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SUMÁRIO
Questões sobre a aula.................................................................................................................................. 2
Gabarito ...................................................................................................................................................... 6
Questões Comentadas ................................................................................................................................. 7

MUDE SUA VIDA!


1
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QUESTÕES SOBRE A AULA


1. O sistema processual acusatório não restringe a ingerência, de ofício, do magistrado
antes da fase processual da persecução penal.

Certo ( ) Errado ( )

2. No sistema inquisitivo, a confissão é considerada a rainha das provas e predominam nele


procedimentos exclusivamente escritos.

Certo ( ) Errado ( )

3. Acerca dos princípios gerais, das fontes e da interpretação da lei processual penal, bem
como dos sistemas de processo penal, julgue o item que se segue.

O Código de Processo Penal, a jurisprudência e os princípios gerais do direito são


considerados fontes formais diretas do direito processual penal.

Certo ( ) Errado ( )

4. Os tratados e as convenções internacionais sobre direitos humanos, ratificados pelo


Brasil por meio do procedimento exigido pela norma constitucional, são considerados como
fontes materiais do Direito Processual Penal, pois equivalem às emendas constitucionais.

Certo ( ) Errado ( )

5. Cabe à União, de forma exclusiva e privativa, a elaboração de normas processuais penais,


bem como legislar sobre direito penitenciário. Em questões específicas de direito local, aos
Estados-membros pode ser atribuída a competência para legislarem sobre processo penal,
através de lei ordinária.

Certo ( ) Errado ( )

6. O CPP proíbe que o juiz requisite provas, porque essa iniciativa contraria o modelo
acusatório e dá causa à nulidade absoluta do processo.

Certo ( ) Errado ( )

7. Em um sistema de viés acusatório, cumpre ao juiz manter-se como sujeito suprapartes,


conceder ao acusador e ao acusado as mesmas oportunidades processuais, e conduzir o feito
assegurando a bilateralidade de audiência e a predominância da oralidade e da publicidade
dos atos processuais.

MUDE SUA VIDA!


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Certo ( ) Errado ( )

8. Ação e processo são coisas distintas.

Certo ( ) Errado ( )

9. É pacífico que no processo penal brasileiro existe o princípio da verdade real, que está
consagrado no art. 156 do CPP, justificando a atividade investigatória e probatória do juiz.

Certo ( ) Errado ( )

10. A iniciativa instrutória do magistrado no processo penal fere o processo acusatório puro,
modelo adotado pelo processo penal brasileiro e que se caracteriza pela exclusividade das
partes na determinação da marcha do processo e na produção das provas.

Certo ( ) Errado ( )

11. Uma reforma que pretenda incorporar traços do sistema acusatório na legislação
processual penal vigente deve orientar-se no sentido de

A) concentrar a gestão da prova na pessoa do juiz.


B ) ampliar os espaços de oralidade nos atos processuais.
C) reduzir a imediação judicial na produção da prova.
D) limitar a publicidade dos atos processuais.
E) ampliar a tarifação e a taxatividade das provas.

12. No processo penal, as características do sistema acusatório incluem

I. clara distinção entre as atividades de acusar e julgar, iniciativa probatória exclusiva das
partes e o juiz como terceiro imparcial e passivo na coleta da prova.

II. neutralidade do juiz, igualdade de oportunidades às partes no processo e repúdio à


prova tarifada.

III. predominância da oralidade no processo, imparcialidade do juiz e supremacia da


confissão do réu como meio de prova.

IV. celeridade do processo e busca da verdade real, o que faculta ao juiz determinar de
ofício a produção de prova.

Estão certos apenas os itens

A) I e II.
B) I e IV.
C) II e III.

MUDE SUA VIDA!


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D) I, III e IV.
E) II, III e IV.

13. O modelo processual acusatório tem sido entendido como o adequado a um Estado
Democrático de Direito por ser o mais garantista. Tem-se como um pressuposto estrutural e
lógico do modelo a

A) possibilidade de emendatio libelli e mutatio libelli.


B) existência de uma investigação prévia por delegado de polícia.
C) possibilidade da prova ser colhida pelo próprio juiz.
D) previsão legal de prisões processuais.
E) separação entre juiz e acusação.

14. (Ano: 2014 Banca: FUNCAB Órgão: PC-RO Prova: FUNCAB - 2014 - PC-RO - Delegado de
Polícia Civil)

Assinale a alternativa em que se encontra uma característica do sistema acusatório.

A)O julgador é protagonista na busca pela prova.


B) As decisões não precisam ser fundamentadas.
C) A atividade probatória é atribuição natural das partes.
D) As funções de acusar e de julgar são concentradas em uma pessoa.
E) As decisões são sempre sigilosas.

15. (Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: DPE-RS Prova: FCC - 2014 - DPE-RS - Defensor Público)

No Brasil, segundo a maioria dos doutrinadores, vige o sistema processual penal do tipo
acusatório. São características deste sistema processual penal

A) a imparcialidade do julgador, a flexibilização do contraditório na medida da necessidade


para reconstrução da verdade real e a relativização do duplo grau de jurisdição.

B) o sigilo das audiências, a imparcialidade do julgador e a vedação ao duplo grau de


jurisdição.

C) a igualdade das partes, o contraditório e a publicidade dos atos processuais.

D) a absoluta separação das funções de acusar e julgar, a publicidade dos atos processuais e
a inexistência da coisa julgada.

E) o sigilo absoluto do inquérito policial, a publicidade dos atos processuais e o duplo grau
de jurisdição.

16. Em se tratando de processo penal, assinale a alternativa que apresenta, correta e


respectivamente, uma fonte direta e uma fonte indireta.

A)Costume e lei.
B) Costume e jurisprudência.
C) Doutrina e jurisprudência.
D) Princípios gerais do direito e doutrina.

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E) Lei e costume.

17. (Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2014 - PC-SP - Delegado de
Polícia)

No Direito pátrio, o sistema que vige no processo penal é o

A) inquisitivo formal.
B) acusatório formal.
C) inquisitivo.
D) inquisitivo unificador.
E) acusatório.

18. (Ano: 2014 Banca: MPE-MA Órgão: MPE-MA Prova: MPE-MA - 2014 - MPE-MA -
Promotor de Justiça)

É consentâneo com o sistema inquisitorial de processo penal, exceto:

A) Sigilo dos atos processuais;


B) Suscetibilidade de início do processo por meio de denúncia anônima;
C) Incumbência de formular a acusação não individualizada;
D) Arguição de suspeição do juiz
E) Defesa técnica decorativa.

19. (Ano: 2013 Banca: FUNCAB Órgão: PC-ES Prova: FUNCAB - 2013 - PC-ES - Escrivão de
Polícia)

É INCORRETO afirmar que é característica do sistema processual brasileiro:

A) Iniciativa privativa do MP para a propositura da ação penal pública e, como exceção, pelo
ofendido ou seu representante, no caso de ação penal privada subsidiária da pública.
B) Necessidade de justa causa para a deflagração da ação penal, decorrente da tutela
constitucional da dignidade da pessoa humana, sendo a sua falta atacável por habeas corpus.
C) Juiz natural.
D) Distinção das figuras do órgão acusador, julgador, da defesa e do órgão responsável pela
colheita da prova no procedimento preliminar.
E) Fase preparatória com inquérito conduzido, coordenadamente, pelo MP e pela Polícia,
iniciando-se a ação penal, sempre pública, após essa etapa.

20. (Ano: 2012 Banca: PC-SP Órgão: PC-SP Prova: PC-SP - 2011 - PC-SP - Delegado de Polícia)

Historicamente, o processo penal acusatório distinguia-se do inquisitório porque enquanto


o primeiro era

A) escrito e público, o segundo era oral e sigiloso.


B) escrito e sigiloso, o segundo era oral e público.
C) misto (oral e escrito), o segundo era exclusivamente oral.
D) oral e público, o segundo era escrito e sigiloso.
E) oral e sigiloso, o segunde era escrito e público.

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GABARITO
1. ERRADO
2. CERTO
3. ERRADO
4. ERRADO
5. ERRADO
6. ERRADO
7. CERTO
8. CERTO
9. ERRADO
10. ERRADO
11. B
12. A
13. E
14. C
15. C
16. E
17. E
18. D
19. E
20. D

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QUESTÕES COMENTADAS
1. O sistema processual acusatório não restringe a ingerência, de ofício, do magistrado
antes da fase processual da persecução penal.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA

GABARITO: ERRADO

Exige do candidato conhecimento a respeito das características referentes aos


sistemas processuais existentes, em especial o acusatório, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

O sistema acusatório restringe a atividade do juiz, razão pela qual qualquer


atuação positiva do magistrado deve se dar de forma excepcional.

Existem três espécies de sistemas processuais penais, o inquisitivo, o


acusatório e o misto, vejamos as características de cada um deles de acordo com a
doutrina.

Sistema inquisitivo

Nesse sistema, cabe a um só órgão acusar e julgar. O juiz dá início à ação penal
e, ao final, ele mesmo profere a sentença. É muito criticado por não garantir a
imparcialidade do julgador. Antes do advento da Constituição Federal de 1988 era
admitido em nossa legislação em relação à apuração de todas as contravenções
penais (art. 17 do Decreto-lei n. 3.688/41 — Lei das Contravenções Penais) e dos
crimes de homicídio e lesões corporais culposos (Lei n. 4.611/65). Era o chamado
processo judicialiforme, que foi banido de nossa legislação pelo art. 129, I, da
Constituição Federal, que conferiu ao Ministério Público a iniciativa exclusiva da ação
pública. Nesse sistema, o direito de defesa dos acusados nem sempre era observado
em sua plenitude em razão de os seus requerimentos serem julgados pelo próprio
órgão acusador.

Sistema acusatório
Existe separação entre os órgãos incumbidos de realizar a acusação e o
julgamento, o que garante a imparcialidade do julgador e, por conseguinte, assegura
a plenitude de defesa e o tratamento igualitário das partes. Nesse sistema,
considerando que a iniciativa é do órgão acusador, o defensor tem sempre o direito
de se manifestar por último. A produção das provas é incumbência das partes.

Sistema misto

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Nesse sistema há uma fase investigatória e persecutória preliminar conduzida


por um juiz (não se confundindo, portanto, com o inquérito policial, de natureza
administrativa, presidido por autoridade policial), seguida de uma fase acusatória em
que são assegurados todos os direitos do acusado e a independência entre acusação,
defesa e juiz. Tal sistema, inaugurado com o Code d’ Instruction Criminelle (Código
de Processo Penal francês), em 1908, atualmente é adotado em diversos países
europeus e sua característica marcante é a existência do Juizado de Instrução, fase
preliminar instrutória presidida por juiz.

Sistema adotado no Brasil

No Brasil é atualmente adotado o sistema acusatório, pois há clara separação


entre a função acusatória — do Ministério Público nos crimes de ação pública — e a
julgadora. É preciso, entretanto, salientar que não se trata do sistema acusatório
puro, uma vez que, apesar de a regra ser a de que as partes devam produzir
suas provas, admitem-se exceções em que o próprio juiz pode determinar,
de ofício, sua produção de forma suplementar.

Fonte: (Reis, Alexandre Cebrian Araújo; Direito processual penal


esquematizado / Alexandre Cebrian Araújo Reis e Victor Eduardo Rios Gonçalves ;
coordenador Pedro Lenza. – 2. ed. – São Paulo : Saraiva)

2. No sistema inquisitivo, a confissão é considerada a rainha das provas e predominam nele


procedimentos exclusivamente escritos.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA

GABARITO: CERTO

Exige do candidato conhecimento a respeito das características referentes aos


sistemas processuais existentes, em especial o acusatório, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

Existem três espécies de sistemas processuais penais, o inquisitivo, o


acusatório e o misto, vejamos as características de cada um deles de acordo com a
doutrina.

O sistema inquisitivo é caracterizado pela concentração de poder nas mãos


do julgador, que exerce, também, a função de acusador; a confissão do réu é
considerada a rainha das provas; não há debates orais, predominando
procedimentos exclusivamente escritos; os julgadores não estão sujeitos à recusa; o
procedimento é sigiloso; há ausência de contraditório e a defesa é meramente
decorativa.

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O sistema acusatório possui nítida separação entre o órgão acusador e o


julgador; há liberdade de acusação, reconhecido o direito ao ofendido e a qualquer
cidadão; predomina a liberdade de defesa e a isonomia entre as partes no processo;
vigora a publicidade do procedimento; o contraditório está presente; existe a
possibilidade de recusa do julgador; há livre sistema de produção de provas;
predomina maior participação popular na justiça penal e a liberdade do réu é a regra.

O sistema misto, surgido após a Revolução Francesa, uniu as virtudes dos


dois anteriores, caracterizando-se pela divisão do processo em duas grandes fases:
a instrução preliminar, com os elementos do sistema inquisitivo, e a fase de
julgamento, com a predominância do sistema acusatório. Num primeiro estágio, há
procedimento secreto, escrito e sem contraditório, enquanto, no segundo, presentes
se fazem a oralidade, a publicidade, o contraditório, a concentração dos atos
processuais, a intervenção de juízes populares e a livre apreciação das provas.

(Nucci, Guilherme de Souza. Código de Processo Penal comentado / Guilherme


de Souza Nucci. – 15 edição).

3. Acerca dos princípios gerais, das fontes e da interpretação da lei processual penal, bem
como dos sistemas de processo penal, julgue o item que se segue.

O Código de Processo Penal, a jurisprudência e os princípios gerais do direito são


considerados fontes formais diretas do direito processual penal.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA

GABARITO: ERRADO
Esse tema diz respeito à origem das normas processuais, onde a jurisprudência
e os princípios gerais do direito não são fontes formais diretas, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

Segundo as lições doutrinárias, elas podem ser materiais ou formais.

Fontes materiais
São as entidades criadoras do direito, sendo, por isso, chamadas também de
fontes de criação ou de produção. A fonte material (criadora) das leis processuais é
a União e, subsidiariamente, os Estados e o Distrito Federal.

Fontes formais
São também chamadas de fontes de revelação ou de cognição, e dizem respeito
aos meios pelos quais o direito se exterioriza. Dividem-se em fontes formais
imediatas e mediatas.

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a) Fontes formas imediatas são as leis em sentido amplo, abrangendo o texto


constitucional, a legislação infraconstitucional (leis ordinárias, complementares etc.)
e os tratados, as convenções e as regras de direito internacional aprovados pelo
Congresso Nacional, bem como as súmulas vinculantes do Supremo Tribunal Federal.

b) Fontes formais mediatas: São a analogia, os costumes e os princípios gerais


de direito.

Fonte: (Reis, Alexandre Cebrian Araújo Direito processual penal esquematizado


/ Alexandre Cebrian Araújo Reis e Victor Eduardo Rios Gonçalves ; coordenador Pedro
Lenza. – 2. ed. – São Paulo : Saraiva)

4. Os tratados e as convenções internacionais sobre direitos humanos, ratificados pelo


Brasil por meio do procedimento exigido pela norma constitucional, são considerados como
fontes materiais do Direito Processual Penal, pois equivalem às emendas constitucionais.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA

GABARITO: ERRADO
Os tratados internacionais são fontes formais imediatas, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

Segundo as lições doutrinárias, elas podem ser materiais ou formais.

Fontes materiais
São as entidades criadoras do direito, sendo, por isso, chamadas também de
fontes de criação ou de produção. A fonte material (criadora) das leis processuais é
a União e, subsidiariamente, os Estados e o Distrito Federal.

Fontes formais
São também chamadas de fontes de revelação ou de cognição, e dizem respeito
aos meios pelos quais o direito se exterioriza. Dividem-se em fontes formais
imediatas e mediatas.

a) Fontes formas imediatas são as leis em sentido amplo, abrangendo o texto


constitucional, a legislação infraconstitucional (leis ordinárias, complementares etc.)
e os tratados, as convenções e as regras de direito internacional aprovados
pelo Congresso Nacional, bem como as súmulas vinculantes do Supremo Tribunal
Federal.

b) Fontes formais mediatas: São a analogia, os costumes e os princípios gerais


de direito.

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Fonte: (Reis, Alexandre Cebrian Araújo Direito processual penal esquematizado


/ Alexandre Cebrian Araújo Reis e Victor Eduardo Rios Gonçalves ; coordenador Pedro
Lenza. – 2. ed. – São Paulo : Saraiva)

5. Cabe à União, de forma exclusiva e privativa, a elaboração de normas processuais penais,


bem como legislar sobre direito penitenciário. Em questões específicas de direito local, aos
Estados-membros pode ser atribuída a competência para legislarem sobre processo penal,
através de lei ordinária.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA

GABARITO: ERRADO
Exige do candidato conhecimento a respeito das características referentes aos
sistemas processuais existentes, em especial o acusatório, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

Segundo a CRFB/88 compete a União legislar privativamente sobre direito


processual (Art. 22 I CRFB/88).
A competência para legislar sobre direito penitenciário é concorrente entre a
União, Estados e o DF (Art. 24 I CRFB/88).

6. O CPP proíbe que o juiz requisite provas, porque essa iniciativa contraria o modelo
acusatório e dá causa à nulidade absoluta do processo.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA

GABARITO: ERRADO
No sistema acusatório a produção das provas é atribuição das partes, somente
podendo o juiz atuar de forma excepcional e nas hipóteses previstas em lei para a
produção de prova, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
w
No Brasil é atualmente adotado o sistema acusatório, pois há clara separação
entre a função acusatória — do Ministério Público nos crimes de ação pública — e a
julgadora. É preciso, entretanto, salientar que não se trata do sistema acusatório
puro, uma vez que, apesar de a regra ser a de que as partes devam produzir
suas provas, admitem-se exceções em que o próprio juiz pode determinar,
de ofício, sua produção de forma suplementar.

MUDE SUA VIDA!


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Fonte: (Reis, Alexandre Cebrian Araújo; Direito processual penal


esquematizado / Alexandre Cebrian Araújo Reis e Victor Eduardo Rios Gonçalves ;
coordenador Pedro Lenza. – 2. ed. – São Paulo : Saraiva)

7. Em um sistema de viés acusatório, cumpre ao juiz manter-se como sujeito suprapartes,


conceder ao acusador e ao acusado as mesmas oportunidades processuais, e conduzir o feito
assegurando a bilateralidade de audiência e a predominância da oralidade e da publicidade
dos atos processuais.
Certo ( ) Errado ( )
SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
Exige conhecimento sobre as características do sistema acusatório, reforçando
que nesse sistema deve o juiz de maneira imparcial apenas julgar, sendo um sujeito
distante das partes, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

Conforme os ensinamentos do professor Guilherme de Souza Nucci: “o sistema


acusatório possui nítida separação entre o órgão acusador e o julgador; há liberdade
de acusação, reconhecido o direito ao ofendido e a qualquer cidadão; predomina a
liberdade de defesa e a isonomia entre as partes no processo; vigora a publicidade
do procedimento; o contraditório está presente; existe a possibilidade de recusa do
julgador; há livre sistema de produção de provas; predomina maior participação
popular na justiça penal e a liberdade do réu é a regra.”

8. Ação e processo são coisas distintas.

Certo ( ) Errado ( )
SOLUÇÃO RÁPIDA

GABARITO: CERTO
Exige conhecimento sobre as definições de ação e processo, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

Ação é o direito público subjetivo de exigir do Estado juiz (através do poder


judiciário) que este resolva os conflitos de interesses, já o processo é o instrumento
utilizado pelo Estado para que o mesmo possa realizar o seu “jus puniendi”, ou seja,
seu direito de punir.

9. É pacífico que no processo penal brasileiro existe o princípio da verdade real, que está
consagrado no art. 156 do CPP, justificando a atividade investigatória e probatória do juiz.

Certo ( ) Errado ( )

MUDE SUA VIDA!


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SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: ERRADO
Exige conhecimento sobre as definições de ação e processo, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

Não é pacífico na doutrina brasileira a possibilidade de atividade investigatória


e probatória do juiz, a respeito veja a posição do professor Renato Brasileiro sobre o
tema:
“... outra conclusão não há senão a de que o Art. 156 I CPP, é absolutamente
incompatível com o nosso sistema acusatório e com a garantia da imparcialidade...”

Fonte: (Manual de Processo penal; volume único; 8 Edição; 2020; Editora jus
podivm).

10. A iniciativa instrutória do magistrado no processo penal fere o processo acusatório puro,
modelo adotado pelo processo penal brasileiro e que se caracteriza pela exclusividade das
partes na determinação da marcha do processo e na produção das provas.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: ERRADO
Embora o Brasil adote o sistema acusatório, não se trata de um sistema puro,
vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
No Brasil é atualmente adotado o sistema acusatório, pois há clara separação
entre a função acusatória — do Ministério Público nos crimes de ação pública — e a
julgadora. É preciso, entretanto, salientar que não se trata do sistema acusatório
puro, uma vez que, apesar de a regra ser a de que as partes devam produzir
suas provas, admitem-se exceções em que o próprio juiz pode determinar,
de ofício, sua produção de forma suplementar.

Fonte: (Reis, Alexandre Cebrian Araújo; Direito processual penal


esquematizado / Alexandre Cebrian Araújo Reis e Victor Eduardo Rios Gonçalves ;
coordenador Pedro Lenza. – 2. ed. – São Paulo : Saraiva)

11. Uma reforma que pretenda incorporar traços do sistema acusatório na legislação
processual penal vigente deve orientar-se no sentido de

A) concentrar a gestão da prova na pessoa do juiz.


B ) ampliar os espaços de oralidade nos atos processuais.
C) reduzir a imediação judicial na produção da prova.
D) limitar a publicidade dos atos processuais.
E) ampliar a tarifação e a taxatividade das provas.

MUDE SUA VIDA!


13
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SOLUÇÃO RÁPIDA

GABARITO: LETRA B
Exige do candidato conhecimento a respeito das características referentes aos
sistemas processuais existentes, em especial o acusatório, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

Afirmativa A
Concentrar a gestão da prova na pessoa do juiz é característica do sistema
inquisitório.

Afirmativa B
Ampliar os espaços da oralidade nos atos processuais, contribui para a
efetividade do contraditório uma das características do sistema acusatório.

Segundo o professor Guilherme de Souza Nucci: “O sistema acusatório possui


nítida separação entre o órgão acusador e o julgador; há liberdade de acusação,
reconhecido o direito ao ofendido e a qualquer cidadão; predomina a liberdade de
defesa e a isonomia entre as partes no processo; vigora a publicidade do
procedimento; o contraditório está presente; existe a possibilidade de recusa do
julgador; há livre sistema de produção de provas; predomina maior participação
popular na justiça penal e a liberdade do réu é a regra.”
(Nucci, Guilherme de Souza. Código de Processo Penal comentado / Guilherme
de Souza Nucci. – 15 edição).

Afirmativa C
O princípio da imediação significa a proximidade do juiz com as partes,
permitindo-se a produção de provas orais diante do juiz, contribuindo assim para que
sua decisão seja a mais fundamentada possível.

Afirmativa D
Limitar a publicidade dos atos processuais é característica do sistema
inquisitório.

Afirmativa E
Ampliar a prova tarifada não condiz com o sistema acusatório que tem como
sistema o livre convencimento motivado do juiz.

12. No processo penal, as características do sistema acusatório incluem

I. clara distinção entre as atividades de acusar e julgar, iniciativa probatória exclusiva das
partes e o juiz como terceiro imparcial e passivo na coleta da prova.

II. neutralidade do juiz, igualdade de oportunidades às partes no processo e repúdio à


prova tarifada.

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III. predominância da oralidade no processo, imparcialidade do juiz e supremacia da


confissão do réu como meio de prova.

IV. celeridade do processo e busca da verdade real, o que faculta ao juiz determinar de
ofício a produção de prova.

Estão certos apenas os itens

A) I e II.
B) I e IV.
C) II e III.
D) I, III e IV.
E) II, III e IV.

SOLUÇÃO RÁPIDA

GABARITO: LETRA A
Exige do candidato conhecimento a respeito das características referentes aos
sistemas processuais existentes, em especial o acusatório, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

Segundo o professor Guilherme de Souza Nucci: “O sistema acusatório possui


nítida separação entre o órgão acusador e o julgador; há liberdade de acusação,
reconhecido o direito ao ofendido e a qualquer cidadão; predomina a liberdade de
defesa e a isonomia entre as partes no processo; vigora a publicidade do
procedimento; o contraditório está presente; existe a possibilidade de recusa do
julgador; há livre sistema de produção de provas; predomina maior participação
popular na justiça penal e a liberdade do réu é a regra.”
(Nucci, Guilherme de Souza. Código de Processo Penal comentado / Guilherme
de Souza Nucci. – 15 edição).

Afirmativa I
A clara distinção entre as atividades de acusar e julgar, iniciativa probatória
exclusiva das partes e o juiz como terceiro imparcial e passivo na coleta da prova é
característica do sistema acusatório.

Afirmativa II
A neutralidade do juiz, igualdade de oportunidades às partes no processo e
repúdio à prova tarifada é característica do sistema acusatório.

Afirmativa III
A supremacia da confissão do réu como meio de prova é característica do
sistema inquisitivo.

Afirmativa IV
Permitir ao juiz determinar de ofício a produção de prova é característica do
sistema inquisitivo, no acusatório tal tarefa é de atribuição das partes.

MUDE SUA VIDA!


15
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13. O modelo processual acusatório tem sido entendido como o adequado a um Estado
Democrático de Direito por ser o mais garantista. Tem-se como um pressuposto estrutural e
lógico do modelo a

A) possibilidade de emendatio libelli e mutatio libelli.


B) existência de uma investigação prévia por delegado de polícia.
C) possibilidade da prova ser colhida pelo próprio juiz.
D) previsão legal de prisões processuais.
E) separação entre juiz e acusação.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA E
Exige do candidato conhecimento a respeito das características referentes aos
sistemas processuais existentes, em especial o acusatório, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Segundo o professor Guilherme de Souza Nucci: “O sistema acusatório
possui nítida separação entre o órgão acusador e o julgador; há liberdade de
acusação, reconhecido o direito ao ofendido e a qualquer cidadão; predomina a
liberdade de defesa e a isonomia entre as partes no processo; vigora a publicidade
do procedimento; o contraditório está presente; existe a possibilidade de recusa do
julgador; há livre sistema de produção de provas; predomina maior participação
popular na justiça penal e a liberdade do réu é a regra.”
(Nucci, Guilherme de Souza.Código de Processo Penal comentado / Guilherme
de Souza Nucci. – 15 edição).

Sistema adotado no Brasil


No Brasil é atualmente adotado o sistema acusatório, pois há clara separação
entre a função acusatória — do Ministério Público nos crimes de ação pública — e a
julgadora. É preciso, entretanto, salientar que não se trata do sistema acusatório
puro, uma vez que, apesar de a regra ser a de que as partes devam produzir suas
provas, admitem-se exceções em que o próprio juiz pode determinar, de ofício, sua
produção de forma suplementar.

Fonte: (Reis, Alexandre Cebrian Araújo; Direito processual penal


esquematizado / Alexandre Cebrian Araújo Reis e Victor Eduardo Rios Gonçalves ;
coordenador Pedro Lenza. – 2. ed. – São Paulo : Saraiva)

14. (Ano: 2014 Banca: FUNCAB Órgão: PC-RO Prova: FUNCAB - 2014 - PC-RO - Delegado de
Polícia Civil)

Assinale a alternativa em que se encontra uma característica do sistema acusatório.

A)O julgador é protagonista na busca pela prova.


B) As decisões não precisam ser fundamentadas.
C) A atividade probatória é atribuição natural das partes.
D) As funções de acusar e de julgar são concentradas em uma pessoa.
E) As decisões são sempre sigilosas.

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SOLUÇÃO RÁPIDA

GABARITO: LETRA C
Exige do candidato conhecimento a respeito das características referentes aos
sistemas processuais existentes, em especial o acusatório, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

Segundo a doutrina (Reis, Alexandre Cebrian Araújo; Direito processual penal


esquematizado / Alexandre Cebrian Araújo Reis e Victor Eduardo Rios Gonçalves ;
coordenador Pedro Lenza. – 2. ed. – São Paulo : Saraiva) no sistema acusatório
existe separação entre os órgãos incumbidos de realizar a acusação e o julgamento,
o que garante a imparcialidade do julgador e, por conseguinte, assegura a plenitude
de defesa e o tratamento igualitário das partes. Nesse sistema, considerando que a
iniciativa é do órgão acusador, o defensor tem sempre o direito de se manifestar por
último. A produção das provas é incumbência das partes.

15. (Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: DPE-RS Prova: FCC - 2014 - DPE-RS - Defensor Público)

No Brasil, segundo a maioria dos doutrinadores, vige o sistema processual penal do tipo
acusatório. São características deste sistema processual penal

A) a imparcialidade do julgador, a flexibilização do contraditório na medida da necessidade


para reconstrução da verdade real e a relativização do duplo grau de jurisdição.

B) o sigilo das audiências, a imparcialidade do julgador e a vedação ao duplo grau de


jurisdição.

C) a igualdade das partes, o contraditório e a publicidade dos atos processuais.

D) a absoluta separação das funções de acusar e julgar, a publicidade dos atos processuais e
a inexistência da coisa julgada.

E) o sigilo absoluto do inquérito policial, a publicidade dos atos processuais e o duplo grau
de jurisdição.

SOLUÇÃO RÁPIDA

GABARITO: LETRA C
Exige do candidato conhecimento a respeito das características referentes aos
sistemas processuais existentes, em especial o acusatório, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

O sistema inquisitivo é caracterizado pela concentração de poder nas mãos


do julgador, que exerce, também, a função de acusador; a confissão do réu é
considerada a rainha das provas; não há debates orais, predominando procedimentos
exclusivamente escritos; os julgadores não estão sujeitos à recusa; o procedimento
é sigiloso; há ausência de contraditório e a defesa é meramente decorativa.

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O sistema acusatório possui nítida separação entre o órgão acusador e o


julgador; há liberdade de acusação, reconhecido o direito ao ofendido e a qualquer
cidadão; predomina a liberdade de defesa e a isonomia entre as partes no processo;
vigora a publicidade do procedimento; o contraditório está presente; existe a
possibilidade de recusa do julgador; há livre sistema de produção de provas;
predomina maior participação popular na justiça penal e a liberdade do réu é a regra.

O sistema misto, surgido após a Revolução Francesa, uniu as virtudes dos


dois anteriores, caracterizando-se pela divisão do processo em duas grandes fases:
a instrução preliminar, com os elementos do sistema inquisitivo, e a fase de
julgamento, com a predominância do sistema acusatório. Num primeiro estágio, há
procedimento secreto, escrito e sem contraditório, enquanto, no segundo, presentes
se fazem a oralidade, a publicidade, o contraditório, a concentração dos atos
processuais, a intervenção de juízes populares e a livre apreciação das provas.

Fonte: (Nucci, Guilherme de Souza.Código de Processo Penal comentado /


Guilherme de Souza Nucci. – 15 edição)

16. Em se tratando de processo penal, assinale a alternativa que apresenta, correta e


respectivamente, uma fonte direta e uma fonte indireta.

A)Costume e lei.
B) Costume e jurisprudência.
C) Doutrina e jurisprudência.
D) Princípios gerais do direito e doutrina.
E) Lei e costume.

SOLUÇÃO RÁPIDA

GABARITO: LETRA E
Esse tema diz respeito à origem das normas processuais, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

Segundo as lições doutrinárias, elas podem ser materiais ou formais.

Fontes materiais
São as entidades criadoras do direito, sendo, por isso, chamadas também de
fontes de criação ou de produção. A fonte material (criadora) das leis processuais é
a União e, subsidiariamente, os Estados e o Distrito Federal.

Fontes formais
São também chamadas de fontes de revelação ou de cognição, e dizem respeito
aos meios pelos quais o direito se exterioriza. Dividem-se em fontes formais
imediatas e mediatas.

MUDE SUA VIDA!


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a) Fontes formas imediatas são as leis em sentido amplo, abrangendo o texto


constitucional, a legislação infraconstitucional (leis ordinárias, complementares etc.)
e os tratados, as convenções e as regras de direito internacional aprovados pelo
Congresso Nacional, bem como as súmulas vinculantes do Supremo Tribunal Federal.

b) Fontes formais mediatas: São a analogia, os costumes e os princípios gerais


de direito.

Fonte: (Reis, Alexandre Cebrian Araújo Direito processual penal esquematizado


/ Alexandre Cebrian Araújo Reis e Victor Eduardo Rios Gonçalves ; coordenador Pedro
Lenza. – 2. ed. – São Paulo : Saraiva)

17. (Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2014 - PC-SP - Delegado de
Polícia)

No Direito pátrio, o sistema que vige no processo penal é o

A) inquisitivo formal.
B) acusatório formal.
C) inquisitivo.
D) inquisitivo unificador.
E) acusatório.

SOLUÇÃO RÁPIDA

GABARITO: LETRA E
Exige do candidato conhecimento a respeito das características referentes aos
sistemas processuais existentes, em especial o acusatório, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

No Brasil é atualmente adotado o sistema acusatório, pois há clara separação


entre a função acusatória — do Ministério Público nos crimes de ação pública — e a
julgadora. É preciso, entretanto, salientar que não se trata do sistema acusatório
puro, uma vez que, apesar de a regra ser a de que as partes devam produzir suas
provas, admitem-se exceções em que o próprio juiz pode determinar, de ofício, sua
produção de forma suplementar.

Fonte: (Reis, Alexandre Cebrian Araújo; Direito processual penal


esquematizado / Alexandre Cebrian Araújo Reis e Victor Eduardo Rios Gonçalves ;
coordenador Pedro Lenza. – 2. ed. – São Paulo : Saraiva)

18. (Ano: 2014 Banca: MPE-MA Órgão: MPE-MA Prova: MPE-MA - 2014 - MPE-MA -
Promotor de Justiça)

É consentâneo com o sistema inquisitorial de processo penal, exceto:

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A) Sigilo dos atos processuais;


B) Suscetibilidade de início do processo por meio de denúncia anônima;
C) Incumbência de formular a acusação não individualizada;
D) Arguição de suspeição do juiz
E) Defesa técnica decorativa.

SOLUÇÃO RÁPIDA

GABARITO: LETRA D
Exige do candidato conhecimento a respeito das características referentes aos
sistemas processuais existentes, em especial o acusatório, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

Um julgador imparcial é característica do sistema acusatório, daí a previsão no


ordenamento jurídico ( Art. 252 e 254 do CPP) da possibilidade de se opor suspeição
ou impedimento do magistrado.

O sistema acusatório possui nítida separação entre o órgão acusador e o


julgador; há liberdade de acusação, reconhecido o direito ao ofendido e a qualquer
cidadão; predomina a liberdade de defesa e a isonomia entre as partes no processo;
vigora a publicidade do procedimento; o contraditório está presente; existe a
possibilidade de recusa do julgador; há livre sistema de produção de provas;
predomina maior participação popular na justiça penal e a liberdade do réu é a regra.

Fonte: (Nucci, Guilherme de Souza. Código de Processo Penal comentado /


Guilherme de Souza Nucci. – 15 edição)

19. (Ano: 2013 Banca: FUNCAB Órgão: PC-ES Prova: FUNCAB - 2013 - PC-ES - Escrivão de
Polícia)

É INCORRETO afirmar que é característica do sistema processual brasileiro:

A) Iniciativa privativa do MP para a propositura da ação penal pública e, como exceção, pelo
ofendido ou seu representante, no caso de ação penal privada subsidiária da pública.

B) Necessidade de justa causa para a deflagração da ação penal, decorrente da tutela


constitucional da dignidade da pessoa humana, sendo a sua falta atacável por habeas corpus.

C) Juiz natural.

D) Distinção das figuras do órgão acusador, julgador, da defesa e do órgão responsável pela
colheita da prova no procedimento preliminar.

E) Fase preparatória com inquérito conduzido, coordenadamente, pelo MP e pela Polícia,


iniciando-se a ação penal, sempre pública, após essa etapa.

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SOLUÇÃO RÁPIDA

GABARITO: LETRA E
Exige do candidato conhecimento a respeito das características referentes aos
sistemas processuais existentes, em especial o acusatório, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

No sistema brasileiro o inquérito não será conduzido, coordenadamente, pelo


MP e pela Polícia, pois a presidência do mesmo é ato exclusivo da autoridade de
polícia judiciária, além do mais o mesmo é dispensável não sendo uma fase
“obrigatória” para a propositura da ação penal.
A ação penal via de regra será pública (Art. 100 CP) e não sempre pública,
como quer o examinador.

20. (Ano: 2012 Banca: PC-SP Órgão: PC-SP Prova: PC-SP - 2011 - PC-SP - Delegado de Polícia)

Historicamente, o processo penal acusatório distinguia-se do inquisitório porque enquanto


o primeiro era

A) escrito e público, o segundo era oral e sigiloso.


B) escrito e sigiloso, o segundo era oral e público.
C) misto (oral e escrito), o segundo era exclusivamente oral.
D) oral e público, o segundo era escrito e sigiloso.
E) oral e sigiloso, o segundo era escrito e público.

SOLUÇÃO RÁPIDA

GABARITO: LETRA D
Exige do candidato conhecimento a respeito das características referentes aos
sistemas processuais existentes, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

O sistema inquisitivo é caracterizado pela concentração de poder nas mãos


do julgador, que exerce, também, a função de acusador; a confissão do réu é
considerada a rainha das provas; não há debates orais, predominando procedimentos
exclusivamente escritos; os julgadores não estão sujeitos à recusa; o procedimento
é sigiloso; há ausência de contraditório e a defesa é meramente decorativa.

O sistema acusatório possui nítida separação entre o órgão acusador e o


julgador; há liberdade de acusação, reconhecido o direito ao ofendido e a qualquer
cidadão; predomina a liberdade de defesa e a isonomia entre as partes no processo;
vigora a publicidade do procedimento; o contraditório está presente; existe a
possibilidade de recusa do julgador; há livre sistema de produção de provas;
predomina maior participação popular na justiça penal e a liberdade do réu é a regra.

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O sistema misto, surgido após a Revolução Francesa, uniu as virtudes dos


dois anteriores, caracterizando-se pela divisão do processo em duas grandes fases:
a instrução preliminar, com os elementos do sistema inquisitivo, e a fase de
julgamento, com a predominância do sistema acusatório. Num primeiro estágio, há
procedimento secreto, escrito e sem contraditório, enquanto, no segundo, presentes
se fazem a oralidade, a publicidade, o contraditório, a concentração dos atos
processuais, a intervenção de juízes populares e a livre apreciação das provas.

Fonte: (Nucci, Guilherme de Souza. Código de Processo Penal comentado /


Guilherme de Souza Nucci. – 15 edição)

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SUMÁRIO
Questões sobre a aula.................................................................................................................................. 2
Gabarito ...................................................................................................................................................... 7
Questões Comentadas ................................................................................................................................. 8

MUDE SUA VIDA!


1
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QUESTÕES SOBRE A AULA


1. No processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só
o anulará se houver prova de prejuízo para o réu.

Certo ( ) Errado ( )

2. (Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-AM Prova: CESPE - 2019 - TJ-AM -
Assistente Judiciário)

Com relação a provas, julgue o próximo item.

Provas obtidas por meios ilícitos podem excepcionalmente ser admitidas se beneficiarem o
réu.
Certo ( ) Errado ( )

3. São princípios processuais penais expressos na CF a presunção de não culpabilidade, o


devido processo legal e o direito do suspeito ou indiciado ao silêncio.

Certo ( ) Errado ( )

4. A lei não poderá restringir a divulgação de nenhum ato processual penal, sob pena de
ferir o princípio da publicidade.

Certo ( ) Errado ( )

5. A garantia, aos acusados em geral, de contraditar atos e documentos com os meios e


recursos previstos atende aos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa.

Certo ( ) Errado ( )

6. Ninguém será processado nem sentenciado, senão pela autoridade competente, em


respeito ao princípio constitucional do juiz natural.

Certo ( ) Errado ( )

7. Em razão do princípio constitucional da presunção de inocência, é vedado à autoridade


policial mencionar anotações referentes à instauração de inquérito nos atestados de
antecedentes que lhe forem solicitados.

Certo ( ) Errado ( )

8. A não comunicação ao acusado de seu direito de permanecer em silêncio é causa de


nulidade absoluta.

MUDE SUA VIDA!


2
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Certo ( ) Errado ( )

9. Nenhum acusado poderá ser julgado sem defensor, exceto se foragido, não podendo ser
localizado.

Certo ( ) Errado ( )

10. Doutrinariamente, a possibilidade de intervenção corporal coercitiva para colheita de


material genético tem sua constitucionalidade contestada em razão do princípio nemo
tenetur se detegere, que garante ao indiciado ou acusado o direito a não produzir prova
contra si mesmo.

Certo ( ) Errado ( )

11. (Ano: 2019 Banca: IDIB Órgão: Prefeitura de Petrolina - PE Prova: IDIB - 2019 -
Prefeitura de Petrolina - PE - Guarda Civil)

Sobre as disposições constitucionais aplicáveis ao Direito Processual Penal, analise os itens


a seguir:

I. Costuma-se falar que o princípio da individualização da pena tem caráter meramente


relativo, já que não foi contemplado na Constituição Federal.

II. Na seara processual penal, o princípio da razoável duração do processo deve ser
harmonizado com outros princípios constitucionais, não podendo ser considerado de
maneira isolada e descontextualizada do caso concreto, a pretexto de acelerar a condenação
do acusado.

III. O princípio da não autoincriminação garante o pleno direito ao silêncio do acusado, mas
não impede que o mesmo seja investigado pelos fatos sobre os quais não se pronunciou.

Analisados os itens, pode-se afirmar corretamente que:

A) Apenas o item I está correto.


B) Apenas o item II está correto.
C) Apenas o item III está correto.
D) Apenas os itens I e II estão corretos.
E) Apenas os itens II e III estão corretos.

12. (Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2018 - TJ-SP - Juiz Substituto)

São princípios constitucionais processuais penais explícitos e implícitos, respectivamente:

A) intranscendência das penas e motivação das decisões; e intervenção mínima (ou ultima
ratio) e duplo grau de jurisdição.
B)contraditório e impulso oficial; e adequação social e favor rei (ou in dubio pro reo).
C) dignidade da pessoa humana e juiz natural; e insignificância e identidade física do juiz.
D) não culpabilidade (ou presunção de inocência) e duração razoável do processo; e não
autoacusação (ou nemo tenetur se detegere) e paridade de armas.

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13. (Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: MPE-PE Prova: FCC - 2018 - MPE-PE - Técnico Ministerial
– Administrativa)

O princípio do Direito Processual Penal que impede a criação de tribunais de exceção refere-
se ao princípio

A) do contraditório.
B) da verdade real.
C) da oficiosidade.
D) do juiz natural.
E) da indisponibilidade.

14. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-MA Prova: CESPE - 2018 - PC-MA -
Escrivão de Polícia Civil)

A disposição constitucional que assegura ao preso o direito ao silêncio consubstancia o


princípio da

A) inexigibilidade de autoincriminação.
B) verdade real.
C) indisponibilidade.
D) oralidade.
E) cooperação processual.

15. Os princípios constitucionais aplicáveis ao processo penal incluem

A) a publicidade.
B) a verdade real
C) a identidade física do juiz.
D) o favor rei.
E) a indisponibilidade

16. (Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: DPE-RO Prova: FGV - 2015 - DPE-RO - Técnico da
Defensoria Publica - Oficial de Diligência)
A Constituição da República prevê os princípios da ampla defesa e do contraditório como
fundamentais. O Código de Processo Penal, por sua vez, traz previsões para o tratamento do
acusado e de seu defensor, algumas vezes em consonância com as ideias desses princípios e
outras não. De acordo com o Código, é correto afirmar que:

A) a audiência não poderá ser adiada pela ausência do defensor, ainda que justificada;
B) para constituição do defensor é sempre indispensável o instrumento de mandato;
C) a intimação do réu não revel para o ato de seu interrogatório é facultativa;
D) o acusado revel será julgado independente da presença de defensor ou advogado;
E) a intimação do defensor público nomeado será pessoal.

17. (Ano: 2013 Banca: COPS-UEL Órgão: SEAP-PR Prova: COPS-UEL - 2013 - SEAP-PR -
Agente Penitenciário)

Leia os textos a seguir.

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Texto 1

Não sigais os que argumentam com o grave das acusações, para se armarem de suspeita e
execração contra os acusados; como se, pelo contrário, quanto mais odiosa a acusação, não
houvesse o juiz de se precaver mais contra os acusadores, e menos perder de vista a
presunção de inocência, comum a todos os réus, enquanto não liquidada a prova e
reconhecido o delito. (Rui Barbosa)

Texto 2

1) Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser presumida inocente até que
a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual
lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa.

2) Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não
constituíam delito perante o direito nacional ou internacional. Tampouco será imposta pena
mais forte do que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso.
(Declaração Universal dos Direitos Humanos. 1948)

Sobre os textos, considere as afirmativas a seguir.

I. Os dois textos exploram o princípio da presunção de inocência.


II. Pena mais gravosa posterior ao delito deve ser aplicada aos atos pretéritos.
III. A culpa do réu, uma vez provada, torna desnecessárias as garantias atinentes à defesa.
IV. Para que alguém seja considerado culpado, deve existir previsão legal do delito no
ordenamento pátrio ou internacional.

Assinale a alternativa correta.

A) Somente as afirmativas I e II são corretas.


B) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
C) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
D)Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

18. (Ano: 2012 Banca: FUNDAÇÃO SOUSÂNDRADE Órgão: EMAP Prova: FUNDAÇÃO
SOUSÂNDRADE - 2012 - EMAP - Guarda Portuário)

De acordo com a Súmula Vinculante nº 11 do STF, só é lícito o uso de algemas.

A) em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física


própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por
escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e
de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade
civil do Estado.

B) em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física


própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, sem a necessidade de justificar por
escrito, sob pena da responsabilidade penal do agente ou da autoridade e de nulidade da
prisão ou do ato processual a que se refere.

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C) somente em casos de resistência por parte do preso ou de terceiros, não havendo a


necessidade de justificar por escrito, pois constitui um dever da autoridade.

D) em casos de resistência e de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do


preso ou de terceiros, não sendo cabível em caso de fundado receio de fuga.

E) em casos de resistência e de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do


preso ou de terceiros, sem necessidade de justificativa por escrito, sob pena das
responsabilidade civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato
processual a que se refere, não havendo responsabilidade civil do Estado.

19. (Ano: 2009 Banca: FCC Órgão: MPE-AP Prova: FCC - 2009 - MPE-AP - Técnico
Administrativo)

O princípio constitucional que assegura ao acusado o direito de ampla defesa, em processo


em que seja assegurada a igualdade das partes, denomina-se princípio

A) do juiz natural.
B) do estado de inocência.
C) da verdade real.
D) da obrigatoriedade.
E) do contraditório.

20. "O processo é meio, não sendo permitido exigir um dispêndio exagerado em relação aos
bens que estão em plena disputa."

Tal frase faz referência ao princípio da (o):

A)Economia processual

B)Princípio do contraditório ou bilateralidade e da ampla defesa

C)Duplo grau de jurisdição

D)Imparcialidade judicial

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6
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GABARITO
1. CERTO
2. CERTO
3. CERTO
4. ERRADO
5. CERTO
6. CERTO
7. CERTO
8. ERRADO
9. ERRADO
10. CERTO
11. E
12. D
13. D
14. A
15. A
16. E
17. B
18. A
19. E
20. A

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QUESTÕES COMENTADAS
1. No processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só
o anulará se houver prova de prejuízo para o réu.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
Exige do candidato conhecimento sobre as súmulas dos tribunais superiores,
vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

Súmula 523 STF: A falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua
deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu.

2. (Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-AM Prova: CESPE - 2019 - TJ-AM -
Assistente Judiciário)

Com relação a provas, julgue o próximo item.

Provas obtidas por meios ilícitos podem excepcionalmente ser admitidas se beneficiarem o
réu.
Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
A prova ilícita como regra não é admitida em nosso ordenamento, podendo
contudo, por uma questão de proporcionalidade, ser utilizada em favor do réu,
vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

Art. 5º LVI CRFB/88: São inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por


meio ilícito.

Segundo a doutrina tal proibição não é absoluta, tendo em vista não haver
direito absoluto, vejamos:

“Tem aceitação na doutrina o critério da proporcionalidade, segundo o qual a


vedação à utilização da prova ilícita não tem caráter absoluto, motivo pelo qual a
proibição pode ser mitigada quando se mostrar em aparente confronto com outra
norma ou princípio de estatura constitucional. A aplicação desse critério decorre da
teoria da concordância prática (ou da harmonização) das regras constitucionais, que
preconiza a coexistência harmônica das normas dessa natureza.

MUDE SUA VIDA!


8
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Nesses casos, ou seja, quando o princípio da vedação da prova ilícita revelar-


se em confronto com outra norma de índole constitucional, há que se verificar qual
dos bens jurídicos deve ser sacrificado em detrimento do outro, como por exemplo,
ao optar-se pela prevalência do direito à liberdade do indivíduo na hipótese
em que a única prova capaz de gerar a absolvição tenha sido obtida por meio
de uma ilicitude de menor monta. Aqui deve prevalecer o princípio constitucional
da ampla defesa em detrimento daquele que veda a utilização das provas ilícitas.”

(Reis, Alexandre Cebrian Araújo; Direito processual penal esquematizado/


Alexandre Cebrian Araújo Reis e Victor Eduardo Rios Gonçalves ; Ed. Saraiva)

3. São princípios processuais penais expressos na CF a presunção de não culpabilidade, o


devido processo legal e o direito do suspeito ou indiciado ao silêncio.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
Exige do candidato conhecimento sobre os princípios processuais, todos os
princípios constantes no enunciado estão expressos no Art. 5 da CRFB/88, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

Princípio da não culpabilidade ou presunção de inocência


LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença
penal condenatória;

Princípio do devido processo legal


LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo
legal;

Direito ao silêncio
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer
calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;

4. A lei não poderá restringir a divulgação de nenhum ato processual penal, sob pena de
ferir o princípio da publicidade.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: ERRADO
Exige do candidato conhecimento sobre os princípios processuais, lembrando
que não há no ordenamento brasileiro princípio absoluto, vejamos:

MUDE SUA VIDA!


9
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SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 93. IX CRFB/88: ” todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário
serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo
a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus
advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à
intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação.”

5. A garantia, aos acusados em geral, de contraditar atos e documentos com os meios e


recursos previstos atende aos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
Exige do candidato conhecimento sobre os princípios processuais, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

Conforme ensinamento do professor Fernando Capez (Curso de Processo Penal;


Editora Saraiva; 19 edição):

Contraditório
A bilateralidade da ação gera a bilateralidade do processo, de modo que as
partes, em relação ao juiz, não são antagônicas, mas colaboradoras necessárias. O
juiz coloca-se, na atividade que lhe incumbe o Estado-Juiz, equidistante das partes,
só podendo dizer que o direito preexistente foi devidamente aplicado ao caso
concreto se, ouvida uma parte, for dado à outra manifestar-se em seguida. Por isso,
o princípio é identificado na doutrina pelo binômio ciência e participação.

Ampla defesa
Implica o dever de o Estado proporcionar a todo acusado a mais completa
defesa, seja pessoal (autodefesa), seja técnica (efetuada por defensor) (CF, art. 5º,
LV), e o de prestar assistência jurídica integral e gratuita aos necessitados (CF, art.
5º, LXXIV). Desse princípio também decorre a obrigatoriedade de se observar a
ordem natural do processo, de modo que a defesa se manifeste sempre em último
lugar. Assim, qualquer que seja a situação que dê ensejo a que, no processo penal,
o Ministério Público se manifeste depois da defesa (salvo, é óbvio, nas hipóteses de
contrarrazões de recurso, de sustentação oral ou de manifestação dos procuradores
de justiça, em segunda instância), obriga, sempre, seja aberta vista dos autos à
defensoria do acusado, para que possa exercer seu direito de defesa na amplitude
que a lei consagra. O Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, em seu art. 14,
3, d, assegura a toda pessoa acusada de infração penal o direito de se defender
pessoalmente e por meio de um defensor constituído ou nomeado pela Justiça,
quando lhe faltarem recursos suficientes para contratar algum.

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6. Ninguém será processado nem sentenciado, senão pela autoridade competente, em


respeito ao princípio constitucional do juiz natural.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
Exige do candidato conhecimento sobre os princípios processuais, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

Conforme ensinamento do professor Fernando Capez (Curso de Processo Penal;


Editora Saraiva; 19 edição):

“Está previsto no art. 5º, LIII, da Constituição Federal, que dispõe que ninguém
será sentenciado senão pelo juiz competente. Significa dizer que todos têm a garantia
constitucional de ser submetidos a julgamento somente por órgão do Poder
Judiciário, dotado de todas as garantias institucionais e pessoais previstas no Texto
Constitucional. Juiz natural é, portanto, aquele previamente conhecido,
segundo regras objetivas de competência estabelecidas anteriormente à
infração penal, investido de garantias que lhe assegurem absoluta
independência e imparcialidade.”

7. Em razão do princípio constitucional da presunção de inocência, é vedado à autoridade


policial mencionar anotações referentes à instauração de inquérito nos atestados de
antecedentes que lhe forem solicitados.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
Exige do candidato conhecimento sobre os princípios processuais, essa vedação
tem por objetivo consagrar o princípio da presunção de inocência, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

Art. 20 Parágrafo único CPP. Nos atestados de antecedentes que lhe forem
solicitados, a autoridade policial não poderá mencionar quaisquer anotações
referentes a instauração de inquérito contra os requerentes.

8. A não comunicação ao acusado de seu direito de permanecer em silêncio é causa de


nulidade absoluta.
Certo ( ) Errado ( )

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SOLUÇÃO RÁPIDA

GABARITO: ERRADO
Embora seja direito do indivíduo ser comunicado do direito ao silêncio, tal
omissão não gera necessariamente nulidade absoluta, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

Veja este julgado do STJ que confirma o que dito:

“A jurisprudência desta Corte Superior pacificou o entendimento de que a


inobservância da regra de informação quanto ao direito ao silêncio gera apenas
nulidade relativa, cuja declaração depende da comprovação do prejuízo.
Ademais, a jurisprudência desta Corte assentou-se no sentido de que eventuais
irregularidades ocorridas na fase investigatória, dada a natureza inquisitiva do
inquérito policial, não contaminam a ação penal (HC 232.674/SP, Rel. Min. JORGE
MUSSI, Quinta Turma).

9. Nenhum acusado poderá ser julgado sem defensor, exceto se foragido, não podendo ser
localizado.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: ERRADO
Não existe tal exceção no ordenamento jurídico, todos tem direito a um
defensor, seja constituído pelo próprio acusado, seja nomeado pelo Estado, tal direito
decorre da ampla defesa, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

Art. 261 CPP. Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será
processado ou julgado sem defensor.

10. Doutrinariamente, a possibilidade de intervenção corporal coercitiva para colheita de


material genético tem sua constitucionalidade contestada em razão do princípio nemo
tenetur se detegere, que garante ao indiciado ou acusado o direito a não produzir prova
contra si mesmo.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
Essa além de ser a posição doutrinária também é a posição dos tribunais
superiores, vejamos:

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SOLUÇÃO COMPLETA
"O privilégio contra a autoincriminação, garantia constitucional, permite ao
paciente o exercício do direito de silêncio, não estando, por essa razão, obrigado a
fornecer os padrões vocais necessários a subsidiar prova pericial que entende lhe ser
desfavorável." (HC 83.096, Rel. Min. Ellen Gracie)"

11. (Ano: 2019 Banca: IDIB Órgão: Prefeitura de Petrolina - PE Prova: IDIB - 2019 -
Prefeitura de Petrolina - PE - Guarda Civil)

Sobre as disposições constitucionais aplicáveis ao Direito Processual Penal, analise os itens


a seguir:

I. Costuma-se falar que o princípio da individualização da pena tem caráter meramente


relativo, já que não foi contemplado na Constituição Federal.

II. Na seara processual penal, o princípio da razoável duração do processo deve ser
harmonizado com outros princípios constitucionais, não podendo ser considerado de
maneira isolada e descontextualizada do caso concreto, a pretexto de acelerar a condenação
do acusado.

III. O princípio da não autoincriminação garante o pleno direito ao silêncio do acusado, mas
não impede que o mesmo seja investigado pelos fatos sobre os quais não se pronunciou.

Analisados os itens, pode-se afirmar corretamente que:

A) Apenas o item I está correto.


B) Apenas o item II está correto.
C) Apenas o item III está correto.
D) Apenas os itens I e II estão corretos.
E) Apenas os itens II e III estão corretos.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA E
Exige do candidato conhecimento sobre os princípios processuais, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

Afirmativa I
Tal princípio tem previsão expressa na Constituição Federal, vejamos:

XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as


seguintes:

a) privação ou restrição da liberdade;


b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;

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Afirmativa II
O princípio da duração razoável do processo deve ser adotado com respeito a
ampla defesa, ao contraditório, entre outros princípios do processo penal.

Conforme ensinamento do professor Fernando Capez (Curso de Processo Penal;


Editora Saraiva; 19 edição): “Recomenda-se sejam evitadas questões demoradas e
protelatórias, adotando-se a decisão mais rápida de acordo com o que normalmente
acontece, em vez de se ficar aprofundando em uma polêmica de difícil solução. Por
exemplo, ante a divergência fática (tráfico internacional, ou restrito ao território
brasileiro) devem-se enviar os autos para a justiça estadual (em razão do que
normalmente acontece). Se, no correr do processo, surgir fato novo, em razão da
matéria, modificar-se-á a competência (nesse sentido: STJ, 3ª Sec., CComp
10.067/SC, rel. Min. Luiz Vicente Cernicchiaro, v. u., DJ, 10 out. 1994).”

Afirmativa III
O direito a não auto incriminação não tem o condão de impedir uma
investigação criminal, mesmo que tal investigação diga respeito aos fatos pelo quais
o indivíduo se calou.

12. (Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2018 - TJ-SP - Juiz Substituto)

São princípios constitucionais processuais penais explícitos e implícitos, respectivamente:

A) intranscendência das penas e motivação das decisões; e intervenção mínima (ou ultima
ratio) e duplo grau de jurisdição.
B)contraditório e impulso oficial; e adequação social e favor rei (ou in dubio pro reo).
C) dignidade da pessoa humana e juiz natural; e insignificância e identidade física do juiz.
D) não culpabilidade (ou presunção de inocência) e duração razoável do processo; e não
autoacusação (ou nemo tenetur se detegere) e paridade de armas.
SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA D
Exige do candidato conhecimento sobre os princípios processuais, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

Afirmativa A
O Princípio da intranscendência está expresso no artigo 5º XLV CRFB/88.

O princípio da motivação das decisões está expresso na CRFB/88 Art. 93 IX

O princípio da intervenção mínima não se encontra expresso na Constituição


Federal e se se trata de um princípio do direito penal.

O Princípio do duplo grau de jurisdição é um princípio implícito e está ligado à


possibilidade de revisão das decisões judiciais.

Afirmativa B

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O princípio do contraditório está expresso no artigo 5º LV CRFB/88.

O princípio do impulso oficial, não se encontra expresso na Constituição Federal.

O princípio da adequação social se trata de um princípio penal não previsto de


forma expressa na CRFB/88.

O princípio do favor rei (in dubio pro reo), não está expresso no Constituição
Federal.

Afirmativa C
O princípio da dignidade da pessoa humana está expresso no Art. 1º III CRFB.

O princípio do juiz natural está previsto de forma expressa no artigo 5º LIII


CRFB/88.
O princípio da insignificância é um princípio implícito do direito penal.

O princípio da identidade física do juiz não está expresso na Constituição


Federal, embora exista previsão do mesmo no CPP (Art. 399 §2)

Afirmativa D
O princípio da não culpabilidade ou presunção de inocência está previsto no
artigo 5º LVII CRFB/88: “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado
de sentença penal condenatória".

O princípio da duração razoável do processo está expresso no Art. 5º LXXVIII


CRFB/88: “a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável
duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação".

O princípio da não autoacusação não está expresso na Constituição Federal é


consectário da presunção de inocência.

O princípio da paridade de armas não está expresso na Constituição Federal e


é consectário lógico do devido processo legal.

13. (Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: MPE-PE Prova: FCC - 2018 - MPE-PE - Técnico Ministerial
– Administrativa)

O princípio do Direito Processual Penal que impede a criação de tribunais de exceção refere-
se ao princípio

A) do contraditório.
B) da verdade real.
C) da oficiosidade.
D) do juiz natural.
E) da indisponibilidade.

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SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA D
Exige do candidato conhecimento sobre os princípios processuais, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

Conforme ensinamento do professor Fernando Capez (Curso de Processo Penal;


Editora Saraiva; 19 edição): “Está previsto no art. 5º, LIII, da Constituição Federal,
que dispõe que ninguém será sentenciado senão pelo juiz competente. Significa dizer
que todos têm a garantia constitucional de ser submetidos a julgamento somente por
órgão do Poder Judiciário, dotado de todas as garantias institucionais e pessoais
previstas no Texto Constitucional. Juiz natural é, portanto, aquele previamente
conhecido, segundo regras objetivas de competência estabelecidas anteriormente à
infração penal, investido de garantias que lhe assegurem absoluta independência e
imparcialidade. Do princípio depreende-se também a proibição de criação de tribunais
de exceção, com os quais, evidentemente, não se confundem as jurisdições
especializadas, que são meras divisões de atividade jurisdicional.”

14. (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-MA Prova: CESPE - 2018 - PC-MA -
Escrivão de Polícia Civil)

A disposição constitucional que assegura ao preso o direito ao silêncio consubstancia o


princípio da

A) inexigibilidade de autoincriminação.
B) verdade real.
C) indisponibilidade.
D) oralidade.
E) cooperação processual.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA A
Exige do candidato conhecimento sobre os princípios processuais, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

Segundo o professor Renato Brasileiro de Lima, o direito ao silêncio previsto na


Constituição Federal “como direito de permanecer calado” é somente “uma das várias
decorrências do nemo tenetur se detegere, segundo o qual ninguém é obrigado a
produzir prova contra si mesmo”

15. Os princípios constitucionais aplicáveis ao processo penal incluem

A) a publicidade.
B) a verdade real
C) a identidade física do juiz.
D) o favor rei.
E) a indisponibilidade

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SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA A
Exige do candidato conhecimento sobre os princípios processuais, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

Todas as alternativas trazem princípios processuais, mas apenas o princípio da


publicidade, dentre as alternativas apresentadas, possui assento constitucional.

Art. 93. IX CRFB/88: ” todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário


serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo
a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus
advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à
intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação.”

16. (Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: DPE-RO Prova: FGV - 2015 - DPE-RO - Técnico da
Defensoria Publica - Oficial de Diligência)
A Constituição da República prevê os princípios da ampla defesa e do contraditório como
fundamentais. O Código de Processo Penal, por sua vez, traz previsões para o tratamento do
acusado e de seu defensor, algumas vezes em consonância com as ideias desses princípios e
outras não. De acordo com o Código, é correto afirmar que:

A) a audiência não poderá ser adiada pela ausência do defensor, ainda que justificada;
B) para constituição do defensor é sempre indispensável o instrumento de mandato;
C) a intimação do réu não revel para o ato de seu interrogatório é facultativa;
D) o acusado revel será julgado independente da presença de defensor ou advogado;
E) a intimação do defensor público nomeado será pessoal.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA E
Exige do candidato conhecimento sobre os princípios processuais e os
dispositivos do CPP sobre os temas, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

Afirmativa A
Art. 265 § 1 CPP: A audiência poderá ser adiada se, por motivo justificado, o
defensor não puder comparecer.

Afirmativa B
Art. 266. CPP: A constituição de defensor independerá de instrumento de
mandato, se o acusado o indicar por ocasião do interrogatório.

Afirmativa C
Em razão do princípio do contraditório, na sua vertente direito à informação, as
partes deverão sempre ser intimadas para ciência dos atos processuais.

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Afirmativa D
Art. 261. Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado
ou julgado sem defensor.

Afirmativa E
Art. 370 § 4 CPP: A intimação do Ministério Público e do defensor nomeado
será pessoal.

17. (Ano: 2013 Banca: COPS-UEL Órgão: SEAP-PR Prova: COPS-UEL - 2013 - SEAP-PR -
Agente Penitenciário)

Leia os textos a seguir.

Texto 1

Não sigais os que argumentam com o grave das acusações, para se armarem de suspeita e
execração contra os acusados; como se, pelo contrário, quanto mais odiosa a acusação, não
houvesse o juiz de se precaver mais contra os acusadores, e menos perder de vista a
presunção de inocência, comum a todos os réus, enquanto não liquidada a prova e
reconhecido o delito. (Rui Barbosa)

Texto 2

1) Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser presumida inocente até que
a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual
lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa.

2) Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não
constituíam delito perante o direito nacional ou internacional. Tampouco será imposta pena
mais forte do que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso.
(Declaração Universal dos Direitos Humanos. 1948)

Sobre os textos, considere as afirmativas a seguir.

I. Os dois textos exploram o princípio da presunção de inocência.


II. Pena mais gravosa posterior ao delito deve ser aplicada aos atos pretéritos.
III. A culpa do réu, uma vez provada, torna desnecessárias as garantias atinentes à defesa.
IV. Para que alguém seja considerado culpado, deve existir previsão legal do delito no
ordenamento pátrio ou internacional.

Assinale a alternativa correta.

A) Somente as afirmativas I e II são corretas.


B) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
C) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
D)Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

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SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA B
Exige do candidato conhecimento sobre os princípios processuais e os
dispositivos do CPP sobre os temas, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

Afirmativa I
Os textos estão sim relacionados ao princípio da não culpabilidade ou da
presunção de inocência.

Afirmativa II
A lei não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.

Afirmativa III
Ninguém poderá ser julgado sem o devido processo legal, mesmo após a
condenação os direitos do apenado continuam válidos, desde que não tenham sido
atingidos pela sentença condenatória.

Afirmativa IV
Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação
legal, trata-se do princípio da reserva legal previsto no Art 5 XXXIX da CRFB/88.

18. (Ano: 2012 Banca: FUNDAÇÃO SOUSÂNDRADE Órgão: EMAP Prova: FUNDAÇÃO
SOUSÂNDRADE - 2012 - EMAP - Guarda Portuário)

De acordo com a Súmula Vinculante nº 11 do STF, só é lícito o uso de algemas.

A) em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física


própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por
escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e
de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade
civil do Estado.

B) em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física


própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, sem a necessidade de justificar por
escrito, sob pena da responsabilidade penal do agente ou da autoridade e de nulidade da
prisão ou do ato processual a que se refere.

C) somente em casos de resistência por parte do preso ou de terceiros, não havendo a


necessidade de justificar por escrito, pois constitui um dever da autoridade.

D) em casos de resistência e de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do


preso ou de terceiros, não sendo cabível em caso de fundado receio de fuga.

E) em casos de resistência e de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do


preso ou de terceiros, sem necessidade de justificativa por escrito, sob pena das
responsabilidade civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato
processual a que se refere, não havendo responsabilidade civil do Estado.

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SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA A
Exige do candidato conhecimento as súmulas dos tribunais superiores,
vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

Súmula Vinculante 11: "Só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e


de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por
parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena
de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade
da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil
do Estado."

19. (Ano: 2009 Banca: FCC Órgão: MPE-AP Prova: FCC - 2009 - MPE-AP - Técnico
Administrativo)

O princípio constitucional que assegura ao acusado o direito de ampla defesa, em processo


em que seja assegurada a igualdade das partes, denomina-se princípio

A) do juiz natural.
B) do estado de inocência.
C) da verdade real.
D) da obrigatoriedade.
E) do contraditório.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA E
Questão um pouco confusa, trata de forma sinônima princípios diferentes,
contudo se chega a resposta por um processo de exclusão, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

Conforme ensinamento do professor Fernando Capez (Curso de Processo Penal;


Editora Saraiva; 19 edição):

Contraditório
A bilateralidade da ação gera a bilateralidade do processo, de modo que as
partes, em relação ao juiz, não são antagônicas, mas colaboradoras necessárias. O
juiz coloca-se, na atividade que lhe incumbe o Estado-Juiz, equidistante das partes,
só podendo dizer que o direito preexistente foi devidamente aplicado ao caso
concreto se, ouvida uma parte, for dado à outra manifestar-se em seguida. Por isso,
o princípio é identificado na doutrina pelo binômio ciência e participação.

Ampla defesa
Implica o dever de o Estado proporcionar a todo acusado a mais completa
defesa, seja pessoal (autodefesa), seja técnica (efetuada por defensor) (CF, art. 5º,
LV), e o de prestar assistência jurídica integral e gratuita aos necessitados (CF, art.

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5º, LXXIV). Desse princípio também decorre a obrigatoriedade de se observar a


ordem natural do processo, de modo que a defesa se manifeste sempre em último
lugar. Assim, qualquer que seja a situação que dê ensejo a que, no processo penal,
o Ministério Público se manifeste depois da defesa (salvo, é óbvio, nas hipóteses de
contrarrazões de recurso, de sustentação oral ou de manifestação dos procuradores
de justiça, em segunda instância), obriga, sempre, seja aberta vista dos autos à
defensoria do acusado, para que possa exercer seu direito de defesa na amplitude
que a lei consagra. O Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, em seu art. 14,
3, d, assegura a toda pessoa acusada de infração penal o direito de se defender
pessoalmente e por meio de um defensor constituído ou nomeado pela Justiça,
quando lhe faltarem recursos suficientes para contratar algum.

20. "O processo é meio, não sendo permitido exigir um dispêndio exagerado em relação aos
bens que estão em plena disputa."

Tal frase faz referência ao princípio da (o):

A)Economia processual

B)Princípio do contraditório ou bilateralidade e da ampla defesa

C)Duplo grau de jurisdição

D)Imparcialidade judicial

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA A
Exige do candidato conhecimento a respeito dos princípios no Processo Penal,
vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

O processo é meio, não sendo permitido exigir um dispêndio exagerado em


relação aos bens que estão em plena disputa. Exprime a procura da máxima eficiência
na aplicação do direito, com o menor dispêndio de atos processuais possível. Uma
das aplicações desse princípio em Processo Penal é a chamada prova emprestada.

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SUMÁRIO
Questões sobre a aula.................................................................................................................................. 2
Gabarito ...................................................................................................................................................... 7
Questões Comentadas ................................................................................................................................. 8

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QUESTÕES SOBRE A AULA


1. Verificada a ocorrência de uma infração penal, a sua apuração terá início,
obrigatoriamente, com a denúncia formulada pelo Ministério Público.

Certo ( ) Errado ( )

2. Ao receber a notitia criminis, a autoridade policial tem o dever, em qualquer caso, de


pronto, de instaurar o IP.

Certo ( ) Errado ( )

3. Nos crimes de ação pública condicionada, o IP somente poderá ser instaurado se houver
representação do ofendido ou de seu representante legal; nos crimes de iniciativa privada,
se houver requerimento de quem tenha qualidade para oferecer queixa.

Certo ( ) Errado ( )

4. De acordo com o CPP, qualquer pessoa do povo, ao tomar conhecimento da prática de


atos delituosos, deverá comunicá-los à autoridade policial, seja verbalmente, seja por via
formal.

Certo ( ) Errado ( )

5. São formas de instauração de IP: de ofício, pela autoridade policial; mediante


representação do ofendido ou representante legal; por meio de requisição do Ministério
Público ou do ministro da Justiça; por intermédio do auto de prisão em flagrante e em virtude
de delatio criminis anônima, após apuração preliminar.

Certo ( ) Errado ( )

6. Arquivado o IP, por falta de elementos que evidenciem a justa causa, admite-se que a
autoridade policial realize novas diligências, se de outras provas tiver notícia.

Certo ( ) Errado ( )

7. A notitia criminis de cognição imediata ocorre quando a autoridade policial toma


conhecimento do fato delituoso através da apresentação do indivíduo preso em flagrante-
delito, enquanto a denúncia anônima é considerada notitia criminis inqualificada.

Certo ( ) Errado ( )

8. Nos casos de crime de ação penal de iniciativa privada, para instaurar o inquérito
policial, a autoridade policial dependerá de requerimento de quem tenha qualidade para

MUDE SUA VIDA!


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intentá-la, o qual consistirá na chamada queixa- -crime, que deverá ser apresentada por
advogado munido de procuração com poderes especiais.

Certo ( ) Errado ( )

9. Notitia criminis de cognição indireta ou mediata ocorre quando a autoridade policial


toma conhecimento de um fato aparentemente delituoso por meio de suas atividades
habituais, como, por exemplo, pela imprensa ou em uma determinada investigação.

Certo ( ) Errado ( )

10. Uma das formas de se iniciar o inquérito policial é pela requisição do ofendido ou de
quem tiver qualidade para representá-lo, constituindo uma hipótese do que se
denomina notitia criminis de cognição indireta ou mediata.

Certo ( ) Errado ( )

11. (Ano: 2016 Banca: TJ-AC Órgão: TJ-AC Prova: TJ-AC - 2016 - TJ-AC - Juiz Leigo)

Se o crime for de alçada privada, a instauração de inquérito policial:

A) Não interrompe o prazo para o oferecimento de queixa.


B) É indispensável para a propositura da ação penal.
C) Constitui causa de interrupção da prescrição.
D) Suspende o prazo para o oferecimento de queixa.

12. (Ano: 2018 Banca: GUALIMP Órgão: Câmara de Nova Venécia - ES Prova: GUALIMP -
2018 - Câmara de Nova Venécia - ES - Procurador Jurídico)

Em relação ao Inquérito Policial, assinale a alternativa INCORRETA:

A) Nos crimes de ação pública o inquérito policial poderá ser iniciado de ofício.

B) Nos crimes em que a ação pública depender de representação, o inquérito poderá sem ela
ser iniciado, com intimação da vítima para posterior representação.

C) Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a


autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não
contrarie a moralidade ou a ordem pública.

D) O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em


flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia
em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante
fiança ou sem ela.

13. (Ano: 2012 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRF - 2ª REGIÃO)

Acerca do inquérito policial (IP), assinale opção correta.

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A) Mesmo em caso de sigilo decretado no IP, a autoridade policial terá de encaminhar ao


instituto de identificação os dados relativos à infração penal e à pessoa do indiciado.

B) O advogado tem direito de vista aos autos do IP, salvo nos casos de decretação de sigilo.

C) Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento de qualquer infração penal poderá
comunicá-la à autoridade policial, que, então, deverá reduzi-la a termo e, caso verifique a
procedência das informações, instaurar inquérito.

D) A pedido do indiciado, a autoridade policial deverá instaurar o contraditório e a ampla


defesa no curso do IP.

E) Nos crimes hediondos, o IP pode ser instaurado com base apenas em denúncia anônima
encaminhada a delegado de polícia, a membro do MP ou a juiz, por constituir indício da
prática de crime.

14. (Ano: 2013 Banca: AOCP Órgão: MPE-BA)

De acordo com o Código de Processo Penal, analise as assertivas e assinale a alternativa que
aponte as corretas.

I. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade policial,


senão para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.

II. A autoridade policial poderá mandar arquivar autos de inquérito.

III. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de
base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras
provas tiver notícia.

IV. Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do inquérito serão remetidos ao
juízo competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal,
ou serão entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado.

A) Apenas I e II.
B) Apenas I, II e IV.
C) Apenas I, III e IV.
D) Apenas I e III.
E) I, II, III e IV.

15. (Ano: 2016 Banca: CETAP Órgão: Prefeitura de São Miguel do Guamá - PA Prova: CETAP
- 2016 - Prefeitura de São Miguel do Guamá - PA – Advogado)

Acerca do inquérito policial, marque a alternativa correta:

A) Nos crimes de ação pública, o inquérito policial será sempre iniciado mediante requisição
da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem
tiver qualidade para representá-lo, vedada a instauração de ofício.

B) O despacho que indeferir o requerimento de abertura do inquérito policial é irrecorrível,


cabendo apenas mandado de segurança.

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C) O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em


flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia
em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante
fiança ou sem ela.

D) O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer


diligência, que será sempre realizada.

E) A incomunicabilidade do indiciado, quando o interesse da sociedade ou a conveniência da


investigação assim exigir, independerá de despacho nos autos.

16. (Ano: 2019 Banca: Instituto Acesso Órgão: PC-ES Prova: Instituto Acesso - 2019 - PC-ES
- Delegado de Polícia)

A referida classificação do sistema brasileiro como um sistema acusatório, desvinculado dos


papéis dos agentes processuais e das funções no processo judicial, mostra-se contraditória
quando confrontada com uma série de elementos existentes no processo.” (FERREIRA.
Marco Aurélio Gonçalves. A Presunção da Inocência e a Construção da Verdade: Contrastes
e Confrontos em perspectiva comparada (Brasil e Canadá). EDITORA LUMEN JURIS, Rio de
Janeiro, 2013). Leia o caso hipotético descrito a seguir.

O Ministro OMJ, do Supremo Tribunal Federal, rejeitou o pedido da Procuradoria-Geral da


República (PGR), de arquivamento do inquérito aberto para apurar ofensas a integrantes do
STF e da suspensão dos atos praticados no âmbito dessa investigação, como buscas e
apreensões e a censura a sites. Assinale a alternativa INCORRETA quanto a noção de sistema
acusatório.

A) Inquérito administrativo instaurado no âmbito da administração pública.


B) A determinação de ofício de instauração de inquérito policial pelo juiz.
C) A Instauração de inquérito policial pelo Delegado de Polícia.
D) A requisição de instauração de inquérito policial pelo Ministério Público.
E) Inquérito instaurado por comissões parlamentares.

17. Nos crimes de ação penal privada, o inquérito policial será iniciado

A) de ofício pela autoridade policial.

B) a requerimento do ofendido ou, se ausente, ao cônjuge, ascendente, descendente ou seu


irmão.

C) por requisição do Poder Judiciário.

D) com a lavratura de boletim de ocorrência de terceiro interessado ao fato e alheio ao


ofendido.

E) por requisição do Ministério Público ou a requerimento do ofendido.

18. (Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-
ES – Investigador)

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Nos crimes de ação penal pública,

A) o inquérito policial será iniciado a requerimento do ofendido ou de seu procurador,


excluídos os seus descendentes.

B) o requerimento do ofendido deverá conter imprescindivelmente a narração do fato, com


todas as circunstâncias.

C) o inquérito policial será iniciado mediante requisição da autoridade judiciária ou do


Ministério Público.

D) o inquérito policial poderá ser iniciado ainda que a ação pública dependa de
representação, estando ela inicialmente ausente.

E) o inquérito policial não poderá extrapolar o prazo de 30 dias corridos quando se tratar de
indiciados soltos, ainda que a autoridade policial requeira dilação.

19. Nos crimes de ação penal pública condicionada à representação, o inquérito policial:

A) Pode ser instaurado pela autoridade policial, independentemente da representação, mas


o oferecimento de eventual denúncia dela dependerá.

B) Pode ser instaurado, independentemente de representação, pois o contraditório e a ampla


defesa somente serão exercidos em juízo.

C) Pode ser instaurado, independentemente de representação, desde que haja requisição do


Ministério Público.

D) Pode ser instaurado pela autoridade policial, independentemente de representação,


desde que requisitado pela autoridade judicial.

E) Não pode ser instaurado sem a representação.

20. De acordo com o Código de Processo Penal, cabe à autoridade policial:

A) representar acerca da prisão preventiva.


B) decidir sobre o arquivamento do inquérito policial.
C) oferecera denúncia ao juiz.
D) requisitar ao juiz ou ao Ministério Público a realização de diligências probatórias.
E) apresentar ao juiz a queixa-crime.

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GABARITO
1. ERRADO
2. ERRADO
3. ERRADO
4. ERRADO
5. CERTO
6. CERTO
7. ERRADO
8. ERRADO
9. ERRADO
10. ERRADO
11. A
12. B
13. A
14. C
15. C
16. B
17. B
18. C
19. E
20. A

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QUESTÕES COMENTADAS
1. Verificada a ocorrência de uma infração penal, a sua apuração terá início,
obrigatoriamente, com a denúncia formulada pelo Ministério Público.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: ERRADO
Exige do candidato conhecimento sobre inquérito policial, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
A apuração da infração será realizada, como regra, pela autoridade policial,
vejamos a doutrina sobre o tema:

“...o Código de Processo Penal traz, em seu arts. 6o e 7o, um rol exemplificativo
de diligências investigatórias que poderão ser adotadas pela autoridade policial ao
tomar conhecimento de um fato delituoso. Algumas são de caráter obrigatório, como,
por exemplo, a realização de exame pericial quando a infração deixar vestígios;
outras, no entanto, têm sua realização condicionada à discricionariedade da
autoridade policial, que deve determinar sua realização de acordo com as
peculiaridades do caso concreto...” (Renato Brasileiro de Lima; Manual de Processo
Penal; Volume Único; 7 Edição; Editora jus podvim)

2. Ao receber a notitia criminis, a autoridade policial tem o dever, em qualquer caso, de


pronto, de instaurar o IP.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: ERRADO
Exige do candidato conhecimento sobre inquérito policial, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
A autoridade policial não deve sempre instaurar inquérito policial, existem
situações em que tal instauração se mostra descabida, vejamos alguns exemplos:
1- Crimes praticados por pessoas com foro por prerrogativas
2- Denuncia anônima (delatio criminis inqualificada)
3-Crimes de ação penal privada

3. Nos crimes de ação pública condicionada, o IP somente poderá ser instaurado se houver
representação do ofendido ou de seu representante legal; nos crimes de iniciativa privada,
se houver requerimento de quem tenha qualidade para oferecer queixa.

Certo ( ) Errado ( )

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SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: ERRADO
Exige do candidato conhecimento sobre a instauração do inquérito policial,
vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Diferentemente do afirmado no item, a ação penal pública condicionada
também pode ser iniciada mediante ação de outros representantes não elencados no
item.
Ação Penal Pública Condicionada:
Requisição do Ministro da Justiça; Representação do ofendido ou de seu
representante legal;

No caso de morte ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito


de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão;

4. De acordo com o CPP, qualquer pessoa do povo, ao tomar conhecimento da prática de


atos delituosos, deverá comunicá-los à autoridade policial, seja verbalmente, seja por via
formal.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: ERRADO
Não se trata de uma obrigação, mas sim de uma faculdade atribuída ao
particular, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 5 § 3o Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de
infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito,
comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a procedência das informações,
mandará instaurar inquérito.

5. São formas de instauração de IP: de ofício, pela autoridade policial; mediante


representação do ofendido ou representante legal; por meio de requisição do Ministério
Público ou do ministro da Justiça; por intermédio do auto de prisão em flagrante e em virtude
de delatio criminis anônima, após apuração preliminar.

Certo ( ) Errado ( )
SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
Todas essas hipóteses estão previstas como formas de instauração do inquérito,
vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 5o Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:

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I - de ofício;
II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a
requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.

Apesar de não constar expressamente do art. 5o do CPP, o auto de prisão em


flagrante é, sim, uma das formas de instauração do inquérito policial, funcionando o
próprio auto como a peça inaugural da investigação.

Diante de uma denúncia anônima, deve a autoridade policial, antes de instaurar


o inquérito policial, verificar a procedência e veracidade das informações por ela
veiculadas.

6. Arquivado o IP, por falta de elementos que evidenciem a justa causa, admite-se que a
autoridade policial realize novas diligências, se de outras provas tiver notícia.

Certo ( ) Errado ( )
SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
Exige do candidato conhecimento sobre inquérito policial, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade
judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a
novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.

7. A notitia criminis de cognição imediata ocorre quando a autoridade policial toma


conhecimento do fato delituoso através da apresentação do indivíduo preso em flagrante-
delito, enquanto a denúncia anônima é considerada notitia criminis inqualificada.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: ERRADO
Exige do candidato conhecimento sobre o que é e as espécies de notitia
criminis, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Notitia criminis é o conhecimento, espontâneo ou provocado, por parte da
autoridade policial, acerca de um fato delituoso. Subdivide-se em:

a) notitia criminis de cognição imediata (ou espontânea): ocorre quando a


autoridade policial toma conhecimento do fato delituoso por meio de suas atividades
rotineiras. É o que acontece, por exemplo, quando o delegado de polícia toma
conhecimento da prática de um crime por meio da imprensa;

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b) notitia criminis de cognição mediata (ou provocada): ocorre quando a


autoridade policial toma conhecimento da infração penal através de um expediente
escrito. É o que acontece, por exemplo, nas hipóteses de requisição do Ministério
Público, representação do ofendido, etc.

c) notitia criminis de cognição coercitiva: ocorre quando a autoridade policial


toma conhecimento do fato delituoso através da apresentação do indivíduo preso em
flagrante.

Delatio criminis
A delatio criminis é uma espécie de notitia criminis, consubstanciada na
comunicação de uma infração penal feita por qualquer pessoa do povo à autoridade
policial, e não pela vítima ou seu representante legal. A depender do caso concreto,
pode funcionar como uma notitia criminis de cognição imediata, quando a
comunicação à autoridade policial é feita durante suas atividades rotineiras, ou como
notitia criminis de cognição mediata, na hipótese em que a comunicação à autoridade
policial feita por terceiro se dá através de expediente escrito.

Fonte: (Renato Brasileiro de Lima; Manual de Processo Penal; Volume Único; 7


Edição; Editora jus podvim).

8. Nos casos de crime de ação penal de iniciativa privada, para instaurar o inquérito
policial, a autoridade policial dependerá de requerimento de quem tenha qualidade para
intentá-la, o qual consistirá na chamada queixa- -crime, que deverá ser apresentada por
advogado munido de procuração com poderes especiais.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: ERRADO
Exige do candidato conhecimento sobre as formas de instauração do inquérito,
vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

Para a instauração de inquérito em crime de ação privada, faz –se necessário


o requerimento do ofendido (Art. 5 §5 CPP), contudo tal requerimento em nada se
confunde com a queixa – crime, que é o instrumento pelo qual se inicia o processo
crime em crime de ação privada, devendo esta ser enviada ao magistrado.

9. Notitia criminis de cognição indireta ou mediata ocorre quando a autoridade policial


toma conhecimento de um fato aparentemente delituoso por meio de suas atividades
habituais, como, por exemplo, pela imprensa ou em uma determinada investigação.

Certo ( ) Errado ( )

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SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: ERRADO
Exige do candidato conhecimento sobre o que é e as espécies de notitia
criminis, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

Notitia criminis é o conhecimento, espontâneo ou provocado, por parte da


autoridade policial, acerca de um fato delituoso. Subdivide-se em:

a) notitia criminis de cognição imediata (ou espontânea): ocorre quando a


autoridade policial toma conhecimento do fato delituoso por meio de suas atividades
rotineiras. É o que acontece, por exemplo, quando o delegado de polícia toma
conhecimento da prática de um crime por meio da imprensa;

b) notitia criminis de cognição mediata (ou provocada): ocorre quando a


autoridade policial toma conhecimento da infração penal através de um expediente
escrito. É o que acontece, por exemplo, nas hipóteses de requisição do Ministério
Público, representação do ofendido, etc.

c) notitia criminis de cognição coercitiva: ocorre quando a autoridade policial


toma conhecimento do fato delituoso através da apresentação do indivíduo preso em
flagrante.

Delatio criminis
A delatio criminis é uma espécie de notitia criminis, consubstanciada na
comunicação de uma infração penal feita por qualquer pessoa do povo à autoridade
policial, e não pela vítima ou seu representante legal. A depender do caso concreto,
pode funcionar como uma notitia criminis de cognição imediata, quando a
comunicação à autoridade policial é feita durante suas atividades rotineiras, ou como
notitia criminis de cognição mediata, na hipótese em que a comunicação à autoridade
policial feita por terceiro se dá através de expediente escrito.

Fonte: (Renato Brasileiro de Lima; Manual de Processo Penal; Volume Único; 7


Edição; Editora jus podvim).

10. Uma das formas de se iniciar o inquérito policial é pela requisição do ofendido ou de
quem tiver qualidade para representá-lo, constituindo uma hipótese do que se
denomina notitia criminis de cognição indireta ou mediata.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: ERRADO
Tal hipótese em nada se confunde com a notitia criminis de cognição indireta
ou mediata, vejamos:

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SOLUÇÃO COMPLETA

Notitia criminis de cognição mediata (ou provocada): ocorre quando a


autoridade policial toma conhecimento da infração penal através de um expediente
escrito. É o que acontece, por exemplo, nas hipóteses de requisição do Ministério
Público, representação do ofendido, etc.

Fonte: (Renato Brasileiro de Lima; Manual de Processo Penal; Volume Único; 7


Edição; Editora jus podvim).

11. (Ano: 2016 Banca: TJ-AC Órgão: TJ-AC Prova: TJ-AC - 2016 - TJ-AC - Juiz Leigo)

Se o crime for de alçada privada, a instauração de inquérito policial:

A) Não interrompe o prazo para o oferecimento de queixa.


B) É indispensável para a propositura da ação penal.
C) Constitui causa de interrupção da prescrição.
D) Suspende o prazo para o oferecimento de queixa.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA A
Exige do candidato conhecimento sobre as formas de instauração do inquérito
policial, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

Afirmativa A
A interrupção da decadência ocorre somente com a interposição da queixa-
crime, dentro do prazo legal.
Logo a instauração do inquérito policial não tem o condão de interromper tal
prazo.

Afirmativa B
“... Se a finalidade do inquérito policial é a colheita de elementos de informação
quanto à infração penal e sua autoria, é forçoso concluir que, desde que o titular da
ação penal (Ministério Público ou ofendido) disponha desse substrato mínimo
necessário para o oferecimento da peça acusatória, o inquérito policial será
perfeitamente dispensável...” (Renato Brasileiro de Lima; Manual de Processo Penal;
Volume Único; 7 Edição; Editora jus podvim).

Afirmativa C
O CP não prevê como causa de interrupção da prescrição a instauração de
inquérito policial.

Afirmativa D
Não há previsão legal para a suspensão do prazo para o oferecimento da queixa,
tal prazo (previsto no Art. 38 CPP) é fatal e peremptório.

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12. (Ano: 2018 Banca: GUALIMP Órgão: Câmara de Nova Venécia - ES Prova: GUALIMP -
2018 - Câmara de Nova Venécia - ES - Procurador Jurídico)

Em relação ao Inquérito Policial, assinale a alternativa INCORRETA:

A) Nos crimes de ação pública o inquérito policial poderá ser iniciado de ofício.

B) Nos crimes em que a ação pública depender de representação, o inquérito poderá sem ela
ser iniciado, com intimação da vítima para posterior representação.

C) Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a


autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não
contrarie a moralidade ou a ordem pública.

D) O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em


flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia
em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante
fiança ou sem ela.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA B
Exige do candidato conhecimento sobre as formas de instauração do inquérito
policial, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

Art. 5 § 4 O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de


representação, não poderá sem ela ser iniciado.

13. (Ano: 2012 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRF - 2ª REGIÃO)

Acerca do inquérito policial (IP), assinale opção correta.

A) Mesmo em caso de sigilo decretado no IP, a autoridade policial terá de encaminhar ao


instituto de identificação os dados relativos à infração penal e à pessoa do indiciado.

B) O advogado tem direito de vista aos autos do IP, salvo nos casos de decretação de sigilo.

C) Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento de qualquer infração penal poderá
comunicá-la à autoridade policial, que, então, deverá reduzi-la a termo e, caso verifique a
procedência das informações, instaurar inquérito.

D) A pedido do indiciado, a autoridade policial deverá instaurar o contraditório e a ampla


defesa no curso do IP.

E) Nos crimes hediondos, o IP pode ser instaurado com base apenas em denúncia anônima
encaminhada a delegado de polícia, a membro do MP ou a juiz, por constituir indício da
prática de crime.

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SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA A
Exige do candidato conhecimento sobre inquérito policial, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Afirmativa A
Art. 23. Ao fazer a remessa dos autos do inquérito ao juiz competente, a
autoridade policial oficiará ao Instituto de Identificação e Estatística, ou repartição
congênere, mencionando o juízo a que tiverem sido distribuídos, e os dados relativos
à infração penal e à pessoa do indiciado.

Afirmativa B
Súmula Vinculante 14. É direito do defensor, no interesse do representado, ter
acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento
investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam
respeito ao exercício do direito de defesa.

Afirmativa C
Art. 5 § 3o Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de
infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito,
comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a procedência das informações,
mandará instaurar inquérito.

Afirmativa D
Não há contraditório e ampla defesa no inquérito policial, em razão de seu
caráter inquisitivo.
Afirmativa E
Diante de uma denúncia anônima, deve a autoridade policial, antes de instaurar
o inquérito policial, verificar a procedência e veracidade das informações por ela
veiculadas. Recomenda-se, pois, que a autoridade policial, antes de proceder à
instauração formal do inquérito policial, realize uma investigação preliminar a fim de
constatar a plausibilidade da denúncia anônima. (Renato Brasileiro de Lima; Manual
de Processo Penal; Volume Único; 7 Edição; Editora jus podvim).

14. (Ano: 2013 Banca: AOCP Órgão: MPE-BA)

De acordo com o Código de Processo Penal, analise as assertivas e assinale a alternativa que
aponte as corretas.

I. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade policial,


senão para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.
II. A autoridade policial poderá mandar arquivar autos de inquérito.
III. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de
base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras
provas tiver notícia.
IV. Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do inquérito serão remetidos ao
juízo competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal,
ou serão entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado.

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A) Apenas I e II.
B) Apenas I, II e IV.
C) Apenas I, III e IV.
D) Apenas I e III.
E) I, II, III e IV.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA C
Exige do candidato conhecimento sobre inquérito policial, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Afirmativa I
Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à
autoridade policial, senão para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da
denúncia.

Afirmativa II
Art. 17. A autoridade policial NÃO poderá mandar arquivar autos de inquérito.

Afirmativa III
Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade
judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a
novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.

Afirmativa IV
Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do inquérito
serão remetidos ao juízo competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou
de seu representante legal, ou serão entregues ao requerente, se o pedir, mediante
traslado.

15. (Ano: 2016 Banca: CETAP Órgão: Prefeitura de São Miguel do Guamá - PA Prova: CETAP
- 2016 - Prefeitura de São Miguel do Guamá - PA – Advogado)

Acerca do inquérito policial, marque a alternativa correta:

A) Nos crimes de ação pública, o inquérito policial será sempre iniciado mediante requisição
da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem
tiver qualidade para representá-lo, vedada a instauração de ofício.

B) O despacho que indeferir o requerimento de abertura do inquérito policial é irrecorrível,


cabendo apenas mandado de segurança.

C) O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em


flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia
em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante
fiança ou sem ela.

D) O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer


diligência, que será sempre realizada.

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E) A incomunicabilidade do indiciado, quando o interesse da sociedade ou a conveniência da


investigação assim exigir, independerá de despacho nos autos.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA C
Exige do candidato conhecimento sobre inquérito policial, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Afirmativa A
Art. 5o Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:
I - de ofício;
II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a
requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.

Afirmativa B
Art. 5 § 2o Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito
caberá recurso para o chefe de Polícia.

Afirmativa C
Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver
sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta
hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30
dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.

Afirmativa D
Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer
qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade.

Afirmativa E
Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de despacho
nos autos e somente será permitida quando o interesse da sociedade ou a
conveniência da investigação o exigir.

Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não excederá de três dias, será


decretada por despacho fundamentado do Juiz, a requerimento da autoridade
policial, ou do órgão do Ministério Público, respeitado, em qualquer hipótese, o
disposto no artigo 89, inciso III, do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (Lei
n. 4.215, de 27 de abril de 1963)

16. (Ano: 2019 Banca: Instituto Acesso Órgão: PC-ES Prova: Instituto Acesso - 2019 - PC-ES
- Delegado de Polícia)

A referida classificação do sistema brasileiro como um sistema acusatório, desvinculador dos


papéis dos agentes processuais e das funções no processo judicial, mostra-se contraditória
quando confrontada com uma série de elementos existentes no processo.” (FERREIRA.
Marco Aurélio Gonçalves. A Presunção da Inocência e a Construção da Verdade: Contrastes

MUDE SUA VIDA!


17
Material adquirido em http://tiny.cc/RTCursos2021
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e Confrontos em perspectiva comparada (Brasil e Canadá). EDITORA LUMEN JURIS, Rio de


Janeiro, 2013). Leia o caso hipotético descrito a seguir.

O Ministro OMJ, do Supremo Tribunal Federal, rejeitou o pedido da Procuradoria-Geral da


República (PGR), de arquivamento do inquérito aberto para apurar ofensas a integrantes do
STF e da suspensão dos atos praticados no âmbito dessa investigação, como buscas e
apreensões e a censura a sites. Assinale a alternativa INCORRETA quanto a noção de sistema
acusatório.

A) Inquérito administrativo instaurado no âmbito da administração pública.


B) A determinação de ofício de instauração de inquérito policial pelo juiz.
C) A Instauração de inquérito policial pelo Delegado de Polícia.
D) A requisição de instauração de inquérito policial pelo Ministério Público.
E) Inquérito instaurado por comissões parlamentares.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA B
Exige do candidato conhecimento sobre as formas de instauração do inquérito
policial, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
“Apesar de o CPP fazer menção à possibilidade de a autoridade judiciária
requisitar a instauração de inquérito policial, pensamos que tal possibilidade não se
coaduna com a adoção do sistema acusatório pela Constituição Federal. Na verdade,
tal dispositivo só guarda pertinência com a ordem jurídica anterior à Constituição
Federal, na qual se permitia aos magistrados até mesmo a iniciativa da ação penal,
tal qual dispunha o revogado art. 531 do CPP, nos casos de homicídio e lesões
corporais culposas.” (Renato Brasileiro de Lima; Manual de Processo Penal; Volume
Único; 7 Edição; Editora jus podvim).

17. Nos crimes de ação penal privada, o inquérito policial será iniciado

A) de ofício pela autoridade policial.


B) a requerimento do ofendido ou, se ausente, ao cônjuge, ascendente, descendente ou seu
irmão.
C) por requisição do Poder Judiciário.
D) com a lavratura de boletim de ocorrência de terceiro interessado ao fato e alheio ao
ofendido.
E) por requisição do Ministério Público ou a requerimento do ofendido.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA B
Exige do candidato conhecimento sobre as formas de instauração do inquérito
policial, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art 5 §5º Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá
proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.

MUDE SUA VIDA!


18
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Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá


intentar a ação privada.

Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por


decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.

18. (Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-
ES – Investigador)

Nos crimes de ação penal pública,

A)o inquérito policial será iniciado a requerimento do ofendido ou de seu procurador,


excluídos os seus descendentes.

B) o requerimento do ofendido deverá conter imprescindivelmente a narração do fato, com


todas as circunstâncias.

C) o inquérito policial será iniciado mediante requisição da autoridade judiciária ou do


Ministério Público.

D) o inquérito policial poderá ser iniciado ainda que a ação pública dependa de
representação, estando ela inicialmente ausente.
E) o inquérito policial não poderá extrapolar o prazo de 30 dias corridos quando se tratar de
indiciados soltos, ainda que a autoridade policial requeira dilação.
SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA C
Exige do candidato conhecimento sobre inquérito policial, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Afirmativa A
Art. 5º Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:
I - de ofício;
II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a
requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.

Afirmativa B
Não há tal exigência na legislação.

Afirmativa C
Art. 5º Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:
I - de ofício;
II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a
requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.

Afirmativa D
Art. 5 §4º O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de
representação, não poderá sem ela ser iniciado.

MUDE SUA VIDA!


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Afirmativa E
Art 10 §3º Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a
autoridade poderá requerer ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências,
que serão realizadas no prazo marcado pelo juiz.

19. Nos crimes de ação penal pública condicionada à representação, o inquérito policial:

A) Pode ser instaurado pela autoridade policial, independentemente da representação, mas


o oferecimento de eventual denúncia dela dependerá.
B) Pode ser instaurado, independentemente de representação, pois o contraditório e a ampla
defesa somente serão exercidos em juízo.
C) Pode ser instaurado, independentemente de representação, desde que haja requisição do
Ministério Público.
D) Pode ser instaurado pela autoridade policial, independentemente de representação,
desde que requisitado pela autoridade judicial.
E) Não pode ser instaurado sem a representação.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA E
Exige do candidato conhecimento sobre inquérito policial, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art 5 §4º O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de
representação, não poderá sem ela ser iniciado.

20. De acordo com o Código de Processo Penal, cabe à autoridade policial:

A) representar acerca da prisão preventiva.


B) decidir sobre o arquivamento do inquérito policial.
C) oferecera denúncia ao juiz.
D) requisitar ao juiz ou ao Ministério Público a realização de diligências probatórias.
E) apresentar ao juiz a queixa-crime.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA A
Exige do candidato conhecimento sobre inquérito policial, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial:
I - fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução
e julgamento dos processos;
II - realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público;
III - cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias;
IV - representar acerca da prisão preventiva.

MUDE SUA VIDA!


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SUMÁRIO
Questões sobre a aula.................................................................................................................................. 2
Gabarito ...................................................................................................................................................... 7
Questões Comentadas ................................................................................................................................. 8

MUDE SUA VIDA!


1
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QUESTÕES SOBRE A AULA


1. Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a
autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, ainda que esta
contrarie a moralidade ou a ordem pública.

Certo ( ) Errado ( )

2. No curso do IP, poderá ser realizado apenas o exame de corpo de delito; as demais
perícias terão de ser realizadas na fase judicial.

Certo ( ) Errado ( )

3. Se, no curso do inquérito policial, o delegado de polícia constatar que o indiciado está
ameaçando testemunha ou praticando quaisquer outros atos que prejudique as
investigações, ele próprio poderá decretar a prisão preventiva do indiciado.

Certo ( ) Errado ( )

4. De acordo com a jurisprudência do STF, é vedado ao juiz requisitar novas diligências


probatórias caso o MP tenha-se manifestado pelo arquivamento do feito.

Certo ( ) Errado ( )

5. O desenvolvimento da investigação no IP deverá seguir, necessariamente, todas as


diligências previstas de forma taxativa no Código de Processo Penal, sob pena de ofender
o princípio do devido processo legal.

Certo ( ) Errado ( )

6. Se necessário à prevenção e à repressão dos crimes relacionados ao tráfico de pessoas, o


membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderão requisitar, mediante
autorização judicial, às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou
telemática que disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – como
sinais, informações e outros – que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do
delito em curso.

Certo ( ) Errado ( )

7. Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá
intimar o indiciado para que o mesmo seja interrogado em Juízo sob pena de incorrer em
crime de desobediência.

Certo ( ) Errado ( )

MUDE SUA VIDA!


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8. Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a


autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não
contrarie a moralidade ou a ordem pública.

Certo ( ) Errado ( )

9. Conforme determina o Código de Processo Penal, logo que tiver conhecimento da prática
da infração penal, a autoridade policial deverá dirigir-se ao local, providenciando para
que não se alterem o estado e a conservação das coisas, até a chegada dos peritos
criminais.

Certo ( ) Errado ( )

10. A acareação é prova eminentemente processual não comportando ser utilizada pela
Autoridade Policial no curso do inquérito.

Certo ( ) Errado ( )

11. (Ano: 2017 Banca: CKM Serviços Órgão: EPTC Prova: CKM Serviços - 2017 - EPTC –
Advogado)

À luz de Rangel (2005), assinale a alternativa correta no concernente ao inquérito


policial:

A) Vedada a reprodução simulada dos fatos.


B) Cabe à autoridade policial a ordem de arquivamento.
C) Ofendido e indiciado poderão requerer qualquer diligência nesta fase.
D) Não cabe à autoridade policial averiguar a vida pregressa do indiciado.

12. (Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: TJ-RJ Prova: VUNESP - 2019 - TJ-RJ - Juiz Substituto)

Nos literais e expressos termos do art. 13 do CPP, incumbe à autoridade policial, entre
outras funções:

A) providenciar o comparecimento do acusado preso, em Juízo, mediante prévia


requisição.
B) manter a guarda de bens apreendidos e objetos do crime até o trânsito em julgado da
ação penal.
C) fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e
julgamento dos processos.
D) cumprir as ordens de busca e apreensão e demais decisões cautelares que tenha
requisitado.
E) servir como testemunha em ações penais quando arrolada por qualquer das partes.

13. (Ano: 2019 Banca: IDIB Órgão: Prefeitura de Petrolina - PE Prova: IDIB - 2019 - Prefeitura
de Petrolina - PE - Guarda Civil)

MUDE SUA VIDA!


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De acordo com o Código de Processo Penal, assinale a alternativa correta acerca do


inquérito policial:

A) A autoridade policial somente poderá proceder o reconhecimento de pessoas e coisas


mediante autorização do Ministério Público, que é o real titular da ação penal pública.
B) A autoridade policial poderá mandar arquivar autos de inquérito.
C) Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo,
a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta
não contrarie a moralidade ou a ordem pública.
D) A autoridade policial, após a competente autorização judicial, poderá determinar que
se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias.
E) Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá
ouvir imediatamente o ofendido, antes mesmo de se dirigir ao local do crime.

14. (Ano: 2019 Banca: INAZ do Pará Órgão: CORE-SP Prova: INAZ do Pará - 2019 - CORE-SP
- Assistente Jurídico)

Conforme artigo 6º do Código de Processo Penal Brasileiro, logo que tiver conhecimento
da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:

A) Verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo: a


autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não
contrarie a moralidade ou a ordem pública.
B) Fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e
julgamento dos processos.
C) Realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público.
D) Nomear testemunha, com indicação de sua profissão e residência.
E) Colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem
alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos
filhos, indicado pela pessoa presa.

15. Dispensa-se a reserva de jurisdição:

A) para a decretação da prescrição.


B) para prisão temporária do investigado.
C) para declarar a cassação da fiança prestada.
D) para a realização de reprodução simulada dos fatos.
E) para requisição, a empresas concessionárias de telecomunicações, de disponibilização
de meios técnicos adequados que permitam a localização dos suspeitos de delito em
curso.

16. De acordo com o Código de Processo Penal, estando em pleno curso o delito de sequestro
e cárcere privado, compete à autoridade policial:

A) Requisitar, de quaisquer órgãos do poder público ou de empresas da iniciativa


privada, dados e informações cadastrais da vítima ou de suspeitos.
B) Requisitar, de quaisquer órgãos do poder público ou de empresas da iniciativa
privada, dados, informações cadastrais e a interceptação das comunicações telefônicas
da vítima e de suspeitos, que deverá ser efetivada no prazo máximo de 24 horas.

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C) Representar judicialmente por mandado de busca e apreensão para legitimar o


ingresso no domicílio em que se encontre a vítima, nos termos do Art. 5º, XI da
Constituição Federal.
D) Requisitar, de quaisquer órgãos do poder público, dados e informações cadastrais da
vítima ou de suspeitos e, mediante ordem judicial, obtê-los de empresas da iniciativa
privada.
E) Requisitar, de quaisquer empresas da iniciativa privada e, mediante ordem judicial,
requerer dados e informações cadastrais da vítima ou de suspeitos perante quaisquer
órgãos de poder público.

17. (Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: IAPEN-AP Prova: FCC - 2018 - IAPEN-AP - Agente
Penitenciário)

Segundo determina o Código de Processo Penal, logo que tiver conhecimento da prática
da infração penal, a autoridade policial deverá

A) dirigir-se ao local dos fatos, providenciando para que não se alterem o estado e
conservação das coisas, até a chegada da imprensa.
B) realizar exame criminológico no indiciado, no caso de indícios de crime contra a
dignidade sexual.
C) presidir a audiência de suspensão condicional do processo, apresentando o preso em
até 24 horas à autoridade judicial responsável.
D) apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos
criminais.
E) propor ao indiciado acordo de delação premiada e, caso aceite, determinar o
arquivamento do inquérito policial.

18. A obtenção de dados e informações cadastrais de vítimas ou de suspeitos junto a órgãos


do poder público ou empresas da iniciativa privada, durante a investigação de crime de
tráfico de pessoas, poderá ser requisitada

A) pela Autoridade Judiciária, mediante representação do Ministério Público.


B) pela Autoridade Judiciária, mediante representação do Delegado de Polícia.
C) diretamente pelo Delegado de Polícia ou pelo Promotor de Justiça.
D) apenas pela Autoridade Judiciária, de ofício.
E) somente pelo Delegado de Polícia ou pelo Juiz de Direito.

19. Ao tomar conhecimento da prática de uma infração penal, caberá à autoridade policial,

I dirigir-se ao local, onde deve providenciar para que não se alterem o estado e a
conservação das coisas até a chegada dos peritos criminais.

II informar o fato de pronto ao Ministério Público, ao qual compete fiscalizar o trabalho


policial.

III proceder a diligências no sentido de apurar as circunstâncias do fato criminoso e


identificar a autoria provável.

IV encerrar a investigação quando não for possível identificar um suspeito dentro de


prazo razoável.

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Estão certos apenas os itens

A) I e II.
B) I e III.
C) III e IV.
D) I, II e IV.
E) II, III e IV.

20. A quem cabe, por força de lei, a responsabilidade da preservação do local de crime para
a realização da perícia?

A) Ao cidadão, funcionário do local, que primeiramente identificou uma ação


supostamente delituosa.
B) A qualquer policial que chegar primeiro ao local de crime.
C) Ao corpo de peritos acionado para a ocorrência.
D) A autoridade policial, a quem foi dado o conhecimento da ocorrência criminosa.

MUDE SUA VIDA!


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GABARITO
1. ERRADO
2. ERRADO
3. ERRADO
4. CERTO
5. ERRADO
6. CERTO
7. ERRADO
8. CERTO
9. CERTO
10. ERRADO
11. C
12. C
13. C
14. E
15. D
16. A
17. D
18. C
19. B
20. D

MUDE SUA VIDA!


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QUESTÕES COMENTADAS
1. Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo,
a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, ainda que esta
contrarie a moralidade ou a ordem pública.

Certo ( ) Errado ( )
SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: ERRADO
Exige do candidato conhecimento a respeito das diligências previstas no CPP,
vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de
determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos
fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública.

2. No curso do IP, poderá ser realizado apenas o exame de corpo de delito; as demais
perícias terão de ser realizadas na fase judicial.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: ERRADO
Exige do candidato conhecimento sobre inquérito policial, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Caberá ao delegado de polícia diante do caso concreto adotar a melhor
diligência para a solução dos fatos, havendo um rol de diligências exemplificativo no
CPP, vejamos:

“...o Código de Processo Penal traz, em seu arts. 6o e 7o, um rol exemplificativo
de diligências investigatórias que poderão ser adotadas pela autoridade policial ao
tomar conhecimento de um fato delituoso. Algumas são de caráter obrigatório, como,
por exemplo, a realização de exame pericial quando a infração deixar vestígios;
outras, no entanto, têm sua realização condicionada à discricionariedade da
autoridade policial, que deve determinar sua realização de acordo com as
peculiaridades do caso concreto...” (Renato Brasileiro de Lima; Manual de Processo
Penal; Volume Único; 7 Edição; Editora jus podvim)

3. Se, no curso do inquérito policial, o delegado de polícia constatar que o indiciado está
ameaçando testemunha ou praticando quaisquer outros atos que prejudique as
investigações, ele próprio poderá decretar a prisão preventiva do indiciado.

MUDE SUA VIDA!


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Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: ERRADO
Exige do candidato conhecimento a respeito das diligências previstas no CPP,
vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

A prisão preventiva tem a natureza de medida cautelar de natureza pessoal.


Não se trata de diligência que pode ser determinada pelo delegado de polícia, ao
contrário, trata-se de medida excepcional, que somente poderá ser decretada por
ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, vejamos:

Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá


a prisão preventiva decretada pelo juiz, a requerimento do Ministério Público, do
querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.

4. De acordo com a jurisprudência do STF, é vedado ao juiz requisitar novas diligências


probatórias caso o MP tenha-se manifestado pelo arquivamento do feito.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
Exige do candidato conhecimento a respeito da jurisprudência sobre o tema,
vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

“...Ministério Público: iniciativa privativa da ação penal, da qual decorrem (1) a


irrecusabilidade do pedido de arquivamento de inquérito policial fundado na falta de
base empírica para a denúncia, quando formulado pelo Procurador-Geral ou por
Subprocurador-Geral a quem delegada, nos termos da lei, a atuação no caso e
também (2) por imperativo do princípio acusatório, a impossibilidade de o juiz
determinar de ofício novas diligências de investigação no inquérito cujo
arquivamento é requerido...” (STF. HC 82507 SE. Rel. Sepúlveda Pertence. 1ª. T. j.
10.12.2002.)

5. O desenvolvimento da investigação no IP deverá seguir, necessariamente, todas as


diligências previstas de forma taxativa no Código de Processo Penal, sob pena de ofender
o princípio do devido processo legal.

Certo ( ) Errado ( )

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SOLUÇÃO RÁPIDA

GABARITO: ERRADO
O IP é conduzido de forma discricionária, não há na legislação um rito próprio
para os atos de investigação. vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

“...o Código de Processo Penal traz, em seu arts. 6o e 7o, um rol exemplificativo
de diligências investigatórias que poderão ser adotadas pela autoridade policial ao
tomar conhecimento de um fato delituoso. Algumas são de caráter obrigatório, como,
por exemplo, a realização de exame pericial quando a infração deixar vestígios;
outras, no entanto, têm sua realização condicionada à discricionariedade da
autoridade policial, que deve determinar sua realização de acordo com as
peculiaridades do caso concreto...” (Renato Brasileiro de Lima; Manual de Processo
Penal; Volume Único; 7 Edição; Editora jus podvim).

6. Se necessário à prevenção e à repressão dos crimes relacionados ao tráfico de pessoas, o


membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderão requisitar, mediante
autorização judicial, às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou
telemática que disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – como
sinais, informações e outros – que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do
delito em curso.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA

GABARITO: CERTO
Exige conhecimento sobre os dispositivos que tratam das diligências que podem
ser realizadas pela autoridade policial. vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

Art. 13-B. Se necessário à prevenção e à repressão dos crimes relacionados


ao tráfico de pessoas, o membro do Ministério Público ou o delegado de polícia
poderão requisitar, mediante autorização judicial, às empresas prestadoras de
serviço de telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os
meios técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que permitam a
localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso.

7. Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá
intimar o indiciado para que o mesmo seja interrogado em Juízo sob pena de incorrer em
crime de desobediência.

Certo ( ) Errado ( )

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SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: ERRADO
Não há amparo legal nessa hipótese, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade
policial deverá:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e
conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais;
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos
peritos criminais;
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas
circunstâncias;
IV - ouvir o ofendido;
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no
Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por
duas testemunhas que lhe tenham ouvido a leitura;
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a
quaisquer outras perícias;
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se
possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes;
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual,
familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e
depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para
a apreciação do seu temperamento e caráter.
X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se
possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos
cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.

8. Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a


autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não
contrarie a moralidade ou a ordem pública.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
Exige conhecimento sobre os dispositivos que tratam das diligências que podem
ser realizadas pela autoridade policial. vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de
determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos
fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública.

MUDE SUA VIDA!


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9. Conforme determina o Código de Processo Penal, logo que tiver conhecimento da prática
da infração penal, a autoridade policial deverá dirigir-se ao local, providenciando para
que não se alterem o estado e a conservação das coisas, até a chegada dos peritos
criminais.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
Não há amparo legal nessa hipótese, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade
policial deverá:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado
e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais;
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos
peritos criminais;
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas
circunstâncias;
IV - ouvir o ofendido;
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no
Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por
duas testemunhas que lhe tenham ouvido a leitura;
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a
quaisquer outras perícias;
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se
possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes;
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual,
familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e
depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para
a apreciação do seu temperamento e caráter.
X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se
possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos
cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.

10. A acareação é prova eminentemente processual não comportando ser utilizada pela
Autoridade Policial no curso do inquérito.

Certo ( ) Errado ( )
SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: ERRADO
Tal diligência pode ser realizada pelo delegado de polícia, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

MUDE SUA VIDA!


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Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade


policial deverá:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e
conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais;
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos
peritos criminais;
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas
circunstâncias;
IV - ouvir o ofendido;
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no
Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por
duas testemunhas que lhe tenham ouvido a leitura;
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a
quaisquer outras perícias;
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se
possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes;
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual,
familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e
depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para
a apreciação do seu temperamento e caráter.
X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se
possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos
cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.

11. (Ano: 2017 Banca: CKM Serviços Órgão: EPTC Prova: CKM Serviços - 2017 - EPTC –
Advogado)

À luz de Rangel (2005), assinale a alternativa correta no concernente ao inquérito


policial:

A) Vedada a reprodução simulada dos fatos.


B) Cabe à autoridade policial a ordem de arquivamento.
C) Ofendido e indiciado poderão requerer qualquer diligência nesta fase.
D) Não cabe à autoridade policial averiguar a vida pregressa do indiciado.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA C
Exige do candidato conhecimento sobre as características do inquérito policial,
vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Afirmativa A
Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de
determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos
fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública.

Afirmativa B

MUDE SUA VIDA!


13
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Art. 17 CPP. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de


inquérito.

Afirmativa C
Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer
qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade.

Afirmativa D
Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade
policial deverá:

...

IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual,


familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e
depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para
a apreciação do seu temperamento e caráter.

12. (Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: TJ-RJ Prova: VUNESP - 2019 - TJ-RJ - Juiz Substituto)

Nos literais e expressos termos do art. 13 do CPP, incumbe à autoridade policial, entre
outras funções:

A) providenciar o comparecimento do acusado preso, em Juízo, mediante prévia


requisição.
B) manter a guarda de bens apreendidos e objetos do crime até o trânsito em julgado da
ação penal.
C) fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e
julgamento dos processos.
D) cumprir as ordens de busca e apreensão e demais decisões cautelares que tenha
requisitado.
E) servir como testemunha em ações penais quando arrolada por qualquer das partes.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA C
Exige do candidato conhecimento sobre as atribuições da autoridade policial
durante a condução do inquérito policial, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial:


I - fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à
instrução e julgamento dos processos;
II - realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público;
III - cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias;
IV - representar acerca da prisão preventiva.

MUDE SUA VIDA!


14
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13. (Ano: 2019 Banca: IDIB Órgão: Prefeitura de Petrolina - PE Prova: IDIB - 2019 - Prefeitura
de Petrolina - PE - Guarda Civil)

De acordo com o Código de Processo Penal, assinale a alternativa correta acerca do


inquérito policial:

A) A autoridade policial somente poderá proceder o reconhecimento de pessoas e coisas


mediante autorização do Ministério Público, que é o real titular da ação penal pública.

B) A autoridade policial poderá mandar arquivar autos de inquérito.

C) Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo,


a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta
não contrarie a moralidade ou a ordem pública.

D) A autoridade policial, após a competente autorização judicial, poderá determinar que


se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias.

E) Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá
ouvir imediatamente o ofendido, antes mesmo de se dirigir ao local do crime.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA C
Exige do candidato conhecimento sobre as características do inquérito policial,
vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Afirmativa A
Não há a necessidade de autorização do MP para que a autoridade policial possa
proceder o reconhecimento de pessoas e coisas.

Afirmativa B
Art. 17 CPP. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de
inquérito.

Afirmativa C
Art. 7º Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de
determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos
fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública.

Afirmativa D
Não há a necessidade de autorização judicial para a autoridade policial
determinar que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias.

Afirmativa E
As diligências previstas no Art. 6 do CPP não seguem um rol taxativo e uma
ordem obrigatória, em razão da discricionariedade que possuí a autoridade policial
para investigar.

MUDE SUA VIDA!


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14. (Ano: 2019 Banca: INAZ do Pará Órgão: CORE-SP Prova: INAZ do Pará - 2019 - CORE-SP
- Assistente Jurídico)

Conforme artigo 6º do Código de Processo Penal Brasileiro, logo que tiver conhecimento
da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:

A) Verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo: a


autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não
contrarie a moralidade ou a ordem pública.
B) Fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e
julgamento dos processos.
C) Realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público.
D) Nomear testemunha, com indicação de sua profissão e residência.
E) Colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem
alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos
filhos, indicado pela pessoa presa.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA E
Exige do candidato conhecimento sobre as diligências que a autoridade policial
pode adotar ao tomar conhecimento da infração penal, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade
policial deverá:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e
conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais;
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos
peritos criminais;
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas
circunstâncias;
IV - ouvir o ofendido;
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no
Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por
duas testemunhas que lhe tenham ouvido a leitura;
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a
quaisquer outras perícias;
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se
possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes;
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual,
familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e
depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para
a apreciação do seu temperamento e caráter.
X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades
e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual
responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.

MUDE SUA VIDA!


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15. Dispensa-se a reserva de jurisdição:

A) para a decretação da prescrição.


B) para prisão temporária do investigado.
C) para declarar a cassação da fiança prestada.
D) para a realização de reprodução simulada dos fatos.
E) para requisição, a empresas concessionárias de telecomunicações, de disponibilização
de meios técnicos adequados que permitam a localização dos suspeitos de delito em
curso.

SOLUÇÃO RÁPIDA

GABARITO: LETRA D
Exige do candidato conhecimento sobre a necessidade ou não de autorização
judicial para a realização de certas diligências, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

A reprodução simulada dos fatos, prevista no Art. 7 do CPP é a única diligência


ou decisão que não necessita de autorização judicial para ser realizada, todas as
demais alternativas estão sob a reserva de jurisdição.

Segundo o Min. Celso de Mello no julgamento do MS 23452/RJ, "o postulado de


reserva constitucional de jurisdição importa em submeter, à esfera única de decisão
dos magistrados, a prática de determinados atos cuja realização, por efeito de
explícita determinação constante do próprio texto da , somente pode emanar do
juiz, e não de terceiros, inclusive daqueles a quem haja eventualmente atribuído o
exercício de poderes de investigação próprios das autoridades judiciais".

16. De acordo com o Código de Processo Penal, estando em pleno curso o delito de sequestro
e cárcere privado, compete à autoridade policial:

A) Requisitar, de quaisquer órgãos do poder público ou de empresas da iniciativa


privada, dados e informações cadastrais da vítima ou de suspeitos.
B) Requisitar, de quaisquer órgãos do poder público ou de empresas da iniciativa
privada, dados, informações cadastrais e a interceptação das comunicações telefônicas
da vítima e de suspeitos, que deverá ser efetivada no prazo máximo de 24 horas.
C) Representar judicialmente por mandado de busca e apreensão para legitimar o
ingresso no domicílio em que se encontre a vítima, nos termos do Art. 5º, XI da
Constituição Federal.
D) Requisitar, de quaisquer órgãos do poder público, dados e informações cadastrais da
vítima ou de suspeitos e, mediante ordem judicial, obtê-los de empresas da iniciativa
privada.
E) Requisitar, de quaisquer empresas da iniciativa privada e, mediante ordem judicial,
requerer dados e informações cadastrais da vítima ou de suspeitos perante quaisquer
órgãos de poder público.

MUDE SUA VIDA!


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SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA A
Exige do candidato conhecimento sobre a necessidade ou não de autorização
judicial para a realização de certas diligências, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A, no § 3º do art.
158 e no art. 159 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal),
e no art. 239 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do
Adolescente), o membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderá
requisitar, de quaisquer órgãos do poder público ou de empresas da
iniciativa privada, dados e informações cadastrais da vítima ou de suspeitos.

17. (Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: IAPEN-AP Prova: FCC - 2018 - IAPEN-AP - Agente
Penitenciário)

Segundo determina o Código de Processo Penal, logo que tiver conhecimento da prática
da infração penal, a autoridade policial deverá

A) dirigir-se ao local dos fatos, providenciando para que não se alterem o estado e
conservação das coisas, até a chegada da imprensa.
B) realizar exame criminológico no indiciado, no caso de indícios de crime contra a
dignidade sexual.
C) presidir a audiência de suspensão condicional do processo, apresentando o preso em
até 24 horas à autoridade judicial responsável.
D) apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos
criminais.
E) propor ao indiciado acordo de delação premiada e, caso aceite, determinar o
arquivamento do inquérito policial.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA D
Exige do candidato conhecimento sobre as diligências que a autoridade policial
pode adotar ao tomar conhecimento da infração penal, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade
policial deverá:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e
conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais;
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados
pelos peritos criminais;
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas
circunstâncias;
IV - ouvir o ofendido;
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no
Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por
duas testemunhas que lhe tenham ouvido a leitura;
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;

MUDE SUA VIDA!


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VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a


quaisquer outras perícias;
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se
possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes;
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual,
familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e
depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para
a apreciação do seu temperamento e caráter.
X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se
possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos
cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.

18. A obtenção de dados e informações cadastrais de vítimas ou de suspeitos junto a órgãos


do poder público ou empresas da iniciativa privada, durante a investigação de crime de
tráfico de pessoas, poderá ser requisitada

A) pela Autoridade Judiciária, mediante representação do Ministério Público.


B) pela Autoridade Judiciária, mediante representação do Delegado de Polícia.
C) diretamente pelo Delegado de Polícia ou pelo Promotor de Justiça.
D) apenas pela Autoridade Judiciária, de ofício.
E) somente pelo Delegado de Polícia ou pelo Juiz de Direito

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA C
Exige do candidato conhecimento sobre a necessidade ou não de autorização
judicial para a realização de certas diligências, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A, no § 3º do art.
158 e no art. 159 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal),
e no art. 239 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do
Adolescente), o membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderá
requisitar, de quaisquer órgãos do poder público ou de empresas da
iniciativa privada, dados e informações cadastrais da vítima ou de suspeitos.

19. Ao tomar conhecimento da prática de uma infração penal, caberá à autoridade policial,

I dirigir-se ao local, onde deve providenciar para que não se alterem o estado e a
conservação das coisas até a chegada dos peritos criminais.

II informar o fato de pronto ao Ministério Público, ao qual compete fiscalizar o trabalho


policial.

III proceder a diligências no sentido de apurar as circunstâncias do fato criminoso e


identificar a autoria provável.

IV encerrar a investigação quando não for possível identificar um suspeito dentro de


prazo razoável.

MUDE SUA VIDA!


19
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Estão certos apenas os itens

A) I e II.
B) I e III.
C) III e IV.
D) I, II e IV.
E) II, III e IV.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA B
Exige do candidato conhecimento sobre as diligências que a autoridade policial
pode adotar ao tomar conhecimento da infração penal, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade
policial deverá:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado
e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais;
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos
peritos criminais;
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato
e suas circunstâncias;
IV - ouvir o ofendido;
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no
Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por
duas testemunhas que lhe tenham ouvido a leitura;
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a
quaisquer outras perícias;
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se
possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes;
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual,
familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e
depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para
a apreciação do seu temperamento e caráter.
X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se
possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos
cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.

20. A quem cabe, por força de lei, a responsabilidade da preservação do local de crime para
a realização da perícia?

A) Ao cidadão, funcionário do local, que primeiramente identificou uma ação


supostamente delituosa.
B) A qualquer policial que chegar primeiro ao local de crime.
C) Ao corpo de peritos acionado para a ocorrência.
D) A autoridade policial, a quem foi dado o conhecimento da ocorrência criminosa.

MUDE SUA VIDA!


20
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SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA D
Tal atribuição é da autoridade policial, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a
autoridade policial deverá:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado
e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais;
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos
peritos criminais;
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas
circunstâncias;
IV - ouvir o ofendido;
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no
Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por
duas testemunhas que lhe tenham ouvido a leitura;
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a
quaisquer outras perícias;
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se
possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes;
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual,
familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e
depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para
a apreciação do seu temperamento e caráter.
X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se
possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos
cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.

MUDE SUA VIDA!


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SUMÁRIO
Questões sobre a aula .................................................................................................................................... 2
Gabarito ......................................................................................................................................................... 8
Questões Comentadas ................................................................................................................................... 9

MUDE SUA VIDA!


1
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QUESTÕES SOBRE A AULA



1. ANO: 2020. Questão Inédita

Julgue o item abaixo, levando em consideração as noções de ação pena e direito de
ação penal:

Ação penal é o direito público subjetivo de se exigir do Estado o exercício da
jurisdição.

Certo ( ) Errado ( )

2. ANO: 2020. Questão Inédita

De acordo com as características do direito de ação penal, analise a assertiva abaixo:

Considerando a ação penal um direito, pode-se citar algumas características, tais
como: direito público, subjetivo, autônomo, concreto, determinado e específico.

Certo ( ) Errado ( )

3. ANO: 2020. Questão Inédita

Em relação a ação penal, julgue o item abaixo:

A ação penal é um direito abstrato, já que o direito de ação existe e será exercido
mesmo nas hipóteses em que o juiz julgar improcedente o pedido de condenação do
acusado.

Certo ( ) Errado ( )

4. ANO: 2020. Questão Inédita

Em relação aos tipos de ação penal existentes, julgue o item que segue:

A ação poderá ser classificada de acordo com a prerrogativa de titularidade,
podendo ser classificada em pública ou privada.

Certo ( ) Errado ( )

5. ANO: 2020. Questão Inédita

De acordo com as discussões doutrinárias, julgue o item abaixo:

A ação penal pública subsidiária da pública é a hipótese em que, diante de inércia do
membro do Ministério Público Estadual, na figura do Procurador Geral da Justiça, o
Procurador Geral da República, poderá assumir a titularidade.

Certo ( ) Errado ( )

MUDE SUA VIDA!


2
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6. ANO: 2020. Questão Inédita

Julgue a alternativa abaixo de acordo com as conhecidas condições da ação:

Uma das condições genéricas da ação penal é o interesses de agira que configura-se
como pertinência subjetiva da ação, isto é, a ação só pode ser proposta por quem é
titular do interesse que se quer realizar e contra aquele que o interesse deve ficar
subordinado ao do autor.

Certo ( ) Errado ( )

7. ANO: 2020. Questão Inédita

Julgue a alternativa abaixo de acordo com as conhecidas condições da ação:

As condições da ação são condições objetivas de punibilidade, podendo citar como
exemplo: possibilidade jurídica do pedido, interesse de agir e legitimidade.

Certo ( ) Errado ( )

8. ANO: 2020. Questão Inédita

Julgue o item a seguir, levando em consideração a legitimidade como condição da
ação penal:

É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do Ministério
Público, condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por crime
contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas funções.

Certo ( ) Errado ( )

9. ANO: 2020. Questão Inédita

Julgue a assertiva abaixo:

Justa causa duplicada é o conceito obtido a partir dos delitos de tráfico de drogas,
ocasião em que o membro do Ministério Público deve angaria elementos não só em
relação ao crime de tráfico mas também em relação aos delitos antecedentes.

Certo ( ) Errado ( )

10. ANO: 2020. Questão Inédita

Julgue o item abaixo:

Ação penal privada é um direito que só poderá ser exercido pela própria vítima.

Certo ( ) Errado ( )

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3
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11. ANO: 2015 BANCA: TJ-AC ÓRGÃO: TJ-AC PROVA: TJ-AC - 2015 - TJ-AC - JUIZ
LEIGO

Assinale a alternativa INCORRETA:

A)A justa causa não é considerada como uma das condições da ação penal.
B)O processo terá completada a sua formação quando realizada a citação do
acusado.
C)Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá
recurso para o chefe de Polícia.
D)A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a
infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de
execução.


12. ANO: 2016 BANCA: TJ-AC ÓRGÃO: TJ-AC PROVA: TJ-AC - 2016 - TJ-AC –
CONCILIADOR

No tocante à ação penal:

A)A representação, segundo o CPP, é retratável até o recebimento da denúncia.
B)As fundações, associações e sociedade legalmente constituídas poderão exercer
ação penal.
C)Em regra, o ofendido ou seu representante tem prazo de 30 (trinta) dias para
oferecimento da queixa.
D)No caso de morte do ofendido, extingue-se imediatamente a punibilidade do autor
do fato.


13. ANO: 2020 BANCA: CESPE / CEBRASPE ÓRGÃO: TJ-PA PROVA: CESPE - 2020 -
TJ-PA - OFICIAL DE JUSTIÇA – AVALIADOR

Maria foi vítima de estupro praticado por um desconhecido em um parque. Ao
comparecer à delegacia, ela comunicou formalmente o ocorrido e submeteu-se a
exame de corpo de delito, que comprovou a violência sexual; em seguida, foi feito o
retrato falado do estuprador. Apesar dos esforços da autoridade policial, o autor do
crime somente foi identificado e reconhecido pela vítima sete meses após a
ocorrência do fato.

Nessa situação hipotética, concluídas as investigações, o Ministério Público deve

A)oferecer a denúncia, visto que estão presentes as condições da ação penal.
B)manifestar-se pelo arquivamento do inquérito policial por falta de interesse de
agir.
C)manifestar-se pelo arquivamento do inquérito policial por falta de possibilidade
jurídica do pedido.
D)manifestar-se pelo arquivamento do inquérito policial por falta de justa causa.


14. ANO: 2019 BANCA: INSTITUTO AOCP ÓRGÃO: PC-ES PROVA: INSTITUTO AOCP
- 2019 - PC-ES - PERITO OFICIAL CRIMINAL - ÁREA 8

MUDE SUA VIDA!


4
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O direito de ação penal é o direito público subjetivo de se pedir ao Estado-Juiz a
aplicação do direito penal objetivo a um caso concreto. Sobre a ação penal, assinale
a alternativa correta.

A)A representação é retratável até o recebimento da denúncia pelo Juízo.
B)A ação penal, nas contravenções, só será iniciada com o auto de prisão em
flagrante.
C)Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo, caberá intentar a ação
pública subsidiária da pública.
D)Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério Público, nos
casos em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, por escrito, informações sobre o
fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção


15. ANO: 2019 BANCA: INSTITUTO AOCP ÓRGÃO: PC-ES PROVA: INSTITUTO AOCP
- 2019 - PC-ES - PERITO OFICIAL CRIMINAL - ÁREA 8

O interesse de agir da ação penal deve ser analisado sob três aspectos distintos: a
necessidade de obtenção da tutela jurisdicional pleiteada; a adequação entre o
pedido e a proteção jurisdicional que se pretende obter; e a utilidade, que se traduz
na eficácia da atividade jurisdicional para satisfazer o interesse do autor. Sobre essa
temática, assinale a alternativa correta.

A) A obrigatoriedade de oferecer a denúncia significa que, em sede de alegações
orais (ou de memoriais), o Ministério Público estará sempre objetivamente obrigado
a pedir a condenação do acusado.
B) A "justa causa" é o suporte probatório mínimo (em regra constituído no inquérito
policial) que deve lastrear toda e qualquer acusação penal.
C) A representação do ofendido, nos crimes de ação penal pública condicionada à
representação, não é uma condição da ação penal.
D)Por força do princípio da obrigatoriedade, reservam-se aos órgãos persecutórios
criminais todo e qualquer critério político ou de utilidade social para decidir se
atuarão ou não.


16. ANO: 2020. Questão Inédita

De acordo com as condições da ação e condições objetivas de punibilidade, assinale
a alternativa correta:

A) Decisão judicial que encerrar processo por falta de condição da ação faz coisa
julgada formal, somente.
B) Decisão judicial que encerrar processo por falta de condição da ação faz coisa
julgada formal e material.
C) A ausência de condição objetiva de punibilidade não impede o inicio da
persecução penal.
D) A ausência de condição objetiva de punibilidade, proposta ação penal, forma coisa
julgada material, somente.

MUDE SUA VIDA!


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17. ANO: 2020. Questão Inédita



Assinale a alternativa incorreta:

A) Condições objetivas de punibilidade estão ligadas ao direito penal, funcionando
como fatos externos ao tipo penal.
B) Condições objetivas de punibilidade são chamadas desta forma porque
independem do dolo ou da culpa do agente.
C) As condições da ação, diferentemente das condições objetivas de punibilidade, se
não estiverem presentes, ocorrerá a anulação do processo, sem a análise do mérito.
D) Decisão judicial que encerrar processo por falta de condição da ação faz coisa
julgada formal e material.


18. ANO: 2020. Questão Inédita

Assinale a alternativa correta:

A) Ação penal é o direito público subjetivo de se exigir do Estado o exercício da
jurisdição.
B) Considerando a ação penal um direito, pode-se citar algumas características, tais
como: direito público, subjetivo, autônomo, abstrato, determinado e específico.
C) Uma das características da ação penal é direito objetivo, ou seja, o titular do
direito de ação penal pode exigir do Estado a prestação jurisdicional.
D) Ação penal publica subsidiária da pública também pode ser chamada de ação
penal acidentalmente privada


19. ANO: 2020. Questão Inédita

De acordo com os tipos de ação penal, marque a alternativa incorreta:

A) Na ação penal pública incondicionada, a atuação do ministério público independe
de qualquer condição específica
B) Nas hipóteses de ação penal pública condicionada a atuação do Ministério Público
está subordinada a representação do ofendido ou a requisição do ministério da
justiça
C) A ação penal exclusivamente privada é a regra, em relação a ações penais
privadas.
D) Ação penal personalíssima ocorre nos crimes contra a honra.


20. ANO: 2020. Questão Inédita

Marque a alternativa incorreta:

A)Uma das condições genéricas da ação penal é o interesses de agir que configura-
se como pertinência subjetiva da ação, isto é, a ação só pode ser proposta por quem
é titular do interesse que se quer realizar e contra aquele que o interesse deve ficar
subordinado ao do autor.

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B) Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando


autorizado pelo ordenamento jurídico.
C) Entende-se por interesse de agir a condição que está relacionada à utilidade de
prestação jurisdicional, a qual se pretende obter a movimentação da máquina estatal
judiciária.
D) Em relação a legitimidade, a regra vigente é de somente o titular do alegado
direito poder pleitear em nome próprio seu próprio interesse.










































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GABARITO
1. Errado
2. Errado
3. Certo
4. Certo
5. Certo
6. Errado
7. Errado
8. Certo
9. Errado
10. Errado
11. A
12. B
13. A
14. D
15. B
16. A
17. D
18. B
19. D
20. A
























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QUESTÕES COMENTADAS
1. Julgue o item abaixo, levando em consideração as noções de ação pena e direito de
ação penal:

Ação penal é o direito público subjetivo de se exigir do Estado o exercício da jurisdição.

GABARITO: ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. Conceito de direito de ação.

SOLUÇÃO COMPLETA

De acordo com Renato Brasileiro (p. 291, 2020), não se pode confundir o
direito de ação com a ação propriamente dita. O direito de ação penal é o direito
público subjetivo de exigir do Estado-Juiz que seja aplicado o direito penal objetivo
a um caso concreto. Vai funcionar sempre como direito que a parte acusadora,
podendo ser o Ministério Público ou o ofendido, tem de provocar o Estado a dizer o
direito objetivo no caso concreto, através do devido processo legal.
Já a Ação Penal propriamente dita é o ato jurídico, ou seja, a iniciativa de se
ir à justiça buscar determinado direito, com efetiva prestação da tutela jurisdicional,
funcionando como a forma de se provocar o Estado a prestar a tutela jurisdicional.


2.De acordo com as características do direito de ação penal, analise a assertiva abaixo:

Considerando a ação penal um direito, pode-se citar algumas características, tais como:
direito público, subjetivo, autônomo, concreto, determinado e específico.

GABARITO: ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. As características da ação penal são: direito público, subjetivo,


autônomo, abstrato , determinado e específico.

SOLUÇÃO COMPLETA

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A Ação Penal propriamente dita é o ato jurídico, ou seja, a iniciativa de se ir à


justiça buscar determinado direito, com efetiva prestação da tutela jurisdicional,
funcionando como a forma de se provocar o Estado a prestar a tutela jurisdicional.
Nas lições de Renato Brasileiro (p. 291, 2020), as principais características
da ação penal como um direito, são:

a) direito público: a atividade jurisdicional que se pretende provocar é de


natureza pública. Daí se dizer que a ação penal é um direito público. Mesmo nas
hipóteses em que o Estado transfere ao ofendido a possibilidade de ingressar em
juízo, tal ação continua sendo um direito público, razão pela qual se utiliza a
expressão ação penal de iniciativa privada.
b) direito subjetivo: o titular do direito de ação penal pode exigir do Estado-
Juiz a prestação jurisdicional, relacionada a um caso concreto;
c) direito autônomo: o direito de ação penal não se confunde com o direito
material que se pretende tutelar;
d) direito abstrato: o direito de ação existe e será exercido mesmo nas
hipóteses em que o juiz julgar improcedente o pedido de condenação do acusado.
Ou seja, o direito de ação independe da procedência ou improcedência da pretensão
acusatória;
e) direito determinado: o direito de ação é instrumentalmente conexo a um
fato concreto, já que pretende solucionar uma pretensão de direito material;
f) direito específico: o direito de ação penal apresenta um conteúdo, que é
o objeto da imputação, ou seja, é o fato delituoso cuja prática é atribuída ao
acusado.


3. Em relação a ação penal, julgue o item abaixo:

A ação penal é um direito abstrato, já que o direito de ação existe e será exercido mesmo
nas hipóteses em que o juiz julgar improcedente o pedido de condenação do acusado.

GABARITO: CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Certo. Uma das características da ação penal é direito abstrato.

SOLUÇÃO COMPLETA
A Ação Penal propriamente dita é o ato jurídico, ou seja, a iniciativa de se ir à
justiça buscar determinado direito, com efetiva prestação da tutela jurisdicional,
funcionando como a forma de se provocar o Estado a prestar a tutela jurisdicional.
Nas lições de Renato Brasileiro (p. 291, 2020), as principais características
da ação penal como um direito, são:

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a) direito público: a atividade jurisdicional que se pretende provocar é de


natureza pública. Daí se dizer que a ação penal é um direito público. Mesmo nas
hipóteses em que o Estado transfere ao ofendido a possibilidade de ingressar em
juízo, tal ação continua sendo um direito público, razão pela qual se utiliza a
expressão ação penal de iniciativa privada.
b) direito subjetivo: o titular do direito de ação penal pode exigir do Estado-
Juiz a prestação jurisdicional, relacionada a um caso concreto;
c) direito autônomo: o direito de ação penal não se confunde com o direito
material que se pretende tutelar;
d) direito abstrato: o direito de ação existe e será exercido mesmo nas
hipóteses em que o juiz julgar improcedente o pedido de condenação do acusado.
Ou seja, o direito de ação independe da procedência ou improcedência da pretensão
acusatória;
e) direito determinado: o direito de ação é instrumentalmente conexo a um
fato concreto, já que pretende solucionar uma pretensão de direito material;
f) direito específico: o direito de ação penal apresenta um conteúdo, que é o
objeto da imputação, ou seja, é o fato delituoso cuja prática é atribuída ao acusado.


4. Em relação aos tipos de ação penal existentes, julgue o item que segue:

A ação poderá ser classificada de acordo com a prerrogativa de titularidade, podendo
ser dividida em pública ou privada.

GABARITO: CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Certa. A ação penal é classificada de acordo com a titularidade e é dividida


em dois grandes grupos: pública ou privada, que se subdividem.

SOLUÇÃO COMPLETA

Nas palavras de Renato Brasileiro (p. 319, 2020), no âmbito processual


penal, a doutrina costuma classificar a ação penal a partir da legitimação ativa.
Tem-se, assim, a ação penal pública e a ação penal de iniciativa privada. A ação
penal pública, cujo titular é o Ministério Público, subdivide-se em:
a) ação penal pública incondicionada: nesta espécie de ação penal, a
atuação do Ministério Público independe do implemento de qualquer condição
específica;
b) ação penal pública condicionada: nessa hipótese, a atuação do
Ministério Público está subordinada ao implemento de uma condição –
representação do ofendido ou requisição do Ministro da Justiça;
c) ação penal pública subsidiária da pública: sua inserção como espécie
de ação penal pública não é ponto pacífico na doutrina.

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São espécies de ação penal de iniciativa privada:


a) ação penal exclusivamente privada: em se tratando de ação penal de
iniciativa privada, funciona como a regra;
b) ação penal privada personalíssima: são raras as espécies de crimes
subordinados a esta espécie de ação penal privada. Atualmente existe apenas o
crime de induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento (CP, art. 236,
parágrafo único). Diferencia-se da hipótese anterior porque a queixa só pode ser
oferecida pelo próprio ofendido, sendo incabível a sucessão processual;
c) ação penal privada subsidiária da pública (também chamada de ação
penal acidentalmente privada): diz a Constituição Federal que “será admitida ação
privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal” (art.
5º, LIX). Seu cabimento está subordinado à inércia do Ministério Público


5. De acordo com as discussões doutrinárias, julgue o item abaixo:

A ação penal pública subsidiária da pública é a hipótese em que, diante de inércia do
membro do Ministério Público Estadual, na figura do Procurador Geral da Justiça, o
Procurador Geral da República, poderá assumir a titularidade.

GABARITO: CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Certa. Conceito correto de ação penal pública subsidiária da pública.

SOLUÇÃO COMPLETA
Em que pese ser um ponto muito discutido pela doutrina, a respeito de sua
possível constitucionalidade, é importante conhecer e entender como funciona essa
modalidade de ação penal.
De acordo com art. 2, º§ 2º, do Decreto-Lei n. 201/1967:

Art 2 § 2º Se as previdências para a abertura do inquérito policial ou


instauração da ação penal não forem atendidas pela autoridade policial ou pelo
Ministério Público estadual, poderão ser requeridas ao Procurador-Geral da
República.

Fazendo uma breve análise ao artigo mencionado, podemos entender o


motivo de ser tema de questionamento, dentro da doutrina, em relação à estar
alinhado com o texto constitucional ou não. Isso porque essa mistura realizada
entre esferas federais e estaduais, promovendo alteração de atribuições não está
prevista constitucionalmente.
De acordo com Renato Brasileiro (p. 318,319. 2020), sua inserção como
espécie de ação penal pública não é ponto pacífico na doutrina. Porém, para alguns
doutrinadores, essa subespécie de ação penal pode ser vislumbrada nas seguintes
hipóteses:

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c.1) de acordo com o art. 2º, § 2º, do Dec.-lei nº 201/67, que dispõe sobre
crimes de responsabilidade de prefeitos e vereadores, “se as providências para a
abertura do inquérito policial ou instauração da ação penal não forem atendidas
pela autoridade policial ou pelo Ministério Público estadual, poderão ser requeridas
ao Procurador-Geral da República”. Para grande parte da doutrina, esse dispositivo
não foi recepcionado pela Constituição Federal, quer porque desloca para a Justiça
Federal competência que não está prevista no art. 109 da Constituição Federal, quer
porque atenta contra a autonomia dos Ministérios Públicos dos Estados e contra a
própria estrutura do pacto federativo. Portanto, diante da inércia do Procurador-
Geral de Justiça em oferecer a denúncia, entende-se possível a provocação do
Colégio de Procuradores, órgão da estrutura do Ministério Público dos Estados, ou
o oferecimento de ação penal privada subsidiária da pública, nos termos do art. 29
do CPP.


6. Julgue a alternativa abaixo de acordo com as conhecidas condições da ação:

Uma das condições genéricas da ação penal é o interesses de agir que configura-se como
pertinência subjetiva da ação, isto é, a ação só pode ser proposta por quem é titular do
interesse que se quer realizar e contra aquele que o interesse deve ficar subordinado ao
do autor.

GABARITO: ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. A questão trouxe o conceito de legitimidade, outra condição genérica


da ação.

SOLUÇÃO COMPLETA

Renato Brasileiro (p. 302, 2020) nos ensina que Em termos de legitimidade,
a regra geral está consagrada no art. 18 do novo CPC, que prevê que somente o
titular do alegado direito poderá pleitear em nome próprio seu próprio interesse. É
o que se denomina de legitimação ordinária. Portanto, em regra, alguém só pode
agir, em nome próprio, na defesa de interesse próprio. É o que ocorre, no âmbito
processual penal, nas hipóteses de ação penal pública. Na medida em que a
Constituição Federal outorga ao Ministério Público a titularidade da ação penal
pública, é evidente que o Parquet age em nome próprio na defesa de interesse
próprio.
Se a regra é a legitimação ordinária, excepcionalmente, e desde que
autorizado por lei, o ordenamento jurídico prevê situações em que alguém pode
pleitear, em nome próprio, direito alheio. É o que se denomina de legitimação
extraordinária ou substituição processual. Sobre o assunto, consoante disposto no
art. 18 do novo CPC, ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo
quando autorizado pelo ordenamento jurídico.

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Código de Processo Civil

Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo
quando autorizado pelo ordenamento jurídico.

Já a condição da ação conhecida como interesse de agir, entende-se que está


relacionada à utilidade da prestação jurisdicional que se pretende obter com a
movimentação do aparato judiciário. Deve-se demonstrar, assim, a necessidade de
se recorrer ao Poder Judiciário para a obtenção do resultado pretendido,
independentemente da legitimidade da pretensão. A fim de se verificar se o autor
tem (ou não) interesse processual para a demanda, deve se questionar se, para
obter o que pretende o autor, é efetivamente necessária a providência jurisdicional
pleiteada (art. 17 do novo CPC).
De acordo com Renato Brasileiro, parte significativa da doutrina, o interesse
de agir deve ser analisado sob três aspectos distintos:
a) necessidade de obtenção da tutela jurisdicional pleiteada: estará
presente sempre que o autor não puder obter o bem da vida pretendido sem a
devida intervenção do Poder Judiciário.
Esse raciocínio só é correto para as situações em que se pretende exercitar,
pelo processo, direitos a uma prestação, pois há a possibilidade de cumprimento
espontâneo da prestação. Portanto, quando não houver meios para a satisfação
voluntária, há necessidade de jurisdição. E é exatamente isso o que ocorre com a
pretensão punitiva. No âmbito processual penal, essa necessidade é implícita na
ação penal condenatória, já que, em virtude do princípio do nulla poena sine judicio,
nenhuma sanção penal poderá ser aplicada sem o devido processo legal, ainda que
o acusado não tenha interesse em oferecer qualquer resistência. A ação penal é,
por conseguinte, uma ação necessária.
Logo, o exame da “necessidade” para a verificação do interesse de agir é
dispensável, pois está in re ipsa. No âmbito processual penal, ter-se-á uma
pretensão insatisfeita, vez que, para solucionar a demanda penal, é sempre
necessário o processo, pois o Estado não pode aplicar a norma penal de imediato,
mesmo que haja a concordância de quem cometeu o delito. Para que as regras
punitivas atuem concretamente, torna-se imprescindível o processo, pois a pena
não pode ser imposta diretamente ao autor do crime, sem prévia apuração de sua
responsabilidade. Afinal, o jus puniendi é de coação indireta em face da exigência
de que a pena só seja imposta após regular processo. A ressalva à possibilidade de
aplicação de pena sem processo no âmbito processual penal fica por conta da
transação penal no âmbito dos Juizados Especiais Criminais (Lei nº 9.099/95, art.
76). Presentes os pressupostos objetivos e subjetivos, deverá o titular da ação penal
formular proposta de aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou de multa.
Nesse caso, ainda não há processo. O ato compositivo ocorre por ocasião da
audiência preliminar, logo, antes do oferecimento da denúncia.

b) adequação entre o pedido e a proteção jurisdicional que se


pretende obter: por adequação entende-se o ajustamento da providência judicial
requerida à solução do conflito subjacente ao pedido. Se essa adequação é assaz
importante no processo civil, é interessante perceber que, em uma ação penal

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condenatória, tal condição não ostenta grande relevância, já que não há espécies
distintas de ações penais condenatórias.

c) utilidade: consiste na eficácia da atividade jurisdicional para satisfazer o


interesse do autor. Só haverá utilidade se houver possibilidade de realização do jus
puniendi estatal, com eventual aplicação da sanção penal adequada


7. Julgue a alternativa abaixo de acordo com as conhecidas condições da ação:

As condições da ação são condições objetivas de punibilidade, podendo citar como
exemplo: possibilidade jurídica do pedido, interesse de agir e legitimidade.

GABARITO: ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. Condições da ação e condições objetivas de punibilidade são


institutos distintos dentro do Processo Penal.

SOLUÇÃO COMPLETA

É importante diferenciar condições da ação de condições objetivas de


punibilidade para poder entender o enunciado desta questão. Veja o que Renato
Brasileiro (p. 312, 2020) nos ensina a respeito do tema:

Há situações em que, por questões de política criminal, a punibilidade fica na


dependência do aperfeiçoamento de elementos ou circunstâncias não encontradas
na descrição típica do crime e exteriores à conduta. São as denominadas condições
objetivas de punibilidade, as quais não se confundem com as condições da ação. As
condições da ação estão relacionadas ao direito processual penal, sendo exigidas
para o exercício regular do direito de ação, subdividindo-se em condições genéricas
e específicas.
De seu turno, as condições objetivas de punibilidade referem-se ao direito
penal, funcionando como fatos externos ao tipo penal, que devem ocorrer para a
formação de um injusto culpável punível, sendo chamadas de objetivas porquanto
independem do dolo ou da culpa do agente. Constitui-se a condição objetiva de
punibilidade em acontecimento futuro e incerto, localizada entre o preceito primário
e secundário da norma penal incriminadora, condicionando a existência da
pretensão punitiva do Estado. São condições exigidas pelo legislador para que o
fato se torne punível e que estão fora do injusto penal.
As condições da ação também diferem das condições objetivas de punibilidade
no que tange à consequência de sua ausência: se não estiver presente uma
condição de procedibilidade, ocorre a anulação do processo e não a absolvição do
agente, pois não há, em regra, analise do mérito, ou seja, nada impede a renovação
do processo, desde que seja removido o impedimento processual. Em outras

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palavras, tal decisão só faz coisa julgada formal. Por outro lado, a ausência de uma
condição objetiva de punibilidade impede o início da persecução criminal; porém,
proposta a ação penal, haverá decisão de mérito e, portanto, formação de coisa
julgada formal e material.


8. Julgue o item a seguir, levando em consideração a legitimidade como condição da ação
penal:

É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do Ministério
Público, condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por crime
contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas funções.

GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Certa. Súmula 714 STF.

SOLUÇÃO COMPLETA

Renato Brasileiro (p. 302, 2020) nos ensina que, em termos de


legitimidade, a regra geral está consagrada no art. 18 do novo CPC, que prevê que
somente o titular do alegado direito poderá pleitear em nome próprio seu próprio
interesse. É o que se denomina de legitimação ordinária. Portanto, em regra,
alguém só pode agir, em nome próprio, na defesa de interesse próprio. É o que
ocorre, no âmbito processual penal, nas hipóteses de ação penal pública. Na medida
em que a Constituição Federal outorga ao Ministério Público a titularidade da ação
penal pública, é evidente que o Parquet age em nome próprio na defesa de interesse
próprio.
Se a regra é a legitimação ordinária, excepcionalmente, e desde que
autorizado por lei, o ordenamento jurídico prevê situações em que alguém pode
pleitear, em nome próprio, direito alheio. É o que se denomina de legitimação
extraordinária ou substituição processual. Sobre o assunto, consoante disposto no
art. 18 do novo CPC, ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo
quando autorizado pelo ordenamento jurídico.

Código de Processo Civil

Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo
quando autorizado pelo ordenamento jurídico.

A doutrina costuma citar como exemplo a ação penal de iniciativa privada.


Nessa espécie de ação penal, o Estado, titular exclusivo do direito de punir,
transfere a legitimidade para a propositura da ação penal à vítima ou ao seu
representante legal, a eles concedendo o jus persequendi in judicio.

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Cuida-se, portanto, de hipótese de legitimação extraordinária, já que o


ofendido age, em nome próprio, na defesa de um interesse alheio, pois o Estado
continua sendo o titular da pretensão punitiva.
Há doutrinadores que também citam como exemplo de legitimação
extraordinária no processo penal a ação civil ex delicto proposta pelo Ministério
Público em favor de vítima pobre (CPP, art. 68). A nosso juízo, não se trata de
hipótese de legitimação extraordinária, pois o órgão ministerial não age em nome
próprio na defesa de interesse alheio. Na verdade, se a vítima pobre não é
profissional da advocacia, não tem capacidade postulatória para postular perante o
Poder Judiciário. Logo, o ajuizamento da ação civil ex delicto deve ser feito por
advogado regularmente inscrito nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil,
por Defensor Público, ou pelo próprio Ministério Público, nas comarcas em que não
houver serviço de assistência judiciária gratuita.
Como se vê, a incapacidade postulatória é suprida por meio da representação
voluntária necessária. Não se pode confundir a legitimação extraordinária
(substituição processual) com a sucessão processual. Há sucessão processual
quando um sujeito sucede outro no processo, assumindo a sua posição processual.
Há, portanto, uma troca de sujeitos no processo, uma mudança subjetiva da relação
jurídica processual. A propósito, consoante disposto no art. 31 do CPP, no caso de
morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de
oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente,
descendente ou irmão. Por outro lado, na legitimação extraordinária (substituição
processual), não há troca de sujeitos. Na verdade, não há qualquer alteração da
relação processual, pois um sujeito tem o poder (legitimidade) de estar
legitimamente em um processo defendendo interesse de outrem.
Quando um agente público é ofendido em sua honra, independente de ser a
objetiva ou a subjetiva, surge para o Estado a atribuição de punir o responsável
pela conduta criminosa.
Para sanar possíveis dúvidas em relação ao tipo de ação penal, no sentido ser
privada e iniciado mediante queixa crime ou ação pública condicionada à
representação do ofendido, a súmula 714 do STF preceituou que:

É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do Ministério


Público, condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por crime
contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas funções.


9. Julgue a assertiva abaixo:

Justa causa duplicada é o conceito obtido a partir dos delitos de tráfico de drogas, ocasião
em que o membro do Ministério Público deve angaria elementos não só em relação ao
crime de tráfico mas também em relação aos delitos antecedentes.

GABARITO: ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. O crime é de lavagens de capitais e não tráfico de drogas.

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SOLUÇÃO COMPLETA

Primeiramente, de acordo com Renato Brasileiro, temos as seguintes


considerações acerca da Justa causa: é o suporte probatório mínimo (probable
cause) que deve lastrear toda e qualquer acusação penal. Tendo em vista que a
simples instauração de um processo penal já atinge o chamado status dignitatis do
imputado, não se pode admitir a instauração de processos levianos temerários,
desprovidos de um lastro mínimo de elementos de informação, provas cautelares,
antecipadas ou não repetíveis, que dê arrimo à acusação.
Em regra, esse lastro probatório é fornecido pelo inquérito policial, o que, no
entanto, não impede que o titular da ação penal possa obtê-lo a partir de outras
fontes de investigação. Aliás, como destaca o próprio art. 12 do CPP, os autos do
inquérito policial deverão acompanhar a denúncia ou queixa, sempre que servir de
base a uma ou outra.
Para que se possa dar início a um processo penal, então, há necessidade do
denominado fumus comissi delicti, a ser entendido como a plausibilidade do direito
de punir, ou seja, a plausibilidade de que se trate de um fato criminoso, constatada
por meio de elementos de informação, provas cautelares, não repetíveis e
antecipadas, confirmando a presença de prova da materialidade e de indícios de
autoria ou de participação em conduta típica, ilícita e culpável,
Já o conceito de justa causa duplicada é obtido a partir dos delitos de lavagens
de capitais, ocasião em que o membro do Ministério Público deverá angariar
elementos não só em relação ao crime de lavagem de dinheiro, mas também em
relação aos delitos antecedentes.
Observa-se o teor do art. 2°, § 1°, da Lei n. 9.613/1998, segundo o qual A
denúncia será instruída com indícios suficientes da existência da infração penal
antecedente, sendo puníveis os fatos previstos nesta Lei, ainda que desconhecido
ou isento de pena o autor, ou extinta a punibilidade da infração penal antecedente.


10. Julgue o item abaixo:

Ação penal privada é um direito que só poderá ser exercido pela própria vítima.

GABARITO: ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. A titularidade é da vítima mas, em caso de falecimento ou


incapacidade, a linha sucessória de cônjuge, ascendente, descendente e irmão está
habilitada para tal.

SOLUÇÃO COMPLETA

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De acordo com Renato Brasileiro, no silêncio da lei, a ação penal é pública


incondicionada. Há, porém, situações em que o Estado, titular exclusivo do direito
de punir, transfere a legitimidade para a propositura da ação penal à vítima ou ao
seu representante legal, a eles concedendo o jus persequendi in judicio. É o que
ocorre na ação penal de iniciativa privada, verdadeira hipótese de legitimação
extraordinária (ou substituição processual), já que o ofendido age, em nome
próprio, na defesa de um interesse alheio, pois o Estado continua sendo o titular da
pretensão punitiva. Na ação penal de iniciativa privada, o autor da demanda é
denominado de querelante, ao passo que o acusado é chamado de querelado, sendo
a peça acusatória chamada de queixa-crime.
Supondo, assim, a prática de um crime contra a honra, os quais são, em regra,
de ação penal exclusivamente privada (CP, art. 145, caput, 1ª parte), ocorrendo a
morte do ofendido, o direito de oferecer queixa-crime ou de prosseguir na ação
passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão, nos exatos termos do art.
31 do CPP. Se se tratasse de um crime de ação penal privada personalíssima, essa
sucessão processual não seria cabível. Por consequência, a morte do ofendido
causaria a extinção da punibilidade.


11. Assinale a alternativa INCORRETA:
A) A justa causa não é considerada como uma das condições da ação penal.
B) O processo terá completada a sua formação quando realizada a citação do acusado.
C) Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso
para o chefe de Polícia.
D) A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração,
ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.

GABARITO: LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

A)A justa causa não é considerada como uma das condições da ação
penal. (Certa)
Errada, devendo ser assinalada como gabarito da questão que busca a
alternativa incorreta. Artigo 395, III CPP

B)O processo terá completada a sua formação quando realizada a


citação do acusado. (Errada)
Certa, não devendo ser assinalada como gabarito. Artigo 363 CPP.

C)Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito


caberá recurso para o chefe de Polícia. (Errada)
Certa, não devendo ser assinalada como gabarito. Artigo 5º §2º CPP

D)A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se


consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for
praticado o último ato de execução. (Errada)
Certa, não devendo ser assinalada como gabarito. Artigo 70 CPP.

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SOLUÇÃO COMPLETA

A)A justa causa não é considerada como uma das condições da ação
penal. (Certa)
A Ação Penal propriamente dita é o ato jurídico, ou seja, a iniciativa de se ir à
justiça buscar determinado direito, com efetiva prestação da tutela jurisdicional,
funcionando como a forma de se provocar o Estado a prestar a tutela jurisdicional.
De acordo com Renato Brasileiro (p. 297, 2020), no âmbito processual
penal, as condições da ação subdividem-se em condições genéricas, assim
compreendidas como aquelas que deverão estar presentes em toda e qualquer ação
penal, e condições específicas (de procedibilidade), cuja presença será necessária
apenas em relação a determinadas infrações penais, certos acusados, ou em
situações específicas, expressamente previstas em lei. Como condições específicas
da ação penal, podemos citar, a título de exemplo, a representação do ofendido e
a requisição do Ministro da Justiça.
Quanto às condições genéricas da ação penal, grande parte da doutrina
entende que são aplicáveis ao processo penal as mesmas condições da ação
tradicionalmente trabalhadas pelo processo civil – à luz da sistemática do novo CPC,
legitimidade e interesse de agir –, sendo que há controvérsias quanto à verdadeira
natureza jurídica da justa causa. Outra corrente (minoritária) entende que, diante
da necessidade de se respeitar as categorias jurídicas próprias do processo penal,
as condições genéricas da ação penal devem ser buscadas dentro do próprio
processo penal: prática de fato aparentemente criminoso, punibilidade concreta,
legitimidade de parte e justa causa.

Em relação à justa causa, temos a explicação de Renato Brasileiro (p. 306,


2020):

Justa causa é o suporte probatório mínimo (probable cause) que deve lastrear
toda e qualquer acusação penal. Tendo em vista que a simples instauração de um
processo penal já atinge o chamado status dignitatis do imputado, não se pode
admitir a instauração de processos levianos temerários, desprovidos de um lastro
mínimo de elementos de informação, provas cautelares, antecipadas ou não
repetíveis, que dê arrimo à acusação.
Em regra, esse lastro probatório é fornecido pelo inquérito policial, o que, no
entanto, não impede que o titular da ação penal possa obtê-lo a partir de outras
fontes de investigação. Aliás, como destaca o próprio art. 12 do CPP, os autos do
inquérito policial deverão acompanhar a denúncia ou queixa, sempre que servir de
base a uma ou outra.
Para que se possa dar início a um processo penal, então, há necessidade do
denominado fumus comissi delicti, a ser entendido como a plausibilidade do direito
de punir, ou seja, a plausibilidade de que se trate de um fato criminoso, constatada
por meio de elementos de informação, provas cautelares, não repetíveis e
antecipadas, confirmando a presença de prova da materialidade e de indícios de
autoria ou de participação em conduta típica, ilícita e culpável.

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Código de Processo Penal

Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: III - faltar justa
causa para o exercício da ação penal.

