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UMA - UNIVERSIDADE NACIONAL ABERTA

BRUNA
MATHEUS GONÇALVES – RA 10 3222 0040
RAUL RAMOS – RA 10 3222 0146
SANDRA LAGE DA SILVA – RA 10 3222 0067
SILVIA CAROLINA

DE QUEM É A TERRA?
BENS, POSSE E PROPRIEDADE PARA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA

ITABIRA – MG
2022
UNA/UNIVERSIDADE NACIONAL ABERTA
BRUNA
MATHEUS GONÇALVES – RA 10 3222 0040
RAUL RAMOS – RA 10 3222 0146
SANDRA LAGE DA SILVA – RA 10 3222 0067
SILVIA CAROLINA

DE QUEM É A TERRA?
BENS, POSSE E PROPRIEDADE PARA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA

Trabalho referente a UC Bens, Posse e


Propriedade. Curso de Bacharelado em
Direito/2022 - UNA/Itabira – Professores: Blenda
G. Ferreira – Leonardo Oliveira.

ITABIRA
2022
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INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo reforçar o estudo dos bens,


posse e da propriedade, trabalhando com a temática e sua importância para a
realidade brasileira. Traz também a relevância da regularização fundiária,
visando o aprofundamento e resposta acadêmica de como regularizar a
propriedade e assim ampliar e democratizar o acesso aos bens imóveis, dando
resposta a comando constitucional da função social da propriedade.
A estrutura do trabalho foi embasada em tópicos: Conceitos de bens,
posse e propriedade. Função Social da propriedade, bem como as formas de
aquisição e perda. Também se fez importante ressaltar a realidade da
regularização fundiária no Brasil, bem como os tipos de regularização fundiária;
O público e o privado como agentes fundiários. A regularização, ampliação,
democratização e acesso aos bens imóveis.
A parte final, ou conclusão é uma resposta de forma legal e prática à
pergunta: “Como regularizar a propriedade através da ampliação e
democratizar o acesso aos bens imóveis?
O referencial teórico contou, em especial, com o caso prático do grupo
de governança de terras formado pela FAO (Organização das Nações Unidas
para alimentação e Agricultura), INCRA e UNICAMP (Vídeo de quem é a terra)
e pesquisa bibliográfica, como Venosa, Silvio e legislações pertinentes ao
tema.
Ao final desse trabalho, pode-se observar que apesar de um grande
aparato jurídico, na legislação brasileira a regularização fundiária ainda é um
sonho distante para muitos.,
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1 - Bens, Posse e Propriedade

Ao longo dos anos pode se observar que o Brasil passou por grandes
transformações em direito de propriedade. Até a sua independência, as terras
do Brasil pertenciam à coroa portuguesa. Estas eram divididas em grandes
partes, denominadas capitanias. Desde então, muitas mudanças aconteceram:
Em 1822, após a independência do Brasil, a única forma de se apropriar de
uma terra era por meio de posse, o que permaneceu até 1850, quando se
promulgou a lei 601 também conhecida como a lei das terras do Brasil. Essa lei
foi um marco no regime de propriedade brasileira. Após essa lei ficou
determinado que a única forma de apropriação de terras estabelecida no país
seria a transação de compra e venda e não mais por concessão do estado.
A Demarcação de terras foi necessária para que as mesmas tivessem
limites, com áreas bem definidas e contornos dando início aos loteamentos e
configurando o processo de urbanização das cidades.
A legislação urbanística no Brasil veio a ser pensada de forma mais
ampla e substancial na constituição de 1988 com a previsão dos municípios e
mudou juridicamente a propriedade-direito para a propriedade-função,
submetendo o direito de propriedade a função social, incluindo também o
estatuto das cidades e plano diretor que devem contar necessariamente com
representantes da sociedade, associações e vários segmentos econômicos e
sociais. Desde então alguns conceitos se fazem importantes:
Bens – são valores materiais ou imateriais que podem ser objeto de
uma relação de direito. O objeto do direito positivo é a conduta humana,
enquanto no direito subjetivo podem ser bens ou coisas.
Posse - A posse de um imóvel é caracterizada pelo uso do bem como
proprietário.
De acordo com o artigo 1196 do código civil – lei 10460/02:
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Art.1196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o


exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à
propriedade.

