bem como conhecimentos
das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar
informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e
produzir sentidos que levem ao conhecimento mútuo. 5. Compreender, utilizar
e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica,
significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as
escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir
conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida
pessoal e coletiva. (BRASIL, 2018, p. 9)

Portanto, evidencia-se a necessidade de adoção de diferentes linguagens, as quais


promovam a inclusão, bem como o uso crítico e significativo das TDIC como instrumentos de
apoio para a construção do conhecimento.
MAS, EM TERMOS GERAIS, O QUE É A BASE? Trata-se de um documento normativo, que serve
para que as instituições de educação estabeleçam seus currículos. A Base define a aprendizagem
mínima para os alunos da educação básica, logo, norteia os trabalhos das secretarias de
educação de estados e municípios brasileiros.
Convém lembrar, que ocorreram “ruídos” na sua concepção, devido às
mudanças de gestões políticas, mas, o texto inicial homologado em 2018, será
revisto em 2023.

ESTRUTURA DA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR: BREVES CONSIDERAÇÕES


Como já apresentado, a BNCC trata-se de um documento normativo que
indica quais são as aprendizagens essenciais a serem desenvolvidas ao longo
da Educação Básica. Apesar de aparentar ser complexa à primeira vista, a
BNCC está estruturada de modo a dar visibilidade às competências gerais e
específicas das etapas da Educação Básica e suas respectivas áreas do
conhecimento e componentes curriculares. Desta forma, a BNCC está dividida
em três grandes etapas: Educação Infantil, Ensino Fundamental (anos
iniciais = 1º ao 5º ano e anos finais = 6º ao 9º ano) e, Ensino Médio.
Na Educação Infantil, trabalha-se com os campos de experiências, nos quais a
crianças pode aprender e se desenvolver, são eles: i) O Eu o Outro e o Nós; ii)
Corpo, Gestos e Movimentos; iii) Traços, Sons, Cores e Formas; iv) Escuta,
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Fala, Pensamento e Imaginação; v) Espaços, Tempos, quantidades, relações e transformações.


Em cada campo de experiências são estabelecidos objetivos de aprendizagem e
desenvolvimento, os quais referem-se às habilidades a serem desenvolvidas, e são organizados
em três grupos por faixa etária.
Em seguida, na Etapa do Ensino Fundamental, já não existem os campos de
experiência, mas sim, as cinco áreas do conhecimento: Linguagens; Matemática; Ciências da
Natureza; Ciências Humanas e Ensino Religioso. As áreas do conhecimento, por sua vez,
dividem-se em componentes curriculares, que guardam as especificidades dos saberes que os
constituem, sendo apresentados da seguinte forma: i) Linguagens = Língua Portuguesa, Artes,
Educação Física, Língua Inglesa; ii) Matemática: Matemática; iii) Ciências da Natureza:
Ciências; iv) Ciências Humanas: Geografia e História; v) Ensino Religioso = Ensino Religioso.
Os componentes curriculares estão divididos em unidades temáticas, de acordo com
cada ano de aprendizagem. Cada unidade temática apresenta seus respectivos objetos de
conhecimento que se subdividem em habilidades a serem desenvolvidas em cada ano de
aprendizagem.
Tomemos como exemplo o componente curricular Ciências, área Ciências da Natureza,
do 1º ano da Etapa do Ensino Fundamental:

No exemplo da figura, podemos observar que os objetos de conhecimento correspondem


aos conteúdos que devem ser mobilizados a
favorecer habilidades específicas, as quais
uma vez adquiridas, os alunos incorporam
as competências pretendidas pela BNCC.
Portanto, para simplificar,
poderíamos dizer que as unidades temáticas
organizam os conteúdos, que trabalhados de
forma crítica, significativa e criativa pelo
professor, levam à aquisição de
determinadas habilidades, as quais uma vez
mobilizadas conduzem ao desenvolvimento

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das competências gerais propostas pela BNCC.


Por fim, a Etapa do Ensino Médio se organiza em continuidade ao proposto para o
Ensino Fundamental, centrado no desenvolvimento de competências e orientado pelo princípio
da educação integral. Subdivide-se nas seguintes áreas do conhecimento e seus respectivos
componentes curriculares: i) Linguagens: Arte, Educação Física, Língua Portuguesa e Língua
Inglesa; ii) Ciências da Natureza: Biologia, Física e Química; iii) Ciências Humanas e Sociais:
História, Geografia, Sociologia e Filosofia); e, Matemática: Matemática. Cada competência
específica possui habilidades que, por sua vez, irão seguir os itinerários formativos.
ENTÃO, JÁ SABEMOS O QUE É A BASE. As habilidades, como vimos, podemos inferir que são
os conhecimentos, que reunidos desenvolvem as competências e, se inicia por um verbo.

Assista o vídeo:

https://bit.ly/Marco22_15

Agora, nos falta definir, EM TERMOS GERAIS, O QUE É A COMPETÊNCIA. Como vimos, a
competência não é um procedimento ou uma lógica algorítmica, com etapas sequencialmente
definidas, não há uma condição entrante ou dispersante, mas uma “reunião de saberes” para
exercer a cidadania.
Nesse argumento, quando nos atentamos para compreender A COMPETÊNCIA DIGITAL,
podemos definir que é: a capacidade de resolver problemas, a partir do conhecimento adquirido
de diferentes áreas, em confronto às novas condições tecnológicas. Sendo assim, quando temos
competência digital, nos tornamos capazes de analisar, avaliar e, por consequência, nos
apropriar dos valores que podem nos oferecer as tecnologias digitais, como recurso
educacional.
Para concluir, vamos assistir o vídeo:

https://bit.ly/Marco22_21

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TÓPICO: Gamificação
Objetivo da etapa: O recurso de gamificação permite diferentes
comunicações e instiga o aluno. Ao final desse tópico você será capaz de
criar jogos pedagógicos digitais.

Jogo da memória
O uso de jogos na aprendizagem torna o processo de ensino-aprendizagem prazeroso
porque facilita a compreensão e os alunos aprendem o conteúdo de uma forma que, para eles, é
mais fácil. O uso dos jogos desperta o interesse, facilita o aprendizado, e pode gerar certa
autonomia. Ao investigarmos a utilização dos jogos didáticos digitais com alunos com TEA,
identificamos que quando os jogos são utilizados em sala de aula eles proporcionam momentos
diferenciados na aprendizagem.

Segundo Andrade e colaboradores ao se desenvolver um jogo didático digital ele deve


ser fácil, intuitivo e ter instruções claras, ter pausas passivas na relação do usuário com o jogo
para dar sequência, apresentar estímulos para respostas erradas e certas, para que o aluno tenha
conhecimento do resultado da sua ação. Além disso, deve conter a temática de acordo com o
público para um engajamento maior (ANDRADE et.al., 2014).

Sabe-se que o jogo da memória é um jogo de pareamento. Podemos utilizá-lo com


pareamento de pares diferentes para trabalhar por exemplo uma palavra e sua definição, imagem
e palavra, entre outros.

Para desenvolver os jogos digitais vamos conhecer um ambiente, o Wordwall. Bem


completo com diferentes recursos: Quiz, Cruzadinha, Questionários tipo programa de televisão,
Complete lacuna de texto, verdadeiro ou falso, Arraste para completar, Caça palavras, ... Esse
ambiente além de ser com diferentes recursos didáticos para uma sala virtual, permite encontrar
um recurso pronto e modificar para atender o que deseja (bem como corrigir alguns equívocos).

Dentro de suas possibilidades existe também: a de imprimir. Isso mesmo, posso criar para
ambiente digital, mas posso usar uma atividade pronta em sala de aula.
Vamos conhecer um pouco desse recurso. Aponte a câmera do celular para o QR-Code e
acesse a plataforma e um vídeo explicativo.

https://bit.ly/marco22_64 https://bit.ly/marco22_65

Se preferir acompanhe o passo a passo a seguir:


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Essa é a página inicial do site. Clique em inscrever-se

Se tiver uma conta google, email do gmail por exemplo, faça o login com ele clicando em
sign in with Google.

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Vá na aba criar a atividade e selecione pares correspondentes.

Preencha as informações, coloque o nome do jogo escolha de o jogo da memória será de


pares idênticos ou se será de pares diferentes, como por exemplo imagem x conceito. Se escolher
pares idênticos você colocará apenas uma imagem ou uma palavra.
No espaço mostrado a seguir:

Se escolher pares de itens diferentes, será necessário preencher os dois espaços, a


combinação pode ser imagem-palavra; palavra-palavra ou imagem-imagem. Fiz
imagem-palavra de pares de itens diferentes.

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Você vai precisar de imagens, que você pode salvar do google. Vá no google procure a
imagem que você quer e salve ela em uma pasta do seu computador. Para salvar basta clicar com
o botão direito do mouse sobre a imagem e clicar em salvar imagem como.
Veja o exemplo a seguir:

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Agora vamos inserir a imagem no programa. Clique no ícone de imagem:

Na aba que abrir clique em carregar.

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Escolha a imagem na pasta do seu computador onde você salvou a imagem do google, vá
em abrir

No outro campo, como faremos imagem-palavra, vamos digitar a palavra ou conceito.


Para fazermos mais pares, basta clicar em + Adicionar um par

Faça o mesmo procedimento para adicionar os demais pares. Depois clique em Concluído.