B)O processo terá completada a sua formação quando realizada a


citação do acusado. (Errada)
A Ação Penal propriamente dita é o ato jurídico, ou seja, a iniciativa de se ir à
justiça buscar determinado direito, com efetiva prestação da tutela jurisdicional,
funcionando como a forma de se provocar o Estado a prestar a tutela jurisdicional.
De acordo com Renato Brasileiro (p. 297, 2020) No âmbito processual
penal, as condições da ação subdividem-se em condições genéricas, assim
compreendidas como aquelas que deverão estar presentes em toda e qualquer ação
penal, e condições específicas (de procedibilidade), cuja presença será necessária
apenas em relação a determinadas infrações penais, certos acusados, ou em
situações específicas, expressamente previstas em lei. Como condições específicas
da ação penal, podemos citar, a título de exemplo, a representação do ofendido e
a requisição do Ministro da Justiça.
Quanto às condições genéricas da ação penal, grande parte da doutrina
entende que são aplicáveis ao processo penal as mesmas condições da ação
tradicionalmente trabalhadas pelo processo civil – à luz da sistemática do novo CPC,
legitimidade e interesse de agir –, sendo que há controvérsias quanto à verdadeira
natureza jurídica da justa causa. Outra corrente (minoritária) entende que, diante
da necessidade de se respeitar as categorias jurídicas próprias do processo penal,
as condições genéricas da ação penal devem ser buscadas dentro do próprio
processo penal: prática de fato aparentemente criminoso, punibilidade concreta,
legitimidade de parte e justa causa.
Veja o que diz o Código de Processo Penal:

Art. 363. O processo terá completada a sua formação quando realizada a


citação do acusado.

C)Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito


caberá recurso para o chefe de Polícia. (Errada)
A alternativa traz a literalidade do Código de Processo Penal, veja:

Art. 5o Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: § 2o


Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso
para o chefe de Polícia

D)A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se


consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for
praticado o último ato de execução (Errada)
A alternativa traz a literalidade do Código de Processo Penal, veja:

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Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se


consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o
último ato de execução.



12. No tocante à ação penal:

A) A representação, segundo o CPP, é retratável até o recebimento da denúncia.
B) As fundações, associações e sociedade legalmente constituídas poderão exercer ação
penal.
C) Em regra, o ofendido ou seu representante tem prazo de 30 (trinta) dias para
oferecimento da queixa.
D) No caso de morte do ofendido, extingue-se imediatamente a punibilidade do autor do
fato.

GABARITO: LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA

A)A representação, segundo o CPP, é retratável até o recebimento da


denúncia. (Errado)
Errado. Art 25 CPP

B)As fundações, associações e sociedade legalmente constituídas


poderão exercer ação penal. (Certo)
Certo. Art 37 CPP

C)Em regra, o ofendido ou seu representante tem prazo de 30 (trinta)


dias para oferecimento da queixa. (Errado)
Errado. Art 39 CPP

D)No caso de morte do ofendido, extingue-se imediatamente a


punibilidade do autor do fato. (Errado)
Errado. Art 24 §1º c/c 31 CPP

SOLUÇÃO COMPLETA
A)A representação, segundo o CPP, é retratável até o recebimento da
denúncia. (Errado)
Existem algumas condições específicas da ação penal, que vinculam o próprio
exercício da ação e que são exigidas de acordo com a premissa legal. A exemplo de
condições específicas do direito de ação pode-se citar a representação da vítima
nos crimes de ação penal pública condicionada a representação ou a requisição do
ministro da justiça nos crimes de ação penal pública sujeita a requisição.
A representação do ofendido, ou de seu representante, deverá ocorrer, nos
moldes do Código de Processo Penal:

Art 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.

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B)As fundações, associações e sociedade legalmente constituídas


poderão exercer ação penal. (Certo)
Veja o que traz o Código de Processo Penal:

Art. 37. As fundações, associações ou sociedades legalmente constituídas


poderão exercer a ação penal, devendo ser representadas por quem os respectivos
contratos ou estatutos designarem ou, no silêncio destes, pelos seus diretores ou
sócios-gerentes.

C)Em regra, o ofendido ou seu representante tem prazo de 30 (trinta)


dias para oferecimento da queixa. (Errado)
A decadência, no ramo do direito processual penal, consiste na perda do
direito de ação penal, pelo ofendido ou seu representante, em razão de decurso de
prazo fixado pelo ordenamento legal.
Este efeito legal chamado decadência dá ensejo à extinção da punibilidade,
note:

Código Penal

Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: IV - pela prescrição, decadência ou


perempção.

Nos ensinamentos de Renato Brasileiro (p. 327, 2020) a decadência possui


natureza jurídica de causa extintiva da punibilidade, consiste a decadência na perda
do direito de queixa ou de representação pelo seu não exercício dentro do prazo
legal (seis meses), contados, em regra, a partir do conhecimento da autoria. Quanto
a este prazo, observe a taxatividade trazida pela lei:

Código de Processo Penal

Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante


legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do
prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime,
ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da
denúncia.

D)No caso de morte do ofendido, extingue-se imediatamente a


punibilidade do autor do fato. (Errado)
Primeiramente, veja o que traz o Código de Processo Penal acerca deste
assunto:

Art. 24. § 1o No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente


por decisão judicial, o direito de representação passará ao cônjuge,
ascendente, descendente ou irmão.

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Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por


decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará
ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.


13. Maria foi vítima de estupro praticado por um desconhecido em um parque. Ao
comparecer à delegacia, ela comunicou formalmente o ocorrido e submeteu-se a exame
de corpo de delito, que comprovou a violência sexual; em seguida, foi feito o retrato
falado do estuprador. Apesar dos esforços da autoridade policial, o autor do crime
somente foi identificado e reconhecido pela vítima sete meses após a ocorrência do fato.

Nessa situação hipotética, concluídas as investigações, o Ministério Público deve

A)oferecer a denúncia, visto que estão presentes as condições da ação penal.
B)manifestar-se pelo arquivamento do inquérito policial por falta de interesse de agir.
C)manifestar-se pelo arquivamento do inquérito policial por falta de possibilidade
jurídica do pedido.
D)manifestar-se pelo arquivamento do inquérito policial por falta de justa causa.

GABARITO: LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

A)oferecer a denúncia, visto que estão presentes as condições da


ação penal. (Certa)
Certa, devendo ser assinalada como gabarito. Estão presentes as condições
da ação penal.

B)manifestar-se pelo arquivamento do inquérito policial por falta de


interesse de agir. (Errada)
Errada. Há interesse de agir.

C)manifestar-se pelo arquivamento do inquérito policial por falta de


possibilidade jurídica do pedido. (Errada)
Errada. Há possibilidade jurídica do pedido.

D)manifestar-se pelo arquivamento do inquérito policial por falta de


justa causa. (Errada)
Errada. Há justa causa.

SOLUÇÃO COMPLETA

A)oferecer a denúncia, visto que estão presentes as condições da ação


penal. (Certa)
Partindo do pressuposto que o direito de ação não pode ser deliberadamente
exercido, devendo obedecer os limites trazidos pelo texto legal, as condições da
ação se manifestam como requisitos mínimos que devem ser verificados para que

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esse direito possa ser regularmente exercido. A consequência da possível falta de


uma das condições da ação, é o não recebimento da inicial acusatória pelo
magistrado.

O artigo 395, CPP, trata das condições da ação. Veja:

Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando:


I – for manifestamente inepta;
II – faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da
ação penal; ou
III – faltar justa causa para o exercício da ação penal.

Sendo assim, deve ser observado:

a) Possibilidade jurídica do pedido: O fato imputado ao investigado deve


ser crime, para que ao fim do processo penal, o juiz possa aplicar a ele sanções
trazidas pela legislação pátria, tendo em vista que de acordo com o princípio da
legalidade, não há crime sem lei anterior que o defina ou pena sem prévia
cominação legal.

b) Interesse de agir: Deve ser aferido se há efetiva necessidade de


intervenção do poder judiciário para solucionar a demanda, se o meio utilizado para
tanto é adequado e, por fim, se o processo tem a possibilidade de trazer algo útil
ao autor do processo. Dessa forma, deveremos analisar o interesse-necessidade,
interesse-adequação e interesse-utilidade.

c) Justa causa: De acordo com Renato Brasileiro, é o suporte probatório


mínimo (probable cause) que deve lastrear toda e qualquer acusação penal. Tendo
em vista que a simples instauração de um processo penal já atinge o chamado
status dignitatis do imputado, não se pode admitir a instauração de processos
levianos temerários, desprovidos de um lastro mínimo de elementos de informação,
provas cautelares, antecipadas ou não repetíveis, que dê arrimo à acusação.
Em regra, esse lastro probatório é fornecido pelo inquérito policial, o que, no
entanto, não impede que o titular da ação penal possa obtê-lo a partir de outras
fontes de investigação. Aliás, como destaca o próprio art. 12 do CPP, os autos do
inquérito policial deverão acompanhar a denúncia ou queixa, sempre que servir de
base a uma ou outra.
Para que se possa dar início a um processo penal, então, há necessidade do
denominado fumus comissi delicti, a ser entendido como a plausibilidade do direito
de punir, ou seja, a plausibilidade de que se trate de um fato criminoso, constatada
por meio de elementos de informação, provas cautelares, não repetíveis e
antecipadas, confirmando a presença de prova da materialidade e de indícios de
autoria ou de participação em conduta típica, ilícita e culpável.

d) a regra geral está consagrada no art. 18 do novo CPC, que prevê que
somente o titular do alegado direito poderá pleitear em nome próprio seu próprio
interesse. É o que se denomina de legitimação ordinária. Portanto, em regra,
alguém só pode agir, em nome próprio, na defesa de interesse próprio. É o que

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ocorre, no âmbito processual penal, nas hipóteses de ação penal pública. Na medida
em que a Constituição Federal outorga ao Ministério Público a titularidade da ação
penal pública, é evidente que o Parquet age em nome próprio na defesa de interesse
próprio.
Se a regra é a legitimação ordinária, excepcionalmente, e desde que
autorizado por lei, o ordenamento jurídico prevê situações em que alguém pode
pleitear, em nome próprio, direito alheio. É o que se denomina de legitimação
extraordinária ou substituição processual. Sobre o assunto, consoante disposto no
art. 18 do novo CPC, ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo
quando autorizado pelo ordenamento jurídico.

Após essa explanação, é possível verificar que na hipótese da questão, todos


os pressupostos foram preenchidos, não devendo prosperar nenhum argumento
acerca de arquivamento por falta de uma das condições da ação.

B)manifestar-se pelo arquivamento do inquérito policial por falta de


interesse de agir. (Errada)
Interesse de agir: Deve ser aferido se há efetiva necessidade de intervenção
do poder judiciário para solucionar a demanda, se o meio utilizado para tanto é
adequado e, por fim, se o processo tem a possibilidade de trazer algo útil ao autor
do processo. Dessa forma, deveremos analisar o interesse-necessidade, interesse-
adequação e interesse-utilidade.
Nesse caso, não há o que se falar em falta de interesse de agir, diante da
relevância do crime cometido.

C)manifestar-se pelo arquivamento do inquérito policial por falta de


possibilidade jurídica do pedido. (Errada)
Possibilidade jurídica do pedido: O fato imputado ao investigado deve ser
crime, para que ao fim do processo penal, o juiz possa aplicar a ele sanções trazidas
pela legislação pátria, tendo em vista que de acordo com o princípio da legalidade,
não há crime sem lei anterior que o defina ou pena sem prévia cominação legal.
Nesse caso, não há o que se falar em falta de possibilidade jurídica do pedido,
diante da relevância do crime cometido.

D) manifestar-se pelo arquivamento do inquérito policial por falta de


justa causa. (Errada)
Justa causa: De acordo com Renato Brasileiro, é o suporte probatório mínimo
(probable cause) que deve lastrear toda e qualquer acusação penal. Tendo em vista
que a simples instauração de um processo penal já atinge o chamado status
dignitatis do imputado, não se pode admitir a instauração de processos levianos
temerários, desprovidos de um lastro mínimo de elementos de informação, provas
cautelares, antecipadas ou não repetíveis, que dê arrimo à acusação.
Em regra, esse lastro probatório é fornecido pelo inquérito policial, o que, no
entanto, não impede que o titular da ação penal possa obtê-lo a partir de outras
fontes de investigação. Aliás, como destaca o próprio art. 12 do CPP, os autos do
inquérito policial deverão acompanhar a denúncia ou queixa, sempre que servir de
base a uma ou outra.

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Para que se possa dar início a um processo penal, então, há necessidade do


denominado fumus comissi delicti, a ser entendido como a plausibilidade do direito
de punir, ou seja, a plausibilidade de que se trate de um fato criminoso, constatada
por meio de elementos de informação, provas cautelares, não repetíveis e
antecipadas, confirmando a presença de prova da materialidade e de indícios de
autoria ou de participação em conduta típica, ilícita e culpável,
Nesse ínterim, está mais do que comprovada a justa causa do pedido, diante
dos fatos narrados na questão.


14. O direito de ação penal é o direito público subjetivo de se pedir ao Estado-Juiz a
aplicação do direito penal objetivo a um caso concreto. Sobre a ação penal, assinale a
alternativa correta.

A) A representação é retratável até o recebimento da denúncia pelo Juízo.
B) A ação penal, nas contravenções, só será iniciada com o auto de prisão em flagrante.
C) Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo, caberá intentar a ação
pública subsidiária da pública.
D) Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério Público, nos
casos em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, por escrito, informações sobre o fato
e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção.

GABARITO: letra D

SOLUÇÃO RÁPIDA
A)A representação é retratável até o recebimento da denúncia pelo
Juízo. (errado)
Errado. Art 102 CP c/c 25 CPP.

B)A ação penal, nas contravenções, só será iniciada com o auto de


prisão em flagrante. (errado)
Errado. Art 26 CPP.

C)Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo, caberá


intentar a ação pública subsidiária da pública. (errado)
Errado. Ação privada.

D)Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério


Público, nos casos em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, por
escrito, informações sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar
e os elementos de convicção. (certo)
Certo, 27 CPP

SOLUÇÃO COMPLETA

A)A representação é retratável até o recebimento da denúncia pelo


Juízo. (errado)

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De acordo com Renato Brasileiro (p. 339, 2020), em relação à


representação, vigora o princípio da oportunidade ou da conveniência, significando
que o ofendido ou seu representante legal podem optar pelo oferecimento (ou não)
da representação. Como desdobramento dessa autonomia da vontade, a lei também
prevê a possibilidade de retratação da representação, que só poderá ser
feita enquanto não oferecida a denúncia pelo órgão do Ministério Público.
Retratação, portanto, somente até o oferecimento da denúncia, marco temporal
este que não se confunde com o recebimento da peça acusatória pelo magistrado.
É esse, aliás, o teor do art. 102 do Código Penal e do art. 25 do CPP, que
preveem que a representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.
Logo, oferecida a denúncia, o ofendido ou seu representante legal já não podem
mais se retratar sob a alegação de que o juiz ainda não teria recebido a peça
acusatória.
Essa retratação da representação a que se refere o art. 102 do CP e o art. 25
do CPP não se confunde com aquela de que cuida o art. 107, inciso VI, do Código
Penal, segundo o qual extingue-se a punibilidade pela retratação do agente, nos
casos em que a lei a admite. Nesta, quem se retrata não é a vítima do crime, mas
sim o próprio autor do delito, que resolve desdizer o que havia dito antes, o que
caracteriza, nos casos permitidos em lei, causa extintiva da punibilidade (v.g., arts.
143, 342, § 2º, ambos do CP

B) A ação penal, nas contravenções, só será iniciada com o auto de


prisão em flagrante. (errado)
Veja o que preceitua o Código de Processo Penal

Art. 26. A ação penal, nas contravenções, será iniciada com o auto de prisão
em flagrante ou por meio de portaria expedida pela autoridade judiciária ou policial.

C)Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo, caberá


intentar a ação pública subsidiária da pública. (errado)
De acordo com Renato Brasileiro, no silêncio da lei, a ação penal é pública
incondicionada. Há, porém, situações em que o Estado, titular exclusivo do direito
de punir, transfere a legitimidade para a propositura da ação penal à vítima ou ao
seu representante legal, a eles concedendo o jus persequendi in judicio. É o que
ocorre na ação penal de iniciativa privada, verdadeira hipótese de legitimação
extraordinária (ou substituição processual), já que o ofendido age, em nome
próprio, na defesa de um interesse alheio, pois o Estado continua sendo o titular da
pretensão punitiva. Na ação penal de iniciativa privada, o autor da demanda é
denominado de querelante, ao passo que o acusado é chamado de querelado, sendo
a peça acusatória chamada de queixa-crime.
Supondo, assim, a prática de um crime contra a honra, os quais são, em regra,
de ação penal exclusivamente privada (CP, art. 145, caput, 1ª parte), ocorrendo a
morte do ofendido, o direito de oferecer queixa-crime ou de prosseguir na ação
passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão, nos exatos termos do art.
31 do CPP. Se se tratasse de um crime de ação penal privada personalíssima, essa
sucessão processual não seria cabível. Por consequência, a morte do ofendido
causaria a extinção da punibilidade.

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Em relação a ação pública subsidiária da pública, temos:

Em que pese ser um ponto muito discutido pela doutrina, a respeito de sua
possível constitucionalidade, é importante conhecer e entender como funciona essa
modalidade de ação penal.
De acordo com art. 2, º§ 2º, do Decreto-Lei n. 201/1967:

Art 2 § 2º Se as previdências para a abertura do inquérito policial ou


instauração da ação penal não forem atendidas pela autoridade policial ou pelo
Ministério Público estadual, poderão ser requeridas ao Procurador-Geral da
República.

Fazendo uma breve análise ao artigo mencionado, podemos entender o


motivo de ser tema de questionamento, dentro da doutrina, em relação a estar
alinhado com o texto constitucional ou não. Isso porque essa mistura realizada
entre esferas federais e estaduais, promovendo alteração de atribuições não está
prevista constitucionalmente.
De acordo com Renato Brasileiro (p. 318,319. 2020), sua inserção como
espécie de ação penal pública não é ponto pacífico na doutrina. Porém, para alguns
doutrinadores, essa subespécie de ação penal pode ser vislumbrada nas seguintes
hipóteses:
c.1) de acordo com o art. 2º, § 2º, do Dec.-lei nº 201/67, que dispõe sobre
crimes de responsabilidade de prefeitos e vereadores, “se as providências para a
abertura do inquérito policial ou instauração da ação penal não forem atendidas
pela autoridade policial ou pelo Ministério Público estadual, poderão ser requeridas
ao Procurador-Geral da República”. Para grande parte da doutrina, esse dispositivo
não foi recepcionado pela Constituição Federal, quer porque desloca para a Justiça
Federal competência que não está prevista no art. 109 da Constituição Federal, quer
porque atenta contra a autonomia dos Ministérios Públicos dos Estados e contra a
própria estrutura do pacto federativo. Portanto, diante da inércia do Procurador-
Geral de Justiça em oferecer a denúncia, entende-se possível a provocação do
Colégio de Procuradores, órgão da estrutura do Ministério Público dos Estados, ou
o oferecimento de ação penal privada subsidiária da pública, nos termos do art. 29
do CPP.

D)Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério


Público, nos casos em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, por
escrito, informações sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar
e os elementos de convicção. (certo)

É a literalidade do Código de Processo Penal, em seu artigo 27, veja:

Art. 27. Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério


Público, nos casos em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, por escrito,
informações sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos
de convicção.

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15. O interesse de agir da ação penal deve ser analisado sob três aspectos distintos: a
necessidade de obtenção da tutela jurisdicional pleiteada; a adequação entre o pedido e
a proteção jurisdicional que se pretende obter; e a utilidade, que se traduz na eficácia da
atividade jurisdicional para satisfazer o interesse do autor. Sobre essa temática, assinale
a alternativa correta.

A) A obrigatoriedade de oferecer a denúncia significa que, em sede de alegações orais
(ou de memoriais), o Ministério Público estará sempre objetivamente obrigado a pedir
a condenação do acusado.
B) A "justa causa" é o suporte probatório mínimo (em regra constituído no inquérito
policial) que deve lastrear toda e qualquer acusação penal.
C) A representação do ofendido, nos crimes de ação penal pública condicionada à
representação, não é uma condição da ação penal.
D)Por força do princípio da obrigatoriedade, reservam-se aos órgãos persecutórios
criminais todo e qualquer critério político ou de utilidade social para decidir se atuarão
ou não.

GABARITO LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) A obrigatoriedade de oferecer a denúncia significa que, em sede de


alegações orais (ou de memoriais), o Ministério Público estará sempre
objetivamente obrigado a pedir a condenação do acusado. (errado)
Errado. O Ministério Público não está obrigado o pedir a condenação do
acusado.

B) A "justa causa" é o suporte probatório mínimo (em regra


constituído no inquérito policial) que deve lastrear toda e qualquer
acusação penal. (certo)
Certo. A justa causa é tida como suporte probatório mínimo.

C) A representação do ofendido, nos crimes de ação penal pública


condicionada à representação, não é uma condição da ação penal. (errado)
Errado. É condição da ação.

D)Por força do princípio da obrigatoriedade, reservam-se aos órgãos


persecutórios criminais todo e qualquer critério político ou de utilidade
social para decidir se atuarão ou não. (errado)
Errado. Não reservam-se aos órgãos persecutórios todo e qualquer critério
político ou de utilidade social. O Ministério Público é regido por princípios legais,
como oportunidade e obrigatoriedade.

SOLUÇÃO COMPLETA

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A) A obrigatoriedade de oferecer a denúncia significa que, em sede de


alegações orais (ou de memoriais), o Ministério Público estará sempre
objetivamente obrigado a pedir a condenação do acusado. (errado)
A obrigatoriedade do Ministério Público está em oferecer denuncia quando
presentes indícios suficientes de autoria e materialidade. Tal fato não vincula o
Ministério Público a pugnar pela condenação do indivíduo em sede de alegações
finais, onde após valoração das provas produzidas na instrução, o parquet poderá,
inclusive, orientar a favor da absolvição do acusado.

B) A "justa causa" é o suporte probatório mínimo (em regra


constituído no inquérito policial) que deve lastrear toda e qualquer
acusação penal. (certo)
Justa causa: De acordo com Renato Brasileiro, é o suporte probatório mínimo
(probable cause) que deve lastrear toda e qualquer acusação penal. Tendo em vista
que a simples instauração de um processo penal já atinge o chamado status
dignitatis do imputado, não se pode admitir a instauração de processos levianos
temerários, desprovidos de um lastro mínimo de elementos de informação, provas
cautelares, antecipadas ou não repetíveis, que dê arrimo à acusação.
Em regra, esse lastro probatório é fornecido pelo inquérito policial, o que, no
entanto, não impede que o titular da ação penal possa obtê-lo a partir de outras
fontes de investigação. Aliás, como destaca o próprio art. 12 do CPP, os autos do
inquérito policial deverão acompanhar a denúncia ou queixa, sempre que servir de
base a uma ou outra.
Para que se possa dar início a um processo penal, então, há necessidade do
denominado fumus comissi delicti, a ser entendido como a plausibilidade do direito
de punir, ou seja, a plausibilidade de que se trate de um fato criminoso, constatada
por meio de elementos de informação, provas cautelares, não repetíveis e
antecipadas, confirmando a presença de prova da materialidade e de indícios de
autoria ou de participação em conduta típica, ilícita e culpável.

C) A representação do ofendido, nos crimes de ação penal pública


condicionada à representação, não é uma condição da ação penal. (errado)
Primeiramente é preciso pontuar que a ação penal pública condicionada a
representação do ofendido é aquela em que, embora seja ajuizada pelo Ministério
Público, depende da representação da vítima, ou de seu representante.
Isso significa dizer que para o autor do crime ser denunciado, é preciso que a
vítima, ou quem a represente, queira ver o autor do delito processado e julgado.
A representação, nas palavras de Renato Brasileiro (p. 334-335. 2020) é
manifestação do ofendido ou de seu representante legal no sentido de que possui
interesse na persecução penal do autor do fato delituoso. Por força do que a
doutrina denomina de escândalo do processo pelo ajuizamento da ação penal
(strepitus iudicii), reserva-se à vítima ou ao seu representante legal o juízo de
oportunidade e conveniência da instauração do processo penal, com o objetivo de
se evitar a produção de novos danos em seu patrimônio moral, social e psicológico,
em face de possível repercussão negativa trazida pelo conhecimento generalizado
do fato delituoso. Some-se a isso o fato de que certos delitos afetam imediatamente
o interesse particular, e apenas mediatamente o interesse geral, o que dificulta até
mesmo a produção probatória, caso não haja cooperação da vítima. Daí o motivo

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pelo qual se condiciona a atuação do aparato estatal à manifestação da vontade da


vítima ou de seu representante legal.
Portanto, em relação à representação, vigora o princípio da oportunidade ou
da conveniência, já que o ofendido ou seu representante legal podem optar pelo
oferecimento (ou não) da representação.
Apesar disso, doutrina e jurisprudência entendem que, pelo menos em regra,
não é possível a ocorrência de renúncia à representação, já que o art. 104 do Código
Penal refere-se apenas à renúncia do direito de queixa. Logo, não é cabível a
renúncia do direito de representação, sob pena de se acrescentar uma hipótese de
extinção da punibilidade sem previsão legal. A exceção a essa regra fica por conta
da Lei dos Juizados, que prevê que, tratando-se de ação penal pública condicionada
à representação, a homologação do acordo de composição dos danos civis acarreta
a renúncia ao direito de representação (Lei nº 9.099/95, art. 74, parágrafo único).

D)Por força do princípio da obrigatoriedade, reservam-se aos órgãos


persecutórios criminais todo e qualquer critério político ou de utilidade
social para decidir se atuarão ou não. (errado)
O princípio da obrigatoriedade ou compulsoriedade afirma que o exercício da
ação pública é dever funcional inerente à atividade do Ministério Público.
De acordo com Renato Brasileiro (p. 332-333, 2020), o titular da ação penal
pública incondicionada é o Ministério Público (CF, art. 129, I), e sua peça inaugural
é a denúncia. É denominada de incondicionada porque a atuação do Ministério
Público não depende da manifestação da vontade da vítima ou de terceiros. Ou seja,
verificando a presença das condições da ação e havendo justa causa para o
oferecimento da denúncia, a atuação do Parquet prescinde do implemento de
qualquer condição.
Nos termos do art. 129, I, da Constituição Federal, o titular da ação penal
pública é o Ministério Público. Na mesma linha, com a reforma processual penal de
2008, o art. 257, I, do CPP também passou a dispor que cabe ao Ministério Público
promover, privativamente, a ação penal pública, na forma estabelecida no Código
de Processo Penal.
A única exceção a essa regra fica por conta do art. 5º, LIX, da Carta Magna,
que prevê que será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não
for intentada no prazo legal.
É a ação penal privada subsidiária da pública, também denominada de ação
penal acidentalmente privada, cujo cabimento está condicionado à inércia do
Ministério Público.
Recaindo a titularidade da ação penal pública sobre o Ministério Público, é de
se concluir que não foram recepcionados pela Constituição Federal dispositivos
legais que permitiam que o delegado de polícia iniciasse o processo penal na
delegacia, ou que o juiz instaurasse um processo penal condenatório de ofício. Não
há mais espaço, portanto, para o denominado processo judicialiforme.
Como visto acima, até o advento da Constituição Federal de 1988, era possível
que o órgão jurisdicional desse início a um processo penal condenatório de ofício
(ação penal de ofício). Era o que ocorria nas hipóteses estabelecidas na revogada
Lei nº 4.611/65 (crimes culposos de lesão corporal ou de homicídio) e nos casos de
contravenções penais: vide arts. 26 e 531 (o art. 531 teve sua redação alterada
pela Lei nº 11.719/08). Consistia o processo judicialiforme, assim, na possibilidade

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de se dar início ao processo penal através de auto de prisão em flagrante ou por


meio de portaria expedida pela autoridade policial ou judiciária, daí por que era
denominado de ação penal ex officio (sem provocação).


16. De acordo com as condições da ação e condições objetivas de punibilidade, assinale
a alternativa correta:

A) Decisão judicial que encerrar processo por falta de condição da ação faz coisa julgada
formal, somente.
B) Decisão judicial que encerrar processo por falta de condição da ação faz coisa julgada
formal e material.
C) A ausência de condição objetiva de punibilidade não impede o inicio da persecução
penal.
D) A ausência de condição objetiva de punibilidade, proposta ação penal, forma coisa
julgada material, somente.

GABARITO: LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) Decisão judicial que encerrar processo por falta de condição da


ação faz coisa julgada formal, somente. (certo)
Certo. A falta de condição da ação faz coisa julga formal, somente

B) Decisão judicial que encerrar processo por falta de condição da


ação faz coisa julgada formal e material. (errado)
Errado. A falta de condição da ação faz coisa julga formal, somente.

C) A ausência de condição objetiva de punibilidade não impede o inicio


da persecução penal. (errado)
Errado. Impede o início da persecução criminal.

D) A ausência de condição objetiva de punibilidade, proposta ação


penal, forma coisa julgada material, somente. (errado)
Errado. Forma coisa julgada formal e material.

SOLUÇÃO COMPLETA
A) Decisão judicial que encerrar processo por falta de condição da
ação faz coisa julgada formal, somente. (certo)
É importante diferenciar condições da ação de condições objetivas de
punibilidade para poder entender o enunciado desta questão. Veja o que Renato
Brasileiro (p. 312, 2020) nos ensina a respeito do tema:

Há situações em que, por questões de política criminal, a punibilidade fica na


dependência do aperfeiçoamento de elementos ou circunstâncias não encontradas
na descrição típica do crime e exteriores à conduta. São as denominadas condições

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objetivas de punibilidade, as quais não se confundem com as condições da ação. As


condições da ação estão relacionadas ao direito processual penal, sendo exigidas
para o exercício regular do direito de ação, subdividindo-se em condições genéricas
e específicas.
De seu turno, as condições objetivas de punibilidade referem-se ao direito
penal, funcionando como fatos externos ao tipo penal, que devem ocorrer para a
formação de um injusto culpável punível, sendo chamadas de objetivas porquanto
independem do dolo ou da culpa do agente. Constitui-se a condição objetiva de
punibilidade em acontecimento futuro e incerto, localizada entre o preceito primário
e secundário da norma penal incriminadora, condicionando a existência da
pretensão punitiva do Estado. São condições exigidas pelo legislador para que o
fato se torne punível e que estão fora do injusto penal.
As condições da ação também diferem das condições objetivas de punibilidade
no que tange à consequência de sua ausência: se não estiver presente uma
condição de procedibilidade, ocorre a anulação do processo e não a absolvição do
agente, pois não há, em regra, analise do mérito, ou seja, nada impede a renovação
do processo, desde que seja removido o impedimento processual. Em outras
palavras, tal decisão só faz coisa julgada formal. Por outro lado, a ausência de uma
condição objetiva de punibilidade impede o início da persecução criminal; porém,
proposta a ação penal, haverá decisão de mérito e, portanto, formação de coisa
julgada formal e material.

B) Decisão judicial que encerrar processo por falta de condição da


ação faz coisa julgada formal e material. (errado)
É importante diferenciar condições da ação de condições objetivas de
punibilidade para poder entender o enunciado desta questão. Veja o que Renato
Brasileiro (p. 312, 2020) nos ensina a respeito do tema:

Há situações em que, por questões de política criminal, a punibilidade fica na


dependência do aperfeiçoamento de elementos ou circunstâncias não encontradas
na descrição típica do crime e exteriores à conduta. São as denominadas condições
objetivas de punibilidade, as quais não se confundem com as condições da ação. As
condições da ação estão relacionadas ao direito processual penal, sendo exigidas
para o exercício regular do direito de ação, subdividindo-se em condições genéricas
e específicas.
De seu turno, as condições objetivas de punibilidade referem-se ao direito
penal, funcionando como fatos externos ao tipo penal, que devem ocorrer para a
formação de um injusto culpável punível, sendo chamadas de objetivas porquanto
independem do dolo ou da culpa do agente. Constitui-se a condição objetiva de
punibilidade em acontecimento futuro e incerto, localizada entre o preceito primário
e secundário da norma penal incriminadora, condicionando a existência da
pretensão punitiva do Estado. São condições exigidas pelo legislador para que o
fato se torne punível e que estão fora do injusto penal.
As condições da ação também diferem das condições objetivas de punibilidade
no que tange à consequência de sua ausência: se não estiver presente uma
condição de procedibilidade, ocorre a anulação do processo e não a absolvição do
agente, pois não há, em regra, analise do mérito, ou seja, nada impede a renovação
do processo, desde que seja removido o impedimento processual. Em outras

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palavras, tal decisão só faz coisa julgada formal. Por outro lado, a ausência de uma
condição objetiva de punibilidade impede o início da persecução criminal; porém,
proposta a ação penal, haverá decisão de mérito e, portanto, formação de coisa
julgada formal e material.

C) A ausência de condição objetiva de punibilidade não impede o inicio


da persecução penal. (errado)
É importante diferenciar condições da ação de condições objetivas de
punibilidade para poder entender o enunciado desta questão. Veja o que Renato
Brasileiro (p. 312, 2020) nos ensina a respeito do tema:

Há situações em que, por questões de política criminal, a punibilidade fica na


dependência do aperfeiçoamento de elementos ou circunstâncias não encontradas
na descrição típica do crime e exteriores à conduta. São as denominadas condições
objetivas de punibilidade, as quais não se confundem com as condições da ação. As
condições da ação estão relacionadas ao direito processual penal, sendo exigidas
para o exercício regular do direito de ação, subdividindo-se em condições genéricas
e específicas.
De seu turno, as condições objetivas de punibilidade referem-se ao direito
penal, funcionando como fatos externos ao tipo penal, que devem ocorrer para a
formação de um injusto culpável punível, sendo chamadas de objetivas porquanto
independem do dolo ou da culpa do agente. Constitui-se a condição objetiva de
punibilidade em acontecimento futuro e incerto, localizada entre o preceito primário
e secundário da norma penal incriminadora, condicionando a existência da
pretensão punitiva do Estado. São condições exigidas pelo legislador para que o
fato se torne punível e que estão fora do injusto penal.
As condições da ação também diferem das condições objetivas de punibilidade
no que tange à consequência de sua ausência: se não estiver presente uma
condição de procedibilidade, ocorre a anulação do processo e não a absolvição do
agente, pois não há, em regra, analise do mérito, ou seja, nada impede a renovação
do processo, desde que seja removido o impedimento processual. Em outras
palavras, tal decisão só faz coisa julgada formal. Por outro lado, a ausência de uma
condição objetiva de punibilidade impede o início da persecução criminal; porém,
proposta a ação penal, haverá decisão de mérito e, portanto, formação de coisa
julgada formal e material.

D) A ausência de condição objetiva de punibilidade, proposta ação


penal, forma coisa julgada material, somente. (errado)
É importante diferenciar condições da ação de condições objetivas de
punibilidade para poder entender o enunciado desta questão. Veja o que Renato
Brasileiro (p. 312, 2020) nos ensina a respeito do tema:

Há situações em que, por questões de política criminal, a punibilidade fica na


dependência do aperfeiçoamento de elementos ou circunstâncias não encontradas
na descrição típica do crime e exteriores à conduta. São as denominadas condições
objetivas de punibilidade, as quais não se confundem com as condições da ação. As
condições da ação estão relacionadas ao direito processual penal, sendo exigidas

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para o exercício regular do direito de ação, subdividindo-se em condições genéricas


e específicas.
De seu turno, as condições objetivas de punibilidade referem-se ao direito
penal, funcionando como fatos externos ao tipo penal, que devem ocorrer para a
formação de um injusto culpável punível, sendo chamadas de objetivas porquanto
independem do dolo ou da culpa do agente. Constitui-se a condição objetiva de
punibilidade em acontecimento futuro e incerto, localizada entre o preceito primário
e secundário da norma penal incriminadora, condicionando a existência da
pretensão punitiva do Estado. São condições exigidas pelo legislador para que o
fato se torne punível e que estão fora do injusto penal.
As condições da ação também diferem das condições objetivas de punibilidade
no que tange à consequência de sua ausência: se não estiver presente uma
condição de procedibilidade, ocorre a anulação do processo e não a absolvição do
agente, pois não há, em regra, analise do mérito, ou seja, nada impede a renovação
do processo, desde que seja removido o impedimento processual. Em outras
palavras, tal decisão só faz coisa julgada formal. Por outro lado, a ausência de uma
condição objetiva de punibilidade impede o início da persecução criminal; porém,
proposta a ação penal, haverá decisão de mérito e, portanto, formação de coisa
julgada formal e material.


17. Assinale a alternativa incorreta:

A) Condições objetivas de punibilidade estão ligadas ao direito penal, funcionando como
fatos externos ao tipo penal.
B) Condições objetivas de punibilidade são chamadas desta forma porque independem
do dolo ou da culpa do agente.
C) As condições da ação, diferentemente das condições objetivas de punibilidade, se não
estiverem presentes, ocorrerá a anulação do processo, sem a análise do mérito.
D) Decisão judicial que encerrar processo por falta de condição da ação faz coisa julgada
formal e material.

GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) Condições objetivas de punibilidade estão ligadas ao direito penal,


funcionando como fatos externos ao tipo penal. (Errado)
Certo, não devendo ser assinalado como gabarito já que a questão busca a
alternativa incorreta. As condições objetivas estão ligadas ao direito penal.

B) Condições objetivas de punibilidade são chamadas desta forma


porque independem do dolo ou da culpa do agente. (Errado)
Certo, não devendo ser assinalado como gabarito já que a questão busca a
alternativa incorreta. As condições objetivas independem de dolo e culpa.

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C) As condições da ação, diferentemente das condições objetivas de


punibilidade, se não estiverem presentes, ocorrerá a anulação do processo,
sem a análise do mérito. (Errado)
Certo, não devendo ser assinalado como gabarito já que a questão busca a
alternativa incorreta. A alternativa traz uma diferenciação correta.

D) Decisão judicial que encerrar processo por falta de condição da


ação faz coisa julgada formal e material. (Certo)
Errada, devendo ser assinalada como gabarito da questão. A falta de condição
da ação faz coisa julga formal, somente.

SOLUÇÃO COMPLETA
A) Condições objetivas de punibilidade estão ligadas ao direito penal,
funcionando como fatos externos ao tipo penal. (Errado)
É importante diferenciar condições da ação de condições objetivas de
punibilidade para poder entender o enunciado desta questão. Veja o que Renato
Brasileiro (p. 312, 2020) nos ensina a respeito do tema:

Há situações em que, por questões de política criminal, a punibilidade fica na


dependência do aperfeiçoamento de elementos ou circunstâncias não encontradas
na descrição típica do crime e exteriores à conduta. São as denominadas condições
objetivas de punibilidade, as quais não se confundem com as condições da ação. As
condições da ação estão relacionadas ao direito processual penal, sendo exigidas
para o exercício regular do direito de ação, subdividindo-se em condições genéricas
e específicas.
De seu turno, as condições objetivas de punibilidade referem-se ao direito
penal, funcionando como fatos externos ao tipo penal, que devem ocorrer para a
formação de um injusto culpável punível, sendo chamadas de objetivas porquanto
independem do dolo ou da culpa do agente. Constitui-se a condição objetiva de
punibilidade em acontecimento futuro e incerto, localizada entre o preceito primário
e secundário da norma penal incriminadora, condicionando a existência da
pretensão punitiva do Estado. São condições exigidas pelo legislador para que o
fato se torne punível e que estão fora do injusto penal.
As condições da ação também diferem das condições objetivas de punibilidade
no que tange à consequência de sua ausência: se não estiver presente uma
condição de procedibilidade, ocorre a anulação do processo e não a absolvição do
agente, pois não há, em regra, analise do mérito, ou seja, nada impede a renovação
do processo, desde que seja removido o impedimento processual. Em outras
palavras, tal decisão só faz coisa julgada formal. Por outro lado, a ausência de uma
condição objetiva de punibilidade impede o início da persecução criminal; porém,
proposta a ação penal, haverá decisão de mérito e, portanto, formação de coisa
julgada formal e material.

B) Condições objetivas de punibilidade são chamadas desta forma


porque independem do dolo ou da culpa do agente. (Errado)

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É importante diferenciar condições da ação de condições objetivas de


punibilidade para poder entender o enunciado desta questão. Veja o que Renato
Brasileiro (p. 312, 2020) nos ensina a respeito do tema:

Há situações em que, por questões de política criminal, a punibilidade fica na


dependência do aperfeiçoamento de elementos ou circunstâncias não encontradas
na descrição típica do crime e exteriores à conduta. São as denominadas condições
objetivas de punibilidade, as quais não se confundem com as condições da ação. As
condições da ação estão relacionadas ao direito processual penal, sendo exigidas
para o exercício regular do direito de ação, subdividindo-se em condições genéricas
e específicas.
De seu turno, as condições objetivas de punibilidade referem-se ao direito
penal, funcionando como fatos externos ao tipo penal, que devem ocorrer para a
formação de um injusto culpável punível, sendo chamadas de objetivas porquanto
independem do dolo ou da culpa do agente. Constitui-se a condição objetiva de
punibilidade em acontecimento futuro e incerto, localizada entre o preceito primário
e secundário da norma penal incriminadora, condicionando a existência da
pretensão punitiva do Estado. São condições exigidas pelo legislador para que o
fato se torne punível e que estão fora do injusto penal.
As condições da ação também diferem das condições objetivas de punibilidade
no que tange à consequência de sua ausência: se não estiver presente uma
condição de procedibilidade, ocorre a anulação do processo e não a absolvição do
agente, pois não há, em regra, analise do mérito, ou seja, nada impede a renovação
do processo, desde que seja removido o impedimento processual. Em outras
palavras, tal decisão só faz coisa julgada formal. Por outro lado, a ausência de uma
condição objetiva de punibilidade impede o início da persecução criminal; porém,
proposta a ação penal, haverá decisão de mérito e, portanto, formação de coisa
julgada formal e material.

C) As condições da ação, diferentemente das condições objetivas de


punibilidade, se não estiverem presentes, ocorrerá a anulação do processo,
sem a análise do mérito. (Errado)
É importante diferenciar condições da ação de condições objetivas de
punibilidade para poder entender o enunciado desta questão. Veja o que Renato
Brasileiro (p. 312, 2020) nos ensina a respeito do tema:

Há situações em que, por questões de política criminal, a punibilidade fica na


dependência do aperfeiçoamento de elementos ou circunstâncias não encontradas
na descrição típica do crime e exteriores à conduta. São as denominadas condições
objetivas de punibilidade, as quais não se confundem com as condições da ação. As
condições da ação estão relacionadas ao direito processual penal, sendo exigidas
para o exercício regular do direito de ação, subdividindo-se em condições genéricas
e específicas.
De seu turno, as condições objetivas de punibilidade referem-se ao direito
penal, funcionando como fatos externos ao tipo penal, que devem ocorrer para a
formação de um injusto culpável punível, sendo chamadas de objetivas porquanto
independem do dolo ou da culpa do agente. Constitui-se a condição objetiva de
punibilidade em acontecimento futuro e incerto, localizada entre o preceito primário

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e secundário da norma penal incriminadora, condicionando a existência da


pretensão punitiva do Estado. São condições exigidas pelo legislador para que o
fato se torne punível e que estão fora do injusto penal.
As condições da ação também diferem das condições objetivas de punibilidade
no que tange à consequência de sua ausência: se não estiver presente uma
condição de procedibilidade, ocorre a anulação do processo e não a absolvição do
agente, pois não há, em regra, analise do mérito, ou seja, nada impede a renovação
do processo, desde que seja removido o impedimento processual. Em outras
palavras, tal decisão só faz coisa julgada formal. Por outro lado, a ausência de uma
condição objetiva de punibilidade impede o início da persecução criminal; porém,
proposta a ação penal, haverá decisão de mérito e, portanto, formação de coisa
julgada formal e material.

D) Decisão judicial que encerrar processo por falta de condição da


ação faz coisa julgada formal e material. (Certo)
É importante diferenciar condições da ação de condições objetivas de
punibilidade para poder entender o enunciado desta questão. Veja o que Renato
Brasileiro (p. 312, 2020) nos ensina a respeito do tema:

Há situações em que, por questões de política criminal, a punibilidade fica na


dependência do aperfeiçoamento de elementos ou circunstâncias não encontradas
na descrição típica do crime e exteriores à conduta. São as denominadas condições
objetivas de punibilidade, as quais não se confundem com as condições da ação. As
condições da ação estão relacionadas ao direito processual penal, sendo exigidas
para o exercício regular do direito de ação, subdividindo-se em condições genéricas
e específicas.
De seu turno, as condições objetivas de punibilidade referem-se ao direito
penal, funcionando como fatos externos ao tipo penal, que devem ocorrer para a
formação de um injusto culpável punível, sendo chamadas de objetivas porquanto
independem do dolo ou da culpa do agente. Constitui-se a condição objetiva de
punibilidade em acontecimento futuro e incerto, localizada entre o preceito primário
e secundário da norma penal incriminadora, condicionando a existência da
pretensão punitiva do Estado. São condições exigidas pelo legislador para que o
fato se torne punível e que estão fora do injusto penal.
As condições da ação também diferem das condições objetivas de punibilidade
no que tange à consequência de sua ausência: se não estiver presente uma
condição de procedibilidade, ocorre a anulação do processo e não a absolvição do
agente, pois não há, em regra, analise do mérito, ou seja, nada impede a renovação
do processo, desde que seja removido o impedimento processual. Em outras
palavras, tal decisão só faz coisa julgada formal. Por outro lado, a ausência de uma
condição objetiva de punibilidade impede o início da persecução criminal; porém,
proposta a ação penal, haverá decisão de mérito e, portanto, formação de coisa
julgada formal e material.


18. Assinale a alternativa correta:

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A) Ação penal é o direito público subjetivo de se exigir do Estado o exercício da


jurisdição.
B) Considerando a ação penal um direito, pode-se citar algumas características, tais
como: direito público, subjetivo, autônomo, abstrato, determinado e específico.
C) Uma das características da ação penal é direito objetivo, ou seja, o titular do direito
de ação penal pode exigir do Estado a prestação jurisdicional.
D) Ação penal publica subsidiária da pública também pode ser chamada de ação penal
acidentalmente privada

GABARITO: LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) Ação penal é o direito público subjetivo de se exigir do Estado o


exercício da jurisdição. (errado)
Errado. Conceito de direito de ação

B)Considerando a ação penal um direito, pode-se citar algumas


características, tais como: direito público, subjetivo, autônomo, abstrato,
determinado e específico.
Certo. As características da ação penal são: direito público, subjetivo,
autônomo, abstrato , determinado e específico.

C) Uma das características da ação penal é direito objetivo, ou seja, o


titular do direito de ação penal pode exigir do Estado a prestação
jurisdicional. (errado)
Errado. Direito subjetivo.

D) Ação penal publica subsidiária da pública também pode ser


chamada de ação penal acidentalmente privada (errado)
Errado. a ação penal privada subsidiária da pública pode ser chamada de ação
penal acidentalmente privada.

SOLUÇÃO COMPLETA

A) Ação penal é o direito público subjetivo de se exigir do Estado o


exercício da jurisdição. (errado)
De acordo com Renato Brasileiro (p. 291, 2020), não se pode confundir o
direito de ação com a ação propriamente dita. O direito de ação penal é o direito
público subjetivo de exigir do Estado-Juiz que seja aplicado o direito penal objetivo
a um caso concreto. Vai funcionar sempre como direito que a parte acusadora,
podendo ser o Ministério Público ou o ofendido, tem de provocar o Estado a dizer o
direito objetivo no caso concreto, através do devido processo legal.
Já a Ação Penal propriamente dita é o ato jurídico, ou seja, a iniciativa de se
ir à justiça buscar determinado direito, com efetiva prestação da tutela jurisdicional,
funcionando como a forma de se provocar o Estado a prestar a tutela jurisdicional.

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B) Considerando a ação penal um direito, pode-se citar algumas


características, tais como: direito público, subjetivo, autônomo, abstrato,
determinado e específico.

A Ação Penal propriamente dita é o ato jurídico, ou seja, a iniciativa de se ir à


justiça buscar determinado direito, com efetiva prestação da tutela jurisdicional,
funcionando como a forma de se provocar o Estado a prestar a tutela jurisdicional.
Nas lições de Renato Brasileiro (p. 291, 2020), as principais características
da ação penal como um direito, são:

a) direito público: a atividade jurisdicional que se pretende provocar é de


natureza pública. Daí se dizer que a ação penal é um direito público. Mesmo nas
hipóteses em que o Estado transfere ao ofendido a possibilidade de ingressar em
juízo, tal ação continua sendo um direito público, razão pela qual se utiliza a
expressão ação penal de iniciativa privada.
b) direito subjetivo: o titular do direito de ação penal pode exigir do Estado-
Juiz a prestação jurisdicional, relacionada a um caso concreto;
c) direito autônomo: o direito de ação penal não se confunde com o direito
material que se pretende tutelar;
d) direito abstrato: o direito de ação existe e será exercido mesmo nas
hipóteses em que o juiz julgar improcedente o pedido de condenação do acusado.
Ou seja, o direito de ação independe da procedência ou improcedência da pretensão
acusatória;
e) direito determinado: o direito de ação é instrumentalmente conexo a um
fato concreto, já que pretende solucionar uma pretensão de direito material;
f) direito específico: o direito de ação penal apresenta um conteúdo, que é
o objeto da imputação, ou seja, é o fato delituoso cuja prática é atribuída ao
acusado.

C) Uma das características da ação penal é direito objetivo, ou seja,


o titular do direito de ação penal pode exigir do Estado a prestação
jurisdicional. (errado)
A Ação Penal propriamente dita é o ato jurídico, ou seja, a iniciativa de se ir à
justiça buscar determinado direito, com efetiva prestação da tutela jurisdicional,
funcionando como a forma de se provocar o Estado a prestar a tutela jurisdicional.
Nas lições de Renato Brasileiro (p. 291, 2020), as principais características
da ação penal como um direito, são:

a) direito público: a atividade jurisdicional que se pretende provocar é de


natureza pública. Daí se dizer que a ação penal é um direito público. Mesmo nas
hipóteses em que o Estado transfere ao ofendido a possibilidade de ingressar em
juízo, tal ação continua sendo um direito público, razão pela qual se utiliza a
expressão ação penal de iniciativa privada.
b) direito subjetivo: o titular do direito de ação penal pode exigir do Estado-
Juiz a prestação jurisdicional, relacionada a um caso concreto;
c) direito autônomo: o direito de ação penal não se confunde com o direito
material que se pretende tutelar;

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d) direito abstrato: o direito de ação existe e será exercido mesmo nas


hipóteses em que o juiz julgar improcedente o pedido de condenação do acusado.
Ou seja, o direito de ação independe da procedência ou improcedência da pretensão
acusatória;
e) direito determinado: o direito de ação é instrumentalmente conexo a um
fato concreto, já que pretende solucionar uma pretensão de direito material;
f) direito específico: o direito de ação penal apresenta um conteúdo, que é
o objeto da imputação, ou seja, é o fato delituoso cuja prática é atribuída ao
acusado.

D) Ação penal publica subsidiária da pública também pode ser


chamada de ação penal acidentalmente privada (errado)
Nas palavras de Renato Brasileiro (p. 319, 2020), no âmbito processual
penal, a doutrina costuma classificar a ação penal a partir da legitimação ativa.
Tem-se, assim, a ação penal pública e a ação penal de iniciativa privada. A ação
penal pública, cujo titular é o Ministério Público, subdivide-se em:
a) ação penal pública incondicionada: nesta espécie de ação penal, a
atuação do Ministério Público independe do implemento de qualquer condição
específica;
b) ação penal pública condicionada: nessa hipótese, a atuação do
Ministério Público está subordinada ao implemento de uma condição –
representação do ofendido ou requisição do Ministro da Justiça;
c) ação penal pública subsidiária da pública: sua inserção como espécie
de ação penal pública não é ponto pacífico na doutrina.

São espécies de ação penal de iniciativa privada:


a) ação penal exclusivamente privada: em se tratando de ação penal de
iniciativa privada, funciona como a regra;
b) ação penal privada personalíssima: são raras as espécies de crimes
subordinados a esta espécie de ação penal privada. Atualmente existe apenas o
crime de induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento (CP, art. 236,
parágrafo único). Diferencia-se da hipótese anterior porque a queixa só pode ser
oferecida pelo próprio ofendido, sendo incabível a sucessão processual;
c) ação penal privada subsidiária da pública (também chamada de ação
penal acidentalmente privada): diz a Constituição Federal que “será admitida ação
privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal” (art.
5º, LIX). Seu cabimento está subordinado à inércia do Ministério Público


19. De acordo com os tipos de ação penal, marque a alternativa incorreta:

A) Na ação penal pública incondicionada, a atuação do ministério público independe de
qualquer condição específica
B) Nas hipóteses de ação penal pública condicionada a atuação do Ministério Público
está subordinada a representação do ofendido ou a requisição do ministério da justiça
C) A ação penal exclusivamente privada é a regra, em relação a ações penais privadas.
D) Ação penal personalíssima ocorre nos crimes contra a honra.

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GABARITO: LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) Na ação penal pública incondicionada, a atuação do ministério


público independe de qualquer condição específica (errado)
Certa, não devendo ser assinalada como gabarito. Conceito correto de ação
penal incondicionada.

B) Nas hipóteses de ação penal pública condicionada a atuação do


Ministério Público está subordinada a representação do ofendido ou a
requisição do ministério da justiça(errado)
Certa. A representação é condição da ação condicionada.

C) A ação penal exclusivamente privada é a regra, em relação a ações


penais privadas. (errado)
Certa. A ação exclusivamente privada é a regra das ações privadas.

D) Ação penal personalíssima ocorre nos crimes contra a honra.


(certo)
Errada, devendo ser assinalada como gabarito. Uma das exceções de ação
privada é ação penal privada personalíssima e ocorre apenas no crime de
induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento. Art 236 parágrafo único
CP

SOLUÇÃO COMPLETA

A) Na ação penal pública incondicionada, a atuação do ministério


público independe de qualquer condição específica (errado)
Nas palavras de Renato Brasileiro (p. 319, 2020), no âmbito processual
penal, a doutrina costuma classificar a ação penal a partir da legitimação ativa.
Tem-se, assim, a ação penal pública e a ação penal de iniciativa privada. A ação
penal pública, cujo titular é o Ministério Público, subdivide-se em:
a) ação penal pública incondicionada: nesta espécie de ação penal, a
atuação do Ministério Público independe do implemento de qualquer condição
específica;
b) ação penal pública condicionada: nessa hipótese, a atuação do
Ministério Público está subordinada ao implemento de uma condição –
representação do ofendido ou requisição do Ministro da Justiça;
c) ação penal pública subsidiária da pública: sua inserção como espécie
de ação penal pública não é ponto pacífico na doutrina.

São espécies de ação penal de iniciativa privada:


a) ação penal exclusivamente privada: em se tratando de ação penal de
iniciativa privada, funciona como a regra;

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b) ação penal privada personalíssima: são raras as espécies de crimes


subordinados a esta espécie de ação penal privada. Atualmente existe apenas o
crime de induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento (CP, art. 236,
parágrafo único). Diferencia-se da hipótese anterior porque a queixa só pode ser
oferecida pelo próprio ofendido, sendo incabível a sucessão processual;
c) ação penal privada subsidiária da pública (também chamada de ação
penal acidentalmente privada): diz a Constituição Federal que “será admitida ação
privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal” (art.
5º, LIX). Seu cabimento está subordinado à inércia do Ministério Público

B) Nas hipóteses de ação penal pública condicionada a atuação do


Ministério Público está subordinada a representação do ofendido ou a
requisição do ministério da justiça (errado)
Nas palavras de Renato Brasileiro (p. 319, 2020), no âmbito processual
penal, a doutrina costuma classificar a ação penal a partir da legitimação ativa.
Tem-se, assim, a ação penal pública e a ação penal de iniciativa privada. A ação
penal pública, cujo titular é o Ministério Público, subdivide-se em:
a) ação penal pública incondicionada: nesta espécie de ação penal, a
atuação do Ministério Público independe do implemento de qualquer condição
específica;
b) ação penal pública condicionada: nessa hipótese, a atuação do
Ministério Público está subordinada ao implemento de uma condição –
representação do ofendido ou requisição do Ministro da Justiça;
c) ação penal pública subsidiária da pública: sua inserção como espécie
de ação penal pública não é ponto pacífico na doutrina.

São espécies de ação penal de iniciativa privada:


a) ação penal exclusivamente privada: em se tratando de ação penal de
iniciativa privada, funciona como a regra;
b) ação penal privada personalíssima: são raras as espécies de crimes
subordinados a esta espécie de ação penal privada. Atualmente existe apenas o
crime de induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento (CP, art. 236,
parágrafo único). Diferencia-se da hipótese anterior porque a queixa só pode ser
oferecida pelo próprio ofendido, sendo incabível a sucessão processual;
c) ação penal privada subsidiária da pública (também chamada de ação
penal acidentalmente privada): diz a Constituição Federal que “será admitida ação
privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal” (art.
5º, LIX). Seu cabimento está subordinado à inércia do Ministério Público

C) A ação penal exclusivamente privada é a regra, em relação a ações


penais privadas. (errado)
Nas palavras de Renato Brasileiro (p. 319, 2020), no âmbito processual
penal, a doutrina costuma classificar a ação penal a partir da legitimação ativa.
Tem-se, assim, a ação penal pública e a ação penal de iniciativa privada. A ação
penal pública, cujo titular é o Ministério Público, subdivide-se em:
a) ação penal pública incondicionada: nesta espécie de ação penal, a
atuação do Ministério Público independe do implemento de qualquer condição
específica;

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b) ação penal pública condicionada: nessa hipótese, a atuação do


Ministério Público está subordinada ao implemento de uma condição –
representação do ofendido ou requisição do Ministro da Justiça;
c) ação penal pública subsidiária da pública: sua inserção como espécie
de ação penal pública não é ponto pacífico na doutrina.

São espécies de ação penal de iniciativa privada:


a) ação penal exclusivamente privada: em se tratando de ação penal de
iniciativa privada, funciona como a regra;
b) ação penal privada personalíssima: são raras as espécies de crimes
subordinados a esta espécie de ação penal privada. Atualmente existe apenas o
crime de induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento (CP, art. 236,
parágrafo único). Diferencia-se da hipótese anterior porque a queixa só pode ser
oferecida pelo próprio ofendido, sendo incabível a sucessão processual;
c) ação penal privada subsidiária da pública (também chamada de ação
penal acidentalmente privada): diz a Constituição Federal que “será admitida ação
privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal” (art.
5º, LIX). Seu cabimento está subordinado à inércia do Ministério Público

D) Ação penal personalíssima ocorre nos crimes contra a honra.


(certo)
Nas palavras de Renato Brasileiro (p. 319, 2020), no âmbito processual
penal, a doutrina costuma classificar a ação penal a partir da legitimação ativa.
Tem-se, assim, a ação penal pública e a ação penal de iniciativa privada. A ação
penal pública, cujo titular é o Ministério Público, subdivide-se em:
a) ação penal pública incondicionada: nesta espécie de ação penal, a
atuação do Ministério Público independe do implemento de qualquer condição
específica;
b) ação penal pública condicionada: nessa hipótese, a atuação do
Ministério Público está subordinada ao implemento de uma condição –
representação do ofendido ou requisição do Ministro da Justiça;
c) ação penal pública subsidiária da pública: sua inserção como espécie
de ação penal pública não é ponto pacífico na doutrina.

São espécies de ação penal de iniciativa privada:


a) ação penal exclusivamente privada: em se tratando de ação penal de
iniciativa privada, funciona como a regra;
b) ação penal privada personalíssima: são raras as espécies de crimes
subordinados a esta espécie de ação penal privada. Atualmente existe apenas o
crime de induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento (CP, art. 236,
parágrafo único). Diferencia-se da hipótese anterior porque a queixa só pode ser
oferecida pelo próprio ofendido, sendo incabível a sucessão processual;
c) ação penal privada subsidiária da pública (também chamada de ação
penal acidentalmente privada): diz a Constituição Federal que “será admitida ação
privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal” (art.
5º, LIX). Seu cabimento está subordinado à inércia do Ministério Público

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20. Marque a alternativa incorreta:

A)Uma das condições genéricas da ação penal é o interesses de agir que configura-se
como pertinência subjetiva da ação, isto é, a ação só pode ser proposta por quem é titular
do interesse que se quer realizar e contra aquele que o interesse deve ficar subordinado
ao do autor.
B) Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado
pelo ordenamento jurídico.
C) Entende-se por interesse de agir a condição que está relacionada à utilidade de
prestação jurisdicional, a qual se pretende obter a movimentação da máquina estatal
judiciária.
D) Em relação a legitimidade, a regra vigente é de somente o titular do alegado direito
poder pleitear em nome próprio seu próprio interesse.

GABARITO: LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

A)Uma das condições genéricas da ação penal é o interesses de agir


que configura-se como pertinência subjetiva da ação, isto é, a ação só pode
ser proposta por quem é titular do interesse que se quer realizar e contra
aquele que o interesse deve ficar subordinado ao do autor. (certo)
Errado, devendo ser assinalado como gabarito da questão. A questão trouxe
o conceito de legitimidade, outra condição genérica da ação.

B) Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo


quando autorizado pelo ordenamento jurídico. (errado)
Certo, não devendo ser assinalado como gabarito já que a questão busca a
alternativa incorreta. Art 18 CPC.

C) Entende-se por interesse de agir a condição que está relacionada à


utilidade de prestação jurisdicional, a qual se pretende obter a
movimentação da máquina estatal judiciária. (errado)
Certo, não devendo ser assinalado como gabarito já que a questão busca a
alternativa incorreta. Conceito correto de interesse de agir.

D) Em relação a legitimidade, a regra vigente é de somente o titular


do alegado direito poder pleitear em nome próprio seu próprio interesse.
(errado)
Certo, não devendo ser assinalado como gabarito já que a questão busca a
alternativa incorreta. Conceito correto de legitimidade.

SOLUÇÃO COMPLETA

A)Uma das condições genéricas da ação penal é o interesses de agir


que configura-se como pertinência subjetiva da ação, isto é, a ação só pode

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ser proposta por quem é titular do interesse que se quer realizar e contra
aquele que o interesse deve ficar subordinado ao do autor. (certo)
Renato Brasileiro (p. 302, 2020) nos ensina que Em termos de legitimidade,
a regra geral está consagrada no art. 18 do novo CPC, que prevê que somente o
titular do alegado direito poderá pleitear em nome próprio seu próprio interesse. É
o que se denomina de legitimação ordinária. Portanto, em regra, alguém só pode
agir, em nome próprio, na defesa de interesse próprio. É o que ocorre, no âmbito
processual penal, nas hipóteses de ação penal pública. Na medida em que a
Constituição Federal outorga ao Ministério Público a titularidade da ação penal
pública, é evidente que o Parquet age em nome próprio na defesa de interesse
próprio.
Se a regra é a legitimação ordinária, excepcionalmente, e desde que
autorizado por lei, o ordenamento jurídico prevê situações em que alguém pode
pleitear, em nome próprio, direito alheio. É o que se denomina de legitimação
extraordinária ou substituição processual. Sobre o assunto, consoante disposto no
art. 18 do novo CPC, ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo
quando autorizado pelo ordenamento jurídico.

Código de Processo Civil

Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo
quando autorizado pelo ordenamento jurídico.

Já a condição da ação conhecida como interesse de agir, entende-se que está


relacionada à utilidade da prestação jurisdicional que se pretende obter com a
movimentação do aparato judiciário. Deve-se demonstrar, assim, a necessidade de
se recorrer ao Poder Judiciário para a obtenção do resultado pretendido,
independentemente da legitimidade da pretensão. A fim de se verificar se o autor
tem (ou não) interesse processual para a demanda, deve se questionar se, para
obter o que pretende o autor, é efetivamente necessária a providência jurisdicional
pleiteada (art. 17 do novo CPC).
De acordo com Renato Brasileiro, parte significativa da doutrina, o interesse
de agir deve ser analisado sob três aspectos distintos:
a) necessidade de obtenção da tutela jurisdicional pleiteada: estará
presente sempre que o autor não puder obter o bem da vida pretendido sem a
devida intervenção do Poder Judiciário.
Esse raciocínio só é correto para as situações em que se pretende exercitar,
pelo processo, direitos a uma prestação, pois há a possibilidade de cumprimento
espontâneo da prestação. Portanto, quando não houver meios para a satisfação
voluntária, há necessidade de jurisdição. E é exatamente isso o que ocorre com a
pretensão punitiva. No âmbito processual penal, essa necessidade é implícita na
ação penal condenatória, já que, em virtude do princípio do nulla poena sine judicio,
nenhuma sanção penal poderá ser aplicada sem o devido processo legal, ainda que
o acusado não tenha interesse em oferecer qualquer resistência. A ação penal é,
por conseguinte, uma ação necessária.
Logo, o exame da “necessidade” para a verificação do interesse de agir é
dispensável, pois está in re ipsa. No âmbito processual penal, ter-se-á uma
pretensão insatisfeita, vez que, para solucionar a demanda penal, é sempre

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necessário o processo, pois o Estado não pode aplicar a norma penal de imediato,
mesmo que haja a concordância de quem cometeu o delito. Para que as regras
punitivas atuem concretamente, torna-se imprescindível o processo, pois a pena
não pode ser imposta diretamente ao autor do crime, sem prévia apuração de sua
responsabilidade. Afinal, o jus puniendi é de coação indireta em face da exigência
de que a pena só seja imposta após regular processo. A ressalva à possibilidade de
aplicação de pena sem processo no âmbito processual penal fica por conta da
transação penal no âmbito dos Juizados Especiais Criminais (Lei nº 9.099/95, art.
76). Presentes os pressupostos objetivos e subjetivos, deverá o titular da ação penal
formular proposta de aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou de multa.
Nesse caso, ainda não há processo. O ato compositivo ocorre por ocasião da
audiência preliminar, logo, antes do oferecimento da denúncia.

b) adequação entre o pedido e a proteção jurisdicional que se


pretende obter: por adequação entende-se o ajustamento da providência judicial
requerida à solução do conflito subjacente ao pedido. Se essa adequação é assaz
importante no processo civil, é interessante perceber que, em uma ação penal
condenatória, tal condição não ostenta grande relevância, já que não há espécies
distintas de ações penais condenatórias.

c) utilidade: consiste na eficácia da atividade jurisdicional para satisfazer o


interesse do autor. Só haverá utilidade se houver possibilidade de realização do jus
puniendi estatal, com eventual aplicação da sanção penal adequada

B) Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo


quando autorizado pelo ordenamento jurídico. (errado)
Renato Brasileiro (p. 302, 2020) nos ensina que Em termos de legitimidade,
a regra geral está consagrada no art. 18 do novo CPC, que prevê que somente o
titular do alegado direito poderá pleitear em nome próprio seu próprio interesse. É
o que se denomina de legitimação ordinária. Portanto, em regra, alguém só pode
agir, em nome próprio, na defesa de interesse próprio. É o que ocorre, no âmbito
processual penal, nas hipóteses de ação penal pública. Na medida em que a
Constituição Federal outorga ao Ministério Público a titularidade da ação penal
pública, é evidente que o Parquet age em nome próprio na defesa de interesse
próprio.
Se a regra é a legitimação ordinária, excepcionalmente, e desde que
autorizado por lei, o ordenamento jurídico prevê situações em que alguém pode
pleitear, em nome próprio, direito alheio. É o que se denomina de legitimação
extraordinária ou substituição processual. Sobre o assunto, consoante disposto no
art. 18 do novo CPC, ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo
quando autorizado pelo ordenamento jurídico.

Código de Processo Civil

Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo
quando autorizado pelo ordenamento jurídico.

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Já a condição da ação conhecida como interesse de agir, entende-se que está


relacionada à utilidade da prestação jurisdicional que se pretende obter com a
movimentação do aparato judiciário. Deve-se demonstrar, assim, a necessidade de
se recorrer ao Poder Judiciário para a obtenção do resultado pretendido,
independentemente da legitimidade da pretensão. A fim de se verificar se o autor
tem (ou não) interesse processual para a demanda, deve se questionar se, para
obter o que pretende o autor, é efetivamente necessária a providência jurisdicional
pleiteada (art. 17 do novo CPC).
De acordo com Renato Brasileiro, parte significativa da doutrina, o interesse
de agir deve ser analisado sob três aspectos distintos:
a) necessidade de obtenção da tutela jurisdicional pleiteada: estará
presente sempre que o autor não puder obter o bem da vida pretendido sem a
devida intervenção do Poder Judiciário.
Esse raciocínio só é correto para as situações em que se pretende exercitar,
pelo processo, direitos a uma prestação, pois há a possibilidade de cumprimento
espontâneo da prestação. Portanto, quando não houver meios para a satisfação
voluntária, há necessidade de jurisdição. E é exatamente isso o que ocorre com a
pretensão punitiva. No âmbito processual penal, essa necessidade é implícita na
ação penal condenatória, já que, em virtude do princípio do nulla poena sine judicio,
nenhuma sanção penal poderá ser aplicada sem o devido processo legal, ainda que
o acusado não tenha interesse em oferecer qualquer resistência. A ação penal é,
por conseguinte, uma ação necessária.
Logo, o exame da “necessidade” para a verificação do interesse de agir é
dispensável, pois está in re ipsa. No âmbito processual penal, ter-se-á uma
pretensão insatisfeita, vez que, para solucionar a demanda penal, é sempre
necessário o processo, pois o Estado não pode aplicar a norma penal de imediato,
mesmo que haja a concordância de quem cometeu o delito. Para que as regras
punitivas atuem concretamente, torna-se imprescindível o processo, pois a pena
não pode ser imposta diretamente ao autor do crime, sem prévia apuração de sua
responsabilidade. Afinal, o jus puniendi é de coação indireta em face da exigência
de que a pena só seja imposta após regular processo. A ressalva à possibilidade de
aplicação de pena sem processo no âmbito processual penal fica por conta da
transação penal no âmbito dos Juizados Especiais Criminais (Lei nº 9.099/95, art.
76). Presentes os pressupostos objetivos e subjetivos, deverá o titular da ação penal
formular proposta de aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou de multa.
Nesse caso, ainda não há processo. O ato compositivo ocorre por ocasião da
audiência preliminar, logo, antes do oferecimento da denúncia.

b) adequação entre o pedido e a proteção jurisdicional que se


pretende obter: por adequação entende-se o ajustamento da providência judicial
requerida à solução do conflito subjacente ao pedido. Se essa adequação é assaz
importante no processo civil, é interessante perceber que, em uma ação penal
condenatória, tal condição não ostenta grande relevância, já que não há espécies
distintas de ações penais condenatórias.

c) utilidade: consiste na eficácia da atividade jurisdicional para satisfazer o


interesse do autor. Só haverá utilidade se houver possibilidade de realização do jus
puniendi estatal, com eventual aplicação da sanção penal adequada

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C) Entende-se por interesse de agir a condição que está relacionada à


utilidade de prestação jurisdicional, a qual se pretende obter a
movimentação da máquina estatal judiciária. (errado)
Renato Brasileiro (p. 302, 2020) nos ensina que Em termos de legitimidade,
a regra geral está consagrada no art. 18 do novo CPC, que prevê que somente o
titular do alegado direito poderá pleitear em nome próprio seu próprio interesse. É
o que se denomina de legitimação ordinária. Portanto, em regra, alguém só pode
agir, em nome próprio, na defesa de interesse próprio. É o que ocorre, no âmbito
processual penal, nas hipóteses de ação penal pública. Na medida em que a
Constituição Federal outorga ao Ministério Público a titularidade da ação penal
pública, é evidente que o Parquet age em nome próprio na defesa de interesse
próprio.
Se a regra é a legitimação ordinária, excepcionalmente, e desde que
autorizado por lei, o ordenamento jurídico prevê situações em que alguém pode
pleitear, em nome próprio, direito alheio. É o que se denomina de legitimação
extraordinária ou substituição processual. Sobre o assunto, consoante disposto no
art. 18 do novo CPC, ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo
quando autorizado pelo ordenamento jurídico.

Código de Processo Civil

Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo
quando autorizado pelo ordenamento jurídico.

Já a condição da ação conhecida como interesse de agir, entende-se que está


relacionada à utilidade da prestação jurisdicional que se pretende obter com a
movimentação do aparato judiciário. Deve-se demonstrar, assim, a necessidade de
se recorrer ao Poder Judiciário para a obtenção do resultado pretendido,
independentemente da legitimidade da pretensão. A fim de se verificar se o autor
tem (ou não) interesse processual para a demanda, deve se questionar se, para
obter o que pretende o autor, é efetivamente necessária a providência jurisdicional
pleiteada (art. 17 do novo CPC).
De acordo com Renato Brasileiro, parte significativa da doutrina, o interesse
de agir deve ser analisado sob três aspectos distintos:
a) necessidade de obtenção da tutela jurisdicional pleiteada: estará
presente sempre que o autor não puder obter o bem da vida pretendido sem a
devida intervenção do Poder Judiciário.
Esse raciocínio só é correto para as situações em que se pretende exercitar,
pelo processo, direitos a uma prestação, pois há a possibilidade de cumprimento
espontâneo da prestação. Portanto, quando não houver meios para a satisfação
voluntária, há necessidade de jurisdição. E é exatamente isso o que ocorre com a
pretensão punitiva. No âmbito processual penal, essa necessidade é implícita na
ação penal condenatória, já que, em virtude do princípio do nulla poena sine judicio,
nenhuma sanção penal poderá ser aplicada sem o devido processo legal, ainda que
o acusado não tenha interesse em oferecer qualquer resistência. A ação penal é,
por conseguinte, uma ação necessária.

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Logo, o exame da “necessidade” para a verificação do interesse de agir é


dispensável, pois está in re ipsa. No âmbito processual penal, ter-se-á uma
pretensão insatisfeita, vez que, para solucionar a demanda penal, é sempre
necessário o processo, pois o Estado não pode aplicar a norma penal de imediato,
mesmo que haja a concordância de quem cometeu o delito. Para que as regras
punitivas atuem concretamente, torna-se imprescindível o processo, pois a pena
não pode ser imposta diretamente ao autor do crime, sem prévia apuração de sua
responsabilidade. Afinal, o jus puniendi é de coação indireta em face da exigência
de que a pena só seja imposta após regular processo. A ressalva à possibilidade de
aplicação de pena sem processo no âmbito processual penal fica por conta da
transação penal no âmbito dos Juizados Especiais Criminais (Lei nº 9.099/95, art.
76). Presentes os pressupostos objetivos e subjetivos, deverá o titular da ação penal
formular proposta de aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou de multa.
Nesse caso, ainda não há processo. O ato compositivo ocorre por ocasião da
audiência preliminar, logo, antes do oferecimento da denúncia.

b) adequação entre o pedido e a proteção jurisdicional que se


pretende obter: por adequação entende-se o ajustamento da providência judicial
requerida à solução do conflito subjacente ao pedido. Se essa adequação é assaz
importante no processo civil, é interessante perceber que, em uma ação penal
condenatória, tal condição não ostenta grande relevância, já que não há espécies
distintas de ações penais condenatórias.

c) utilidade: consiste na eficácia da atividade jurisdicional para satisfazer o


interesse do autor. Só haverá utilidade se houver possibilidade de realização do jus
puniendi estatal, com eventual aplicação da sanção penal adequada

D) Em relação a legitimidade, a regra vigente é de somente o titular


do alegado direito poder pleitear em nome próprio seu próprio interesse.
(errado)
Renato Brasileiro (p. 302, 2020) nos ensina que Em termos de legitimidade,
a regra geral está consagrada no art. 18 do novo CPC, que prevê que somente o
titular do alegado direito poderá pleitear em nome próprio seu próprio interesse. É
o que se denomina de legitimação ordinária. Portanto, em regra, alguém só pode
agir, em nome próprio, na defesa de interesse próprio. É o que ocorre, no âmbito
processual penal, nas hipóteses de ação penal pública. Na medida em que a
Constituição Federal outorga ao Ministério Público a titularidade da ação penal
pública, é evidente que o Parquet age em nome próprio na defesa de interesse
próprio.
Se a regra é a legitimação ordinária, excepcionalmente, e desde que
autorizado por lei, o ordenamento jurídico prevê situações em que alguém pode
pleitear, em nome próprio, direito alheio. É o que se denomina de legitimação
extraordinária ou substituição processual. Sobre o assunto, consoante disposto no
art. 18 do novo CPC, ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo
quando autorizado pelo ordenamento jurídico.

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Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo
quando autorizado pelo ordenamento jurídico.

Já a condição da ação conhecida como interesse de agir, entende-se que está


relacionada à utilidade da prestação jurisdicional que se pretende obter com a
movimentação do aparato judiciário. Deve-se demonstrar, assim, a necessidade de
se recorrer ao Poder Judiciário para a obtenção do resultado pretendido,
independentemente da legitimidade da pretensão. A fim de se verificar se o autor
tem (ou não) interesse processual para a demanda, deve se questionar se, para
obter o que pretende o autor, é efetivamente necessária a providência jurisdicional
pleiteada (art. 17 do novo CPC).
De acordo com Renato Brasileiro, parte significativa da doutrina, o interesse
de agir deve ser analisado sob três aspectos distintos:
a) necessidade de obtenção da tutela jurisdicional pleiteada: estará
presente sempre que o autor não puder obter o bem da vida pretendido sem a
devida intervenção do Poder Judiciário.
Esse raciocínio só é correto para as situações em que se pretende exercitar,
pelo processo, direitos a uma prestação, pois há a possibilidade de cumprimento
espontâneo da prestação. Portanto, quando não houver meios para a satisfação
voluntária, há necessidade de jurisdição. E é exatamente isso o que ocorre com a
pretensão punitiva. No âmbito processual penal, essa necessidade é implícita na
ação penal condenatória, já que, em virtude do princípio do nulla poena sine judicio,
nenhuma sanção penal poderá ser aplicada sem o devido processo legal, ainda que
o acusado não tenha interesse em oferecer qualquer resistência. A ação penal é,
por conseguinte, uma ação necessária.
Logo, o exame da “necessidade” para a verificação do interesse de agir é
dispensável, pois está in re ipsa. No âmbito processual penal, ter-se-á uma
pretensão insatisfeita, vez que, para solucionar a demanda penal, é sempre
necessário o processo, pois o Estado não pode aplicar a norma penal de imediato,
mesmo que haja a concordância de quem cometeu o delito. Para que as regras
punitivas atuem concretamente, torna-se imprescindível o processo, pois a pena
não pode ser imposta diretamente ao autor do crime, sem prévia apuração de sua
responsabilidade. Afinal, o jus puniendi é de coação indireta em face da exigência
de que a pena só seja imposta após regular processo. A ressalva à possibilidade de
aplicação de pena sem processo no âmbito processual penal fica por conta da
transação penal no âmbito dos Juizados Especiais Criminais (Lei nº 9.099/95, art.
76). Presentes os pressupostos objetivos e subjetivos, deverá o titular da ação penal
formular proposta de aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou de multa.
Nesse caso, ainda não há processo. O ato compositivo ocorre por ocasião da
audiência preliminar, logo, antes do oferecimento da denúncia.

b) adequação entre o pedido e a proteção jurisdicional que se


pretende obter: por adequação entende-se o ajustamento da providência judicial
requerida à solução do conflito subjacente ao pedido. Se essa adequação é assaz
importante no processo civil, é interessante perceber que, em uma ação penal
condenatória, tal condição não ostenta grande relevância, já que não há espécies
distintas de ações penais condenatórias.

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c) utilidade: consiste na eficácia da atividade jurisdicional para satisfazer o


interesse do autor. Só haverá utilidade se houver possibilidade de realização do jus
puniendi estatal, com eventual aplicação da sanção penal adequada.

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SUMÁRIO
Questões sobre a aula .................................................................................................................................... 2
Gabarito ......................................................................................................................................................... 6
Questões Comentadas ................................................................................................................................... 7

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QUESTÕES SOBRE A AULA



1. ANO: 2020 Questão Inédita

De acordo com os princípios da ação penal pública, julgue o item que segue abaixo:

Ação penal pública rege-se pelo princípio da obrigatoriedade.

Certo ( ) Errado ( )


2. ANO: 2020 Questão Inédita

De acordo com os princípios da ação penal pública, julgue o item que segue abaixo:

O princípio da obrigatoriedade vincula o Ministério Público de oferecer denunciar e, em
sede de alegações finais, pedir a condenação do acusado.

Certo ( ) Errado ( )

3. ANO: 2020 Questão Inédita

Julgue a assertiva abaixo:

A ação penal pública rege-se pelo princípio da obrigatoriedade. Contudo, uma das
exceções à essa regra é a transação penal.

Certo ( ) Errado ( )

4. ANO: 2020 Questão Inédita

Julgue a assertiva abaixo:

Diante da notícia de uma infração penal, da mesma forma que as autoridades policiais
possuem a obrigação de proceder à apuração do fato, o Ministério Público tem o dever
de oferecer denuncia independente de visualizar elementos de informação quando à
existência de fato típico, antijurídico e culpável, que deve ser apurado ao longo da
instrução probatória.

Certo ( ) Errado ( )

5. ANO: 2020 Questão Inédita

De acordo com as repercussões legais do principio da obrigatoriedade, julgue o item que
segue:

Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério Público nos casos
em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, oral ou por escrito, informações sobre o
fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção

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Certo ( ) Errado ( )

6. ANO: 2020 Questão Inédita

De acordo com entendimento do Supremo Tribunal Federal, julgue o item abaixo:

A ação penal pública incondicionada rege-se pelo princípio da divisibilidade.

Certo ( ) Errado ( )

7. ANO: 2020 Questão Inédita

Em relação à ação penal pública condicionada, julgue o item abaixo:

A representação do ofendido não é condição de procedibilidade para o exercício da ação
penal pública condicionada.

Certo ( ) Errado ( )

8. ANO: 2020 Questão Inédita

Julgue o item abaixo, levando em consideração as condições da ação penal condicionada.

A representação é condição específica da ação penal condicionada, todavia se o processo
já estiver em andamento e a lei passar a condicionar seu prosseguimento ao implemento
da representação, essa representação será condição de prosseguibilidade e não mais de
procedibilidade.

Certo ( ) Errado ( )

9. ANO: 2020 Questão Inédita

Julgue a assertiva abaixo:

O ofendido ou seu representante legal, em regra, possui o prazo de 6 meses contados do
dia em que vier a saber quem é o autor do crime, para exercer seu direito de queixa


Certo ( ) Errado ( )


10. ANO: 2020 Questão Inédita

Em relação à legitimidade de ação pública, julgue o item abaixo:

Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público,
mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça ou de
representação do ofendido, somente.

Certo ( ) Errado ( )

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11. ANO: 2020 Questão Inédita

Marque a alternativa correta:

A)Ação penal pública rege-se pelo princípio da obrigatoriedade
B) O princípio da obrigatoriedade vincula o Ministério Público de oferecer denunciar e,
em sede de alegações finais, pedir a condenação do acusado
C) Mesmo se tratando de infrações de menor potencial ofensivo, quando tiver lastro
probatório suficiente para o oferecimento da denuncia, o Ministério Público está
obrigado a fazê-lo, pelo princípio da obrigatoriedade.
D) Diante da notícia de uma infração penal, da mesma forma que as autoridades policiais
possuem a obrigação de proceder a apuração do fato, o Ministério Público tem o dever
de oferecer denuncia independente de visualizar elementos de informação quanto à
existência de fato típico, antijurídico e culpável, que deve ser apurado ao longo da
instrução probatória


12. ANO: 2020 Questão Inédita

Em relação ao princípio da obrigatoriedade, pode-se afirmar que:

A) Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério Público nos casos
em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, oral ou por escrito, informações sobre o
fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção.
B) O Ministério Público tem que visualizar elementos de informação quanto à existência
de fato típico, ilícito e culpável, além da presença das condições da ação penal e de justa
causa para a deflagração do processo criminal
C) Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério Público nos casos
em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, oral ou por escrito, informações sobre o
fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção.
D) Se reserva a critérios políticos ou de utilidade social para decidir se o Ministério
Público irá atuar, ou não.


13. ANO: 2020 Questão Inédita

Assinale a opção incorreta:

A) A legitimidade para o oferecimento da representação possui o mesmo regime jurídico
de titularidade para oferecimento de queixa crime.
B) O direito de queixa pode ser exercido pessoalmente ou por procurador com poderes
especiais, obrigatoriamente na figura de um advogado.
C) As fundações, associações ou sociedades legalmente constituídas poderão exercer seu
direito de representação, devendo ser representadas por quem os respectivos contratos
ou estatutos designarem ou, no silêncio destes, pelos seus diretores ou sócios-gerentes
D) Caso o cônjuge não possua interesse, o direito de representação passará ao
ascendente.

14. ANO: 2020 Questão Inédita

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São legitimados para exercer a representação nas ações condicionadas, exceto:



A) O próprio ofendido
B) Pai e mãe do ofendido
C) Namorada(o) do ofendido
D) Filhos do ofendido


15. ANO: 2020 Questão Inédita

Marque a alternativa incorreta:

A) Diante da notícia de uma infração penal, as autoridades policiais têm obrigação de
proceder a apuração do fato delituoso e o Ministério Público tem o dever de oferecer
denuncia.
B) A representação do ofendido é condição de procedibilidade para o exercício da ação
penal pública condicionada.
C) A natureza jurídica da representação é de condição específica da ação penal.
D) O magistrado pode aceitar a peça acusatória, mesmo que esteja faltando a
representação do ofendido, em caso de ação penal condicionada


16. ANO: 2020 Questão Inédita

De acordo com legitimidade da ação penal condicional, marque a alternativa correta:

A) O ofendido ou seu representante legal, em regra, possui o prazo de 6 meses contados
do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, para exercer seu direito de queixa.
B) O prazo de 6 meses para o ofendido, ou seu representante legal, exercer o direito de
queixa é contado em dias úteis
C) O decurso do prazo decadencial de 6 meses para representação começa a fluir a partir
da data do crime.
D) Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público,
mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça ou de
representação do ofendido, somente


17. ANO: 2020 Questão Inédita

Em relação a representação nos crimes de ação condicionada, marque a opção incorreta:

A) Em regra, a representação funciona como condição específica da ação penal.
B) Caso o processo já esteja em andamento e a lei passe a condicionar seu
prosseguimento ao implemento da representação, esta funcionará como condição de
prosseguibilidade.
C) Caso o processo já esteja em andamento e a lei passe a condicionar seu
prosseguimento ao implemento da representação, esta funcionará como condição de
procedibilidade.
D) Lesão corporal leve e culposa são exemplos de ação penal condicionada.

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18. ANO: 2020 Questão Inédita



Com base na Lei nº 3.689/1941 - Código de Processo Penal, em regra geral, na ação
penal, nos crimes de ação pública, as ações serão promovidas mediante:
A)Denúncia do Ministério Público.
B)Queixa crime do ofendido.
C)Ocorrência.
D)Notícia crime.


19. ANO: 2020 Questão Inédita

No que tange à requisição do ministro da justiça nas ações penais, assinale a alternativa
incorreta:

A) Quando é cometido crime contra chefe do executivo, podendo ser presidente,
governador ou prefeito, procede-se queixa mediante requisição do Ministro da Justiça
B) Quando é cometido crime contra chefe de governo estrangeiro procede-se queixa
mediante requisição do Ministro da Justiça
C) A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro
fora do Brasil se não foi pedida ou negada a extradição e houver requisição do Ministro
da Justiça.
D) Em determinados ilícitos penais, entendeu o legislador ser pertinente que o Ministro
da Justiça avalie a conveniência política de ser iniciada a ação penal pelo Ministério
Público.


20. ANO: 2020 Questão Inédita

O prazo para representação do ministro da justiça nos casos de ação penal condicionada
é:

A) 6 meses contados a partir do conhecimento da autoria do crime
B) 6 meses contados a partir da data do crime
C) A qualquer tempo, sem incidir prescrição
D) A qualquer tempo, desde não tenha havido extinção da punibilidade pela prescrição.







GABARITO
1. Certo
2. Errado
3. Certo

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6
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4. Errado
5. Errado
6. Certo
7. Errado
8. Certo
9. Certo
10. Errado
11. A
12. B
13. B
14. C
15. D
16. A
17. C
18. A
19. A
20. D
























QUESTÕES COMENTADAS
1. De acordo com os princípios da ação penal pública, julgue o item que segue abaixo:

Ação penal pública rege-se pelo princípio da obrigatoriedade.

GABARITO: CERTO

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7
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SOLUÇÃO RÁPIDA

Certo. Um dos princípios que regem os tipos de ação penal pública é o principio
da obrigatoriedade

SOLUÇÃO COMPLETA

Nas palavras de Renato Brasileiro (p. 323-324, 2020), de acordo com o


princípio da obrigatoriedade da ação penal pública, também denominado de
legalidade processual, cada vez mais questionado no âmbito do próprio Ministério
Público, aos órgãos persecutórios criminais não se reserva qualquer critério político
ou de utilidade social para decidir se atuarão ou não. Não contam com nenhuma
disponibilidade, ao contrário, vale o dever de persecução e acusação. Assim, diante
da notícia de uma infração penal, da mesma forma que as autoridades policiais têm
a obrigação de proceder à apuração do fato delituoso, ao órgão do Ministério Público
se impõe o dever de oferecer denúncia caso visualize elementos de informação
quanto à existência de fato típico, ilícito e culpável, além da presença das condições
da ação penal e de justa causa para a deflagração do processo criminal.
Para grande parte da doutrina, o princípio da obrigatoriedade não tem status
constitucional, sendo extraído do art. 24 do CPP, segundo o qual “nos crimes de
ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas
dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de
representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo”.
Na mesma linha, o art. 30 do CPPM estabelece que a denúncia deve ser
apresentada sempre que houver: a) prova de fato que, em tese, constitua crime;
b) indícios de autoria.
“O legislador prevê alguns mecanismos para a fiscalização do princípio da
obrigatoriedade:
a) art. 28 do CPP: em sua redação original, leia-se, antes da Lei n. 13.964/19,
impunha ao juiz o exercício da função anômala de fiscal do princípio da
obrigatoriedade, podendo remeter os autos do inquérito policial ao Procurador-Geral
de Justiça caso não concordasse com a promoção de arquivamento formulada pelo
Promotor de Justiça;
b) ação penal privada subsidiária da pública: nada mais é do que uma
importante forma de controle da inércia ministerial.
A obrigatoriedade de oferecer a denúncia não significa que, em sede de
alegações orais (ou de memoriais), o Ministério Público esteja sempre obrigado a
pedir a condenação do acusado. Afinal, ao Parquet também incumbe a tutela de
interesses individuais indisponíveis, como a liberdade de locomoção. Logo, como ao
Estado não interessa uma sentença injusta, nem tampouco a condenação de um
inocente, provada sua inocência, ou caso as provas coligidas não autorizem um
juízo de certeza acerca de sua culpabilidade, deve o Promotor de Justiça manifestar-
se no sentido de sua absolvição. A propósito, o art. 385 do CPP dispõe que, nos
crimes de ação pública, o juiz poderá proferir sentença condenatória, ainda que o
Ministério Público tenha opinado pela absolvição

MUDE SUA VIDA!


8
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2. De acordo com os princípios da ação penal pública, julgue o item que segue abaixo:

O princípio da obrigatoriedade vincula o Ministério Público de oferecer denunciar e, em
sede de alegações finais, pedir a condenação do acusado.

GABARITO: ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. O Ministério Público não está obrigado a pedi a condenação.

SOLUÇÃO COMPLETA

Nas palavras de Renato Brasileiro (p. 323-324, 2020), de acordo com o


princípio da obrigatoriedade da ação penal pública, também denominado de
legalidade processual, cada vez mais questionado no âmbito do próprio Ministério
Público, aos órgãos persecutórios criminais não se reserva qualquer critério político
ou de utilidade social para decidir se atuarão ou não. Não contam com nenhuma
disponibilidade, ao contrário, vale o dever de persecução e acusação. Assim, diante
da notícia de uma infração penal, da mesma forma que as autoridades policiais têm
a obrigação de proceder à apuração do fato delituoso, ao órgão do Ministério Público
se impõe o dever de oferecer denúncia caso visualize elementos de informação
quanto à existência de fato típico, ilícito e culpável, além da presença das condições
da ação penal e de justa causa para a deflagração do processo criminal.
A obrigatoriedade de oferecer a denúncia não significa que, em sede de
alegações orais (ou de memoriais), o Ministério Público esteja sempre obrigado a
pedir a condenação do acusado. Afinal, ao Parquet também incumbe a tutela de
interesses individuais indisponíveis, como a liberdade de locomoção. Logo, como ao
Estado não interessa uma sentença injusta, nem tampouco a condenação de um
inocente, provada sua inocência, ou caso as provas coligidas não autorizem um
juízo de certeza acerca de sua culpabilidade, deve o Promotor de Justiça manifestar-
se no sentido de sua absolvição. A propósito, o art. 385 do CPP dispõe que, nos
crimes de ação pública, o juiz poderá proferir sentença condenatória, ainda que o
Ministério Público tenha opinado pela absolvição.


3. Julgue a assertiva abaixo:

A ação penal pública rege-se pelo princípio da obrigatoriedade. Contudo, uma das
exceções à essa regra é a transação penal.

GABARITO: CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

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Certa. Uma das exceções do princípio da obrigatoriedade é a transação penal.


Art 76 da 9099 de 1995.

SOLUÇÃO COMPLETA

Nas palavras de Renato Brasileiro (p. 323-324, 2020), de acordo com o


princípio da obrigatoriedade da ação penal pública, também denominado de
legalidade processual, cada vez mais questionado no âmbito do próprio Ministério
Público, aos órgãos persecutórios criminais não se reserva qualquer critério político
ou de utilidade social para decidir se atuarão ou não. Não contam com nenhuma
disponibilidade, ao contrário, vale o dever de persecução e acusação. Assim, diante
da notícia de uma infração penal, da mesma forma que as autoridades policiais têm
a obrigação de proceder à apuração do fato delituoso, ao órgão do Ministério Público
se impõe o dever de oferecer denúncia caso visualize elementos de informação
quanto à existência de fato típico, ilícito e culpável, além da presença das condições
da ação penal e de justa causa para a deflagração do processo criminal.
Se a regra, em sede de ação penal pública, é o princípio da obrigatoriedade,
algumas exceções merecem ser lembradas:
a) transação penal: em se tratando de infrações de menor potencial
ofensivo, ainda que haja lastro probatório suficiente para o oferecimento de
denúncia, desde que o autor do fato delituoso preencha os requisitos objetivos e
subjetivos do art. 76 da Lei nº 9.099/95, ao invés de o Ministério Público oferecer
denúncia, deve propor a transação penal, com a aplicação imediata de penas
restritivas de direitos ou multa. Nessa hipótese, há uma mitigação do princípio da
obrigatoriedade, comumente chamada pela doutrina de princípio da
discricionariedade regrada ou princípio da obrigatoriedade mitigada.


4. Julgue a assertiva abaixo:

Diante da notícia de uma infração penal, da mesma forma que as autoridades policiais
possuem a obrigação de proceder a apuração do fato, o Ministério Público tem o dever
de oferecer denuncia independente de visualizar elementos de informação quanto à
existência de fato típico, antijurídico e culpável, que deve ser apurado ao longo da
instrução probatória.

GABARITO: ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. O Ministério Público tem que visualizar elementos de informação


quanto existência de fato típico, ilícito e culpável, além da presença das condições
da ação penal e de justa causa para a deflagração do processo criminal.

SOLUÇÃO COMPLETA

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Nas palavras de Renato Brasileiro (p. 323-324, 2020), de acordo com o


princípio da obrigatoriedade da ação penal pública, também denominado de
legalidade processual, cada vez mais questionado no âmbito do próprio Ministério
Público, aos órgãos persecutórios criminais não se reserva qualquer critério político
ou de utilidade social para decidir se atuarão ou não. Não contam com nenhuma
disponibilidade, ao contrário, vale o dever de persecução e acusação. Assim, diante
da notícia de uma infração penal, da mesma forma que as autoridades policiais têm
a obrigação de proceder à apuração do fato delituoso, ao órgão do Ministério Público
se impõe o dever de oferecer denúncia caso visualize elementos de informação
quanto à existência de fato típico, ilícito e culpável, além da presença das condições
da ação penal e de justa causa para a deflagração do processo criminal


5. De acordo com as repercussões legais do principio da obrigatoriedade, julgue o item
que segue:

Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério Público nos casos
em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, oral ou por escrito, informações sobre o
fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção.

GABARITO: ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. Somente por escrito. Art 27 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

Nas palavras de Renato Brasileiro (p. 323-324, 2020), de acordo com o


princípio da obrigatoriedade da ação penal pública, também denominado de
legalidade processual, cada vez mais questionado no âmbito do próprio Ministério
Público, aos órgãos persecutórios criminais não se reserva qualquer critério político
ou de utilidade social para decidir se atuarão ou não. Não contam com nenhuma
disponibilidade, ao contrário, vale o dever de persecução e acusação. Assim, diante
da notícia de uma infração penal, da mesma forma que as autoridades policiais têm
a obrigação de proceder à apuração do fato delituoso, ao órgão do Ministério Público
se impõe o dever de oferecer denúncia caso visualize elementos de informação
quanto à existência de fato típico, ilícito e culpável, além da presença das condições
da ação penal e de justa causa para a deflagração do processo criminal.
Uma das repercussões legais do princípio da obrigatoriedade está prevista no
Código de Processo Penal em:

Art. 27. Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério


Público, nos casos em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, por escrito,
informações sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos
de convicção.

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6. De acordo com entendimento do Supremo Tribunal Federal, julgue o item abaixo:

A ação penal pública incondicionada rege-se pelo princípio da divisibilidade.

GABARITO
SOLUÇÃO RÁPIDA

Certa. HC 104356/RJ e HC 117589/SP STF

SOLUÇÃO COMPLETA

De acordo com o princípio da indivisibilidade, o processo criminal de um obriga


ao processo de todos. Parte da doutrina, Renato Brasileiro (p. 326, 2020) acredita
que ação penal pública, aplica-se o princípio da indivisibilidade, no sentido de que,
havendo elementos probatórios quanto a coautores e partícipes, o Ministério Público
está obrigado a oferecer denúncia em relação a todos.
Contudo, os tribunais superiores já entenderam que:

A ação penal pública é regida pelo princípio da divisibilidade, afinal de contas


o Ministério Público poderia sempre, até a sentença final (art. 569 do CPP), incluir
novos agentes delitivos por meio de aditamento à denúncia ou oferecer contra eles
nova ação penal, caso já tenha sido prolatada a sentença final do feito

(STF, HC 104356/RJ e HC 117589/SP).

É esse também o mais recente posicionamento do STJ (STJ, HC 178406/RS


e APn 691/DF).


7. Em relação à ação penal pública condicionada, julgue o item abaixo:

A representação do ofendido não é condição de procedibilidade para o exercício da ação
penal pública condicionada.

GABARITO: ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. É condição de procedibilidade.

SOLUÇÃO COMPLETA

Primeiramente é interessante entender em que consiste a ação penal pública


condicionada. Nesse sentido, Renato Brasileiro nos ensina que Quando a promoção

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da ação penal pública pelo Ministério Público depender de representação do


ofendido ou de requisição do Ministro da Justiça, diz-se que a ação penal é pública
condicionada. Diz-se que é pública, pois promovida pelo órgão do Ministério Público;
diz-se que é condicionada, já que o Parquet não poderá promovê-la sem que haja
o implemento da condição imposta pela lei: representação do ofendido ou requisição
do Ministro da Justiça.
A representação a manifestação do ofendido ou de seu representante legal no
sentido de que possui interesse na persecução penal do autor do fato delituoso. Por
força do que a doutrina denomina de escândalo do processo pelo ajuizamento da
ação penal (strepitus iudicii), reserva-se à vítima ou ao seu representante legal o
juízo de oportunidade e conveniência da instauração do processo penal, com o
objetivo de se evitar a produção de novos danos em seu patrimônio moral, social e
psicológico, em face de possível repercussão negativa trazida pelo conhecimento
generalizado do fato delituoso. Some-se a isso o fato de que certos delitos afetam
imediatamente o interesse particular, e apenas mediatamente o interesse geral, o
que dificulta até mesmo a produção probatória, caso não haja cooperação da vítima.
Daí o motivo pelo qual se condiciona a atuação do aparato estatal à manifestação
da vontade da vítima ou de seu representante legal.
Em relação à natureza jurídica dessa representação, de acordo com Renato
Brasileiro (p. 335, 2020) Em regra, a representação funciona como uma condição
específica da ação penal. Ou seja, em relação a alguns delitos, a lei impõe o
implemento dessa condição para que o órgão do Ministério Público possa promover
a ação penal pública. Assim, caso o processo penal ainda não tenha tido
início, e a atuação do Ministério Público dependa de representação, temos que
esta funciona como condição específica de procedibilidade, sem a qual é inviável a
instauração do processo penal, como deixa entrever o art. 24 do CPP e o art. 100,
§ 1º, do CP. Se, porventura, for oferecida denúncia sem o implemento da
representação do ofendido, deverá o magistrado rejeitar a peça acusatória, nos
exatos termos do art. 395, II, segunda parte, do CPP, pois estaria faltando uma
condição para o exercício da ação penal.



8. Julgue o item abaixo, levando em consideração as condições da ação penal
condicionada.

A representação é condição específica da ação penal condicionada, todavia se o processo
já estiver em andamento e a lei passar a condicionar seu prosseguimento ao implemento
da representação, essa representação será condição de prosseguibilidade e não mais de
procedibilidade.

GABARITO: CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Certo. Diferença correta entre prosseguibilidade e procedibilidade

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SOLUÇÃO COMPLETA
Em regra, a representação funciona como uma condição específica da ação
penal. Ou seja, em relação a alguns delitos, a lei impõe o implemento dessa
condição para que o órgão do Ministério Público possa promover a ação penal
pública. Renato Brasileiro (p. 335, 2020) adverte que Se, em regra, a representação
funciona como condição específica da ação penal, não se pode perder de vista que,
caso o processo já esteja em andamento, e a lei passe a condicionar seu
prosseguimento ao implemento da representação, esta funcionará como condição
de prosseguibilidade.
É o que ocorreu em virtude do art. 91 da Lei nº 9.099/95: em relação aos
processos relativos aos crimes de lesão corporal leve e lesão corporal culposa que
estavam em andamento quando a Lei dos Juizados Especiais Criminais entrou em
vigor (26/11/95), a representação funcionou não como uma condição específica de
procedibilidade, mas sim como uma condição de prosseguibilidade, porquanto a lei
condicionou o prosseguimento do feito ao implemento da representação no prazo
de 30 (trinta) dias, sob pena de decadência.


9. Julgue a assertiva abaixo:

O ofendido ou seu representante legal, em regra, possui o prazo de 6 meses contados do
dia em que vier a saber quem é o autor do crime, para exercer seu direito de queixa.

GABARITO: CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Certo. Artigo 38 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

Renato Brasileiro nos mostra que De acordo com o art. 38, caput, do CPP,
“salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá do
direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de 6 (seis)
meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso
do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia”.
Trata-se de prazo de natureza material, fatal e improrrogável, a ser contado
nos termos do art. 10 do CP: “o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo.
Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum”.79 Assim, como o
dia do início inclui-se no cômputo do prazo, supondo-se que um crime de lesão
corporal leve tenha sido cometido contra uma pessoa capaz com 18 (dezoito) anos
completos (ou mais) em data de 26 de março de 2010, pode-se dizer que a
representação deve ser oferecida até o dia 25 de setembro de 2010, às 23h59min,
sob pena de decadência e consequente extinção da punibilidade, nos termos do art.
107, IV, segunda figura, do Código Penal.
Ao contrário do que ocorre com a prescrição, cujo prazo está sujeito a
interrupções ou suspensões, o prazo decadencial é fatal e improrrogável. Assim,
não se suspende e não se interrompe.

MUDE SUA VIDA!


14
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Também não admite prorrogações. Logo, expirando-se num domingo ou


feriado, não pode ser prorrogado, como se dá com os prazos processuais (CPP, art.
798, § 3º).
Em regra, o decurso do prazo decadencial só começa a fluir a partir do
conhecimento da autoria. E isso por uma razão muito óbvia: só se pode falar em
decadência de um direito que pode ser exercido. Se o ofendido não sabe quem é o
autor do delito, não pode exercer seu direito. Mas como se comprova que o titular
do direito de representação ou de queixa-crime só tomou conhecimento da autoria
nesta ou naquela data? A nosso ver, a fim de se evitar o reconhecimento da
decadência, caso a queixa ou a representação sejam apresentadas após o decurso
do prazo de 6 (seis) meses da data do crime, recai sobre o autor da representação
ou da queixa-crime o ônus de comprovar que só tomou conhecimento da autoria do
delito em momento posterior, e em lapso temporal inferior a 6 (seis) meses,
contados da queixa ou da representação, para trás.


10. Em relação à legitimidade de ação pública, julgue o item abaixo:

Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público,
mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça ou de
representação do ofendido, somente.

GABARITO: ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. Ofendido ou quem tiver qualidade de representá-lo. Art 24 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA
Primeiramente, veja o que preceitua o Código de Processo Penal:

Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por
denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir,
de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido
ou de quem tiver qualidade para representá-lo.

Em caso de ausência do ofendido, observe:

Art. 24, § 1o No caso de morte do ofendido ou quando declarado


ausente por decisão judicial, o direito de representação passará ao
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.

Nesse sentido, fica claro que a ordem preferencial trazida pelo artigo
supracitado traz a qualidade de quem pode representar o ofendido, caso o mesmo
esteja ausente.

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Veja agora o que traz a doutrina de Renato Brasileiro em relação à


legitimidade:

A legitimidade para o oferecimento da representação possui o mesmo regime


jurídico da titularidade para o oferecimento da queixa-crime.
Como deixa entrever o art. 39 do CPP, o direito de representação poderá ser
exercido, pessoalmente, ou por procurador com poderes especiais. Esse procurador
a que se refere o art. 39 do CPP não precisa ser um profissional da advocacia. A
procuração, por sua vez, deve conter poderes especiais, fixando-se a
responsabilidade do mandante e do mandatário.
Em regra, o titular da representação é o ofendido. Porém, há situações
específicas que merecem especial atenção:
a) ofendido com 18 (dezoito) anos de idade, que não seja mentalmente
enfermo ou retardado mental: tem capacidade plena para exercer o direito de
representação. De acordo com o art. 5º do Código Civil, a menoridade cessa aos 18
(dezoito) anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos
da vida civil. Logo, o direito de representação já pode ser exercido pelo ofendido,
independentemente de representação, já que não se pode falar em representante
legal de uma pessoa capaz. A partir dos 18 (dezoito) anos, o ofendido já conta com
legitimidade exclusiva para oferecer representação, em crime de ação penal pública
condicionada à representação, ou para oferecer queixa, em infração penal de
iniciativa privada. Essa capacidade processual autônoma do ofendido com 18
(dezoito) anos é confirmada pela Lei nº 10.792/03, que revogou o art. 194 do CPP,
o qual previa a necessidade de nomeação de curador para o ofendido com idade
entre 18 (dezoito) e 21 (vinte e um) anos de idade.75 Até a vigência do novo Código
Civil, a sistemática do CPP em relação ao ofendido maior de 18 (dezoito) e menor
de 21 (vinte e um) anos era de legitimidade concorrente, nos termos do art. 34 do
CPP. Esse o motivo pelo qual a
queixa e outros institutos como o perdão e a renúncia poderiam ser feitos tanto
pela vítima quanto por seu representante legal, já que era ela considerada
relativamente capaz para a prática dos atos da vida civil. Por isso, aliás, foi editada
a súmula nº 594 do Supremo (“os direitos de queixa e de representação podem ser
exercidos, independentemente, pelo ofendido ou por seu representante
legal”). Na mesma linha, o parágrafo único do art. 50 do CPP também dispunha que
a renúncia do representante legal do menor que houver completado 18 (dezoito)
anos não privará este do direito de queixa, nem a renúncia do último excluirá o
direito do primeiro, o que confirma que, a partir dos 18 (dezoito) anos, o direito do
ofendido e de seu representante legal eram autônomos, daí por que a renúncia de
um não prejudicaria o direito do outro, pelo menos até que a vítima atingisse a
idade de 21 (vinte e um) anos. Com o art. 5º do Código Civil, e a revogação do art.
194 do CPP pela Lei nº 10.792/03, entende-se que, ao completar 18 (dezoito) anos,
a vítima já é plenamente capaz, não havendo mais a possibilidade de o direito de
representação ou de queixa ser exercido por seu ascendente, já que este não é
mais seu representante legal. Conclui-se, então, que os arts. 34 e 50, parágrafo
único, ambos do CPP, e igualmente a súmula 594 do STF, estão tacitamente
revogados, não tendo mais qualquer aplicação prática;

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b) ofendido com menos de 18 (dezoito) anos, mentalmente enfermo ou


retardado mental: o direito de representação será exercido por seu representante
legal. Devido ao informalismo que impera em sede de representação, a
jurisprudência entende que qualquer pessoa que, de alguma forma, seja
responsável pelo menor, poderá oferecer a representação, tais como avós, irmãos,
pessoa de que dependa economicamente, etc.
c) ofendido menor de 18 (dezoito) anos, mentalmente enfermo, ou retardado
mental, que não tenha representante legal, ou havendo colidência de interesses:
nessa hipótese, o direito de queixa ou de representação poderá ser exercido por
curador especial, nomeado, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, pelo
juiz competente para o processo penal (CPP, art. 33, por interpretação
extensiva).76 Esse curador especial nomeado pelo juiz não é obrigado a oferecer
representação ou queixa, pois, se assim fosse, o juiz estaria promovendo a
persecução penal. Cabe a ele, na verdade, avaliar a conveniência e a oportunidade
de agir, só o fazendo se julgar oportuno aos interesses do menor, do mentalmente
enfermo ou do retardado mental. Quando o curador especial oferece a
representação ou a queixa, age em nome próprio na defesa de interesse alheio.
Cuida-se, portanto, de hipótese de legitimação extraordinária ou substituição
processual.
d) pessoa jurídica: as fundações, associações ou sociedades legalmente
constituídas poderão exercer seu direito de representação, devendo ser
representadas por quem os respectivos contratos ou estatutos designarem ou, no
silêncio destes, pelos seus diretores ou sócios-gerentes (CPP, art. 37, por
interpretação extensiva);
e) ofendido maior de 16 (dezesseis) e menor de 18 (dezoito) anos casado:
segundo o art. 1.517 do Código Civil, após os 16 (dezesseis) anos, os menores
podem se casar com autorização dos pais ou responsáveis legais, vindo a adquirir
a capacidade civil plena. A despeito da aquisição da capacidade civil plena, entende-
se que este ainda não é dotado de capacidade para oferecer representação ou
queixa. Como ele não pode exercer seu direito pessoalmente, não possuindo
representante legal por conta da emancipação, há duas possibilidades:
1) nomeação de curador especial, nos termos do art. 33 do CPP;
2) aguarda-se que atinja a idade de 18 (dezoito) anos, quando, então, poderá
exercer seu direito de queixa ou de representação. Nesse caso, não há falar em
decadência, porquanto o prazo decadencial não flui para aquele que não pode
exercer seu direito por conta da incapacidade. Esse mesmo raciocínio é aplicável às
demais hipóteses de emancipação.
f) morte da vítima: no caso de morte do ofendido ou quando declarado
ausente por decisão judicial, a lei prevê especial hipótese de legitimação anômala,
sendo que o direito de oferecer queixa ou representação ou de prosseguir na ação
penal de iniciativa privada passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
É o que se denomina de sucessão processual, prevista no art. 24, § 1º (sucessão
nos casos de representação) e no art. 31 (sucessão processual na ação penal de
iniciativa privada). Há, aí, uma ordem de preferência: primeiro cônjuge, depois
ascendente, sucessivamente.
Caso o cônjuge não possua interesse, o direito de representação ou de queixa-
crime passará ao ascendente e, assim, sucessivamente. No entanto, na hipótese de
sucessão processual em queixa-crime, qualquer um dos sucessores poderá

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prosseguir no processo já instaurado, caso o querelante (v.g., o cônjuge) desista


ou abandone a instância (CPP, art. 36). Havendo divergência entre os sucessores,
prevalece a vontade daquele que deseja dar início à persecução criminal. Por força
do disposto no art. 226, § 3º, da Constituição Federal, grande parte da doutrina
insere no rol dos sucessores o companheiro. Logo, a ordem seria cônjuge (ou
companheiro), ascendente descendente ou irmão. Há, inclusive, precedente da
Corte Especial do STJ nesse sentido.78 A nosso ver, não se pode incluir o
companheiro nesse rol, sob pena de indevida analogia in malam partem.
A inclusão do companheiro ou da companheira nesse rol de sucessores produz
reflexos no direito de punir do Estado, já que, quanto menos sucessores existirem,
maior é a possibilidade de que onão exercício do direito de representação ou de
queixa no prazo legal acarrete a extinção da punibilidade pela decadência. Portanto,
cuidando-se de regra de direito material, não se pode querer incluir o companheiro,
sob pena de indevida analogia in malam partem, malferindo o princípio da
legalidade (CF, art. 5º, XXXIX).


11. Marque a alternativa correta:

A)Ação penal pública rege-se pelo princípio da obrigatoriedade
B) O princípio da obrigatoriedade vincula o Ministério Público de oferecer denunciar e,
em sede de alegações finais, pedir a condenação do acusado
C) Mesmo se tratando de infrações de menor potencial ofensivo, quando tiver lastro
probatório suficiente para o oferecimento da denuncia, o Ministério Público está
obrigado a fazê-lo, pelo princípio da obrigatoriedade.
D) Diante da notícia de uma infração penal, da mesma forma que as autoridades policiais
possuem a obrigação de proceder à apuração do fato, o Ministério Público tem o dever
de oferecer denuncia independente de visualizar elementos de informação quando à
existência de fato típico, antijurídico e culpável, que deve ser apurado ao longo da
instrução probatória

GABARITO: LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA
A)Ação penal pública rege-se pelo princípio da obrigatoriedade
(certo)
Certo. Um dos princípios que regem os tipos de ação penal pública é o principio
da obrigatoriedade

B) O princípio da obrigatoriedade vincula o Ministério Público de


oferecer denunciar e, em sede de alegações finais, pedir a condenação do
acusado. (errado)
Errado. O Ministério Público não está obrigado a pedi a condenação.

C) Mesmo se tratando de infrações de menor potencial ofensivo,


quando tiver lastro probatório suficiente para o oferecimento da denuncia,
o Ministério Público está obrigado a fazê-lo, pelo princípio da
obrigatoriedade. (errado)

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Errado. A transação penal é um exemplo de exceção ao princípio da


obrigatoriedade.

D) Diante da notícia de uma infração penal, da mesma forma que as


autoridades policiais possuem a obrigação de proceder à apuração do fato,
o Ministério Público tem o dever de oferecer denuncia independente de
visualizar elementos de informação quando à existência de fato típico,
antijurídico e culpável, que deve ser apurado ao longo da instrução
probatória (errado)
Errado. O Ministério Público tem que visualizar elementos de informação
quanto existência de fato típico, ilícito e culpável, além da presença das condições
da ação penal e de justa causa para a deflagração do processo criminal.

SOLUÇÃO COMPLETA

A)Ação penal pública rege-se pelo princípio da obrigatoriedade


(certo)

Nas palavras de Renato Brasileiro (p. 323-324, 2020), de acordo com o


princípio da obrigatoriedade da ação penal pública, também denominado de
legalidade processual, cada vez mais questionado no âmbito do próprio Ministério
Público, aos órgãos persecutórios criminais não se reserva qualquer critério político
ou de utilidade social para decidir se atuarão ou não. Não contam com nenhuma
disponibilidade, ao contrário, vale o dever de persecução e acusação. Assim, diante
da notícia de uma infração penal, da mesma forma que as autoridades policiais têm
a obrigação de proceder à apuração do fato delituoso, ao órgão do Ministério Público
se impõe o dever de oferecer denúncia caso visualize elementos de informação
quanto à existência de fato típico, ilícito e culpável, além da presença das condições
da ação penal e de justa causa para a deflagração do processo criminal.
Para grande parte da doutrina, o princípio da obrigatoriedade não tem status
constitucional, sendo extraído do art. 24 do CPP, segundo o qual “nos crimes de
ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas
dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de
representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo”.
Na mesma linha, o art. 30 do CPPM estabelece que a denúncia deve ser
apresentada sempre que houver: a) prova de fato que, em tese, constitua crime;
b) indícios de autoria.
“O legislador prevê alguns mecanismos para a fiscalização do princípio da
obrigatoriedade:
a) art. 28 do CPP: em sua redação original, leia-se, antes da Lei n. 13.964/19,
impunha ao juiz o exercício da função anômala de fiscal do princípio da
obrigatoriedade, podendo remeter os autos do inquérito policial ao Procurador-Geral
de Justiça caso não concordasse com a promoção de arquivamento formulada pelo
Promotor de Justiça;
b) ação penal privada subsidiária da pública: nada mais é do que uma
importante forma de controle da inércia ministerial.

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A obrigatoriedade de oferecer a denúncia não significa que, em sede de


alegações orais (ou de memoriais), o Ministério Público esteja sempre obrigado a
pedir a condenação do acusado. Afinal, ao Parquet também incumbe a tutela de
interesses individuais indisponíveis, como a liberdade de locomoção. Logo, como ao
Estado não interessa uma sentença injusta, nem tampouco a condenação de um
inocente, provada sua inocência, ou caso as provas coligidas não autorizem um
juízo de certeza acerca de sua culpabilidade, deve o Promotor de Justiça manifestar-
se no sentido de sua absolvição. A propósito, o art. 385 do CPP dispõe que, nos
crimes de ação pública, o juiz poderá proferir sentença condenatória, ainda que o
Ministério Público tenha opinado pela absolvição

B) O princípio da obrigatoriedade vincula o Ministério Público de


oferecer denunciar e, em sede de alegações finais, pedir a condenação do
acusado. (errado)

Nas palavras de Renato Brasileiro (p. 323-324, 2020), de acordo com o


princípio da obrigatoriedade da ação penal pública, também denominado de
legalidade processual, cada vez mais questionado no âmbito do próprio Ministério
Público, aos órgãos persecutórios criminais não se reserva qualquer critério político
ou de utilidade social para decidir se atuarão ou não. Não contam com nenhuma
disponibilidade, ao contrário, vale o dever de persecução e acusação. Assim, diante
da notícia de uma infração penal, da mesma forma que as autoridades policiais têm
a obrigação de proceder à apuração do fato delituoso, ao órgão do Ministério Público
se impõe o dever de oferecer denúncia caso visualize elementos de informação
quanto à existência de fato típico, ilícito e culpável, além da presença das condições
da ação penal e de justa causa para a deflagração do processo criminal.
A obrigatoriedade de oferecer a denúncia não significa que, em sede de
alegações orais (ou de memoriais), o Ministério Público esteja sempre obrigado a
pedir a condenação do acusado. Afinal, ao Parquet também incumbe a tutela de
interesses individuais indisponíveis, como a liberdade de locomoção. Logo, como ao
Estado não interessa uma sentença injusta, nem tampouco a condenação de um
inocente, provada sua inocência, ou caso as provas coligidas não autorizem um
juízo de certeza acerca de sua culpabilidade, deve o Promotor de Justiça manifestar-
se no sentido de sua absolvição. A propósito, o art. 385 do CPP dispõe que, nos
crimes de ação pública, o juiz poderá proferir sentença condenatória, ainda que o
Ministério Público tenha opinado pela absolvição.

C) Mesmo se tratando de infrações de menor potencial ofensivo,


quando tiver lastro probatório suficiente para o oferecimento da denuncia,
o Ministério Público está obrigado a fazê-lo, pelo princpio da
obrigatoriedade. (errado)

Nas palavras de Renato Brasileiro (p. 323-324, 2020), de acordo com o


princípio da obrigatoriedade da ação penal pública, também denominado de
legalidade processual, cada vez mais questionado no âmbito do próprio Ministério
Público, aos órgãos persecutórios criminais não se reserva qualquer critério político
ou de utilidade social para decidir se atuarão ou não. Não contam com nenhuma

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disponibilidade, ao contrário, vale o dever de persecução e acusação. Assim, diante


da notícia de uma infração penal, da mesma forma que as autoridades policiais têm
a obrigação de proceder à apuração do fato delituoso, ao órgão do Ministério Público
se impõe o dever de oferecer denúncia caso visualize elementos de informação
quanto à existência de fato típico, ilícito e culpável, além da presença das condições
da ação penal e de justa causa para a deflagração do processo criminal.
Se a regra, em sede de ação penal pública, é o princípio da obrigatoriedade,
algumas exceções merecem ser lembradas:

a) transação penal: em se tratando de infrações de menor potencial


ofensivo, ainda que haja lastro probatório suficiente para o oferecimento de
denúncia, desde que o autor do fato delituoso preencha os requisitos objetivos e
subjetivos do art. 76 da Lei nº 9.099/95, ao invés de o Ministério Público oferecer
denúncia, deve propor a transação penal, com a aplicação imediata de penas
restritivas de direitos ou multa. Nessa hipótese, há uma mitigação do princípio da
obrigatoriedade, comumente chamada pela doutrina de princípio da
discricionariedade regrada ou princípio da obrigatoriedade mitigada.

D) Diante da notícia de uma infração penal, da mesma forma que as


autoridades policiais possuem a obrigação de proceder à apuração do fato,
o Ministério Público tem o dever de oferecer denuncia independente de
visualizar elementos de informação quando à existência de fato típico,
antijurídico e culpável, que deve ser apurado ao longo da instrução
probatória. (errado)
Nas palavras de Renato Brasileiro (p. 323-324, 2020), de acordo com o
princípio da obrigatoriedade da ação penal pública, também denominado de
legalidade processual, cada vez mais questionado no âmbito do próprio Ministério
Público, aos órgãos persecutórios criminais não se reserva qualquer critério político
ou de utilidade social para decidir se atuarão ou não. Não contam com nenhuma
disponibilidade, ao contrário, vale o dever de persecução e acusação. Assim, diante
da notícia de uma infração penal, da mesma forma que as autoridades policiais têm
a obrigação de proceder à apuração do fato delituoso, ao órgão do Ministério Público
se impõe o dever de oferecer denúncia caso visualize elementos de informação
quanto à existência de fato típico, ilícito e culpável, além da presença das condições
da ação penal e de justa causa para a deflagração do processo criminal


12. Em relação ao princípio da obrigatoriedade, pode-se afirmar que:

A) Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério Público nos casos
em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, oral ou por escrito, informações sobre o
fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção.
B) O Ministério Público tem que visualizar elementos de informação quanto existência
de fato típico, ilícito e culpável, além da presença das condições da ação penal e de justa
causa para a deflagração do processo criminal
C) Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério Público nos casos
em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, oral ou por escrito, informações sobre o
fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção.

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D) Se reserva a critérios políticos ou de utilidade social para decidir se o Ministério


Público irá atuar, ou não.

GABARITO: LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério


Público nos casos em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, oral ou por
escrito, informações sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar
e os elementos de convicção. (errado)
Errado. Somente por escrito. Art 27 CPP.

B) O Ministério Público tem que visualizar elementos de informação


quanto existência de fato típico, ilícito e culpável, além da presença das
condições da ação penal e de justa causa para a deflagração do processo
criminal. (certo)
Certo. Mesmo diante do princípio da obrigatoriedade, é necessário visualizar
elementos quanto a existência de fato típico, ilícito e culpável.

C) Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério


Público nos casos em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, oral ou por
escrito, informações sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar
e os elementos de convicção. (errado)
Errado. Somente por escrito. Art 27 CPP.

D) Se reserva a critérios políticos ou de utilidade social para decidir


se o Ministério Público irá atuar, ou não. (errado)
Errado. Não se usam critérios como os descritos.

SOLUÇÃO COMPLETA

A) Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério


Público nos casos em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, oral ou por
escrito, informações sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar
e os elementos de convicção. (errado)
Nas palavras de Renato Brasileiro (p. 323-324, 2020), de acordo com o
princípio da obrigatoriedade da ação penal pública, também denominado de
legalidade processual, cada vez mais questionado no âmbito do próprio Ministério
Público, aos órgãos persecutórios criminais não se reserva qualquer critério político
ou de utilidade social para decidir se atuarão ou não. Não contam com nenhuma
disponibilidade, ao contrário, vale o dever de persecução e acusação. Assim, diante
da notícia de uma infração penal, da mesma forma que as autoridades policiais têm
a obrigação de proceder à apuração do fato delituoso, ao órgão do Ministério Público
se impõe o dever de oferecer denúncia caso visualize elementos de informação

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quanto à existência de fato típico, ilícito e culpável, além da presença das condições
da ação penal e de justa causa para a deflagração do processo criminal.
Uma das repercussões legais do princípio da obrigatoriedade está prevista no
Código de Processo Penal em:

Art. 27. Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério


Público, nos casos em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, por escrito,
informações sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos
de convicção.

B) O Ministério Público tem que visualizar elementos de informação


quanto existência de fato típico, ilícito e culpável, além da presença das
condições da ação penal e de justa causa para a deflagração do processo
criminal. (certo)
Nas palavras de Renato Brasileiro (p. 323-324, 2020), de acordo com o
princípio da obrigatoriedade da ação penal pública, também denominado de
legalidade processual, cada vez mais questionado no âmbito do próprio Ministério
Público, aos órgãos persecutórios criminais não se reserva qualquer critério político
ou de utilidade social para decidir se atuarão ou não. Não contam com nenhuma
disponibilidade, ao contrário, vale o dever de persecução e acusação. Assim, diante
da notícia de uma infração penal, da mesma forma que as autoridades policiais têm
a obrigação de proceder à apuração do fato delituoso, ao órgão do Ministério Público
se impõe o dever de oferecer denúncia caso visualize elementos de informação
quanto à existência de fato típico, ilícito e culpável, além da presença das condições
da ação penal e de justa causa para a deflagração do processo criminal

C) Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério


Público nos casos em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, oral ou por
escrito, informações sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar
e os elementos de convicção. (errado)
Nas palavras de Renato Brasileiro (p. 323-324, 2020), de acordo com o
princípio da obrigatoriedade da ação penal pública, também denominado de
legalidade processual, cada vez mais questionado no âmbito do próprio Ministério
Público, aos órgãos persecutórios criminais não se reserva qualquer critério político
ou de utilidade social para decidir se atuarão ou não. Não contam com nenhuma
disponibilidade, ao contrário, vale o dever de persecução e acusação. Assim, diante
da notícia de uma infração penal, da mesma forma que as autoridades policiais têm
a obrigação de proceder à apuração do fato delituoso, ao órgão do Ministério Público
se impõe o dever de oferecer denúncia caso visualize elementos de informação
quanto à existência de fato típico, ilícito e culpável, além da presença das condições
da ação penal e de justa causa para a deflagração do processo criminal.
Veja uma das repercussões legais do princípio da obrigatoriedade:

Art. 27. Qualquer pessoa do povo poderá provocar a


iniciativa do Ministério Público, nos casos em que caiba a ação
pública, fornecendo-lhe, por escrito, informações sobre o fato e a
autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção.

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D) Se reserva a critérios políticos ou de utilidade social para decidir


se o Ministério Público irá atuar, ou não. (errado)
Nas palavras de Renato Brasileiro (p. 323-324, 2020), de acordo com o
princípio da obrigatoriedade da ação penal pública, também denominado de
legalidade processual, cada vez mais questionado no âmbito do próprio
Ministério Público, aos órgãos persecutórios criminais não se reserva
qualquer critério político ou de utilidade social para decidir se atuarão ou
não. Não contam com nenhuma disponibilidade, ao contrário, vale o dever de
persecução e acusação. Assim, diante da notícia de uma infração penal, da mesma
forma que as autoridades policiais têm a obrigação de proceder à apuração do fato
delituoso, ao órgão do Ministério Público se impõe o dever de oferecer denúncia
caso visualize elementos de informação quanto à existência de fato típico, ilícito e
culpável, além da presença das condições da ação penal e de justa causa para a
deflagração do processo criminal


13. Assinale a opção incorreta:

A) A legitimidade para o oferecimento da representação possui o mesmo regime jurídico
de titularidade para oferecimento de queixa crime.
B) O direito de queixa pode ser exercido pessoalmente ou por procurador com poderes
especiais, obrigatoriamente na figura de um advogado.
C) as fundações, associações ou sociedades legalmente constituídas poderão exercer seu
direito de representação, devendo ser representadas por quem os respectivos contratos
ou estatutos designarem ou, no silêncio destes, pelos seus diretores ou sócios-gerentes
D) Caso o cônjuge não possua interesse, o direito de representação passará ao
ascendente.

GABARITO: LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) A legitimidade para o oferecimento da representação possui o


mesmo regime jurídico de titularidade para oferecimento de queixa crime.
(errado)
Certa. Seguem os mesmos pressupostos.

B) O direito de queixa pode ser exercido pessoalmente ou por


procurador com poderes especiais, obrigatoriamente na figura de um
advogado. (certo)
Errada, devendo ser assinalada como gabarito. Art 39 CPP. Não precisa ser
um profissional na advocacia.

C) as fundações, associações ou sociedades legalmente constituídas


poderão exercer seu direito de representação, devendo ser representadas
por quem os respectivos contratos ou estatutos designarem ou, no silêncio
destes, pelos seus diretores ou sócios-gerentes. (errado)

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Certa. art 37 CPP por interpretação extensiva

D) Caso o cônjuge não possua interesse, o direito de representação


passará ao ascendente. (errado)
Certa. O direito de representação, em ausência do ofendido, decai pela ordem:
cônjuge (ou companheiro), ascendente, descendente e irmão.

SOLUÇÃO COMPLETA

A) A legitimidade para o oferecimento da representação possui o


mesmo regime jurídico de titularidade para oferecimento de queixa crime.
(errado)
Primeiramente, veja o que preceitua o Código de Processo Penal:

Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por
denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir,
de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido
ou de quem tiver qualidade para representá-lo.

Em caso de ausência do ofendido, observe:

Art. 24, § 1o No caso de morte do ofendido ou quando declarado


ausente por decisão judicial, o direito de representação passará ao
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.

Nesse sentido, fica claro que a ordem preferencial trazida pelo artigo
supracitado traz a qualidade de quem pode representar o ofendido, caso o mesmo
esteja ausente.

Veja agora o que traz a doutrina de Renato Brasileiro em relação à


legitimidade:

A legitimidade para o oferecimento da representação possui o mesmo regime


jurídico da titularidade para o oferecimento da queixa-crime.
Como deixa entrever o art. 39 do CPP, o direito de representação poderá ser
exercido, pessoalmente, ou por procurador com poderes especiais. Esse procurador
a que se refere o art. 39 do CPP não precisa ser um profissional da advocacia. A
procuração, por sua vez, deve conter poderes especiais, fixando-se a
responsabilidade do mandante e do mandatário.
Em regra, o titular da representação é o ofendido. Porém, há situações
específicas que merecem especial atenção:
a) ofendido com 18 (dezoito) anos de idade, que não seja mentalmente
enfermo ou retardado mental: tem capacidade plena para exercer o direito de
representação. De acordo com o art. 5º do Código Civil, a menoridade cessa aos 18
(dezoito) anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos
da vida civil. Logo, o direito de representação já pode ser exercido pelo ofendido,
independentemente de representação, já que não se pode falar em representante

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legal de uma pessoa capaz. A partir dos 18 (dezoito) anos, o ofendido já conta com
legitimidade exclusiva para oferecer representação, em crime de ação penal pública
condicionada à representação, ou para oferecer queixa, em infração penal de
iniciativa privada. Essa capacidade processual autônoma do ofendido com 18
(dezoito) anos é confirmada pela Lei nº 10.792/03, que revogou o art. 194 do CPP,
o qual previa a necessidade de nomeação de curador para o ofendido com idade
entre 18 (dezoito) e 21 (vinte e um) anos de idade.75 Até a vigência do novo Código
Civil, a sistemática do CPP em relação ao ofendido maior de 18 (dezoito) e menor
de 21 (vinte e um) anos era de legitimidade concorrente, nos termos do art. 34 do
CPP. Esse o motivo pelo qual a
queixa e outros institutos como o perdão e a renúncia poderiam ser feitos tanto
pela vítima quanto por seu representante legal, já que era ela considerada
relativamente capaz para a prática dos atos da vida civil. Por isso, aliás, foi editada
a súmula nº 594 do Supremo (“os direitos de queixa e de representação podem ser
exercidos, independentemente, pelo ofendido ou por seu representante
legal”). Na mesma linha, o parágrafo único do art. 50 do CPP também dispunha que
a renúncia do representante legal do menor que houver completado 18 (dezoito)
anos não privará este do direito de queixa, nem a renúncia do último excluirá o
direito do primeiro, o que confirma que, a partir dos 18 (dezoito) anos, o direito do
ofendido e de seu representante legal eram autônomos, daí por que a renúncia de
um não prejudicaria o direito do outro, pelo menos até que a vítima atingisse a
idade de 21 (vinte e um) anos. Com o art. 5º do Código Civil, e a revogação do art.
194 do CPP pela Lei nº 10.792/03, entende-se que, ao completar 18 (dezoito) anos,
a vítima já é plenamente capaz, não havendo mais a possibilidade de o direito de
representação ou de queixa ser exercido por seu ascendente, já que este não é
mais seu representante legal. Conclui-se, então, que os arts. 34 e 50, parágrafo
único, ambos do CPP, e igualmente a súmula 594 do STF, estão tacitamente
revogados, não tendo mais qualquer aplicação prática;

b) ofendido com menos de 18 (dezoito) anos, mentalmente enfermo ou


retardado mental: o direito de representação será exercido por seu representante
legal. Devido ao informalismo que impera em sede de representação, a
jurisprudência entende que qualquer pessoa que, de alguma forma, seja
responsável pelo menor, poderá oferecer a representação, tais como avós, irmãos,
pessoa de que dependa economicamente, etc.
c) ofendido menor de 18 (dezoito) anos, mentalmente enfermo, ou retardado
mental, que não tenha representante legal, ou havendo colidência de interesses:
nessa hipótese, o direito de queixa ou de representação poderá ser exercido por
curador especial, nomeado, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, pelo
juiz competente para o processo penal (CPP, art. 33, por interpretação
extensiva).76 Esse curador especial nomeado pelo juiz não é obrigado a oferecer
representação ou queixa, pois, se assim fosse, o juiz estaria promovendo a
persecução penal. Cabe a ele, na verdade, avaliar a conveniência e a oportunidade
de agir, só o fazendo se julgar oportuno aos interesses do menor, do mentalmente
enfermo ou do retardado mental. Quando o curador especial oferece a
representação ou a queixa, age em nome próprio na defesa de interesse alheio.
Cuida-se, portanto, de hipótese de legitimação extraordinária ou substituição
processual.

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d) pessoa jurídica: as fundações, associações ou sociedades legalmente


constituídas poderão exercer seu direito de representação, devendo ser
representadas por quem os respectivos contratos ou estatutos designarem ou, no
silêncio destes, pelos seus diretores ou sócios-gerentes (CPP, art. 37, por
interpretação extensiva);
e) ofendido maior de 16 (dezesseis) e menor de 18 (dezoito) anos casado:
segundo o art. 1.517 do Código Civil, após os 16 (dezesseis) anos, os menores
podem se casar com autorização dos pais ou responsáveis legais, vindo a adquirir
a capacidade civil plena. A despeito da aquisição da capacidade civil plena, entende-
se que este ainda não é dotado de capacidade para oferecer representação ou
queixa. Como ele não pode exercer seu direito pessoalmente, não possuindo
representante legal por conta da emancipação, há duas possibilidades:
1) nomeação de curador especial, nos termos do art. 33 do CPP;
2) aguarda-se que atinja a idade de 18 (dezoito) anos, quando, então, poderá
exercer seu direito de queixa ou de representação. Nesse caso, não há falar em
decadência, porquanto o prazo decadencial não flui para aquele que não pode
exercer seu direito por conta da incapacidade. Esse mesmo raciocínio é aplicável às
demais hipóteses de emancipação.
f) morte da vítima: no caso de morte do ofendido ou quando declarado
ausente por decisão judicial, a lei prevê especial hipótese de legitimação anômala,
sendo que o direito de oferecer queixa ou representação ou de prosseguir na ação
penal de iniciativa privada passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
É o que se denomina de sucessão processual, prevista no art. 24, § 1º (sucessão
nos casos de representação) e no art. 31 (sucessão processual na ação penal de
iniciativa privada). Há, aí, uma ordem de preferência: primeiro cônjuge, depois
ascendente, sucessivamente.
Caso o cônjuge não possua interesse, o direito de representação ou de queixa-
crime passará ao ascendente e, assim, sucessivamente. No entanto, na hipótese de
sucessão processual em queixa-crime, qualquer um dos sucessores poderá
prosseguir no processo já instaurado, caso o querelante (v.g., o cônjuge) desista
ou abandone a instância (CPP, art. 36). Havendo divergência entre os sucessores,
prevalece a vontade daquele que deseja dar início à persecução criminal. Por força
do disposto no art. 226, § 3º, da Constituição Federal, grande parte da doutrina
insere no rol dos sucessores o companheiro. Logo, a ordem seria cônjuge (ou
companheiro), ascendente descendente ou irmão. Há, inclusive, precedente da
Corte Especial do STJ nesse sentido.78 A nosso ver, não se pode incluir o
companheiro nesse rol, sob pena de indevida analogia in malam partem.
A inclusão do companheiro ou da companheira nesse rol de sucessores produz
reflexos no direito de punir do Estado, já que, quanto menos sucessores existirem,
maior é a possibilidade de que onão exercício do direito de representação ou de
queixa no prazo legal acarrete a extinção da punibilidade pela decadência. Portanto,
cuidando-se de regra de direito material, não se pode querer incluir o companheiro,
sob pena de indevida analogia in malam partem, malferindo o princípio da
legalidade (CF, art. 5º, XXXIX).

B) O direito de queixa pode ser exercido pessoalmente ou por


procurador com poderes especiais, obrigatoriamente na figura de um
advogado. (certo)

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Primeiramente, veja o que preceitua o Código de Processo Penal:

Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por
denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir,
de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido
ou de quem tiver qualidade para representá-lo.

Em caso de ausência do ofendido, observe:

Art. 24, § 1o No caso de morte do ofendido ou quando declarado


ausente por decisão judicial, o direito de representação passará ao
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.

Nesse sentido, fica claro que a ordem preferencial trazida pelo artigo
supracitado traz a qualidade de quem pode representar o ofendido, caso o mesmo
esteja ausente.

Veja agora o que traz a doutrina de Renato Brasileiro em relação à


legitimidade:

A legitimidade para o oferecimento da representação possui o mesmo regime


jurídico da titularidade para o oferecimento da queixa-crime.
Como deixa entrever o art. 39 do CPP, o direito de representação poderá ser
exercido, pessoalmente, ou por procurador com poderes especiais. Esse procurador
a que se refere o art. 39 do CPP não precisa ser um profissional da advocacia. A
procuração, por sua vez, deve conter poderes especiais, fixando-se a
responsabilidade do mandante e do mandatário.
Em regra, o titular da representação é o ofendido. Porém, há situações
específicas que merecem especial atenção:
a) ofendido com 18 (dezoito) anos de idade, que não seja mentalmente
enfermo ou retardado mental: tem capacidade plena para exercer o direito de
representação. De acordo com o art. 5º do Código Civil, a menoridade cessa aos 18
(dezoito) anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos
da vida civil. Logo, o direito de representação já pode ser exercido pelo ofendido,
independentemente de representação, já que não se pode falar em representante
legal de uma pessoa capaz. A partir dos 18 (dezoito) anos, o ofendido já conta com
legitimidade exclusiva para oferecer representação, em crime de ação penal pública
condicionada à representação, ou para oferecer queixa, em infração penal de
iniciativa privada. Essa capacidade processual autônoma do ofendido com 18
(dezoito) anos é confirmada pela Lei nº 10.792/03, que revogou o art. 194 do CPP,
o qual previa a necessidade de nomeação de curador para o ofendido com idade
entre 18 (dezoito) e 21 (vinte e um) anos de idade.75 Até a vigência do novo Código
Civil, a sistemática do CPP em relação ao ofendido maior de 18 (dezoito) e menor
de 21 (vinte e um) anos era de legitimidade concorrente, nos termos do art. 34 do
CPP. Esse o motivo pelo qual a
queixa e outros institutos como o perdão e a renúncia poderiam ser feitos tanto
pela vítima quanto por seu representante legal, já que era ela considerada
relativamente capaz para a prática dos atos da vida civil. Por isso, aliás, foi editada

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a súmula nº 594 do Supremo (“os direitos de queixa e de representação podem ser


exercidos, independentemente, pelo ofendido ou por seu representante
legal”). Na mesma linha, o parágrafo único do art. 50 do CPP também dispunha que
a renúncia do representante legal do menor que houver completado 18 (dezoito)
anos não privará este do direito de queixa, nem a renúncia do último excluirá o
direito do primeiro, o que confirma que, a partir dos 18 (dezoito) anos, o direito do
ofendido e de seu representante legal eram autônomos, daí por que a renúncia de
um não prejudicaria o direito do outro, pelo menos até que a vítima atingisse a
idade de 21 (vinte e um) anos. Com o art. 5º do Código Civil, e a revogação do art.
194 do CPP pela Lei nº 10.792/03, entende-se que, ao completar 18 (dezoito) anos,
a vítima já é plenamente capaz, não havendo mais a possibilidade de o direito de
representação ou de queixa ser exercido por seu ascendente, já que este não é
mais seu representante legal. Conclui-se, então, que os arts. 34 e 50, parágrafo
único, ambos do CPP, e igualmente a súmula 594 do STF, estão tacitamente
revogados, não tendo mais qualquer aplicação prática;

b) ofendido com menos de 18 (dezoito) anos, mentalmente enfermo ou


retardado mental: o direito de representação será exercido por seu representante
legal. Devido ao informalismo que impera em sede de representação, a
jurisprudência entende que qualquer pessoa que, de alguma forma, seja
responsável pelo menor, poderá oferecer a representação, tais como avós, irmãos,
pessoa de que dependa economicamente, etc.
c) ofendido menor de 18 (dezoito) anos, mentalmente enfermo, ou retardado
mental, que não tenha representante legal, ou havendo colidência de interesses:
nessa hipótese, o direito de queixa ou de representação poderá ser exercido por
curador especial, nomeado, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, pelo
juiz competente para o processo penal (CPP, art. 33, por interpretação
extensiva).76 Esse curador especial nomeado pelo juiz não é obrigado a oferecer
representação ou queixa, pois, se assim fosse, o juiz estaria promovendo a
persecução penal. Cabe a ele, na verdade, avaliar a conveniência e a oportunidade
de agir, só o fazendo se julgar oportuno aos interesses do menor, do mentalmente
enfermo ou do retardado mental. Quando o curador especial oferece a
representação ou a queixa, age em nome próprio na defesa de interesse alheio.
Cuida-se, portanto, de hipótese de legitimação extraordinária ou substituição
processual.
d) pessoa jurídica: as fundações, associações ou sociedades legalmente
constituídas poderão exercer seu direito de representação, devendo ser
representadas por quem os respectivos contratos ou estatutos designarem ou, no
silêncio destes, pelos seus diretores ou sócios-gerentes (CPP, art. 37, por
interpretação extensiva);
e) ofendido maior de 16 (dezesseis) e menor de 18 (dezoito) anos casado:
segundo o art. 1.517 do Código Civil, após os 16 (dezesseis) anos, os menores
podem se casar com autorização dos pais ou responsáveis legais, vindo a adquirir
a capacidade civil plena. A despeito da aquisição da capacidade civil plena, entende-
se que este ainda não é dotado de capacidade para oferecer representação ou
queixa. Como ele não pode exercer seu direito pessoalmente, não possuindo
representante legal por conta da emancipação, há duas possibilidades:
1) nomeação de curador especial, nos termos do art. 33 do CPP;

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2) aguarda-se que atinja a idade de 18 (dezoito) anos, quando, então, poderá


exercer seu direito de queixa ou de representação. Nesse caso, não há falar em
decadência, porquanto o prazo decadencial não flui para aquele que não pode
exercer seu direito por conta da incapacidade. Esse mesmo raciocínio é aplicável às
demais hipóteses de emancipação.
f) morte da vítima: no caso de morte do ofendido ou quando declarado
ausente por decisão judicial, a lei prevê especial hipótese de legitimação anômala,
sendo que o direito de oferecer queixa ou representação ou de prosseguir na ação
penal de iniciativa privada passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
É o que se denomina de sucessão processual, prevista no art. 24, § 1º (sucessão
nos casos de representação) e no art. 31 (sucessão processual na ação penal de
iniciativa privada). Há, aí, uma ordem de preferência: primeiro cônjuge, depois
ascendente, sucessivamente.
Caso o cônjuge não possua interesse, o direito de representação ou de queixa-
crime passará ao ascendente e, assim, sucessivamente. No entanto, na hipótese de
sucessão processual em queixa-crime, qualquer um dos sucessores poderá
prosseguir no processo já instaurado, caso o querelante (v.g., o cônjuge) desista
ou abandone a instância (CPP, art. 36). Havendo divergência entre os sucessores,
prevalece a vontade daquele que deseja dar início à persecução criminal. Por força
do disposto no art. 226, § 3º, da Constituição Federal, grande parte da doutrina
insere no rol dos sucessores o companheiro. Logo, a ordem seria cônjuge (ou
companheiro), ascendente descendente ou irmão. Há, inclusive, precedente da
Corte Especial do STJ nesse sentido.78 A nosso ver, não se pode incluir o
companheiro nesse rol, sob pena de indevida analogia in malam partem.
A inclusão do companheiro ou da companheira nesse rol de sucessores produz
reflexos no direito de punir do Estado, já que, quanto menos sucessores existirem,
maior é a possibilidade de que onão exercício do direito de representação ou de
queixa no prazo legal acarrete a extinção da punibilidade pela decadência. Portanto,
cuidando-se de regra de direito material, não se pode querer incluir o companheiro,
sob pena de indevida analogia in malam partem, malferindo o princípio da
legalidade (CF, art. 5º, XXXIX).

C) as fundações, associações ou sociedades legalmente constituídas


poderão exercer seu direito de representação, devendo ser representadas
por quem os respectivos contratos ou estatutos designarem ou, no silêncio
destes, pelos seus diretores ou sócios-gerentes. (errado)
Primeiramente, veja o que preceitua o Código de Processo Penal:

Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por
denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir,
de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido
ou de quem tiver qualidade para representá-lo.

Em caso de ausência do ofendido, observe:

Art. 24, § 1o No caso de morte do ofendido ou quando declarado


ausente por decisão judicial, o direito de representação passará ao
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.

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Veja agora o que traz a doutrina de Renato Brasileiro em relação à


legitimidade:

A legitimidade para o oferecimento da representação possui o mesmo regime


jurídico da titularidade para o oferecimento da queixa-crime.
Como deixa entrever o art. 39 do CPP, o direito de representação poderá ser
exercido, pessoalmente, ou por procurador com poderes especiais. Esse procurador
a que se refere o art. 39 do CPP não precisa ser um profissional da advocacia. A
procuração, por sua vez, deve conter poderes especiais, fixando-se a
responsabilidade do mandante e do mandatário.
Em regra, o titular da representação é o ofendido. Porém, há situações
específicas que merecem especial atenção:
a) ofendido com 18 (dezoito) anos de idade, que não seja mentalmente
enfermo ou retardado mental: tem capacidade plena para exercer o direito de
representação. De acordo com o art. 5º do Código Civil, a menoridade cessa aos 18
(dezoito) anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos
da vida civil. Logo, o direito de representação já pode ser exercido pelo ofendido,
independentemente de representação, já que não se pode falar em representante
legal de uma pessoa capaz. A partir dos 18 (dezoito) anos, o ofendido já conta com
legitimidade exclusiva para oferecer representação, em crime de ação penal pública
condicionada à representação, ou para oferecer queixa, em infração penal de
iniciativa privada. Essa capacidade processual autônoma do ofendido com 18
(dezoito) anos é confirmada pela Lei nº 10.792/03, que revogou o art. 194 do CPP,
o qual previa a necessidade de nomeação de curador para o ofendido com idade
entre 18 (dezoito) e 21 (vinte e um) anos de idade.75 Até a vigência do novo Código
Civil, a sistemática do CPP em relação ao ofendido maior de 18 (dezoito) e menor
de 21 (vinte e um) anos era de legitimidade concorrente, nos termos do art. 34 do
CPP. Esse o motivo pelo qual a
queixa e outros institutos como o perdão e a renúncia poderiam ser feitos tanto
pela vítima quanto por seu representante legal, já que era ela considerada
relativamente capaz para a prática dos atos da vida civil. Por isso, aliás, foi editada
a súmula nº 594 do Supremo (“os direitos de queixa e de representação podem ser
exercidos, independentemente, pelo ofendido ou por seu representante
legal”). Na mesma linha, o parágrafo único do art. 50 do CPP também dispunha que
a renúncia do representante legal do menor que houver completado 18 (dezoito)
anos não privará este do direito de queixa, nem a renúncia do último excluirá o
direito do primeiro, o que confirma que, a partir dos 18 (dezoito) anos, o direito do
ofendido e de seu representante legal eram autônomos, daí por que a renúncia de
um não prejudicaria o direito do outro, pelo menos até que a vítima atingisse a
idade de 21 (vinte e um) anos. Com o art. 5º do Código Civil, e a revogação do art.
194 do CPP pela Lei nº 10.792/03, entende-se que, ao completar 18 (dezoito) anos,
a vítima já é plenamente capaz, não havendo mais a possibilidade de o direito de
representação ou de queixa ser exercido por seu ascendente, já que este não é
mais seu representante legal. Conclui-se, então, que os arts. 34 e 50, parágrafo
único, ambos do CPP, e igualmente a súmula 594 do STF, estão tacitamente
revogados, não tendo mais qualquer aplicação prática;

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b) ofendido com menos de 18 (dezoito) anos, mentalmente enfermo ou


retardado mental: o direito de representação será exercido por seu representante
legal. Devido ao informalismo que impera em sede de representação, a
jurisprudência entende que qualquer pessoa que, de alguma forma, seja
responsável pelo menor, poderá oferecer a representação, tais como avós, irmãos,
pessoa de que dependa economicamente, etc.
c) ofendido menor de 18 (dezoito) anos, mentalmente enfermo, ou retardado
mental, que não tenha representante legal, ou havendo colidência de interesses:
nessa hipótese, o direito de queixa ou de representação poderá ser exercido por
curador especial, nomeado, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, pelo
juiz competente para o processo penal (CPP, art. 33, por interpretação
extensiva).76 Esse curador especial nomeado pelo juiz não é obrigado a oferecer
representação ou queixa, pois, se assim fosse, o juiz estaria promovendo a
persecução penal. Cabe a ele, na verdade, avaliar a conveniência e a oportunidade
de agir, só o fazendo se julgar oportuno aos interesses do menor, do mentalmente
enfermo ou do retardado mental. Quando o curador especial oferece a
representação ou a queixa, age em nome próprio na defesa de interesse alheio.
Cuida-se, portanto, de hipótese de legitimação extraordinária ou substituição
processual.
d) pessoa jurídica: as fundações, associações ou sociedades legalmente
constituídas poderão exercer seu direito de representação, devendo ser
representadas por quem os respectivos contratos ou estatutos designarem ou, no
silêncio destes, pelos seus diretores ou sócios-gerentes (CPP, art. 37, por
interpretação extensiva);
e) ofendido maior de 16 (dezesseis) e menor de 18 (dezoito) anos casado:
segundo o art. 1.517 do Código Civil, após os 16 (dezesseis) anos, os menores
podem se casar com autorização dos pais ou responsáveis legais, vindo a adquirir
a capacidade civil plena. A despeito da aquisição da capacidade civil plena, entende-
se que este ainda não é dotado de capacidade para oferecer representação ou
queixa. Como ele não pode exercer seu direito pessoalmente, não possuindo
representante legal por conta da emancipação, há duas possibilidades:
1) nomeação de curador especial, nos termos do art. 33 do CPP;
2) aguarda-se que atinja a idade de 18 (dezoito) anos, quando, então, poderá
exercer seu direito de queixa ou de representação. Nesse caso, não há falar em
decadência, porquanto o prazo decadencial não flui para aquele que não pode
exercer seu direito por conta da incapacidade. Esse mesmo raciocínio é aplicável às
demais hipóteses de emancipação.
f) morte da vítima: no caso de morte do ofendido ou quando declarado
ausente por decisão judicial, a lei prevê especial hipótese de legitimação anômala,
sendo que o direito de oferecer queixa ou representação ou de prosseguir na ação
penal de iniciativa privada passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
É o que se denomina de sucessão processual, prevista no art. 24, § 1º (sucessão
nos casos de representação) e no art. 31 (sucessão processual na ação penal de
iniciativa privada). Há, aí, uma ordem de preferência: primeiro cônjuge, depois
ascendente, sucessivamente.
Caso o cônjuge não possua interesse, o direito de representação ou de queixa-
crime passará ao ascendente e, assim, sucessivamente. No entanto, na hipótese de
sucessão processual em queixa-crime, qualquer um dos sucessores poderá

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prosseguir no processo já instaurado, caso o querelante (v.g., o cônjuge) desista


ou abandone a instância (CPP, art. 36). Havendo divergência entre os sucessores,
prevalece a vontade daquele que deseja dar início à persecução criminal. Por força
do disposto no art. 226, § 3º, da Constituição Federal, grande parte da doutrina
insere no rol dos sucessores o companheiro. Logo, a ordem seria cônjuge (ou
companheiro), ascendente descendente ou irmão. Há, inclusive, precedente da
Corte Especial do STJ nesse sentido.78 A nosso ver, não se pode incluir o
companheiro nesse rol, sob pena de indevida analogia in malam partem.
A inclusão do companheiro ou da companheira nesse rol de sucessores produz
reflexos no direito de punir do Estado, já que, quanto menos sucessores existirem,
maior é a possibilidade de que onão exercício do direito de representação ou de
queixa no prazo legal acarrete a extinção da punibilidade pela decadência. Portanto,
cuidando-se de regra de direito material, não se pode querer incluir o companheiro,
sob pena de indevida analogia in malam partem, malferindo o princípio da
legalidade (CF, art. 5º, XXXIX).

D) Caso o cônjuge não possua interesse, o direito de representação


passará ao ascendente. (errado)
Primeiramente, veja o que preceitua o Código de Processo Penal:

Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por
denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir,
de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido
ou de quem tiver qualidade para representá-lo.

Em caso de ausência do ofendido, observe:

Art. 24, § 1o No caso de morte do ofendido ou quando declarado


ausente por decisão judicial, o direito de representação passará ao
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.

Veja agora o que traz a doutrina de Renato Brasileiro em relação à


legitimidade:

A legitimidade para o oferecimento da representação possui o mesmo regime


jurídico da titularidade para o oferecimento da queixa-crime.
Como deixa entrever o art. 39 do CPP, o direito de representação poderá ser
exercido, pessoalmente, ou por procurador com poderes especiais. Esse procurador
a que se refere o art. 39 do CPP não precisa ser um profissional da advocacia. A
procuração, por sua vez, deve conter poderes especiais, fixando-se a
responsabilidade do mandante e do mandatário.
Em regra, o titular da representação é o ofendido. Porém, há situações
específicas que merecem especial atenção:
a) ofendido com 18 (dezoito) anos de idade, que não seja mentalmente
enfermo ou retardado mental: tem capacidade plena para exercer o direito de
representação. De acordo com o art. 5º do Código Civil, a menoridade cessa aos 18
(dezoito) anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos
da vida civil. Logo, o direito de representação já pode ser exercido pelo ofendido,

MUDE SUA VIDA!


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independentemente de representação, já que não se pode falar em representante


legal de uma pessoa capaz. A partir dos 18 (dezoito) anos, o ofendido já conta com
legitimidade exclusiva para oferecer representação, em crime de ação penal pública
condicionada à representação, ou para oferecer queixa, em infração penal de
iniciativa privada. Essa capacidade processual autônoma do ofendido com 18
(dezoito) anos é confirmada pela Lei nº 10.792/03, que revogou o art. 194 do CPP,
o qual previa a necessidade de nomeação de curador para o ofendido com idade
entre 18 (dezoito) e 21 (vinte e um) anos de idade.75 Até a vigência do novo Código
Civil, a sistemática do CPP em relação ao ofendido maior de 18 (dezoito) e menor
de 21 (vinte e um) anos era de legitimidade concorrente, nos termos do art. 34 do
CPP. Esse o motivo pelo qual a
queixa e outros institutos como o perdão e a renúncia poderiam ser feitos tanto
pela vítima quanto por seu representante legal, já que era ela considerada
relativamente capaz para a prática dos atos da vida civil. Por isso, aliás, foi editada
a súmula nº 594 do Supremo (“os direitos de queixa e de representação podem ser
exercidos, independentemente, pelo ofendido ou por seu representante
legal”). Na mesma linha, o parágrafo único do art. 50 do CPP também dispunha que
a renúncia do representante legal do menor que houver completado 18 (dezoito)
anos não privará este do direito de queixa, nem a renúncia do último excluirá o
direito do primeiro, o que confirma que, a partir dos 18 (dezoito) anos, o direito do
ofendido e de seu representante legal eram autônomos, daí por que a renúncia de
um não prejudicaria o direito do outro, pelo menos até que a vítima atingisse a
idade de 21 (vinte e um) anos. Com o art. 5º do Código Civil, e a revogação do art.
194 do CPP pela Lei nº 10.792/03, entende-se que, ao completar 18 (dezoito) anos,
a vítima já é plenamente capaz, não havendo mais a possibilidade de o direito de
representação ou de queixa ser exercido por seu ascendente, já que este não é
mais seu representante legal. Conclui-se, então, que os arts. 34 e 50, parágrafo
único, ambos do CPP, e igualmente a súmula 594 do STF, estão tacitamente
revogados, não tendo mais qualquer aplicação prática;

b) ofendido com menos de 18 (dezoito) anos, mentalmente enfermo ou


retardado mental: o direito de representação será exercido por seu representante
legal. Devido ao informalismo que impera em sede de representação, a
jurisprudência entende que qualquer pessoa que, de alguma forma, seja
responsável pelo menor, poderá oferecer a representação, tais como avós, irmãos,
pessoa de que dependa economicamente, etc.
c) ofendido menor de 18 (dezoito) anos, mentalmente enfermo, ou retardado
mental, que não tenha representante legal, ou havendo colidência de interesses:
nessa hipótese, o direito de queixa ou de representação poderá ser exercido por
curador especial, nomeado, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, pelo
juiz competente para o processo penal (CPP, art. 33, por interpretação
extensiva).76 Esse curador especial nomeado pelo juiz não é obrigado a oferecer
representação ou queixa, pois, se assim fosse, o juiz estaria promovendo a
persecução penal. Cabe a ele, na verdade, avaliar a conveniência e a oportunidade
de agir, só o fazendo se julgar oportuno aos interesses do menor, do mentalmente
enfermo ou do retardado mental. Quando o curador especial oferece a
representação ou a queixa, age em nome próprio na defesa de interesse alheio.

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Cuida-se, portanto, de hipótese de legitimação extraordinária ou substituição


processual.
d) pessoa jurídica: as fundações, associações ou sociedades legalmente
constituídas poderão exercer seu direito de representação, devendo ser
representadas por quem os respectivos contratos ou estatutos designarem ou, no
silêncio destes, pelos seus diretores ou sócios-gerentes (CPP, art. 37, por
interpretação extensiva);
e) ofendido maior de 16 (dezesseis) e menor de 18 (dezoito) anos casado:
segundo o art. 1.517 do Código Civil, após os 16 (dezesseis) anos, os menores
podem se casar com autorização dos pais ou responsáveis legais, vindo a adquirir
a capacidade civil plena. A despeito da aquisição da capacidade civil plena, entende-
se que este ainda não é dotado de capacidade para oferecer representação ou
queixa. Como ele não pode exercer seu direito pessoalmente, não possuindo
representante legal por conta da emancipação, há duas possibilidades:
1) nomeação de curador especial, nos termos do art. 33 do CPP;
2) aguarda-se que atinja a idade de 18 (dezoito) anos, quando, então, poderá
exercer seu direito de queixa ou de representação. Nesse caso, não há falar em
decadência, porquanto o prazo decadencial não flui para aquele que não pode
exercer seu direito por conta da incapacidade. Esse mesmo raciocínio é aplicável às
demais hipóteses de emancipação.
f) morte da vítima: no caso de morte do ofendido ou quando declarado
ausente por decisão judicial, a lei prevê especial hipótese de legitimação anômala,
sendo que o direito de oferecer queixa ou representação ou de prosseguir na ação
penal de iniciativa privada passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
É o que se denomina de sucessão processual, prevista no art. 24, § 1º (sucessão
nos casos de representação) e no art. 31 (sucessão processual na ação penal de
iniciativa privada). Há, aí, uma ordem de preferência: primeiro cônjuge, depois
ascendente, sucessivamente.
Caso o cônjuge não possua interesse, o direito de representação ou de queixa-
crime passará ao ascendente e, assim, sucessivamente. No entanto, na hipótese de
sucessão processual em queixa-crime, qualquer um dos sucessores poderá
prosseguir no processo já instaurado, caso o querelante (v.g., o cônjuge) desista
ou abandone a instância (CPP, art. 36). Havendo divergência entre os sucessores,
prevalece a vontade daquele que deseja dar início à persecução criminal. Por força
do disposto no art. 226, § 3º, da Constituição Federal, grande parte da doutrina
insere no rol dos sucessores o companheiro. Logo, a ordem seria cônjuge (ou
companheiro), ascendente descendente ou irmão. Há, inclusive, precedente da
Corte Especial do STJ nesse sentido.78 A nosso ver, não se pode incluir o
companheiro nesse rol, sob pena de indevida analogia in malam partem.
A inclusão do companheiro ou da companheira nesse rol de sucessores produz
reflexos no direito de punir do Estado, já que, quanto menos sucessores existirem,
maior é a possibilidade de que onão exercício do direito de representação ou de
queixa no prazo legal acarrete a extinção da punibilidade pela decadência. Portanto,
cuidando-se de regra de direito material, não se pode querer incluir o companheiro,
sob pena de indevida analogia in malam partem, malferindo o princípio da
legalidade (CF, art. 5º, XXXIX).

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14. São legitimados para exercer a representação nas ações condicionadas, exceto:

A) O próprio ofendido
B) Pai e mãe do ofendido
C) Namorada(o) do ofendido
D) Filhos do ofendido

GABARITO: LETRA C

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) O próprio ofendido (Errado)


Certo, não devendo ser assinalada como gabarito. Art 24. CPP

B) Pai e mãe do ofendido (Errado)


Certo, não devendo ser assinalada como gabarito. Art 24. CPP

C) Namorada(o) do ofendido
Errado, devendo ser assinalada como gabarito. Art 24 §1 cpp

D) Filhos do ofendido (Errado)


Certo, não devendo ser assinalada como gabarito. Art 24. CPP

SOLUÇÃO COMPLETA

A) O próprio ofendido (Errado)


Primeiramente, veja o que preceitua o Código de Processo Penal:

Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por
denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir,
de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido
ou de quem tiver qualidade para representá-lo.

Em caso de ausência do ofendido, observe:

Art. 24, § 1o No caso de morte do ofendido ou quando declarado


ausente por decisão judicial, o direito de representação passará ao
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.

Veja agora o que traz a doutrina de Renato Brasileiro em relação à


legitimidade:

morte da vítima: no caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente


por decisão judicial, a lei prevê especial hipótese de legitimação anômala, sendo
que o direito de oferecer queixa ou representação ou de prosseguir na ação penal

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de iniciativa privada passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. É o


que se denomina de sucessão processual, prevista no art. 24, § 1º (sucessão nos
casos de representação) e no art. 31 (sucessão processual na ação penal de
iniciativa privada). Há, aí, uma ordem de preferência: primeiro cônjuge, depois
ascendente, sucessivamente.
Caso o cônjuge não possua interesse, o direito de representação ou de queixa-
crime passará ao ascendente e, assim, sucessivamente. No entanto, na hipótese de
sucessão processual em queixa-crime, qualquer um dos sucessores poderá
prosseguir no processo já instaurado, caso o querelante (v.g., o cônjuge) desista
ou abandone a instância (CPP, art. 36). Havendo divergência entre os sucessores,
prevalece a vontade daquele que deseja dar início à persecução criminal. Por força
do disposto no art. 226, § 3º, da Constituição Federal, grande parte da doutrina
insere no rol dos sucessores o companheiro. Logo, a ordem seria cônjuge (ou
companheiro), ascendente descendente ou irmão. Há, inclusive, precedente da
Corte Especial do STJ nesse sentido.78 A nosso ver, não se pode incluir o
companheiro nesse rol, sob pena de indevida analogia in malam partem.
A inclusão do companheiro ou da companheira nesse rol de sucessores produz
reflexos no direito de punir do Estado, já que, quanto menos sucessores existirem,
maior é a possibilidade de que onão exercício do direito de representação ou de
queixa no prazo legal acarrete a extinção da punibilidade pela decadência. Portanto,
cuidando-se de regra de direito material, não se pode querer incluir o companheiro,
sob pena de indevida analogia in malam partem, malferindo o princípio da
legalidade (CF, art. 5º, XXXIX).

B) Pai e mãe do ofendido (Errado)


Primeiramente, veja o que preceitua o Código de Processo Penal:

Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por
denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir,
de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido
ou de quem tiver qualidade para representá-lo.

Em caso de ausência do ofendido, observe:

Art. 24, § 1o No caso de morte do ofendido ou quando declarado


ausente por decisão judicial, o direito de representação passará ao
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.

