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A Comunicação Familiar e a
Construção da Autoestima nos Filhos
CURITIBA
2010
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RESUMO
ABSTRACT
This work intends to talk about the importance of the communication as health
generating in the family system. The way as the family members interact as they emit
and/or they receive the messages that are transmitted by meta-messages, influences
in the feedback and homeostasis of the family system. The dialogue can be an
important mechanism of decoding of the messages turning them more clear and
receptive. The family conflicts are interlinked with disturbances in the communication.
When the double bond exists in the family interaction, serious pathologies possible
can be started, being the main of them the schizophrenia. The messages should be
clear, direct and objectives. Including in the communication of the limits. The human
being's need existential interference in the communicational process. Everyone
need’s somebody to hear them. Hearing communicates attention. The communicated
pardon possesses an enormous power in the relationships healing. For the family
interaction health, communication processes are fundamental.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
Eu ...” (O EMISSOR).
“... estou dizendo algo ...” (A MENSAGEM).
“... lha digo a você ...” (O RECEPTOR).
“... nesta situação”. (O CONTEXTO).
As mensagens são incompletas quando não rotulam com
clareza “Eu, desejo isto, de você, nesta situação”
(HALEY, 1980, p. 153).
Outra questão relevante é que o símbolo e o seu significado dele não são,
necessariamente, a mesma coisa.
As palavras podem ter diferentes significados, diferentes denotações, como
também podem ter diferentes conotações.
A palavra "classe", por exemplo, tanto pode se referir à posição social da
pessoa, como pode fazer alusão às quais matérias esta pessoa está inscrita em um
determinado curso. Aliás, "curso" também pode ter outro significado que seria o
trajeto ou caminho que uma pessoa percorre quando vai de um lugar para outro.
Estes são exemplos de diferentes denotações.
A palavra "mãe", por exemplo, tanto pode significar uma mulher que teve
filhos e exerce esta função materna (denotação) como também pode ser usada para
definir alguém que é generoso, sensível, afetuoso. Quando uma pessoa é
beneficiada por outra, em uma dada situação e diz: "Você é uma mãe para mim".
Demonstra que esta palavra pode ter mais de um sentido; neste caso: conotação.
Estes são fatos que reforçam a premissa da complexidade da comunicação humana.
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entre eles que não são conversadas e tratadas na relação. Então aparece de
maneira enrustida na sua comunicação.
Quando um dos dois se dá conta do fato que estão trilhando por um caminho
infrutífero, ainda se tem algo de bom para se tirar no final da discussão: ‘estamos
apenas nos debatendo e não debatendo o assunto; e concluem: ‘melhor parar’.
Porém, quando não há essa consciência, a tendência é que os debatedores se
prolonguem na infrutífera discussão até a exaustão. Tomando a referência do casal,
esta discussão tende ao fracasso porque o que está em jogo não é o conteúdo da
mensagem e sim a relação deles. A possibilidade desta comunicação ser infrutífera
é muito grande. De acordo com WATZLAWICK (1967):
Parece que quanto mais espontânea e "saudável " é uma relação, mais o
aspecto relacional da comunicação recua para um plano secundário.
Inversamente, as relações "doentes" são caracterizadas por uma constante
luta sobre a natureza das relações, tornando-se cada vez menos importante
o aspecto de conteúdo da comunicação. (WATZLAWICK, 1967, p.48)
A mãe deixa claro à filha que o comportamento dela está amargurando sua
vida.
Diante do ataque de ira da mãe, a menina sofre um impacto que faz brotar
em seu interior um pensamento: "A mamãe não gosta de mim". (p.57)
E a ilustração segue:
Passam-se alguns dias. A mãe elogia a irmã da menina quando ela chega
do colégio trazendo boas notas. Ela também havia tirado boas notas no dia anterior,
mas a mãe não lhe dissera nada. (Talvez não tenha percebido ou prestado muita
atenção ao assunto) [...]
Forma-se na menina o que chamamos de prejulgamento.
Daqui em diante, a menina julgará a conduta da mãe por meio dele, ou seja:
"Minha mãe não gosta de mim". Por achar que a mãe não gosta dela, na semana
seguinte passa a se comportar com mais rebeldia. A mãe, então, lhe dá outra surra
[...]