Você pode ver um exemplo de jogo da memória através do link:

https://wordwall.net/pt/resource/14008858/borboletas/ciclo-de-vida-borboleta
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Jogo de perguntas e respostas - QUIZ

Em uma pesquisa, o QUIZ foi utilizado como instrumento de avaliação para alunos com
TEA e se mostrou relevante e útil. O QUIZ despertou o interesse dos participantes, os
envolveram no processo avaliativo e possibilitaram mensurar a aprendizagem.
Quiz, é um jogo de perguntas e respostas e tem como objetivo realizar uma avaliação dos
conhecimentos do jogador a respeito de um assunto específico.
Para realização desse jogo também utilizaremos o site Wordwall, para elaborar o QUIZ,
basta ir em criar atividade.

Abrirá uma janela com diversas opções de jogos. Para criar um QUIZ é preciso escolher
Questionário ou Questionário de programa de televisão.

Nesse tutorial foi escolhido Questionário de programa de televisão.

Preencha as informações, coloque o nome do jogo, digite a primeira pergunta e as opções


de resposta. Para marcar a resposta correta, selecione o ícone verde, as erradas deixe o x
vermelho. É só clicar em cima do x vermelho que ele muda para verde. Se quiser adicionar
imagens só inserir através do ícone da imagem.

Para inserir mais perguntas clique em +Adicionar uma pergunta

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Veja o Exemplo:

Após adicionar todas as perguntas, clique em concluído.

Após concluído, o jogo aparecerá pronto, mas algumas configurações são necessárias. Role
a página e na parte de opções escolha se você quer que as perguntas tenham tempo para
serem respondidas, se quer limitar a quantidade de tentativas através da opção vidas, depois
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de qual pergunta quer a rodada bônus, se vai dar opções de ajuda e se vai mostrar as
respostas ao final do jogo. Veja:

Os alunos para jogarem vão ter que clicar em começar.

Aparece uma pergunta de cada vez com a quantidade de opções que você preencheu vai de
2 a 7. Observe que se a resposta for muito grande a letra fica pequena. Cuidado com isso.

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O jogo mostra quando a opção selecionada foi a correta. Veja:

Se a resposta selecionada estiver errada ele mostra que está errada e em seguida mostra a
resposta correta.

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Ao fim do jogo aparece a pontuação e a opção de ver as respostas.

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Ao abrir as respostas o aluno poderá vê as perguntas e as respostas que acertou e/ou errou.

Você pode ver esse QUIZ através do link:

https://wordwall.net/pt/resource/22650702/quiz-metamorfose-da-borboleta

Lembre-se: Linguagem clara, objetiva e não usar figuras de linguagem.

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TÓPICO: Apresentação e criação e vídeos


Objetivo da etapa: conhecer recursos e técnicas para fazer uma
apresentação efetiva e transformá-la em vídeo aula. Empregando recursos
de desktop, smartphone e ambiente on-line (de forma colaborativa)

A frequência de utilização de vídeos como recurso didático tem aumentado nas salas de
aula uma vez que, o vídeo é uma tecnologia digital popular, econômica, sempre disponível, de
fácil utilização e ótima aceitação por parte dos alunos. O vídeo proporciona um maior interesse
em aprender um determinado conteúdo, gera nos alunos uma expectativa positiva, os deixando
mais atentos e envolvidos com o conteúdo. Para a utilização do vídeo ser prazerosa para o aluno
é fundamental que a linguagem seja de acordo com a realidade dele (GOLDSMITH e
LEBLANC, 2004; SILVA et.al 2012; MELO, 2016).

Morán, já em 1995 afirmava que a linguagem audiovisual desenvolve múltiplas atitudes


perceptivas porque ela é visual, sensorial, linguagem falada e escrita tudo ao mesmo tempo. O
vídeo tem a capacidade de seduzir, entreter, usar o imaginário e informar (MORÁN, 1995).
Como podemos observar pelos trabalhos a seguir esta afirmação continua válida.

A utilização de vídeo foi abordada no trabalho de Charlop-Christy, Le & Freeman (2014).


Neste trabalho, comparou-se o ensino de habilidades e desenvolvimento de crianças com TEA
com a utilização de modelos comportamentais presenciais e com modelos comportamentais em
vídeo. Os pesquisadores perceberam que as crianças tiveram uma aquisição dos comportamentos
em um menor tempo e de forma eficaz com os modelos em vídeo. O vídeo se mostrou eficaz e
eficiente para o ensino de novos comportamentos apropriados a pessoas com TEA.
(CHARLOP-CHRISTY, LE & FREEMAN, 2014).

Ao realizar uma pesquisa em relação ao processo de ensino de alunos com TEA, Melo
(2016) identificou que o uso de vídeos ilustrativos foi uma prática educativa eficaz e benéfica
para uma aluna com TEA. O uso do vídeo foi relevante pois captou a atenção e ajudou na
concentração da aluna durante a aula (MELO, 2016).

Produzir apresentações e vídeos efetivos


Fazer uma apresentação do “zero” é por vezes uma tarefa “pesada”. Um dos
fatores que consideramos de maior dificuldade é a criatividade. Mas, existem outros pontos que
nos complicam: o design, rendimento do equipamento, conhecimento do software, entre outros.
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Logo, criar slides é uma tarefa que depende de vários fatores para que seja um recurso efetivo
(eficiente e eficaz). Alguns softwares permitem editar imagem, recolorir, criar formas como o
PowerPoint.
Seja qual for a interface de software que vai usar, o importante é saber algumas
regras:
- IMAGENS: não usar imagem que não acrescente; não encher de imagens; não
deformar as imagens.
- CORES: buscar uma paleta de cores para toda apresentação.
- RECURSOS: evite o famoso bonequinho sem rosto, bem como animações
desnecessárias; não use muito texto; não use tabelas com muitas informações (dívida por partes).
- FONTES: evite as serifadas; não misture muitas fontes (duas é o suficiente); não
use fontes pequenas.
- LAYOUT: o slide é um outdoor para ideia principal, não encha de informações;
você pode estar sendo transmitido em diferentes plataformas e recursos.
- CRIATIVIDADE: vejam outros sobre o mesmo tema, busque fazer um
benchmarking.
O site da Visme tem uma lista de possibilidades, clica no link e veja.

https://bit.ly/marco23_03

Prezi – Apresentação dinâmica


Esse é um conteúdo muito interessante,
vamos conversar agora a utilizar as ferramentas disponíveis
nas nuvens para fazer uma apresentação dinâmica com
vários templates pontos.
Acessem os links abaixo e conheçam mais
sobre o Prezi. Alguns vídeos são um pouco grandes, mas, a
ferramenta tem vários recursos para a educação, e a nossa
proposta é apresentar o máximo possível.

https://bit.ly/Marco22_28 https://bit.ly/Marco22_29 https://bit.ly/marco22_30

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Vídeo Tutorial para fazer


uma vídeo apresentação🡪

https://bit.ly/marco23_02

Infelizmente a versão gratuita do Prezi não é mais colaborativa, já foi. Mas, o PowerPoint
na versão outlook (no caminho: Inicializador de aplicativos) é possível compartilhar. Também na
plataforma google workspace a apresentação permite criar slides compartilhados, tem o
Geneally, o Canva...
Trago um exemplo de utilização, vou deixar esse e também estou
compartilhando com vocês.
https://prezi.com/idqcbr5cg5kv/copy-of-candau-vera-maria-et-al-formacao-cont
inuada-de-professores/

(ATENÇÃO: essa apresentação é do Prezi antigo, quando nós desenvolvíamos


os modelos sem os templates rsrsrsrs, escolhi pelo tema)
Observem o seguinte, o endereço acima foi copiado da página de
apresentação, não da edição, que seria: https://prezi.com/idqcbr5cg5kv/edit/.
Quando publicarem o link, tomem esse cuidado de colocar o endereço de
apresentação e não o que estamos editando. Observem esse “EDIT”.

Plataforma Canva
Nesse tópico vamos ver um ambiente, muitos devem conhecer, ou pelo menos já ouviram
falar: o CANVA.
Mas, para que o ambiente de design serve para TIC na educação? Na verdade, o Canva
tem muitos recursos, desde criar posts e vídeos para redes sociais até criar aulas, ou propor
atividades interativas com alunos. Antes de explicar, esclarecemos que o Canva não é o único,
existem outros, como a plataforma Crelo, o Trakto, o aplicativo Over para celular, entretanto, o
Canva é o mais conhecido.