Veja agora o que traz a doutrina de Renato Brasileiro em relação à


legitimidade:

morte da vítima: no caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente


por decisão judicial, a lei prevê especial hipótese de legitimação anômala, sendo
que o direito de oferecer queixa ou representação ou de prosseguir na ação penal
de iniciativa privada passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. É o
que se denomina de sucessão processual, prevista no art. 24, § 1º (sucessão nos
casos de representação) e no art. 31 (sucessão processual na ação penal de

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iniciativa privada). Há, aí, uma ordem de preferência: primeiro cônjuge, depois
ascendente, sucessivamente.
Caso o cônjuge não possua interesse, o direito de representação ou de queixa-
crime passará ao ascendente e, assim, sucessivamente. No entanto, na hipótese de
sucessão processual em queixa-crime, qualquer um dos sucessores poderá
prosseguir no processo já instaurado, caso o querelante (v.g., o cônjuge) desista
ou abandone a instância (CPP, art. 36). Havendo divergência entre os sucessores,
prevalece a vontade daquele que deseja dar início à persecução criminal. Por força
do disposto no art. 226, § 3º, da Constituição Federal, grande parte da doutrina
insere no rol dos sucessores o companheiro. Logo, a ordem seria cônjuge (ou
companheiro), ascendente descendente ou irmão. Há, inclusive, precedente da
Corte Especial do STJ nesse sentido.78 A nosso ver, não se pode incluir o
companheiro nesse rol, sob pena de indevida analogia in malam partem.
A inclusão do companheiro ou da companheira nesse rol de sucessores produz
reflexos no direito de punir do Estado, já que, quanto menos sucessores existirem,
maior é a possibilidade de que onão exercício do direito de representação ou de
queixa no prazo legal acarrete a extinção da punibilidade pela decadência. Portanto,
cuidando-se de regra de direito material, não se pode querer incluir o companheiro,
sob pena de indevida analogia in malam partem, malferindo o princípio da
legalidade (CF, art. 5º, XXXIX).

C) Namorada(o) do ofendido
Primeiramente, veja o que preceitua o Código de Processo Penal:

Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por
denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir,
de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido
ou de quem tiver qualidade para representá-lo.

Em caso de ausência do ofendido, observe:

Art. 24, § 1o No caso de morte do ofendido ou quando declarado


ausente por decisão judicial, o direito de representação passará ao
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.

Veja agora o que traz a doutrina de Renato Brasileiro em relação à


legitimidade:

morte da vítima: no caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente


por decisão judicial, a lei prevê especial hipótese de legitimação anômala, sendo
que o direito de oferecer queixa ou representação ou de prosseguir na ação penal
de iniciativa privada passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. É o
que se denomina de sucessão processual, prevista no art. 24, § 1º (sucessão nos
casos de representação) e no art. 31 (sucessão processual na ação penal de
iniciativa privada). Há, aí, uma ordem de preferência: primeiro cônjuge, depois
ascendente, sucessivamente.
Caso o cônjuge não possua interesse, o direito de representação ou de queixa-
crime passará ao ascendente e, assim, sucessivamente. No entanto, na hipótese de

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sucessão processual em queixa-crime, qualquer um dos sucessores poderá


prosseguir no processo já instaurado, caso o querelante (v.g., o cônjuge) desista
ou abandone a instância (CPP, art. 36). Havendo divergência entre os sucessores,
prevalece a vontade daquele que deseja dar início à persecução criminal. Por força
do disposto no art. 226, § 3º, da Constituição Federal, grande parte da doutrina
insere no rol dos sucessores o companheiro. Logo, a ordem seria cônjuge (ou
companheiro), ascendente descendente ou irmão. Há, inclusive, precedente da
Corte Especial do STJ nesse sentido.78 A nosso ver, não se pode incluir o
companheiro nesse rol, sob pena de indevida analogia in malam partem.
A inclusão do companheiro ou da companheira nesse rol de sucessores produz
reflexos no direito de punir do Estado, já que, quanto menos sucessores existirem,
maior é a possibilidade de que onão exercício do direito de representação ou de
queixa no prazo legal acarrete a extinção da punibilidade pela decadência. Portanto,
cuidando-se de regra de direito material, não se pode querer incluir o companheiro,
sob pena de indevida analogia in malam partem, malferindo o princípio da
legalidade (CF, art. 5º, XXXIX).

D) Filhos do ofendido (Errado)


Primeiramente, veja o que preceitua o Código de Processo Penal:

Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por
denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir,
de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido
ou de quem tiver qualidade para representá-lo.

Em caso de ausência do ofendido, observe:

Art. 24, § 1o No caso de morte do ofendido ou quando declarado


ausente por decisão judicial, o direito de representação passará ao
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.

Veja agora o que traz a doutrina de Renato Brasileiro em relação à


legitimidade:

morte da vítima: no caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente


por decisão judicial, a lei prevê especial hipótese de legitimação anômala, sendo
que o direito de oferecer queixa ou representação ou de prosseguir na ação penal
de iniciativa privada passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. É o
que se denomina de sucessão processual, prevista no art. 24, § 1º (sucessão nos
casos de representação) e no art. 31 (sucessão processual na ação penal de
iniciativa privada). Há, aí, uma ordem de preferência: primeiro cônjuge, depois
ascendente, sucessivamente.
Caso o cônjuge não possua interesse, o direito de representação ou de queixa-
crime passará ao ascendente e, assim, sucessivamente. No entanto, na hipótese de
sucessão processual em queixa-crime, qualquer um dos sucessores poderá
prosseguir no processo já instaurado, caso o querelante (v.g., o cônjuge) desista
ou abandone a instância (CPP, art. 36). Havendo divergência entre os sucessores,
prevalece a vontade daquele que deseja dar início à persecução criminal. Por força

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do disposto no art. 226, § 3º, da Constituição Federal, grande parte da doutrina


insere no rol dos sucessores o companheiro. Logo, a ordem seria cônjuge (ou
companheiro), ascendente descendente ou irmão. Há, inclusive, precedente da
Corte Especial do STJ nesse sentido.78 A nosso ver, não se pode incluir o
companheiro nesse rol, sob pena de indevida analogia in malam partem.
A inclusão do companheiro ou da companheira nesse rol de sucessores produz
reflexos no direito de punir do Estado, já que, quanto menos sucessores existirem,
maior é a possibilidade de que onão exercício do direito de representação ou de
queixa no prazo legal acarrete a extinção da punibilidade pela decadência. Portanto,
cuidando-se de regra de direito material, não se pode querer incluir o companheiro,
sob pena de indevida analogia in malam partem, malferindo o princípio da
legalidade (CF, art. 5º, XXXIX).


15. Marque a alternativa incorreta:

A) Diante da notícia de uma infração penal, as autoridades policiais têm obrigação de
proceder à apuração do fato delituoso e o Ministério Público tem o dever de oferecer
denuncia.
B) A representação do ofendido é condição de procedibilidade para o exercício da ação
penal pública condicionada.
C) A natureza jurídica da representação é de condição específica da ação penal.
D) O magistrado pode aceitar a peça acusatória, mesmo que esteja faltando a
representação do ofendido, em caso de ação penal condicionada.


GABARITO: LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) Diante da notícia de uma infração penal, as autoridades policiais


têm obrigação de proceder à apuração do fato delituoso e o Ministério
Público tem o dever de oferecer denuncia. (Errado)
Correta, não devendo ser assinalada como gabarito.

B) A representação do ofendido é condição de procedibilidade para o


exercício da ação penal pública condicionada. (Errado)
Certa. É condição de procedibilidade.

C) A natureza jurídica da representação é de condição específica da


ação penal. (Errado)
Certa. Natureza jurídica correta da representação.

D) O magistrado pode aceitar a peça acusatória, mesmo que esteja


faltando a representação do ofendido, em caso de ação penal condicionada.
(Certo)
Errada. Art 395, II CPP.

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SOLUÇÃO COMPLETA
A) Diante da notícia de uma infração penal, as autoridades policiais
têm obrigação de proceder à apuração do fato delituoso e o Ministério
Público tem o dever de oferecer denuncia. (Errado)
Nas palavras de Renato Brasileiro (p. 323-324, 2020), de acordo com o
princípio da obrigatoriedade da ação penal pública, também denominado de
legalidade processual, cada vez mais questionado no âmbito do próprio Ministério
Público, aos órgãos persecutórios criminais não se reserva qualquer critério político
ou de utilidade social para decidir se atuarão ou não. Não contam com nenhuma
disponibilidade, ao contrário, vale o dever de persecução e acusação. Assim, diante
da notícia de uma infração penal, da mesma forma que as autoridades policiais têm
a obrigação de proceder à apuração do fato delituoso, ao órgão do Ministério Público
se impõe o dever de oferecer denúncia caso visualize elementos de informação
quanto à existência de fato típico, ilícito e culpável, além da presença das condições
da ação penal e de justa causa para a deflagração do processo criminal.
Uma das repercussões legais do princípio da obrigatoriedade está prevista no
Código de Processo Penal em:

Art. 27. Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério


Público, nos casos em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, por escrito,
informações sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos
de convicção.

B) A representação do ofendido é condição de procedibilidade para o


exercício da ação penal pública condicionada. (Errado)
Primeiramente é interessante entender em que consiste a ação penal pública
condicionada. Nesse sentido, Renato Brasileiro nos ensina que Quando a promoção
da ação penal pública pelo Ministério Público depender de representação do
ofendido ou de requisição do Ministro da Justiça, diz-se que a ação penal é pública
condicionada. Diz-se que é pública, pois promovida pelo órgão do Ministério Público;
diz-se que é condicionada, já que o Parquet não poderá promovê-la sem que haja
o implemento da condição imposta pela lei: representação do ofendido ou requisição
do Ministro da Justiça.
A representação a manifestação do ofendido ou de seu representante legal no
sentido de que possui interesse na persecução penal do autor do fato delituoso. Por
força do que a doutrina denomina de escândalo do processo pelo ajuizamento da
ação penal (strepitus iudicii), reserva-se à vítima ou ao seu representante legal o
juízo de oportunidade e conveniência da instauração do processo penal, com o
objetivo de se evitar a produção de novos danos em seu patrimônio moral, social e
psicológico, em face de possível repercussão negativa trazida pelo conhecimento
generalizado do fato delituoso. Some-se a isso o fato de que certos delitos afetam
imediatamente o interesse particular, e apenas mediatamente o interesse geral, o
que dificulta até mesmo a produção probatória, caso não haja cooperação da vítima.
Daí o motivo pelo qual se condiciona a atuação do aparato estatal à manifestação
da vontade da vítima ou de seu representante legal.

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Em relação à natureza jurídica dessa representação, de acordo com Renato


Brasileiro (p. 335, 2020) Em regra, a representação funciona como uma condição
específica da ação penal. Ou seja, em relação a alguns delitos, a lei impõe o
implemento dessa condição para que o órgão do Ministério Público possa promover
a ação penal pública. Assim, caso o processo penal ainda não tenha tido
início, e a atuação do Ministério Público dependa de representação, temos que
esta funciona como condição específica de procedibilidade, sem a qual é inviável a
instauração do processo penal, como deixa entrever o art. 24 do CPP e o art. 100,
§ 1º, do CP. Se, porventura, for oferecida denúncia sem o implemento da
representação do ofendido, deverá o magistrado rejeitar a peça acusatória, nos
exatos termos do art. 395, II, segunda parte, do CPP, pois estaria faltando uma
condição para o exercício da ação penal.

C) A natureza jurídica da representação é de condição específica da


ação penal. (Errado)
Primeiramente, é interessante entender em que consiste a ação penal pública
condicionada. Nesse sentido, Renato Brasileiro nos ensina que Quando a promoção
da ação penal pública pelo Ministério Público depender de representação do
ofendido ou de requisição do Ministro da Justiça, diz-se que a ação penal é pública
condicionada. Diz-se que é pública, pois promovida pelo órgão do Ministério Público;
diz-se que é condicionada, já que o Parquet não poderá promovê-la sem que haja
o implemento da condição imposta pela lei: representação do ofendido ou requisição
do Ministro da Justiça.
A representação a manifestação do ofendido ou de seu representante legal no
sentido de que possui interesse na persecução penal do autor do fato delituoso. Por
força do que a doutrina denomina de escândalo do processo pelo ajuizamento da
ação penal (strepitus iudicii), reserva-se à vítima ou ao seu representante legal o
juízo de oportunidade e conveniência da instauração do processo penal, com o
objetivo de se evitar a produção de novos danos em seu patrimônio moral, social e
psicológico, em face de possível repercussão negativa trazida pelo conhecimento
generalizado do fato delituoso. Some-se a isso o fato de que certos delitos afetam
imediatamente o interesse particular, e apenas mediatamente o interesse geral, o
que dificulta até mesmo a produção probatória, caso não haja cooperação da vítima.
Daí o motivo pelo qual se condiciona a atuação do aparato estatal à manifestação
da vontade da vítima ou de seu representante legal.
Em relação à natureza jurídica dessa representação, de acordo com Renato
Brasileiro (p. 335, 2020) Em regra, a representação funciona como uma condição
específica da ação penal. Ou seja, em relação a alguns delitos, a lei impõe o
implemento dessa condição para que o órgão do Ministério Público possa promover
a ação penal pública. Assim, caso o processo penal ainda não tenha tido
início, e a atuação do Ministério Público dependa de representação, temos que
esta funciona como condição específica de procedibilidade, sem a qual é inviável a
instauração do processo penal, como deixa entrever o art. 24 do CPP e o art. 100,
§ 1º, do CP. Se, porventura, for oferecida denúncia sem o implemento da
representação do ofendido, deverá o magistrado rejeitar a peça acusatória, nos
exatos termos do art. 395, II, segunda parte, do CPP, pois estaria faltando uma
condição para o exercício da ação penal.

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D) O magistrado pode aceitar a peça acusatória, mesmo que esteja


faltando a representação do ofendido, em caso de ação penal condicionada.
(Certo)
Primeiramente é interessante entender em que consiste a ação penal pública
condicionada. Nesse sentido, Renato Brasileiro nos ensina que Quando a promoção
da ação penal pública pelo Ministério Público depender de representação do
ofendido ou de requisição do Ministro da Justiça, diz-se que a ação penal é pública
condicionada. Diz-se que é pública, pois promovida pelo órgão do Ministério Público;
diz-se que é condicionada, já que o Parquet não poderá promovê-la sem que haja
o implemento da condição imposta pela lei: representação do ofendido ou requisição
do Ministro da Justiça.
A representação a manifestação do ofendido ou de seu representante legal no
sentido de que possui interesse na persecução penal do autor do fato delituoso. Por
força do que a doutrina denomina de escândalo do processo pelo ajuizamento da
ação penal (strepitus iudicii), reserva-se à vítima ou ao seu representante legal o
juízo de oportunidade e conveniência da instauração do processo penal, com o
objetivo de se evitar a produção de novos danos em seu patrimônio moral, social e
psicológico, em face de possível repercussão negativa trazida pelo conhecimento
generalizado do fato delituoso. Some-se a isso o fato de que certos delitos afetam
imediatamente o interesse particular, e apenas mediatamente o interesse geral, o
que dificulta até mesmo a produção probatória, caso não haja cooperação da vítima.
Daí o motivo pelo qual se condiciona a atuação do aparato estatal à manifestação
da vontade da vítima ou de seu representante legal.
Em relação à natureza jurídica dessa representação, de acordo com Renato
Brasileiro (p. 335, 2020) Em regra, a representação funciona como uma condição
específica da ação penal. Ou seja, em relação a alguns delitos, a lei impõe o
implemento dessa condição para que o órgão do Ministério Público possa promover
a ação penal pública. Assim, caso o processo penal ainda não tenha tido
início, e a atuação do Ministério Público dependa de representação, temos que
esta funciona como condição específica de procedibilidade, sem a qual é inviável a
instauração do processo penal, como deixa entrever o art. 24 do CPP e o art. 100,
§ 1º, do CP. Se, porventura, for oferecida denúncia sem o implemento da
representação do ofendido, deverá o magistrado rejeitar a peça acusatória,
nos exatos termos do art. 395, II, segunda parte, do CPP, pois estaria
faltando uma condição para o exercício da ação penal.



16. De acordo com legitimidade da ação penal condicional, marque a alternativa correta:

A) O ofendido ou seu representante legal, em regra, possui o prazo de 6 meses contados
do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, para exercer seu direito de queixa.
B) O prazo de 6 meses para o ofendido, ou seu representante legal, exercer o direito de
queixa é contado em dias úteis
C) O decurso do prazo decadencial de 6 meses para representação começa a fluir a partir
da data do crime.

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D) Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público,
mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça ou de
representação do ofendido, somente

GABARITO: LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) O ofendido ou seu representante legal, em regra, possui o prazo de


6 meses contados do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, para
exercer seu direito de queixa. (Certo)
Certo. Art 38 CPP

B) O prazo de 6 meses para o ofendido, ou seu representante legal,


exercer o direito de queixa é contado em dias úteis (errado)
Errado. Art 10 CP.

C) O decurso do prazo decadencial de 6 meses para representação


começa a fluir a partir da data do crime. (errado)
Errado. Começa a fluir a partir do conhecimento da autoria.

D) Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do


Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do
Ministro da Justiça ou de representação do ofendido, somente. (errado)
Errado. Ofendido ou quem tiver qualidade de representá-lo. Art 24 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

A) O ofendido ou seu representante legal, em regra, possui o prazo de


6 meses contados do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, para
exercer seu direito de queixa. (Certo)
Renato Brasileiro nos mostra que, de acordo com o art. 38, caput, do CPP,
“salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá do
direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de 6 (seis)
meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso
do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia”.
Trata-se de prazo de natureza material, fatal e improrrogável, a ser contado
nos termos do art. 10 do CP: “o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo.
Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum”.79 Assim, como o
dia do início inclui-se no cômputo do prazo, supondo-se que um crime de lesão
corporal leve tenha sido cometido contra uma pessoa capaz com 18 (dezoito) anos
completos (ou mais) em data de 26 de março de 2010, pode-se dizer que a
representação deve ser oferecida até o dia 25 de setembro de 2010, às 23h59min,
sob pena de decadência e consequente extinção da punibilidade, nos termos do art.
107, IV, segunda figura, do Código Penal.

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Ao contrário do que ocorre com a prescrição, cujo prazo está sujeito a


interrupções ou suspensões, o prazo decadencial é fatal e improrrogável. Assim,
não se suspende e não se interrompe.
Também não admite prorrogações. Logo, expirando-se num domingo ou
feriado, não pode ser prorrogado, como se dá com os prazos processuais (CPP, art.
798, § 3º).
Em regra, o decurso do prazo decadencial só começa a fluir a partir do
conhecimento da autoria. E isso por uma razão muito óbvia: só se pode falar em
decadência de um direito que pode ser exercido. Se o ofendido não sabe quem é o
autor do delito, não pode exercer seu direito. Mas como se comprova que o titular
do direito de representação ou de queixa-crime só tomou conhecimento da autoria
nesta ou naquela data? A nosso ver, a fim de se evitar o reconhecimento da
decadência, caso a queixa ou a representação sejam apresentadas após o decurso
do prazo de 6 (seis) meses da data do crime, recai sobre o autor da representação
ou da queixa-crime o ônus de comprovar que só tomou conhecimento da autoria do
delito em momento posterior, e em lapso temporal inferior a 6 (seis) meses,
contados da queixa ou da representação, para trás.

B) O prazo de 6 meses para o ofendido, ou seu representante legal,


exercer o direito de queixa é contado em dias úteis. (errado)
Renato Brasileiro nos mostra que De acordo com o art. 38, caput, do CPP,
“salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá do
direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de 6 (seis)
meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso
do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia”.
Trata-se de prazo de natureza material, fatal e improrrogável, a ser contado
nos termos do art. 10 do CP: “o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo.
Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum”.79 Assim, como o
dia do início inclui-se no cômputo do prazo, supondo-se que um crime de lesão
corporal leve tenha sido cometido contra uma pessoa capaz com 18 (dezoito) anos
completos (ou mais) em data de 26 de março de 2010, pode-se dizer que a
representação deve ser oferecida até o dia 25 de setembro de 2010, às 23h59min,
sob pena de decadência e consequente extinção da punibilidade, nos termos do art.
107, IV, segunda figura, do Código Penal.
Ao contrário do que ocorre com a prescrição, cujo prazo está sujeito a
interrupções ou suspensões, o prazo decadencial é fatal e improrrogável. Assim,
não se suspende e não se interrompe.
Também não admite prorrogações. Logo, expirando-se num domingo ou
feriado, não pode ser prorrogado, como se dá com os prazos processuais (CPP, art.
798, § 3º).
Em regra, o decurso do prazo decadencial só começa a fluir a partir do
conhecimento da autoria. E isso por uma razão muito óbvia: só se pode falar em
decadência de um direito que pode ser exercido. Se o ofendido não sabe quem é o
autor do delito, não pode exercer seu direito. Mas como se comprova que o titular
do direito de representação ou de queixa-crime só tomou conhecimento da autoria
nesta ou naquela data? A nosso ver, a fim de se evitar o reconhecimento da
decadência, caso a queixa ou a representação sejam apresentadas após o decurso
do prazo de 6 (seis) meses da data do crime, recai sobre o autor da representação

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ou da queixa-crime o ônus de comprovar que só tomou conhecimento da autoria do


delito em momento posterior, e em lapso temporal inferior a 6 (seis) meses,
contados da queixa ou da representação, para trás
C) O decurso do prazo decadencial de 6 meses para representação
começa a fluir a partir da data do crime. (errado)
Renato Brasileiro nos mostra que, de acordo com o art. 38, caput, do CPP,
“salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá do
direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de 6 (seis)
meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso
do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia”.
Trata-se de prazo de natureza material, fatal e improrrogável, a ser contado
nos termos do art. 10 do CP: “o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo.
Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum”.79 Assim, como o
dia do início inclui-se no cômputo do prazo, supondo-se que um crime de lesão
corporal leve tenha sido cometido contra uma pessoa capaz com 18 (dezoito) anos
completos (ou mais) em data de 26 de março de 2010, pode-se dizer que a
representação deve ser oferecida até o dia 25 de setembro de 2010, às 23h59min,
sob pena de decadência e consequente extinção da punibilidade, nos termos do art.
107, IV, segunda figura, do Código Penal.
Ao contrário do que ocorre com a prescrição, cujo prazo está sujeito a
interrupções ou suspensões, o prazo decadencial é fatal e improrrogável. Assim,
não se suspende e não se interrompe.
Também não admite prorrogações. Logo, expirando-se num domingo ou
feriado, não pode ser prorrogado, como se dá com os prazos processuais (CPP, art.
798, § 3º).
Em regra, o decurso do prazo decadencial só começa a fluir a partir do
conhecimento da autoria. E isso por uma razão muito óbvia: só se pode falar em
decadência de um direito que pode ser exercido. Se o ofendido não sabe quem é o
autor do delito, não pode exercer seu direito. Mas como se comprova que o titular
do direito de representação ou de queixa-crime só tomou conhecimento da autoria
nesta ou naquela data? A nosso ver, a fim de se evitar o reconhecimento da
decadência, caso a queixa ou a representação sejam apresentadas após o decurso
do prazo de 6 (seis) meses da data do crime, recai sobre o autor da representação
ou da queixa-crime o ônus de comprovar que só tomou conhecimento da autoria do
delito em momento posterior, e em lapso temporal inferior a 6 (seis) meses,
contados da queixa ou da representação, para trás

D) Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do


Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do
Ministro da Justiça ou de representação do ofendido, somente. (errado)
Primeiramente, veja o que preceitua o Código de Processo Penal:

Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por
denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir,
de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido
ou de quem tiver qualidade para representá-lo.

Em caso de ausência do ofendido, observe:

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Art. 24, § 1o No caso de morte do ofendido ou quando declarado


ausente por decisão judicial, o direito de representação passará ao
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.

Nesse sentido, fica claro que a ordem preferencial trazida pelo artigo
supracitado traz a qualidade de quem pode representar o ofendido, caso o mesmo
esteja ausente.

Veja agora o que traz a doutrina de Renato Brasileiro em relação à


legitimidade:

A legitimidade para o oferecimento da representação possui o mesmo regime


jurídico da titularidade para o oferecimento da queixa-crime.
Como deixa entrever o art. 39 do CPP, o direito de representação poderá ser
exercido, pessoalmente, ou por procurador com poderes especiais. Esse procurador
a que se refere o art. 39 do CPP não precisa ser um profissional da advocacia. A
procuração, por sua vez, deve conter poderes especiais, fixando-se a
responsabilidade do mandante e do mandatário.
Em regra, o titular da representação é o ofendido. Porém, há situações
específicas que merecem especial atenção:
a) ofendido com 18 (dezoito) anos de idade, que não seja mentalmente
enfermo ou retardado mental: tem capacidade plena para exercer o direito de
representação. De acordo com o art. 5º do Código Civil, a menoridade cessa aos 18
(dezoito) anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos
da vida civil. Logo, o direito de representação já pode ser exercido pelo ofendido,
independentemente de representação, já que não se pode falar em representante
legal de uma pessoa capaz. A partir dos 18 (dezoito) anos, o ofendido já conta com
legitimidade exclusiva para oferecer representação, em crime de ação penal pública
condicionada à representação, ou para oferecer queixa, em infração penal de
iniciativa privada. Essa capacidade processual autônoma do ofendido com 18
(dezoito) anos é confirmada pela Lei nº 10.792/03, que revogou o art. 194 do CPP,
o qual previa a necessidade de nomeação de curador para o ofendido com idade
entre 18 (dezoito) e 21 (vinte e um) anos de idade.75 Até a vigência do novo Código
Civil, a sistemática do CPP em relação ao ofendido maior de 18 (dezoito) e menor
de 21 (vinte e um) anos era de legitimidade concorrente, nos termos do art. 34 do
CPP. Esse o motivo pelo qual a
queixa e outros institutos como o perdão e a renúncia poderiam ser feitos tanto
pela vítima quanto por seu representante legal, já que era ela considerada
relativamente capaz para a prática dos atos da vida civil. Por isso, aliás, foi editada
a súmula nº 594 do Supremo (“os direitos de queixa e de representação podem ser
exercidos, independentemente, pelo ofendido ou por seu representante
legal”). Na mesma linha, o parágrafo único do art. 50 do CPP também dispunha que
a renúncia do representante legal do menor que houver completado 18 (dezoito)
anos não privará este do direito de queixa, nem a renúncia do último excluirá o
direito do primeiro, o que confirma que, a partir dos 18 (dezoito) anos, o direito do
ofendido e de seu representante legal eram autônomos, daí por que a renúncia de
um não prejudicaria o direito do outro, pelo menos até que a vítima atingisse a

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idade de 21 (vinte e um) anos. Com o art. 5º do Código Civil, e a revogação do art.
194 do CPP pela Lei nº 10.792/03, entende-se que, ao completar 18 (dezoito) anos,
a vítima já é plenamente capaz, não havendo mais a possibilidade de o direito de
representação ou de queixa ser exercido por seu ascendente, já que este não é
mais seu representante legal. Conclui-se, então, que os arts. 34 e 50, parágrafo
único, ambos do CPP, e igualmente a súmula 594 do STF, estão tacitamente
revogados, não tendo mais qualquer aplicação prática;

b) ofendido com menos de 18 (dezoito) anos, mentalmente enfermo ou


retardado mental: o direito de representação será exercido por seu representante
legal. Devido ao informalismo que impera em sede de representação, a
jurisprudência entende que qualquer pessoa que, de alguma forma, seja
responsável pelo menor, poderá oferecer a representação, tais como avós, irmãos,
pessoa de que dependa economicamente, etc.
c) ofendido menor de 18 (dezoito) anos, mentalmente enfermo, ou retardado
mental, que não tenha representante legal, ou havendo colidência de interesses:
nessa hipótese, o direito de queixa ou de representação poderá ser exercido por
curador especial, nomeado, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, pelo
juiz competente para o processo penal (CPP, art. 33, por interpretação
extensiva).76 Esse curador especial nomeado pelo juiz não é obrigado a oferecer
representação ou queixa, pois, se assim fosse, o juiz estaria promovendo a
persecução penal. Cabe a ele, na verdade, avaliar a conveniência e a oportunidade
de agir, só o fazendo se julgar oportuno aos interesses do menor, do mentalmente
enfermo ou do retardado mental. Quando o curador especial oferece a
representação ou a queixa, age em nome próprio na defesa de interesse alheio.
Cuida-se, portanto, de hipótese de legitimação extraordinária ou substituição
processual.
d) pessoa jurídica: as fundações, associações ou sociedades legalmente
constituídas poderão exercer seu direito de representação, devendo ser
representadas por quem os respectivos contratos ou estatutos designarem ou, no
silêncio destes, pelos seus diretores ou sócios-gerentes (CPP, art. 37, por
interpretação extensiva);
e) ofendido maior de 16 (dezesseis) e menor de 18 (dezoito) anos casado:
segundo o art. 1.517 do Código Civil, após os 16 (dezesseis) anos, os menores
podem se casar com autorização dos pais ou responsáveis legais, vindo a adquirir
a capacidade civil plena. A despeito da aquisição da capacidade civil plena, entende-
se que este ainda não é dotado de capacidade para oferecer representação ou
queixa. Como ele não pode exercer seu direito pessoalmente, não possuindo
representante legal por conta da emancipação, há duas possibilidades:
1) nomeação de curador especial, nos termos do art. 33 do CPP;
2) aguarda-se que atinja a idade de 18 (dezoito) anos, quando, então, poderá
exercer seu direito de queixa ou de representação. Nesse caso, não há falar em
decadência, porquanto o prazo decadencial não flui para aquele que não pode
exercer seu direito por conta da incapacidade. Esse mesmo raciocínio é aplicável às
demais hipóteses de emancipação.
f) morte da vítima: no caso de morte do ofendido ou quando declarado
ausente por decisão judicial, a lei prevê especial hipótese de legitimação anômala,
sendo que o direito de oferecer queixa ou representação ou de prosseguir na ação

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penal de iniciativa privada passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.


É o que se denomina de sucessão processual, prevista no art. 24, § 1º (sucessão
nos casos de representação) e no art. 31 (sucessão processual na ação penal de
iniciativa privada). Há, aí, uma ordem de preferência: primeiro cônjuge, depois
ascendente, sucessivamente.
Caso o cônjuge não possua interesse, o direito de representação ou de queixa-
crime passará ao ascendente e, assim, sucessivamente. No entanto, na hipótese de
sucessão processual em queixa-crime, qualquer um dos sucessores poderá
prosseguir no processo já instaurado, caso o querelante (v.g., o cônjuge) desista
ou abandone a instância (CPP, art. 36). Havendo divergência entre os sucessores,
prevalece a vontade daquele que deseja dar início à persecução criminal. Por força
do disposto no art. 226, § 3º, da Constituição Federal, grande parte da doutrina
insere no rol dos sucessores o companheiro. Logo, a ordem seria cônjuge (ou
companheiro), ascendente descendente ou irmão. Há, inclusive, precedente da
Corte Especial do STJ nesse sentido.78 A nosso ver, não se pode incluir o
companheiro nesse rol, sob pena de indevida analogia in malam partem.
A inclusão do companheiro ou da companheira nesse rol de sucessores produz
reflexos no direito de punir do Estado, já que, quanto menos sucessores existirem,
maior é a possibilidade de que onão exercício do direito de representação ou de
queixa no prazo legal acarrete a extinção da punibilidade pela decadência. Portanto,
cuidando-se de regra de direito material, não se pode querer incluir o companheiro,
sob pena de indevida analogia in malam partem, malferindo o princípio da
legalidade (CF, art. 5º, XXXIX).


17. Em relação a representação nos crimes de ação condicionada, marque a opção
incorreta:

A) Em regra, a representação funciona como condição específica da ação penal.
B) Caso o processo já esteja em andamento e a lei passe a condicionar seu
prosseguimento ao implemento da representação, esta funcionará como condição de
prosseguibilidade.
C) Caso o processo já esteja em andamento e a lei passe a condicionar seu
prosseguimento ao implemento da representação, esta funcionará como condição de
procedibilidade.
D) Lesão corporal leve e culposa são exemplos de ação penal condicionada.

GABARITO: LETRA C

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) Em regra, a representação funciona como condição específica da


ação penal. (Errado)
Correta. É condição de procedibilidade

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B) Caso o processo já esteja em andamento e a lei passe a condicionar


seu prosseguimento ao implemento da representação, esta funcionará
como condição de prosseguibilidade. (Errado)
Correta. Passa de procedibilidade a prosseguibilidade.

C) Caso o processo já esteja em andamento e a lei passe a condicionar


seu prosseguimento ao implemento da representação, esta funcionará
como condição de procedibilidade. (Certo)
Errada, devendo ser assinalada como gabarito da questão, Passa de
procedibilidade a prosseguibilidade.

D) Lesão corporal leve e culposa são exemplos de ação penal


condicionada. (Errado)
Correto. Art 88 da 9099

SOLUÇÃO COMPLETA

A) Em regra, a representação funciona como condição específica da


ação penal. (Errado)
Primeiramente é interessante entender em que consiste a ação penal pública
condicionada. Nesse sentido, Renato Brasileiro nos ensina que quando a promoção
da ação penal pública pelo Ministério Público depender de representação do
ofendido ou de requisição do Ministro da Justiça, diz-se que a ação penal é pública
condicionada. Diz-se que é pública, pois promovida pelo órgão do Ministério Público;
diz-se que é condicionada, já que o Parquet não poderá promovê-la sem que haja
o implemento da condição imposta pela lei: representação do ofendido ou requisição
do Ministro da Justiça.
A representação a manifestação do ofendido ou de seu representante legal no
sentido de que possui interesse na persecução penal do autor do fato delituoso. Por
força do que a doutrina denomina de escândalo do processo pelo ajuizamento da
ação penal (strepitus iudicii), reserva-se à vítima ou ao seu representante legal o
juízo de oportunidade e conveniência da instauração do processo penal, com o
objetivo de se evitar a produção de novos danos em seu patrimônio moral, social e
psicológico, em face de possível repercussão negativa trazida pelo conhecimento
generalizado do fato delituoso. Some-se a isso o fato de que certos delitos afetam
imediatamente o interesse particular, e apenas mediatamente o interesse geral, o
que dificulta até mesmo a produção probatória, caso não haja cooperação da vítima.
Daí o motivo pelo qual se condiciona a atuação do aparato estatal à manifestação
da vontade da vítima ou de seu representante legal.
Em relação à natureza jurídica dessa representação, de acordo com Renato
Brasileiro (p. 335, 2020) Em regra, a representação funciona como uma condição
específica da ação penal. Ou seja, em relação a alguns delitos, a lei impõe o
implemento dessa condição para que o órgão do Ministério Público possa promover
a ação penal pública. Assim, caso o processo penal ainda não tenha tido
início, e a atuação do Ministério Público dependa de representação, temos que
esta funciona como condição específica de procedibilidade, sem a qual é inviável a
instauração do processo penal, como deixa entrever o art. 24 do CPP e o art. 100,

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§ 1º, do CP. Se, porventura, for oferecida denúncia sem o implemento da


representação do ofendido, deverá o magistrado rejeitar a peça acusatória, nos
exatos termos do art. 395, II, segunda parte, do CPP, pois estaria faltando uma
condição para o exercício da ação penal.

B) Caso o processo já esteja em andamento e a lei passe a condicionar


seu prosseguimento ao implemento da representação, esta funcionará
como condição de prosseguibilidade. (Errado)
Primeiramente é interessante entender em que consiste a ação penal pública
condicionada. Nesse sentido, Renato Brasileiro nos ensina que Quando a promoção
da ação penal pública pelo Ministério Público depender de representação do
ofendido ou de requisição do Ministro da Justiça, diz-se que a ação penal é pública
condicionada. Diz-se que é pública, pois promovida pelo órgão do Ministério Público;
diz-se que é condicionada, já que o Parquet não poderá promovê-la sem que haja
o implemento da condição imposta pela lei: representação do ofendido ou requisição
do Ministro da Justiça.
A representação a manifestação do ofendido ou de seu representante legal no
sentido de que possui interesse na persecução penal do autor do fato delituoso. Por
força do que a doutrina denomina de escândalo do processo pelo ajuizamento da
ação penal (strepitus iudicii), reserva-se à vítima ou ao seu representante legal o
juízo de oportunidade e conveniência da instauração do processo penal, com o
objetivo de se evitar a produção de novos danos em seu patrimônio moral, social e
psicológico, em face de possível repercussão negativa trazida pelo conhecimento
generalizado do fato delituoso. Some-se a isso o fato de que certos delitos afetam
imediatamente o interesse particular, e apenas mediatamente o interesse geral, o
que dificulta até mesmo a produção probatória, caso não haja cooperação da vítima.
Daí o motivo pelo qual se condiciona a atuação do aparato estatal à manifestação
da vontade da vítima ou de seu representante legal.
Em relação à natureza jurídica dessa representação, de acordo com Renato
Brasileiro (p. 335, 2020) Em regra, a representação funciona como uma condição
específica da ação penal. Ou seja, em relação a alguns delitos, a lei impõe o
implemento dessa condição para que o órgão do Ministério Público possa promover
a ação penal pública. Assim, caso o processo penal ainda não tenha tido
início, e a atuação do Ministério Público dependa de representação, temos que
esta funciona como condição específica de procedibilidade, sem a qual é inviável a
instauração do processo penal, como deixa entrever o art. 24 do CPP e o art. 100,
§ 1º, do CP. Se, porventura, for oferecida denúncia sem o implemento da
representação do ofendido, deverá o magistrado rejeitar a peça acusatória, nos
exatos termos do art. 395, II, segunda parte, do CPP, pois estaria faltando uma
condição para o exercício da ação penal.

C) Caso o processo já esteja em andamento e a lei passe a condicionar


seu prosseguimento ao implemento da representação, esta funcionará
como condição de procedibilidade. (Certo)
Primeiramente é interessante entender em que consiste a ação penal pública
condicionada. Nesse sentido, Renato Brasileiro nos ensina que Quando a promoção
da ação penal pública pelo Ministério Público depender de representação do
ofendido ou de requisição do Ministro da Justiça, diz-se que a ação penal é pública

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condicionada. Diz-se que é pública, pois promovida pelo órgão do Ministério Público;
diz-se que é condicionada, já que o Parquet não poderá promovê-la sem que haja
o implemento da condição imposta pela lei: representação do ofendido ou requisição
do Ministro da Justiça.
A representação a manifestação do ofendido ou de seu representante legal no
sentido de que possui interesse na persecução penal do autor do fato delituoso. Por
força do que a doutrina denomina de escândalo do processo pelo ajuizamento da
ação penal (strepitus iudicii), reserva-se à vítima ou ao seu representante legal o
juízo de oportunidade e conveniência da instauração do processo penal, com o
objetivo de se evitar a produção de novos danos em seu patrimônio moral, social e
psicológico, em face de possível repercussão negativa trazida pelo conhecimento
generalizado do fato delituoso. Some-se a isso o fato de que certos delitos afetam
imediatamente o interesse particular, e apenas mediatamente o interesse geral, o
que dificulta até mesmo a produção probatória, caso não haja cooperação da vítima.
Daí o motivo pelo qual se condiciona a atuação do aparato estatal à manifestação
da vontade da vítima ou de seu representante legal.
Em relação à natureza jurídica dessa representação, de acordo com Renato
Brasileiro (p. 335, 2020) Em regra, a representação funciona como uma condição
específica da ação penal. Ou seja, em relação a alguns delitos, a lei impõe o
implemento dessa condição para que o órgão do Ministério Público possa promover
a ação penal pública. Assim, caso o processo penal ainda não tenha tido
início, e a atuação do Ministério Público dependa de representação, temos que
esta funciona como condição específica de procedibilidade, sem a qual é inviável a
instauração do processo penal, como deixa entrever o art. 24 do CPP e o art. 100,
§ 1º, do CP. Se, porventura, for oferecida denúncia sem o implemento da
representação do ofendido, deverá o magistrado rejeitar a peça acusatória, nos
exatos termos do art. 395, II, segunda parte, do CPP, pois estaria faltando uma
condição para o exercício da ação penal.

D) Lesão corporal leve e culposa são exemplos de ação penal


condicionada. (Errado)
Veja o artigo trazido abaixo:

Lei 9.099/1995

Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial,


dependerá de representação a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais
leves e lesões culposas.


18. Com base na Lei nº 3.689/1941 - Código de Processo Penal, em regra geral, na ação
penal, nos crimes de ação pública, as ações serão promovidas mediante:
A) Denúncia do Ministério Público.
B) Queixa crime do ofendido.
C) Ocorrência.
D) Notícia crime.

GABARITO: LETRA A

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SOLUÇÃO RÁPIDA

A)Denúncia do Ministério Público. (Certo)


Certo. Art 24 CPP.

B)Queixa crime do ofendido. (Errado)


Errado. Art 24 CPP.

C)Ocorrência. (Errado)
Errado. Art 24 CPP.

D)Notícia crime. (Errado)


Errado. Art 24 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

A)Denúncia do Ministério Público. (Certo)

De acordo com Renato Brasileiro (p. 333, 2020) O titular da ação penal pública
é o Ministério Público (CF, art. 129, I), e sua peça inaugural é a denúncia. É
denominada de incondicionada porque a atuação do Ministério Público não depende
da manifestação da vontade da vítima ou de terceiros. Ou seja, verificando a
presença das condições da ação e havendo justa causa para o oferecimento da
denúncia, a atuação do Parquet prescinde do implemento de qualquer condição.
Veja o que traz o texto Constitucional:

Artigo 129. São funções institucionais do Ministério Público:

I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei.

Na mesma esteira, traz o Código de Processo Penal:

Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do
Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro
da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para
representá-lo.

Art. 257. Ao Ministério Público cabe:


I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma estabelecida
neste Código

B)Queixa crime do ofendido. (Errado)

De acordo com Renato Brasileiro (p. 333, 2020), o titular da ação penal
pública é o Ministério Público (CF, art. 129, I), e sua peça inaugural é a denúncia.
É denominada de incondicionada porque a atuação do Ministério Público não

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depende da manifestação da vontade da vítima ou de terceiros. Ou seja, verificando


a presença das condições da ação e havendo justa causa para o oferecimento da
denúncia, a atuação do Parquet prescinde do implemento de qualquer condição.
Veja o que traz o texto Constitucional:

Artigo 129. São funções institucionais do Ministério Público:

I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei.

Na mesma esteira, traz o Código de Processo Penal:

Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do
Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro
da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para
representá-lo.

Art. 257. Ao Ministério Público cabe:


I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma estabelecida
neste Código

C)Ocorrência. (Errado)

De acordo com Renato Brasileiro (p. 333, 2020), o titular da ação penal
pública é o Ministério Público (CF, art. 129, I), e sua peça inaugural é a denúncia.
É denominada de incondicionada porque a atuação do Ministério Público não
depende da manifestação da vontade da vítima ou de terceiros. Ou seja, verificando
a presença das condições da ação e havendo justa causa para o oferecimento da
denúncia, a atuação do Parquet prescinde do implemento de qualquer condição.
Veja o que traz o texto Constitucional:

Artigo 129. São funções institucionais do Ministério Público:

I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei.

Na mesma esteira, traz o Código de Processo Penal:

Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do
Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro
da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para
representá-lo.

Art. 257. Ao Ministério Público cabe:


I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma estabelecida
neste Código

D)Notícia crime. (Errado)

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De acordo com Renato Brasileiro (p. 333, 2020) O titular da ação penal pública
é o Ministério Público (CF, art. 129, I), e sua peça inaugural é a denúncia. É
denominada de incondicionada porque a atuação do Ministério Público não depende
da manifestação da vontade da vítima ou de terceiros. Ou seja, verificando a
presença das condições da ação e havendo justa causa para o oferecimento da
denúncia, a atuação do Parquet prescinde do implemento de qualquer condição.
Veja o que traz o texto Constitucional:

Artigo 129. São funções institucionais do Ministério Público:

I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei.

Na mesma esteira, traz o Código de Processo Penal:

Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do
Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro
da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para
representá-lo.

Art. 257. Ao Ministério Público cabe:


I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma estabelecida
neste Código


19. No que tange a requisição do ministro da justiça nas ações penais, assinale a
alternativa incorreta:

A) Quando é cometido crime contra chefe do executivo, podendo ser presidente,
governador ou prefeito, procede-se queixa mediante requisição do Ministro da Justiça
B) Quando é cometido crime contra chefe de governo estrangeiro procede-se queixa
mediante requisição do Ministro da Justiça
C) A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro
fora do Brasil se não foi pedida ou negada a extradição e houver requisição do Ministro
da Justiça.
D) Em determinados ilícitos penais, entendeu o legislador ser pertinente que o Ministro
da Justiça avalie a conveniência política de ser
iniciada a ação penal pelo Ministério Público.

GABARITO: LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) Quando é cometido crime contra chefe do executivo, podendo ser


presidente, governador ou prefeito, procede-se queixa mediante
requisição do Ministro da Justiça. (Certo)
Errada, devendo ser assinalada como gabarito. Apenas o presidente da
república ou chefe de governo estrangeiro. Art 145 § único do CP.

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B) Quando é cometido crime contra chefe de governo estrangeiro


procede-se queixa mediante requisição do Ministro da Justiça. (Errado)
Certo. Art 145 § único do CP

C) A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro


contra brasileiro fora do Brasil se não foi pedida ou negada a extradição e
houver requisição do Ministro da Justiça. (Errado)
Certo. Art 7 CPP

D) Em determinados ilícitos penais, entendeu o legislador ser


pertinente que o Ministro da Justiça avalie a conveniência política de ser
iniciada a ação penal pelo Ministério Público. (Errado)
Certo. Conceito de ação penal condicionada a representação do ministro da
justiça.

SOLUÇÃO COMPLETA

A) Quando é cometido crime contra chefe do executivo, podendo ser


presidente, governador ou prefeito, procede-se queixa mediante
requisição do Ministro da Justiça. (Certo)
De acordo com Renato Brasileiro (p. 343-344, 2020), quando a persecução
penal estiver subordinada à manifestação de vontade do Ministro da Justiça, diz-se
que a ação penal é pública condicionada à requisição do Ministro da Justiça. Se,
porventura, a denúncia for oferecida sem o implemento da requisição do Ministro
da Justiça, deverá o magistrado rejeitar a peça acusatória, nos exatos termos do
art. 395, II, segunda parte, do CPP, pois estaria faltando uma condição (específica)
para o exercício da ação penal.
Requisição é a manifestação da vontade do Ministro da Justiça, no sentido de
que possui interesse na persecução penal do autor do fato delituoso. É condição
sine qua non para a instauração de inquérito policial e para o oferecimento da ação
penal pública nos crimes em que a lei a exigir.
O fundamento para condicionar a persecução penal de determinado delito à
requisição do Ministro da Justiça é semelhante ao da representação: evitar o
strepitus judicii ou strepitus processus, quer no sentido de se evitar que o processo
penal cause maiores prejuízos que o próprio delito, quer no sentido de se evitar
inconvenientes políticos ou diplomáticos para o Brasil. Portanto, quanto
a ela, vigora o princípio da oportunidade ou conveniência, segundo o qual o Ministro
da Justiça tem a faculdade de oferecer (ou não) a requisição.
No âmbito processual penal comum, não é comum a exigência de requisição
do Ministro da Justiça para a deflagração da persecução penal, podendo ser
lembradas as seguintes hipóteses: a) crime cometido por estrangeiro contra
brasileiro fora do Brasil (CP, art. 7º, § 3º, “b”); b) crimes contra a honra cometidos
contra o Presidente da República ou chefe de governo estrangeiro (CP,art. 141, I,
c/c art. 145, parágrafo único, primeira parte).
A requisição do Ministro da Justiça, nos mesmos moldes que a representação
do ofendido, tem natureza jurídica de condição específica de procedibilidade,
funcionando como mera autorização para proceder, permissão para que o processo

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penal possa ser instaurado, manifestação da vontade do Ministro da Justiça no


sentido de que possui interesse na persecução penal.
É dirigida ao Ministério Público, na pessoa de seu respectivo Chefe:
Procurador-Geral de Justiça ou Procurador-Geral da República. Deve conter todas
as informações que possam servir à apuração do fato e de sua autoria.
Apesar do nomen juris “requisição”, o Ministério Público não está obrigado a
oferecer denúncia, sendo descabido falar-se em vinculação do Parquet à requisição
do Ministro da Justiça.
Como dito acima, a requisição é mera condição específica da ação penal
pública, ação penal pública esta que tem como titular o Ministério Público, nos
termos do art. 129, I, da Constituição Federal.
Portanto, dotado que é o Ministério Público de independência funcional (CF,
art. 127, § 1º), cabe ao órgão ministerial formar sua opinio delicti, verificando,
assim, se os elementos constantes da requisição autorizam (ou não) o oferecimento
de denúncia.
Ao contrário da representação, que deve ser oferecida no prazo decadencial
de 6 (seis) meses, contado do conhecimento da autoria, a lei silenciou acerca de
eventual prazo para o oferecimento da requisição. Entende-se, portanto, que a
requisição não está sujeita a prazo decadencial, podendo ser oferecida a qualquer
tempo, contanto que ainda não tenha havido a extinção da punibilidade pelo
advento da prescrição.

B) Quando é cometido crime contra chefe de governo estrangeiro


procede-se queixa mediante requisição do Ministro da Justiça. (Errado)
De acordo com Renato Brasileiro (p. 343-344, 2020), Quando a persecução
penal estiver subordinada à manifestação de vontade do Ministro da Justiça, diz-se
que a ação penal é pública condicionada à requisição do Ministro da Justiça. Se,
porventura, a denúncia for oferecida sem o implemento da requisição do Ministro
da Justiça, deverá o magistrado rejeitar a peça acusatória, nos exatos termos do
art. 395, II, segunda parte, do CPP, pois estaria faltando uma condição (específica)
para o exercício da ação penal.
Requisição é a manifestação da vontade do Ministro da Justiça, no sentido de
que possui interesse na persecução penal do autor do fato delituoso. É condição
sine qua non para a instauração de inquérito policial e para o oferecimento da ação
penal pública nos crimes em que a lei a exigir.
O fundamento para condicionar a persecução penal de determinado delito à
requisição do Ministro da Justiça é semelhante ao da representação: evitar o
strepitus judicii ou strepitus processus, quer no sentido de se evitar que o processo
penal cause maiores prejuízos que o próprio delito, quer no sentido de se evitar
inconvenientes políticos ou diplomáticos para o Brasil. Portanto, quanto
a ela, vigora o princípio da oportunidade ou conveniência, segundo o qual o Ministro
da Justiça tem a faculdade de oferecer (ou não) a requisição.
No âmbito processual penal comum, não é comum a exigência de requisição
do Ministro da Justiça para a deflagração da persecução penal, podendo ser
lembradas as seguintes hipóteses: a) crime cometido por estrangeiro contra
brasileiro fora do Brasil (CP, art. 7º, § 3º, “b”); b) crimes contra a honra cometidos
contra o Presidente da República ou chefe de governo estrangeiro (CP,art. 141, I,
c/c art. 145, parágrafo único, primeira parte).

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A requisição do Ministro da Justiça, nos mesmos moldes que a representação


do ofendido, tem natureza jurídica de condição específica de procedibilidade,
funcionando como mera autorização para proceder, permissão para que o processo
penal possa ser instaurado, manifestação da vontade do Ministro da Justiça no
sentido de que possui interesse na persecução penal.
É dirigida ao Ministério Público, na pessoa de seu respectivo Chefe:
Procurador-Geral de Justiça ou Procurador-Geral da República. Deve conter todas
as informações que possam servir à apuração do fato e de sua autoria.
Apesar do nomen juris “requisição”, o Ministério Público não está obrigado a
oferecer denúncia, sendo descabido falar-se em vinculação do Parquet à requisição
do Ministro da Justiça.
Como dito acima, a requisição é mera condição específica da ação penal
pública, ação penal pública esta que tem como titular o Ministério Público, nos
termos do art. 129, I, da Constituição Federal.
Portanto, dotado que é o Ministério Público de independência funcional (CF,
art. 127, § 1º), cabe ao órgão ministerial formar sua opinio delicti, verificando,
assim, se os elementos constantes da requisição autorizam (ou não) o oferecimento
de denúncia.
Ao contrário da representação, que deve ser oferecida no prazo decadencial
de 6 (seis) meses, contado do conhecimento da autoria, a lei silenciou acerca de
eventual prazo para o oferecimento da requisição. Entende-se, portanto, que a
requisição não está sujeita a prazo decadencial, podendo ser oferecida a qualquer
tempo, contanto que ainda não tenha havido a extinção da punibilidade pelo
advento da prescrição.

C) A lei brasileiro aplica-se também ao crime cometido por


estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil se não foi pedida ou negada a
extradição e houver requisição do Ministro da Justiça. (Errado)
De acordo com Renato Brasileiro (p. 343-344, 2020), quando a persecução
penal estiver subordinada à manifestação de vontade do Ministro da Justiça, diz-se
que a ação penal é pública condicionada à requisição do Ministro da Justiça. Se,
porventura, a denúncia for oferecida sem o implemento da requisição do Ministro
da Justiça, deverá o magistrado rejeitar a peça acusatória, nos exatos termos do
art. 395, II, segunda parte, do CPP, pois estaria faltando uma condição (específica)
para o exercício da ação penal.
Requisição é a manifestação da vontade do Ministro da Justiça, no sentido de
que possui interesse na persecução penal do autor do fato delituoso. É condição
sine qua non para a instauração de inquérito policial e para o oferecimento da ação
penal pública nos crimes em que a lei a exigir.
O fundamento para condicionar a persecução penal de determinado delito à
requisição do Ministro da Justiça é semelhante ao da representação: evitar o
strepitus judicii ou strepitus processus, quer no sentido de se evitar que o processo
penal cause maiores prejuízos que o próprio delito, quer no sentido de se evitar
inconvenientes políticos ou diplomáticos para o Brasil. Portanto, quanto
a ela, vigora o princípio da oportunidade ou conveniência, segundo o qual o Ministro
da Justiça tem a faculdade de oferecer (ou não) a requisição.
No âmbito processual penal comum, não é comum a exigência de requisição
do Ministro da Justiça para a deflagração da persecução penal, podendo ser

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lembradas as seguintes hipóteses: a) crime cometido por estrangeiro contra


brasileiro fora do Brasil (CP, art. 7º, § 3º, “b”); b) crimes contra a honra cometidos
contra o Presidente da República ou chefe de governo estrangeiro (CP,art. 141, I,
c/c art. 145, parágrafo único, primeira parte).
A requisição do Ministro da Justiça, nos mesmos moldes que a representação
do ofendido, tem natureza jurídica de condição específica de procedibilidade,
funcionando como mera autorização para proceder, permissão para que o processo
penal possa ser instaurado, manifestação da vontade do Ministro da Justiça no
sentido de que possui interesse na persecução penal.
É dirigida ao Ministério Público, na pessoa de seu respectivo Chefe:
Procurador-Geral de Justiça ou Procurador-Geral da República. Deve conter todas
as informações que possam servir à apuração do fato e de sua autoria.
Apesar do nomen juris “requisição”, o Ministério Público não está obrigado a
oferecer denúncia, sendo descabido falar-se em vinculação do Parquet à requisição
do Ministro da Justiça.
Como dito acima, a requisição é mera condição específica da ação penal
pública, ação penal pública esta que tem como titular o Ministério Público, nos
termos do art. 129, I, da Constituição Federal.
Portanto, dotado que é o Ministério Público de independência funcional (CF,
art. 127, § 1º), cabe ao órgão ministerial formar sua opinio delicti, verificando,
assim, se os elementos constantes da requisição autorizam (ou não) o oferecimento
de denúncia.
Ao contrário da representação, que deve ser oferecida no prazo decadencial
de 6 (seis) meses, contado do conhecimento da autoria, a lei silenciou acerca de
eventual prazo para o oferecimento da requisição. Entende-se, portanto, que a
requisição não está sujeita a prazo decadencial, podendo ser oferecida a qualquer
tempo, contanto que ainda não tenha havido a extinção da punibilidade pelo
advento da prescrição.

D) Em determinados ilícitos penais, entendeu o legislador ser


pertinente que o Ministro da Justiça avalie a conveniência política de ser
iniciada a ação penal pelo Ministério Público. (Errado)
De acordo com Renato Brasileiro (p. 343-344, 2020), quando a persecução
penal estiver subordinada à manifestação de vontade do Ministro da Justiça, diz-se
que a ação penal é pública condicionada à requisição do Ministro da Justiça. Se,
porventura, a denúncia for oferecida sem o implemento da requisição do Ministro
da Justiça, deverá o magistrado rejeitar a peça acusatória, nos exatos termos do
art. 395, II, segunda parte, do CPP, pois estaria faltando uma condição (específica)
para o exercício da ação penal.
Requisição é a manifestação da vontade do Ministro da Justiça, no sentido de
que possui interesse na persecução penal do autor do fato delituoso. É condição
sine qua non para a instauração de inquérito policial e para o oferecimento da ação
penal pública nos crimes em que a lei a exigir.
O fundamento para condicionar a persecução penal de determinado delito à
requisição do Ministro da Justiça é semelhante ao da representação: evitar o
strepitus judicii ou strepitus processus, quer no sentido de se evitar que o processo
penal cause maiores prejuízos que o próprio delito, quer no sentido de se evitar
inconvenientes políticos ou diplomáticos para o Brasil. Portanto, quanto

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a ela, vigora o princípio da oportunidade ou conveniência, segundo o qual o Ministro


da Justiça tem a faculdade de oferecer (ou não) a requisição.
No âmbito processual penal comum, não é comum a exigência de requisição
do Ministro da Justiça para a deflagração da persecução penal, podendo ser
lembradas as seguintes hipóteses: a) crime cometido por estrangeiro contra
brasileiro fora do Brasil (CP, art. 7º, § 3º, “b”); b) crimes contra a honra cometidos
contra o Presidente da República ou chefe de governo estrangeiro (CP,art. 141, I,
c/c art. 145, parágrafo único, primeira parte).
A requisição do Ministro da Justiça, nos mesmos moldes que a representação
do ofendido, tem natureza jurídica de condição específica de procedibilidade,
funcionando como mera autorização para proceder, permissão para que o processo
penal possa ser instaurado, manifestação da vontade do Ministro da Justiça no
sentido de que possui interesse na persecução penal.
É dirigida ao Ministério Público, na pessoa de seu respectivo Chefe:
Procurador-Geral de Justiça ou Procurador-Geral da República. Deve conter todas
as informações que possam servir à apuração do fato e de sua autoria.
Apesar do nomen juris “requisição”, o Ministério Público não está obrigado a
oferecer denúncia, sendo descabido falar-se em vinculação do Parquet à requisição
do Ministro da Justiça.
Como dito acima, a requisição é mera condição específica da ação penal
pública, ação penal pública esta que tem como titular o Ministério Público, nos
termos do art. 129, I, da Constituição Federal.
Portanto, dotado que é o Ministério Público de independência funcional (CF,
art. 127, § 1º), cabe ao órgão ministerial formar sua opinio delicti, verificando,
assim, se os elementos constantes da requisição autorizam (ou não) o oferecimento
de denúncia.
Ao contrário da representação, que deve ser oferecida no prazo decadencial
de 6 (seis) meses, contado do conhecimento da autoria, a lei silenciou acerca de
eventual prazo para o oferecimento da requisição. Entende-se, portanto, que a
requisição não está sujeita a prazo decadencial, podendo ser oferecida a qualquer
tempo, contanto que ainda não tenha havido a extinção da punibilidade pelo
advento da prescrição.


20. O prazo para representação do ministro da justiça nos casos de ação penal
condicionada é:

A) 6 meses contados a partir do conhecimento da autoria do crime
B) 6 meses contados a partir da data do crime
C) A qualquer tempo, sem incidir prescrição
D) A qualquer tempo, desde não tenha havido extinção da punibilidade pela prescrição.

GABARITO: LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

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A) 6 meses contados a partir do conhecimento da autoria do crime.


(Certo)
Errado. O prazo decadencial de 6 meses é para a representação do ofendido.
Não há prazo estipulado para representação do ministro da justiça.

B) 6 meses contados a partir da data do crime. (Errado)


Errado. O prazo decadencial de 6 meses é para a representação do ofendido.
Não há prazo estipulado para representação do ministro da justiça.

C) A qualquer tempo, sem incidir prescrição. (Errado)


Errado. A qualquer tempo, sendo observado se não ocorreu extinção da
punibilidade por prescrição.

D) A qualquer tempo, desde não tenha havido extinção da


punibilidade pela prescrição. (Errado)
Certo. A qualquer tempo, sendo observado se não ocorreu extinção da
punibilidade por prescrição.

SOLUÇÃO COMPLETA

A) 6 meses contados a partir do conhecimento da autoria do crime


(Certo)
Renato Brasileiro (p. 344, 2020) afirma que “Ao contrário da representação,
que deve ser oferecida no prazo decadencial de 6 (seis) meses, contado do
conhecimento da autoria, a lei silenciou acerca de eventual prazo para o
oferecimento da requisição. Entende-se, portanto, que a requisição não está sujeita
a prazo decadencial, podendo ser oferecida a qualquer tempo, contanto que ainda
não tenha havido a extinção da punibilidade pelo advento da prescrição.”

B) 6 meses contados a partir da data do crime. (Errado)


Renato Brasileiro (p. 344, 2020) afirma que “Ao contrário da representação,
que deve ser oferecida no prazo decadencial de 6 (seis) meses, contado do
conhecimento da autoria, a lei silenciou acerca de eventual prazo para o
oferecimento da requisição. Entende-se, portanto, que a requisição não está sujeita
a prazo decadencial, podendo ser oferecida a qualquer tempo, contanto que ainda
não tenha havido a extinção da punibilidade pelo advento da prescrição”

C) A qualquer tempo, sem incidir prescrição. (Errado)


Renato Brasileiro (p. 344, 2020) afirma que “Ao contrário da representação,
que deve ser oferecida no prazo decadencial de 6 (seis) meses, contado do
conhecimento da autoria, a lei silenciou acerca de eventual prazo para o
oferecimento da requisição. Entende-se, portanto, que a requisição não está sujeita
a prazo decadencial, podendo ser oferecida a qualquer tempo, contanto que ainda
não tenha havido a extinção da punibilidade pelo advento da prescrição.”

D) A qualquer tempo, desde não tenha havido extinção da


punibilidade pela prescrição. (Errado)

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Renato Brasileiro (p. 344, 2020) afirma que “Ao contrário da representação,
que deve ser oferecida no prazo decadencial de 6 (seis) meses, contado do
conhecimento da autoria, a lei silenciou acerca de eventual prazo para o
oferecimento da requisição. Entende-se, portanto, que a requisição não está sujeita
a prazo decadencial, podendo ser oferecida a qualquer tempo, contanto que ainda
não tenha havido a extinção da punibilidade pelo advento da prescrição.”

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SUMÁRIO
QUESTÕES SOBRE A AULA .............................................................................................................................. 2
GABARITO ...................................................................................................................................................... 6
QUESTÕES COMENTADAS .............................................................................................................................. 7

MUDE SUA VIDA!


1
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QUESTÕES SOBRE A AULA



1. ANO: 2020 Questão Inédita

De acordo com o instituto da renuncia, julgue o item abaixo:

A renúncia é ato unilateral do ofendido ou de seu representante legal.

Certo ( ) Errado ( )


2. ANO: 2020 Questão Inédita

De acordo com o instituto da renuncia, julgue o item abaixo:

A renuncia só incidirá em crimes de ação penal privada, tendo em vista que a ação penal
pública é regida pelo princípio da obrigatoriedade.

Certo ( ) Errado ( )


3. ANO: 2020 Questão Inédita

De acordo com o instituto da renuncia, julgue o item abaixo:

A renuncia no processo penal poderá ser apenas expressa, não sendo admitida renuncia
tácita.

Certo ( ) Errado ( )

4. ANO: 2020 Questão Inédita

De acordo com o perdão do ofendido julgue a assertiva abaixo:

O perdão do ofendido é ato unilateral e voluntário

Certo ( ) Errado ( )



5. ANO: 2020 Questão Inédita

Em relação a renuncia e perdão do ofendido, julgue a assertiva abaixo:



A renuncia e o perdão do ofendido são causas extintivas da punibilidade. Ambos
ocorrem em hipóteses de ação penal exclusivamente privada e de ação penal privada
personalíssima, sendo atos unilaterais e são concedidos durante o curso do processo

MUDE SUA VIDA!


2
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Certo ( ) Errado ( )


6. ANO: 2020 Questão Inédita

Em relação a perempção, julgue o item a seguir:

Depois que iniciada a ação penal privada, quando o querelante deixar de promover o
andamento do processo durante 60 dias seguidos, o juiz declarará a perempção, com a
consequente extinção da punibilidade.


Certo ( ) Errado ( )


7. ANO: 2020 Questão Inédita

Em relação ao perdão, julgue o item a seguir:

O perdão concedido a um dos querelados não aproveitará aos outros, se o querelante
assim não desejar.


Certo ( ) Errado ( )


8. ANO: 2020 Questão Inédita

Julgue o item abaixo:

A representação será irretratável depois de oferecida a denuncia.


Certo ( ) Errado ( )


9. ANO: 2020 Questão Inédita


Julgue a assertiva abaixo

Nas ações penais privadas é possível haver decadência do direito de ação e renuncia,
expressa ou tácita.

Certo ( ) Errado ( )

10. ANO: 2020 Questão Inédita

Julgue a assertiva abaixo:

MUDE SUA VIDA!


3
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Em caso de falecimento ou ausência do ofendido, a ordem de representação será:


descendente, ascendente, cônjuge e irmão.

Certo ( ) Errado ( )

11. ANO: 2016 BANCA: TJ-AC ÓRGÃO: TJ-AC PROVA: TJ-AC - 2016 - TJ-AC - JUIZ LEIGO

Se o crime for de alçada privada, a instauração de inquérito policial:

A) Não interrompe o prazo para o oferecimento de queixa.
B) É indispensável para a propositura da ação penal.
C) Constitui causa de interrupção da prescrição.
D) Suspende o prazo para o oferecimento de queixa.


12. ANO: 2019 BANCA: TJ-AP ÓRGÃO: TJ-AP PROVA: TJ-AP - 2019 - TJ-AP - ESTAGIÁRIO
– DIREITO

A representação será irretratável:

A) Depois de oferecida a denúncia;
B) Após instaurado o inquérito policial;
C) Antes de instaurado o inquérito policial;
D) Depois de recebida a denúncia.


13. ANO: 2016 BANCA: TJ-AC ÓRGÃO: TJ-AC PROVA: TJ-AC - 2016 - TJ-AC –
CONCILIADOR

No tocante à ação penal:
A) A representação, segundo o CPP, é retratável até o recebimento da denúncia.
B) As fundações, associações e sociedade legalmente constituídas poderão exercer ação
penal.
C) Em regra, o ofendido ou seu representante tem prazo de 30 (trinta) dias para
oferecimento da queixa.
D) No caso de morte do ofendido, extingue-se imediatamente a punibilidade do autor do
fato.


14. ANO: 2020 Questão Inédita

Marque a alternativa correta:

A) Nas ações penais privadas vigora o princípio da obrigatoriedade.
B) Nas ações penais privadas é possível haver decadência do direito de ação mas não é
possível renuncia.
C) Nas ações penais privadas é possível haver decadência do direito de ação e renuncia,
somente expressa.
D) Nas ações penais privadas é possível haver decadência do direito de ação e renuncia,
expressa ou tácita.

MUDE SUA VIDA!


4
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15. ANO: 2020 Questão Inédita
De acordo com a legitimidade de ação penal privada:

A) Será proposta pelo ofendido, somente.
B) Será proposta pelo ofendido ou seu respectivo representante legal.
C) Em caso de morte do ofendido, extingue-se a punibilidade.
D) Em caso de ofendido ausente, extingue-se a punibilidade.


16. ANO: 2020 Questão Inédita
Em caso de falecimento ou ausência do ofendido, a ordem de representação será:

A) Ascendente, descendente, cônjuge e irmão
B) Descendente, ascendente, irmão e cônjuge
C) Cônjuge, descendente, ascendente, irmão
D) Cônjuge, ascendente, descendente e irmão.


17. ANO: 2020 Questão Inédita

Em relação a ação penal privada, assinale a alternativa correta:

A) O exercício da ação penal privada somente pode ser exercida por advogado habilitado
para tal
B) É vedado a própria parte advogar em causa própria nos crimes de ação penal privada.
C) Nos crimes de ação privada, o juiz, de ofício, nomeará advogado para promover ação
penal.
D) Não é possível pessoas jurídicas exercerem direito de ação privada.


18. ANO: 2020 Questão Inédita

O artigo 33 CPP traz as hipóteses de nomeação de curador especial, exceto:

A) Ofendido menor de 18 anos
B) Ofendido mentalmente enfermo
C) Ofendido retardado mental
D) Ofendido falecido


19. ANO: 2020 Questão Inédita

Em relação a ação penal pública subsidiária da pública, marque a alternativa correta:

A) É hipótese pacifica na doutrina e de pouca discussão.
B) Diante na inércia do membro do Ministério Público Estadual, o procurado geral da
justiça poderá assumir a titularidade.
C) Se as previdências para a abertura do inquérito policial ou instauração da ação penal
não forem atendidas pela autoridade policial ou pelo Ministério Público estadual,
poderão ser requeridas ao Procurador-Geral da República.

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D) Não há o que se questionar em relação à constitucionalidade deste tipo de ação tendo


em vista que alteração de atribuições está prevista na Constituição.


20. ANO: 2020 Questão Inédita

A perda do direito de agir pelo decurso de determinado lapso temporal, positivado no
ordenamento legal, que prova a extinção da punibilidade do agente, é chamada de:

A) Perempção
B) Decadência
C) Perdão
D) Renuncia
































GABARITO
1. Certo

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2. Certo
3. Errado
4. Errado
5. Errado
6. Errado
7. Errado
8. Certo
9. Certo
10. Errado
11. A
12. A
13. B
14. D
15. B
16. D
17. A
18. D
19. C
20. B



























QUESTÕES COMENTADAS

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1. De acordo com o instituto da renuncia, julgue o item abaixo:



A renúncia é ato unilateral do ofendido ou de seu representante legal.

GABARITO: CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Certo. Uma das características da renuncia é ato unilateral.

SOLUÇÃO COMPLETA

Renato Brasileiro (p. 353, 2020) afirma que a renúncia é o ato unilateral e
voluntário por meio do qual a pessoa legitimada ao exercício da ação penal privada
abdica do seu direito de queixa.
Cuida-se de causa extintiva da punibilidade nas hipóteses de ação penal
exclusivamente privada e personalíssima (CP, art. 107, V). Nas hipóteses de ação
penal privada subsidiária da pública, por mais que o ofendido resolva abrir mão de
seu direito de queixa subsidiária, esta renúncia não terá o condão de produzir a
extinção da punibilidade, já que, em sua origem, a ação penal é de natureza pública,
subsistindo a legitimidade ativa do Ministério Público para oferecer denúncia
enquanto não extinta a punibilidade pelo advento da prescrição.
A renúncia está diretamente relacionada ao princípio da oportunidade ou da
conveniência, sendo cabível antes do início do processo penal, além de ser
irretratável. Como o Supremo entende que o prazo decadencial é extinto no
momento do oferecimento da queixa-crime, pouco importando a data de seu
recebimento, entendemos que a renúncia pode ocorrer até o oferecimento da
queixa. Portanto, pode-se dizer que a renúncia é extraprocessual.
Trata-se de ato unilateral do ofendido ou de seu representante legal,
ou seja, não há necessidade de aceitação por parte do suposto autor do delito.


2. De acordo com o instituto da renuncia, julgue o item abaixo:

A renuncia só incidirá em crimes de ação penal privada, tendo em vista que a ação penal
pública é regida pelo princípio da obrigatoriedade.

Certo ( ) Errado ( )


GABARITO: CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

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Certo. A renuncia incide apenas em crimes de ação penal privada, onde o


ofendido é regido pelo principio da disponibilidade.

SOLUÇÃO COMPLETA

Nas ações penais privadas, vigora o princípio da oportunidade ou


conveniência, sob o qual mediante critérios próprios de oportunidade ou
conveniência, o ofendido pode optar pelo oferecimento (ou não) da queixa-crime.
Caso não pretenda exercer seu direito, pode permanecer inerte durante o curso do
prazo decadencial, ou renunciar (expressa ou tacitamente) ao direito de queixa,
situações que darão ensejo à extinção da punibilidade em relação aos crimes de
ação penal exclusivamente privada e de ação penal privada personalíssima, nos
termos do art. 107, inciso IV e V, do Código Penal.

Outro princípio que rege o tipo de ação penal privada, é o princípio da


disponibilidade, que afirma se a ação penal de iniciativa privada está sujeita a
critérios próprios de oportunidade ou conveniência do ofendido ou de seu
representante legal, isso significa dizer que o querelante poderá dispor do processo
penal em andamento. Formas de disposição:

1) perdão do ofendido: tem natureza jurídica de causa extintiva da


punibilidade nos crimes de ação penal exclusivamente privada ou personalíssima,
porém, ao contrário da renúncia, depende de aceitação do querelado;
2) perempção: é a perda do direito de prosseguir com o exercício da ação
penal exclusivamente privada ou personalíssima em virtude da desídia do
querelante, com a consequente extinção da punibilidade;
3) conciliação e assinatura de termo de desistência, no procedimento dos
crimes contra a honra de competência do juiz singular (CPP, art. 522).
Nesse tipo de ação é possível haver decadência do direito de ação ou mesmo
a renúncia, expressa ou tácita, ao exercício do direito de ação.

Código de Processo Penal

Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo
de todos, e o Ministério Público velará pela sua indivisibilidade.

Art. 49. A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos


autores do crime, a todos se estenderá.

Ainda nas lições de Renato Brasileiro (p. 353, 2020), não há o que falar em
renúncia no âmbito da ação penal pública, já que vigora, quanto a ela, o princípio
da obrigatoriedade.

O Código de Processo Penal também não prevê a renúncia ao direito de


representação ou à requisição do Ministro da Justiça como causas de extinção da
punibilidade, referindo-se apenas à renúncia do direito de queixa (CP, art. 107, V).

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Daí o motivo pelo qual o próprio CPP admite a possibilidade de retratação da


representação, desde que efetuada antes do oferecimento da denúncia (art. 25),
assim como a retratação da retratação da representação, enquanto não transcorrido
o prazo decadencial. Especial atenção, porém, deve ser dispensada à Lei dos
Juizados Especiais Criminais: o art. 74, parágrafo único, da Lei nº 9.099/95, prevê
que a homologação do acordo de composição dos danos civis acarreta a renúncia
ao direito de representação.


3. De acordo com o instituto da renuncia, julgue o item abaixo:

A renuncia no processo penal poderá ser apenas expressa, não sendo admitida renuncia
tácita.

GABARITO: ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. A renuncia pode ser expressa ou tácita.

SOLUÇÃO COMPLETA

Renato Brasileiro (p. 353, 2020) afirma que a renúncia é o ato unilateral e
voluntário por meio do qual a pessoa legitimada ao exercício da ação penal privada
abdica do seu direito de queixa.
Cuida-se de causa extintiva da punibilidade nas hipóteses de ação penal
exclusivamente privada e personalíssima (CP, art. 107, V). Nas hipóteses de ação
penal privada subsidiária da pública, por mais que o ofendido resolva abrir mão de
seu direito de queixa subsidiária, esta renúncia não terá o condão de produzir a
extinção da punibilidade, já que, em sua origem, a ação penal é de natureza pública,
subsistindo a legitimidade ativa do Ministério Público para oferecer denúncia
enquanto não extinta a punibilidade pelo advento da prescrição.
A renúncia está diretamente relacionada ao princípio da oportunidade ou da
conveniência, sendo cabível antes do início do processo penal, além de ser
irretratável. Como o Supremo entende que o prazo decadencial é extinto no
momento do oferecimento da queixa-crime, pouco importando a data de seu
recebimento,100 entendemos que a renúncia pode ocorrer até o oferecimento da
queixa. Portanto, pode-se dizer que a renúncia é extraprocessual.
Trata-se de ato unilateral do ofendido ou de seu representante legal,
ou seja, não há necessidade de aceitação por parte do suposto autor do delito.
A renúncia pode ser expressa ou tácita. Renúncia expressa é aquela feita por
declaração inequívoca, assinada pelo ofendido, por seu representante legal ou por
procurador com poderes especiais (CPP, art. 50, caput). A renúncia tácita ocorre
quando a vítima pratica ato incompatível com a vontade de processar (CP, art. 104,
parágrafo único). Costuma-se citar como exemplo de renúncia tácita o fato de o
autor da infração penal ser convidado para ser padrinho do filho do ofendido. A
renúncia tácita poderá ser provada por todos os meios de prova (CPP, art. 57).

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4. De acordo com o perdão do ofendido julgue a assertiva abaixo:

O perdão do ofendido é ato unilateral e voluntário

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. O perdão é ato bilateral.

SOLUÇÃO COMPLETA

O perdão, de acordo com Renato Brasileiro (p. 354, 2020), é o ato bilateral
e voluntário por meio do qual, no curso do processo penal, o querelante resolve não
prosseguir com a demanda, perdoando o acusado, com a consequente extinção da
punibilidade, nas hipóteses de ação penal exclusivamente privada e de ação penal
privada personalíssima (CP, art. 107, V).
O perdão do ofendido, que funciona como causa extintiva da punibilidade nas
hipóteses de ação penal exclusivamente privada e privada personalíssima (CP, art.
107, V), não se confunde com o perdão judicial, que também é causa extintiva da
punibilidade, nos casos previstos em lei (CP, art. 107, IX), como ocorre, por
exemplo, na hipótese de homicídio culposo, em que o juiz poderá deixar de aplicar
a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão
grave que a sanção penal se torne desnecessária (CP, art. 121, § 5º).


5. Em relação a renuncia e perdão do ofendido, julgue a assertiva abaixo:

A renuncia e o perdão do ofendido são causas extintivas da punibilidade. Ambos
ocorrem em hipóteses de ação penal exclusivamente privada e de ação penal privada
personalíssima, sendo atos unilaterais e são concedidos durante o curso do processo.

GABARITO: ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. A renuncia é ato unilateral e é concedida antes do início do processo,


já o perdão é ato bilateral e é concedido durante o curso do processo.

SOLUÇÃO COMPLETA
O perdão, de acordo com Renato Brasileiro (p. 354, 2020), é o ato bilateral
e voluntário por meio do qual, no curso do processo penal, o querelante resolve não
prosseguir com a demanda, perdoando o acusado, com a consequente extinção da

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punibilidade, nas hipóteses de ação penal exclusivamente privada e de ação penal


privada personalíssima (CP, art. 107, V).
O perdão do ofendido, que funciona como causa extintiva da punibilidade nas
hipóteses de ação penal exclusivamente privada e privada personalíssima (CP, art.
107, V), não se confunde com o perdão judicial, que também é causa extintiva da
punibilidade, nos casos previstos em lei (CP, art. 107, IX), como ocorre, por
exemplo, na hipótese de homicídio culposo, em que o juiz poderá deixar de aplicar
a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão
grave que a sanção penal se torne desnecessária (CP, art. 121, § 5º).
Renato Brasileiro (p. 353, 2020) afirma que a renúncia é o ato unilateral e
voluntário por meio do qual a pessoa legitimada ao exercício da ação penal privada
abdica do seu direito de queixa.
Cuida-se de causa extintiva da punibilidade nas hipóteses de ação penal
exclusivamente privada e personalíssima (CP, art. 107, V). Nas hipóteses de ação
penal privada subsidiária da pública, por mais que o ofendido resolva abrir mão de
seu direito de queixa subsidiária, esta renúncia não terá o condão de produzir a
extinção da punibilidade, já que, em sua origem, a ação penal é de natureza pública,
subsistindo a legitimidade ativa do Ministério Público para oferecer denúncia
enquanto não extinta a punibilidade pelo advento da prescrição.
A renúncia está diretamente relacionada ao princípio da oportunidade ou da
conveniência, sendo cabível antes do início do processo penal, além de ser
irretratável. Como o Supremo entende que o prazo decadencial é extinto no
momento do oferecimento da queixa-crime, pouco importando a data de seu
recebimento,100 entendemos que a renúncia pode ocorrer até o oferecimento da
queixa. Portanto, pode-se dizer que a renúncia é extraprocessual.
Trata-se de ato unilateral do ofendido ou de seu representante legal,
ou seja, não há necessidade de aceitação por parte do suposto autor do delito.
A renúncia pode ser expressa ou tácita. Renúncia expressa é aquela feita por
declaração inequívoca, assinada pelo ofendido, por seu representante legal ou por
procurador com poderes especiais (CPP, art. 50, caput). A renúncia tácita ocorre
quando a vítima pratica ato incompatível com a vontade de processar (CP, art. 104,
parágrafo único). Costuma-se citar como exemplo de renúncia tácita o fato de o
autor da infração penal ser convidado para ser padrinho do filho do ofendido. A
renúncia tácita poderá ser provada por todos os meios de prova (CPP, art. 57).


6. Em relação a perempção, julgue o item a seguir:

Depois que iniciada a ação penal privada, quando o querelante deixar de promover o
andamento do processo durante 60 dias seguidos, o juiz declarará a perempção, com a
consequente extinção da punibilidade.

GABARITO: ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

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Errado. Artigo 60 CPP. São 30 dias e, antes de declarar a perempção, o juiz


deve intimar o querelante para apresentar eventuais justificativas para o suposto
abandono do processo.

SOLUÇÃO COMPLETA

De acordo com Renato Brasileiro, o instituto da perempção consiste na


perda do direito de prosseguir no exercício da ação penal privada em virtude da
negligência do querelante, com a consequente extinção da punibilidade nas
hipóteses de ação penal exclusivamente privada e de ação penal privada
personalíssima.
Tem natureza jurídica de causa extintiva da punibilidade, cuja aplicação é
restrita às hipóteses de ação penal exclusivamente privada e de ação penal privada
personalíssima (CP, art. 107, IV). Afinal, nas hipóteses de ação penal privada
subsidiária da pública, no caso de negligência do querelante, o Ministério Público
retoma a ação como parte principal (ação penal indireta).
O próprio art. 60 do CPP, que trata da perempção, reforça esse entendimento,
ao dispor que se considera perempta a ação penal somente nos casos em que se
procede mediante queixa. Ora, nas hipóteses de ação penal privada subsidiária da
pública, não se procede somente mediante queixa, já que, originalmente, tal ação
penal tem natureza pública, podendo se proceder mediante denúncia.
Como a perempção produz a extinção da punibilidade, não se afigura possível
a renovação da ação penal privada. Além disso, é bom destacar que, na hipótese
de dois ou mais querelantes em juízo (litisconsórcio ativo), a atuação negligente de
um deles, dando ensejo à perempção, não se comunica ao outro.
Uma das hipóteses de perempção, previstas no art. 60 do Código de Processo
Penal, ocorre quando, iniciada a ação penal exclusivamente privada ou
personalíssima, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante
30 (trinta) dias seguidos: prevalece o entendimento de que, antes de declarar a
perempção, o juiz deve intimar o querelante para apresentar eventual justificativa
para o abandono do processo.104 Ademais, a contagem desse prazo de 30 (trinta)
dias deve ser contínua. Logo, se ocorrerem diversas paralisações, mas nenhuma
isoladamente dando margem ao prazo de 30 (trinta) dias, não há falar em
perempção.



7. Em relação ao perdão, julgue o item a seguir:

O perdão concedido a um dos querelados não aproveitará aos outros, se o querelante
assim não desejar.

GABARITO: ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA
Errado. Art 51 CPP.

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SOLUÇÃO COMPLETA

Em relação a ação penal de iniciativa privada é essencial entender institutos


como renuncia, perdão e perempção, causas extintivas da punibilidade conforme:

Art. 107 - Extingue-se a punibilidade:


I - pela morte do agente;
II - pela anistia, graça ou indulto;
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
IV - pela prescrição, decadência ou perempção;
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de
ação privada;
VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
VII - pelo casamento do agente com a vítima, nos crimes contra os costumes,
definidos nos Capítulos I, II e III do Título VI da Parte Especial deste Código;
VIII - pelo casamento da vítima com terceiro, nos crimes referidos no inciso
anterior, se cometidos sem violência real ou grave ameaça e desde que a ofendida
não requeira o prosseguimento do inquérito policial ou da ação penal no prazo de
60 (sessenta) dias a contar da celebração;
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.

De acordo com Renato Brasileiro (p. 350, 2020), perdão do ofendido é o ato
bilateral e voluntário por meio do qual, no curso do processo penal, o querelante
resolve não prosseguir com a demanda, perdoando o acusado, com a consequente
extinção da punibilidade, nas hipóteses de ação penal exclusivamente privada e de
ação penal privada personalíssima (CP, art. 107, V).
O perdão do ofendido, que funciona como causa extintiva da punibilidade nas
hipóteses de ação penal exclusivamente privada e privada personalíssima (CP, art.
107, V), não se confunde com o perdão judicial, que também é causa extintiva da
punibilidade, nos casos previstos em lei (CP, art. 107, IX), como ocorre, por
exemplo, na hipótese de homicídio culposo, em que o juiz poderá deixar de aplicar
a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão
grave que a sanção penal se torne desnecessária (CP, art. 121, § 5º).
Perdão do ofendido também não se confunde com a renúncia. Enquanto a
renúncia ocorre antes do início do processo, estando relacionada ao princípio da
oportunidade ou da conveniência, o perdão do ofendido irá ocorrer no curso do
processo penal, após o oferecimento da queixa-crime, daí a razão pela qual se diz
que decorre do princípio da disponibilidade. Nessa linha, como observa Feitoza,
“após o oferecimento da queixa, a figura cabível é a do perdão. Se a queixa for
recebida, será verificada a aceitação do perdão pelo querelado ou pessoa legitimada
a aceitá-lo. Se a queixa for rejeitada e ocorrer a preclusão da decisão de rejeição,
isso equivale a não ter havido oferecimento da queixa e, então, o ato será
considerado, tecnicamente, como renúncia, com a consequente extinção da
punibilidade”

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8. Julgue o item abaixo:



A representação será irretratável depois de oferecida a denuncia.

GABARITO: CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Certo. Artigo 102 CP c/c art 25 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

De acordo com Renato Brasileiro (p. 341, 2020), em relação à representação,


vigora o princípio da oportunidade ou da conveniência, significando que o ofendido
ou seu representante legal podem optar pelo oferecimento (ou não) da
representação. Como desdobramento dessa autonomia da vontade, a lei também
prevê a possibilidade de retratação da representação, que só poderá ser feita
enquanto não oferecida a denúncia pelo órgão do Ministério Público. Retratação,
portanto, somente até o oferecimento da denúncia, marco temporal este que não
se confunde com o recebimento da peça acusatória pelo magistrado.
É esse, aliás, o teor do art. 102 do Código Penal e do art. 25 do CPP, que
preveem que a representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.
Logo, oferecida a denúncia, o ofendido ou seu representante legal já não podem
mais se retratar sob a alegação de que o juiz ainda não teria recebido a peça
acusatória.
Essa retratação da representação a que se refere o art. 102 do CP e o art. 25
do CPP não se confunde com aquela de que cuida o art. 107, inciso VI, do Código
Penal, segundo o qual extingue-se a punibilidade pela retratação do agente, nos
casos em que a lei a admite. Nesta, quem se retrata não é a vítima do crime, mas
sim o próprio autor do delito, que resolve desdizer o que havia dito antes, o que
caracteriza, nos casos permitidos em lei, causa extintiva da punibilidade (v.g., arts.
143, 342, § 2º, ambos do CP).

Código de Processo Penal

Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.

Código Penal

Art. 102 - A representação será irretratável depois de oferecida a denúncia:


Decadência do direito de queixa ou de representação


9. Julgue a assertiva abaixo

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Nas ações penais privadas é possível haver decadência do direito de ação e renuncia,
expressa ou tácita.

GABARITO: CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Certo. É possível haver renuncia expressa e também tacita.

SOLUÇÃO COMPLETA

Nas ações penais privadas, vigora o princípio da oportunidade ou


conveniência, sob o qual mediante critérios próprios de oportunidade ou
conveniência, o ofendido pode optar pelo oferecimento (ou não) da queixa-crime.
Caso não pretenda exercer seu direito, pode permanecer inerte durante o curso do
prazo decadencial, ou renunciar (expressa ou tacitamente) ao direito de queixa,
situações que darão ensejo à extinção da punibilidade em relação aos crimes de
ação penal exclusivamente privada e de ação penal privada personalíssima, nos
termos do art. 107, inciso IV e V, do Código Penal.

Outro princípio que rege o tipo de ação penal privada é o princípio da


disponibilidade, que afirma se a ação penal de iniciativa privada está sujeita a
critérios próprios de oportunidade ou conveniência do ofendido ou de seu
representante legal, isso significa dizer que o querelante poderá dispor do processo
penal em andamento. Formas de disposição:

1) perdão do ofendido: tem natureza jurídica de causa extintiva da


punibilidade nos crimes de ação penal exclusivamente privada ou personalíssima,
porém, ao contrário da renúncia, depende de aceitação do querelado;
2) perempção: é a perda do direito de prosseguir com o exercício da ação
penal exclusivamente privada ou personalíssima em virtude da desídia do
querelante, com a consequente extinção da punibilidade;
3) conciliação e assinatura de termo de desistência, no procedimento dos
crimes contra a honra de competência do juiz singular (CPP, art. 522).
Nesse tipo de ação é possível haver decadência do direito de ação ou mesmo
a renúncia, expressa ou tácita, ao exercício do direito de ação.

Código de Processo Penal

Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo
de todos, e o Ministério Público velará pela sua indivisibilidade.

Art. 49. A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos


autores do crime, a todos se estenderá.

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10. Julgue a assertiva abaixo:

Em caso de falecimento ou ausência do ofendido, a ordem de representação será:
descendente, ascendente, cônjuge e irmão.

GABARITO: ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. A ordem conforme artigo 31 CPP é Cônjuge, ascendente, descente e


irmão.

SOLUÇÃO COMPLETA

Renato Brasileiro afirma que em sede de ação penal de iniciativa privada,


funciona a ação penal exclusivamente privada como a regra. Diferencia-se da ação
penal privada personalíssima porquanto, nesta, não é cabível a sucessão
processual. Diversamente, nos crimes de ação penal exclusivamente privada,
operando-se a morte ou a declaração de ausência do ofendido, o direito de queixa
será transmitido aos sucessores, nos exatos termos do art. 31 do CPP.
Supondo, assim, a prática de um crime contra a honra, os quais são, em regra,
de ação penal exclusivamente privada (CP, art. 145, caput, 1ª parte), ocorrendo a
morte do ofendido, o direito de oferecer queixa-crime ou de prosseguir na ação
passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão, nos exatos termos do art.
31 do CPP. Se se tratasse de um crime de ação penal privada personalíssima, essa
sucessão processual não seria cabível. Por consequência, a morte do ofendido
causaria a extinção da punibilidade.

Código de Processo Penal

Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá


intentar a ação privada.

Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por


decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.


11. Nos crimes de ação penal de iniciativa privada:

A) a renúncia ao exercício do direito de queixa se estenderá a todos os querelantes.
B) a renúncia é ato unilateral, voluntário e necessariamente expresso.
C) a perempção pode ocorrer no curso do inquérito policial.
D) o perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem que produza,
todavia, efeito em relação ao que o recusar.

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GABARITO: LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) a renúncia ao exercício do direito de queixa se estenderá a todos


os querelantes. (Errado)
Errado. A renuncia ao exercício do direito de queixa se estenderá a todos os
autores dos crimes. Art 49 CPP.

B) a renúncia é ato unilateral, voluntário e necessariamente expresso.


(Errado)
Errado. Art 57 CPP.

C) a perempção pode ocorrer no curso do inquérito policial. (Errado)

Errado. Art 60 CPP.

D) o perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem


que produza, todavia, efeito em relação ao que o recusar. (Certo)
Certo. Art 51 CPP

SOLUÇÃO COMPLETA

A) a renúncia ao exercício do direito de queixa se estenderá a todos


os querelantes. (Errado)
A princípio, é importante destacar que a ação penal privada se rege pelo
princípio da indivisibilidade. Isso significa, nas palavras de Renato Brasileiro (p. 332,
2020), que o ofendido não é obrigado a agir (princípio da oportunidade ou
conveniência).
Porém, caso queira exercer seu direito de queixa-crime, é obrigado a exercê-
lo em relação a todos os coautores e partícipes do fato delituoso. Como dispõe o
art. 48 do CPP, o processo de um obriga ao processo de todos.
Como consequência desse princípio, a renúncia ao exercício do direito de
queixa em relação a um dos autores do crime estende-se aos demais (CPP, art. 49).
Da mesma forma, o perdão concedido a um dos querelados aproveita a todos, salvo
se um deles não o aceitar (CPP, art. 51). O fiscal desse princípio é o Ministério
Público, que não tem legitimidade ad causam para ditar a queixa crime para incluir
coautores. Verificando-se que a omissão do querelante fora voluntária, haverá
renúncia tácita, extensiva a todos os envolvidos. Afinal, se sabia da existência de
outros coautores e partícipes, e deixou de inclui-los no polo passivo da demanda, é
porque renunciou ao direito de ação quanto a eles, renúncia esta que se estende
aos demais, nos termos do art. 48 do CPP. Se, todavia, a omissão do querelante foi
involuntária, deve o MP instar o querelante a aditar a queixa-crime para incluir os
demais envolvidos, sob pena de caracterização de renúncia tácita, acarretando a
extinção da punibilidade de todos os envolvidos.

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B)a renúncia é ato unilateral, voluntário e necessariamente expresso.


(Errado)
Em relação a ação penal de iniciativa privada é essencial entender institutos
como renuncia e perempção, causas extintivas da punibilidade conforme:

Art. 107 - Extingue-se a punibilidade:


I - pela morte do agente;
II - pela anistia, graça ou indulto;
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
IV - pela prescrição, decadência ou perempção;
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de
ação privada;
VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
VII - pelo casamento do agente com a vítima, nos crimes contra os costumes,
definidos nos Capítulos I, II e III do Título VI da Parte Especial deste Código;
VIII - pelo casamento da vítima com terceiro, nos crimes referidos no inciso
anterior, se cometidos sem violência real ou grave ameaça e desde que a ofendida
não requeira o prosseguimento do inquérito policial ou da ação penal no prazo de
60 (sessenta) dias a contar da celebração;
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.

De acordo com Renato Brasileiro (p. 350, 2020), decadência é a perda do


direito de ação penal privada ou de representação em virtude de seu não exercício
no prazo legal. Funciona como causa extintiva da punibilidade, nos exatos termos
do art. 107, inciso IV, do Código Penal.De acordo com o art. 38, caput, do CPP,
“salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá do
direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de 6 (seis)
meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso
do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia”.
Como se vê, o prazo para o oferecimento da queixa-crime e da representação
é, em regra, de 6 (seis) meses, contado do dia em que se sabe quem é o autor do
delito. Trata-se de prazo de natureza material, fatal e improrrogável, a ser contado
nos termos do art. 10 do CP: “o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo.
Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum”.
Assim, como o dia do início inclui-se no cômputo do prazo, supondo-se que
um crime de calúnia tenha sido cometido contra uma pessoa capaz com 18 (dezoito)
anos completos (ou mais) em data de 12 de abril de 2010, pode-se dizer que a
queixa-crime deve ser oferecida até o dia 11 de outubro de 2010, sob pena de
decadência e consequente extinção da punibilidade.

C) a perempção pode ocorrer no curso do inquérito policial. (Errado)


Em relação a ação penal de iniciativa privada é essencial entender institutos
como renuncia e perempção, causas extintivas da punibilidade conforme:

Art. 107 - Extingue-se a punibilidade:


I - pela morte do agente;
II - pela anistia, graça ou indulto;
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;

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IV - pela prescrição, decadência ou perempção;


V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de
ação privada;
VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
VII - pelo casamento do agente com a vítima, nos crimes contra os costumes,
definidos nos Capítulos I, II e III do Título VI da Parte Especial deste Código;
VIII - pelo casamento da vítima com terceiro, nos crimes referidos no inciso
anterior, se cometidos sem violência real ou grave ameaça e desde que a ofendida
não requeira o prosseguimento do inquérito policial ou da ação penal no prazo de
60 (sessenta) dias a contar da celebração;
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.

De acordo com Renato Brasileiro (p. 350, 2020), perempção é a perda do


direito de prosseguir no exercício da ação penal privada em virtude da negligência
do querelante, com a consequente extinção da punibilidade nas hipóteses de ação
penal exclusivamente privada e de ação penal privada personalíssima.
Tem natureza jurídica de causa extintiva da punibilidade, cuja aplicação é
restrita às hipóteses de ação penal exclusivamente privada e de ação penal privada
personalíssima (CP, art. 107, IV). Afinal, nas hipóteses de ação penal privada
subsidiária da pública, no caso de negligência do querelante, o Ministério Público
retoma a ação como parte principal (ação penal indireta).
O próprio art. 60 do CPP, que trata da perempção, reforça esse entendimento,
ao dispor que se considera perempta a ação penal somente nos casos em que se
procede mediante queixa. Ora, nas hipóteses de ação penal privada subsidiária da
pública, não se procede somente mediante queixa, já que, originalmente, tal ação
penal tem natureza pública, podendo se proceder mediante denúncia.
Como a perempção produz a extinção da punibilidade, não se afigura possível
a renovação da ação penal privada. Além disso, é bom destacar que, na hipótese
de dois ou mais querelantes em juízo (litisconsórcio ativo), a atuação negligente de
um deles, dando ensejo à perempção, não se comunica ao outro.

D) o perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem


que produza, todavia, efeito em relação ao que o recusar. (Certo)
Em relação a ação penal de iniciativa privada é essencial entender institutos
como renuncia, perdão e perempção, causas extintivas da punibilidade conforme:

Art. 107 - Extingue-se a punibilidade:


I - pela morte do agente;
II - pela anistia, graça ou indulto;
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
IV - pela prescrição, decadência ou perempção;
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de
ação privada;
VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
VII - pelo casamento do agente com a vítima, nos crimes contra os costumes,
definidos nos Capítulos I, II e III do Título VI da Parte Especial deste Código;
VIII - pelo casamento da vítima com terceiro, nos crimes referidos no inciso
anterior, se cometidos sem violência real ou grave ameaça e desde que a ofendida

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não requeira o prosseguimento do inquérito policial ou da ação penal no prazo de


60 (sessenta) dias a contar da celebração;
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.

De acordo com Renato Brasileiro (p. 350, 2020), perdão do ofendido é o ato
bilateral e voluntário por meio do qual, no curso do processo penal, o querelante
resolve não prosseguir com a demanda, perdoando o acusado, com a consequente
extinção da punibilidade, nas hipóteses de ação penal exclusivamente privada e de
ação penal privada personalíssima (CP, art. 107, V).
O perdão do ofendido, que funciona como causa extintiva da punibilidade nas
hipóteses de ação penal exclusivamente privada e privada personalíssima (CP, art.
107, V), não se confunde com o perdão judicial, que também é causa extintiva da
punibilidade, nos casos previstos em lei (CP, art. 107, IX), como ocorre, por
exemplo, na hipótese de homicídio culposo, em que o juiz poderá deixar de aplicar
a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão
grave que a sanção penal se torne desnecessária (CP, art. 121, § 5º).
Perdão do ofendido também não se confunde com a renúncia. Enquanto a
renúncia ocorre antes do início do processo, estando relacionada ao princípio da
oportunidade ou da conveniência, o perdão do ofendido irá ocorrer no curso do
processo penal, após o oferecimento da queixa-crime, daí a razão pela qual se diz
que decorre do princípio da disponibilidade. Nessa linha, como observa Feitoza,
“após o oferecimento da queixa, a figura cabível é a do perdão. Se a queixa for
recebida, será verificada a aceitação do perdão pelo querelado ou pessoa legitimada
a aceitá-lo. Se a queixa for rejeitada e ocorrer a preclusão da decisão de rejeição,
isso equivale a não ter havido oferecimento da queixa e, então, o ato será
considerado, tecnicamente, como renúncia, com a consequente extinção da
punibilidade”


11. Se o crime for de alçada privada, a instauração de inquérito policial:

A)Não interrompe o prazo para o oferecimento de queixa.
B)É indispensável para a propositura da ação penal.
C)Constitui causa de interrupção da prescrição.
D)Suspende o prazo para o oferecimento de queixa.

GABARITO: LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

A)Não interrompe o prazo para o oferecimento de queixa. (certo)


Certo. Art 38 CPP

B)É indispensável para a propositura da ação penal. (errado)


Errado. Não é indispensável. Art 12 CPP.

C)Constitui causa de interrupção da prescrição. (errado)


Errado. Não interrompe. Art 117 CP.

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D)Suspende o prazo para o oferecimento de queixa. (errado)


Errado. Não interrompe, nem mesmo suspende o prazo decadencial. Art 38
CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

A)Não interrompe o prazo para o oferecimento de queixa. (certo)


Veja o que traz o Código de Processo Penal:

Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante


legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do
prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime,
ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da
denúncia.

De acordo com Renato Brasileiro, decadência é a perda do direito de ação


penal privada ou de representação em virtude de seu não exercício no prazo legal.
Funciona como causa extintiva da punibilidade, nos exatos termos do art. 107,
inciso IV, do Código Penal.
De acordo com o art. 38, caput, do CPP, “salvo disposição em contrário, o
ofendido, ou seu representante legal, decairá do direito de queixa ou de
representação, se não o exercer dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado do dia
em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em
que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia”.
Como se vê, o prazo para o oferecimento da queixa-crime e da representação
é, em regra, de 6 (seis) meses, contado do dia em que se sabe quem é o autor do
delito. Trata-se de prazo de natureza material, fatal e improrrogável, a ser contado
nos termos do art. 10 do CP: “o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo.
Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum”.
Assim, como o dia do início inclui-se no cômputo do prazo, supondo-se que
um crime de calúnia tenha sido cometido contra uma pessoa capaz com 18 (dezoito)
anos completos (ou mais) em data de 12 de abril de 2010, pode-se dizer que a
queixa-crime deve ser oferecida até o dia 11 de outubro de 2010, sob pena de
decadência e consequente extinção da punibilidade.
Ao contrário do que ocorre com a prescrição, cujo prazo está sujeito a
interrupções ou suspensões, o prazo decadencial é fatal e improrrogável.

B)É indispensável para a propositura da ação penal. (errado)


O inquérito policial é dispensável, desde que o titular da ação penal disponha
de elementos suficientes para propô-la.

Código de Processo Penal

Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que


servir de base a uma ou outra.

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C)Constitui causa de interrupção da prescrição. (errado)


Em relação a ação penal de iniciativa privada é essencial entender institutos
como renuncia, perdão e perempção, causas extintivas da punibilidade conforme:

Art. 107 - Extingue-se a punibilidade:


I - pela morte do agente;
II - pela anistia, graça ou indulto;
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
IV - pela prescrição, decadência ou perempção;
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de
ação privada;
VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
VII - pelo casamento do agente com a vítima, nos crimes contra os costumes,
definidos nos Capítulos I, II e III do Título VI da Parte Especial deste Código;
VIII - pelo casamento da vítima com terceiro, nos crimes referidos no inciso
anterior, se cometidos sem violência real ou grave ameaça e desde que a ofendida
não requeira o prosseguimento do inquérito policial ou da ação penal no prazo de
60 (sessenta) dias a contar da celebração;
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.

D)Suspende o prazo para o oferecimento de queixa. (errado)


Veja o que traz o Código de Processo Penal:

Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante


legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do
prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime,
ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da
denúncia.

De acordo com Renato Brasileiro, decadência é a perda do direito de ação


penal privada ou de representação em virtude de seu não exercício no prazo legal.
Funciona como causa extintiva da punibilidade, nos exatos termos do art. 107,
inciso IV, do Código Penal.
De acordo com o art. 38, caput, do CPP, “salvo disposição em contrário, o
ofendido, ou seu representante legal, decairá do direito de queixa ou de
representação, se não o exercer dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado do dia
em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em
que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia”.
Como se vê, o prazo para o oferecimento da queixa-crime e da representação
é, em regra, de 6 (seis) meses, contado do dia em que se sabe quem é o autor do
delito. Trata-se de prazo de natureza material, fatal e improrrogável, a ser contado
nos termos do art. 10 do CP: “o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo.
Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum”.
Assim, como o dia do início inclui-se no cômputo do prazo, supondo-se que
um crime de calúnia tenha sido cometido contra uma pessoa capaz com 18 (dezoito)
anos completos (ou mais) em data de 12 de abril de 2010, pode-se dizer que a
queixa-crime deve ser oferecida até o dia 11 de outubro de 2010, sob pena de
decadência e consequente extinção da punibilidade.

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Ao contrário do que ocorre com a prescrição, cujo prazo está sujeito a


interrupções ou suspensões, o prazo decadencial é fatal e improrrogável.


12. A representação será irretratável:

A)Depois de oferecida a denúncia;
B)Após instaurado o inquérito policial;
C)Antes de instaurado o inquérito policial;
D)Depois de recebida a denúncia.

GABARITO: LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

A)Depois de oferecida a denúncia (Certo)


Certo. Artigo 102 CP c/c art 25 CPP.

B)Após instaurado o inquérito policial (Errado)


Errado. Artigo 102 CP c/c art 25 CPP.

C)Antes de instaurado o inquérito policial (Errado)


Errado. Artigo 102 CP c/c art 25 CPP.

D)Depois de recebida a denúncia. (Errado)


Errado. Artigo 102 CP c/c art 25 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

A)Depois de oferecida a denúncia (Certo)

De acordo com Renato Brasileiro (p. 341, 2020), em relação à representação,


vigora o princípio da oportunidade ou da conveniência, significando que o ofendido
ou seu representante legal podem optar pelo oferecimento (ou não) da
representação. Como desdobramento dessa autonomia da vontade, a lei também
prevê a possibilidade de retratação da representação, que só poderá ser feita
enquanto não oferecida a denúncia pelo órgão do Ministério Público. Retratação,
portanto, somente até o oferecimento da denúncia, marco temporal este que não
se confunde com o recebimento da peça acusatória pelo magistrado.
É esse, aliás, o teor do art. 102 do Código Penal e do art. 25 do CPP, que
preveem que a representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.
Logo, oferecida a denúncia, o ofendido ou seu representante legal já não podem
mais se retratar sob a alegação de que o juiz ainda não teria recebido a peça
acusatória.
Essa retratação da representação a que se refere o art. 102 do CP e o art. 25
do CPP não se confunde com aquela de que cuida o art. 107, inciso VI, do Código

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Penal, segundo o qual extingue-se a punibilidade pela retratação do agente, nos


casos em que a lei a admite. Nesta, quem se retrata não é a vítima do crime, mas
sim o próprio autor do delito, que resolve desdizer o que havia dito antes, o que
caracteriza, nos casos permitidos em lei, causa extintiva da punibilidade (v.g., arts.
143, 342, § 2º, ambos do CP).

Código de Processo Penal

Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.

Código Penal

Art. 102 - A representação será irretratável depois de oferecida a denúncia:


Decadência do direito de queixa ou de representação

B)Após instaurado o inquérito policial (Errado)


De acordo com Renato Brasileiro (p. 341, 2020), em relação à representação,
vigora o princípio da oportunidade ou da conveniência, significando que o ofendido
ou seu representante legal podem optar pelo oferecimento (ou não) da
representação. Como desdobramento dessa autonomia da vontade, a lei também
prevê a possibilidade de retratação da representação, que só poderá ser feita
enquanto não oferecida a denúncia pelo órgão do Ministério Público. Retratação,
portanto, somente até o oferecimento da denúncia, marco temporal este que não
se confunde com o recebimento da peça acusatória pelo magistrado.
É esse, aliás, o teor do art. 102 do Código Penal e do art. 25 do CPP, que
preveem que a representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.
Logo, oferecida a denúncia, o ofendido ou seu representante legal já não podem
mais se retratar sob a alegação de que o juiz ainda não teria recebido a peça
acusatória.
Essa retratação da representação a que se refere o art. 102 do CP e o art. 25
do CPP não se confunde com aquela de que cuida o art. 107, inciso VI, do Código
Penal, segundo o qual extingue-se a punibilidade pela retratação do agente, nos
casos em que a lei a admite. Nesta, quem se retrata não é a vítima do crime, mas
sim o próprio autor do delito, que resolve desdizer o que havia dito antes, o que
caracteriza, nos casos permitidos em lei, causa extintiva da punibilidade (v.g., arts.
143, 342, § 2º, ambos do CP).

Código de Processo Penal

Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.

Código Penal

Art. 102 - A representação será irretratável depois de oferecida a denúncia:


Decadência do direito de queixa ou de representação

C)Antes de instaurado o inquérito policial (Errado)

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De acordo com Renato Brasileiro (p. 341, 2020), em relação à representação,


vigora o princípio da oportunidade ou da conveniência, significando que o ofendido
ou seu representante legal podem optar pelo oferecimento (ou não) da
representação. Como desdobramento dessa autonomia da vontade, a lei também
prevê a possibilidade de retratação da representação, que só poderá ser feita
enquanto não oferecida a denúncia pelo órgão do Ministério Público. Retratação,
portanto, somente até o oferecimento da denúncia, marco temporal este que não
se confunde com o recebimento da peça acusatória pelo magistrado.
É esse, aliás, o teor do art. 102 do Código Penal e do art. 25 do CPP, que
preveem que a representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.
Logo, oferecida a denúncia, o ofendido ou seu representante legal já não podem
mais se retratar sob a alegação de que o juiz ainda não teria recebido a peça
acusatória.
Essa retratação da representação a que se refere o art. 102 do CP e o art. 25
do CPP não se confunde com aquela de que cuida o art. 107, inciso VI, do Código
Penal, segundo o qual extingue-se a punibilidade pela retratação do agente, nos
casos em que a lei a admite. Nesta, quem se retrata não é a vítima do crime, mas
sim o próprio autor do delito, que resolve desdizer o que havia dito antes, o que
caracteriza, nos casos permitidos em lei, causa extintiva da punibilidade (v.g., arts.
143, 342, § 2º, ambos do CP).

Código de Processo Penal

Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.

Código Penal

Art. 102 - A representação será irretratável depois de oferecida a denúncia:


Decadência do direito de queixa ou de representação

D)Depois de recebida a denúncia. (Errado)


De acordo com Renato Brasileiro (p. 341, 2020), em relação à representação,
vigora o princípio da oportunidade ou da conveniência, significando que o ofendido
ou seu representante legal podem optar pelo oferecimento (ou não) da
representação. Como desdobramento dessa autonomia da vontade, a lei também
prevê a possibilidade de retratação da representação, que só poderá ser feita
enquanto não oferecida a denúncia pelo órgão do Ministério Público. Retratação,
portanto, somente até o oferecimento da denúncia, marco temporal este que não
se confunde com o recebimento da peça acusatória pelo magistrado.
É esse, aliás, o teor do art. 102 do Código Penal e do art. 25 do CPP, que
preveem que a representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.
Logo, oferecida a denúncia, o ofendido ou seu representante legal já não podem
mais se retratar sob a alegação de que o juiz ainda não teria recebido a peça
acusatória.
Essa retratação da representação a que se refere o art. 102 do CP e o art. 25
do CPP não se confunde com aquela de que cuida o art. 107, inciso VI, do Código
Penal, segundo o qual extingue-se a punibilidade pela retratação do agente, nos
casos em que a lei a admite. Nesta, quem se retrata não é a vítima do crime, mas

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sim o próprio autor do delito, que resolve desdizer o que havia dito antes, o que
caracteriza, nos casos permitidos em lei, causa extintiva da punibilidade (v.g., arts.
143, 342, § 2º, ambos do CP).

Código de Processo Penal

Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.

Código Penal

Art. 102 - A representação será irretratável depois de oferecida a denúncia:


Decadência do direito de queixa ou de representação


13. No tocante à ação penal:

A) A representação, segundo o CPP, é retratável até o recebimento da denúncia.
B) As fundações, associações e sociedade legalmente constituídas poderão exercer ação
penal.
C) Em regra, o ofendido ou seu representante tem prazo de 30 (trinta) dias para
oferecimento da queixa.
D) No caso de morte do ofendido, extingue-se imediatamente a punibilidade do autor do
fato.


GABARITO: LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA

A)A representação, segundo o CPP, é retratável até o recebimento da


denúncia. (errado)
Errado. Art 25 CPP c/c art 102 CP.

B)As fundações, associações e sociedade legalmente constituídas


poderão exercer ação penal. (certo)
Certo. Art 37 CPP

C)Em regra, o ofendido ou seu representante tem prazo de 30 (trinta)


dias para oferecimento da queixa. (errado)
Errado. Art 38 CPP

D)No caso de morte do ofendido, extingue-se imediatamente a


punibilidade do autor do fato. (errado)
Errado. Art 24 §1º CPP

SOLUÇÃO COMPLETA

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A) A representação, segundo o CPP, é retratável até o recebimento da


denúncia. (errado)
De acordo com Renato Brasileiro (p. 341, 2020), em relação à representação,
vigora o princípio da oportunidade ou da conveniência, significando que o ofendido
ou seu representante legal podem optar pelo oferecimento (ou não) da
representação. Como desdobramento dessa autonomia da vontade, a lei também
prevê a possibilidade de retratação da representação, que só poderá ser feita
enquanto não oferecida a denúncia pelo órgão do Ministério Público. Retratação,
portanto, somente até o oferecimento da denúncia, marco temporal este que não
se confunde com o recebimento da peça acusatória pelo magistrado.
É esse, aliás, o teor do art. 102 do Código Penal e do art. 25 do CPP, que
preveem que a representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.
Logo, oferecida a denúncia, o ofendido ou seu representante legal já não podem
mais se retratar sob a alegação de que o juiz ainda não teria recebido a peça
acusatória.
Essa retratação da representação a que se refere o art. 102 do CP e o art. 25
do CPP não se confunde com aquela de que cuida o art. 107, inciso VI, do Código
Penal, segundo o qual extingue-se a punibilidade pela retratação do agente, nos
casos em que a lei a admite. Nesta, quem se retrata não é a vítima do crime, mas
sim o próprio autor do delito, que resolve desdizer o que havia dito antes, o que
caracteriza, nos casos permitidos em lei, causa extintiva da punibilidade (v.g., arts.
143, 342, § 2º, ambos do CP).

Código de Processo Penal

Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.

Código Penal

Art. 102 - A representação será irretratável depois de oferecida a denúncia:


Decadência do direito de queixa ou de representação

B) As fundações, associações e sociedade legalmente constituídas


poderão exercer ação penal. (certo)

Código de Processo Penal

Art 37. As fundações, associações ou sociedades legalmente constituídas


poderão exercer a ação penal, devendo ser representadas por quem os respectivos
contratos ou estatutos designarem ou, no silêncio destes, pelos seus diretores ou
sócios-gerentes.

C) Em regra, o ofendido ou seu representante tem prazo de 30 (trinta)


dias para oferecimento da queixa. (errado)
De acordo com o art. 38, caput, do CPP, “salvo disposição em contrário, o
ofendido, ou seu representante legal, decairá do direito de queixa ou de
representação, se não o exercer dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado do dia

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em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em
que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia”.
Renato Brasileiro afirma que trata-se de prazo de natureza material, fatal e
improrrogável, a ser contado nos termos do art. 10 do CP: “o dia do começo inclui-
se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário
comum”.Assim, como o dia do início inclui-se no cômputo do prazo, supondo-se que
um crime de lesão corporal leve tenha sido cometido contra uma pessoa capaz com
18 (dezoito) anos completos (ou mais) em data de 26 de março de 2010, pode-se
dizer que a representação deve ser oferecida até o dia 25 de setembro de 2010, às
23h59min, sob pena de decadência e consequente extinção da punibilidade, nos
termos do art. 107, IV, segunda figura, do Código Penal.
Ao contrário do que ocorre com a prescrição, cujo prazo está sujeito a
interrupções ou suspensões, o prazo decadencial é fatal e improrrogável. Assim,
não se suspende e não se interrompe.
Também não admite prorrogações. Logo, expirando-se num domingo ou
feriado, não pode ser prorrogado, como se dá com os prazos processuais (CPP, art.
798, § 3º).

D) No caso de morte do ofendido, extingue-se imediatamente a


punibilidade do autor do fato. (errado)
Renato Brasileiro afirma que no caso de morte do ofendido ou quando
declarado ausente por decisão judicial, a lei prevê especial hipótese de legitimação
anômala, sendo que o direito de oferecer queixa ou representação ou de prosseguir
na ação penal de iniciativa privada passará ao cônjuge, ascendente, descendente
ou irmão. É o que se denomina de sucessão processual, prevista no art. 24, § 1º
(sucessão nos casos de representação) e no art. 31 (sucessão processual na ação
penal de iniciativa privada). Há, aí, uma ordem de preferência: primeiro cônjuge,
depois ascendente, sucessivamente.
Caso o cônjuge não possua interesse, o direito de representação ou de queixa-
crime passará ao ascendente e, assim, sucessivamente. No entanto, na hipótese de
sucessão processual em queixa-crime, qualquer um dos sucessores poderá
prosseguir no processo já instaurado, caso o querelante (v.g., o cônjuge) desista
ou abandone a instância (CPP, art. 36). Havendo divergência entre os sucessores,
prevalece a vontade daquele que deseja dar início à persecução criminal. Por força
do disposto no art. 226, § 3º, da Constituição Federal, grande parte da doutrina
insere no rol dos sucessores o companheiro. Logo, a ordem seria cônjuge (ou
companheiro), ascendente, descendente ou irmão. Há, inclusive, precedente da
Corte Especial do STJ nesse sentido.


14. Marque a alternativa correta:

A) Nas ações penais privadas vigora o princípio da obrigatoriedade.
B) Nas ações penais privadas é possível haver decadência do direito de ação mas não é
possível renuncia.
C) Nas ações penais privadas é possível haver decadência do direito de ação e renuncia,
somente expressa.
D) Nas ações penais privadas é possivel haver decadência do direito de ação e renuncia,
expressa ou tácita.

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GABARITO: LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) Nas ações penais privadas vigora o princípio da obrigatoriedade.


(Errado)
Errado. Vigora o principio da oportunidade.

B) Nas ações penais privadas é possível haver decadência do direito


de ação mas não é possível renuncia. (Errado)
Errado. É possível renuncia, expressa ou tácita.

C) Nas ações penais privadas é possível haver decadência do direito


de ação e renuncia, somente expressa. (Errado)
Errado. É possível renuncia, expressa ou tácita

D) Nas ações penais privadas é possível haver decadência do direito


de ação e renuncia, expressa ou tácita. (Certo)
Certo. É possível renuncia expressa ou tácita.

SOLUÇÃO COMPLETA

A) Nas ações penais privadas vigora o princípio da obrigatoriedade.


(Errado)
Renato Brasileiro (p. 331, 2020) nos ensina que de acordo com o princípio
da obrigatoriedade, também chamado de legalidade processual, que rege a ação
penal pública, presentes as condições da ação penal e havendo justa causa para a
deflagração de um processo criminal, o Ministério Público é obrigado a oferecer
denúncia. Deriva do art. 24 do CPP e do art. 30 do CPPM. Exceções ao princípio da
obrigatoriedade:

1) Transação penal (art. 76 da Lei nº 9.099/95);


2) Acordo de leniência (Lei nº 12.529/11, arts. 86 e 87 );
3) Termo de ajustamento de conduta (Lei nº 7.347/85,
art. 5º, § 6º);
4) Parcelamento do débito tributário (Lei nº 9.430/96,
art. 83, § 2º, com redação dada pela Lei nº 12.382/11);
5) Colaboração premiada na nova Lei das Organizações
Criminosas (Lei nº 12.850/13, arts. 4º a 7º);
6) Acordo de não persecução penal (Resolução n. 181
do CNMP, art. 18).

Já nas ações penais privadas, vigora o princípio da oportunidade ou


conveniência, sob o qual mediante critérios próprios de oportunidade ou
conveniência, o ofendido pode optar pelo oferecimento (ou não) da queixa-crime.
Caso não pretenda exercer seu direito, pode permanecer inerte durante o curso do

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prazo decadencial, ou renunciar (expressa ou tacitamente) ao direito de queixa,


situações que darão ensejo à extinção da punibilidade em relação aos crimes de
ação penal exclusivamente privada e de ação penal privada personalíssima, nos
termos do art. 107, inciso IV e V, do Código Penal.

Outro princípio que rege o tipo de ação penal privada, é o princípio da


disponibilidade, que afirma se a ação penal de iniciativa privada está sujeita a
critérios próprios de oportunidade ou conveniência do ofendido ou de seu
representante legal, isso significa dizer que o querelante poderá dispor do processo
penal em andamento. Formas de disposição:

1) perdão do ofendido: tem natureza jurídica de causa extintiva da


punibilidade nos crimes de ação penal exclusivamente privada ou personalíssima,
porém, ao contrário da renúncia, depende de aceitação do querelado;
2) perempção: é a perda do direito de prosseguir com o exercício da ação
penal exclusivamente privada ou personalíssima em virtude da desídia do
querelante, com a consequente extinção da punibilidade;
3) conciliação e assinatura de termo de desistência, no procedimento dos
crimes contra a honra de competência do juiz singular (CPP, art. 522).

B) Nas ações penais privadas é possível haver decadência do direito


de ação mas não é possível renuncia. (Errado)
Nas ações penais privadas vigora o princípio da oportunidade ou conveniência,
sob o qual mediante critérios próprios de oportunidade ou conveniência, o ofendido
pode optar pelo oferecimento (ou não) da queixa-crime. Caso não pretenda exercer
seu direito, pode permanecer inerte durante o curso do prazo decadencial, ou
renunciar (expressa ou tacitamente) aodireito de queixa, situações que darão
ensejo à extinção da punibilidade em relação aos crimes de ação penal
exclusivamente privada e de ação penal privada personalíssima, nos termos do art.
107, inciso IV e V, do Código Penal.

Outro princípio que rege o tipo de ação penal privada, é o princípio da


disponibilidade, que afirma se a ação penal de iniciativa privada está sujeita a
critérios próprios de oportunidade ou conveniência do ofendido ou de seu
representante legal, isso significa dizer que o querelante poderá dispor do processo
penal em andamento. Formas de disposição:

1) perdão do ofendido: tem natureza jurídica de causa extintiva da


punibilidade nos crimes de ação penal exclusivamente privada ou personalíssima,
porém, ao contrário da renúncia, depende de aceitação do querelado;
2) perempção: é a perda do direito de prosseguir com o exercício da ação
penal exclusivamente privada ou personalíssima em virtude da desídia do
querelante, com a consequente extinção da punibilidade;
3) conciliação e assinatura de termo de desistência, no procedimento dos
crimes contra a honra de competência do juiz singular (CPP, art. 522).
Nesse tipo de ação é possível haver decadência do direito de ação ou mesmo
a renúncia, expressa ou tácita, ao exercício do direito de ação.

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Código de Processo Penal

Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo
de todos, e o Ministério Público velará pela sua indivisibilidade.

Art. 49. A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos


autores do crime, a todos se estenderá.

C) Nas ações penais privadas é possível haver decadência do direito


de ação e renuncia, somente expressa. (Errado)
Nas ações penais privadas vigora o princípio da oportunidade ou conveniência,
sob o qual mediante critérios próprios de oportunidade ou conveniência, o ofendido
pode optar pelo oferecimento (ou não) da queixa-crime. Caso não pretenda exercer
seu direito, pode permanecer inerte durante o curso do prazo decadencial, ou
renunciar (expressa ou tacitamente) aodireito de queixa, situações que darão
ensejo à extinção da punibilidade em relação aos crimes de ação penal
exclusivamente privada e de ação penal privada personalíssima, nos termos do art.
107, inciso IV e V, do Código Penal.

Outro princípio que rege o tipo de ação penal privada, é o princípio da


disponibilidade, que afirma se a ação penal de iniciativa privada está sujeita a
critérios próprios de oportunidade ou conveniência do ofendido ou de seu
representante legal, isso significa dizer que o querelante poderá dispor do processo
penal em andamento. Formas de disposição:

1) perdão do ofendido: tem natureza jurídica de causa extintiva da


punibilidade nos crimes de ação penal exclusivamente privada ou personalíssima,
porém, ao contrário da renúncia, depende de aceitação do querelado;
2) perempção: é a perda do direito de prosseguir com o exercício da ação
penal exclusivamente privada ou personalíssima em virtude da desídia do
querelante, com a consequente extinção da punibilidade;
3) conciliação e assinatura de termo de desistência, no procedimento dos
crimes contra a honra de competência do juiz singular (CPP, art. 522).
Nesse tipo de ação é possível haver decadência do direito de ação ou mesmo
a renúncia, expressa ou tácita, ao exercício do direito de ação.

Código de Processo Penal

Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo
de todos, e o Ministério Público velará pela sua indivisibilidade.

Art. 49. A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos


autores do crime, a todos se estenderá.

D) Nas ações penais privadas é possível haver decadência do direito


de ação e renuncia, expressa ou tácita. (Certo)

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Nas ações penais privadas, vigora o princípio da oportunidade ou


conveniência, sob o qual mediante critérios próprios de oportunidade ou
conveniência, o ofendido pode optar pelo oferecimento (ou não) da queixa-crime.
Caso não pretenda exercer seu direito, pode permanecer inerte durante o curso do
prazo decadencial, ou renunciar (expressa ou tacitamente) aodireito de queixa,
situações que darão ensejo à extinção da punibilidade em relação aos crimes de
ação penal exclusivamente privada e de ação penal privada personalíssima, nos
termos do art. 107, inciso IV e V, do Código Penal.

Outro princípio que rege o tipo de ação penal privada, é o princípio da


disponibilidade, que afirma se a ação penal de iniciativa privada está sujeita a
critérios próprios de oportunidade ou conveniência do ofendido ou de seu
representante legal, isso significa dizer que o querelante poderá dispor do processo
penal em andamento. Formas de disposição:

1) perdão do ofendido: tem natureza jurídica de causa extintiva da


punibilidade nos crimes de ação penal exclusivamente privada ou personalíssima,
porém, ao contrário da renúncia, depende de aceitação do querelado;
2) perempção: é a perda do direito de prosseguir com o exercício da ação
penal exclusivamente privada ou personalíssima em virtude da desídia do
querelante, com a consequente extinção da punibilidade;
3) conciliação e assinatura de termo de desistência, no procedimento dos
crimes contra a honra de competência do juiz singular (CPP, art. 522).
Nesse tipo de ação é possível haver decadência do direito de ação ou mesmo
a renúncia, expressa ou tácita, ao exercício do direito de ação.

Código de Processo Penal

Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo
de todos, e o Ministério Público velará pela sua indivisibilidade.

Art. 49. A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos


autores do crime, a todos se estenderá.


15. De acordo com a legitimidade de ação penal privada:

A) Será proposta pelo ofendido, somente.
B) Será proposta pelo ofendido ou seu respectivo representante legal.
C) Em caso de morte do ofendido, extingue-se a punibilidade.
D) Em caso de ofendido ausente, extingue-se a punibilidade.

GABARITO: LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) Será proposta pelo ofendido, somente. (Errado)

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Errado. Art 30 CPP

B) Será proposta pelo ofendido ou seu respectivo representante legal.


(Certo)
Certo. Art 30 CPP

C) Em caso de morte do ofendido, extingue-se a punibilidade. (Errado)


Errado. Art 31 CPP.

D) Em caso de ofendido ausente, extingue-se a punibilidade. (Errado)


Errado. Art 31 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

A) Será proposta pelo ofendido, somente. (Errado)


Renato Brasileiro afirma que em sede de ação penal de iniciativa privada,
funciona a ação penal exclusivamente privada como a regra. Diferencia-se da ação
penal privada personalíssima porquanto, nesta, não é cabível a sucessão
processual. Diversamente, nos crimes de ação penal exclusivamente privada,
operando-se a morte ou a declaração de ausência do ofendido, o direito de queixa
será transmitido aos sucessores, nos exatos termos do art. 31 do CPP.
Supondo, assim, a prática de um crime contra a honra, os quais são, em regra,
de ação penal exclusivamente privada (CP, art. 145, caput, 1ª parte), ocorrendo a
morte do ofendido, o direito de oferecer queixa-crime ou de prosseguir na ação
passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão, nos exatos termos do art.
31 do CPP. Se se tratasse de um crime de ação penal privada personalíssima, essa
sucessão processual não seria cabível. Por consequência, a morte do ofendido
causaria a extinção da punibilidade.

Código de Processo Penal

Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá


intentar a ação privada.

Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por


decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.

B) Será proposta pelo ofendido ou seu respectivo representante


legal. (Certo)

Renato Brasileiro afirma que em sede de ação penal de iniciativa privada,


funciona a ação penal exclusivamente privada como a regra. Diferencia-se da ação
penal privada personalíssima porquanto, nesta, não é cabível a sucessão
processual. Diversamente, nos crimes de ação penal exclusivamente privada,
operando-se a morte ou a declaração de ausência do ofendido, o direito de queixa
será transmitido aos sucessores, nos exatos termos do art. 31 do CPP.

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Supondo, assim, a prática de um crime contra a honra, os quais são, em regra,


de ação penal exclusivamente privada (CP, art. 145, caput, 1ª parte), ocorrendo a
morte do ofendido, o direito de oferecer queixa-crime ou de prosseguir na ação
passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão, nos exatos termos do art.
31 do CPP. Se se tratasse de um crime de ação penal privada personalíssima, essa
sucessão processual não seria cabível. Por consequência, a morte do ofendido
causaria a extinção da punibilidade.

Código de Processo Penal

Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá


intentar a ação privada.

Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por


decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.

C) Em caso de morte do ofendido, extingue-se a punibilidade.


(Errado)

Renato Brasileiro afirma que em sede de ação penal de iniciativa privada,


funciona a ação penal exclusivamente privada como a regra. Diferencia-se da ação
penal privada personalíssima porquanto, nesta, não é cabível a sucessão
processual. Diversamente, nos crimes de ação penal exclusivamente privada,
operando-se a morte ou a declaração de ausência do ofendido, o direito de queixa
será transmitido aos sucessores, nos exatos termos do art. 31 do CPP.
Supondo, assim, a prática de um crime contra a honra, os quais são, em regra,
de ação penal exclusivamente privada (CP, art. 145, caput, 1ª parte), ocorrendo a
morte do ofendido, o direito de oferecer queixa-crime ou de prosseguir na ação
passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão, nos exatos termos do art.
31 do CPP. Se se tratasse de um crime de ação penal privada personalíssima, essa
sucessão processual não seria cabível. Por consequência, a morte do ofendido
causaria a extinção da punibilidade.

Código de Processo Penal

Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá


intentar a ação privada.

Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por


decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.

D) Em caso de ofendido ausente, extingue-se a punibilidade.


(Errado)

Renato Brasileiro afirma que em sede de ação penal de iniciativa privada,


funciona a ação penal exclusivamente privada como a regra. Diferencia-se da ação

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penal privada personalíssima porquanto, nesta, não é cabível a sucessão


processual. Diversamente, nos crimes de ação penal exclusivamente privada,
operando-se a morte ou a declaração de ausência do ofendido, o direito de queixa
será transmitido aos sucessores, nos exatos termos do art. 31 do CPP.
Supondo, assim, a prática de um crime contra a honra, os quais são, em regra,
de ação penal exclusivamente privada (CP, art. 145, caput, 1ª parte), ocorrendo a
morte do ofendido, o direito de oferecer queixa-crime ou de prosseguir na ação
passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão, nos exatos termos do art.
31 do CPP. Se se tratasse de um crime de ação penal privada personalíssima, essa
sucessão processual não seria cabível. Por consequência, a morte do ofendido
causaria a extinção da punibilidade.

Código de Processo Penal

Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá


intentar a ação privada.

Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por


decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.


16. Em caso de falecimento ou ausência do ofendido, a ordem de representação será:

A) Ascendente, descendente, cônjuge e irmão
B) Descendente, ascendente, irmão e cônjuge
C) Cônjuge, descendente, ascendente, irmão
D) Cônjuge, ascendente, descendente e irmão.

GABARITO: LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) Ascendente, descendente, cônjuge e irmão. (Errado)


Errado. A ordem conforme artigo 31 CPP é Cônjuge, ascendente, descente e
irmão.
B) Descendente, ascendente, irmão e cônjuge. (Errado)
Errado. A ordem conforme artigo 31 CPP é Cônjuge, ascendente, descente e
irmão.

C) Cônjuge, descendente, ascendente, irmão. (Errado)


Errado. A ordem conforme artigo 31 CPP é Cônjuge, ascendente, descente e
irmão.

D) Cônjuge, ascendente, descendente e irmão. (Certo)


Errado. A ordem conforme artigo 31 CPP é Cônjuge, ascendente, descente e
irmão.

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SOLUÇÃO COMPLETA

A) Ascendente, descendente, cônjuge e irmão. (Errado)


Renato Brasileiro afirma que em sede de ação penal de iniciativa privada,
funciona a ação penal exclusivamente privada como a regra. Diferencia-se da ação
penal privada personalíssima porquanto, nesta, não é cabível a sucessão
processual. Diversamente, nos crimes de ação penal exclusivamente privada,
operando-se a morte ou a declaração de ausência do ofendido, o direito de queixa
será transmitido aos sucessores, nos exatos termos do art. 31 do CPP.
Supondo, assim, a prática de um crime contra a honra, os quais são, em regra,
de ação penal exclusivamente privada (CP, art. 145, caput, 1ª parte), ocorrendo a
morte do ofendido, o direito de oferecer queixa-crime ou de prosseguir na ação
passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão, nos exatos termos do art.
31 do CPP. Se se tratasse de um crime de ação penal privada personalíssima, essa
sucessão processual não seria cabível. Por consequência, a morte do ofendido
causaria a extinção da punibilidade.

Código de Processo Penal

Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá


intentar a ação privada.

Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por


decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.

B) Descendente, ascendente, irmão e cônjuge. (Errado)


Renato Brasileiro afirma que em sede de ação penal de iniciativa privada,
funciona a ação penal exclusivamente privada como a regra. Diferencia-se da ação
penal privada personalíssima porquanto, nesta, não é cabível a sucessão
processual. Diversamente, nos crimes de ação penal exclusivamente privada,
operando-se a morte ou a declaração de ausência do ofendido, o direito de queixa
será transmitido aos sucessores, nos exatos termos do art. 31 do CPP.
Supondo, assim, a prática de um crime contra a honra, os quais são, em regra,
de ação penal exclusivamente privada (CP, art. 145, caput, 1ª parte), ocorrendo a
morte do ofendido, o direito de oferecer queixa-crime ou de prosseguir na ação
passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão, nos exatos termos do art.
31 do CPP. Se se tratasse de um crime de ação penal privada personalíssima, essa
sucessão processual não seria cabível. Por consequência, a morte do ofendido
causaria a extinção da punibilidade.

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Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá


intentar a ação privada.

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Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por


decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.

C) Cônjuge, descendente, ascendente, irmão. (Errado)


Renato Brasileiro afirma que em sede de ação penal de iniciativa privada,
funciona a ação penal exclusivamente privada como a regra. Diferencia-se da ação
penal privada personalíssima porquanto, nesta, não é cabível a sucessão
processual. Diversamente, nos crimes de ação penal exclusivamente privada,
operando-se a morte ou a declaração de ausência do ofendido, o direito de queixa
será transmitido aos sucessores, nos exatos termos do art. 31 do CPP.
Supondo, assim, a prática de um crime contra a honra, os quais são, em regra,
de ação penal exclusivamente privada (CP, art. 145, caput, 1ª parte), ocorrendo a
morte do ofendido, o direito de oferecer queixa-crime ou de prosseguir na ação
passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão, nos exatos termos do art.
31 do CPP. Se se tratasse de um crime de ação penal privada personalíssima, essa
sucessão processual não seria cabível. Por consequência, a morte do ofendido
causaria a extinção da punibilidade.

Código de Processo Penal

Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá


intentar a ação privada.

Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por


decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.

D) Cônjuge, ascendente, descendente e irmão. (Certo)


Renato Brasileiro afirma que em sede de ação penal de iniciativa privada,
funciona a ação penal exclusivamente privada como a regra. Diferencia-se da ação
penal privada personalíssima porquanto, nesta, não é cabível a sucessão
processual. Diversamente, nos crimes de ação penal exclusivamente privada,
operando-se a morte ou a declaração de ausência do ofendido, o direito de queixa
será transmitido aos sucessores, nos exatos termos do art. 31 do CPP.
Supondo, assim, a prática de um crime contra a honra, os quais são, em regra,
de ação penal exclusivamente privada (CP, art. 145, caput, 1ª parte), ocorrendo a
morte do ofendido, o direito de oferecer queixa-crime ou de prosseguir na ação
passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão, nos exatos termos do art.
31 do CPP. Se se tratasse de um crime de ação penal privada personalíssima, essa
sucessão processual não seria cabível. Por consequência, a morte do ofendido
causaria a extinção da punibilidade.

Código de Processo Penal

Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá


intentar a ação privada.

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Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por


decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.


17. Em relação a ação penal privada, assinale a alternativa correta:

A) O exercício da ação penal privada somente pode ser exercida por advogado habilitado
para tal
B) É vedado a própria parte advogar em causa própria nos crimes de ação penal privada.
C) Nos crimes de ação privada, o juiz, de ofício, nomeará advogado para promover ação
penal.
D) Não é possível pessoas jurídicas exercerem direito de ação privada.

GABARITO: LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) O exercício da ação penal privada somente pode ser exercida por


advogado habilitado para tal. (Certo)
Certo. Art 32 CPP.

B) É vedado a própria parte advogar em causa própria nos crimes de


ação penal privada. (Errado)
Errado. É permitido.

C) Nos crimes de ação privada, o juiz, de ofício, nomeará advogado


para promover ação penal. (Errado)
Errado. Art 32 CPP.

D) Não é possível pessoas jurídicas exercerem direito de ação


privada. (Errado)
Errado. As pessoas jurídicas podem exercer direito de ação privada.

SOLUÇÃO COMPLETA

A) O exercício da ação penal privada somente pode ser exercida por


advogado habilitado para tal. (Certo)
É importante lembrar que o exercício da ação penal privada, como sendo
atividade jurídica, será privativa ao advogado que seja legalmente habilitado para
tal. A exceção ocorre se a própria parte o for e advogar em causa própria. Veja o
que nos traz o artigo 32 do Código de Processo Penal:

Art. 32. Nos crimes de ação privada, o juiz, a requerimento da parte que
comprovar a sua pobreza, nomeará advogado para promover a ação penal.

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§ 1o Considerar-se-á pobre a pessoa que não puder prover às despesas do


processo, sem privar-se dos recursos indispensáveis ao próprio sustento ou da
família.
§ 2o Será prova suficiente de pobreza o atestado da autoridade policial em
cuja circunscrição residir o ofendido.

B) É vedado a própria parte advogar em causa própria nos crimes de


ação penal privada. (Errado)
É importante lembrar que o exercício da ação penal privada, como sendo
atividade jurídica, será privativa ao advogado que seja legalmente habilitado para
tal. A exceção ocorre se a própria parte o for e advogar em causa própria. Veja o
que nos traz o artigo 32 do Código de Processo Penal:

Art. 32. Nos crimes de ação privada, o juiz, a requerimento da parte que
comprovar a sua pobreza, nomeará advogado para promover a ação penal.
§ 1o Considerar-se-á pobre a pessoa que não puder prover às despesas do
processo, sem privar-se dos recursos indispensáveis ao próprio sustento ou da
família.
§ 2o Será prova suficiente de pobreza o atestado da autoridade policial em
cuja circunscrição residir o ofendido.

C) Nos crimes de ação privada, o juiz, de ofício, nomeará advogado


para promover ação penal. (Errado)
É importante lembrar que o exercício da ação penal privada, como sendo
atividade jurídica, será privativa ao advogado que seja legalmente habilitado para
tal. A exceção ocorre se a própria parte o for e advogar em causa própria. Veja o
que nos traz o artigo 32 do Código de Processo Penal:

Art. 32. Nos crimes de ação privada, o juiz, a requerimento da parte que
comprovar a sua pobreza, nomeará advogado para promover a ação penal.
§ 1o Considerar-se-á pobre a pessoa que não puder prover às despesas do
processo, sem privar-se dos recursos indispensáveis ao próprio sustento ou da
família.
§ 2o Será prova suficiente de pobreza o atestado da autoridade policial em
cuja circunscrição residir o ofendido.

D) Não é possível pessoas jurídicas exercerem direito de ação


privada. (Errado)
Código de Processo Penal

As fundações, associações ou sociedades legalmente constituídas poderão


exercer a ação penal, devendo ser representadas por quem os respectivos contratos
ou estatutos designarem ou, no silêncio destes, pelos seus diretores ou sócios-
gerentes.


18. O artigo 33 CPP traz as hipóteses de nomeação de curador especial, exceto:

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A) Ofendido menor de 18 anos
B) Ofendido mentalmente enfermo
C) Ofendido retardado mental
D) Ofendido falecido

GABARITO: LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) Ofendido menor de 18 anos. (Errado)


Certo, não devendo ser assinalado como gabarito. Art 33 CPP

B) Ofendido mentalmente enfermo (Errado)


Certo, não devendo ser assinalado como gabarito. Art 33 CPP

C) Ofendido retardado mental (Errado)


Certo, não devendo ser assinalado como gabarito. Art 33 CPP

D) Ofendido falecido. (Certo)


Errado, devendo ser assinalado como gabarito. Hipótese de representação e
não curadoria. Art 31 c/c art 33 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

A) Ofendido menor de 18 anos (Errado)


De acordo com o Código de Processo Penal, as hipóteses de curadoria especial
ocorrerão quando:

Art. 33. Se o ofendido for menor de 18 anos, ou mentalmente enfermo, ou


retardado mental, e não tiver representante legal, ou colidirem os interesses deste
com os daquele, o direito de queixa poderá ser exercido por curador especial,
nomeado, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, pelo juiz competente
para o processo penal.

B) Ofendido mentalmente enfermo (Errado)


De acordo com o Código de Processo Penal, as hipóteses de curadoria especial
ocorrerão quando:

Art. 33. Se o ofendido for menor de 18 anos, ou mentalmente enfermo, ou


retardado mental, e não tiver representante legal, ou colidirem os interesses deste
com os daquele, o direito de queixa poderá ser exercido por curador especial,
nomeado, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, pelo juiz competente
para o processo penal.

C) Ofendido retardado mental (Errado)

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De acordo com o Código de Processo Penal, as hipóteses de curadoria


especial ocorrerão quando:

Art. 33. Se o ofendido for menor de 18 anos, ou mentalmente enfermo, ou


retardado mental, e não tiver representante legal, ou colidirem os interesses deste
com os daquele, o direito de queixa poderá ser exercido por curador especial,
nomeado, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, pelo juiz competente
para o processo penal.

D) Ofendido falecido. (Certo)


De acordo com o Código de Processo Penal, as hipóteses de curadoria especial
ocorrerão quando:

Art. 33. Se o ofendido for menor de 18 anos, ou mentalmente enfermo, ou


retardado mental, e não tiver representante legal, ou colidirem os interesses deste
com os daquele, o direito de queixa poderá ser exercido por curador especial,
nomeado, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, pelo juiz competente
para o processo penal.


19. Em relação a ação penal pública subsidiária da pública, marque a alternativa correta:

A) É hipótese pacifica na doutrina e de pouca discussão.
B) Diante na inércia do membro do Ministério Público Estadual, o procurado geral da
justiça poderá assumir a titularidade.
C) Se as previdências para a abertura do inquérito policial ou instauração da ação penal
não forem atendidas pela autoridade policial ou pelo Ministério Público estadual,
poderão ser requeridas ao Procurador-Geral da República.
D) Não há o que se questionar em relação à constitucionalidade deste tipo de ação tendo
em vista que alteração de atribuições está prevista na Constituição.

GABARITO: LETRA C

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) É hipótese pacifica na doutrina e de pouca discussão. (errado)


Errada. É hipótese controversa e muito discutida na doutrina

B) Diante na inércia do membro do Ministério Público Estadual, o


procurado geral da justiça poderá assumir a titularidade. (errado)
Errada. Diante de inércia do membro do Ministério Público Estadual, na figura
do Procurador Geral da Justiça, o Procurador Geral da República, poderá assumir a
titularidade

C) Se as previdências para a abertura do inquérito policial ou


instauração da ação penal não forem atendidas pela autoridade policial ou

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pelo Ministério Público estadual, poderão ser requeridas ao Procurador-


Geral da República. (certo)
Certa. Art 2 §2º do Decreto-Lei n. 201/1967

D) Não há o que se questionar em relação à constitucionalidade deste


tipo de ação tendo em vista que alteração de atribuições está prevista na
Constituição. (errado)
Errada. Não está previsto na Constituição, por isso é tão controverso.

SOLUÇÃO COMPLETA

A) É hipótese pacifica na doutrina e de pouca discussão. (errado)

Em que pese ser um ponto muito discutido pela doutrina, a respeito de sua
possível constitucionalidade, é importante conhecer e entender como funciona essa
modalidade de ação penal.
De acordo com art. 2, º§ 2º, do Decreto-Lei n. 201/1967:

Art 2 § 2º Se as previdências para a abertura do inquérito policial ou


instauração da ação penal não forem atendidas pela autoridade policial ou pelo
Ministério Público estadual, poderão ser requeridas ao Procurador-Geral da
República.

Fazendo uma breve análise ao artigo mencionado, podemos entender o


motivo de ser tema de questionamento, dentro da doutrina, em relação à estar
alinhado com o texto constitucional ou não. Isso porque essa mistura realizada
entre esferas federais e estaduais, promovendo alteração de atribuições não está
prevista constitucionalmente.
De acordo com Renato Brasileiro (p. 318,319. 2020), sua inserção como
espécie de ação penal pública não é ponto pacífico na doutrina. Porém, para alguns
doutrinadores, essa subespécie de ação penal pode ser vislumbrada nas seguintes
hipóteses:
c.1) de acordo com o art. 2º, § 2º, do Dec.-lei nº 201/67, que dispõe sobre
crimes de responsabilidade de prefeitos e vereadores, “se as providências para a
abertura do inquérito policial ou instauração da ação penal não forem atendidas
pela autoridade policial ou pelo Ministério Público estadual, poderão ser requeridas
ao Procurador-Geral da República”. Para grande parte da doutrina, esse dispositivo
não foi recepcionado pela Constituição Federal, quer porque desloca para a Justiça
Federal competência que não está prevista no art. 109 da Constituição Federal, quer
porque atenta contra a autonomia dos Ministérios Públicos dos Estados e contra a
própria estrutura do pacto federativo. Portanto, diante da inércia do Procurador-
Geral de Justiça em oferecer a denúncia, entende-se possível a provocação do
Colégio de Procuradores, órgão da estrutura do Ministério Público dos Estados, ou
o oferecimento de ação penal privada subsidiária da pública, nos termos do art. 29
do CPP.

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B) Diante na inércia do membro do Ministério Público Estadual, o


procurado geral da justiça poderá assumir a titularidade. (errado)
Em que pese ser um ponto muito discutido pela doutrina, a respeito de sua
possível constitucionalidade, é importante conhecer e entender como funciona essa
modalidade de ação penal.
De acordo com art. 2, º§ 2º, do Decreto-Lei n. 201/1967:

Art 2 § 2º Se as previdências para a abertura do inquérito policial ou


instauração da ação penal não forem atendidas pela autoridade policial ou pelo
Ministério Público estadual, poderão ser requeridas ao Procurador-Geral da
República.

Fazendo uma breve análise ao artigo mencionado, podemos entender o


motivo de ser tema de questionamento, dentro da doutrina, em relação à estar
alinhado com o texto constitucional ou não. Isso porque essa mistura realizada
entre esferas federais e estaduais, promovendo alteração de atribuições não está
prevista constitucionalmente.
De acordo com Renato Brasileiro (p. 318,319. 2020), sua inserção como
espécie de ação penal pública não é ponto pacífico na doutrina. Porém, para alguns
doutrinadores, essa subespécie de ação penal pode ser vislumbrada nas seguintes
hipóteses:
c.1) de acordo com o art. 2º, § 2º, do Dec.-lei nº 201/67, que dispõe sobre
crimes de responsabilidade de prefeitos e vereadores, “se as providências para a
abertura do inquérito policial ou instauração da ação penal não forem atendidas
pela autoridade policial ou pelo Ministério Público estadual, poderão ser requeridas
ao Procurador-Geral da República”. Para grande parte da doutrina, esse dispositivo
não foi recepcionado pela Constituição Federal, quer porque desloca para a Justiça
Federal competência que não está prevista no art. 109 da Constituição Federal, quer
porque atenta contra a autonomia dos Ministérios Públicos dos Estados e contra a
própria estrutura do pacto federativo. Portanto, diante da inércia do Procurador-
Geral de Justiça em oferecer a denúncia, entende-se possível a provocação do
Colégio de Procuradores, órgão da estrutura do Ministério Público dos Estados, ou
o oferecimento de ação penal privada subsidiária da pública, nos termos do art. 29
do CPP.

C) Se as previdências para a abertura do inquérito policial ou


instauração da ação penal não forem atendidas pela autoridade policial ou
pelo Ministério Público estadual, poderão ser requeridas ao Procurador-
Geral da República. (certo)
Em que pese ser um ponto muito discutido pela doutrina, a respeito de sua
possível constitucionalidade, é importante conhecer e entender como funciona essa
modalidade de ação penal.
De acordo com art. 2, º§ 2º, do Decreto-Lei n. 201/1967:

Art 2 § 2º Se as previdências para a abertura do inquérito policial ou


instauração da ação penal não forem atendidas pela autoridade policial ou pelo
Ministério Público estadual, poderão ser requeridas ao Procurador-Geral da
República.

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Fazendo uma breve análise ao artigo mencionado, podemos entender o


motivo de ser tema de questionamento, dentro da doutrina, em relação à estar
alinhado com o texto constitucional ou não. Isso porque essa mistura realizada
entre esferas federais e estaduais, promovendo alteração de atribuições não está
prevista constitucionalmente.
De acordo com Renato Brasileiro (p. 318,319. 2020), sua inserção como
espécie de ação penal pública não é ponto pacífico na doutrina. Porém, para alguns
doutrinadores, essa subespécie de ação penal pode ser vislumbrada nas seguintes
hipóteses:
c.1) de acordo com o art. 2º, § 2º, do Dec.-lei nº 201/67, que dispõe sobre
crimes de responsabilidade de prefeitos e vereadores, “se as providências para a
abertura do inquérito policial ou instauração da ação penal não forem atendidas
pela autoridade policial ou pelo Ministério Público estadual, poderão ser requeridas
ao Procurador-Geral da República”. Para grande parte da doutrina, esse dispositivo
não foi recepcionado pela Constituição Federal, quer porque desloca para a Justiça
Federal competência que não está prevista no art. 109 da Constituição Federal, quer
porque atenta contra a autonomia dos Ministérios Públicos dos Estados e contra a
própria estrutura do pacto federativo. Portanto, diante da inércia do Procurador-
Geral de Justiça em oferecer a denúncia, entende-se possível a provocação do
Colégio de Procuradores, órgão da estrutura do Ministério Público dos Estados, ou
o oferecimento de ação penal privada subsidiária da pública, nos termos do art. 29
do CPP.

D) Não há o que se questionar em relação à constitucionalidade deste


tipo de ação tendo em vista que alteração de atribuições está prevista na
Constituição. (errado)
Em que pese ser um ponto muito discutido pela doutrina, a respeito de sua
possível constitucionalidade, é importante conhecer e entender como funciona essa
modalidade de ação penal.
De acordo com art. 2, º§ 2º, do Decreto-Lei n. 201/1967:

Art 2 § 2º Se as previdências para a abertura do inquérito policial ou


instauração da ação penal não forem atendidas pela autoridade policial ou pelo
Ministério Público estadual, poderão ser requeridas ao Procurador-Geral da
República.

Fazendo uma breve análise ao artigo mencionado, podemos entender o


motivo de ser tema de questionamento, dentro da doutrina, em relação à estar
alinhado com o texto constitucional ou não. Isso porque essa mistura realizada
entre esferas federais e estaduais, promovendo alteração de atribuições não está
prevista constitucionalmente.
De acordo com Renato Brasileiro (p. 318,319. 2020), sua inserção como
espécie de ação penal pública não é ponto pacífico na doutrina. Porém, para alguns
doutrinadores, essa subespécie de ação penal pode ser vislumbrada nas seguintes
hipóteses:

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c.1) de acordo com o art. 2º, § 2º, do Dec.-lei nº 201/67, que dispõe sobre
crimes de responsabilidade de prefeitos e vereadores, “se as providências para a
abertura do inquérito policial ou instauração da ação penal não forem atendidas
pela autoridade policial ou pelo Ministério Público estadual, poderão ser requeridas
ao Procurador-Geral da República”. Para grande parte da doutrina, esse dispositivo
não foi recepcionado pela Constituição Federal, quer porque desloca para a Justiça
Federal competência que não está prevista no art. 109 da Constituição Federal, quer
porque atenta contra a autonomia dos Ministérios Públicos dos Estados e contra a
própria estrutura do pacto federativo. Portanto, diante da inércia do Procurador-
Geral de Justiça em oferecer a denúncia, entende-se possível a provocação do
Colégio de Procuradores, órgão da estrutura do Ministério Público dos Estados, ou
o oferecimento de ação penal privada subsidiária da pública, nos termos do art. 29
do CPP.


20. A perda do direito de agir pelo decurso de determinado lapso temporal, positivado
no ordenamento legal, que prova a extinção da punibilidade do agente, é chamada de:

A) Perempção
B) Decadência
C) Perdão
D) Renuncia

GABARITO: LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) Perempção (Errado)
Errado. O conceito trazido é de decadência.

B) Decadência (Certo)
Certo. Conceito correto de decadência.

C) Perdão (Errado)
Errado. O conceito trazido é de decadência.

D) Renuncia (Errado)
Errado. O conceito trazido é de decadência.

SOLUÇÃO COMPLETA

A) Perempção (Errado)
A doutrina de Renato Brasileiro (p. 356, 2020) define perempção como a
perda do direito de prosseguir no exercício da ação penal privada em virtude da
negligência do querelante, com a consequente extinção da punibilidade nas
hipóteses de ação penal exclusivamente privada e de ação penal privada
personalíssima.

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Tem natureza jurídica de causa extintiva da punibilidade, cuja aplicação é


restrita às hipóteses de ação penal exclusivamente privada e de ação penal privada
personalíssima (CP, art. 107, IV). Afinal, nas hipóteses de ação penal privada
subsidiária da pública, no caso de negligência do querelante, o Ministério Público
retoma a ação como parte principal (ação penal indireta).
O próprio art. 60 do CPP, que trata da perempção, reforça esse entendimento,
ao dispor que se considera perempta a ação penal somente nos casos em que se
procede mediante queixa. Ora, nas hipóteses de ação penal privada subsidiária da
pública, não se procede somente mediante queixa, já que, originalmente, tal ação
penal tem natureza pública, podendo se proceder mediante denúncia.
Como a perempção produz a extinção da punibilidade, não se afigura possível
a renovação da ação penal privada. Além disso, é bom destacar que, na hipótese
de dois ou mais querelantes em juízo (litisconsórcio ativo), a atuação negligente de
um deles, dando ensejo à perempção, não se comunica ao outro.

B) Decadência (Certo)
De acordo com Renato Brasileiro (p.350,2020), a decadência é a perda do
direito de ação penal privada ou de representação em virtude de seu não exercício
no prazo legal. Funciona como causa extintiva da punibilidade, nos exatos termos
do art. 107, inciso IV, do Código Penal.
De acordo com o art. 38, caput, do CPP, “salvo disposição em contrário, o
ofendido, ou seu representante legal, decairá do direito de queixa ou de
representação, se não o exercer dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado do dia
em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em
que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia”.

C) Perdão (Errado)
O perdão, de acordo com Renato Brasileiro (p. 354, 2020) é o ato bilateral
e voluntário por meio do qual, no curso do processo penal, o querelante resolve não
prosseguir com a demanda, perdoando o acusado, com a consequente extinção da
punibilidade, nas hipóteses de ação penal exclusivamente privada e de ação penal
privada personalíssima (CP, art. 107, V).
O perdão do ofendido, que funciona como causa extintiva da punibilidade nas
hipóteses de ação penal exclusivamente privada e privada personalíssima (CP, art.
107, V), não se confunde com o perdão judicial, que também é causa extintiva da
punibilidade, nos casos previstos em lei (CP, art. 107, IX), como ocorre, por
exemplo, na hipótese de homicídio culposo, em que o juiz poderá deixar de aplicar
a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão
grave que a sanção penal se torne desnecessária (CP, art. 121, § 5º).

D) Renuncia (Errado)
Renato Brasileiro (p. 353, 2020) afirma que a renúncia é o ato unilateral e
voluntário por meio do qual a pessoa legitimada ao exercício da ação penal privada
abdica do seu direito de queixa.
Cuida-se de causa extintiva da punibilidade nas hipóteses de ação penal
exclusivamente privada e personalíssima (CP, art. 107, V). Nas hipóteses de ação
penal privada subsidiária da pública, por mais que o ofendido resolva abrir mão de
seu direito de queixa subsidiária, esta renúncia não terá o condão de produzir a

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extinção da punibilidade, já que, em sua origem, a ação penal é de natureza pública,


subsistindo a legitimidade ativa do Ministério Público para oferecer denúncia
enquanto não extinta a punibilidade pelo advento da prescrição.
A renúncia está diretamente relacionada ao princípio da oportunidade ou da
conveniência, sendo cabível antes do início do processo penal, além de ser
irretratável. Como o Supremo entende que o prazo decadencial é extinto no
momento do oferecimento da queixa-crime, pouco importando a data de seu
recebimento,100 entendemos que a renúncia pode ocorrer até o oferecimento da
queixa. Portanto, pode-se dizer que a renúncia é extraprocessual.
Trata-se de ato unilateral do ofendido ou de seu representante legal,
ou seja, não há necessidade de aceitação por parte do suposto autor do delito.

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QUESTÕES SOBRE A
AULA

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2

QUESTÕES
AÇÃO CIVIL EX DELICTO
1. (CESPE – 2020 – TJ/PA – OFICIAL DE JUSTIÇA – AVALIADOR)
Impede a propositura de ação civil indenizatória a decisão penal que:
a) arquivar o inquérito policial.
b) julgar extinta a punibilidade do agente.
c) reconhecer a inexistência material do fato.
d) absolver o réu em razão de o fato imputado não constituir crime
e) absolver o réu em razão de não existir prova suficiente para sua condenação.

2. (CESPE – 2019 – TJ/DFT – TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS – PROVIMENTO)


Joaquim foi vítima de crime de lesão corporal de natureza grave praticado, em tese, por Fran-
cisco, o que resultou em sérios prejuízos patrimoniais à vítima bem como em instauração de
processo criminal contra o suposto autor do delito.
Com referência a essa situação hipotética, assinale a opção correta, considerando os disposi-
tivos processuais que regem a ação civil ex delicto.
a) Joaquim deverá aguardar o trânsito em julgado da sentença penal condenatória, para,
somente depois, executá-la na esfera cível.
b) A absolvição de Francisco com base no reconhecimento de causa exculpante faz coisa
julgada no juízo cível.
c) Joaquim poderá propor ação civil ex delicto, de caráter cognitivo, valendo-se de cau-
telares do Código de Processo Penal para assegurar o patrimônio do réu que garanta
indenização conferida pelo juízo cível.
d) A requerimento de Joaquim, caso ele seja pobre, a ação civil poderá ser promovida
pelo Ministério Público.
e) A sentença penal absolutória que reconhecer, categoricamente, que a conduta de Fran-
cisco é materialmente atípica não impedirá a propositura da ação civil por Joaquim.

3. (CESPE/CEBRASPE – 2017 – PGE/SE)


A propositura de ação na esfera cível ou administrativa é impedida por:
a) sentença que entenda atípica a conduta praticada pelo réu.
b) sentença que verifique a inexistência material do fato.
c) sentença que absolva o acusado por não haver provas da sua coparticipação na in-
fração penal.
d) despacho que determine o arquivamento do inquérito policial.
e) sentença que absolva o réu por ausência de provas.

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Questões 3

4. (CESPE/CEBRASPE – 2017 – TER/BA – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA)


João foi vítima de um crime de furto praticado por Pedro. A res furtiva não foi recuperada
pela vítima. Instaurado inquérito, apuraram-se a autoria e a materialidade e ofereceu-se a
denúncia contra Pedro.
Nessa situação hipotética, a propositura da ação civil ex delicto contra Pedro:
a) estará prejudicada, por haver litispendência.
b) independerá da existência da ação penal.
c) será inadmissível, pois ninguém pode ser punido duas vezes pela prática do mesmo
fato.
d) dependerá do trânsito em julgado da sentença penal.
e) dependerá da condenação do acusado por órgão jurisdicional colegiado.

5. (CESPE/CEBRASPE – 2013 – TJ/BA – TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS


– REMOÇÃO)
Acerca da ação civil ex delicto e da competência, assinale a opção correta.
a) Nos casos de exclusiva ação privada, quando conhecido o lugar da infração, o quere-
lante não poderá preferir o foro de domicílio ou da residência do réu.
b) A conexão e a continência importarão na unidade de processo e julgamento, mesmo
no concurso entre a jurisdição comum e a militar.
c) Após o trânsito em julgado de sentença penal condenatória, somente o ofendido
poderá executá-la no juízo cível.
d) O arquivamento do inquérito policial impede a propositura da ação civil ex delicto.
e) Faz coisa julgada, na esfera cível, a sentença penal em que seja reconhecida a prática
de ato em estado de necessidade, legítima defesa, estrito cumprimento de dever legal
ou exercício regular de direito.

6. (FUNDATEC – 2019 – PREFEITURA DE CAPÃO DA CANOA/RS – ADVOGADO)


De acordo com o Código de Processo Penal, no processo em geral, quanto à ação civil, analise
as seguintes assertivas:
I. Intentada a ação penal, o juiz da ação civil deverá suspender o curso desta, até o julga-
mento definitivo daquela.
II. Não faz coisa julgada no cível a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado
em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal
ou no exercício regular de direito.
III. Não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil poderá ser proposta
quando não tiver sido, categoricamente, reconhecida a inexistência material do fato.
Quais estão corretas?
a) Apenas I. c) Apenas III. e) Apenas II e III.
b) Apenas II. d) Apenas I e III.

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7. (CESPE/CEBRASPE – 2013 – TJ/PI – TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS


– REMOÇÃO)
Impedirá a propositura de ação civil reparatória a decisão penal que:
a) absolver o réu em decorrência de prova da inexistência material do fato.
b) absolver o réu por ausência de prova suficiente quanto à autoria.
c) absolver o réu por não constituir crime o fato a ele imputado.
d) arquivar o inquérito policial ou as peças de informação.
e) julgar extinta a punibilidade do autor do fato.

8. (CESPE/CEBRASPE – 2013 – TJ/RR – TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS)


A respeito da ação civil ex delicto, assinale a opção correta.
a) Ao oferecer a denúncia, o MP poderá também requerer ao juízo criminal competente
que, uma vez julgado procedente o pedido de condenação do acusado pelo crime
de roubo, também o condene civilmente a reparar o dano material causado por não
ter sido apreendida a coisa subtraída, assegurando-se ao ofendido executar o título
executivo no juízo cível competente.
b) A absolvição imprópria impede a propositura da ação cível pelo ofendido.
c) O MP detém legitimidade extraordinária para propor ação cível contra autor de fato
que prejudique pessoa pobre.
d) A extinção da punibilidade pela prescrição impede a propositura da ação cível pelo
ofendido, visto que a prescrição alcança o fato e a produção de seus efeitos.
e) Sentença que absolva o acusado sob o fundamento da incidência de causa excludente
de tipicidade impede a propositura da ação cível pelo ofendido.

9. (CESPE/CEBRASPE – 2013 – TJ/PB – JUIZ LEIGO)


No que se refere à ação penal e à ação civil ex delicto, assinale a opção correta.
a) A conclusão, pelo juízo criminal, de que o fato narrado na denúncia não constitui crime
ou a declaração da não existência de provas suficientes para a condenação do réu,
assim como a proclamação da extinção da punibilidade, não obstam a propositura
da ação civil ex delicto.
b) Não sendo proposta a ação penal para responsabilizar o agente por determinado
crime, a vítima estará impedida de ingressar com ação civil no intuito de reparar os
danos causados por esse crime, visto que, nesse caso, o crime não terá sido judicial-
mente comprovado.
c) A deflagração da persecução penal em juízo, em caso de ação penal pública condicio-
nada, deve, obrigatoriamente, embasar-se nas informações existentes em inquérito
policial.
d) Independentemente da espécie de ação penal, se a vítima conceder o perdão ao
agressor, a punibilidade será extinta, devendo o juiz arquivar a denúncia.

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Questões 5

e) O prazo decadencial para o início da ação penal pública condicionada − que pode ser
iniciada com a representação do ofendido ou a requisição do ministro da Justiça − é
de seis meses, contado a partir do conhecimento do autor do crime pelo ofendido
ou seu representante.