Num determinado dia, a mãe castiga a irmã da menina, talvez até com mais
intensidade, mas ela não consegue perceber isso porque o prejulgamento só lhe
permite registrar o que está em seu interior.
O sentimento de que a mãe não gosta dela vai crescendo [...] (p.57-58)
A atitude desta mãe talvez pareça exagerada, mas não é difícil encontrar tal
comportamento nos dias de hoje. Às vezes esta conduta também é apresentada
pelo pai ou por alguém que é responsável pela educação da criança.
As disfunções na comunicação podem trazer marcas na auto-estima da
criança que vão se agravando no decorrer dos anos. As palavras mal colocadas são
como flechas que podem atingir o mais íntimo do ser da criança.
Acertos e erros são comuns na vida do ser humano. Na criança isto é ainda
mais presente. Afinal, ela está em processo de formação. Se os seus pais só
demonstram que ela é aceita quando não comete erros, o sentimento de rejeição
tem um lugar propício para se instalar. Com este sentimento ocupando lugar em sua
vida ela pode acabar se tornando uma criança insegura. Por se sentir insegura,
tende a alimentar pensamentos a respeito de si mesma de incapacidade. Então sua
auto-estima tem a tendência de sofrer um rebaixamento considerável. À medida que
o tempo vai passando e esta criança vai crescendo, as feridas podem se agravar. A
criança machucada em seus sentimentos tende a se tornar um adulto amargurado.
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A criança tem a tendência de absorver para si o que lhe é dito pelos seus
pais, pois são eles que são referência para ela. Existe aí um vínculo tão estreito que
é muito difícil que ela não receba para si o que é transmitido por seus pais, seja
positivo ou negativo.
Sobre o assunto auto-estima nos filhos, SATIR (1967) apresenta uma rica
contribuição teórica na qual a autora do presente trabalho baseia-se no decorrer do
texto.
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Uma questão muito importante a ser considerada, trazida pela autora acima
citada, é que: "os filhos não são somente folhas de papel em branco [...] sobre as
quais os pais escreveriam o que bem entendessem" (p.79).
Com base nesta afirmação, pode-se dizer que o filho não é apenas um
receptor inerte de tudo que lhe é apresentado pelos pais, como se ele não tivesse
nenhuma alternativa a não ser aceitar o papel que lhe é imposto pelos pais. Porém,
o bebê no começo de sua vida depende completamente das figuras parentais para
sua sobrevivência. Os pais exercem duas funções fundamentais que são: suprir as
necessidades básicas do bebê e ensinar-lhe a respeito de todas as coisas. Devido a
esta incumbência vital dos pais, a autora utiliza o termo "figuras de sobrevivência"
para estas pessoas. Além do suprimento das necessidades físicas da criança, ela
precisa também ser suprida afetivamente, com carinho e aconchego. A voz e o
toque das figuras parentais a levam "a entrar em contato com a existência e a
previsibilidade de um ‘outro’" (p.80)
Sobre a auto-estima a autora explicita que:
Ele [o filho] se valorizará como uma pessoa com domínio (uma pessoa
capaz de resolver seus próprios problemas) se pelo menos um dos pais
validar seu crescimento e desenvolvimento [...] O domínio desenvolve-se ao
ponto de incluir a habilidade de tomar decisões, raciocinar, criar, de formar e
manter relacionamentos, sincronizar as necessidades com relação à
realidade, planejar, tolerar fracassos e desapontamentos. (SATIR, 1967,
p.81)
se percebe nas famílias, muitas vezes, são pais que exigem do filho de oito anos,
por exemplo, maturidade de uma criança de doze anos de idade. Ou o contrário:
pais que não permitem, com as suas atitudes, que seu filho de doze anos assuma
responsabilidades próprias para sua idade.