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https://bit.ly/marco22_48

Edição e criação de vídeos


Nessa etapa vamos conhecer ferramentas para produzir vídeos.
Até com celular poderíamos dar alguns clicks e depois selecionarmos
uma música e fazer um vídeo, existem vários recursos, mas iremos falar de
alguns.
Você já necessitou publicar uma aula que preparou no PowerPoint ou
LibreOffice e não sabia como, que tal no YouTube? Pois é, com algumas
ferramentas podemos exportar todos os slides para o formato de imagem e
(jpeg) e inserirmos no editor de vídeo, selecionamos uma música ou nossa voz explicando depois
convertemos para vídeo (mpeg). Legal né? Acabamos de dar uma receita básica para uma
videoaula.
Pois bem, agora vamos assistir ao vídeo e ler o texto a seguir e vamos conhecer um editor
on-line.

https://goo.gl/hFjFxR https://bit.ly/marco22_34 https://goo.gl/TlyxmU

Off-line - desktop
Existem também vários softwares que estão disponíveis para editar ou criar vídeos no
padrão off-line. A Microsoft, na versão do sistema operacional Windows 10 adotou o <<foto>>,
é o visualizador de imagem que também produz vídeos.
Apesar disso alguns softwares de edição, com licença free ou com os atuais recursos free
e pro, ganharam “terreno”. Você poderá produzir vídeos apenas arrastando as imagens para
dentro do software e ainda é possível colocar efeitos e música de fundo, ou áudio que poderá ser
gravado ao mesmo tempo que faz as apresentações. Como também poderá editar um vídeo
inserindo várias imagens (como o exemplo da sua apresentação desenvolvida em slides,
convertidas para imagens jpeg – todos os softwares criadores de slides fazem essa conversão) e
adicionando o áudio. É lógico que com um pouco de conhecimento da ferramenta e muita
criatividade você cria vídeos cada vez melhores.
Vamos ver a opção do editor do próprio Windows e o ShotCut, que acho bem mais leve
que os demais, com bons recursos e tem muitos vídeos explicativos sobre ele. Caso queira algo
específico é só buscar na rede. Por exemplo: digamos que eu queira retirar o fundo de uma
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imagem ou vídeo no ShotCut, só pesquisar com o termo “remover fundo ShotCut”. Na verdade,
isso é o efeito chroma key.

https://bit.ly/marco22_35 https://bit.ly/marco22_36

Existem outros, se você conhece algum sugiro que trabalhe com esse, entretanto, se não
tem nenhum e quer ampliar, sugiro o canal do Lucas Conde no YouTube, esse do vídeo que
apresentou o ShotCut.

Off-line – App smartphone


Existem também aplicativos para dispositivos móveis que estão disponíveis para baixar e
instalar no seu aparelho. Um dos mais comuns é CuteCUT, mas existem vários outros
aplicativos. Como é um recurso gratuito, tem algumas ferramentas no aplicativo que não estão
disponíveis na versão “free”, só na versão “Pro”, que é paga, porém nada impede seu uso.
Nesse aplicativo você poderá escolher o formato da tela (retrato, paisagem ou quadrado),
inserir imagens, vídeos ou áudio. Existem outros como CapCut, Inshot, VLLO... Imagino que o
Inshot é um conhecido de muitos, então escolhi o Cute CUT e CapCut.

http://bit.ly/marcoVd1 https://bit.ly/marco22_37

Só para esclarecer, eu tenho o Inshot, CapCut, VLLO e outros no meu smartphone e as


vezes produzo um vídeo usando mais de um aplicativo. Cada aplicativo oferece recursos
diferentes.

Gravando vídeo com captura de tela


Existem alguns softwares/aplicativos que permitem criar vídeos capturando as ações na
tela, alguns são off-line e outros on-line. Vamos tentar trabalhar um aplicativo simples que pode
ser utilizado com acesso à internet. O Apowersoft é gratuito, permite gravar sua tela, sem limite
de tempo, no formato mp4.

Vamos identificar esses aplicativos, por intermédio dos vídeos a seguir:

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http://bit.ly/3Hr0wDn https://bit.ly/marco22_39 https://bit.ly/marco22_40


Apowersoft Seu desktop PowerPoint

Era possível fazer captura da tela com YouTube, na página de eventos ao vivo (mas agora
tem que ter uma quantidade de seguidores). Para o desktop sugiro buscar e ver sobre OBS
Studio.
A pergunta é: para que eu preciso gravar minha tela? Digamos que queira ensinar seus
alunos o uso de algum recurso e não consegue descrever os passos, faz com captura de tela e ele
consegue ver mesmo à distância.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Nessa etapa temos muitos recursos, como vimos podemos criar um vídeo com diferentes
ferramentas.
O vídeo é um recurso muito importante, pois desperta o interesse do outro, muito mais
que um texto. Sendo assim, é necessário desenvolver um planejamento, considerando áudio e
imagem, recursos que devem aparecer além da imagem do contexto principal. Nesta etapa vou
apresentar alguns recursos.

EDITANDO ÁUDIO
Vamos pensar? Se eu for desenvolver o vídeo em que serei o narrador, preciso de
cuidados com a voz. Em geral, quando conversamos temos os pigarros, os “ehhhhhh”, “i
esqueci”, uma respirada mais profunda, um cachorro que late ao fundo, um carro que buzina....
e, assim, vários outros elementos que não queremos que apareça no áudio. Nesse caso, sugiro
um editor de áudio para sua narração. Um editor de áudio bem simples é o Audacity.
No vídeo a seguir temos uma demonstração para iniciantes.

https://bit.ly/marco22_41

Uma dica que o vídeo não mostra é como apagar uma parte do áudio, para deletar uma
parte é só marcar o trecho que deseja excluir e clicar a tecla “Del”, simples assim. Outra dica
de ouro é que ao gravar um áudio coloque tecidos pendurados nas janelas e paredes, quanto
mais grosso melhor, se possível colchão, ou abra as portas dos armários de roupas. O tecido
absorve as ondas sonoras e evita o eco, diferente do vidro e das paredes.
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Se ao gravar um texto errar na pronúncia, para e refaz desde do início da frase, sem
parar de gravar, depois apaga com editor de áudios.

A VOZ
Um dos recursos que usamos de forma abrangente, seja no vídeo ou em uma
apresentação, é a voz. Já pensou como essa ferramenta é importante?
Trago mais um vídeo, agora específico de como colocar a voz como ferramenta. Esse
vídeo é um dos vários da área de voice design, voltados para EaD, mas que se encaixa muito
bem para nós.

https://bit.ly/marco22_42

GRAVANDO SUA IMAGEM


Vamos pensar agora em gravar um vídeo com você na tela. Como faria, o que usaria,
como seria o cenário, qual seria a roupa?
Começa definindo o quadro (espaço delimitado pela tela do vídeo), em que você deve
escolher a sua posição em relação ao ambiente, como no centro ou na regra dos terços.
Caso precise dividir o ambiente com alguma informação, provavelmente não estará não
centro da tela. Então, pressupõe que irá empregar dos terços. Dividindo a tela em nove partes:
imagina três faixas horizontais se cruzando com três verticais. Essa divisão lhe mostrará o vídeo
em três terços na horizontal e na vertical.

Outra questão é o plano.


A imagem ao lado, seria um plano
geral, em que parece de corpo inteiro e na
regra do terço, onde ocupa dois terços do
plano. Em um plano americano a pessoa se
posiciona no cenário da coxa da perna para
cima. Em um plano médio, a imagem do
apresentador fica da cintura para cima. O
plano close, não visa a regra dos terços,
pois o objetivo é só o rosto da pessoa, o
cenário só completa o quadro.
Na imagem ao lado podemos entender que
no plano close qualquer inserção de um
recurso visual poderia incomodar. Então,
Plano não é um plano para ser usado em todo
Plano médio Plano close vídeo. Apenas para dar destaque em alguma
americano
etapa.

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CENÁRIO, um assunto importante: esse elemento deve passar


credibilidade e segurança. As paredes devem ser foscas e de
preferência neutras, permitindo absorver a luz e dar iluminação ao
ambiente. A iluminação do cenário é muito importante, você deve ter
a fonte de iluminação na sua frente e a câmera de gravação
posicionada entre a luz e você. Se você não tiver luz natural
suficiente, a iluminação pode estar em dois ou três pontos.
Se gravar com auxílio da lâmpada de teto não se posicione
abaixo da fonte de iluminação, pois gera sombra no rosto.
Em caso de luz artificial, a iluminação principal e a de preenchimento devem estar em
45º graus da frente do objeto principal e da captação de imagem.
As paredes não devem ser lisas, é necessário dar noção de profundidade. Pode ter uma
imagem ou uma textura (parede de tijolinho), mas não deve chamar mais atenção que o objeto
principal do vídeo.
Assim, também, deve ter um consenso na sua roupa. Evitar ao máximo o listrado,
quadriculado e poá. Esses elementos de estampa podem provocar o efeito “moiré”, que é a
sobreposição das estampas durante o movimento do apresentador. Não esqueça, na transmissão
pode ocorre que o receptor tenha um padrão de visualização, não muito bom, o efeito moiré
pode já ser natural nesse caso para o receptor, uma estampa pode contribuir para esse efeito
desagradável. Mas, não use roupas que se anule no ambiente. Por exemplo: o vídeo está sendo
gravado, e você se posiciona sentado em um sofá de cor bege, por isso resolveu colocar uma
roupa bege, muito próxima ou igual a cor do sofá. Nesse caso você vai “sumir” na cena. Mesmo
que não seja o objetivo aparecer, isso causa um desconforto. O mesmo é usar uma roupa branca
com muita luz. Esse caso se diz que vai “estourar” os brancos, é um efeito desagradável
também.