10. (CESPE/CEBRASPE – 2008 – DPE/CE – DEFENSOR PÚBLICO)


Com relação à ação civil, julgue os itens que se seguem.
Apesar do princípio da intranscendência, segundo o qual a pena não passará da pessoa do
condenado, a ação civil para ressarcimento do dano poderá ser proposta, no juízo cível, contra
o autor do crime e, se for o caso, contra o responsável civil.
Certo ( ) Errado ( )
11. (CESPE/CEBRASPE – 2013 – DPE/DF – DEFENSOR PÚBLICO)
Com relação à ação penal privada, à queixa-crime e à ação civil, julgue os itens que se seguem.
Mesmo que tenha sido reconhecida categoricamente a inexistência material do fato pelo juízo
criminal, sendo proferida sentença absolutória, poderá ser proposta a ação civil ex delicto, dada
a possibilidade de que a mesma prova seja valorada de outra forma no juízo cível.
Certo ( ) Errado ( )
12. (CESPE/CEBRASPE – 2013 – TJ/DFT – ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA
AVALIADOR)
Julgue os itens a seguir, relativos à ação penal, à ação civil e à competência. Nos casos em
que o valor mínimo da indenização é fixado pelo juiz na sentença, dispensa-se o ajuizamento
da ação civil ex delicto para a execução do montante estabelecido para a reparação do dano
causado pelo crime.
Certo ( ) Errado ( )
13. (CESPE/CEBRASPE – 2012 – TJ/AC – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA)
Julgue os itens subsequentes, relativos ao inquérito policial, à ação penal, à ação civil e à
competência.
Considere que Januário, empregado da padaria Pão & Saúde, ao dirigir veículo da empresa
para a entrega de encomendas, no horário regular de trabalho, tenha atropelado Fátima e que
esta tenha falecido em decorrência do acidente. Considere, ainda, que Januário tenha sido
condenado, por sentença judicial transitada em julgado, pela prática de homicídio culposo.
Nessa situação, a ação civil ex delicto, de natureza executória, poderá ser movida em face de
Januário ou da empresa empregadora, responsável civil por ato de seu preposto.
Certo ( ) Errado ( )
14. (CESPE/CEBRASPE – 2012 – TER/RJ – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA)
Julgue os itens a seguir, que versam sobre ação civil, competência criminal e processos
incidentes.
As esferas cível e penal são independentes, razão por que o prazo prescricional para o ajuiza-
mento da ação civil ex delicto começa a fluir a partir do fato criminoso.
Certo ( ) Errado ( )

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6

15. (CESPE/CEBRASPE – 2010 – DETRAN/ES – ADVOGADO)


Julgue os próximos itens, acerca de culpabilidade e de punibilidade.
Abel foi condenado pela prática de delito contra a integridade física de Braz. Um mês após
o trânsito em julgado da sentença penal condenatória, Abel faleceu em razão de um ataque
cardíaco. Nessa situação, a sentença penal pode ser executada no juízo cível contra os suces-
sores do falecido, mediante prévia liquidação do valor do dano.
Certo ( ) Errado ( )
16. (CESPE/CEBRASPE – 2011 – PC/ES)
Em cada um dos itens seguintes, é apresentada uma situação hipotética a respeito da aplicação
do direito processual penal, seguida de uma assertiva a ser julgada.
Rose recebeu sentença penal condenatória transitada em julgado pela prática do crime de
roubo qualificado pelo uso de arma de fogo. Nessa situação, considerando que Lina tenha sido
a única vítima do delito, a correspondente ação civil ex delicto somente poderá ser promovida
pela ofendida.
Certo ( ) Errado ( )
17. (CESPE/CEBRASPE – 2010 – DPU – DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL)
Acerca dos princípios institucionais da Defensoria Pública e das ideias contidas no julgado
apresentado, julgue os itens de 187 a 190.
Segundo o art. 68 do CPP, quando o titular do direito à reparação do dano for pobre, a execu-
ção da sentença condenatória ou a ação civil será promovida, a seu requerimento, pelo MP. A
jurisprudência já se assentou no sentido de que, apesar de a CF ter afastado das atribuições do
MP a defesa dos hipossuficientes, pois a incumbiu às defensorias públicas, há apenas inconsti-
tucionalidade progressiva do art. 68 do CPP, enquanto não criada e organizada a defensoria no
respectivo estado. Assim, o MP detém legitimidade para promover, como substituto processual
de necessitados, a ação civil por danos resultantes de crime nos estados em que ainda não
tiver sido instalada Defensoria Pública.
Certo ( ) Errado ( )
18. (CESPE/CEBRASPE – 2008 – DPE/CE – DEFENSOR PÚBLICO)
Com relação à ação civil, julgue os itens que se seguem.
A sentença penal absolutória que decidir que o fato imputado ao acusado não constitui crime
impede a propositura da ação civil.
Certo ( ) Errado ( )
19. (CESPE/CEBRASPE – 2018 – MPE/PI – ANALISTA MINISTERIAL – ÁREA PROCESSUAL)
Durante uma festa, após desentendimentos entre Carlos e Miro, este proferiu xingamentos
racistas contra aquele, o que levou Carlos a empurrar seu agressor, que caiu em uma mesa
de vidro. Com o forte impacto, a mesa se despedaçou completamente e seus cacos causaram
cortes profundos por todo o corpo de Miro. Os convidados ligaram para a polícia e para o
corpo de bombeiros: Carlos foi preso em flagrante e Miro foi encaminhado ao hospital, onde
ficou internado por cinco dias, com risco de morte; passou por procedimentos cirúrgicos e,

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Questões Comentadas 7

posteriormente, teve de ficar afastado de sua atividade laboral por trinta e dois dias. O Minis-
tério Público denunciou Carlos por lesão corporal de natureza grave.
Nessa situação hipotética, caso Carlos alegue que a vítima teria proferido xingamentos racistas,
Miro precisará esperar o encerramento da ação penal, cuja sentença deverá ser condenatória,
para, então, propor eventual ação civil indenizatória pelos gastos hospitalares, danos morais
e eventuais demais prejuízos.
Certo ( ) Errado ( )
20. (CESPE)
Não são causas impeditivas da reparação civil as decisões do juízo penal que determinem o
arquivamento do inquérito policial, que declarem extinta a punibilidade do réu ou que absol-
vam o réu por não ser o fato infração penal.
Certo ( ) Errado ( )

GABARITO
1. A 5. E 9. A 13. Errado 17. Certo

2. E 6. C 10. Certo 14. Errado 18. Errado

3. B 7. A 11. Errado 15. Certo 19. Errado

4. B 8. A 12. Errado 16. Errado 20. Certo

QUESTÕES COMENTADAS
1. (CESPE – 2020 – TJ/PA – OFICIAL DE JUSTIÇA – AVALIADOR)
Impede a propositura de ação civil indenizatória a decisão penal que:
a) arquivar o inquérito policial.
b) julgar extinta a punibilidade do agente.
c) reconhecer a inexistência material do fato.
d) absolver o réu em razão de o fato imputado não constituir crime
e) Absolver o réu em razão de não existir prova suficiente para sua condenação.
GABARITO: A.
SOLUÇÃO RÁPIDA
É necessário ter muita atenção ao teor dos arts. 66 e 67 do Código de Processo Penal.
A alternativa certa está fundamentada com base na parte final do art. 66 do Código de
Processo Penal. Vejamos:
Art. 66. Não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil poderá ser pro-
posta quando não tiver sido, categoricamente, reconhecida a inexistência material do fato.
Enquanto as demais assertivas incorretas, estão em contraposição ao comando do art.
67 do CPP:

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Art. 67. Não impedirão igualmente a propositura da ação civil:


I – o despacho de arquivamento do inquérito ou das peças de informação;
II – a decisão que julgar extinta a punibilidade;
III – a sentença absolutória que decidir que o fato imputado não constitui crime.

2. (CESPE – 2019 – TJ/DFT – TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS – PROVIMENTO)


Joaquim foi vítima de crime de lesão corporal de natureza grave praticado, em tese, por Fran-
cisco, o que resultou em sérios prejuízos patrimoniais à vítima bem como em instauração de
processo criminal contra o suposto autor do delito.
Com referência a essa situação hipotética, assinale a opção correta, considerando os disposi-
tivos processuais que regem a ação civil ex delicto.
a) Joaquim deverá aguardar o trânsito em julgado da sentença penal condenatória, para,
somente depois, executá-la na esfera cível.
b) A absolvição de Francisco com base no reconhecimento de causa exculpante faz coisa
julgada no juízo cível.
c) Joaquim poderá propor ação civil ex delicto, de caráter cognitivo, valendo-se de cau-
telares do Código de Processo Penal para assegurar o patrimônio do réu que garanta
indenização conferida pelo juízo cível.
d) A requerimento de Joaquim, caso ele seja pobre, a ação civil poderá ser promovida
pelo Ministério Público.
e) A sentença penal absolutória que reconhecer, categoricamente, que a conduta de Fran-
cisco é materialmente atípica não impedirá a propositura da ação civil por Joaquim.
GABARITO: E.
SOLUÇÃO RÁPIDA
a) Previsão errada. Por desdobramento do sistema adotado no Brasil (sistema da inde-
pendência), é possível que Joaquim busque a indenização no juízo cível, por meio de
ação de conhecimento, sem precisar aguardar o trânsito em julgado da ação penal.
b) Previsão errada. As causas exculpantes são aquelas que afetam e afastam o terceiro
substrato do crime (culpabilidade). O que faz coisa julgada no juízo cível são as causas
excludentes de ilicitude. Vejamos:
Art. 65. Faz coisa julgada no cível a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado
em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal
ou no exercício regular de direito.
c) Previsão errada. Trata-se de uma ação que tramita no âmbito do juízo cível em que não
há o que se falar em aplicação de medidas cautelares do Código de Processo Penal.
d) Previsão errada. Com efeito, após a promulgação da Constituição Federal de 1988,
e com o advento da Defensoria Pública, o Ministério Público passa a deixar de atuar
e ter legitimidade/atribuição para propositura de ação civil pública. Salvo naqueles
lugares em que a defensoria pública ainda não está instalada e em funcionamento.
e) Certo. Nos exatos termos do art. 66 do Código de Processo Penal, vejamos:

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Questões Comentadas 9

Art. 66. Não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil poderá ser pro-
posta quando não tiver sido, categoricamente, reconhecida a inexistência material do fato.

3. (CESPE/CEBRASPE – 2017 – PGE/SE)


A propositura de ação na esfera cível ou administrativa é impedida por:
a) sentença que entenda atípica a conduta praticada pelo réu.
b) sentença que verifique a inexistência material do fato.
c) sentença que absolva o acusado por não haver provas da sua coparticipação na in-
fração penal.
d) despacho que determine o arquivamento do inquérito policial.
e) sentença que absolva o réu por ausência de provas.
GABARITO: B.
SOLUÇÃO RÁPIDA
A alternativa certa está fundamentada com base na parte final do art. 66 do Código de
Processo Penal. Vejamos:
Art. 66. Não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil poderá ser pro-
posta quando não tiver sido, categoricamente, reconhecida a inexistência material do fato.
Enquanto as demais assertivas incorretas, estão em contraposição ao comando do art.
67 do CPP:
Art. 67. Não impedirão igualmente a propositura da ação civil:
I – o despacho de arquivamento do inquérito ou das peças de informação;
II – a decisão que julgar extinta a punibilidade;
III – a sentença absolutória que decidir que o fato imputado não constitui crime.

4. (CESPE/CEBRASPE – 2017 – TER/BA – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA)


João foi vítima de um crime de furto praticado por Pedro. A res furtiva não foi recuperada
pela vítima. Instaurado inquérito, apuraram-se a autoria e a materialidade e ofereceu-se a
denúncia contra Pedro.
Nessa situação hipotética, a propositura da ação civil ex delicto contra Pedro:
a) estará prejudicada, por haver litispendência.
b) independerá da existência da ação penal.
c) será inadmissível, pois ninguém pode ser punido duas vezes pela prática do mesmo
fato.
d) dependerá do trânsito em julgado da sentença penal.
e) dependerá da condenação do acusado por órgão jurisdicional colegiado.
GABARITO: B.

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SOLUÇÃO RÁPIDA
Trata-se do que uma parcela da doutrina convencionou chamar Ação Civil ex delicto de
“conhecimento” (em que pese existirem algumas críticas a essa nomenclatura).
Observe que o ofendido poderá promover a ação reparatória no juízo cível, indepen-
dentemente da existência da ação penal em nome, sobretudo, da independência entre
as esferas.
Nesse sentido, é a inteligência do art. 64 do Código de Processo Penal. Vejamos:
Art. 64. Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, a ação para ressarcimento do dano
poderá ser proposta no juízo cível, contra o autor do crime e, se for caso, contra o res-
ponsável civil. (Vide Lei nº 5.970, de 1973)
Parágrafo único. Intentada a ação penal, o juiz da ação civil poderá suspender o curso
desta, até o julgamento definitivo daquela.

5. (CESPE/CEBRASPE – 2013 – TJ/BA – TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS


– REMOÇÃO)
Acerca da ação civil ex delicto e da competência, assinale a opção correta.
a) Nos casos de exclusiva ação privada, quando conhecido o lugar da infração, o quere-
lante não poderá preferir o foro de domicílio ou da residência do réu.
b) A conexão e a continência importarão na unidade de processo e julgamento, mesmo
no concurso entre a jurisdição comum e a militar.
c) Após o trânsito em julgado de sentença penal condenatória, somente o ofendido
poderá executá-la no juízo cível.
d) O arquivamento do inquérito policial impede a propositura da ação civil ex delicto.
e) Faz coisa julgada, na esfera cível, a sentença penal em que seja reconhecida a prática
de ato em estado de necessidade, legítima defesa, estrito cumprimento de dever legal
ou exercício regular de direito.
GABARITO: E.
SOLUÇÃO RÁPIDA
A questão aborda as regras quanto à possibilidade de execução no juízo cível da sentença
penal condenatória (título executivo judicial).
Art. 65. Faz coisa julgada no cível a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado
em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal
ou no exercício regular de direito.

6. (FUNDATEC – 2019 – PREFEITURA DE CAPÃO DA CANOA/RS – ADVOGADO)


De acordo com o Código de Processo Penal, no processo em geral, quanto à ação civil, analise
as seguintes assertivas:
I. Intentada a ação penal, o juiz da ação civil deverá suspender o curso desta, até o julga-
mento definitivo daquela.

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Questões Comentadas 11

II. Não faz coisa julgada no cível a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado
em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal
ou no exercício regular de direito.
III. Não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil poderá ser proposta
quando não tiver sido, categoricamente, reconhecida a inexistência material do fato.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) Apenas II e III.
GABARITO: C.
SOLUÇÃO RÁPIDA
I – Trata-se de um PODER e não de um DEVER.
II – As excludentes de ilicitude penal fazem coisa julgada cível, nos dizeres do art. 65 do
Código de Processo Penal. Vejamos:
Art. 65. Faz coisa julgada no cível a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado
em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal
ou no exercício regular de direito.
III – Correto, nos exatos termos do art. 66 do CPP:
Art. 66. Não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil poderá ser pro-
posta quando não tiver sido, categoricamente, reconhecida a inexistência material do fato.

7. (CESPE/CEBRASPE – 2013 – TJ/PI – TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS


– REMOÇÃO)
Impedirá a propositura de ação civil reparatória a decisão penal que:
a) absolver o réu em decorrência de prova da inexistência material do fato.
b) absolver o réu por ausência de prova suficiente quanto à autoria.
c) absolver o réu por não constituir crime o fato a ele imputado.
d) arquivar o inquérito policial ou as peças de informação.
e) julgar extinta a punibilidade do autor do fato.
GABARITO: A.
SOLUÇÃO RÁPIDA
A alternativa certa está fundamentada com base na parte final do art. 66 do Código de
Processo Penal. Vejamos:
Art. 66. Não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil poderá ser pro-
posta quando não tiver sido, categoricamente, reconhecida a inexistência material do fato.

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Enquanto as demais assertivas erradas, estão em contraposição ao comando do art. 67


do CPP:
Art. 67. Não impedirão igualmente a propositura da ação civil:
I – o despacho de arquivamento do inquérito ou das peças de informação;
II – a decisão que julgar extinta a punibilidade;
III – a sentença absolutória que decidir que o fato imputado não constitui crime.

8. (CESPE/CEBRASPE – 2013 – TJ/RR – TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS)


A respeito da ação civil ex delicto, assinale a opção correta.
a) Ao oferecer a denúncia, o MP poderá também requerer ao juízo criminal competente
que, uma vez julgado procedente o pedido de condenação do acusado pelo crime
de roubo, também o condene civilmente a reparar o dano material causado por não
ter sido apreendida a coisa subtraída, assegurando-se ao ofendido executar o título
executivo no juízo cível competente.
b) A absolvição imprópria impede a propositura da ação cível pelo ofendido.
c) O MP detém legitimidade extraordinária para propor ação cível contra autor de fato
que prejudique pessoa pobre.
d) A extinção da punibilidade pela prescrição impede a propositura da ação cível pelo
ofendido, visto que a prescrição alcança o fato e a produção de seus efeitos.
e) Sentença que absolva o acusado sob o fundamento da incidência de causa excludente
de tipicidade impede a propositura da ação cível pelo ofendido.
GABARITO: A.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Questão que demanda sobre a possibilidade do juiz, ao proferir sentença condenatória,
fixar o valor mínimo para reparação dos danos.
Vejamos:
Art. 387. O juiz, ao proferir sentença condenatória: (Vide Lei nº 11.719, de 2008) [...]
IV – fixará valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando
os prejuízos sofridos pelo ofendido; (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).

9. (CESPE/CEBRASPE – 2013 – TJ/PB – JUIZ LEIGO)


No que se refere à ação penal e à ação civil ex delicto, assinale a opção correta.
a) A conclusão, pelo juízo criminal, de que o fato narrado na denúncia não constitui crime
ou a declaração da não existência de provas suficientes para a condenação do réu,
assim como a proclamação da extinção da punibilidade, não obstam a propositura
da ação civil ex delicto.
b) Não sendo proposta a ação penal para responsabilizar o agente por determinado
crime, a vítima estará impedida de ingressar com ação civil no intuito de reparar os
danos causados por esse crime, visto que, nesse caso, o crime não terá sido judicial-
mente comprovado.

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Questões Comentadas 13

c) A deflagração da persecução penal em juízo, em caso de ação penal pública condicio-


nada, deve, obrigatoriamente, embasar-se nas informações existentes em inquérito
policial.
d) Independentemente da espécie de ação penal, se a vítima conceder o perdão ao
agressor, a punibilidade será extinta, devendo o juiz arquivar a denúncia.
e) O prazo decadencial para o início da ação penal pública condicionada − que pode ser
iniciada com a representação do ofendido ou a requisição do ministro da Justiça − é
de seis meses, contado a partir do conhecimento do autor do crime pelo ofendido
ou seu representante.
GABARITO: A.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Alternativa que abordou a inteligência do art. 67 do Código de Processo Penal, no que
diz respeito à possibilidade de responsabilizar uma pessoa no juízo cível, mesmo após a
publicação de sentença penal absolutória em seu favor.
Vejamos:
Art. 67. Não impedirão igualmente a propositura da ação civil:
I – o despacho de arquivamento do inquérito ou das peças de informação;
II – a decisão que julgar extinta a punibilidade;
III – a sentença absolutória que decidir que o fato imputado não constitui crime.
SOLUÇÃO COMPLETA
b) Previsão errada. Com efeito, as esferas são independentes, e por essa razão não há o que se falar em necessi-
dade/requisito de análise pelo juízo criminal para pleitear eventual indenização no âmbito do juízo cível.
Nesses casos, a ação no juízo cível será de conhecimento para apurar todos os fatos e fundamentos apresenta-
dos pela parte requerente, que alega ter sofrido um dano.
c) Previsão errada. É importante lembrar que o Inquérito Policial é dispensável, e por essa razão, caso o membro do
Ministério Público já possua elementos de informação suficientes que despontem a prova da materialidade e indí-
cios suficientes de autoria, poderá dispensar a investigação preliminar (própria ou por meio de inquérito policial).
d) Previsão errado. O perdão é um instituto próprio das ações penais privadas. Na ação penal pública não existe
o instituto do perdão, podendo o ofendido, nos casos de ação penal pública condicionada a representação, reali-
zar a retratação da representação até o oferecimento da denúncia. Sobre o perdão, ainda é importante destacar,
que se trata de ato bilateral, dependendo da aceitação da parte ou seu silêncio, que importará em perdão tácito.
O perdão resulta na extinção da punibilidade, contudo, todas essas informações quanto ao perdão apenas se
aplicam nos casos de ação penal privada.
e) Previsão errada. O prazo decadencial de seis meses não se estende à requisição do Ministro da Justiça.

10. (CESPE/CEBRASPE – 2008 – DPE/CE – DEFENSOR PÚBLICO)


Com relação à ação civil, julgue os itens que se seguem.
Apesar do princípio da intranscendência, segundo o qual a pena não passará da pessoa do
condenado, a ação civil para ressarcimento do dano poderá ser proposta, no juízo cível, contra
o autor do crime e, se for o caso, contra o responsável civil.
Certo ( ) Errado ( )

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GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
A questão em discussão demandou sobre os exatos termos do art. 64 do Código de Pro-
cesso Penal que preleciona sobre a Ação Civil Ex delicto de conhecimento.
Vejamos:
Art. 64. Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, a ação para ressarcimento do dano
poderá ser proposta no juízo cível, contra o autor do crime e, se for caso, contra o res-
ponsável civil. (Vide Lei nº 5.970, de 1973)
Parágrafo único. Intentada a ação penal, o juiz da ação civil poderá suspender o curso
desta, até o julgamento definitivo daquela.

11. (CESPE/CEBRASPE – 2013 – DPE/DF – DEFENSOR PÚBLICO)


Com relação à ação penal privada, à queixa-crime e à ação civil, julgue os itens que se seguem.
Mesmo que tenha sido reconhecida categoricamente a inexistência material do fato pelo juízo
criminal, sendo proferida sentença absolutória, poderá ser proposta a ação civil ex delicto, dada
a possibilidade de que a mesma prova seja valorada de outra forma no juízo cível.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Nos dizeres do art. 66 do Código de Processo Penal:
Art. 66. Não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil poderá ser pro-
posta quando não tiver sido, categoricamente, reconhecida a inexistência material do fato.
SOLUÇÃO COMPLETA
A inexistência material do fato afasta a ação civil ex delicto. Nesse sentido, é a inteligência do art. 66 do Código
de Processo Penal:
Art. 66. Não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil poderá ser proposta quando não tiver
sido, categoricamente, reconhecida a inexistência material do fato – Grifamos.

12. (CESPE/CEBRASPE – 2013 – TJ/DFT – ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA


AVALIADOR)
Julgue os itens a seguir, relativos à ação penal, à ação civil e à competência. Nos casos em
que o valor mínimo da indenização é fixado pelo juiz na sentença, dispensa-se o ajuizamento
da ação civil ex delicto para a execução do montante estabelecido para a reparação do dano
causado pelo crime.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
É necessário promover a execução da sentença condenatória no juízo cível.

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Questões Comentadas 15

SOLUÇÃO COMPLETA
Em que pese o juiz ter competência para fixar o valor mínimo reparatório na sentença condenatória, é necessá-
rio que esse título executivo (sentença condenatória) seja executado no juízo cível (ação civil ex delicto).
Nesta senda, a sentença condenatória tem valor de título executivo judicial e deve ser executada no juízo cível.

13. (CESPE/CEBRASPE – 2012 – TJ/AC – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA)


Julgue os itens subsequentes, relativos ao inquérito policial, à ação penal, à ação civil e à
competência.
Considere que Januário, empregado da padaria Pão & Saúde, ao dirigir veículo da empresa
para a entrega de encomendas, no horário regular de trabalho, tenha atropelado Fátima e que
esta tenha falecido em decorrência do acidente. Considere, ainda, que Januário tenha sido
condenado, por sentença judicial transitada em julgado, pela prática de homicídio culposo.
Nessa situação, a ação civil ex delicto, de natureza executória, poderá ser movida em face de
Januário ou da empresa empregadora, responsável civil por ato de seu preposto.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Diante do caso apresentado, a ação civil ex delicto deverá ser movida em face de Januário.
SOLUÇÃO COMPLETA
Com efeito, é importante destacar que a ação civil ex delicto de caráter executória (aquela em que se executa a
sentença, título executivo judicial) apenas poderá ser movida contra o condenado.

14. (CESPE/CEBRASPE – 2012 – TER/RJ – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA)


Julgue os itens a seguir, que versam sobre ação civil, competência criminal e processos
incidentes.
As esferas cível e penal são independentes, razão por que o prazo prescricional para o ajuiza-
mento da ação civil ex delicto começa a fluir a partir do fato criminoso.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
O prazo para ajuizamento da ação civil ex delicto, começa a fluir a partir do trânsito em
julgado da sentença penal condenatória.
SOLUÇÃO COMPLETA
Inicialmente, é importante destacar, que alguns autores sustentam que a ação civil ex delicto, na verdade é
relativamente independente da ação penal principal.
No que diz respeito ao marco para contagem do prazo prescricional, deverá ser contado a partir do trânsito em
julgado da sentença penal condenatória.
Nesse sentido, é a inteligência do art. 200 do Código Civil, vejamos:
Art. 200. Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a prescrição antes
da respectiva sentença definitiva.

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15. (CESPE/CEBRASPE – 2010 – DETRAN/ES – ADVOGADO)


Julgue os próximos itens, acerca de culpabilidade e de punibilidade.
Abel foi condenado pela prática de delito contra a integridade física de Braz. Um mês após
o trânsito em julgado da sentença penal condenatória, Abel faleceu em razão de um ataque
cardíaco. Nessa situação, a sentença penal pode ser executada no juízo cível contra os suces-
sores do falecido, mediante prévia liquidação do valor do dano.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Tornando certo o dever de reparar a obrigação/dano nos limites do patrimônio deixado
pelo de cujus.
SOLUÇÃO COMPLETA
A Constituição Federal de 1988 estabelece que a pena não poderá passar da pessoa do condenado, contudo,
a obrigação de reparar poderá ser estendida com o objetivo de alcançar o patrimônio deixado pelo de cujus.
Vejamos:
XLV – nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do
perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do
valor do patrimônio transferido.

16. (CESPE/CEBRASPE – 2011 – PC/ES)


Em cada um dos itens seguintes, é apresentada uma situação hipotética a respeito da aplicação
do direito processual penal, seguida de uma assertiva a ser julgada.
Rose recebeu sentença penal condenatória transitada em julgado pela prática do crime de
roubo qualificado pelo uso de arma de fogo. Nessa situação, considerando que Lina tenha sido
a única vítima do delito, a correspondente ação civil ex delicto somente poderá ser promovida
pela ofendida.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
A questão erra quando afirma que somente Lina poderá promover a ação civil ex delicto.
SOLUÇÃO COMPLETA
O art. 63 do Código de Processo Penal, demandando sobre a ação civil ex delicto, estabelece que está poderá ser
promovida no juízo cível, pelo ofendido, seu representante legal ou seus herdeiros.
Doravante, prevalece no âmbito dos Tribunais Superiores, que a Defensoria Pública, na representação/tutela de
direitos dos mais necessitados, também teria legitimidade para tal situação.
Logo, quando a questão estabelece que apenas Lina (ofendida) poderá promover a ação, o que é errado.

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Questões Comentadas 17

17. (CESPE/CEBRASPE – 2010 – DPU – DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL)


Acerca dos princípios institucionais da Defensoria Pública e das ideias contidas no julgado
apresentado, julgue os itens de 187 a 190.
Segundo o art. 68 do CPP, quando o titular do direito à reparação do dano for pobre, a execu-
ção da sentença condenatória ou a ação civil será promovida, a seu requerimento, pelo MP. A
jurisprudência já se assentou no sentido de que, apesar de a CF ter afastado das atribuições do
MP a defesa dos hipossuficientes, pois a incumbiu às defensorias públicas, há apenas inconsti-
tucionalidade progressiva do art. 68 do CPP, enquanto não criada e organizada a defensoria no
respectivo estado. Assim, o MP detém legitimidade para promover, como substituto processual
de necessitados, a ação civil por danos resultantes de crime nos estados em que ainda não
tiver sido instalada Defensoria Pública.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Assertiva certa, em consonância com o posicionamento do STJ/STF sobre a legitimidade
ativa do Ministério Público na ação civil ex delicto.
SOLUÇÃO COMPLETA
Questão muito didática e que demanda conhecimento sobre o posicionamento do STJ sobre a legitimidade do
Ministério Público para ajuizar ação civil em representação aos reconhecidamente pobres naqueles locais do
país em que ainda não existe defensoria pública estabelecida/organizada e em exercício.
Em que pese o texto expresso do art. 68 do Código de Processo Penal, o posicionamento com eco majoritário
nos Tribunais Superiores, é no sentido de que cabe à Defensoria Pública a atribuição de promover a assistência
jurídica dos necessitados e não ao MP.
Nesta senda, vejamos:
O reconhecimento da ilegitimidade ativa do Ministério Público para, na qualidade de substituto processual de
menores carentes, propor ação civil pública ex delicto, sem a anterior intimação da Defensoria Pública para tomar
ciência da ação e, sendo o caso, assumir o polo ativo da demanda, configura violação ao art. 68 do CPP. Antes de o
magistrado reconhecer a ilegitimidade ativa do Ministério Público para propor ação civil ex delicto, é indispensável
que a Defensoria Pública seja intimada para tomar ciência da demanda e, sendo o caso, assumir o polo ativo da
ação. (STJ. 4ª Turma. REsp 888.081-MG, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em 15/9/2016.Info 592)

18. (CESPE/CEBRASPE – 2008 – DPE/CE – DEFENSOR PÚBLICO)


Com relação à ação civil, julgue os itens que se seguem.
A sentença penal absolutória que decidir que o fato imputado ao acusado não constitui crime
impede a propositura da ação civil.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Nos termos do art. 67, III do Código de Processo Penal:
Art. 67. Não impedirão igualmente a propositura da ação civil:
III – a sentença absolutória que decidir que o fato imputado não constitui crime.

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18

SOLUÇÃO COMPLETA
A assertiva em discussão cobrou a expressa previsão do art. 67, III do Código de Processo Penal.
Dessa forma, resta evidente, que a sentença absolutória que decidir que o fato imputado não constitui crime
NÃO IMPEDE a propositura da ação civil.
Em que pese a conduta não ser considerada criminosa, é possível que tenha ensejado um dano e consequente-
mente, surge para o autor (res) da conduta, o dever de reparar.

19. (CESPE/CEBRASPE – 2018 – MPE/PI – ANALISTA MINISTERIAL – ÁREA PROCESSUAL)


Durante uma festa, após desentendimentos entre Carlos e Miro, este proferiu xingamentos
racistas contra aquele, o que levou Carlos a empurrar seu agressor, que caiu em uma mesa
de vidro. Com o forte impacto, a mesa se despedaçou completamente e seus cacos causaram
cortes profundos por todo o corpo de Miro. Os convidados ligaram para a polícia e para o corpo
de bombeiros: Carlos foi preso em flagrante e Miro foi encaminhado ao hospital, onde ficou
internado por cinco dias, com risco de morte; passou por procedimentos cirúrgicos e, poste-
riormente, teve de ficar afastado de sua atividade laboral por trinta e dois dias. O Ministério
Público denunciou Carlos por lesão corporal de natureza grave.
Nessa situação hipotética, caso Carlos alegue que a vítima teria proferido xingamentos racistas,
Miro precisará esperar o encerramento da ação penal, cuja sentença deverá ser condenatória,
para, então, propor eventual ação civil indenizatória pelos gastos hospitalares, danos morais
e eventuais demais prejuízos.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Destaque-se que as instâncias civil e penal são independentes, por essa razão, é possível
que Miro busque a instância civil antes mesmo da conclusão de eventual ação penal.
SOLUÇÃO COMPLETA
As esferas de responsabilidade são independentes. Dessa forma, é possível que Miro ajuíze ação reparatória no
juízo cível antes mesmo da conclusão de eventual ação penal. Nesse sentido, a ação civil será de conhecimento.

20. (CESPE)
Não são causas impeditivas da reparação civil as decisões do juízo penal que determinem o
arquivamento do inquérito policial, que declarem extinta a punibilidade do réu ou que absol-
vam o réu por não ser o fato infração penal.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO.
SOLUÇÃO RÁPIDA
Assertiva correta nos termos do art. 67 do Código de Processo Penal.
SOLUÇÃO COMPLETA
Assertiva correta nos exatos termos do art. 67 do Código de Processo Penal, senão vejamos:
Art. 67. Não impedirão igualmente a propositura da ação civil:

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Questões Comentadas 19

I – o despacho de arquivamento do inquérito ou das peças de informação – Grifamos.


II – a decisão que julgar extinta a punibilidade;
III – a sentença absolutória que decidir que o fato imputado não constitui crime.

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SUMÁRIO
Questões sobre a aula......................................................................................................................................2
Gabarito ...........................................................................................................................................................6
Questões Comentadas .....................................................................................................................................6

MUDE SUA VIDA!


1
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QUESTÕES SOBRE A AULA

1. ANO: 2020 Questão Inédita

Julgue o item abaixo acerca do sistema de provas brasileiro:

O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em


contraditório judicial, podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nas provas
em sede de inquérito, em sede judicial ou em ambas as etapas.

Certo ( ) Errado ( )

2. ANO: 2020 Questão Inédita

De acordo com as espécies de provas do processo penal, julgue o item abaixo:

Prova cautelar é aquela que uma vez produzida, não pode mais ser coletada, em virtude
de desaparecimento, destruição ou perecimento de fonte probatória.

Certo ( ) Errado ( )

3. ANO: 2020 Questão Inédita

Julgue a assertiva abaixo:

As provas antecipadas só podem ser produzidas na fase investigatória, sendo


indispensável prévia autorização da autoridade policial.

Certo ( ) Errado ( )

4. ANO: 2020 Questão Inédita

Analise o item que segue abaixo:

Prova plena é toda prova que servir para reforçar a convicção do órgão julgador, a
exemplo, os indícios.

Certo ( ) Errado ( )

5. ANO: 2020 Questão Inédita

Analise a assertiva abaixo:

De acordo com o sistema pátrio adotado no Código de Processo Penal, a confissão é a


rainha das provas.

Certo ( ) Errado ( )

MUDE SUA VIDA!


2
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6. ANO: 2020 Questão Inédita

Analise o item abaixo:

O Brasil adota o sistema da persuasão racional para aferir as provas dentro do


processo penal.

Certo ( ) Errado ( )

7. ANO: 2020 Questão Inédita

Em relação a confissão no processo penal, julgue o item a seguir:

O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os outros elementos de


prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la com as demais provas do
processo, verificando se entre ela e estas existem compatibilidade ou concordância.

Certo ( ) Errado ( )

8. ANO: 2020 Questão Inédita

Em relação a confissão no processo penal, julgue o item a seguir:

O silêncio do acusado não importará confissão, mas poderá constituir elemento para a
formação do convencimento do juiz. Além disso, é indivisível e irretratável.

Certo ( ) Errado ( )

9. ANO: 2020 Questão Inédita

Julgue o item abaixo:

São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim


entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais.

Certo ( ) Errado ( )

10. ANO: 2020 Questão Inédita

Em relação a vinculação do juiz ao laudo pericial, analise a assertiva:

O juiz não ficará adstrito ao laudo, contudo, só pode aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo.

Certo ( ) Errado ( )

11. ANO: 2010 BANCA: TJ-SC ÓRGÃO: TJ-SC PROVA: TJ-SC - 2010 - TJ-SC - OFICIAL DA
INFÂNCIA E JUVENTUDE

É correto afirmar em relação à provas no processo penal:

MUDE SUA VIDA!


3
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A)O interrogatório do réu deve ser pessoal, não sendo admitida a sua realização por
videoconferência.
B) A confissão do réu é divisível e irretratável.
C) A acareação é admitida apenas entre ofendido e acusado e entre acusado e
testemunhas.
D) Deixando a infração vestígios, é indispensável o exame de corpo de delito, não
podendo supri-lo a confissão do acusado.

12. ANO: 2020 Questão Inédita


João lesiona Carlos com intenção de matar, porém acaba conseguindo apenas lesionar.
Nesse sentido:

A) O exame de corpo de delito é indispensável, contudo, poderá supri-lo a confissão do


acusado, somente.
B) O exame de corpo de delito é indispensável, contudo, poderá supri-lo a confissão do
acusado e o relato das testemunhas
C) O exame de corpo de delito é dispensável nos casos de lesão corporal, sendo
relevante apenas o depoimento da vítima
D) O exame de corpo de delito é indispensável e não poderá supri-lo a confissão do
acusado.

13. ANO: 2013 BANCA: UEG ÓRGÃO: PC-GO PROVA: UEG - 2013 - PC-GO - ESCRIVÃO
DE POLÍCIA CIVIL - CURSO DE FORMAÇÃO - 1ª PROVA (adaptado)

Na investigação do crime de homicídio, verifica-se que


A) O silencio do acusado preso em flagrante delito logo após o crime importa em
confissão
B) a confissão, embora importante como informação complementar, não é o fim
principal da investigação, porque, sozinha, não tem força probatória.
C) por presunção, as hipóteses mais simples para esclarecimento do homicídio devem
ser descartadas das estratégias que serão adotadas na investigação.
D) não se procede à inquirição de testemunha criança, porque seu depoimento é
naturalmente frágil.

14. ANO: 2020 Questão Inédita

"São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do


processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas
constitucionais ou legais. " A teoria contida no dispositivo legal transcrito é:

A) Teoria dos frutos da árvore envenenada


B) Teoria da confissão como rainha das provas
C) Teoria da proporcionalidade
D) Teoria da descoberta inevitável

15. ANO: 2020 Questão Inédita

São exemplos de teorias que excepcionam a teoria dos frutos da árvore envenenada,
exceto:

MUDE SUA VIDA!


4
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A) Teoria da fonte independente


B) Teoria da prova absolutamente independente
C) Teoria da descoberta inevitável
D) Teoria do interesse predominante.

16. ANO: 2020 Questão Inédita

A respeito do instituto da serendipidade, assinale a alternativa incorreta:

A) Não é adotado no Brasil


B) Pode ser justificada através da teoria do encontro casal ou fortuiot de provas
C) A serendipidade de primeiro grau há nexo causal entre o crime achado e o crime
apurado, sendo a prova lícita
D) Na serendipidade de segundo grau não há nexo causal, sendo prova ilícita

17. ANO: 2020 Questão Inédita

A teoria da descoberta inevitável:

A) Defende que são inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas


ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais.
B) Defende que a licitude da prova seria descoberta, de qualquer forma, no decorrer
da persecução penal, não precisando assim verificar a existência ou não de nexo causal
entre a prova ilícita e a derivada
C) Defende que a prova que tem fonte independente e lícita não sofre as consequências
da inadmissibilidade da prova ilícita da qual se origina, uma vez que haverá nexo
causal entre a prova derivada e a fonte independente.
D) Defende que deva haver um juízo de ponderação, um sopesamento relativizando a
inadmissibilidade das provas ilícitas em benefício do réu inocente, uma vez que ele a
obteve buscando a sua absolvição.

18. ANO: 2020 Questão Inédita

Provas antecipadas

A) Não são permitidas no Processo Penal pois ferem o devido processo legal
B) Podem ser produzidas somente na fase investigatória, sendo indispensável
autorização da autoridade policial
c) Podem ser produzidas somente na fase judicial sendo indispensável autorização
judicial
D) Podem ser produzidas na fase investigatória e na judicial, e dependem se
autorização judicial.

19. ANO: 2020 Questão Inédita

São princípios relacionados ao sistema probatório, exceto:

A) Princípio do contraditório
b) Princípio da não autoincriminação
C) Princípio da aquisição ou comunhão da prova
D) Principio do devido processo legal

MUDE SUA VIDA!


5
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20. ANO: 2020 Questão Inédita

De acordo com a valoração da prova no processo penal, sabe-se que o juiz:

A) Formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida podendo


fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos na investigação
B) formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório
judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos
informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis
e antecipadas.
C) Pela sua livre e íntima convicção pode condenar alguém sem a necessidade de
fundamentar a sua decisão
D) formará sua livre e íntima convicção podendo fundamentar sua decisão
exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as
provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.

GABARITO
1. Errado
2. Errado
3. Errado
4. Errado
5. Errado
6. Certo
7. Certo
8. Errado
9. Certo
10. Errado
11. D
12. D
13. A
14. A
15. D
16. A
17. B
18. D
19. D
20. B

QUESTÕES COMENTADAS
1- Julgue o item abaixo acerca do sistema de provas brasileiro:

O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em


contraditório judicial, podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nas
provas em sede de inquérito, em sede judicial ou em ambas as etapas.

GABARITO ERRADO

MUDE SUA VIDA!


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SOLUÇÃO RÁPIDA
Errado. Artigo 155 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

Ainda que a questão não verse sobre sistemas processuais,


indubitavelmente é preciso fazer breve resumo, nas palavras de Aury Lopes (p.
580, 2020) o processo tem por finalidade buscar a reconstituição de um fato
histórico (o crime sempre é passado, logo, fato histórico), de modo que a gestão
da prova é erigida a espinha dorsal do processo penal, estruturando e fundando o
sistema a partir de dois princípios informadores:

Princípio dispositivo: funda o sistema acusatório; a gestão da prova está nas


mãos das partes (juiz-espectador).
Princípio inquisitivo: a gestão da prova está nas mãos do julgador (juizator
[inquisidor]); por isso, ele funda um sistema inquisitório.

Os processos inquisitórios são máquinas analíticas movidas por inesgotáveis


curiosidades experimentais. Isso retrata bem o substancialismo e a ausência de
limites do sistema inquisitório, que está por detrás da própria busca da mitológica
(e sempre inalcançável) verdade real. No processo penal inquisitório conta o
resultado obtido (condenação) a qualquer custo ou de qualquer modo, até porque
quem vai atrás da prova e valora sua legalidade é o mesmo agente (que ao final
ainda irá julgar).
O sistema inquisitório busca um determinado resultado (condenação). Basta
compreender como funciona sua lógica. Ao atribuir poderes instrutórios a um juiz
– em qualquer fase. Isso significa que mentalmente (e mesmo inconscientemente)
o juiz opera a partir do primado (prevalência) das hipóteses sobre os fatos,
porque, como ele pode ir atrás da prova (e vai), decide primeiro (definição da
hipótese) e depois vai atrás dos fatos (prova) que justificam a decisão (que na
verdade já foi tomada).
Já no sistema acusatório (que se pretende), o juiz mantém uma posição –
não meramente simbólica, mas efetiva – de alheamento (terzietà) em relação à
arena das verdades onde as partes travam sua luta. Isso porque ele assume uma
posição de espectador, sem iniciativa probatória. Forma sua convicção através dos
elementos probatórios trazidos ao processo pelas partes.
De acordo com Renato Brasileiro, o contraditório funciona, pois, como
verdadeira condição de existência e validade das provas, de modo que, caso não
sejam produzidas em contraditório, exigência impostergável em todos os
momentos da atividade instrutória, não lhe caberá a designação de prova.
É importante destacar que na fase investigativa, ou seja, a fase pré
processual, não se aplica a obrigatoriedade do contraditório. Por óbvio, não são
produzidas provas durante essa fase, mas meros elementos informativos, que, de
acordo com o Código de Processo Penal, não podem ser fundamentos exclusivos
de condenação, veja:

MUDE SUA VIDA!


7
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Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova
produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão
exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas
as provas cautelares, não repetíveis e antecipada.

2. De acordo com as espécies de provas do processo penal, julgue o item


abaixo:

Prova cautelar é aquela que uma vez produzida, não pode mais ser coletada,
em virtude de desaparecimento, destruição ou perecimento de fonte probatória.
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. Conceito de prova não repetível.

SOLUÇÃO COMPLETA

De acordo com Aury Lopes Jr (p. 282, 2020) a repetição da prova, na


verdade, produção em audiência de instrução e julgamento, é fator de validade
desta prova e também condição exigida para que possa ser valorada na sentença
Logo, somente por meio da repetição podem ser observados os princípios
constitucionais referentes ao tema. Isso significa, em última análise, chamar
novamente a mesma pessoa, para que pratique o mesmo ato, sobre o mesmo
tema e ante o órgão jurisdicional e as partes processuais.
Noutra dimensão, provas irrepetíveis ou não renováveis são aquelas que,
por sua própria natureza, têm que ser realizadas no momento do seu
descobrimento, sob pena de perecimento ou impossibilidade de posterior análise.
Na grande maioria dos casos, trata-se de provas técnicas que devem ser
praticadas no curso do inquérito policial e cuja realização não pode ser deixada
para um momento ulterior, já na fase processual.
Pela impossibilidade de repetição em iguais condições, tais provas deveriam
ser colhidas pelo menos sob a égide da ampla defesa (isto é, na presença
fiscalizante da defesa técnica), posto que são provas definitivas e, via de regra,
incriminatórias (exemplos: exame de corpo de delito, apreensão de substância
tóxica em poder do autor do fato)180. Nesse sentido, é importante permitir a
manifestação da defesa, para postulação de outras provas; solicitar determinado
tipo de análise ou de meios, bem como formular quesitos aos peritos, cuja
resposta seja pertinente para o esclarecimento do fato ou da autoria.

3- Julgue a assertiva abaixo:

As provas antecipadas só podem ser produzidas na fase investigatória, sendo


indispensável prévia autorização da autoridade policial.
GABARITO CERTO

MUDE SUA VIDA!


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SOLUÇÃO RÁPIDA
Errado. Podem ser produzidas também na fase judicial e precisam de
autorização judicial.

SOLUÇÃO COMPLETA
Prova antecipada, de acordo com Renato Brasileiro, são aquelas produzidas
com a observância do contraditório real, perante a autoridade judicial, em
momento processual
distinto daquele legalmente previsto, ou até mesmo antes do início do
processo, em virtude de situação de urgência e relevância.
Aury Lopes Jr afirma que o incidente de produção antecipada da prova é
uma forma de
jurisdicionalizar a atividade probatória no curso do inquérito, através da
prática do ato ante uma autoridade jurisdicional (o juiz das garantias) e com plena
observância do contraditório e do direito de defesa. Em regra, a prova
testemunhal (bem como acareações e reconhecimentos) pode ser repetida em
juízo e, na prática, é em torno desse tipo de prova que gira a instrução
definitiva. Excepcionalmente, frente ao risco de perecimento e o grave
prejuízo que significa a perda irreparável de algum dos elementos recolhidos no
inquérito policial, o processo penal instrumentaliza uma forma de colher
antecipadamente essa prova, através de um incidente: produção antecipada de
prova. Significa que aquele elemento que normalmente seria produzido como
mero ato de investigação e posteriormente repetido em juízo para ter valor de
prova poderá ser realizado uma só vez, na fase pré-processual, e com tais
requisitos formais que lhe permitam ter o status de ato de prova; é dizer,
valorável na sentença ainda que não colhido na fase processual.
No CPP, o incidente de produção antecipada de provas está parcamente
disciplinado no art. 225, veja:

Art. 225. Se qualquer testemunha houver de ausentar-se, ou, por


enfermidade ou por velhice, inspirar receio de que ao tempo da instrução criminal
já não exista, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes,
tomar-lhe antecipadamente o depoimento.

4- Analise o item que segue abaixo:

Prova plena é toda prova que servir para reforçar a convicção do órgão julgador, a
exemplo, os indícios.
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. Conceito de prova não plena ou indiciária.

SOLUÇÃO COMPLETA

MUDE SUA VIDA!


9
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De acordo com a classificação das provas, em relação a seu valor, temos


que a prova plena é aquela convincente. Aqui, estamos diante de um juízo de
certeza com relação ao fato que se busca provar, a exemplo provas documentais
e corpo de delito.
Noutro giro, prova não plena, também chamada de indiciária, serve para
reforçar a convicção do magistrado. Pelo motivo de ser mero indício e não juízo de
certeza não pode ser predicado central e exclusivo de uma decisão, ou seja, não
pode, sozinha, fundamentar uma decisão penal condenatória.

5- Analise a assertiva abaixo:

De acordo com o sistema pátrio adotado no Código de Processo Penal, a confissão é


a rainha das provas.
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. Sistema adotado é o do livre convencimento motivado.

SOLUÇÃO COMPLETA

De acordo com Aury Lopes Jr (p.724, 2020) a própria Exposição de Motivos


do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.
A confissão deve ser analisada no contexto probatório, não de forma isolada,
mas sim em conjunto com a prova colhida, de modo que, sozinha, não justifica
um juízo condenatório460, mas, por outro lado, quando situada na mesma linha
da prova produzida, em conformidade e harmonia, poderá ser valorada pelo juiz
na sentença.
Deve-se insistir na necessidade de abandonar-se o ranço inquisitório (e a
mentalidade nessa linha estruturada), em que a confissão era considerada a
“rainha das provas”, pois o réu era portador de uma verdade que deveria ser
extraída a qualquer custo. No fundo, a questão situava-se (e situa-se, ainda) no
campo da culpa judaico-cristã, em que o réu deve confessar e arrependerse, para
assim buscar a remissão de seus pecados (inclusive com a atenuação da pena,
art. 65, III, “d”, do Código Penal). Também é a confissão, para o juiz, a
possibilidade de punir sem culpa. É a possibilidade de fazer o mal através da
pena, sem culpa, pois o herege confessou seus pecados.
Tudo isso deve ser abandonado rumo ao processo penal acusatório-
constitucional, em que o interrogatório é acima de tudo um meio de defesa e, a

MUDE SUA VIDA!


10
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confissão, apenas mais um elemento na axiologia probatória, que somente pode


ser considerado quando compatível e conforme o resto da prova produzida.
O art. 198 do CPP deve ser lido à luz do direito constitucional de silêncio e
em conformidade com a estrutura do devido processo. Assim, o silêncio não
importará confissão, e tampouco pode ser (des)valorado pelo juiz.

6- Analise o item abaixo:

O Brasil adota o sistema da persuasão racional para aferir as provas dentro do


processo penal.
GABARITO CORRETO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Certo. Artigo 93 IX CF c/c art 155 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA
O sistema da persuasão racional, adotado como regra no ordenamento
jurídico pátrio, vincula o magistrado a fundamentar sua decisão. A adesão deste
sistema faz-se clara em alguns dispositivos da legislação constitucional e
infraconstitucional:

Constituição Federal

Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal,


disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:
(...)
IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e
fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a
presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou
somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do
interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação.

Código de Processo Penal

Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova
produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão
exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas
as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.

7- Em relação a confissão no processo penal, julgue o item a seguir:

MUDE SUA VIDA!


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O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os outros elementos de


prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la com as demais provas do
processo, verificando se entre ela e estas existe compatibilidade ou concordância.
GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA
Certo. Artigo 197.

SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com Aury Lopes Jr (p.724, 2020) a própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.
A confissão deve ser analisada no contexto probatório, não de forma isolada,
mas sim em conjunto com a prova colhida, de modo que, sozinha, não justifica
um juízo condenatório460, mas, por outro lado, quando situada na mesma linha
da prova produzida, em conformidade e harmonia, poderá ser valorada pelo juiz
na sentença.
Deve-se insistir na necessidade de abandonar-se o ranço inquisitório (e a
mentalidade nessa linha estruturada), em que a confissão era considerada a
“rainha das provas”, pois o réu era portador de uma verdade que deveria ser
extraída a qualquer custo. No fundo, a questão situava-se (e situa-se, ainda) no
campo da culpa judaico-cristã, em que o réu deve confessar e arrependerse, para
assim buscar a remissão de seus pecados (inclusive com a atenuação da pena,
art. 65, III, “d”, do Código Penal). Também é a confissão, para o juiz, a
possibilidade de punir sem culpa. É a possibilidade de fazer o mal através da
pena, sem culpa, pois o herege confessou seus pecados.
Tudo isso deve ser abandonado rumo ao processo penal acusatório-
constitucional, em que o interrogatório é acima de tudo um meio de defesa e, a
confissão, apenas mais um elemento na axiologia probatória, que somente pode
ser considerado quando compatível e conforme o resto da prova produzida.
O art. 198 do CPP deve ser lido à luz do direito constitucional de silêncio e
em conformidade com a estrutura do devido processo. Assim, o silêncio não
importará confissão, e tampouco pode ser (des)valorado pelo juiz.

Art. 197. O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os


outros elementos de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la
com as demais provas do processo, verificando se entre ela e estas existe
compatibilidade ou concordância.

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Art. 198. O silêncio do acusado não importará confissão, mas poderá


constituir elemento para a formação do convencimento do juiz.

8- Em relação a confissão no processo penal, julgue o item a seguir:

O silêncio do acusado não importará confissão, mas poderá constituir elemento


para a formação do convencimento do juiz. Além disso, é indivisível e irretratável.

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA
Errado. Artigo 198 c/c 200 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

De acordo com Aury Lopes Jr (p.724, 2020) a própria Exposição de Motivos


do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.
A confissão deve ser analisada no contexto probatório, não de forma isolada,
mas sim em conjunto com a prova colhida, de modo que, sozinha, não justifica
um juízo condenatório460, mas, por outro lado, quando situada na mesma linha
da prova produzida, em conformidade e harmonia, poderá ser valorada pelo juiz
na sentença.
Deve-se insistir na necessidade de abandonar-se o ranço inquisitório (e a
mentalidade nessa linha estruturada), em que a confissão era considerada a
“rainha das provas”, pois o réu era portador de uma verdade que deveria ser
extraída a qualquer custo. No fundo, a questão situava-se (e situa-se, ainda) no
campo da culpa judaico-cristã, em que o réu deve confessar e arrependerse, para
assim buscar a remissão de seus pecados (inclusive com a atenuação da pena,
art. 65, III, “d”, do Código Penal). Também é a confissão, para o juiz, a
possibilidade de punir sem culpa. É a possibilidade de fazer o mal através da
pena, sem culpa, pois o herege confessou seus pecados.
Tudo isso deve ser abandonado rumo ao processo penal acusatório-
constitucional, em que o interrogatório é acima de tudo um meio de defesa e, a
confissão, apenas mais um elemento na axiologia probatória, que somente pode
ser considerado quando compatível e conforme o resto da prova produzida.
O art. 198 do CPP deve ser lido à luz do direito constitucional de silêncio e
em conformidade com a estrutura do devido processo. Assim, o silêncio não
importará confissão, e tampouco pode ser (des)valorado pelo juiz.

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Art. 197. O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os


outros elementos de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la
com as demais provas do processo, verificando se entre ela e estas existe
compatibilidade ou concordância.

Art. 198. O silêncio do acusado não importará confissão, mas poderá


constituir elemento para a formação do convencimento do juiz.

9- Julgue o item abaixo:

São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas,


assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais.
GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Certo. Artigo 157 CPP c/c art. 5º, LVI CF

SOLUÇÃO COMPLETA

A priori, é importante destacar que prova ilegal é gênero com 3 espécies:


ilícita, ilícita por derivação e ilegítima.
Em relação ao que tange provas ilícitas, destaca-se que são aquelas que, de
algum modo, desrespeitaram regras de direito material.
Aury Lopes Jr (p. 628, 2020) afirma que o cânon processual da
admissibilidade pode ser sintetizado na seguinte negativa: uma prova é admissível
sempre que nenhuma norma a exclua.
Dessa forma, a prova admitida deve ser produzida e, a contrário senso,
somente pode ser admitida aquela prova que possa ser produzida. No que se
refere à contaminação, uma prova ilicitamente admitida, ainda que produzida
segundo os cânones endoprocessuais, será nula por derivação. Por outro lado,
quando regularmente admitida, mas com defeito na aquisição, não haverá
qualquer contaminação da decisão de admissão, pois a contaminação não tem
efeito retroativo que lhe permita alcançar o ato precedente. Válida a admissão e
defeituosa a produção, repete-se somente este último ato. Já a problemática
envolvendo a contaminação de outros atos probatórios será analisada na
continuação.
A Constituição prevê no seu art. 5º, LVI, que são “inadmissíveis, no
processo, as provas obtidas por meios ilícitos”. Estamos diante de uma norma
geral, que simplesmente menciona “processo”, sem fazer qualquer distinção entre
processo civil e penal, exigindo assim uma interpretação adequada à
especificidade do processo penal e às exigências das demais normas
constitucionais que o disciplinam. Inclusive, nessa matéria, a vedação absoluta
deve, em determinado caso, ser relativizada, como veremos na continuação.

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A Lei n. 11.690/2008 inseriu o tratamento da prova ilícita no Código de


Processo Penal, assim dispondo:

Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as


provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais
ou legais.

10- É correto afirmar em relação à provas no processo penal:


A)O interrogatório do réu deve ser pessoal, não sendo admitida a sua realização por
videoconferência.
B) A confissão do réu é divisível e irretratável.
C) A acareação é admitida apenas entre ofendido e acusado e entre acusado e
testemunhas.
D) Deixando a infração vestígios, é indispensável o exame de corpo de delito, não
podendo supri-lo a confissão do acusado.

GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA
A)O interrogatório do réu deve ser pessoal, não sendo admitida a
sua realização por videoconferência. (errado)
Errado. É excepcional mas poderá ser realizada.

B) A confissão do réu é divisível e irretratável. (errado)


Errado. Artigo 200 CPP

C) A acareação é admitida apenas entre ofendido e acusado e entre


acusado e testemunhas. (errado)
Errado. Artigo 229 CPP
D) Deixando a infração vestígios, é indispensável o exame de corpo
de delito, não podendo supri-lo a confissão do acusado. (certo)
Certo. Artigo 158 CPP

SOLUÇÃO COMPLETA

A)O interrogatório do réu deve ser pessoal, não sendo admitida a


sua realização por videoconferência. (errado)
Nas lições de Aury Lopes Jr (p. 721, 2020) O primeiro aspecto a ser
abordado é o fato de o interrogatório por videoconferência ser uma medida
excepcional, somente aplicável nas hipóteses previstas no art. 185 e para o
interrogatório de réu preso, não se justificando quando o imputado estiver em
liberdade.
A regra, conforme estabelecido no caput, é que o interrogatório seja
realizado no próprio estabelecimento prisional, ou seja, interrogatório presencial.
Para que o interrogatório seja realizado por videoconferência, deve existir
uma decisão judicial fundamentada, da qual serão intimadas as partes com,

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no mínimo, 10 dias de antecedência. Trata-se de medida salutar para


permitir o controle dos critérios de excepcionalidade e necessidade por meio das
ações autônomas de impugnação do habeas corpus ou mandado de segurança
(conforme o caso e fundamentação).

B) A confissão do réu é divisível e irretratável. (errado)


De acordo com Aury Lopes Jr (p.724, 2020) a própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.
Ainda em relação a confissão, a mesma é divisível e retratável, conforme
preceito legal do Código de Processo Penal:

Art. 200. A confissão será divisível e retratável, sem prejuízo do livre


convencimento do juiz, fundado no exame das provas em conjunto

C) A acareação é admitida apenas entre ofendido e acusado e entre


acusado e testemunhas. (errado)
Aury Lopes Jr (p. 787, 2020) afirma que a acareação, etimologicamente,
ignifica colocar cara a cara osacusados, era um procedimento bastante utilizado
pelos inquisidores. Está prevista em:

Código de Processo Penal

Art. 229. A acareação será admitida entre acusados, entre acusado e


testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou testemunha e a pessoa
ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que divergirem, em suas
declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes.

Parágrafo único. Os acareados serão reperguntados, para que expliquem os


pontos de divergências, reduzindo-se a termo o ato de acareação.

A acareação poderá ser realizada tanto na fase policial como judicial, sempre
se respeitando o direito do imputado de não participar do ato, sempre que as
declarações divergirem sobre fatos ou circunstâncias relevantes. O ato deverá ser
feito em audiência, constando na ata a descrição das perguntas e respostas.
Para que a acareação seja feita, devem concorrer os seguintes
pressupostos:
a) existência prévia de declarações, ou seja, que as pessoas que venham a
participar da acareação tenham sido interrogadas antes;
b) que entre as declarações exista divergência;
c) que o fato ou circunstância que se pretende esclarecer seja relevante para
o processo.

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D) Deixando a infração vestígios, é indispensável o exame de corpo


de delito, não podendo supri-lo a confissão do acusado. (certo)
Em relação a infrações não transeuntes, ou seja, infrações que deixam
vestígios, o Código de Processo Penal afirma:

Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de


corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Nessa linha, complementa a ideia da confissão não poder, em nenhuma
hipótese, suprir a ausência do laudo, tendo em vista que o sistema adotado no
Brasil não recepcionou a confissão como rainha das provas, ao contrário:

Art. 197. O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os


outros elementos de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la
com as demais provas do processo, verificando se entre ela e estas existe
compatibilidade ou concordância.

11- Marcos, ao flagrar sua noiva no cinema com João, empunhou uma faca e
golpeou as costas de João, causando-lhe lesões corporais. Nesse caso, assinale a
alternativa correta:

A) O instrumento empregado para o crime deve ser submetido a exame pericial


para verificar sua natureza e eficiência
B) Não é necessário exame pericial no instrumento tendo em vista a lesividade
aparente da faca
C) Não é necessário exame pericial no instrumento pois trata-se de arma branca
D) É necessário exame pericial no instrumento empregado, todavia, a confissão de
Marcos poderá suprir tal necessidade.
GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) O instrumento empregado para o crime deve ser submetido a


exame pericial para verificar sua natureza e eficiência (Certo)
Certo. Artigo 175 CPP.

B) Não é necessário exame pericial no instrumento tendo em vista a


lesividade aparente da faca (errado)
Errado. Artigo 175 CPP.

C) Não é necessário exame pericial no instrumento pois trata-se de


arma branca (errado)
Errado. Artigo 175 CPP.

D) É necessário exame pericial no instrumento empregado, todavia,


a confissão de Marcos poderá suprir tal necessidade. (errado)
Errado. Artigo 175 CPP.

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SOLUÇÃO COMPLETA

A) O instrumento empregado para o crime deve ser submetido a


exame pericial para verificar sua natureza e eficiência (Certo)
O Código de Processo Penal afirma:

Art. 175. Serão sujeitos a exame os instrumentos empregados para a


prática da infração, a fim de se Ihes verificar a natureza e a eficiência.

Além disso, é preciso pontuar que instrumento é todo objeto que, de alguma
forma, se prestarou à prática delituosa, independente de ser uma arma de fogo ou
uma barra de ferro.
A partir dessa apreensão, com a respectiva perícia, irá se aquilatar a
natureza e a eficiência de tais objetos, se revelam aptos à prática delituosa eleita
pelo agente.
Natureza é o que o objeto ,propriamente dito, é. Em outras palavras, diz
respeito sobre o que se trata (uma arma de fogo comum, uma arma de uso não
permitido, uma pedra, um punhal, um alicate, uma peixeira, uma faca de cozinha,
um estilete..) Para alem, é necessário que se avalie também a eficiência. De
acordo com Hélio Tornaghi, “a eficiência a que se refere a lei é o poder, a virtude,
a força para causar o resultado criminoso, ainda que em concorrência com outras
causas”

B) Não é necessário exame pericial no instrumento tendo em vista a


lesividade aparente da faca (errado)
O Código de Processo Penal afirma:

Art. 175. Serão sujeitos a exame os instrumentos empregados para a


prática da infração, a fim de se Ihes verificar a natureza e a eficiência.

Além disso, é preciso pontuar que instrumento é todo objeto que, de alguma
forma, se prestarou à prática delituosa, independente de ser uma arma de fogo ou
uma barra de ferro.
A partir dessa apreensão, com a respectiva perícia, irá se aquilatar a
natureza e a eficiência de tais objetos, se revelam aptos à prática delituosa eleita
pelo agente.
Natureza é o que o objeto ,propriamente dito, é. Em outras palavras, diz
respeito sobre o que se trata (uma arma de fogo comum, uma arma de uso não
permitido, uma pedra, um punhal, um alicate, uma peixeira, uma faca de cozinha,
um estilete..) Para alem, é necessário que se avalie também a eficiência. De
acordo com Hélio Tornaghi, “a eficiência a que se refere a lei é o poder, a virtude,
a força para causar o resultado criminoso, ainda que em concorrência com outras
causas”
C) Não é necessário exame pericial no instrumento pois trata-se de
arma branca (errado)
O Código de Processo Penal afirma:

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Art. 175. Serão sujeitos a exame os instrumentos empregados para a


prática da infração, a fim de se Ihes verificar a natureza e a eficiência.

Além disso, é preciso pontuar que instrumento é todo objeto que, de alguma
forma, se prestarou à prática delituosa, independente de ser uma arma de fogo ou
uma barra de ferro.
A partir dessa apreensão, com a respectiva perícia, irá se aquilatar a
natureza e a eficiência de tais objetos, se revelam aptos à prática delituosa eleita
pelo agente.
Natureza é o que o objeto ,propriamente dito, é. Em outras palavras, diz
respeito sobre o que se trata (uma arma de fogo comum, uma arma de uso não
permitido, uma pedra, um punhal, um alicate, uma peixeira, uma faca de cozinha,
um estilete..) Para alem, é necessário que se avalie também a eficiência. De
acordo com Hélio Tornaghi, “a eficiência a que se refere a lei é o poder, a virtude,
a força para causar o resultado criminoso, ainda que em concorrência com outras
causas”

D) É necessário exame pericial no instrumento empregado, todavia,


a confissão de Marcos poderá suprir tal necessidade. (errado)
O Código de Processo Penal afirma:

Art. 175. Serão sujeitos a exame os instrumentos empregados para a


prática da infração, a fim de se Ihes verificar a natureza e a eficiência.

Além disso, é preciso pontuar que instrumento é todo objeto que, de alguma
forma, se prestarou à prática delituosa, independente de ser uma arma de fogo ou
uma barra de ferro.
A partir dessa apreensão, com a respectiva perícia, irá se aquilatar a
natureza e a eficiência de tais objetos, se revelam aptos à prática delituosa eleita
pelo agente.
Natureza é o que o objeto ,propriamente dito, é. Em outras palavras, diz
respeito sobre o que se trata (uma arma de fogo comum, uma arma de uso não
permitido, uma pedra, um punhal, um alicate, uma peixeira, uma faca de cozinha,
um estilete..) Para alem, é necessário que se avalie também a eficiência. De
acordo com Hélio Tornaghi, “a eficiência a que se refere a lei é o poder, a virtude,
a força para causar o resultado criminoso, ainda que em concorrência com outras
causas”
Ao que concerne a confissão, é necessário reforçar que no processo penal
brasileiro, um réu confessar a prática de infração, em nenhuma hipótese
dispensará as outras provas, nem tampouco será mais valorada na hora da
decisão jurisdicional. Isso porque não estamos diante de um sistema inquisidor,
que considera a confissão enquanto rainha das provas. Nesse sentido, o Código de
Processo Penal prevê:

Art. 197. O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os


outros elementos de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la

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com as demais provas do processo, verificando se entre ela e estas existe


compatibilidade ou concordância.

12- João lesiona Carlos com intenção de matar, porém acaba conseguindo apenas
lesionar. Nesse sentido:

A) O exame de corpo de delito é indispensável, contudo, poderá supri-lo a confissão


do acusado, somente.
B) O exame de corpo de delito é indispensável, contudo, poderá supri-lo a confissão
do acusado e o relato das testemunhas
C) O exame de corpo de delito é dispensável nos casos de lesão corporal, sendo
relevante apenas o depoimento da vítima
D) O exame de corpo de delito é indispensável e não poderá supri-lo a confissão do
acusado.

GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA
A) O exame de corpo de delito é indispensável, contudo, poderá
supri-lo a confissão do acusado, somente. (errado)
Errado. Artigo 158 c/c 167 CPP.

B) O exame de corpo de delito é indispensável, contudo, poderá


supri-lo a confissão do acusado e o relato das testemunhas (errado)
Errado. Artigo 158 c/c 167 CPP.

C) O exame de corpo de delito é dispensável nos casos de lesão


corporal, sendo relevante apenas o depoimento da vítima (errado)
Errado. Artigo 158 c/c 167 CPP.

D) O exame de corpo de delito é indispensável e não poderá supri-lo


a confissão do acusado. (certo)
Certo. Artigo 158 c/c 167 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA
A) O exame de corpo de delito é indispensável, contudo, poderá
supri-lo a confissão do acusado, somente. (errado)
De acordo com Aury Lopes Jr (p.724, 2020) a própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.

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A confissão deve ser analisada no contexto probatório, não de forma isolada,


mas sim em conjunto com a prova colhida, de modo que, sozinha, não justifica
um juízo condenatório460, mas, por outro lado, quando situada na mesma linha
da prova produzida, em conformidade e harmonia, poderá ser valorada pelo juiz
na sentença.
Deve-se insistir na necessidade de abandonar-se o ranço inquisitório (e a
mentalidade nessa linha estruturada), em que a confissão era considerada a
“rainha das provas”, pois o réu era portador de uma verdade que deveria ser
extraída a qualquer custo. No fundo, a questão situava-se (e situa-se, ainda) no
campo da culpa judaico-cristã, em que o réu deve confessar e arrependerse, para
assim buscar a remissão de seus pecados (inclusive com a atenuação da pena,
art. 65, III, “d”, do Código Penal). Também é a confissão, para o juiz, a
possibilidade de punir sem culpa. É a possibilidade de fazer o mal através da
pena, sem culpa, pois o herege confessou seus pecados.
Tudo isso deve ser abandonado rumo ao processo penal acusatório-
constitucional, em que o interrogatório é acima de tudo um meio de defesa e, a
confissão, apenas mais um elemento na axiologia probatória, que somente pode
ser considerado quando compatível e conforme o resto da prova produzida.
O art. 198 do CPP deve ser lido à luz do direito constitucional de silêncio e
em conformidade com a estrutura do devido processo. Assim, o silêncio não
importará confissão, e tampouco pode ser (des)valorado pelo juiz.

Art. 197. O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os


outros elementos de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la
com as demais provas do processo, verificando se entre ela e estas existe
compatibilidade ou concordância.

Art. 198. O silêncio do acusado não importará confissão, mas poderá


constituir elemento para a formação do convencimento do juiz.

Em relação a infrações não transeuntes, ou seja, infrações que deixam


vestígios, o Código de Processo Penal afirma:

Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de


corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

B) O exame de corpo de delito é indispensável, contudo, poderá


supri-lo a confissão do acusado e o relato das testemunhas (errado)
De acordo com Aury Lopes Jr (p.724, 2020) a própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.
A confissão deve ser analisada no contexto probatório, não de forma isolada,
mas sim em conjunto com a prova colhida, de modo que, sozinha, não justifica

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um juízo condenatório460, mas, por outro lado, quando situada na mesma linha
da prova produzida, em conformidade e harmonia, poderá ser valorada pelo juiz
na sentença.
Deve-se insistir na necessidade de abandonar-se o ranço inquisitório (e a
mentalidade nessa linha estruturada), em que a confissão era considerada a
“rainha das provas”, pois o réu era portador de uma verdade que deveria ser
extraída a qualquer custo. No fundo, a questão situava-se (e situa-se, ainda) no
campo da culpa judaico-cristã, em que o réu deve confessar e arrependerse, para
assim buscar a remissão de seus pecados (inclusive com a atenuação da pena,
art. 65, III, “d”, do Código Penal). Também é a confissão, para o juiz, a
possibilidade de punir sem culpa. É a possibilidade de fazer o mal através da
pena, sem culpa, pois o herege confessou seus pecados.
Tudo isso deve ser abandonado rumo ao processo penal acusatório-
constitucional, em que o interrogatório é acima de tudo um meio de defesa e, a
confissão, apenas mais um elemento na axiologia probatória, que somente pode
ser considerado quando compatível e conforme o resto da prova produzida.
O art. 198 do CPP deve ser lido à luz do direito constitucional de silêncio e
em conformidade com a estrutura do devido processo. Assim, o silêncio não
importará confissão, e tampouco pode ser (des)valorado pelo juiz.

Art. 197. O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os


outros elementos de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la
com as demais provas do processo, verificando se entre ela e estas existe
compatibilidade ou concordância.

Art. 198. O silêncio do acusado não importará confissão, mas poderá


constituir elemento para a formação do convencimento do juiz.

Em relação a infrações não transeuntes, ou seja, infrações que deixam


vestígios, o Código de Processo Penal afirma:

Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de


corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

C) O exame de corpo de delito é dispensável nos casos de lesão


corporal, sendo relevante apenas o depoimento da vítima (errado)
De acordo com Aury Lopes Jr (p.724, 2020) a própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.
A confissão deve ser analisada no contexto probatório, não de forma isolada,
mas sim em conjunto com a prova colhida, de modo que, sozinha, não justifica
um juízo condenatório460, mas, por outro lado, quando situada na mesma linha

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na sentença.
Deve-se insistir na necessidade de abandonar-se o ranço inquisitório (e a
mentalidade nessa linha estruturada), em que a confissão era considerada a
“rainha das provas”, pois o réu era portador de uma verdade que deveria ser
extraída a qualquer custo. No fundo, a questão situava-se (e situa-se, ainda) no
campo da culpa judaico-cristã, em que o réu deve confessar e arrependerse, para
assim buscar a remissão de seus pecados (inclusive com a atenuação da pena,
art. 65, III, “d”, do Código Penal). Também é a confissão, para o juiz, a
possibilidade de punir sem culpa. É a possibilidade de fazer o mal através da
pena, sem culpa, pois o herege confessou seus pecados.
Tudo isso deve ser abandonado rumo ao processo penal acusatório-
constitucional, em que o interrogatório é acima de tudo um meio de defesa e, a
confissão, apenas mais um elemento na axiologia probatória, que somente pode
ser considerado quando compatível e conforme o resto da prova produzida.
O art. 198 do CPP deve ser lido à luz do direito constitucional de silêncio e
em conformidade com a estrutura do devido processo. Assim, o silêncio não
importará confissão, e tampouco pode ser (des)valorado pelo juiz.

Art. 197. O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os


outros elementos de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la
com as demais provas do processo, verificando se entre ela e estas existe
compatibilidade ou concordância.

Art. 198. O silêncio do acusado não importará confissão, mas poderá


constituir elemento para a formação do convencimento do juiz.

Em relação a infrações não transeuntes, ou seja, infrações que deixam


vestígios, o Código de Processo Penal afirma:

Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de


corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

D) O exame de corpo de delito é indispensável e não poderá supri-lo


a confissão do acusado. (certo)
De acordo com Aury Lopes Jr (p.724, 2020) a própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.
A confissão deve ser analisada no contexto probatório, não de forma isolada,
mas sim em conjunto com a prova colhida, de modo que, sozinha, não justifica
um juízo condenatório460, mas, por outro lado, quando situada na mesma linha
da prova produzida, em conformidade e harmonia, poderá ser valorada pelo juiz
na sentença.

MUDE SUA VIDA!


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Deve-se insistir na necessidade de abandonar-se o ranço inquisitório (e a


mentalidade nessa linha estruturada), em que a confissão era considerada a
“rainha das provas”, pois o réu era portador de uma verdade que deveria ser
extraída a qualquer custo. No fundo, a questão situava-se (e situa-se, ainda) no
campo da culpa judaico-cristã, em que o réu deve confessar e arrependerse, para
assim buscar a remissão de seus pecados (inclusive com a atenuação da pena,
art. 65, III, “d”, do Código Penal). Também é a confissão, para o juiz, a
possibilidade de punir sem culpa. É a possibilidade de fazer o mal através da
pena, sem culpa, pois o herege confessou seus pecados.
Tudo isso deve ser abandonado rumo ao processo penal acusatório-
constitucional, em que o interrogatório é acima de tudo um meio de defesa e, a
confissão, apenas mais um elemento na axiologia probatória, que somente pode
ser considerado quando compatível e conforme o resto da prova produzida.
O art. 198 do CPP deve ser lido à luz do direito constitucional de silêncio e
em conformidade com a estrutura do devido processo. Assim, o silêncio não
importará confissão, e tampouco pode ser (des)valorado pelo juiz.

Art. 197. O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os


outros elementos de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la
com as demais provas do processo, verificando se entre ela e estas existe
compatibilidade ou concordância.

Art. 198. O silêncio do acusado não importará confissão, mas poderá


constituir elemento para a formação do convencimento do juiz.

Em relação a infrações não transeuntes, ou seja, infrações que deixam


vestígios, o Código de Processo Penal afirma:

Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de


corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

13- Na investigação do crime de homicídio, verifica-se que


A) O silencio do acusado preso em flagrante delito logo após o crime importa em
confissão
B) a confissão, embora importante como informação complementar, não é o fim
principal da investigação, porque, sozinha, não tem força probatória.
C) por presunção, as hipóteses mais simples para esclarecimento do homicídio
devem ser descartadas das estratégias que serão adotadas na investigação.
D) não se procede à inquirição de testemunha criança, porque seu depoimento é
naturalmente frágil.

GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

MUDE SUA VIDA!


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A) O silencio do acusado preso em flagrante delito logo após o crime


importa em confissão. (Errado)
Errado. Artigo 198 CPP

B) a confissão, embora importante como informação complementar,


não é o fim principal da investigação, porque, sozinha, não tem força
probatória. (Certo)
Certo. Artigo 197 CPP

C) É indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto.


Podendo ser suprido pela confissão (Errado)
Errado. Artigo 158 CPP.

D) por ser crime transeunte, dispensa exame de corpo de delito.


(Errado)
Errado. Artigo 158 CPP.
SOLUÇÃO COMPLETA

A)o suspeito só deve ser inquirido ao final da investigação, quando


já houver elementos de informação que permitam o seu indiciamento.
(Errado)
De acordo com Aury Lopes Jr (p.724, 2020) a própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.
A confissão deve ser analisada no contexto probatório, não de forma isolada,
mas sim em conjunto com a prova colhida, de modo que, sozinha, não justifica
um juízo condenatório460, mas, por outro lado, quando situada na mesma linha
da prova produzida, em conformidade e harmonia, poderá ser valorada pelo juiz
na sentença.
Deve-se insistir na necessidade de abandonar-se o ranço inquisitório (e a
mentalidade nessa linha estruturada), em que a confissão era considerada a
“rainha das provas”, pois o réu era portador de uma verdade que deveria ser
extraída a qualquer custo. No fundo, a questão situava-se (e situa-se, ainda) no
campo da culpa judaico-cristã, em que o réu deve confessar e arrependerse, para
assim buscar a remissão de seus pecados (inclusive com a atenuação da pena,
art. 65, III, “d”, do Código Penal). Também é a confissão, para o juiz, a
possibilidade de punir sem culpa. É a possibilidade de fazer o mal através da
pena, sem culpa, pois o herege confessou seus pecados.
Tudo isso deve ser abandonado rumo ao processo penal acusatório-
constitucional, em que o interrogatório é acima de tudo um meio de defesa e, a
confissão, apenas mais um elemento na axiologia probatória, que somente pode
ser considerado quando compatível e conforme o resto da prova produzida.

MUDE SUA VIDA!


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O art. 198 do CPP deve ser lido à luz do direito constitucional de silêncio e
em conformidade com a estrutura do devido processo. Assim, o silêncio não
importará confissão, e tampouco pode ser (des)valorado pelo juiz.

Art. 197. O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os


outros elementos de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la
com as demais provas do processo, verificando se entre ela e estas existe
compatibilidade ou concordância.

Art. 198. O silêncio do acusado não importará confissão, mas poderá


constituir elemento para a formação do convencimento do juiz.

Em relação a infrações não transeuntes, ou seja, infrações que deixam


vestígios, o Código de Processo Penal afirma:

Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de


corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

B) a confissão, embora importante como informação complementar,


não é o fim principal da investigação, porque, sozinha, não tem força
probatória. (Certo)
De acordo com Aury Lopes Jr (p.724, 2020) a própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.
A confissão deve ser analisada no contexto probatório, não de forma isolada,
mas sim em conjunto com a prova colhida, de modo que, sozinha, não justifica
um juízo condenatório460, mas, por outro lado, quando situada na mesma linha
da prova produzida, em conformidade e harmonia, poderá ser valorada pelo juiz
na sentença.
Deve-se insistir na necessidade de abandonar-se o ranço inquisitório (e a
mentalidade nessa linha estruturada), em que a confissão era considerada a
“rainha das provas”, pois o réu era portador de uma verdade que deveria ser
extraída a qualquer custo. No fundo, a questão situava-se (e situa-se, ainda) no
campo da culpa judaico-cristã, em que o réu deve confessar e arrependerse, para
assim buscar a remissão de seus pecados (inclusive com a atenuação da pena,
art. 65, III, “d”, do Código Penal). Também é a confissão, para o juiz, a
possibilidade de punir sem culpa. É a possibilidade de fazer o mal através da
pena, sem culpa, pois o herege confessou seus pecados.
Tudo isso deve ser abandonado rumo ao processo penal acusatório-
constitucional, em que o interrogatório é acima de tudo um meio de defesa e, a
confissão, apenas mais um elemento na axiologia probatória, que somente pode
ser considerado quando compatível e conforme o resto da prova produzida.

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O art. 198 do CPP deve ser lido à luz do direito constitucional de silêncio e
em conformidade com a estrutura do devido processo. Assim, o silêncio não
importará confissão, e tampouco pode ser (des)valorado pelo juiz.

Art. 197. O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os


outros elementos de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la
com as demais provas do processo, verificando se entre ela e estas existe
compatibilidade ou concordância.

Art. 198. O silêncio do acusado não importará confissão, mas poderá


constituir elemento para a formação do convencimento do juiz.

Em relação a infrações não transeuntes, ou seja, infrações que deixam


vestígios, o Código de Processo Penal afirma:

Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de


corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

C) É indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto.


Podendo ser suprido pela confissão (Errado)
De acordo com Aury Lopes Jr (p.724, 2020) a própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.
A confissão deve ser analisada no contexto probatório, não de forma isolada,
mas sim em conjunto com a prova colhida, de modo que, sozinha, não justifica
um juízo condenatório460, mas, por outro lado, quando situada na mesma linha
da prova produzida, em conformidade e harmonia, poderá ser valorada pelo juiz
na sentença.
Deve-se insistir na necessidade de abandonar-se o ranço inquisitório (e a
mentalidade nessa linha estruturada), em que a confissão era considerada a
“rainha das provas”, pois o réu era portador de uma verdade que deveria ser
extraída a qualquer custo. No fundo, a questão situava-se (e situa-se, ainda) no
campo da culpa judaico-cristã, em que o réu deve confessar e arrependerse, para
assim buscar a remissão de seus pecados (inclusive com a atenuação da pena,
art. 65, III, “d”, do Código Penal). Também é a confissão, para o juiz, a
possibilidade de punir sem culpa. É a possibilidade de fazer o mal através da
pena, sem culpa, pois o herege confessou seus pecados.
Tudo isso deve ser abandonado rumo ao processo penal acusatório-
constitucional, em que o interrogatório é acima de tudo um meio de defesa e, a
confissão, apenas mais um elemento na axiologia probatória, que somente pode
ser considerado quando compatível e conforme o resto da prova produzida.

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O art. 198 do CPP deve ser lido à luz do direito constitucional de silêncio e
em conformidade com a estrutura do devido processo. Assim, o silêncio não
importará confissão, e tampouco pode ser (des)valorado pelo juiz.

Art. 197. O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os


outros elementos de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la
com as demais provas do processo, verificando se entre ela e estas existe
compatibilidade ou concordância.

Art. 198. O silêncio do acusado não importará confissão, mas poderá


constituir elemento para a formação do convencimento do juiz.

Em relação a infrações não transeuntes, ou seja, infrações que deixam


vestígios, o Código de Processo Penal afirma:

Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de


corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

D) por ser crime transeunte, dispensa exame de corpo de delito.


(Errado)
De acordo com Aury Lopes Jr (p.724, 2020) a própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.
A confissão deve ser analisada no contexto probatório, não de forma isolada,
mas sim em conjunto com a prova colhida, de modo que, sozinha, não justifica
um juízo condenatório460, mas, por outro lado, quando situada na mesma linha
da prova produzida, em conformidade e harmonia, poderá ser valorada pelo juiz
na sentença.
Deve-se insistir na necessidade de abandonar-se o ranço inquisitório (e a
mentalidade nessa linha estruturada), em que a confissão era considerada a
“rainha das provas”, pois o réu era portador de uma verdade que deveria ser
extraída a qualquer custo. No fundo, a questão situava-se (e situa-se, ainda) no
campo da culpa judaico-cristã, em que o réu deve confessar e arrependerse, para
assim buscar a remissão de seus pecados (inclusive com a atenuação da pena,
art. 65, III, “d”, do Código Penal). Também é a confissão, para o juiz, a
possibilidade de punir sem culpa. É a possibilidade de fazer o mal através da
pena, sem culpa, pois o herege confessou seus pecados.
Tudo isso deve ser abandonado rumo ao processo penal acusatório-
constitucional, em que o interrogatório é acima de tudo um meio de defesa e, a
confissão, apenas mais um elemento na axiologia probatória, que somente pode
ser considerado quando compatível e conforme o resto da prova produzida.

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O art. 198 do CPP deve ser lido à luz do direito constitucional de silêncio e
em conformidade com a estrutura do devido processo. Assim, o silêncio não
importará confissão, e tampouco pode ser (des)valorado pelo juiz.

Art. 197. O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os


outros elementos de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la
com as demais provas do processo, verificando se entre ela e estas existe
compatibilidade ou concordância.

Art. 198. O silêncio do acusado não importará confissão, mas poderá


constituir elemento para a formação do convencimento do juiz.

Em relação a infrações não transeuntes, ou seja, infrações que deixam


vestígios, o Código de Processo Penal afirma:

Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de


corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

14- "São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do


processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas
constitucionais ou legais. " A teoria contida no dispositivo legal transcrito é:

A) Teoria dos frutos da árvore envenenada


B) Teoria da confissão como rainha das provas
C) Teoria da proporcionalidade
D) Teoria da descoberta inevitável

GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) Teoria dos frutos da árvore envenenada (certo)


Certo. Teoria dos frutos da árvore envenenada.

B) Teoria da confissão como rainha das provas (errado)


Errado. Teoria dos frutos da árvore envenenada.

C) Teoria da proporcionalidade (errado)


Teoria dos frutos da árvore envenenada.

D) Teoria da descoberta inevitável (errado)


Teoria dos frutos da árvore envenenada.

SOLUÇÃO COMPLETA

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A) Teoria dos frutos da árvore envenenada (certo)


De acordo com Ministro Celso de Mello, no julgamento do RHC 90.376/RJ,
Ninguém pode ser investigado, denunciado ou condenado com base, unicamente,
em provas ilícitas, quer se trate de ilicitude originária, quer se cuide de ilicitude
por derivação. Qualquer novo dado probatório, ainda que produzido, de modo
válido, em momento subsequente, não pode apoiar-se, não pode ter fundamento
causal nem derivar de prova comprometida pela mácula da ilicitude originária. – A
exclusão da prova originariamente ilícita – ou daquela afetada pelo vício da
ilicitude por derivação – representa um dos meios mais expressivos destinados a
conferir efetividade à garantia do “due process of law” e a tornar mais intensa,
pelo banimento da prova ilicitamente obtida, a tutela constitucional que preserva
os direitos e prerrogativas que assistem a qualquer acusado em sede processual
penal. Doutrina. Precedentes. – A doutrina da ilicitude por derivação (teoria dos
“frutos da árvore envenenada”) repudia, por constitucionalmente inadmissíveis, os
meios probatórios, que, não obstante produzidos, validamente, em momento
ulterior, acham-se afetados, no entanto, pelo vício (gravíssimo) da ilicitude
originária, que a eles se transmite, contaminando-os, por efeito de repercussão
causal.
Aury Lopes Jr (p. 696, 2020) conclui: A lógica é muito clara, ainda que a
aplicação seja extremamente complexa, de que se a árvore está envenenada, os
frutos que ela gera estarão igualmente contaminados (por derivação).
Exemplo típico é a apreensão de objetos utilizados para a prática de um
crime (armas, carros etc.) ou mesmo que constituam o corpo de delito, e que
tenham sido obtidos a partir da escuta telefônica ilegal ou através da violação de
correspondência eletrônica. Mesmo que a busca e apreensão seja regular, com o
mandado respectivo, é um ato derivado do anterior, ilícito. Portanto, contaminado
está.
Voltando ao princípio da contaminação, entendemos que o vício se transmite
a todos os elementos probatórios obtidos a partir do ato maculado, literalmente
contaminando-os com a mesma intensidade. Dessa forma, devem ser
desentranhados o ato originariamente viciado e todos os que dele derivem ou
decorram, pois igualmente ilícita é a prova que deles se obteve.

A teoria dos frutos da árvore envenenada encontra abrigo, no Código de


Processo Penal, em:

Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as


provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais
ou legais.
§ 1o São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo
quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as
derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras.
§ 2o Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os
trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria
capaz de conduzir ao fato objeto da prova.

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§ 3o Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada


inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes
acompanhar o incidente.

B) Teoria da confissão como rainha das provas (errado)


De acordo com Ministro Celso de Mello, no julgamento do RHC 90.376/RJ,
Ninguém pode ser investigado, denunciado ou condenado com base, unicamente,
em provas ilícitas, quer se trate de ilicitude originária, quer se cuide de ilicitude
por derivação. Qualquer novo dado probatório, ainda que produzido, de modo
válido, em momento subsequente, não pode apoiar-se, não pode ter fundamento
causal nem derivar de prova comprometida pela mácula da ilicitude originária. – A
exclusão da prova originariamente ilícita – ou daquela afetada pelo vício da
ilicitude por derivação – representa um dos meios mais expressivos destinados a
conferir efetividade à garantia do “due process of law” e a tornar mais intensa,
pelo banimento da prova ilicitamente obtida, a tutela constitucional que preserva
os direitos e prerrogativas que assistem a qualquer acusado em sede processual
penal. Doutrina. Precedentes. – A doutrina da ilicitude por derivação (teoria dos
“frutos da árvore envenenada”) repudia, por constitucionalmente inadmissíveis, os
meios probatórios, que, não obstante produzidos, validamente, em momento
ulterior, acham-se afetados, no entanto, pelo vício (gravíssimo) da ilicitude
originária, que a eles se transmite, contaminando-os, por efeito de repercussão
causal.
Aury Lopes Jr (p. 696, 2020) conclui: A lógica é muito clara, ainda que a
aplicação seja extremamente complexa, de que se a árvore está envenenada, os
frutos que ela gera estarão igualmente contaminados (por derivação).
Exemplo típico é a apreensão de objetos utilizados para a prática de um
crime (armas, carros etc.) ou mesmo que constituam o corpo de delito, e que
tenham sido obtidos a partir da escuta telefônica ilegal ou através da violação de
correspondência eletrônica. Mesmo que a busca e apreensão seja regular, com o
mandado respectivo, é um ato derivado do anterior, ilícito. Portanto, contaminado
está.
Voltando ao princípio da contaminação, entendemos que o vício se transmite
a todos os elementos probatórios obtidos a partir do ato maculado, literalmente
contaminando-os com a mesma intensidade. Dessa forma, devem ser
desentranhados o ato originariamente viciado e todos os que dele derivem ou
decorram, pois igualmente ilícita é a prova que deles se obteve.

A teoria dos frutos da árvore envenenada encontra abrigo, no Código de


Processo Penal, em:

Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as


provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais
ou legais.
§ 1o São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo
quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as
derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras.

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§ 2o Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os


trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria
capaz de conduzir ao fato objeto da prova.
§ 3o Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada
inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes
acompanhar o incidente.

C) Teoria da proporcionalidade (errado)


De acordo com Ministro Celso de Mello, no julgamento do RHC 90.376/RJ,
Ninguém pode ser investigado, denunciado ou condenado com base, unicamente,
em provas ilícitas, quer se trate de ilicitude originária, quer se cuide de ilicitude
por derivação. Qualquer novo dado probatório, ainda que produzido, de modo
válido, em momento subsequente, não pode apoiar-se, não pode ter fundamento
causal nem derivar de prova comprometida pela mácula da ilicitude originária. – A
exclusão da prova originariamente ilícita – ou daquela afetada pelo vício da
ilicitude por derivação – representa um dos meios mais expressivos destinados a
conferir efetividade à garantia do “due process of law” e a tornar mais intensa,
pelo banimento da prova ilicitamente obtida, a tutela constitucional que preserva
os direitos e prerrogativas que assistem a qualquer acusado em sede processual
penal. Doutrina. Precedentes. – A doutrina da ilicitude por derivação (teoria dos
“frutos da árvore envenenada”) repudia, por constitucionalmente inadmissíveis, os
meios probatórios, que, não obstante produzidos, validamente, em momento
ulterior, acham-se afetados, no entanto, pelo vício (gravíssimo) da ilicitude
originária, que a eles se transmite, contaminando-os, por efeito de repercussão
causal.
Aury Lopes Jr (p. 696, 2020) conclui: A lógica é muito clara, ainda que a
aplicação seja extremamente complexa, de que se a árvore está envenenada, os
frutos que ela gera estarão igualmente contaminados (por derivação).
Exemplo típico é a apreensão de objetos utilizados para a prática de um
crime (armas, carros etc.) ou mesmo que constituam o corpo de delito, e que
tenham sido obtidos a partir da escuta telefônica ilegal ou através da violação de
correspondência eletrônica. Mesmo que a busca e apreensão seja regular, com o
mandado respectivo, é um ato derivado do anterior, ilícito. Portanto, contaminado
está.
Voltando ao princípio da contaminação, entendemos que o vício se transmite
a todos os elementos probatórios obtidos a partir do ato maculado, literalmente
contaminando-os com a mesma intensidade. Dessa forma, devem ser
desentranhados o ato originariamente viciado e todos os que dele derivem ou
decorram, pois igualmente ilícita é a prova que deles se obteve.

A teoria dos frutos da árvore envenenada encontra abrigo, no Código de


Processo Penal, em:

Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as


provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais
ou legais.

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§ 1o São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo


quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as
derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras.
§ 2o Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os
trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria
capaz de conduzir ao fato objeto da prova.
§ 3o Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada
inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes
acompanhar o incidente.

D) Teoria da descoberta inevitável (errado)


De acordo com Ministro Celso de Mello, no julgamento do RHC 90.376/RJ,
Ninguém pode ser investigado, denunciado ou condenado com base, unicamente,
em provas ilícitas, quer se trate de ilicitude originária, quer se cuide de ilicitude
por derivação. Qualquer novo dado probatório, ainda que produzido, de modo
válido, em momento subsequente, não pode apoiar-se, não pode ter fundamento
causal nem derivar de prova comprometida pela mácula da ilicitude originária. – A
exclusão da prova originariamente ilícita – ou daquela afetada pelo vício da
ilicitude por derivação – representa um dos meios mais expressivos destinados a
conferir efetividade à garantia do “due process of law” e a tornar mais intensa,
pelo banimento da prova ilicitamente obtida, a tutela constitucional que preserva
os direitos e prerrogativas que assistem a qualquer acusado em sede processual
penal. Doutrina. Precedentes. – A doutrina da ilicitude por derivação (teoria dos
“frutos da árvore envenenada”) repudia, por constitucionalmente inadmissíveis, os
meios probatórios, que, não obstante produzidos, validamente, em momento
ulterior, acham-se afetados, no entanto, pelo vício (gravíssimo) da ilicitude
originária, que a eles se transmite, contaminando-os, por efeito de repercussão
causal.
Aury Lopes Jr (p. 696, 2020) conclui: A lógica é muito clara, ainda que a
aplicação seja extremamente complexa, de que se a árvore está envenenada, os
frutos que ela gera estarão igualmente contaminados (por derivação).
Exemplo típico é a apreensão de objetos utilizados para a prática de um
crime (armas, carros etc.) ou mesmo que constituam o corpo de delito, e que
tenham sido obtidos a partir da escuta telefônica ilegal ou através da violação de
correspondência eletrônica. Mesmo que a busca e apreensão seja regular, com o
mandado respectivo, é um ato derivado do anterior, ilícito. Portanto, contaminado
está.
Voltando ao princípio da contaminação, entendemos que o vício se transmite
a todos os elementos probatórios obtidos a partir do ato maculado, literalmente
contaminando-os com a mesma intensidade. Dessa forma, devem ser
desentranhados o ato originariamente viciado e todos os que dele derivem ou
decorram, pois igualmente ilícita é a prova que deles se obteve.

A teoria dos frutos da árvore envenenada encontra abrigo, no Código de


Processo Penal, em:

MUDE SUA VIDA!


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Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as


provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais
ou legais.
§ 1o São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo
quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as
derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras.
§ 2o Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os
trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria
capaz de conduzir ao fato objeto da prova.
§ 3o Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada
inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes
acompanhar o incidente.

15- São exemplos de teorias que excepcionam a teoria dos frutos da árvore
envenenada, exceto:

A) Teoria da fonte independente


B) Teoria da prova absolutamente independente
C) Teoria da descoberta inevitável
D) Teoria do interesse predominante.
GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) Teoria da fonte independente (errado)


Errado. Duas teorias excepcionam a teoria dos frutos da árvore envenenada,
são elas: teoria da fonte independente e teoria de descoberta inevitável.

B) Teoria da prova absolutamente independente (errado)


Errado. Duas teorias excepcionam a teoria dos frutos da árvore envenenada,
são elas: teoria da fonte independente e teoria de descoberta inevitável.

C) Teoria da descoberta inevitável (errado)


Errado. Duas teorias excepcionam a teoria dos frutos da árvore envenenada,
são elas: teoria da fonte independente e teoria de descoberta inevitável.

D) Teoria do interesse predominante. (certo)


Certo. Duas teorias excepcionam a teoria dos frutos da árvore envenenada,
são elas: teoria da fonte independente e teoria de descoberta inevitável.

SOLUÇÃO COMPLETA

A) Teoria da fonte independente (errado)


De acordo com Ministro Celso de Mello, no julgamento do RHC 90.376/RJ,
Ninguém pode ser investigado, denunciado ou condenado com base, unicamente,

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em provas ilícitas, quer se trate de ilicitude originária, quer se cuide de ilicitude


por derivação. Qualquer novo dado probatório, ainda que produzido, de modo
válido, em momento subsequente, não pode apoiar-se, não pode ter fundamento
causal nem derivar de prova comprometida pela mácula da ilicitude originária. – A
exclusão da prova originariamente ilícita – ou daquela afetada pelo vício da
ilicitude por derivação – representa um dos meios mais expressivos destinados a
conferir efetividade à garantia do “due process of law” e a tornar mais intensa,
pelo banimento da prova ilicitamente obtida, a tutela constitucional que preserva
os direitos e prerrogativas que assistem a qualquer acusado em sede processual
penal. Doutrina. Precedentes. – A doutrina da ilicitude por derivação (teoria dos
“frutos da árvore envenenada”) repudia, por constitucionalmente inadmissíveis, os
meios probatórios, que, não obstante produzidos, validamente, em momento
ulterior, acham-se afetados, no entanto, pelo vício (gravíssimo) da ilicitude
originária, que a eles se transmite, contaminando-os, por efeito de repercussão
causal.
Aury Lopes Jr (p. 696, 2020) conclui: A lógica é muito clara, ainda que a
aplicação seja extremamente complexa, de que se a árvore está envenenada, os
frutos que ela gera estarão igualmente contaminados (por derivação).
Exemplo típico é a apreensão de objetos utilizados para a prática de um
crime (armas, carros etc.) ou mesmo que constituam o corpo de delito, e que
tenham sido obtidos a partir da escuta telefônica ilegal ou através da violação de
correspondência eletrônica. Mesmo que a busca e apreensão seja regular, com o
mandado respectivo, é um ato derivado do anterior, ilícito. Portanto, contaminado
está.
Voltando ao princípio da contaminação, entendemos que o vício se transmite
a todos os elementos probatórios obtidos a partir do ato maculado, literalmente
contaminando-os com a mesma intensidade. Dessa forma, devem ser
desentranhados o ato originariamente viciado e todos os que dele derivem ou
decorram, pois igualmente ilícita é a prova que deles se obteve.

A teoria dos frutos da árvore envenenada encontra abrigo, no Código de


Processo Penal, em:

Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as


provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais
ou legais.
§ 1o São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo
quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as
derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras.
§ 2o Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os
trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria
capaz de conduzir ao fato objeto da prova.
§ 3o Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada
inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes
acompanhar o incidente.

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Duas teorias excepcionam a teoria dos frutos da árvore envenenada, são


elas: teoria da fonte independente e a teoria da descoberta inevitável.

A teoria da fonte independente, também pode ser chamada de independent


source limitation, limitação da fonte independente, ou ainda, teoria da prova
absolutamente independente. Segundo essa teoria, a prova que tem fonte
independente e lícita não sofre as consequências da inadmissibilidade da prova
ilícita da qual se origina, uma vez que haverá nexo causal entre a prova derivada
e a fonte independente.

Já a teoria da descoberta inevitável, também atendida por inevitable


discovery, acredita que a licitude da prova seria descoberta, de qualquer forma,
no decorrer da persecução penal, não precisando assim verificar a existência ou
não de nexo causal entre a prova ilícita e a derivada.

B) Teoria da prova absolutamente independente (errado)


De acordo com Ministro Celso de Mello, no julgamento do RHC 90.376/RJ,
Ninguém pode ser investigado, denunciado ou condenado com base, unicamente,
em provas ilícitas, quer se trate de ilicitude originária, quer se cuide de ilicitude
por derivação. Qualquer novo dado probatório, ainda que produzido, de modo
válido, em momento subsequente, não pode apoiar-se, não pode ter fundamento
causal nem derivar de prova comprometida pela mácula da ilicitude originária. – A
exclusão da prova originariamente ilícita – ou daquela afetada pelo vício da
ilicitude por derivação – representa um dos meios mais expressivos destinados a
conferir efetividade à garantia do “due process of law” e a tornar mais intensa,
pelo banimento da prova ilicitamente obtida, a tutela constitucional que preserva
os direitos e prerrogativas que assistem a qualquer acusado em sede processual
penal. Doutrina. Precedentes. – A doutrina da ilicitude por derivação (teoria dos
“frutos da árvore envenenada”) repudia, por constitucionalmente inadmissíveis, os
meios probatórios, que, não obstante produzidos, validamente, em momento
ulterior, acham-se afetados, no entanto, pelo vício (gravíssimo) da ilicitude
originária, que a eles se transmite, contaminando-os, por efeito de repercussão
causal.
Aury Lopes Jr (p. 696, 2020) conclui: A lógica é muito clara, ainda que a
aplicação seja extremamente complexa, de que se a árvore está envenenada, os
frutos que ela gera estarão igualmente contaminados (por derivação).
Exemplo típico é a apreensão de objetos utilizados para a prática de um
crime (armas, carros etc.) ou mesmo que constituam o corpo de delito, e que
tenham sido obtidos a partir da escuta telefônica ilegal ou através da violação de
correspondência eletrônica. Mesmo que a busca e apreensão seja regular, com o
mandado respectivo, é um ato derivado do anterior, ilícito. Portanto, contaminado
está.
Voltando ao princípio da contaminação, entendemos que o vício se transmite
a todos os elementos probatórios obtidos a partir do ato maculado, literalmente
contaminando-os com a mesma intensidade. Dessa forma, devem ser
desentranhados o ato originariamente viciado e todos os que dele derivem ou
decorram, pois igualmente ilícita é a prova que deles se obteve.

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A teoria dos frutos da árvore envenenada encontra abrigo, no Código de


Processo Penal, em:

Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as


provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais
ou legais.
§ 1o São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo
quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as
derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras.
§ 2o Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os
trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria
capaz de conduzir ao fato objeto da prova.
§ 3o Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada
inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes
acompanhar o incidente.

Duas teorias excepcionam a teoria dos frutos da árvore envenenada, são


elas: teoria da fonte independente e a teoria da descoberta inevitável.

A teoria da fonte independente, também pode ser chamada de independent


source limitation, limitação da fonte independente, ou ainda, teoria da prova
absolutamente independente. Segundo essa teoria, a prova que tem fonte
independente e lícita não sofre as consequências da inadmissibilidade da prova
ilícita da qual se origina, uma vez que haverá nexo causal entre a prova derivada
e a fonte independente.

Já a teoria da descoberta inevitável, também atendida por inevitable


discovery, acredita que a licitude da prova seria descoberta, de qualquer forma,
no decorrer da persecução penal, não precisando assim verificar a existência ou
não de nexo causal entre a prova ilícita e a derivada.

C) Teoria da descoberta inevitável (errado)


De acordo com Ministro Celso de Mello, no julgamento do RHC 90.376/RJ,
Ninguém pode ser investigado, denunciado ou condenado com base, unicamente,
em provas ilícitas, quer se trate de ilicitude originária, quer se cuide de ilicitude
por derivação. Qualquer novo dado probatório, ainda que produzido, de modo
válido, em momento subsequente, não pode apoiar-se, não pode ter fundamento
causal nem derivar de prova comprometida pela mácula da ilicitude originária. – A
exclusão da prova originariamente ilícita – ou daquela afetada pelo vício da
ilicitude por derivação – representa um dos meios mais expressivos destinados a
conferir efetividade à garantia do “due process of law” e a tornar mais intensa,
pelo banimento da prova ilicitamente obtida, a tutela constitucional que preserva
os direitos e prerrogativas que assistem a qualquer acusado em sede processual
penal. Doutrina. Precedentes. – A doutrina da ilicitude por derivação (teoria dos
“frutos da árvore envenenada”) repudia, por constitucionalmente inadmissíveis, os
meios probatórios, que, não obstante produzidos, validamente, em momento
ulterior, acham-se afetados, no entanto, pelo vício (gravíssimo) da ilicitude

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originária, que a eles se transmite, contaminando-os, por efeito de repercussão


causal.
Aury Lopes Jr (p. 696, 2020) conclui: A lógica é muito clara, ainda que a
aplicação seja extremamente complexa, de que se a árvore está envenenada, os
frutos que ela gera estarão igualmente contaminados (por derivação).
Exemplo típico é a apreensão de objetos utilizados para a prática de um
crime (armas, carros etc.) ou mesmo que constituam o corpo de delito, e que
tenham sido obtidos a partir da escuta telefônica ilegal ou através da violação de
correspondência eletrônica. Mesmo que a busca e apreensão seja regular, com o
mandado respectivo, é um ato derivado do anterior, ilícito. Portanto, contaminado
está.
Voltando ao princípio da contaminação, entendemos que o vício se transmite
a todos os elementos probatórios obtidos a partir do ato maculado, literalmente
contaminando-os com a mesma intensidade. Dessa forma, devem ser
desentranhados o ato originariamente viciado e todos os que dele derivem ou
decorram, pois igualmente ilícita é a prova que deles se obteve.

A teoria dos frutos da árvore envenenada encontra abrigo, no Código de


Processo Penal, em:

Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as


provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais
ou legais.
§ 1o São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo
quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as
derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras.
§ 2o Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os
trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria
capaz de conduzir ao fato objeto da prova.
§ 3o Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada
inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes
acompanhar o incidente.

Duas teorias excepcionam a teoria dos frutos da árvore envenenada, são


elas: teoria da fonte independente e a teoria da descoberta inevitável.

A teoria da fonte independente, também pode ser chamada de independent


source limitation, limitação da fonte independente, ou ainda, teoria da prova
absolutamente independente. Segundo essa teoria, a prova que tem fonte
independente e lícita não sofre as consequências da inadmissibilidade da prova
ilícita da qual se origina, uma vez que haverá nexo causal entre a prova derivada
e a fonte independente.

Já a teoria da descoberta inevitável, também atendida por inevitable


discovery, acredita que a licitude da prova seria descoberta, de qualquer forma,
no decorrer da persecução penal, não precisando assim verificar a existência ou
não de nexo causal entre a prova ilícita e a derivada.

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D) Teoria do interesse predominante. (certo)


De acordo com Ministro Celso de Mello, no julgamento do RHC 90.376/RJ,
Ninguém pode ser investigado, denunciado ou condenado com base, unicamente,
em provas ilícitas, quer se trate de ilicitude originária, quer se cuide de ilicitude
por derivação. Qualquer novo dado probatório, ainda que produzido, de modo
válido, em momento subsequente, não pode apoiar-se, não pode ter fundamento
causal nem derivar de prova comprometida pela mácula da ilicitude originária. – A
exclusão da prova originariamente ilícita – ou daquela afetada pelo vício da
ilicitude por derivação – representa um dos meios mais expressivos destinados a
conferir efetividade à garantia do “due process of law” e a tornar mais intensa,
pelo banimento da prova ilicitamente obtida, a tutela constitucional que preserva
os direitos e prerrogativas que assistem a qualquer acusado em sede processual
penal. Doutrina. Precedentes. – A doutrina da ilicitude por derivação (teoria dos
“frutos da árvore envenenada”) repudia, por constitucionalmente inadmissíveis, os
meios probatórios, que, não obstante produzidos, validamente, em momento
ulterior, acham-se afetados, no entanto, pelo vício (gravíssimo) da ilicitude
originária, que a eles se transmite, contaminando-os, por efeito de repercussão
causal.
Aury Lopes Jr (p. 696, 2020) conclui: A lógica é muito clara, ainda que a
aplicação seja extremamente complexa, de que se a árvore está envenenada, os
frutos que ela gera estarão igualmente contaminados (por derivação).
Exemplo típico é a apreensão de objetos utilizados para a prática de um
crime (armas, carros etc.) ou mesmo que constituam o corpo de delito, e que
tenham sido obtidos a partir da escuta telefônica ilegal ou através da violação de
correspondência eletrônica. Mesmo que a busca e apreensão seja regular, com o
mandado respectivo, é um ato derivado do anterior, ilícito. Portanto, contaminado
está.
Voltando ao princípio da contaminação, entendemos que o vício se transmite
a todos os elementos probatórios obtidos a partir do ato maculado, literalmente
contaminando-os com a mesma intensidade. Dessa forma, devem ser
desentranhados o ato originariamente viciado e todos os que dele derivem ou
decorram, pois igualmente ilícita é a prova que deles se obteve.

A teoria dos frutos da árvore envenenada encontra abrigo, no Código de


Processo Penal, em:

Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as


provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais
ou legais.
§ 1o São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo
quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as
derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras.
§ 2o Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os
trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria
capaz de conduzir ao fato objeto da prova.
§ 3o Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada
inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes
acompanhar o incidente.

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Duas teorias excepcionam a teoria dos frutos da árvore envenenada, são


elas: teoria da fonte independente e a teoria da descoberta inevitável.

A teoria da fonte independente, também pode ser chamada de independent


source limitation, limitação da fonte independente, ou ainda, teoria da prova
absolutamente independente. Segundo essa teoria, a prova que tem fonte
independente e lícita não sofre as consequências da inadmissibilidade da prova
ilícita da qual se origina, uma vez que haverá nexo causal entre a prova derivada
e a fonte independente.

Já a teoria da descoberta inevitável, também atendida por inevitable


discovery, acredita que a licitude da prova seria descoberta, de qualquer forma,
no decorrer da persecução penal, não precisando assim verificar a existência ou
não de nexo causal entre a prova ilícita e a derivada.

16- A respeito do instituto da serendipidade, assinale a alternativa incorreta:

A) Não é adotado no Brasil


B) Pode ser justificada através da teoria do encontro casal ou fortuiot de provas
C) A serendipidade de primeiro grau há nexo causal entre o crime achado e o crime
apurado, sendo a prova lícita
D) Na serendipidade de segundo grau não há nexo causal, sendo prova ilícita

GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA
A) Não é adotado no Brasil (certo)
Errado, devendo ser assinalado como gabarito. O STJ adota o principio da
Serendipidade.

B) Pode ser justificada através da teoria do encontro casal ou


fortuiot de provas (errado)
Alternativa certa, não devendo ser marcada já que a questão busca pela a
alternativa incorreta.

C) A serendipidade de primeiro grau há nexo causal entre o crime


achado e o crime apurado, sendo a prova lícita (errado)
Alternativa certa, não devendo ser marcada já que a questão busca pela a
alternativa incorreta.

D) Na serendipidade de segundo grau não há nexo causal, sendo


prova ilícita (errado)
Alternativa certa, não devendo ser marcada já que a questão busca pela a
alternativa incorreta.

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SOLUÇÃO COMPLETA

A) Não é adotado no Brasil (certo)


Imaginemos uma busca e apreensão de provas em investigação de um
delito de tráfico de drogas, em que também são apreendidos documentos
relativos ao delito de sonegação fiscal, que não estava sendo apurado. Essa prova
encontrada, por acaso, é válida?
Aury Lopes Jr (p. 617, 2020) nos ensina que nesse terreno que se situa o
desvio causal da prova, também tratado como “encontro fortuito” ou
“conhecimento fortuito”, como prefere a doutrina portuguesa387. No Brasil, o STJ
já aplicou o chamado “Princípio de Serendipidade”, que vem nessa mesma linha.
O tema também se relaciona com a chamada prova
emprestada,compartilhamento ou transferência de provas. Neste caso, obtém-se
determinada prova na apuração de um crime e, posteriormente, essa prova é
“emprestada”, transferida, para outro processo (criminal ou não), onde também é
valorada.
Na serendipidade de 1º grau há nexo causal entre o crime achado e o crime
apurado, com isso a jurisprudência e a doutrina concordam, entendendo que a
prova nessa situação é lícita.
Na serendipidade de segundo grau não há nexo causal, logo a doutrina
majoritária entende que a prova é ilícita, enquanto que a jurisprudência
majoritária entende que a prova é lícita. Ademais, embora a doutrina majoritária
considere a prova como sendo ilícita, ela poderia ser utilizada como elemento
informacional.
No Brasil, o STJ tem adotado o chamado “Princípio da Serendipidade”, para
aceitar a colheita acidental de provas mesmo quando não há conexão entre os
crimes. A palavra “serendipidade” vem da lenda oriental sobre os três príncipes de
Serendip, que eram viajantes e, ao longo do caminho, fizeram descobertas sem
ligação com o objetivo original. Assim, tal “princípio” vai de encontro ao que
sustentamos e também à doutrina da vinculação causal, anteriormente exposta.
Inclusive a colheita de provas, mesmo quando não há conexão388 entre os
crimes, como decidido pelo STJ na Ap 690. No HC 187.189, o STJ aceitou a prova
colhida em interceptação telefônica para apurar conduta diversa daquela que
originou a quebra, em nome da descoberta fortuita.

B) Pode ser justificada através da teoria do encontro casal ou


fortuiot de provas (errado)
Imaginemos uma busca e apreensão de provas em investigação de um
delito de tráfico de drogas, em que também são apreendidos documentos
relativos ao delito de sonegação fiscal, que não estava sendo apurado. Essa prova
encontrada, por acaso, é válida?
Aury Lopes Jr (p. 617, 2020) nos ensina que nesse terreno que se situa o
desvio causal da prova, também tratado como “encontro fortuito” ou
“conhecimento fortuito”, como prefere a doutrina portuguesa387. No Brasil, o STJ
já aplicou o chamado “Princípio de Serendipidade”, que vem nessa mesma linha.
O tema também se relaciona com a chamada prova
emprestada,compartilhamento ou transferência de provas. Neste caso, obtém-se
determinada prova na apuração de um crime e, posteriormente, essa prova é

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“emprestada”, transferida, para outro processo (criminal ou não), onde também é


valorada.
Na serendipidade de 1º grau há nexo causal entre o crime achado e o crime
apurado, com isso a jurisprudência e a doutrina concordam, entendendo que a
prova nessa situação é lícita.
Na serendipidade de segundo grau não há nexo causal, logo a doutrina
majoritária entende que a prova é ilícita, enquanto que a jurisprudência
majoritária entende que a prova é lícita. Ademais, embora a doutrina majoritária
considere a prova como sendo ilícita, ela poderia ser utilizada como elemento
informacional.
No Brasil, o STJ tem adotado o chamado “Princípio da Serendipidade”, para
aceitar a colheita acidental de provas mesmo quando não há conexão entre os
crimes. A palavra “serendipidade” vem da lenda oriental sobre os três príncipes de
Serendip, que eram viajantes e, ao longo do caminho, fizeram descobertas sem
ligação com o objetivo original. Assim, tal “princípio” vai de encontro ao que
sustentamos e também à doutrina da vinculação causal, anteriormente exposta.
Inclusive a colheita de provas, mesmo quando não há conexão388 entre os
crimes, como decidido pelo STJ na Ap 690. No HC 187.189, o STJ aceitou a prova
colhida em interceptação telefônica para apurar conduta diversa daquela que
originou a quebra, em nome da descoberta fortuita.

C) A serendipidade de primeiro grau há nexo causal entre o crime


achado e o crime apurado, sendo a prova lícita (errado)
Imaginemos uma busca e apreensão de provas em investigação de um
delito de tráfico de drogas, em que também são apreendidos documentos
relativos ao delito de sonegação fiscal, que não estava sendo apurado. Essa prova
encontrada, por acaso, é válida?
Aury Lopes Jr (p. 617, 2020) nos ensina que nesse terreno que se situa o
desvio causal da prova, também tratado como “encontro fortuito” ou
“conhecimento fortuito”, como prefere a doutrina portuguesa387. No Brasil, o STJ
já aplicou o chamado “Princípio de Serendipidade”, que vem nessa mesma linha.
O tema também se relaciona com a chamada prova
emprestada,compartilhamento ou transferência de provas. Neste caso, obtém-se
determinada prova na apuração de um crime e, posteriormente, essa prova é
“emprestada”, transferida, para outro processo (criminal ou não), onde também é
valorada.
Na serendipidade de 1º grau há nexo causal entre o crime achado e o crime
apurado, com isso a jurisprudência e a doutrina concordam, entendendo que a
prova nessa situação é lícita.
Na serendipidade de segundo grau não há nexo causal, logo a doutrina
majoritária entende que a prova é ilícita, enquanto que a jurisprudência
majoritária entende que a prova é lícita. Ademais, embora a doutrina majoritária
considere a prova como sendo ilícita, ela poderia ser utilizada como elemento
informacional.
No Brasil, o STJ tem adotado o chamado “Princípio da Serendipidade”, para
aceitar a colheita acidental de provas mesmo quando não há conexão entre os
crimes. A palavra “serendipidade” vem da lenda oriental sobre os três príncipes de
Serendip, que eram viajantes e, ao longo do caminho, fizeram descobertas sem

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ligação com o objetivo original. Assim, tal “princípio” vai de encontro ao que
sustentamos e também à doutrina da vinculação causal, anteriormente exposta.
Inclusive a colheita de provas, mesmo quando não há conexão388 entre os
crimes, como decidido pelo STJ na Ap 690. No HC 187.189, o STJ aceitou a prova
colhida em interceptação telefônica para apurar conduta diversa daquela que
originou a quebra, em nome da descoberta fortuita.

D) Na serendipidade de segundo grau não há nexo causal, sendo


prova ilícita (errado)
Imaginemos uma busca e apreensão de provas em investigação de um
delito de tráfico de drogas, em que também são apreendidos documentos
relativos ao delito de sonegação fiscal, que não estava sendo apurado. Essa prova
encontrada, por acaso, é válida?
Aury Lopes Jr (p. 617, 2020) nos ensina que nesse terreno que se situa o
desvio causal da prova, também tratado como “encontro fortuito” ou
“conhecimento fortuito”, como prefere a doutrina portuguesa387. No Brasil, o STJ
já aplicou o chamado “Princípio de Serendipidade”, que vem nessa mesma linha.
O tema também se relaciona com a chamada prova
emprestada,compartilhamento ou transferência de provas. Neste caso, obtém-se
determinada prova na apuração de um crime e, posteriormente, essa prova é
“emprestada”, transferida, para outro processo (criminal ou não), onde também é
valorada.
Na serendipidade de 1º grau há nexo causal entre o crime achado e o crime
apurado, com isso a jurisprudência e a doutrina concordam, entendendo que a
prova nessa situação é lícita.
Na serendipidade de segundo grau não há nexo causal, logo a doutrina
majoritária entende que a prova é ilícita, enquanto que a jurisprudência
majoritária entende que a prova é lícita. Ademais, embora a doutrina majoritária
considere a prova como sendo ilícita, ela poderia ser utilizada como elemento
informacional.
No Brasil, o STJ tem adotado o chamado “Princípio da Serendipidade”, para
aceitar a colheita acidental de provas mesmo quando não há conexão entre os
crimes. A palavra “serendipidade” vem da lenda oriental sobre os três príncipes de
Serendip, que eram viajantes e, ao longo do caminho, fizeram descobertas sem
ligação com o objetivo original. Assim, tal “princípio” vai de encontro ao que
sustentamos e também à doutrina da vinculação causal, anteriormente exposta.
Inclusive a colheita de provas, mesmo quando não há conexão388 entre os
crimes, como decidido pelo STJ na Ap 690. No HC 187.189, o STJ aceitou a prova
colhida em interceptação telefônica para apurar conduta diversa daquela que
originou a quebra, em nome da descoberta fortuita.

17- A teoria da descoberta inevitável:

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A) Defende que são inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as


provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou
legais.
B) Defende que a licitude da prova seria descoberta, de qualquer forma, no
decorrer da persecução penal, não precisando assim verificar a existência ou não de nexo
causal entre a prova ilícita e a derivada
C) Defende que a prova que tem fonte independente e lícita não sofre as
consequências da inadmissibilidade da prova ilícita da qual se origina, uma vez que
haverá nexo causal entre a prova derivada e a fonte independente.
D) Defende que deva haver um juízo de ponderação, um sopesamento relativizando
a inadmissibilidade das provas ilícitas em benefício do réu inocente, uma vez que ele a
obteve buscando a sua absolvição.

GABARITO LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) Defende que são inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do


processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a
normas constitucionais ou legais. (errado)
Errado. Para a teoria mencionada, a ilicitude da prova seria descoberta, de
qualquer forma. Nesse sentido, não justifica a necessidade de verificação de nexo
causal entre prova ilícita x derivada.
B) Defende que a licitude da prova seria descoberta, de qualquer
forma, no decorrer da persecução penal, não precisando assim verificar a
existência ou não de nexo causal entre a prova ilícita e a derivada (certo)
Certo. Para a teoria mencionada, a ilicitude da prova seria descoberta, de
qualquer forma. Nesse sentido, não justifica a necessidade de verificação de nexo
causal entre prova ilícita x derivada.
C) Defende que a prova que tem fonte independente e lícita não
sofre as consequências da inadmissibilidade da prova ilícita da qual se
origina, uma vez que haverá nexo causal entre a prova derivada e a fonte
independente. (errado)
Errado. Para a teoria mencionada, a ilicitude da prova seria descoberta, de
qualquer forma. Nesse sentido, não justifica a necessidade de verificação de nexo
causal entre prova ilícita x derivada.

D) Defende que deva haver um juízo de ponderação, um


sopesamento relativizando a inadmissibilidade das provas ilícitas em
benefício do réu inocente, uma vez que ele a obteve buscando a sua
absolvição. (errado)
Errado. Para a teoria mencionada, a ilicitude da prova seria descoberta, de
qualquer forma. Nesse sentido, não justifica a necessidade de verificação de nexo
causal entre prova ilícita x derivada.

SOLUÇÃO COMPLETA

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A) Defende que são inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do


processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a
normas constitucionais ou legais. (errado)
De acordo com Ministro Celso de Mello, no julgamento do RHC 90.376/RJ,
Ninguém pode ser investigado, denunciado ou condenado com base, unicamente,
em provas ilícitas, quer se trate de ilicitude originária, quer se cuide de ilicitude
por derivação. Qualquer novo dado probatório, ainda que produzido, de modo
válido, em momento subsequente, não pode apoiar-se, não pode ter fundamento
causal nem derivar de prova comprometida pela mácula da ilicitude originária. – A
exclusão da prova originariamente ilícita – ou daquela afetada pelo vício da
ilicitude por derivação – representa um dos meios mais expressivos destinados a
conferir efetividade à garantia do “due process of law” e a tornar mais intensa,
pelo banimento da prova ilicitamente obtida, a tutela constitucional que preserva
os direitos e prerrogativas que assistem a qualquer acusado em sede processual
penal. Doutrina. Precedentes. – A doutrina da ilicitude por derivação (teoria dos
“frutos da árvore envenenada”) repudia, por constitucionalmente inadmissíveis, os
meios probatórios, que, não obstante produzidos, validamente, em momento
ulterior, acham-se afetados, no entanto, pelo vício (gravíssimo) da ilicitude
originária, que a eles se transmite, contaminando-os, por efeito de repercussão
causal.
Aury Lopes Jr (p. 696, 2020) conclui: A lógica é muito clara, ainda que a
aplicação seja extremamente complexa, de que se a árvore está envenenada, os
frutos que ela gera estarão igualmente contaminados (por derivação).
Exemplo típico é a apreensão de objetos utilizados para a prática de um
crime (armas, carros etc.) ou mesmo que constituam o corpo de delito, e que
tenham sido obtidos a partir da escuta telefônica ilegal ou através da violação de
correspondência eletrônica. Mesmo que a busca e apreensão seja regular, com o
mandado respectivo, é um ato derivado do anterior, ilícito. Portanto, contaminado
está.
Voltando ao princípio da contaminação, entendemos que o vício se transmite
a todos os elementos probatórios obtidos a partir do ato maculado, literalmente
contaminando-os com a mesma intensidade. Dessa forma, devem ser
desentranhados o ato originariamente viciado e todos os que dele derivem ou
decorram, pois igualmente ilícita é a prova que deles se obteve.

A teoria dos frutos da árvore envenenada encontra abrigo, no Código de


Processo Penal, em:

Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as


provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais
ou legais.
§ 1o São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo
quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as
derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras.
§ 2o Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os
trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria
capaz de conduzir ao fato objeto da prova.

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§ 3o Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada


inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes
acompanhar o incidente.

Duas teorias excepcionam a teoria dos frutos da árvore envenenada, são


elas: teoria da fonte independente e a teoria da descoberta inevitável.

A teoria da fonte independente, também pode ser chamada de independent


source limitation, limitação da fonte independente, ou ainda, teoria da prova
absolutamente independente. Segundo essa teoria, a prova que tem fonte
independente e lícita não sofre as consequências da inadmissibilidade da prova
ilícita da qual se origina, uma vez que haverá nexo causal entre a prova derivada
e a fonte independente.

Já a teoria da descoberta inevitável, também atendida por inevitable


discovery, acredita que a licitude da prova seria descoberta, de qualquer forma,
no decorrer da persecução penal, não precisando assim verificar a existência ou
não de nexo causal entre a prova ilícita e a derivada.

B) Defende que a licitude da prova seria descoberta, de qualquer


forma, no decorrer da persecução penal, não precisando assim verificar a
existência ou não de nexo causal entre a prova ilícita e a derivada (certo)
De acordo com Ministro Celso de Mello, no julgamento do RHC 90.376/RJ,
Ninguém pode ser investigado, denunciado ou condenado com base, unicamente,
em provas ilícitas, quer se trate de ilicitude originária, quer se cuide de ilicitude
por derivação. Qualquer novo dado probatório, ainda que produzido, de modo
válido, em momento subsequente, não pode apoiar-se, não pode ter fundamento
causal nem derivar de prova comprometida pela mácula da ilicitude originária. – A
exclusão da prova originariamente ilícita – ou daquela afetada pelo vício da
ilicitude por derivação – representa um dos meios mais expressivos destinados a
conferir efetividade à garantia do “due process of law” e a tornar mais intensa,
pelo banimento da prova ilicitamente obtida, a tutela constitucional que preserva
os direitos e prerrogativas que assistem a qualquer acusado em sede processual
penal. Doutrina. Precedentes. – A doutrina da ilicitude por derivação (teoria dos
“frutos da árvore envenenada”) repudia, por constitucionalmente inadmissíveis, os
meios probatórios, que, não obstante produzidos, validamente, em momento
ulterior, acham-se afetados, no entanto, pelo vício (gravíssimo) da ilicitude
originária, que a eles se transmite, contaminando-os, por efeito de repercussão
causal.
Aury Lopes Jr (p. 696, 2020) conclui: A lógica é muito clara, ainda que a
aplicação seja extremamente complexa, de que se a árvore está envenenada, os
frutos que ela gera estarão igualmente contaminados (por derivação).
Exemplo típico é a apreensão de objetos utilizados para a prática de um
crime (armas, carros etc.) ou mesmo que constituam o corpo de delito, e que
tenham sido obtidos a partir da escuta telefônica ilegal ou através da violação de
correspondência eletrônica. Mesmo que a busca e apreensão seja regular, com o
mandado respectivo, é um ato derivado do anterior, ilícito. Portanto, contaminado
está.

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Voltando ao princípio da contaminação, entendemos que o vício se transmite


a todos os elementos probatórios obtidos a partir do ato maculado, literalmente
contaminando-os com a mesma intensidade. Dessa forma, devem ser
desentranhados o ato originariamente viciado e todos os que dele derivem ou
decorram, pois igualmente ilícita é a prova que deles se obteve.

A teoria dos frutos da árvore envenenada encontra abrigo, no Código de


Processo Penal, em:

Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as


provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais
ou legais.
§ 1o São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo
quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as
derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras.
§ 2o Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os
trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria
capaz de conduzir ao fato objeto da prova.
§ 3o Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada
inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes
acompanhar o incidente.

Duas teorias excepcionam a teoria dos frutos da árvore envenenada, são


elas: teoria da fonte independente e a teoria da descoberta inevitável.

A teoria da fonte independente, também pode ser chamada de independent


source limitation, limitação da fonte independente, ou ainda, teoria da prova
absolutamente independente. Segundo essa teoria, a prova que tem fonte
independente e lícita não sofre as consequências da inadmissibilidade da prova
ilícita da qual se origina, uma vez que haverá nexo causal entre a prova derivada
e a fonte independente.

Já a teoria da descoberta inevitável, também atendida por inevitable


discovery, acredita que a licitude da prova seria descoberta, de qualquer forma,
no decorrer da persecução penal, não precisando assim verificar a existência ou
não de nexo causal entre a prova ilícita e a derivada.

C) Defende que a prova que tem fonte independente e lícita não


sofre as consequências da inadmissibilidade da prova ilícita da qual se
origina, uma vez que haverá nexo causal entre a prova derivada e a fonte
independente. (errado)
De acordo com Ministro Celso de Mello, no julgamento do RHC 90.376/RJ,
Ninguém pode ser investigado, denunciado ou condenado com base, unicamente,
em provas ilícitas, quer se trate de ilicitude originária, quer se cuide de ilicitude
por derivação. Qualquer novo dado probatório, ainda que produzido, de modo
válido, em momento subsequente, não pode apoiar-se, não pode ter fundamento
causal nem derivar de prova comprometida pela mácula da ilicitude originária. – A

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exclusão da prova originariamente ilícita – ou daquela afetada pelo vício da


ilicitude por derivação – representa um dos meios mais expressivos destinados a
conferir efetividade à garantia do “due process of law” e a tornar mais intensa,
pelo banimento da prova ilicitamente obtida, a tutela constitucional que preserva
os direitos e prerrogativas que assistem a qualquer acusado em sede processual
penal. Doutrina. Precedentes. – A doutrina da ilicitude por derivação (teoria dos
“frutos da árvore envenenada”) repudia, por constitucionalmente inadmissíveis, os
meios probatórios, que, não obstante produzidos, validamente, em momento
ulterior, acham-se afetados, no entanto, pelo vício (gravíssimo) da ilicitude
originária, que a eles se transmite, contaminando-os, por efeito de repercussão
causal.
Aury Lopes Jr (p. 696, 2020) conclui: A lógica é muito clara, ainda que a
aplicação seja extremamente complexa, de que se a árvore está envenenada, os
frutos que ela gera estarão igualmente contaminados (por derivação).
Exemplo típico é a apreensão de objetos utilizados para a prática de um
crime (armas, carros etc.) ou mesmo que constituam o corpo de delito, e que
tenham sido obtidos a partir da escuta telefônica ilegal ou através da violação de
correspondência eletrônica. Mesmo que a busca e apreensão seja regular, com o
mandado respectivo, é um ato derivado do anterior, ilícito. Portanto, contaminado
está.
Voltando ao princípio da contaminação, entendemos que o vício se transmite
a todos os elementos probatórios obtidos a partir do ato maculado, literalmente
contaminando-os com a mesma intensidade. Dessa forma, devem ser
desentranhados o ato originariamente viciado e todos os que dele derivem ou
decorram, pois igualmente ilícita é a prova que deles se obteve.

A teoria dos frutos da árvore envenenada encontra abrigo, no Código de


Processo Penal, em:

Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as


provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais
ou legais.
§ 1o São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo
quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as
derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras.
§ 2o Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os
trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria
capaz de conduzir ao fato objeto da prova.
§ 3o Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada
inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes
acompanhar o incidente.

Duas teorias excepcionam a teoria dos frutos da árvore envenenada, são


elas: teoria da fonte independente e a teoria da descoberta inevitável.

A teoria da fonte independente, também pode ser chamada de independent


source limitation, limitação da fonte independente, ou ainda, teoria da prova
absolutamente independente. Segundo essa teoria, a prova que tem fonte

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independente e lícita não sofre as consequências da inadmissibilidade da prova


ilícita da qual se origina, uma vez que haverá nexo causal entre a prova derivada
e a fonte independente.

Já a teoria da descoberta inevitável, também atendida por inevitable


discovery, acredita que a licitude da prova seria descoberta, de qualquer forma,
no decorrer da persecução penal, não precisando assim verificar a existência ou
não de nexo causal entre a prova ilícita e a derivada.

D) Defende que deva haver um juízo de ponderação, um


sopesamento relativizando a inadmissibilidade das provas ilícitas em
benefício do réu inocente, uma vez que ele a obteve buscando a sua
absolvição. (errado)
De acordo com Ministro Celso de Mello, no julgamento do RHC 90.376/RJ,
Ninguém pode ser investigado, denunciado ou condenado com base, unicamente,
em provas ilícitas, quer se trate de ilicitude originária, quer se cuide de ilicitude
por derivação. Qualquer novo dado probatório, ainda que produzido, de modo
válido, em momento subsequente, não pode apoiar-se, não pode ter fundamento
causal nem derivar de prova comprometida pela mácula da ilicitude originária. – A
exclusão da prova originariamente ilícita – ou daquela afetada pelo vício da
ilicitude por derivação – representa um dos meios mais expressivos destinados a
conferir efetividade à garantia do “due process of law” e a tornar mais intensa,
pelo banimento da prova ilicitamente obtida, a tutela constitucional que preserva
os direitos e prerrogativas que assistem a qualquer acusado em sede processual
penal. Doutrina. Precedentes. – A doutrina da ilicitude por derivação (teoria dos
“frutos da árvore envenenada”) repudia, por constitucionalmente inadmissíveis, os
meios probatórios, que, não obstante produzidos, validamente, em momento
ulterior, acham-se afetados, no entanto, pelo vício (gravíssimo) da ilicitude
originária, que a eles se transmite, contaminando-os, por efeito de repercussão
causal.
Aury Lopes Jr (p. 696, 2020) conclui: A lógica é muito clara, ainda que a
aplicação seja extremamente complexa, de que se a árvore está envenenada, os
frutos que ela gera estarão igualmente contaminados (por derivação).
Exemplo típico é a apreensão de objetos utilizados para a prática de um
crime (armas, carros etc.) ou mesmo que constituam o corpo de delito, e que
tenham sido obtidos a partir da escuta telefônica ilegal ou através da violação de
correspondência eletrônica. Mesmo que a busca e apreensão seja regular, com o
mandado respectivo, é um ato derivado do anterior, ilícito. Portanto, contaminado
está.
Voltando ao princípio da contaminação, entendemos que o vício se transmite
a todos os elementos probatórios obtidos a partir do ato maculado, literalmente
contaminando-os com a mesma intensidade. Dessa forma, devem ser
desentranhados o ato originariamente viciado e todos os que dele derivem ou
decorram, pois igualmente ilícita é a prova que deles se obteve.

A teoria dos frutos da árvore envenenada encontra abrigo, no Código de


Processo Penal, em:

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Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as


provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais
ou legais.
§ 1o São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo
quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as
derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras.
§ 2o Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os
trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria
capaz de conduzir ao fato objeto da prova.
§ 3o Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada
inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes
acompanhar o incidente.

Duas teorias excepcionam a teoria dos frutos da árvore envenenada, são


elas: teoria da fonte independente e a teoria da descoberta inevitável.

A teoria da fonte independente, também pode ser chamada de independent


source limitation, limitação da fonte independente, ou ainda, teoria da prova
absolutamente independente. Segundo essa teoria, a prova que tem fonte
independente e lícita não sofre as consequências da inadmissibilidade da prova
ilícita da qual se origina, uma vez que haverá nexo causal entre a prova derivada
e a fonte independente.

Já a teoria da descoberta inevitável, também atendida por inevitable


discovery, acredita que a licitude da prova seria descoberta, de qualquer forma,
no decorrer da persecução penal, não precisando assim verificar a existência ou
não de nexo causal entre a prova ilícita e a derivada.

18- Provas antecipadas

A) Não são permitidas no Processo Penal pois ferem o devido processo legal
B) Podem ser produzidas somente na fase investigatória, sendo indispensável
autorização da autoridade policial
c) Podem ser produzidas somente na fase judicial sendo indispensável autorização
judicial
D) Podem ser produzidas na fase investigatória e na judicial, e dependem se
autorização judicial.

GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA
A) Não são permitidas no Processo Penal pois ferem o devido
processo legal (errado)
Errado. Artigo 225 CPP. São permitidas.

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B) Podem ser produzidas somente na fase investigatória, sendo


indispensável autorização da autoridade policial (errado)
Errado. Artigo 225 CPP. Podem ser produzidas na fase pré processual e na
fase processual contudo dependem de apreciação judicial e não policial.

c) Podem ser produzidas somente na fase judicial sendo


indispensável autorização judicial (errado)
Errado. Artigo 225 CPP. Podem ser produzidas na fase pré processual e na
fase processual

D) Podem ser produzidas na fase investigatória e na judicial, e


dependem se autorização judicial. (certo)
Certo. Artigo 225 CPP. Podem ser produzidas na fase pré processual e na
fase processual contudo dependem de apreciação judicial

SOLUÇÃO COMPLETA

A) Não são permitidas no Processo Penal pois ferem o devido


processo legal (errado)
Prova antecipada, de acordo com Renato Brasileiro, são aquelas produzidas
com a observância do contraditório real, perante a autoridade judicial, em
momento processual distinto daquele legalmente previsto, ou até mesmo antes do
início do processo, em virtude de situação de urgência e relevância.
Aury Lopes Jr afirma que o incidente de produção antecipada da prova é
uma forma de jurisdicionalizar a atividade probatória no curso do inquérito,
através da prática do ato ante uma autoridade jurisdicional (o juiz das garantias)
e com plena observância do contraditório e do direito de defesa. Em regra, a
prova testemunhal (bem como acareações e reconhecimentos) pode ser repetida
em juízo e, na prática, é em torno desse tipo de prova que gira a instrução
definitiva. Excepcionalmente, frente ao risco de perecimento e o grave prejuízo
que significa a perda irreparável de algum dos elementos recolhidos no inquérito
policial, o processo penal instrumentaliza uma forma de colher antecipadamente
essa prova, através de um incidente: produção antecipada de prova. Significa que
aquele elemento que normalmente seria produzido como mero ato de investigação
e posteriormente repetido em juízo para ter valor de prova poderá ser realizado
uma só vez, na fase pré-processual, e com tais requisitos formais que lhe
permitam ter o status de ato de prova; é dizer, valorável na sentença ainda que
não colhido na fase processual.
No CPP, o incidente de produção antecipada de provas está parcamente
disciplinado no art. 225, veja:

Art. 225. Se qualquer testemunha houver de ausentar-se, ou, por


enfermidade ou por velhice, inspirar receio de que ao tempo da instrução criminal
já não exista, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes,
tomar-lhe antecipadamente o depoimento.

B) Podem ser produzidas somente na fase investigatória, sendo


indispensável autorização da autoridade policial (errado)

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Prova antecipada, de acordo com Renato Brasileiro, são aquelas produzidas


com a observância do contraditório real, perante a autoridade judicial, em
momento processual
distinto daquele legalmente previsto, ou até mesmo antes do início do
processo, em virtude de situação de urgência e relevância.
Aury Lopes Jr afirma que o incidente de produção antecipada da prova é
uma forma de
jurisdicionalizar a atividade probatória no curso do inquérito, através da
prática do ato ante uma autoridade jurisdicional (o juiz das garantias) e com plena
observância do contraditório e do direito de defesa. Em regra, a prova
testemunhal (bem como acareações e reconhecimentos) pode ser repetida em
juízo e, na prática, é em torno desse tipo de prova que gira a instrução
definitiva. Excepcionalmente, frente ao risco de perecimento e o grave
prejuízo que significa a perda irreparável de algum dos elementos recolhidos no
inquérito policial, o processo penal instrumentaliza uma forma de colher
antecipadamente essa prova, através de um incidente: produção antecipada de
prova. Significa que aquele elemento que normalmente seria produzido como
mero ato de investigação e posteriormente repetido em juízo para ter valor de
prova poderá ser realizado uma só vez, na fase pré-processual, e com tais
requisitos formais que lhe permitam ter o status de ato de prova; é dizer,
valorável na sentença ainda que não colhido na fase processual.
No CPP, o incidente de produção antecipada de provas está parcamente
disciplinado no art. 225, veja:

Art. 225. Se qualquer testemunha houver de ausentar-se, ou, por


enfermidade ou por velhice, inspirar receio de que ao tempo da instrução criminal
já não exista, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes,
tomar-lhe antecipadamente o depoimento.

c) Podem ser produzidas somente na fase judicial sendo


indispensável autorização judicial (errado)
Prova antecipada, de acordo com Renato Brasileiro, são aquelas produzidas
com a observância do contraditório real, perante a autoridade judicial, em
momento processual
distinto daquele legalmente previsto, ou até mesmo antes do início do
processo, em virtude de situação de urgência e relevância.
Aury Lopes Jr afirma que o incidente de produção antecipada da prova é
uma forma de
jurisdicionalizar a atividade probatória no curso do inquérito, através da
prática do ato ante uma autoridade jurisdicional (o juiz das garantias) e com plena
observância do contraditório e do direito de defesa. Em regra, a prova
testemunhal (bem como acareações e reconhecimentos) pode ser repetida em
juízo e, na prática, é em torno desse tipo de prova que gira a instrução
definitiva. Excepcionalmente, frente ao risco de perecimento e o grave
prejuízo que significa a perda irreparável de algum dos elementos recolhidos no
inquérito policial, o processo penal instrumentaliza uma forma de colher
antecipadamente essa prova, através de um incidente: produção antecipada de
prova. Significa que aquele elemento que normalmente seria produzido como

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mero ato de investigação e posteriormente repetido em juízo para ter valor de


prova poderá ser realizado uma só vez, na fase pré-processual, e com tais
requisitos formais que lhe permitam ter o status de ato de prova; é dizer,
valorável na sentença ainda que não colhido na fase processual.
No CPP, o incidente de produção antecipada de provas está parcamente
disciplinado no art. 225, veja:

Art. 225. Se qualquer testemunha houver de ausentar-se, ou, por


enfermidade ou por velhice, inspirar receio de que ao tempo da instrução criminal
já não exista, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes,
tomar-lhe antecipadamente o depoimento.

D) Podem ser produzidas na fase investigatória e na judicial, e


dependem se autorização judicial. (certo)
Prova antecipada, de acordo com Renato Brasileiro, são aquelas produzidas
com a observância do contraditório real, perante a autoridade judicial, em
momento processual
distinto daquele legalmente previsto, ou até mesmo antes do início do
processo, em virtude de situação de urgência e relevância.
Aury Lopes Jr afirma que o incidente de produção antecipada da prova é
uma forma de
jurisdicionalizar a atividade probatória no curso do inquérito, através da
prática do ato ante uma autoridade jurisdicional (o juiz das garantias) e com plena
observância do contraditório e do direito de defesa. Em regra, a prova
testemunhal (bem como acareações e reconhecimentos) pode ser repetida em
juízo e, na prática, é em torno desse tipo de prova que gira a instrução
definitiva. Excepcionalmente, frente ao risco de perecimento e o grave
prejuízo que significa a perda irreparável de algum dos elementos recolhidos no
inquérito policial, o processo penal instrumentaliza uma forma de colher
antecipadamente essa prova, através de um incidente: produção antecipada de
prova. Significa que aquele elemento que normalmente seria produzido como
mero ato de investigação e posteriormente repetido em juízo para ter valor de
prova poderá ser realizado uma só vez, na fase pré-processual, e com tais
requisitos formais que lhe permitam ter o status de ato de prova; é dizer,
valorável na sentença ainda que não colhido na fase processual.
No CPP, o incidente de produção antecipada de provas está parcamente
disciplinado no art. 225, veja:

Art. 225. Se qualquer testemunha houver de ausentar-se, ou, por


enfermidade ou por velhice, inspirar receio de que ao tempo da instrução criminal
já não exista, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes,
tomar-lhe antecipadamente o depoimento.

19- São principios relacionados ao sistema probatório, exceto:

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A) Princípio do contraditório
b) Princípio da não autoincriminação
C) Princípio da aquisição ou comunhão da prova
D) Principio do devido processo legal
GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) Princípio do contraditório (errado)


Errado já que o principio do contraditório está relacionado ao sistema
probatório.
b) Princípio da não autoincriminação (errado)
Errado já que o principio da não autoincriminação está relacionado ao
sistema probatório.
C) Princípio da aquisição ou comunhão da prova(errado)
Errado já que o principio da aquisição ou comunhão da prova está
relacionado ao sistema probatório.
D) Principio do devido processo legal (certo)
Gabarito da questão pois não guarda ligação com o tema.

SOLUÇÃO COMPLETA

A) Princípio do contraditório (errado)


Existem 4 principais principios de grande relevância ao sistema probatório,
são eles:

a) Princípio do contraditório: É um dos princípios


fundamentais e que rege o sistema probatório, uma vez que sem
contraditório não se pode falar em prova. Por esse princípio entende-se que as
provas que forem sendo produzidas no processo poderão ser questionadas,
contraditadas pela outra parte.
O princípio do contraditório está previsto no art. 5º, LV, da CF/88 que assim
prevê:

Art. 5º LV aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos


acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa,
com os meios e recursos a ela inerentes;

Ademais, o contraditório está presente, por exemplo, na produção da


contraprova, que é uma prova apresentada por uma das partes e que possui o
objetivo de refutar o que foi apresentado pela parte adversária, buscando influir
no convencimento do órgão julgador. Como
exemplo de contraprova pode se falar no laudo elaborado pelo assistente
técnico.

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b) Princípio da não autoincriminação: e ninguém é obrigado a produzir prova


contra si, dessa forma a pessoa acusada não está obrigada a participar de
reconstituição simulada, nem responder às perguntas
que forem sendo feitas, não poderá, por exemplo, ser conduzida
coercitivamente.
Desse modo, o silêncio não pode ser visualizado como sendo o
consentimento a respeito daquilo que está sendo imputado ao acusado, uma vez
que ao silenciar, torna concreto o princípio de não autoincriminação.

c) Principio da aquisição ou comunhão da prova: entende-se através deste


que quando a prova integra o processo, ela não pertence às partes, mas ao
processo, podendo ser utilizada por qualquer uma das partes. Sendo assim,
defesa poderá utilizar prova que não produziu, assim como acusação, poderá
valer-se da mesma premissa, havendo uma comunhão de provas, que, ao final,
integram o conjunto probatório juridicional.

d) Principio da oralidade: quando for possível, as provas deverão ser


produzidas oralmente na presença do juiz
b) Princípio da não autoincriminação (errado)
Existem 4 principais principios de grande relevância ao sistema probatório,
são eles:

a) Princípio do contraditório: É um dos princípios


fundamentais e que rege o sistema probatório, uma vez que sem
contraditório não se pode falar em prova. Por esse princípio entende-se que as
provas que forem sendo produzidas no processo poderão ser questionadas,
contraditadas pela outra parte.
O princípio do contraditório está previsto no art. 5º, LV, da CF/88 que assim
prevê:

Art. 5º LV aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos


acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa,
com os meios e recursos a ela inerentes;

Ademais, o contraditório está presente, por exemplo, na produção da


contraprova, que é uma prova apresentada por uma das partes e que possui o
objetivo de refutar o que foi apresentado pela parte adversária, buscando influir
no convencimento do órgão julgador. Como
exemplo de contraprova pode se falar no laudo elaborado pelo assistente
técnico.

b) Princípio da não autoincriminação: e ninguém é obrigado a produzir prova


contra si, dessa forma a pessoa acusada não está obrigada a participar de
reconstituição simulada, nem responder às perguntas
que forem sendo feitas, não poderá, por exemplo, ser conduzida
coercitivamente.

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Desse modo, o silêncio não pode ser visualizado como sendo o


consentimento a respeito daquilo que está sendo imputado ao acusado, uma vez
que ao silenciar, torna concreto o princípio de não autoincriminação.

c) Principio da aquisição ou comunhão da prova: entende-se através deste


que quando a prova integra o processo, ela não pertence às partes, mas ao
processo, podendo ser utilizada por qualquer uma das partes. Sendo assim,
defesa poderá utilizar prova que não produziu, assim como acusação, poderá
valer-se da mesma premissa, havendo uma comunhão de provas, que, ao final,
integram o conjunto probatório juridicional.

d) Principio da oralidade: quando for possível, as provas deverão ser


produzidas oralmente na presença do juiz
C) Princípio da aquisição ou comunhão da prova(errado)
Existem 4 principais principios de grande relevância ao sistema probatório,
são eles:

a) Princípio do contraditório: É um dos princípios


fundamentais e que rege o sistema probatório, uma vez que sem
contraditório não se pode falar em prova. Por esse princípio entende-se que as
provas que forem sendo produzidas no processo poderão ser questionadas,
contraditadas pela outra parte.
O princípio do contraditório está previsto no art. 5º, LV, da CF/88 que assim
prevê:

Art. 5º LV aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos


acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa,
com os meios e recursos a ela inerentes;

Ademais, o contraditório está presente, por exemplo, na produção da


contraprova, que é uma prova apresentada por uma das partes e que possui o
objetivo de refutar o que foi apresentado pela parte adversária, buscando influir
no convencimento do órgão julgador. Como
exemplo de contraprova pode se falar no laudo elaborado pelo assistente
técnico.

b) Princípio da não autoincriminação: e ninguém é obrigado a produzir prova


contra si, dessa forma a pessoa acusada não está obrigada a participar de
reconstituição simulada, nem responder às perguntas
que forem sendo feitas, não poderá, por exemplo, ser conduzida
coercitivamente.
Desse modo, o silêncio não pode ser visualizado como sendo o
consentimento a respeito daquilo que está sendo imputado ao acusado, uma vez
que ao silenciar, torna concreto o princípio de não autoincriminação.

c) Principio da aquisição ou comunhão da prova: entende-se através deste


que quando a prova integra o processo, ela não pertence às partes, mas ao

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processo, podendo ser utilizada por qualquer uma das partes. Sendo assim,
defesa poderá utilizar prova que não produziu, assim como acusação, poderá
valer-se da mesma premissa, havendo uma comunhão de provas, que, ao final,
integram o conjunto probatório juridicional.

d) Principio da oralidade: quando for possível, as provas deverão ser


produzidas oralmente na presença do juiz
D) Principio do devido processo legal (certo)
Existem 4 principais principios de grande relevância ao sistema probatório,
são eles:

a) Princípio do contraditório: É um dos princípios


fundamentais e que rege o sistema probatório, uma vez que sem
contraditório não se pode falar em prova. Por esse princípio entende-se que as
provas que forem sendo produzidas no processo poderão ser questionadas,
contraditadas pela outra parte.
O princípio do contraditório está previsto no art. 5º, LV, da CF/88 que assim
prevê:

Art. 5º LV aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos


acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa,
com os meios e recursos a ela inerentes;

Ademais, o contraditório está presente, por exemplo, na produção da


contraprova, que é uma prova apresentada por uma das partes e que possui o
objetivo de refutar o que foi apresentado pela parte adversária, buscando influir
no convencimento do órgão julgador. Como
exemplo de contraprova pode se falar no laudo elaborado pelo assistente
técnico.

b) Princípio da não autoincriminação: e ninguém é obrigado a produzir prova


contra si, dessa forma a pessoa acusada não está obrigada a participar de
reconstituição simulada, nem responder às perguntas
que forem sendo feitas, não poderá, por exemplo, ser conduzida
coercitivamente.
Desse modo, o silêncio não pode ser visualizado como sendo o
consentimento a respeito daquilo que está sendo imputado ao acusado, uma vez
que ao silenciar, torna concreto o princípio de não autoincriminação.

c) Principio da aquisição ou comunhão da prova: entende-se através deste


que quando a prova integra o processo, ela não pertence às partes, mas ao
processo, podendo ser utilizada por qualquer uma das partes. Sendo assim,
defesa poderá utilizar prova que não produziu, assim como acusação, poderá
valer-se da mesma premissa, havendo uma comunhão de provas, que, ao final,
integram o conjunto probatório juridicional.

MUDE SUA VIDA!


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d) Principio da oralidade: quando for possível, as provas deverão ser


produzidas oralmente na presença do juiz

20- De acordo com a valoração da prova no processo penal, sabe-se que o juiz:

A) Formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida podendo


fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos na investigação
B) formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em
contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos
elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não
repetíveis e antecipadas.
C) Pela sua livre e íntima convicção pode condenar alguém sem a necessidade de
fundamentar a sua decisão
D) formará sua livre e íntima convicção podendo fundamentar sua decisão
exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as
provas cautelares, não repetíveis e antecipadas

GABARITO LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA
A) Formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida
podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos
informativos na investigação (errado)
Errado. Artigo 155 CPP

B) formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida


em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão
exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação,
ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. (certo)
Certo. Artigo 155 CPP

C) Pela sua livre e íntima convicção pode condenar alguém sem a


necessidade de fundamentar a sua decisão (errado)
Errado. Não utilizamos o sistema da íntima convicção

D) formará sua livre e íntima convicção podendo fundamentar sua


decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na
investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e
antecipadas (errado)
Errado. Artigo 155 CPP

SOLUÇÃO COMPLETA

A) Formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida


podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos
informativos na investigação (errado)

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Ainda que a questão não verse sobre sistemas processuais,


indubitavelmente é preciso fazer breve resumo, nas palavras de Aury Lopes (p.
580, 2020) o processo tem por finalidade buscar a reconstituição de um fato
histórico (o crime sempre é passado, logo, fato histórico), de modo que a gestão
da prova é erigida a espinha dorsal do processo penal, estruturando e fundando o
sistema a partir de dois princípios informadores:

Princípio dispositivo: funda o sistema acusatório; a gestão da prova está nas


mãos das partes (juiz-espectador).
Princípio inquisitivo: a gestão da prova está nas mãos do julgador (juizator
[inquisidor]); por isso, ele funda um sistema inquisitório.

Os processos inquisitórios são máquinas analíticas movidas por inesgotáveis


curiosidades experimentais. Isso retrata bem o substancialismo e a ausência de
limites do sistema inquisitório, que está por detrás da própria busca da mitológica
(e sempre inalcançável) verdade real. No processo penal inquisitório conta o
resultado obtido (condenação) a qualquer custo ou de qualquer modo, até porque
quem vai atrás da prova e valora sua legalidade é o mesmo agente (que ao final
ainda irá julgar).
O sistema inquisitório busca um determinado resultado (condenação). Basta
compreender como funciona sua lógica. Ao atribuir poderes instrutórios a um juiz
– em qualquer fase. Isso significa que mentalmente (e mesmo inconscientemente)
o juiz opera a partir do primado (prevalência) das hipóteses sobre os fatos,
porque, como ele pode ir atrás da prova (e vai), decide primeiro (definição da
hipótese) e depois vai atrás dos fatos (prova) que justificam a decisão (que na
verdade já foi tomada).
Já no sistema acusatório (que se pretende), o juiz mantém uma posição –
não meramente simbólica, mas efetiva – de alheamento (terzietà) em relação à
arena das verdades onde as partes travam sua luta. Isso porque ele assume uma
posição de espectador, sem iniciativa probatória. Forma sua convicção através dos
elementos probatórios trazidos ao processo pelas partes.
De acordo com Renato Brasileiro, o contraditório funciona, pois, como
verdadeira condição de existência e validade das provas, de modo que, caso não
sejam produzidas em contraditório, exigência impostergável em todos os
momentos da atividade instrutória, não lhe caberá a designação de prova.
É importante destacar que na fase investigativa, ou seja, a fase pré
processual, não se aplica a obrigatoriedade do contraditório. Por óbvio, não são
produzidas provas durante essa fase, mas meros elementos informativos, que, de
acordo com o Código de Processo Penal, não podem ser fundamentos exclusivos
de condenação, veja:

Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova
produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão
exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas
as provas cautelares, não repetíveis e antecipada.

B) formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida


em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão

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exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação,


ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. (certo)
Ainda que a questão não verse sobre sistemas processuais,
indubitavelmente é preciso fazer breve resumo, nas palavras de Aury Lopes (p.
580, 2020) o processo tem por finalidade buscar a reconstituição de um fato
histórico (o crime sempre é passado, logo, fato histórico), de modo que a gestão
da prova é erigida a espinha dorsal do processo penal, estruturando e fundando o
sistema a partir de dois princípios informadores:

Princípio dispositivo: funda o sistema acusatório; a gestão da prova está nas


mãos das partes (juiz-espectador).
Princípio inquisitivo: a gestão da prova está nas mãos do julgador (juizator
[inquisidor]); por isso, ele funda um sistema inquisitório.

Os processos inquisitórios são máquinas analíticas movidas por inesgotáveis


curiosidades experimentais. Isso retrata bem o substancialismo e a ausência de
limites do sistema inquisitório, que está por detrás da própria busca da mitológica
(e sempre inalcançável) verdade real. No processo penal inquisitório conta o
resultado obtido (condenação) a qualquer custo ou de qualquer modo, até porque
quem vai atrás da prova e valora sua legalidade é o mesmo agente (que ao final
ainda irá julgar).
O sistema inquisitório busca um determinado resultado (condenação). Basta
compreender como funciona sua lógica. Ao atribuir poderes instrutórios a um juiz
– em qualquer fase. Isso significa que mentalmente (e mesmo inconscientemente)
o juiz opera a partir do primado (prevalência) das hipóteses sobre os fatos,
porque, como ele pode ir atrás da prova (e vai), decide primeiro (definição da
hipótese) e depois vai atrás dos fatos (prova) que justificam a decisão (que na
verdade já foi tomada).
Já no sistema acusatório (que se pretende), o juiz mantém uma posição –
não meramente simbólica, mas efetiva – de alheamento (terzietà) em relação à
arena das verdades onde as partes travam sua luta. Isso porque ele assume uma
posição de espectador, sem iniciativa probatória. Forma sua convicção através dos
elementos probatórios trazidos ao processo pelas partes.
De acordo com Renato Brasileiro, o contraditório funciona, pois, como
verdadeira condição de existência e validade das provas, de modo que, caso não
sejam produzidas em contraditório, exigência impostergável em todos os
momentos da atividade instrutória, não lhe caberá a designação de prova.
É importante destacar que na fase investigativa, ou seja, a fase pré
processual, não se aplica a obrigatoriedade do contraditório. Por óbvio, não são
produzidas provas durante essa fase, mas meros elementos informativos, que, de
acordo com o Código de Processo Penal, não podem ser fundamentos exclusivos
de condenação, veja:

Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova
produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão
exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas
as provas cautelares, não repetíveis e antecipada.

MUDE SUA VIDA!


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C) Pela sua livre e íntima convicção pode condenar alguém sem a


necessidade de fundamentar a sua decisão (errado)
Ainda que a questão não verse sobre sistemas processuais,
indubitavelmente é preciso fazer breve resumo, nas palavras de Aury Lopes (p.
580, 2020) o processo tem por finalidade buscar a reconstituição de um fato
histórico (o crime sempre é passado, logo, fato histórico), de modo que a gestão
da prova é erigida a espinha dorsal do processo penal, estruturando e fundando o
sistema a partir de dois princípios informadores:

Princípio dispositivo: funda o sistema acusatório; a gestão da prova está nas


mãos das partes (juiz-espectador).
Princípio inquisitivo: a gestão da prova está nas mãos do julgador (juizator
[inquisidor]); por isso, ele funda um sistema inquisitório.

Os processos inquisitórios são máquinas analíticas movidas por inesgotáveis


curiosidades experimentais. Isso retrata bem o substancialismo e a ausência de
limites do sistema inquisitório, que está por detrás da própria busca da mitológica
(e sempre inalcançável) verdade real. No processo penal inquisitório conta o
resultado obtido (condenação) a qualquer custo ou de qualquer modo, até porque
quem vai atrás da prova e valora sua legalidade é o mesmo agente (que ao final
ainda irá julgar).
O sistema inquisitório busca um determinado resultado (condenação). Basta
compreender como funciona sua lógica. Ao atribuir poderes instrutórios a um juiz
– em qualquer fase. Isso significa que mentalmente (e mesmo inconscientemente)
o juiz opera a partir do primado (prevalência) das hipóteses sobre os fatos,
porque, como ele pode ir atrás da prova (e vai), decide primeiro (definição da
hipótese) e depois vai atrás dos fatos (prova) que justificam a decisão (que na
verdade já foi tomada).
Já no sistema acusatório (que se pretende), o juiz mantém uma posição –
não meramente simbólica, mas efetiva – de alheamento (terzietà) em relação à
arena das verdades onde as partes travam sua luta. Isso porque ele assume uma
posição de espectador, sem iniciativa probatória. Forma sua convicção através dos
elementos probatórios trazidos ao processo pelas partes.
De acordo com Renato Brasileiro, o contraditório funciona, pois, como
verdadeira condição de existência e validade das provas, de modo que, caso não
sejam produzidas em contraditório, exigência impostergável em todos os
momentos da atividade instrutória, não lhe caberá a designação de prova.
É importante destacar que na fase investigativa, ou seja, a fase pré
processual, não se aplica a obrigatoriedade do contraditório. Por óbvio, não são
produzidas provas durante essa fase, mas meros elementos informativos, que, de
acordo com o Código de Processo Penal, não podem ser fundamentos exclusivos
de condenação, veja:

Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova
produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão
exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas
as provas cautelares, não repetíveis e antecipada.

MUDE SUA VIDA!


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D) formará sua livre e íntima convicção podendo fundamentar sua


decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na
investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e
antecipadas (errado)
Ainda que a questão não verse sobre sistemas processuais,
indubitavelmente é preciso fazer breve resumo, nas palavras de Aury Lopes (p.
580, 2020) o processo tem por finalidade buscar a reconstituição de um fato
histórico (o crime sempre é passado, logo, fato histórico), de modo que a gestão
da prova é erigida a espinha dorsal do processo penal, estruturando e fundando o
sistema a partir de dois princípios informadores:

Princípio dispositivo: funda o sistema acusatório; a gestão da prova está nas


mãos das partes (juiz-espectador).
Princípio inquisitivo: a gestão da prova está nas mãos do julgador (juizator
[inquisidor]); por isso, ele funda um sistema inquisitório.

Os processos inquisitórios são máquinas analíticas movidas por inesgotáveis


curiosidades experimentais. Isso retrata bem o substancialismo e a ausência de
limites do sistema inquisitório, que está por detrás da própria busca da mitológica
(e sempre inalcançável) verdade real. No processo penal inquisitório conta o
resultado obtido (condenação) a qualquer custo ou de qualquer modo, até porque
quem vai atrás da prova e valora sua legalidade é o mesmo agente (que ao final
ainda irá julgar).
O sistema inquisitório busca um determinado resultado (condenação). Basta
compreender como funciona sua lógica. Ao atribuir poderes instrutórios a um juiz
– em qualquer fase. Isso significa que mentalmente (e mesmo inconscientemente)
o juiz opera a partir do primado (prevalência) das hipóteses sobre os fatos,
porque, como ele pode ir atrás da prova (e vai), decide primeiro (definição da
hipótese) e depois vai atrás dos fatos (prova) que justificam a decisão (que na
verdade já foi tomada).
Já no sistema acusatório (que se pretende), o juiz mantém uma posição –
não meramente simbólica, mas efetiva – de alheamento (terzietà) em relação à
arena das verdades onde as partes travam sua luta. Isso porque ele assume uma
posição de espectador, sem iniciativa probatória. Forma sua convicção através dos
elementos probatórios trazidos ao processo pelas partes.
De acordo com Renato Brasileiro, o contraditório funciona, pois, como
verdadeira condição de existência e validade das provas, de modo que, caso não
sejam produzidas em contraditório, exigência impostergável em todos os
momentos da atividade instrutória, não lhe caberá a designação de prova.
É importante destacar que na fase investigativa, ou seja, a fase pré
processual, não se aplica a obrigatoriedade do contraditório. Por óbvio, não são
produzidas provas durante essa fase, mas meros elementos informativos, que, de
acordo com o Código de Processo Penal, não podem ser fundamentos exclusivos
de condenação, veja:

Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova
produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão

MUDE SUA VIDA!


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exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas


as provas cautelares, não repetíveis e antecipada.

MUDE SUA VIDA!


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SUMÁRIO
Questões sobre a aula......................................................................................................................................2
Gabarito ...........................................................................................................................................................7
Questões Comentadas .....................................................................................................................................7

MUDE SUA VIDA!