Em segundo lugar, a validação não significa uma aprovação cega de tudo o
que o filho queira fazer. Os pais, como socializadores, têm a responsabilidade de
levar o filho a compreender que ele não é o centro do mundo. É preciso que o filho
desenvolva habilidades que equilibrem as exigências referentes ao outro, a si
mesmo e ao contexto em que vive. As restrições ou regras ajustam-se perfeitamente
ao conceito de validação. Elas não são opostas, mas complementares.
momentos em que os pais estão corrigindo seus filhos, é o sentimento de ira e não a
vontade consciente. O que acaba prevalecendo são as reações explosivas e não a
sabedoria para administrar as situações. É preciso que os pais aprendam a lidar
melhor com as suas emoções, para que seus filhos não ocupem o lugar de descarga
de suas atitudes descontroladas.
MORAIS¹, (apud 2005) apresenta uma breve e rica explanação sobre ira, no
texto a seguir:
[IRA = thumos]
É a paixão que incita toda a nossa agressividade contra alguém ou algo,
uma explosão repentina. Os gregos dizem que thumos deriva de thuein, que
significa "ferver". Por isso Platão descreve thumos, como o "enfurecer-se e ferver da
alma"; e ainda, Basílio líder cristão do séc.IV), disse que thumos é a "embriaguez da
alma"[...]
Thumos, é como "fogo de palha que rapidamente produz uma chama alta e
com igual rapidez apaga-se ao esgotar-se o combustível¹."[...]
“É o fogo ardente do mau gênio que se incendeia em palavras e ações
violentas, e que se apaga com igual rapidez²"[...]
É muito comum os pais ‘disciplinarem’ os filhos com o sentimento de thumos
em seu coração. A sua motivação para a ‘correção’ da criança é mantida pela chama
da raiva que está dominando o seu ser. Em situações como esta, muitas vezes os
pais exageram na disciplina porque estão tomados pela raiva e não conseguem
dimensionar o tamanho da correção que se faz necessária para aquela situação
específica. Quando a chama da ira se apaga, é que consegue se dar conta do erro
cometido, então vem o sentimento de culpa. Alguns pais argumentam que não
corrigem os seus filhos porque acham que não é necessário. Alguns justificam tal
ausência por considerarem a correção uma atitude severa. Outros porque não se
sentem bem fazendo tal coisa. Outros ainda dizem que não conseguem sustentar os
acordos que fazem com os filhos. As justificativas são diversificadas. Porém, quase
todas elas têm a mesma base: a dificuldade dos pais de lidarem como as suas
próprias questões. E neste caso específico, a questão pode estar ligada à
dificuldade que os pais têm de lidar com seus próprios limites. Um pai ou uma mãe
que não tem controle sobre a ira em sua vida em diversos aspectos, também não o
terá na correção de seu filho. É só mais um aspecto de sua vida que manifesta algo
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existente anteriormente. Antes desses pais serem pais, eram um casal. Nos
momentos de discordância desse casal, muito provavelmente um deles, senão os
dois, quando não conseguiam entrar em um acordo, manifestavam sentimentos
de ira e explosões como
consequência disso. Agora com a função de pais, o sentimento de ira tem mais uma
área para se manifestar.
WRIGHT (1974) define o sentimento de raiva ou hostilidade como "uma forte
emoção de desagrado" [...] e completa: "a raiva é o resultado natural, reflexivo da
frustração – nossa reação quando um objetivo nosso é bloqueado". (p.84)
Tomando como base as considerações sobre raiva acima expostos, é
possível afirmar que, um casal que se sente decepcionado com o que conseguiram
em seu relacionamento, provavelmente irá estender esta frustração no
relacionamento com seus filhos. Sobre este assunto SATIR (1967) afirma a respeito
de um casal o seguinte: "aos poucos acrescentarão o papel parental ao que restou
de seus papéis individuais e ao que tentaram desenvolver como papéis conjugais.
Se acharam difícil fazer integração entre a condição de indivíduo e a de cônjuge,
acharão igualmente difícil integrar o papel de pais". (p.44). Quando os pais cometem
erros com seus filhos é importante conversar com eles sobre isso. A atitude dos pais
de silenciar sobre o seu erro e a tentativa de mudar seu comportamento dali para
frente, não é suficiente nessa situação.