ROTEIRO
Até aqui falamos de “você” no vídeo e sua interação, mas, e o vídeo? Exato, temos que
planejar o vídeo. Qual o formato? O que vai “entrar” no vídeo na hora de editar, para
complementar sua narração? Esses elementos vão interferir também no cenário e na sua
posição no plano. Se não planejar os elementos e gravar no plano close, vai colocar imagens ou
texto na frente de seu rosto.
Pensando assim, talvez o melhor plano seria o americano ou meio plano. Pois, poderia
colocar na parte de baixo do vídeo uma legenda, por exemplo. Isso, logicamente, não define a
regra dos terços, apenas o plano. Ainda temos que pensar se vai entrar alguns recursos extras.
Nesse caso, seria definir a regra dos terços. Pois, se vai aparecer uma imagem para facilitar sua
explicação, você deveria estar ao lado dessa imagem (ou abaixo), logo, ou você ou a imagem
ocupará um terço do vídeo.
Outro elemento é o formato.
4:3 🡪 formato de televisão e monitor. Esse formato não é mais comum, mas, já foi.
16:9🡪 formato widescreen é formato retangular com a base maior que aas laterais. É o
formato mais comum hoje pelas telas e a própria imagem das televisões atuais.

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ALGUNS FORMATOS ESPECIAIS SÃO CRIADOS PRINCIPALMENTE DEVIDO AO USO DE CELULAR.


1:1 🡪 é o formato quadrado comum nas redes sociais.
4:5 e 9:16 🡪 formato retangular com a base menor que as laterais. O layout de 4:5 é
bem comum nas mídias sociais atuais e geralmente a definição da imagem fica entre 800x1000
ou 1080x1350 px. Já o 9:16 é mais comum o 1080x1920px
Os formatos terão tamanhos diferentes, conforme a aplicação. Por exemplo um formato
1:1 pode ser 400x400px, 1200x1200px, 1080x1080px.... As apresentações dos formatos, no
display do smartphone, podem variar também como se usa o aparelho.

Mas, roteiro vai além, aliás, esses elementos são partes do planejamento, o roteiro é uma
das etapas do planejamento. A parte importante no planejamento do roteiro traz o texto a ser
lido, o recurso a ser apresentado e também os recursos complementares que serão adicionados
ao vídeo na etapa de edição. Existem vários modelos de roteiro para vídeo, a nossa sugestão é
fazer em duas colunas: uma com o áudio (texto a ser lido) e outra com o vídeo (elementos de
cena). Esse planejamento deve ser organizado em cenas. CADA CENA É UM PLANO.

Cena 1- Plano americano - Narração em legenda (terço inferior)


VÍDEO (ELEMENTOS E POSIÇÃO NA CENA) ÁUDIO (TEXTO OU NARRATIVA)
Imagem: “celular” com os formatos de vídeo As telas atuais podem receber diferentes tipos de formatos de
(1 terço – lado esquerdo) imagens. As mais comuns são a 9:16, que é o smartphone na
Apresentador (2 terços lado direito) vertical e a 16:9, que o aparelho posicionado na horizontal.
Apresentador (plano geral ao centro) Os formatos de streaming de vídeo podem se adaptar a sua
conexão e esses formatos não tem haver como formato de
apresentação.
Apresentação é o layout da tela, streaming é o padrão de
transmissão, como exemplo a Netflix é um streaming que
emprega o formato de tela 16:9
Cena 2 – Plano geral - Narração em legenda (terço inferior)
Imagem: regra dos terços (2 terços vertical) (voz) nessa imagem observamos a representação da regra dos
com silhueta no terço direito terços em que o apresentador está ao lado ocupando um terço
Lettering: Regra dos terços da tela a direita.
Imagem: regra dos terços (2 terços vertical) (voz) agora observamos um possível apresentador com seu
com silhueta no terço direito e recurso nos recurso visual. Nessa representação do plano o destaque é o
dois terços esquerdo recurso, mas o apresentador está em cena.
Cena 3 – .......

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Nota: lettering é um termo em inglês usado para designar um texto desenhado, uma arte
no formato de texto. No roteiro, o termo indica um texto na tela (uma frase explicativa). Mas não
é um texto do tipo: “Essa é uma panela de cerâmica vermelha que se pode levar ao forno”,
nesse caso o lettering seria apenas: “panela em cerâmica” e a imagem apresentaria a cor
vermelha e a funcionalidade de assadeira.

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TÓPICO: Lúdico na rede social digital


Objetivo da etapa: identifica o YouTube como rede social digital e meio de
divulgação de recurso lúdico, como a paródia.

Divulgar os recursos pedagógicos em rede social digital


Nesse tópico vamos conhecer um pouco mais de um recurso bem simples: o ambiente do
YouTube (YT).
O vídeo a seguir apresenta uma evolução das redes sociais no período de 2002 a 2020.
Em 2005 o YT foi lançado pelo grupo Google e, no ano seguinte, passa para o segundo lugar
entre as redes sociais. Oscila para o primeiro e retorna para o segundo.

https://www.youtube.com/watch?v=JJDQB1_eqmk

Em pesquisas na web, vai observar que o YT é a segunda rede social apontada por sites
de marketing, inclusão digital e pesquisas sociais neste ano. Então, qual é o motivo de falar da
segunda e não da primeira? Na verdade, o que estamos querendo nesse tópico é o recurso de
divulgação que nos permite o YT. O vídeo publicado no canal do YT pode ser usado em vários
outros ambientes. E, além de alcançar diferentes públicos, permite interação com outras redes
sociais.
O que estamos propondo é o emprego dessa tecnologia com suporte ao processo de
ensino e suas interações com várias redes e recursos digitais. Para isso, vamos conhecer um
pouco sobre o YT.
Como criar canal no YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=JmvdmnI_Q9g

Fazer lives no YouTube

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https://www.youtube.com/watch?v=CuKeiojrFns

Curadoria de conteúdo (playlist) no YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=9NlGHTZqdNI

Legendar vídeo no YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=CME_VC04nwk

Paródia: O lúdico no digital


O YouTube é um mecanismo que nos permite divulgar e até ter uma lista de atividades.
Mas, estamos propondo aqui uma forma lúdica de usar o recurso do ambiente digital. Vamos
falar de paródia! Ou melhor, vamos fazer uma paródia? Isso mesmo, não é complicado. No vídeo
abaixo tem um exemplo:

https://www.youtube.com/watch?v=4_WXsslKMuo

Estamos falando de inclusão, uma das formas mais comuns de incluir é a leitura de
legenda. Seja qual for (fazer ou achar na internet) tem que vir com o arquivo de legenda.

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LEGENDA NO (DO) YOUTUBE
Se você montar uma playlist de um determinado conteúdo, você cria um canal, mas como
se fosse um processo de ambiente virtual de ensino. Nesse contexto, existem vários canais
interessantes como YouTube Edu (https://www.youtube.com/c/educacao), GEG
(https://www.youtube.com/channel/UCMZJKaUg8qyU1gMxARWHTNw), Oficina do Estudante
(https://www.youtube.com/user/oficinadoestudante), Me Salva
(https://www.youtube.com/user/migandorffy) ... entre outros.
Além da questão de o YouTube ser uma plataforma que nos permite diferentes conteúdos
e ambiente virtual de variados conhecimentos, também, nos permite “depositar” arquivos para
“linkar” em outros meios, que em geral, não suporta ou não nos permite o envio de arquivo
considerados “grandes”.
Mas uma das questões importantes é a legenda. O YouTube faz a legenda de forma
automática, se quiser ele até traduz para outro idioma. Isso permite que nosso conhecimento vá
para além das nossas limitações físicas. Mas, a inteligência artificial por traz da leitura nem
sempre é compatível com a nossa forma de falar. Por isso, podem ocorrer erros na geração de
legendas automáticas.
Uma solução legal é você usar o YouTube para gerar a legenda inicial, e depois corrigir.
A correção pode ser feita diretamente na interface do YouTube. Ou, também em um
arquivo no seu computador e depois subir. Eu geralmente uso esse recurso. Ou, se preferir, ler
aquela palestra depois, pode baixar a legenda e ler quando der.
Para fazer o download eu uso o site dowsunb (https://downsub.com/). Observe a
sequência das imagens como eu faço.

Tela inicial Etapas para baixar

Na página já identifica o local para colar o endereço do vídeo (nr 1) e apenas clicar
para baixar (nr 2). Após essa etapa, aparece abaixo o nome do vídeo e as opções de baixar SRT
e TXT (nr 3). Para o arquivo de legenda tem que usar o formato SRT.
O arquivo de legenda pode ser aberto no bloco de notas. A diferença entre os dois tipos é
na marcação do tempo que ocorre no arquivo SRT

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Arquivo SRT Arquivo TXT

PARODIAR PARA ALUNO LEMBRAR


Quanto a paródia, acho que inicialmente devemos falar dos direitos autorais:
A lei 9.610, de 1 de fevereiro de 1998, apresenta no seu texto:

Art. 46. Não constitui ofensa aos direitos autorais:


I - a reprodução:
[...]
d) de obras literárias, artísticas ou científicas, para uso exclusivo de
deficientes visuais, sempre que a reprodução, sem fins comerciais, seja feita mediante o
sistema Braille ou outro procedimento em qualquer suporte para esses destinatários;
[...]
VI - a representação teatral e a execução musical, quando realizadas no recesso
familiar ou, para fins exclusivamente didáticos, nos estabelecimentos de ensino, não
havendo em qualquer caso intuito de lucro;
[...]
Art. 47. São livres as paráfrases e paródias que não forem verdadeiras
reproduções da obra originária nem lhe implicarem descrédito.