1
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QUESTÕES SOBRE A AULA

1. ANO: 2020 Questão Inédita

Julgue o item abaixo:

Crime de lesão corporal grave é dispensável o exame de corpo de delito. Contudo, no


crime de homicídio é indispensável.

Certo ( ) Errado ( )

2. ANO: 2020 Questão Inédita


Julgue o item a seguir:

Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o


exame de corpo de delito, direto ou indireto, podendo supri-lo a confissão do acusado.

Certo ( ) Errado ( )

3. ANO: 2020 Questão Inédita

Julgue o item a seguir:

Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios,
a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.

Certo ( ) Errado ( )

4. ANO: 2020 Questão Inédita

Julgue o item a seguir:

O exame de corpo de delito pode ser direto ou indireto, sendo o indireto hipótese onde
os vestígios desaparecem e a confissão do acusado, suprirá tal falta.

Certo ( ) Errado ( )

5. ANO: 2020 Questão Inédita

Em consonância com o que preceitua o Código de Processo Penal sobre cadeia de


custódia da prova, julgue o item abaixo:

O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do local de crime ou com


procedimentos policiais ou periciais nos quais seja detectada a existência de vestígio.

Certo ( ) Errado ( )

MUDE SUA VIDA!


2
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6. ANO: 2020 Questão Inédita

Julgue o item a seguir:

A última etapa da cadeia de custódia da prova é o armazenamento, procedimento


referente à guarda, em condições adequadas, do material a ser processado, guardado
para realização de contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao
número do laudo correspondente.

Certo ( ) Errado ( )

7. ANO: 2020 Questão Inédita

De acordo com a fase de isolamento da cadeia de custódia da prova, julgue o item


abaixo:

O isolamento, primeiro ato da cadeia, é o ato de evitar que se altere o estado das coisas,
devendo isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e
relacionado aos vestígios e local de crime.

Certo ( ) Errado ( )

8. ANO: 2020 Questão Inédita

Analise a questão abaixo:

É proibida a entrada em locais isolados bem como a remoção de quaisquer vestígios de


locais de crime antes da liberação por parte do perito responsável, sendo tipificada
como fraude processual a sua
realização

Certo ( ) Errado ( )

9. ANO: 2020 Questão Inédita

Julgue o item abaixo:

Descarte, de acordo com a lei 13.964 é a fase de liberação do vestígio. Essa fase é
referente à liberação do vestígio respeitando a legislação vigente e, quando pertinente,
mediante autorização judicial. Todavia, o objeto não será, em nenhuma hipótese,
devolvido ao proprietário, devendo ocorrer sempre a destruição.

Certo ( ) Errado ( )

10. ANO: 2020 Questão Inédita

De acordo com a Lei Maria da Penha, julgue o item abaixo:

MUDE SUA VIDA!


3
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Serão admitidos como meios de prova os laudos ou prontuários médicos fornecidos


por hospitais e postos de saúde.

Certo ( ) Errado ( )

11. ANO: 2020 Questão Inédita

Assinale a alternativa correta:

A) Crime de lesão corporal grave é dispensável o exame de corpo de delito. Contudo, no


crime de homicídio é indispensável.
B) Crime de lesão corporal grave é dispensável o exame de corpo de delito. Contudo,
nos crimes com resultado morte é indispensável.
C) Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito,
direto ou indireto, podendo supri-lo a confissão do acusado.
D) Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito,
direto ou indireto.

12. ANO: 2020 Questão Inédita

De acordo com a cadeia de custódia da prova, assinale a alternativa incorreta:

A) reconhecimento é ato de distinguir um elemento como de potencial interesse para a


produção da prova pericial
B) isolamento é ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo isolar e
preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local de crime.
C) reconhecimento é descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local de
crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser ilustrada
por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição no laudo
pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento
D) coleta é o procedimento por meio do qual cada vestígio coletado é embalado de
forma individualizada, de acordo com suas características físicas, químicas e biológicas,
para posterior análise, com anotação da data, hora e nome de quem realizou a coleta e
o acondicionamento.

13. ANO: 2020 Questão Inédita

O instituto da Cadeia de custódia da prova:

A) Não foi adotado no Brasil.


B) Apesar de não estar positivado no código de processo penal, vem sendo defendido
pelos tribunais superiores.
C) Foi adotado no ordenamento brasileiro mas ainda carece de protocolo de custódia
D) Foi adotado no ordenamento brasileiro e possui protocolo de custódia fixado no
Código de Processo Penal.

14. ANO: 2020 Questão Inédita

MUDE SUA VIDA!


4
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De acordo com o protocolo de custódia:

A) O primeiro ato é o isolamento da área, seguido da fixação.


B) O primeiro ato é o reconhecimento da área, seguido do isolamento.
C) O ultimo ato é armazenamento, precedido do transporte.
D) O ultimo ato é o descarte, precedido do transporte.

15. ANO: 2020 Questão Inédita

A ultima etapa do protocolo da custódia da prova compreende:

A) o descarte, procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a legislação


vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.
B) o processamento, exame pericial em si, manipulação do vestígio de acordo com a
metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e químicas, a fim de se
obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em laudo produzido por perito
c) o transporte, ato de transferir o vestígio de um local para o outro, utilizando as
condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre outras), de modo a
garantir a manutenção de suas características originais, bem como o controle de sua
posse
d) o armazenamento, procedimento referente à guarda, em condições adequadas, do
material a ser processado, guardado para realização de contraperícia, descartado ou
transportado, com vinculação ao número do laudo correspondente.

16. ANO: 2020 Questão Inédita

O primeiro ato do protocolo da cadeia de custódia da prova é:

A) reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial interesse para a


produção da prova pericial
B) o isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo isolar e
preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local de crime
C) fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local de crime ou
no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser ilustrada por
fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição no laudo pericial
produzido pelo perito responsável pelo atendimento
D) o isolamento: ato de distinguir um elemento como de potencial interesse para a
produção da prova pericial

17. ANO: 2020 Questão Inédita

Assinale a opção incorreta:

A) Não há flexibilização de exigência do exame de corpo de delito, sendo impossível


substituí-lo por outros documentos idôneos.
B) Nos crimes abrigados na Lei 11.340, serão admitidos como meios de prova os laudos
ou prontuários médicos fornecidos por hospitais e postos de saúde.

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C) Nos crimes abrigados na Lei 9.099, para oferecimento da denúncia, que será
elaborada
com base no termo de ocorrência referido no art. 69 desta Lei, com dispensa do
inquérito policial, prescindir-se-á do exame do
corpo de delito quando a materialidade do crime estiver aferida por boletim médico ou
prova equivalente.
D) O exame de corpo de delito é insubstituível.

18. ANO: 2020 Questão Inédita

De acordo com o código de processo penal, sobre cadeia de custódia da prova, assinale
a alternativa incorreta:

A) A coleta dos vestígios deverá ser realizada


somente por perito oficial, que dará o encaminhamento necessário para a central de
custódia, mesmo quando for necessária
a realização de exames complementares.
B) É proibida a entrada em locais isolados bem como a remoção de quaisquer vestígios
de locais de crime antes da liberação por parte
do perito responsável, sendo tipificada como fraude processual a sua realização.
C) Todos os Institutos de Criminalística deverão ter uma entral de custódia destinada à
guarda e controle dos vestígios, e sua
gestão deve ser vinculada diretamente ao órgão central de perícia oficial de natureza
criminal.
D) Toda central de custódia deve possuir os serviços de protocolo, com local para
conferência, recepção, devolução de materiais e documentos, possibilitando a seleção,
a classificação e a distribuição de materiais, devendo ser um espaço seguro e
apresentar condições ambientais que não interfiram nas características do vestígio.

19. ANO: 2020 Questão Inédita

De acordo com a central de custódia da prova no processo penal, assinale a alternativa


incorreta:

A) Na central de custódia, a entrada e a saída de vestígio deverão ser protocoladas,


consignando-se informações sobre a ocorrência no inquérito que a eles se relacionam.
B) Todos os Institutos de Criminalística deverão ter uma central de custódia destinada
à guarda e controle dos vestígios, e sua
gestão deve ser vinculada diretamente ao órgão central de perícia oficial de natureza
criminal.
C) Toda central de custódia deve possuir os serviços de protocolo, com local para
conferência, recepção, devolução de materiais e documentos, possibilitando a seleção,
a classificação e a distribuição de materiais, devendo ser um espaço seguro e
apresentar condições ambientais que não interfiram nas características do vestígio
D) Não há necessidade de protocolar as entradas e saídas de vestígio.

20. ANO: 2020 Questão Inédita

Na cadeia de custódia da prova:

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A) Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado não serão


identificadas
B) Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado
deverão ser identificadas e deverão ser registradas a data e a hora
do acesso.
C) Após a realização da perícia, o material deverá ser descartado
D) Na central de custódia não é protocolo de entrada e saída de vestígio.

GABARITO
1. Errado
2. Errado
3. Certo
4. Errado
5. Certo
6. Errado
7. Errado
8. Certo
9. Errado
10. Certo
11. D
12. C
13. D
14. B
15. A
16. A
17. A
18. A
19. D
20. B

QUESTÕES COMENTADAS
1- Julgue o item abaixo:

Crime de lesão corporal grave é dispensável o exame de corpo de delito.


Contudo, no crime de homicídio é indispensável.

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. Artigo 158 CPP

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SOLUÇÃO COMPLETA
Conforme Aury Lopes Jr. (p. 687, 2020): Essa é a regra: a materialidade
(existência) dos crimes que deixam vestígios deve ser comprovada através de
exame de corpo de delito direto.

Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de


corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de
delito quando se tratar de crime que envolva:
I - violência doméstica e familiar contra mulher;
II - violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência

2. Julgue o item a seguir:

Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de


delito, direto ou indireto, podendo supri-lo a confissão do acusado.

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. Artigo 158 CPP

SOLUÇÃO COMPLETA
Conforme Aury Lopes Jr, (p.686, 2020): O exame de corpo de delito diz
respeito não apenas à materialidade do fato principal, mas também às suas
eventuais causas de aumento, ou qualificadoras, conforme o caso. (...)
Importante destacar que a confissão do acusado não é suficiente para
comprovação da materialidade do delito, sendo indispensável o exame de corpo
de delito direto ou indireto, sob pena de nulidade do processo (art. 564, III, “b”,
do CPP).
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de
corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de
delito quando se tratar de crime que envolva:
I - violência doméstica e familiar contra mulher;
II - violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência

3- Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os


vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.
GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

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Certo. Artigo 167 CPP

SOLUÇÃO COMPLETA
Conforme Aury Lopes Jr. (p. 687, 2020): O exame de corpo de delito
indireto é uma exceção excepcionalíssima, admitido quando os vestígios
desapareceram e a prova testemunhal vai suprir a falta do exame direto. Mas não
só ela; também pode haver a comprovação indireta através de filmagens,
fotografias, gravações de áudio etc.
Conforme CPP:

Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem
desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.

4- O exame de corpo de delito pode ser direto ou indireto, sendo o indireto hipótese
onde os vestígios desaparecem e a confissão do acusado, suprirá tal falta.
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. Artigo 167 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA
Conforme Aury Lopes Jr. (p.687, 2020): Essa é a regra: a materialidade
(existência) dos crimes que deixam vestígios deve ser comprovada através de
exame de corpo de delito direto. Mas, em situações excepcionais, em que o
exame de corpo de delito direto é impossível de ser feito porque desapareceram
os vestígios do crime, o art. 167 do CPP admite o chamado exame indireto. O
exame de corpo de delito indireto é uma exceção excepcionalíssima, admitido
quando os vestígios desapareceram e a prova testemunhal vai suprir a falta do
exame direto. Mas não só ela; também pode haver a comprovação indireta
através de filmagens, fotografias, gravações de áudio etc.
O código de Processo Penal preceitua:

Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem
desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.

5- Em consonância com o que preceitua o Código de Processo Penal sobre cadeia de


custódia da prova, julgue o item abaixo:

O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do local de crime ou com


procedimentos policiais ou periciais nos quais seja detectada a existência de vestígio.
GABARITO CERTO

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SOLUÇÃO RÁPIDA

Certo. Artigo 158-A §1 CPP

SOLUÇÃO COMPLETA
Conforme Aury Lopes Jr. (p.651, 2020): A preservação das fontes de prova
é fundamental, principalmente quando se trata de provas cuja produção ocorre
fora do processo, como é o caso da coleta de DNA, interceptação telefônica etc.
Trata-se de verdadeira condição de validade da prova.
Para essa preservação das fontes de prova, através da manutenção da
cadeia de custódia, exige a prática de uma série de atos, um verdadeiro protocolo
de custódia, cujo passo a passo vem dado pelo art. 158-B e s.:

Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas


seguintes etapas:
I – reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial
interesse para a produção da prova pericial;
II – isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo
isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local
de crime;
III – fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local
de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser
ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição
no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento;
IV – coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial,
respeitando suas características e natureza;
V – acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio
coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características
físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora
e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento;
VI – transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro,
utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre
outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem
como o controle de sua posse;
VII – recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que
deve ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de
procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de
quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do
vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu;
VIII – processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de
acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e
químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em
laudo produzido por perito;
IX – armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições
adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de

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contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo


correspondente;
X – descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a
legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.
Art. 158-A, § 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do
local de crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja
detectada a existência de vestígio.

6- A última etapa da cadeia de custódia da prova é o armazenamento, procedimento


referente à guarda, em condições adequadas, do material a ser processado, guardado
para realização de contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número
do laudo correspondente.
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA
Errado. Artigo 158-B X, CPP

SOLUÇÃO COMPLETA
Conforme Aury Lopes Jr. (p.651, 2020): A preservação das fontes de prova
é fundamental, principalmente quando se trata de provas cuja produção ocorre
fora do processo, como é o caso da coleta de DNA, interceptação telefônica etc.
Trata-se de verdadeira condição de validade da prova.
Para essa preservação das fontes de prova, através da manutenção da
cadeia de custódia, exige a prática de uma série de atos, um verdadeiro protocolo
de custódia, cujo passo a passo vem dado pelo art. 158-B e s.:

Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas


seguintes etapas:
I – reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial
interesse para a produção da prova pericial;
II – isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo
isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local
de crime;
III – fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local
de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser
ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição
no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento;
IV – coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial,
respeitando suas características e natureza;
V – acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio
coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características
físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora
e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento;
VI – transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro,
utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre
outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem
como o controle de sua posse;

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VII – recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que


deve ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de
procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de
quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do
vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu;
VIII – processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de
acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e
químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em
laudo produzido por perito;
IX – armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições
adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de
contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo
correspondente;
X – descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a
legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.

7- De acordo com a fase de isolamento da cadeia de custódia da prova, julgue o


item abaixo:

O isolamento, primeiro ato da cadeia, é o ato de evitar que se altere o estado das
coisas, devendo isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos
vestígios e local de crime.

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. Artigo 158-A, §1º CPP

SOLUÇÃO COMPLETA

Conforme Aury Lopes Jr. (p.651, 2020): A preservação das fontes de prova
é fundamental, principalmente quando se trata de provas cuja produção ocorre
fora do processo, como é o caso da coleta de DNA, interceptação telefônica etc.
Trata-se de verdadeira condição de validade da prova.
Para essa preservação das fontes de prova, através da manutenção da
cadeia de custódia, exige a prática de uma série de atos, um verdadeiro protocolo
de custódia, cujo passo a passo vem dado pelo art. 158-B e s.:

Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas


seguintes etapas:
I – reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial
interesse para a produção da prova pericial;

MUDE SUA VIDA!


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II – isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo


isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local
de crime;
III – fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local
de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser
ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição
no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento;
IV – coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial,
respeitando suas características e natureza;
V – acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio
coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características
físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora
e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento;
VI – transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro,
utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre
outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem
como o controle de sua posse;
VII – recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que
deve ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de
procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de
quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do
vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu;
VIII – processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de
acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e
químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em
laudo produzido por perito;
IX – armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições
adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de
contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo
correspondente;
X – descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a
legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.

Art. 158-A, § 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do


local de crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja
detectada a existência de vestígio.

8- É proibida a entrada em locais isolados bem como a remoção de quaisquer


vestígios de locais de crime antes da liberação por parte do perito responsável, sendo
tipificada como fraude processual a sua realização.

GABARITO CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA

Certo. Artigo 158-C §2 CPP.

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Conforme Aury Lopes Jr. (p.651, 2020): A preservação das fontes de prova
é fundamental, principalmente quando se trata de provas cuja produção ocorre
fora do processo, como é o caso da coleta de DNA, interceptação telefônica etc.
Trata-se de verdadeira condição de validade da prova.
Para essa preservação das fontes de prova, através da manutenção da
cadeia de custódia, exige a prática de uma série de atos, um verdadeiro protocolo
de custódia, cujo passo a passo vem dado pelo art. 158-B e s.:

Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas


seguintes etapas:
I – reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial
interesse para a produção da prova pericial;
II – isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo
isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local
de crime;
III – fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local
de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser
ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição
no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento;
IV – coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial,
respeitando suas características e natureza;
V – acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio
coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características
físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora
e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento;
VI – transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro,
utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre
outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem
como o controle de sua posse;
VII – recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que
deve ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de
procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de
quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do
vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu;
VIII – processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de
acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e
químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em
laudo produzido por perito;
IX – armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições
adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de
contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo
correspondente;
X – descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a
legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.

MUDE SUA VIDA!


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Art. 158-A, § 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do


local de crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja
detectada a existência de vestígio.

Art. 158-C, § 2º É proibida a entrada em locais isolados bem como a


remoção de quaisquer vestígios de locais de crime antes da liberação por parte do
perito responsável, sendo tipificada como fraude processual a sua realização

9- Descarte, de acordo com a lei 13.964 é a fase de liberação do vestígio. Essa fase é
referente à liberação do vestígio respeitando a legislação vigente e, quando pertinente,
mediante autorização judicial. Todavia, o objeto não será, em nenhuma hipótese,
devolvido ao proprietário, devendo ocorrer sempre a destruição.

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. Artigo 158-B, X CPP

SOLUÇÃO COMPLETA
Conforme Aury Lopes Jr. (p.651, 2020): A preservação das fontes de prova
é fundamental, principalmente quando se trata de provas cuja produção ocorre
fora do processo, como é o caso da coleta de DNA, interceptação telefônica etc.
Trata-se de verdadeira condição de validade da prova.
Para essa preservação das fontes de prova, através da manutenção da
cadeia de custódia, exige a prática de uma série de atos, um verdadeiro protocolo
de custódia, cujo passo a passo vem dado pelo art. 158-B e s.:

Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas


seguintes etapas:
I – reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial
interesse para a produção da prova pericial;
II – isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo
isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local
de crime;
III – fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local
de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser
ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição
no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento;
IV – coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial,
respeitando suas características e natureza;
V – acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio
coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características

MUDE SUA VIDA!


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físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora
e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento;
VI – transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro,
utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre
outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem
como o controle de sua posse;
VII – recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que
deve ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de
procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de
quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do
vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu;
VIII – processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de
acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e
químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em
laudo produzido por perito;
IX – armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições
adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de
contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo
correspondente;
X – descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a
legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.

Art. 158-A, § 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do


local de crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja
detectada a existência de vestígio.

Art. 158-C, § 2º É proibida a entrada em locais isolados bem como a


remoção de quaisquer vestígios de locais de crime antes da liberação por parte do
perito responsável, sendo tipificada como fraude processual a sua realização

10- De acordo com a Lei Maria da Penha, julgue o item abaixo:

Serão admitidos como meios de prova os laudos ou prontuários


médicos fornecidos por hospitais e postos de saúde.
GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Certo. Art 12 §3, Lei 11.340/2006

SOLUÇÃO COMPLETA
Conforme Aury Lopes Jr. (p.651, 2020): A preservação das fontes de prova
é fundamental, principalmente quando se trata de provas cuja produção ocorre
fora do processo, como é o caso da coleta de DNA, interceptação telefônica etc.
Trata-se de verdadeira condição de validade da prova.

MUDE SUA VIDA!


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Para essa preservação das fontes de prova, através da manutenção da


cadeia de custódia, exige a prática de uma série de atos, um verdadeiro protocolo
de custódia, cujo passo a passo vem dado pelo art. 158-B e s.:

Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas


seguintes etapas:
I – reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial
interesse para a produção da prova pericial;
II – isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo
isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local
de crime;
III – fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local
de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser
ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição
no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento;
IV – coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial,
respeitando suas características e natureza;
V – acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio
coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características
físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora
e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento;
VI – transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro,
utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre
outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem
como o controle de sua posse;
VII – recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que
deve ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de
procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de
quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do
vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu;
VIII – processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de
acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e
químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em
laudo produzido por perito;
IX – armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições
adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de
contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo
correspondente;
X – descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a
legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.

Art. 158-A, § 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do


local de crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja
detectada a existência de vestígio.

Art. 158-C, § 2º É proibida a entrada em locais isolados bem como a


remoção de quaisquer vestígios de locais de crime antes da liberação por parte do
perito responsável, sendo tipificada como fraude processual a sua realização

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Em relação a Lei Maria da Penha, é importante destacar:

Art. 12, § 3º Serão admitidos como meios de prova os laudos ou prontuários


médicos fornecidos por hospitais e postos de saúde.

11- Assinale a alternativa correta:

A) Crime de lesão corporal grave é dispensável o exame de corpo de delito.


Contudo, no crime de homicídio é indispensável.
B) Crime de lesão corporal grave é dispensável o exame de corpo de delito.
Contudo, nos crimes com resultado morte é indispensável.
C) Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de
delito, direto ou indireto, podendo supri-lo a confissão do acusado.
D) Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de
delito, direto ou indireto.
GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) Crime de lesão corporal grave é dispensável o exame de corpo de


delito. Contudo, no crime de homicídio é indispensável. (errado)
Errado. Artigo 158 CPP
B) Crime de lesão corporal grave é dispensável o exame de corpo de
delito. Contudo, nos crimes com resultado morte é indispensável.
(errado)
Errado. Artigo 158 CPP
C) Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame
de corpo de delito, direto ou indireto, podendo supri-lo a confissão do
acusado. (errado)
Errado. Artigo 167 CPP
D) Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame
de corpo de delito, direto ou indireto. (certo)
Certo. Artigo 158 CPP

SOLUÇÃO COMPLETA

A) Crime de lesão corporal grave é dispensável o exame de corpo de


delito. Contudo, no crime de homicídio é indispensável. (errado)
Conforme Aury Lopes Jr, (p.686, 2020): O exame de corpo de delito diz
respeito não apenas à materialidade do fato principal, mas também às suas
eventuais causas de aumento, ou qualificadoras, conforme o caso. (...)
Importante destacar que a confissão do acusado não é suficiente para
comprovação da materialidade do delito, sendo indispensável o exame de corpo

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de delito direto ou indireto, sob pena de nulidade do processo (art. 564, III, “b”,
do CPP).
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de
corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de
delito quando se tratar de crime que envolva:
I - violência doméstica e familiar contra mulher;
II - violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência

B) Crime de lesão corporal grave é dispensável o exame de corpo de


delito. Contudo, nos crimes com resultado morte é indispensável.
(errado)
Conforme Aury Lopes Jr, (p.686, 2020): O exame de corpo de delito diz
respeito não apenas à materialidade do fato principal, mas também às suas
eventuais causas de aumento, ou qualificadoras, conforme o caso. (...)
Importante destacar que a confissão do acusado não é suficiente para
comprovação da materialidade do delito, sendo indispensável o exame de corpo
de delito direto ou indireto, sob pena de nulidade do processo (art. 564, III, “b”,
do CPP).
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de
corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de
delito quando se tratar de crime que envolva:
I - violência doméstica e familiar contra mulher;
II - violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência

C) Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame


de corpo de delito, direto ou indireto, podendo supri-lo a confissão do
acusado. (errado)
Conforme Aury Lopes Jr. (p. 687, 2020): O exame de corpo de delito
indireto é uma exceção excepcionalíssima, admitido quando os vestígios
desapareceram e a prova testemunhal vai suprir a falta do exame direto. Mas não
só ela; também pode haver a comprovação indireta através de filmagens,
fotografias, gravações de áudio etc.
Conforme CPP:

Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem
desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.

D) Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame


de corpo de delito, direto ou indireto. (certo)

Conforme Aury Lopes Jr, (p.686, 2020): O exame de corpo de delito diz
respeito não apenas à materialidade do fato principal, mas também às suas
eventuais causas de aumento, ou qualificadoras, conforme o caso. (...)
Importante destacar que a confissão do acusado não é suficiente para
comprovação da materialidade do delito, sendo indispensável o exame de corpo

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de delito direto ou indireto, sob pena de nulidade do processo (art. 564, III, “b”,
do CPP).
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de
corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de
delito quando se tratar de crime que envolva:
I - violência doméstica e familiar contra mulher;
II - violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência

12- De acordo com a cadeia de custódia da prova, assinale a alternativa incorreta:

A) reconhecimento é ato de distinguir um elemento como de potencial interesse


para a produção da prova pericial
B) isolamento é ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo isolar e
preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local de crime.
C) reconhecimento é descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local
de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser ilustrada
por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição no laudo
pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento
D) coleta é o procedimento por meio do qual cada vestígio coletado é embalado de
forma individualizada, de acordo com suas características físicas, químicas e biológicas,
para posterior análise, com anotação da data, hora e nome de quem realizou a coleta e o
acondicionamento.

GABARITO LETRA C

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) reconhecimento é ato de distinguir um elemento como de


potencial interesse para a produção da prova pericial (errado)
Certo, não devendo ser assinalado como gabarito da questão que busca a
alternativa incorreta. Artigo 158-B I CPP

B) isolamento é ato de evitar que se altere o estado das coisas,


devendo isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado
aos vestígios e local de crime. (errado)
Certo, não devendo ser assinalado como gabarito da questão que busca a
alternativa incorreta. Artigo 158-B II CPP

C) reconhecimento é descrição detalhada do vestígio conforme se


encontra no local de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área
de exames, podendo ser ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui,
sendo indispensável a sua descrição no laudo pericial produzido pelo
perito responsável pelo atendimento. (certo)
Errado, devendo ser assinalado como gabarito. Artigo 158-B I CPP

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D) coleta é o procedimento por meio do qual cada vestígio coletado é


embalado de forma individualizada, de acordo com suas características
físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da
data, hora e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento.
(errado)
Certo, não devendo ser assinalado como gabarito da questão que busca a
alternativa incorreta. Artigo 158-B IV CPP
SOLUÇÃO COMPLETA
A) reconhecimento é ato de distinguir um elemento como de
potencial interesse para a produção da prova pericial (errado)
Conforme Aury Lopes Jr. (p.651, 2020): A preservação das fontes de prova
é fundamental, principalmente quando se trata de provas cuja produção ocorre
fora do processo, como é o caso da coleta de DNA, interceptação telefônica etc.
Trata-se de verdadeira condição de validade da prova.
Para essa preservação das fontes de prova, através da manutenção da
cadeia de custódia, exige a prática de uma série de atos, um verdadeiro protocolo
de custódia, cujo passo a passo vem dado pelo art. 158-B e s.:

Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas


seguintes etapas:
I – reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial
interesse para a produção da prova pericial;
II – isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo
isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local
de crime;
III – fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local
de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser
ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição
no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento;
IV – coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial,
respeitando suas características e natureza;
V – acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio
coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características
físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora
e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento;
VI – transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro,
utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre
outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem
como o controle de sua posse;
VII – recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que
deve ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de
procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de
quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do
vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu;
VIII – processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de
acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e
químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em
laudo produzido por perito;

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IX – armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições


adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de
contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo
correspondente;
X – descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a
legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.
Art. 158-A, § 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do
local de crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja
detectada a existência de vestígio.

B) isolamento é ato de evitar que se altere o estado das coisas,


devendo isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado
aos vestígios e local de crime. (errado)
Conforme Aury Lopes Jr. (p.651, 2020): A preservação das fontes de prova
é fundamental, principalmente quando se trata de provas cuja produção ocorre
fora do processo, como é o caso da coleta de DNA, interceptação telefônica etc.
Trata-se de verdadeira condição de validade da prova.
Para essa preservação das fontes de prova, através da manutenção da
cadeia de custódia, exige a prática de uma série de atos, um verdadeiro protocolo
de custódia, cujo passo a passo vem dado pelo art. 158-B e s.:

Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas


seguintes etapas:
I – reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial
interesse para a produção da prova pericial;
II – isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo
isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local
de crime;
III – fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local
de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser
ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição
no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento;
IV – coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial,
respeitando suas características e natureza;
V – acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio
coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características
físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora
e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento;
VI – transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro,
utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre
outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem
como o controle de sua posse;
VII – recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que
deve ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de
procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de
quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do
vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu;

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VIII – processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de


acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e
químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em
laudo produzido por perito;
IX – armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições
adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de
contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo
correspondente;
X – descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a
legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.
Art. 158-A, § 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do
local de crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja
detectada a existência de vestígio.

C) reconhecimento é descrição detalhada do vestígio conforme se


encontra no local de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área
de exames, podendo ser ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui,
sendo indispensável a sua descrição no laudo pericial produzido pelo
perito responsável pelo atendimento. (certo)
Conforme Aury Lopes Jr. (p.651, 2020): A preservação das fontes de prova
é fundamental, principalmente quando se trata de provas cuja produção ocorre
fora do processo, como é o caso da coleta de DNA, interceptação telefônica etc.
Trata-se de verdadeira condição de validade da prova.
Para essa preservação das fontes de prova, através da manutenção da
cadeia de custódia, exige a prática de uma série de atos, um verdadeiro protocolo
de custódia, cujo passo a passo vem dado pelo art. 158-B e s.:

Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas


seguintes etapas:
I – reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial
interesse para a produção da prova pericial;
II – isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo
isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local
de crime;
III – fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local
de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser
ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição
no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento;
IV – coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial,
respeitando suas características e natureza;
V – acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio
coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características
físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora
e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento;
VI – transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro,
utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre
outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem
como o controle de sua posse;

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VII – recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que


deve ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de
procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de
quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do
vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu;
VIII – processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de
acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e
químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em
laudo produzido por perito;
IX – armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições
adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de
contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo
correspondente;
X – descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a
legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.
Art. 158-A, § 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do
local de crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja
detectada a existência de vestígio.
D) coleta é o procedimento por meio do qual cada vestígio coletado é
embalado de forma individualizada, de acordo com suas características
físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da
data, hora e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento.
(errado)
Conforme Aury Lopes Jr. (p.651, 2020): A preservação das fontes de prova
é fundamental, principalmente quando se trata de provas cuja produção ocorre
fora do processo, como é o caso da coleta de DNA, interceptação telefônica etc.
Trata-se de verdadeira condição de validade da prova.
Para essa preservação das fontes de prova, através da manutenção da
cadeia de custódia, exige a prática de uma série de atos, um verdadeiro protocolo
de custódia, cujo passo a passo vem dado pelo art. 158-B e s.:

Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas


seguintes etapas:
I – reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial
interesse para a produção da prova pericial;
II – isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo
isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local
de crime;
III – fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local
de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser
ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição
no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento;
IV – coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial,
respeitando suas características e natureza;
V – acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio
coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características
físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora
e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento;

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VI – transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro,


utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre
outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem
como o controle de sua posse;
VII – recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que
deve ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de
procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de
quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do
vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu;
VIII – processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de
acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e
químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em
laudo produzido por perito;
IX – armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições
adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de
contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo
correspondente;
X – descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a
legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.
Art. 158-A, § 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do
local de crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja
detectada a existência de vestígio.

13- O instituto da Cadeia de custódia da prova:

A) Não foi adotado no Brasil.


B) Apesar de não estar positivado no código de processo penal, vem sendo
defendido pelos tribunais superiores.
C) Foi adotado no ordenamento brasileiro, mas ainda carece de protocolo de
custódia
D) Foi adotado no ordenamento brasileiro e possui protocolo de custódia fixado no
Código de Processo Penal.

GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) Não foi adotado no Brasil. (errado)


Errado. Artigo 158-B CPP

B) Apesar de não estar positivado no código de processo penal, vem


sendo defendido pelos tribunais superiores. (errado)
Errado. Artigo 158-B CPP

C) Foi adotado no ordenamento brasileiro mas ainda carece de


protocolo de custódia (errado)
Errado. Artigo 158-B CPP

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D) Foi adotado no ordenamento brasileiro e possui protocolo de


custódia fixado no Código de Processo Penal. (certo)
Certo. Artigo 158-B CPP
SOLUÇÃO COMPLETA

A) Não foi adotado no Brasil. (errado)


Conforme Aury Lopes Jr. (p.651, 2020): A preservação das fontes de prova
é fundamental, principalmente quando se trata de provas cuja produção ocorre
fora do processo, como é o caso da coleta de DNA, interceptação telefônica etc.
Trata-se de verdadeira condição de validade da prova.
Para essa preservação das fontes de prova, através da manutenção da
cadeia de custódia, exige a prática de uma série de atos, um verdadeiro protocolo
de custódia, cujo passo a passo vem dado pelo art. 158-B e s.:

Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas


seguintes etapas:
I – reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial
interesse para a produção da prova pericial;
II – isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo
isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local
de crime;
III – fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local
de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser
ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição
no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento;
IV – coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial,
respeitando suas características e natureza;
V – acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio
coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características
físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora
e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento;
VI – transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro,
utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre
outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem
como o controle de sua posse;
VII – recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que
deve ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de
procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de
quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do
vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu;
VIII – processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de
acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e
químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em
laudo produzido por perito;
IX – armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições
adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de

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contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo


correspondente;
X – descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a
legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.
Art. 158-A, § 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do
local de crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja
detectada a existência de vestígio.

B) Apesar de não estar positivado no código de processo penal, vem


sendo defendido pelos tribunais superiores. (errado)
Conforme Aury Lopes Jr. (p.651, 2020): A preservação das fontes de prova
é fundamental, principalmente quando se trata de provas cuja produção ocorre
fora do processo, como é o caso da coleta de DNA, interceptação telefônica etc.
Trata-se de verdadeira condição de validade da prova.
Para essa preservação das fontes de prova, através da manutenção da
cadeia de custódia, exige a prática de uma série de atos, um verdadeiro protocolo
de custódia, cujo passo a passo vem dado pelo art. 158-B e s.:

Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas


seguintes etapas:
I – reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial
interesse para a produção da prova pericial;
II – isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo
isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local
de crime;
III – fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local
de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser
ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição
no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento;
IV – coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial,
respeitando suas características e natureza;
V – acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio
coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características
físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora
e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento;
VI – transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro,
utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre
outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem
como o controle de sua posse;
VII – recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que
deve ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de
procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de
quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do
vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu;
VIII – processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de
acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e
químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em
laudo produzido por perito;

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IX – armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições


adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de
contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo
correspondente;
X – descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a
legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.
Art. 158-A, § 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do
local de crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja
detectada a existência de vestígio.

C) Foi adotado no ordenamento brasileiro mas ainda carece de


protocolo de custódia (errado)
Conforme Aury Lopes Jr. (p.651, 2020): A preservação das fontes de prova
é fundamental, principalmente quando se trata de provas cuja produção ocorre
fora do processo, como é o caso da coleta de DNA, interceptação telefônica etc.
Trata-se de verdadeira condição de validade da prova.
Para essa preservação das fontes de prova, através da manutenção da
cadeia de custódia, exige a prática de uma série de atos, um verdadeiro protocolo
de custódia, cujo passo a passo vem dado pelo art. 158-B e s.:

Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas


seguintes etapas:
I – reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial
interesse para a produção da prova pericial;
II – isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo
isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local
de crime;
III – fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local
de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser
ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição
no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento;
IV – coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial,
respeitando suas características e natureza;
V – acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio
coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características
físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora
e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento;
VI – transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro,
utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre
outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem
como o controle de sua posse;
VII – recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que
deve ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de
procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de
quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do
vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu;
VIII – processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de
acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e

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químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em


laudo produzido por perito;
IX – armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições
adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de
contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo
correspondente;
X – descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a
legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.
Art. 158-A, § 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do
local de crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja
detectada a existência de vestígio.

D) Foi adotado no ordenamento brasileiro e possui protocolo de


custódia fixado no Código de Processo Penal. (certo)
Conforme Aury Lopes Jr. (p.651, 2020): A preservação das fontes de prova
é fundamental, principalmente quando se trata de provas cuja produção ocorre
fora do processo, como é o caso da coleta de DNA, interceptação telefônica etc.
Trata-se de verdadeira condição de validade da prova.
Para essa preservação das fontes de prova, através da manutenção da
cadeia de custódia, exige a prática de uma série de atos, um verdadeiro protocolo
de custódia, cujo passo a passo vem dado pelo art. 158-B e s.:

Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas


seguintes etapas:
I – reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial
interesse para a produção da prova pericial;
II – isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo
isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local
de crime;
III – fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local
de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser
ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição
no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento;
IV – coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial,
respeitando suas características e natureza;
V – acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio
coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características
físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora
e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento;
VI – transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro,
utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre
outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem
como o controle de sua posse;
VII – recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que
deve ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de
procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de
quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do
vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu;

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VIII – processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de


acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e
químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em
laudo produzido por perito;
IX – armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições
adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de
contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo
correspondente;
X – descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a
legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.
Art. 158-A, § 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do
local de crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja
detectada a existência de vestígio.

14- De acordo com o protocolo de custódia:

A) O primeiro ato é o isolamento da área, seguido da fixação.


B) O primeiro ato é o reconhecimento da área, seguido do isolamento.
C) O ultimo ato é armazenamento, precedido do transporte.
D) O ultimo ato é o descarte, precedido do transporte.

GABARITO LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) O primeiro ato é o isolamento da área, seguido da fixação.


(errado)
Errado. Artigo 158-B CPP

B) O primeiro ato é o reconhecimento da área, seguido do


isolamento. (certo)
Certo. Artigo 158-B CPP

C) O ultimo ato é armazenamento, precedido do transporte.


(errado)
Errado. Artigo 158-B CPP

D) O ultimo ato é o descarte, precedido do transporte. (errado)


Errado. Artigo 158-B CPP
SOLUÇÃO COMPLETA

A) O primeiro ato é o isolamento da área, seguido da fixação.


(errado)
Conforme Aury Lopes Jr. (p.651, 2020): A preservação das fontes de prova
é fundamental, principalmente quando se trata de provas cuja produção ocorre

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fora do processo, como é o caso da coleta de DNA, interceptação telefônica etc.


Trata-se de verdadeira condição de validade da prova.
Para essa preservação das fontes de prova, através da manutenção da
cadeia de custódia, exige a prática de uma série de atos, um verdadeiro protocolo
de custódia, cujo passo a passo vem dado pelo art. 158-B e s.:

Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas


seguintes etapas:
I – reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial
interesse para a produção da prova pericial;
II – isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo
isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local
de crime;
III – fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local
de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser
ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição
no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento;
IV – coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial,
respeitando suas características e natureza;
V – acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio
coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características
físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora
e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento;
VI – transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro,
utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre
outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem
como o controle de sua posse;
VII – recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que
deve ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de
procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de
quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do
vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu;
VIII – processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de
acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e
químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em
laudo produzido por perito;
IX – armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições
adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de
contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo
correspondente;
X – descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a
legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.
Art. 158-A, § 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do
local de crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja
detectada a existência de vestígio.

B) O primeiro ato é o reconhecimento da área, seguido do


isolamento. (certo)

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é fundamental, principalmente quando se trata de provas cuja produção ocorre
fora do processo, como é o caso da coleta de DNA, interceptação telefônica etc.
Trata-se de verdadeira condição de validade da prova.
Para essa preservação das fontes de prova, através da manutenção da
cadeia de custódia, exige a prática de uma série de atos, um verdadeiro protocolo
de custódia, cujo passo a passo vem dado pelo art. 158-B e s.:

Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas


seguintes etapas:
I – reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial
interesse para a produção da prova pericial;
II – isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo
isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local
de crime;
III – fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local
de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser
ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição
no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento;
IV – coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial,
respeitando suas características e natureza;
V – acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio
coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características
físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora
e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento;
VI – transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro,
utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre
outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem
como o controle de sua posse;
VII – recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que
deve ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de
procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de
quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do
vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu;
VIII – processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de
acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e
químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em
laudo produzido por perito;
IX – armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições
adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de
contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo
correspondente;
X – descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a
legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.
Art. 158-A, § 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do
local de crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja
detectada a existência de vestígio.

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C) O ultimo ato é armazenamento, precedido do transporte.


(errado)
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é fundamental, principalmente quando se trata de provas cuja produção ocorre
fora do processo, como é o caso da coleta de DNA, interceptação telefônica etc.
Trata-se de verdadeira condição de validade da prova.
Para essa preservação das fontes de prova, através da manutenção da
cadeia de custódia, exige a prática de uma série de atos, um verdadeiro protocolo
de custódia, cujo passo a passo vem dado pelo art. 158-B e s.:

Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas


seguintes etapas:
I – reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial
interesse para a produção da prova pericial;
II – isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo
isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local
de crime;
III – fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local
de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser
ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição
no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento;
IV – coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial,
respeitando suas características e natureza;
V – acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio
coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características
físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora
e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento;
VI – transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro,
utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre
outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem
como o controle de sua posse;
VII – recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que
deve ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de
procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de
quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do
vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu;
VIII – processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de
acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e
químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em
laudo produzido por perito;
IX – armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições
adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de
contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo
correspondente;
X – descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a
legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.

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Art. 158-A, § 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do


local de crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja
detectada a existência de vestígio.

D) O ultimo ato é o descarte, precedido do transporte. (errado)


Conforme Aury Lopes Jr. (p.651, 2020): A preservação das fontes de prova
é fundamental, principalmente quando se trata de provas cuja produção ocorre
fora do processo, como é o caso da coleta de DNA, interceptação telefônica etc.
Trata-se de verdadeira condição de validade da prova.
Para essa preservação das fontes de prova, através da manutenção da
cadeia de custódia, exige a prática de uma série de atos, um verdadeiro protocolo
de custódia, cujo passo a passo vem dado pelo art. 158-B e s.:

Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas


seguintes etapas:
I – reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial
interesse para a produção da prova pericial;
II – isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo
isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local
de crime;
III – fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local
de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser
ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição
no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento;
IV – coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial,
respeitando suas características e natureza;
V – acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio
coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características
físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora
e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento;
VI – transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro,
utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre
outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem
como o controle de sua posse;
VII – recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que
deve ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de
procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de
quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do
vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu;
VIII – processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de
acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e
químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em
laudo produzido por perito;
IX – armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições
adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de
contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo
correspondente;

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X – descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a


legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.
Art. 158-A, § 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do
local de crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja
detectada a existência de vestígio.

15- A ultima etapa do protocolo da custódia da prova compreende:

A) o descarte, procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a


legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.
B) o processamento, exame pericial em si, manipulação do vestígio de acordo com a
metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e químicas, a fim de se
obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em laudo produzido por perito
c) o transporte, ato de transferir o vestígio de um local para o outro, utilizando as
condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre outras), de modo a
garantir a manutenção de suas características originais, bem como o controle de sua
posse
d) o armazenamento, procedimento referente à guarda, em condições adequadas,
do material a ser processado, guardado para realização de contraperícia, descartado ou
transportado, com vinculação ao número do laudo correspondente.
GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) o descarte, procedimento referente à liberação do vestígio,


respeitando a legislação vigente e, quando pertinente, mediante
autorização judicial. (certo)
Certo. Artigo 158-B X CPP

B) o processamento, exame pericial em si, manipulação do vestígio


de acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas,
físicas e químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser
formalizado em laudo produzido por perito. (errado)
Errado. Artigo 158-B X CPP

c) o transporte, ato de transferir o vestígio de um local para o outro,


utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura,
entre outras), de modo a garantir a manutenção de suas características
originais, bem como o controle de sua posse. (errado)
Errado. Artigo 158-B X CPP

d) o armazenamento, procedimento referente à guarda, em


condições adequadas, do material a ser processado, guardado para
realização de contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação
ao número do laudo correspondente. (errado)
Errado. Artigo 158-B X CPP

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SOLUÇÃO COMPLETA

A) o descarte, procedimento referente à liberação do vestígio,


respeitando a legislação vigente e, quando pertinente, mediante
autorização judicial. (certo)
Conforme Aury Lopes Jr. (p.651, 2020): A preservação das fontes de prova
é fundamental, principalmente quando se trata de provas cuja produção ocorre
fora do processo, como é o caso da coleta de DNA, interceptação telefônica etc.
Trata-se de verdadeira condição de validade da prova.
Para essa preservação das fontes de prova, através da manutenção da
cadeia de custódia, exige a prática de uma série de atos, um verdadeiro protocolo
de custódia, cujo passo a passo vem dado pelo art. 158-B e s.:

Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas


seguintes etapas:
I – reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial
interesse para a produção da prova pericial;
II – isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo
isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local
de crime;
III – fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local
de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser
ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição
no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento;
IV – coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial,
respeitando suas características e natureza;
V – acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio
coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características
físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora
e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento;
VI – transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro,
utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre
outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem
como o controle de sua posse;
VII – recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que
deve ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de
procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de
quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do
vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu;
VIII – processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de
acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e
químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em
laudo produzido por perito;
IX – armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições
adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de
contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo
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legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.
Art. 158-A, § 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do
local de crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja
detectada a existência de vestígio.

B) o processamento, exame pericial em si, manipulação do vestígio


de acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas,
físicas e químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser
formalizado em laudo produzido por perito. (errado)
Conforme Aury Lopes Jr. (p.651, 2020): A preservação das fontes de prova
é fundamental, principalmente quando se trata de provas cuja produção ocorre
fora do processo, como é o caso da coleta de DNA, interceptação telefônica etc.
Trata-se de verdadeira condição de validade da prova.
Para essa preservação das fontes de prova, através da manutenção da
cadeia de custódia, exige a prática de uma série de atos, um verdadeiro protocolo
de custódia, cujo passo a passo vem dado pelo art. 158-B e s.:

Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas


seguintes etapas:
I – reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial
interesse para a produção da prova pericial;
II – isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo
isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local
de crime;
III – fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local
de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser
ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição
no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento;
IV – coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial,
respeitando suas características e natureza;
V – acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio
coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características
físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora
e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento;
VI – transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro,
utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre
outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem
como o controle de sua posse;
VII – recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que
deve ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de
procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de
quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do
vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu;
VIII – processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de
acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e
químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em
laudo produzido por perito;

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IX – armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições


adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de
contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo
correspondente;
X – descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a
legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.
Art. 158-A, § 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do
local de crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja
detectada a existência de vestígio.

c) o transporte, ato de transferir o vestígio de um local para o outro,


utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura,
entre outras), de modo a garantir a manutenção de suas características
originais, bem como o controle de sua posse. (errado)
Conforme Aury Lopes Jr. (p.651, 2020): A preservação das fontes de prova
é fundamental, principalmente quando se trata de provas cuja produção ocorre
fora do processo, como é o caso da coleta de DNA, interceptação telefônica etc.
Trata-se de verdadeira condição de validade da prova.
Para essa preservação das fontes de prova, através da manutenção da
cadeia de custódia, exige a prática de uma série de atos, um verdadeiro protocolo
de custódia, cujo passo a passo vem dado pelo art. 158-B e s.:

Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas


seguintes etapas:
I – reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial
interesse para a produção da prova pericial;
II – isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo
isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local
de crime;
III – fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local
de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser
ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição
no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento;
IV – coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial,
respeitando suas características e natureza;
V – acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio
coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características
físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora
e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento;
VI – transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro,
utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre
outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem
como o controle de sua posse;
VII – recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que
deve ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de
procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de
quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do
vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu;

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VIII – processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de


acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e
químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em
laudo produzido por perito;
IX – armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições
adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de
contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo
correspondente;
X – descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a
legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.
Art. 158-A, § 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do
local de crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja
detectada a existência de vestígio.

d) o armazenamento, procedimento referente à guarda, em


condições adequadas, do material a ser processado, guardado para
realização de contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação
ao número do laudo correspondente. (errado)
Conforme Aury Lopes Jr. (p.651, 2020): A preservação das fontes de prova
é fundamental, principalmente quando se trata de provas cuja produção ocorre
fora do processo, como é o caso da coleta de DNA, interceptação telefônica etc.
Trata-se de verdadeira condição de validade da prova.
Para essa preservação das fontes de prova, através da manutenção da
cadeia de custódia, exige a prática de uma série de atos, um verdadeiro protocolo
de custódia, cujo passo a passo vem dado pelo art. 158-B e s.:

Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas


seguintes etapas:
I – reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial
interesse para a produção da prova pericial;
II – isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo
isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local
de crime;
III – fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local
de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser
ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição
no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento;
IV – coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial,
respeitando suas características e natureza;
V – acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio
coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características
físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora
e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento;
VI – transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro,
utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre
outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem
como o controle de sua posse;

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VII – recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que


deve ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de
procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de
quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do
vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu;
VIII – processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de
acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e
químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em
laudo produzido por perito;
IX – armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições
adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de
contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo
correspondente;
X – descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a
legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.
Art. 158-A, § 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do
local de crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja
detectada a existência de vestígio.

16- O primeiro ato do protocolo da cadeia de custódia da prova é:

A) reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial interesse


para a produção da prova pericial
B) o isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo isolar e
preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local de crime
C) fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local de crime
ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser ilustrada por
fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição no laudo pericial
produzido pelo perito responsável pelo atendimento
D) o isolamento: ato de distinguir um elemento como de potencial interesse para a
produção da prova pericial.

GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial


interesse para a produção da prova pericial. (certo)
Certo. Artigo 158-B, I CPP

B) o isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas,


devendo isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado
aos vestígios e local de crime. (errado)
Errado. Artigo 158-B, I CPP

C) fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no


local de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames,

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podendo ser ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo


indispensável a sua descrição no laudo pericial produzido pelo perito
responsável pelo atendimento (errado)
Errado. Artigo 158-B I CPP

D) o isolamento: ato de distinguir um elemento como de potencial


interesse para a produção da prova pericial. (errado)
Errado. Artigo 158-B, I CPP

SOLUÇÃO COMPLETA

A) reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial


interesse para a produção da prova pericial. (certo)
Conforme Aury Lopes Jr. (p.651, 2020): A preservação das fontes de prova
é fundamental, principalmente quando se trata de provas cuja produção ocorre
fora do processo, como é o caso da coleta de DNA, interceptação telefônica etc.
Trata-se de verdadeira condição de validade da prova.
Para essa preservação das fontes de prova, através da manutenção da
cadeia de custódia, exige a prática de uma série de atos, um verdadeiro protocolo
de custódia, cujo passo a passo vem dado pelo art. 158-B e s.:

Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas


seguintes etapas:
I – reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial
interesse para a produção da prova pericial;
II – isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo
isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local
de crime;
III – fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local
de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser
ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição
no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento;
IV – coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial,
respeitando suas características e natureza;
V – acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio
coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características
físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora
e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento;
VI – transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro,
utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre
outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem
como o controle de sua posse;
VII – recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que
deve ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de
procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de
quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do
vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu;

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VIII – processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de


acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e
químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em
laudo produzido por perito;
IX – armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições
adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de
contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo
correspondente;
X – descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a
legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.
Art. 158-A, § 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do
local de crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja
detectada a existência de vestígio.

B) o isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas,


devendo isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado
aos vestígios e local de crime. (errado)
Conforme Aury Lopes Jr. (p.651, 2020): A preservação das fontes de prova
é fundamental, principalmente quando se trata de provas cuja produção ocorre
fora do processo, como é o caso da coleta de DNA, interceptação telefônica etc.
Trata-se de verdadeira condição de validade da prova.
Para essa preservação das fontes de prova, através da manutenção da
cadeia de custódia, exige a prática de uma série de atos, um verdadeiro protocolo
de custódia, cujo passo a passo vem dado pelo art. 158-B e s.:

Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas


seguintes etapas:
I – reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial
interesse para a produção da prova pericial;
II – isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo
isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local
de crime;
III – fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local
de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser
ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição
no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento;
IV – coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial,
respeitando suas características e natureza;
V – acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio
coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características
físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora
e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento;
VI – transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro,
utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre
outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem
como o controle de sua posse;
VII – recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que
deve ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de

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procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de


quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do
vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu;
VIII – processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de
acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e
químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em
laudo produzido por perito;
IX – armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições
adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de
contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo
correspondente;
X – descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a
legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.
Art. 158-A, § 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do
local de crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja
detectada a existência de vestígio.

C) fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no


local de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames,
podendo ser ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo
indispensável a sua descrição no laudo pericial produzido pelo perito
responsável pelo atendimento (errado)
Conforme Aury Lopes Jr. (p.651, 2020): A preservação das fontes de prova
é fundamental, principalmente quando se trata de provas cuja produção ocorre
fora do processo, como é o caso da coleta de DNA, interceptação telefônica etc.
Trata-se de verdadeira condição de validade da prova.
Para essa preservação das fontes de prova, através da manutenção da
cadeia de custódia, exige a prática de uma série de atos, um verdadeiro protocolo
de custódia, cujo passo a passo vem dado pelo art. 158-B e s.:

Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas


seguintes etapas:
I – reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial
interesse para a produção da prova pericial;
II – isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo
isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local
de crime;
III – fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local
de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser
ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição
no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento;
IV – coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial,
respeitando suas características e natureza;
V – acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio
coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características
físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora
e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento;

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VI – transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro,


utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre
outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem
como o controle de sua posse;
VII – recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que
deve ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de
procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de
quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do
vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu;
VIII – processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de
acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e
químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em
laudo produzido por perito;
IX – armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições
adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de
contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo
correspondente;
X – descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a
legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.
Art. 158-A, § 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do
local de crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja
detectada a existência de vestígio.

D) o isolamento: ato de distinguir um elemento como de potencial


interesse para a produção da prova pericial. (errado)
Conforme Aury Lopes Jr. (p.651, 2020): A preservação das fontes de prova
é fundamental, principalmente quando se trata de provas cuja produção ocorre
fora do processo, como é o caso da coleta de DNA, interceptação telefônica etc.
Trata-se de verdadeira condição de validade da prova.
Para essa preservação das fontes de prova, através da manutenção da
cadeia de custódia, exige a prática de uma série de atos, um verdadeiro protocolo
de custódia, cujo passo a passo vem dado pelo art. 158-B e s.:

Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas


seguintes etapas:
I – reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial
interesse para a produção da prova pericial;
II – isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo
isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local
de crime;
III – fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local
de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser
ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição
no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento;
IV – coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial,
respeitando suas características e natureza;
V – acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio
coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características

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físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora
e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento;
VI – transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro,
utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre
outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem
como o controle de sua posse;
VII – recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que
deve ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de
procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de
quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do
vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu;
VIII – processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de
acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e
químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em
laudo produzido por perito;
IX – armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições
adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de
contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo
correspondente;
X – descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a
legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.
Art. 158-A, § 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do
local de crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja
detectada a existência de vestígio.

17- Assinale a opção incorreta:

A) Não há flexibilização de exigência do exame de corpo de delito, sendo impossível


substituí-lo por outros documentos idôneos.
B) Nos crimes abrigados na Lei 11.340, serão admitidos como meios de prova os
laudos ou prontuários médicos fornecidos por hospitais e postos de saúde.
C) Nos crimes abrigados na Lei 9.099, para oferecimento da denúncia, que será
elaborada
com base no termo de ocorrência referido no art. 69 desta Lei, com dispensa do
inquérito policial, prescindir-se-á do exame do
corpo de delito quando a materialidade do crime estiver aferida por boletim médico
ou prova equivalente.
D) O exame de corpo de delito é insubstituível.

GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) Não há flexibilização de exigência do exame de corpo de delito,


sendo impossível substituí-lo por outros documentos idôneos. (certo)
Errado, devendo ser assinalado como gabarito. Há flexibilização.

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B) Nos crimes abrigados na Lei 11.340, serão admitidos como meios


de prova os laudos ou prontuários médicos fornecidos por hospitais e
postos de saúde. (errado)
Certo, não devendo ser assinalado como gabarito. Lei Maria da Penha – Art.
12, §3º - Lei 11.340/06.

C) Nos crimes abrigados na Lei 9.099, para oferecimento da


denúncia, que será elaborada com base no termo de ocorrência referido
no art. 69 desta Lei, com dispensa do inquérito policial, prescindir-se-á do
exame do corpo de delito quando a materialidade do crime estiver aferida
por boletim médico ou prova equivalente. (errado)
Certo, não devendo ser assinalado como gabarito. Lei dos juizados especiais
criminais – Art. 77, §1º - Lei 9.099/95.

D) É possível substituir o exame de corpo de delito em situações


específicas e previstas em lei. (errado)
Certo, não devendo ser assinalado como gabarito

SOLUÇÃO COMPLETA

A) Não há flexibilização de exigência do exame de corpo de delito,


sendo impossível substituí-lo por outros documentos idôneos. (certo)
É verdade que algummas legislações infraconstitucionais flexbilizam a
exigência do exame do corpo de delito, veja as possíveis substituições e seus
respectivos pressupostos:

A) Lei Maria da Penha – Art. 12, §3º - Lei 11.340/06.

Art. 12. § 3º Serão admitidos como meios de prova os laudos ou prontuários


médicos fornecidos por hospitais e postos de saúde.

B) Lei dos juizados especiais criminais – Art. 77, §1º - Lei 9.099/95.

Art 77. 1º Para o oferecimento da denúncia, que será elaborada com base
no termo de ocorrência referido no art. 69 desta Lei,
com dispensa do inquérito policial, prescindir-se-á do exame do corpo de
delito quando a materialidade do crime estiver aferida
por boletim médico ou prova equivalente.

A) Errado. Há previsão de flexibilização. Exemplos Art 12 §3 da Lei 11.304,


art 77 §1 da 9.099.
b) Certo, não devendo ser assinalado já que a questão busca a alternativa
incorreta. Artigo 12 §3 da Lei 11.304

B) Nos crimes abrigados na Lei 11.340, serão admitidos como meios


de prova os laudos ou prontuários médicos fornecidos por hospitais e
postos de saúde. (errado)

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É verdade que algummas legislações infraconstitucionais flexbilizam a


exigência do exame do corpo de delito, veja as possíveis substituições e seus
respectivos pressupostos:

A) Lei Maria da Penha – Art. 12, §3º - Lei 11.340/06.

Art. 12. § 3º Serão admitidos como meios de prova os laudos ou prontuários


médicos fornecidos por hospitais e postos de saúde.

B) Lei dos juizados especiais criminais – Art. 77, §1º - Lei 9.099/95.

Art 77. 1º Para o oferecimento da denúncia, que será elaborada com base
no termo de ocorrência referido no art. 69 desta Lei,
com dispensa do inquérito policial, prescindir-se-á do exame do corpo de
delito quando a materialidade do crime estiver aferida
por boletim médico ou prova equivalente.

A) Errado. Há previsão de flexibilização. Exemplos Art 12 §3 da Lei 11.304,


art 77 §1 da 9.099.
b) Certo, não devendo ser assinalado já que a questão busca a alternativa
incorreta. Artigo 12 §3 da Lei 11.304

C) Nos crimes abrigados na Lei 9.099, para oferecimento da


denúncia, que será elaborada com base no termo de ocorrência referido
no art. 69 desta Lei, com dispensa do inquérito policial, prescindir-se-á do
exame do corpo de delito quando a materialidade do crime estiver aferida
por boletim médico ou prova equivalente. (errado)
É verdade que algummas legislações infraconstitucionais flexbilizam a
exigência do exame do corpo de delito, veja as possíveis substituições e seus
respectivos pressupostos:

A) Lei Maria da Penha – Art. 12, §3º - Lei 11.340/06.

Art. 12. § 3º Serão admitidos como meios de prova os laudos ou prontuários


médicos fornecidos por hospitais e postos de saúde.

B) Lei dos juizados especiais criminais – Art. 77, §1º - Lei 9.099/95.

Art 77. 1º Para o oferecimento da denúncia, que será elaborada com base
no termo de ocorrência referido no art. 69 desta Lei,
com dispensa do inquérito policial, prescindir-se-á do exame do corpo de
delito quando a materialidade do crime estiver aferida
por boletim médico ou prova equivalente.

A) Errado. Há previsão de flexibilização. Exemplos Art 12 §3 da Lei 11.304,


art 77 §1 da 9.099.

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b) Certo, não devendo ser assinalado já que a questão busca a alternativa


incorreta. Artigo 12 §3 da Lei 11.304

D) É possível substituir o exame de corpo de delito em situações


específicas e previstas em lei. (errado)
É verdade que algummas legislações infraconstitucionais flexbilizam a
exigência do exame do corpo de delito, veja as possíveis substituições e seus
respectivos pressupostos:

A) Lei Maria da Penha – Art. 12, §3º - Lei 11.340/06.

Art. 12. § 3º Serão admitidos como meios de prova os laudos ou prontuários


médicos fornecidos por hospitais e postos de saúde.

B) Lei dos juizados especiais criminais – Art. 77, §1º - Lei 9.099/95.

Art 77. 1º Para o oferecimento da denúncia, que será elaborada com base
no termo de ocorrência referido no art. 69 desta Lei,
com dispensa do inquérito policial, prescindir-se-á do exame do corpo de
delito quando a materialidade do crime estiver aferida
por boletim médico ou prova equivalente.

A) Errado. Há previsão de flexibilização. Exemplos Art 12 §3 da Lei 11.304,


art 77 §1 da 9.099.
b) Certo, não devendo ser assinalado já que a questão busca a alternativa
incorreta. Artigo 12 §3 da Lei 11.304

18- De acordo com o código de processo penal, sobre cadeia de custódia da prova,
assinale a alternativa incorreta:

A) A coleta dos vestígios deverá ser realizada somente por perito oficial, que dará o
encaminhamento necessário para a central de custódia, mesmo quando for necessária a
realização de exames complementares.
B) É proibida a entrada em locais isolados bem como a remoção de quaisquer
vestígios de locais de crime antes da liberação por parte
do perito responsável, sendo tipificada como fraude processual a sua realização.
C) Todos os Institutos de Criminalística deverão ter uma central de custódia
destinada à guarda e controle dos vestígios, e sua gestão deve ser vinculada diretamente
ao órgão central de perícia oficial de natureza criminal.
D) Toda central de custódia deve possuir os serviços de protocolo, com local para
conferência, recepção, devolução de materiais e documentos, possibilitando a seleção, a
classificação e a distribuição de materiais, devendo ser um espaço seguro e apresentar
condições ambientais que não interfiram nas características do vestígio.

GABARITO LETRA A

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SOLUÇÃO RÁPIDA
A) A coleta dos vestígios deverá ser realizada somente por perito
oficial, que dará o encaminhamento necessário para a central de custódia,
mesmo quando for necessária a realização de exames complementares.
(certo)
Errado devendo ser assinalado como gabarito. É preferencialmente por
perito. Artigo 158-C CPP.

B) É proibida a entrada em locais isolados bem como a remoção de


quaisquer vestígios de locais de crime antes da liberação por parte do
perito responsável, sendo tipificada como fraude processual a sua
realização.(errado)
Certo, não deve ser assinalado como gabarito já que a questão busca a
assertiva incorreta. Artigo 158-C §2º CPP

C) Todos os Institutos de Criminalística deverão ter uma central de


custódia destinada à guarda e controle dos vestígios, e sua gestão deve
ser vinculada diretamente ao órgão central de perícia oficial de natureza
criminal. (errado)
Certo, não deve ser assinalado como gabarito já que a questão busca a
assertiva incorreta. Artigo 158-E CPP

D) Toda central de custódia deve possuir os serviços de protocolo,


com local para conferência, recepção, devolução de materiais e
documentos, possibilitando a seleção, a classificação e a distribuição de
materiais, devendo ser um espaço seguro e apresentar condições
ambientais que não interfiram nas características do vestígio. (errado)
Certo, não deve ser assinalado como gabarito já que a questão busca a
assertiva incorreta. Artigo 158-E §1 CPP

SOLUÇÃO COMPLETA

A) A coleta dos vestígios deverá ser realizada somente por perito


oficial, que dará o encaminhamento necessário para a central de custódia,
mesmo quando for necessária a realização de exames complementares.
(certo)
Conforme Aury Lopes Jr. (p.651, 2020): A preservação das fontes de prova
é fundamental, principalmente quando se trata de provas cuja produção ocorre
fora do processo, como é o caso da coleta de DNA, interceptação telefônica etc.
Trata-se de verdadeira condição de validade da prova.
Para essa preservação das fontes de prova, através da manutenção da
cadeia de custódia, exige a prática de uma série de atos, um verdadeiro protocolo
de custódia, cujo passo a passo vem dado pelo art. 158-B e seguintes do Código
de Processo Penal, observe:

Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de


corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

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Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de


delito quando se tratar de crime que envolva: (Incluído dada pela Lei nº 13.721,
de 2018)

I - violência doméstica e familiar contra mulher; (Incluído dada pela Lei nº


13.721, de 2018)

II - violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência.


(Incluído dada pela Lei nº 13.721, de 2018)

Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os


procedimentos utilizados para manter e documentar a história cronológica do
vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e
manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte. (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)

§ 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do local de


crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja detectada a
existência de vestígio. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 2º O agente público que reconhecer um elemento como de potencial


interesse para a produção da prova pericial fica responsável por sua preservação.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado


ou recolhido, que se relaciona à infração penal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas


seguintes etapas: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

I - reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial


interesse para a produção da prova pericial; (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

II - isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo


isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local
de crime; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

III - fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local


de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser
ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição
no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento; (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

IV - coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial,


respeitando suas características e natureza; (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

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V - acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio


coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características
físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora
e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento; (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)

VI - transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro,


utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre
outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem
como o controle de sua posse; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

VII - recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que


deve ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de
procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de
quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do
vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu; (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

VIII - processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de


acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e
químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em
laudo produzido por perito; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

IX - armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições


adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de
contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo
correspondente; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

X - descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a


legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

Art. 158-C. A coleta dos vestígios deverá ser realizada preferencialmente por
perito oficial, que dará o encaminhamento necessário para a central de custódia,
mesmo quando for necessária a realização de exames complementares.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 1º Todos vestígios coletados no decurso do inquérito ou processo devem


ser tratados como descrito nesta Lei, ficando órgão central de perícia oficial de
natureza criminal responsável por detalhar a forma do seu cumprimento.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 2º É proibida a entrada em locais isolados bem como a remoção de


quaisquer vestígios de locais de crime antes da liberação por parte do perito
responsável, sendo tipificada como fraude processual a sua realização. (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

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Art. 158-D. O recipiente para acondicionamento do vestígio será


determinado pela natureza do material. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 1º Todos os recipientes deverão ser selados com lacres, com numeração


individualizada, de forma a garantir a inviolabilidade e a idoneidade do vestígio
durante o transporte. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 2º O recipiente deverá individualizar o vestígio, preservar suas


características, impedir contaminação e vazamento, ter grau de resistência
adequado e espaço para registro de informações sobre seu conteúdo. (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 3º O recipiente só poderá ser aberto pelo perito que vai proceder à análise
e, motivadamente, por pessoa autorizada. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

§ 4º Após cada rompimento de lacre, deve se fazer constar na ficha de


acompanhamento de vestígio o nome e a matrícula do responsável, a data, o
local, a finalidade, bem como as informações referentes ao novo lacre utilizado.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 5º O lacre rompido deverá ser acondicionado no interior do novo


recipiente. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

Art. 158-E. Todos os Institutos de Criminalística deverão ter uma central de


custódia destinada à guarda e controle dos vestígios, e sua gestão deve ser
vinculada diretamente ao órgão central de perícia oficial de natureza criminal.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 1º Toda central de custódia deve possuir os serviços de protocolo, com


local para conferência, recepção, devolução de materiais e documentos,
possibilitando a seleção, a classificação e a distribuição de materiais, devendo ser
um espaço seguro e apresentar condições ambientais que não interfiram nas
características do vestígio. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 2º Na central de custódia, a entrada e a saída de vestígio deverão ser


protocoladas, consignando-se informações sobre a ocorrência no inquérito que a
eles se relacionam. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 3º Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado deverão


ser identificadas e deverão ser registradas a data e a hora do acesso. (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 4º Por ocasião da tramitação do vestígio armazenado, todas as ações


deverão ser registradas, consignando-se a identificação do responsável pela
tramitação, a destinação, a data e horário da ação. (Incluído pela Lei nº 13.964,
de 2019)

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Art. 158-F. Após a realização da perícia, o material deverá ser devolvido à


central de custódia, devendo nela permanecer. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

Parágrafo único. Caso a central de custódia não possua espaço ou condições


de armazenar determinado material, deverá a autoridade policial ou judiciária
determinar as condições de depósito do referido material em local diverso,
mediante requerimento do diretor do órgão central de perícia oficial de natureza
criminal.

B) É proibida a entrada em locais isolados bem como a remoção de


quaisquer vestígios de locais de crime antes da liberação por parte do
perito responsável, sendo tipificada como fraude processual a sua
realização.(errado)
Conforme Aury Lopes Jr. (p.651, 2020): A preservação das fontes de prova
é fundamental, principalmente quando se trata de provas cuja produção ocorre
fora do processo, como é o caso da coleta de DNA, interceptação telefônica etc.
Trata-se de verdadeira condição de validade da prova.
Para essa preservação das fontes de prova, através da manutenção da
cadeia de custódia, exige a prática de uma série de atos, um verdadeiro protocolo
de custódia, cujo passo a passo vem dado pelo art. 158-B e seguintes do Código
de Processo Penal, observe:

Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de


corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de


delito quando se tratar de crime que envolva: (Incluído dada pela Lei nº 13.721,
de 2018)

I - violência doméstica e familiar contra mulher; (Incluído dada pela Lei nº


13.721, de 2018)

II - violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência.


(Incluído dada pela Lei nº 13.721, de 2018)

Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os


procedimentos utilizados para manter e documentar a história cronológica do
vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e
manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte. (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)

§ 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do local de


crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja detectada a
existência de vestígio. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

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§ 2º O agente público que reconhecer um elemento como de potencial


interesse para a produção da prova pericial fica responsável por sua preservação.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado


ou recolhido, que se relaciona à infração penal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas


seguintes etapas: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

I - reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial


interesse para a produção da prova pericial; (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

II - isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo


isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local
de crime; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

III - fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local


de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser
ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição
no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento; (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

IV - coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial,


respeitando suas características e natureza; (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

V - acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio


coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características
físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora
e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento; (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)

VI - transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro,


utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre
outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem
como o controle de sua posse; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

VII - recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que


deve ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de
procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de
quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do
vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu; (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

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VIII - processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de


acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e
químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em
laudo produzido por perito; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

IX - armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições


adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de
contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo
correspondente; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

X - descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a


legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

Art. 158-C. A coleta dos vestígios deverá ser realizada preferencialmente por
perito oficial, que dará o encaminhamento necessário para a central de custódia,
mesmo quando for necessária a realização de exames complementares.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 1º Todos vestígios coletados no decurso do inquérito ou processo devem


ser tratados como descrito nesta Lei, ficando órgão central de perícia oficial de
natureza criminal responsável por detalhar a forma do seu cumprimento.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 2º É proibida a entrada em locais isolados bem como a remoção de


quaisquer vestígios de locais de crime antes da liberação por parte do perito
responsável, sendo tipificada como fraude processual a sua realização. (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

Art. 158-D. O recipiente para acondicionamento do vestígio será


determinado pela natureza do material. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 1º Todos os recipientes deverão ser selados com lacres, com numeração


individualizada, de forma a garantir a inviolabilidade e a idoneidade do vestígio
durante o transporte. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 2º O recipiente deverá individualizar o vestígio, preservar suas


características, impedir contaminação e vazamento, ter grau de resistência
adequado e espaço para registro de informações sobre seu conteúdo. (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 3º O recipiente só poderá ser aberto pelo perito que vai proceder à análise
e, motivadamente, por pessoa autorizada. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
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§ 4º Após cada rompimento de lacre, deve se fazer constar na ficha de


acompanhamento de vestígio o nome e a matrícula do responsável, a data, o

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(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 5º O lacre rompido deverá ser acondicionado no interior do novo


recipiente. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

Art. 158-E. Todos os Institutos de Criminalística deverão ter uma central de


custódia destinada à guarda e controle dos vestígios, e sua gestão deve ser
vinculada diretamente ao órgão central de perícia oficial de natureza criminal.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 1º Toda central de custódia deve possuir os serviços de protocolo, com


local para conferência, recepção, devolução de materiais e documentos,
possibilitando a seleção, a classificação e a distribuição de materiais, devendo ser
um espaço seguro e apresentar condições ambientais que não interfiram nas
características do vestígio. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 2º Na central de custódia, a entrada e a saída de vestígio deverão ser


protocoladas, consignando-se informações sobre a ocorrência no inquérito que a
eles se relacionam. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 3º Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado deverão


ser identificadas e deverão ser registradas a data e a hora do acesso. (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 4º Por ocasião da tramitação do vestígio armazenado, todas as ações


deverão ser registradas, consignando-se a identificação do responsável pela
tramitação, a destinação, a data e horário da ação. (Incluído pela Lei nº 13.964,
de 2019)

Art. 158-F. Após a realização da perícia, o material deverá ser devolvido à


central de custódia, devendo nela permanecer. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

Parágrafo único. Caso a central de custódia não possua espaço ou condições


de armazenar determinado material, deverá a autoridade policial ou judiciária
determinar as condições de depósito do referido material em local diverso,
mediante requerimento do diretor do órgão central de perícia oficial de natureza
criminal.
C) Todos os Institutos de Criminalística deverão ter uma central de
custódia destinada à guarda e controle dos vestígios, e sua gestão deve
ser vinculada diretamente ao órgão central de perícia oficial de natureza
criminal. (errado)
Conforme Aury Lopes Jr. (p.651, 2020): A preservação das fontes de prova
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Trata-se de verdadeira condição de validade da prova.

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Para essa preservação das fontes de prova, através da manutenção da


cadeia de custódia, exige a prática de uma série de atos, um verdadeiro protocolo
de custódia, cujo passo a passo vem dado pelo art. 158-B e seguintes do Código
de Processo Penal, observe:

Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de


corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de


delito quando se tratar de crime que envolva: (Incluído dada pela Lei nº 13.721,
de 2018)

I - violência doméstica e familiar contra mulher; (Incluído dada pela Lei nº


13.721, de 2018)

II - violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência.


(Incluído dada pela Lei nº 13.721, de 2018)

Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os


procedimentos utilizados para manter e documentar a história cronológica do
vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e
manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte. (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)

§ 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do local de


crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja detectada a
existência de vestígio. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 2º O agente público que reconhecer um elemento como de potencial


interesse para a produção da prova pericial fica responsável por sua preservação.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado


ou recolhido, que se relaciona à infração penal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas


seguintes etapas: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

I - reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial


interesse para a produção da prova pericial; (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

II - isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo


isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local
de crime; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

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III - fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local


de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser
ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição
no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento; (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

IV - coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial,


respeitando suas características e natureza; (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

V - acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio


coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características
físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora
e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento; (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)

VI - transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro,


utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre
outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem
como o controle de sua posse; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

VII - recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que


deve ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de
procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de
quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do
vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu; (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

VIII - processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de


acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e
químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em
laudo produzido por perito; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

IX - armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições


adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de
contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo
correspondente; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

X - descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a


legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

Art. 158-C. A coleta dos vestígios deverá ser realizada preferencialmente por
perito oficial, que dará o encaminhamento necessário para a central de custódia,
mesmo quando for necessária a realização de exames complementares.
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§ 1º Todos vestígios coletados no decurso do inquérito ou processo devem


ser tratados como descrito nesta Lei, ficando órgão central de perícia oficial de
natureza criminal responsável por detalhar a forma do seu cumprimento.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 2º É proibida a entrada em locais isolados bem como a remoção de


quaisquer vestígios de locais de crime antes da liberação por parte do perito
responsável, sendo tipificada como fraude processual a sua realização. (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

Art. 158-D. O recipiente para acondicionamento do vestígio será


determinado pela natureza do material. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 1º Todos os recipientes deverão ser selados com lacres, com numeração


individualizada, de forma a garantir a inviolabilidade e a idoneidade do vestígio
durante o transporte. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 2º O recipiente deverá individualizar o vestígio, preservar suas


características, impedir contaminação e vazamento, ter grau de resistência
adequado e espaço para registro de informações sobre seu conteúdo. (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 3º O recipiente só poderá ser aberto pelo perito que vai proceder à análise
e, motivadamente, por pessoa autorizada. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

§ 4º Após cada rompimento de lacre, deve se fazer constar na ficha de


acompanhamento de vestígio o nome e a matrícula do responsável, a data, o
local, a finalidade, bem como as informações referentes ao novo lacre utilizado.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 5º O lacre rompido deverá ser acondicionado no interior do novo


recipiente. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

Art. 158-E. Todos os Institutos de Criminalística deverão ter uma central de


custódia destinada à guarda e controle dos vestígios, e sua gestão deve ser
vinculada diretamente ao órgão central de perícia oficial de natureza criminal.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 1º Toda central de custódia deve possuir os serviços de protocolo, com


local para conferência, recepção, devolução de materiais e documentos,
possibilitando a seleção, a classificação e a distribuição de materiais, devendo ser
um espaço seguro e apresentar condições ambientais que não interfiram nas
características do vestígio. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 2º Na central de custódia, a entrada e a saída de vestígio deverão ser


protocoladas, consignando-se informações sobre a ocorrência no inquérito que a
eles se relacionam. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

MUDE SUA VIDA!


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§ 3º Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado deverão


ser identificadas e deverão ser registradas a data e a hora do acesso. (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 4º Por ocasião da tramitação do vestígio armazenado, todas as ações


deverão ser registradas, consignando-se a identificação do responsável pela
tramitação, a destinação, a data e horário da ação. (Incluído pela Lei nº 13.964,
de 2019)

Art. 158-F. Após a realização da perícia, o material deverá ser devolvido à


central de custódia, devendo nela permanecer. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

Parágrafo único. Caso a central de custódia não possua espaço ou condições


de armazenar determinado material, deverá a autoridade policial ou judiciária
determinar as condições de depósito do referido material em local diverso,
mediante requerimento do diretor do órgão central de perícia oficial de natureza
criminal.

D) Toda central de custódia deve possuir os serviços de protocolo,


com local para conferência, recepção, devolução de materiais e
documentos, possibilitando a seleção, a classificação e a distribuição de
materiais, devendo ser um espaço seguro e apresentar condições
ambientais que não interfiram nas características do vestígio. (errado)
Conforme Aury Lopes Jr. (p.651, 2020): A preservação das fontes de prova
é fundamental, principalmente quando se trata de provas cuja produção ocorre
fora do processo, como é o caso da coleta de DNA, interceptação telefônica etc.
Trata-se de verdadeira condição de validade da prova.
Para essa preservação das fontes de prova, através da manutenção da
cadeia de custódia, exige a prática de uma série de atos, um verdadeiro protocolo
de custódia, cujo passo a passo vem dado pelo art. 158-B e seguintes do Código
de Processo Penal, observe:

Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de


corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de


delito quando se tratar de crime que envolva: (Incluído dada pela Lei nº 13.721,
de 2018)

I - violência doméstica e familiar contra mulher; (Incluído dada pela Lei nº


13.721, de 2018)

II - violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência.


(Incluído dada pela Lei nº 13.721, de 2018)

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Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os


procedimentos utilizados para manter e documentar a história cronológica do
vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e
manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte. (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)

§ 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do local de


crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja detectada a
existência de vestígio. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 2º O agente público que reconhecer um elemento como de potencial


interesse para a produção da prova pericial fica responsável por sua preservação.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado


ou recolhido, que se relaciona à infração penal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas


seguintes etapas: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

I - reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial


interesse para a produção da prova pericial; (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

II - isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo


isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local
de crime; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

III - fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local


de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser
ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição
no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento; (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

IV - coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial,


respeitando suas características e natureza; (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

V - acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio


coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características
físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora
e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento; (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)

VI - transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro,


utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre

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outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem


como o controle de sua posse; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

VII - recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que


deve ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de
procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de
quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do
vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu; (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

VIII - processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de


acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e
químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em
laudo produzido por perito; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

IX - armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições


adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de
contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo
correspondente; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

X - descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a


legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

Art. 158-C. A coleta dos vestígios deverá ser realizada preferencialmente por
perito oficial, que dará o encaminhamento necessário para a central de custódia,
mesmo quando for necessária a realização de exames complementares.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 1º Todos vestígios coletados no decurso do inquérito ou processo devem


ser tratados como descrito nesta Lei, ficando órgão central de perícia oficial de
natureza criminal responsável por detalhar a forma do seu cumprimento.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 2º É proibida a entrada em locais isolados bem como a remoção de


quaisquer vestígios de locais de crime antes da liberação por parte do perito
responsável, sendo tipificada como fraude processual a sua realização. (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

Art. 158-D. O recipiente para acondicionamento do vestígio será


determinado pela natureza do material. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 1º Todos os recipientes deverão ser selados com lacres, com numeração


individualizada, de forma a garantir a inviolabilidade e a idoneidade do vestígio
durante o transporte. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 2º O recipiente deverá individualizar o vestígio, preservar suas


características, impedir contaminação e vazamento, ter grau de resistência

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adequado e espaço para registro de informações sobre seu conteúdo. (Incluído


pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 3º O recipiente só poderá ser aberto pelo perito que vai proceder à análise
e, motivadamente, por pessoa autorizada. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

§ 4º Após cada rompimento de lacre, deve se fazer constar na ficha de


acompanhamento de vestígio o nome e a matrícula do responsável, a data, o
local, a finalidade, bem como as informações referentes ao novo lacre utilizado.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 5º O lacre rompido deverá ser acondicionado no interior do novo


recipiente. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

Art. 158-E. Todos os Institutos de Criminalística deverão ter uma central de


custódia destinada à guarda e controle dos vestígios, e sua gestão deve ser
vinculada diretamente ao órgão central de perícia oficial de natureza criminal.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 1º Toda central de custódia deve possuir os serviços de protocolo, com


local para conferência, recepção, devolução de materiais e documentos,
possibilitando a seleção, a classificação e a distribuição de materiais, devendo ser
um espaço seguro e apresentar condições ambientais que não interfiram nas
características do vestígio. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 2º Na central de custódia, a entrada e a saída de vestígio deverão ser


protocoladas, consignando-se informações sobre a ocorrência no inquérito que a
eles se relacionam. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 3º Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado deverão


ser identificadas e deverão ser registradas a data e a hora do acesso. (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 4º Por ocasião da tramitação do vestígio armazenado, todas as ações


deverão ser registradas, consignando-se a identificação do responsável pela
tramitação, a destinação, a data e horário da ação. (Incluído pela Lei nº 13.964,
de 2019)

Art. 158-F. Após a realização da perícia, o material deverá ser devolvido à


central de custódia, devendo nela permanecer. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

Parágrafo único. Caso a central de custódia não possua espaço ou condições


de armazenar determinado material, deverá a autoridade policial ou judiciária
determinar as condições de depósito do referido material em local diverso,

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mediante requerimento do diretor do órgão central de perícia oficial de natureza


criminal.

19- De acordo com a central de custódia da prova no processo penal, assinale a


alternativa incorreta:

A) Na central de custódia, a entrada e a saída de vestígio deverão ser protocoladas,


consignando-se informações sobre a ocorrência no inquérito que a eles se relacionam.
B) Todos os Institutos de Criminalística deverão ter uma central de custódia
destinada à guarda e controle dos vestígios, e sua
gestão deve ser vinculada diretamente ao órgão central de perícia oficial de
natureza criminal.
C) Toda central de custódia deve possuir os serviços de protocolo, com local para
conferência, recepção, devolução de materiais e documentos, possibilitando a seleção, a
classificação e a distribuição de materiais, devendo ser um espaço seguro e apresentar
condições ambientais que não interfiram nas características do vestígio
D) Não há necessidade de protocolar as entradas e saídas de vestígio.
GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA
A) Na central de custódia, a entrada e a saída de vestígio deverão
ser protocoladas, consignando-se informações sobre a ocorrência no
inquérito que a eles se relacionam. (Errado)
Certo, não devendo ser assinalado como gabarito já que a questão busca a
alternativa incorreta. Artigo 158-E §2 CPP

B) Todos os Institutos de Criminalística deverão ter uma central de


custódia destinada à guarda e controle dos vestígios, e sua gestão deve
ser vinculada diretamente ao órgão central de perícia oficial de natureza
criminal. (Errado)
Certo, não devendo ser assinalado como gabarito já que a questão busca a
alternativa incorreta. Artigo 158-E CPP
C) Toda central de custódia deve possuir os serviços de protocolo,
com local para conferência, recepção, devolução de materiais e
documentos, possibilitando a seleção, a classificação e a distribuição de
materiais, devendo ser um espaço seguro e apresentar condições
ambientais que não interfiram nas características do vestígio. (Errado)
Certo, não devendo ser assinalado como gabarito já que a questão busca a
alternativa incorreta. Artigo 158-E §1 CPP

D) Não há necessidade de protocolar as entradas e saídas de


vestígio. (certo)
Errado, devendo ser assinalado como gabarito. Artigo 158-E §2 CPP

SOLUÇÃO COMPLETA

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A) Na central de custódia, a entrada e a saída de vestígio deverão


ser protocoladas, consignando-se informações sobre a ocorrência no
inquérito que a eles se relacionam. (Errado)
B) Todos os Institutos de Criminalística dever
Conforme Aury Lopes Jr. (p.651, 2020): A preservação das fontes de prova
é fundamental, principalmente quando se trata de provas cuja produção ocorre
fora do processo, como é o caso da coleta de DNA, interceptação telefônica etc.
Trata-se de verdadeira condição de validade da prova.
Para essa preservação das fontes de prova, através da manutenção da
cadeia de custódia, exige a prática de uma série de atos, um verdadeiro protocolo
de custódia, cujo passo a passo vem dado pelo art. 158-B e seguintes do Código
de Processo Penal, observe:

Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de


corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de


delito quando se tratar de crime que envolva: (Incluído dada pela Lei nº 13.721,
de 2018)

I - violência doméstica e familiar contra mulher; (Incluído dada pela Lei nº


13.721, de 2018)

II - violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência.


(Incluído dada pela Lei nº 13.721, de 2018)

Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os


procedimentos utilizados para manter e documentar a história cronológica do
vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e
manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte. (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)

§ 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do local de


crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja detectada a
existência de vestígio. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 2º O agente público que reconhecer um elemento como de potencial


interesse para a produção da prova pericial fica responsável por sua preservação.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado


ou recolhido, que se relaciona à infração penal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas


seguintes etapas: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

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I - reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial


interesse para a produção da prova pericial; (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

II - isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo


isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local
de crime; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

III - fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local


de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser
ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição
no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento; (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

IV - coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial,


respeitando suas características e natureza; (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

V - acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio


coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características
físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora
e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento; (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)

VI - transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro,


utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre
outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem
como o controle de sua posse; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

VII - recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que


deve ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de
procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de
quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do
vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu; (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

VIII - processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de


acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e
químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em
laudo produzido por perito; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

IX - armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições


adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de
contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo
correspondente; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

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X - descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a


legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

Art. 158-C. A coleta dos vestígios deverá ser realizada preferencialmente por
perito oficial, que dará o encaminhamento necessário para a central de custódia,
mesmo quando for necessária a realização de exames complementares.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 1º Todos vestígios coletados no decurso do inquérito ou processo devem


ser tratados como descrito nesta Lei, ficando órgão central de perícia oficial de
natureza criminal responsável por detalhar a forma do seu cumprimento.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 2º É proibida a entrada em locais isolados bem como a remoção de


quaisquer vestígios de locais de crime antes da liberação por parte do perito
responsável, sendo tipificada como fraude processual a sua realização. (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

Art. 158-D. O recipiente para acondicionamento do vestígio será


determinado pela natureza do material. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 1º Todos os recipientes deverão ser selados com lacres, com numeração


individualizada, de forma a garantir a inviolabilidade e a idoneidade do vestígio
durante o transporte. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 2º O recipiente deverá individualizar o vestígio, preservar suas


características, impedir contaminação e vazamento, ter grau de resistência
adequado e espaço para registro de informações sobre seu conteúdo. (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 3º O recipiente só poderá ser aberto pelo perito que vai proceder à análise
e, motivadamente, por pessoa autorizada. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

§ 4º Após cada rompimento de lacre, deve se fazer constar na ficha de


acompanhamento de vestígio o nome e a matrícula do responsável, a data, o
local, a finalidade, bem como as informações referentes ao novo lacre utilizado.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 5º O lacre rompido deverá ser acondicionado no interior do novo


recipiente. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

Art. 158-E. Todos os Institutos de Criminalística deverão ter uma central de


custódia destinada à guarda e controle dos vestígios, e sua gestão deve ser
vinculada diretamente ao órgão central de perícia oficial de natureza criminal.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

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§ 1º Toda central de custódia deve possuir os serviços de protocolo, com


local para conferência, recepção, devolução de materiais e documentos,
possibilitando a seleção, a classificação e a distribuição de materiais, devendo ser
um espaço seguro e apresentar condições ambientais que não interfiram nas
características do vestígio. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 2º Na central de custódia, a entrada e a saída de vestígio deverão ser


protocoladas, consignando-se informações sobre a ocorrência no inquérito que a
eles se relacionam. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 3º Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado deverão


ser identificadas e deverão ser registradas a data e a hora do acesso. (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 4º Por ocasião da tramitação do vestígio armazenado, todas as ações


deverão ser registradas, consignando-se a identificação do responsável pela
tramitação, a destinação, a data e horário da ação. (Incluído pela Lei nº 13.964,
de 2019)

Art. 158-F. Após a realização da perícia, o material deverá ser devolvido à


central de custódia, devendo nela permanecer. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

Parágrafo único. Caso a central de custódia não possua espaço ou condições


de armazenar determinado material, deverá a autoridade policial ou judiciária
determinar as condições de depósito do referido material em local diverso,
mediante requerimento do diretor do órgão central de perícia oficial de natureza
criminal.
ão ter uma central de custódia destinada à guarda e controle dos
vestígios, e sua gestão deve ser vinculada diretamente ao órgão central
de perícia oficial de natureza criminal. (Errado)
Conforme Aury Lopes Jr. (p.651, 2020): A preservação das fontes de prova
é fundamental, principalmente quando se trata de provas cuja produção ocorre
fora do processo, como é o caso da coleta de DNA, interceptação telefônica etc.
Trata-se de verdadeira condição de validade da prova.
Para essa preservação das fontes de prova, através da manutenção da
cadeia de custódia, exige a prática de uma série de atos, um verdadeiro protocolo
de custódia, cujo passo a passo vem dado pelo art. 158-B e seguintes do Código
de Processo Penal, observe:

Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de


corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de


delito quando se tratar de crime que envolva: (Incluído dada pela Lei nº 13.721,
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I - violência doméstica e familiar contra mulher; (Incluído dada pela Lei nº


13.721, de 2018)

II - violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência.


(Incluído dada pela Lei nº 13.721, de 2018)

Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os


procedimentos utilizados para manter e documentar a história cronológica do
vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e
manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte. (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)

§ 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do local de


crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja detectada a
existência de vestígio. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 2º O agente público que reconhecer um elemento como de potencial


interesse para a produção da prova pericial fica responsável por sua preservação.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado


ou recolhido, que se relaciona à infração penal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas


seguintes etapas: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

I - reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial


interesse para a produção da prova pericial; (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

II - isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo


isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local
de crime; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

III - fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local


de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser
ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição
no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento; (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

IV - coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial,


respeitando suas características e natureza; (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

V - acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio


coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características
físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora

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e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento; (Incluído pela Lei nº


13.964, de 2019)

VI - transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro,


utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre
outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem
como o controle de sua posse; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

VII - recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que


deve ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de
procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de
quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do
vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu; (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

VIII - processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de


acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e
químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em
laudo produzido por perito; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

IX - armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições


adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de
contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo
correspondente; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

X - descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a


legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

Art. 158-C. A coleta dos vestígios deverá ser realizada preferencialmente por
perito oficial, que dará o encaminhamento necessário para a central de custódia,
mesmo quando for necessária a realização de exames complementares.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 1º Todos vestígios coletados no decurso do inquérito ou processo devem


ser tratados como descrito nesta Lei, ficando órgão central de perícia oficial de
natureza criminal responsável por detalhar a forma do seu cumprimento.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 2º É proibida a entrada em locais isolados bem como a remoção de


quaisquer vestígios de locais de crime antes da liberação por parte do perito
responsável, sendo tipificada como fraude processual a sua realização. (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

Art. 158-D. O recipiente para acondicionamento do vestígio será


determinado pela natureza do material. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

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§ 1º Todos os recipientes deverão ser selados com lacres, com numeração


individualizada, de forma a garantir a inviolabilidade e a idoneidade do vestígio
durante o transporte. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 2º O recipiente deverá individualizar o vestígio, preservar suas


características, impedir contaminação e vazamento, ter grau de resistência
adequado e espaço para registro de informações sobre seu conteúdo. (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 3º O recipiente só poderá ser aberto pelo perito que vai proceder à análise
e, motivadamente, por pessoa autorizada. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

§ 4º Após cada rompimento de lacre, deve se fazer constar na ficha de


acompanhamento de vestígio o nome e a matrícula do responsável, a data, o
local, a finalidade, bem como as informações referentes ao novo lacre utilizado.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 5º O lacre rompido deverá ser acondicionado no interior do novo


recipiente. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

Art. 158-E. Todos os Institutos de Criminalística deverão ter uma central de


custódia destinada à guarda e controle dos vestígios, e sua gestão deve ser
vinculada diretamente ao órgão central de perícia oficial de natureza criminal.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 1º Toda central de custódia deve possuir os serviços de protocolo, com


local para conferência, recepção, devolução de materiais e documentos,
possibilitando a seleção, a classificação e a distribuição de materiais, devendo ser
um espaço seguro e apresentar condições ambientais que não interfiram nas
características do vestígio. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 2º Na central de custódia, a entrada e a saída de vestígio deverão ser


protocoladas, consignando-se informações sobre a ocorrência no inquérito que a
eles se relacionam. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 3º Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado deverão


ser identificadas e deverão ser registradas a data e a hora do acesso. (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 4º Por ocasião da tramitação do vestígio armazenado, todas as ações


deverão ser registradas, consignando-se a identificação do responsável pela
tramitação, a destinação, a data e horário da ação. (Incluído pela Lei nº 13.964,
de 2019)

Art. 158-F. Após a realização da perícia, o material deverá ser devolvido à


central de custódia, devendo nela permanecer. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

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Parágrafo único. Caso a central de custódia não possua espaço ou condições


de armazenar determinado material, deverá a autoridade policial ou judiciária
determinar as condições de depósito do referido material em local diverso,
mediante requerimento do diretor do órgão central de perícia oficial de natureza
criminal.

C) Toda central de custódia deve possuir os serviços de protocolo,


com local para conferência, recepção, devolução de materiais e
documentos, possibilitando a seleção, a classificação e a distribuição de
materiais, devendo ser um espaço seguro e apresentar condições
ambientais que não interfiram nas características do vestígio. (Errado)
Conforme Aury Lopes Jr. (p.651, 2020): A preservação das fontes de prova
é fundamental, principalmente quando se trata de provas cuja produção ocorre
fora do processo, como é o caso da coleta de DNA, interceptação telefônica etc.
Trata-se de verdadeira condição de validade da prova.
Para essa preservação das fontes de prova, através da manutenção da
cadeia de custódia, exige a prática de uma série de atos, um verdadeiro protocolo
de custódia, cujo passo a passo vem dado pelo art. 158-B e seguintes do Código
de Processo Penal, observe:

Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de


corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de


delito quando se tratar de crime que envolva: (Incluído dada pela Lei nº 13.721,
de 2018)

I - violência doméstica e familiar contra mulher; (Incluído dada pela Lei nº


13.721, de 2018)

II - violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência.


(Incluído dada pela Lei nº 13.721, de 2018)

Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os


procedimentos utilizados para manter e documentar a história cronológica do
vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e
manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte. (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)

§ 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do local de


crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja detectada a
existência de vestígio. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 2º O agente público que reconhecer um elemento como de potencial


interesse para a produção da prova pericial fica responsável por sua preservação.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

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§ 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado


ou recolhido, que se relaciona à infração penal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas


seguintes etapas: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

I - reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial


interesse para a produção da prova pericial; (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

II - isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo


isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local
de crime; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

III - fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local


de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser
ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição
no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento; (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

IV - coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial,


respeitando suas características e natureza; (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

V - acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio


coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características
físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora
e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento; (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)

VI - transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro,


utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre
outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem
como o controle de sua posse; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

VII - recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que


deve ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de
procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de
quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do
vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu; (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

VIII - processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de


acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e
químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em
laudo produzido por perito; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

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IX - armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições


adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de
contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo
correspondente; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

X - descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a


legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

Art. 158-C. A coleta dos vestígios deverá ser realizada preferencialmente por
perito oficial, que dará o encaminhamento necessário para a central de custódia,
mesmo quando for necessária a realização de exames complementares.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 1º Todos vestígios coletados no decurso do inquérito ou processo devem


ser tratados como descrito nesta Lei, ficando órgão central de perícia oficial de
natureza criminal responsável por detalhar a forma do seu cumprimento.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 2º É proibida a entrada em locais isolados bem como a remoção de


quaisquer vestígios de locais de crime antes da liberação por parte do perito
responsável, sendo tipificada como fraude processual a sua realização. (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

Art. 158-D. O recipiente para acondicionamento do vestígio será


determinado pela natureza do material. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 1º Todos os recipientes deverão ser selados com lacres, com numeração


individualizada, de forma a garantir a inviolabilidade e a idoneidade do vestígio
durante o transporte. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 2º O recipiente deverá individualizar o vestígio, preservar suas


características, impedir contaminação e vazamento, ter grau de resistência
adequado e espaço para registro de informações sobre seu conteúdo. (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 3º O recipiente só poderá ser aberto pelo perito que vai proceder à análise
e, motivadamente, por pessoa autorizada. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

§ 4º Após cada rompimento de lacre, deve se fazer constar na ficha de


acompanhamento de vestígio o nome e a matrícula do responsável, a data, o
local, a finalidade, bem como as informações referentes ao novo lacre utilizado.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 5º O lacre rompido deverá ser acondicionado no interior do novo


recipiente. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

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Art. 158-E. Todos os Institutos de Criminalística deverão ter uma central de


custódia destinada à guarda e controle dos vestígios, e sua gestão deve ser
vinculada diretamente ao órgão central de perícia oficial de natureza criminal.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 1º Toda central de custódia deve possuir os serviços de protocolo, com


local para conferência, recepção, devolução de materiais e documentos,
possibilitando a seleção, a classificação e a distribuição de materiais, devendo ser
um espaço seguro e apresentar condições ambientais que não interfiram nas
características do vestígio. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 2º Na central de custódia, a entrada e a saída de vestígio deverão ser


protocoladas, consignando-se informações sobre a ocorrência no inquérito que a
eles se relacionam. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 3º Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado deverão


ser identificadas e deverão ser registradas a data e a hora do acesso. (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 4º Por ocasião da tramitação do vestígio armazenado, todas as ações


deverão ser registradas, consignando-se a identificação do responsável pela
tramitação, a destinação, a data e horário da ação. (Incluído pela Lei nº 13.964,
de 2019)

Art. 158-F. Após a realização da perícia, o material deverá ser devolvido à


central de custódia, devendo nela permanecer. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

Parágrafo único. Caso a central de custódia não possua espaço ou condições


de armazenar determinado material, deverá a autoridade policial ou judiciária
determinar as condições de depósito do referido material em local diverso,
mediante requerimento do diretor do órgão central de perícia oficial de natureza
criminal.

D) Não há necessidade de protocolar as entradas e saídas de


vestígio. (certo)
Conforme Aury Lopes Jr. (p.651, 2020): A preservação das fontes de prova
é fundamental, principalmente quando se trata de provas cuja produção ocorre
fora do processo, como é o caso da coleta de DNA, interceptação telefônica etc.
Trata-se de verdadeira condição de validade da prova.
Para essa preservação das fontes de prova, através da manutenção da
cadeia de custódia, exige a prática de uma série de atos, um verdadeiro protocolo
de custódia, cujo passo a passo vem dado pelo art. 158-B e seguintes do Código
de Processo Penal, observe:

Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de


corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

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Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de


delito quando se tratar de crime que envolva: (Incluído dada pela Lei nº 13.721,
de 2018)

I - violência doméstica e familiar contra mulher; (Incluído dada pela Lei nº


13.721, de 2018)

II - violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência.


(Incluído dada pela Lei nº 13.721, de 2018)

Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os


procedimentos utilizados para manter e documentar a história cronológica do
vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e
manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte. (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)

§ 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do local de


crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja detectada a
existência de vestígio. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 2º O agente público que reconhecer um elemento como de potencial


interesse para a produção da prova pericial fica responsável por sua preservação.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado


ou recolhido, que se relaciona à infração penal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas


seguintes etapas: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

I - reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial


interesse para a produção da prova pericial; (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

II - isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo


isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local
de crime; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

III - fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local


de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser
ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição
no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento; (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

IV - coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial,


respeitando suas características e natureza; (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

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V - acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio


coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características
físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora
e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento; (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)

VI - transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro,


utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre
outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem
como o controle de sua posse; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

VII - recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que


deve ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de
procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de
quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do
vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu; (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

VIII - processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de


acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e
químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em
laudo produzido por perito; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

IX - armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições


adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de
contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo
correspondente; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

X - descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a


legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

Art. 158-C. A coleta dos vestígios deverá ser realizada preferencialmente por
perito oficial, que dará o encaminhamento necessário para a central de custódia,
mesmo quando for necessária a realização de exames complementares.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 1º Todos vestígios coletados no decurso do inquérito ou processo devem


ser tratados como descrito nesta Lei, ficando órgão central de perícia oficial de
natureza criminal responsável por detalhar a forma do seu cumprimento.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 2º É proibida a entrada em locais isolados bem como a remoção de


quaisquer vestígios de locais de crime antes da liberação por parte do perito
responsável, sendo tipificada como fraude processual a sua realização. (Incluído
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Art. 158-D. O recipiente para acondicionamento do vestígio será


determinado pela natureza do material. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 1º Todos os recipientes deverão ser selados com lacres, com numeração


individualizada, de forma a garantir a inviolabilidade e a idoneidade do vestígio
durante o transporte. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 2º O recipiente deverá individualizar o vestígio, preservar suas


características, impedir contaminação e vazamento, ter grau de resistência
adequado e espaço para registro de informações sobre seu conteúdo. (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 3º O recipiente só poderá ser aberto pelo perito que vai proceder à análise
e, motivadamente, por pessoa autorizada. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

§ 4º Após cada rompimento de lacre, deve se fazer constar na ficha de


acompanhamento de vestígio o nome e a matrícula do responsável, a data, o
local, a finalidade, bem como as informações referentes ao novo lacre utilizado.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 5º O lacre rompido deverá ser acondicionado no interior do novo


recipiente. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

Art. 158-E. Todos os Institutos de Criminalística deverão ter uma central de


custódia destinada à guarda e controle dos vestígios, e sua gestão deve ser
vinculada diretamente ao órgão central de perícia oficial de natureza criminal.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 1º Toda central de custódia deve possuir os serviços de protocolo, com


local para conferência, recepção, devolução de materiais e documentos,
possibilitando a seleção, a classificação e a distribuição de materiais, devendo ser
um espaço seguro e apresentar condições ambientais que não interfiram nas
características do vestígio. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 2º Na central de custódia, a entrada e a saída de vestígio deverão ser


protocoladas, consignando-se informações sobre a ocorrência no inquérito que a
eles se relacionam. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 3º Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado deverão


ser identificadas e deverão ser registradas a data e a hora do acesso. (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 4º Por ocasião da tramitação do vestígio armazenado, todas as ações


deverão ser registradas, consignando-se a identificação do responsável pela
tramitação, a destinação, a data e horário da ação. (Incluído pela Lei nº 13.964,
de 2019)

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Art. 158-F. Após a realização da perícia, o material deverá ser devolvido à


central de custódia, devendo nela permanecer. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

Parágrafo único. Caso a central de custódia não possua espaço ou condições


de armazenar determinado material, deverá a autoridade policial ou judiciária
determinar as condições de depósito do referido material em local diverso,
mediante requerimento do diretor do órgão central de perícia oficial de natureza
criminal.

20- Na cadeia de custódia da prova:

A) Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado não serão


identificadas
B) Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado
deverão ser identificadas e deverão ser registradas a data e a hora
do acesso.
C) Após a realização da perícia, o material deverá ser descartado
D) Na central de custódia não é protocolo de entrada e saída de vestígio.

GABARITO LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA
A) Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado não
serão identificadas (errado)
Errado. Artigo 158-E §3 CPP
B) Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado
deverão ser identificadas e deverão ser registradas a data e a hora do
acesso. (certo)
Certo. Artigo 158-E §3 CPP

C) Após a realização da perícia, o material deverá ser descartado.


(errado)
Errado. Artigo 158-F CPP

D) Na central de custódia não é protocolo de entrada e saída de


vestígio. (errado)
Errado. Artigo 158-F §2 CPP

SOLUÇÃO COMPLETA

A) Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado não


serão identificadas (errado)

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é fundamental, principalmente quando se trata de provas cuja produção ocorre
fora do processo, como é o caso da coleta de DNA, interceptação telefônica etc.
Trata-se de verdadeira condição de validade da prova.
Para essa preservação das fontes de prova, através da manutenção da
cadeia de custódia, exige a prática de uma série de atos, um verdadeiro protocolo
de custódia, cujo passo a passo vem dado pelo art. 158-B e seguintes do Código
de Processo Penal, observe:

Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de


corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de


delito quando se tratar de crime que envolva: (Incluído dada pela Lei nº 13.721,
de 2018)

I - violência doméstica e familiar contra mulher; (Incluído dada pela Lei nº


13.721, de 2018)

II - violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência.


(Incluído dada pela Lei nº 13.721, de 2018)

Art. 158-E. Todos os Institutos de Criminalística deverão ter uma central de


custódia destinada à guarda e controle dos vestígios, e sua gestão deve ser
vinculada diretamente ao órgão central de perícia oficial de natureza criminal.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 1º Toda central de custódia deve possuir os serviços de protocolo, com


local para conferência, recepção, devolução de materiais e documentos,
possibilitando a seleção, a classificação e a distribuição de materiais, devendo ser
um espaço seguro e apresentar condições ambientais que não interfiram nas
características do vestígio. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 2º Na central de custódia, a entrada e a saída de vestígio deverão ser


protocoladas, consignando-se informações sobre a ocorrência no inquérito que a
eles se relacionam. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 3º Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado deverão


ser identificadas e deverão ser registradas a data e a hora do acesso. (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 4º Por ocasião da tramitação do vestígio armazenado, todas as ações


deverão ser registradas, consignando-se a identificação do responsável pela
tramitação, a destinação, a data e horário da ação. (Incluído pela Lei nº 13.964,
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Art. 158-F. Após a realização da perícia, o material deverá ser devolvido à


central de custódia, devendo nela permanecer. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

Parágrafo único. Caso a central de custódia não possua espaço ou condições


de armazenar determinado material, deverá a autoridade policial ou judiciária
determinar as condições de depósito do referido material em local diverso,
mediante requerimento do diretor do órgão central de perícia oficial de natureza
criminal.
B) Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado
deverão ser identificadas e deverão ser registradas a data e a hora do
acesso. (certo)
Conforme Aury Lopes Jr. (p.651, 2020): A preservação das fontes de prova
é fundamental, principalmente quando se trata de provas cuja produção ocorre
fora do processo, como é o caso da coleta de DNA, interceptação telefônica etc.
Trata-se de verdadeira condição de validade da prova.
Para essa preservação das fontes de prova, através da manutenção da
cadeia de custódia, exige a prática de uma série de atos, um verdadeiro protocolo
de custódia, cujo passo a passo vem dado pelo art. 158-B e seguintes do Código
de Processo Penal, observe:

Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de


corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de


delito quando se tratar de crime que envolva: (Incluído dada pela Lei nº 13.721,
de 2018)

I - violência doméstica e familiar contra mulher; (Incluído dada pela Lei nº


13.721, de 2018)

II - violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência.


(Incluído dada pela Lei nº 13.721, de 2018)

Art. 158-E. Todos os Institutos de Criminalística deverão ter uma central de


custódia destinada à guarda e controle dos vestígios, e sua gestão deve ser
vinculada diretamente ao órgão central de perícia oficial de natureza criminal.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 1º Toda central de custódia deve possuir os serviços de protocolo, com


local para conferência, recepção, devolução de materiais e documentos,
possibilitando a seleção, a classificação e a distribuição de materiais, devendo ser
um espaço seguro e apresentar condições ambientais que não interfiram nas
características do vestígio. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 2º Na central de custódia, a entrada e a saída de vestígio deverão ser


protocoladas, consignando-se informações sobre a ocorrência no inquérito que a
eles se relacionam. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

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§ 3º Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado deverão


ser identificadas e deverão ser registradas a data e a hora do acesso. (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 4º Por ocasião da tramitação do vestígio armazenado, todas as ações


deverão ser registradas, consignando-se a identificação do responsável pela
tramitação, a destinação, a data e horário da ação. (Incluído pela Lei nº 13.964,
de 2019)

Art. 158-F. Após a realização da perícia, o material deverá ser devolvido à


central de custódia, devendo nela permanecer. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

Parágrafo único. Caso a central de custódia não possua espaço ou condições


de armazenar determinado material, deverá a autoridade policial ou judiciária
determinar as condições de depósito do referido material em local diverso,
mediante requerimento do diretor do órgão central de perícia oficial de natureza
criminal.
C) Após a realização da perícia, o material deverá ser descartado.
(errado)
Conforme Aury Lopes Jr. (p.651, 2020): A preservação das fontes de prova
é fundamental, principalmente quando se trata de provas cuja produção ocorre
fora do processo, como é o caso da coleta de DNA, interceptação telefônica etc.
Trata-se de verdadeira condição de validade da prova.
Para essa preservação das fontes de prova, através da manutenção da
cadeia de custódia, exige a prática de uma série de atos, um verdadeiro protocolo
de custódia, cujo passo a passo vem dado pelo art. 158-B e seguintes do Código
de Processo Penal, observe:

Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de


corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de


delito quando se tratar de crime que envolva: (Incluído dada pela Lei nº 13.721,
de 2018)

I - violência doméstica e familiar contra mulher; (Incluído dada pela Lei nº


13.721, de 2018)

II - violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência.


(Incluído dada pela Lei nº 13.721, de 2018)

Art. 158-E. Todos os Institutos de Criminalística deverão ter uma central de


custódia destinada à guarda e controle dos vestígios, e sua gestão deve ser
vinculada diretamente ao órgão central de perícia oficial de natureza criminal.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

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§ 1º Toda central de custódia deve possuir os serviços de protocolo, com


local para conferência, recepção, devolução de materiais e documentos,
possibilitando a seleção, a classificação e a distribuição de materiais, devendo ser
um espaço seguro e apresentar condições ambientais que não interfiram nas
características do vestígio. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 2º Na central de custódia, a entrada e a saída de vestígio deverão ser


protocoladas, consignando-se informações sobre a ocorrência no inquérito que a
eles se relacionam. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 3º Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado deverão


ser identificadas e deverão ser registradas a data e a hora do acesso. (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 4º Por ocasião da tramitação do vestígio armazenado, todas as ações


deverão ser registradas, consignando-se a identificação do responsável pela
tramitação, a destinação, a data e horário da ação. (Incluído pela Lei nº 13.964,
de 2019)

Art. 158-F. Após a realização da perícia, o material deverá ser devolvido à


central de custódia, devendo nela permanecer. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

Parágrafo único. Caso a central de custódia não possua espaço ou condições


de armazenar determinado material, deverá a autoridade policial ou judiciária
determinar as condições de depósito do referido material em local diverso,
mediante requerimento do diretor do órgão central de perícia oficial de natureza
criminal.
D) Na central de custódia não é protocolo de entrada e saída de
vestígio. (errado)
Conforme Aury Lopes Jr. (p.651, 2020): A preservação das fontes de prova
é fundamental, principalmente quando se trata de provas cuja produção ocorre
fora do processo, como é o caso da coleta de DNA, interceptação telefônica etc.
Trata-se de verdadeira condição de validade da prova.
Para essa preservação das fontes de prova, através da manutenção da
cadeia de custódia, exige a prática de uma série de atos, um verdadeiro protocolo
de custódia, cujo passo a passo vem dado pelo art. 158-B e seguintes do Código
de Processo Penal, observe:

Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de


corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de


delito quando se tratar de crime que envolva: (Incluído dada pela Lei nº 13.721,
de 2018)

I - violência doméstica e familiar contra mulher; (Incluído dada pela Lei nº


13.721, de 2018)

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II - violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência.


(Incluído dada pela Lei nº 13.721, de 2018)

Art. 158-E. Todos os Institutos de Criminalística deverão ter uma central de


custódia destinada à guarda e controle dos vestígios, e sua gestão deve ser
vinculada diretamente ao órgão central de perícia oficial de natureza criminal.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 1º Toda central de custódia deve possuir os serviços de protocolo, com


local para conferência, recepção, devolução de materiais e documentos,
possibilitando a seleção, a classificação e a distribuição de materiais, devendo ser
um espaço seguro e apresentar condições ambientais que não interfiram nas
características do vestígio. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 2º Na central de custódia, a entrada e a saída de vestígio deverão ser


protocoladas, consignando-se informações sobre a ocorrência no inquérito que a
eles se relacionam. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 3º Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado deverão


ser identificadas e deverão ser registradas a data e a hora do acesso. (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 4º Por ocasião da tramitação do vestígio armazenado, todas as ações


deverão ser registradas, consignando-se a identificação do responsável pela
tramitação, a destinação, a data e horário da ação. (Incluído pela Lei nº 13.964,
de 2019)

Art. 158-F. Após a realização da perícia, o material deverá ser devolvido à


central de custódia, devendo nela permanecer. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

Parágrafo único. Caso a central de custódia não possua espaço ou condições


de armazenar determinado material, deverá a autoridade policial ou judiciária
determinar as condições de depósito do referido material em local diverso,
mediante requerimento do diretor do órgão central de perícia oficial de natureza
criminal.

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SUMÁRIO
Questões sobre a aula......................................................................................................................................2
Gabarito ...........................................................................................................................................................6
Questões Comentadas .....................................................................................................................................7

MUDE SUA VIDA!


1
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QUESTÕES SOBRE A AULA

1. ANO: 2020 Questão Inédita

Julgue a assertiva abaixo:

O exame de corpo de delito será realizado por perito oficial, portador de diploma de
curso técnico.

Certo ( ) Errado ( )

2. ANO: 2020 Questão Inédita

Julgue a assertiva abaixo:

Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 3 pessoas idôneas, portadoras de
diploma de curso
superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação
técnica relacionada com a natureza do exame.

Certo ( ) Errado ( )

3. ANO: 2020 Questão Inédita

Analise a afirmativa que segue abaixo:

O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão dos
exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas desta
decisão.

Certo ( ) Errado ( )

4. ANO: 2020 Questão Inédita

Em relação a figura do assistente técnico, julgue o item abaixo:

Durante o curso do processo judicial não é permitido às partes, quanto à perícia,


indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo a ser fixado
pelo juiz ou ser inquiridos em audiência.

Certo ( ) Errado ( )

5. ANO: 2020 Questão Inédita

De acordo com o que preceitua o Código de Processo Penal acerca do laudo pericial,
julgue abaixo:

MUDE SUA VIDA!


2
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O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, não podendo haver
prorrogação.

Certo ( ) Errado ( )

6. ANO: 2020 Questão Inédita

Julgue o item abaixo:

O exame de corpo de delito não pode ser realizado no período noturno.

Certo ( ) Errado ( )

7. ANO: 2020 Questão Inédita

Analise a assertiva abaixo:

No exame por precatória, a nomeação dos peritos far-se-á no juízo deprecante.

Certo ( ) Errado ( )

8. ANO: 2020 Questão Inédita

Sobre a autópsia, julgue o item abaixo:

A autópsia deve ser realizada em até seis horas depois do óbito.

Certo ( ) Errado ( )

9. ANO: 2020 Questão Inédita

Julgue o item abaixo:

Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do cadáver, quando não
houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem precisar a
causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de
alguma circunstância relevante.

Certo ( ) Errado ( )

10. ANO: 2020 Questão Inédita

Em relação ao laudo pericial, julgue o item a seguir:

A autoridade e as partes podem formular os seus respectivos quesitos até o ato da


diligência.

Certo ( ) Errado ( )

11. ANO: 2020 Questão Inédita

MUDE SUA VIDA!


3
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Em relação ao exame de corpo de delito, é correto afirmar:

A) será realizado por perito oficial, portador de diploma de curso técnico.


B) será realizado por perito oficial, portador de diploma de curso superior
C) é realizado por perito oficial, formado em medicina, somente.
D) é realizado por perito oficial, formado em quimica, somente.

12. ANO: 2020 Questão Inédita

Os peritos oficiais:

A) são servidores públicos de carreira, devidamente concursados, portadores de


diploma de nível técnico ou superior, com conhecimento em determinada área,
havendo assim peritos médicos, contadores, químicos, engenheiros, etc.
B) são servidores públicos de carreira, devidamente concursados, portadores de
diploma de nível superior com conhecimento em determinada área, havendo assim
peritos médicos, contadores, químicos, engenheiros, etc.
C) são servidores públicos, contudo não precisam realizar concurso, sendo indicados,
portadores de diploma de nível superior com conhecimento em determinada área,
havendo assim peritos médicos, contadores, químicos, engenheiros, etc.
D) são servidores públicos, contudo não precisam realizar concurso, sendo indicados,
portadores de diploma de nível superior ou técnico com conhecimento em
determinada área, havendo assim peritos médicos, contadores, químicos, engenheiros,
etc.

13. ANO: 2020 Questão Inédita

Na falta do perito oficial, o exame:

A) Não será realizado


B) Será realizado por 3 (três) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso
superior preferencialmente na área específica
C) Será realizado por 3 (três) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso
superior preferencialmente na área específica
D) Será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso
superior, preferencialmente na área específica

14. ANO: 2020 Questão Inédita

Assinale a alternativa incorreta:

A) Os peritos não oficiais não prestarão o compromisso de bem e fielmente


desempenhar o encargo
B) Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao
querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico.
C)Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas,
portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre
as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.
D)Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento
especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito oficial, e a parte
indicar mais de um assistente técnico

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15. ANO: 2020 Questão Inédita

De acordo com a figura do assistente técnico de pericia, assinale a alternativa incorreta:

A) Durante o curso do processo judicial não é permitido às partes, quanto à perícia,


indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo a ser fixado
pelo juiz ou ser inquiridos em audiência
B) 4º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão
dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas
desta decisão
C) Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao
querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico
D) Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento
especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito oficial, e a parte
indicar mais de um assistente técnico.

16. ANO: 2020 Questão Inédita

O laudo pericial será elaborado em:

A) 10 dias improrrogáveis.
B) 10 dias prorrogáveis a depender de requerimento dos peritos
C) 15 dias improrrogáveis.
D) 15 dias prorrogáveis a depender de requerimento dos perito

17. ANO: 2020 Questão Inédita

Marque a assertiva correta:

A) As partes não poderão requer a oitiva do perito oficial para esclarecer o laudo.
B) As partes poderão requer a oitiva do perito oficial para esclarecer o laudo, e o juiz
marcará audiência exclusiva para tal oitiva.
C) As partes poderão requer a oitiva do perito oficial para esclarecer o laudo, com
antecedência mínima de 10 dias da audiência de instrução e julgamento.
D) As partes poderão requer a oitiva do perito oficial para esclarecer o laudo, em até 10
dias após o resultado do mesmo.

18. ANO: 2020 Questão Inédita

O exame de corpo de delito:

A) Pode ser realizado de dia e à noite, mas não poderá ser feito aos finais de semana e
feriados.
B) Pode ser realizado somente de dia, todos os dias do ano.
C) Pode ser feito em qualquer dia e a qualquer hora.
D) Pode ser feito a qualquer hora, de segunda a sábado.

19. ANO: 2020 Questão Inédita

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Em relação ao exame de corpo delito por precatória, é correto afirmar:

A) a nomeação dos peritos far-se-á no juízo deprecante


b) não é possível ser realizado
c) em caso de ação penal condicionada a representação, se houver acordo das partes, a
nomeação do perito pode ser feita no juiz deprecante
d) a nomeação dos peritos far-se-á no juízo deprecado

20. ANO: 2020 Questão Inédita

De acordo com os preceitos do código de processo penal, a autópsia:

A) será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência
dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão
no auto.
B) será feita pelo menos três horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência
dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão
no auto.
C) será feita no máximo seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência
dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão
no auto.
D) será feita no máximo doze horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência
dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão
no auto

GABARITO
1. Errado
2. Errado
3. Certo
4. Errado
5. Errado
6. Errado
7. Errado
8. Errado
9. Certo
10. Certo
11. B
12. B
13. D
14. A
15. A
16. B
17. C
18. C
19. D
20. A

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QUESTÕES COMENTADAS
1- Julgue a assertiva abaixo:

O exame de corpo de delito será realizado por perito oficial, portador de


diploma de curso técnico.

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. Artigo 159 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

De acordo com Aury Lopes Jr. (p. 678, 2020) o laudo, na sistemática do
CPP, deve ser realizado por um perito oficial ou dois peritos nomeados, como
determina o art. 159 do CPP e também a Súmula 361 do STF. Os peritos oficiais
são servidores públicos de carreira, devidamente concursados, com conhecimento
em determinada área, havendo assim peritos médicos, contadores, químicos,
engenheiros etc.

Define o art. 159 do Código de Processo Penal, o seguinte:

Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por
perito oficial, portador de diploma de curso superior.
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas
idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área
específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza
do exame.
§ 2º Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente
desempenhar o encargo.
§ 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao
ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de
assistente técnico.
§ 4º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a
conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as
partes intimadas desta decisão.
§ 5º Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à
perícia:
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para
responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou
questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de
10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar;

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II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo


a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência.
§ 6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de
base à perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá
sempre sua guarda, e na presença de perito oficial, para exame pelos assistentes,
salvo se for impossível a sua conservação.
§ 7º Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de
conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito
oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.

2- Julgue a assertiva abaixo:

Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 3 pessoas


idôneas,portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área
específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do
exame.
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. São duas pessoas. Artigo 159 §1 CPP:

SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com Aury Lopes Jr. (p. 678, 2020) o laudo, na sistemática do
CPP, deve ser realizado por um perito oficial ou dois peritos nomeados, como
determina o art. 159 do CPP e também a Súmula 361 do STF. Os peritos oficiais
são servidores públicos de carreira, devidamente concursados, com conhecimento
em determinada área, havendo assim peritos médicos, contadores, químicos,
engenheiros etc.

Define o art. 159 do Código de Processo Penal, o seguinte:

Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por
perito oficial, portador de diploma de curso superior.
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas
idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área
específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza
do exame.
§ 2º Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente
desempenhar o encargo.
§ 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao
ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de
assistente técnico.

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§ 4º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a


conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as
partes intimadas desta decisão.
§ 5º Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à
perícia:
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para
responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou
questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de
10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar;
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo
a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência.
§ 6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de
base à perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá
sempre sua guarda, e na presença de perito
oficial, para exame pelos assistentes, salvo se for impossível a sua
conservação.
§ 7º Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de
conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito
oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.
Aury Lopes Jr ainda pontua que Quando não houver perito oficial, o exame
deverá ser realizado por duas essoas idôneas, portadoras de diploma de curso
superior, escolhidas, de preferência, entre as que tiverem habilitação técnica
relacionada à natureza do exame, como prevê o art. 159, § 1º, do CPP.
Nesse caso, os peritos nomeados deverão prestar compromisso, incorrendo,
inclusive, nas sanções do art. 342 do CP em caso de falsa perícia (sanções
também aplicáveis ao perito oficial).

3- Analise a afirmativa que segue abaixo:

O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão
dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas desta
decisão.
GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Certo. Artigo 159 §4º CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com Aury Lopes Jr. (p. 678, 2020) o laudo, na sistemática do
CPP, deve ser realizado por um perito oficial ou dois peritos nomeados, como
determina o art. 159 do CPP e também a Súmula 361 do STF. Os peritos oficiais
são servidores públicos de carreira, devidamente concursados, com conhecimento
em determinada área, havendo assim peritos médicos, contadores, químicos,
engenheiros etc.

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Define o art. 159 do Código de Processo Penal, o seguinte:

Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por
perito oficial, portador de diploma de curso superior.
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas
idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área
específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza
do exame.
§ 2º Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente
desempenhar o encargo.
§ 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao
ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de
assistente técnico.
§ 4º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a
conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as
partes intimadas desta decisão.
§ 5º Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à
perícia:
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para
responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou
questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de
10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar;
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo
a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência.
§ 6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de
base à perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá
sempre sua guarda, e na presença de perito oficial, para exame pelos assistentes,
salvo se for impossível a sua conservação.
§ 7º Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de
conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito
oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.
Aury Lopes Jr ainda pontua que Quando não houver perito oficial, o exame
deverá ser realizado por duas pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso
superior, escolhidas, de preferência, entre as que tiverem habilitação técnica
relacionada à natureza do exame, como prevê o art. 159, § 1º, do CPP.
Nesse caso, os peritos nomeados deverão prestar compromisso, incorrendo,
inclusive, nas sanções do art. 342 do CP em caso de falsa perícia (sanções
também aplicáveis ao perito oficial).
Importante destacar que, com o advento da Lei n. 11.690/2008, passou a
admitir-se no processo penal a figura do assistente técnico, até então
desconhecida. Ainda que o § 3º mencione que o ofendido possa formular quesitos
e indicar assistente técnico, não vislumbramos como, processualmente, isso possa
ocorrer. Para que a vítima possa atuar no processo, é necessário que esteja
devidamente habilitada como assistente da acusação, postulando em juízo através
de seu advogado. Do contrário, não tem capacidade postulatória e não poderá, no
processo, requerer nada.

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Assim, além de formular quesitos para que o perito oficial (ou os dois peritos
nomeados) responda, poderão as partes indicar um assistente técnico, que
elaborará seu parecer. Para tanto, o material probatório que foi utilizado para a
perícia será disponibilizado, mediante requerimento das partes, para que o
assistente o examine e formule seu parecer. Contudo, esse material deverá ser
disponibilizado no órgão oficial (instituto geral de perícias, instituto médico legal
etc.), na presença do perito oficial. Esse controle é para evitar a destruição,
manipulação ou uso inadequado do material probatório.
Quando os peritos forem nomeados, caberá a eles definir o local em que o
assistente técnico terá acesso ao material periciado. O assistente técnico elabora
seu parecer após o laudo apresentado pelo perito oficial ou pelos nomeados,
agindo com base no que foi, por eles, realizado.

4- Em relação a figura do assistente técnico, julgue o item abaixo:

Durante o curso do processo judicial não é permitido às partes, quanto à perícia,


indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo a ser fixado pelo
juiz ou ser inquiridos em audiência.
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA
Errado. Artigo 159 §5 II CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

De acordo com Aury Lopes Jr. (p. 678, 2020) o laudo, na sistemática do
CPP, deve ser realizado por um perito oficial ou dois peritos nomeados, como
determina o art. 159 do CPP e também a Súmula 361 do STF. Os peritos oficiais
são servidores públicos de carreira, devidamente concursados, com conhecimento
em determinada área, havendo assim peritos médicos, contadores, químicos,
engenheiros etc.

Define o art. 159 do Código de Processo Penal, o seguinte:

Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por
perito oficial, portador de diploma de curso superior.
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas
idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área
específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza
do exame.
§ 2º Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente
desempenhar o encargo.
§ 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao
ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de
assistente técnico.

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§ 4º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a


conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as
partes intimadas desta decisão.
§ 5º Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à
perícia:
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para
responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou
questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de
10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar;
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo
a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência.
§ 6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de
base à perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá
sempre sua guarda, e na presença de perito oficial, para exame pelos assistentes,
salvo se for impossível a sua conservação.
§ 7º Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de
conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito
oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.
Aury Lopes Jr ainda pontua que Quando não houver perito oficial, o exame
deverá ser realizado por duas essoas idôneas, portadoras de diploma de curso
superior, escolhidas, de preferência, entre as que tiverem habilitação técnica
relacionada à natureza do exame, como prevê o art. 159, § 1º, do CPP.
Nesse caso, os peritos nomeados deverão prestar compromisso, incorrendo,
inclusive, nas sanções do art. 342 do CP em caso de falsa perícia (sanções
também aplicáveis ao perito oficial).
Importante destacar que, com o advento da Lei n. 11.690/2008, passou a
admitir-se no processo penal a figura do assistente técnico, até então
desconhecida. Ainda que o § 3º mencione que o ofendido possa formular quesitos
e indicar assistente técnico, não vislumbramos como, processualmente, isso possa
ocorrer. Para que a vítima possa atuar no processo, é necessário que esteja
devidamente habilitada como assistente da acusação, postulando em juízo através
de seu advogado. Do contrário, não tem capacidade postulatória e não poderá, no
processo, requerer nada.
Assim, além de formular quesitos para que o perito oficial (ou os dois peritos
nomeados) responda, poderão as partes indicar um assistente técnico, que
elaborará seu parecer. Para tanto, o material probatório que foi utilizado para a
perícia será disponibilizado, mediante requerimento das partes, para que o
assistente o examine e formule seu parecer. Contudo, esse material deverá ser
disponibilizado no órgão oficial (instituto geral de perícias, instituto médico legal
etc.), na presença do perito oficial. Esse controle é para evitar a destruição,
manipulação ou uso inadequado do material probatório.
Quando os peritos forem nomeados, caberá a eles definir o local em que o
assistente técnico terá acesso ao material periciado. O assistente técnico elabora
seu parecer após o laudo apresentado pelo perito oficial ou pelos nomeados,
agindo com base no que foi, por eles, realizado.

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5- De acordo com o que preceitua o Código de Processo Penal acerca do laudo


pericial, julgue abaixo:

O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, não podendo haver
prorrogação.
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA
Errado. Artigo 160 § único CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

Aury Lopes Jr (p. 682, 2020) afirma que para efeito de exame do local do
delito, a autoridade policial providenciará imediatamente que não se altere o
estado das coisas até a chegada dos peritos (oficiais ou nomeados para o ato),
que poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas
elucidativos (art. 164), registrando ainda, no laudo, as alterações do estado das
coisas e a consequência dessas alterações na dinâmica dos fatos.
Por fim, poderão as partes requerer a oitiva do perito oficial ou dos
nomeados, para esclarecer o laudo. Para tanto, deve-se atentar para o disposto
no art. 400, § 2º, do CPP, em que as partes deverão requerer a oitiva dos peritos,
que será realizada na audiência de instrução e julgamento. O requerimento para a
oitiva dos peritos deve ser realizado com antecedência mínima de 10 dias da
audiência de instrução e julgamento, nos termos do art.159, § 5º, I, do CPP.
É nesse sentido a letra da lei:

Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão


minuciosamente o que examinarem, e responderão aos quesitos formulados.
(Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)

Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10


dias, podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento
dos peritos.

6- Julgue o item abaixo:

O exame de corpo de delito não pode ser realizado no período noturno.


GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. Artigo 161 CPP.

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SOLUÇÃO COMPLETA

Aury Lopes Jr. (p.677, 2020) afirma que o perito, por elementar, não é
meio de prova ou sujeito de prova, sendo estéril (senão descabida) tal discussão.
É ele um “auxiliar da Justiça”, na definição do Título VIII do CPP, mas cuja
produção (laudo) é sim um meio de prova.
A perícia é uma declaração técnica acerca de um elemento de prova,
considerada uma prova técnica, na medida em que sua produção exige o domínio
de determinado saber técnico.
De acordo com o Código de Processo Penal:

Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a
qualquer hora.

7- Analise a assertiva abaixo:

No exame por precatória, a nomeação dos peritos far-se-á no juízo deprecante.


GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA
Errado. Artigo 177 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA
O artigo 177 do CPP preceitua:

Art. 177. No exame por precatória, a nomeação dos peritos far-se-á no juízo
deprecado. Havendo, porém, no caso de ação privada, acordo das partes, essa
nomeação poderá ser feita pelo juiz deprecante.
Parágrafo único. Os quesitos do juiz e das partes serão transcritos na
precatória.

Surge a necessidade de analisar onde o objeto ou material a ser analisado


se encontra. Isto é, caso esteja em comarca diversa daquela onde se situa a
autoridade policial ou o juiz. Como regra geral, é o juiz ou a autoridade policial do
local da diligência (juízo deprecado) quem nomeia o perito, sem qualquer
participação das partes.
Em caráter de exceção, caso a ação penal seja de cunho privado, mediante
concordância das partes, a nomeação pode ser feita pelo juízo deprecante. Em
qualquer caso, os quesitos formulados pelo juiz e pelas partes seguirão na carta
precatória, conforme parágrafo único supracitado.

8- Sobre a autópsia, julgue o item abaixo:

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A autópsia deve ser realizada em até seis horas depois do óbito.

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA
Errado. Artigo 162 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

Nucci define autópsia como sendo exame feito por peritos das partes
internas de um cadáver, com o objetivo, exclusivo, de comprovar a morte e sua
respectiva causa.
No Código de Processo Penal, tem-se:

Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo
se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita
antes daquele prazo, o que declararão no auto.

Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame


externo do cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as
lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade
de exame interno para a verificação de alguma circunstância relevante.

De acordo também com o doutrinador Guilherme Nucci, art. 162, caput, do


CPP, para a realização da autópsia, garante-se o tempo mínimo de segurança de 6
(seis) horas, tempo esse necessário para o surgimento de "incontroversos sinais
tanatalógicos, demonstrativos da morte da vítima, evitando-se qualquer engano
fatal

9- Julgue o item abaixo:

Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do cadáver, quando
não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem precisar
a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de
alguma circunstância relevante.
GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA
Certo. Artigo 162 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA
Nucci define autópsia como sendo exame feito por peritos das partes
internas de um cadáver, com o objetivo, exclusivo, de comprovar a morte e sua
respectiva causa.

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No Código de Processo Penal, tem-se:

Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo
se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita
antes daquele prazo, o que declararão no auto.

Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame


externo do cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as
lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade
de exame interno para a verificação de alguma circunstância relevante.

De acordo também com o doutrinador Guilherme Nucci, art. 162, caput, do


CPP, para a realização da autópsia, garante-se o tempo mínimo de segurança de 6
(seis) horas, tempo esse necessário para o surgimento de "incontroversos sinais
tanatalógicos, demonstrativos da morte da vítima, evitando-se qualquer engano
fatal

10- Em relação ao laudo pericial, julgue o item a seguir:

A autoridade e as partes podem formular os seus respectivos quesitos até o ato da


diligência.
GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA
Certo. Artigo 176 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

De acordo com Aury Lopes Jr. (p. 678, 2020) o laudo, na sistemática do
CPP, deve ser realizado por um perito oficial ou dois peritos nomeados, como
determina o art. 159 do CPP e também a Súmula 361 do STF. Os peritos oficiais
são servidores públicos de carreira, devidamente concursados, com conhecimento
em determinada área, havendo assim peritos médicos, contadores, químicos,
engenheiros etc.

Define o art. 159 do Código de Processo Penal, o seguinte:

Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por
perito oficial, portador de diploma de curso superior.
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas
idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área
específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza
do exame.
§ 2º Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente
desempenhar o encargo.

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§ 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao


ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de
assistente técnico.
§ 4º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a
conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as
partes intimadas desta decisão.
§ 5º Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à
perícia:
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para
responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou
questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de
10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar;
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo
a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência.
§ 6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de
base à perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá
sempre sua guarda, e na presença de perito oficial, para exame pelos assistentes,
salvo se for impossível a sua conservação.
§ 7º Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de
conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito
oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.
Aury Lopes Jr ainda pontua que Quando não houver perito oficial, o exame
deverá ser realizado por duas essoas idôneas, portadoras de diploma de curso
superior, escolhidas, de preferência, entre as que tiverem habilitação técnica
relacionada à natureza do exame, como prevê o art. 159, § 1º, do CPP.
Nesse caso, os peritos nomeados deverão prestar compromisso, incorrendo,
inclusive, nas sanções do art. 342 do CP em caso de falsa perícia (sanções
também aplicáveis ao perito oficial).
Importante destacar que, com o advento da Lei n. 11.690/2008, passou a
admitir-se no processo penal a figura do assistente técnico, até então
desconhecida. Ainda que o § 3º mencione que o ofendido possa formular quesitos
e indicar assistente técnico, não vislumbramos como, processualmente, isso possa
ocorrer. Para que a vítima possa atuar no processo, é necessário que esteja
devidamente habilitada como assistente da acusação, postulando em juízo através
de seu advogado. Do contrário, não tem capacidade postulatória e não poderá, no
processo, requerer nada.
Assim, além de formular quesitos para que o perito oficial (ou os dois peritos
nomeados) responda, poderão as partes indicar um assistente técnico, que
elaborará seu parecer. Para tanto, o material probatório que foi utilizado para a
perícia será disponibilizado, mediante requerimento das partes, para que o
assistente o examine e formule seu parecer. Contudo, esse material deverá ser
disponibilizado no órgão oficial (instituto geral de perícias, instituto médico legal
etc.), na presença do perito oficial. Esse controle é para evitar a destruição,
manipulação ou uso inadequado do material probatório.
Quando os peritos forem nomeados, caberá a eles definir o local em que o
assistente técnico terá acesso ao material periciado. O assistente técnico elabora
seu parecer após o laudo apresentado pelo perito oficial ou pelos nomeados,
agindo com base no que foi, por eles, realizado.

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Ademais, tem-se:

Art. 176. A autoridade e as partes poderão formular quesitos até o ato da


diligência.

11- Em relação ao exame de corpo de delito, é correto afirmar:

A) será realizado por perito oficial, portador de diploma de curso técnico.


B) será realizado por perito oficial, portador de diploma de curso superior
C) é realizado por perito oficial, formado em medicina, somente.
D) é realizado por perito oficial, formado em quimica, somente.
GABARITO LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) será realizado por perito oficial, portador de diploma de curso


técnico. (errado)
Errado. Artigo 159 CPP.
B) será realizado por perito oficial, portador de diploma de curso
superior. (certo)
Certo. Artigo 159 CPP
C) é realizado por perito oficial, formado em medicina, somente. .
(errado)
Errado. Artigo 159 CPP.
D) é realizado por perito oficial, formado em quimica, somente. .
(errado)
Errado. Artigo 159 CPP.
SOLUÇÃO COMPLETA

A) será realizado por perito oficial, portador de diploma de curso


técnico. (errado)
De acordo com Aury Lopes Jr. (p. 678, 2020) o laudo, na sistemática do
CPP, deve ser realizado por um perito oficial ou dois peritos nomeados, como
determina o art. 159 do CPP e também a Súmula 361 do STF. Os peritos oficiais
são servidores públicos de carreira, devidamente concursados, com conhecimento
em determinada área, havendo assim peritos médicos, contadores, químicos,
engenheiros etc.

Define o art. 159 do Código de Processo Penal, o seguinte:

Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por
perito oficial, portador de diploma de curso superior.
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas
idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área

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específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza


do exame.
§ 2º Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente
desempenhar o encargo.
§ 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao
ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de
assistente técnico.
§ 4º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a
conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as
partes intimadas desta decisão.
§ 5º Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à
perícia:
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para
responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou
questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de
10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar;
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo
a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência.
§ 6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de
base à perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá
sempre sua guarda, e na presença de perito oficial, para exame pelos assistentes,
salvo se for impossível a sua conservação.
§ 7º Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de
conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito
oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.

B) será realizado por perito oficial, portador de diploma de curso


superior. (certo)
De acordo com Aury Lopes Jr. (p. 678, 2020) o laudo, na sistemática do
CPP, deve ser realizado por um perito oficial ou dois peritos nomeados, como
determina o art. 159 do CPP e também a Súmula 361 do STF. Os peritos oficiais
são servidores públicos de carreira, devidamente concursados, com conhecimento
em determinada área, havendo assim peritos médicos, contadores, químicos,
engenheiros etc.

Define o art. 159 do Código de Processo Penal, o seguinte:

Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por
perito oficial, portador de diploma de curso superior.
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas
idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área
específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza
do exame.
§ 2º Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente
desempenhar o encargo.
§ 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao
ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de
assistente técnico.

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§ 4º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a


conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as
partes intimadas desta decisão.
§ 5º Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à
perícia:
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para
responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou
questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de
10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar;
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo
a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência.
§ 6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de
base à perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá
sempre sua guarda, e na presença de perito oficial, para exame pelos assistentes,
salvo se for impossível a sua conservação.
§ 7º Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de
conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito
oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.

C) é realizado por perito oficial, formado em medicina, somente. .


(errado)
De acordo com Aury Lopes Jr. (p. 678, 2020) o laudo, na sistemática do
CPP, deve ser realizado por um perito oficial ou dois peritos nomeados, como
determina o art. 159 do CPP e também a Súmula 361 do STF. Os peritos oficiais
são servidores públicos de carreira, devidamente concursados, com conhecimento
em determinada área, havendo assim peritos médicos, contadores, químicos,
engenheiros etc.

Define o art. 159 do Código de Processo Penal, o seguinte:

Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por
perito oficial, portador de diploma de curso superior.
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas
idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área
específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza
do exame.
§ 2º Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente
desempenhar o encargo.
§ 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao
ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de
assistente técnico.
§ 4º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a
conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as
partes intimadas desta decisão.
§ 5º Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à
perícia:
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para
responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou

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questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de


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II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo
a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência.
§ 6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de
base à perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá
sempre sua guarda, e na presença de perito oficial, para exame pelos assistentes,
salvo se for impossível a sua conservação.
§ 7º Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de
conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito
oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.

D) é realizado por perito oficial, formado em quimica, somente. .


(errado)
De acordo com Aury Lopes Jr. (p. 678, 2020) o laudo, na sistemática do
CPP, deve ser realizado por um perito oficial ou dois peritos nomeados, como
determina o art. 159 do CPP e também a Súmula 361 do STF. Os peritos oficiais
são servidores públicos de carreira, devidamente concursados, com conhecimento
em determinada área, havendo assim peritos médicos, contadores, químicos,
engenheiros etc.

Define o art. 159 do Código de Processo Penal, o seguinte:

Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por
perito oficial, portador de diploma de curso superior.
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas
idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área
específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza
do exame.
§ 2º Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente
desempenhar o encargo.
§ 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao
ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de
assistente técnico.
§ 4º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a
conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as
partes intimadas desta decisão.
§ 5º Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à
perícia:
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para
responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou
questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de
10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar;
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo
a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência.
§ 6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de
base à perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá

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sempre sua guarda, e na presença de perito oficial, para exame pelos assistentes,
salvo se for impossível a sua conservação.
§ 7º Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de
conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito
oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.

12- Os peritos oficiais:

A) são servidores públicos de carreira, devidamente concursados, portadores de


diploma de nível técnico ou superior, com conhecimento em determinada área, havendo
assim peritos médicos, contadores, químicos, engenheiros, etc.
B) são servidores públicos de carreira, devidamente concursados, portadores de
diploma de nível superior com conhecimento em determinada área, havendo assim
peritos médicos, contadores, químicos, engenheiros, etc.
C) são servidores públicos, contudo não precisam realizar concurso, sendo
indicados, portadores de diploma de nível superior com conhecimento em determinada
área, havendo assim peritos médicos, contadores, químicos, engenheiros, etc.
D) são servidores públicos, contudo não precisam realizar concurso, sendo
indicados, portadores de diploma de nível superior ou técnico com conhecimento em
determinada área, havendo assim peritos médicos, contadores, químicos, engenheiros,
etc.

GABARITO LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) são servidores públicos de carreira, devidamente concursados,


portadores de diploma de nível técnico ou superior, com conhecimento
em determinada área, havendo assim peritos médicos, contadores,
químicos, engenheiros, etc. (errado)
Errado. Artigo 159 CPP.

B) são servidores públicos de carreira, devidamente concursados,


portadores de diploma de nível superior com conhecimento em
determinada área, havendo assim peritos médicos, contadores, químicos,
engenheiros, etc. (certo)
Certo. Artigo 159 CPP

C) são servidores públicos, contudo não precisam realizar concurso,


sendo indicados, portadores de diploma de nível superior com
conhecimento em determinada área, havendo assim peritos médicos,
contadores, químicos, engenheiros, etc. (errado)
Errado. Artigo 159 CPP.

D) são servidores públicos, contudo não precisam realizar concurso,


sendo indicados, portadores de diploma de nível superior ou técnico com

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conhecimento em determinada área, havendo assim peritos médicos,


contadores, químicos, engenheiros, etc. (errado)
Errado. Artigo 159 CPP.
SOLUÇÃO COMPLETA

A) são servidores públicos de carreira, devidamente concursados,


portadores de diploma de nível técnico ou superior, com conhecimento
em determinada área, havendo assim peritos médicos, contadores,
químicos, engenheiros, etc. (errado)
De acordo com Aury Lopes Jr. (p. 678, 2020) o laudo, na sistemática do
CPP, deve ser realizado por um perito oficial ou dois peritos nomeados, como
determina o art. 159 do CPP e também a Súmula 361 do STF. Os peritos oficiais
são servidores públicos de carreira, devidamente concursados, com conhecimento
em determinada área, havendo assim peritos médicos, contadores, químicos,
engenheiros etc.

Define o art. 159 do Código de Processo Penal, o seguinte:

Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por
perito oficial, portador de diploma de curso superior.
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas
idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área
específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza
do exame.
§ 2º Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente
desempenhar o encargo.
§ 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao
ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de
assistente técnico.
§ 4º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a
conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as
partes intimadas desta decisão.
§ 5º Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à
perícia:
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para
responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou
questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de
10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar;
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo
a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência.
§ 6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de
base à perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá
sempre sua guarda, e na presença de perito oficial, para exame pelos assistentes,
salvo se for impossível a sua conservação.
§ 7º Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de
conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito
oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.

MUDE SUA VIDA!


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B) são servidores públicos de carreira, devidamente concursados,


portadores de diploma de nível superior com conhecimento em
determinada área, havendo assim peritos médicos, contadores, químicos,
engenheiros, etc. (certo)
De acordo com Aury Lopes Jr. (p. 678, 2020) o laudo, na sistemática do
CPP, deve ser realizado por um perito oficial ou dois peritos nomeados, como
determina o art. 159 do CPP e também a Súmula 361 do STF. Os peritos oficiais
são servidores públicos de carreira, devidamente concursados, com conhecimento
em determinada área, havendo assim peritos médicos, contadores, químicos,
engenheiros etc.

Define o art. 159 do Código de Processo Penal, o seguinte:

Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por
perito oficial, portador de diploma de curso superior.
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas
idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área
específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza
do exame.
§ 2º Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente
desempenhar o encargo.
§ 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao
ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de
assistente técnico.
§ 4º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a
conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as
partes intimadas desta decisão.
§ 5º Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à
perícia:
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para
responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou
questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de
10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar;
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo
a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência.
§ 6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de
base à perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá
sempre sua guarda, e na presença de perito oficial, para exame pelos assistentes,
salvo se for impossível a sua conservação.
§ 7º Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de
conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito
oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.

C) são servidores públicos, contudo não precisam realizar concurso,


sendo indicados, portadores de diploma de nível superior com
conhecimento em determinada área, havendo assim peritos médicos,
contadores, químicos, engenheiros, etc. (errado)

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De acordo com Aury Lopes Jr. (p. 678, 2020) o laudo, na sistemática do
CPP, deve ser realizado por um perito oficial ou dois peritos nomeados, como
determina o art. 159 do CPP e também a Súmula 361 do STF. Os peritos oficiais
são servidores públicos de carreira, devidamente concursados, com conhecimento
em determinada área, havendo assim peritos médicos, contadores, químicos,
engenheiros etc.

Define o art. 159 do Código de Processo Penal, o seguinte:

Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por
perito oficial, portador de diploma de curso superior.
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas
idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área
específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza
do exame.
§ 2º Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente
desempenhar o encargo.
§ 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao
ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de
assistente técnico.
§ 4º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a
conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as
partes intimadas desta decisão.
§ 5º Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à
perícia:
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para
responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou
questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de
10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar;
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo
a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência.
§ 6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de
base à perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá
sempre sua guarda, e na presença de perito oficial, para exame pelos assistentes,
salvo se for impossível a sua conservação.
§ 7º Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de
conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito
oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.

D) são servidores públicos, contudo não precisam realizar concurso,


sendo indicados, portadores de diploma de nível superior ou técnico com
conhecimento em determinada área, havendo assim peritos médicos,
contadores, químicos, engenheiros, etc. (errado)
De acordo com Aury Lopes Jr. (p. 678, 2020) o laudo, na sistemática do
CPP, deve ser realizado por um perito oficial ou dois peritos nomeados, como
determina o art. 159 do CPP e também a Súmula 361 do STF. Os peritos oficiais
são servidores públicos de carreira, devidamente concursados, com conhecimento

MUDE SUA VIDA!


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em determinada área, havendo assim peritos médicos, contadores, químicos,


engenheiros etc.

Define o art. 159 do Código de Processo Penal, o seguinte:

Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por
perito oficial, portador de diploma de curso superior.
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas
idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área
específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza
do exame.
§ 2º Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente
desempenhar o encargo.
§ 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao
ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de
assistente técnico.
§ 4º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a
conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as
partes intimadas desta decisão.
§ 5º Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à
perícia:
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para
responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou
questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de
10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar;
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo
a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência.
§ 6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de
base à perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá
sempre sua guarda, e na presença de perito oficial, para exame pelos assistentes,
salvo se for impossível a sua conservação.
§ 7º Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de
conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito
oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.

13- Na falta do perito oficial, o exame:

A) Não será realizado


B) Será realizado por 3 (três) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso
superior preferencialmente na área específica
C) Será realizado por 3 (três) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso
superior preferencialmente na área específica
D) Será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior,
preferencialmente na área específica

GABARITO LETRA D

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SOLUÇÃO RÁPIDA

A) Não será realizado (errado)


Errado. Artigo 159 §1 CPP.

B) Será realizado por 3 (três) pessoas idôneas, portadoras de


diploma de curso superior preferencialmente na área específica (errado)
Errado. Artigo 159 §1 CPP.

C) Será realizado por 3 (três) pessoas idôneas, portadoras de


diploma de curso superior preferencialmente na área específica (errado)
Errado. Artigo 159 §1 CPP

D) Será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de


diploma de curso superior, preferencialmente na área específica (certo)
Certo. Artigo 159 §1 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

A) Não será realizado (errado)


De acordo com Aury Lopes Jr. (p. 678, 2020) o laudo, na sistemática do
CPP, deve ser realizado por um perito oficial ou dois peritos nomeados, como
determina o art. 159 do CPP e também a Súmula 361 do STF. Os peritos oficiais
são servidores públicos de carreira, devidamente concursados, com conhecimento
em determinada área, havendo assim peritos médicos, contadores, químicos,
engenheiros etc.

Define o art. 159 do Código de Processo Penal, o seguinte:

Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por
perito oficial, portador de diploma de curso superior.
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas
idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área
específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza
do exame.
§ 2º Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente
desempenhar o encargo.
§ 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao
ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de
assistente técnico.
§ 4º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a
conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as
partes intimadas desta decisão.
§ 5º Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à
perícia:
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para
responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou

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questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de


10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar;
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo
a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência.
§ 6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de
base à perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá
sempre sua guarda, e na presença de perito oficial, para exame pelos assistentes,
salvo se for impossível a sua conservação.
§ 7º Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de
conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito
oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.

B) Será realizado por 3 (três) pessoas idôneas, portadoras de


diploma de curso superior preferencialmente na área específica (errado)
De acordo com Aury Lopes Jr. (p. 678, 2020) o laudo, na sistemática do
CPP, deve ser realizado por um perito oficial ou dois peritos nomeados, como
determina o art. 159 do CPP e também a Súmula 361 do STF. Os peritos oficiais
são servidores públicos de carreira, devidamente concursados, com conhecimento
em determinada área, havendo assim peritos médicos, contadores, químicos,
engenheiros etc.

Define o art. 159 do Código de Processo Penal, o seguinte:

Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por
perito oficial, portador de diploma de curso superior.
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas
idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área
específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza
do exame.
§ 2º Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente
desempenhar o encargo.
§ 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao
ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de
assistente técnico.
§ 4º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a
conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as
partes intimadas desta decisão.
§ 5º Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à
perícia:
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para
responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou
questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de
10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar;
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo
a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência.
§ 6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de
base à perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá

MUDE SUA VIDA!


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sempre sua guarda, e na presença de perito oficial, para exame pelos assistentes,
salvo se for impossível a sua conservação.
§ 7º Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de
conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito
oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.

C) Será realizado por 3 (três) pessoas idôneas, portadoras de


diploma de curso superior preferencialmente na área específica (errado)
De acordo com Aury Lopes Jr. (p. 678, 2020) o laudo, na sistemática do
CPP, deve ser realizado por um perito oficial ou dois peritos nomeados, como
determina o art. 159 do CPP e também a Súmula 361 do STF. Os peritos oficiais
são servidores públicos de carreira, devidamente concursados, com conhecimento
em determinada área, havendo assim peritos médicos, contadores, químicos,
engenheiros etc.

Define o art. 159 do Código de Processo Penal, o seguinte:

Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por
perito oficial, portador de diploma de curso superior.
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas
idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área
específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza
do exame.
§ 2º Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente
desempenhar o encargo.
§ 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao
ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de
assistente técnico.
§ 4º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a
conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as
partes intimadas desta decisão.
§ 5º Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à
perícia:
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para
responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou
questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de
10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar;
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo
a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência.
§ 6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de
base à perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá
sempre sua guarda, e na presença de perito oficial, para exame pelos assistentes,
salvo se for impossível a sua conservação.
§ 7º Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de
conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito
oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.

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D) Será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de


diploma de curso superior, preferencialmente na área específica (certo),
De acordo com Aury Lopes Jr. (p. 678, 2020) o laudo, na sistemática do CPP,
deve ser realizado por um perito oficial ou dois peritos nomeados, como
determina o art. 159 do CPP e também a Súmula 361 do STF. Os peritos oficiais
são servidores públicos de carreira, devidamente concursados, com conhecimento
em determinada área, havendo assim peritos médicos, contadores, químicos,
engenheiros etc.

Define o art. 159 do Código de Processo Penal, o seguinte:

Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por
perito oficial, portador de diploma de curso superior.
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas
idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área
específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza
do exame.
§ 2º Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente
desempenhar o encargo.
§ 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao
ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de
assistente técnico.
§ 4º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a
conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as
partes intimadas desta decisão.
§ 5º Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à
perícia:
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para
responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou
questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de
10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar;
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo
a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência.
§ 6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de
base à perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá
sempre sua guarda, e na presença de perito oficial, para exame pelos assistentes,
salvo se for impossível a sua conservação.
§ 7º Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de
conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito
oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.

14- Assinale a alternativa incorreta:

A) Os peritos não oficiais não prestarão o compromisso de bem e fielmente


desempenhar o encargo

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B) Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao


querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico.
C)Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas,
portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as
que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.
D)Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento
especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito oficial, e a parte
indicar mais de um assistente técnico

GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) Os peritos não oficiais não prestarão o compromisso de bem e


fielmente desempenhar o encargo (certo)
Errado. Prestarão. Artigo 159 §2 CPP.

B) Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação,


ao ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e
indicação de assistente técnico. (errado)
Certo, não devendo ser assinalado como gabarito. Artigo 159 §3 CPP.

C)Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas)


pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior
preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação
técnica relacionada com a natureza do exame. (errado)
Certo, não devendo ser assinalado como gabarito. Artigo 159 §1 CPP.

D)Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de


conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de
um perito oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.
(errado)
Certo, não devendo ser assinalado como gabarito. Artigo 159 §7 CPP

SOLUÇÃO COMPLETA

A) Os peritos não oficiais não prestarão o compromisso de bem e


fielmente desempenhar o encargo (certo)
De acordo com Aury Lopes Jr. (p. 678, 2020) o laudo, na sistemática do
CPP, deve ser realizado por um perito oficial ou dois peritos nomeados, como
determina o art. 159 do CPP e também a Súmula 361 do STF. Os peritos oficiais
são servidores públicos de carreira, devidamente concursados, com conhecimento
em determinada área, havendo assim peritos médicos, contadores, químicos,
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Define o art. 159 do Código de Processo Penal, o seguinte:

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Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por
perito oficial, portador de diploma de curso superior.
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas
idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área
específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza
do exame.
§ 2º Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente
desempenhar o encargo.
§ 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao
ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de
assistente técnico.
§ 4º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a
conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as
partes intimadas desta decisão.
§ 5º Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à
perícia:
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para
responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou
questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de
10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar;
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo
a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência.
§ 6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de
base à perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá
sempre sua guarda, e na presença de perito oficial, para exame pelos assistentes,
salvo se for impossível a sua conservação.
§ 7º Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de
conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito
oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.
Aury Lopes Jr ainda pontua que Quando não houver perito oficial, o exame
deverá ser realizado por duas essoas idôneas, portadoras de diploma de curso
superior, escolhidas, de preferência, entre as que tiverem habilitação técnica
relacionada à natureza do exame, como prevê o art. 159, § 1º, do CPP.
Nesse caso, os peritos nomeados deverão prestar compromisso, incorrendo,
inclusive, nas sanções do art. 342 do CP em caso de falsa perícia (sanções
também aplicáveis ao perito oficial).
Importante destacar que, com o advento da Lei n. 11.690/2008, passou a
admitir-se no processo penal a figura do assistente técnico, até então
desconhecida. Ainda que o § 3º mencione que o ofendido possa formular quesitos
e indicar assistente técnico, não vislumbramos como, processualmente, isso possa
ocorrer. Para que a vítima possa atuar no processo, é necessário que esteja
devidamente habilitada como assistente da acusação, postulando em juízo através
de seu advogado. Do contrário, não tem capacidade postulatória e não poderá, no
processo, requerer nada.
Assim, além de formular quesitos para que o perito oficial (ou os dois peritos
nomeados) responda, poderão as partes indicar um assistente técnico, que
elaborará seu parecer. Para tanto, o material probatório que foi utilizado para a
perícia será disponibilizado, mediante requerimento das partes, para que o

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assistente o examine e formule seu parecer. Contudo, esse material deverá ser
disponibilizado no órgão oficial (instituto geral de perícias, instituto médico legal
etc.), na presença do perito oficial. Esse controle é para evitar a destruição,
manipulação ou uso inadequado do material probatório.
Quando os peritos forem nomeados, caberá a eles definir o local em que o
assistente técnico terá acesso ao material periciado. O assistente técnico elabora
seu parecer após o laudo apresentado pelo perito oficial ou pelos nomeados,
agindo com base no que foi, por eles, realizado.

B) Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação,


ao ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e
indicação de assistente técnico. (errado)
De acordo com Aury Lopes Jr. (p. 678, 2020) o laudo, na sistemática do
CPP, deve ser realizado por um perito oficial ou dois peritos nomeados, como
determina o art. 159 do CPP e também a Súmula 361 do STF. Os peritos oficiais
são servidores públicos de carreira, devidamente concursados, com conhecimento
em determinada área, havendo assim peritos médicos, contadores, químicos,
engenheiros etc.

Define o art. 159 do Código de Processo Penal, o seguinte:

Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por
perito oficial, portador de diploma de curso superior.
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas
idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área
específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza
do exame.
§ 2º Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente
desempenhar o encargo.
§ 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao
ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de
assistente técnico.
§ 4º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a
conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as
partes intimadas desta decisão.
§ 5º Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à
perícia:
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para
responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou
questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de
10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar;
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo
a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência.
§ 6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de
base à perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá
sempre sua guarda, e na presença de perito oficial, para exame pelos assistentes,
salvo se for impossível a sua conservação.

MUDE SUA VIDA!


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§ 7º Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de


conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito
oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.
Aury Lopes Jr ainda pontua que Quando não houver perito oficial, o exame
deverá ser realizado por duas essoas idôneas, portadoras de diploma de curso
superior, escolhidas, de preferência, entre as que tiverem habilitação técnica
relacionada à natureza do exame, como prevê o art. 159, § 1º, do CPP.
Nesse caso, os peritos nomeados deverão prestar compromisso, incorrendo,
inclusive, nas sanções do art. 342 do CP em caso de falsa perícia (sanções
também aplicáveis ao perito oficial).
Importante destacar que, com o advento da Lei n. 11.690/2008, passou a
admitir-se no processo penal a figura do assistente técnico, até então
desconhecida. Ainda que o § 3º mencione que o ofendido possa formular quesitos
e indicar assistente técnico, não vislumbramos como, processualmente, isso possa
ocorrer. Para que a vítima possa atuar no processo, é necessário que esteja
devidamente habilitada como assistente da acusação, postulando em juízo através
de seu advogado. Do contrário, não tem capacidade postulatória e não poderá, no
processo, requerer nada.
Assim, além de formular quesitos para que o perito oficial (ou os dois peritos
nomeados) responda, poderão as partes indicar um assistente técnico, que
elaborará seu parecer. Para tanto, o material probatório que foi utilizado para a
perícia será disponibilizado, mediante requerimento das partes, para que o
assistente o examine e formule seu parecer. Contudo, esse material deverá ser
disponibilizado no órgão oficial (instituto geral de perícias, instituto médico legal
etc.), na presença do perito oficial. Esse controle é para evitar a destruição,
manipulação ou uso inadequado do material probatório.
Quando os peritos forem nomeados, caberá a eles definir o local em que o
assistente técnico terá acesso ao material periciado. O assistente técnico elabora
seu parecer após o laudo apresentado pelo perito oficial ou pelos nomeados,
agindo com base no que foi, por eles, realizado.

C)Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas)


pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior
preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação
técnica relacionada com a natureza do exame. (errado)
De acordo com Aury Lopes Jr. (p. 678, 2020) o laudo, na sistemática do
CPP, deve ser realizado por um perito oficial ou dois peritos nomeados, como
determina o art. 159 do CPP e também a Súmula 361 do STF. Os peritos oficiais
são servidores públicos de carreira, devidamente concursados, com conhecimento
em determinada área, havendo assim peritos médicos, contadores, químicos,
engenheiros etc.

Define o art. 159 do Código de Processo Penal, o seguinte:

Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por
perito oficial, portador de diploma de curso superior.

MUDE SUA VIDA!