Apesar do possuidor usar o bem, não quer dizer que ele seja o proprietário de
fato do bem.

Propriedade - O direito de propriedade deve ser exercido em


observância com as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que
sejam preservados, conforme o estabelecido em lei especial, a flora, fauna, as
belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem
como evitada a poluição do ar e das águas.
De acordo com o artigo 1228 do código civil – lei 10460/02:

Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da


coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente
a possua ou detenha.

1.1 Função Social da Propriedade

Historicamente, a distribuição de terras é muito desigual no Brasil, fato


resultante da estrutura latifundiária do país. Assim, a função social vem de
encontro a uma proteção, que evita as desigualdades sociais provocadas por
essa injusta distribuição de terras.
Assim, a função social da propriedade é conceituada,

A Constituição de 1946, trouxe em seu bojo o direito de propriedade


como uma justa distribuição de terras e deveria respeitar o bem-estar social,
com igualdade de oportunidade para todos. Assim, a ementa constitucional nº
10/1964 trouxe o instrumento da reforma agrária. Essa Ementa estabeleceu o
mecanismo da desapropriação, como instrumento da reforma agrária.
A Ementa Constitucional nº 10 de 1964 6 estabeleceu o mecanismo da
desapropriação como instrumento de efetivação da reforma agrária. Ou seja,
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propriedades de terra que não cumprissem sua função social poderiam ser
desapropriadas pelo governo, mediante indenização ao proprietário, e
redistribuídas para fins de reforma agrária.
No entanto, à época, a reforma agrária não chegou a sair do papel.

1.2 Formas de aquisição e de perda da propriedade

2 Importância e Realidade da Regularização Fundiária no Brasil

2.1 Tipos de Regularização fundiária

2.2 Público e privado como agentes fundiários. O caso prático do Grupo de


governança de terras formado pela FAO (Organização das Nações Unidas para
Alimentação e Agricultura), INCRA e UNICAMP. Vídeo: De quem é a terra?

O vídeo produzido pela Quebra cabeças Filmes, para o grupo de


governança de terras formada pela FAO, INCRA E UNICAMP, é um
documentário sobre a problemática da não regularização de terras no Brasil e
suas consequências.

CONCLUSÃO

Ao final desse trabalho, pode-se observar que apesar de um grande


aparato jurídico, na legislação brasileira a regularização fundiária ainda é um
sonho distante para muitos.
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A má vontade política, o baixo poder aquisitivo da população, o alto


custo da regularização fundiária, além da burocracia fazem a regularização da
propriedade ser inalcançável para uma parcela da população brasileira.
Assim, faz se necessário facilitar o licenciamento e a legalização das
propriedades para que o direito fundamental e constitucional de moradia digna
e adequado seja assegurado por lei.
Com um controle do poder público de forma eficiente sobre a ocupação
do solo, as novas construções e a legalização dos imóveis já construídos para
garantir o direito real da propriedade e assegurar o bem imóvel, é possível
reduzir impactos socias nas cidades brasileiras, garantindo um
desenvolvimento econômico, ambiental e social de forma equilibrada.

REFERÊNCIAS

Código Civil – CC (lei nº 10.406/02)


Conceitos do Direito Urbanístico – Jus.com.br/ Jus Navigandi – acesso
em 0511/2022 ás 17:20hs

VENOSA, Silvio de Salvo – Direito Civil


https://www.direitonet.com.br – Acesso em 05/11/2022 ás 17:50hs

Vídeo: “De quem é a terra?” (UNICAMP/INCRA/FAO) –


https://vimeo.com/217099579

______. Liderança em gestão escolar. 7. ed. Petrópolis, RJ: Vozes,


2011. (Série cadernos de Gestão; 4).

ANDRADE, Rosamaria Calaes de (Org.) A gestão da escola. Porto


Alegre: Artmed, 2004. p. 17-70.
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LUCK, H. Ação integrada: administração, supervisão e orientação


educacional. Petrópolis: Vozes, 2004.

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