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Função Social da Propriedade

Garantido no art. 186 da Constituição Federal de 1988, a função


social da propriedade é uma via para frear e diminuir as
desigualdades sociais causadas pela má distribuição de terras, tanto
nas áreas urbanas como nas áreas rurais. A divisão de terras
começou a se tornar popular a partir do séc. VI e teve um ápice
durante o Iluminismo, com as ideias de que a propriedade privada
era intrínseca a liberdade do indivíduo. Porém, em meados de
1900, esse ideal começa a ser diminuído, com o Estado Social
tomando espaço em vários países como, por exemplo, no México
em 1917 com a Constituição Política dos Estados Mexicanos que
definia o aproveitamento racional e adequado de terras rurais e
também nas capitais.
Na definição, os imóveis que não tem função social geralmente
são abandonados, vazios e desprovidos de infraestrutura, ainda
que estejam em zonas próprias para ocupação. Exemplo para esse
tipo de imóvel: Edifício Gávea Tourist Hotel, no Rio de Janeiro,
ocupa uma área de importante preservação ambiental na Zona
Sul, e após a falência da empresa que a construiu, o esqueleto do
prédio ficou abandonado. Esse edifício poderia ser reestruturado
para sua habitação ou criação de centros para preservação, assim
tendo uma função social.
Os imóveis com função social são aqueles que tem com alvo
central a coletividade da população, assim sendo útil para a
moradia, trabalho, cultura e lazer. Exemplo disso são áreas
urbanas que compilam múltiplas acessibilidades, o Edifíco Copan
em São Paulo, compartilha essas características.
Nas terras rurais, essa função é bem definida na Constituição: “A
função social é cumprida quando a propriedade rural atende,
segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos
seguintes requisitos: I – aproveitamento racional e adequado; II –
utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e
preservação do meio ambiente; III – observância das disposições
que regulam as relações de trabalho; IV – exploração que favoreça
o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores”. Assim, com a
análise da situação da função social nas áreas rurais, pode-se notar
que ela não é respeitada, já que a grande parte das terra para
cultivo é dominada por poucos latifundiários que usufruem da
terra, muitas vezes não oferecendo situação para os empregados e
desrespeitando a preservação ambiental.
Em síntese, a função social deve ser solidária favorecendo a relação
de todos na sociedade, abandonando o individualismo para
erradicar as desigualdades sociais.

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