Ou seja, a lei apresenta que respeitando a não reprodução total, não denegrir a obra e o
uso para atender a pessoa com deficiência (no caso visual) ou educacional sem fins lucrativo,
não contrai problema de direito autoral. Por tanto, é desnecessário pedir autorização para fazer
uma paródia, para usar no processo didático do professor. Assim, considerando o emprego
educacional, não podemos considerar a paródia como reprodução de plágio nem recurso
abusivo. Mas, podemos dizer que se trata de um produto que possui uma base bem
caracterizada.
A paródia é, em si, uma releitura de uma obra conhecida. Essa obra pode ser uma
música, uma imagem, como a Mona Lisa, ou um poema. O emprego desse recurso visa facilitar
a construção do conhecimento do aluno.
Em geral, a paródia captura a atenção pelo lado cômico empregado, além, é lógico da
obra que será parodiada, ser amplamente conhecida pelo público que é destinada. O uso de
recurso lúdico torna a aprendizagem mais atrativa. Afinal quem não lembra das famosas frases
da tabela periódica? Eu lembro do meu professor cantando algumas dessas.
Esse processo lúdico, vai trazer além da emoção, sentimento para a construção de um
recurso que vai transpassar a linha do tempo. Ou seja, vai “quebrar”, ou amenizar, a curva do
esquecimento.
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Então, para finalizar esse conteúdo, deixo o vídeo que é uma oficina de paródia.

https://www.youtube.com/watch?v=M1yLL1Rr3sU

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TÓPICO: Planejamento de Material didático digital


Objetivo da etapa: começar a desenvolver a atividade final. Nessa etapa
vamos entregar o planejamento, para isso foi desenvolvido um texto
voltado com várias orientações.

Atividade final - planejamento

Desenvolver o material didático


A proposta é o desenvolvimento de recursos didáticos, usando como base a metodologia
EaD (com temas selecionados por cada participante). O objetivo é iniciar pelo planejamento para
desenvolver o projeto com as ferramentas que conhecemos durante o curso, mas, também é
possível a utilização de diferentes recursos disponíveis na web 2.0.
Ressaltamos a questão de planejamento para essa etapa.

"O planejamento não é uma tentativa de predizer o que vai acontecer. O planejamento é
um instrumento para raciocinar agora, sobre que trabalhos e ações serão necessários
hoje, para merecermos um futuro. O produto final do planejamento não é a informação:
é sempre o trabalho." (Peter Drucker)

Antes de iniciar a tarefa, caso não tenha realizado o plano de aula ou resolveu alterar o
que foi planejado, vamos relembrar nossa aprendizagem das diciplinas de didática:
1º Defina a etapa educacional (Ed. Infantil; ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS OU FINAIS;
Ensino Médio), o componente curricular, unidade temática ou campo de experiência (se for
Ed.Infantil), objeto de conhecimento e habilidade(s), de acordo com a Base Nacional Comum
Curricular. Para ter acesso à Base, clique aqui. (http://basenacionalcomum.mec.gov.br/).
2º - Defina a habilidade
Isso é o principal para o conteúdo da disciplina ou de uma aula.
3º - “Trace” os objetivos
Os objetivos devem apresentar o que o aluno vai aprender.
Aqui também é necessário delimitar o tempo necessário para atender os objetivos
pensado.
4º - Defina sua metodologia para apresentar o conteúdo e avaliar o processo de ensino e
aprendizagem.
Lembre-se que as atividades colaborativas ajudam não só a aprendizagem como
também facilitam o emprego de tarefas mais elaboradas.
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5º - Identifique os recursos didáticos e materiais que serão empregados. Não se esqueça


que os recursos e materiais empregados necessitam ser INCLUSIVOS, ou seja, deverá atender a
todos os alunos sem distinção.
6º - Detalhe o desenvolvimento
Atividades bem planejadas e simples possuem maior possibilidade de êxito.
Dicas:
- Coloque-se no lugar do aluno, tente ser o mais simples e direto possível.
- Planeje a bibliografia, pois esse é o apoio do professor.
- Não se esqueça que irá planejar um recurso que está no ambiente virtual.
- Crie check-list das tarefas para facilitar o seu controle
- Sempre que possível não pense apenas como uma única intervenção, ou um
plano de aula, mas como uma sequência didática.
Antes de iniciar a leitura do material sugiro assistir ao vídeo de apresentação do curso de
produção de material didático para EaD. É apenas uma apresentação de curso, contudo, dá boas
dicas quanto a questão da necessidade de desenvolver um bom material.

https://goo.gl/xZ9aDA
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CARGA COGNITIVA: UM PROBLEMA DO “COMO” E “O QUE” ENSINAR.


Para desenvolver um material para o ensino, é necessário entender que o
indivíduo adquiri o seu conhecimento utilizando os sentidos. Quanto maior for a
experiência mais facilitada será a aprendizagem. Contudo, ao usar as TDIC,
devemos ter cuidado para não produzir materiais com sobrecarga cognitiva [6].
Ao elaborar um material didático deve-se considerar a aprendizagem de
forma eficiente ponderando o uso coerente da carga cognitiva: a complexidade do
assunto (intrínseca); as informações que são impostas pelas atividades, portanto, são relevantes;
e as atividades que são irrelevantes, logo, desnecessárias.
O esforço cognitivo está relacionado aos recursos necessários como a percepção,
memorização, nível de abstração, etc., para o indivíduo conseguir compreender o
conteúdo. A aprendizagem com material multimodal apoiada nas TDIC pode
provocar uma sobrecarga cognitiva. Um texto multimodal, por permitir usar o
formato escrito, verbal e visual, obriga o emprego dos sensores, como visual e
auditivo [6].
Um texto escrito aliando a uma animação pode ser uma sobrecarga, assim como, é uma
sobrecarga cognitiva criar materiais que reproduzam simultaneamente uma animação e uma
narração de um assunto complexo [6].

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Os princípios de redução da carga cognitiva são a redundância (imagem e áudio ou


simulação e palavras chaves), coerência (simples e objetivo), temporalidade, representação
múltipla, esquemas gráficos.
Excesso da capacidade cognitiva Redução da sobrecarga

Visual (texto e Auditiva (narração e Visual e auditiva (texto, Reorganize os recursos em


animação) música de fundo) animação e narração) visuais e auditivos (palavras
chaves e narração)

Excesso da capacidade cognitiva Redução da sobrecarga

Carga cognitiva sensorial mais a complexidade do Segmente o contexto e diminuir a carga cognitiva,
contexto usando palavras chaves.

Para conhecer um pouco mais sobre a carga cognitiva, assista o vídeo sobre as duas
regras da teoria da carga cognitiva, da DIDATICs[1] no endereço:
https://www.youtube.com/watch?v=XMKolkxw7iI.

MATERIAL DIDÁTICO INCLUSIVO

Segundo o Artigo 59, do Capítulo V, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional


(LDB):
Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais,
currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para
atender às suas necessidades além de professores do ensino regular capacitados para a
integração desses educandos nas classes comuns [8].

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Neste cenário, muitos professores em exercício e até mesmo futuros professores em


formação inicial, não levam em consideração que o aluno com deficiência deve possuir o mesmo
nível de exigência de qualquer outro aluno em aprendizagem e “que deveriam estar preparados
para planejar e conduzir atividades de ensino que atendam as especificidades educacionais dos
alunos com e sem deficiência” [9, p. 379].
Sendo assim, a adaptação de materiais didáticos torna-se necessária no processo de
construção do conhecimento, o que inclui os materiais tecnológicos [10]. O Decreto Nº 186/08,
que aprova o texto da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, recomenda a
garantia de igualdade de oportunidades em todos os segmentos (Artigo 9). Algumas
recomendações indicam o desenvolvimento e o acesso às Tecnologias da Informação e
Comunicação:

f) Promover outras formas apropriadas de assistência e apoio a pessoas com deficiência,


a fim de assegurar a essas pessoas o acesso a informações;
g) Promover o acesso de pessoas com deficiência a novos sistemas e tecnologias da
informação e comunicação, inclusive à Internet;
h) Promover, desde a fase inicial, a concepção, o desenvolvimento, a produção e a
disseminação de sistemas e tecnologias de informação e comunicação, a fim de que
esses sistemas e tecnologias se tornem acessíveis a custo mínimo [11].

Diante disso, Manhães[10] elaborou alguns recursos didáticos inclusivos tornando-os


acessíveis às pessoas com deficiência auditiva e visual, também podendo ser usados pelos
demais alunos. Dentre as inúmeras possibilidades, Manhães [10] adotou a História em Quadrinhos
(HQ) e animação em vídeo. As TDIC utilizadas foram: a plataforma on-line de criação de
animações, Powtoon que foram exportadas para o YouTube. Já as edições para inserir a janela de
intérprete de LIBRAS, a legenda e o áudio foram feitas nos programas VSDC e o MovieMaker.
As HQ foram elaboradas em uma ferramenta on-line chamada Toondoo. Para tanto, a fim de
torna-las acessíveis aos alunos com deficiência auditiva e visual, Manhães[10] optou em
transformá-las no formato de vídeo utilizando o PowerPoint e MovieMaker e assim inserir a
audiodescrição e a janela de LIBRAS com o programa VSDC.
Esta é apenas uma das infinitas possibilidades de criação de material/recurso didático
inclusivo a partir do uso de TDIC. Vamos colocar a “mão na massa” e criar novas possibilidades
inclusivas adotando-as como recursos didáticos digitais orientadas pelas habilidades da BNCC?
Confira a seguir algumas dicas.