Alguns pais, no intuito de compensar sua atitude agressiva, utilizam-se do
método de presentear seu filho ou de ser mais permissivo em situações que
normalmente não seria. Lembre-se que suas atitudes estão comunicando algo a seu
filho; ainda mais do que suas palavras. Se você silencia sobre os seus erros ou
adota um comportamento compensatório estará oferecendo ao seu filho um modelo
a ser seguido. E quando ele enfrentar situações semelhantes em sua vida, tenderá a
apresentar o mesmo comportamento. Reconhecer seu exagero e falar com seu filho
sobre sua atitude tornará possível a manutenção do canal sincero de comunicação
com ele servirá como exemplo para que no futuro este se torne uma pessoa que se
responsabiliza por suas atitudes.
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relacionamento dos pais com seus filhos eles poderão ter uma boa percepção de si
mesmos ou não. Existem atitudes dos pais que promovem auto-estima elevada em
seus filhos, conforme os autores acima mencionados, a saber:
Aceitação – relacionamento próximo e afetuoso. A criança aprecia essa
aprovação. Elas têm a tendência de interpretar o interesse de seus pais como uma
indicação da sua importância pessoal. Como consequência, passam a se perceber
de uma maneira favorável. Gera segurança e confiança.
Respeito – quando os pais conversam com seus filhos e consideram seus
pontos de vista, estão demonstrando respeito por eles e por suas idéias. Os filhos se
sentem seguros de se expressar. Isto não significa que os pais têm,
necessariamente, que concordar com as idéias de seus filhos, mas possuem sim, o
compromisso inequívoco de ouvi-los. É interessante como, frequentemente os pais
reclamam que os seus filhos não os ouvem. Entretanto, dificilmente eles param e
investem tempo para ouvi-los. Esquecem-se que seu pequeno filho está em
processo de aprendizagem no aspecto relacional. Sendo assim, a criança aprende a
ouvir quando também é ouvida. Não é uma questão de que ‘quem tem que ser
respeitado é o mais velho’, como muitas vezes alguns afirmam. De certa forma, é
uma tentativa de se ter a garantia de respeito através de uma regra rígida, passada
de geração em geração. É muito comum ouvir um pai dizendo para seu filho: "No
meu tempo não era assim; bastava um olhar do pai para a gente ... não podia
‘retrucar’ senão a gente apanhava de cinta ..."
Era a aplicação rígida da disciplina baseado no dito popular: "Manda quem
pode obedece quem tem juízo". Do que se trata aqui, é do valor do diálogo entre
pais e filhos e a importância da atenção destes para com seus ‘aprendizes de
relacionamento’.
A disciplina se faz necessária na educação dos filhos, porém, a questão é
quando e como aplicá-la.
Toda correção no momento que é aplicada não parece ser muito agradável;
nem para a criança e muitas vezes nem para os pais. Alguns pais sofrem por ter que
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disciplinar seus filhos. Não raras vezes, sentem-se culpados por tal atitude. Seu
coração fica apertado por ter que trazer disciplina para seu filho amado. Porém, a
correção é tão necessária quanto o abraço.
De acordo com o autor da Epístola aos Hebreus, BÍBLIA (1998, 2000) [...]
"nenhuma disciplina parece ser motivo de alegria no momento, mas sim de tristeza.
Mais tarde, porém, produz fruto de justiça e paz para aqueles que por ela forem
exercitados" (p.969).
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valores e concepções que são ditados por estes meios, na maioria das vezes leva as
pessoas à escravidão da beleza externa e dos prazeres ilimitados. Ou seja, gera
pessoas de aparência, maquiadas, mas inconsistentes em seu mundo interior. O que
vai resultar em consistência interior é um relacionamento sólido dos pais com seus
filhos - o vínculo de amizade. O amigo abre o seu coração, fala não só a respeito
das coisas que o cerca, mas daquilo que está guardado em seu coração. Por ter
confiança, abre sua vida e fala de seus sonhos, de seus temores e de seus objetivos
a serem alcançados. Por haver fidelidade no relacionamento não se sente inseguro
quando comete um erro, pois sabe que seus pais não desistirão dele por cometer
pequenos (ou às vezes até grandes) deslizes. Por haver uma aliança entre eles,
saberá lá no seu íntimo, que não serão circunstâncias da vida que quebrarão este
laço estabelecido com base no amor incondicional. O que se observa, não raras
vezes, são pais que se tornam ‘amiguinhos’ de seus filhos e que se comportam com
eles como se fossem seus "coleguinhas" de escola, julgando que isso os aproximará
deles porque estarão falando a "linguagem deles".
