NOME COMPLETO DO(A) ALUNO(A):Guilherme Henrique Gomes Teixeira
TIA: 10923012641
NOME DO PROFESSOR(A): Ronaldo de Paula Cavalcante
O sociólogo francês Zygmund Bauman (1925-2017), é um daqueles homens
eloquentes, pertencentes as ciências sociais, que escreve sobre diversas temáticas, problemáticas e questões sociais, sejam elas contemporâneas ou não. Embora tenha escrito diversos livros e artigos, suas escrita buscou compreender, antes de tudo as influências do mundo moderno no comportamento do indivíduo, mas, com um diferencial. Primeiramente, Baumam esteve ao lado dos pós-modernistas, uma corrente que rompe, ou melhor reconfigura os preceitos clássicos da era moderna, no sentido de considerar um nova roupagem conceitual ao período em questão, e posteriormente, rompe com os conceito pós-moderno, e interpreta esse rompimento como uma continuidade conceitual, como um novo modelo de exercício da modernidade, o que será chamada de “modernidade líquida”. Podemos observar que com a crise da “Era moderna” pós-Iluminista, a humanidade se vê orfão de preceitos éticos, morais e políticos concretos básicos, ou fundamentados em instituições, que Bauman irá denominar de “Sólidas”. Os preceitos Iluministas que desencadearam revoluções na França, Inglaterra e posteriormente nos Estados Unidos, não suprem mais os anseios do indivíduo perante a sociedade. O sociólogo francês irá compreender essa quebra dos fundamentos iluministas, e irá interpretar como um surgimento de um período posterior ao proclamado pelos franceses, seja por quebra do contrato proposto, ou por questões filosóficas. Bauman irá notar que com isso, o sujeito fundamentado em um conceito subjetivo de liberdade propagada anteriormente, busque a satisfação pessoal em efemeridades que supram sua vontade de ser livre, e que exerça o poder pleno de escolha e livre arbítrio prometido pelos revolucionários franceses que quebraram seus grilhões adjunto ao despotismo, destituíram as monarquias e disseram não as arbitrariedades instituicionais, jurídicas e sociais, além de expandir seus horizontes territoriais. Nesse sentido o homem se vê livre de si mesmo, e busca em si a verdade das coisas e a satisfação em si Diante desse cenário de busca pela plena liberdade e felicidade, o homem se vê livre para produzir e pensar, embora momentaneamente, pois os preceitos modernistas, segundo os intelectuais ditos pós-modernistas, são efêmeros, e carregam em si brechas que propagam interpretações errôneas a cerca do indivíduo, sobre liberdade e a subjetividade da verdade, deixando assim lacunas não preenchidas, que deixaram o indivíduo desnorteado a respeito das instituições e da brevidade temporal do sujeito, que até então se via apoiado em objetos ditos como concretos (instituições, governos, filosofia, família e relações sociais). Isso faz, com que o sujeito que se via perdido, desnorteado, apeteça por uma nova rotina social. Baumam irá classificar essa nova rotina, após a perda da concretude institucional, como “líquida”, pois se esvai, é fluida, maleável, e breve. Denominar a sociedade como “modernidade líquida”, é uma metáfora justamente a respeito da pouca longevidade e insegurança que ela transparece, assim como o estado líquido da água. Não são seguros em sua essência, e nem sanam às necessidades básicas de uma sociedade que precisa de instituições que forneçam segurança e liberdade ao indivíduo. O psicanalista Sigmund Freud (1856-1939), irá comentar esse estado de anomia social, que transparece na falta de segurança e concretude na sociedade, dizendo que: “Acredito que seu fundamento consistiu numa longa e duradoura insatisfação com o estado de civilização então existente e que, nessa base, se constituiu uma condenação dela, ocasionando por certos acontecimentos históricos específicos” (FREUD, Zigmund. 1929. Pág, 149)
Fundamentos históricos específicos esses relacionados a “ação na vitória do
cristianismo sobre as religiões pagãs” e “as viagens de descobrimento que conduziu ao contacto com povos e raças primitivos” (FREUD, 1929. Pág, 149), fatos próprios da era Moderna. A insatisfação com a era moderna provocou rachaduras nas relações sociais. O que antes era visto como verdade concreta, pura e imutável, virou subjetividades, ou pontos de vista, pois a partir desse princípio surgem os pontos de vista propostos pelos pós-modernos. Diante as vastidão do mundo, o sujeito se vê livre para exerce sua suporta liberdade, e isso o torna livre, ao mesmo tempo refém de si mesmo e suas vontades mais superficiais, pois eu sua concepção, vivemos em uma sociedade “líquido”, sem conceitos que forneça seguridade ao homem em suais relações sociais, amorosas, trabalhistas e familiares. A pouca concretude da sociedade e a insatisfação com o meio, reflete na concepção do indivíduo de que ele se tornou livre, portanto, está em plenas condições de escolher ficar, ou se manter em uma constante mutação social e ideológica. Essa nova forma de interpretar os tempo modernos, perpassado também por uma outra perspetiva, a econômica. Os avanços do capitalismo, que transformou nossas relações em capital, transmutou a forma de compreender os processos econômicos. O enfoque do capitalismo globalizado, que possui amarras estritas com a era moderna e os princípios iluministas, formaram uma legião de consumistas, que, por meio do consumo desacerbado de produtos supérfluos e de pouca durabilidade, conseguiu implementar forma de manter o indivíduo em constante troca, seja pela falta de durabilidade do produto e atualizações, fazendo com que o objeto anterior se torne obsoleto em pouco anos, ou meses. Essa relação do capital, seja ele econômico, social, cultural e institucional, abriu portas para interpretações de Bauman acerca dessa problematica, e apontando para o fato de que, a relação do capital, não somente o econômico, fez com que o indivíduo se sentisse fragilizado perante a sociedade. Já que segundo o autor, “nada foi feito pra durar”, tudo se esvai com facilidade, desde relações sociais, amorosas e familiares, desde simples produtos, produzidos em fábricas, que em suas normas, possuem a obsolescência programada de forma subjetiva, para fazer com que assim, o indivíduo compre devido a necessidade, ou ao vício proporcionado pelo produto. Contudo, Bauman em sua sociologia e seu método de análise, demonstrou, que as relações sociais efêmeras, não são resultados apenas dos interesses individuais do sujeito, mas devido uma construção social anterior ao indivíduo vindo de conceitos ditos modernos iluministas, onde a liberdade do ser é posto em enfoque. Bauman, e outros filósofos e sociólogos, iram compreender esse fato como determinante para o futuro da humanidade e da relação com as instituições, alem de empreender suas consequências na relação do homem com as máquinas, dinheiro, tecnologia e o amor.
Referência bibliográfica;
BAUMAN, Zygmund. Modernidade líquida. Ed. 1•. Rio de Janeiro. Editora
Zahra, 2001. Modernidade e a ideia de história/Organização de Marida Donatelli, Edmilson Meneze.—Ilhéus: Editora da Universidade Estadual de Santa Cruz, 2003. Freud, Sigmund, 1856-1939. Cinco lições de psicanálise; A história do movimento psicanalítico; O futuro de uma ilusão; O mal-estar da civilização; Esboço de psicanális/ Seleção de texto de Jayme Salomão. São Paulo: Abril Cultural, 1778
Os HOPI também acreditam na emergência e extinção cíclica dos Homens, que se renovam em raças cada vez mais evoluídas rumo a uma purificação espiritual que chegará ao termo ideal na Sétima Raça ou Sétimo Mund