DICAS PARA O “COMO” DESENVOLVER MATERIAL DIDÁTICO


Incialmente é preciso de uma estratégia. Essa estratégia seria: definir o seu conteúdo e o
público alvo, se atualizar e delimitar o tema. Desse ponto é possível escolher os recursos das
TDIC a serem trabalhos, fazer um planejamento, para então executar e após concluído avaliá-lo.

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Então aqui vão algumas dicas:


1) Definir: desenvolva uma linha de raciocínio que aborda uma introdução para localizar
quem irá usar o material, o desenvolvimento – qual é o conceito principal – e, uma
conclusão. Delimite bem o tema antes de construir um roteiro. Após isso crie um
storyboard: linha do tempo (roteiro cronológico), identifique as cenas chaves, para
dedicar mais tempo nesses eventos, estabeleça o nível de detalhamento (está
relacionado a delimitação do tema), descreva cada cena.
2) Planeje o tempo: pense no tempo como se fosse ensinar em sala de aula e para que
seu aluno assimile. Se o recurso precisar se longo (acima de 10 min) repense se é
possível dividir, caso contrário, crie motivações para que o usuário consiga raciocinar
e também os motive.
3) Inclua todos os alunos: ao pensar no material não se esqueça que ele deve ser
verdadeiramente inclusivo, ou seja, deve considerar alunos com e sem deficiências
físicas ou cognitivas. Como são muitas as questões, para um recorte, sugerimos o
desenvolvimento de um material que atenda às necessidades de alunos com
deficiência visual, auditiva e alunos sem deficiência. Porém, caso queira escolher
algum outro tipo de deficiência, fique à vontade, mas não esqueça de mencioná-la e
incluir todos os alunos.
4) Diga “para a que veio”: na construção do material, logo de início comente sobre o
resultado esperado, de forma clara e sucinta e, se possível, com exemplos do
cotidiano do público alvo. Isso demonstrará que domina e compreende o assunto,
além de criar uma motivação.
5) Seja sempre objetivo: se desviar do conteúdo, mesmo que seja para esclarecer um
pré-requisito, torna o material “chato”. Se há pré-requisito, apenas mencione,
preferencialmente logo de início.
6) Seja natural e espontâneo: não use linguajar técnico demais, se for necessário use uma
imagem esclarecedora. Também não seja cômico, uma boa dose de humor agrada,
mas o excesso incomoda. Evidencie de forma clara ao mencionar os objetivos. Ao
finalizar o material didático, indique como o aluno pode aprofundar ou seguir o
contexto ensinado.
7) Dê exemplos claros e não ambíguos: caso o assunto seja complexo e precise dar
algum exemplo lúdico, seja claro que é apenas uma forma comparativa. Não
mencione, por exemplo, expressões de linguagem que querem definir intensidade,
como “está chovendo para cachorro”, “fala pelos cotovelos”...

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Caso necessite, use a expressões de linguagem, mais esclareça. Por exemplo: “vou
exemplificar de forma figurada para entender o que é uma encapsulação de
protocolos. O processo lembra as camadas de uma cebola. Onde cada protocolo
recebe uma nova camada por cima da camada anterior”.
8) Avalie: faça uma autoavaliação e peça ajuda de outras pessoas para avaliar (colegas
da área, um colega que revise o texto e se possível até uma pessoa que não conheça o
conteúdo, para medir o quanto ele aprendeu com seu material).
9) Assista o vídeo sobre cinco dicas essenciais para a produção de mídias didáticas da
DIDATICs [1], no endereço: https://youtu.be/bimT8nIBGck.

10) Use recursos e linguagens inclusivas: evite a “figura de linguagem”; não produza
ambientes monocromáticos, que o torne confuso, nem com excesso de cores, que o
torne complexo; a dificuldade de aprendizagem e falta de atenção podem ocorrer pela
complexidade, falta de objetividade e generalização; considere a imagem antes do
texto escrito ou narrativo; use no máximo dois recursos cognitivos; use imagens com
boa definição; use fontes coerentes e tamanhos adequados, para não dificultar a
leitura; e, sempre procure usar o centro do recurso (em caso de vídeo o centro da tela,
em caso de apresentação o centro do slide...). Ao desenvolver um material didático
com as TDIC, pense na possibilidade de ser incluído um tradutor de libras.
Procure organizar para que não ocorram mais de uma pergunta por vez e
contextualizar sempre o enunciado.
11) Fique atento para o direito autoral: todo material deve conter alguma forma de
identificar a autoria. Tal questão faz parte da Constituição Brasileira (Art 5º, incisos
XXII, XXIII, XXVII e XXVII) e de legislação específica, contudo, os recursos das
TDIC parecem tornar essas relações banais, mas não são. É necessário considerar os
direitos de sua produção e de onde foram extraídos recursos e conhecimento. Bem
como, se a autoria está vinculada a uma instituição ou órgão, sempre que possível
deve fazer menção.
12) Material Didático Digital (MDD) para ambiente EaD ou presencial?: material didático
com recursos das TDIC são sempre recursos de aprendizagem e devem ser
respeitados as diferenças, entretanto, existe uma literatura muito mais preocupada
com a confecção de MDD para EaD. Mas, ao considerar que o material da EaD deve
ser “mais completo”, pois, não temos o aluno presente e, ele deve aprender por si
próprio, também podemos considerar que qualquer recurso para EaD é (ou deve ser)
viável para uma aprendizagem presencial.
13) MDD para ensinar ou aprender?: primeiro vamos questionar: ao desenvolver um
recurso qual a finalidade? Em geral, desejamos que ao utilizar o material o aluno

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aprenda, logo, dentro desse contexto, deve-se considerar que o material seja para
aprendizagem e, portanto, é material voltado para o aluno, por isso, os objetivos são
menções às quais esse deve alcançar. Você pode ter objetivos para o
desenvolvimento, mas não, necessariamente, é o objetivo do recurso.
14) Como pensar o projeto?: o desafio para criar um material didático envolve muitos
quesitos. Por isso, sugiro que reflita que o projeto deve ser pensado, repensado,
testado, para que não aconteçam surpresas. Observe a figura a seguir:

Considerando as sequências das janelas: na primeira é apresentada a explicação do


que se pretende com o projeto; na segunda, o que é esperado; na terceira, o que se fez.
Aqui começam a surgir os problemas, pois a imagem passa nitidamente que não
houve nenhuma funcionalidade implementada, apenas uma perda de tempo; na quarta
janela é visualizada uma gambiarra para salvar o projeto. E essa alteração não tem
funcionalidades, bem como não vai ser um projeto duradouro; na quinta janela, é
apresentado o que realmente se queria.

Como DICA IMPORTANTE, reafirmo que antes de iniciar um planejamento para criação de
material didático, é coerente questionar-se: eu domino e estou atualizado sobre o conteúdo? e,
eu estou familiarizado com o público alvo? Ou será necessário realizar uma pesquisa sobre o
que tem sido desenvolvido e ensinado sobre esse conteúdo para esse público? E, na hora de
pensar o projeto para desenvolver seu material didático, PENSE NAQUILO DE QUE PRECISA E NÃO EM
UMA SUPERPRODUÇÃO. Visualize o que pode envolver do possível conhecimento já existente do
aluno e, principalmente, como aproveitar isso (Aprendizagem significativa).

REFERÊNCIAS DESTA ETAPA


[1] DIDATICS. O que é um boa experiência de aprendizagem?. Direção de Humanamente.
Coordenação de Amanda Amorim Costa e Silva. [s.l.]: Didatics, 2016. 1 (2:18 min.), Mpeg, son.,
color. Série Educação. Disponível em: https://youtu.be/zrCUBBMjkZo. Acesso em: 14 maio 2019.
[2] SOUZA, F. N. de; MOL, G. S. Livro didático digital de química: princípios para a construção em
tabletes. Enseñanza de las ciências: revista de investigación y experiências didáticas. Anais[...]
Girona, Espanha: Enseñanza de las ciências, 2013.
[3] BECK, C. Ciências Agógicas: as ciências da educação. Andragogia Brasil. 2017. Disponível em:
https://andragogiabrasil.com.br/ciencias-agogicas/
[4] PRENSKY, M. Digital Natives, Digital Immigrants. On the Horizont, v. 9, n. 5, p. 1–6, 2001.
[5] LIMA, Artemilson Alves de; SANTOS, Simone Costa Andrade dos. O material didático na EaD:
princípios e processos. 2012. Disponível em:

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https://ead.ifrn.edu.br/portal/wp-content/uploads/2017/07/Producao_de_Material_Didatico_Curso_de
_Gestao_EaD.pdf. Acesso em: 15 maio 2019.
[6] GAMA, Maria João. Aprendizagem da História e TIC. [s.d.] Disponível em:
http://historiatic.yolasite.com/aprendizagem-multimedia-e-carga-cognitiva.php. Acesso em: 15 maio
2019.
[7] BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Curricular Comum: educação é a base. Brasília,
2018.
[8] BRASIL. Ministério da Educação. Presidência da República, 1996. Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional. Lei 9394/96 de 20 de Dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, ano 134, núm. 248.
[9] CAMARGO, Éder Pires de; NARDI, Roberto. Dificuldades e alternativas encontradas por licenciados
para o planejamento de atividades de ensino de óptica para alunos com deficiência visual. Revista
Brasileira de Ensino de Física, v.29, nº1, p. 115 – 126. São Paulo, 2007.
[10] MANHÃES, Larissa Ferreira. Desenvolvimento e Avaliação de Recursos Didáticos Inclusivos
para a Mediação do Ensino em Ciências em Ambientes Virtuais de Aprendizagem. 2019. 92f.
Dissertação (Mestrado em Ciências Naturais) – Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy
Ribeiro, UENF, Campos dos Goytacazes, RJ, 2019.
[11] BRASIL. Ministério da Educação. Presidência da República, 2009. Decreto nº 6.949, de 25 ago.
2009. Promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu
Protocolo Facultativo. Diário Oficial da União, Brasília, DF, ano 188.