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§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas


idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área
específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza
do exame.
§ 2º Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente
desempenhar o encargo.
§ 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao
ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de
assistente técnico.
§ 4º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a
conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as
partes intimadas desta decisão.
§ 5º Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à
perícia:
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para
responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou
questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de
10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar;
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo
a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência.
§ 6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de
base à perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá
sempre sua guarda, e na presença de perito oficial, para exame pelos assistentes,
salvo se for impossível a sua conservação.
§ 7º Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de
conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito
oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.
Aury Lopes Jr ainda pontua que Quando não houver perito oficial, o exame
deverá ser realizado por duas essoas idôneas, portadoras de diploma de curso
superior, escolhidas, de preferência, entre as que tiverem habilitação técnica
relacionada à natureza do exame, como prevê o art. 159, § 1º, do CPP.
Nesse caso, os peritos nomeados deverão prestar compromisso, incorrendo,
inclusive, nas sanções do art. 342 do CP em caso de falsa perícia (sanções
também aplicáveis ao perito oficial).
Importante destacar que, com o advento da Lei n. 11.690/2008, passou a
admitir-se no processo penal a figura do assistente técnico, até então
desconhecida. Ainda que o § 3º mencione que o ofendido possa formular quesitos
e indicar assistente técnico, não vislumbramos como, processualmente, isso possa
ocorrer. Para que a vítima possa atuar no processo, é necessário que esteja
devidamente habilitada como assistente da acusação, postulando em juízo através
de seu advogado. Do contrário, não tem capacidade postulatória e não poderá, no
processo, requerer nada.
Assim, além de formular quesitos para que o perito oficial (ou os dois peritos
nomeados) responda, poderão as partes indicar um assistente técnico, que
elaborará seu parecer. Para tanto, o material probatório que foi utilizado para a
perícia será disponibilizado, mediante requerimento das partes, para que o
assistente o examine e formule seu parecer. Contudo, esse material deverá ser
disponibilizado no órgão oficial (instituto geral de perícias, instituto médico legal

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etc.), na presença do perito oficial. Esse controle é para evitar a destruição,


manipulação ou uso inadequado do material probatório.
Quando os peritos forem nomeados, caberá a eles definir o local em que o
assistente técnico terá acesso ao material periciado. O assistente técnico elabora
seu parecer após o laudo apresentado pelo perito oficial ou pelos nomeados,
agindo com base no que foi, por eles, realizado.

D)Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de


conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de
um perito oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.
(errado)
De acordo com Aury Lopes Jr. (p. 678, 2020) o laudo, na sistemática do
CPP, deve ser realizado por um perito oficial ou dois peritos nomeados, como
determina o art. 159 do CPP e também a Súmula 361 do STF. Os peritos oficiais
são servidores públicos de carreira, devidamente concursados, com conhecimento
em determinada área, havendo assim peritos médicos, contadores, químicos,
engenheiros etc.

Define o art. 159 do Código de Processo Penal, o seguinte:

Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por
perito oficial, portador de diploma de curso superior.
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas
idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área
específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza
do exame.
§ 2º Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente
desempenhar o encargo.
§ 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao
ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de
assistente técnico.
§ 4º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a
conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as
partes intimadas desta decisão.
§ 5º Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à
perícia:
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para
responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou
questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de
10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar;
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo
a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência.
§ 6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de
base à perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá
sempre sua guarda, e na presença de perito oficial, para exame pelos assistentes,
salvo se for impossível a sua conservação.

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§ 7º Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de


conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito
oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.
Aury Lopes Jr ainda pontua que Quando não houver perito oficial, o exame
deverá ser realizado por duas essoas idôneas, portadoras de diploma de curso
superior, escolhidas, de preferência, entre as que tiverem habilitação técnica
relacionada à natureza do exame, como prevê o art. 159, § 1º, do CPP.
Nesse caso, os peritos nomeados deverão prestar compromisso, incorrendo,
inclusive, nas sanções do art. 342 do CP em caso de falsa perícia (sanções
também aplicáveis ao perito oficial).
Importante destacar que, com o advento da Lei n. 11.690/2008, passou a
admitir-se no processo penal a figura do assistente técnico, até então
desconhecida. Ainda que o § 3º mencione que o ofendido possa formular quesitos
e indicar assistente técnico, não vislumbramos como, processualmente, isso possa
ocorrer. Para que a vítima possa atuar no processo, é necessário que esteja
devidamente habilitada como assistente da acusação, postulando em juízo através
de seu advogado. Do contrário, não tem capacidade postulatória e não poderá, no
processo, requerer nada.
Assim, além de formular quesitos para que o perito oficial (ou os dois peritos
nomeados) responda, poderão as partes indicar um assistente técnico, que
elaborará seu parecer. Para tanto, o material probatório que foi utilizado para a
perícia será disponibilizado, mediante requerimento das partes, para que o
assistente o examine e formule seu parecer. Contudo, esse material deverá ser
disponibilizado no órgão oficial (instituto geral de perícias, instituto médico legal
etc.), na presença do perito oficial. Esse controle é para evitar a destruição,
manipulação ou uso inadequado do material probatório.
Quando os peritos forem nomeados, caberá a eles definir o local em que o
assistente técnico terá acesso ao material periciado. O assistente técnico elabora
seu parecer após o laudo apresentado pelo perito oficial ou pelos nomeados,
agindo com base no que foi, por eles, realizado.

15- De acordo com a figura do assistente técnico de pericia, assinale a alternativa


incorreta:

A) Durante o curso do processo judicial não é permitido às partes, quanto à perícia,


indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo a ser fixado pelo
juiz ou ser inquiridos em audiência
B) 4º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a
conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes
intimadas desta decisão
C) Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao
querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico
D) Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de
conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito oficial,
e a parte indicar mais de um assistente técnico.

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GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) Durante o curso do processo judicial não é permitido às partes,


quanto à perícia, indicar assistentes técnicos que poderão apresentar
pareceres em prazo a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência.
(certo)
Errado. Artigo 159 §5 II CPP.

B) 4º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e


após a conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais,
sendo as partes intimadas desta decisão. (errado)
Certo, não devendo ser assinalado como gabarito. Artigo 159 §4 CPP

C) Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação,


ao ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e
indicação de assistente técnico. (errado)
Certo, não devendo ser assinalado como gabarito. Artigo 159 §3 CPP

D) Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área


de conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de
um perito oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.
(errado)
Certo, não devendo ser assinalado como gabarito. Artigo 159 §7 CPP

SOLUÇÃO COMPLETA
A) Durante o curso do processo judicial não é permitido às partes,
quanto à perícia, indicar assistentes técnicos que poderão apresentar
pareceres em prazo a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência.
(certo)
De acordo com Aury Lopes Jr. (p. 678, 2020) o laudo, na sistemática do
CPP, deve ser realizado por um perito oficial ou dois peritos nomeados, como
determina o art. 159 do CPP e também a Súmula 361 do STF. Os peritos oficiais
são servidores públicos de carreira, devidamente concursados, com conhecimento
em determinada área, havendo assim peritos médicos, contadores, químicos,
engenheiros etc.

Define o art. 159 do Código de Processo Penal, o seguinte:

Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por
perito oficial, portador de diploma de curso superior.
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas
idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área
específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza
do exame.

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§ 2º Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente


desempenhar o encargo.
§ 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao
ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de
assistente técnico.
§ 4º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a
conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as
partes intimadas desta decisão.
§ 5º Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à
perícia:
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para
responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou
questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de
10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar;
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo
a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência.
§ 6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de
base à perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá
sempre sua guarda, e na presença de perito oficial, para exame pelos assistentes,
salvo se for impossível a sua conservação.
§ 7º Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de
conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito
oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.
Aury Lopes Jr ainda pontua que Quando não houver perito oficial, o exame
deverá ser realizado por duas essoas idôneas, portadoras de diploma de curso
superior, escolhidas, de preferência, entre as que tiverem habilitação técnica
relacionada à natureza do exame, como prevê o art. 159, § 1º, do CPP.
Nesse caso, os peritos nomeados deverão prestar compromisso, incorrendo,
inclusive, nas sanções do art. 342 do CP em caso de falsa perícia (sanções
também aplicáveis ao perito oficial).
Importante destacar que, com o advento da Lei n. 11.690/2008, passou a
admitir-se no processo penal a figura do assistente técnico, até então
desconhecida. Ainda que o § 3º mencione que o ofendido possa formular quesitos
e indicar assistente técnico, não vislumbramos como, processualmente, isso possa
ocorrer. Para que a vítima possa atuar no processo, é necessário que esteja
devidamente habilitada como assistente da acusação, postulando em juízo através
de seu advogado. Do contrário, não tem capacidade postulatória e não poderá, no
processo, requerer nada.
Assim, além de formular quesitos para que o perito oficial (ou os dois peritos
nomeados) responda, poderão as partes indicar um assistente técnico, que
elaborará seu parecer. Para tanto, o material probatório que foi utilizado para a
perícia será disponibilizado, mediante requerimento das partes, para que o
assistente o examine e formule seu parecer. Contudo, esse material deverá ser
disponibilizado no órgão oficial (instituto geral de perícias, instituto médico legal
etc.), na presença do perito oficial. Esse controle é para evitar a destruição,
manipulação ou uso inadequado do material probatório.
Quando os peritos forem nomeados, caberá a eles definir o local em que o
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seu parecer após o laudo apresentado pelo perito oficial ou pelos nomeados,
agindo com base no que foi, por eles, realizado.

B) 4º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e


após a conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais,
sendo as partes intimadas desta decisão. (errado)
De acordo com Aury Lopes Jr. (p. 678, 2020) o laudo, na sistemática do
CPP, deve ser realizado por um perito oficial ou dois peritos nomeados, como
determina o art. 159 do CPP e também a Súmula 361 do STF. Os peritos oficiais
são servidores públicos de carreira, devidamente concursados, com conhecimento
em determinada área, havendo assim peritos médicos, contadores, químicos,
engenheiros etc.

Define o art. 159 do Código de Processo Penal, o seguinte:

Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por
perito oficial, portador de diploma de curso superior.
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas
idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área
específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza
do exame.
§ 2º Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente
desempenhar o encargo.
§ 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao
ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de
assistente técnico.
§ 4º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a
conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as
partes intimadas desta decisão.
§ 5º Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à
perícia:
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para
responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou
questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de
10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar;
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo
a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência.
§ 6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de
base à perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá
sempre sua guarda, e na presença de perito oficial, para exame pelos assistentes,
salvo se for impossível a sua conservação.
§ 7º Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de
conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito
oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.
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superior, escolhidas, de preferência, entre as que tiverem habilitação técnica


relacionada à natureza do exame, como prevê o art. 159, § 1º, do CPP.
Nesse caso, os peritos nomeados deverão prestar compromisso, incorrendo,
inclusive, nas sanções do art. 342 do CP em caso de falsa perícia (sanções
também aplicáveis ao perito oficial).
Importante destacar que, com o advento da Lei n. 11.690/2008, passou a
admitir-se no processo penal a figura do assistente técnico, até então
desconhecida. Ainda que o § 3º mencione que o ofendido possa formular quesitos
e indicar assistente técnico, não vislumbramos como, processualmente, isso possa
ocorrer. Para que a vítima possa atuar no processo, é necessário que esteja
devidamente habilitada como assistente da acusação, postulando em juízo através
de seu advogado. Do contrário, não tem capacidade postulatória e não poderá, no
processo, requerer nada.
Assim, além de formular quesitos para que o perito oficial (ou os dois peritos
nomeados) responda, poderão as partes indicar um assistente técnico, que
elaborará seu parecer. Para tanto, o material probatório que foi utilizado para a
perícia será disponibilizado, mediante requerimento das partes, para que o
assistente o examine e formule seu parecer. Contudo, esse material deverá ser
disponibilizado no órgão oficial (instituto geral de perícias, instituto médico legal
etc.), na presença do perito oficial. Esse controle é para evitar a destruição,
manipulação ou uso inadequado do material probatório.
Quando os peritos forem nomeados, caberá a eles definir o local em que o
assistente técnico terá acesso ao material periciado. O assistente técnico elabora
seu parecer após o laudo apresentado pelo perito oficial ou pelos nomeados,
agindo com base no que foi, por eles, realizado.

C) Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação,


ao ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e
indicação de assistente técnico. (errado)
De acordo com Aury Lopes Jr. (p. 678, 2020) o laudo, na sistemática do
CPP, deve ser realizado por um perito oficial ou dois peritos nomeados, como
determina o art. 159 do CPP e também a Súmula 361 do STF. Os peritos oficiais
são servidores públicos de carreira, devidamente concursados, com conhecimento
em determinada área, havendo assim peritos médicos, contadores, químicos,
engenheiros etc.

Define o art. 159 do Código de Processo Penal, o seguinte:

Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por
perito oficial, portador de diploma de curso superior.
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas
idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área
específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza
do exame.
§ 2º Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente
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§ 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao


ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de
assistente técnico.
§ 4º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a
conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as
partes intimadas desta decisão.
§ 5º Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à
perícia:
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para
responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou
questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de
10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar;
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo
a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência.
§ 6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de
base à perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá
sempre sua guarda, e na presença de perito oficial, para exame pelos assistentes,
salvo se for impossível a sua conservação.
§ 7º Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de
conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito
oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.
Aury Lopes Jr ainda pontua que Quando não houver perito oficial, o exame
deverá ser realizado por duas essoas idôneas, portadoras de diploma de curso
superior, escolhidas, de preferência, entre as que tiverem habilitação técnica
relacionada à natureza do exame, como prevê o art. 159, § 1º, do CPP.
Nesse caso, os peritos nomeados deverão prestar compromisso, incorrendo,
inclusive, nas sanções do art. 342 do CP em caso de falsa perícia (sanções
também aplicáveis ao perito oficial).
Importante destacar que, com o advento da Lei n. 11.690/2008, passou a
admitir-se no processo penal a figura do assistente técnico, até então
desconhecida. Ainda que o § 3º mencione que o ofendido possa formular quesitos
e indicar assistente técnico, não vislumbramos como, processualmente, isso possa
ocorrer. Para que a vítima possa atuar no processo, é necessário que esteja
devidamente habilitada como assistente da acusação, postulando em juízo através
de seu advogado. Do contrário, não tem capacidade postulatória e não poderá, no
processo, requerer nada.
Assim, além de formular quesitos para que o perito oficial (ou os dois peritos
nomeados) responda, poderão as partes indicar um assistente técnico, que
elaborará seu parecer. Para tanto, o material probatório que foi utilizado para a
perícia será disponibilizado, mediante requerimento das partes, para que o
assistente o examine e formule seu parecer. Contudo, esse material deverá ser
disponibilizado no órgão oficial (instituto geral de perícias, instituto médico legal
etc.), na presença do perito oficial. Esse controle é para evitar a destruição,
manipulação ou uso inadequado do material probatório.
Quando os peritos forem nomeados, caberá a eles definir o local em que o
assistente técnico terá acesso ao material periciado. O assistente técnico elabora
seu parecer após o laudo apresentado pelo perito oficial ou pelos nomeados,
agindo com base no que foi, por eles, realizado.

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D) Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área


de conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de
um perito oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.
(errado)
De acordo com Aury Lopes Jr. (p. 678, 2020) o laudo, na sistemática do
CPP, deve ser realizado por um perito oficial ou dois peritos nomeados, como
determina o art. 159 do CPP e também a Súmula 361 do STF. Os peritos oficiais
são servidores públicos de carreira, devidamente concursados, com conhecimento
em determinada área, havendo assim peritos médicos, contadores, químicos,
engenheiros etc.

Define o art. 159 do Código de Processo Penal, o seguinte:

Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por
perito oficial, portador de diploma de curso superior.
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas
idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área
específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza
do exame.
§ 2º Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente
desempenhar o encargo.
§ 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao
ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de
assistente técnico.
§ 4º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a
conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as
partes intimadas desta decisão.
§ 5º Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à
perícia:
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para
responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou
questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de
10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar;
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo
a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência.
§ 6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de
base à perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá
sempre sua guarda, e na presença de perito oficial, para exame pelos assistentes,
salvo se for impossível a sua conservação.
§ 7º Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de
conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito
oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.
Aury Lopes Jr ainda pontua que Quando não houver perito oficial, o exame
deverá ser realizado por duas essoas idôneas, portadoras de diploma de curso
superior, escolhidas, de preferência, entre as que tiverem habilitação técnica
relacionada à natureza do exame, como prevê o art. 159, § 1º, do CPP.

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Nesse caso, os peritos nomeados deverão prestar compromisso, incorrendo,


inclusive, nas sanções do art. 342 do CP em caso de falsa perícia (sanções
também aplicáveis ao perito oficial).
Importante destacar que, com o advento da Lei n. 11.690/2008, passou a
admitir-se no processo penal a figura do assistente técnico, até então
desconhecida. Ainda que o § 3º mencione que o ofendido possa formular quesitos
e indicar assistente técnico, não vislumbramos como, processualmente, isso possa
ocorrer. Para que a vítima possa atuar no processo, é necessário que esteja
devidamente habilitada como assistente da acusação, postulando em juízo através
de seu advogado. Do contrário, não tem capacidade postulatória e não poderá, no
processo, requerer nada.
Assim, além de formular quesitos para que o perito oficial (ou os dois peritos
nomeados) responda, poderão as partes indicar um assistente técnico, que
elaborará seu parecer. Para tanto, o material probatório que foi utilizado para a
perícia será disponibilizado, mediante requerimento das partes, para que o
assistente o examine e formule seu parecer. Contudo, esse material deverá ser
disponibilizado no órgão oficial (instituto geral de perícias, instituto médico legal
etc.), na presença do perito oficial. Esse controle é para evitar a destruição,
manipulação ou uso inadequado do material probatório.
Quando os peritos forem nomeados, caberá a eles definir o local em que o
assistente técnico terá acesso ao material periciado. O assistente técnico elabora
seu parecer após o laudo apresentado pelo perito oficial ou pelos nomeados,
agindo com base no que foi, por eles, realizado.

16- O laudo pericial será elaborado em:

A) 10 dias improrrogáveis.
B) 10 dias prorrogáveis a depender de requerimento dos peritos
C) 15 dias improrrogáveis.
D) 15 dias prorrogáveis a depender de requerimento dos perito

GABARITO LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) 10 dias improrrogáveis. (errado)


Errado, Artigo 160 § único CPP.
B) 10 dias prorrogáveis a depender de requerimento dos peritos
(certo)
Certo. Artigo 160 § único CPP.
C) 15 dias improrrogáveis. (errado)
Errado, Artigo 160 § único CPP.
D) 15 dias prorrogáveis a depender de requerimento dos perito
(errado)
Errado, Artigo 160 § único CPP.

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SOLUÇÃO COMPLETA

A) 10 dias improrrogáveis. (errado)


Aury Lopes Jr (p. 682, 2020) afirma que para efeito de exame do local do
delito, a autoridade policial providenciará imediatamente que não se altere o
estado das coisas até a chegada dos peritos (oficiais ou nomeados para o ato),
que poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas
elucidativos (art. 164), registrando ainda, no laudo, as alterações do estado das
coisas e a consequência dessas alterações na dinâmica dos fatos.
Por fim, poderão as partes requerer a oitiva do perito oficial ou dos
nomeados, para esclarecer o laudo. Para tanto, deve-se atentar para o disposto
no art. 400, § 2º, do CPP, em que as partes deverão requerer a oitiva dos peritos,
que será realizada na audiência de instrução e julgamento. O requerimento para a
oitiva dos peritos deve ser realizado com antecedência mínima de 10 dias da
audiência de instrução e julgamento, nos termos do art.159, § 5º, I, do CPP.
É nesse sentido a letra da lei:

Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão


minuciosamente o que examinarem, e responderão aos quesitos formulados.
(Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)

Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10


dias, podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento
dos peritos.

B) 10 dias prorrogáveis a depender de requerimento dos peritos


(certo)
Aury Lopes Jr (p. 682, 2020) afirma que para efeito de exame do local do
delito, a autoridade policial providenciará imediatamente que não se altere o
estado das coisas até a chegada dos peritos (oficiais ou nomeados para o ato),
que poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas
elucidativos (art. 164), registrando ainda, no laudo, as alterações do estado das
coisas e a consequência dessas alterações na dinâmica dos fatos.
Por fim, poderão as partes requerer a oitiva do perito oficial ou dos
nomeados, para esclarecer o laudo. Para tanto, deve-se atentar para o disposto
no art. 400, § 2º, do CPP, em que as partes deverão requerer a oitiva dos peritos,
que será realizada na audiência de instrução e julgamento. O requerimento para a
oitiva dos peritos deve ser realizado com antecedência mínima de 10 dias da
audiência de instrução e julgamento, nos termos do art.159, § 5º, I, do CPP.
É nesse sentido a letra da lei:

Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão


minuciosamente o que examinarem, e responderão aos quesitos formulados.
(Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)

Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10


dias, podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento
dos peritos.

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C) 15 dias improrrogáveis. (errado)


Aury Lopes Jr (p. 682, 2020) afirma que para efeito de exame do local do
delito, a autoridade policial providenciará imediatamente que não se altere o
estado das coisas até a chegada dos peritos (oficiais ou nomeados para o ato),
que poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas
elucidativos (art. 164), registrando ainda, no laudo, as alterações do estado das
coisas e a consequência dessas alterações na dinâmica dos fatos.
Por fim, poderão as partes requerer a oitiva do perito oficial ou dos
nomeados, para esclarecer o laudo. Para tanto, deve-se atentar para o disposto
no art. 400, § 2º, do CPP, em que as partes deverão requerer a oitiva dos peritos,
que será realizada na audiência de instrução e julgamento. O requerimento para a
oitiva dos peritos deve ser realizado com antecedência mínima de 10 dias da
audiência de instrução e julgamento, nos termos do art.159, § 5º, I, do CPP.
É nesse sentido a letra da lei:

Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão


minuciosamente o que examinarem, e responderão aos quesitos formulados.
(Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)

Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10


dias, podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento
dos peritos.

D) 15 dias prorrogáveis a depender de requerimento dos perito


(errado)
Aury Lopes Jr (p. 682, 2020) afirma que para efeito de exame do local do
delito, a autoridade policial providenciará imediatamente que não se altere o
estado das coisas até a chegada dos peritos (oficiais ou nomeados para o ato),
que poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas
elucidativos (art. 164), registrando ainda, no laudo, as alterações do estado das
coisas e a consequência dessas alterações na dinâmica dos fatos.
Por fim, poderão as partes requerer a oitiva do perito oficial ou dos
nomeados, para esclarecer o laudo. Para tanto, deve-se atentar para o disposto
no art. 400, § 2º, do CPP, em que as partes deverão requerer a oitiva dos peritos,
que será realizada na audiência de instrução e julgamento. O requerimento para a
oitiva dos peritos deve ser realizado com antecedência mínima de 10 dias da
audiência de instrução e julgamento, nos termos do art.159, § 5º, I, do CPP.
É nesse sentido a letra da lei:

Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão


minuciosamente o que examinarem, e responderão aos quesitos formulados.
(Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)

Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10


dias, podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento
dos peritos.

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17- Marque a assertiva correta:

A) As partes não poderão requer a oitiva do perito oficial para esclarecer o laudo.
B) As partes poderão requer a oitiva do perito oficial para esclarecer o laudo, e o
juiz marcará audiência exclusiva para tal oitiva.
C) As partes poderão requer a oitiva do perito oficial para esclarecer o laudo, com
antecedência mínima de 10 dias da audiência de instrução e julgamento.
D) As partes poderão requer a oitiva do perito oficial para esclarecer o laudo, em
até 10 dias após o resultado do mesmo.

GABARITO letra c

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) As partes não poderão requer a oitiva do perito oficial para


esclarecer o laudo. (errado)
Errado. Pode. Artigo 400 §2 CPP.
B) As partes poderão requer a oitiva do perito oficial para esclarecer
o laudo, e o juiz marcará audiência exclusiva para tal oitiva. (errado)
Errado. Será feita em audiência de instrução e julgamento. Artigo 400 §2
CPP.
C) As partes poderão requer a oitiva do perito oficial para esclarecer
o laudo, com antecedência mínima de 10 dias da audiência de instrução e
julgamento. (certo)
Certo. Artigo 400 §2 CPP.
D) As partes poderão requer a oitiva do perito oficial para esclarecer
o laudo, em até 10 dias após o resultado do mesmo. (errado)
Errado. Prazo 10 dias antes da audiência. Artigo 400 §2 CPP

SOLUÇÃO COMPLETA
A) As partes não poderão requer a oitiva do perito oficial para
esclarecer o laudo. (errado)
Aury Lopes Jr (p. 682, 2020) afirma que para efeito de exame do local do
delito, a autoridade policial providenciará imediatamente que não se altere o
estado das coisas até a chegada dos peritos (oficiais ou nomeados para o ato),
que poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas
elucidativos (art. 164), registrando ainda, no laudo, as alterações do estado das
coisas e a consequência dessas alterações na dinâmica dos fatos.
Por fim, poderão as partes requerer a oitiva do perito oficial ou dos
nomeados, para esclarecer o laudo. Para tanto, deve-se atentar para o disposto
no art. 400, § 2º, do CPP, em que as partes deverão requerer a oitiva dos peritos,
que será realizada na audiência de instrução e julgamento. O requerimento para a
oitiva dos peritos deve ser realizado com antecedência mínima de 10 dias da
audiência de instrução e julgamento, nos termos do art.159, § 5º, I, do CPP.

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É nesse sentido a letra da lei, no Código De Processo Penal:

Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por
perito oficial, portador de diploma de curso superior.
§ 5o Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à
perícia:
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para
responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou
questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima
de 10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar;

Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo


máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do
ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa,
nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos
esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e
coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado.
§ 2o Os esclarecimentos dos peritos dependerão de prévio requerimento
das partes.

B) As partes poderão requer a oitiva do perito oficial para esclarecer


o laudo, e o juiz marcará audiência exclusiva para tal oitiva. (errado)
Aury Lopes Jr (p. 682, 2020) afirma que para efeito de exame do local do
delito, a autoridade policial providenciará imediatamente que não se altere o
estado das coisas até a chegada dos peritos (oficiais ou nomeados para o ato),
que poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas
elucidativos (art. 164), registrando ainda, no laudo, as alterações do estado das
coisas e a consequência dessas alterações na dinâmica dos fatos.
Por fim, poderão as partes requerer a oitiva do perito oficial ou dos
nomeados, para esclarecer o laudo. Para tanto, deve-se atentar para o disposto
no art. 400, § 2º, do CPP, em que as partes deverão requerer a oitiva dos peritos,
que será realizada na audiência de instrução e julgamento. O requerimento para a
oitiva dos peritos deve ser realizado com antecedência mínima de 10 dias da
audiência de instrução e julgamento, nos termos do art.159, § 5º, I, do CPP.
É nesse sentido a letra da lei, no Código De Processo Penal:

Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por
perito oficial, portador de diploma de curso superior.
§ 5o Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à
perícia:
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para
responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou
questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima
de 10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar;

Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo


máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do
ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa,

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nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos
esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e
coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado.
§ 2o Os esclarecimentos dos peritos dependerão de prévio requerimento
das partes.

C) As partes poderão requer a oitiva do perito oficial para esclarecer


o laudo, com antecedência mínima de 10 dias da audiência de instrução e
julgamento. (certo)
Aury Lopes Jr (p. 682, 2020) afirma que para efeito de exame do local do
delito, a autoridade policial providenciará imediatamente que não se altere o
estado das coisas até a chegada dos peritos (oficiais ou nomeados para o ato),
que poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas
elucidativos (art. 164), registrando ainda, no laudo, as alterações do estado das
coisas e a consequência dessas alterações na dinâmica dos fatos.
Por fim, poderão as partes requerer a oitiva do perito oficial ou dos
nomeados, para esclarecer o laudo. Para tanto, deve-se atentar para o disposto
no art. 400, § 2º, do CPP, em que as partes deverão requerer a oitiva dos peritos,
que será realizada na audiência de instrução e julgamento. O requerimento para a
oitiva dos peritos deve ser realizado com antecedência mínima de 10 dias da
audiência de instrução e julgamento, nos termos do art.159, § 5º, I, do CPP.
É nesse sentido a letra da lei, no Código De Processo Penal:

Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por
perito oficial, portador de diploma de curso superior.
§ 5o Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à
perícia:
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para
responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou
questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima
de 10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar;

Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo


máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do
ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa,
nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos
esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e
coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado.
§ 2o Os esclarecimentos dos peritos dependerão de prévio requerimento
das partes.

D) As partes poderão requer a oitiva do perito oficial para esclarecer


o laudo, em até 10 dias após o resultado do mesmo. (errado)

Aury Lopes Jr (p. 682, 2020) afirma que para efeito de exame do local do
delito, a autoridade policial providenciará imediatamente que não se altere o
estado das coisas até a chegada dos peritos (oficiais ou nomeados para o ato),
que poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas

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elucidativos (art. 164), registrando ainda, no laudo, as alterações do estado das


coisas e a consequência dessas alterações na dinâmica dos fatos.
Por fim, poderão as partes requerer a oitiva do perito oficial ou dos
nomeados, para esclarecer o laudo. Para tanto, deve-se atentar para o disposto
no art. 400, § 2º, do CPP, em que as partes deverão requerer a oitiva dos peritos,
que será realizada na audiência de instrução e julgamento. O requerimento para a
oitiva dos peritos deve ser realizado com antecedência mínima de 10 dias da
audiência de instrução e julgamento, nos termos do art.159, § 5º, I, do CPP.
É nesse sentido a letra da lei, no Código De Processo Penal:

Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por
perito oficial, portador de diploma de curso superior.
§ 5o Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à
perícia:
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para
responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou
questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima
de 10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar;

Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo


máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do
ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa,
nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos
esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e
coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado.
§ 2o Os esclarecimentos dos peritos dependerão de prévio requerimento
das partes.

18- O exame de corpo de delito:

A) Pode ser realizado de dia e à noite, mas não poderá ser feito aos finais de semana
e feriados.
B) Pode ser realizado somente de dia, todos os dias do ano.
C) Pode ser feito em qualquer dia e a qualquer hora.
D) Pode ser feito a qualquer hora, de segunda a sábado.

GABARITO

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) Pode ser realizado de dia e à noite, mas não poderá ser feito aos
finais de semana e feriados. (errado)
Errado. Artigo 161 CPP.
B) Pode ser realizado somente de dia, todos os dias do ano. (errado)
Errado. Artigo 161 CPP.
C) Pode ser feito em qualquer dia e a qualquer hora. (certo)
Certo. Artigo 161 CPP

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D) Pode ser feito a qualquer hora, de segunda a sábado. (errado)


Errado. Artigo 161 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

A) Pode ser realizado de dia e à noite, mas não poderá ser feito aos
finais de semana e feriados. (errado)
Aury Lopes Jr. (p.677, 2020) afirma que o perito, por elementar, não é meio
de prova ou sujeito de prova, sendo estéril (senão descabida) tal discussão. É ele
um “auxiliar da Justiça”, na definição do Título VIII do CPP, mas cuja produção
(laudo) é sim um meio de prova.
A perícia é uma declaração técnica acerca de um elemento de prova,
considerada uma prova técnica, na medida em que sua produção exige o domínio
de determinado saber técnico.
De acordo com o Código de Processo Penal:

Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a
qualquer hora.

B) Pode ser realizado somente de dia, todos os dias do ano. (errado)


Aury Lopes Jr. (p.677, 2020) afirma que o perito, por elementar, não é meio
de prova ou sujeito de prova, sendo estéril (senão descabida) tal discussão. É ele
um “auxiliar da Justiça”, na definição do Título VIII do CPP, mas cuja produção
(laudo) é sim um meio de prova.
A perícia é uma declaração técnica acerca de um elemento de prova,
considerada uma prova técnica, na medida em que sua produção exige o domínio
de determinado saber técnico.
De acordo com o Código de Processo Penal:

Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a
qualquer hora.

C) Pode ser feito em qualquer dia e a qualquer hora. (certo)


Aury Lopes Jr. (p.677, 2020) afirma que o perito, por elementar, não é meio
de prova ou sujeito de prova, sendo estéril (senão descabida) tal discussão. É ele
um “auxiliar da Justiça”, na definição do Título VIII do CPP, mas cuja produção
(laudo) é sim um meio de prova.
A perícia é uma declaração técnica acerca de um elemento de prova,
considerada uma prova técnica, na medida em que sua produção exige o domínio
de determinado saber técnico.
De acordo com o Código de Processo Penal:

Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a
qualquer hora.

D) Pode ser feito a qualquer hora, de segunda a sábado. (errado)


Aury Lopes Jr. (p.677, 2020) afirma que o perito, por elementar, não é meio
de prova ou sujeito de prova, sendo estéril (senão descabida) tal discussão. É ele

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um “auxiliar da Justiça”, na definição do Título VIII do CPP, mas cuja produção


(laudo) é sim um meio de prova.
A perícia é uma declaração técnica acerca de um elemento de prova,
considerada uma prova técnica, na medida em que sua produção exige o domínio
de determinado saber técnico.
De acordo com o Código de Processo Penal:

Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a
qualquer hora.

19- Em relação ao exame de corpo delito por precatória, é correto afirmar:

A) a nomeação dos peritos far-se-á no juízo deprecante


b) não é possível ser realizado
c) em caso de ação penal condicionada a representação, se houver acordo das
partes, a nomeação do perito pode ser feita no juiz deprecante
d) a nomeação dos peritos far-se-á no juízo deprecado
GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) a nomeação dos peritos far-se-á no juízo deprecante (errado)


Errado. Artigo 177 CPP.
b) não é possível ser realizado (certo)
Errado. É possível. Artigo 177 CPP.
c) em caso de ação penal condicionada a representação, se houver
acordo das partes, a nomeação do perito pode ser feita no juiz deprecante
(errado)
Errado. Em caso de ação privada. Artigo 177 CPP.
d) a nomeação dos peritos far-se-á no juízo deprecado (errado)
Certo. Artigo 177 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

A) a nomeação dos peritos far-se-á no juízo deprecante (errado)


O artigo 177 do CPP preceitua:

Art. 177. No exame por precatória, a nomeação dos peritos far-se-á no juízo
deprecado. Havendo, porém, no caso de ação privada, acordo das partes, essa
nomeação poderá ser feita pelo juiz deprecante.
Parágrafo único. Os quesitos do juiz e das partes serão transcritos na
precatória.

Surge a necessidade de analisar onde o objeto ou material a ser analisado


se encontra. Isto é, caso esteja em comarca diversa daquela onde se situa a
autoridade policial ou o juiz. Como regra geral, é o juiz ou a autoridade policial do

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local da diligência (juízo deprecado) quem nomeia o perito, sem qualquer


participação das partes.
Em caráter de exceção, caso a ação penal seja de cunho privado, mediante
concordância das partes, a nomeação pode ser feita pelo juízo deprecante. Em
qualquer caso, os quesitos formulados pelo juiz e pelas partes seguirão na carta
precatória, conforme parágrafo único supracitado.

b) não é possível ser realizado (certo)


O artigo 177 do CPP preceitua:

Art. 177. No exame por precatória, a nomeação dos peritos far-se-á no juízo
deprecado. Havendo, porém, no caso de ação privada, acordo das partes, essa
nomeação poderá ser feita pelo juiz deprecante.
Parágrafo único. Os quesitos do juiz e das partes serão transcritos na
precatória.

Surge a necessidade de analisar onde o objeto ou material a ser analisado


se encontra. Isto é, caso esteja em comarca diversa daquela onde se situa a
autoridade policial ou o juiz. Como regra geral, é o juiz ou a autoridade policial do
local da diligência (juízo deprecado) quem nomeia o perito, sem qualquer
participação das partes.
Em caráter de exceção, caso a ação penal seja de cunho privado, mediante
concordância das partes, a nomeação pode ser feita pelo juízo deprecante. Em
qualquer caso, os quesitos formulados pelo juiz e pelas partes seguirão na carta
precatória, conforme parágrafo único supracitado.

c) em caso de ação penal condicionada a representação, se houver


acordo das partes, a nomeação do perito pode ser feita no juiz deprecante
(errado)
O artigo 177 do CPP preceitua:

Art. 177. No exame por precatória, a nomeação dos peritos far-se-á no juízo
deprecado. Havendo, porém, no caso de ação privada, acordo das partes, essa
nomeação poderá ser feita pelo juiz deprecante.
Parágrafo único. Os quesitos do juiz e das partes serão transcritos na
precatória.

Surge a necessidade de analisar onde o objeto ou material a ser analisado


se encontra. Isto é, caso esteja em comarca diversa daquela onde se situa a
autoridade policial ou o juiz. Como regra geral, é o juiz ou a autoridade policial do
local da diligência (juízo deprecado) quem nomeia o perito, sem qualquer
participação das partes.
Em caráter de exceção, caso a ação penal seja de cunho privado, mediante
concordância das partes, a nomeação pode ser feita pelo juízo deprecante. Em
qualquer caso, os quesitos formulados pelo juiz e pelas partes seguirão na carta
precatória, conforme parágrafo único supracitado.

d) a nomeação dos peritos far-se-á no juízo deprecado (errado)

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O artigo 177 do CPP preceitua:

Art. 177. No exame por precatória, a nomeação dos peritos far-se-á no juízo
deprecado. Havendo, porém, no caso de ação privada, acordo das partes, essa
nomeação poderá ser feita pelo juiz deprecante.
Parágrafo único. Os quesitos do juiz e das partes serão transcritos na
precatória.

Surge a necessidade de analisar onde o objeto ou material a ser analisado


se encontra. Isto é, caso esteja em comarca diversa daquela onde se situa a
autoridade policial ou o juiz. Como regra geral, é o juiz ou a autoridade policial do
local da diligência (juízo deprecado) quem nomeia o perito, sem qualquer
participação das partes.
Em caráter de exceção, caso a ação penal seja de cunho privado, mediante
concordância das partes, a nomeação pode ser feita pelo juízo deprecante. Em
qualquer caso, os quesitos formulados pelo juiz e pelas partes seguirão na carta
precatória, conforme parágrafo único supracitado.

20- De acordo com os preceitos do código de processo penal, a autópsia:

A) será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela
evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que
declararão no auto.
B) será feita pelo menos três horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela
evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que
declararão no auto.
C) será feita no máximo seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela
evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que
declararão no auto.
D) será feita no máximo doze horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela
evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que
declararão no auto

GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os


peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita
antes daquele prazo, o que declararão no auto. (certo)
Certo. Artigo 162 CPP.

B) será feita pelo menos três horas depois do óbito, salvo se os


peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita
antes daquele prazo, o que declararão no auto. (errado)
Errado. Artigo 162 CPP.

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c) será feita no máximo seis horas depois do óbito, salvo se os


peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita
antes daquele prazo, o que declararão no auto. (errado)
Errado. Artigo 162 CPP.

d) será feita no máximo doze horas depois do óbito, salvo se os


peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita
antes daquele prazo, o que declararão no auto. (errado)
Errado. Artigo 162 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

A) será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os


peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita
antes daquele prazo, o que declararão no auto. (certo)
Nucci define autópsia como sendo exame feito por peritos das partes
internas de um cadáver, com o objetivo, exclusivo, de comprovar a morte e sua
respectiva causa.
No Código de Processo Penal, tem-se:

Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo
se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita
antes daquele prazo, o que declararão no auto.

Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame


externo do cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as
lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade
de exame interno para a verificação de alguma circunstância relevante.

De acordo também com o doutrinador Guilherme Nucci, art. 162, caput, do


CPP, para a realização da autópsia, garante-se o tempo mínimo de segurança de 6
(seis) horas, tempo esse necessário para o surgimento de "incontroversos sinais
tanatalógicos, demonstrativos da morte da vítima, evitando-se qualquer engano
fatal
B) será feita pelo menos três horas depois do óbito, salvo se os
peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita
antes daquele prazo, o que declararão no auto. (errado)
Nucci define autópsia como sendo exame feito por peritos das partes
internas de um cadáver, com o objetivo, exclusivo, de comprovar a morte e sua
respectiva causa.
No Código de Processo Penal, tem-se:

Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo
se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita
antes daquele prazo, o que declararão no auto.

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Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame


externo do cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as
lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade
de exame interno para a verificação de alguma circunstância relevante.

De acordo também com o doutrinador Guilherme Nucci, art. 162, caput, do


CPP, para a realização da autópsia, garante-se o tempo mínimo de segurança de 6
(seis) horas, tempo esse necessário para o surgimento de "incontroversos sinais
tanatalógicos, demonstrativos da morte da vítima, evitando-se qualquer engano
fatal

c) será feita no máximo seis horas depois do óbito, salvo se os


peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita
antes daquele prazo, o que declararão no auto. (errado)
Nucci define autópsia como sendo exame feito por peritos das partes
internas de um cadáver, com o objetivo, exclusivo, de comprovar a morte e sua
respectiva causa.
No Código de Processo Penal, tem-se:

Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo
se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita
antes daquele prazo, o que declararão no auto.

Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame


externo do cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as
lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade
de exame interno para a verificação de alguma circunstância relevante.

De acordo também com o doutrinador Guilherme Nucci, art. 162, caput, do


CPP, para a realização da autópsia, garante-se o tempo mínimo de segurança de 6
(seis) horas, tempo esse necessário para o surgimento de "incontroversos sinais
tanatalógicos, demonstrativos da morte da vítima, evitando-se qualquer engano
fatal

d) será feita no máximo doze horas depois do óbito, salvo se os


peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita
antes daquele prazo, o que declararão no auto. (errado)

Nucci define autópsia como sendo exame feito por peritos das partes
internas de um cadáver, com o objetivo, exclusivo, de comprovar a morte e sua
respectiva causa.
No Código de Processo Penal, tem-se:

Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo
se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita
antes daquele prazo, o que declararão no auto.

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Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame


externo do cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as
lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade
de exame interno para a verificação de alguma circunstância relevante.

De acordo também com o doutrinador Guilherme Nucci, art. 162, caput, do


CPP, para a realização da autópsia, garante-se o tempo mínimo de segurança de 6
(seis) horas, tempo esse necessário para o surgimento de "incontroversos sinais
tanatalógicos, demonstrativos da morte da vítima, evitando-se qualquer engano
fatal

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SUMÁRIO
Questões sobre a aula......................................................................................................................................2
Gabarito ...........................................................................................................................................................6
Questões Comentadas .....................................................................................................................................7

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1
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QUESTÕES SOBRE A AULA

1. ANO: 2020 Questão Inédita


Analise a alternativa a seguir:

A exumação será feito apenas para realização de autópsia caso haja dúvida
superveniente acerca da causa mortis.

Certo ( ) Errado ( )

2. ANO: 2020 Questão Inédita


Julgue o item a seguir:

No ato da exumação, o administrador de cemitério público ou particular


que se negar a indicar o lugar da sepultura, incorrerá em desobediência.
Certo ( ) Errado ( )

3. ANO: 2020 Questão Inédita

Acerca das informações advindas dos laudos periciais, julgue o item abaixo:

O resultado do laudo pericial vincula a decisão do juiz.

Certo ( ) Errado ( )

4. ANO: 2020 Questão Inédita

Acerca das informações advindas dos laudos periciais, julgue o item abaixo:

O juiz não ficará adstrito ao laudo, contudo, pode só pode aceitá-lo ou rejeitá-lo no
todo, não admitindo que apenas partes dele sejam aceitas.

Certo ( ) Errado ( )

5. ANO: 2020 Questão Inédita


Analise a hipótese que segue abaixo:

Somente o juiz pode negar a pericia requerida pelas partes, quando não for necessária
ao esclarecimento da verdade.

Certo ( ) Errado ( )

6. ANO: 2020 Questão Inédita


Julgue o item a seguir:
O juiz ou autoridade policial não podem negar perícia requerida pelas partes, sob pena
de violação ao contraditório e ampla defesa.

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2
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Certo ( ) Errado ( )

7. ANO: 2020 Questão Inédita

Julgue o item a seguir:

O juiz ou a autoridade policial negará a perícia requerida pelas partes, quando não for
necessária ao esclarecimento da verdade, em qualquer hipótese.

Certo ( ) Errado ( )

8. ANO: 2020 Questão Inédita

Analise a alternativa a seguir em consonância com o preceito do Código de Processo


Penal:

O artigo 184 preceitua que a pericia requerida pelas partes poderá ser negada salvo
quando se tratar de pedido do Ministério Público.

Certo ( ) Errado ( )

9. ANO: 2020 Questão Inédita

Julgue o item abaixo:

Caso haja divergência entre os peritos, prevalecerá o primeiro laudo apresentado.

Certo ( ) Errado ( )

10. ANO: 2020 Questão Inédita

Julgue o item abaixo:

No caso de inobservância de formalidades ou em obscuridade, omissão ou contradição


entre peritos, a autoridade policial mandará suprir a formalidade, complementar ou
esclarecer o laudo.

Certo ( ) Errado ( )

11. ANO: 2013 BANCA: VUNESP ÓRGÃO: PC-SP PROVA: VUNESP - 2013 - PC-SP -
ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL

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3
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Nos termos do art. 184 do CPP, o juiz ou a autoridade policial negará a perícia
requerida pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento da verdade, salvo
quando se tratar de:

A) pedido do acusado.
B) vistoria judicial.
C) pedido do Ministério Público.
D)exame de corpo de delito.

12. ANO: 2020 Questão Inédita

Nos termos do art. 184 do CPP, o juiz ou a autoridade policial negará a perícia
requerida pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento da verdade, salvo
quando se tratar de:

A) pedido do acusado.
B) vistoria judicial.
C) pedido do Ministério Público.
D)exame de corpo de delito.

13. ANO: 2020 Questão Inédita

Em relação a produção de prova pericial, assinale a alternativa correta:

A) Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial negará a


perícia requerida pelas partes, quando
não for necessária ao esclarecimento da verdade.
B) O juiz ou a autoridade policial negará a perícia requerida pelas partes, quando não
for necessária ao esclarecimento da verdade, em qualquer hipótese.
C) O juiz ou autoridade policial não podem negar perícia requerida pelas partes, sob
pena de violação ao contraditório e ampla defesa.
D) Somente o juiz pode negar a pericia requerida pelas partes, quando não for
necessária ao esclarecimento da verdade

14. ANO: 2020 Questão Inédita

Caso haja divergência entre os peritos:

A) Prevalecerá o primeiro laudo apresentado


B) Prevalecerá o laudo mais benéfico para o réu
C) Será escolhido um terceiro perito pela autoridade policial
D) Serão consignadas no auto do exame as declarações e respostas de um e de outro,
ou cada um redigirá separadamente o seu laudo, e a autoridade nomeará um terceiro;
se este divergir de ambos, a autoridade poderá mandar proceder a novo exame por
outros peritos.

15. ANO: 2020 Questão Inédita

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4
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Caso haja inobservância de formalidades ou em obscuridade, omissão ou contradição


entre peritos:

A) a autoridade policial poderá mandar suprir a formalidade, complementar ou


esclarecer o laudo.
b) a autoridade judicial poderá mandar suprir a formalidade, complementar ou
esclarecer o laudo.
C) a autoridade judicial deverá ordenar que se proceda novo exame
D) a autoridade policial poderá também ordenar que se proceda a novo exame, por
outro peritos.

16. ANO: 2020 Questão Inédita

Em relação a exumação, marque a opção correta:

A) É destinada a desenterrar ou tirar o cadáver da sepultura apenas para realização de


autópsia, caso exista dúvida superveniente sobre causa mortis.
B) É destinada a desenterrar ou tirar o cadáver da sepultura apenas com o objetivo de
refazer a perícia.
C) Não pode ser realizada para complementação dos dados colhidos.
D) Pode ser realizada para complementação dos dados colhidos ou para refazer perícia.

17. ANO: 2020 Questão Inédita

A exumação pode ser determinada:

A) pelo delegado de policia, somente.


B) pela autoridade judicial, somente.
C) pelo delegado de policia em regra, e pela autoridade judicial em caráter excepcional.
D) pela autoridade judicial, em regra, e pela autoridade policial, em caráter
excepcional.

18. ANO: 2020 Questão Inédita

A exumação pode ser determinada:

A) pelo delegado de policia, somente.


B) pela autoridade judicial, somente.
C) pelo delegado de policia em regra, e pela autoridade judicial em caráter excepcional.
D) pela autoridade judicial, em regra, e pela autoridade policial, em caráter
excepcional.

19. ANO: 2020 Questão Inédita

Marque a opção incorreta:

A) Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade providenciará para que,


em dia e hora previamente marcados, se realize a diligência, da qual se lavrará auto
circunstanciado

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5
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B) O administrador de cemitério público ou particular indicará o lugar da sepultura,


sob pena de desobediência. No caso de recusa ou de falta de quem indique a sepultura,
ou de encontrar-se o cadáver em lugar não destinado a inumações, a autoridade
procederá às pesquisas necessárias, o que tudo constará do auto.
C) Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver exumado, proceder-se-á ao
reconhecimento pelo Instituto de Identificação e Estatística ou repartição congênere ou
pela inquirição de testemunhas, lavrando-se auto de reconhecimento e de identidade,
no qual se descreverá o cadáver, com todos os sinais e indicações.
D) Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem deixados pelos
peritos após a exumação, bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e
vestígios deixados no local do crime

20. ANO: 2020 Questão Inédita

No ato da exumação, caso o administrador do cemitério particular negue a indicar o


lugar da sepultura:

A) Será necessário mandado de busca e apreensão


B) O mesmo não responderá por desobediência
C) As autoridades procederão às pesquisas necessárias, o que tudo constará do auto
D) As autoridades não poderão ingressar no cemitério por ser área particular diante da
recusa de seu administrador.

GABARITO
1. Errado
2. Certo
3. Errado
4. Errado
5. Errado
6. Errado
7. Errado
8. Errado
9. Errado
10. Errado
11. C
12. D
13. A
14. D
15. B
16. XX
17. D
18. C
19. D
20. C

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QUESTÕES COMENTADAS
1- Analise a alternativa a seguir:

A exumação será feito apenas para realização de autópsia caso haja dúvida
superveniente acerca da causa mortis.

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. Existem outras hipóteses de exumação, a exemplo refazer


perícia.

SOLUÇÃO COMPLETA

De acordo com Nucci (2020) exumar é o ato de desenterrar ou retirar o


cadáver da sepultura. Trata-se de procedimento que pode ser necessário para
realizar a autópsia, quando surge dúvida sobre a causa mortis, ou para refazer
perícia ou complementar dados já colhidos. Havendo infração aos dispositivos
legais que autorizam a exumação ou inumação ocorre contravenção penal.
Em regra, será determinada pela Autoridade Policial e, excepcionalmente,
pela autoridade judicial. A doutrina ainda aponta para a possibilidade de o
Ministério Público determinar a realização da exumação, já que ele poderá
requisitar diretamente ao delegado a prática de diligências, por força do art. 47 do
CPP.

No ordenamento jurídico temos os seguintes preceitos acerca do tema:

Código de Processo Penal:

Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade


providenciará para que, em dia e hora previamente marcados, se realize a
diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado.

Parágrafo único. O administrador de cemitério público ou particular indicará


o lugar da sepultura, sob pena de desobediência. No caso de recusa ou de falta de
quem indique a sepultura, ou de encontrar-se o cadáver em lugar não destinado a
inumações, a autoridade procederá às pesquisas necessárias, o que tudo constará
do auto.

Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem


encontrados, bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e
vestígios deixados no local do crime. (Redação dada pela Lei nº
8.862, de 28.3.1994)

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Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos,


quando possível, juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou
desenhos, devidamente rubricados.

Art. 166. Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver exumado,


proceder-se-á ao reconhecimento pelo Instituto de Identificação e Estatística ou
repartição congênere ou pela inquirição de testemunhas, lavrando-se auto de
reconhecimento e de identidade, no qual se descreverá o cadáver, com todos os
sinais e indicações.

Parágrafo único. Em qualquer caso, serão arrecadados e autenticados todos


os objetos encontrados, que possam ser úteis para a identificação do cadáver.

2. Julgue o item a seguir:

No ato da exumação, o administrador de cemitério público ou particular


que se negar a indicar o lugar da sepultura, incorrerá em desobediência.
GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Certo. Artigo 163 § único CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

De acordo com Nucci (2020) exumar é o ato de desenterrar ou retirar o


cadáver da sepultura. Trata-se de procedimento que pode ser necessário para
realizar a autópsia, quando surge dúvida sobre a causa mortis, ou para refazer
perícia ou complementar dados já colhidos. Havendo infração aos dispositivos
legais que autorizam a exumação ou inumação ocorre contravenção penal.
Em regra, será determinada pela Autoridade Policial e, excepcionalmente,
pela autoridade judicial. A doutrina ainda aponta para a possibilidade de o
Ministério Público determinar a realização da exumação, já que ele poderá
requisitar diretamente ao delegado a prática de diligências, por força do art. 47 do
CPP.

No ordenamento jurídico temos os seguintes preceitos acerca do tema:

Código de Processo Penal:

Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade


providenciará para que, em dia e hora previamente marcados, se realize a
diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado.

Parágrafo único. O administrador de cemitério público ou particular indicará


o lugar da sepultura, sob pena de desobediência. No caso de recusa ou de falta de

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quem indique a sepultura, ou de encontrar-se o cadáver em lugar não destinado a


inumações, a autoridade procederá às pesquisas necessárias, o que tudo constará
do auto.

Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem


encontrados, bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e
vestígios deixados no local do crime. (Redação dada pela Lei nº
8.862, de 28.3.1994)

Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos,


quando possível, juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou
desenhos, devidamente rubricados.

Art. 166. Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver exumado,


proceder-se-á ao reconhecimento pelo Instituto de Identificação e Estatística ou
repartição congênere ou pela inquirição de testemunhas, lavrando-se auto de
reconhecimento e de identidade, no qual se descreverá o cadáver, com todos os
sinais e indicações.

Parágrafo único. Em qualquer caso, serão arrecadados e autenticados todos


os objetos encontrados, que possam ser úteis para a identificação do cadáver.

3- Acerca das informações advindas dos laudos periciais, julgue o item abaixo:

O resultado do laudo pericial vincula a decisão do juiz.


GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. Artigo 182 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

De acordo Aury Lopes Jr (p. 676, 2020) todas as provas são relativas;
nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou necessariamente maior
prestígio que outras. Nesse sentido, é importante destacar o artigo 182 CPP:

Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo,
no todo ou em parte.

Em suma, o juízo feito pelo perito acerca do material examinado não vincula
o julgador, que continua livre para avaliar a perícia dentro do complexo contexto
probatório formado por diferentes elementos de convicção.
O juiz é o peritus peritorum, sem com isso admitir alguma presunçosa
capacidade de onisciência por parte do julgador, senão sua independência
axiológica e, ao mesmo tempo, o correspondente dever de motivar sua decisão à
luz da prova válida produzida no processo.

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9
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O perito, por elementar, não é meio de prova ou sujeito de prova, sendo


estéril (senão descabida) tal discussão. É ele um “auxiliar da Justiça”, na definição
do Título VIII do CPP, mas cuja produção (laudo) é sim um meio de prova.

4- Acerca das informações advindas dos laudos periciais, julgue o item abaixo:

O juiz não ficará adstrito ao laudo, contudo, pode só pode aceitá-lo ou rejeitá-lo no
todo, não admitindo que apenas partes dele sejam aceitas.

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. Artigo 182 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

De acordo Aury Lopes Jr (p. 676, 2020) todas as provas são relativas;
nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou necessariamente maior
prestígio que outras. Nesse sentido, é importante destacar o artigo 182 CPP:

Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo,
no todo ou em parte.

Em suma, o juízo feito pelo perito acerca do material examinado não vincula
o julgador, que continua livre para avaliar a perícia dentro do complexo contexto
probatório formado por diferentes elementos de convicção.
O juiz é o peritus peritorum, sem com isso admitir alguma presunçosa
capacidade de onisciência por parte do julgador, senão sua independência
axiológica e, ao mesmo tempo, o correspondente dever de motivar sua decisão à
luz da prova válida produzida no processo.
O perito, por elementar, não é meio de prova ou sujeito de prova, sendo
estéril (senão descabida) tal discussão. É ele um “auxiliar da Justiça”, na definição
do Título VIII do CPP, mas cuja produção (laudo) é sim um meio de prova.

5- Analise a hipótese que segue abaixo:

Somente o juiz pode negar a pericia requerida pelas partes, quando não for
necessária ao esclarecimento da verdade.
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. Artigo 184 CPP.

MUDE SUA VIDA!


10
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SOLUÇÃO COMPLETA

De acordo com Nestor Távora e Fábio Roque:

Caso o delegado negue a realização do exame de corpo de delito ou


qualquer outra perícia necessária, admite-se, por analogia, recurso administrativo
ao Chefe de Polícia. Pode também o interessado provocar o MP ou a autoridade
judiciária, para que requisitem ao delegado a sua reaização.
No entanto, se o juiz denega a diligência, não há recurso específico,
admitindo-se o manejo do mandado de segurança, correição parcial ou alegação
de nulidade em preliminar de futuro recurso, por cerceamento do direito de defesa
ou de acusação

No Código de Processo Penal, tem-se:

Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade


policial negará a perícia requerida pelas partes, quando não for necessária ao
esclarecimento da verdade.

6- Julgue o item a seguir:

O juiz ou autoridade policial não podem negar perícia requerida pelas partes, sob
pena de violação ao contraditório e ampla defesa.
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA
Errado. Artigo 184 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com Nestor Távora e Fábio Roque:

Caso o delegado negue a realização do exame de corpo de delito ou


qualquer outra perícia necessária, admite-se, por analogia, recurso administrativo
ao Chefe de Polícia. Pode também o interessado provocar o MP ou a autoridade
judiciária, para que requisitem ao delegado a sua reaização.
No entanto, se o juiz denega a diligência, não há recurso específico,
admitindo-se o manejo do mandado de segurança, correição parcial ou alegação
de nulidade em preliminar de futuro recurso, por cerceamento do direito de defesa
ou de acusação

No Código de Processo Penal, tem-se:

Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade


policial negará a perícia requerida pelas partes, quando não for necessária ao
esclarecimento da verdade.

MUDE SUA VIDA!


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7- Julgue o item a seguir:

O juiz ou a autoridade policial negará a perícia requerida pelas partes, quando não
for necessária ao esclarecimento da verdade, em qualquer hipótese.
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA
Errado. Artigo 184 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com Nestor Távora e Fábio Roque:

Caso o delegado negue a realização do exame de corpo de delito ou


qualquer outra perícia necessária, admite-se, por analogia, recurso administrativo
ao Chefe de Polícia. Pode também o interessado provocar o MP ou a autoridade
judiciária, para que requisitem ao delegado a sua reaização.
No entanto, se o juiz denega a diligência, não há recurso específico,
admitindo-se o manejo do mandado de segurança, correição parcial ou alegação
de nulidade em preliminar de futuro recurso, por cerceamento do direito de defesa
ou de acusação

No Código de Processo Penal, tem-se:

Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade


policial negará a perícia requerida pelas partes, quando não for necessária ao
esclarecimento da verdade.

8- Analise a alternativa a seguir em consonância com o preceito do Código de


Processo Penal:

O artigo 184 preceitua que a pericia requerida pelas partes poderá ser negada salvo
quando se tratar de pedido do Ministério Público.

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA
Errado. Artigo 184 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

De acordo com Nestor Távora e Fábio Roque:

MUDE SUA VIDA!


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Caso o delegado negue a realização do exame de corpo de delito ou


qualquer outra perícia necessária, admite-se, por analogia, recurso administrativo
ao Chefe de Polícia. Pode também o interessado provocar o MP ou a autoridade
judiciária, para que requisitem ao delegado a sua reaização.
No entanto, se o juiz denega a diligência, não há recurso específico,
admitindo-se o manejo do mandado de segurança, correição parcial ou alegação
de nulidade em preliminar de futuro recurso, por cerceamento do direito de defesa
ou de acusação

No Código de Processo Penal, tem-se:

Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade


policial negará a perícia requerida pelas partes, quando não for necessária ao
esclarecimento da verdade.

9- Julgue o item abaixo:

Caso haja divergência entre os peritos, prevalecerá o primeiro laudo apresentado.


GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA
Errado. Artigo 180 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

É importante destacar que conforme entendimento do STF nos autos do


agravo regimento no HC 174.400 DF, de relatoria do ministro Barroso, julgado em
24/09/2019, com a alteração promovida pela Lei nº 11.690/2008, o artigo 159
passou a estabelecer que “O exame de corpo de delito e outras perícias serão
realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior...”

De acordo com Renato Brasileiro:

O art. 180 do CPP, que não foi objeto de alterações pela Lei n. 11.690/08,
deve ser lido à luz da nova redação do art. 159 do CPP, que exige apenas 1 (um)
expert – e não 2 (dois) – quando o exame pericial for realizado por perito oficial.
Ora, se há a necessidade de apenas 1 (um) perito oficial para a realização das
perícias, é evidente que não constarão do mesmo laudo divergência entre peritos.
Na verdade, essa possibilidade de divergência entre peritos no mesmo exame
subsiste apenas nas hipóteses de perícias realizadas por peritos não oficiais ou o
caso de perícias complexas, que podem ser realizadas por mais de um perito
oficial. De todo modo, a necessidade (ou não) de nomeação de outro perito ficará
a cargo da autoridade responsável pela determinação do exame.
Ora, se o juiz está sujeito ao sistema do livre convencimento motivado, é
perfeitamente possível que sua convicção tenha sido formada com base nas

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conclusões de um dos peritos, tornando despicienda, pois, a nomeação de outro


expert.

Veja o que preceitua os artigos 180 e 181 CPP:

Art. 180. Se houver divergência entre os peritos, serão consignadas no auto


do exame as declarações e respostas de um e de outro, ou cada um redigirá
separadamente o seu laudo, e a autoridade nomeará um terceiro; se este divergir
de ambos, a autoridade poderá mandar proceder a novo exame por outros peritos

Art. 181. No caso de inobservância de formalidades, ou no caso de


omissões, obscuridades ou contradições, a autoridade judiciária mandará suprir a
formalidade, complementar ou esclarecer o laudo.

Parágrafo único. A autoridade poderá também ordenar que se proceda a


novo exame, por outros peritos, se julgar conveniente.

10- Julgue o item abaixo:

No caso de inobservância de formalidades ou em obscuridade, omissão ou


contradição entre peritos, a autoridade policial mandará suprir a formalidade,
complementar ou esclarecer o laudo.
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. Autoridade judicial. Artigo 181 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

É importante destacar que conforme entendimento do STF nos autos do


agravo regimento no HC 174.400 DF, de relatoria do ministro Barroso, julgado em
24/09/2019, com a alteração promovida pela Lei nº 11.690/2008, o artigo 159
passou a estabelecer que “O exame de corpo de delito e outras perícias serão
realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior...”

De acordo com Renato Brasileiro:

O art. 180 do CPP, que não foi objeto de alterações pela Lei n. 11.690/08,
deve ser lido à luz da nova redação do art. 159 do CPP, que exige apenas 1 (um)
expert – e não 2 (dois) – quando o exame pericial for realizado por perito oficial.
Ora, se há a necessidade de apenas 1 (um) perito oficial para a realização das
perícias, é evidente que não constarão do mesmo laudo divergência entre peritos.
Na verdade, essa possibilidade de divergência entre peritos no mesmo exame
subsiste apenas nas hipóteses de perícias realizadas por peritos não oficiais ou o
caso de perícias complexas, que podem ser realizadas por mais de um perito
oficial. De todo modo, a necessidade (ou não) de nomeação de outro perito ficará
a cargo da autoridade responsável pela determinação do exame.

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Ora, se o juiz está sujeito ao sistema do livre convencimento motivado, é


perfeitamente possível que sua convicção tenha sido formada com base nas
conclusões de um dos peritos, tornando despicienda, pois, a nomeação de outro
expert.

Veja o que preceitua os artigos 180 e 181 CPP:

Art. 180. Se houver divergência entre os peritos, serão consignadas no auto


do exame as declarações e respostas de um e de outro, ou cada um redigirá
separadamente o seu laudo, e a autoridade nomeará um terceiro; se este divergir
de ambos, a autoridade poderá mandar proceder a novo exame por outros peritos

Art. 181. No caso de inobservância de formalidades, ou no caso de


omissões, obscuridades ou contradições, a autoridade judiciária mandará suprir a
formalidade, complementar ou esclarecer o laudo.

Parágrafo único. A autoridade poderá também ordenar que se proceda a


novo exame, por outros peritos, se julgar conveniente.

11- Acerca das informações advindas dos laudos periciais, marque a alternativa
correta:

A) O resultado do laudo pericial vincula a decisão do juiz.


B) O juiz não ficará adstrito ao laudo, contudo, pode só pode aceitá-lo ou rejeitá-lo
no todo, não admitindo que apenas partes dele sejam aceitas.
C) O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo o rejeitá-lo, no todo ou em
parte.
D) O resultado do laudo pericial vincula a decisão do juiz apenas em casos de
homicídio.
GABARITO LETRA C

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) O resultado do laudo pericial vincula a decisão do juiz. (errado)


Errado. Artigo 182 CPP.

B) O juiz não ficará adstrito ao laudo, contudo, pode só pode aceitá-


lo ou rejeitá-lo no todo, não admitindo que apenas partes dele sejam
aceitas. (errado)
Errado. Artigo 182 CPP.

C) O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo o rejeitá-lo,


no todo ou em parte. (certo)
Certo. Artigo 182 CPP.

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D) O resultado do laudo pericial vincula a decisão do juiz apenas em


casos de homicídio. (errado)
Errado. Artigo 182 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

A) O resultado do laudo pericial vincula a decisão do juiz. (errado)


De acordo Aury Lopes Jr (p. 676, 2020) todas as provas são relativas;
nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou necessariamente maior
prestígio que outras. Nesse sentido, é importante destacar o artigo 182 CPP:

Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo,
no todo ou em parte.

Em suma, o juízo feito pelo perito acerca do material examinado não vincula
o julgador, que continua livre para avaliar a perícia dentro do complexo contexto
probatório formado por diferentes elementos de convicção.
O juiz é o peritus peritorum, sem com isso admitir alguma presunçosa
capacidade de onisciência por parte do julgador, senão sua independência
axiológica e, ao mesmo tempo, o correspondente dever de motivar sua decisão à
luz da prova válida produzida no processo.
O perito, por elementar, não é meio de prova ou sujeito de prova, sendo
estéril (senão descabida) tal discussão. É ele um “auxiliar da Justiça”, na definição
do Título VIII do CPP, mas cuja produção (laudo) é sim um meio de prova.

B) O juiz não ficará adstrito ao laudo, contudo, pode só pode aceitá-


lo ou rejeitá-lo no todo, não admitindo que apenas partes dele sejam
aceitas. (errado)
De acordo Aury Lopes Jr (p. 676, 2020) todas as provas são relativas;
nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou necessariamente maior
prestígio que outras. Nesse sentido, é importante destacar o artigo 182 CPP:

Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo,
no todo ou em parte.

Em suma, o juízo feito pelo perito acerca do material examinado não vincula
o julgador, que continua livre para avaliar a perícia dentro do complexo contexto
probatório formado por diferentes elementos de convicção.
O juiz é o peritus peritorum, sem com isso admitir alguma presunçosa
capacidade de onisciência por parte do julgador, senão sua independência
axiológica e, ao mesmo tempo, o correspondente dever de motivar sua decisão à
luz da prova válida produzida no processo.
O perito, por elementar, não é meio de prova ou sujeito de prova, sendo
estéril (senão descabida) tal discussão. É ele um “auxiliar da Justiça”, na definição
do Título VIII do CPP, mas cuja produção (laudo) é sim um meio de prova.

C) O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo o rejeitá-lo,


no todo ou em parte. (certo)

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De acordo Aury Lopes Jr (p. 676, 2020) todas as provas são relativas;
nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou necessariamente maior
prestígio que outras. Nesse sentido, é importante destacar o artigo 182 CPP:

Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo,
no todo ou em parte.

Em suma, o juízo feito pelo perito acerca do material examinado não vincula
o julgador, que continua livre para avaliar a perícia dentro do complexo contexto
probatório formado por diferentes elementos de convicção.
O juiz é o peritus peritorum, sem com isso admitir alguma presunçosa
capacidade de onisciência por parte do julgador, senão sua independência
axiológica e, ao mesmo tempo, o correspondente dever de motivar sua decisão à
luz da prova válida produzida no processo.
O perito, por elementar, não é meio de prova ou sujeito de prova, sendo
estéril (senão descabida) tal discussão. É ele um “auxiliar da Justiça”, na definição
do Título VIII do CPP, mas cuja produção (laudo) é sim um meio de prova.

D) O resultado do laudo pericial vincula a decisão do juiz apenas em


casos de homicídio. (errado)
De acordo Aury Lopes Jr (p. 676, 2020) todas as provas são relativas;
nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou necessariamente maior
prestígio que outras. Nesse sentido, é importante destacar o artigo 182 CPP:

Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo,
no todo ou em parte.

Em suma, o juízo feito pelo perito acerca do material examinado não vincula
o julgador, que continua livre para avaliar a perícia dentro do complexo contexto
probatório formado por diferentes elementos de convicção.
O juiz é o peritus peritorum, sem com isso admitir alguma presunçosa
capacidade de onisciência por parte do julgador, senão sua independência
axiológica e, ao mesmo tempo, o correspondente dever de motivar sua decisão à
luz da prova válida produzida no processo.
O perito, por elementar, não é meio de prova ou sujeito de prova, sendo
estéril (senão descabida) tal discussão. É ele um “auxiliar da Justiça”, na definição
do Título VIII do CPP, mas cuja produção (laudo) é sim um meio de prova.

12- Nos termos do art. 184 do CPP, o juiz ou a autoridade policial negará a perícia
requerida pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento da verdade, salvo
quando se tratar de:

A) pedido do acusado.
B) vistoria judicial.
C) pedido do Ministério Público.
D)exame de corpo de delito.

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GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) pedido do acusado. (Errado)


Errado. Artigo 184 CPP.

B) vistoria judicial. (Errado)


Errado. Artigo 184 CPP.

C) pedido do Ministério Público. (Errado)


Errado. Artigo 184 CPP.

D)exame de corpo de delito. (Certo)


Certo. Artigo 184 CPP.
SOLUÇÃO COMPLETA

A) pedido do acusado. (Errado)


De acordo com Nestor Távora e Fábio Roque:

Caso o delegado negue a realização do exame de corpo de delito ou


qualquer outra perícia necessária, admite-se, por analogia, recurso administrativo
ao Chefe de Polícia. Pode também o interessado provocar o MP ou a autoridade
judiciária, para que requisitem ao delegado a sua reaização.
No entanto, se o juiz denega a diligência, não há recurso específico,
admitindo-se o manejo do mandado de segurança, correição parcial ou alegação
de nulidade em preliminar de futuro recurso, por cerceamento do direito de defesa
ou de acusação

No Código de Processo Penal, tem-se:

Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade


policial negará a perícia requerida pelas partes, quando não for necessária ao
esclarecimento da verdade.

B) vistoria judicial. (Errado)


De acordo com Nestor Távora e Fábio Roque:

Caso o delegado negue a realização do exame de corpo de delito ou


qualquer outra perícia necessária, admite-se, por analogia, recurso administrativo
ao Chefe de Polícia. Pode também o interessado provocar o MP ou a autoridade
judiciária, para que requisitem ao delegado a sua reaização.
No entanto, se o juiz denega a diligência, não há recurso específico,
admitindo-se o manejo do mandado de segurança, correição parcial ou alegação
de nulidade em preliminar de futuro recurso, por cerceamento do direito de defesa
ou de acusação

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No Código de Processo Penal, tem-se:

Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade


policial negará a perícia requerida pelas partes, quando não for necessária ao
esclarecimento da verdade.

C) pedido do Ministério Público. (Errado)


De acordo com Nestor Távora e Fábio Roque:

Caso o delegado negue a realização do exame de corpo de delito ou


qualquer outra perícia necessária, admite-se, por analogia, recurso administrativo
ao Chefe de Polícia. Pode também o interessado provocar o MP ou a autoridade
judiciária, para que requisitem ao delegado a sua reaização.
No entanto, se o juiz denega a diligência, não há recurso específico,
admitindo-se o manejo do mandado de segurança, correição parcial ou alegação
de nulidade em preliminar de futuro recurso, por cerceamento do direito de defesa
ou de acusação

No Código de Processo Penal, tem-se:

Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade


policial negará a perícia requerida pelas partes, quando não for necessária ao
esclarecimento da verdade.

D)exame de corpo de delito. (Certo)


De acordo com Nestor Távora e Fábio Roque:

Caso o delegado negue a realização do exame de corpo de delito ou


qualquer outra perícia necessária, admite-se, por analogia, recurso administrativo
ao Chefe de Polícia. Pode também o interessado provocar o MP ou a autoridade
judiciária, para que requisitem ao delegado a sua reaização.
No entanto, se o juiz denega a diligência, não há recurso específico,
admitindo-se o manejo do mandado de segurança, correição parcial ou alegação
de nulidade em preliminar de futuro recurso, por cerceamento do direito de defesa
ou de acusação

No Código de Processo Penal, tem-se:

Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade


policial negará a perícia requerida pelas partes, quando não for necessária ao
esclarecimento da verdade.

13- Em relação a produção de prova pericial, assinale a alternativa correta:

A) Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial negará a


perícia requerida pelas partes, quando

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não for necessária ao esclarecimento da verdade.


B) O juiz ou a autoridade policial negará a perícia requerida pelas partes, quando
não for necessária ao esclarecimento da verdade, em qualquer hipótese.
C) O juiz ou autoridade policial não podem negar perícia requerida pelas partes, sob
pena de violação ao contraditório e ampla defesa.
D) Somente o juiz pode negar a pericia requerida pelas partes, quando não for necessária
ao esclarecimento da verdade.

GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade


policial negará a perícia requerida pelas partes, quando não for
necessária ao esclarecimento da verdade. (Certo)
Certo. Artigo 184 CPP.

B) O juiz ou a autoridade policial negará a perícia requerida pelas


partes, quando não for necessária ao esclarecimento da verdade, em
qualquer hipótese. (Errado)
Errado. Artigo 184 CPP.

C) O juiz ou autoridade policial não podem negar perícia requerida


pelas partes, sob pena de violação ao contraditório e ampla defesa.
(Errado)
Errado. Artigo 184 CPP.

D) Somente o juiz pode negar a pericia requerida pelas partes,


quando não for necessária ao esclarecimento da verdade. (Errado)
Errado. Artigo 184 CPP.
SOLUÇÃO COMPLETA

A) Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade


policial negará a perícia requerida pelas partes, quando não for
necessária ao esclarecimento da verdade. (Certo)
De acordo com Nestor Távora e Fábio Roque:

Caso o delegado negue a realização do exame de corpo de delito ou


qualquer outra perícia necessária, admite-se, por analogia, recurso administrativo
ao Chefe de Polícia. Pode também o interessado provocar o MP ou a autoridade
judiciária, para que requisitem ao delegado a sua reaização.
No entanto, se o juiz denega a diligência, não há recurso específico,
admitindo-se o manejo do mandado de segurança, correição parcial ou alegação
de nulidade em preliminar de futuro recurso, por cerceamento do direito de defesa
ou de acusação

No Código de Processo Penal, tem-se:

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Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade


policial negará a perícia requerida pelas partes, quando não for necessária ao
esclarecimento da verdade.

B) O juiz ou a autoridade policial negará a perícia requerida pelas


partes, quando não for necessária ao esclarecimento da verdade, em
qualquer hipótese. (Errado)
De acordo com Nestor Távora e Fábio Roque:

Caso o delegado negue a realização do exame de corpo de delito ou


qualquer outra perícia necessária, admite-se, por analogia, recurso administrativo
ao Chefe de Polícia. Pode também o interessado provocar o MP ou a autoridade
judiciária, para que requisitem ao delegado a sua reaização.
No entanto, se o juiz denega a diligência, não há recurso específico,
admitindo-se o manejo do mandado de segurança, correição parcial ou alegação
de nulidade em preliminar de futuro recurso, por cerceamento do direito de defesa
ou de acusação

No Código de Processo Penal, tem-se:

Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade


policial negará a perícia requerida pelas partes, quando não for necessária ao
esclarecimento da verdade.

C) O juiz ou autoridade policial não podem negar perícia requerida


pelas partes, sob pena de violação ao contraditório e ampla defesa.
(Errado)
De acordo com Nestor Távora e Fábio Roque:

Caso o delegado negue a realização do exame de corpo de delito ou


qualquer outra perícia necessária, admite-se, por analogia, recurso administrativo
ao Chefe de Polícia. Pode também o interessado provocar o MP ou a autoridade
judiciária, para que requisitem ao delegado a sua reaização.
No entanto, se o juiz denega a diligência, não há recurso específico,
admitindo-se o manejo do mandado de segurança, correição parcial ou alegação
de nulidade em preliminar de futuro recurso, por cerceamento do direito de defesa
ou de acusação

No Código de Processo Penal, tem-se:

Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade


policial negará a perícia requerida pelas partes, quando não for necessária ao
esclarecimento da verdade.

D) Somente o juiz pode negar a pericia requerida pelas partes,


quando não for necessária ao esclarecimento da verdade. (Errado)
De acordo com Nestor Távora e Fábio Roque:

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Caso o delegado negue a realização do exame de corpo de delito ou


qualquer outra perícia necessária, admite-se, por analogia, recurso administrativo
ao Chefe de Polícia. Pode também o interessado provocar o MP ou a autoridade
judiciária, para que requisitem ao delegado a sua reaização.
No entanto, se o juiz denega a diligência, não há recurso específico,
admitindo-se o manejo do mandado de segurança, correição parcial ou alegação
de nulidade em preliminar de futuro recurso, por cerceamento do direito de defesa
ou de acusação

No Código de Processo Penal, tem-se:

Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade


policial negará a perícia requerida pelas partes, quando não for necessária ao
esclarecimento da verdade.

14- Caso haja divergência entre os peritos:

A) Prevalecerá o primeiro laudo apresentado


B) Prevalecerá o laudo mais benéfico para o réu
C) Será escolhido um terceiro perito pela autoridade policial
D) Serão consignadas no auto do exame as declarações e respostas de um e de
outro, ou cada um redigirá separadamente o seu laudo, e a autoridade nomeará um
terceiro; se este divergir de ambos, a autoridade poderá
mandar proceder a novo exame por outros peritos.

GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) Prevalecerá o primeiro laudo apresentado (errado)


Errado. Artigo 180 CPP

B) Prevalecerá o laudo mais benéfico para o réu (errado)


Errado. Artigo 180 CPP

C) Será escolhido um terceiro perito pela autoridade policial


(errado)
Errado. Artigo 180 CPP

D) Serão consignadas no auto do exame as declarações e respostas


de um e de outro, ou cada um redigirá separadamente o seu laudo, e a
autoridade nomeará um terceiro; se este divergir de ambos, a autoridade
poder mandar proceder a novo exame por outros peritos. (certo)
Certo. Artigo 180 CPP
SOLUÇÃO COMPLETA

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A) Prevalecerá o primeiro laudo apresentado (errado)

É importante destacar que conforme entendimento do STF nos autos do


agravo regimento no HC 174.400 DF, de relatoria do ministro Barroso, julgado em
24/09/2019, com a alteração promovida pela Lei nº 11.690/2008, o artigo 159
passou a estabelecer que “O exame de corpo de delito e outras perícias serão
realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior...”

De acordo com Renato Brasileiro:

O art. 180 do CPP, que não foi objeto de alterações pela Lei n. 11.690/08,
deve ser lido à luz da nova redação do art. 159 do CPP, que exige apenas 1 (um)
expert – e não 2 (dois) – quando o exame pericial for realizado por perito oficial.
Ora, se há a necessidade de apenas 1 (um) perito oficial para a realização das
perícias, é evidente que não constarão do mesmo laudo divergência entre peritos.
Na verdade, essa possibilidade de divergência entre peritos no mesmo exame
subsiste apenas nas hipóteses de perícias realizadas por peritos não oficiais ou o
caso de perícias complexas, que podem ser realizadas por mais de um perito
oficial. De todo modo, a necessidade (ou não) de nomeação de outro perito ficará
a cargo da autoridade responsável pela determinação do exame.
Ora, se o juiz está sujeito ao sistema do livre convencimento motivado, é
perfeitamente possível que sua convicção tenha sido formada com base nas
conclusões de um dos peritos, tornando despicienda, pois, a nomeação de outro
expert.

Veja o que preceitua os artigos 180 e 181 CPP:

Art. 180. Se houver divergência entre os peritos, serão consignadas no auto


do exame as declarações e respostas de um e de outro, ou cada um redigirá
separadamente o seu laudo, e a autoridade nomeará um terceiro; se este divergir
de ambos, a autoridade poderá mandar proceder a novo exame por outros peritos

Art. 181. No caso de inobservância de formalidades, ou no caso de


omissões, obscuridades ou contradições, a autoridade judiciária mandará suprir a
formalidade, complementar ou esclarecer o laudo.

B) Prevalecerá o laudo mais benéfico para o réu (errado)

É importante destacar que conforme entendimento do STF nos autos do


agravo regimento no HC 174.400 DF, de relatoria do ministro Barroso, julgado em
24/09/2019, com a alteração promovida pela Lei nº 11.690/2008, o artigo 159
passou a estabelecer que “O exame de corpo de delito e outras perícias serão
realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior...”

De acordo com Renato Brasileiro:

MUDE SUA VIDA!


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O art. 180 do CPP, que não foi objeto de alterações pela Lei n. 11.690/08,
deve ser lido à luz da nova redação do art. 159 do CPP, que exige apenas 1 (um)
expert – e não 2 (dois) – quando o exame pericial for realizado por perito oficial.
Ora, se há a necessidade de apenas 1 (um) perito oficial para a realização das
perícias, é evidente que não constarão do mesmo laudo divergência entre peritos.
Na verdade, essa possibilidade de divergência entre peritos no mesmo exame
subsiste apenas nas hipóteses de perícias realizadas por peritos não oficiais ou o
caso de perícias complexas, que podem ser realizadas por mais de um perito
oficial. De todo modo, a necessidade (ou não) de nomeação de outro perito ficará
a cargo da autoridade responsável pela determinação do exame.
Ora, se o juiz está sujeito ao sistema do livre convencimento motivado, é
perfeitamente possível que sua convicção tenha sido formada com base nas
conclusões de um dos peritos, tornando despicienda, pois, a nomeação de outro
expert.

Veja o que preceitua os artigos 180 e 181 CPP:

Art. 180. Se houver divergência entre os peritos, serão consignadas no auto


do exame as declarações e respostas de um e de outro, ou cada um redigirá
separadamente o seu laudo, e a autoridade nomeará um terceiro; se este divergir
de ambos, a autoridade poderá mandar proceder a novo exame por outros peritos

Art. 181. No caso de inobservância de formalidades, ou no caso de


omissões, obscuridades ou contradições, a autoridade judiciária mandará suprir a
formalidade, complementar ou esclarecer o laudo.

C) Será escolhido um terceiro perito pela autoridade policial


(errado)

É importante destacar que conforme entendimento do STF nos autos do


agravo regimento no HC 174.400 DF, de relatoria do ministro Barroso, julgado em
24/09/2019, com a alteração promovida pela Lei nº 11.690/2008, o artigo 159
passou a estabelecer que “O exame de corpo de delito e outras perícias serão
realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior...”

De acordo com Renato Brasileiro:

O art. 180 do CPP, que não foi objeto de alterações pela Lei n. 11.690/08,
deve ser lido à luz da nova redação do art. 159 do CPP, que exige apenas 1 (um)
expert – e não 2 (dois) – quando o exame pericial for realizado por perito oficial.
Ora, se há a necessidade de apenas 1 (um) perito oficial para a realização das
perícias, é evidente que não constarão do mesmo laudo divergência entre peritos.
Na verdade, essa possibilidade de divergência entre peritos no mesmo exame
subsiste apenas nas hipóteses de perícias realizadas por peritos não oficiais ou o
caso de perícias complexas, que podem ser realizadas por mais de um perito
oficial. De todo modo, a necessidade (ou não) de nomeação de outro perito ficará
a cargo da autoridade responsável pela determinação do exame.

MUDE SUA VIDA!


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Ora, se o juiz está sujeito ao sistema do livre convencimento motivado, é


perfeitamente possível que sua convicção tenha sido formada com base nas
conclusões de um dos peritos, tornando despicienda, pois, a nomeação de outro
expert.

Veja o que preceitua os artigos 180 e 181 CPP:

Art. 180. Se houver divergência entre os peritos, serão consignadas no auto


do exame as declarações e respostas de um e de outro, ou cada um redigirá
separadamente o seu laudo, e a autoridade nomeará um terceiro; se este divergir
de ambos, a autoridade poderá mandar proceder a novo exame por outros peritos

Art. 181. No caso de inobservância de formalidades, ou no caso de


omissões, obscuridades ou contradições, a autoridade judiciária mandará suprir a
formalidade, complementar ou esclarecer o laudo.

D) Serão consignadas no auto do exame as declarações e respostas


de um e de outro, ou cada um redigirá separadamente o seu laudo, e a
autoridade nomeará um terceiro; se este divergir de ambos, a autoridade
poder mandar proceder a novo exame por outros peritos. (certo)

É importante destacar que conforme entendimento do STF nos autos do


agravo regimento no HC 174.400 DF, de relatoria do ministro Barroso, julgado em
24/09/2019, com a alteração promovida pela Lei nº 11.690/2008, o artigo 159
passou a estabelecer que “O exame de corpo de delito e outras perícias serão
realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior...”

De acordo com Renato Brasileiro:

O art. 180 do CPP, que não foi objeto de alterações pela Lei n. 11.690/08,
deve ser lido à luz da nova redação do art. 159 do CPP, que exige apenas 1 (um)
expert – e não 2 (dois) – quando o exame pericial for realizado por perito oficial.
Ora, se há a necessidade de apenas 1 (um) perito oficial para a realização das
perícias, é evidente que não constarão do mesmo laudo divergência entre peritos.
Na verdade, essa possibilidade de divergência entre peritos no mesmo exame
subsiste apenas nas hipóteses de perícias realizadas por peritos não oficiais ou o
caso de perícias complexas, que podem ser realizadas por mais de um perito
oficial. De todo modo, a necessidade (ou não) de nomeação de outro perito ficará
a cargo da autoridade responsável pela determinação do exame.
Ora, se o juiz está sujeito ao sistema do livre convencimento motivado, é
perfeitamente possível que sua convicção tenha sido formada com base nas
conclusões de um dos peritos, tornando despicienda, pois, a nomeação de outro
expert.

Veja o que preceitua os artigos 180 e 181 CPP:

Art. 180. Se houver divergência entre os peritos, serão consignadas no auto


do exame as declarações e respostas de um e de outro, ou cada um redigirá

MUDE SUA VIDA!


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separadamente o seu laudo, e a autoridade nomeará um terceiro; se este divergir


de ambos, a autoridade poderá mandar proceder a novo exame por outros peritos

Art. 181. No caso de inobservância de formalidades, ou no caso de


omissões, obscuridades ou contradições, a autoridade judiciária mandará suprir a
formalidade, complementar ou esclarecer o laudo.

15- Caso haja inobservância de formalidades ou em obscuridade, omissão ou


contradição entre peritos:

A) a autoridade policial poderá mandar suprir a formalidade, complementar ou


esclarecer o laudo.
b) a autoridade judicial poderá mandar suprir a formalidade, complementar ou
esclarecer o laudo.
C) a autoridade judicial deverá ordenar que se proceda novo exame
D) a autoridade policial poderá também ordenar que se proceda a novo exame, por
outro peritos.

GABARITO LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) a autoridade policial poderá mandar suprir a formalidade,


complementar ou esclarecer o laudo. (Errado)
Errado. Autoridade judicial. Artigo 180 CPP

b) a autoridade judicial poderá mandar suprir a formalidade,


complementar ou esclarecer o laudo. (certo)
Certo. Artigo 180 CPP

C) a autoridade judicial deverá ordenar que se proceda novo exame.


(Errado)
Errado. É uma das opções, não está obrigada. Artigo 180 e 181 CPP.

D) a autoridade policial poderá também ordenar que se proceda a


novo exame, por outro peritos. (Errado)
Errado. Autoridade judicial. Artigo 181 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

A) a autoridade policial poderá mandar suprir a formalidade,


complementar ou esclarecer o laudo. (Errado)

É importante destacar que conforme entendimento do STF nos autos do


agravo regimento no HC 174.400 DF, de relatoria do ministro Barroso, julgado em
24/09/2019, com a alteração promovida pela Lei nº 11.690/2008, o artigo 159

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passou a estabelecer que “O exame de corpo de delito e outras perícias serão


realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior...”

De acordo com Renato Brasileiro:

O art. 180 do CPP, que não foi objeto de alterações pela Lei n. 11.690/08,
deve ser lido à luz da nova redação do art. 159 do CPP, que exige apenas 1 (um)
expert – e não 2 (dois) – quando o exame pericial for realizado por perito oficial.
Ora, se há a necessidade de apenas 1 (um) perito oficial para a realização das
perícias, é evidente que não constarão do mesmo laudo divergência entre peritos.
Na verdade, essa possibilidade de divergência entre peritos no mesmo exame
subsiste apenas nas hipóteses de perícias realizadas por peritos não oficiais ou o
caso de perícias complexas, que podem ser realizadas por mais de um perito
oficial. De todo modo, a necessidade (ou não) de nomeação de outro perito ficará
a cargo da autoridade responsável pela determinação do exame.
Ora, se o juiz está sujeito ao sistema do livre convencimento motivado, é
perfeitamente possível que sua convicção tenha sido formada com base nas
conclusões de um dos peritos, tornando despicienda, pois, a nomeação de outro
expert.

Veja o que preceitua os artigos 180 e 181 CPP:

Art. 180. Se houver divergência entre os peritos, serão consignadas no auto


do exame as declarações e respostas de um e de outro, ou cada um redigirá
separadamente o seu laudo, e a autoridade nomeará um terceiro; se este divergir
de ambos, a autoridade poderá mandar proceder a novo exame por outros peritos

Art. 181. No caso de inobservância de formalidades, ou no caso de


omissões, obscuridades ou contradições, a autoridade judiciária mandará suprir a
formalidade, complementar ou esclarecer o laudo.

b) a autoridade judicial poderá mandar suprir a formalidade,


complementar ou esclarecer o laudo. (certo)

É importante destacar que conforme entendimento do STF nos autos do


agravo regimento no HC 174.400 DF, de relatoria do ministro Barroso, julgado em
24/09/2019, com a alteração promovida pela Lei nº 11.690/2008, o artigo 159
passou a estabelecer que “O exame de corpo de delito e outras perícias serão
realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior...”

De acordo com Renato Brasileiro:

O art. 180 do CPP, que não foi objeto de alterações pela Lei n. 11.690/08,
deve ser lido à luz da nova redação do art. 159 do CPP, que exige apenas 1 (um)
expert – e não 2 (dois) – quando o exame pericial for realizado por perito oficial.
Ora, se há a necessidade de apenas 1 (um) perito oficial para a realização das
perícias, é evidente que não constarão do mesmo laudo divergência entre peritos.
Na verdade, essa possibilidade de divergência entre peritos no mesmo exame

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subsiste apenas nas hipóteses de perícias realizadas por peritos não oficiais ou o
caso de perícias complexas, que podem ser realizadas por mais de um perito
oficial. De todo modo, a necessidade (ou não) de nomeação de outro perito ficará
a cargo da autoridade responsável pela determinação do exame.
Ora, se o juiz está sujeito ao sistema do livre convencimento motivado, é
perfeitamente possível que sua convicção tenha sido formada com base nas
conclusões de um dos peritos, tornando despicienda, pois, a nomeação de outro
expert.

Veja o que preceitua os artigos 180 e 181 CPP:

Art. 180. Se houver divergência entre os peritos, serão consignadas no auto


do exame as declarações e respostas de um e de outro, ou cada um redigirá
separadamente o seu laudo, e a autoridade nomeará um terceiro; se este divergir
de ambos, a autoridade poderá mandar proceder a novo exame por outros peritos

Art. 181. No caso de inobservância de formalidades, ou no caso de


omissões, obscuridades ou contradições, a autoridade judiciária mandará suprir a
formalidade, complementar ou esclarecer o laudo.

C) a autoridade judicial deverá ordenar que se proceda novo exame.


(Errado)

É importante destacar que conforme entendimento do STF nos autos do


agravo regimento no HC 174.400 DF, de relatoria do ministro Barroso, julgado em
24/09/2019, com a alteração promovida pela Lei nº 11.690/2008, o artigo 159
passou a estabelecer que “O exame de corpo de delito e outras perícias serão
realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior...”

De acordo com Renato Brasileiro:

O art. 180 do CPP, que não foi objeto de alterações pela Lei n. 11.690/08,
deve ser lido à luz da nova redação do art. 159 do CPP, que exige apenas 1 (um)
expert – e não 2 (dois) – quando o exame pericial for realizado por perito oficial.
Ora, se há a necessidade de apenas 1 (um) perito oficial para a realização das
perícias, é evidente que não constarão do mesmo laudo divergência entre peritos.
Na verdade, essa possibilidade de divergência entre peritos no mesmo exame
subsiste apenas nas hipóteses de perícias realizadas por peritos não oficiais ou o
caso de perícias complexas, que podem ser realizadas por mais de um perito
oficial. De todo modo, a necessidade (ou não) de nomeação de outro perito ficará
a cargo da autoridade responsável pela determinação do exame.
Ora, se o juiz está sujeito ao sistema do livre convencimento motivado, é
perfeitamente possível que sua convicção tenha sido formada com base nas
conclusões de um dos peritos, tornando despicienda, pois, a nomeação de outro
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Art. 180. Se houver divergência entre os peritos, serão consignadas no auto


do exame as declarações e respostas de um e de outro, ou cada um redigirá
separadamente o seu laudo, e a autoridade nomeará um terceiro; se este divergir
de ambos, a autoridade poderá mandar proceder a novo exame por outros peritos

Art. 181. No caso de inobservância de formalidades, ou no caso de


omissões, obscuridades ou contradições, a autoridade judiciária mandará suprir a
formalidade, complementar ou esclarecer o laudo.

D) a autoridade policial poderá também ordenar que se proceda a


novo exame, por outro peritos. (Errado)

É importante destacar que conforme entendimento do STF nos autos do


agravo regimento no HC 174.400 DF, de relatoria do ministro Barroso, julgado em
24/09/2019, com a alteração promovida pela Lei nº 11.690/2008, o artigo 159
passou a estabelecer que “O exame de corpo de delito e outras perícias serão
realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior...”

De acordo com Renato Brasileiro:

O art. 180 do CPP, que não foi objeto de alterações pela Lei n. 11.690/08,
deve ser lido à luz da nova redação do art. 159 do CPP, que exige apenas 1 (um)
expert – e não 2 (dois) – quando o exame pericial for realizado por perito oficial.
Ora, se há a necessidade de apenas 1 (um) perito oficial para a realização das
perícias, é evidente que não constarão do mesmo laudo divergência entre peritos.
Na verdade, essa possibilidade de divergência entre peritos no mesmo exame
subsiste apenas nas hipóteses de perícias realizadas por peritos não oficiais ou o
caso de perícias complexas, que podem ser realizadas por mais de um perito
oficial. De todo modo, a necessidade (ou não) de nomeação de outro perito ficará
a cargo da autoridade responsável pela determinação do exame.
Ora, se o juiz está sujeito ao sistema do livre convencimento motivado, é
perfeitamente possível que sua convicção tenha sido formada com base nas
conclusões de um dos peritos, tornando despicienda, pois, a nomeação de outro
expert.

Veja o que preceitua os artigos 180 e 181 CPP:

Art. 180. Se houver divergência entre os peritos, serão consignadas no auto


do exame as declarações e respostas de um e de outro, ou cada um redigirá
separadamente o seu laudo, e a autoridade nomeará um terceiro; se este divergir
de ambos, a autoridade poderá mandar proceder a novo exame por outros peritos

Art. 181. No caso de inobservância de formalidades, ou no caso de


omissões, obscuridades ou contradições, a autoridade judiciária mandará suprir a
formalidade, complementar ou esclarecer o laudo.

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16- Em relação à exumação, marque a opção correta:

A) É destinada a desenterrar ou tirar o cadáver da sepultura apenas para realização


de autópsia, caso exista dúvida superveniente sobre causa mortis.
B) É destinada a desenterrar ou tirar o cadáver da sepultura apenas com o objetivo
de refazer a perícia.
C) Não pode ser realizada para complementação dos dados colhidos.
D) Pode ser realizada para complementação dos dados colhidos ou para refazer
perícia.

GABARITO letra d

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) É destinada a desenterrar ou tirar o cadáver da sepultura apenas


para realização de autópsia, caso exista dúvida superveniente sobre
causa mortis. (errada)
Errado. Pode ser realizada para diversos fins.

B) É destinada a desenterrar ou tirar o cadáver da sepultura apenas


com o objetivo de refazer a perícia. (errada)
Errado. Pode ser realizada para diversos fins.

C) Não pode ser realizada para complementação dos dados colhidos.


(errada)
Errado. Pode ser realizada para diversos fins.

D) Pode ser realizada para complementação dos dados colhidos ou


para refazer perícia. (certa)
Certo.

SOLUÇÃO COMPLETA

A) É destinada a desenterrar ou tirar o cadáver da sepultura apenas


para realização de autópsia, caso exista dúvida superveniente sobre
causa mortis. (errada)
B) É destinada a desenterrar ou tirar o cadáver da sepultura apenas
com o objetivo de refazer a perícia. (errada)
C) Não pode ser realizada para complementação dos dados colhidos.
(errada)
D) Pode ser realizada para complementação dos dados colhidos ou
para refazer perícia. (certa)
De acordo com Nucci (2020) exumar é o ato de desenterrar ou retirar o
cadáver da sepultura. Trata-se de procedimento que pode ser necessário para
realizar a autópsia, quando surge dúvida sobre a causa mortis, ou para refazer
perícia ou complementar dados já colhidos. Havendo infração aos dispositivos
legais que autorizam a exumação ou inumação ocorre contravenção penal.

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Em regra, será determinada pela Autoridade Policial e, excepcionalmente,


pela autoridade judicial. A doutrina ainda aponta para a possibilidade de o
Ministério Público determinar a realização da exumação, já que ele poderá
requisitar diretamente ao delegado a prática de diligências, por força do art. 47 do
CPP.

No ordenamento jurídico temos os seguintes preceitos acerca do tema:

Código de Processo Penal:

Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade


providenciará para que, em dia e hora previamente marcados, se realize a
diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado.

Parágrafo único. O administrador de cemitério público ou particular indicará


o lugar da sepultura, sob pena de desobediência. No caso de recusa ou de falta de
quem indique a sepultura, ou de encontrar-se o cadáver em lugar não destinado a
inumações, a autoridade procederá às pesquisas necessárias, o que tudo constará
do auto.

Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem


encontrados, bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e
vestígios deixados no local do crime. (Redação dada pela Lei nº
8.862, de 28.3.1994)

Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos,


quando possível, juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou
desenhos, devidamente rubricados.

Art. 166. Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver exumado,


proceder-se-á ao reconhecimento pelo Instituto de Identificação e Estatística ou
repartição congênere ou pela inquirição de testemunhas, lavrando-se auto de
reconhecimento e de identidade, no qual se descreverá o cadáver, com todos os
sinais e indicações.

Parágrafo único. Em qualquer caso, serão arrecadados e autenticados todos


os objetos encontrados, que possam ser úteis para a identificação do cadáver.

17- Em relação a exumação, marque a opção correta:

A) É destinada a desenterrar ou tirar o cadáver da sepultura apenas para realização


de autópsia, caso exista dúvida superveniente sobre causa mortis.
B) É destinada a desenterrar ou tirar o cadáver da sepultura apenas com o objetivo
de refazer a perícia.
C) Não pode ser realizada para complementação dos dados colhidos.

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D) Pode ser realizada para complementação dos dados colhidos ou para refazer
perícia.

GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA
A) É destinada a desenterrar ou tirar o cadáver da sepultura apenas
para realização de autópsia, caso exista dúvida superveniente sobre
causa mortis. (Errado)
Errado. A exumação pode ser realizada para diversos motivos, dentre os
quais: I. realização de autópsia, caso exista dúvida superveniente sobre a causa
da morte; II. objetivo de refazer a perícia; III. para a complementação dos dados
colhidos.
B) É destinada a desenterrar ou tirar o cadáver da sepultura apenas
com o objetivo de refazer a perícia. (Errado)
Errado. A exumação pode ser realizada para diversos motivos, dentre os
quais: I. realização de autópsia, caso exista dúvida superveniente sobre a causa
da morte; II. objetivo de refazer a perícia; III. para a complementação dos dados
colhidos.

C) Não pode ser realizada para complementação dos dados colhidos.


(Errado)
Errado. A exumação pode ser realizada para diversos motivos, dentre os
quais: I. realização de autópsia, caso exista dúvida superveniente sobre a causa
da morte; II. objetivo de refazer a perícia; III. para a complementação dos dados
colhidos.

D) Pode ser realizada para complementação dos dados colhidos ou


para refazer perícia. (certo)
Certo. A exumação pode ser realizada para diversos motivos, dentre os
quais: I. realização de autópsia, caso exista dúvida superveniente sobre a causa
da morte; II. objetivo de refazer a perícia; III. para a complementação dos dados
colhidos.

SOLUÇÃO COMPLETA

A) É destinada a desenterrar ou tirar o cadáver da sepultura apenas


para realização de autópsia, caso exista dúvida superveniente sobre
causa mortis. (Errado)
De acordo com Nucci (2020) exumar é o ato de desenterrar ou retirar o
cadáver da sepultura. Trata-se de procedimento que pode ser necessário para
realizar a autópsia, quando surge dúvida sobre a causa mortis, ou para refazer
perícia ou complementar dados já colhidos. Havendo infração aos dispositivos
legais que autorizam a exumação ou inumação ocorre contravenção penal.
Em regra, será determinada pela Autoridade Policial e, excepcionalmente,
pela autoridade judicial. A doutrina ainda aponta para a possibilidade de o
Ministério Público determinar a realização da exumação, já que ele poderá

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requisitar diretamente ao delegado a prática de diligências, por força do art. 47 do


CPP.

No ordenamento jurídico temos os seguintes preceitos acerca do tema:

Código de Processo Penal:

Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade


providenciará para que, em dia e hora previamente marcados, se realize a
diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado.

Parágrafo único. O administrador de cemitério público ou particular indicará


o lugar da sepultura, sob pena de desobediência. No caso de recusa ou de falta de
quem indique a sepultura, ou de encontrar-se o cadáver em lugar não destinado a
inumações, a autoridade procederá às pesquisas necessárias, o que tudo constará
do auto.

Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem


encontrados, bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e
vestígios deixados no local do crime. (Redação dada pela Lei nº
8.862, de 28.3.1994)

Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos,


quando possível, juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou
desenhos, devidamente rubricados.

Art. 166. Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver exumado,


proceder-se-á ao reconhecimento pelo Instituto de Identificação e Estatística ou
repartição congênere ou pela inquirição de testemunhas, lavrando-se auto de
reconhecimento e de identidade, no qual se descreverá o cadáver, com todos os
sinais e indicações.

Parágrafo único. Em qualquer caso, serão arrecadados e autenticados todos


os objetos encontrados, que possam ser úteis para a identificação do cadáver.

B) É destinada a desenterrar ou tirar o cadáver da sepultura apenas


com o objetivo de refazer a perícia. (Errado)
De acordo com Nucci (2020) exumar é o ato de desenterrar ou retirar o
cadáver da sepultura. Trata-se de procedimento que pode ser necessário para
realizar a autópsia, quando surge dúvida sobre a causa mortis, ou para refazer
perícia ou complementar dados já colhidos. Havendo infração aos dispositivos
legais que autorizam a exumação ou inumação ocorre contravenção penal.
Em regra, será determinada pela Autoridade Policial e, excepcionalmente,
pela autoridade judicial. A doutrina ainda aponta para a possibilidade de o
Ministério Público determinar a realização da exumação, já que ele poderá
requisitar diretamente ao delegado a prática de diligências, por força do art. 47 do
CPP.

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No ordenamento jurídico temos os seguintes preceitos acerca do tema:

Código de Processo Penal:

Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade


providenciará para que, em dia e hora previamente marcados, se realize a
diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado.

Parágrafo único. O administrador de cemitério público ou particular indicará


o lugar da sepultura, sob pena de desobediência. No caso de recusa ou de falta de
quem indique a sepultura, ou de encontrar-se o cadáver em lugar não destinado a
inumações, a autoridade procederá às pesquisas necessárias, o que tudo constará
do auto.

Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem


encontrados, bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e
vestígios deixados no local do crime. (Redação dada pela Lei nº
8.862, de 28.3.1994)

Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos,


quando possível, juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou
desenhos, devidamente rubricados.

Art. 166. Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver exumado,


proceder-se-á ao reconhecimento pelo Instituto de Identificação e Estatística ou
repartição congênere ou pela inquirição de testemunhas, lavrando-se auto de
reconhecimento e de identidade, no qual se descreverá o cadáver, com todos os
sinais e indicações.

Parágrafo único. Em qualquer caso, serão arrecadados e autenticados todos


os objetos encontrados, que possam ser úteis para a identificação do cadáver.
C) Não pode ser realizada para complementação dos dados colhidos.
(Errado)
De acordo com Nucci (2020) exumar é o ato de desenterrar ou retirar o
cadáver da sepultura. Trata-se de procedimento que pode ser necessário para
realizar a autópsia, quando surge dúvida sobre a causa mortis, ou para refazer
perícia ou complementar dados já colhidos. Havendo infração aos dispositivos
legais que autorizam a exumação ou inumação ocorre contravenção penal.
Em regra, será determinada pela Autoridade Policial e, excepcionalmente,
pela autoridade judicial. A doutrina ainda aponta para a possibilidade de o
Ministério Público determinar a realização da exumação, já que ele poderá
requisitar diretamente ao delegado a prática de diligências, por força do art. 47 do
CPP.

No ordenamento jurídico temos os seguintes preceitos acerca do tema:

Código de Processo Penal:

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Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade


providenciará para que, em dia e hora previamente marcados, se realize a
diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado.

Parágrafo único. O administrador de cemitério público ou particular indicará


o lugar da sepultura, sob pena de desobediência. No caso de recusa ou de falta de
quem indique a sepultura, ou de encontrar-se o cadáver em lugar não destinado a
inumações, a autoridade procederá às pesquisas necessárias, o que tudo constará
do auto.

Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem


encontrados, bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e
vestígios deixados no local do crime. (Redação dada pela Lei nº
8.862, de 28.3.1994)

Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos,


quando possível, juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou
desenhos, devidamente rubricados.

Art. 166. Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver exumado,


proceder-se-á ao reconhecimento pelo Instituto de Identificação e Estatística ou
repartição congênere ou pela inquirição de testemunhas, lavrando-se auto de
reconhecimento e de identidade, no qual se descreverá o cadáver, com todos os
sinais e indicações.

Parágrafo único. Em qualquer caso, serão arrecadados e autenticados todos


os objetos encontrados, que possam ser úteis para a identificação do cadáver.
D) Pode ser realizada para complementação dos dados colhidos ou
para refazer perícia. (certo)
De acordo com Nucci (2020) exumar é o ato de desenterrar ou retirar o
cadáver da sepultura. Trata-se de procedimento que pode ser necessário para
realizar a autópsia, quando surge dúvida sobre a causa mortis, ou para refazer
perícia ou complementar dados já colhidos. Havendo infração aos dispositivos
legais que autorizam a exumação ou inumação ocorre contravenção penal.
Em regra, será determinada pela Autoridade Policial e, excepcionalmente,
pela autoridade judicial. A doutrina ainda aponta para a possibilidade de o
Ministério Público determinar a realização da exumação, já que ele poderá
requisitar diretamente ao delegado a prática de diligências, por força do art. 47 do
CPP.

No ordenamento jurídico temos os seguintes preceitos acerca do tema:

Código de Processo Penal:

Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade


providenciará para que, em dia e hora previamente marcados, se realize a
diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado.

MUDE SUA VIDA!


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Parágrafo único. O administrador de cemitério público ou particular indicará


o lugar da sepultura, sob pena de desobediência. No caso de recusa ou de falta de
quem indique a sepultura, ou de encontrar-se o cadáver em lugar não destinado a
inumações, a autoridade procederá às pesquisas necessárias, o que tudo constará
do auto.

Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem


encontrados, bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e
vestígios deixados no local do crime. (Redação dada pela Lei nº
8.862, de 28.3.1994)

Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos,


quando possível, juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou
desenhos, devidamente rubricados.

Art. 166. Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver exumado,


proceder-se-á ao reconhecimento pelo Instituto de Identificação e Estatística ou
repartição congênere ou pela inquirição de testemunhas, lavrando-se auto de
reconhecimento e de identidade, no qual se descreverá o cadáver, com todos os
sinais e indicações.

Parágrafo único. Em qualquer caso, serão arrecadados e autenticados todos


os objetos encontrados, que possam ser úteis para a identificação do cadáver.

18- A exumação pode ser determinada:

A) pelo delegado de policia, somente.


B) pela autoridade judicial, somente.
C) pelo delegado de policia em regra, e pela autoridade judicial em caráter
excepcional.
D) pela autoridade judicial, em regra, e pela autoridade policial, em caráter
excepcional.

GABARITO LETRA C

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) pelo delegado de policia, somente. (errado)


Errado. Em regra, a exumação é determinada pela autoridade policial e, de
forma excepcional, pela autoridade judicial.

B) pela autoridade judicial, somente. (errado)


Errado. Em regra, a exumação é determinada pela autoridade policial e, de
forma excepcional, pela autoridade judicial.

C) pelo delegado de policia em regra, e pela autoridade judicial em


caráter excepcional. (certo)

MUDE SUA VIDA!


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Certo. Em regra, a exumação é determinada pela autoridade policial e, de


forma excepcional, pela autoridade judicial.
D) pela autoridade judicial, em regra, e pela autoridade policial, em
caráter excepcional. (errado)
Errado. Em regra, a exumação é determinada pela autoridade policial e, de
forma excepcional, pela autoridade judicial.

SOLUÇÃO COMPLETA

A) pelo delegado de policia, somente. (errado)


De acordo com Nucci (2020) exumar é o ato de desenterrar ou retirar o
cadáver da sepultura. Trata-se de procedimento que pode ser necessário para
realizar a autópsia, quando surge dúvida sobre a causa mortis, ou para refazer
perícia ou complementar dados já colhidos. Havendo infração aos dispositivos
legais que autorizam a exumação ou inumação ocorre contravenção penal.
Em regra, será determinada pela Autoridade Policial e, excepcionalmente,
pela autoridade judicial. A doutrina ainda aponta para a possibilidade de o
Ministério Público determinar a realização da exumação, já que ele poderá
requisitar diretamente ao delegado a prática de diligências, por força do art. 47 do
CPP.

No ordenamento jurídico temos os seguintes preceitos acerca do tema:

Código de Processo Penal:

Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade


providenciará para que, em dia e hora previamente marcados, se realize a
diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado.

Parágrafo único. O administrador de cemitério público ou particular indicará


o lugar da sepultura, sob pena de desobediência. No caso de recusa ou de falta de
quem indique a sepultura, ou de encontrar-se o cadáver em lugar não destinado a
inumações, a autoridade procederá às pesquisas necessárias, o que tudo constará
do auto.

Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem


encontrados, bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e
vestígios deixados no local do crime. (Redação dada pela Lei nº
8.862, de 28.3.1994)

Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos,


quando possível, juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou
desenhos, devidamente rubricados.

Art. 166. Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver exumado,


proceder-se-á ao reconhecimento pelo Instituto de Identificação e Estatística ou
repartição congênere ou pela inquirição de testemunhas, lavrando-se auto de

MUDE SUA VIDA!


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reconhecimento e de identidade, no qual se descreverá o cadáver, com todos os


sinais e indicações.

Parágrafo único. Em qualquer caso, serão arrecadados e autenticados todos


os objetos encontrados, que possam ser úteis para a identificação do cadáver.

B) pela autoridade judicial, somente. (errado)


De acordo com Nucci (2020) exumar é o ato de desenterrar ou retirar o
cadáver da sepultura. Trata-se de procedimento que pode ser necessário para
realizar a autópsia, quando surge dúvida sobre a causa mortis, ou para refazer
perícia ou complementar dados já colhidos. Havendo infração aos dispositivos
legais que autorizam a exumação ou inumação ocorre contravenção penal.
Em regra, será determinada pela Autoridade Policial e, excepcionalmente,
pela autoridade judicial. A doutrina ainda aponta para a possibilidade de o
Ministério Público determinar a realização da exumação, já que ele poderá
requisitar diretamente ao delegado a prática de diligências, por força do art. 47 do
CPP.

No ordenamento jurídico temos os seguintes preceitos acerca do tema:

Código de Processo Penal:

Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade


providenciará para que, em dia e hora previamente marcados, se realize a
diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado.

Parágrafo único. O administrador de cemitério público ou particular indicará


o lugar da sepultura, sob pena de desobediência. No caso de recusa ou de falta de
quem indique a sepultura, ou de encontrar-se o cadáver em lugar não destinado a
inumações, a autoridade procederá às pesquisas necessárias, o que tudo constará
do auto.

Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem


encontrados, bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e
vestígios deixados no local do crime. (Redação dada pela Lei nº
8.862, de 28.3.1994)

Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos,


quando possível, juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou
desenhos, devidamente rubricados.

Art. 166. Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver exumado,


proceder-se-á ao reconhecimento pelo Instituto de Identificação e Estatística ou
repartição congênere ou pela inquirição de testemunhas, lavrando-se auto de
reconhecimento e de identidade, no qual se descreverá o cadáver, com todos os
sinais e indicações.

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Parágrafo único. Em qualquer caso, serão arrecadados e autenticados todos


os objetos encontrados, que possam ser úteis para a identificação do cadáver.

C) pelo delegado de policia em regra, e pela autoridade judicial em


caráter excepcional. (certo)
De acordo com Nucci (2020) exumar é o ato de desenterrar ou retirar o
cadáver da sepultura. Trata-se de procedimento que pode ser necessário para
realizar a autópsia, quando surge dúvida sobre a causa mortis, ou para refazer
perícia ou complementar dados já colhidos. Havendo infração aos dispositivos
legais que autorizam a exumação ou inumação ocorre contravenção penal.
Em regra, será determinada pela Autoridade Policial e, excepcionalmente,
pela autoridade judicial. A doutrina ainda aponta para a possibilidade de o
Ministério Público determinar a realização da exumação, já que ele poderá
requisitar diretamente ao delegado a prática de diligências, por força do art. 47 do
CPP.

No ordenamento jurídico temos os seguintes preceitos acerca do tema:

Código de Processo Penal:

Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade


providenciará para que, em dia e hora previamente marcados, se realize a
diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado.

Parágrafo único. O administrador de cemitério público ou particular indicará


o lugar da sepultura, sob pena de desobediência. No caso de recusa ou de falta de
quem indique a sepultura, ou de encontrar-se o cadáver em lugar não destinado a
inumações, a autoridade procederá às pesquisas necessárias, o que tudo constará
do auto.

Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem


encontrados, bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e
vestígios deixados no local do crime. (Redação dada pela Lei nº
8.862, de 28.3.1994)

Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos,


quando possível, juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou
desenhos, devidamente rubricados.

Art. 166. Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver exumado,


proceder-se-á ao reconhecimento pelo Instituto de Identificação e Estatística ou
repartição congênere ou pela inquirição de testemunhas, lavrando-se auto de
reconhecimento e de identidade, no qual se descreverá o cadáver, com todos os
sinais e indicações.

Parágrafo único. Em qualquer caso, serão arrecadados e autenticados todos


os objetos encontrados, que possam ser úteis para a identificação do cadáver.

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D) pela autoridade judicial, em regra, e pela autoridade policial, em


caráter excepcional. (errado)
De acordo com Nucci (2020) exumar é o ato de desenterrar ou retirar o
cadáver da sepultura. Trata-se de procedimento que pode ser necessário para
realizar a autópsia, quando surge dúvida sobre a causa mortis, ou para refazer
perícia ou complementar dados já colhidos. Havendo infração aos dispositivos
legais que autorizam a exumação ou inumação ocorre contravenção penal.
Em regra, será determinada pela Autoridade Policial e, excepcionalmente,
pela autoridade judicial. A doutrina ainda aponta para a possibilidade de o
Ministério Público determinar a realização da exumação, já que ele poderá
requisitar diretamente ao delegado a prática de diligências, por força do art. 47 do
CPP.

No ordenamento jurídico temos os seguintes preceitos acerca do tema:

Código de Processo Penal:

Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade


providenciará para que, em dia e hora previamente marcados, se realize a
diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado.

Parágrafo único. O administrador de cemitério público ou particular indicará


o lugar da sepultura, sob pena de desobediência. No caso de recusa ou de falta de
quem indique a sepultura, ou de encontrar-se o cadáver em lugar não destinado a
inumações, a autoridade procederá às pesquisas necessárias, o que tudo constará
do auto.

Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem


encontrados, bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e
vestígios deixados no local do crime. (Redação dada pela Lei nº
8.862, de 28.3.1994)

Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos,


quando possível, juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou
desenhos, devidamente rubricados.

Art. 166. Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver exumado,


proceder-se-á ao reconhecimento pelo Instituto de Identificação e Estatística ou
repartição congênere ou pela inquirição de testemunhas, lavrando-se auto de
reconhecimento e de identidade, no qual se descreverá o cadáver, com todos os
sinais e indicações.

Parágrafo único. Em qualquer caso, serão arrecadados e autenticados todos


os objetos encontrados, que possam ser úteis para a identificação do cadáver.

19-Marque a opção incorreta:

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A) Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade providenciará para


que, em dia e hora previamente marcados, se realize a diligência, da qual se lavrará auto
circunstanciado
B) O administrador de cemitério público ou particular indicará o lugar da sepultura,
sob pena de desobediência. No caso de recusa ou de falta de quem indique a sepultura, ou
de encontrar-se o cadáver em lugar não destinado a inumações, a autoridade procederá
às pesquisas necessárias, o que tudo constará do auto.
C) Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver exumado, proceder-se-á ao
reconhecimento pelo Instituto de Identificação e Estatística ou repartição congênere ou
pela inquirição de testemunhas, lavrando-se auto de reconhecimento e de identidade, no
qual se descreverá o cadáver, com todos os sinais e indicações.
D) Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem deixados pelos
peritos após a exumação, bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e
vestígios deixados no local do crime
GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade


providenciará para que, em dia e hora previamente marcados, se realize a
diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado. (errado)
B) O administrador de cemitério público ou particular indicará o
lugar da sepultura, sob pena de desobediência. No caso de recusa ou de
falta de quem indique a sepultura, ou de encontrar-se o cadáver em lugar
não destinado a inumações, a autoridade procederá às pesquisas
necessárias, o que tudo constará do auto. (errado)
C) Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver exumado,
proceder-se-á ao reconhecimento pelo Instituto de Identificação e
Estatística ou repartição congênere ou pela inquirição de testemunhas,
lavrando-se auto de reconhecimento e de identidade, no qual se
descreverá o cadáver, com todos os sinais e indicações. (errado)
D) Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que
forem deixados pelos peritos após a exumação, bem como, na medida do
possível, todas as lesões externas e vestígios deixados no local do crime.
(certo)

SOLUÇÃO COMPLETA

A) Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade


providenciará para que, em dia e hora previamente marcados, se realize a
diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado. (errado)
De acordo com Nucci (2020) exumar é o ato de desenterrar ou retirar o
cadáver da sepultura. Trata-se de procedimento que pode ser necessário para
realizar a autópsia, quando surge dúvida sobre a causa mortis, ou para refazer
perícia ou complementar dados já colhidos. Havendo infração aos dispositivos
legais que autorizam a exumação ou inumação ocorre contravenção penal.

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Em regra, será determinada pela Autoridade Policial e, excepcionalmente,


pela autoridade judicial. A doutrina ainda aponta para a possibilidade de o
Ministério Público determinar a realização da exumação, já que ele poderá
requisitar diretamente ao delegado a prática de diligências, por força do art. 47 do
CPP.

No ordenamento jurídico temos os seguintes preceitos acerca do tema:

Código de Processo Penal:

Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade


providenciará para que, em dia e hora previamente marcados, se realize a
diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado.

Parágrafo único. O administrador de cemitério público ou particular indicará


o lugar da sepultura, sob pena de desobediência. No caso de recusa ou de falta de
quem indique a sepultura, ou de encontrar-se o cadáver em lugar não destinado a
inumações, a autoridade procederá às pesquisas necessárias, o que tudo constará
do auto.

Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem


encontrados, bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e
vestígios deixados no local do crime. (Redação dada pela Lei nº
8.862, de 28.3.1994)

Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos,


quando possível, juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou
desenhos, devidamente rubricados.

Art. 166. Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver exumado,


proceder-se-á ao reconhecimento pelo Instituto de Identificação e Estatística ou
repartição congênere ou pela inquirição de testemunhas, lavrando-se auto de
reconhecimento e de identidade, no qual se descreverá o cadáver, com todos os
sinais e indicações.

Parágrafo único. Em qualquer caso, serão arrecadados e autenticados todos


os objetos encontrados, que possam ser úteis para a identificação do cadáver.

B) O administrador de cemitério público ou particular indicará o


lugar da sepultura, sob pena de desobediência. No caso de recusa ou de
falta de quem indique a sepultura, ou de encontrar-se o cadáver em lugar
não destinado a inumações, a autoridade procederá às pesquisas
necessárias, o que tudo constará do auto. (errado)
De acordo com Nucci (2020) exumar é o ato de desenterrar ou retirar o
cadáver da sepultura. Trata-se de procedimento que pode ser necessário para
realizar a autópsia, quando surge dúvida sobre a causa mortis, ou para refazer
perícia ou complementar dados já colhidos. Havendo infração aos dispositivos
legais que autorizam a exumação ou inumação ocorre contravenção penal.

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Em regra, será determinada pela Autoridade Policial e, excepcionalmente,


pela autoridade judicial. A doutrina ainda aponta para a possibilidade de o
Ministério Público determinar a realização da exumação, já que ele poderá
requisitar diretamente ao delegado a prática de diligências, por força do art. 47 do
CPP.

No ordenamento jurídico temos os seguintes preceitos acerca do tema:

Código de Processo Penal:

Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade


providenciará para que, em dia e hora previamente marcados, se realize a
diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado.

Parágrafo único. O administrador de cemitério público ou particular indicará


o lugar da sepultura, sob pena de desobediência. No caso de recusa ou de falta de
quem indique a sepultura, ou de encontrar-se o cadáver em lugar não destinado a
inumações, a autoridade procederá às pesquisas necessárias, o que tudo constará
do auto.

Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem


encontrados, bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e
vestígios deixados no local do crime. (Redação dada pela Lei nº
8.862, de 28.3.1994)

Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos,


quando possível, juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou
desenhos, devidamente rubricados.

Art. 166. Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver exumado,


proceder-se-á ao reconhecimento pelo Instituto de Identificação e Estatística ou
repartição congênere ou pela inquirição de testemunhas, lavrando-se auto de
reconhecimento e de identidade, no qual se descreverá o cadáver, com todos os
sinais e indicações.

Parágrafo único. Em qualquer caso, serão arrecadados e autenticados todos


os objetos encontrados, que possam ser úteis para a identificação do cadáver.

C) Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver exumado,


proceder-se-á ao reconhecimento pelo Instituto de Identificação e
Estatística ou repartição congênere ou pela inquirição de testemunhas,
lavrando-se auto de reconhecimento e de identidade, no qual se
descreverá o cadáver, com todos os sinais e indicações. (errado)
De acordo com Nucci (2020) exumar é o ato de desenterrar ou retirar o
cadáver da sepultura. Trata-se de procedimento que pode ser necessário para
realizar a autópsia, quando surge dúvida sobre a causa mortis, ou para refazer
perícia ou complementar dados já colhidos. Havendo infração aos dispositivos
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pela autoridade judicial. A doutrina ainda aponta para a possibilidade de o
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requisitar diretamente ao delegado a prática de diligências, por força do art. 47 do
CPP.

No ordenamento jurídico temos os seguintes preceitos acerca do tema:

Código de Processo Penal:

Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade


providenciará para que, em dia e hora previamente marcados, se realize a
diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado.

Parágrafo único. O administrador de cemitério público ou particular indicará


o lugar da sepultura, sob pena de desobediência. No caso de recusa ou de falta de
quem indique a sepultura, ou de encontrar-se o cadáver em lugar não destinado a
inumações, a autoridade procederá às pesquisas necessárias, o que tudo constará
do auto.

Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem


encontrados, bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e
vestígios deixados no local do crime. (Redação dada pela Lei nº
8.862, de 28.3.1994)

Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos,


quando possível, juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou
desenhos, devidamente rubricados.

Art. 166. Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver exumado,


proceder-se-á ao reconhecimento pelo Instituto de Identificação e Estatística ou
repartição congênere ou pela inquirição de testemunhas, lavrando-se auto de
reconhecimento e de identidade, no qual se descreverá o cadáver, com todos os
sinais e indicações.

Parágrafo único. Em qualquer caso, serão arrecadados e autenticados todos


os objetos encontrados, que possam ser úteis para a identificação do cadáver.

D) Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que


forem deixados pelos peritos após a exumação, bem como, na medida do
possível, todas as lesões externas e vestígios deixados no local do crime.
(certo)

De acordo com Nucci (2020) exumar é o ato de desenterrar ou retirar o


cadáver da sepultura. Trata-se de procedimento que pode ser necessário para
realizar a autópsia, quando surge dúvida sobre a causa mortis, ou para refazer
perícia ou complementar dados já colhidos. Havendo infração aos dispositivos
legais que autorizam a exumação ou inumação ocorre contravenção penal.

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Em regra, será determinada pela Autoridade Policial e, excepcionalmente,


pela autoridade judicial. A doutrina ainda aponta para a possibilidade de o
Ministério Público determinar a realização da exumação, já que ele poderá
requisitar diretamente ao delegado a prática de diligências, por força do art. 47 do
CPP.

No ordenamento jurídico temos os seguintes preceitos acerca do tema:

Código de Processo Penal:

Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade


providenciará para que, em dia e hora previamente marcados, se realize a
diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado.

Parágrafo único. O administrador de cemitério público ou particular indicará


o lugar da sepultura, sob pena de desobediência. No caso de recusa ou de falta de
quem indique a sepultura, ou de encontrar-se o cadáver em lugar não destinado a
inumações, a autoridade procederá às pesquisas necessárias, o que tudo constará
do auto.

Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem


encontrados, bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e
vestígios deixados no local do crime. (Redação dada pela Lei nº
8.862, de 28.3.1994)

Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos,


quando possível, juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou
desenhos, devidamente rubricados.

Art. 166. Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver exumado,


proceder-se-á ao reconhecimento pelo Instituto de Identificação e Estatística ou
repartição congênere ou pela inquirição de testemunhas, lavrando-se auto de
reconhecimento e de identidade, no qual se descreverá o cadáver, com todos os
sinais e indicações.

Parágrafo único. Em qualquer caso, serão arrecadados e autenticados todos


os objetos encontrados, que possam ser úteis para a identificação do cadáver.

20- No ato da exumação, caso o administrador do cemitério particular negue a


indicar o lugar da sepultura:

A) Será necessário mandado de busca e apreensão


B) O mesmo não responderá por desobediência
C) As autoridades procederão às pesquisas necessárias, o que tudo constará do auto
D) As autoridades não poderão ingressar no cemitério por ser área particular
diante da recusa de seu administrador.

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GABARITO LETRA C

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) Será necessário mandado de busca e apreensão (Errado)


Errado. Artigo 163 § único CPP.

B) O mesmo não responderá por desobediência (Errado)


Errado. Artigo 163 § único CPP.

C) As autoridades procederão às pesquisas necessárias, o que tudo


constará do auto (Certo)
Certo. Artigo 163 § único CPP.

D) As autoridades não poderão ingressar no cemitério por ser área


particular diante da recusa de seu administrador. (Errado)
Errado. Artigo 163 § único CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

A) Será necessário mandado de busca e apreensão (Errado)


De acordo com Nucci (2020) exumar é o ato de desenterrar ou retirar o
cadáver da sepultura. Trata-se de procedimento que pode ser necessário para
realizar a autópsia, quando surge dúvida sobre a causa mortis, ou para refazer
perícia ou complementar dados já colhidos. Havendo infração aos dispositivos
legais que autorizam a exumação ou inumação ocorre contravenção penal.
Em regra, será determinada pela Autoridade Policial e, excepcionalmente,
pela autoridade judicial. A doutrina ainda aponta para a possibilidade de o
Ministério Público determinar a realização da exumação, já que ele poderá
requisitar diretamente ao delegado a prática de diligências, por força do art. 47 do
CPP.

No ordenamento jurídico temos os seguintes preceitos acerca do tema:

Código de Processo Penal:

Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade


providenciará para que, em dia e hora previamente marcados, se realize a
diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado.

Parágrafo único. O administrador de cemitério público ou particular


indicará o lugar da sepultura, sob pena de desobediência. No caso de
recusa ou de falta de quem indique a sepultura, ou de encontrar-se o
cadáver em lugar não destinado a inumações, a autoridade procederá às
pesquisas necessárias, o que tudo constará do auto.

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Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem


encontrados, bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e
vestígios deixados no local do crime. (Redação dada pela Lei nº
8.862, de 28.3.1994)

Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos,


quando possível, juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou
desenhos, devidamente rubricados.

Art. 166. Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver exumado,


proceder-se-á ao reconhecimento pelo Instituto de Identificação e Estatística ou
repartição congênere ou pela inquirição de testemunhas, lavrando-se auto de
reconhecimento e de identidade, no qual se descreverá o cadáver, com todos os
sinais e indicações.

Parágrafo único. Em qualquer caso, serão arrecadados e autenticados todos


os objetos encontrados, que possam ser úteis para a identificação do cadáver
B) O mesmo não responderá por desobediência (Errado)
De acordo com Nucci (2020) exumar é o ato de desenterrar ou retirar o
cadáver da sepultura. Trata-se de procedimento que pode ser necessário para
realizar a autópsia, quando surge dúvida sobre a causa mortis, ou para refazer
perícia ou complementar dados já colhidos. Havendo infração aos dispositivos
legais que autorizam a exumação ou inumação ocorre contravenção penal.
Em regra, será determinada pela Autoridade Policial e, excepcionalmente,
pela autoridade judicial. A doutrina ainda aponta para a possibilidade de o
Ministério Público determinar a realização da exumação, já que ele poderá
requisitar diretamente ao delegado a prática de diligências, por força do art. 47 do
CPP.

No ordenamento jurídico temos os seguintes preceitos acerca do tema:

Código de Processo Penal:

Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade


providenciará para que, em dia e hora previamente marcados, se realize a
diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado.

Parágrafo único. O administrador de cemitério público ou particular


indicará o lugar da sepultura, sob pena de desobediência. No caso de
recusa ou de falta de quem indique a sepultura, ou de encontrar-se o
cadáver em lugar não destinado a inumações, a autoridade procederá às
pesquisas necessárias, o que tudo constará do auto.

Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem


encontrados, bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e
vestígios deixados no local do crime. (Redação dada pela Lei nº
8.862, de 28.3.1994)

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Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos,


quando possível, juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou
desenhos, devidamente rubricados.

Art. 166. Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver exumado,


proceder-se-á ao reconhecimento pelo Instituto de Identificação e Estatística ou
repartição congênere ou pela inquirição de testemunhas, lavrando-se auto de
reconhecimento e de identidade, no qual se descreverá o cadáver, com todos os
sinais e indicações.

Parágrafo único. Em qualquer caso, serão arrecadados e autenticados todos


os objetos encontrados, que possam ser úteis para a identificação do cadáver

C) As autoridades procederão às pesquisas necessárias, o que tudo


constará do auto (Certo)
De acordo com Nucci (2020) exumar é o ato de desenterrar ou retirar o
cadáver da sepultura. Trata-se de procedimento que pode ser necessário para
realizar a autópsia, quando surge dúvida sobre a causa mortis, ou para refazer
perícia ou complementar dados já colhidos. Havendo infração aos dispositivos
legais que autorizam a exumação ou inumação ocorre contravenção penal.
Em regra, será determinada pela Autoridade Policial e, excepcionalmente,
pela autoridade judicial. A doutrina ainda aponta para a possibilidade de o
Ministério Público determinar a realização da exumação, já que ele poderá
requisitar diretamente ao delegado a prática de diligências, por força do art. 47 do
CPP.

No ordenamento jurídico temos os seguintes preceitos acerca do tema:

Código de Processo Penal:

Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade


providenciará para que, em dia e hora previamente marcados, se realize a
diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado.

Parágrafo único. O administrador de cemitério público ou particular


indicará o lugar da sepultura, sob pena de desobediência. No caso de
recusa ou de falta de quem indique a sepultura, ou de encontrar-se o
cadáver em lugar não destinado a inumações, a autoridade procederá às
pesquisas necessárias, o que tudo constará do auto.

Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem


encontrados, bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e
vestígios deixados no local do crime. (Redação dada pela Lei nº
8.862, de 28.3.1994)

Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos,


quando possível, juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou
desenhos, devidamente rubricados.

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Art. 166. Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver exumado,


proceder-se-á ao reconhecimento pelo Instituto de Identificação e Estatística ou
repartição congênere ou pela inquirição de testemunhas, lavrando-se auto de
reconhecimento e de identidade, no qual se descreverá o cadáver, com todos os
sinais e indicações.

Parágrafo único. Em qualquer caso, serão arrecadados e autenticados todos


os objetos encontrados, que possam ser úteis para a identificação do cadáver

D) As autoridades não poderão ingressar no cemitério por ser área


particular diante da recusa de seu administrador. (Errado)
De acordo com Nucci (2020) exumar é o ato de desenterrar ou retirar o
cadáver da sepultura. Trata-se de procedimento que pode ser necessário para
realizar a autópsia, quando surge dúvida sobre a causa mortis, ou para refazer
perícia ou complementar dados já colhidos. Havendo infração aos dispositivos
legais que autorizam a exumação ou inumação ocorre contravenção penal.
Em regra, será determinada pela Autoridade Policial e, excepcionalmente,
pela autoridade judicial. A doutrina ainda aponta para a possibilidade de o
Ministério Público determinar a realização da exumação, já que ele poderá
requisitar diretamente ao delegado a prática de diligências, por força do art. 47 do
CPP.

No ordenamento jurídico temos os seguintes preceitos acerca do tema:

Código de Processo Penal:

Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade


providenciará para que, em dia e hora previamente marcados, se realize a
diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado.

Parágrafo único. O administrador de cemitério público ou particular


indicará o lugar da sepultura, sob pena de desobediência. No caso de
recusa ou de falta de quem indique a sepultura, ou de encontrar-se o
cadáver em lugar não destinado a inumações, a autoridade procederá às
pesquisas necessárias, o que tudo constará do auto.

Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem


encontrados, bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e
vestígios deixados no local do crime. (Redação dada pela Lei nº
8.862, de 28.3.1994)

Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos,


quando possível, juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou
desenhos, devidamente rubricados.

Art. 166. Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver exumado,


proceder-se-á ao reconhecimento pelo Instituto de Identificação e Estatística ou

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repartição congênere ou pela inquirição de testemunhas, lavrando-se auto de


reconhecimento e de identidade, no qual se descreverá o cadáver, com todos os
sinais e indicações.

Parágrafo único. Em qualquer caso, serão arrecadados e autenticados todos


os objetos encontrados, que possam ser úteis para a identificação do cadáver.

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SUMÁRIO
Questões sobre a aula......................................................................................................................................2
Gabarito ...........................................................................................................................................................6
Questões Comentadas .....................................................................................................................................6

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1
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QUESTÕES SOBRE A AULA

1. ANO: 2020 Questão Inédita

De acordo com o instituto do interrogatório no processo penal, julgue a assertiva


abaixo:

O interrogatório possui natureza de meio de defesa do réu.

Certo ( ) Errado ( )

2. ANO: 2020 Questão Inédita

De acordo com o instituto do interrogatório no processo penal, julgue a assertiva


abaixo:

O interrogatório possui natureza de meio de prova.

Certo ( ) Errado ( )

3. ANO: 2020 Questão Inédita

Em relação ao silêncio do acusado, julgue o item abaixo:

O acusado tem o direito de permanecer calado, sem que seu silêncio seja interpretado
como confissão.

Certo ( ) Errado ( )

4. ANO: 2020 Questão Inédita

Julgue o item abaixo:

O juiz garantirá ao réu o direito de entrevista prévia e reservada com seu defensor,
salvo em caso de interrogatório realizado por videoconferência.

Certo ( ) Errado ( )

5. ANO: 2020 Questão Inédita

Analise a assertiva abaixo:

Por tratar-se de meio de prova, é dispensável a presença da defesa do réu no


interrogatório.

Certo ( ) Errado ( )

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2
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6. ANO: 2020 Questão Inédita

Julgue a assertiva que segue abaixo:

A ausência de defesa no interrogatório não constitui nulidade.

Certo ( ) Errado ( )

7. ANO: 2020 Questão Inédita

Em relação ao direito do acusado, julgue o item abaixo:

O direito ao silêncio é garantido em todas as etapas do interrogatório.

Certo ( ) Errado ( )

8. ANO: 2020 Questão Inédita

Em relação ao direito do acusado, julgue o item abaixo:

O interrogado tem a obrigação de responder a primeira parte do interrogatório.

Certo ( ) Errado ( )

9. ANO: 2020 Questão Inédita

Considere o que preceitua o Código de Processo Penal para julgar o item abaixo:

Na primeira parte do interrogatório, é perguntado se a acusação é verdadeira e caso


não sendo, se tem algum motivo particular a que atribuí-la, se conhece a pessoa ou
pessoas a quem deva ser imputada a prática do crime, e quais sejam, e se com elas
esteve antes da prática da infração ou depois dela.

Certo ( ) Errado ( )

10. ANO: 2020 Questão Inédita

Considere o que preceitua o Código de Processo Penal para julgar o item abaixo:

O interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria, no estabelecimento em


que estiver recolhido, desde que estejam garantidas a segurança do juiz, do membro do
Ministério Público e dos auxiliares bem como a presença do defensor e a publicidade
do ato.

Certo ( ) Errado ( )

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3
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11. ANO: 2020 Questão Inédita

O direito ao silêncio no interrogatório:

A) Jamais poderá ser interpretado como confissão.


B) Está assegurado em todas as fases do interrogatório
C) Está assegurado na primeira fase do interrogatório mas na segunda não.
D) Não está assegurado

12. ANO: 2020 Questão Inédita

O direito de defesa no interrogatório:

A) É defeso ao réu
B) É direito do réu
C) Não é observado
D) É observado apenas na primeira fase

13. ANO: 2008 Questão Inédita

O interrogatório do réu preso:

A) Será realizado na delegacia, com a presença da autoridade policial.


B) Será realizado por videoconferencia para garantir a segurança do juiz e das partes
C) Será realizado no Tribunal de Justiça para garantir a segurança do juiz e das partes
D) Será realizado, em sala própria, no estabelecimento em que estiver recolhido, desde
que estejam garantidas a segurança do juiz, do membro do Ministério Público e dos
auxiliares bem como a presença do defensor e a publicidade do ato.

14. ANO: 2020 Questão Inédita

O interrogatório, de acordo com a doutrina, possui natureza jurídica de:

A) Meio de prova, somente


B) Meio de defesa, somente.
C) Meio de prova e meio de defesa, a depender do caso concreto.
D) Meio de prova e meio de defesa, constituindo natureza híbrida.

15. ANO: 2020 Questão Inédita


.
São características do interrogatório do réu, exceto:

A) Ato personalíssimo
B) Regido pelo principio da espontaneidade
C) Regido pelo direito ao silêncio
D) Natureza de direito de defesa

16. ANO: 2020 Questão Inédita

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A primeira parte do interrogatório será perguntado ao réu, exceto sobre:

A) local onde reside


B) se já foi preso ou processado alguma vez
c) profissão
d) se a acusação lhe feita é verdadeira

17. ANO: 2020 Questão Inédita

A segunda parte do interrogatório será perguntado ao réu, exceto:

A) se já foi preso antes


B) se a acusação lhe feita é verdadeira
C) onde estava ao tempo da infração
D) se conhece a vítima

18. ANO: 2020 Questão Inédita

O instituto da condução coercitiva do réu para prestar declarações:

A) Viola o direito ao silêncio, liberdade de locomoção, não autoincriminação e


presunção de inocência, de acordo com entendimento do Supremo Tribunal Federal.
B) Não viola o direito ao silêncio, liberdade de locomoção, não autoincriminação e
presunção de inocência, de acordo com entendimento do Supremo Tribunal Federal.
C) Não possui positivação no código de processo penal mas é aceita pelos tribunais
superiores
D) Foi recepcionada pela Constituição Federal, de acordo com o entendimento do
guardião da Constituição

19. ANO: 2020 Questão Inédita


Acerca da oitiva do réu por videoconferência assinale a alternativa incorreta:

A) O interrogatório do réu preso será feito preferencialmente por sistema de


videoconferencia ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em
tempo real, desde que a medida seja necessária para atender às finalidades do mesmo.
B) O juiz, por decisão fundamentada, de ofício, poderá realizar o interrogatório do réu
preso por sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de
sons e imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária para atender às
finalidades do mesmo.
C) O juiz, por decisão fundamentada, a requerimento das partes, poderá realizar o
interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou outro recurso
tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que a medida seja
necessária para atender às finalidades do mesmo.
D) O réu tem direito de assistir a todos os outros atos referentes à audiência bem como
a se entrevistas com seu defensor e ter contato com ele, a todo momento, por meio
telefônico.

20. ANO: 2020 Questão Inédita

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O interrogatório por videoconferência será permito desde que a medida seja


necessária para atender a algumas medidas descritas pelo Código de Processo Penal.
São medidas trazidas na legislação, exceto:

A) Prevenir risco a segurança pública quando o preso estiver sendo acusado por crime
com resultado morte
B) Prevenir risco a segurança pública quando exista fundada
suspeita de que o preso integre organização criminosa
C) Prevenir risco a segurança pública quando exista fundada
suspeita de que o preso possa fugir durante o deslocamento.
D) Para impedir r influência no estado de ânimo da vítima.

GABARITO
1. Errado
2. Errado
3. Certo
4. Errado
5. Errado
6. Errado
7. Errado
8. Certo
9. Errado
10. Certo
11. A
12. B
13. D
14. D
15. D
16. D
17. A
18. A
19. A
20. A

QUESTÕES COMENTADAS
1- De acordo com o instituto do interrogatório no processo penal, julgue a
assertiva abaixo:

O interrogatório possui natureza de meio de defesa do réu.

GABARITO ERRADO

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SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. O interrogatório possui natureza híbrida pois pode ser visto


como meio de prova E como meio de defesa.

SOLUÇÃO COMPLETA

De acordo com Ana Pellegrini Grinover (p. 343, 1996) através do


interrogatório, o juiz (e a polícia) pode tomar conhecimento de elementos úteis
para a descoberta do delito, mas não é para essa finalidade que o interrogatório
está orientado.
Pode constituir fonte de prova, mas não meio de prova. Em outras palavras,
o interrogatório não serve para provar o fato, mas para fornecer outros elementos
de prova que possam conduzir à sua comprovação.
Aury Lopes Jr (p. 707, 2020) conclui que na discussão sobre a “natureza
jurídica” do interrogatório, as alternativas “meio de prova” e “meio de defesa” não
são excludentes, senão que coexistem de forma inevitável. Assim, se de um lado
potencializamos o caráter de meio de defesa, não negamos que ele também acaba
servindo como meio de prova, até porque ingressa na complexidade do conjunto
de fatores psicológicos que norteiam o sentire judicial materializado na sentença.
Nesse sentido, em resumo, temos o interrogatória com natureza híbrida -
também chamada de mista - por assumir esses dois papeis. Outras características
podem ser citadas, a exemplo: ato personalíssimo, revestido de judicialidade,
regido pelo princípio da espontaneidade, e sujeito ao direito ao silêncio.

2. De acordo com o instituto do interrogatório no processo penal, julgue a


assertiva abaixo:

O interrogatório possui natureza de meio de prova.

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. O interrogatório possui natureza híbrida pois pode ser visto


como meio de prova E como meio de defesa.

SOLUÇÃO COMPLETA

De acordo com Ana Pellegrini Grinover (p. 343, 1996) através do


interrogatório, o juiz (e a polícia) pode tomar conhecimento de elementos úteis
para a descoberta do delito, mas não é para essa finalidade que o interrogatório
está orientado.
Pode constituir fonte de prova, mas não meio de prova. Em outras palavras,
o interrogatório não serve para provar o fato, mas para fornecer outros elementos
de prova que possam conduzir à sua comprovação.

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7
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Aury Lopes Jr (p. 707, 2020) conclui que na discussão sobre a “natureza
jurídica” do interrogatório, as alternativas “meio de prova” e “meio de defesa” não
são excludentes, senão que coexistem de forma inevitável. Assim, se de um lado
potencializamos o caráter de meio de defesa, não negamos que ele também acaba
servindo como meio de prova, até porque ingressa na complexidade do conjunto
de fatores psicológicos que norteiam o sentire judicial materializado na sentença.
Nesse sentido, em resumo, temos o interrogatória com natureza híbrida -
também chamada de mista - por assumir esses dois papeis. Outras características
podem ser citadas, a exemplo: ato personalíssimo, revestido de judicialidade,
regido pelo princípio da espontaneidade, e sujeito ao direito ao silêncio.

3- Em relação ao silêncio do acusado, julgue o item abaixo:

O acusado tem o direito de permanecer calado, sem que seu silêncio seja
interpretado como confissão.
GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Certo. Artigo 186 § único CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

De acordo com Aury Lopes Jr (p. 706, 2020) mesmo no interrogatório


policial, o imputado tem o direito de saber em que qualidade presta as
declarações, de estar acompanhado de advogado e, ainda, de reservar-se o
direito de só declarar em juízo, sem qualquer prejuízo.
O art. 5º, LV, da CB é inteiramente aplicável ao IP. O direito de silêncio,
demais de estar contido na ampla defesa (autodefesa negativa), encontra abrigo
no art. 5º, LXIII, da CB, que ao tutelar o estado mais grave (preso) obviamente
abrange e é aplicável ao sujeito passivo em liberdade.
O direito de silêncio está expressamente previsto no art. 5º, LXIII, da CB (o
preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado...).
Parece-nos inequívoco que o direito de silêncio se aplica tanto ao sujeito passivo
preso como também ao que está em liberdade. Contribui para isso o art. 8.2, g,
da CADH, onde se pode ler que toda pessoa (logo, presa ou em liberdade) tem o
direito de não ser obrigado a depor contra si mesma nem a declarar-se culpada.
Ao estar assegurado o direito de silêncio sem qualquer reserva na
Constituição e na Convenção Americana de Direitos Humanos, por lógica jurídica,
o sistema interno não pode atribuir ao seu exercício qualquer prejuízo e assim vai
a previsão do art. 186.

Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da


acusação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do
seu direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem
formuladas.

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Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser
interpretado em prejuízo da defesa.
O direito de calar também estipula um novo dever para a autoridade policial
ou judicial que realiza o interrogatório: o de advertir o sujeito passivo de que não
está obrigado a responder as perguntas que lhe forem feitas. Se calar constitui
um direito do imputado e ele tem de ser informado do alcance de suas garantias,
passa a existir o correspondente dever do órgão estatal a que assim o informe,
sob pena de nulidade do ato por violação de uma garantia constitucional.
O direito de silêncio é apenas uma manifestação de uma garantia muito
maior, insculpida no princípio nemo tenetur se detegere, segundo o qual o sujeito
passivo não pode sofrer nenhum prejuízo jurídico por omitir-se de colaborar em
uma atividade probatória da acusação ou por exercer seu direito de silêncio
quando do interrogatório.
Sublinhe-se: do exercício do direito de silêncio não pode nascer nenhuma
presunção de culpabilidade ou qualquer tipo de prejuízo jurídico para o imputado.
Destarte, através do princípio do nemo tenetur se detegere, o sujeito
passivo não pode ser compelido a declarar ou mesmo participar de qualquer
atividade que possa incriminá-lo ou prejudicar sua defesa, ressalvando-se, como
explicado, a extração de material genético (Lei n. 12.654/2012).

4- Julgue o item abaixo:

O juiz garantirá ao réu o direito de entrevista prévia e reservada com seu defensor,
salvo em caso de interrogatório realizado por videoconferência.
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. Artigo 185 §5 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

De acordo com os ensinamentos de Aury Lopes Jr (p. 706, 2020) Mesmo no


interrogatório policial, o imputado tem o direito de saber em que qualidade presta
as declarações448, de estar acompanhado de advogado e, ainda, de reservar-se o
direito de só declarar em juízo, sem qualquer prejuízo.
O art. 5º, LV, da CB é inteiramente aplicável ao IP. O direito de silêncio,
ademais de estar contido na ampla defesa (autodefesa negativa), encontra abrigo
no art. 5º, LXIII, da CB, que ao tutelar o estado mais grave (preso) obviamente
abrange e é aplicável ao sujeito passivo em liberdade.
A presença do defensor no momento das declarações do suspeito diante da
autoridade judiciária ou policial é imprescindível, pela expressa previsão no art.
185 do CPP. Tanto na fase policial como em juízo, o advogado não é um
“convidado de pedra”, senão que poderá participar ativamente do interrogatório,
como assegura o art. 188 do CPP.

Veja o que preceitua o Código de Processo Penal:

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Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da


acusação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do
seu direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem
formuladas.
Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser
interpretado em prejuízo da defesa

Art. 185. § 5o Em qualquer modalidade de interrogatório, o juiz


garantirá ao réu o direito de entrevista prévia e reservada com o seu
defensor; se realizado por videoconferência, fica também garantido o
acesso a canais telefônicos reservados para comunicação entre o
defensor que esteja no presídio e o advogado presente na sala de
audiência do Fórum, e entre este e o preso.

5- Analise a assertiva abaixo:

Por tratar-se de meio de prova, é dispensável a presença da defesa do réu no


interrogatório.
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. É direito do acusado pois o interrogatório é também direito


de defesa. Artigo 185 CPP

SOLUÇÃO COMPLETA

De acordo com os ensinamentos de Aury Lopes Jr (p. 706, 2020) Mesmo no


interrogatório policial, o imputado tem o direito de saber em que qualidade presta
as declarações448, de estar acompanhado de advogado e, ainda, de reservar-se o
direito de só declarar em juízo, sem qualquer prejuízo.
O art. 5º, LV, da CB é inteiramente aplicável ao IP. O direito de silêncio,
ademais de estar contido na ampla defesa (autodefesa negativa), encontra abrigo
no art. 5º, LXIII, da CB, que ao tutelar o estado mais grave (preso) obviamente
abrange e é aplicável ao sujeito passivo em liberdade.
A presença do defensor no momento das declarações do suspeito diante da
autoridade judiciária ou policial é imprescindível, pela expressa previsão no art.
185 do CPP. Tanto na fase policial como em juízo, o advogado não é um
“convidado de pedra”, senão que poderá participar ativamente do interrogatório,
como assegura o art. 188 do CPP.

Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no


curso do processo penal, será qualificado e interrogado na presença de seu
defensor, constituído ou nomeado.

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6- Julgue a assertiva que segue abaixo:

A ausência de defesa no interrogatório não constitui nulidade.

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA
Errado. Artigo 185 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

De acordo com os ensinamentos de Aury Lopes Jr (p. 706, 2020) Mesmo no


interrogatório policial, o imputado tem o direito de saber em que qualidade presta
as declarações448, de estar acompanhado de advogado e, ainda, de reservar-se o
direito de só declarar em juízo, sem qualquer prejuízo.
O art. 5º, LV, da CB é inteiramente aplicável ao IP. O direito de silêncio,
ademais de estar contido na ampla defesa (autodefesa negativa), encontra abrigo
no art. 5º, LXIII, da CB, que ao tutelar o estado mais grave (preso) obviamente
abrange e é aplicável ao sujeito passivo em liberdade.
A presença do defensor no momento das declarações do suspeito diante da
autoridade judiciária ou policial é imprescindível, pela expressa previsão no art.
185 do CPP. Tanto na fase policial como em juízo, o advogado não é um
“convidado de pedra”, senão que poderá participar ativamente do interrogatório,
como assegura o art. 188 do CPP.

Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no


curso do processo penal, será qualificado e interrogado na presença de seu
defensor, constituído ou nomeado.

7- Em relação ao direito do acusado, julgue o item abaixo:

O direito ao silêncio é garantido em todas as etapas do interrogatório.


GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. Artigo 187 § único CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

8- Em relação ao direito do acusado, julgue o item abaixo:

O interrogado tem a obrigação de responder a primeira parte do interrogatório.

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GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Certo. 187 § único CPP

SOLUÇÃO COMPLETA

De acordo com Aury Lopes Jr (p. 706, 2020) mesmo no interrogatório


policial, o imputado tem o direito de saber em que qualidade presta as
declarações, de estar acompanhado de advogado e, ainda, de reservar-se o
direito de só declarar em juízo, sem qualquer prejuízo.
O art. 5º, LV, da CB é inteiramente aplicável ao IP. O direito de silêncio,
demais de estar contido na ampla defesa (autodefesa negativa), encontra abrigo
no art. 5º, LXIII, da CB, que ao tutelar o estado mais grave (preso) obviamente
abrange e é aplicável ao sujeito passivo em liberdade.
O direito de silêncio está expressamente previsto no art. 5º, LXIII, da CB (o
preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado...).
Parece-nos inequívoco que o direito de silêncio se aplica tanto ao sujeito passivo
preso como também ao que está em liberdade. Contribui para isso o art. 8.2, g,
da CADH, onde se pode ler que toda pessoa (logo, presa ou em liberdade) tem o
direito de não ser obrigado a depor contra si mesma nem a declarar-se culpada.
Ao estar assegurado o direito de silêncio sem qualquer reserva na
Constituição e na Convenção Americana de Direitos Humanos, por lógica jurídica,
o sistema interno não pode atribuir ao seu exercício qualquer prejuízo e assim vai
a previsão do art. 186.

Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da


acusação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do
seu direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem
formuladas.
Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser
interpretado em prejuízo da defesa.
O direito de calar também estipula um novo dever para a autoridade policial
ou judicial que realiza o interrogatório: o de advertir o sujeito passivo de que não
está obrigado a responder as perguntas que lhe forem feitas. Se calar constitui
um direito do imputado e ele tem de ser informado do alcance de suas garantias,
passa a existir o correspondente dever do órgão estatal a que assim o informe,
sob pena de nulidade do ato por violação de uma garantia constitucional.
O direito de silêncio é apenas uma manifestação de uma garantia muito
maior, insculpida no princípio nemo tenetur se detegere, segundo o qual o sujeito
passivo não pode sofrer nenhum prejuízo jurídico por omitir-se de colaborar em
uma atividade probatória da acusação ou por exercer seu direito de silêncio
quando do interrogatório.
Sublinhe-se: do exercício do direito de silêncio não pode nascer nenhuma
presunção de culpabilidade ou qualquer tipo de prejuízo jurídico para o imputado.

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Destarte, através do princípio do nemo tenetur se detegere, o sujeito


passivo não pode ser compelido a declarar ou mesmo participar de qualquer
atividade que possa incriminá-lo ou prejudicar sua defesa, ressalvando-se, como
explicado, a extração de material genético (Lei n. 12.654/2012).

Todavia, é importante destacar que o interrogatório é composto por duas


fases, sendo a primeira mera qualificação do réu. Nessa fase, por não haver
questões de mérito a serem questionadas, buscando esclarecer e evidenciar a
personalidade do processado, o direito ao silêncio ou mesmo o direito a não se
declarar de forma verdadeira não pode ser exercido. Desse modo, o interrogado
tem o dever de indicar corretamente a sua identificação.

Veja o que preceitua o Código de Processo Penal:

Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do


acusado e sobre os fatos.
§ 1o Na primeira parte o interrogando será perguntado sobre a residência,
meios de vida ou profissão, oportunidades sociais, lugar onde exerce a sua
atividade, vida pregressa, notadamente se foi preso ou processado alguma vez e,
em caso afirmativo, qual o juízo do processo, se houve suspensão condicional ou
condenação, qual a pena imposta, se a cumpriu e outros dados familiares e
sociais.

9- Considere o que preceitua o Código de Processo Penal para julgar o item abaixo:

Na primeira parte do interrogatório, é perguntado se a acusação é verdadeira e


caso não sendo, se tem algum motivo particular a que atribuí-la, se conhece a pessoa ou
pessoas a quem deva ser imputada a prática do crime, e quais sejam, e se com elas esteve
antes da prática da infração ou depois dela.
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA
Errado. Na segunda fase. Artigo 187 §2 I e II CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com Aury Lopes Jr (p. 706, 2020) mesmo no interrogatório
policial, o imputado tem o direito de saber em que qualidade presta as
declarações, de estar acompanhado de advogado e, ainda, de reservar-se o
direito de só declarar em juízo, sem qualquer prejuízo.
O art. 5º, LV, da CB é inteiramente aplicável ao IP. O direito de silêncio,
demais de estar contido na ampla defesa (autodefesa negativa), encontra abrigo
no art. 5º, LXIII, da CB, que ao tutelar o estado mais grave (preso) obviamente
abrange e é aplicável ao sujeito passivo em liberdade.
O direito de silêncio está expressamente previsto no art. 5º, LXIII, da CB (o
preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado...).
Parece-nos inequívoco que o direito de silêncio se aplica tanto ao sujeito passivo
preso como também ao que está em liberdade. Contribui para isso o art. 8.2, g,

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da CADH, onde se pode ler que toda pessoa (logo, presa ou em liberdade) tem o
direito de não ser obrigado a depor contra si mesma nem a declarar-se culpada.
Ao estar assegurado o direito de silêncio sem qualquer reserva na
Constituição e na Convenção Americana de Direitos Humanos, por lógica jurídica,
o sistema interno não pode atribuir ao seu exercício qualquer prejuízo e assim vai
a previsão do art. 186.

Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da


acusação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do
seu direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem
formuladas.
Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser
interpretado em prejuízo da defesa.
O direito de calar também estipula um novo dever para a autoridade policial
ou judicial que realiza o interrogatório: o de advertir o sujeito passivo de que não
está obrigado a responder as perguntas que lhe forem feitas. Se calar constitui
um direito do imputado e ele tem de ser informado do alcance de suas garantias,
passa a existir o correspondente dever do órgão estatal a que assim o informe,
sob pena de nulidade do ato por violação de uma garantia constitucional.
O direito de silêncio é apenas uma manifestação de uma garantia muito
maior, insculpida no princípio nemo tenetur se detegere, segundo o qual o sujeito
passivo não pode sofrer nenhum prejuízo jurídico por omitir-se de colaborar em
uma atividade probatória da acusação ou por exercer seu direito de silêncio
quando do interrogatório.
Sublinhe-se: do exercício do direito de silêncio não pode nascer nenhuma
presunção de culpabilidade ou qualquer tipo de prejuízo jurídico para o imputado.
Destarte, através do princípio do nemo tenetur se detegere, o sujeito
passivo não pode ser compelido a declarar ou mesmo participar de qualquer
atividade que possa incriminá-lo ou prejudicar sua defesa, ressalvando-se, como
explicado, a extração de material genético (Lei n. 12.654/2012).

Todavia, é importante destacar que o interrogatório é composto por duas


fases, sendo a primeira mera qualificação do réu. Nessa fase, por não haver
questões de mérito a serem questionadas, buscando esclarecer e evidenciar a
personalidade do processado, o direito ao silêncio ou mesmo o direito a não se
declarar de forma verdadeira não pode ser exercido. Desse modo, o interrogado
tem o dever de indicar corretamente a sua identificação.

Veja o que preceitua o Código de Processo Penal:

Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do


acusado e sobre os fatos.
§ 1o Na primeira parte o interrogando será perguntado sobre a residência,
meios de vida ou profissão, oportunidades sociais, lugar onde exerce a sua
atividade, vida pregressa, notadamente se foi preso ou processado alguma vez e,
em caso afirmativo, qual o juízo do processo, se houve suspensão condicional ou
condenação, qual a pena imposta, se a cumpriu e outros dados familiares e
sociais.

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Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do


acusado e sobre os fatos.
§ 2o Na segunda parte será perguntado sobre
I - ser verdadeira a acusação que lhe é feita;
II - não sendo verdadeira a acusação, se tem algum motivo particular a que
atribuí-la, se conhece a pessoa ou pessoas a quem deva ser imputada a prática do
crime, e quais sejam, e se com elas esteve antes da prática da infração ou depois
dela;
III - onde estava ao tempo em que foi cometida a infração e se teve notícia
desta
IV - as provas já apuradas;
V - se conhece as vítimas e testemunhas já inquiridas ou por inquirir, e
desde quando, e se tem o que alegar contra elas;
VI - se conhece o instrumento com que foi praticada a infração, ou qualquer
objeto que com esta se relacione e tenha sido apreendido;

10- Considere o que preceitua o Código de Processo Penal para julgar o item abaixo:

O interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria, no estabelecimento


em que estiver recolhido, desde que estejam garantidas a segurança do juiz, do membro
do Ministério Público e dos auxiliares bem como a presença do defensor e a publicidade
do ato.
GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA
Certo. Artigo 185 §1º CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com Aury Lopes Jr (p. 706, 2020) mesmo no interrogatório
policial, o imputado tem o direito de saber em que qualidade presta as
declarações, de estar acompanhado de advogado e, ainda, de reservar-se o
direito de só declarar em juízo, sem qualquer prejuízo.
O art. 5º, LV, da CB é inteiramente aplicável ao IP. O direito de silêncio,
demais de estar contido na ampla defesa (autodefesa negativa), encontra abrigo
no art. 5º, LXIII, da CB, que ao tutelar o estado mais grave (preso) obviamente
abrange e é aplicável ao sujeito passivo em liberdade.
O direito de silêncio está expressamente previsto no art. 5º, LXIII, da CB (o
preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado...).
Parece-nos inequívoco que o direito de silêncio se aplica tanto ao sujeito passivo
preso como também ao que está em liberdade. Contribui para isso o art. 8.2, g,
da CADH, onde se pode ler que toda pessoa (logo, presa ou em liberdade) tem o
direito de não ser obrigado a depor contra si mesma nem a declarar-se culpada.
Ao estar assegurado o direito de silêncio sem qualquer reserva na
Constituição e na Convenção Americana de Direitos Humanos, por lógica jurídica,
o sistema interno não pode atribuir ao seu exercício qualquer prejuízo e assim vai
a previsão do art. 186.

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Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da


acusação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do
seu direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem
formuladas.
Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser
interpretado em prejuízo da defesa.
O direito de calar também estipula um novo dever para a autoridade policial
ou judicial que realiza o interrogatório: o de advertir o sujeito passivo de que não
está obrigado a responder as perguntas que lhe forem feitas. Se calar constitui
um direito do imputado e ele tem de ser informado do alcance de suas garantias,
passa a existir o correspondente dever do órgão estatal a que assim o informe,
sob pena de nulidade do ato por violação de uma garantia constitucional.
O direito de silêncio é apenas uma manifestação de uma garantia muito
maior, insculpida no princípio nemo tenetur se detegere, segundo o qual o sujeito
passivo não pode sofrer nenhum prejuízo jurídico por omitir-se de colaborar em
uma atividade probatória da acusação ou por exercer seu direito de silêncio
quando do interrogatório.
Sublinhe-se: do exercício do direito de silêncio não pode nascer nenhuma
presunção de culpabilidade ou qualquer tipo de prejuízo jurídico para o imputado.
Destarte, através do princípio do nemo tenetur se detegere, o sujeito
passivo não pode ser compelido a declarar ou mesmo participar de qualquer
atividade que possa incriminá-lo ou prejudicar sua defesa, ressalvando-se, como
explicado, a extração de material genético (Lei n. 12.654/2012).

Todavia, é importante destacar que o interrogatório é composto por duas


fases, sendo a primeira mera qualificação do réu. Nessa fase, por não haver
questões de mérito a serem questionadas, buscando esclarecer e evidenciar a
personalidade do processado, o direito ao silêncio ou mesmo o direito a não se
declarar de forma verdadeira não pode ser exercido. Desse modo, o interrogado
tem o dever de indicar corretamente a sua identificação.

Veja o que preceitua o Código de Processo Penal:

Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no


curso do processo penal, será qualificado e interrogado na presença de seu
defensor, constituído ou nomeado

§ 1o O interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria,


no estabelecimento em que estiver recolhido, desde que estejam
garantidas a segurança do juiz, do membro do Ministério Público e dos
auxiliares bem como a presença do defensor e a publicidade do ato.

11- O direito ao silêncio no interrogatório:

A) Jamais poderá ser interpretado como confissão.

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B) Está assegurado em todas as fases do interrogatório


C) Está assegurado na primeira fase do interrogatório mas na segunda não.
D) Não está assegurado
GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) Jamais poderá ser interpretado como confissão. (certo)


Certo. Artigo 186 § único CPP.
B) Está assegurado em todas as fases do interrogatório (errado)
Errado. Art. 187, §1º, CPP
C) Está assegurado na primeira fase do interrogatório mas na
segunda não. (errado)
Errado. Art. 187, §1º, CPP
D) Não está assegurado. (errado)
Errado. Artigo 186 § único CPP
SOLUÇÃO COMPLETA

A) Jamais poderá ser interpretado como confissão. (certo)


De acordo com Aury Lopes Jr (p. 706, 2020) mesmo no interrogatório
policial, o imputado tem o direito de saber em que qualidade presta as
declarações, de estar acompanhado de advogado e, ainda, de reservar-se o
direito de só declarar em juízo, sem qualquer prejuízo.
O art. 5º, LV, da CB é inteiramente aplicável ao IP. O direito de silêncio,
demais de estar contido na ampla defesa (autodefesa negativa), encontra abrigo
no art. 5º, LXIII, da CB, que ao tutelar o estado mais grave (preso) obviamente
abrange e é aplicável ao sujeito passivo em liberdade.
O direito de silêncio está expressamente previsto no art. 5º, LXIII, da CB (o
preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado...).
Parece-nos inequívoco que o direito de silêncio se aplica tanto ao sujeito passivo
preso como também ao que está em liberdade. Contribui para isso o art. 8.2, g,
da CADH, onde se pode ler que toda pessoa (logo, presa ou em liberdade) tem o
direito de não ser obrigado a depor contra si mesma nem a declarar-se culpada.
Ao estar assegurado o direito de silêncio sem qualquer reserva na
Constituição e na Convenção Americana de Direitos Humanos, por lógica jurídica,
o sistema interno não pode atribuir ao seu exercício qualquer prejuízo e assim vai
a previsão do art. 186.

Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da


acusação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do
seu direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem
formuladas.
Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser
interpretado em prejuízo da defesa.
O direito de calar também estipula um novo dever para a autoridade policial
ou judicial que realiza o interrogatório: o de advertir o sujeito passivo de que não
está obrigado a responder as perguntas que lhe forem feitas. Se calar constitui

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passa a existir o correspondente dever do órgão estatal a que assim o informe,
sob pena de nulidade do ato por violação de uma garantia constitucional.
O direito de silêncio é apenas uma manifestação de uma garantia muito
maior, insculpida no princípio nemo tenetur se detegere, segundo o qual o sujeito
passivo não pode sofrer nenhum prejuízo jurídico por omitir-se de colaborar em
uma atividade probatória da acusação ou por exercer seu direito de silêncio
quando do interrogatório.
Sublinhe-se: do exercício do direito de silêncio não pode nascer nenhuma
presunção de culpabilidade ou qualquer tipo de prejuízo jurídico para o imputado.
Destarte, através do princípio do nemo tenetur se detegere, o sujeito
passivo não pode ser compelido a declarar ou mesmo participar de qualquer
atividade que possa incriminá-lo ou prejudicar sua defesa, ressalvando-se, como
explicado, a extração de material genético (Lei n. 12.654/2012).

Todavia, é importante destacar que o interrogatório é composto por duas


fases, sendo a primeira mera qualificação do réu. Nessa fase, por não haver
questões de mérito a serem questionadas, buscando esclarecer e evidenciar a
personalidade do processado, o direito ao silêncio ou mesmo o direito a não se
declarar de forma verdadeira não pode ser exercido. Desse modo, o interrogado
tem o dever de indicar corretamente a sua identificação.

Veja o que preceitua o Código de Processo Penal:

Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do


acusado e sobre os fatos.
§ 1o Na primeira parte o interrogando será perguntado sobre a residência,
meios de vida ou profissão, oportunidades sociais, lugar onde exerce a sua
atividade, vida pregressa, notadamente se foi preso ou processado alguma vez e,
em caso afirmativo, qual o juízo do processo, se houve suspensão condicional ou
condenação, qual a pena imposta, se a cumpriu e outros dados familiares e
sociais.

B) Está assegurado em todas as fases do interrogatório (errado)


De acordo com Aury Lopes Jr (p. 706, 2020) mesmo no interrogatório
policial, o imputado tem o direito de saber em que qualidade presta as
declarações, de estar acompanhado de advogado e, ainda, de reservar-se o
direito de só declarar em juízo, sem qualquer prejuízo.
O art. 5º, LV, da CB é inteiramente aplicável ao IP. O direito de silêncio,
demais de estar contido na ampla defesa (autodefesa negativa), encontra abrigo
no art. 5º, LXIII, da CB, que ao tutelar o estado mais grave (preso) obviamente
abrange e é aplicável ao sujeito passivo em liberdade.
O direito de silêncio está expressamente previsto no art. 5º, LXIII, da CB (o
preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado...).
Parece-nos inequívoco que o direito de silêncio se aplica tanto ao sujeito passivo
preso como também ao que está em liberdade. Contribui para isso o art. 8.2, g,
da CADH, onde se pode ler que toda pessoa (logo, presa ou em liberdade) tem o
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Constituição e na Convenção Americana de Direitos Humanos, por lógica jurídica,
o sistema interno não pode atribuir ao seu exercício qualquer prejuízo e assim vai
a previsão do art. 186.

Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da


acusação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do
seu direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem
formuladas.
Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser
interpretado em prejuízo da defesa.
O direito de calar também estipula um novo dever para a autoridade policial
ou judicial que realiza o interrogatório: o de advertir o sujeito passivo de que não
está obrigado a responder as perguntas que lhe forem feitas. Se calar constitui
um direito do imputado e ele tem de ser informado do alcance de suas garantias,
passa a existir o correspondente dever do órgão estatal a que assim o informe,
sob pena de nulidade do ato por violação de uma garantia constitucional.
O direito de silêncio é apenas uma manifestação de uma garantia muito
maior, insculpida no princípio nemo tenetur se detegere, segundo o qual o sujeito
passivo não pode sofrer nenhum prejuízo jurídico por omitir-se de colaborar em
uma atividade probatória da acusação ou por exercer seu direito de silêncio
quando do interrogatório.
Sublinhe-se: do exercício do direito de silêncio não pode nascer nenhuma
presunção de culpabilidade ou qualquer tipo de prejuízo jurídico para o imputado.
Destarte, através do princípio do nemo tenetur se detegere, o sujeito
passivo não pode ser compelido a declarar ou mesmo participar de qualquer
atividade que possa incriminá-lo ou prejudicar sua defesa, ressalvando-se, como
explicado, a extração de material genético (Lei n. 12.654/2012).

Todavia, é importante destacar que o interrogatório é composto por duas


fases, sendo a primeira mera qualificação do réu. Nessa fase, por não haver
questões de mérito a serem questionadas, buscando esclarecer e evidenciar a
personalidade do processado, o direito ao silêncio ou mesmo o direito a não se
declarar de forma verdadeira não pode ser exercido. Desse modo, o interrogado
tem o dever de indicar corretamente a sua identificação.

Veja o que preceitua o Código de Processo Penal:

Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do


acusado e sobre os fatos.
§ 1o Na primeira parte o interrogando será perguntado sobre a residência,
meios de vida ou profissão, oportunidades sociais, lugar onde exerce a sua
atividade, vida pregressa, notadamente se foi preso ou processado alguma vez e,
em caso afirmativo, qual o juízo do processo, se houve suspensão condicional ou
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C) Está assegurado na primeira fase do interrogatório mas na


segunda não. (errado)
De acordo com Aury Lopes Jr (p. 706, 2020) mesmo no interrogatório
policial, o imputado tem o direito de saber em que qualidade presta as
declarações, de estar acompanhado de advogado e, ainda, de reservar-se o
direito de só declarar em juízo, sem qualquer prejuízo.
O art. 5º, LV, da CB é inteiramente aplicável ao IP. O direito de silêncio,
demais de estar contido na ampla defesa (autodefesa negativa), encontra abrigo
no art. 5º, LXIII, da CB, que ao tutelar o estado mais grave (preso) obviamente
abrange e é aplicável ao sujeito passivo em liberdade.
O direito de silêncio está expressamente previsto no art. 5º, LXIII, da CB (o
preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado...).
Parece-nos inequívoco que o direito de silêncio se aplica tanto ao sujeito passivo
preso como também ao que está em liberdade. Contribui para isso o art. 8.2, g,
da CADH, onde se pode ler que toda pessoa (logo, presa ou em liberdade) tem o
direito de não ser obrigado a depor contra si mesma nem a declarar-se culpada.
Ao estar assegurado o direito de silêncio sem qualquer reserva na
Constituição e na Convenção Americana de Direitos Humanos, por lógica jurídica,
o sistema interno não pode atribuir ao seu exercício qualquer prejuízo e assim vai
a previsão do art. 186.

Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da


acusação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do
seu direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem
formuladas.
Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser
interpretado em prejuízo da defesa.
O direito de calar também estipula um novo dever para a autoridade policial
ou judicial que realiza o interrogatório: o de advertir o sujeito passivo de que não
está obrigado a responder as perguntas que lhe forem feitas. Se calar constitui
um direito do imputado e ele tem de ser informado do alcance de suas garantias,
passa a existir o correspondente dever do órgão estatal a que assim o informe,
sob pena de nulidade do ato por violação de uma garantia constitucional.
O direito de silêncio é apenas uma manifestação de uma garantia muito
maior, insculpida no princípio nemo tenetur se detegere, segundo o qual o sujeito
passivo não pode sofrer nenhum prejuízo jurídico por omitir-se de colaborar em
uma atividade probatória da acusação ou por exercer seu direito de silêncio
quando do interrogatório.
Sublinhe-se: do exercício do direito de silêncio não pode nascer nenhuma
presunção de culpabilidade ou qualquer tipo de prejuízo jurídico para o imputado.
Destarte, através do princípio do nemo tenetur se detegere, o sujeito
passivo não pode ser compelido a declarar ou mesmo participar de qualquer
atividade que possa incriminá-lo ou prejudicar sua defesa, ressalvando-se, como
explicado, a extração de material genético (Lei n. 12.654/2012).

Todavia, é importante destacar que o interrogatório é composto por duas


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personalidade do processado, o direito ao silêncio ou mesmo o direito a não se


declarar de forma verdadeira não pode ser exercido. Desse modo, o interrogado
tem o dever de indicar corretamente a sua identificação.

Veja o que preceitua o Código de Processo Penal:

Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do


acusado e sobre os fatos.
§ 1o Na primeira parte o interrogando será perguntado sobre a residência,
meios de vida ou profissão, oportunidades sociais, lugar onde exerce a sua
atividade, vida pregressa, notadamente se foi preso ou processado alguma vez e,
em caso afirmativo, qual o juízo do processo, se houve suspensão condicional ou
condenação, qual a pena imposta, se a cumpriu e outros dados familiares e
sociais.

D) Não está assegurado. (errado)


De acordo com Aury Lopes Jr (p. 706, 2020) mesmo no interrogatório
policial, o imputado tem o direito de saber em que qualidade presta as
declarações, de estar acompanhado de advogado e, ainda, de reservar-se o
direito de só declarar em juízo, sem qualquer prejuízo.
O art. 5º, LV, da CB é inteiramente aplicável ao IP. O direito de silêncio,
demais de estar contido na ampla defesa (autodefesa negativa), encontra abrigo
no art. 5º, LXIII, da CB, que ao tutelar o estado mais grave (preso) obviamente
abrange e é aplicável ao sujeito passivo em liberdade.
O direito de silêncio está expressamente previsto no art. 5º, LXIII, da CB (o
preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado...).
Parece-nos inequívoco que o direito de silêncio se aplica tanto ao sujeito passivo
preso como também ao que está em liberdade. Contribui para isso o art. 8.2, g,
da CADH, onde se pode ler que toda pessoa (logo, presa ou em liberdade) tem o
direito de não ser obrigado a depor contra si mesma nem a declarar-se culpada.
Ao estar assegurado o direito de silêncio sem qualquer reserva na
Constituição e na Convenção Americana de Direitos Humanos, por lógica jurídica,
o sistema interno não pode atribuir ao seu exercício qualquer prejuízo e assim vai
a previsão do art. 186.

Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da


acusação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do
seu direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem
formuladas.
Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser
interpretado em prejuízo da defesa.
O direito de calar também estipula um novo dever para a autoridade policial
ou judicial que realiza o interrogatório: o de advertir o sujeito passivo de que não
está obrigado a responder as perguntas que lhe forem feitas. Se calar constitui
um direito do imputado e ele tem de ser informado do alcance de suas garantias,
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sob pena de nulidade do ato por violação de uma garantia constitucional.

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O direito de silêncio é apenas uma manifestação de uma garantia muito


maior, insculpida no princípio nemo tenetur se detegere, segundo o qual o sujeito
passivo não pode sofrer nenhum prejuízo jurídico por omitir-se de colaborar em
uma atividade probatória da acusação ou por exercer seu direito de silêncio
quando do interrogatório.
Sublinhe-se: do exercício do direito de silêncio não pode nascer nenhuma
presunção de culpabilidade ou qualquer tipo de prejuízo jurídico para o imputado.
Destarte, através do princípio do nemo tenetur se detegere, o sujeito
passivo não pode ser compelido a declarar ou mesmo participar de qualquer
atividade que possa incriminá-lo ou prejudicar sua defesa, ressalvando-se, como
explicado, a extração de material genético (Lei n. 12.654/2012).

Todavia, é importante destacar que o interrogatório é composto por duas


fases, sendo a primeira mera qualificação do réu. Nessa fase, por não haver
questões de mérito a serem questionadas, buscando esclarecer e evidenciar a
personalidade do processado, o direito ao silêncio ou mesmo o direito a não se
declarar de forma verdadeira não pode ser exercido. Desse modo, o interrogado
tem o dever de indicar corretamente a sua identificação.

Veja o que preceitua o Código de Processo Penal:

Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do


acusado e sobre os fatos.
§ 1o Na primeira parte o interrogando será perguntado sobre a residência,
meios de vida ou profissão, oportunidades sociais, lugar onde exerce a sua
atividade, vida pregressa, notadamente se foi preso ou processado alguma vez e,
em caso afirmativo, qual o juízo do processo, se houve suspensão condicional ou
condenação, qual a pena imposta, se a cumpriu e outros dados familiares e
sociais.

12- O direito de defesa no interrogatório:

A) É defeso ao réu
B) É direito do réu
C) Não é observado
D) É observado apenas na primeira fase

GABARITO LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) É defeso ao réu (errado)


B) É direito do réu (certo)
C) Não é observado (errado)
D) É observado apenas na primeira fase (errado)

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SOLUÇÃO COMPLETA

A) É defeso ao réu (errado)


De acordo com os ensinamentos de Aury Lopes Jr (p. 706, 2020) Mesmo no
interrogatório policial, o imputado tem o direito de saber em que qualidade presta
as declarações448, de estar acompanhado de advogado e, ainda, de reservar-se o
direito de só declarar em juízo, sem qualquer prejuízo.
O art. 5º, LV, da CB é inteiramente aplicável ao IP. O direito de silêncio,
ademais de estar contido na ampla defesa (autodefesa negativa), encontra abrigo
no art. 5º, LXIII, da CB, que ao tutelar o estado mais grave (preso) obviamente
abrange e é aplicável ao sujeito passivo em liberdade.
A presença do defensor no momento das declarações do suspeito diante da
autoridade judiciária ou policial é imprescindível, pela expressa previsão no art.
185 do CPP. Tanto na fase policial como em juízo, o advogado não é um
“convidado de pedra”, senão que poderá participar ativamente do interrogatório,
como assegura o art. 188 do CPP.

Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no


curso do processo penal, será qualificado e interrogado na presença de seu
defensor, constituído ou nomeado.

B) É direito do réu (certo)


De acordo com os ensinamentos de Aury Lopes Jr (p. 706, 2020) Mesmo no
interrogatório policial, o imputado tem o direito de saber em que qualidade presta
as declarações, de estar acompanhado de advogado e, ainda, de reservar-se o
direito de só declarar em juízo, sem qualquer prejuízo.
O art. 5º, LV, da CB é inteiramente aplicável ao IP. O direito de silêncio,
ademais de estar contido na ampla defesa (autodefesa negativa), encontra abrigo
no art. 5º, LXIII, da CB, que ao tutelar o estado mais grave (preso) obviamente
abrange e é aplicável ao sujeito passivo em liberdade.
A presença do defensor no momento das declarações do suspeito diante da
autoridade judiciária ou policial é imprescindível, pela expressa previsão no art.
185 do CPP. Tanto na fase policial como em juízo, o advogado não é um
“convidado de pedra”, senão que poderá participar ativamente do interrogatório,
como assegura o art. 188 do CPP.

Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no


curso do processo penal, será qualificado e interrogado na presença de seu
defensor, constituído ou nomeado.

C) Não é observado (errado)


De acordo com os ensinamentos de Aury Lopes Jr (p. 706, 2020) Mesmo no
interrogatório policial, o imputado tem o direito de saber em que qualidade presta
as declarações448, de estar acompanhado de advogado e, ainda, de reservar-se o
direito de só declarar em juízo, sem qualquer prejuízo.
O art. 5º, LV, da CB é inteiramente aplicável ao IP. O direito de silêncio,
ademais de estar contido na ampla defesa (autodefesa negativa), encontra abrigo

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no art. 5º, LXIII, da CB, que ao tutelar o estado mais grave (preso) obviamente
abrange e é aplicável ao sujeito passivo em liberdade.
A presença do defensor no momento das declarações do suspeito diante da
autoridade judiciária ou policial é imprescindível, pela expressa previsão no art.
185 do CPP. Tanto na fase policial como em juízo, o advogado não é um
“convidado de pedra”, senão que poderá participar ativamente do interrogatório,
como assegura o art. 188 do CPP.

Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no


curso do processo penal, será qualificado e interrogado na presença de seu
defensor, constituído ou nomeado.

D) É observado apenas na primeira fase (errado)


De acordo com os ensinamentos de Aury Lopes Jr (p. 706, 2020) Mesmo no
interrogatório policial, o imputado tem o direito de saber em que qualidade presta
as declarações448, de estar acompanhado de advogado e, ainda, de reservar-se o
direito de só declarar em juízo, sem qualquer prejuízo.
O art. 5º, LV, da CB é inteiramente aplicável ao IP. O direito de silêncio,
ademais de estar contido na ampla defesa (autodefesa negativa), encontra abrigo
no art. 5º, LXIII, da CB, que ao tutelar o estado mais grave (preso) obviamente
abrange e é aplicável ao sujeito passivo em liberdade.
A presença do defensor no momento das declarações do suspeito diante da
autoridade judiciária ou policial é imprescindível, pela expressa previsão no art.
185 do CPP. Tanto na fase policial como em juízo, o advogado não é um
“convidado de pedra”, senão que poderá participar ativamente do interrogatório,
como assegura o art. 188 do CPP.

Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no


curso do processo penal, será qualificado e interrogado na presença de seu
defensor, constituído ou nomeado.

13- O interrogatório do réu preso:

A) Será realizado na delegacia, com a presença da autoridade policial.


B) Será realizado por videoconferencia para garantir a segurança do juiz e das
partes
C) Será realizado no Tribunal de Justiça para garantir a segurança do juiz e das
partes
D) Será realizado, em sala própria, no estabelecimento em que estiver recolhido, desde
que estejam garantidas a segurança do juiz, do membro do Ministério Público e dos
auxiliares bem como a presença do defensor e a publicidade do ato.

GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

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A) Será realizado na delegacia, com a presença da autoridade


policial. (errado)
Errado. Artigo 185 §1º CPP.

B) Será realizado por videoconferencia para garantir a segurança do


juiz e das partes. (errado)
Errado. Artigo 185 §1º CPP.

C) Será realizado no Tribunal de Justiça para garantir a segurança


do juiz e das partes. (errado)
Errado. Artigo 185 §1º CPP.

D) Será realizado, em sala própria, no estabelecimento em que


estiver recolhido, desde que estejam garantidas a segurança do juiz, do
membro do Ministério Público e dos auxiliares bem como a presença do
defensor e a publicidade do ato. (correto)
Certo. Artigo 185 §1º CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

A) Será realizado na delegacia, com a presença da autoridade


policial. (errado)
De acordo com Aury Lopes Jr (p. 706, 2020) mesmo no interrogatório
policial, o imputado tem o direito de saber em que qualidade presta as
declarações, de estar acompanhado de advogado e, ainda, de reservar-se o
direito de só declarar em juízo, sem qualquer prejuízo.
O art. 5º, LV, da CB é inteiramente aplicável ao IP. O direito de silêncio,
demais de estar contido na ampla defesa (autodefesa negativa), encontra abrigo
no art. 5º, LXIII, da CB, que ao tutelar o estado mais grave (preso) obviamente
abrange e é aplicável ao sujeito passivo em liberdade.
O direito de silêncio está expressamente previsto no art. 5º, LXIII, da CB (o
preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado...).
Parece-nos inequívoco que o direito de silêncio se aplica tanto ao sujeito passivo
preso como também ao que está em liberdade. Contribui para isso o art. 8.2, g,
da CADH, onde se pode ler que toda pessoa (logo, presa ou em liberdade) tem o
direito de não ser obrigado a depor contra si mesma nem a declarar-se culpada.
Ao estar assegurado o direito de silêncio sem qualquer reserva na
Constituição e na Convenção Americana de Direitos Humanos, por lógica jurídica,
o sistema interno não pode atribuir ao seu exercício qualquer prejuízo e assim vai
a previsão do art. 186.

Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da


acusação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do
seu direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem
formuladas.
Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser
interpretado em prejuízo da defesa.

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O direito de calar também estipula um novo dever para a autoridade policial


ou judicial que realiza o interrogatório: o de advertir o sujeito passivo de que não
está obrigado a responder as perguntas que lhe forem feitas. Se calar constitui
um direito do imputado e ele tem de ser informado do alcance de suas garantias,
passa a existir o correspondente dever do órgão estatal a que assim o informe,
sob pena de nulidade do ato por violação de uma garantia constitucional.
O direito de silêncio é apenas uma manifestação de uma garantia muito
maior, insculpida no princípio nemo tenetur se detegere, segundo o qual o sujeito
passivo não pode sofrer nenhum prejuízo jurídico por omitir-se de colaborar em
uma atividade probatória da acusação ou por exercer seu direito de silêncio
quando do interrogatório.
Sublinhe-se: do exercício do direito de silêncio não pode nascer nenhuma
presunção de culpabilidade ou qualquer tipo de prejuízo jurídico para o imputado.
Destarte, através do princípio do nemo tenetur se detegere, o sujeito
passivo não pode ser compelido a declarar ou mesmo participar de qualquer
atividade que possa incriminá-lo ou prejudicar sua defesa, ressalvando-se, como
explicado, a extração de material genético (Lei n. 12.654/2012).

Todavia, é importante destacar que o interrogatório é composto por duas


fases, sendo a primeira mera qualificação do réu. Nessa fase, por não haver
questões de mérito a serem questionadas, buscando esclarecer e evidenciar a
personalidade do processado, o direito ao silêncio ou mesmo o direito a não se
declarar de forma verdadeira não pode ser exercido. Desse modo, o interrogado
tem o dever de indicar corretamente a sua identificação.

Veja o que preceitua o Código de Processo Penal:

Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no


curso do processo penal, será qualificado e interrogado na presença de seu
defensor, constituído ou nomeado

§ 1o O interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria, no


estabelecimento em que estiver recolhido, desde que estejam garantidas a
segurança do juiz, do membro do Ministério Público e dos auxiliares bem como a
presença do defensor e a publicidade do ato.

B) Será realizado por videoconferencia para garantir a segurança do


juiz e das partes. (errado)
De acordo com Aury Lopes Jr (p. 706, 2020) mesmo no interrogatório
policial, o imputado tem o direito de saber em que qualidade presta as
declarações, de estar acompanhado de advogado e, ainda, de reservar-se o
direito de só declarar em juízo, sem qualquer prejuízo.
O art. 5º, LV, da CB é inteiramente aplicável ao IP. O direito de silêncio,
demais de estar contido na ampla defesa (autodefesa negativa), encontra abrigo
no art. 5º, LXIII, da CB, que ao tutelar o estado mais grave (preso) obviamente
abrange e é aplicável ao sujeito passivo em liberdade.
O direito de silêncio está expressamente previsto no art. 5º, LXIII, da CB (o
preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado...).

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Parece-nos inequívoco que o direito de silêncio se aplica tanto ao sujeito passivo


preso como também ao que está em liberdade. Contribui para isso o art. 8.2, g,
da CADH, onde se pode ler que toda pessoa (logo, presa ou em liberdade) tem o
direito de não ser obrigado a depor contra si mesma nem a declarar-se culpada.
Ao estar assegurado o direito de silêncio sem qualquer reserva na
Constituição e na Convenção Americana de Direitos Humanos, por lógica jurídica,
o sistema interno não pode atribuir ao seu exercício qualquer prejuízo e assim vai
a previsão do art. 186.

Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da


acusação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do
seu direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem
formuladas.
Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser
interpretado em prejuízo da defesa.
O direito de calar também estipula um novo dever para a autoridade policial
ou judicial que realiza o interrogatório: o de advertir o sujeito passivo de que não
está obrigado a responder as perguntas que lhe forem feitas. Se calar constitui
um direito do imputado e ele tem de ser informado do alcance de suas garantias,
passa a existir o correspondente dever do órgão estatal a que assim o informe,
sob pena de nulidade do ato por violação de uma garantia constitucional.
O direito de silêncio é apenas uma manifestação de uma garantia muito
maior, insculpida no princípio nemo tenetur se detegere, segundo o qual o sujeito
passivo não pode sofrer nenhum prejuízo jurídico por omitir-se de colaborar em
uma atividade probatória da acusação ou por exercer seu direito de silêncio
quando do interrogatório.
Sublinhe-se: do exercício do direito de silêncio não pode nascer nenhuma
presunção de culpabilidade ou qualquer tipo de prejuízo jurídico para o imputado.
Destarte, através do princípio do nemo tenetur se detegere, o sujeito
passivo não pode ser compelido a declarar ou mesmo participar de qualquer
atividade que possa incriminá-lo ou prejudicar sua defesa, ressalvando-se, como
explicado, a extração de material genético (Lei n. 12.654/2012).

Todavia, é importante destacar que o interrogatório é composto por duas


fases, sendo a primeira mera qualificação do réu. Nessa fase, por não haver
questões de mérito a serem questionadas, buscando esclarecer e evidenciar a
personalidade do processado, o direito ao silêncio ou mesmo o direito a não se
declarar de forma verdadeira não pode ser exercido. Desse modo, o interrogado
tem o dever de indicar corretamente a sua identificação.

Veja o que preceitua o Código de Processo Penal:

Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no


curso do processo penal, será qualificado e interrogado na presença de seu
defensor, constituído ou nomeado

§ 1o O interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria, no


estabelecimento em que estiver recolhido, desde que estejam garantidas a

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presença do defensor e a publicidade do ato.

C) Será realizado no Tribunal de Justiça para garantir a segurança


do juiz e das partes. (errado)
De acordo com Aury Lopes Jr (p. 706, 2020) mesmo no interrogatório
policial, o imputado tem o direito de saber em que qualidade presta as
declarações, de estar acompanhado de advogado e, ainda, de reservar-se o
direito de só declarar em juízo, sem qualquer prejuízo.
O art. 5º, LV, da CB é inteiramente aplicável ao IP. O direito de silêncio,
demais de estar contido na ampla defesa (autodefesa negativa), encontra abrigo
no art. 5º, LXIII, da CB, que ao tutelar o estado mais grave (preso) obviamente
abrange e é aplicável ao sujeito passivo em liberdade.
O direito de silêncio está expressamente previsto no art. 5º, LXIII, da CB (o
preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado...).
Parece-nos inequívoco que o direito de silêncio se aplica tanto ao sujeito passivo
preso como também ao que está em liberdade. Contribui para isso o art. 8.2, g,
da CADH, onde se pode ler que toda pessoa (logo, presa ou em liberdade) tem o
direito de não ser obrigado a depor contra si mesma nem a declarar-se culpada.
Ao estar assegurado o direito de silêncio sem qualquer reserva na
Constituição e na Convenção Americana de Direitos Humanos, por lógica jurídica,
o sistema interno não pode atribuir ao seu exercício qualquer prejuízo e assim vai
a previsão do art. 186.

Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da


acusação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do
seu direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem
formuladas.
Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser
interpretado em prejuízo da defesa.
O direito de calar também estipula um novo dever para a autoridade policial
ou judicial que realiza o interrogatório: o de advertir o sujeito passivo de que não
está obrigado a responder as perguntas que lhe forem feitas. Se calar constitui
um direito do imputado e ele tem de ser informado do alcance de suas garantias,
passa a existir o correspondente dever do órgão estatal a que assim o informe,
sob pena de nulidade do ato por violação de uma garantia constitucional.
O direito de silêncio é apenas uma manifestação de uma garantia muito
maior, insculpida no princípio nemo tenetur se detegere, segundo o qual o sujeito
passivo não pode sofrer nenhum prejuízo jurídico por omitir-se de colaborar em
uma atividade probatória da acusação ou por exercer seu direito de silêncio
quando do interrogatório.
Sublinhe-se: do exercício do direito de silêncio não pode nascer nenhuma
presunção de culpabilidade ou qualquer tipo de prejuízo jurídico para o imputado.
Destarte, através do princípio do nemo tenetur se detegere, o sujeito
passivo não pode ser compelido a declarar ou mesmo participar de qualquer
atividade que possa incriminá-lo ou prejudicar sua defesa, ressalvando-se, como
explicado, a extração de material genético (Lei n. 12.654/2012).

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Todavia, é importante destacar que o interrogatório é composto por duas


fases, sendo a primeira mera qualificação do réu. Nessa fase, por não haver
questões de mérito a serem questionadas, buscando esclarecer e evidenciar a
personalidade do processado, o direito ao silêncio ou mesmo o direito a não se
declarar de forma verdadeira não pode ser exercido. Desse modo, o interrogado
tem o dever de indicar corretamente a sua identificação.

Veja o que preceitua o Código de Processo Penal:

Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no


curso do processo penal, será qualificado e interrogado na presença de seu
defensor, constituído ou nomeado

§ 1o O interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria, no


estabelecimento em que estiver recolhido, desde que estejam garantidas a
segurança do juiz, do membro do Ministério Público e dos auxiliares bem como a
presença do defensor e a publicidade do ato.

D) Será realizado, em sala própria, no estabelecimento em que


estiver recolhido, desde que estejam garantidas a segurança do juiz, do
membro do Ministério Público e dos auxiliares bem como a presença do
defensor e a publicidade do ato. (correto)
De acordo com Aury Lopes Jr (p. 706, 2020) mesmo no interrogatório
policial, o imputado tem o direito de saber em que qualidade presta as
declarações, de estar acompanhado de advogado e, ainda, de reservar-se o
direito de só declarar em juízo, sem qualquer prejuízo.
O art. 5º, LV, da CB é inteiramente aplicável ao IP. O direito de silêncio,
demais de estar contido na ampla defesa (autodefesa negativa), encontra abrigo
no art. 5º, LXIII, da CB, que ao tutelar o estado mais grave (preso) obviamente
abrange e é aplicável ao sujeito passivo em liberdade.
O direito de silêncio está expressamente previsto no art. 5º, LXIII, da CB (o
preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado...).
Parece-nos inequívoco que o direito de silêncio se aplica tanto ao sujeito passivo
preso como também ao que está em liberdade. Contribui para isso o art. 8.2, g,
da CADH, onde se pode ler que toda pessoa (logo, presa ou em liberdade) tem o
direito de não ser obrigado a depor contra si mesma nem a declarar-se culpada.
Ao estar assegurado o direito de silêncio sem qualquer reserva na
Constituição e na Convenção Americana de Direitos Humanos, por lógica jurídica,
o sistema interno não pode atribuir ao seu exercício qualquer prejuízo e assim vai
a previsão do art. 186.

Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da


acusação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do
seu direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem
formuladas.
Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser
interpretado em prejuízo da defesa.

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O direito de calar também estipula um novo dever para a autoridade policial


ou judicial que realiza o interrogatório: o de advertir o sujeito passivo de que não
está obrigado a responder as perguntas que lhe forem feitas. Se calar constitui
um direito do imputado e ele tem de ser informado do alcance de suas garantias,
passa a existir o correspondente dever do órgão estatal a que assim o informe,
sob pena de nulidade do ato por violação de uma garantia constitucional.
O direito de silêncio é apenas uma manifestação de uma garantia muito
maior, insculpida no princípio nemo tenetur se detegere, segundo o qual o sujeito
passivo não pode sofrer nenhum prejuízo jurídico por omitir-se de colaborar em
uma atividade probatória da acusação ou por exercer seu direito de silêncio
quando do interrogatório.
Sublinhe-se: do exercício do direito de silêncio não pode nascer nenhuma
presunção de culpabilidade ou qualquer tipo de prejuízo jurídico para o imputado.
Destarte, através do princípio do nemo tenetur se detegere, o sujeito
passivo não pode ser compelido a declarar ou mesmo participar de qualquer
atividade que possa incriminá-lo ou prejudicar sua defesa, ressalvando-se, como
explicado, a extração de material genético (Lei n. 12.654/2012).

Todavia, é importante destacar que o interrogatório é composto por duas


fases, sendo a primeira mera qualificação do réu. Nessa fase, por não haver
questões de mérito a serem questionadas, buscando esclarecer e evidenciar a
personalidade do processado, o direito ao silêncio ou mesmo o direito a não se
declarar de forma verdadeira não pode ser exercido. Desse modo, o interrogado
tem o dever de indicar corretamente a sua identificação.

Veja o que preceitua o Código de Processo Penal:

Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no


curso do processo penal, será qualificado e interrogado na presença de seu
defensor, constituído ou nomeado

§ 1o O interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria, no


estabelecimento em que estiver recolhido, desde que estejam garantidas a
segurança do juiz, do membro do Ministério Público e dos auxiliares bem como a
presença do defensor e a publicidade do ato.

14- O interrogatório, de acordo com a doutrina, possui natureza jurídica de:

A) Meio de prova, somente


B) Meio de defesa, somente.
C) Meio de prova e meio de defesa, a depender do caso concreto.
D) Meio de prova e meio de defesa, constituindo natureza híbrida.

GABARITO LETRA D

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SOLUÇÃO RÁPIDA

A) Meio de prova, somente (errado)


Errado. O interrogatório possui natureza híbrida pois pode ser visto como
meio de prova E como meio de defesa.

B) Meio de defesa, somente. (errado)


Errado. O interrogatório possui natureza híbrida pois pode ser visto como
meio de prova E como meio de defesa.

C) Meio de prova e meio de defesa, a depender do caso concreto.


(errado)
Errado. O interrogatório possui natureza híbrida pois pode ser visto como
meio de prova E como meio de defesa.

D) Meio de prova e meio de defesa, constituindo natureza híbrida.


(certo)
Certo. O interrogatório possui natureza híbrida pois pode ser visto como
meio de prova E como meio de defesa.

SOLUÇÃO COMPLETA

A) Meio de prova, somente (errado)


De acordo com Ana Pellegrini Grinover (p. 343, 1996) através do
interrogatório, o juiz (e a polícia) pode tomar conhecimento de elementos úteis
para a descoberta do delito, mas não é para essa finalidade que o interrogatório
está orientado.
Pode constituir fonte de prova, mas não meio de prova. Em outras palavras,
o interrogatório não serve para provar o fato, mas para fornecer outros elementos
de prova que possam conduzir à sua comprovação.
Aury Lopes Jr (p. 707, 2020) conclui que na discussão sobre a “natureza
jurídica” do interrogatório, as alternativas “meio de prova” e “meio de defesa” não
são excludentes, senão que coexistem de forma inevitável. Assim, se de um lado
potencializamos o caráter de meio de defesa, não negamos que ele também acaba
servindo como meio de prova, até porque ingressa na complexidade do conjunto
de fatores psicológicos que norteiam o sentire judicial materializado na sentença.
Nesse sentido, em resumo, temos o interrogatória com natureza híbrida -
também chamada de mista - por assumir esses dois papeis. Outras características
podem ser citadas, a exemplo: ato personalíssimo, revestido de judicialidade,
regido pelo princípio da espontaneidade, e sujeito ao direito ao silêncio.

B) Meio de defesa, somente. (errado)


De acordo com Ana Pellegrini Grinover (p. 343, 1996) através do
interrogatório, o juiz (e a polícia) pode tomar conhecimento de elementos úteis
para a descoberta do delito, mas não é para essa finalidade que o interrogatório
está orientado.

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Pode constituir fonte de prova, mas não meio de prova. Em outras palavras,
o interrogatório não serve para provar o fato, mas para fornecer outros elementos
de prova que possam conduzir à sua comprovação.
Aury Lopes Jr (p. 707, 2020) conclui que na discussão sobre a “natureza
jurídica” do interrogatório, as alternativas “meio de prova” e “meio de defesa” não
são excludentes, senão que coexistem de forma inevitável. Assim, se de um lado
potencializamos o caráter de meio de defesa, não negamos que ele também acaba
servindo como meio de prova, até porque ingressa na complexidade do conjunto
de fatores psicológicos que norteiam o sentire judicial materializado na sentença.
Nesse sentido, em resumo, temos o interrogatória com natureza híbrida -
também chamada de mista - por assumir esses dois papeis. Outras características
podem ser citadas, a exemplo: ato personalíssimo, revestido de judicialidade,
regido pelo princípio da espontaneidade, e sujeito ao direito ao silêncio.
C) Meio de prova e meio de defesa, a depender do caso concreto.
(errado)
De acordo com Ana Pellegrini Grinover (p. 343, 1996) através do
interrogatório, o juiz (e a polícia) pode tomar conhecimento de elementos úteis
para a descoberta do delito, mas não é para essa finalidade que o interrogatório
está orientado.
Pode constituir fonte de prova, mas não meio de prova. Em outras palavras,
o interrogatório não serve para provar o fato, mas para fornecer outros elementos
de prova que possam conduzir à sua comprovação.
Aury Lopes Jr (p. 707, 2020) conclui que na discussão sobre a “natureza
jurídica” do interrogatório, as alternativas “meio de prova” e “meio de defesa” não
são excludentes, senão que coexistem de forma inevitável. Assim, se de um lado
potencializamos o caráter de meio de defesa, não negamos que ele também acaba
servindo como meio de prova, até porque ingressa na complexidade do conjunto
de fatores psicológicos que norteiam o sentire judicial materializado na sentença.
Nesse sentido, em resumo, temos o interrogatória com natureza híbrida -
também chamada de mista - por assumir esses dois papeis. Outras características
podem ser citadas, a exemplo: ato personalíssimo, revestido de judicialidade,
regido pelo princípio da espontaneidade, e sujeito ao direito ao silêncio.
D) Meio de prova e meio de defesa, constituindo natureza híbrida.
(certo)
De acordo com Ana Pellegrini Grinover (p. 343, 1996) através do
interrogatório, o juiz (e a polícia) pode tomar conhecimento de elementos úteis
para a descoberta do delito, mas não é para essa finalidade que o interrogatório
está orientado.
Pode constituir fonte de prova, mas não meio de prova. Em outras palavras,
o interrogatório não serve para provar o fato, mas para fornecer outros elementos
de prova que possam conduzir à sua comprovação.
Aury Lopes Jr (p. 707, 2020) conclui que na discussão sobre a “natureza
jurídica” do interrogatório, as alternativas “meio de prova” e “meio de defesa” não
são excludentes, senão que coexistem de forma inevitável. Assim, se de um lado
potencializamos o caráter de meio de defesa, não negamos que ele também acaba
servindo como meio de prova, até porque ingressa na complexidade do conjunto
de fatores psicológicos que norteiam o sentire judicial materializado na sentença.

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Nesse sentido, em resumo, temos o interrogatória com natureza híbrida -


também chamada de mista - por assumir esses dois papeis. Outras características
podem ser citadas, a exemplo: ato personalíssimo, revestido de judicialidade,
regido pelo princípio da espontaneidade, e sujeito ao direito ao silêncio.

15- São características do interrogatório do réu, exceto:

A) Ato personalíssimo
B) Regido pelo principio da espontaneidade
C) Regido pelo direito ao silêncio
D) Natureza de direito de defesa
GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) Ato personalíssimo (errado)


Certo, não deve ser marcado como gabarito. O interrogatório é
personalíssimo, espontâneo e guarda o direito ao silêncio.

B) Regido pelo principio da espontaneidade (errado)


Certo, não deve ser marcado como gabarito. O interrogatório é
personalíssimo, espontâneo e guarda o direito ao silêncio.

C) Regido pelo direito ao silêncio (errado)


Certo, não deve ser marcado como gabarito. O interrogatório é
personalíssimo, espontâneo e guarda o direito ao silêncio.

D) Natureza de direito de defesa (certo)


Errado, devendo ser assinalado como gabarito. Tem natureza hibrida: direito
de defesa e meio de prova.

SOLUÇÃO COMPLETA

A) Ato personalíssimo (errado)


De acordo com Ana Pellegrini Grinover (p. 343, 1996) através do
interrogatório, o juiz (e a polícia) pode tomar conhecimento de elementos úteis
para a descoberta do delito, mas não é para essa finalidade que o interrogatório
está orientado.
Pode constituir fonte de prova, mas não meio de prova. Em outras palavras,
o interrogatório não serve para provar o fato, mas para fornecer outros elementos
de prova que possam conduzir à sua comprovação.
Aury Lopes Jr (p. 707, 2020) conclui que na discussão sobre a “natureza
jurídica” do interrogatório, as alternativas “meio de prova” e “meio de defesa” não
são excludentes, senão que coexistem de forma inevitável. Assim, se de um lado
potencializamos o caráter de meio de defesa, não negamos que ele também acaba

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servindo como meio de prova, até porque ingressa na complexidade do conjunto


de fatores psicológicos que norteiam o sentire judicial materializado na sentença.
Nesse sentido, em resumo, temos o interrogatória com natureza híbrida -
também chamada de mista - por assumir esses dois papeis. Outras características
podem ser citadas, a exemplo: ato personalíssimo, revestido de judicialidade,
regido pelo princípio da espontaneidade, e sujeito ao direito ao silêncio.

B) Regido pelo principio da espontaneidade (errado)


De acordo com Ana Pellegrini Grinover (p. 343, 1996) através do
interrogatório, o juiz (e a polícia) pode tomar conhecimento de elementos úteis
para a descoberta do delito, mas não é para essa finalidade que o interrogatório
está orientado.
Pode constituir fonte de prova, mas não meio de prova. Em outras palavras,
o interrogatório não serve para provar o fato, mas para fornecer outros elementos
de prova que possam conduzir à sua comprovação.
Aury Lopes Jr (p. 707, 2020) conclui que na discussão sobre a “natureza
jurídica” do interrogatório, as alternativas “meio de prova” e “meio de defesa” não
são excludentes, senão que coexistem de forma inevitável. Assim, se de um lado
potencializamos o caráter de meio de defesa, não negamos que ele também acaba
servindo como meio de prova, até porque ingressa na complexidade do conjunto
de fatores psicológicos que norteiam o sentire judicial materializado na sentença.
Nesse sentido, em resumo, temos o interrogatória com natureza híbrida -
também chamada de mista - por assumir esses dois papeis. Outras características
podem ser citadas, a exemplo: ato personalíssimo, revestido de judicialidade,
regido pelo princípio da espontaneidade, e sujeito ao direito ao silêncio.

C) Regido pelo direito ao silêncio (errado)


De acordo com Ana Pellegrini Grinover (p. 343, 1996) através do
interrogatório, o juiz (e a polícia) pode tomar conhecimento de elementos úteis
para a descoberta do delito, mas não é para essa finalidade que o interrogatório
está orientado.
Pode constituir fonte de prova, mas não meio de prova. Em outras palavras,
o interrogatório não serve para provar o fato, mas para fornecer outros elementos
de prova que possam conduzir à sua comprovação.
Aury Lopes Jr (p. 707, 2020) conclui que na discussão sobre a “natureza
jurídica” do interrogatório, as alternativas “meio de prova” e “meio de defesa” não
são excludentes, senão que coexistem de forma inevitável. Assim, se de um lado
potencializamos o caráter de meio de defesa, não negamos que ele também acaba
servindo como meio de prova, até porque ingressa na complexidade do conjunto
de fatores psicológicos que norteiam o sentire judicial materializado na sentença.
Nesse sentido, em resumo, temos o interrogatória com natureza híbrida -
também chamada de mista - por assumir esses dois papeis. Outras características
podem ser citadas, a exemplo: ato personalíssimo, revestido de judicialidade,
regido pelo princípio da espontaneidade, e sujeito ao direito ao silêncio.

D) Natureza de direito de defesa (certo)


De acordo com Ana Pellegrini Grinover (p. 343, 1996) através do
interrogatório, o juiz (e a polícia) pode tomar conhecimento de elementos úteis

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para a descoberta do delito, mas não é para essa finalidade que o interrogatório
está orientado.
Pode constituir fonte de prova, mas não meio de prova. Em outras palavras,
o interrogatório não serve para provar o fato, mas para fornecer outros elementos
de prova que possam conduzir à sua comprovação.
Aury Lopes Jr (p. 707, 2020) conclui que na discussão sobre a “natureza
jurídica” do interrogatório, as alternativas “meio de prova” e “meio de defesa” não
são excludentes, senão que coexistem de forma inevitável. Assim, se de um lado
potencializamos o caráter de meio de defesa, não negamos que ele também acaba
servindo como meio de prova, até porque ingressa na complexidade do conjunto
de fatores psicológicos que norteiam o sentire judicial materializado na sentença.
Nesse sentido, em resumo, temos o interrogatória com natureza híbrida -
também chamada de mista - por assumir esses dois papeis. Outras características
podem ser citadas, a exemplo: ato personalíssimo, revestido de judicialidade,
regido pelo princípio da espontaneidade, e sujeito ao direito ao silêncio.

16- A primeira parte do interrogatório será perguntado ao réu, exceto sobre:

A) local onde reside


B) se já foi preso ou processado alguma vez
c) profissão
d) se a acusação lhe feita é verdadeira

GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA
A) local onde reside (errado)
Errado. Artigo 187 §1º CPP.

B) se já foi preso ou processado alguma vez (errado)


Errado. Artigo 187 §1º CPP.

c) profissão (errado)
Errado. Artigo 187 §1º CPP.

d) se a acusação lhe feita é verdadeira (certo)


Certo. Artigo 187 §1º e §2º CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA
A) local onde reside (errado)
De acordo com Aury Lopes Jr (p. 706, 2020) mesmo no interrogatório
policial, o imputado tem o direito de saber em que qualidade presta as
declarações, de estar acompanhado de advogado e, ainda, de reservar-se o
direito de só declarar em juízo, sem qualquer prejuízo.
O art. 5º, LV, da CB é inteiramente aplicável ao IP. O direito de silêncio,
demais de estar contido na ampla defesa (autodefesa negativa), encontra abrigo

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no art. 5º, LXIII, da CB, que ao tutelar o estado mais grave (preso) obviamente
abrange e é aplicável ao sujeito passivo em liberdade.
O direito de silêncio está expressamente previsto no art. 5º, LXIII, da CB (o
preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado...).
Parece-nos inequívoco que o direito de silêncio se aplica tanto ao sujeito passivo
preso como também ao que está em liberdade. Contribui para isso o art. 8.2, g,
da CADH, onde se pode ler que toda pessoa (logo, presa ou em liberdade) tem o
direito de não ser obrigado a depor contra si mesma nem a declarar-se culpada.
Ao estar assegurado o direito de silêncio sem qualquer reserva na
Constituição e na Convenção Americana de Direitos Humanos, por lógica jurídica,
o sistema interno não pode atribuir ao seu exercício qualquer prejuízo e assim vai
a previsão do art. 186.

Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da


acusação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do
seu direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem
formuladas.
Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser
interpretado em prejuízo da defesa.
O direito de calar também estipula um novo dever para a autoridade policial
ou judicial que realiza o interrogatório: o de advertir o sujeito passivo de que não
está obrigado a responder as perguntas que lhe forem feitas. Se calar constitui
um direito do imputado e ele tem de ser informado do alcance de suas garantias,
passa a existir o correspondente dever do órgão estatal a que assim o informe,
sob pena de nulidade do ato por violação de uma garantia constitucional.
O direito de silêncio é apenas uma manifestação de uma garantia muito
maior, insculpida no princípio nemo tenetur se detegere, segundo o qual o sujeito
passivo não pode sofrer nenhum prejuízo jurídico por omitir-se de colaborar em
uma atividade probatória da acusação ou por exercer seu direito de silêncio
quando do interrogatório.
Sublinhe-se: do exercício do direito de silêncio não pode nascer nenhuma
presunção de culpabilidade ou qualquer tipo de prejuízo jurídico para o imputado.
Destarte, através do princípio do nemo tenetur se detegere, o sujeito
passivo não pode ser compelido a declarar ou mesmo participar de qualquer
atividade que possa incriminá-lo ou prejudicar sua defesa, ressalvando-se, como
explicado, a extração de material genético (Lei n. 12.654/2012).

Todavia, é importante destacar que o interrogatório é composto por duas


fases, sendo a primeira mera qualificação do réu. Nessa fase, por não haver
questões de mérito a serem questionadas, buscando esclarecer e evidenciar a
personalidade do processado, o direito ao silêncio ou mesmo o direito a não se
declarar de forma verdadeira não pode ser exercido. Desse modo, o interrogado
tem o dever de indicar corretamente a sua identificação.

Veja o que preceitua o Código de Processo Penal:

Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do


acusado e sobre os fatos.

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§ 1o Na primeira parte o interrogando será perguntado sobre a residência,


meios de vida ou profissão, oportunidades sociais, lugar onde exerce a sua
atividade, vida pregressa, notadamente se foi preso ou processado alguma vez e,
em caso afirmativo, qual o juízo do processo, se houve suspensão condicional ou
condenação, qual a pena imposta, se a cumpriu e outros dados familiares e
sociais.
Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do
acusado e sobre os fatos.
§ 2o Na segunda parte será perguntado sobre
I - ser verdadeira a acusação que lhe é feita;
II - não sendo verdadeira a acusação, se tem algum motivo particular a que
atribuí-la, se conhece a pessoa ou pessoas a quem deva ser imputada a prática do
crime, e quais sejam, e se com elas esteve antes da prática da infração ou depois
dela;
III - onde estava ao tempo em que foi cometida a infração e se teve notícia
desta
IV - as provas já apuradas;
V - se conhece as vítimas e testemunhas já inquiridas ou por inquirir, e
desde quando, e se tem o que alegar contra elas;
VI - se conhece o instrumento com que foi praticada a infração, ou qualquer
objeto que com esta se relacione e tenha sido apreendido;

B) se já foi preso ou processado alguma vez (errado)


De acordo com Aury Lopes Jr (p. 706, 2020) mesmo no interrogatório
policial, o imputado tem o direito de saber em que qualidade presta as
declarações, de estar acompanhado de advogado e, ainda, de reservar-se o
direito de só declarar em juízo, sem qualquer prejuízo.
O art. 5º, LV, da CB é inteiramente aplicável ao IP. O direito de silêncio,
demais de estar contido na ampla defesa (autodefesa negativa), encontra abrigo
no art. 5º, LXIII, da CB, que ao tutelar o estado mais grave (preso) obviamente
abrange e é aplicável ao sujeito passivo em liberdade.
O direito de silêncio está expressamente previsto no art. 5º, LXIII, da CB (o
preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado...).
Parece-nos inequívoco que o direito de silêncio se aplica tanto ao sujeito passivo
preso como também ao que está em liberdade. Contribui para isso o art. 8.2, g,
da CADH, onde se pode ler que toda pessoa (logo, presa ou em liberdade) tem o
direito de não ser obrigado a depor contra si mesma nem a declarar-se culpada.
Ao estar assegurado o direito de silêncio sem qualquer reserva na
Constituição e na Convenção Americana de Direitos Humanos, por lógica jurídica,
o sistema interno não pode atribuir ao seu exercício qualquer prejuízo e assim vai
a previsão do art. 186.

Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da


acusação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do
seu direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem
formuladas.
Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser
interpretado em prejuízo da defesa.

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O direito de calar também estipula um novo dever para a autoridade policial


ou judicial que realiza o interrogatório: o de advertir o sujeito passivo de que não
está obrigado a responder as perguntas que lhe forem feitas. Se calar constitui
um direito do imputado e ele tem de ser informado do alcance de suas garantias,
passa a existir o correspondente dever do órgão estatal a que assim o informe,
sob pena de nulidade do ato por violação de uma garantia constitucional.
O direito de silêncio é apenas uma manifestação de uma garantia muito
maior, insculpida no princípio nemo tenetur se detegere, segundo o qual o sujeito
passivo não pode sofrer nenhum prejuízo jurídico por omitir-se de colaborar em
uma atividade probatória da acusação ou por exercer seu direito de silêncio
quando do interrogatório.
Sublinhe-se: do exercício do direito de silêncio não pode nascer nenhuma
presunção de culpabilidade ou qualquer tipo de prejuízo jurídico para o imputado.
Destarte, através do princípio do nemo tenetur se detegere, o sujeito
passivo não pode ser compelido a declarar ou mesmo participar de qualquer
atividade que possa incriminá-lo ou prejudicar sua defesa, ressalvando-se, como
explicado, a extração de material genético (Lei n. 12.654/2012).

Todavia, é importante destacar que o interrogatório é composto por duas


fases, sendo a primeira mera qualificação do réu. Nessa fase, por não haver
questões de mérito a serem questionadas, buscando esclarecer e evidenciar a
personalidade do processado, o direito ao silêncio ou mesmo o direito a não se
declarar de forma verdadeira não pode ser exercido. Desse modo, o interrogado
tem o dever de indicar corretamente a sua identificação.

Veja o que preceitua o Código de Processo Penal:

Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do


acusado e sobre os fatos.
§ 1o Na primeira parte o interrogando será perguntado sobre a residência,
meios de vida ou profissão, oportunidades sociais, lugar onde exerce a sua
atividade, vida pregressa, notadamente se foi preso ou processado alguma vez e,
em caso afirmativo, qual o juízo do processo, se houve suspensão condicional ou
condenação, qual a pena imposta, se a cumpriu e outros dados familiares e
sociais.
Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do
acusado e sobre os fatos.
§ 2o Na segunda parte será perguntado sobre
I - ser verdadeira a acusação que lhe é feita;
II - não sendo verdadeira a acusação, se tem algum motivo particular a que
atribuí-la, se conhece a pessoa ou pessoas a quem deva ser imputada a prática do
crime, e quais sejam, e se com elas esteve antes da prática da infração ou depois
dela;
III - onde estava ao tempo em que foi cometida a infração e se teve notícia
desta
IV - as provas já apuradas;
V - se conhece as vítimas e testemunhas já inquiridas ou por inquirir, e
desde quando, e se tem o que alegar contra elas;

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VI - se conhece o instrumento com que foi praticada a infração, ou qualquer


objeto que com esta se relacione e tenha sido apreendido;

c) profissão (errado)
De acordo com Aury Lopes Jr (p. 706, 2020) mesmo no interrogatório
policial, o imputado tem o direito de saber em que qualidade presta as
declarações, de estar acompanhado de advogado e, ainda, de reservar-se o
direito de só declarar em juízo, sem qualquer prejuízo.
O art. 5º, LV, da CB é inteiramente aplicável ao IP. O direito de silêncio,
demais de estar contido na ampla defesa (autodefesa negativa), encontra abrigo
no art. 5º, LXIII, da CB, que ao tutelar o estado mais grave (preso) obviamente
abrange e é aplicável ao sujeito passivo em liberdade.
O direito de silêncio está expressamente previsto no art. 5º, LXIII, da CB (o
preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado...).
Parece-nos inequívoco que o direito de silêncio se aplica tanto ao sujeito passivo
preso como também ao que está em liberdade. Contribui para isso o art. 8.2, g,
da CADH, onde se pode ler que toda pessoa (logo, presa ou em liberdade) tem o
direito de não ser obrigado a depor contra si mesma nem a declarar-se culpada.
Ao estar assegurado o direito de silêncio sem qualquer reserva na
Constituição e na Convenção Americana de Direitos Humanos, por lógica jurídica,
o sistema interno não pode atribuir ao seu exercício qualquer prejuízo e assim vai
a previsão do art. 186.

Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da


acusação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do
seu direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem
formuladas.
Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser
interpretado em prejuízo da defesa.
O direito de calar também estipula um novo dever para a autoridade policial
ou judicial que realiza o interrogatório: o de advertir o sujeito passivo de que não
está obrigado a responder as perguntas que lhe forem feitas. Se calar constitui
um direito do imputado e ele tem de ser informado do alcance de suas garantias,
passa a existir o correspondente dever do órgão estatal a que assim o informe,
sob pena de nulidade do ato por violação de uma garantia constitucional.
O direito de silêncio é apenas uma manifestação de uma garantia muito
maior, insculpida no princípio nemo tenetur se detegere, segundo o qual o sujeito
passivo não pode sofrer nenhum prejuízo jurídico por omitir-se de colaborar em
uma atividade probatória da acusação ou por exercer seu direito de silêncio
quando do interrogatório.
Sublinhe-se: do exercício do direito de silêncio não pode nascer nenhuma
presunção de culpabilidade ou qualquer tipo de prejuízo jurídico para o imputado.
Destarte, através do princípio do nemo tenetur se detegere, o sujeito
passivo não pode ser compelido a declarar ou mesmo participar de qualquer
atividade que possa incriminá-lo ou prejudicar sua defesa, ressalvando-se, como
explicado, a extração de material genético (Lei n. 12.654/2012).

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Todavia, é importante destacar que o interrogatório é composto por duas


fases, sendo a primeira mera qualificação do réu. Nessa fase, por não haver
questões de mérito a serem questionadas, buscando esclarecer e evidenciar a
personalidade do processado, o direito ao silêncio ou mesmo o direito a não se
declarar de forma verdadeira não pode ser exercido. Desse modo, o interrogado
tem o dever de indicar corretamente a sua identificação.

Veja o que preceitua o Código de Processo Penal:

Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do


acusado e sobre os fatos.
§ 1o Na primeira parte o interrogando será perguntado sobre a residência,
meios de vida ou profissão, oportunidades sociais, lugar onde exerce a sua
atividade, vida pregressa, notadamente se foi preso ou processado alguma vez e,
em caso afirmativo, qual o juízo do processo, se houve suspensão condicional ou
condenação, qual a pena imposta, se a cumpriu e outros dados familiares e
sociais.
Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do
acusado e sobre os fatos.
§ 2o Na segunda parte será perguntado sobre
I - ser verdadeira a acusação que lhe é feita;
II - não sendo verdadeira a acusação, se tem algum motivo particular a que
atribuí-la, se conhece a pessoa ou pessoas a quem deva ser imputada a prática do
crime, e quais sejam, e se com elas esteve antes da prática da infração ou depois
dela;
III - onde estava ao tempo em que foi cometida a infração e se teve notícia
desta
IV - as provas já apuradas;
V - se conhece as vítimas e testemunhas já inquiridas ou por inquirir, e
desde quando, e se tem o que alegar contra elas;
VI - se conhece o instrumento com que foi praticada a infração, ou qualquer
objeto que com esta se relacione e tenha sido apreendido;

d) se a acusação lhe feita é verdadeira (certo)


De acordo com Aury Lopes Jr (p. 706, 2020) mesmo no interrogatório
policial, o imputado tem o direito de saber em que qualidade presta as
declarações, de estar acompanhado de advogado e, ainda, de reservar-se o
direito de só declarar em juízo, sem qualquer prejuízo.
O art. 5º, LV, da CB é inteiramente aplicável ao IP. O direito de silêncio,
demais de estar contido na ampla defesa (autodefesa negativa), encontra abrigo
no art. 5º, LXIII, da CB, que ao tutelar o estado mais grave (preso) obviamente
abrange e é aplicável ao sujeito passivo em liberdade.
O direito de silêncio está expressamente previsto no art. 5º, LXIII, da CB (o
preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado...).
Parece-nos inequívoco que o direito de silêncio se aplica tanto ao sujeito passivo
preso como também ao que está em liberdade. Contribui para isso o art. 8.2, g,
da CADH, onde se pode ler que toda pessoa (logo, presa ou em liberdade) tem o
direito de não ser obrigado a depor contra si mesma nem a declarar-se culpada.

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Ao estar assegurado o direito de silêncio sem qualquer reserva na


Constituição e na Convenção Americana de Direitos Humanos, por lógica jurídica,
o sistema interno não pode atribuir ao seu exercício qualquer prejuízo e assim vai
a previsão do art. 186.

Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da


acusação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do
seu direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem
formuladas.
Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser
interpretado em prejuízo da defesa.
O direito de calar também estipula um novo dever para a autoridade policial
ou judicial que realiza o interrogatório: o de advertir o sujeito passivo de que não
está obrigado a responder as perguntas que lhe forem feitas. Se calar constitui
um direito do imputado e ele tem de ser informado do alcance de suas garantias,
passa a existir o correspondente dever do órgão estatal a que assim o informe,
sob pena de nulidade do ato por violação de uma garantia constitucional.
O direito de silêncio é apenas uma manifestação de uma garantia muito
maior, insculpida no princípio nemo tenetur se detegere, segundo o qual o sujeito
passivo não pode sofrer nenhum prejuízo jurídico por omitir-se de colaborar em
uma atividade probatória da acusação ou por exercer seu direito de silêncio
quando do interrogatório.
Sublinhe-se: do exercício do direito de silêncio não pode nascer nenhuma
presunção de culpabilidade ou qualquer tipo de prejuízo jurídico para o imputado.
Destarte, através do princípio do nemo tenetur se detegere, o sujeito
passivo não pode ser compelido a declarar ou mesmo participar de qualquer
atividade que possa incriminá-lo ou prejudicar sua defesa, ressalvando-se, como
explicado, a extração de material genético (Lei n. 12.654/2012).

Todavia, é importante destacar que o interrogatório é composto por duas


fases, sendo a primeira mera qualificação do réu. Nessa fase, por não haver
questões de mérito a serem questionadas, buscando esclarecer e evidenciar a
personalidade do processado, o direito ao silêncio ou mesmo o direito a não se
declarar de forma verdadeira não pode ser exercido. Desse modo, o interrogado
tem o dever de indicar corretamente a sua identificação.

Veja o que preceitua o Código de Processo Penal:

Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do


acusado e sobre os fatos.
§ 1o Na primeira parte o interrogando será perguntado sobre a residência,
meios de vida ou profissão, oportunidades sociais, lugar onde exerce a sua
atividade, vida pregressa, notadamente se foi preso ou processado alguma vez e,
em caso afirmativo, qual o juízo do processo, se houve suspensão condicional ou
condenação, qual a pena imposta, se a cumpriu e outros dados familiares e
sociais.
Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do
acusado e sobre os fatos.

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§ 2o Na segunda parte será perguntado sobre


I - ser verdadeira a acusação que lhe é feita;
II - não sendo verdadeira a acusação, se tem algum motivo particular a que
atribuí-la, se conhece a pessoa ou pessoas a quem deva ser imputada a prática do
crime, e quais sejam, e se com elas esteve antes da prática da infração ou depois
dela;
III - onde estava ao tempo em que foi cometida a infração e se teve notícia
desta
IV - as provas já apuradas;
V - se conhece as vítimas e testemunhas já inquiridas ou por inquirir, e
desde quando, e se tem o que alegar contra elas;
VI - se conhece o instrumento com que foi praticada a infração, ou qualquer
objeto que com esta se relacione e tenha sido apreendido;

17- A segunda parte do interrogatório será perguntado ao réu, exceto:

A) se já foi preso antes


B) se a acusação lhe feita é verdadeira
C) onde estava ao tempo da infração
D) se conhece a vítima

GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) se já foi preso antes (certo)


Certo. Artigo 187 §1º CPP.

B) se a acusação lhe feita é verdadeira (errado)


Errado. Artigo 187 §1º e §2º CPP.

C) onde estava ao tempo da infração (errado)


Errado. Artigo 187 §1º e §2º CPP.

D) se conhece a vítima (errado)


Errado. Artigo 187 §1º e §2º CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

A) se já foi preso antes (certo)


De acordo com Aury Lopes Jr (p. 706, 2020) mesmo no interrogatório
policial, o imputado tem o direito de saber em que qualidade presta as
declarações, de estar acompanhado de advogado e, ainda, de reservar-se o
direito de só declarar em juízo, sem qualquer prejuízo.

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O art. 5º, LV, da CB é inteiramente aplicável ao IP. O direito de silêncio,


demais de estar contido na ampla defesa (autodefesa negativa), encontra abrigo
no art. 5º, LXIII, da CB, que ao tutelar o estado mais grave (preso) obviamente
abrange e é aplicável ao sujeito passivo em liberdade.
O direito de silêncio está expressamente previsto no art. 5º, LXIII, da CB (o
preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado...).
Parece-nos inequívoco que o direito de silêncio se aplica tanto ao sujeito passivo
preso como também ao que está em liberdade. Contribui para isso o art. 8.2, g,
da CADH, onde se pode ler que toda pessoa (logo, presa ou em liberdade) tem o
direito de não ser obrigado a depor contra si mesma nem a declarar-se culpada.
Ao estar assegurado o direito de silêncio sem qualquer reserva na
Constituição e na Convenção Americana de Direitos Humanos, por lógica jurídica,
o sistema interno não pode atribuir ao seu exercício qualquer prejuízo e assim vai
a previsão do art. 186.

Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da


acusação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do
seu direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem
formuladas.
Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser
interpretado em prejuízo da defesa.
O direito de calar também estipula um novo dever para a autoridade policial
ou judicial que realiza o interrogatório: o de advertir o sujeito passivo de que não
está obrigado a responder as perguntas que lhe forem feitas. Se calar constitui
um direito do imputado e ele tem de ser informado do alcance de suas garantias,
passa a existir o correspondente dever do órgão estatal a que assim o informe,
sob pena de nulidade do ato por violação de uma garantia constitucional.
O direito de silêncio é apenas uma manifestação de uma garantia muito
maior, insculpida no princípio nemo tenetur se detegere, segundo o qual o sujeito
passivo não pode sofrer nenhum prejuízo jurídico por omitir-se de colaborar em
uma atividade probatória da acusação ou por exercer seu direito de silêncio
quando do interrogatório.
Sublinhe-se: do exercício do direito de silêncio não pode nascer nenhuma
presunção de culpabilidade ou qualquer tipo de prejuízo jurídico para o imputado.
Destarte, através do princípio do nemo tenetur se detegere, o sujeito
passivo não pode ser compelido a declarar ou mesmo participar de qualquer
atividade que possa incriminá-lo ou prejudicar sua defesa, ressalvando-se, como
explicado, a extração de material genético (Lei n. 12.654/2012).

Todavia, é importante destacar que o interrogatório é composto por duas


fases, sendo a primeira mera qualificação do réu. Nessa fase, por não haver
questões de mérito a serem questionadas, buscando esclarecer e evidenciar a
personalidade do processado, o direito ao silêncio ou mesmo o direito a não se
declarar de forma verdadeira não pode ser exercido. Desse modo, o interrogado
tem o dever de indicar corretamente a sua identificação.

Veja o que preceitua o Código de Processo Penal:

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Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do


acusado e sobre os fatos.
§ 1o Na primeira parte o interrogando será perguntado sobre a residência,
meios de vida ou profissão, oportunidades sociais, lugar onde exerce a sua
atividade, vida pregressa, notadamente se foi preso ou processado alguma vez e,
em caso afirmativo, qual o juízo do processo, se houve suspensão condicional ou
condenação, qual a pena imposta, se a cumpriu e outros dados familiares e
sociais.
Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do
acusado e sobre os fatos.
§ 2o Na segunda parte será perguntado sobre
I - ser verdadeira a acusação que lhe é feita;
II - não sendo verdadeira a acusação, se tem algum motivo particular a que
atribuí-la, se conhece a pessoa ou pessoas a quem deva ser imputada a prática do
crime, e quais sejam, e se com elas esteve antes da prática da infração ou depois
dela;
III - onde estava ao tempo em que foi cometida a infração e se teve notícia
desta
IV - as provas já apuradas;
V - se conhece as vítimas e testemunhas já inquiridas ou por inquirir, e
desde quando, e se tem o que alegar contra elas;
VI - se conhece o instrumento com que foi praticada a infração, ou qualquer
objeto que com esta se relacione e tenha sido apreendido;

B) se a acusação lhe feita é verdadeira (errado)


De acordo com Aury Lopes Jr (p. 706, 2020) mesmo no interrogatório
policial, o imputado tem o direito de saber em que qualidade presta as
declarações, de estar acompanhado de advogado e, ainda, de reservar-se o
direito de só declarar em juízo, sem qualquer prejuízo.
O art. 5º, LV, da CB é inteiramente aplicável ao IP. O direito de silêncio,
demais de estar contido na ampla defesa (autodefesa negativa), encontra abrigo
no art. 5º, LXIII, da CB, que ao tutelar o estado mais grave (preso) obviamente
abrange e é aplicável ao sujeito passivo em liberdade.
O direito de silêncio está expressamente previsto no art. 5º, LXIII, da CB (o
preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado...).
Parece-nos inequívoco que o direito de silêncio se aplica tanto ao sujeito passivo
preso como também ao que está em liberdade. Contribui para isso o art. 8.2, g,
da CADH, onde se pode ler que toda pessoa (logo, presa ou em liberdade) tem o
direito de não ser obrigado a depor contra si mesma nem a declarar-se culpada.
Ao estar assegurado o direito de silêncio sem qualquer reserva na
Constituição e na Convenção Americana de Direitos Humanos, por lógica jurídica,
o sistema interno não pode atribuir ao seu exercício qualquer prejuízo e assim vai
a previsão do art. 186.

Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da


acusação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do
seu direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem
formuladas.

MUDE SUA VIDA!


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Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser
interpretado em prejuízo da defesa.
O direito de calar também estipula um novo dever para a autoridade policial
ou judicial que realiza o interrogatório: o de advertir o sujeito passivo de que não
está obrigado a responder as perguntas que lhe forem feitas. Se calar constitui
um direito do imputado e ele tem de ser informado do alcance de suas garantias,
passa a existir o correspondente dever do órgão estatal a que assim o informe,
sob pena de nulidade do ato por violação de uma garantia constitucional.
O direito de silêncio é apenas uma manifestação de uma garantia muito
maior, insculpida no princípio nemo tenetur se detegere, segundo o qual o sujeito
passivo não pode sofrer nenhum prejuízo jurídico por omitir-se de colaborar em
uma atividade probatória da acusação ou por exercer seu direito de silêncio
quando do interrogatório.
Sublinhe-se: do exercício do direito de silêncio não pode nascer nenhuma
presunção de culpabilidade ou qualquer tipo de prejuízo jurídico para o imputado.
Destarte, através do princípio do nemo tenetur se detegere, o sujeito
passivo não pode ser compelido a declarar ou mesmo participar de qualquer
atividade que possa incriminá-lo ou prejudicar sua defesa, ressalvando-se, como
explicado, a extração de material genético (Lei n. 12.654/2012).

Todavia, é importante destacar que o interrogatório é composto por duas


fases, sendo a primeira mera qualificação do réu. Nessa fase, por não haver
questões de mérito a serem questionadas, buscando esclarecer e evidenciar a
personalidade do processado, o direito ao silêncio ou mesmo o direito a não se
declarar de forma verdadeira não pode ser exercido. Desse modo, o interrogado
tem o dever de indicar corretamente a sua identificação.

Veja o que preceitua o Código de Processo Penal:

Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do


acusado e sobre os fatos.
§ 1o Na primeira parte o interrogando será perguntado sobre a residência,
meios de vida ou profissão, oportunidades sociais, lugar onde exerce a sua
atividade, vida pregressa, notadamente se foi preso ou processado alguma vez e,
em caso afirmativo, qual o juízo do processo, se houve suspensão condicional ou
condenação, qual a pena imposta, se a cumpriu e outros dados familiares e
sociais.
Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do
acusado e sobre os fatos.
§ 2o Na segunda parte será perguntado sobre
I - ser verdadeira a acusação que lhe é feita;
II - não sendo verdadeira a acusação, se tem algum motivo particular a que
atribuí-la, se conhece a pessoa ou pessoas a quem deva ser imputada a prática do
crime, e quais sejam, e se com elas esteve antes da prática da infração ou depois
dela;
III - onde estava ao tempo em que foi cometida a infração e se teve notícia
desta
IV - as provas já apuradas;

MUDE SUA VIDA!


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V - se conhece as vítimas e testemunhas já inquiridas ou por inquirir, e


desde quando, e se tem o que alegar contra elas;
VI - se conhece o instrumento com que foi praticada a infração, ou qualquer
objeto que com esta se relacione e tenha sido apreendido;

C) onde estava ao tempo da infração (errado)


De acordo com Aury Lopes Jr (p. 706, 2020) mesmo no interrogatório
policial, o imputado tem o direito de saber em que qualidade presta as
declarações, de estar acompanhado de advogado e, ainda, de reservar-se o
direito de só declarar em juízo, sem qualquer prejuízo.
O art. 5º, LV, da CB é inteiramente aplicável ao IP. O direito de silêncio,
demais de estar contido na ampla defesa (autodefesa negativa), encontra abrigo
no art. 5º, LXIII, da CB, que ao tutelar o estado mais grave (preso) obviamente
abrange e é aplicável ao sujeito passivo em liberdade.
O direito de silêncio está expressamente previsto no art. 5º, LXIII, da CB (o
preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado...).
Parece-nos inequívoco que o direito de silêncio se aplica tanto ao sujeito passivo
preso como também ao que está em liberdade. Contribui para isso o art. 8.2, g,
da CADH, onde se pode ler que toda pessoa (logo, presa ou em liberdade) tem o
direito de não ser obrigado a depor contra si mesma nem a declarar-se culpada.
Ao estar assegurado o direito de silêncio sem qualquer reserva na
Constituição e na Convenção Americana de Direitos Humanos, por lógica jurídica,
o sistema interno não pode atribuir ao seu exercício qualquer prejuízo e assim vai
a previsão do art. 186.

Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da


acusação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do
seu direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem
formuladas.
Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser
interpretado em prejuízo da defesa.
O direito de calar também estipula um novo dever para a autoridade policial
ou judicial que realiza o interrogatório: o de advertir o sujeito passivo de que não
está obrigado a responder as perguntas que lhe forem feitas. Se calar constitui
um direito do imputado e ele tem de ser informado do alcance de suas garantias,
passa a existir o correspondente dever do órgão estatal a que assim o informe,
sob pena de nulidade do ato por violação de uma garantia constitucional.
O direito de silêncio é apenas uma manifestação de uma garantia muito
maior, insculpida no princípio nemo tenetur se detegere, segundo o qual o sujeito
passivo não pode sofrer nenhum prejuízo jurídico por omitir-se de colaborar em
uma atividade probatória da acusação ou por exercer seu direito de silêncio
quando do interrogatório.
Sublinhe-se: do exercício do direito de silêncio não pode nascer nenhuma
presunção de culpabilidade ou qualquer tipo de prejuízo jurídico para o imputado.
Destarte, através do princípio do nemo tenetur se detegere, o sujeito
passivo não pode ser compelido a declarar ou mesmo participar de qualquer
atividade que possa incriminá-lo ou prejudicar sua defesa, ressalvando-se, como
explicado, a extração de material genético (Lei n. 12.654/2012).

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Todavia, é importante destacar que o interrogatório é composto por duas


fases, sendo a primeira mera qualificação do réu. Nessa fase, por não haver
questões de mérito a serem questionadas, buscando esclarecer e evidenciar a
personalidade do processado, o direito ao silêncio ou mesmo o direito a não se
declarar de forma verdadeira não pode ser exercido. Desse modo, o interrogado
tem o dever de indicar corretamente a sua identificação.

Veja o que preceitua o Código de Processo Penal:

Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do


acusado e sobre os fatos.
§ 1o Na primeira parte o interrogando será perguntado sobre a residência,
meios de vida ou profissão, oportunidades sociais, lugar onde exerce a sua
atividade, vida pregressa, notadamente se foi preso ou processado alguma vez e,
em caso afirmativo, qual o juízo do processo, se houve suspensão condicional ou
condenação, qual a pena imposta, se a cumpriu e outros dados familiares e
sociais.
Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do
acusado e sobre os fatos.
§ 2o Na segunda parte será perguntado sobre
I - ser verdadeira a acusação que lhe é feita;
II - não sendo verdadeira a acusação, se tem algum motivo particular a que
atribuí-la, se conhece a pessoa ou pessoas a quem deva ser imputada a prática do
crime, e quais sejam, e se com elas esteve antes da prática da infração ou depois
dela;
III - onde estava ao tempo em que foi cometida a infração e se teve notícia
desta
IV - as provas já apuradas;
V - se conhece as vítimas e testemunhas já inquiridas ou por inquirir, e
desde quando, e se tem o que alegar contra elas;
VI - se conhece o instrumento com que foi praticada a infração, ou qualquer
objeto que com esta se relacione e tenha sido apreendido;

D) se conhece a vítima (errado)

De acordo com Aury Lopes Jr (p. 706, 2020) mesmo no interrogatório


policial, o imputado tem o direito de saber em que qualidade presta as
declarações, de estar acompanhado de advogado e, ainda, de reservar-se o
direito de só declarar em juízo, sem qualquer prejuízo.
O art. 5º, LV, da CB é inteiramente aplicável ao IP. O direito de silêncio,
demais de estar contido na ampla defesa (autodefesa negativa), encontra abrigo
no art. 5º, LXIII, da CB, que ao tutelar o estado mais grave (preso) obviamente
abrange e é aplicável ao sujeito passivo em liberdade.
O direito de silêncio está expressamente previsto no art. 5º, LXIII, da CB (o
preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado...).
Parece-nos inequívoco que o direito de silêncio se aplica tanto ao sujeito passivo
preso como também ao que está em liberdade. Contribui para isso o art. 8.2, g,

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da CADH, onde se pode ler que toda pessoa (logo, presa ou em liberdade) tem o
direito de não ser obrigado a depor contra si mesma nem a declarar-se culpada.
Ao estar assegurado o direito de silêncio sem qualquer reserva na
Constituição e na Convenção Americana de Direitos Humanos, por lógica jurídica,
o sistema interno não pode atribuir ao seu exercício qualquer prejuízo e assim vai
a previsão do art. 186.

Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da


acusação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do
seu direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem
formuladas.
Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser
interpretado em prejuízo da defesa.
O direito de calar também estipula um novo dever para a autoridade policial
ou judicial que realiza o interrogatório: o de advertir o sujeito passivo de que não
está obrigado a responder as perguntas que lhe forem feitas. Se calar constitui
um direito do imputado e ele tem de ser informado do alcance de suas garantias,
passa a existir o correspondente dever do órgão estatal a que assim o informe,
sob pena de nulidade do ato por violação de uma garantia constitucional.
O direito de silêncio é apenas uma manifestação de uma garantia muito
maior, insculpida no princípio nemo tenetur se detegere, segundo o qual o sujeito
passivo não pode sofrer nenhum prejuízo jurídico por omitir-se de colaborar em
uma atividade probatória da acusação ou por exercer seu direito de silêncio
quando do interrogatório.
Sublinhe-se: do exercício do direito de silêncio não pode nascer nenhuma
presunção de culpabilidade ou qualquer tipo de prejuízo jurídico para o imputado.
Destarte, através do princípio do nemo tenetur se detegere, o sujeito
passivo não pode ser compelido a declarar ou mesmo participar de qualquer
atividade que possa incriminá-lo ou prejudicar sua defesa, ressalvando-se, como
explicado, a extração de material genético (Lei n. 12.654/2012).

Todavia, é importante destacar que o interrogatório é composto por duas


fases, sendo a primeira mera qualificação do réu. Nessa fase, por não haver
questões de mérito a serem questionadas, buscando esclarecer e evidenciar a
personalidade do processado, o direito ao silêncio ou mesmo o direito a não se
declarar de forma verdadeira não pode ser exercido. Desse modo, o interrogado
tem o dever de indicar corretamente a sua identificação.

Veja o que preceitua o Código de Processo Penal:

Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do


acusado e sobre os fatos.
§ 1o Na primeira parte o interrogando será perguntado sobre a residência,
meios de vida ou profissão, oportunidades sociais, lugar onde exerce a sua
atividade, vida pregressa, notadamente se foi preso ou processado alguma vez e,
em caso afirmativo, qual o juízo do processo, se houve suspensão condicional ou
condenação, qual a pena imposta, se a cumpriu e outros dados familiares e
sociais.

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Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do


acusado e sobre os fatos.
§ 2o Na segunda parte será perguntado sobre
I - ser verdadeira a acusação que lhe é feita;
II - não sendo verdadeira a acusação, se tem algum motivo particular a que
atribuí-la, se conhece a pessoa ou pessoas a quem deva ser imputada a prática do
crime, e quais sejam, e se com elas esteve antes da prática da infração ou depois
dela;
III - onde estava ao tempo em que foi cometida a infração e se teve notícia
desta
IV - as provas já apuradas;
V - se conhece as vítimas e testemunhas já inquiridas ou por inquirir, e
desde quando, e se tem o que alegar contra elas;
VI - se conhece o instrumento com que foi praticada a infração, ou qualquer
objeto que com esta se relacione e tenha sido apreendido;

18- O instituto da condução coercitiva do réu para prestar declarações:

A) Viola o direito ao silêncio, liberdade de locomoção, não autoincriminação e


presunção de inocência, de acordo com entendimento do Supremo Tribunal Federal.
B) Não viola o direito ao silêncio, liberdade de locomoção, não autoincriminação e
presunção de inocência, de acordo com entendimento do Supremo Tribunal Federal.
C) Não possui positivação no código de processo penal mas é aceita pelos tribunais
superiores
D) Foi recepcionada pela Constituição Federal, de acordo com o entendimento do
guardião da Constituição

GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) Viola o direito ao silêncio, liberdade de locomoção, não


autoincriminação e presunção de inocência, de acordo com entendimento
do Supremo Tribunal Federal. (certo)
Certo. ADPF’s 399 e 444.

B) Não viola o direito ao silêncio, liberdade de locomoção, não


autoincriminação e presunção de inocência, de acordo com entendimento
do Supremo Tribunal Federal. (errado)
Errado. ADPF’s 399 e 444

C) Não possui positivação no código de processo penal mas é aceita


pelos tribunais superiores. (errado)
Errado. Artigo 260 CPP.
D) Foi recepcionada pela Constituição Federal, de acordo com o
entendimento do guardião da Constituição. (errado)
Errado. ADPF’s 399 e 444

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SOLUÇÃO COMPLETA

A) Viola o direito ao silêncio, liberdade de locomoção, não


autoincriminação e presunção de inocência, de acordo com entendimento
do Supremo Tribunal Federal. (certo)
A condução coercitiva está prevista no Código de Processo Penal em:

Art. 260. Se o acusado não atender à intimação para o interrogatório,


reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser realizado, a
autoridade poderá mandar conduzi-lo à sua presença.
Parágrafo único. O mandado conterá, além da ordem de condução, os
requisitos mencionados no art. 352, no que Ihe for aplicável.

Todavia, Aury Lopes Jr (p. 771, 2020) afirma que o réu ou investigado não é
obrigado a participar do reconhecimento pessoal, podendo se recusar. Trata-se de
exercício do direito de defesa negativo, ou seja, de não autoincriminação.
Corrobora esse entendimento a declaração de inconstitucionalidade da condução
coercitiva feita nas ADPF 395 e 444, em que decidiu o STF que a condução
coercitiva de investigados e réus para serem interrogados é inconstitucional, na
esteira do voto do relator Min. Gilmar Mendes. Conforme extrato da decisão, “o
Tribunal, por maioria e nos termos do voto do Relator, julgou procedente a
arguição de descumprimento de preceito fundamental, para pronunciar a não
recepção da expressão ‘para o interrogatório’, constante do art. 260 do CPP, e
declarar a incompatibilidade com a Constituição Federal da condução coercitiva de
investigados ou de réus para interrogatório, sob pena de responsabilidade
disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de ilicitude das provas
obtidas, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.

B) Não viola o direito ao silêncio, liberdade de locomoção, não


autoincriminação e presunção de inocência, de acordo com entendimento
do Supremo Tribunal Federal. (errado)
A condução coercitiva está prevista no Código de Processo Penal em:

Art. 260. Se o acusado não atender à intimação para o interrogatório,


reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser realizado, a
autoridade poderá mandar conduzi-lo à sua presença.
Parágrafo único. O mandado conterá, além da ordem de condução, os
requisitos mencionados no art. 352, no que Ihe for aplicável.

Todavia, Aury Lopes Jr (p. 771, 2020) afirma que o réu ou investigado não é
obrigado a participar do reconhecimento pessoal, podendo se recusar. Trata-se de
exercício do direito de defesa negativo, ou seja, de não autoincriminação.
Corrobora esse entendimento a declaração de inconstitucionalidade da condução
coercitiva feita nas ADPF 395 e 444, em que decidiu o STF que a condução
coercitiva de investigados e réus para serem interrogados é inconstitucional, na
esteira do voto do relator Min. Gilmar Mendes. Conforme extrato da decisão, “o
Tribunal, por maioria e nos termos do voto do Relator, julgou procedente a

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arguição de descumprimento de preceito fundamental, para pronunciar a não


recepção da expressão ‘para o interrogatório’, constante do art. 260 do CPP, e
declarar a incompatibilidade com a Constituição Federal da condução coercitiva de
investigados ou de réus para interrogatório, sob pena de responsabilidade
disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de ilicitude das provas
obtidas, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.

C) Não possui positivação no código de processo penal mas é aceita


pelos tribunais superiores. (errado)
A condução coercitiva está prevista no Código de Processo Penal em:

Art. 260. Se o acusado não atender à intimação para o interrogatório,


reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser realizado, a
autoridade poderá mandar conduzi-lo à sua presença.
Parágrafo único. O mandado conterá, além da ordem de condução, os
requisitos mencionados no art. 352, no que Ihe for aplicável.

Todavia, Aury Lopes Jr (p. 771, 2020) afirma que o réu ou investigado não é
obrigado a participar do reconhecimento pessoal, podendo se recusar. Trata-se de
exercício do direito de defesa negativo, ou seja, de não autoincriminação.
Corrobora esse entendimento a declaração de inconstitucionalidade da condução
coercitiva feita nas ADPF 395 e 444, em que decidiu o STF que a condução
coercitiva de investigados e réus para serem interrogados é inconstitucional, na
esteira do voto do relator Min. Gilmar Mendes. Conforme extrato da decisão, “o
Tribunal, por maioria e nos termos do voto do Relator, julgou procedente a
arguição de descumprimento de preceito fundamental, para pronunciar a não
recepção da expressão ‘para o interrogatório’, constante do art. 260 do CPP, e
declarar a incompatibilidade com a Constituição Federal da condução coercitiva de
investigados ou de réus para interrogatório, sob pena de responsabilidade
disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de ilicitude das provas
obtidas, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.

D) Foi recepcionada pela Constituição Federal, de acordo com o


entendimento do guardião da Constituição. (errado)
A condução coercitiva está prevista no Código de Processo Penal em:

Art. 260. Se o acusado não atender à intimação para o interrogatório,


reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser realizado, a
autoridade poderá mandar conduzi-lo à sua presença.
Parágrafo único. O mandado conterá, além da ordem de condução, os
requisitos mencionados no art. 352, no que Ihe for aplicável.

Todavia, Aury Lopes Jr (p. 771, 2020) afirma que o réu ou investigado não é
obrigado a participar do reconhecimento pessoal, podendo se recusar. Trata-se de
exercício do direito de defesa negativo, ou seja, de não autoincriminação.
Corrobora esse entendimento a declaração de inconstitucionalidade da condução
coercitiva feita nas ADPF 395 e 444, em que decidiu o STF que a condução
coercitiva de investigados e réus para serem interrogados é inconstitucional, na

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esteira do voto do relator Min. Gilmar Mendes. Conforme extrato da decisão, “o


Tribunal, por maioria e nos termos do voto do Relator, julgou procedente a
arguição de descumprimento de preceito fundamental, para pronunciar a não
recepção da expressão ‘para o interrogatório’, constante do art. 260 do CPP, e
declarar a incompatibilidade com a Constituição Federal da condução coercitiva de
investigados ou de réus para interrogatório, sob pena de responsabilidade
disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de ilicitude das provas
obtidas, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.

19- Acerca da oitiva do réu por videoconferência assinale a alternativa incorreta:

A) O interrogatório do réu preso será feito preferencialmente por sistema de


videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em
tempo real, desde que a medida seja necessária para atender às finalidades do mesmo.
B) O juiz, por decisão fundamentada, de ofício, poderá realizar o interrogatório do
réu preso por sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão
de sons e imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária para atender às
finalidades do mesmo.
C) O juiz, por decisão fundamentada, a requerimento das partes, poderá realizar o
interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou outro recurso
tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que a medida seja
necessária para atender às finalidades do mesmo.
D) O réu tem direito de assistir a todos os outros atos referentes à audiência bem como a
se entrevistas com seu defensor e ter contato com ele, a todo momento, por meio
telefônico.
GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) O interrogatório do réu preso será feito preferencialmente por


sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão
de sons e imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária
para atender às finalidades do mesmo. (certo)
Errado, devendo ser assinalado como gabarito. É situação excepcional.
Artigo 185 §2 CPP.
B) O juiz, por decisão fundamentada, de ofício, poderá realizar o
interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou outro
recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real,
desde que a medida seja necessária para atender às finalidades do
mesmo. (errado)
Certo, não devendo ser assinalado como gabarito. Artigo 185 § §2 CPP.

C) O juiz, por decisão fundamentada, a requerimento das partes,


poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema de
videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e

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imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária para atender
às finalidades do mesmo. (errado)
Certo, não devendo ser assinalado como gabarito. Artigo 185 § §2 CPP.

D) O réu tem direito de assistir a todos os outros atos referentes à


audiência bem como a se entrevistas com seu defensor e ter contato com
ele, a todo momento, por meio telefônico. (errado)
Certo, não devendo ser assinalado como gabarito. Artigo 185 §3 e §4 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA
A) O interrogatório do réu preso será feito preferencialmente por
sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão
de sons e imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária
para atender às finalidades do mesmo. (certo)
Já é sabido que a regra, é que o interrogatório ocorre no interior da unidade
prisional, conforme preceito do artigo 185 CPP:

Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no


curso do processo penal, será qualificado e interrogado na presença de seu
defensor, constituído ou nomeado.
§ 1o O interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria, no
estabelecimento em que estiver recolhido, desde que estejam garantidas a
segurança do juiz, do membro do Ministério Público e dos auxiliares bem como a
presença do defensor e a publicidade do ato.

Todavia, existem situações excepcionais que permitem a flexibilização de tal


regra, veja abaixo:

Observa-se e ressalta-se que a oitiva por videoconferência é medida


excepcional e somente poderia ocorrer por meio de despacho fundamentado em
uma das hipóteses legais a seguir elencadas.

Art. 185. 2o Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício


ou a requerimento das partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por
sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons
e imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária para atender a
uma das seguintes finalidades:
I - prevenir risco à segurança pública, quando exista fundada suspeita de
que o preso integre organização criminosa ou de que, por outra razão, possa fugir
durante o deslocamento;
II - Viabilizar a participação do réu no referido ato processual, quando haja
relevante dificuldade para seu comparecimento em juízo, por enfermidade ou
outra circunstância pessoal;
III - impedir a influência do réu no ânimo de testemunha ou da vítima,
desde que não seja possível colher o depoimento destas por videoconferência, nos
termos do art. 217 deste Código;
IV - responder à gravíssima questão de ordem pública.

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As partes são intimadas com 10 (dez) dias de antecedência da decisão que


permitir essa modalidade de interrogatório (art. 185, § 3°, do CPP). O réu tem
direito de assistir a todos os outros atos referentes à audiência (art. 185, § 4º, do
CPP), bem como a se entrevistar com seu defensor e a ter contato com ele, a todo
momento, por meio telefônico (art. 185, § 5°, do CPP).
A sala da videoconferência será fiscalizada pelos corregedores, pelo juiz,
Ministério Público e OAB (art. 185, § 6°, do CPP). A videoconferência pode ser
realizada em qualquer ato que dependa da participação de pessoa presa, como
acareação, reconhecimento de pessoas e coisas, inquirição de testemunhas ou
tomada de declarações do ofendido (art. 185, § 8°, do CPP), atos estes que serão
acompanhados pelo acusado e pelo defensor (art. 185, § 9°, do CPP).

B) O juiz, por decisão fundamentada, de ofício, poderá realizar o


interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou outro
recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real,
desde que a medida seja necessária para atender às finalidades do
mesmo. (errado)
Já é sabido que a regra, é que o interrogatório ocorre no interior da unidade
prisional, conforme preceito do artigo 185 CPP:

Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no


curso do processo penal, será qualificado e interrogado na presença de seu
defensor, constituído ou nomeado.
§ 1o O interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria, no
estabelecimento em que estiver recolhido, desde que estejam garantidas a
segurança do juiz, do membro do Ministério Público e dos auxiliares bem como a
presença do defensor e a publicidade do ato.

Todavia, existem situações excepcionais que permitem a flexibilização de tal


regra, veja abaixo:

Observa-se e ressalta-se que a oitiva por videoconferência é medida


excepcional e somente poderia ocorrer por meio de despacho fundamentado em
uma das hipóteses legais a seguir elencadas.

Art. 185. 2o Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício


ou a requerimento das partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por
sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons
e imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária para atender a
uma das seguintes finalidades:
I - prevenir risco à segurança pública, quando exista fundada suspeita de
que o preso integre organização criminosa ou de que, por outra razão, possa fugir
durante o deslocamento;
II - Viabilizar a participação do réu no referido ato processual, quando haja
relevante dificuldade para seu comparecimento em juízo, por enfermidade ou
outra circunstância pessoal;

MUDE SUA VIDA!


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III - impedir a influência do réu no ânimo de testemunha ou da vítima,


desde que não seja possível colher o depoimento destas por videoconferência, nos
termos do art. 217 deste Código;
IV - responder à gravíssima questão de ordem pública.

As partes são intimadas com 10 (dez) dias de antecedência da decisão que


permitir essa modalidade de interrogatório (art. 185, § 3°, do CPP). O réu tem
direito de assistir a todos os outros atos referentes à audiência (art. 185, § 4º, do
CPP), bem como a se entrevistar com seu defensor e a ter contato com ele, a todo
momento, por meio telefônico (art. 185, § 5°, do CPP).
A sala da videoconferência será fiscalizada pelos corregedores, pelo juiz,
Ministério Público e OAB (art. 185, § 6°, do CPP). A videoconferência pode ser
realizada em qualquer ato que dependa da participação de pessoa presa, como
acareação, reconhecimento de pessoas e coisas, inquirição de testemunhas ou
tomada de declarações do ofendido (art. 185, § 8°, do CPP), atos estes que serão
acompanhados pelo acusado e pelo defensor (art. 185, § 9°, do CPP).

C) O juiz, por decisão fundamentada, a requerimento das partes,


poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema de
videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e
imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária para atender
às finalidades do mesmo. (errado)
Já é sabido que a regra, é que o interrogatório ocorre no interior da unidade
prisional, conforme preceito do artigo 185 CPP:

Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no


curso do processo penal, será qualificado e interrogado na presença de seu
defensor, constituído ou nomeado.
§ 1o O interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria, no
estabelecimento em que estiver recolhido, desde que estejam garantidas a
segurança do juiz, do membro do Ministério Público e dos auxiliares bem como a
presença do defensor e a publicidade do ato.

Todavia, existem situações excepcionais que permitem a flexibilização de tal


regra, veja abaixo:

Observa-se e ressalta-se que a oitiva por videoconferência é medida


excepcional e somente poderia ocorrer por meio de despacho fundamentado em
uma das hipóteses legais a seguir elencadas.

Art. 185. 2o Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício


ou a requerimento das partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por
sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons
e imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária para atender a
uma das seguintes finalidades:

MUDE SUA VIDA!


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I - prevenir risco à segurança pública, quando exista fundada suspeita de


que o preso integre organização criminosa ou de que, por outra razão, possa fugir
durante o deslocamento;
II - Viabilizar a participação do réu no referido ato processual, quando haja
relevante dificuldade para seu comparecimento em juízo, por enfermidade ou
outra circunstância pessoal;
III - impedir a influência do réu no ânimo de testemunha ou da vítima,
desde que não seja possível colher o depoimento destas por videoconferência, nos
termos do art. 217 deste Código;
IV - responder à gravíssima questão de ordem pública.

As partes são intimadas com 10 (dez) dias de antecedência da decisão que


permitir essa modalidade de interrogatório (art. 185, § 3°, do CPP). O réu tem
direito de assistir a todos os outros atos referentes à audiência (art. 185, § 4º, do
CPP), bem como a se entrevistar com seu defensor e a ter contato com ele, a todo
momento, por meio telefônico (art. 185, § 5°, do CPP).
A sala da videoconferência será fiscalizada pelos corregedores, pelo juiz,
Ministério Público e OAB (art. 185, § 6°, do CPP). A videoconferência pode ser
realizada em qualquer ato que dependa da participação de pessoa presa, como
acareação, reconhecimento de pessoas e coisas, inquirição de testemunhas ou
tomada de declarações do ofendido (art. 185, § 8°, do CPP), atos estes que serão
acompanhados pelo acusado e pelo defensor (art. 185, § 9°, do CPP).

D) O réu tem direito de assistir a todos os outros atos referentes à


audiência bem como a se entrevistas com seu defensor e ter contato com
ele, a todo momento, por meio telefônico. (errado)
Já é sabido que a regra, é que o interrogatório ocorre no interior da unidade
prisional, conforme preceito do artigo 185 CPP:

Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no


curso do processo penal, será qualificado e interrogado na presença de seu
defensor, constituído ou nomeado.
§ 1o O interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria, no
estabelecimento em que estiver recolhido, desde que estejam garantidas a
segurança do juiz, do membro do Ministério Público e dos auxiliares bem como a
presença do defensor e a publicidade do ato.

Todavia, existem situações excepcionais que permitem a flexibilização de tal


regra, veja abaixo:

Observa-se e ressalta-se que a oitiva por videoconferência é medida


excepcional e somente poderia ocorrer por meio de despacho fundamentado em
uma das hipóteses legais a seguir elencadas.

Art. 185. 2o Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício


ou a requerimento das partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por
sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons

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e imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária para atender a
uma das seguintes finalidades:
I - prevenir risco à segurança pública, quando exista fundada suspeita de
que o preso integre organização criminosa ou de que, por outra razão, possa fugir
durante o deslocamento;
II - Viabilizar a participação do réu no referido ato processual, quando haja
relevante dificuldade para seu comparecimento em juízo, por enfermidade ou
outra circunstância pessoal;
III - impedir a influência do réu no ânimo de testemunha ou da vítima,
desde que não seja possível colher o depoimento destas por videoconferência, nos
termos do art. 217 deste Código;
IV - responder à gravíssima questão de ordem pública.

As partes são intimadas com 10 (dez) dias de antecedência da decisão que


permitir essa modalidade de interrogatório (art. 185, § 3°, do CPP). O réu tem
direito de assistir a todos os outros atos referentes à audiência (art. 185, § 4º, do
CPP), bem como a se entrevistar com seu defensor e a ter contato com ele, a todo
momento, por meio telefônico (art. 185, § 5°, do CPP).
A sala da videoconferência será fiscalizada pelos corregedores, pelo juiz,
Ministério Público e OAB (art. 185, § 6°, do CPP). A videoconferência pode ser
realizada em qualquer ato que dependa da participação de pessoa presa, como
acareação, reconhecimento de pessoas e coisas, inquirição de testemunhas ou
tomada de declarações do ofendido (art. 185, § 8°, do CPP), atos estes que serão
acompanhados pelo acusado e pelo defensor (art. 185, § 9°, do CPP).

20- O interrogatório por videoconferência será permito desde que a medida seja
necessária para atender a algumas medidas descritas pelo Código de Processo Penal. São
medidas trazidas na legislação, exceto:

A) Prevenir risco a segurança pública quando o preso estiver sendo acusado por
crime com resultado morte
B) Prevenir risco a segurança pública quando exista fundada
suspeita de que o preso integre organização criminosa
C) Prevenir risco a segurança pública quando exista fundada
suspeita de que o preso possa fugir durante o deslocamento.
D) Para impedir r influência no estado de ânimo da vítima.

GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA
A) Prevenir risco a segurança pública quando o preso estiver sendo
acusado por crime com resultado morte (certo)
Errado devendo ser assinalado como gabarito. Artigo 185 §2 I, II, III e IV
CPP.

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B) Prevenir risco a segurança pública quando exista fundada


suspeita de que o preso integre organização criminosa (errado)
Certo, não devendo ser assinalado como gabarito. Artigo 185 2 I, II, III e IV
CPP

C) Prevenir risco a segurança pública quando exista fundada


suspeita de que o preso possa fugir durante o deslocamento. (errado)
Certo, não devendo ser assinalado como gabarito. Artigo 185 2 I, II, III e IV
CPP

D) Para impedir influência no estado de ânimo da vítima. . (errado)


Certo, não devendo ser assinalado como gabarito. Artigo 185 2 I, II, III e IV
CPP

SOLUÇÃO COMPLETA

A) Prevenir risco a segurança pública quando o preso estiver sendo


acusado por crime com resultado morte (certo)
Já é sabido que a regra, é que o interrogatório ocorre no interior da unidade
prisional, conforme preceito do artigo 185 CPP:

Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no


curso do processo penal, será qualificado e interrogado na presença de seu
defensor, constituído ou nomeado.
§ 1o O interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria, no
estabelecimento em que estiver recolhido, desde que estejam garantidas a
segurança do juiz, do membro do Ministério Público e dos auxiliares bem como a
presença do defensor e a publicidade do ato.

Todavia, existem situações excepcionais que permitem a flexibilização de tal


regra, veja abaixo:

Observa-se e ressalta-se que a oitiva por videoconferência é medida


excepcional e somente poderia ocorrer por meio de despacho fundamentado em
uma das hipóteses legais a seguir elencadas.

Art. 185. 2o Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício


ou a requerimento das partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por
sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons
e imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária para atender a
uma das seguintes finalidades:
I - prevenir risco à segurança pública, quando exista fundada suspeita de
que o preso integre organização criminosa ou de que, por outra razão, possa fugir
durante o deslocamento;
II - Viabilizar a participação do réu no referido ato processual, quando haja
relevante dificuldade para seu comparecimento em juízo, por enfermidade ou
outra circunstância pessoal;

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III - impedir a influência do réu no ânimo de testemunha ou da vítima,


desde que não seja possível colher o depoimento destas por videoconferência, nos
termos do art. 217 deste Código;
IV - responder à gravíssima questão de ordem pública.

As partes são intimadas com 10 (dez) dias de antecedência da decisão que


permitir essa modalidade de interrogatório (art. 185, § 3°, do CPP). O réu tem
direito de assistir a todos os outros atos referentes à audiência (art. 185, § 4º, do
CPP), bem como a se entrevistar com seu defensor e a ter contato com ele, a todo
momento, por meio telefônico (art. 185, § 5°, do CPP).
A sala da videoconferência será fiscalizada pelos corregedores, pelo juiz,
Ministério Público e OAB (art. 185, § 6°, do CPP). A videoconferência pode ser
realizada em qualquer ato que dependa da participação de pessoa presa, como
acareação, reconhecimento de pessoas e coisas, inquirição de testemunhas ou
tomada de declarações do ofendido (art. 185, § 8°, do CPP), atos estes que serão
acompanhados pelo acusado e pelo defensor (art. 185, § 9°, do CPP).

B) Prevenir risco a segurança pública quando exista fundada


suspeita de que o preso integre organização criminosa (errado)
Já é sabido que a regra, é que o interrogatório ocorre no interior da unidade
prisional, conforme preceito do artigo 185 CPP:

Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no


curso do processo penal, será qualificado e interrogado na presença de seu
defensor, constituído ou nomeado.
§ 1o O interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria, no
estabelecimento em que estiver recolhido, desde que estejam garantidas a
segurança do juiz, do membro do Ministério Público e dos auxiliares bem como a
presença do defensor e a publicidade do ato.

Todavia, existem situações excepcionais que permitem a flexibilização de tal


regra, veja abaixo:

Observa-se e ressalta-se que a oitiva por videoconferência é medida


excepcional e somente poderia ocorrer por meio de despacho fundamentado em
uma das hipóteses legais a seguir elencadas.

Art. 185. 2o Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício


ou a requerimento das partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por
sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons
e imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária para atender a
uma das seguintes finalidades:
I - prevenir risco à segurança pública, quando exista fundada suspeita de
que o preso integre organização criminosa ou de que, por outra razão, possa fugir
durante o deslocamento;

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II - Viabilizar a participação do réu no referido ato processual, quando haja


relevante dificuldade para seu comparecimento em juízo, por enfermidade ou
outra circunstância pessoal;
III - impedir a influência do réu no ânimo de testemunha ou da vítima,
desde que não seja possível colher o depoimento destas por videoconferência, nos
termos do art. 217 deste Código;
IV - responder à gravíssima questão de ordem pública.

As partes são intimadas com 10 (dez) dias de antecedência da decisão que


permitir essa modalidade de interrogatório (art. 185, § 3°, do CPP). O réu tem
direito de assistir a todos os outros atos referentes à audiência (art. 185, § 4º, do
CPP), bem como a se entrevistar com seu defensor e a ter contato com ele, a todo
momento, por meio telefônico (art. 185, § 5°, do CPP).
A sala da videoconferência será fiscalizada pelos corregedores, pelo juiz,
Ministério Público e OAB (art. 185, § 6°, do CPP). A videoconferência pode ser
realizada em qualquer ato que dependa da participação de pessoa presa, como
acareação, reconhecimento de pessoas e coisas, inquirição de testemunhas ou
tomada de declarações do ofendido (art. 185, § 8°, do CPP), atos estes que serão
acompanhados pelo acusado e pelo defensor (art. 185, § 9°, do CPP).

C) Prevenir risco a segurança pública quando exista fundada


suspeita de que o preso possa fugir durante o deslocamento. (errado)
Já é sabido que a regra, é que o interrogatório ocorre no interior da unidade
prisional, conforme preceito do artigo 185 CPP:

Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no


curso do processo penal, será qualificado e interrogado na presença de seu
defensor, constituído ou nomeado.
§ 1o O interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria, no
estabelecimento em que estiver recolhido, desde que estejam garantidas a
segurança do juiz, do membro do Ministério Público e dos auxiliares bem como a
presença do defensor e a publicidade do ato.

Todavia, existem situações excepcionais que permitem a flexibilização de tal


regra, veja abaixo:

Observa-se e ressalta-se que a oitiva por videoconferência é medida


excepcional e somente poderia ocorrer por meio de despacho fundamentado em
uma das hipóteses legais a seguir elencadas.

Art. 185. 2o Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício


ou a requerimento das partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por
sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons
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uma das seguintes finalidades:

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I - prevenir risco à segurança pública, quando exista fundada suspeita de


que o preso integre organização criminosa ou de que, por outra razão, possa fugir
durante o deslocamento;
II - Viabilizar a participação do réu no referido ato processual, quando haja
relevante dificuldade para seu comparecimento em juízo, por enfermidade ou
outra circunstância pessoal;
III - impedir a influência do réu no ânimo de testemunha ou da vítima,
desde que não seja possível colher o depoimento destas por videoconferência, nos
termos do art. 217 deste Código;
IV - responder à gravíssima questão de ordem pública.

As partes são intimadas com 10 (dez) dias de antecedência da decisão que


permitir essa modalidade de interrogatório (art. 185, § 3°, do CPP). O réu tem
direito de assistir a todos os outros atos referentes à audiência (art. 185, § 4º, do
CPP), bem como a se entrevistar com seu defensor e a ter contato com ele, a todo
momento, por meio telefônico (art. 185, § 5°, do CPP).
A sala da videoconferência será fiscalizada pelos corregedores, pelo juiz,
Ministério Público e OAB (art. 185, § 6°, do CPP). A videoconferência pode ser
realizada em qualquer ato que dependa da participação de pessoa presa, como
acareação, reconhecimento de pessoas e coisas, inquirição de testemunhas ou
tomada de declarações do ofendido (art. 185, § 8°, do CPP), atos estes que serão
acompanhados pelo acusado e pelo defensor (art. 185, § 9°, do CPP).

D) Para impedir r influência no estado de ânimo da vítima. . (errado)


Já é sabido que a regra, é que o interrogatório ocorre no interior da unidade
prisional, conforme preceito do artigo 185 CPP:

Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no


curso do processo penal, será qualificado e interrogado na presença de seu
defensor, constituído ou nomeado.
§ 1o O interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria, no
estabelecimento em que estiver recolhido, desde que estejam garantidas a
segurança do juiz, do membro do Ministério Público e dos auxiliares bem como a
presença do defensor e a publicidade do ato.

Todavia, existem situações excepcionais que permitem a flexibilização de tal


regra, veja abaixo:

Observa-se e ressalta-se que a oitiva por videoconferência é medida


excepcional e somente poderia ocorrer por meio de despacho fundamentado em
uma das hipóteses legais a seguir elencadas.

Art. 185. 2o Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício


ou a requerimento das partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por
sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons
e imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária para atender a
uma das seguintes finalidades:

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I - prevenir risco à segurança pública, quando exista fundada suspeita de


que o preso integre organização criminosa ou de que, por outra razão, possa fugir
durante o deslocamento;
II - Viabilizar a participação do réu no referido ato processual, quando haja
relevante dificuldade para seu comparecimento em juízo, por enfermidade ou
outra circunstância pessoal;
III - impedir a influência do réu no ânimo de testemunha ou da vítima,
desde que não seja possível colher o depoimento destas por videoconferência, nos
termos do art. 217 deste Código;
IV - responder à gravíssima questão de ordem pública.

As partes são intimadas com 10 (dez) dias de antecedência da decisão que


permitir essa modalidade de interrogatório (art. 185, § 3°, do CPP). O réu tem
direito de assistir a todos os outros atos referentes à audiência (art. 185, § 4º, do
CPP), bem como a se entrevistar com seu defensor e a ter contato com ele, a todo
momento, por meio telefônico (art. 185, § 5°, do CPP).
A sala da videoconferência será fiscalizada pelos corregedores, pelo juiz,
Ministério Público e OAB (art. 185, § 6°, do CPP). A videoconferência pode ser
realizada em qualquer ato que dependa da participação de pessoa presa, como
acareação, reconhecimento de pessoas e coisas, inquirição de testemunhas ou
tomada de declarações do ofendido (art. 185, § 8°, do CPP), atos estes que serão
acompanhados pelo acusado e pelo defensor (art. 185, § 9°, do CPP).

MUDE SUA VIDA!


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SUMÁRIO
Questões sobre a aula......................................................................................................................................2
Gabarito ...........................................................................................................................................................6
Questões Comentadas .....................................................................................................................................6

MUDE SUA VIDA!


1
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QUESTÕES SOBRE A AULA

1. ANO: 2020 Questão Inédita

De acordo com o instituto da confissão, julgue o item abaixo:

A confissão, de acordo com o Código de Processo Penal, é indivisível, mas retratável.

Certo ( ) Errado ( )

2. ANO: 2020 Questão Inédita

De acordo com o instituto da confissão, julgue o item abaixo:

Confissão é um instituto formal do Processo Penal que deve ser oferecida livremente pelo
réu, sem qualquer coação.

Certo ( ) Errado ( )

3. ANO: 2020 Questão Inédita

De acordo com o instituto da confissão, julgue o item abaixo:

A confissão não poderá ser feita fora do interrogatório.

Certo ( ) Errado ( )

4. ANO: 2020 Questão Inédita

De acordo com o que preceitua o Código de Processo Penal, julgue o item abaixo:

Não é possível fazer confissão por mandato ou representante, devendo ser realizada
pessoalmente.

Certo ( ) Errado ( )

5. ANO: 2020 Questão Inédita

De acordo com a classificação da confissão, julgue o item abaixo:

A confissão será simples quando o réu confessar o crime que está descrito na inicial
acusatória. Por outro lado, será qualificada quando houver confirmação de vários fatos que
são objetos do mesmo processo.

Certo ( ) Errado ( )

6. ANO: 2020 Questão Inédita

MUDE SUA VIDA!


2
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Julgue o item abaixo:

O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os outros elementos de prova, e
para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la com as demais provas do processo,
verificando se entre ela e essas, existe compatibilidade ou concordância

Certo ( ) Errado ( )

7. ANO: 2020 Questão Inédita

Julgue o item abaixo:

O ofendido pela infração penal será testemunha do processo e deverá prestar compromisso
de dizer a verdade sob pena de cometer crime de falso testemunho

Certo ( ) Errado ( )

8. ANO: 2020 Questão Inédita

Analise a assertiva abaixo:

No processo penal, ofendido e réu possuem a garantia de invocar direito ao silencio.

Certo ( ) Errado ( )

9. ANO: 2020 Questão Inédita

De acordo com o valor conferido à confissão pelo Código de Processo Penal, julgue o item
abaixo:

O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os outros elementos de prova, e
para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la com as demais provas do processo,
verificando se entre ela e estas, existe compatibilidade ou concordância.

Certo ( ) Errado ( )

10. ANO: 2020 Questão Inédita

Em relação à vitima no processo penal, julgue:

O ofendido não pode ser objeto de condução coercitiva

Certo ( ) Errado ( )

11. ANO: 2020 Questão Inédita

MUDE SUA VIDA!


3
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De acordo com o instituto da confissão, assinale a alternativa errada:

A) O silêncio do acusado não importará confissão


B) A confissão não precisa ser tomada por termo quando feita fora do interrogatório
C) A confissão será divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz,
fundado no exame das provas em conjunto.
D) O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os outros elementos de
prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la com as demais provas do processo,
verificando se entre ela e estas existe compatibilidade ou concordância.

12. ANO: 2020 Questão Inédita

A confissão no processo penal:


A) É indivisível e irretratável
B) É indivisível e retratável
C) É divisível e retratável
D) É indivisível sem prejuízo do livre convencimento do juiz

13. ANO: 2010 BANCA: TJ-SC ÓRGÃO: TJ-SC PROVA: TJ-SC - 2010 - TJ-SC -
OFICIAL DA INFÂNCIA E JUVENTUDE

É correto afirmar em relação à provas no processo penal:


A) O interrogatório do réu deve ser pessoal, não sendo admitida a sua realização por
videoconferência.
B) A confissão do réu é divisível e irretratável.
C) A acareação é admitida apenas entre ofendido e acusado e entre acusado e testemunhas.
D) Deixando a infração vestígios, é indispensável o exame de corpo de delito, não podendo
supri-lo a confissão do acusado.

14. ANO: 2019 BANCA: VUNESP ÓRGÃO: TJ-RJ PROVA: VUNESP - 2019 - TJ-
RJ - JUIZ SUBSTITUTO

A doutrina denomina “confissão qualificada” aquela em que o acusado:


A) admite a prática criminosa, mas alega, em sua defesa, alguma causa que o beneficia,
como uma excludente de ilicitude.
B) não só confessa os fatos cometidos por si, mas também aponta os demais coautores ou
partícipes da empreitada criminosa.
C) fica em silêncio; contudo, tal modalidade não fora recepcionada pela Constituição de
1988, que garante nenhum prejuízo ao acusado nesses casos.
D) colabora ativamente com a apuração do crime, inclusive interrompendo ou impedindo
que os fatos se consumem.

15. ANO: 2020 Questão Inédita


.
De acordo com a jurisprudência, a confissão extrajudicial:

A) Não pode fundamentar condenação em nenhuma hipótese


B) Pode fundamentar condenação somente no plenário do júri em virtude do sistema da
intima convicção do juiz

MUDE SUA VIDA!


4
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C) Pode fundamentar condenação somente quando realizada na presença de defensor


D) Pode fundamentar condenação no plenário do júri em virtude do sistema da intima
convicção do juiz e quando realizada na presença de defensor

16. ANO: 2020 Questão Inédita

A confissão extrajudicial:

A) Não é possível no Brasil


B) Não pode, de per si, jamais, fundamentar um decreto condenatório
C) Poderá ser valorada no plenário do juri, de acordo com o entendimento do Supremo
Tribunal
D) É realiza dentro do processo penal.

17. ANO: 2020 Questão Inédita

A confissão simples consiste em:

A) o acusado confessa a prática do fato delituoso, porém não invoca qualquer excludente da
ilicitude ou da culpabilidade em seu benefício.
B) feita de maneira evidente, ou seja, quando o acusado confessa a prática do fato delituoso
sem dubiedades.
C) feita perante a autoridade judiciária, na presença do defensor do acusado. Se produzida
diante de autoridade judicial competente será a confissão judicial própria; se produzida
perante autoridade incompetente, será judicial imprópria
d) feita fora do processo penal, geralmente perante a autoridade policial, sem a observância
do contraditório e da ampla defesa.

18. ANO: 2020 Questão Inédita

Assinale o conceito correto de confissão implícita:

A) aquela feita perante a autoridade judiciária, na presença do defensor do acusado. Se


produzida diante de autoridade judicial competente será a confissão judicial própria; se
produzida perante autoridade incompetente, será judicial imprópria
B) feita de maneira evidente, ou seja, quando o acusado confessa a prática do fato delituoso
sem dubiedades.
c) ocorre quando o acusado paga a indenização. No âmbito do processo penal, essa
confissão não tem qualquer valor
D) ocorre quando o acusado confessa a prática do fato delituoso, porém não invoca qualquer
excludente da ilicitude ou da culpabilidade em seu benefício.

19. ANO: 2020 Questão Inédita

Assinale a alternativa que traz as características da confissão:

A) Ato personalíssimo, livre, irretratável e indivisível


B) Ato personalíssimo, condicional, retratável e divisível
C) Ato personalíssimo, espontâneo, retratável e divisível

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D) Ato personalíssimo, espontâneo, irretratável e divisível

20. ANO: 2012 BANCA: TJ-SC ÓRGÃO: TJ-SC PROVA: TJ-SC - 2012 - TJ-SC -
TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS - REMOÇÃO
Não raras vezes depara-se o julgador com a confissão do acusado quanto à autoria do crime.
É correto afirmar:

A) A confissão feita na fase judicial tem caráter absoluto.


B) A confissão deve ser apurada mediante a compatibilidade ou concordância com as
demais provas do processo.
C) A confissão feita na fase judicial é retratável, mas indivisível.
D) A confissão realizada fora do interrogatório não demanda tomada por termo nos autos
para ser válida.

GABARITO

1. Errado
2. Errado
3. Errado
4. Certo
5. Errado
6. Certo
7. Errado
8. Errado
9. Certo
10. Errado
11. B
12. C
13. D
14. A
15. D
16. C
17. A
18. C
19. C
20. B

QUESTÕES COMENTADAS
1- De acordo com o instituto da confissão, julgue o item abaixo:

A confissão, de acordo com o Código de Processo Penal, é indivisível, mas


retratável.

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

MUDE SUA VIDA!


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A confissão, de acordo com o Código de Processo Penal, é divisível e


retratável. Artigo 200 CPP

SOLUÇÃO COMPLETA

De acordo com Aury Lopes Jr (p. 724, 2020) A própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.

Quanto à classificação da confissão, é importante trazer os ensinamentos de


Renato Brasileiro (p. 758, 2020):
1) Confissão extrajudicial: é aquela feita fora do processo penal,
geralmente perante a autoridade policial, sem a observância do contraditório e da
ampla defesa. Produzida que é na fase investigatória, sem a presença dialética
das partes, conclui-se que uma confissão extrajudicial não pode, de per si,
fundamentar um decreto condenatório, sob pena, aliás, de violação ao preceito do
art. 155, caput, do CPP. Em duas situações, todavia, a jurisprudência tem
admitido a valoração da confissão extrajudicial: a) no plenário do júri, em virtude
do sistema da íntima convicção do juiz, que vigora em relação à decisão dos
jurados; b) quando a confissão extrajudicial é feita na presença de defensor.

2) Confissão judicial: é aquela feita perante a autoridade judiciária, na


presença do defensor do acusado. Se produzida diante de autoridade judicial
competente será a confissão judicial própria; se produzida perante autoridade
incompetente, será judicial imprópria;
3) Confissão explícita: feita de maneira evidente, ou seja, quando o
acusado confessa a prática do fato delituoso sem dubiedades.
4) Confissão implícita: ocorre quando o acusado paga a indenização. No
âmbito do processo penal, essa confissão não tem qualquer valor.
5) Confissão simples: ocorre quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso, porém não invoca qualquer excludente da ilicitude ou da culpabilidade
em seu benefício.
6) Confissão qualificada: ocorre quando o acusado confessa a prática do
fato delituoso, mas alega que o praticou acobertado por uma excludente da
ilicitude ou da culpabilidade. Na visão do STJ, quando efetivamente utilizada como

MUDE SUA VIDA!


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elemento de convicção, a confissão qualificada também pode ensejar a aplicação


da atenuante prevista na alínea d do inciso III do artigo 65 do CP;216
7) Confissão ficta: ocorre quando o acusado não contesta os fatos que lhe
são imputados. No âmbito do processo penal, em virtude da regra probatória que
deriva do princípio da presunção de inocência, não há falar em confissão ficta.
8) Confissão delatória: também conhecida como chamamento de corréu ou
delação premiada, ocorre quando o acusado confessa a prática do fato delituoso e
delata coautores e partícipes.

Já em relação às características desse instituto, temos:

a) Ato personalíssimo: somente o acusado pode confessar a prática do


fato delituoso, sendo inviável que outorgue poderes a seu advogado para fazê-lo;
b) Ato livre e espontâneo: não pode haver qualquer forma de
constrangimento físico e/ou moral para que o acusado confesse a prática do fato
delituoso. Aliás, de acordo com o art. 1º, inciso I, da Lei nº 9.455/97, constitui
crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,
causando-lhe sofrimento físico ou mental com o fim de obter informação,
declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa.
c) Ato retratável: é perfeitamente possível que o acusado, após confessar
o fato delituoso, resolva se retratar;
d) Ato divisível: o acusado pode confessar a prática de um fato delituoso e
negar o cometimento de outro, como também pode confessar todos os fatos
delituosos que lhe são atribuídos, razão pela qual se diz que a confissão é um ato
divisível. É o que dispõe o art. 200 do CPP, segundo o qual a confissão será
divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no
exame das provas em conjunto.

2. De acordo com o instituto da confissão, julgue o item abaixo:

Confissão é um instituto formal do Processo Penal que deve ser oferecida


livremente pelo réu, sem qualquer coação.

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Confissão é um instituto informal do Processo Penal que deve ser oferecida


livremente pelo réu, sem qualquer coação.

SOLUÇÃO COMPLETA

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De acordo com Aury Lopes Jr (p. 724, 2020) A própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.

Quanto à classificação da confissão, é importante trazer os ensinamentos de


Renato Brasileiro (p. 758, 2020):
1) Confissão extrajudicial: é aquela feita fora do processo penal,
geralmente perante a autoridade policial, sem a observância do contraditório e da
ampla defesa. Produzida que é na fase investigatória, sem a presença dialética
das partes, conclui-se que uma confissão extrajudicial não pode, de per si,
fundamentar um decreto condenatório, sob pena, aliás, de violação ao preceito do
art. 155, caput, do CPP. Em duas situações, todavia, a jurisprudência tem
admitido a valoração da confissão extrajudicial: a) no plenário do júri, em virtude
do sistema da íntima convicção do juiz, que vigora em relação à decisão dos
jurados; b) quando a confissão extrajudicial é feita na presença de defensor.

2) Confissão judicial: é aquela feita perante a autoridade judiciária, na


presença do defensor do acusado. Se produzida diante de autoridade judicial
competente será a confissão judicial própria; se produzida perante autoridade
incompetente, será judicial imprópria;
3) Confissão explícita: feita de maneira evidente, ou seja, quando o
acusado confessa a prática do fato delituoso sem dubiedades.
4) Confissão implícita: ocorre quando o acusado paga a indenização. No
âmbito do processo penal, essa confissão não tem qualquer valor.
5) Confissão simples: ocorre quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso, porém não invoca qualquer excludente da ilicitude ou da culpabilidade
em seu benefício.
6) Confissão qualificada: ocorre quando o acusado confessa a prática do
fato delituoso, mas alega que o praticou acobertado por uma excludente da
ilicitude ou da culpabilidade. Na visão do STJ, quando efetivamente utilizada como
elemento de convicção, a confissão qualificada também pode ensejar a aplicação
da atenuante prevista na alínea d do inciso III do artigo 65 do CP;216
7) Confissão ficta: ocorre quando o acusado não contesta os fatos que lhe
são imputados. No âmbito do processo penal, em virtude da regra probatória que
deriva do princípio da presunção de inocência, não há falar em confissão ficta.

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8) Confissão delatória: também conhecida como chamamento de corréu ou


delação premiada, ocorre quando o acusado confessa a prática do fato delituoso e
delata coautores e partícipes.

Já em relação às características desse instituto, temos:

a) Ato personalíssimo: somente o acusado pode confessar a prática do


fato delituoso, sendo inviável que outorgue poderes a seu advogado para fazê-lo;
b) Ato livre e espontâneo: não pode haver qualquer forma de
constrangimento físico e/ou moral para que o acusado confesse a prática do fato
delituoso. Aliás, de acordo com o art. 1º, inciso I, da Lei nº 9.455/97, constitui
crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,
causando-lhe sofrimento físico ou mental com o fim de obter informação,
declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa.
c) Ato retratável: é perfeitamente possível que o acusado, após confessar
o fato delituoso, resolva se retratar;
d) Ato divisível: o acusado pode confessar a prática de um fato delituoso e
negar o cometimento de outro, como também pode confessar todos os fatos
delituosos que lhe são atribuídos, razão pela qual se diz que a confissão é um ato
divisível. É o que dispõe o art. 200 do CPP, segundo o qual a confissão será
divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no
exame das provas em conjunto.

3- De acordo com o instituto da confissão, julgue o item abaixo:

A confissão não poderá ser feita fora do interrogatório.


GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

A confissão poderá ser feita fora do interrogatório. Artigo 199 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

De acordo com Aury Lopes Jr (p. 724, 2020) A própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,

MUDE SUA VIDA!


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felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não


deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.

Quanto à classificação da confissão, é importante trazer os ensinamentos de


Renato Brasileiro (p. 758, 2020):
1) Confissão extrajudicial: é aquela feita fora do processo penal,
geralmente perante a autoridade policial, sem a observância do contraditório e da
ampla defesa. Produzida que é na fase investigatória, sem a presença dialética
das partes, conclui-se que uma confissão extrajudicial não pode, de per si,
fundamentar um decreto condenatório, sob pena, aliás, de violação ao preceito do
art. 155, caput, do CPP. Em duas situações, todavia, a jurisprudência tem
admitido a valoração da confissão extrajudicial: a) no plenário do júri, em virtude
do sistema da íntima convicção do juiz, que vigora em relação à decisão dos
jurados; b) quando a confissão extrajudicial é feita na presença de defensor.

2) Confissão judicial: é aquela feita perante a autoridade judiciária, na


presença do defensor do acusado. Se produzida diante de autoridade judicial
competente será a confissão judicial própria; se produzida perante autoridade
incompetente, será judicial imprópria;
3) Confissão explícita: feita de maneira evidente, ou seja, quando o
acusado confessa a prática do fato delituoso sem dubiedades.
4) Confissão implícita: ocorre quando o acusado paga a indenização. No
âmbito do processo penal, essa confissão não tem qualquer valor.
5) Confissão simples: ocorre quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso, porém não invoca qualquer excludente da ilicitude ou da culpabilidade
em seu benefício.
6) Confissão qualificada: ocorre quando o acusado confessa a prática do
fato delituoso, mas alega que o praticou acobertado por uma excludente da
ilicitude ou da culpabilidade. Na visão do STJ, quando efetivamente utilizada como
elemento de convicção, a confissão qualificada também pode ensejar a aplicação
da atenuante prevista na alínea d do inciso III do artigo 65 do CP;216
7) Confissão ficta: ocorre quando o acusado não contesta os fatos que lhe
são imputados. No âmbito do processo penal, em virtude da regra probatória que
deriva do princípio da presunção de inocência, não há falar em confissão ficta.
8) Confissão delatória: também conhecida como chamamento de corréu ou
delação premiada, ocorre quando o acusado confessa a prática do fato delituoso e
delata coautores e partícipes.

Já em relação às características desse instituto, temos:

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a) Ato personalíssimo: somente o acusado pode confessar a prática do


fato delituoso, sendo inviável que outorgue poderes a seu advogado para fazê-lo;
b) Ato livre e espontâneo: não pode haver qualquer forma de
constrangimento físico e/ou moral para que o acusado confesse a prática do fato
delituoso. Aliás, de acordo com o art. 1º, inciso I, da Lei nº 9.455/97, constitui
crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,
causando-lhe sofrimento físico ou mental com o fim de obter informação,
declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa.
c) Ato retratável: é perfeitamente possível que o acusado, após confessar
o fato delituoso, resolva se retratar;
d) Ato divisível: o acusado pode confessar a prática de um fato delituoso e
negar o cometimento de outro, como também pode confessar todos os fatos
delituosos que lhe são atribuídos, razão pela qual se diz que a confissão é um ato
divisível. É o que dispõe o art. 200 do CPP, segundo o qual a confissão será
divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no
exame das provas em conjunto.

Veja o que preceitua o Código de Processo Penal:

Art. 199. A confissão, quando feita fora do interrogatório, será tomada por
termo nos autos, observado o disposto no art. 195.

4- De acordo com o que preceitua o Código de Processo Penal, julgue o item abaixo:

Não é possível fazer confissão por mandato ou representante, devendo ser


realizada pessoalmente.
GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

A confissão é ato formal não podendo ser realizada por mandatário ou


representante.

SOLUÇÃO COMPLETA

Veja as características da confissão:

a) Ato personalíssimo: somente o acusado pode confessar a prática do


fato delituoso, sendo inviável que outorgue poderes a seu advogado para fazê-lo;
b) Ato livre e espontâneo: não pode haver qualquer forma de
constrangimento físico e/ou moral para que o acusado confesse a prática do fato

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delituoso. Aliás, de acordo com o art. 1º, inciso I, da Lei nº 9.455/97, constitui
crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,
causando-lhe sofrimento físico ou mental com o fim de obter informação,
declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa.
c) Ato retratável: é perfeitamente possível que o acusado, após confessar
o fato delituoso, resolva se retratar;
d) Ato divisível: o acusado pode confessar a prática de um fato delituoso e
negar o cometimento de outro, como também pode confessar todos os fatos
delituosos que lhe são atribuídos, razão pela qual se diz que a confissão é um ato
divisível. É o que dispõe o art. 200 do CPP, segundo o qual a confissão será
divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no
exame das provas em conjunto.

5- De acordo com a classificação da confissão, julgue o item abaixo:

A confissão será simples quando o réu confessar o crime que está descrito na inicial
acusatória. Por outro lado, será qualificada quando houver confirmação de vários fatos
que são objetos do mesmo processo.
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

A confissão será simples quando o réu confessar o crime que está descrito
na inicial acusatória. Por outro lado, será qualificada o réu confessar os fatos mas
alega excludente de ilicitude ou culpabilidade.

SOLUÇÃO COMPLETA

De acordo com Aury Lopes Jr (p. 724, 2020) A própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.

Quanto à classificação da confissão, é importante trazer os ensinamentos de


Renato Brasileiro (p. 758, 2020):
1) Confissão extrajudicial: é aquela feita fora do processo penal,
geralmente perante a autoridade policial, sem a observância do contraditório e da
ampla defesa. Produzida que é na fase investigatória, sem a presença dialética

MUDE SUA VIDA!


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das partes, conclui-se que uma confissão extrajudicial não pode, de per si,
fundamentar um decreto condenatório, sob pena, aliás, de violação ao preceito do
art. 155, caput, do CPP. Em duas situações, todavia, a jurisprudência tem
admitido a valoração da confissão extrajudicial: a) no plenário do júri, em virtude
do sistema da íntima convicção do juiz, que vigora em relação à decisão dos
jurados; b) quando a confissão extrajudicial é feita na presença de defensor.

2) Confissão judicial: é aquela feita perante a autoridade judiciária, na


presença do defensor do acusado. Se produzida diante de autoridade judicial
competente será a confissão judicial própria; se produzida perante autoridade
incompetente, será judicial imprópria;
3) Confissão explícita: feita de maneira evidente, ou seja, quando o
acusado confessa a prática do fato delituoso sem dubiedades.
4) Confissão implícita: ocorre quando o acusado paga a indenização. No
âmbito do processo penal, essa confissão não tem qualquer valor.
5) Confissão simples: ocorre quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso, porém não invoca qualquer excludente da ilicitude ou da culpabilidade
em seu benefício.
6) Confissão qualificada: ocorre quando o acusado confessa a prática do
fato delituoso, mas alega que o praticou acobertado por uma excludente da
ilicitude ou da culpabilidade. Na visão do STJ, quando efetivamente utilizada como
elemento de convicção, a confissão qualificada também pode ensejar a aplicação
da atenuante prevista na alínea d do inciso III do artigo 65 do CP;216
7) Confissão ficta: ocorre quando o acusado não contesta os fatos que lhe
são imputados. No âmbito do processo penal, em virtude da regra probatória que
deriva do princípio da presunção de inocência, não há falar em confissão ficta.
8) Confissão delatória: também conhecida como chamamento de corréu ou
delação premiada, ocorre quando o acusado confessa a prática do fato delituoso e
delata coautores e partícipes.

6- Julgue o item abaixo:

O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os outros elementos de


prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la com as demais provas do
processo, verificando se entre ela e essas existe compatibilidade ou concordância.
GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA
Certo. Artigo 197 CPP.

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SOLUÇÃO COMPLETA

De acordo com Aury Lopes Jr (p. 724, 2020) A própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.
Veja o que traz o Código de Processo Penal:

CAPÍTULO IV

DA CONFISSÃO

Art. 197. O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os


outros elementos de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la
com as demais provas do processo, verificando se entre ela e estas existe
compatibilidade ou concordância.

7- Julgue o item abaixo:

O ofendido pela infração penal será testemunha do processo e deverá prestar


compromisso de dizer a verdade sob pena de cometer crime de falso testemunho.
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado pois o ofendido não possui compromisso de dizer a verdade.

SOLUÇÃO COMPLETA
Veja o que preceitua Aury Lopes Jr em relação à vitima:

Na sistemática do CPP, vítima (ofendido) não é considerada testemunha,


tanto que merece tratamento diferenciado. A vítima não presta compromisso de
dizer a verdade e tampouco pode ser responsabilizada pelo delito de falso
testemunho (mas sim pelo crime de denunciação caluniosa, art. 339 do CP,
conforme o caso). Também não é computada no limite numérico das
testemunhas.
A vítima não pode negar-se a comparecer para depor (art. 201, § 1º), sob
pena de condução (inclusive na fase policial). Poderá, contudo, pedir que o réu

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seja retirado da sala de audiências no momento em que for depor, se a presença


daquele influir no seu estado de ânimo ao depor (art. 217 por analogia). Aplica-
se, ainda, por analogia, o disposto nos arts. 220 a 225 do CPP quando do
depoimento da vítima.
Tampouco pode invocar “direito de silêncio”, pois essa é uma
garantia que apenas o imputado possui.
O art. 198 do CPP deve ser lido à luz do direito constitucional de silêncio e
em conformidade com a estrutura do devido processo. Assim, o silêncio não
importará confissão, e tampouco pode ser (des)valorado pelo juiz. Ou seja, é
substancialmente inconstitucional a última parte do referido artigo, quando afirma
que o silêncio do acusado “poderá constituir elemento para a formação do
convencimento do juiz”. Não, isso não sobrevive a uma filtragem constitucional.
Assim, o silêncio não pode prejudicar, em nenhuma hipótese, o réu, e tampouco
pode ser utilizado como elemento para o convencimento do juiz.

8- Analise a assertiva abaixo:

No processo penal, ofendido e réu possuem a garantia de invocar direito ao


silencio.

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado pois o direito ao silencio é prerrogativa do réu.

SOLUÇÃO COMPLETA

Veja o que preceitua Aury Lopes Jr em relação à vitima:

Na sistemática do CPP, vítima (ofendido) não é considerada testemunha,


tanto que merece tratamento diferenciado. A vítima não presta compromisso de
dizer a verdade e tampouco pode ser responsabilizada pelo delito de falso
testemunho (mas sim pelo crime de denunciação caluniosa, art. 339 do CP,
conforme o caso). Também não é computada no limite numérico das
testemunhas.
A vítima não pode negar-se a comparecer para depor (art. 201, § 1º), sob
pena de condução (inclusive na fase policial). Poderá, contudo, pedir que o réu
seja retirado da sala de audiências no momento em que for depor, se a presença
daquele influir no seu estado de ânimo ao depor (art. 217 por analogia). Aplica-
se, ainda, por analogia, o disposto nos arts. 220 a 225 do CPP quando do
depoimento da vítima.
Tampouco pode invocar “direito de silêncio”, pois essa é uma garantia que
apenas o imputado possui.

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O art. 198 do CPP deve ser lido à luz do direito constitucional de silêncio e
em conformidade com a estrutura do devido processo. Assim, o silêncio não
importará confissão, e tampouco pode ser (des)valorado pelo juiz. Ou seja, é
substancialmente inconstitucional a última parte do referido artigo, quando afirma
que o silêncio do acusado “poderá constituir elemento para a formação do
convencimento do juiz”. Não, isso não sobrevive a uma filtragem constitucional.
Assim, o silêncio não pode prejudicar, em nenhuma hipótese, o réu, e tampouco
pode ser utilizado como elemento para o convencimento do juiz.

9- De acordo com o valor conferido à confissão pelo Código de Processo Penal,


julgue o item abaixo:

O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os outros elementos de


prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la com as demais provas do
processo, verificando se entre ela e estas existe compatibilidade ou concordância.
GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA
Certo. Artigo 197 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

De acordo com Aury Lopes Jr (p. 724, 2020) A própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.
O art. 198 do CPP deve ser lido à luz do direito constitucional de silêncio e
em conformidade com a estrutura do devido processo. Assim, o silêncio não
importará confissão, e tampouco pode ser (des)valorado pelo juiz. Ou seja, é
substancialmente inconstitucional a última parte do referido artigo, quando afirma
que o silêncio do acusado “poderá constituir elemento para a formação do
convencimento do juiz”. Não, isso não sobrevive a uma filtragem constitucional.
Assim, o silêncio não pode prejudicar, em nenhuma hipótese, o réu, e tampouco
pode ser utilizado como elemento para o convencimento do juiz.
A questão traz, in verbis, o que preceitua o Código de Processo Penal,
observe:

CAPÍTULO IV

DA CONFISSÃO

Art. 197. O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os


outros elementos de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la

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com as demais provas do processo, verificando se entre ela e estas existe


compatibilidade ou concordância.

10- Em relação à vitima no processo penal, julgue:

O ofendido não pode ser objeto de condução coercitiva


GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. Pode ser. Artigo 201 § 1 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com Renato Brasileiro (p. 160, 2020) pela própria disposição do
Código de Processo Penal, percebe-se que o ofendido não deve ser confundido
com as testemunhas. O ofendido está previsto no Capítulo V do Título VII (“Da
prova”) do CPP; a prova testemunhal está prevista no Capítulo VI (“Das
testemunhas”) do mesmo Título. Logo, ofendido não é testemunha, razão pela
qual não presta compromisso legal de dizer a verdade, não sendo computado para
efeito do número máximo de testemunhas, e nem tampouco respondendo pelo
crime de falso testemunho.
Caso o ofendido tenha sido intimado para prestar suas declarações e não
compareça, é possível que a autoridade determine sua condução coercitiva (CPP,
art. 201, § 1º). Essa condução coercitiva pode ser determinada até mesmo para
fins de realização de exame pericial, salvo se o exame for invasivo (v.g., exame
de corpo de delito em um crime de estupro), hipótese em que sua realização está
condicionada à aquiescência da vítima. É nesse sentido que traz o Código de
Processo Penal:

Art. 201. Sempre que possível, o ofendido será qualificado e perguntado


sobre as circunstâncias da infração, quem seja ou presuma ser o seu autor, as
provas que possa indicar, tomando-se por termo as suas declarações.

§ 1o Se, intimado para esse fim, deixar de comparecer sem motivo justo, o
ofendido poderá ser conduzido à presença da autoridade

11- De acordo com o instituto da confissão, assinale a alternativa errada:


A) O silêncio do acusado não importará confissão
B) A confissão não precisa ser tomada por termo quando feita fora do
interrogatório
C) A confissão será divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do
juiz, fundado no exame das provas em conjunto.
D) O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os outros elementos
de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la com as demais provas do
processo, verificando se entre ela e estas existe compatibilidade ou concordância.
GABARITO LETRA B

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SOLUÇÃO RÁPIDA

A) O silêncio do acusado não importará confissão (errado)


Certo, não devendo ser assinalado como gabarito da questão que busca a
errada. Artigo 198 CPP.

B) A confissão não precisa ser tomada por termo quando feita fora
do interrogatório (certo)
Errado, devendo ser assinalado como gabarito. Artigo 199 CPP.

C) A confissão será divisível e retratável, sem prejuízo do livre


convencimento do juiz, fundado no exame das provas em conjunto.
(errado)
Certo, não devendo ser assinalado como gabarito da questão que busca a
errada. Artigo 200 CPP.

D) O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os


outros elementos de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá
confrontá-la com as demais provas do processo, verificando se entre ela e
estas existe compatibilidade ou concordância. (errado)
Certo, não devendo ser assinalado como gabarito da questão que busca a
errada. Artigo 197 CPP.
SOLUÇÃO COMPLETA

A) O silêncio do acusado não importará confissão (errado)


De acordo com Aury Lopes Jr (p. 724, 2020) A própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.
Veja o que preceitua o CPP:

Art. 197. O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os


outros elementos de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la
com as demais provas do processo, verificando se entre ela e estas existe
compatibilidade ou concordância.

Art. 198. O silêncio do acusado não importará confissão, mas poderá


constituir elemento para a formação do convencimento do juiz.

B) A confissão não precisa ser tomada por termo quando feita fora
do interrogatório (certo)

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De acordo com Aury Lopes Jr (p. 724, 2020) A própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.
Veja o que preceitua o CPP:

Art. 197. O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os


outros elementos de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la
com as demais provas do processo, verificando se entre ela e estas existe
compatibilidade ou concordância.

Art. 198. O silêncio do acusado não importará confissão, mas poderá


constituir elemento para a formação do convencimento do juiz.

Art. 199. A confissão, quando feita fora do interrogatório, será


tomada por termo nos autos, observado o disposto no art. 195.

C) A confissão será divisível e retratável, sem prejuízo do livre


convencimento do juiz, fundado no exame das provas em conjunto.
(errado)
De acordo com Aury Lopes Jr (p. 724, 2020) A própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.
Veja o que preceitua o CPP:

Art. 200. A confissão será divisível e retratável, sem prejuízo do


livre convencimento do juiz, fundado no exame das provas em conjunto.

D) O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os


outros elementos de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá
confrontá-la com as demais provas do processo, verificando se entre ela e
estas existe compatibilidade ou concordância. (errado)
De acordo com Aury Lopes Jr (p. 724, 2020) A própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,

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felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não


deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.
Veja o que preceitua o CPP:

Art. 197. O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados


para os outros elementos de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá
confrontá-la com as demais provas do processo, verificando se entre ela e
estas existe compatibilidade ou concordância.

12- A confissão no processo penal:

A) É indivisível e irretratável
B) É indivisível e retratável
C) É divisível e retratável
D) É indivisível sem prejuízo do livre convencimento do juiz

GABARITO LETRA C

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) É indivisível e irretratável (errado)


Errado. Artigo 200 CPP
B) É indivisível e retratável (errado)
Errado. Artigo 200 CPP

C) É divisível e retratável (certo)


Certo. Artigo 200 CPP

D) É indivisível sem prejuízo do livre convencimento do juiz (errado)


Errado. Artigo 200 CPP

SOLUÇÃO COMPLETA

A) É indivisível e irretratável (errado)


De acordo com Aury Lopes Jr (p. 724, 2020) A própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.
Veja o que preceitua o CPP:

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Art. 200. A confissão será divisível e retratável, sem prejuízo do livre


convencimento do juiz, fundado no exame das provas em conjunto.

B) É indivisível e retratável (errado)


De acordo com Aury Lopes Jr (p. 724, 2020) A própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.
Veja o que preceitua o CPP:

Art. 200. A confissão será divisível e retratável, sem prejuízo do livre


convencimento do juiz, fundado no exame das provas em conjunto.

C) É divisível e retratável (certo)


De acordo com Aury Lopes Jr (p. 724, 2020) A própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.
Veja o que preceitua o CPP:

Art. 200. A confissão será divisível e retratável, sem prejuízo do livre


convencimento do juiz, fundado no exame das provas em conjunto.

D) É indivisível sem prejuízo do livre convencimento do juiz (errado)


De acordo com Aury Lopes Jr (p. 724, 2020) A própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.
Veja o que preceitua o CPP:

Art. 200. A confissão será divisível e retratável, sem prejuízo do livre


convencimento do juiz, fundado no exame das provas em conjunto.

13- É correto afirmar em relação à provas no processo penal:

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A)O interrogatório do réu deve ser pessoal, não sendo admitida a sua realização por
videoconferência.
B)A confissão do réu é divisível e irretratável.
C)A acareação é admitida apenas entre ofendido e acusado e entre acusado e
testemunhas.
D)Deixando a infração vestígios, é indispensável o exame de corpo de delito, não
podendo supri-lo a confissão do acusado.

GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

É correto afirmar em relação à provas no processo penal:

A)O interrogatório do réu deve ser pessoal, não sendo admitida a


sua realização por videoconferência. (errado)
Errado. Artigo 185 §2 CPP.

B)A confissão do réu é divisível e irretratável. (errado)


Errado. Artigo 200 CPP

C)A acareação é admitida apenas entre ofendido e acusado e entre


acusado e testemunhas. (errado)
Errado. Artigo 158 CPP.

D)Deixando a infração vestígios, é indispensável o exame de corpo


de delito, não podendo supri-lo a confissão do acusado. (certo)
Certo. Artigo 158 CPP.
SOLUÇÃO COMPLETA
É correto afirmar em relação à provas no processo penal:

A)O interrogatório do réu deve ser pessoal, não sendo admitida a


sua realização por videoconferência.
De acordo com o que preceitua o artigo 185 §2 do CPP:

§ 2o Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício ou a


requerimento das partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema
de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e
imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária para atender a uma
das seguintes finalidades.

B)A confissão do réu é divisível e irretratável.


De acordo com Aury Lopes Jr (p. 724, 2020) A própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não

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deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.
Veja o que preceitua o CPP:

Art. 200. A confissão será divisível e retratável, sem prejuízo do livre


convencimento do juiz, fundado no exame das provas em conjunto.

C)A acareação é admitida apenas entre ofendido e acusado e entre


acusado e testemunhas.
Renato Brasileiro (p. 786, 2020) cita Mirabete para ensinar o conceito da
acareação, que segue abaixo:

Acarear (ou acoroar) é pôr em presença uma da outra, face a face, pessoas
cujas declarações são divergentes. A acareação é, portanto, o ato processual
consistente na confrontação das declarações de dois ou mais acusados,
testemunhas ou ofendidos, já ouvidos, e destinado a obter o convencimento do
juiz sobre a verdade de algum fato em que as declarações dessas pessoas forem
divergentes.
De acordo com o art. 229 do CPP, a acareação será admitida entre
acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou
testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que
divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes. Como
se vê, então, a acareação pode ser feita:
a) entre os acusados;
b) entre o acusado e testemunha;
c) entre testemunhas;
d) entre acusado e ofendido;
e) entre as pessoas ofendidas;
f)entre testemunhas e ofendido.

Dois são os pressupostos para sua realização: 1) As pessoas a serem


acareadas (acusados, testemunhas e ofendidos) já devem ter prestado suas
declarações, perante o mesmo juízo e sobre os mesmos fatos e circunstâncias; 2)
Deve haver divergência sobre ponto relevante no relato dessas pessoas, ou seja,
é necessário que existam contradições ou versões discrepantes sobre fatos que
realmente interessem ao deslinde do processo.

D)Deixando a infração vestígios, é indispensável o exame de corpo


de delito, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
De acordo com Código de Processo Penal:

Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de


corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de


delito quando se tratar de crime que envolva
.

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14- A doutrina denomina “confissão qualificada” aquela em que o acusado

A) admite a prática criminosa, mas alega, em sua defesa, alguma causa que o
beneficia, como uma excludente de ilicitude.
B) não só confessa os fatos cometidos por si, mas também aponta os demais
coautores ou partícipes da empreitada criminosa.
C) fica em silêncio; contudo, tal modalidade não fora recepcionada pela
Constituição de 1988, que garante nenhum prejuízo ao acusado nesses casos.
D) colabora ativamente com a apuração do crime, inclusive interrompendo ou
impedindo que os fatos se consumem.

GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) admite a prática criminosa, mas alega, em sua defesa, alguma


causa que o beneficia, como uma excludente de ilicitude. (certo)
Certo. Conceito correto de confissão qualificada.

B) não só confessa os fatos cometidos por si, mas também aponta os


demais coautores ou partícipes da empreitada criminosa. (errado)
Errado. Conceito errado.

C) fica em silêncio; contudo, tal modalidade não fora recepcionada


pela Constituição de 1988, que garante nenhum prejuízo ao acusado
nesses casos. (errado)
Errado. Conceito errado.

D) colabora ativamente com a apuração do crime, inclusive


interrompendo ou impedindo que os fatos se consumem. (errado)
Errado. Conceito errado.

SOLUÇÃO COMPLETA

A) admite a prática criminosa, mas alega, em sua defesa, alguma


causa que o beneficia, como uma excludente de ilicitude. (certo)
De acordo com Aury Lopes Jr (p. 724, 2020) A própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.

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Quanto à classificação da confissão, é importante trazer os ensinamentos de


Renato Brasileiro (p. 758, 2020):
1) Confissão extrajudicial: é aquela feita fora do processo penal,
geralmente perante a autoridade policial, sem a observância do contraditório e da
ampla defesa. Produzida que é na fase investigatória, sem a presença dialética
das partes, conclui-se que uma confissão extrajudicial não pode, de per si,
fundamentar um decreto condenatório, sob pena, aliás, de violação ao preceito do
art. 155, caput, do CPP. Em duas situações, todavia, a jurisprudência tem
admitido a valoração da confissão extrajudicial: a) no plenário do júri, em virtude
do sistema da íntima convicção do juiz, que vigora em relação à decisão dos
jurados; b) quando a confissão extrajudicial é feita na presença de defensor.

2) Confissão judicial: é aquela feita perante a autoridade judiciária, na


presença do defensor do acusado. Se produzida diante de autoridade judicial
competente será a confissão judicial própria; se produzida perante autoridade
incompetente, será judicial imprópria;
3) Confissão explícita: feita de maneira evidente, ou seja, quando o
acusado confessa a prática do fato delituoso sem dubiedades.
4) Confissão implícita: ocorre quando o acusado paga a indenização. No
âmbito do processo penal, essa confissão não tem qualquer valor.
5) Confissão simples: ocorre quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso, porém não invoca qualquer excludente da ilicitude ou da culpabilidade
em seu benefício.
6) Confissão qualificada: ocorre quando o acusado confessa a prática do
fato delituoso, mas alega que o praticou acobertado por uma excludente da
ilicitude ou da culpabilidade. Na visão do STJ, quando efetivamente utilizada como
elemento de convicção, a confissão qualificada também pode ensejar a aplicação
da atenuante prevista na alínea d do inciso III do artigo 65 do CP;216
7) Confissão ficta: ocorre quando o acusado não contesta os fatos que lhe
são imputados. No âmbito do processo penal, em virtude da regra probatória que
deriva do princípio da presunção de inocência, não há falar em confissão ficta.
8) Confissão delatória: também conhecida como chamamento de corréu ou
delação premiada, ocorre quando o acusado confessa a prática do fato delituoso e
delata coautores e partícipes.

Já em relação às características desse instituto, temos:

a) Ato personalíssimo: somente o acusado pode confessar a prática do


fato delituoso, sendo inviável que outorgue poderes a seu advogado para fazê-lo;

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b) Ato livre e espontâneo: não pode haver qualquer forma de


constrangimento físico e/ou moral para que o acusado confesse a prática do fato
delituoso. Aliás, de acordo com o art. 1º, inciso I, da Lei nº 9.455/97, constitui
crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,
causando-lhe sofrimento físico ou mental com o fim de obter informação,
declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa.
c) Ato retratável: é perfeitamente possível que o acusado, após confessar
o fato delituoso, resolva se retratar;
d) Ato divisível: o acusado pode confessar a prática de um fato delituoso e
negar o cometimento de outro, como também pode confessar todos os fatos
delituosos que lhe são atribuídos, razão pela qual se diz que a confissão é um ato
divisível. É o que dispõe o art. 200 do CPP, segundo o qual a confissão será
divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no
exame das provas em conjunto.

B) não só confessa os fatos cometidos por si, mas também aponta os


demais coautores ou partícipes da empreitada criminosa. (errado)
De acordo com Aury Lopes Jr (p. 724, 2020) A própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.

Quanto à classificação da confissão, é importante trazer os ensinamentos de


Renato Brasileiro (p. 758, 2020):
1) Confissão extrajudicial: é aquela feita fora do processo penal, geralmente
perante a autoridade policial, sem a observância do contraditório e da ampla
defesa. Produzida que é na fase investigatória, sem a presença dialética das
partes, conclui-se que uma confissão extrajudicial não pode, de per si,
fundamentar um decreto condenatório, sob pena, aliás, de violação ao preceito do
art. 155, caput, do CPP. Em duas situações, todavia, a jurisprudência tem
admitido a valoração da confissão extrajudicial: a) no plenário do júri, em virtude
do sistema da íntima convicção do juiz, que vigora em relação à decisão dos
jurados; b) quando a confissão extrajudicial é feita na presença de defensor.

2) Confissão judicial: é aquela feita perante a autoridade judiciária, na


presença do defensor do acusado. Se produzida diante de autoridade judicial
competente será a confissão judicial própria; se produzida perante autoridade
incompetente, será judicial imprópria;
3) Confissão explícita: feita de maneira evidente, ou seja, quando o acusado
confessa a prática do fato delituoso sem dubiedades.

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4) Confissão implícita: ocorre quando o acusado paga a indenização. No


âmbito do processo penal, essa confissão não tem qualquer valor.
5) Confissão simples: ocorre quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso, porém não invoca qualquer excludente da ilicitude ou da culpabilidade
em seu benefício.
6) Confissão qualificada: ocorre quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso, mas alega que o praticou acobertado por uma excludente da ilicitude ou
da culpabilidade. Na visão do STJ, quando efetivamente utilizada como elemento
de convicção, a confissão qualificada também pode ensejar a aplicação da
atenuante prevista na alínea d do inciso III do artigo 65 do CP;216
7) Confissão ficta: ocorre quando o acusado não contesta os fatos que lhe
são imputados. No âmbito do processo penal, em virtude da regra probatória que
deriva do princípio da presunção de inocência, não há falar em confissão ficta.
8) Confissão delatória: também conhecida como chamamento de corréu ou
delação premiada, ocorre quando o acusado confessa a prática do fato delituoso e
delata coautores e partícipes.

Já em relação às características desse instituto, temos:

a) Ato personalíssimo: somente o acusado pode confessar a prática do fato


delituoso, sendo inviável que outorgue poderes a seu advogado para fazê-lo;
b) Ato livre e espontâneo: não pode haver qualquer forma de
constrangimento físico e/ou moral para que o acusado confesse a prática do fato
delituoso. Aliás, de acordo com o art. 1º, inciso I, da Lei nº 9.455/97, constitui
crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,
causando-lhe sofrimento físico ou mental com o fim de obter informação,
declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa.
c) Ato retratável: é perfeitamente possível que o acusado, após confessar o
fato delituoso, resolva se retratar;
d) Ato divisível: o acusado pode confessar a prática de um fato delituoso e
negar o cometimento de outro, como também pode confessar todos os fatos
delituosos que lhe são atribuídos, razão pela qual se diz que a confissão é um ato
divisível. É o que dispõe o art. 200 do CPP, segundo o qual a confissão será
divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no
exame das provas em conjunto.

C) fica em silêncio; contudo, tal modalidade não fora recepcionada


pela Constituição de 1988, que garante nenhum prejuízo ao acusado
nesses casos. (errado)
De acordo com Aury Lopes Jr (p. 724, 2020) A própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não

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deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.

Quanto à classificação da confissão, é importante trazer os ensinamentos de


Renato Brasileiro (p. 758, 2020):
1) Confissão extrajudicial: é aquela feita fora do processo penal,
geralmente perante a autoridade policial, sem a observância do contraditório e da
ampla defesa. Produzida que é na fase investigatória, sem a presença dialética
das partes, conclui-se que uma confissão extrajudicial não pode, de per si,
fundamentar um decreto condenatório, sob pena, aliás, de violação ao preceito do
art. 155, caput, do CPP. Em duas situações, todavia, a jurisprudência tem
admitido a valoração da confissão extrajudicial: a) no plenário do júri, em virtude
do sistema da íntima convicção do juiz, que vigora em relação à decisão dos
jurados; b) quando a confissão extrajudicial é feita na presença de defensor.

2) Confissão judicial: é aquela feita perante a autoridade judiciária, na


presença do defensor do acusado. Se produzida diante de autoridade judicial
competente será a confissão judicial própria; se produzida perante autoridade
incompetente, será judicial imprópria;
3) Confissão explícita: feita de maneira evidente, ou seja, quando o
acusado confessa a prática do fato delituoso sem dubiedades.
4) Confissão implícita: ocorre quando o acusado paga a indenização. No
âmbito do processo penal, essa confissão não tem qualquer valor.
5) Confissão simples: ocorre quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso, porém não invoca qualquer excludente da ilicitude ou da culpabilidade
em seu benefício.
6) Confissão qualificada: ocorre quando o acusado confessa a prática do
fato delituoso, mas alega que o praticou acobertado por uma excludente da
ilicitude ou da culpabilidade. Na visão do STJ, quando efetivamente utilizada como
elemento de convicção, a confissão qualificada também pode ensejar a aplicação
da atenuante prevista na alínea d do inciso III do artigo 65 do CP;216
7) Confissão ficta: ocorre quando o acusado não contesta os fatos que lhe
são imputados. No âmbito do processo penal, em virtude da regra probatória que
deriva do princípio da presunção de inocência, não há falar em confissão ficta.
8) Confissão delatória: também conhecida como chamamento de corréu ou
delação premiada, ocorre quando o acusado confessa a prática do fato delituoso e
delata coautores e partícipes.

Já em relação às características desse instituto, temos:

MUDE SUA VIDA!


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a) Ato personalíssimo: somente o acusado pode confessar a prática do


fato delituoso, sendo inviável que outorgue poderes a seu advogado para fazê-lo;
b) Ato livre e espontâneo: não pode haver qualquer forma de
constrangimento físico e/ou moral para que o acusado confesse a prática do fato
delituoso. Aliás, de acordo com o art. 1º, inciso I, da Lei nº 9.455/97, constitui
crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,
causando-lhe sofrimento físico ou mental com o fim de obter informação,
declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa.
c) Ato retratável: é perfeitamente possível que o acusado, após confessar
o fato delituoso, resolva se retratar;
d) Ato divisível: o acusado pode confessar a prática de um fato delituoso e
negar o cometimento de outro, como também pode confessar todos os fatos
delituosos que lhe são atribuídos, razão pela qual se diz que a confissão é um ato
divisível. É o que dispõe o art. 200 do CPP, segundo o qual a confissão será
divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no
exame das provas em conjunto.

D) colabora ativamente com a apuração do crime, inclusive


interrompendo ou impedindo que os fatos se consumem. (errado)
De acordo com Aury Lopes Jr (p. 724, 2020) A própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.

Quanto à classificação da confissão, é importante trazer os ensinamentos de


Renato Brasileiro (p. 758, 2020):
1) Confissão extrajudicial: é aquela feita fora do processo penal,
geralmente perante a autoridade policial, sem a observância do contraditório e da
ampla defesa. Produzida que é na fase investigatória, sem a presença dialética
das partes, conclui-se que uma confissão extrajudicial não pode, de per si,
fundamentar um decreto condenatório, sob pena, aliás, de violação ao preceito do
art. 155, caput, do CPP. Em duas situações, todavia, a jurisprudência tem
admitido a valoração da confissão extrajudicial: a) no plenário do júri, em virtude
do sistema da íntima convicção do juiz, que vigora em relação à decisão dos
jurados; b) quando a confissão extrajudicial é feita na presença de defensor.

MUDE SUA VIDA!


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2) Confissão judicial: é aquela feita perante a autoridade judiciária, na


presença do defensor do acusado. Se produzida diante de autoridade judicial
competente será a confissão judicial própria; se produzida perante autoridade
incompetente, será judicial imprópria;
3) Confissão explícita: feita de maneira evidente, ou seja, quando o
acusado confessa a prática do fato delituoso sem dubiedades.
4) Confissão implícita: ocorre quando o acusado paga a indenização. No
âmbito do processo penal, essa confissão não tem qualquer valor.
5) Confissão simples: ocorre quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso, porém não invoca qualquer excludente da ilicitude ou da culpabilidade
em seu benefício.
6) Confissão qualificada: ocorre quando o acusado confessa a prática do
fato delituoso, mas alega que o praticou acobertado por uma excludente da
ilicitude ou da culpabilidade. Na visão do STJ, quando efetivamente utilizada como
elemento de convicção, a confissão qualificada também pode ensejar a aplicação
da atenuante prevista na alínea d do inciso III do artigo 65 do CP;216
7) Confissão ficta: ocorre quando o acusado não contesta os fatos que lhe
são imputados. No âmbito do processo penal, em virtude da regra probatória que
deriva do princípio da presunção de inocência, não há falar em confissão ficta.
8) Confissão delatória: também conhecida como chamamento de corréu ou
delação premiada, ocorre quando o acusado confessa a prática do fato delituoso e
delata coautores e partícipes.

Já em relação às características desse instituto, temos:

a) Ato personalíssimo: somente o acusado pode confessar a prática do


fato delituoso, sendo inviável que outorgue poderes a seu advogado para fazê-lo;
b) Ato livre e espontâneo: não pode haver qualquer forma de
constrangimento físico e/ou moral para que o acusado confesse a prática do fato
delituoso. Aliás, de acordo com o art. 1º, inciso I, da Lei nº 9.455/97, constitui
crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,
causando-lhe sofrimento físico ou mental com o fim de obter informação,
declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa.
c) Ato retratável: é perfeitamente possível que o acusado, após confessar
o fato delituoso, resolva se retratar;
d) Ato divisível: o acusado pode confessar a prática de um fato delituoso e
negar o cometimento de outro, como também pode confessar todos os fatos
delituosos que lhe são atribuídos, razão pela qual se diz que a confissão é um ato
divisível. É o que dispõe o art. 200 do CPP, segundo o qual a confissão será

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divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no


exame das provas em conjunto.

15- De acordo com a jurisprudência, a confissão extrajudicial:

A) Não pode fundamentar condenação em nenhuma hipótese


B) Pode fundamentar condenação somente no plenário do júri em virtude do
sistema da intima convicção do juiz
C) Pode fundamentar condenação somente quando realizada na presença de
defensor
D) Pode fundamentar condenação no plenário do júri em virtude do sistema da
intima convicção do juiz e quando realizada na presença de defensor

GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) Não pode fundamentar condenação em nenhuma hipótese


(errado)
Errado. Existem exceções.

B) Pode fundamentar condenação somente no plenário do júri em


virtude do sistema da intima convicção do juiz (errado)
Errado. Existe outra exceção também.

C) Pode fundamentar condenação somente quando realizada na


presença de defensor (errado)
Errado. Existe outra exceção também.

D) Pode fundamentar condenação no plenário do júri em virtude do


sistema da intima convicção do juiz e quando realizada na presença de
defensor (certo)
Certo. A regra é não poder fundamentar e as exceções são as duas narradas
na questão.

SOLUÇÃO COMPLETA

A) Não pode fundamentar condenação em nenhuma hipótese


(errado)
De acordo com Aury Lopes Jr (p. 724, 2020) A própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,

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felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não


deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.

Quanto à classificação da confissão, é importante trazer os ensinamentos de


Renato Brasileiro (p. 758, 2020):
1) Confissão extrajudicial: é aquela feita fora do processo penal, geralmente
perante a autoridade policial, sem a observância do contraditório e da ampla
defesa. Produzida que é na fase investigatória, sem a presença dialética das
partes, conclui-se que uma confissão extrajudicial não pode, de per si,
fundamentar um decreto condenatório, sob pena, aliás, de violação ao preceito do
art. 155, caput, do CPP. Em duas situações, todavia, a jurisprudência tem
admitido a valoração da confissão extrajudicial: a) no plenário do júri, em virtude
do sistema da íntima convicção do juiz, que vigora em relação à decisão dos
jurados; b) quando a confissão extrajudicial é feita na presença de defensor.

2) Confissão judicial: é aquela feita perante a autoridade judiciária, na


presença do defensor do acusado. Se produzida diante de autoridade judicial
competente será a confissão judicial própria; se produzida perante autoridade
incompetente, será judicial imprópria;
3) Confissão explícita: feita de maneira evidente, ou seja, quando o acusado
confessa a prática do fato delituoso sem dubiedades.
4) Confissão implícita: ocorre quando o acusado paga a indenização. No
âmbito do processo penal, essa confissão não tem qualquer valor.
5) Confissão simples: ocorre quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso, porém não invoca qualquer excludente da ilicitude ou da culpabilidade
em seu benefício.
6) Confissão qualificada: ocorre quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso, mas alega que o praticou acobertado por uma excludente da ilicitude ou
da culpabilidade. Na visão do STJ, quando efetivamente utilizada como elemento
de convicção, a confissão qualificada também pode ensejar a aplicação da
atenuante prevista na alínea d do inciso III do artigo 65 do CP;216
7) Confissão ficta: ocorre quando o acusado não contesta os fatos que lhe
são imputados. No âmbito do processo penal, em virtude da regra probatória que
deriva do princípio da presunção de inocência, não há falar em confissão ficta.
8) Confissão delatória: também conhecida como chamamento de corréu ou
delação premiada, ocorre quando o acusado confessa a prática do fato delituoso e
delata coautores e partícipes.