A autora do presente trabalho escutou em consultório uma jovem mãe dizer
que seu filho de cinco anos de idade era seu melhor amigo. À priori, esta parece ser
uma boa coisa, porém, vista com mais cuidado, pode-se perceber que este é, na
verdade, um vínculo "doentio". No caso citado acima, a mãe enfrentava o abandono
do pai da criança e com esta situação de desamparo, supria em seu filho toda
necessidade de afeto. Esta não configura uma amizade saudável e equilibrada.
Em outra extremidade da situação encontram-se aqueles pais que são
intocáveis. Pensam que sua autoridade de pais será ferida se deixarem seus filhos
tocarem em seu mundo; se falarem para eles daquilo que está segredado em seu
coração. E não se trata aqui de falarem de assuntos que serão pesados para seu
filho ouvir; não se trata de colocar um fardo sobre a criança que ela não suportará.
Trata-se, porém, de dar ao seu filho, não apenas coisas, presentes, mas dar de si
mesmo. Dividir com ele a sua própria história de vida.
Um exemplo muito marcante na história é a maneira como Jesus se
relacionou com seus discípulos. Pouco antes de sua crucificação, Ele chamou
aqueles que lhe eram mais chegados, e abriu o Seu coração dizendo que estava
angustiado. Nem por isto a Sua autoridade foi ferida ou maculada. Ele preferiu falar
daquilo que estava no íntimo do Seu ser, para aqueles a quem chamou de "amigos".
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Jesus foi o maior psiquiatra da terra porque também soube chorar, também
soube falar das Suas dores. Ele amou o ser humano incondicionalmente.
Ele chorou e falou da Sua dor para os Seus mais íntimos amigos. Ele não
represou a Sua emoção. Mães, não represem as suas emoções. Falem
aquilo que está em seu coração. Às vezes quando você fala da sua dor, das
suas angústias, das suas dificuldades, dos momentos mais difíceis da sua
vida, isto pode ser mais importante que um milhão de regras e de críticas.
Porque seus filhos vão começar a fotografar o que está no âmago da sua
alma. A sua memória vai registrar o que vocês são por dentro.
(CURY, 2002)
Porém, falar das emoções aos filhos exige uma dose equilibrada de
sabedoria. Não são todas as emoções que devem ser expostas para eles. Outro
ponto a ser considerado é a faixa etária em que seu filho se encontra. Existe uma
linguagem e um nível emocional coerente para cada etapa. Expressar suas emoções
não significa desabafar com o filho aquilo que seu cônjuge não se dispõe a ouvir de
você. Também não significa falar daquela falha insistente que seu cônjuge repete no
relacionamento do casal. Muito menos ‘dividir’ aquele problema seriíssimo que
alguém confiou a você dando a desculpa que é algo muito ‘pesado’ para guardar
somente para si. Um bom relacionamento de amizade entre o casal precede um bom
relacionamento de amizade com seus filhos.
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CONCLUSÃO
Tomou-se esta última relação como tema central de trabalho, com ênfase na
construção da auto-estima dos filhos. Ficou constatado que a influência e
intervenção dos pais no processo de desenvolvimento do filho está vinculada à
qualidade de comunicação que estes conseguem manter com ele. Percebeu-se
também que não é possível dissociar a relação do casal do tipo de relacionamento
que este pode manter com seus filhos. A dificuldade de comunicação entre os
cônjuges, mostra-se também na relação destes com seus filhos.
REFERÊNCIAS
BÍBLIA. Português. Bíblia Sagrada: Nova Versão Internacional. São Paulo: Editora
Vida, 2000.
INTRATER, A. Amizade no sentido Bíblico. Revista Impacto, São Paulo, ano 07,
2005.
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