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PRODUÇÃO TEXTUAL

A partir da leitura dos textos motivadores, redija um texto dissertativo-


argumentativo a respeito do tema: Principais problemas
habitacionais nas grandes cidades brasileiras. Selecione e
organize fatos e argumentos relacionados a distintas áreas do
conhecimento que contribuam para a defesa de um ponto de vista.
Apresente proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.

TEXTO I
“O problema da habitação no Brasil tem suas origens associadas ao
período de transição de um modelo socioeconômico agrário-
exportador para um modelo urbano-industrial. Tal qual argumenta
Nabil Bonduki (2011), em fins do século XIX, já se reconhecia em São
Paulo o problema da habitação precária. A massiva imigração de
trabalhadores para o Brasil, no período de consolidação da economia
cafeeira, colocava como condição a produção massiva de moradias
para atender as novas demandas. Essas novas necessidades
habitacionais eram atendidas, sobretudo por um setor chamado de
rentista, iniciativa privada que produzia unidades habitacionais
altamente densas em ocupação e caracterizadas por condições
insalubres de moradia, sendo os cortiços soluções recorrentes. A
grande densidade de ocupação desses imóveis tornava-os altamente
lucrativos, tendo em vista sua condição de acesso ser justamente o
aluguel”. 
Fonte: LIMA; ZANIRATO. Uma revisão histórica da política
habitacional brasileira e seus efeitos socioambientais na metrópole
paulista. In. I Seminário Internacional de Pesquisas em Políticas
Públicas e Desenvolvimento Social. – Acesso em 25.01.2021.
 
TEXTO II
“A moradia adequada foi reconhecida como direito humano em 1948,
com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, tornando-se um
direito humano universal, aceito e aplicável em todas as partes do
mundo como um dos direitos fundamentais para a vida das pessoas.
Vários tratados internacionais após essa data reafirmaram que os
Estados têm a obrigação de promover e proteger este direito. Hoje, já
são mais de 12 textos diferentes da ONU que reconhecem o direito à
moradia. […]
O direito à moradia integra o direito a um padrão de vida adequado.
Não se resume a apenas um teto e quatro paredes, mas ao direito de
toda pessoa ter acesso a um lar e a uma comunidade seguros para
viver em paz, com dignidade e saúde física e mental.”
Fonte: http://www.direitoamoradia.fau.usp.br/?lang=pt. Acesso em
25.01.2021.
 
TEXTO III
“A questão habitacional é um gritante problema do Rio de Janeiro.
Grande parte da população vive em moradias precárias, submoradias,
e o número de pessoas em situação de rua segue alto no munícipio.
Se a cidade é o lar de todos, como encerrar essa grave e aberta
situação?
O levantamento mais recente da Defensoria Pública do estado do Rio
de Janeiro apontou que pelo menos 15 mil pessoas estão em situação
de rua na cidade do Rio. De acordo com dados do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), o Rio de Janeiro é a cidade
brasileira com o maior percentual de sua população vivendo em
favelas: 22,03%. Isso corresponde a mais de 1,3 milhão de pessoas.
Próximo a um terço do número de habitantes do munícipio – em torno
de 6 milhões.
Como se não bastassem os já problemáticos números, novas favelas
vêm surgindo na cidade. Os problemas econômicos estão forçando
cada vez mais pessoas a morar em habitações precárias em recentes
ou antigas comunidades de baixo poder aquisitivo e com pouca
estrutura de serviços públicos essenciais.
‘Com a recente crise econômica pela qual o país passa, muita gente
que teve uma melhora financeira nos últimos anos e se mudou para
regiões que têm mais alicerce no ponto de vista habitacional, em tudo
o que envolve essa questão, está regressando para as favelas. O
padrão de vida caiu e as pessoas estão buscando viver onde os
gastos são menores. E não é uma escolha que é feita tranquilamente.
É necessidade extrema. E no pós-pandemia isso vai piorar ainda
mais’, destaca a arquiteta e pesquisadora Camila Braga.”
Fonte: https://diariodorio.com/rio-sem-casa-o-grave-problema-
habitacional-na-cidade-do-rio-de-janeiro/ – Acesso em 25.01.2021.
 
TEXTO IV
Afinal, existe déficit habitacional no Brasil?
“Segundo dados da Associação Brasileira de Incorporadoras
Imobiliárias (ABRAINC) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o déficit
de moradias em 2017 era de 7,78 milhões de unidades habitacionais.
O número é bastante expressivo. Ainda, entre 2015 e 2017, houve
avanço neste número em média de 200 mil unidades habitacionais por
ano.
Evolução do déficit habitacional no Brasil de 2007 a 2017. Fonte:
ABRAINC/FGV.
Portanto, para atender à demanda por habitação completamente, seria
preciso construir em média 1,2 milhão de habitações por ano até
2029”. 
Fonte https://engenharia360.com/deficit-habitacional-no-brasil/ –
Acesso em 25.01.2021.

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