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A propósito, você já pensou no uso da figura de linguagem?

É possível encontrar a definição de que a figura de linguagem é uma forma de


contextualizar para enriquecer ou suavizar a linguística. Não é pretensão dessa etapa discutir
uma classificação linguística, então, vamos considerar que em geral, a figura de linguagem, é
uma forma de facilitar o entendimento entre o locutor e o receptor. Esse recurso pode estar
ligado a várias questões: desde comparações até o sarcasmo.
Mas você já pensou que um indivíduo poderia interpretar a figura de
linguagem ao pé da letra? Isso pode ocorrer em alguns transtornos, que
apresentam uma inabilidade de compreender uma metáfora. Essa questão
(recurso linguístico) pode prejudicar a compreensão do contexto relatado em
algumas situações.
Em geral usamos muitas expressões no nosso cotidiano que nem prestamos atenção,
como: “barulho infernal”, “fala pelos cotovelos”, “matar a sexta-feira” ...

Nas duas imagens anteriores temos o André, o personagem de Mauricio de Souza com
transtorno do espectro autista interpretando “ao pé da letra” e “fala pelos cotovelos”, o que lê

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e ouve de forma figurada se transforma em uma imagem. Lembre-se sempre do André, ao


desenvolver seu material didático.

Aproveitando, vamos observar a cena e “dessecá-la” para ver as cores e tamanhos.


Na imagem que o Cebolinha conversa com André, note que o destaque é o pensamento
do André, por isso, esse elemento está maior que os demais itens da cena e, com destaque em
volta (brilho branco), o fundo é cinza claro, assim como, o balão do Cebolinha está em cinza,
porém, mais em tom forte, pois, esses são os itens que desejamos que sejam observados.
No cenário que criei, os personagens estão na sua cor original, mas, coloquei um
cercado entre eles, usando tons de marrom, que ajudam a “anular” um pouco os personagens.
O Cebolinha e o André são identificados na composição do cenário. Ou seja, de forma sumária,
a cena seria descrita como uma mensagem emitida pelo Cebolinha que o André interpretou ao
“pé da letra”.
Mas, qual a razão que empregou tons marrons? Usei o cercado marrom (que
originalmente era mais avermelhado), pois, a cor da pele dos dois personagens era em tons
próximos ao marrom. E a imagem projetada no pensamento do André (mulher falando) eu dei
um tom mais avermelhado e realcei os brancos, esse efeito chamou mais atenção para essa área
do cenário.
O tom de cinza no balão do Cebolinha, colocado em primeiro plano, também deu
destaque na frase que ele estaria pronunciando. A fonte escolhida é o Calibre, pois é mais
arredondada e, por isso, mais fácil.
As fontes podem ser classificadas em: Serif (pequenos traços e prolongamentos que
ocorrem ao final do traçado do caractere); San Serif (traços mais limpos e sem os
prolongamentos); e, decorativas (traçados complexos e ornamentados).
Fontes Serif (documentos) Fontes San Serif (meios digitais) Fontes Decorativa (convites)
Times New Roman Verdana Lucida
Garamond Calibri Papyrus
Georgia Arial Broadway
Palatino Parchment

Outra questão é a possibilidade desse cenário ser impresso em tons de cinza (impressora
com toner preto), ainda assim, estaria legível e com destaque para a fala do Cebolinha e o
pensamento do André.

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COMO IDENTIFICAR AS EVIDÊNCIAS DE APRENDIZAGEM?


Essa indagação nos remete aos objetivos de aprendizagem e logicamente como resposta,
teremos: por um teste. Ou seja, estamos falando da AVALIAÇÃO.
É primordial debater a questão de que “[...] nossas práticas de avaliação são
atravessadas por duas lógicas não necessariamente excludentes: a formativa e a somativa”
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(CHUEIRI, 2008). E, que, a avaliação é um ato continuo e cumulativo “do desempenho do


aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao
longo do período sobre os de eventuais provas finais;” (BRASIL, 1996, art. 24)
É necessário identificar que a avaliação contínua é uma motivação ao processo de
construção do conhecimento. Assim sendo, a avaliação é uma forma de medir, este também é a
identificação de uma necessidade do (re)planejamento de uma disciplina e, das estratégias de
ensino, não é apenas um método classificatório (LITTO; FORMIGA, 2009, p. 159).
Precisamos indagar, para nós mesmos, várias questões: É importante a prova como um
instrumento para avaliar ou medir a aprendizagem? Para você “prova” identifica a
aprendizagem ou o quê o professor ensinar? As “provas” ou “exames” são formas de avaliar
condições previamente treinadas e estipuladas pelo processo de ensino. O que você acha dessa
afirmação? Em qual momento o docente tem, ou teve, em sua formação filosofia sobre “o juízo”
ou formação na competência do "jugo" que permita refletir em uma avaliação social, qualitativa
e relacionada ao conteúdo? A avaliação pode servir como meio de controle de qualidade, para
assegurar que cada ciclo novo de ensino e aprendizagem alcance resultados tão bons ou
melhores do que os anteriores? Não é possível esquecer da questão atual: como avaliar com
tantos recursos digitais e, [DESTACO A REALIDADE DO ENSINO REMOTO] como avaliar no ambiente de
ensino remoto ou da Educação a Distância?
Em geral “brigamos” com tantos conceitos e não damos uma solução, pois, são muitas
questões e poucas opções. Afirmamos que é um instrumento opressor, mas, nele permanecemos.
A avaliação, segundo Faganello, Reis e Guimarães (2016) “é um processo complexo, em
geral visto por professores como trabalhoso e pelos alunos como difícil, desagradável e
amedrontador”. Assim, o processo não deve ser meramente um teste para “medir o
conhecimento”. Nesse contexto, o processo avaliativo com objetivo de obter resultados entre o
cognitivo e o comportamental, “não limitada ao mensurável”...
Por isso, é importante identificar a solução a ser empregado no procedimento da
avaliação, principalmente quando o contexto é o ambiente virtual. O processo avaliativo,
segundo Gomes (2009), deve permitir uma avaliação crítica e reflexiva. A autora apresenta
vários recursos e, entre eles, o Mapa Conceitual (MC). O MC permite a avaliação diagnóstica,
formativa e somativa, por meio de elaboração de versões sucessivas de um tema. O método
sucessivo, vai possibilitar acompanhar o progresso do aluno.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 – LDBEN, alterada por
outros dispositivos, define que os conteúdos, bem como as metodologias, as avaliações
processuais e formativas, são organizadas com atividades teóricas e PRÁTICAS. Podendo ser
desenvolvidas por meio de diferentes recursos, os quais possibilitem ao aluno demonstrar o
domínio dos princípios científicos e tecnológicos e conhecimento da linguagem contemporânea.
Assim também, na LDBEN está definido que terá prevalência o processo qualitativo. Ressalto
que, pelo instrumento regulatório não se observa a unicidade centrada em exame escrito, mas,
esse pode ser opcional, seja no ensino presencial ou no ambiente virtual.
Não é o caso de identificar a avaliação como um singelo processo de “ranqueamento”
quantitativo, discriminatório ou classificatório, mas, como feedback não concluído, o qual dele
se propõem melhoramentos contínuos. Por isso, vamos tentar dar uma resposta, não é a solução,
mas uma possível.
PROPOSTA: Considerando que o aluno reúna conhecimento para construir um MC, uma
questão viável, para aplicação de avaliação com o MC, é a apresentação de um texto científico e
solicitar a confecção de um MC, definindo que envie a imagem do MC.
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O importante é que na proposta fique claro os objetivos e o que será analisado. Por
exemplo, ao solicitar a confecção de Mapa Conceitual sobre Matéria e Energia é necessário
definir o nível de conhecimento e conteúdo que será observado.
A partir desta condição sugere-se as rubricas de avaliação, conforme o quadro.
Sugestão rubricas de avaliação formativa com Mapa Conceitual
Rubrica Descrição
O gráfico representa um MC (conceitos conectados por
Análise prévia verbos)?
Qua (pontuar até 10%) Agrupamento - usa recurso de grande nó?
litati O MC é legível?
vo Relações hierárquicas Um conceito específico e conectado a outro conceito
(Co (pontuar até 10%) mais geral?
nsid Terminologia (semântica) Os conceitos estão relacionados ao conhecimento
erar (pontuar até 15%) científico da área?
70% Relações válidas
O MC apresenta relações significativas?
) (pontuar até 15%)
Proposições
A relação entre os conceitos é válida?
(pontuar até 20%)
Qua Quantidade de relações válidas Considerar o total de relações criadas e o quantitativo
ntita (pontuar até 5 %) de relações válidas.
tivo Quantidade de ligações cruzadas Considerar a avaliação das Proposições (qualitativas),
(Co válidas (pontuar até 10%) as relações válidas e a quantidade de novas ligações.
nsid
erar Quantidade de conceitos válidos Considerando o total de conceitos apresentados, os
30% (pontuar até 15%) quantitativo válidos e o esperado para atividade.
)
Fonte: Adaptado de Silva (2015)
O quadro sobre as rubricas facilita para que ocorra uma homogeneidade na avaliação e
entre as avalições no decorrer do processo avaliativo.
O MC permite várias formas de interpretação. Pois, o recurso representa o que o
indivíduo conhece previamente e as novas interações, reproduzindo os conceitos (nas caixas)
com a relações, ou ações (nos arcos), as quais conectam outros conceitos, usando verbo. A
relação proposta do “conceito – verbo – conceito” é a proposição ou a representação da
aprendizagem. Ao empregar os MC no processo avaliativo da aprendizagem, é necessário ter
atenção, pois, os MC podem conter significados pessoais.
Falamos muito e sugerimos um recurso e uma forma de avaliação, dentro da legislação
em vigor. Assim, ao considerar a rubrica estamos definindo um “contrato” claro com o aluno,
aliás, com todos os alunos.
A rubrica é uma ferramenta muito boa, mas é complexa para ser elaborada. E cada
rubrica serve para uma atividade ou recurso avaliativo, não dá para reaproveitar, tem que ser
refeita.
Para falar de rubrica vou deixar o vídeo a seguir:

https://bit.ly/marco22_50

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No vídeo podemos entender que a rubrica tem uma granularidade que permite mensurar
o nosso aluno quanto ao processo de aprendizagem. Exato: mensurar, mas, não é relacionado a
quantificar ou ranquear. A ideia é mensurar o quanto, dentro da sua proposta, foi absorvido.
Uma rubrica pode ser classificada como holística, que é recurso unidimensional e está
voltada para o contexto de aprendizagem, verifica o desempenho geral ou analítica, que é
recurso bidimensional, permitindo avaliar o desempenho do participante.
Já sei, está pensando: “Nossa, mais que confusão!” Calma! O modelo que apresentei
para avaliação formativa com Mapa Conceitual é um exemplo de HOLÍSTICA, já a apresentada no
vídeo é ANALÍTICA. Por sinal, é mais comum realizar esse tipo de rubrica, a analítica.

A propósito, o que difere entre plano de aula e sequência didática?


Qual é o caso para mim? Qual é o aspecto de cada um? Para que servem? Para ajudar a
compreender essa atividade e responder essas questões assista os vídeos.
Esses vídeos trazem conceitos antes da BNCC, mas ainda são coerentes.
Plano de aula: Sequência didática

https://www.youtube.com/watch?v=SxCudt3QDd4 https://www.youtube.com/watch?v=7xYzokz5aVo

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TÓPICO: Programação
Objetivo da etapa: Apresentar uma possibilidade de trabalhar com
pensamento computacional.

Blocos visuais

Quando ouvimos falar em programação entramos em


pânico. Não se preocupe, isso ocorre até para os profissionais da
área de tecnologia da informação. Então para que falar disso
aqui? Na verdade, vamos conhecer a ferramenta, mas, não
vamos programar. Quem desejar poderá e eu estarei aqui para
apoiar. Vamos falar de uma linguagem de programação que
pode ajudar os iniciantes a aprender com muito mais facilidade
e diversão. Não apenas iniciantes adultos, o Scratch também
pode ser aprendido no nível de crianças a partir dos 8 anos de idade. Podemos usar a
programação ara desenvolver o pensamento computacional.
O Scratch é uma interface acessível, que proporciona uma programação em blocos (linhas
de comandos) sob forma de encaixe, formando uma sequência lógica e exigindo pouco
conhecimento de programação. Permite desenvolver histórias animadas, simulações, jogos,
projetos de ciências, projetos interativos, com inserção de várias mídias. A programação ou a
construção do algoritmo ocorre arrastando os blocos e posicionando. Isso permite visualizar de
imediato o que está ocorrendo. E, se for o caso, fazer correção.
O recurso de programação em blocos visuais tem uma praticidade que possibilita criar
estímulos sensoriais favoráveis à aprendizagem com a inserção de imagens.
Para entender o que é diferente no Scratch, vamos pensar na sintaxe. Para qualquer
dispositivo da área computacional funcionar, existem algumas informações prévias que são
inseridas no dispositivo; essas informações são denominadas programas ou algoritmos
computacionais, que são as instruções. As instruções possuem uma forma de expressão
específica (sintaxe) para desenvolver passos lógicos e finitos. Para entender melhor, observe o
exemplo de como exibir uma mensagem na tela:
Exemplos para apresentar uma mensagem na tela
Linguagem
Sintaxe no ambiente de programação (ambiente de programação)

print (‘Curso de Scratch na UENF’) (Phynton)


std :: count<< “Curso de Scratch na UENF” <<std :: endl; (C++)
System.out.println(“Curso de Scratch na UENF”); (Java)
printf("Curso de Scratch na UENF\n"); (C)
echo “Curso de Scratch na UENF” (Shell script)
document.write (“Curso de Scratch na UENF”) (Java script)

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<php? echo “Curso de Scratch na UENF”> (PHP)

Cada interface de programação possui uma sintaxe (conjunto de regras, lógica e


semântica própria). A sintaxe geralmente torna-se o maior ponto de desafio aos iniciantes na área
de programação. A dificuldade da sintaxe muda no Scratch, pois para montar um script é
necessário usar um bloco pronto.

Exemplo de uso do Scratch


ambiente de programação mensagem na tela

Observe que no Scratch não há uma sintaxe para ser memorizada, ou seja, esse ambiente
não utiliza comando, apenas os blocos. No caso dos blocos, também não há necessidade de
memorização, pois são organizados e agrupados (paletas) em cores diferentes, conforme a
finalidade. Os blocos são organizados por cores, cada cor indica uma funcionalidade.

Uma explicação sobre o Scratch é um curso completo, está na apostila anexada na


plataforma.

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Referências utilizadas para montar esse material.

AGUILAR, N. M.; MORIÑA, A.; PERERA, V. H. Acciones del professorado para una prática
inclusiva en la universidad. Revista Brasileira de Educacao, v. 24, n. e240016, p. 1–19, 2019.

APA, American Psychiatric Association. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos


mentais: DSM-5 Tradução de Maria Inês Corrêa Nascimento et.al.5.ed. Porto Alegre: Artmed,
2014

ARAÚJO, G. A. S. M. Recursos pedagógicos para alunos com transtornos do espectro autista na


rede estadual de ensino de São Paulo. Educação, Gestão e Sociedade: revista da Faculdade
Eça de Queirós. Ano 6, n. 21. p. 1 – 20. 2016.
BRASIL. Ministério da Educação. Presidência da República, 1996. Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional. Lei 9394/96 de 20 de Dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases
da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, ano 134, núm. 248.
BRASIL. Decreto no 9.057, de 25 de maio de 2017. Brasil, 2017.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Curricular Comum: educação é a base.
Brasília, 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação
Básica . RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 4, de 13 de julho de 2010. Define Diretrizes Curriculares
Nacionais Gerais para o conjunto orgânico, sequencial e articulado das etapas e modalidades da
Educação Básica.
CAST - CENTER FOR APPLIED SPECIAL TECHNOLOGY (Estados Unidos). Universal
Design for Learning Guidelines version 2.2. 2018.
CARVALHEDO, T. O uso do tablet na educação e o PedagowareTICs e EaD em Foco. São
Luis: [s.n.]. Disponível em:
<http://www.uemanet.uema.br/revista/index.php/ticseadfoco/article/view/51/163#>.

CHEN, L., ABRAMS, D.A., ROSENBERG-LEE, M., IUCULANO, T., WAKEMAN, H.N.,
PRATHAP, S. QUANTITATIVE ANALYSIS OF HETEROGENEITY IN ACADEMIC ACHIEVEMENT OF CHILDREN
WITH AUTISM. CLINICAL PSYCHOLOGICAL SCIENCE. V.7, N.2, P. 362 – 380. 2018.

CHUEIRI, Mary Stela Ferreira. Concepções sobre a avaliação escolar. Associação Brasileira
de Avaliação Educacional – ABAVE. Estudos em Avaliação Educacional, v. 19, n. 39, jan./abr.
2008. disponível em: http://www.fcc.org.br/pesquisa/publicacoes/eae/arquivos/1418/1418.pdf,
acesso em 25 jul. 2016.

DUARTE, Vinícius Eduardo Santos; et.al. O que a sociedade precisa saber sobre o transtorno do
espectro autista. Revista Projetos Extensionistas. v.1, n. 2, p. 173-183, jul./dez. 2021.

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