Já em relação às características desse instituto, temos:

MUDE SUA VIDA!


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a) Ato personalíssimo: somente o acusado pode confessar a prática do fato


delituoso, sendo inviável que outorgue poderes a seu advogado para fazê-lo;
b) Ato livre e espontâneo: não pode haver qualquer forma de
constrangimento físico e/ou moral para que o acusado confesse a prática do fato
delituoso. Aliás, de acordo com o art. 1º, inciso I, da Lei nº 9.455/97, constitui
crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,
causando-lhe sofrimento físico ou mental com o fim de obter informação,
declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa.
c) Ato retratável: é perfeitamente possível que o acusado, após confessar o
fato delituoso, resolva se retratar;
d) Ato divisível: o acusado pode confessar a prática de um fato delituoso e
negar o cometimento de outro, como também pode confessar todos os fatos
delituosos que lhe são atribuídos, razão pela qual se diz que a confissão é um ato
divisível. É o que dispõe o art. 200 do CPP, segundo o qual a confissão será
divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no
exame das provas em conjunto.

B) Pode fundamentar condenação somente no plenário do júri em


virtude do sistema da intima convicção do juiz (errado)
De acordo com Aury Lopes Jr (p. 724, 2020) A própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.

Quanto à classificação da confissão, é importante trazer os ensinamentos de


Renato Brasileiro (p. 758, 2020):
1) Confissão extrajudicial: é aquela feita fora do processo penal,
geralmente perante a autoridade policial, sem a observância do contraditório e da
ampla defesa. Produzida que é na fase investigatória, sem a presença dialética
das partes, conclui-se que uma confissão extrajudicial não pode, de per si,
fundamentar um decreto condenatório, sob pena, aliás, de violação ao preceito do
art. 155, caput, do CPP. Em duas situações, todavia, a jurisprudência tem
admitido a valoração da confissão extrajudicial: a) no plenário do júri, em virtude
do sistema da íntima convicção do juiz, que vigora em relação à decisão dos
jurados; b) quando a confissão extrajudicial é feita na presença de defensor.

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2) Confissão judicial: é aquela feita perante a autoridade judiciária, na


presença do defensor do acusado. Se produzida diante de autoridade judicial
competente será a confissão judicial própria; se produzida perante autoridade
incompetente, será judicial imprópria;
3) Confissão explícita: feita de maneira evidente, ou seja, quando o
acusado confessa a prática do fato delituoso sem dubiedades.
4) Confissão implícita: ocorre quando o acusado paga a indenização. No
âmbito do processo penal, essa confissão não tem qualquer valor.
5) Confissão simples: ocorre quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso, porém não invoca qualquer excludente da ilicitude ou da culpabilidade
em seu benefício.
6) Confissão qualificada: ocorre quando o acusado confessa a prática do
fato delituoso, mas alega que o praticou acobertado por uma excludente da
ilicitude ou da culpabilidade. Na visão do STJ, quando efetivamente utilizada como
elemento de convicção, a confissão qualificada também pode ensejar a aplicação
da atenuante prevista na alínea d do inciso III do artigo 65 do CP;216
7) Confissão ficta: ocorre quando o acusado não contesta os fatos que lhe
são imputados. No âmbito do processo penal, em virtude da regra probatória que
deriva do princípio da presunção de inocência, não há falar em confissão ficta.
8) Confissão delatória: também conhecida como chamamento de corréu ou
delação premiada, ocorre quando o acusado confessa a prática do fato delituoso e
delata coautores e partícipes.

Já em relação às características desse instituto, temos:

a) Ato personalíssimo: somente o acusado pode confessar a prática do


fato delituoso, sendo inviável que outorgue poderes a seu advogado para fazê-lo;
b) Ato livre e espontâneo: não pode haver qualquer forma de
constrangimento físico e/ou moral para que o acusado confesse a prática do fato
delituoso. Aliás, de acordo com o art. 1º, inciso I, da Lei nº 9.455/97, constitui
crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,
causando-lhe sofrimento físico ou mental com o fim de obter informação,
declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa.
c) Ato retratável: é perfeitamente possível que o acusado, após confessar
o fato delituoso, resolva se retratar;
d) Ato divisível: o acusado pode confessar a prática de um fato delituoso e
negar o cometimento de outro, como também pode confessar todos os fatos
delituosos que lhe são atribuídos, razão pela qual se diz que a confissão é um ato
divisível. É o que dispõe o art. 200 do CPP, segundo o qual a confissão será

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divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no


exame das provas em conjunto.

C) Pode fundamentar condenação somente quando realizada na


presença de defensor (errado)
De acordo com Aury Lopes Jr (p. 724, 2020) A própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.

Quanto à classificação da confissão, é importante trazer os ensinamentos de


Renato Brasileiro (p. 758, 2020):
1) Confissão extrajudicial: é aquela feita fora do processo penal,
geralmente perante a autoridade policial, sem a observância do contraditório e da
ampla defesa. Produzida que é na fase investigatória, sem a presença dialética
das partes, conclui-se que uma confissão extrajudicial não pode, de per si,
fundamentar um decreto condenatório, sob pena, aliás, de violação ao preceito do
art. 155, caput, do CPP. Em duas situações, todavia, a jurisprudência tem
admitido a valoração da confissão extrajudicial: a) no plenário do júri, em virtude
do sistema da íntima convicção do juiz, que vigora em relação à decisão dos
jurados; b) quando a confissão extrajudicial é feita na presença de defensor.

2) Confissão judicial: é aquela feita perante a autoridade judiciária, na


presença do defensor do acusado. Se produzida diante de autoridade judicial
competente será a confissão judicial própria; se produzida perante autoridade
incompetente, será judicial imprópria;
3) Confissão explícita: feita de maneira evidente, ou seja, quando o
acusado confessa a prática do fato delituoso sem dubiedades.
4) Confissão implícita: ocorre quando o acusado paga a indenização. No
âmbito do processo penal, essa confissão não tem qualquer valor.
5) Confissão simples: ocorre quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso, porém não invoca qualquer excludente da ilicitude ou da culpabilidade
em seu benefício.
6) Confissão qualificada: ocorre quando o acusado confessa a prática do
fato delituoso, mas alega que o praticou acobertado por uma excludente da
ilicitude ou da culpabilidade. Na visão do STJ, quando efetivamente utilizada como

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elemento de convicção, a confissão qualificada também pode ensejar a aplicação


da atenuante prevista na alínea d do inciso III do artigo 65 do CP;216
7) Confissão ficta: ocorre quando o acusado não contesta os fatos que lhe
são imputados. No âmbito do processo penal, em virtude da regra probatória que
deriva do princípio da presunção de inocência, não há falar em confissão ficta.
8) Confissão delatória: também conhecida como chamamento de corréu ou
delação premiada, ocorre quando o acusado confessa a prática do fato delituoso e
delata coautores e partícipes.

Já em relação às características desse instituto, temos:

a) Ato personalíssimo: somente o acusado pode confessar a prática do


fato delituoso, sendo inviável que outorgue poderes a seu advogado para fazê-lo;
b) Ato livre e espontâneo: não pode haver qualquer forma de
constrangimento físico e/ou moral para que o acusado confesse a prática do fato
delituoso. Aliás, de acordo com o art. 1º, inciso I, da Lei nº 9.455/97, constitui
crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,
causando-lhe sofrimento físico ou mental com o fim de obter informação,
declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa.
c) Ato retratável: é perfeitamente possível que o acusado, após confessar
o fato delituoso, resolva se retratar;
d) Ato divisível: o acusado pode confessar a prática de um fato delituoso e
negar o cometimento de outro, como também pode confessar todos os fatos
delituosos que lhe são atribuídos, razão pela qual se diz que a confissão é um ato
divisível. É o que dispõe o art. 200 do CPP, segundo o qual a confissão será
divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no
exame das provas em conjunto.

D) Pode fundamentar condenação no plenário do júri em virtude do


sistema da intima convicção do juiz e quando realizada na presença de
defensor (certo)
De acordo com Aury Lopes Jr (p. 724, 2020) A própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.

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Quanto à classificação da confissão, é importante trazer os ensinamentos de


Renato Brasileiro (p. 758, 2020):
1) Confissão extrajudicial: é aquela feita fora do processo penal,
geralmente perante a autoridade policial, sem a observância do contraditório e da
ampla defesa. Produzida que é na fase investigatória, sem a presença dialética
das partes, conclui-se que uma confissão extrajudicial não pode, de per si,
fundamentar um decreto condenatório, sob pena, aliás, de violação ao preceito do
art. 155, caput, do CPP. Em duas situações, todavia, a jurisprudência tem
admitido a valoração da confissão extrajudicial: a) no plenário do júri, em virtude
do sistema da íntima convicção do juiz, que vigora em relação à decisão dos
jurados; b) quando a confissão extrajudicial é feita na presença de defensor.

2) Confissão judicial: é aquela feita perante a autoridade judiciária, na


presença do defensor do acusado. Se produzida diante de autoridade judicial
competente será a confissão judicial própria; se produzida perante autoridade
incompetente, será judicial imprópria;
3) Confissão explícita: feita de maneira evidente, ou seja, quando o
acusado confessa a prática do fato delituoso sem dubiedades.
4) Confissão implícita: ocorre quando o acusado paga a indenização. No
âmbito do processo penal, essa confissão não tem qualquer valor.
5) Confissão simples: ocorre quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso, porém não invoca qualquer excludente da ilicitude ou da culpabilidade
em seu benefício.
6) Confissão qualificada: ocorre quando o acusado confessa a prática do
fato delituoso, mas alega que o praticou acobertado por uma excludente da
ilicitude ou da culpabilidade. Na visão do STJ, quando efetivamente utilizada como
elemento de convicção, a confissão qualificada também pode ensejar a aplicação
da atenuante prevista na alínea d do inciso III do artigo 65 do CP;216
7) Confissão ficta: ocorre quando o acusado não contesta os fatos que lhe
são imputados. No âmbito do processo penal, em virtude da regra probatória que
deriva do princípio da presunção de inocência, não há falar em confissão ficta.
8) Confissão delatória: também conhecida como chamamento de corréu ou
delação premiada, ocorre quando o acusado confessa a prática do fato delituoso e
delata coautores e partícipes.

Já em relação às características desse instituto, temos:

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fato delituoso, sendo inviável que outorgue poderes a seu advogado para fazê-lo;

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b) Ato livre e espontâneo: não pode haver qualquer forma de


constrangimento físico e/ou moral para que o acusado confesse a prática do fato
delituoso. Aliás, de acordo com o art. 1º, inciso I, da Lei nº 9.455/97, constitui
crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,
causando-lhe sofrimento físico ou mental com o fim de obter informação,
declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa.
c) Ato retratável: é perfeitamente possível que o acusado, após confessar
o fato delituoso, resolva se retratar;
d) Ato divisível: o acusado pode confessar a prática de um fato delituoso e
negar o cometimento de outro, como também pode confessar todos os fatos
delituosos que lhe são atribuídos, razão pela qual se diz que a confissão é um ato
divisível. É o que dispõe o art. 200 do CPP, segundo o qual a confissão será
divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no
exame das provas em conjunto.

16- A confissão extrajudicial:

A) Não é possível no Brasil


B) Não pode, de per si, jamais, fundamentar um decreto condenatório
C) Poderá ser valorada no plenário do júri, de acordo com o entendimento do
Supremo Tribunal
D) É realiza dentro do processo penal.

GABARITO LETRA C

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) Não é possível no Brasil (errado)


Errado, é possível.

B) Não pode, de per si, jamais, fundamentar um decreto


condenatório (errado)
Errado. Em regra, não poderá mas existem exceções

C) Poderá ser valorada no plenário do juri, de acordo com o


entendimento do Supremo Tribunal (certo)
Certo. Uma das exceções é a confissão extrajudicial no júri.

D) É realiza dentro do processo penal. (errado)


Errado. Realizada fora.

SOLUÇÃO COMPLETA

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A) Não é possível no Brasil (errado)


De acordo com Aury Lopes Jr (p. 724, 2020) A própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.

Quanto à classificação da confissão, é importante trazer os ensinamentos de


Renato Brasileiro (p. 758, 2020):
1) Confissão extrajudicial: é aquela feita fora do processo penal,
geralmente perante a autoridade policial, sem a observância do contraditório e da
ampla defesa. Produzida que é na fase investigatória, sem a presença dialética
das partes, conclui-se que uma confissão extrajudicial não pode, de per si,
fundamentar um decreto condenatório, sob pena, aliás, de violação ao preceito do
art. 155, caput, do CPP. Em duas situações, todavia, a jurisprudência tem
admitido a valoração da confissão extrajudicial: a) no plenário do júri, em virtude
do sistema da íntima convicção do juiz, que vigora em relação à decisão dos
jurados; b) quando a confissão extrajudicial é feita na presença de defensor.

2) Confissão judicial: é aquela feita perante a autoridade judiciária, na


presença do defensor do acusado. Se produzida diante de autoridade judicial
competente será a confissão judicial própria; se produzida perante autoridade
incompetente, será judicial imprópria;
3) Confissão explícita: feita de maneira evidente, ou seja, quando o
acusado confessa a prática do fato delituoso sem dubiedades.
4) Confissão implícita: ocorre quando o acusado paga a indenização. No
âmbito do processo penal, essa confissão não tem qualquer valor.
5) Confissão simples: ocorre quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso, porém não invoca qualquer excludente da ilicitude ou da culpabilidade
em seu benefício.
6) Confissão qualificada: ocorre quando o acusado confessa a prática do
fato delituoso, mas alega que o praticou acobertado por uma excludente da
ilicitude ou da culpabilidade. Na visão do STJ, quando efetivamente utilizada como
elemento de convicção, a confissão qualificada também pode ensejar a aplicação
da atenuante prevista na alínea d do inciso III do artigo 65 do CP;216

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7) Confissão ficta: ocorre quando o acusado não contesta os fatos que lhe
são imputados. No âmbito do processo penal, em virtude da regra probatória que
deriva do princípio da presunção de inocência, não há falar em confissão ficta.
8) Confissão delatória: também conhecida como chamamento de corréu ou
delação premiada, ocorre quando o acusado confessa a prática do fato delituoso e
delata coautores e partícipes.

Já em relação às características desse instituto, temos:

a) Ato personalíssimo: somente o acusado pode confessar a prática do


fato delituoso, sendo inviável que outorgue poderes a seu advogado para fazê-lo;
b) Ato livre e espontâneo: não pode haver qualquer forma de
constrangimento físico e/ou moral para que o acusado confesse a prática do fato
delituoso. Aliás, de acordo com o art. 1º, inciso I, da Lei nº 9.455/97, constitui
crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,
causando-lhe sofrimento físico ou mental com o fim de obter informação,
declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa.
c) Ato retratável: é perfeitamente possível que o acusado, após confessar
o fato delituoso, resolva se retratar;
d) Ato divisível: o acusado pode confessar a prática de um fato delituoso e
negar o cometimento de outro, como também pode confessar todos os fatos
delituosos que lhe são atribuídos, razão pela qual se diz que a confissão é um ato
divisível. É o que dispõe o art. 200 do CPP, segundo o qual a confissão será
divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no
exame das provas em conjunto.

B) Não pode, de per si, fundamentar um decreto condenatório


(errado)
De acordo com Aury Lopes Jr (p. 724, 2020) A própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.

Quanto à classificação da confissão, é importante trazer os ensinamentos de


Renato Brasileiro (p. 758, 2020):

MUDE SUA VIDA!


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1) Confissão extrajudicial: é aquela feita fora do processo penal,


geralmente perante a autoridade policial, sem a observância do contraditório e da
ampla defesa. Produzida que é na fase investigatória, sem a presença dialética
das partes, conclui-se que uma confissão extrajudicial não pode, de per si,
fundamentar um decreto condenatório, sob pena, aliás, de violação ao preceito do
art. 155, caput, do CPP. Em duas situações, todavia, a jurisprudência tem
admitido a valoração da confissão extrajudicial: a) no plenário do júri, em virtude
do sistema da íntima convicção do juiz, que vigora em relação à decisão dos
jurados; b) quando a confissão extrajudicial é feita na presença de defensor.

2) Confissão judicial: é aquela feita perante a autoridade judiciária, na


presença do defensor do acusado. Se produzida diante de autoridade judicial
competente será a confissão judicial própria; se produzida perante autoridade
incompetente, será judicial imprópria;
3) Confissão explícita: feita de maneira evidente, ou seja, quando o
acusado confessa a prática do fato delituoso sem dubiedades.
4) Confissão implícita: ocorre quando o acusado paga a indenização. No
âmbito do processo penal, essa confissão não tem qualquer valor.
5) Confissão simples: ocorre quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso, porém não invoca qualquer excludente da ilicitude ou da culpabilidade
em seu benefício.
6) Confissão qualificada: ocorre quando o acusado confessa a prática do
fato delituoso, mas alega que o praticou acobertado por uma excludente da
ilicitude ou da culpabilidade. Na visão do STJ, quando efetivamente utilizada como
elemento de convicção, a confissão qualificada também pode ensejar a aplicação
da atenuante prevista na alínea d do inciso III do artigo 65 do CP;216
7) Confissão ficta: ocorre quando o acusado não contesta os fatos que lhe
são imputados. No âmbito do processo penal, em virtude da regra probatória que
deriva do princípio da presunção de inocência, não há falar em confissão ficta.
8) Confissão delatória: também conhecida como chamamento de corréu ou
delação premiada, ocorre quando o acusado confessa a prática do fato delituoso e
delata coautores e partícipes.

Já em relação às características desse instituto, temos:

a) Ato personalíssimo: somente o acusado pode confessar a prática do


fato delituoso, sendo inviável que outorgue poderes a seu advogado para fazê-lo;
b) Ato livre e espontâneo: não pode haver qualquer forma de
constrangimento físico e/ou moral para que o acusado confesse a prática do fato
delituoso. Aliás, de acordo com o art. 1º, inciso I, da Lei nº 9.455/97, constitui

MUDE SUA VIDA!


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crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,


causando-lhe sofrimento físico ou mental com o fim de obter informação,
declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa.
c) Ato retratável: é perfeitamente possível que o acusado, após confessar
o fato delituoso, resolva se retratar;
d) Ato divisível: o acusado pode confessar a prática de um fato delituoso e
negar o cometimento de outro, como também pode confessar todos os fatos
delituosos que lhe são atribuídos, razão pela qual se diz que a confissão é um ato
divisível. É o que dispõe o art. 200 do CPP, segundo o qual a confissão será
divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no
exame das provas em conjunto.

C) Não poderá ser valorada no plenário do júri, de acordo com o


entendimento do Supremo Tribunal (certo)
De acordo com Aury Lopes Jr (p. 724, 2020) A própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.

Quanto à classificação da confissão, é importante trazer os ensinamentos de


Renato Brasileiro (p. 758, 2020):
1) Confissão extrajudicial: é aquela feita fora do processo penal,
geralmente perante a autoridade policial, sem a observância do contraditório e da
ampla defesa. Produzida que é na fase investigatória, sem a presença dialética
das partes, conclui-se que uma confissão extrajudicial não pode, de per si,
fundamentar um decreto condenatório, sob pena, aliás, de violação ao preceito do
art. 155, caput, do CPP. Em duas situações, todavia, a jurisprudência tem
admitido a valoração da confissão extrajudicial: a) no plenário do júri, em virtude
do sistema da íntima convicção do juiz, que vigora em relação à decisão dos
jurados; b) quando a confissão extrajudicial é feita na presença de defensor.

2) Confissão judicial: é aquela feita perante a autoridade judiciária, na


presença do defensor do acusado. Se produzida diante de autoridade judicial
competente será a confissão judicial própria; se produzida perante autoridade
incompetente, será judicial imprópria;

MUDE SUA VIDA!


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3) Confissão explícita: feita de maneira evidente, ou seja, quando o


acusado confessa a prática do fato delituoso sem dubiedades.
4) Confissão implícita: ocorre quando o acusado paga a indenização. No
âmbito do processo penal, essa confissão não tem qualquer valor.
5) Confissão simples: ocorre quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso, porém não invoca qualquer excludente da ilicitude ou da culpabilidade
em seu benefício.
6) Confissão qualificada: ocorre quando o acusado confessa a prática do
fato delituoso, mas alega que o praticou acobertado por uma excludente da
ilicitude ou da culpabilidade. Na visão do STJ, quando efetivamente utilizada como
elemento de convicção, a confissão qualificada também pode ensejar a aplicação
da atenuante prevista na alínea d do inciso III do artigo 65 do CP;216
7) Confissão ficta: ocorre quando o acusado não contesta os fatos que lhe
são imputados. No âmbito do processo penal, em virtude da regra probatória que
deriva do princípio da presunção de inocência, não há falar em confissão ficta.
8) Confissão delatória: também conhecida como chamamento de corréu ou
delação premiada, ocorre quando o acusado confessa a prática do fato delituoso e
delata coautores e partícipes.

Já em relação às características desse instituto, temos:

a) Ato personalíssimo: somente o acusado pode confessar a prática do


fato delituoso, sendo inviável que outorgue poderes a seu advogado para fazê-lo;
b) Ato livre e espontâneo: não pode haver qualquer forma de
constrangimento físico e/ou moral para que o acusado confesse a prática do fato
delituoso. Aliás, de acordo com o art. 1º, inciso I, da Lei nº 9.455/97, constitui
crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,
causando-lhe sofrimento físico ou mental com o fim de obter informação,
declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa.
c) Ato retratável: é perfeitamente possível que o acusado, após confessar
o fato delituoso, resolva se retratar;
d) Ato divisível: o acusado pode confessar a prática de um fato delituoso e
negar o cometimento de outro, como também pode confessar todos os fatos
delituosos que lhe são atribuídos, razão pela qual se diz que a confissão é um ato
divisível. É o que dispõe o art. 200 do CPP, segundo o qual a confissão será
divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no
exame das provas em conjunto.

D) É realiza dentro do processo penal. (errado)

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De acordo com Aury Lopes Jr (p. 724, 2020) A própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.

Quanto à classificação da confissão, é importante trazer os ensinamentos de


Renato Brasileiro (p. 758, 2020):
1) Confissão extrajudicial: é aquela feita fora do processo penal,
geralmente perante a autoridade policial, sem a observância do contraditório e da
ampla defesa. Produzida que é na fase investigatória, sem a presença dialética
das partes, conclui-se que uma confissão extrajudicial não pode, de per si,
fundamentar um decreto condenatório, sob pena, aliás, de violação ao preceito do
art. 155, caput, do CPP. Em duas situações, todavia, a jurisprudência tem
admitido a valoração da confissão extrajudicial: a) no plenário do júri, em virtude
do sistema da íntima convicção do juiz, que vigora em relação à decisão dos
jurados; b) quando a confissão extrajudicial é feita na presença de defensor.

2) Confissão judicial: é aquela feita perante a autoridade judiciária, na


presença do defensor do acusado. Se produzida diante de autoridade judicial
competente será a confissão judicial própria; se produzida perante autoridade
incompetente, será judicial imprópria;
3) Confissão explícita: feita de maneira evidente, ou seja, quando o
acusado confessa a prática do fato delituoso sem dubiedades.
4) Confissão implícita: ocorre quando o acusado paga a indenização. No
âmbito do processo penal, essa confissão não tem qualquer valor.
5) Confissão simples: ocorre quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso, porém não invoca qualquer excludente da ilicitude ou da culpabilidade
em seu benefício.
6) Confissão qualificada: ocorre quando o acusado confessa a prática do
fato delituoso, mas alega que o praticou acobertado por uma excludente da
ilicitude ou da culpabilidade. Na visão do STJ, quando efetivamente utilizada como
elemento de convicção, a confissão qualificada também pode ensejar a aplicação
da atenuante prevista na alínea d do inciso III do artigo 65 do CP;216
7) Confissão ficta: ocorre quando o acusado não contesta os fatos que lhe
são imputados. No âmbito do processo penal, em virtude da regra probatória que
deriva do princípio da presunção de inocência, não há falar em confissão ficta.

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8) Confissão delatória: também conhecida como chamamento de corréu ou


delação premiada, ocorre quando o acusado confessa a prática do fato delituoso e
delata coautores e partícipes.

Já em relação às características desse instituto, temos:

a) Ato personalíssimo: somente o acusado pode confessar a prática do


fato delituoso, sendo inviável que outorgue poderes a seu advogado para fazê-lo;
b) Ato livre e espontâneo: não pode haver qualquer forma de
constrangimento físico e/ou moral para que o acusado confesse a prática do fato
delituoso. Aliás, de acordo com o art. 1º, inciso I, da Lei nº 9.455/97, constitui
crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,
causando-lhe sofrimento físico ou mental com o fim de obter informação,
declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa.
c) Ato retratável: é perfeitamente possível que o acusado, após confessar
o fato delituoso, resolva se retratar;
d) Ato divisível: o acusado pode confessar a prática de um fato delituoso e
negar o cometimento de outro, como também pode confessar todos os fatos
delituosos que lhe são atribuídos, razão pela qual se diz que a confissão é um ato
divisível. É o que dispõe o art. 200 do CPP, segundo o qual a confissão será
divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no
exame das provas em conjunto.

17- A confissão simples consiste em:

A) o acusado confessa a prática do fato delituoso, porém não invoca qualquer


excludente da ilicitude ou da culpabilidade em seu benefício.
B) feita de maneira evidente, ou seja, quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso sem dubiedades.
C) feita perante a autoridade judiciária, na presença do defensor do acusado. Se
produzida diante de autoridade judicial competente será a confissão judicial própria; se
produzida perante autoridade incompetente, será judicial imprópria
d) feita fora do processo penal, geralmente perante a autoridade policial, sem a
observância do contraditório e da ampla defesa.

GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

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A) o acusado confessa a prática do fato delituoso, porém não invoca


qualquer excludente da ilicitude ou da culpabilidade em seu benefício.
(certo)
Certo. Conceito correto.

B) feita de maneira evidente, ou seja, quando o acusado confessa a


prática do fato delituoso sem dubiedades. (errado)
Errado. Conceito de confissão explícita.

C) feita perante a autoridade judiciária, na presença do defensor do


acusado. Se produzida diante de autoridade judicial competente será a
confissão judicial própria; se produzida perante autoridade incompetente,
será judicial imprópria. (errado)
Errado. Conceito de confissão judicial

d) feita fora do processo penal, geralmente perante a autoridade


policial, sem a observância do contraditório e da ampla defesa. (errado)
Errado. Conceito de confissão extrajudicial

SOLUÇÃO COMPLETA

A) o acusado confessa a prática do fato delituoso, porém não invoca


qualquer excludente da ilicitude ou da culpabilidade em seu benefício.
(certo)
De acordo com Aury Lopes Jr (p. 724, 2020) A própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.

Quanto à classificação da confissão, é importante trazer os ensinamentos de


Renato Brasileiro (p. 758, 2020):
1) Confissão extrajudicial: é aquela feita fora do processo penal, geralmente
perante a autoridade policial, sem a observância do contraditório e da ampla
defesa. Produzida que é na fase investigatória, sem a presença dialética das
partes, conclui-se que uma confissão extrajudicial não pode, de per si,
fundamentar um decreto condenatório, sob pena, aliás, de violação ao preceito do
art. 155, caput, do CPP. Em duas situações, todavia, a jurisprudência tem
admitido a valoração da confissão extrajudicial: a) no plenário do júri, em virtude
do sistema da íntima convicção do juiz, que vigora em relação à decisão dos
jurados; b) quando a confissão extrajudicial é feita na presença de defensor.

2) Confissão judicial: é aquela feita perante a autoridade judiciária, na


presença do defensor do acusado. Se produzida diante de autoridade judicial

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incompetente, será judicial imprópria;
3) Confissão explícita: feita de maneira evidente, ou seja, quando o acusado
confessa a prática do fato delituoso sem dubiedades.
4) Confissão implícita: ocorre quando o acusado paga a indenização. No
âmbito do processo penal, essa confissão não tem qualquer valor.
5) Confissão simples: ocorre quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso, porém não invoca qualquer excludente da ilicitude ou da culpabilidade
em seu benefício.
6) Confissão qualificada: ocorre quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso, mas alega que o praticou acobertado por uma excludente da ilicitude ou
da culpabilidade. Na visão do STJ, quando efetivamente utilizada como elemento
de convicção, a confissão qualificada também pode ensejar a aplicação da
atenuante prevista na alínea d do inciso III do artigo 65 do CP;216
7) Confissão ficta: ocorre quando o acusado não contesta os fatos que lhe
são imputados. No âmbito do processo penal, em virtude da regra probatória que
deriva do princípio da presunção de inocência, não há falar em confissão ficta.
8) Confissão delatória: também conhecida como chamamento de corréu ou
delação premiada, ocorre quando o acusado confessa a prática do fato delituoso e
delata coautores e partícipes.

Já em relação às características desse instituto, temos:

a) Ato personalíssimo: somente o acusado pode confessar a prática do fato


delituoso, sendo inviável que outorgue poderes a seu advogado para fazê-lo;
b) Ato livre e espontâneo: não pode haver qualquer forma de
constrangimento físico e/ou moral para que o acusado confesse a prática do fato
delituoso. Aliás, de acordo com o art. 1º, inciso I, da Lei nº 9.455/97, constitui
crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,
causando-lhe sofrimento físico ou mental com o fim de obter informação,
declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa.
c) Ato retratável: é perfeitamente possível que o acusado, após confessar o
fato delituoso, resolva se retratar;
d) Ato divisível: o acusado pode confessar a prática de um fato delituoso e
negar o cometimento de outro, como também pode confessar todos os fatos
delituosos que lhe são atribuídos, razão pela qual se diz que a confissão é um ato
divisível. É o que dispõe o art. 200 do CPP, segundo o qual a confissão será
divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no
exame das provas em conjunto.

B) feita de maneira evidente, ou seja, quando o acusado confessa a


prática do fato delituoso sem dubiedades. (errado)
De acordo com Aury Lopes Jr (p. 724, 2020) A própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não

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1) Confissão extrajudicial: é aquela feita fora do processo penal, geralmente
perante a autoridade policial, sem a observância do contraditório e da ampla
defesa. Produzida que é na fase investigatória, sem a presença dialética das
partes, conclui-se que uma confissão extrajudicial não pode, de per si,
fundamentar um decreto condenatório, sob pena, aliás, de violação ao preceito do
art. 155, caput, do CPP. Em duas situações, todavia, a jurisprudência tem
admitido a valoração da confissão extrajudicial: a) no plenário do júri, em virtude
do sistema da íntima convicção do juiz, que vigora em relação à decisão dos
jurados; b) quando a confissão extrajudicial é feita na presença de defensor.

2) Confissão judicial: é aquela feita perante a autoridade judiciária, na


presença do defensor do acusado. Se produzida diante de autoridade judicial
competente será a confissão judicial própria; se produzida perante autoridade
incompetente, será judicial imprópria;
3) Confissão explícita: feita de maneira evidente, ou seja, quando o acusado
confessa a prática do fato delituoso sem dubiedades.
4) Confissão implícita: ocorre quando o acusado paga a indenização. No
âmbito do processo penal, essa confissão não tem qualquer valor.
5) Confissão simples: ocorre quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso, porém não invoca qualquer excludente da ilicitude ou da culpabilidade
em seu benefício.
6) Confissão qualificada: ocorre quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso, mas alega que o praticou acobertado por uma excludente da ilicitude ou
da culpabilidade. Na visão do STJ, quando efetivamente utilizada como elemento
de convicção, a confissão qualificada também pode ensejar a aplicação da
atenuante prevista na alínea d do inciso III do artigo 65 do CP;216
7) Confissão ficta: ocorre quando o acusado não contesta os fatos que lhe
são imputados. No âmbito do processo penal, em virtude da regra probatória que
deriva do princípio da presunção de inocência, não há falar em confissão ficta.
8) Confissão delatória: também conhecida como chamamento de corréu ou
delação premiada, ocorre quando o acusado confessa a prática do fato delituoso e
delata coautores e partícipes.

Já em relação às características desse instituto, temos:

a) Ato personalíssimo: somente o acusado pode confessar a prática do fato


delituoso, sendo inviável que outorgue poderes a seu advogado para fazê-lo;
b) Ato livre e espontâneo: não pode haver qualquer forma de
constrangimento físico e/ou moral para que o acusado confesse a prática do fato
delituoso. Aliás, de acordo com o art. 1º, inciso I, da Lei nº 9.455/97, constitui
crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,
causando-lhe sofrimento físico ou mental com o fim de obter informação,
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c) Ato retratável: é perfeitamente possível que o acusado, após confessar o


fato delituoso, resolva se retratar;
d) Ato divisível: o acusado pode confessar a prática de um fato delituoso e
negar o cometimento de outro, como também pode confessar todos os fatos
delituosos que lhe são atribuídos, razão pela qual se diz que a confissão é um ato
divisível. É o que dispõe o art. 200 do CPP, segundo o qual a confissão será
divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no
exame das provas em conjunto.

C) feita perante a autoridade judiciária, na presença do defensor do


acusado. Se produzida diante de autoridade judicial competente será a
confissão judicial própria; se produzida perante autoridade incompetente,
será judicial imprópria. (errado)
De acordo com Aury Lopes Jr (p. 724, 2020) A própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.

Quanto à classificação da confissão, é importante trazer os ensinamentos de


Renato Brasileiro (p. 758, 2020):
1) Confissão extrajudicial: é aquela feita fora do processo penal, geralmente
perante a autoridade policial, sem a observância do contraditório e da ampla
defesa. Produzida que é na fase investigatória, sem a presença dialética das
partes, conclui-se que uma confissão extrajudicial não pode, de per si,
fundamentar um decreto condenatório, sob pena, aliás, de violação ao preceito do
art. 155, caput, do CPP. Em duas situações, todavia, a jurisprudência tem
admitido a valoração da confissão extrajudicial: a) no plenário do júri, em virtude
do sistema da íntima convicção do juiz, que vigora em relação à decisão dos
jurados; b) quando a confissão extrajudicial é feita na presença de defensor.

2) Confissão judicial: é aquela feita perante a autoridade judiciária, na


presença do defensor do acusado. Se produzida diante de autoridade judicial
competente será a confissão judicial própria; se produzida perante autoridade
incompetente, será judicial imprópria;
3) Confissão explícita: feita de maneira evidente, ou seja, quando o acusado
confessa a prática do fato delituoso sem dubiedades.
4) Confissão implícita: ocorre quando o acusado paga a indenização. No
âmbito do processo penal, essa confissão não tem qualquer valor.
5) Confissão simples: ocorre quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso, porém não invoca qualquer excludente da ilicitude ou da culpabilidade
em seu benefício.
6) Confissão qualificada: ocorre quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso, mas alega que o praticou acobertado por uma excludente da ilicitude ou
da culpabilidade. Na visão do STJ, quando efetivamente utilizada como elemento

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de convicção, a confissão qualificada também pode ensejar a aplicação da


atenuante prevista na alínea d do inciso III do artigo 65 do CP;216
7) Confissão ficta: ocorre quando o acusado não contesta os fatos que lhe
são imputados. No âmbito do processo penal, em virtude da regra probatória que
deriva do princípio da presunção de inocência, não há falar em confissão ficta.
8) Confissão delatória: também conhecida como chamamento de corréu ou
delação premiada, ocorre quando o acusado confessa a prática do fato delituoso e
delata coautores e partícipes.

Já em relação às características desse instituto, temos:

a) Ato personalíssimo: somente o acusado pode confessar a prática do fato


delituoso, sendo inviável que outorgue poderes a seu advogado para fazê-lo;
b) Ato livre e espontâneo: não pode haver qualquer forma de
constrangimento físico e/ou moral para que o acusado confesse a prática do fato
delituoso. Aliás, de acordo com o art. 1º, inciso I, da Lei nº 9.455/97, constitui
crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,
causando-lhe sofrimento físico ou mental com o fim de obter informação,
declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa.
c) Ato retratável: é perfeitamente possível que o acusado, após confessar o
fato delituoso, resolva se retratar;
d) Ato divisível: o acusado pode confessar a prática de um fato delituoso e
negar o cometimento de outro, como também pode confessar todos os fatos
delituosos que lhe são atribuídos, razão pela qual se diz que a confissão é um ato
divisível. É o que dispõe o art. 200 do CPP, segundo o qual a confissão será
divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no
exame das provas em conjunto.

d) feita fora do processo penal, geralmente perante a autoridade


policial, sem a observância do contraditório e da ampla defesa. (errado)
De acordo com Aury Lopes Jr (p. 724, 2020) A própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.

Quanto à classificação da confissão, é importante trazer os ensinamentos de


Renato Brasileiro (p. 758, 2020):
1) Confissão extrajudicial: é aquela feita fora do processo penal, geralmente
perante a autoridade policial, sem a observância do contraditório e da ampla
defesa. Produzida que é na fase investigatória, sem a presença dialética das
partes, conclui-se que uma confissão extrajudicial não pode, de per si,
fundamentar um decreto condenatório, sob pena, aliás, de violação ao preceito do
art. 155, caput, do CPP. Em duas situações, todavia, a jurisprudência tem
admitido a valoração da confissão extrajudicial: a) no plenário do júri, em virtude

MUDE SUA VIDA!


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do sistema da íntima convicção do juiz, que vigora em relação à decisão dos


jurados; b) quando a confissão extrajudicial é feita na presença de defensor.

2) Confissão judicial: é aquela feita perante a autoridade judiciária, na


presença do defensor do acusado. Se produzida diante de autoridade judicial
competente será a confissão judicial própria; se produzida perante autoridade
incompetente, será judicial imprópria;
3) Confissão explícita: feita de maneira evidente, ou seja, quando o acusado
confessa a prática do fato delituoso sem dubiedades.
4) Confissão implícita: ocorre quando o acusado paga a indenização. No
âmbito do processo penal, essa confissão não tem qualquer valor.
5) Confissão simples: ocorre quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso, porém não invoca qualquer excludente da ilicitude ou da culpabilidade
em seu benefício.
6) Confissão qualificada: ocorre quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso, mas alega que o praticou acobertado por uma excludente da ilicitude ou
da culpabilidade. Na visão do STJ, quando efetivamente utilizada como elemento
de convicção, a confissão qualificada também pode ensejar a aplicação da
atenuante prevista na alínea d do inciso III do artigo 65 do CP;216
7) Confissão ficta: ocorre quando o acusado não contesta os fatos que lhe
são imputados. No âmbito do processo penal, em virtude da regra probatória que
deriva do princípio da presunção de inocência, não há falar em confissão ficta.
8) Confissão delatória: também conhecida como chamamento de corréu ou
delação premiada, ocorre quando o acusado confessa a prática do fato delituoso e
delata coautores e partícipes.

Já em relação às características desse instituto, temos:

a) Ato personalíssimo: somente o acusado pode confessar a prática do fato


delituoso, sendo inviável que outorgue poderes a seu advogado para fazê-lo;
b) Ato livre e espontâneo: não pode haver qualquer forma de
constrangimento físico e/ou moral para que o acusado confesse a prática do fato
delituoso. Aliás, de acordo com o art. 1º, inciso I, da Lei nº 9.455/97, constitui
crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,
causando-lhe sofrimento físico ou mental com o fim de obter informação,
declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa.
c) Ato retratável: é perfeitamente possível que o acusado, após confessar o
fato delituoso, resolva se retratar;
d) Ato divisível: o acusado pode confessar a prática de um fato delituoso e
negar o cometimento de outro, como também pode confessar todos os fatos
delituosos que lhe são atribuídos, razão pela qual se diz que a confissão é um ato
divisível. É o que dispõe o art. 200 do CPP, segundo o qual a confissão será
divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no
exame das provas em conjunto.

18- Assinale o conceito correto de confissão implícita:

MUDE SUA VIDA!


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A) aquela feita perante a autoridade judiciária, na presença do defensor do acusado.


Se produzida diante de autoridade judicial competente será a confissão judicial própria;
se produzida perante autoridade incompetente, será judicial imprópria
B) feita de maneira evidente, ou seja, quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso sem dubiedades.
c) ocorre quando o acusado paga a indenização. No âmbito do processo penal, essa
confissão não tem qualquer valor
D) ocorre quando o acusado confessa a prática do fato delituoso, porém não invoca
qualquer excludente da ilicitude ou da culpabilidade em seu benefício.

GABARITO LETRA C

SOLUÇÃO RÁPIDA
A) aquela feita perante a autoridade judiciária, na presença do
defensor do acusado. Se produzida diante de autoridade judicial
competente será a confissão judicial própria; se produzida perante
autoridade incompetente, será judicial imprópria (errado)
Errado. Conceito de confissão judicial

B) feita de maneira evidente, ou seja, quando o acusado confessa a


prática do fato delituoso sem dubiedades. (errado)
Errado. Conceito de confissão explícita

c) ocorre quando o acusado paga a indenização. No âmbito do


processo penal, essa confissão não tem qualquer valor. (certo)
Certo. Conceito de confissão implícita

D) ocorre quando o acusado confessa a prática do fato delituoso,


porém não invoca qualquer excludente da ilicitude ou da culpabilidade em
seu benefício. (errado)
Errado. Conceito de confissão simples

SOLUÇÃO COMPLETA

A) aquela feita perante a autoridade judiciária, na presença do


defensor do acusado. Se produzida diante de autoridade judicial
competente será a confissão judicial própria; se produzida perante
autoridade incompetente, será judicial imprópria (errado)
De acordo com Aury Lopes Jr (p. 724, 2020) A própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.

MUDE SUA VIDA!


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Quanto à classificação da confissão, é importante trazer os ensinamentos de


Renato Brasileiro (p. 758, 2020):
1) Confissão extrajudicial: é aquela feita fora do processo penal, geralmente
perante a autoridade policial, sem a observância do contraditório e da ampla
defesa. Produzida que é na fase investigatória, sem a presença dialética das
partes, conclui-se que uma confissão extrajudicial não pode, de per si,
fundamentar um decreto condenatório, sob pena, aliás, de violação ao preceito do
art. 155, caput, do CPP. Em duas situações, todavia, a jurisprudência tem
admitido a valoração da confissão extrajudicial: a) no plenário do júri, em virtude
do sistema da íntima convicção do juiz, que vigora em relação à decisão dos
jurados; b) quando a confissão extrajudicial é feita na presença de defensor.

2) Confissão judicial: é aquela feita perante a autoridade judiciária, na


presença do defensor do acusado. Se produzida diante de autoridade judicial
competente será a confissão judicial própria; se produzida perante autoridade
incompetente, será judicial imprópria;
3) Confissão explícita: feita de maneira evidente, ou seja, quando o acusado
confessa a prática do fato delituoso sem dubiedades.
4) Confissão implícita: ocorre quando o acusado paga a indenização. No
âmbito do processo penal, essa confissão não tem qualquer valor.
5) Confissão simples: ocorre quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso, porém não invoca qualquer excludente da ilicitude ou da culpabilidade
em seu benefício.
6) Confissão qualificada: ocorre quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso, mas alega que o praticou acobertado por uma excludente da ilicitude ou
da culpabilidade. Na visão do STJ, quando efetivamente utilizada como elemento
de convicção, a confissão qualificada também pode ensejar a aplicação da
atenuante prevista na alínea d do inciso III do artigo 65 do CP;216
7) Confissão ficta: ocorre quando o acusado não contesta os fatos que lhe
são imputados. No âmbito do processo penal, em virtude da regra probatória que
deriva do princípio da presunção de inocência, não há falar em confissão ficta.
8) Confissão delatória: também conhecida como chamamento de corréu ou
delação premiada, ocorre quando o acusado confessa a prática do fato delituoso e
delata coautores e partícipes.

Já em relação às características desse instituto, temos:

a) Ato personalíssimo: somente o acusado pode confessar a prática do fato


delituoso, sendo inviável que outorgue poderes a seu advogado para fazê-lo;
b) Ato livre e espontâneo: não pode haver qualquer forma de
constrangimento físico e/ou moral para que o acusado confesse a prática do fato
delituoso. Aliás, de acordo com o art. 1º, inciso I, da Lei nº 9.455/97, constitui
crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,
causando-lhe sofrimento físico ou mental com o fim de obter informação,
declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa.
c) Ato retratável: é perfeitamente possível que o acusado, após confessar o
fato delituoso, resolva se retratar;

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d) Ato divisível: o acusado pode confessar a prática de um fato delituoso e


negar o cometimento de outro, como também pode confessar todos os fatos
delituosos que lhe são atribuídos, razão pela qual se diz que a confissão é um ato
divisível. É o que dispõe o art. 200 do CPP, segundo o qual a confissão será
divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no
exame das provas em conjunto.

B) feita de maneira evidente, ou seja, quando o acusado confessa a


prática do fato delituoso sem dubiedades. (errado)
De acordo com Aury Lopes Jr (p. 724, 2020) A própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.

Quanto à classificação da confissão, é importante trazer os ensinamentos de


Renato Brasileiro (p. 758, 2020):
1) Confissão extrajudicial: é aquela feita fora do processo penal, geralmente
perante a autoridade policial, sem a observância do contraditório e da ampla
defesa. Produzida que é na fase investigatória, sem a presença dialética das
partes, conclui-se que uma confissão extrajudicial não pode, de per si,
fundamentar um decreto condenatório, sob pena, aliás, de violação ao preceito do
art. 155, caput, do CPP. Em duas situações, todavia, a jurisprudência tem
admitido a valoração da confissão extrajudicial: a) no plenário do júri, em virtude
do sistema da íntima convicção do juiz, que vigora em relação à decisão dos
jurados; b) quando a confissão extrajudicial é feita na presença de defensor.

2) Confissão judicial: é aquela feita perante a autoridade judiciária, na


presença do defensor do acusado. Se produzida diante de autoridade judicial
competente será a confissão judicial própria; se produzida perante autoridade
incompetente, será judicial imprópria;
3) Confissão explícita: feita de maneira evidente, ou seja, quando o acusado
confessa a prática do fato delituoso sem dubiedades.
4) Confissão implícita: ocorre quando o acusado paga a indenização. No
âmbito do processo penal, essa confissão não tem qualquer valor.
5) Confissão simples: ocorre quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso, porém não invoca qualquer excludente da ilicitude ou da culpabilidade
em seu benefício.
6) Confissão qualificada: ocorre quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso, mas alega que o praticou acobertado por uma excludente da ilicitude ou
da culpabilidade. Na visão do STJ, quando efetivamente utilizada como elemento
de convicção, a confissão qualificada também pode ensejar a aplicação da
atenuante prevista na alínea d do inciso III do artigo 65 do CP;216

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7) Confissão ficta: ocorre quando o acusado não contesta os fatos que lhe
são imputados. No âmbito do processo penal, em virtude da regra probatória que
deriva do princípio da presunção de inocência, não há falar em confissão ficta.
8) Confissão delatória: também conhecida como chamamento de corréu ou
delação premiada, ocorre quando o acusado confessa a prática do fato delituoso e
delata coautores e partícipes.

Já em relação às características desse instituto, temos:

a) Ato personalíssimo: somente o acusado pode confessar a prática do fato


delituoso, sendo inviável que outorgue poderes a seu advogado para fazê-lo;
b) Ato livre e espontâneo: não pode haver qualquer forma de
constrangimento físico e/ou moral para que o acusado confesse a prática do fato
delituoso. Aliás, de acordo com o art. 1º, inciso I, da Lei nº 9.455/97, constitui
crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,
causando-lhe sofrimento físico ou mental com o fim de obter informação,
declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa.
c) Ato retratável: é perfeitamente possível que o acusado, após confessar o
fato delituoso, resolva se retratar;
d) Ato divisível: o acusado pode confessar a prática de um fato delituoso e
negar o cometimento de outro, como também pode confessar todos os fatos
delituosos que lhe são atribuídos, razão pela qual se diz que a confissão é um ato
divisível. É o que dispõe o art. 200 do CPP, segundo o qual a confissão será
divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no
exame das provas em conjunto.

c) ocorre quando o acusado paga a indenização. No âmbito do


processo penal, essa confissão não tem qualquer valor. (certo)
De acordo com Aury Lopes Jr (p. 724, 2020) A própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.

Quanto à classificação da confissão, é importante trazer os ensinamentos de


Renato Brasileiro (p. 758, 2020):
1) Confissão extrajudicial: é aquela feita fora do processo penal, geralmente
perante a autoridade policial, sem a observância do contraditório e da ampla
defesa. Produzida que é na fase investigatória, sem a presença dialética das
partes, conclui-se que uma confissão extrajudicial não pode, de per si,
fundamentar um decreto condenatório, sob pena, aliás, de violação ao preceito do
art. 155, caput, do CPP. Em duas situações, todavia, a jurisprudência tem
admitido a valoração da confissão extrajudicial: a) no plenário do júri, em virtude
do sistema da íntima convicção do juiz, que vigora em relação à decisão dos
jurados; b) quando a confissão extrajudicial é feita na presença de defensor.

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2) Confissão judicial: é aquela feita perante a autoridade judiciária, na


presença do defensor do acusado. Se produzida diante de autoridade judicial
competente será a confissão judicial própria; se produzida perante autoridade
incompetente, será judicial imprópria;
3) Confissão explícita: feita de maneira evidente, ou seja, quando o acusado
confessa a prática do fato delituoso sem dubiedades.
4) Confissão implícita: ocorre quando o acusado paga a indenização. No
âmbito do processo penal, essa confissão não tem qualquer valor.
5) Confissão simples: ocorre quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso, porém não invoca qualquer excludente da ilicitude ou da culpabilidade
em seu benefício.
6) Confissão qualificada: ocorre quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso, mas alega que o praticou acobertado por uma excludente da ilicitude ou
da culpabilidade. Na visão do STJ, quando efetivamente utilizada como elemento
de convicção, a confissão qualificada também pode ensejar a aplicação da
atenuante prevista na alínea d do inciso III do artigo 65 do CP;216
7) Confissão ficta: ocorre quando o acusado não contesta os fatos que lhe
são imputados. No âmbito do processo penal, em virtude da regra probatória que
deriva do princípio da presunção de inocência, não há falar em confissão ficta.
8) Confissão delatória: também conhecida como chamamento de corréu ou
delação premiada, ocorre quando o acusado confessa a prática do fato delituoso e
delata coautores e partícipes.

Já em relação às características desse instituto, temos:

a) Ato personalíssimo: somente o acusado pode confessar a prática do fato


delituoso, sendo inviável que outorgue poderes a seu advogado para fazê-lo;
b) Ato livre e espontâneo: não pode haver qualquer forma de
constrangimento físico e/ou moral para que o acusado confesse a prática do fato
delituoso. Aliás, de acordo com o art. 1º, inciso I, da Lei nº 9.455/97, constitui
crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,
causando-lhe sofrimento físico ou mental com o fim de obter informação,
declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa.
c) Ato retratável: é perfeitamente possível que o acusado, após confessar o
fato delituoso, resolva se retratar;
d) Ato divisível: o acusado pode confessar a prática de um fato delituoso e
negar o cometimento de outro, como também pode confessar todos os fatos
delituosos que lhe são atribuídos, razão pela qual se diz que a confissão é um ato
divisível. É o que dispõe o art. 200 do CPP, segundo o qual a confissão será
divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no
exame das provas em conjunto.

D) ocorre quando o acusado confessa a prática do fato delituoso,


porém não invoca qualquer excludente da ilicitude ou da culpabilidade em
seu benefício. (errado)

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De acordo com Aury Lopes Jr (p. 724, 2020) A própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.

Quanto à classificação da confissão, é importante trazer os ensinamentos de


Renato Brasileiro (p. 758, 2020):
1) Confissão extrajudicial: é aquela feita fora do processo penal,
geralmente perante a autoridade policial, sem a observância do contraditório e da
ampla defesa. Produzida que é na fase investigatória, sem a presença dialética
das partes, conclui-se que uma confissão extrajudicial não pode, de per si,
fundamentar um decreto condenatório, sob pena, aliás, de violação ao preceito do
art. 155, caput, do CPP. Em duas situações, todavia, a jurisprudência tem
admitido a valoração da confissão extrajudicial: a) no plenário do júri, em virtude
do sistema da íntima convicção do juiz, que vigora em relação à decisão dos
jurados; b) quando a confissão extrajudicial é feita na presença de defensor.

2) Confissão judicial: é aquela feita perante a autoridade judiciária, na


presença do defensor do acusado. Se produzida diante de autoridade judicial
competente será a confissão judicial própria; se produzida perante autoridade
incompetente, será judicial imprópria;
3) Confissão explícita: feita de maneira evidente, ou seja, quando o
acusado confessa a prática do fato delituoso sem dubiedades.
4) Confissão implícita: ocorre quando o acusado paga a indenização. No
âmbito do processo penal, essa confissão não tem qualquer valor.
5) Confissão simples: ocorre quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso, porém não invoca qualquer excludente da ilicitude ou da culpabilidade
em seu benefício.
6) Confissão qualificada: ocorre quando o acusado confessa a prática do
fato delituoso, mas alega que o praticou acobertado por uma excludente da
ilicitude ou da culpabilidade. Na visão do STJ, quando efetivamente utilizada como
elemento de convicção, a confissão qualificada também pode ensejar a aplicação
da atenuante prevista na alínea d do inciso III do artigo 65 do CP;216
7) Confissão ficta: ocorre quando o acusado não contesta os fatos que lhe
são imputados. No âmbito do processo penal, em virtude da regra probatória que
deriva do princípio da presunção de inocência, não há falar em confissão ficta.

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8) Confissão delatória: também conhecida como chamamento de corréu ou


delação premiada, ocorre quando o acusado confessa a prática do fato delituoso e
delata coautores e partícipes.

Já em relação às características desse instituto, temos:

a) Ato personalíssimo: somente o acusado pode confessar a prática do


fato delituoso, sendo inviável que outorgue poderes a seu advogado para fazê-lo;
b) Ato livre e espontâneo: não pode haver qualquer forma de
constrangimento físico e/ou moral para que o acusado confesse a prática do fato
delituoso. Aliás, de acordo com o art. 1º, inciso I, da Lei nº 9.455/97, constitui
crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,
causando-lhe sofrimento físico ou mental com o fim de obter informação,
declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa.
c) Ato retratável: é perfeitamente possível que o acusado, após confessar
o fato delituoso, resolva se retratar;
d) Ato divisível: o acusado pode confessar a prática de um fato delituoso e
negar o cometimento de outro, como também pode confessar todos os fatos
delituosos que lhe são atribuídos, razão pela qual se diz que a confissão é um ato
divisível. É o que dispõe o art. 200 do CPP, segundo o qual a confissão será
divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no
exame das provas em conjunto.

19- Assinale a alternativa que traz as características da confissão:

A) Ato personalíssimo, livre, irretratável e indivisível


B) Ato personalíssimo, condicional, retratável e divisível
C) Ato personalíssimo, espontâneo, retratável e divisível
D) Ato personalíssimo, espontâneo, irretratável e divisível

GABARITO LETRA C

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) Ato personalíssimo, livre, irretratável e indivisível (errado)


Errado. Ato personalíssimo, livre, retratável e divisível.

B) Ato personalíssimo, condicional, retratável e divisível (errado)


Errado. Ato personalíssimo, livre, retratável e divisível.

C) Ato personalíssimo, espontâneo, retratável e divisível (errado)

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Errado. Ato personalíssimo, livre, retratável e divisível.

D) Ato personalíssimo, espontâneo, irretratável e divisível (certo)


Certo. Ato personalíssimo, livre, retratável e divisível.

SOLUÇÃO COMPLETA
A) Ato personalíssimo, livre, irretratável e indivisível (errado)
Em relação às características desse instituto, temos:

a) Ato personalíssimo: somente o acusado pode confessar a prática do fato


delituoso, sendo inviável que outorgue poderes a seu advogado para fazê-lo;
b) Ato livre e espontâneo: não pode haver qualquer forma de
constrangimento físico e/ou moral para que o acusado confesse a prática do fato
delituoso. Aliás, de acordo com o art. 1º, inciso I, da Lei nº 9.455/97, constitui
crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,
causando-lhe sofrimento físico ou mental com o fim de obter informação,
declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa.
c) Ato retratável: é perfeitamente possível que o acusado, após confessar o
fato delituoso, resolva se retratar;
d) Ato divisível: o acusado pode confessar a prática de um fato delituoso e
negar o cometimento de outro, como também pode confessar todos os fatos
delituosos que lhe são atribuídos, razão pela qual se diz que a confissão é um ato
divisível. É o que dispõe o art. 200 do CPP, segundo o qual a confissão será
divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no
exame das provas em conjunto.

B) Ato personalíssimo, condicional, retratável e divisível (errado)


Em relação às características desse instituto, temos:

a) Ato personalíssimo: somente o acusado pode confessar a prática do fato


delituoso, sendo inviável que outorgue poderes a seu advogado para fazê-lo;
b) Ato livre e espontâneo: não pode haver qualquer forma de
constrangimento físico e/ou moral para que o acusado confesse a prática do fato
delituoso. Aliás, de acordo com o art. 1º, inciso I, da Lei nº 9.455/97, constitui
crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,
causando-lhe sofrimento físico ou mental com o fim de obter informação,
declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa.
c) Ato retratável: é perfeitamente possível que o acusado, após confessar o
fato delituoso, resolva se retratar;
d) Ato divisível: o acusado pode confessar a prática de um fato delituoso e
negar o cometimento de outro, como também pode confessar todos os fatos
delituosos que lhe são atribuídos, razão pela qual se diz que a confissão é um ato
divisível. É o que dispõe o art. 200 do CPP, segundo o qual a confissão será
divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no
exame das provas em conjunto.

C) Ato personalíssimo, espontâneo, retratável e divisível (errado)


Em relação às características desse instituto, temos:

MUDE SUA VIDA!


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a) Ato personalíssimo: somente o acusado pode confessar a prática do fato


delituoso, sendo inviável que outorgue poderes a seu advogado para fazê-lo;
b) Ato livre e espontâneo: não pode haver qualquer forma de
constrangimento físico e/ou moral para que o acusado confesse a prática do fato
delituoso. Aliás, de acordo com o art. 1º, inciso I, da Lei nº 9.455/97, constitui
crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,
causando-lhe sofrimento físico ou mental com o fim de obter informação,
declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa.
c) Ato retratável: é perfeitamente possível que o acusado, após confessar o
fato delituoso, resolva se retratar;
d) Ato divisível: o acusado pode confessar a prática de um fato delituoso e
negar o cometimento de outro, como também pode confessar todos os fatos
delituosos que lhe são atribuídos, razão pela qual se diz que a confissão é um ato
divisível. É o que dispõe o art. 200 do CPP, segundo o qual a confissão será
divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no
exame das provas em conjunto.

D) Ato personalíssimo, espontâneo, irretratável e divisível (certo)


Em relação às características desse instituto, temos:

a) Ato personalíssimo: somente o acusado pode confessar a prática do fato


delituoso, sendo inviável que outorgue poderes a seu advogado para fazê-lo;
b) Ato livre e espontâneo: não pode haver qualquer forma de
constrangimento físico e/ou moral para que o acusado confesse a prática do fato
delituoso. Aliás, de acordo com o art. 1º, inciso I, da Lei nº 9.455/97, constitui
crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,
causando-lhe sofrimento físico ou mental com o fim de obter informação,
declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa.
c) Ato retratável: é perfeitamente possível que o acusado, após confessar o
fato delituoso, resolva se retratar;
d) Ato divisível: o acusado pode confessar a prática de um fato delituoso e
negar o cometimento de outro, como também pode confessar todos os fatos
delituosos que lhe são atribuídos, razão pela qual se diz que a confissão é um ato
divisível. É o que dispõe o art. 200 do CPP, segundo o qual a confissão será
divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no
exame das provas em conjunto.

20- Não raras vezes depara-se o julgador com a confissão do acusado quanto à
autoria do crime. É correto afirmar:

A)A confissão feita na fase judicial tem caráter absoluto.


B)A confissão deve ser apurada mediante a compatibilidade ou concordância com
as demais provas do processo.
C)A confissão feita na fase judicial é retratável, mas indivisível.
D)A confissão realizada fora do interrogatório não demanda tomada por termo nos
autos para ser válida.

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GABARITO LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA

A)A confissão feita na fase judicial tem caráter absoluto. (errado)


Errado. Não possui caráter absoluto.

B)A confissão deve ser apurada mediante a compatibilidade ou


concordância com as demais provas do processo. (certo)
Certo. Artigo 197 CPP.

C)A confissão feita na fase judicial é retratável, mas indivisível.


(errado)
Errado. Artigo 200 CPP.

D)A confissão realizada fora do interrogatório não demanda tomada


por termo nos autos para ser válida. (errado)
Errado. Art 199 CPP

SOLUÇÃO COMPLETA

A)A confissão feita na fase judicial tem caráter absoluto. (errado)


De acordo com Aury Lopes Jr (p. 724, 2020) A própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.

Quanto à classificação da confissão, é importante trazer os ensinamentos de


Renato Brasileiro (p. 758, 2020):
1) Confissão extrajudicial: é aquela feita fora do processo penal, geralmente
perante a autoridade policial, sem a observância do contraditório e da ampla
defesa. Produzida que é na fase investigatória, sem a presença dialética das
partes, conclui-se que uma confissão extrajudicial não pode, de per si,
fundamentar um decreto condenatório, sob pena, aliás, de violação ao preceito do
art. 155, caput, do CPP. Em duas situações, todavia, a jurisprudência tem
admitido a valoração da confissão extrajudicial: a) no plenário do júri, em virtude
do sistema da íntima convicção do juiz, que vigora em relação à decisão dos
jurados; b) quando a confissão extrajudicial é feita na presença de defensor.

2) Confissão judicial: é aquela feita perante a autoridade judiciária, na


presença do defensor do acusado. Se produzida diante de autoridade judicial

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competente será a confissão judicial própria; se produzida perante autoridade


incompetente, será judicial imprópria;
3) Confissão explícita: feita de maneira evidente, ou seja, quando o acusado
confessa a prática do fato delituoso sem dubiedades.
4) Confissão implícita: ocorre quando o acusado paga a indenização. No
âmbito do processo penal, essa confissão não tem qualquer valor.
5) Confissão simples: ocorre quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso, porém não invoca qualquer excludente da ilicitude ou da culpabilidade
em seu benefício.
6) Confissão qualificada: ocorre quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso, mas alega que o praticou acobertado por uma excludente da ilicitude ou
da culpabilidade. Na visão do STJ, quando efetivamente utilizada como elemento
de convicção, a confissão qualificada também pode ensejar a aplicação da
atenuante prevista na alínea d do inciso III do artigo 65 do CP;216
7) Confissão ficta: ocorre quando o acusado não contesta os fatos que lhe
são imputados. No âmbito do processo penal, em virtude da regra probatória que
deriva do princípio da presunção de inocência, não há falar em confissão ficta.
8) Confissão delatória: também conhecida como chamamento de corréu ou
delação premiada, ocorre quando o acusado confessa a prática do fato delituoso e
delata coautores e partícipes.

Já em relação às características desse instituto, temos:

a) Ato personalíssimo: somente o acusado pode confessar a prática do fato


delituoso, sendo inviável que outorgue poderes a seu advogado para fazê-lo;
b) Ato livre e espontâneo: não pode haver qualquer forma de
constrangimento físico e/ou moral para que o acusado confesse a prática do fato
delituoso. Aliás, de acordo com o art. 1º, inciso I, da Lei nº 9.455/97, constitui
crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,
causando-lhe sofrimento físico ou mental com o fim de obter informação,
declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa.
c) Ato retratável: é perfeitamente possível que o acusado, após confessar o
fato delituoso, resolva se retratar;
d) Ato divisível: o acusado pode confessar a prática de um fato delituoso e
negar o cometimento de outro, como também pode confessar todos os fatos
delituosos que lhe são atribuídos, razão pela qual se diz que a confissão é um ato
divisível. É o que dispõe o art. 200 do CPP, segundo o qual a confissão será
divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no
exame das provas em conjunto.

B)A confissão deve ser apurada mediante a compatibilidade ou


concordância com as demais provas do processo. (certo)
De acordo com Aury Lopes Jr (p. 724, 2020) A própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não

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deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.

Quanto à classificação da confissão, é importante trazer os ensinamentos de


Renato Brasileiro (p. 758, 2020):
1) Confissão extrajudicial: é aquela feita fora do processo penal, geralmente
perante a autoridade policial, sem a observância do contraditório e da ampla
defesa. Produzida que é na fase investigatória, sem a presença dialética das
partes, conclui-se que uma confissão extrajudicial não pode, de per si,
fundamentar um decreto condenatório, sob pena, aliás, de violação ao preceito do
art. 155, caput, do CPP. Em duas situações, todavia, a jurisprudência tem
admitido a valoração da confissão extrajudicial: a) no plenário do júri, em virtude
do sistema da íntima convicção do juiz, que vigora em relação à decisão dos
jurados; b) quando a confissão extrajudicial é feita na presença de defensor.

2) Confissão judicial: é aquela feita perante a autoridade judiciária, na


presença do defensor do acusado. Se produzida diante de autoridade judicial
competente será a confissão judicial própria; se produzida perante autoridade
incompetente, será judicial imprópria;
3) Confissão explícita: feita de maneira evidente, ou seja, quando o acusado
confessa a prática do fato delituoso sem dubiedades.
4) Confissão implícita: ocorre quando o acusado paga a indenização. No
âmbito do processo penal, essa confissão não tem qualquer valor.
5) Confissão simples: ocorre quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso, porém não invoca qualquer excludente da ilicitude ou da culpabilidade
em seu benefício.
6) Confissão qualificada: ocorre quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso, mas alega que o praticou acobertado por uma excludente da ilicitude ou
da culpabilidade. Na visão do STJ, quando efetivamente utilizada como elemento
de convicção, a confissão qualificada também pode ensejar a aplicação da
atenuante prevista na alínea d do inciso III do artigo 65 do CP;216
7) Confissão ficta: ocorre quando o acusado não contesta os fatos que lhe
são imputados. No âmbito do processo penal, em virtude da regra probatória que
deriva do princípio da presunção de inocência, não há falar em confissão ficta.
8) Confissão delatória: também conhecida como chamamento de corréu ou
delação premiada, ocorre quando o acusado confessa a prática do fato delituoso e
delata coautores e partícipes.

Já em relação às características desse instituto, temos:

a) Ato personalíssimo: somente o acusado pode confessar a prática do fato


delituoso, sendo inviável que outorgue poderes a seu advogado para fazê-lo;
b) Ato livre e espontâneo: não pode haver qualquer forma de
constrangimento físico e/ou moral para que o acusado confesse a prática do fato
delituoso. Aliás, de acordo com o art. 1º, inciso I, da Lei nº 9.455/97, constitui
crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,
causando-lhe sofrimento físico ou mental com o fim de obter informação,
declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa.

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c) Ato retratável: é perfeitamente possível que o acusado, após confessar o


fato delituoso, resolva se retratar;
d) Ato divisível: o acusado pode confessar a prática de um fato delituoso e
negar o cometimento de outro, como também pode confessar todos os fatos
delituosos que lhe são atribuídos, razão pela qual se diz que a confissão é um ato
divisível. É o que dispõe o art. 200 do CPP, segundo o qual a confissão será
divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no
exame das provas em conjunto.

C)A confissão feita na fase judicial é retratável, mas indivisível.


(errado)
De acordo com Aury Lopes Jr (p. 724, 2020) A própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.

Quanto à classificação da confissão, é importante trazer os ensinamentos de


Renato Brasileiro (p. 758, 2020):
1) Confissão extrajudicial: é aquela feita fora do processo penal, geralmente
perante a autoridade policial, sem a observância do contraditório e da ampla
defesa. Produzida que é na fase investigatória, sem a presença dialética das
partes, conclui-se que uma confissão extrajudicial não pode, de per si,
fundamentar um decreto condenatório, sob pena, aliás, de violação ao preceito do
art. 155, caput, do CPP. Em duas situações, todavia, a jurisprudência tem
admitido a valoração da confissão extrajudicial: a) no plenário do júri, em virtude
do sistema da íntima convicção do juiz, que vigora em relação à decisão dos
jurados; b) quando a confissão extrajudicial é feita na presença de defensor.

2) Confissão judicial: é aquela feita perante a autoridade judiciária, na


presença do defensor do acusado. Se produzida diante de autoridade judicial
competente será a confissão judicial própria; se produzida perante autoridade
incompetente, será judicial imprópria;
3) Confissão explícita: feita de maneira evidente, ou seja, quando o acusado
confessa a prática do fato delituoso sem dubiedades.
4) Confissão implícita: ocorre quando o acusado paga a indenização. No
âmbito do processo penal, essa confissão não tem qualquer valor.
5) Confissão simples: ocorre quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso, porém não invoca qualquer excludente da ilicitude ou da culpabilidade
em seu benefício.
6) Confissão qualificada: ocorre quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso, mas alega que o praticou acobertado por uma excludente da ilicitude ou
da culpabilidade. Na visão do STJ, quando efetivamente utilizada como elemento
de convicção, a confissão qualificada também pode ensejar a aplicação da
atenuante prevista na alínea d do inciso III do artigo 65 do CP;216

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7) Confissão ficta: ocorre quando o acusado não contesta os fatos que lhe
são imputados. No âmbito do processo penal, em virtude da regra probatória que
deriva do princípio da presunção de inocência, não há falar em confissão ficta.
8) Confissão delatória: também conhecida como chamamento de corréu ou
delação premiada, ocorre quando o acusado confessa a prática do fato delituoso e
delata coautores e partícipes.

Já em relação às características desse instituto, temos:

a) Ato personalíssimo: somente o acusado pode confessar a prática do fato


delituoso, sendo inviável que outorgue poderes a seu advogado para fazê-lo;
b) Ato livre e espontâneo: não pode haver qualquer forma de
constrangimento físico e/ou moral para que o acusado confesse a prática do fato
delituoso. Aliás, de acordo com o art. 1º, inciso I, da Lei nº 9.455/97, constitui
crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,
causando-lhe sofrimento físico ou mental com o fim de obter informação,
declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa.
c) Ato retratável: é perfeitamente possível que o acusado, após confessar o
fato delituoso, resolva se retratar;
d) Ato divisível: o acusado pode confessar a prática de um fato delituoso e
negar o cometimento de outro, como também pode confessar todos os fatos
delituosos que lhe são atribuídos, razão pela qual se diz que a confissão é um ato
divisível. É o que dispõe o art. 200 do CPP, segundo o qual a confissão será
divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no
exame das provas em conjunto.

Art. 200. A confissão será divisível e retratável, sem prejuízo do


livre convencimento do juiz, fundado no exame das provas em conjunto.

D)A confissão realizada fora do interrogatório não demanda tomada


por termo nos autos para ser válida. (errado)
De acordo com Aury Lopes Jr (p. 724, 2020) A própria Exposição de Motivos
do CPP, ao falar sobre as provas, diz categoricamente que a própria confissão do
acusado não constitui, fatalmente, prova plena de sua culpabilidade. Todas as
provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outra. Em suma, a confissão não é mais,
felizmente, a rainha das provas, como no processo inquisitório medieval. Não
deve mais ser buscada a todo custo, pois seu valor é relativo e não goza de maior
prestígio que as demais provas.

Quanto à classificação da confissão, é importante trazer os ensinamentos de


Renato Brasileiro (p. 758, 2020):
1) Confissão extrajudicial: é aquela feita fora do processo penal, geralmente
perante a autoridade policial, sem a observância do contraditório e da ampla
defesa. Produzida que é na fase investigatória, sem a presença dialética das
partes, conclui-se que uma confissão extrajudicial não pode, de per si,
fundamentar um decreto condenatório, sob pena, aliás, de violação ao preceito do

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art. 155, caput, do CPP. Em duas situações, todavia, a jurisprudência tem


admitido a valoração da confissão extrajudicial: a) no plenário do júri, em virtude
do sistema da íntima convicção do juiz, que vigora em relação à decisão dos
jurados; b) quando a confissão extrajudicial é feita na presença de defensor.

2) Confissão judicial: é aquela feita perante a autoridade judiciária, na


presença do defensor do acusado. Se produzida diante de autoridade judicial
competente será a confissão judicial própria; se produzida perante autoridade
incompetente, será judicial imprópria;
3) Confissão explícita: feita de maneira evidente, ou seja, quando o acusado
confessa a prática do fato delituoso sem dubiedades.
4) Confissão implícita: ocorre quando o acusado paga a indenização. No
âmbito do processo penal, essa confissão não tem qualquer valor.
5) Confissão simples: ocorre quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso, porém não invoca qualquer excludente da ilicitude ou da culpabilidade
em seu benefício.
6) Confissão qualificada: ocorre quando o acusado confessa a prática do fato
delituoso, mas alega que o praticou acobertado por uma excludente da ilicitude ou
da culpabilidade. Na visão do STJ, quando efetivamente utilizada como elemento
de convicção, a confissão qualificada também pode ensejar a aplicação da
atenuante prevista na alínea d do inciso III do artigo 65 do CP;216
7) Confissão ficta: ocorre quando o acusado não contesta os fatos que lhe
são imputados. No âmbito do processo penal, em virtude da regra probatória que
deriva do princípio da presunção de inocência, não há falar em confissão ficta.
8) Confissão delatória: também conhecida como chamamento de corréu ou
delação premiada, ocorre quando o acusado confessa a prática do fato delituoso e
delata coautores e partícipes.

Já em relação às características desse instituto, temos:

a) Ato personalíssimo: somente o acusado pode confessar a prática do fato


delituoso, sendo inviável que outorgue poderes a seu advogado para fazê-lo;
b) Ato livre e espontâneo: não pode haver qualquer forma de
constrangimento físico e/ou moral para que o acusado confesse a prática do fato
delituoso. Aliás, de acordo com o art. 1º, inciso I, da Lei nº 9.455/97, constitui
crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,
causando-lhe sofrimento físico ou mental com o fim de obter informação,
declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa.
c) Ato retratável: é perfeitamente possível que o acusado, após confessar o
fato delituoso, resolva se retratar;
d) Ato divisível: o acusado pode confessar a prática de um fato delituoso e
negar o cometimento de outro, como também pode confessar todos os fatos
delituosos que lhe são atribuídos, razão pela qual se diz que a confissão é um ato
divisível. É o que dispõe o art. 200 do CPP, segundo o qual a confissão será
divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no
exame das provas em conjunto.

Código de Processo Penal

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Art. 199. A confissão, quando feita fora do interrogatório, será tomada por
termo nos autos, observado o disposto no art. 195.

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SUMÁRIO
Questões sobre a aula (alt + 1) .......................................................................................................................... 2
Gabarito ............................................................................................................................................................. 6
Questões Comentadas ....................................................................................................................................... 7
teste seu conhecimento! ..................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Mini simulado ...................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Gabarito mini Simulado ....................................................................................... Erro! Indicador não definido.

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QUESTÕES SOBRE A AULA

1. ANO: 2021 Questão Inédita

Em relação ao que o Código de Processo Penal disciplina sobre testemunhas,


analise o item abaixo:

Tendo em vista que o juiz não pode produzir prova de ofício, é vedado ao
magistrado ouvir outras testemunhas, além das indicadas pelas partes.
Certo ( ) Errado ( )

2. ANO: 2021 Questão Inédita

Em relação ao que o Código de Processo Penal disciplina sobre testemunhas,


analise o item abaixo:

Será computada como testemunha a pessoa que nada souber que interesse à
decisão da causa.

Certo ( ) Errado ( )

3. ANO: 2021 Questão Inédita

Julgue o item abaixo:

No Brasil há impedimento legal ao testemunho indireto

Certo ( ) Errado ( )

4. ANO: 2021 Questão Inédita

De acordo com Código de Processo Penal:

A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em flagrante,


momento em que são exigidas ao menos duas testemunhas fedatárias que hajam
testemunhado a apresentação do preso à autoridade.

Certo ( ) Errado ( )

5. ANO: 2021 Questão Inédita

Analise o item abaixo:

A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão, entretanto,


recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge,
ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo da vítima, salvo

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quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e
de suas circunstâncias

Certo ( ) Errado ( )

6. ANO: 2021 Questão Inédita

Analise o item abaixo sobre a disciplina de testemunhas no Código de Processo


Penal

Parentes do réu podem se recusar a funcionar como testemunha.

Certo ( ) Errado ( )

7. ANO: 2021 Questão Inédita

Julgue o item a seguir:


São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou
profissão, devam guardar segredo, ainda que sejam desobrigadas pela parte
interessada, e quiserem dar o seu testemunho.

Certo ( ) Errado ( )

8. ANO: 2021 Questão Inédita

Analise o item abaixo:

Não possuem compromisso de dizer a verdade os menores de 14 anos e o cônjuge


do acusado, salvo se desquitado.

Certo ( ) Errado ( )

9. ANO: 2021 Questão Inédita

Sobre testemunhas e o processo penal, analise a assertiva abaixo:

Testemunha direta também é conhecida como testemunha visual, por sua vez, a
testemunha indireta é aquela que não presenciou diretamente o fato delituoso, sendo a
ultima proibida pelo ordenamento jurídico de depor.

Certo ( ) Errado ( )

10. ANO: 2021 Questão Inédita

Analise o item que segue:

As testemunhas que não prestarem o compromisso legal e forem arroladas pelas


partes, não serão computadas para efeito de aferição do número máximo de testemunhas
legalmente permitido.

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3
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Certo ( ) Errado ( )

11. ANO: 2021 Questão Inédita

Em relação a pessoa que não souber nada que interesse à decisão da causa, o
Código de Processo Penal afirma que:

A) Que não será ouvida


B) Que poderá ser ouvida como testemunha numerária
C) Que poderá ser ouvida como testemunha extranumerária
D) Que poderá ser ouvida como testemunha indireta

12. ANO: 2021 Questão Inédita

São ouvidos na condição de informante, exceto:


A) Os menores de 16 anos
B) Os menores de 14 anos
C) O cônjuge do acusado
D) O cônjuge desquitado do acusado

13. ANO: 2021 Questão Inédita

As testemunhas no processo penal:


A) Serão sempre computadas para efeitos de aferição do número máximo de
testemunhas previsto em lei
B) Só serão computadas para efeitos de aferição do número máximo de testemunhas
previsto em lei se forem testemunhas numerárias
C) Só serão computadas para efeitos de aferição do número máximo de testemunhas
previsto em lei se forem testemunhas extranumerárias
D) Não há estipulado em lei um número máximo para oitiva de testemunhas, devendo
o juiz analisar o caso concreto de acordo com os princípios de proporcionalidade e
razoabilidade diante da complexidade da causa.

14. ANO: 2008 Banca: NUCEPE Órgão: PC-PI Prova: NUCEPE - 2008 - PC-PI - Perito
Criminal – Farmácia ADAPTADA

Quanto aos meios de prova, é correto afirmar que:


A) No processo penal, todas as pessoas poderão ser testemunhas.
B) No interrogatório o acusado não pode abster-se de responder qualquer pergunta,
sob pena de seu silêncio ser interpretado como confissão.
C) À testemunha é permitido trazer o depoimento por escrito, quando da
impossibilidade de fazê-lo oralmente.
D) Se ocorrer dúvida sobre a identidade da testemunha, o juiz procederá à verificação
pelos meios ao seu alcance, não podendo, entretanto, tomar-lhe o depoimento desde logo.

15. ANO: 2021 Questão Inédita.

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Em relação ao momento do depoimento da testemunha, de acordo com o Código de


Processo Penal é possível afirmar que:

A) A testemunha fará, sob palavra de honra, a promessa de dizer a verdade do que


souber e Ihe for perguntado.
B) A testemunha não precisará falar a verdade se estiver na qualidade de
testemunha direta.
C) A testemunha não precisa fazer promessa de dizer a verdade do que lhe souber e
Ihe for perguntado, devendo declarar seu nome, sua idade, seu estado e sua residência,
sua profissão, lugar onde exerce sua atividade, se é parente, e em que grau, de alguma
das partes, ou quais suas relações com qualquer delas, e relatar o que souber, explicando
sempre as razões de sua ciência ou as circunstâncias pelas quais possa avaliar-se de sua
credibilidade.
D) As testemunhas extranumerárias precisam fazer compromisso da verdade.

16. ANO: 2021 Questão Inédita


A testemunha:
A) Precisa prestar depoimento oralmente, mas é possível breve consulta à
apontamentos.
B) Precisa prestar depoimento oralmente, não sendo permitido trazer consigo
nenhum tipo de apontamentos por escrito.
C) Poderá prestar depoimento oral ou escrito.
D) Poderá prestar depoimento oral, não sendo proibido trazê-lo por escrito.

17. ANO: 2021 Questão Inédita

Assinale a alternativa correta em relação aos impedimentos de testemunha, de


acordo com preceito legal:
A) Padres e pais/mães de santo são proibidos de depor, mesmo se autorizados pela
parte.
B) Caso a parte autorize, o médico será obrigado a depor na qualidade de
testemunha.
C) O curador do interessado poderá dar seu testemunho caso queira e esteja
autorizado pela parte.
D) Em razão de sua função ou ofício, as pessoas serão proibidas de figurarem como
testemunha, salvo por expressa autorização do juiz.

18. ANO: 2021 Questão Inédita


Assinale a alternativa correta:
A) A madrasta de um acusado poderá eximir-se da obrigação de depor, porém
deverá prestar compromisso.
B) O irmão adotivo de um acusado poderá eximir-se da obrigação de depor e não
prestar compromisso.
C) O cônjuge desquitado de um acusado poderá eximir-se da obrigação de depor,
porém deverá prestar compromisso.
D) Menores de 16 anos não prestarão compromisso com a verdade.

19. ANO: 2021 Questão Inédita

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5
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Ano: 2019 Banca: CIEE Órgão: TJ-DFT Prova: CIEE - 2019 - TJ-DFT - Estágio -
Direito
Com relação às testemunhas no processo penal, é correto afirmar que
A) é permitido à testemunha trazer o depoimento por escrito, não necessitando
prestá-lo oralmente.
B) as pessoas impossibilitadas, por enfermidade ou por velhice, de comparecer
para depor, serão inquiridas onde estiverem.
C)é vedado ao juiz ouvir outras testemunhas, além das indicadas pelas partes.
D)é vedado à testemunha trazer apontamentos para consulta em seu depoimento.

20. ANO: 2021 Questão Inédita

Em consonância com o Código de Processo Penal assinale a alternativa incorreta:


A) As pessoas impossibilitadas, por enfermidade ou por velhice, de comparecer
para depor, serão inquiridas onde estiverem.
B) Se, regularmente intimada, a testemunha deixar de comparecer sem motivo
justificado, o juiz poderá requisitar à autoridade policial a sua apresentação ou
determinar seja conduzida por oficial de justiça, que poderá solicitar o auxílio da força
pública.
C) O juiz não permitirá que a testemunha manifeste suas apreciações pessoais,
ainda quando inseparáveis da narrativa do fato.
D) O depoimento da testemunha será reduzido a termo, assinado por ela, pelo juiz e
pelas partes.

GABARITO
1. Errado
2. Errado
3. Errado
4. Certo
5. Errado
6. Certo
7. Errado
8. Errado
9. Errado
10. Certo
11. C
12. A
13. B
14. A
15. A
16. A
17. C
18. B
19. B
20. C

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QUESTÕES COMENTADAS
1- Em relação ao que o Código de Processo Penal disciplina sobre
testemunhas, analise o item abaixo:

Tendo em vista que o juiz não pode produzir prova de ofício, é vedado ao
magistrado ouvir outras testemunhas, além das indicadas pelas partes.

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA
Errado. Artigo 209 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

Renato Brasileiro (p. 770, 2020) traz as espécies de testemunha no


processo penal, apontando suas principais diferenças, veja:

a) Testemunhas numerárias: são aquelas que são computadas para


efeito de aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, ou
seja, as arroladas pelas partes e que prestam compromisso legal;
b) Testemunhas extranumerárias: não são computadas para efeito de
aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, podendo,
portanto, ser ouvidas em número ilimitado.
As testemunhas extranumerárias poderão ser:

- Aquelas ouvidas por iniciativa do juiz, conforme art. 209, caput, CPP que
afirma: Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras
testemunhas, além das indicadas pelas partes.
- As que não prestam o compromisso legal e foram arroladas pelas partes
- As que nada sabem que interesse à decisão da causa, conforme art. 209, §
2º CPP, que afirma: § 2o Não será computada como testemunha a pessoa que
nada souber que interesse à decisão da causa.

2- Será computada como testemunha a pessoa que nada souber que interesse
à decisão da causa.
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. Artigo 209 §2º CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

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Renato Brasileiro (p. 770, 2020) traz as espécies de testemunha no


processo penal, apontando suas principais diferenças, veja:

a) Testemunhas numerárias: são aquelas que são computadas para


efeito de aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, ou
seja, as arroladas pelas partes e que prestam compromisso legal;
b) Testemunhas extranumerárias: não são computadas para efeito de
aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, podendo,
portanto, ser ouvidas em número ilimitado.
As testemunhas extranumerárias poderão ser:

- Aquelas ouvidas por iniciativa do juiz, conforme art. 209, caput, CPP que
afirma: Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras
testemunhas, além das indicadas pelas partes.
- As que não prestam o compromisso legal e foram arroladas pelas partes
- As que nada sabem que interesse à decisão da causa, conforme art. 209, §
2º CPP, que afirma: § 2o Não será computada como testemunha a pessoa que
nada souber que interesse à decisão da causa.

3- No Brasil há impedimento legal ao testemunho indireto


GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. Não há impedimento legal.

SOLUÇÃO COMPLETA
Renato Brasileiro (p. 770, 2020) traz as espécies de testemunha no
processo penal, apontando suas principais diferenças, veja:

I) Testemunhas numerárias: são aquelas que são computadas para efeito


de aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, ou seja, as
arroladas pelas partes e que prestam compromisso legal;
II) Testemunhas extranumerárias: não são computadas para efeito de
aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, podendo,
portanto, ser ouvidas em número ilimitado.
As testemunhas extranumerárias poderão ser:

- Aquelas ouvidas por iniciativa do juiz, conforme art. 209, caput, CPP que
afirma: Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras
testemunhas, além das indicadas pelas partes.
- As que não prestam o compromisso legal e foram arroladas pelas partes
- As que nada sabem que interesse à decisão da causa, conforme art. 209, §
2º CPP, que afirma: § 2o Não será computada como testemunha a pessoa que
nada souber que interesse à decisão da causa.

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III) Testemunha direta: também conhecida como testemunha visual, é


aquela que depõe sobre fatos que presenciou ou visualizou
d) Testemunha indireta: também conhecida como testemunha auricular,
essa pessoa não presenciou diretamente o fato delituoso, mas ouviu falar sobre
ele. Como dito acima, em regra, a testemunha depõe a partir de seu
conhecimento pessoal sobre os fatos que ela foi chamada a comprovar; qualquer
outro tipo de declaração é considerado testemunho indireto (em inglês, hearsay).
Quanto ao seu valor probatório, oportuna é a lição da 6ª Turma do STJ:
“(...) A norma segundo a qual a testemunha deve depor pelo que sabe per
proprium sensum et non per sensumalterius impede, em alguns sistemas – como
o norte-americano – o depoimento da testemunha indireta, por ouvir dizer
(hearsay rule). No Brasil, embora não haja impedimento legal a esse tipo de
depoimento, ‘não se pode tolerar que alguém vá a juízo repetir a vox publica.
Testemunha que depusesse para dizer o que lhe contou, o que ouviu, sem apontar
seus informantes, não deveria ser levada em conta”.

4- De acordo com Código de Processo Penal:

A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em flagrante,


momento em que são exigidas ao menos duas testemunhas fedatárias que hajam
testemunhado a apresentação do preso à autoridade.
GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Certo. Artigo 304 §2 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA
Renato Brasileiro (p. 770, 2020) traz as espécies de testemunha no
processo penal, apontando suas principais diferenças, veja:

I) Testemunhas numerárias: são aquelas que são computadas para efeito


de aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, ou seja, as
arroladas pelas partes e que prestam compromisso legal;
II) Testemunhas extranumerárias: não são computadas para efeito de
aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, podendo,
portanto, ser ouvidas em número ilimitado.
As testemunhas extranumerárias poderão ser:

- Aquelas ouvidas por iniciativa do juiz, conforme art. 209, caput, CPP que
afirma: Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras
testemunhas, além das indicadas pelas partes.
- As que não prestam o compromisso legal e foram arroladas pelas partes

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- As que nada sabem que interesse à decisão da causa, conforme art. 209, §
2º CPP, que afirma: § 2o Não será computada como testemunha a pessoa que
nada souber que interesse à decisão da causa.

III) Testemunha direta: também conhecida como testemunha visual, é


aquela que depõe sobre fatos que presenciou ou visualizou
IV) Testemunha indireta: também conhecida como testemunha auricular,
essa pessoa não presenciou diretamente o fato delituoso, mas ouviu falar sobre
ele. Como dito acima, em regra, a testemunha depõe a partir de seu
conhecimento pessoal sobre os fatos que ela foi chamada a comprovar; qualquer
outro tipo de declaração é considerado testemunho indireto (em inglês, hearsay).
Quanto ao seu valor probatório, oportuna é a lição da 6ª Turma do STJ:
“(...) A norma segundo a qual a testemunha deve depor pelo que sabe per
proprium sensum et non per sensumalterius impede, em alguns sistemas – como
o norte-americano – o depoimento da testemunha indireta, por ouvir dizer
(hearsay rule). No Brasil, embora não haja impedimento legal a esse tipo de
depoimento, ‘não se pode tolerar que alguém vá a juízo repetir a vox publica.
Testemunha que depusesse para dizer o que lhe contou, o que ouviu, sem apontar
seus informantes, não deveria ser levada em conta”.

V) Testemunha própria: é aquela que depõe sobre o thema probandum,


ou seja, acerca da imputação constante da peça acusatória;
VI) Testemunha imprópria, instrumentária ou fedatária: são aquelas
que depõem sobre a regularidade de um ato ou fato processual, e não sobre o
fato delituoso objeto do processo criminal.
Exemplificando: dispõe o art. 304 do CPP que “Art. 304. Apresentado o
preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua
assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em
seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao
interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada
oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto.” Já seu
§ 2º, afirma que a falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão
em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos
duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade.

5- Analise o item abaixo:

A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão, entretanto,


recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda
que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo da vítima, salvo quando não for
possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA
Errado. São os parentes do acusado, e não da vítima. Artigo 206 CPP.

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SOLUÇÃO COMPLETA

Renato Brasileiro (p. 770, 2020) traz as espécies de testemunha no


processo penal, apontando suas principais diferenças, veja:

I) Testemunhas numerárias: são aquelas que são computadas para efeito


de aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, ou seja, as
arroladas pelas partes e que prestam compromisso legal;
II) Testemunhas extranumerárias: não são computadas para efeito de
aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, podendo,
portanto, ser ouvidas em número ilimitado.
As testemunhas extranumerárias poderão ser:

- Aquelas ouvidas por iniciativa do juiz, conforme art. 209, caput, CPP que
afirma: Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras
testemunhas, além das indicadas pelas partes.
- As que não prestam o compromisso legal e foram arroladas pelas partes
- As que nada sabem que interesse à decisão da causa, conforme art. 209, §
2º CPP, que afirma: § 2o Não será computada como testemunha a pessoa que
nada souber que interesse à decisão da causa.

III) Testemunha direta: também conhecida como testemunha visual, é


aquela que depõe sobre fatos que presenciou ou visualizou
IV) Testemunha indireta: também conhecida como testemunha auricular,
essa pessoa não presenciou diretamente o fato delituoso, mas ouviu falar sobre
ele. Como dito acima, em regra, a testemunha depõe a partir de seu
conhecimento pessoal sobre os fatos que ela foi chamada a comprovar; qualquer
outro tipo de declaração é considerado testemunho indireto (em inglês, hearsay).
Quanto ao seu valor probatório, oportuna é a lição da 6ª Turma do STJ:
“(...) A norma segundo a qual a testemunha deve depor pelo que sabe per
proprium sensum et non per sensumalterius impede, em alguns sistemas – como
o norte-americano – o depoimento da testemunha indireta, por ouvir dizer
(hearsay rule). No Brasil, embora não haja impedimento legal a esse tipo de
depoimento, ‘não se pode tolerar que alguém vá a juízo repetir a vox publica.
Testemunha que depusesse para dizer o que lhe contou, o que ouviu, sem apontar
seus informantes, não deveria ser levada em conta”.

V) Testemunha própria: é aquela que depõe sobre o thema probandum,


ou seja, acerca da imputação constante da peça acusatória;
VI) Testemunha imprópria, instrumentária ou fedatária: são aquelas
que depõem sobre a regularidade de um ato ou fato processual, e não sobre o
fato delituoso objeto do processo criminal.
Exemplificando: dispõe o art. 304 do CPP que “Art. 304. Apresentado o
preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua
assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em
seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao
interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada
oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto.” Já seu

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§ 2º, afirma que a falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão
em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos
duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade.
No item pertinente aos deveres das testemunhas, já dissemos que, em
regra, a testemunha assume o compromisso de dizer a verdade, nos moldes do
art. 203 do CPP. Tal compromisso, todavia, não será deferido aos doentes e
deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem tampouco às
pessoas a que se refere o art. 206 do CPP.

VII) Informante: são aquelas pessoas que são ouvidas, porém sem
prestar o compromisso de dizer a verdade. Além das pessoas do art. 206, que
porventura prestem seu depoimento, também estão incluídos os menores de 14
(quatorze) anos, os doentes e deficientes mentais (CPP, art. 208).

Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor.


Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim
em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho
adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou
integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.

Art. 208. Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes
e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a
que se refere o art. 206.

Quando da assunção do compromisso de dizer a verdade, diz a parte final do


caput do art. 210 do CPP que o magistrado deve adverti-la das penas cominadas
ao falso testemunho (reclusão, de 2 a 4 anos, e multa).

VIII) Testemunha referida: é aquela que foi mencionada por outra


pessoa, sendo ouvida a pedido das partes ou de ofício pelo magistrado (CPP, art.
209, § 1º). Podem ou não prestar compromisso, a depender do caso concreto;

IX) Depoimento ad perpetuam rei memoriam: se qualquer testemunha


houver de ausentar-se, ou, por enfermidade ou por velhice, inspirar receio de que
ao tempo da instrução criminal já não exista, ou esteja impossibilitada de depor, o
juiz poderá, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, tomar-lhe
antecipadamente o depoimento (CPP, art. 225). O procedimento da oitiva será o
da produção antecipada de provas dos arts. 381 a 383 do novo CPC.

X) Testemunha anônima: é aquela cuja identidade verdadeira –


compreendendo nome, sobrenome, endereço e demais dados qualificativos – não
é divulgada ao acusado e ao seu defensor técnico;

XI) Testemunha ausente: é aquela que não comparece em pessoa para


prestar depoimento durante o julgamento do acusado, por diversos motivos (v.g.,
testemunha que faleceu logo após o crime);

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XII) Testemunha remota: é aquela que presta seu depoimento por


videoconferência.

6- Analise o item abaixo sobre a disciplina de testemunhas no Código de Processo


Penal

Parentes do réu podem se recusar a funcionar como testemunha.


GABARITO CERTO.

SOLUÇÃO RÁPIDA

Certo. Artigo 206 CPP.

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processo penal, apontando suas principais diferenças, veja:

I) Testemunhas numerárias: são aquelas que são computadas para efeito


de aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, ou seja, as
arroladas pelas partes e que prestam compromisso legal;
II) Testemunhas extranumerárias: não são computadas para efeito de
aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, podendo,
portanto, ser ouvidas em número ilimitado.
As testemunhas extranumerárias poderão ser:

- Aquelas ouvidas por iniciativa do juiz, conforme art. 209, caput, CPP que
afirma: Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras
testemunhas, além das indicadas pelas partes.
- As que não prestam o compromisso legal e foram arroladas pelas partes
- As que nada sabem que interesse à decisão da causa, conforme art. 209, §
2º CPP, que afirma: § 2o Não será computada como testemunha a pessoa que
nada souber que interesse à decisão da causa.

III) Testemunha direta: também conhecida como testemunha visual, é


aquela que depõe sobre fatos que presenciou ou visualizou
IV) Testemunha indireta: também conhecida como testemunha auricular,
essa pessoa não presenciou diretamente o fato delituoso, mas ouviu falar sobre
ele. Como dito acima, em regra, a testemunha depõe a partir de seu
conhecimento pessoal sobre os fatos que ela foi chamada a comprovar; qualquer
outro tipo de declaração é considerado testemunho indireto (em inglês, hearsay).
Quanto ao seu valor probatório, oportuna é a lição da 6ª Turma do STJ:
“(...) A norma segundo a qual a testemunha deve depor pelo que sabe per
proprium sensum et non per sensumalterius impede, em alguns sistemas – como
o norte-americano – o depoimento da testemunha indireta, por ouvir dizer
(hearsay rule). No Brasil, embora não haja impedimento legal a esse tipo de
depoimento, ‘não se pode tolerar que alguém vá a juízo repetir a vox publica.

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Testemunha que depusesse para dizer o que lhe contou, o que ouviu, sem apontar
seus informantes, não deveria ser levada em conta”.

V) Testemunha própria: é aquela que depõe sobre o thema probandum,


ou seja, acerca da imputação constante da peça acusatória;
VI) Testemunha imprópria, instrumentária ou fedatária: são aquelas
que depõem sobre a regularidade de um ato ou fato processual, e não sobre o
fato delituoso objeto do processo criminal.
Exemplificando: dispõe o art. 304 do CPP que “Art. 304. Apresentado o
preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua
assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em
seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao
interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada
oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto.” Já seu
§ 2º, afirma que a falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão
em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos
duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade.
No item pertinente aos deveres das testemunhas, já dissemos que, em
regra, a testemunha assume o compromisso de dizer a verdade, nos moldes do
art. 203 do CPP. Tal compromisso, todavia, não será deferido aos doentes e
deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem tampouco às
pessoas a que se refere o art. 206 do CPP.

VII) Informante: são aquelas pessoas que são ouvidas, porém sem
prestar o compromisso de dizer a verdade. Além das pessoas do art. 206, que
porventura prestem seu depoimento, também estão incluídos os menores de 14
(quatorze) anos, os doentes e deficientes mentais (CPP, art. 208).

Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor.


Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim
em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho
adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou
integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.

Art. 208. Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes
e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a
que se refere o art. 206.

Quando da assunção do compromisso de dizer a verdade, diz a parte final do


caput do art. 210 do CPP que o magistrado deve adverti-la das penas cominadas
ao falso testemunho (reclusão, de 2 a 4 anos, e multa).

7- Julgue o item a seguir:

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São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou


profissão, devam guardar segredo, ainda que sejam desobrigadas pela parte interessada,
e quiserem dar o seu testemunho.
GABARITO ERRADO.

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. Artigo 207 CPP.

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Renato Brasileiro (p. 770, 2020) traz as espécies de testemunha no
processo penal, apontando suas principais diferenças, veja:

I) Testemunhas numerárias: são aquelas que são computadas para efeito


de aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, ou seja, as
arroladas pelas partes e que prestam compromisso legal;
II) Testemunhas extranumerárias: não são computadas para efeito de
aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, podendo,
portanto, ser ouvidas em número ilimitado.
As testemunhas extranumerárias poderão ser:

- Aquelas ouvidas por iniciativa do juiz, conforme art. 209, caput, CPP que
afirma: Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras
testemunhas, além das indicadas pelas partes.
- As que não prestam o compromisso legal e foram arroladas pelas partes
- As que nada sabem que interesse à decisão da causa, conforme art. 209, §
2º CPP, que afirma: § 2o Não será computada como testemunha a pessoa que
nada souber que interesse à decisão da causa.

III) Testemunha direta: também conhecida como testemunha visual, é


aquela que depõe sobre fatos que presenciou ou visualizou
IV) Testemunha indireta: também conhecida como testemunha auricular,
essa pessoa não presenciou diretamente o fato delituoso, mas ouviu falar sobre
ele. Como dito acima, em regra, a testemunha depõe a partir de seu
conhecimento pessoal sobre os fatos que ela foi chamada a comprovar; qualquer
outro tipo de declaração é considerado testemunho indireto (em inglês, hearsay).
Quanto ao seu valor probatório, oportuna é a lição da 6ª Turma do STJ:
“(...) A norma segundo a qual a testemunha deve depor pelo que sabe per
proprium sensum et non per sensumalterius impede, em alguns sistemas – como
o norte-americano – o depoimento da testemunha indireta, por ouvir dizer
(hearsay rule). No Brasil, embora não haja impedimento legal a esse tipo de
depoimento, ‘não se pode tolerar que alguém vá a juízo repetir a vox publica.
Testemunha que depusesse para dizer o que lhe contou, o que ouviu, sem apontar
seus informantes, não deveria ser levada em conta”.

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V) Testemunha própria: é aquela que depõe sobre o thema probandum,


ou seja, acerca da imputação constante da peça acusatória;
VI) Testemunha imprópria, instrumentária ou fedatária: são aquelas
que depõem sobre a regularidade de um ato ou fato processual, e não sobre o
fato delituoso objeto do processo criminal.
Exemplificando: dispõe o art. 304 do CPP que “Art. 304. Apresentado o
preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua
assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em
seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao
interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada
oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto.” Já seu
§ 2º, afirma que a falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão
em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos
duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade.
No item pertinente aos deveres das testemunhas, já dissemos que, em
regra, a testemunha assume o compromisso de dizer a verdade, nos moldes do
art. 203 do CPP. Tal compromisso, todavia, não será deferido aos doentes e
deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem tampouco às
pessoas a que se refere o art. 206 do CPP.

VII) Informante: são aquelas pessoas que são ouvidas, porém sem
prestar o compromisso de dizer a verdade. Além das pessoas do art. 206, que
porventura prestem seu depoimento, também estão incluídos os menores de 14
(quatorze) anos, os doentes e deficientes mentais (CPP, art. 208).

Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor.


Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim
em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho
adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou
integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.

Art. 207. São proibidas de depor as pessoas que, em razão de


função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se,
desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.

Art. 208. Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes
e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a
que se refere o art. 206.

Quando da assunção do compromisso de dizer a verdade, diz a parte final do


caput do art. 210 do CPP que o magistrado deve adverti-la das penas cominadas
ao falso testemunho (reclusão, de 2 a 4 anos, e multa).

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8- Não possuem compromisso de dizer a verdade os menores de 14 anos e o


cônjuge do acusado, salvo se desquitado.

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. Até mesmo o cônjuge desquitado não é obrigado a contar com a


verdade, conforme artigo 206 e 208 CPP.

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Renato Brasileiro (p. 770, 2020) traz as espécies de testemunha no


processo penal, apontando suas principais diferenças, veja:

I) Testemunhas numerárias: são aquelas que são computadas para efeito


de aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, ou seja, as
arroladas pelas partes e que prestam compromisso legal;
II) Testemunhas extranumerárias: não são computadas para efeito de
aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, podendo,
portanto, ser ouvidas em número ilimitado.
As testemunhas extranumerárias poderão ser:

- Aquelas ouvidas por iniciativa do juiz, conforme art. 209, caput, CPP que
afirma: Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras
testemunhas, além das indicadas pelas partes.
- As que não prestam o compromisso legal e foram arroladas pelas partes
- As que nada sabem que interesse à decisão da causa, conforme art. 209, §
2º CPP, que afirma: § 2o Não será computada como testemunha a pessoa que
nada souber que interesse à decisão da causa.

III) Testemunha direta: também conhecida como testemunha visual, é


aquela que depõe sobre fatos que presenciou ou visualizou
IV) Testemunha indireta: também conhecida como testemunha auricular,
essa pessoa não presenciou diretamente o fato delituoso, mas ouviu falar sobre
ele. Como dito acima, em regra, a testemunha depõe a partir de seu
conhecimento pessoal sobre os fatos que ela foi chamada a comprovar; qualquer
outro tipo de declaração é considerado testemunho indireto (em inglês, hearsay).
Quanto ao seu valor probatório, oportuna é a lição da 6ª Turma do STJ:
“(...) A norma segundo a qual a testemunha deve depor pelo que sabe per
proprium sensum et non per sensumalterius impede, em alguns sistemas – como
o norte-americano – o depoimento da testemunha indireta, por ouvir dizer
(hearsay rule). No Brasil, embora não haja impedimento legal a esse tipo de
depoimento, ‘não se pode tolerar que alguém vá a juízo repetir a vox publica.
Testemunha que depusesse para dizer o que lhe contou, o que ouviu, sem apontar
seus informantes, não deveria ser levada em conta”.

MUDE SUA VIDA!


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V) Testemunha própria: é aquela que depõe sobre o thema probandum,


ou seja, acerca da imputação constante da peça acusatória;
VI) Testemunha imprópria, instrumentária ou fedatária: são aquelas
que depõem sobre a regularidade de um ato ou fato processual, e não sobre o
fato delituoso objeto do processo criminal.
Exemplificando: dispõe o art. 304 do CPP que “Art. 304. Apresentado o
preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua
assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em
seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao
interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada
oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto.” Já seu
§ 2º, afirma que a falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão
em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos
duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade.
No item pertinente aos deveres das testemunhas, já dissemos que, em
regra, a testemunha assume o compromisso de dizer a verdade, nos moldes do
art. 203 do CPP. Tal compromisso, todavia, não será deferido aos doentes e
deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem tampouco às
pessoas a que se refere o art. 206 do CPP.

VII) Informante: são aquelas pessoas que são ouvidas, porém sem
prestar o compromisso de dizer a verdade. Além das pessoas do art. 206, que
porventura prestem seu depoimento, também estão incluídos os menores de 14
(quatorze) anos, os doentes e deficientes mentais (CPP, art. 208).

Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor.


Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim
em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho
adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou
integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.

Art. 207. São proibidas de depor as pessoas que, em razão de


função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se,
desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.

Art. 208. Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes
e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a
que se refere o art. 206.

Quando da assunção do compromisso de dizer a verdade, diz a parte final do


caput do art. 210 do CPP que o magistrado deve adverti-la das penas cominadas
ao falso testemunho (reclusão, de 2 a 4 anos, e multa).

9- Sobre testemunhas e o processo penal, analise a assertiva abaixo:

MUDE SUA VIDA!


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Testemunha direta também é conhecida como testemunha visual, por sua vez, a
testemunha indireta é aquela que não presenciou diretamente o fato delituoso, sendo a
ultima proibida pelo ordenamento jurídico de depor.
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. Ambas podem depor.

SOLUÇÃO COMPLETA
Renato Brasileiro (p. 770, 2020) traz as espécies de testemunha no
processo penal, apontando suas principais diferenças, veja:

I) Testemunhas numerárias: são aquelas que são computadas para efeito


de aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, ou seja, as
arroladas pelas partes e que prestam compromisso legal;
II) Testemunhas extranumerárias: não são computadas para efeito de
aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, podendo,
portanto, ser ouvidas em número ilimitado.
As testemunhas extranumerárias poderão ser:

- Aquelas ouvidas por iniciativa do juiz, conforme art. 209, caput, CPP que
afirma: Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras
testemunhas, além das indicadas pelas partes.
- As que não prestam o compromisso legal e foram arroladas pelas partes
- As que nada sabem que interesse à decisão da causa, conforme art. 209, §
2º CPP, que afirma: § 2o Não será computada como testemunha a pessoa que
nada souber que interesse à decisão da causa.

III) Testemunha direta: também conhecida como testemunha visual, é


aquela que depõe sobre fatos que presenciou ou visualizou
IV) Testemunha indireta: também conhecida como testemunha auricular,
essa pessoa não presenciou diretamente o fato delituoso, mas ouviu falar sobre
ele. Como dito acima, em regra, a testemunha depõe a partir de seu
conhecimento pessoal sobre os fatos que ela foi chamada a comprovar; qualquer
outro tipo de declaração é considerado testemunho indireto (em inglês, hearsay).
Quanto ao seu valor probatório, oportuna é a lição da 6ª Turma do STJ:
“(...) A norma segundo a qual a testemunha deve depor pelo que sabe per
proprium sensum et non per sensumalterius impede, em alguns sistemas – como
o norte-americano – o depoimento da testemunha indireta, por ouvir dizer
(hearsay rule). No Brasil, embora não haja impedimento legal a esse tipo de
depoimento, ‘não se pode tolerar que alguém vá a juízo repetir a vox publica.
Testemunha que depusesse para dizer o que lhe contou, o que ouviu, sem apontar
seus informantes, não deveria ser levada em conta”.

V) Testemunha própria: é aquela que depõe sobre o thema probandum,


ou seja, acerca da imputação constante da peça acusatória;

MUDE SUA VIDA!


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VI) Testemunha imprópria, instrumentária ou fedatária: são aquelas


que depõem sobre a regularidade de um ato ou fato processual, e não sobre o
fato delituoso objeto do processo criminal.
Exemplificando: dispõe o art. 304 do CPP que “Art. 304. Apresentado o
preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua
assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em
seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao
interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada
oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto.” Já seu
§ 2º, afirma que a falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão
em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos
duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade.
No item pertinente aos deveres das testemunhas, já dissemos que, em
regra, a testemunha assume o compromisso de dizer a verdade, nos moldes do
art. 203 do CPP. Tal compromisso, todavia, não será deferido aos doentes e
deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem tampouco às
pessoas a que se refere o art. 206 do CPP.

VII) Informante: são aquelas pessoas que são ouvidas, porém sem
prestar o compromisso de dizer a verdade. Além das pessoas do art. 206, que
porventura prestem seu depoimento, também estão incluídos os menores de 14
(quatorze) anos, os doentes e deficientes mentais (CPP, art. 208).

Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor.


Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim
em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho
adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou
integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.

Art. 207. São proibidas de depor as pessoas que, em razão de


função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se,
desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.

Art. 208. Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes
e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a
que se refere o art. 206.

Quando da assunção do compromisso de dizer a verdade, diz a parte final do


caput do art. 210 do CPP que o magistrado deve adverti-la das penas cominadas
ao falso testemunho (reclusão, de 2 a 4 anos, e multa).

10- Analise o item que segue:

As testemunhas que não prestarem o compromisso legal e forem arroladas pelas


partes, não serão computadas para efeito de aferição do número máximo de testemunhas
legalmente permitido.
GABARITO CERTO

MUDE SUA VIDA!


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SOLUÇÃO RÁPIDA

Certo. São chamadas de testemunhas extranumerárias.

SOLUÇÃO COMPLETA

Renato Brasileiro (p. 770, 2020) traz as espécies de testemunha no


processo penal, apontando suas principais diferenças, veja:

I) Testemunhas numerárias: são aquelas que são computadas para efeito


de aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, ou seja, as
arroladas pelas partes e que prestam compromisso legal;
II) Testemunhas extranumerárias: não são computadas para efeito de
aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, podendo,
portanto, ser ouvidas em número ilimitado.
As testemunhas extranumerárias poderão ser:

- Aquelas ouvidas por iniciativa do juiz, conforme art. 209, caput, CPP que
afirma: Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras
testemunhas, além das indicadas pelas partes.
- As que não prestam o compromisso legal e foram arroladas pelas partes
- As que nada sabem que interesse à decisão da causa, conforme art. 209, §
2º CPP, que afirma: § 2o Não será computada como testemunha a pessoa que
nada souber que interesse à decisão da causa.

III) Testemunha direta: também conhecida como testemunha visual, é


aquela que depõe sobre fatos que presenciou ou visualizou
IV) Testemunha indireta: também conhecida como testemunha auricular,
essa pessoa não presenciou diretamente o fato delituoso, mas ouviu falar sobre
ele. Como dito acima, em regra, a testemunha depõe a partir de seu
conhecimento pessoal sobre os fatos que ela foi chamada a comprovar; qualquer
outro tipo de declaração é considerado testemunho indireto (em inglês, hearsay).
Quanto ao seu valor probatório, oportuna é a lição da 6ª Turma do STJ:
“(...) A norma segundo a qual a testemunha deve depor pelo que sabe per
proprium sensum et non per sensumalterius impede, em alguns sistemas – como
o norte-americano – o depoimento da testemunha indireta, por ouvir dizer
(hearsay rule). No Brasil, embora não haja impedimento legal a esse tipo de
depoimento, ‘não se pode tolerar que alguém vá a juízo repetir a vox publica.
Testemunha que depusesse para dizer o que lhe contou, o que ouviu, sem apontar
seus informantes, não deveria ser levada em conta”.

V) Testemunha própria: é aquela que depõe sobre o thema probandum,


ou seja, acerca da imputação constante da peça acusatória;
VI) Testemunha imprópria, instrumentária ou fedatária: são aquelas
que depõem sobre a regularidade de um ato ou fato processual, e não sobre o
fato delituoso objeto do processo criminal.

MUDE SUA VIDA!


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Exemplificando: dispõe o art. 304 do CPP que “Art. 304. Apresentado o


preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua
assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em
seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao
interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada
oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto.” Já seu
§ 2º, afirma que a falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão
em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos
duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade.
No item pertinente aos deveres das testemunhas, já dissemos que, em
regra, a testemunha assume o compromisso de dizer a verdade, nos moldes do
art. 203 do CPP. Tal compromisso, todavia, não será deferido aos doentes e
deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem tampouco às
pessoas a que se refere o art. 206 do CPP.

VII) Informante: são aquelas pessoas que são ouvidas, porém sem
prestar o compromisso de dizer a verdade. Além das pessoas do art. 206, que
porventura prestem seu depoimento, também estão incluídos os menores de 14
(quatorze) anos, os doentes e deficientes mentais (CPP, art. 208).

Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor.


Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim
em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho
adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou
integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.

Art. 207. São proibidas de depor as pessoas que, em razão de


função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se,
desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.

Art. 208. Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes
e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a
que se refere o art. 206.

Quando da assunção do compromisso de dizer a verdade, diz a parte final do


caput do art. 210 do CPP que o magistrado deve adverti-la das penas cominadas
ao falso testemunho (reclusão, de 2 a 4 anos, e multa).

11- Em relação a pessoa que não souber nada que interesse à decisão da causa, o
Código de Processo Penal afirma que:

A) Que não será ouvida


B) Que poderá ser ouvida como testemunha numerária
C) Que poderá ser ouvida como testemunha extranumerária
D) Que poderá ser ouvida como testemunha indireta

MUDE SUA VIDA!


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GABARITO LETRA C

SOLUÇÃO RÁPIDA
A) Que não será ouvida (errado)
Errado. Artigo 209 §2 CPP.

B) Que poderá ser ouvida como testemunha numerária (errado)


Errado. Artigo 209 §2 CPP.

C) Que poderá ser ouvida como testemunha extranumerária (certo)


Certo. Artigo 209 §2 CPP.

D) Que poderá ser ouvida como testemunha indireta (errado)


Errado. Artigo 209 §2 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA
A) Que não será ouvida (errado)
Renato Brasileiro (p. 770, 2020) traz as espécies de testemunha no
processo penal, apontando suas principais diferenças, veja:

I) Testemunhas numerárias: são aquelas que são computadas para efeito


de aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, ou seja, as
arroladas pelas partes e que prestam compromisso legal;
II) Testemunhas extranumerárias: não são computadas para efeito de
aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, podendo,
portanto, ser ouvidas em número ilimitado.
As testemunhas extranumerárias poderão ser:

- Aquelas ouvidas por iniciativa do juiz, conforme art. 209, caput, CPP que
afirma: Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras
testemunhas, além das indicadas pelas partes.
- As que não prestam o compromisso legal e foram arroladas pelas partes
- As que nada sabem que interesse à decisão da causa, conforme art. 209, §
2º CPP, que afirma: § 2o Não será computada como testemunha a pessoa que
nada souber que interesse à decisão da causa.

III) Testemunha direta: também conhecida como testemunha visual, é


aquela que depõe sobre fatos que presenciou ou visualizou
IV) Testemunha indireta: também conhecida como testemunha auricular,
essa pessoa não presenciou diretamente o fato delituoso, mas ouviu falar sobre
ele. Como dito acima, em regra, a testemunha depõe a partir de seu
conhecimento pessoal sobre os fatos que ela foi chamada a comprovar; qualquer
outro tipo de declaração é considerado testemunho indireto (em inglês, hearsay).
Quanto ao seu valor probatório, oportuna é a lição da 6ª Turma do STJ:
“(...) A norma segundo a qual a testemunha deve depor pelo que sabe per
proprium sensum et non per sensumalterius impede, em alguns sistemas – como

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o norte-americano – o depoimento da testemunha indireta, por ouvir dizer


(hearsay rule). No Brasil, embora não haja impedimento legal a esse tipo de
depoimento, ‘não se pode tolerar que alguém vá a juízo repetir a vox publica.
Testemunha que depusesse para dizer o que lhe contou, o que ouviu, sem apontar
seus informantes, não deveria ser levada em conta”.

V) Testemunha própria: é aquela que depõe sobre o thema probandum,


ou seja, acerca da imputação constante da peça acusatória;

VI) Testemunha imprópria, instrumentária ou fedatária: são aquelas


que depõem sobre a regularidade de um ato ou fato processual, e não sobre o
fato delituoso objeto do processo criminal.
Exemplificando: dispõe o art. 304 do CPP que “Art. 304. Apresentado o
preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua
assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em
seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao
interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada
oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto.” Já seu
§ 2º, afirma que a falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão
em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos
duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade.

VII) Informante: são aquelas pessoas que são ouvidas, porém sem
prestar o compromisso de dizer a verdade. Além das pessoas do art. 206, que
porventura prestem seu depoimento, também estão incluídos os menores de 14
(quatorze) anos, os doentes e deficientes mentais (CPP, art. 208).

VIII) Testemunha referida: é aquela que foi mencionada por outra


pessoa, sendo ouvida a pedido das partes ou de ofício pelo magistrado (CPP, art.
209, § 1º). Podem ou não prestar compromisso, a depender do caso concreto;

IX) Depoimento ad perpetuam rei memoriam: se qualquer testemunha


houver de ausentar-se, ou, por enfermidade ou por velhice, inspirar receio de que
ao tempo da instrução criminal já não exista, ou esteja impossibilitada de depor, o
juiz poderá, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, tomar-lhe
antecipadamente o depoimento (CPP, art. 225). O procedimento da oitiva será o
da produção antecipada de provas dos arts. 381 a 383 do novo CPC.

X) Testemunha anônima: é aquela cuja identidade verdadeira –


compreendendo nome, sobrenome, endereço e demais dados qualificativos – não
é divulgada ao acusado e ao seu defensor técnico;

XI) Testemunha ausente: é aquela que não comparece em pessoa para


prestar depoimento durante o julgamento do acusado, por diversos motivos (v.g.,
testemunha que faleceu logo após o crime);

XII) Testemunha remota: é aquela que presta seu depoimento por


videoconferência.

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B) Que poderá ser ouvida como testemunha numerária (errado)


Renato Brasileiro (p. 770, 2020) traz as espécies de testemunha no
processo penal, apontando suas principais diferenças, veja:

I) Testemunhas numerárias: são aquelas que são computadas para efeito


de aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, ou seja, as
arroladas pelas partes e que prestam compromisso legal;
II) Testemunhas extranumerárias: não são computadas para efeito de
aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, podendo,
portanto, ser ouvidas em número ilimitado.
As testemunhas extranumerárias poderão ser:

- Aquelas ouvidas por iniciativa do juiz, conforme art. 209, caput, CPP que
afirma: Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras
testemunhas, além das indicadas pelas partes.
- As que não prestam o compromisso legal e foram arroladas pelas partes
- As que nada sabem que interesse à decisão da causa, conforme art. 209, §
2º CPP, que afirma: § 2o Não será computada como testemunha a pessoa que
nada souber que interesse à decisão da causa.

III) Testemunha direta: também conhecida como testemunha visual, é


aquela que depõe sobre fatos que presenciou ou visualizou
IV) Testemunha indireta: também conhecida como testemunha auricular,
essa pessoa não presenciou diretamente o fato delituoso, mas ouviu falar sobre
ele. Como dito acima, em regra, a testemunha depõe a partir de seu
conhecimento pessoal sobre os fatos que ela foi chamada a comprovar; qualquer
outro tipo de declaração é considerado testemunho indireto (em inglês, hearsay).
Quanto ao seu valor probatório, oportuna é a lição da 6ª Turma do STJ:
“(...) A norma segundo a qual a testemunha deve depor pelo que sabe per
proprium sensum et non per sensumalterius impede, em alguns sistemas – como
o norte-americano – o depoimento da testemunha indireta, por ouvir dizer
(hearsay rule). No Brasil, embora não haja impedimento legal a esse tipo de
depoimento, ‘não se pode tolerar que alguém vá a juízo repetir a vox publica.
Testemunha que depusesse para dizer o que lhe contou, o que ouviu, sem apontar
seus informantes, não deveria ser levada em conta”.

V) Testemunha própria: é aquela que depõe sobre o thema probandum,


ou seja, acerca da imputação constante da peça acusatória;

VI) Testemunha imprópria, instrumentária ou fedatária: são aquelas


que depõem sobre a regularidade de um ato ou fato processual, e não sobre o
fato delituoso objeto do processo criminal.
Exemplificando: dispõe o art. 304 do CPP que “Art. 304. Apresentado o
preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua
assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em
seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao
interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada

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oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto.” Já seu


§ 2º, afirma que a falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão
em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos
duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade.

VII) Informante: são aquelas pessoas que são ouvidas, porém sem
prestar o compromisso de dizer a verdade. Além das pessoas do art. 206, que
porventura prestem seu depoimento, também estão incluídos os menores de 14
(quatorze) anos, os doentes e deficientes mentais (CPP, art. 208).

VIII) Testemunha referida: é aquela que foi mencionada por outra


pessoa, sendo ouvida a pedido das partes ou de ofício pelo magistrado (CPP, art.
209, § 1º). Podem ou não prestar compromisso, a depender do caso concreto;

IX) Depoimento ad perpetuam rei memoriam: se qualquer testemunha


houver de ausentar-se, ou, por enfermidade ou por velhice, inspirar receio de que
ao tempo da instrução criminal já não exista, ou esteja impossibilitada de depor, o
juiz poderá, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, tomar-lhe
antecipadamente o depoimento (CPP, art. 225). O procedimento da oitiva será o
da produção antecipada de provas dos arts. 381 a 383 do novo CPC.

X) Testemunha anônima: é aquela cuja identidade verdadeira –


compreendendo nome, sobrenome, endereço e demais dados qualificativos – não
é divulgada ao acusado e ao seu defensor técnico;

XI) Testemunha ausente: é aquela que não comparece em pessoa para


prestar depoimento durante o julgamento do acusado, por diversos motivos (v.g.,
testemunha que faleceu logo após o crime);

XII) Testemunha remota: é aquela que presta seu depoimento por


videoconferência.

C) Que poderá ser ouvida como testemunha extranumerária (certo)


Renato Brasileiro (p. 770, 2020) traz as espécies de testemunha no
processo penal, apontando suas principais diferenças, veja:

I) Testemunhas numerárias: são aquelas que são computadas para efeito


de aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, ou seja, as
arroladas pelas partes e que prestam compromisso legal;
II) Testemunhas extranumerárias: não são computadas para efeito de
aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, podendo,
portanto, ser ouvidas em número ilimitado.
As testemunhas extranumerárias poderão ser:

- Aquelas ouvidas por iniciativa do juiz, conforme art. 209, caput, CPP que
afirma: Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras
testemunhas, além das indicadas pelas partes.
- As que não prestam o compromisso legal e foram arroladas pelas partes

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- As que nada sabem que interesse à decisão da causa, conforme art. 209, §
2º CPP, que afirma: § 2o Não será computada como testemunha a pessoa que
nada souber que interesse à decisão da causa.

III) Testemunha direta: também conhecida como testemunha visual, é


aquela que depõe sobre fatos que presenciou ou visualizou
IV) Testemunha indireta: também conhecida como testemunha auricular,
essa pessoa não presenciou diretamente o fato delituoso, mas ouviu falar sobre
ele. Como dito acima, em regra, a testemunha depõe a partir de seu
conhecimento pessoal sobre os fatos que ela foi chamada a comprovar; qualquer
outro tipo de declaração é considerado testemunho indireto (em inglês, hearsay).
Quanto ao seu valor probatório, oportuna é a lição da 6ª Turma do STJ:
“(...) A norma segundo a qual a testemunha deve depor pelo que sabe per
proprium sensum et non per sensumalterius impede, em alguns sistemas – como
o norte-americano – o depoimento da testemunha indireta, por ouvir dizer
(hearsay rule). No Brasil, embora não haja impedimento legal a esse tipo de
depoimento, ‘não se pode tolerar que alguém vá a juízo repetir a vox publica.
Testemunha que depusesse para dizer o que lhe contou, o que ouviu, sem apontar
seus informantes, não deveria ser levada em conta”.

V) Testemunha própria: é aquela que depõe sobre o thema probandum,


ou seja, acerca da imputação constante da peça acusatória;

VI) Testemunha imprópria, instrumentária ou fedatária: são aquelas


que depõem sobre a regularidade de um ato ou fato processual, e não sobre o
fato delituoso objeto do processo criminal.
Exemplificando: dispõe o art. 304 do CPP que “Art. 304. Apresentado o
preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua
assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em
seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao
interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada
oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto.” Já seu
§ 2º, afirma que a falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão
em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos
duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade.

VII) Informante: são aquelas pessoas que são ouvidas, porém sem
prestar o compromisso de dizer a verdade. Além das pessoas do art. 206, que
porventura prestem seu depoimento, também estão incluídos os menores de 14
(quatorze) anos, os doentes e deficientes mentais (CPP, art. 208).

VIII) Testemunha referida: é aquela que foi mencionada por outra


pessoa, sendo ouvida a pedido das partes ou de ofício pelo magistrado (CPP, art.
209, § 1º). Podem ou não prestar compromisso, a depender do caso concreto;

IX) Depoimento ad perpetuam rei memoriam: se qualquer testemunha


houver de ausentar-se, ou, por enfermidade ou por velhice, inspirar receio de que
ao tempo da instrução criminal já não exista, ou esteja impossibilitada de depor, o

MUDE SUA VIDA!


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juiz poderá, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, tomar-lhe


antecipadamente o depoimento (CPP, art. 225). O procedimento da oitiva será o
da produção antecipada de provas dos arts. 381 a 383 do novo CPC.

X) Testemunha anônima: é aquela cuja identidade verdadeira –


compreendendo nome, sobrenome, endereço e demais dados qualificativos – não
é divulgada ao acusado e ao seu defensor técnico;

XI) Testemunha ausente: é aquela que não comparece em pessoa para


prestar depoimento durante o julgamento do acusado, por diversos motivos (v.g.,
testemunha que faleceu logo após o crime);

XII) Testemunha remota: é aquela que presta seu depoimento por


videoconferência.

D) Que poderá ser ouvida como testemunha indireta (errado)


Renato Brasileiro (p. 770, 2020) traz as espécies de testemunha no
processo penal, apontando suas principais diferenças, veja:

I) Testemunhas numerárias: são aquelas que são computadas para efeito


de aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, ou seja, as
arroladas pelas partes e que prestam compromisso legal;
II) Testemunhas extranumerárias: não são computadas para efeito de
aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, podendo,
portanto, ser ouvidas em número ilimitado.
As testemunhas extranumerárias poderão ser:

- Aquelas ouvidas por iniciativa do juiz, conforme art. 209, caput, CPP que
afirma: Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras
testemunhas, além das indicadas pelas partes.
- As que não prestam o compromisso legal e foram arroladas pelas partes
- As que nada sabem que interesse à decisão da causa, conforme art. 209, §
2º CPP, que afirma: § 2o Não será computada como testemunha a pessoa que
nada souber que interesse à decisão da causa.

III) Testemunha direta: também conhecida como testemunha visual, é


aquela que depõe sobre fatos que presenciou ou visualizou
IV) Testemunha indireta: também conhecida como testemunha auricular,
essa pessoa não presenciou diretamente o fato delituoso, mas ouviu falar sobre
ele. Como dito acima, em regra, a testemunha depõe a partir de seu
conhecimento pessoal sobre os fatos que ela foi chamada a comprovar; qualquer
outro tipo de declaração é considerado testemunho indireto (em inglês, hearsay).
Quanto ao seu valor probatório, oportuna é a lição da 6ª Turma do STJ:
“(...) A norma segundo a qual a testemunha deve depor pelo que sabe per
proprium sensum et non per sensumalterius impede, em alguns sistemas – como
o norte-americano – o depoimento da testemunha indireta, por ouvir dizer
(hearsay rule). No Brasil, embora não haja impedimento legal a esse tipo de
depoimento, ‘não se pode tolerar que alguém vá a juízo repetir a vox publica.

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Testemunha que depusesse para dizer o que lhe contou, o que ouviu, sem apontar
seus informantes, não deveria ser levada em conta”.

V) Testemunha própria: é aquela que depõe sobre o thema probandum,


ou seja, acerca da imputação constante da peça acusatória;

VI) Testemunha imprópria, instrumentária ou fedatária: são aquelas


que depõem sobre a regularidade de um ato ou fato processual, e não sobre o
fato delituoso objeto do processo criminal.
Exemplificando: dispõe o art. 304 do CPP que “Art. 304. Apresentado o
preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua
assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em
seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao
interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada
oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto.” Já seu
§ 2º, afirma que a falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão
em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos
duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade.

VII) Informante: são aquelas pessoas que são ouvidas, porém sem
prestar o compromisso de dizer a verdade. Além das pessoas do art. 206, que
porventura prestem seu depoimento, também estão incluídos os menores de 14
(quatorze) anos, os doentes e deficientes mentais (CPP, art. 208).

VIII) Testemunha referida: é aquela que foi mencionada por outra


pessoa, sendo ouvida a pedido das partes ou de ofício pelo magistrado (CPP, art.
209, § 1º). Podem ou não prestar compromisso, a depender do caso concreto;

IX) Depoimento ad perpetuam rei memoriam: se qualquer testemunha


houver de ausentar-se, ou, por enfermidade ou por velhice, inspirar receio de que
ao tempo da instrução criminal já não exista, ou esteja impossibilitada de depor, o
juiz poderá, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, tomar-lhe
antecipadamente o depoimento (CPP, art. 225). O procedimento da oitiva será o
da produção antecipada de provas dos arts. 381 a 383 do novo CPC.

X) Testemunha anônima: é aquela cuja identidade verdadeira –


compreendendo nome, sobrenome, endereço e demais dados qualificativos – não
é divulgada ao acusado e ao seu defensor técnico;

XI) Testemunha ausente: é aquela que não comparece em pessoa para


prestar depoimento durante o julgamento do acusado, por diversos motivos (v.g.,
testemunha que faleceu logo após o crime);

XII) Testemunha remota: é aquela que presta seu depoimento por


videoconferência.

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12- São ouvidos na condição de informante, exceto:


A) Os menores de 16 anos
B) Os menores de 14 anos
C) O cônjuge do acusado
D) O cônjuge desquitado do acusado

GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA
A) Os menores de 16 anos (certo)
Certo. Artigo 208 CPP.

B) Os menores de 14 anos (errado)


Errado. Artigo 208 CPP.

C) O cônjuge do acusado (errado)


Errado. Artigo 208 CPP.

D) O cônjuge desquitado do acusado (errado)


Errado. Artigo 208 CPP.
SOLUÇÃO COMPLETA
A) Os menores de 16 anos (certo)
Renato Brasileiro (p. 770, 2020) traz as espécies de testemunha no
processo penal, apontando suas principais diferenças, veja:

I) Testemunhas numerárias: são aquelas que são computadas para efeito


de aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, ou seja, as
arroladas pelas partes e que prestam compromisso legal;
II) Testemunhas extranumerárias: não são computadas para efeito de
aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, podendo,
portanto, ser ouvidas em número ilimitado.
As testemunhas extranumerárias poderão ser:

- Aquelas ouvidas por iniciativa do juiz, conforme art. 209, caput, CPP que
afirma: Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras
testemunhas, além das indicadas pelas partes.
- As que não prestam o compromisso legal e foram arroladas pelas partes
- As que nada sabem que interesse à decisão da causa, conforme art. 209, §
2º CPP, que afirma: § 2o Não será computada como testemunha a pessoa que
nada souber que interesse à decisão da causa.

III) Testemunha direta: também conhecida como testemunha visual, é


aquela que depõe sobre fatos que presenciou ou visualizou
IV) Testemunha indireta: também conhecida como testemunha auricular,
essa pessoa não presenciou diretamente o fato delituoso, mas ouviu falar sobre
ele. Como dito acima, em regra, a testemunha depõe a partir de seu

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conhecimento pessoal sobre os fatos que ela foi chamada a comprovar; qualquer
outro tipo de declaração é considerado testemunho indireto (em inglês, hearsay).
Quanto ao seu valor probatório, oportuna é a lição da 6ª Turma do STJ:
“(...) A norma segundo a qual a testemunha deve depor pelo que sabe per
proprium sensum et non per sensumalterius impede, em alguns sistemas – como
o norte-americano – o depoimento da testemunha indireta, por ouvir dizer
(hearsay rule). No Brasil, embora não haja impedimento legal a esse tipo de
depoimento, ‘não se pode tolerar que alguém vá a juízo repetir a vox publica.
Testemunha que depusesse para dizer o que lhe contou, o que ouviu, sem apontar
seus informantes, não deveria ser levada em conta”.

V) Testemunha própria: é aquela que depõe sobre o thema probandum,


ou seja, acerca da imputação constante da peça acusatória;

VI) Testemunha imprópria, instrumentária ou fedatária: são aquelas


que depõem sobre a regularidade de um ato ou fato processual, e não sobre o
fato delituoso objeto do processo criminal.
Exemplificando: dispõe o art. 304 do CPP que “Art. 304. Apresentado o
preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua
assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em
seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao
interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada
oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto.” Já seu
§ 2º, afirma que a falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão
em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos
duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade.

VII) Informante: são aquelas pessoas que são ouvidas, porém sem
prestar o compromisso de dizer a verdade. Além das pessoas do art. 206, que
porventura prestem seu depoimento, também estão incluídos os menores de 14
(quatorze) anos, os doentes e deficientes mentais (CPP, art. 208).

Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor.


Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim
em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho
adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou
integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.

Art. 208. Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes
e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a
que se refere o art. 206.

VIII) Testemunha referida: é aquela que foi mencionada por outra


pessoa, sendo ouvida a pedido das partes ou de ofício pelo magistrado (CPP, art.
209, § 1º). Podem ou não prestar compromisso, a depender do caso concreto;

IX) Depoimento ad perpetuam rei memoriam: se qualquer testemunha


houver de ausentar-se, ou, por enfermidade ou por velhice, inspirar receio de que

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ao tempo da instrução criminal já não exista, ou esteja impossibilitada de depor, o


juiz poderá, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, tomar-lhe
antecipadamente o depoimento (CPP, art. 225). O procedimento da oitiva será o
da produção antecipada de provas dos arts. 381 a 383 do novo CPC.

X) Testemunha anônima: é aquela cuja identidade verdadeira –


compreendendo nome, sobrenome, endereço e demais dados qualificativos – não
é divulgada ao acusado e ao seu defensor técnico;

XI) Testemunha ausente: é aquela que não comparece em pessoa para


prestar depoimento durante o julgamento do acusado, por diversos motivos (v.g.,
testemunha que faleceu logo após o crime);

XII) Testemunha remota: é aquela que presta seu depoimento por


videoconferência.

No item pertinente aos deveres das testemunhas, já dissemos que, em


regra, a testemunha assume o compromisso de dizer a verdade, nos moldes do
art. 203 do CPP. Tal compromisso, todavia, não será deferido aos doentes e
deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem tampouco às
pessoas a que se refere o art. 206 do CPP.
Quando da assunção do compromisso de dizer a verdade, diz a parte final do
caput do art. 210 do CPP que o magistrado deve adverti-la das penas cominadas
ao falso testemunho (reclusão, de 2 a 4 anos, e multa).

B) Os menores de 14 anos (errado)


Renato Brasileiro (p. 770, 2020) traz as espécies de testemunha no
processo penal, apontando suas principais diferenças, veja:

I) Testemunhas numerárias: são aquelas que são computadas para efeito


de aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, ou seja, as
arroladas pelas partes e que prestam compromisso legal;
II) Testemunhas extranumerárias: não são computadas para efeito de
aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, podendo,
portanto, ser ouvidas em número ilimitado.
As testemunhas extranumerárias poderão ser:

- Aquelas ouvidas por iniciativa do juiz, conforme art. 209, caput, CPP que
afirma: Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras
testemunhas, além das indicadas pelas partes.
- As que não prestam o compromisso legal e foram arroladas pelas partes
- As que nada sabem que interesse à decisão da causa, conforme art. 209, §
2º CPP, que afirma: § 2o Não será computada como testemunha a pessoa que
nada souber que interesse à decisão da causa.

III) Testemunha direta: também conhecida como testemunha visual, é


aquela que depõe sobre fatos que presenciou ou visualizou

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IV) Testemunha indireta: também conhecida como testemunha auricular,


essa pessoa não presenciou diretamente o fato delituoso, mas ouviu falar sobre
ele. Como dito acima, em regra, a testemunha depõe a partir de seu
conhecimento pessoal sobre os fatos que ela foi chamada a comprovar; qualquer
outro tipo de declaração é considerado testemunho indireto (em inglês, hearsay).
Quanto ao seu valor probatório, oportuna é a lição da 6ª Turma do STJ:
“(...) A norma segundo a qual a testemunha deve depor pelo que sabe per
proprium sensum et non per sensumalterius impede, em alguns sistemas – como
o norte-americano – o depoimento da testemunha indireta, por ouvir dizer
(hearsay rule). No Brasil, embora não haja impedimento legal a esse tipo de
depoimento, ‘não se pode tolerar que alguém vá a juízo repetir a vox publica.
Testemunha que depusesse para dizer o que lhe contou, o que ouviu, sem apontar
seus informantes, não deveria ser levada em conta”.

V) Testemunha própria: é aquela que depõe sobre o thema probandum,


ou seja, acerca da imputação constante da peça acusatória;

VI) Testemunha imprópria, instrumentária ou fedatária: são aquelas


que depõem sobre a regularidade de um ato ou fato processual, e não sobre o
fato delituoso objeto do processo criminal.
Exemplificando: dispõe o art. 304 do CPP que “Art. 304. Apresentado o
preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua
assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em
seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao
interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada
oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto.” Já seu
§ 2º, afirma que a falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão
em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos
duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade.

VII) Informante: são aquelas pessoas que são ouvidas, porém sem
prestar o compromisso de dizer a verdade. Além das pessoas do art. 206, que
porventura prestem seu depoimento, também estão incluídos os menores de 14
(quatorze) anos, os doentes e deficientes mentais (CPP, art. 208).

Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor.


Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim
em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho
adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou
integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.

Art. 208. Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes
e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a
que se refere o art. 206.

VIII) Testemunha referida: é aquela que foi mencionada por outra


pessoa, sendo ouvida a pedido das partes ou de ofício pelo magistrado (CPP, art.
209, § 1º). Podem ou não prestar compromisso, a depender do caso concreto;

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IX) Depoimento ad perpetuam rei memoriam: se qualquer testemunha


houver de ausentar-se, ou, por enfermidade ou por velhice, inspirar receio de que
ao tempo da instrução criminal já não exista, ou esteja impossibilitada de depor, o
juiz poderá, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, tomar-lhe
antecipadamente o depoimento (CPP, art. 225). O procedimento da oitiva será o
da produção antecipada de provas dos arts. 381 a 383 do novo CPC.

X) Testemunha anônima: é aquela cuja identidade verdadeira –


compreendendo nome, sobrenome, endereço e demais dados qualificativos – não
é divulgada ao acusado e ao seu defensor técnico;

XI) Testemunha ausente: é aquela que não comparece em pessoa para


prestar depoimento durante o julgamento do acusado, por diversos motivos (v.g.,
testemunha que faleceu logo após o crime);

XII) Testemunha remota: é aquela que presta seu depoimento por


videoconferência.

No item pertinente aos deveres das testemunhas, já dissemos que, em


regra, a testemunha assume o compromisso de dizer a verdade, nos moldes do
art. 203 do CPP. Tal compromisso, todavia, não será deferido aos doentes e
deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem tampouco às
pessoas a que se refere o art. 206 do CPP.
Quando da assunção do compromisso de dizer a verdade, diz a parte final do
caput do art. 210 do CPP que o magistrado deve adverti-la das penas cominadas
ao falso testemunho (reclusão, de 2 a 4 anos, e multa).

C) O cônjuge do acusado (errado)


Renato Brasileiro (p. 770, 2020) traz as espécies de testemunha no
processo penal, apontando suas principais diferenças, veja:

I) Testemunhas numerárias: são aquelas que são computadas para efeito


de aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, ou seja, as
arroladas pelas partes e que prestam compromisso legal;
II) Testemunhas extranumerárias: não são computadas para efeito de
aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, podendo,
portanto, ser ouvidas em número ilimitado.
As testemunhas extranumerárias poderão ser:

- Aquelas ouvidas por iniciativa do juiz, conforme art. 209, caput, CPP que
afirma: Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras
testemunhas, além das indicadas pelas partes.
- As que não prestam o compromisso legal e foram arroladas pelas partes
- As que nada sabem que interesse à decisão da causa, conforme art. 209, §
2º CPP, que afirma: § 2o Não será computada como testemunha a pessoa que
nada souber que interesse à decisão da causa.

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III) Testemunha direta: também conhecida como testemunha visual, é


aquela que depõe sobre fatos que presenciou ou visualizou
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essa pessoa não presenciou diretamente o fato delituoso, mas ouviu falar sobre
ele. Como dito acima, em regra, a testemunha depõe a partir de seu
conhecimento pessoal sobre os fatos que ela foi chamada a comprovar; qualquer
outro tipo de declaração é considerado testemunho indireto (em inglês, hearsay).
Quanto ao seu valor probatório, oportuna é a lição da 6ª Turma do STJ:
“(...) A norma segundo a qual a testemunha deve depor pelo que sabe per
proprium sensum et non per sensumalterius impede, em alguns sistemas – como
o norte-americano – o depoimento da testemunha indireta, por ouvir dizer
(hearsay rule). No Brasil, embora não haja impedimento legal a esse tipo de
depoimento, ‘não se pode tolerar que alguém vá a juízo repetir a vox publica.
Testemunha que depusesse para dizer o que lhe contou, o que ouviu, sem apontar
seus informantes, não deveria ser levada em conta”.

V) Testemunha própria: é aquela que depõe sobre o thema probandum,


ou seja, acerca da imputação constante da peça acusatória;

VI) Testemunha imprópria, instrumentária ou fedatária: são aquelas


que depõem sobre a regularidade de um ato ou fato processual, e não sobre o
fato delituoso objeto do processo criminal.
Exemplificando: dispõe o art. 304 do CPP que “Art. 304. Apresentado o
preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua
assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em
seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao
interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada
oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto.” Já seu
§ 2º, afirma que a falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão
em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos
duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade.

VII) Informante: são aquelas pessoas que são ouvidas, porém sem
prestar o compromisso de dizer a verdade. Além das pessoas do art. 206, que
porventura prestem seu depoimento, também estão incluídos os menores de 14
(quatorze) anos, os doentes e deficientes mentais (CPP, art. 208).

Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor.


Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim
em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho
adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou
integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.

Art. 208. Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes
e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a
que se refere o art. 206.

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VIII) Testemunha referida: é aquela que foi mencionada por outra


pessoa, sendo ouvida a pedido das partes ou de ofício pelo magistrado (CPP, art.
209, § 1º). Podem ou não prestar compromisso, a depender do caso concreto;

IX) Depoimento ad perpetuam rei memoriam: se qualquer testemunha


houver de ausentar-se, ou, por enfermidade ou por velhice, inspirar receio de que
ao tempo da instrução criminal já não exista, ou esteja impossibilitada de depor, o
juiz poderá, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, tomar-lhe
antecipadamente o depoimento (CPP, art. 225). O procedimento da oitiva será o
da produção antecipada de provas dos arts. 381 a 383 do novo CPC.

X) Testemunha anônima: é aquela cuja identidade verdadeira –


compreendendo nome, sobrenome, endereço e demais dados qualificativos – não
é divulgada ao acusado e ao seu defensor técnico;

XI) Testemunha ausente: é aquela que não comparece em pessoa para


prestar depoimento durante o julgamento do acusado, por diversos motivos (v.g.,
testemunha que faleceu logo após o crime);

XII) Testemunha remota: é aquela que presta seu depoimento por


videoconferência.

No item pertinente aos deveres das testemunhas, já dissemos que, em


regra, a testemunha assume o compromisso de dizer a verdade, nos moldes do
art. 203 do CPP. Tal compromisso, todavia, não será deferido aos doentes e
deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem tampouco às
pessoas a que se refere o art. 206 do CPP.
Quando da assunção do compromisso de dizer a verdade, diz a parte final do
caput do art. 210 do CPP que o magistrado deve adverti-la das penas cominadas
ao falso testemunho (reclusão, de 2 a 4 anos, e multa).

D) O cônjuge desquitado do acusado (errado)


Renato Brasileiro (p. 770, 2020) traz as espécies de testemunha no
processo penal, apontando suas principais diferenças, veja:

I) Testemunhas numerárias: são aquelas que são computadas para efeito


de aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, ou seja, as
arroladas pelas partes e que prestam compromisso legal;
II) Testemunhas extranumerárias: não são computadas para efeito de
aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, podendo,
portanto, ser ouvidas em número ilimitado.
As testemunhas extranumerárias poderão ser:

- Aquelas ouvidas por iniciativa do juiz, conforme art. 209, caput, CPP que
afirma: Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras
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- As que não prestam o compromisso legal e foram arroladas pelas partes

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- As que nada sabem que interesse à decisão da causa, conforme art. 209, §
2º CPP, que afirma: § 2o Não será computada como testemunha a pessoa que
nada souber que interesse à decisão da causa.

III) Testemunha direta: também conhecida como testemunha visual, é


aquela que depõe sobre fatos que presenciou ou visualizou
IV) Testemunha indireta: também conhecida como testemunha auricular,
essa pessoa não presenciou diretamente o fato delituoso, mas ouviu falar sobre
ele. Como dito acima, em regra, a testemunha depõe a partir de seu
conhecimento pessoal sobre os fatos que ela foi chamada a comprovar; qualquer
outro tipo de declaração é considerado testemunho indireto (em inglês, hearsay).
Quanto ao seu valor probatório, oportuna é a lição da 6ª Turma do STJ:
“(...) A norma segundo a qual a testemunha deve depor pelo que sabe per
proprium sensum et non per sensumalterius impede, em alguns sistemas – como
o norte-americano – o depoimento da testemunha indireta, por ouvir dizer
(hearsay rule). No Brasil, embora não haja impedimento legal a esse tipo de
depoimento, ‘não se pode tolerar que alguém vá a juízo repetir a vox publica.
Testemunha que depusesse para dizer o que lhe contou, o que ouviu, sem apontar
seus informantes, não deveria ser levada em conta”.

V) Testemunha própria: é aquela que depõe sobre o thema probandum,


ou seja, acerca da imputação constante da peça acusatória;

VI) Testemunha imprópria, instrumentária ou fedatária: são aquelas


que depõem sobre a regularidade de um ato ou fato processual, e não sobre o
fato delituoso objeto do processo criminal.
Exemplificando: dispõe o art. 304 do CPP que “Art. 304. Apresentado o
preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua
assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em
seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao
interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada
oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto.” Já seu
§ 2º, afirma que a falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão
em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos
duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade.

VII) Informante: são aquelas pessoas que são ouvidas, porém sem
prestar o compromisso de dizer a verdade. Além das pessoas do art. 206, que
porventura prestem seu depoimento, também estão incluídos os menores de 14
(quatorze) anos, os doentes e deficientes mentais (CPP, art. 208).

Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor.


Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim
em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho
adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou
integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.

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Art. 208. Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes
e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a
que se refere o art. 206.

VIII) Testemunha referida: é aquela que foi mencionada por outra


pessoa, sendo ouvida a pedido das partes ou de ofício pelo magistrado (CPP, art.
209, § 1º). Podem ou não prestar compromisso, a depender do caso concreto;

IX) Depoimento ad perpetuam rei memoriam: se qualquer testemunha


houver de ausentar-se, ou, por enfermidade ou por velhice, inspirar receio de que
ao tempo da instrução criminal já não exista, ou esteja impossibilitada de depor, o
juiz poderá, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, tomar-lhe
antecipadamente o depoimento (CPP, art. 225). O procedimento da oitiva será o
da produção antecipada de provas dos arts. 381 a 383 do novo CPC.

X) Testemunha anônima: é aquela cuja identidade verdadeira –


compreendendo nome, sobrenome, endereço e demais dados qualificativos – não
é divulgada ao acusado e ao seu defensor técnico;

XI) Testemunha ausente: é aquela que não comparece em pessoa para


prestar depoimento durante o julgamento do acusado, por diversos motivos (v.g.,
testemunha que faleceu logo após o crime);

XII) Testemunha remota: é aquela que presta seu depoimento por


videoconferência.

No item pertinente aos deveres das testemunhas, já dissemos que, em


regra, a testemunha assume o compromisso de dizer a verdade, nos moldes do
art. 203 do CPP. Tal compromisso, todavia, não será deferido aos doentes e
deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem tampouco às
pessoas a que se refere o art. 206 do CPP.
Quando da assunção do compromisso de dizer a verdade, diz a parte final do
caput do art. 210 do CPP que o magistrado deve adverti-la das penas cominadas
ao falso testemunho (reclusão, de 2 a 4 anos, e multa).

13- As testemunhas no processo penal:


A) Serão sempre computadas para efeitos de aferição do número máximo de
testemunhas previsto em lei
B) Só serão computadas para efeitos de aferição do número máximo de testemunhas
previsto em lei se forem testemunhas numerárias
C) Só serão computadas para efeitos de aferição do número máximo de testemunhas
previsto em lei se forem testemunhas extranumerárias
D) Não há estipulado em lei um número máximo para oitiva de testemunhas, devendo o
juiz analisar o caso concreto de acordo com os princípios de proporcionalidade e
razoabilidade diante da complexidade da causa.

GABARITO LETRA B

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SOLUÇÃO RÁPIDA
A) Serão sempre computadas para efeitos de aferição do número
máximo de testemunhas previsto em lei
Errado. Apenas as testemunhas numerárias.

B) Só serão computadas para efeitos de aferição do número máximo


de testemunhas previsto em lei se forem testemunhas numerárias
Certo.

C) Só serão computadas para efeitos de aferição do número máximo


de testemunhas previsto em lei se forem testemunhas extranumerárias
Errado. Apenas as testemunhas numerárias.
D) Não há estipulado em lei um número máximo para oitiva de
testemunhas, devendo o juiz analisar o caso concreto de acordo com os
princípios de proporcionalidade e razoabilidade diante da complexidade
da causa.
Errado. Apenas as testemunhas numerárias.
SOLUÇÃO COMPLETA
A) Serão sempre computadas para efeitos de aferição do número
máximo de testemunhas previsto em lei
Renato Brasileiro (p. 770, 2020) traz as espécies de testemunha no
processo penal, apontando suas principais diferenças, veja:

I) Testemunhas numerárias: são aquelas que são computadas para efeito


de aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, ou seja, as
arroladas pelas partes e que prestam compromisso legal;
II) Testemunhas extranumerárias: não são computadas para efeito de
aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, podendo,
portanto, ser ouvidas em número ilimitado.
As testemunhas extranumerárias poderão ser:

- Aquelas ouvidas por iniciativa do juiz, conforme art. 209, caput, CPP que
afirma: Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras
testemunhas, além das indicadas pelas partes.
- As que não prestam o compromisso legal e foram arroladas pelas partes
- As que nada sabem que interesse à decisão da causa, conforme art. 209, §
2º CPP, que afirma: § 2o Não será computada como testemunha a pessoa que
nada souber que interesse à decisão da causa.

III) Testemunha direta: também conhecida como testemunha visual, é


aquela que depõe sobre fatos que presenciou ou visualizou
IV) Testemunha indireta: também conhecida como testemunha auricular,
essa pessoa não presenciou diretamente o fato delituoso, mas ouviu falar sobre
ele. Como dito acima, em regra, a testemunha depõe a partir de seu
conhecimento pessoal sobre os fatos que ela foi chamada a comprovar; qualquer
outro tipo de declaração é considerado testemunho indireto (em inglês, hearsay).

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Quanto ao seu valor probatório, oportuna é a lição da 6ª Turma do STJ:


“(...) A norma segundo a qual a testemunha deve depor pelo que sabe per
proprium sensum et non per sensumalterius impede, em alguns sistemas – como
o norte-americano – o depoimento da testemunha indireta, por ouvir dizer
(hearsay rule). No Brasil, embora não haja impedimento legal a esse tipo de
depoimento, ‘não se pode tolerar que alguém vá a juízo repetir a vox publica.
Testemunha que depusesse para dizer o que lhe contou, o que ouviu, sem apontar
seus informantes, não deveria ser levada em conta”.

V) Testemunha própria: é aquela que depõe sobre o thema probandum,


ou seja, acerca da imputação constante da peça acusatória;

VI) Testemunha imprópria, instrumentária ou fedatária: são aquelas


que depõem sobre a regularidade de um ato ou fato processual, e não sobre o
fato delituoso objeto do processo criminal.
Exemplificando: dispõe o art. 304 do CPP que “Art. 304. Apresentado o
preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua
assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em
seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao
interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada
oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto.” Já seu
§ 2º, afirma que a falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão
em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos
duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade.

VII) Informante: são aquelas pessoas que são ouvidas, porém sem
prestar o compromisso de dizer a verdade. Além das pessoas do art. 206, que
porventura prestem seu depoimento, também estão incluídos os menores de 14
(quatorze) anos, os doentes e deficientes mentais (CPP, art. 208).

Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor.


Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim
em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho
adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou
integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.

Art. 208. Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes
e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a
que se refere o art. 206.

VIII) Testemunha referida: é aquela que foi mencionada por outra


pessoa, sendo ouvida a pedido das partes ou de ofício pelo magistrado (CPP, art.
209, § 1º). Podem ou não prestar compromisso, a depender do caso concreto;

IX) Depoimento ad perpetuam rei memoriam: se qualquer testemunha


houver de ausentar-se, ou, por enfermidade ou por velhice, inspirar receio de que
ao tempo da instrução criminal já não exista, ou esteja impossibilitada de depor, o
juiz poderá, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, tomar-lhe

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antecipadamente o depoimento (CPP, art. 225). O procedimento da oitiva será o


da produção antecipada de provas dos arts. 381 a 383 do novo CPC.

X) Testemunha anônima: é aquela cuja identidade verdadeira –


compreendendo nome, sobrenome, endereço e demais dados qualificativos – não
é divulgada ao acusado e ao seu defensor técnico;

XI) Testemunha ausente: é aquela que não comparece em pessoa para


prestar depoimento durante o julgamento do acusado, por diversos motivos (v.g.,
testemunha que faleceu logo após o crime);

XII) Testemunha remota: é aquela que presta seu depoimento por


videoconferência.

B) Só serão computadas para efeitos de aferição do número máximo


de testemunhas previsto em lei se forem testemunhas numerárias
Renato Brasileiro (p. 770, 2020) traz as espécies de testemunha no
processo penal, apontando suas principais diferenças, veja:

I) Testemunhas numerárias: são aquelas que são computadas para efeito


de aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, ou seja, as
arroladas pelas partes e que prestam compromisso legal;
II) Testemunhas extranumerárias: não são computadas para efeito de
aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, podendo,
portanto, ser ouvidas em número ilimitado.
As testemunhas extranumerárias poderão ser:

- Aquelas ouvidas por iniciativa do juiz, conforme art. 209, caput, CPP que
afirma: Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras
testemunhas, além das indicadas pelas partes.
- As que não prestam o compromisso legal e foram arroladas pelas partes
- As que nada sabem que interesse à decisão da causa, conforme art. 209, §
2º CPP, que afirma: § 2o Não será computada como testemunha a pessoa que
nada souber que interesse à decisão da causa.

III) Testemunha direta: também conhecida como testemunha visual, é


aquela que depõe sobre fatos que presenciou ou visualizou
IV) Testemunha indireta: também conhecida como testemunha auricular,
essa pessoa não presenciou diretamente o fato delituoso, mas ouviu falar sobre
ele. Como dito acima, em regra, a testemunha depõe a partir de seu
conhecimento pessoal sobre os fatos que ela foi chamada a comprovar; qualquer
outro tipo de declaração é considerado testemunho indireto (em inglês, hearsay).
Quanto ao seu valor probatório, oportuna é a lição da 6ª Turma do STJ:
“(...) A norma segundo a qual a testemunha deve depor pelo que sabe per
proprium sensum et non per sensumalterius impede, em alguns sistemas – como
o norte-americano – o depoimento da testemunha indireta, por ouvir dizer
(hearsay rule). No Brasil, embora não haja impedimento legal a esse tipo de
depoimento, ‘não se pode tolerar que alguém vá a juízo repetir a vox publica.

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Testemunha que depusesse para dizer o que lhe contou, o que ouviu, sem apontar
seus informantes, não deveria ser levada em conta”.

V) Testemunha própria: é aquela que depõe sobre o thema probandum,


ou seja, acerca da imputação constante da peça acusatória;

VI) Testemunha imprópria, instrumentária ou fedatária: são aquelas


que depõem sobre a regularidade de um ato ou fato processual, e não sobre o
fato delituoso objeto do processo criminal.
Exemplificando: dispõe o art. 304 do CPP que “Art. 304. Apresentado o
preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua
assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em
seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao
interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada
oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto.” Já seu
§ 2º, afirma que a falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão
em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos
duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade.

VII) Informante: são aquelas pessoas que são ouvidas, porém sem
prestar o compromisso de dizer a verdade. Além das pessoas do art. 206, que
porventura prestem seu depoimento, também estão incluídos os menores de 14
(quatorze) anos, os doentes e deficientes mentais (CPP, art. 208).

Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor.


Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim
em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho
adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou
integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.

Art. 208. Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes
e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a
que se refere o art. 206.

VIII) Testemunha referida: é aquela que foi mencionada por outra


pessoa, sendo ouvida a pedido das partes ou de ofício pelo magistrado (CPP, art.
209, § 1º). Podem ou não prestar compromisso, a depender do caso concreto;

IX) Depoimento ad perpetuam rei memoriam: se qualquer testemunha


houver de ausentar-se, ou, por enfermidade ou por velhice, inspirar receio de que
ao tempo da instrução criminal já não exista, ou esteja impossibilitada de depor, o
juiz poderá, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, tomar-lhe
antecipadamente o depoimento (CPP, art. 225). O procedimento da oitiva será o
da produção antecipada de provas dos arts. 381 a 383 do novo CPC.

X) Testemunha anônima: é aquela cuja identidade verdadeira –


compreendendo nome, sobrenome, endereço e demais dados qualificativos – não
é divulgada ao acusado e ao seu defensor técnico;

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XI) Testemunha ausente: é aquela que não comparece em pessoa para


prestar depoimento durante o julgamento do acusado, por diversos motivos (v.g.,
testemunha que faleceu logo após o crime);

XII) Testemunha remota: é aquela que presta seu depoimento por


videoconferência.

C) Só serão computadas para efeitos de aferição do número máximo


de testemunhas previsto em lei se forem testemunhas extranumerárias
Renato Brasileiro (p. 770, 2020) traz as espécies de testemunha no processo
penal, apontando suas principais diferenças, veja:

I) Testemunhas numerárias: são aquelas que são computadas para efeito de


aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, ou seja, as
arroladas pelas partes e que prestam compromisso legal;
II) Testemunhas extranumerárias: não são computadas para efeito de
aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, podendo,
portanto, ser ouvidas em número ilimitado.
As testemunhas extranumerárias poderão ser:

- Aquelas ouvidas por iniciativa do juiz, conforme art. 209, caput, CPP que
afirma: Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras
testemunhas, além das indicadas pelas partes.
- As que não prestam o compromisso legal e foram arroladas pelas partes
- As que nada sabem que interesse à decisão da causa, conforme art. 209, §
2º CPP, que afirma: § 2o Não será computada como testemunha a pessoa que
nada souber que interesse à decisão da causa.

III) Testemunha direta: também conhecida como testemunha visual, é


aquela que depõe sobre fatos que presenciou ou visualizou
IV) Testemunha indireta: também conhecida como testemunha auricular,
essa pessoa não presenciou diretamente o fato delituoso, mas ouviu falar sobre
ele. Como dito acima, em regra, a testemunha depõe a partir de seu
conhecimento pessoal sobre os fatos que ela foi chamada a comprovar; qualquer
outro tipo de declaração é considerado testemunho indireto (em inglês, hearsay).
Quanto ao seu valor probatório, oportuna é a lição da 6ª Turma do STJ:
“(...) A norma segundo a qual a testemunha deve depor pelo que sabe per
proprium sensum et non per sensumalterius impede, em alguns sistemas – como
o norte-americano – o depoimento da testemunha indireta, por ouvir dizer
(hearsay rule). No Brasil, embora não haja impedimento legal a esse tipo de
depoimento, ‘não se pode tolerar que alguém vá a juízo repetir a vox publica.
Testemunha que depusesse para dizer o que lhe contou, o que ouviu, sem apontar
seus informantes, não deveria ser levada em conta”.

V) Testemunha própria: é aquela que depõe sobre o thema probandum, ou


seja, acerca da imputação constante da peça acusatória;

MUDE SUA VIDA!


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VI) Testemunha imprópria, instrumentária ou fedatária: são aquelas que


depõem sobre a regularidade de um ato ou fato processual, e não sobre o fato
delituoso objeto do processo criminal.
Exemplificando: dispõe o art. 304 do CPP que “Art. 304. Apresentado o
preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua
assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em
seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao
interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada
oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto.” Já seu
§ 2º, afirma que a falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão
em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos
duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade.

VII) Informante: são aquelas pessoas que são ouvidas, porém sem prestar o
compromisso de dizer a verdade. Além das pessoas do art. 206, que porventura
prestem seu depoimento, também estão incluídos os menores de 14 (quatorze)
anos, os doentes e deficientes mentais (CPP, art. 208).

Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor.


Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim
em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho
adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou
integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.

Art. 208. Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes
e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a
que se refere o art. 206.

VIII) Testemunha referida: é aquela que foi mencionada por outra pessoa,
sendo ouvida a pedido das partes ou de ofício pelo magistrado (CPP, art. 209, §
1º). Podem ou não prestar compromisso, a depender do caso concreto;

IX) Depoimento ad perpetuam rei memoriam: se qualquer testemunha


houver de ausentar-se, ou, por enfermidade ou por velhice, inspirar receio de que
ao tempo da instrução criminal já não exista, ou esteja impossibilitada de depor, o
juiz poderá, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, tomar-lhe
antecipadamente o depoimento (CPP, art. 225). O procedimento da oitiva será o
da produção antecipada de provas dos arts. 381 a 383 do novo CPC.

X) Testemunha anônima: é aquela cuja identidade verdadeira –


compreendendo nome, sobrenome, endereço e demais dados qualificativos – não
é divulgada ao acusado e ao seu defensor técnico;

XI) Testemunha ausente: é aquela que não comparece em pessoa para


prestar depoimento durante o julgamento do acusado, por diversos motivos (v.g.,
testemunha que faleceu logo após o crime);

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XII) Testemunha remota: é aquela que presta seu depoimento por


videoconferência.
D) Não há estipulado em lei um número máximo para oitiva de
testemunhas, devendo o juiz analisar o caso concreto de acordo com os
princípios de proporcionalidade e razoabilidade diante da complexidade
da causa.
Renato Brasileiro (p. 770, 2020) traz as espécies de testemunha no
processo penal, apontando suas principais diferenças, veja:

I) Testemunhas numerárias: são aquelas que são computadas para efeito


de aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, ou seja, as
arroladas pelas partes e que prestam compromisso legal;
II) Testemunhas extranumerárias: não são computadas para efeito de
aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, podendo,
portanto, ser ouvidas em número ilimitado.
As testemunhas extranumerárias poderão ser:

- Aquelas ouvidas por iniciativa do juiz, conforme art. 209, caput, CPP que
afirma: Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras
testemunhas, além das indicadas pelas partes.
- As que não prestam o compromisso legal e foram arroladas pelas partes
- As que nada sabem que interesse à decisão da causa, conforme art. 209, §
2º CPP, que afirma: § 2o Não será computada como testemunha a pessoa que
nada souber que interesse à decisão da causa.

III) Testemunha direta: também conhecida como testemunha visual, é


aquela que depõe sobre fatos que presenciou ou visualizou
IV) Testemunha indireta: também conhecida como testemunha auricular,
essa pessoa não presenciou diretamente o fato delituoso, mas ouviu falar sobre
ele. Como dito acima, em regra, a testemunha depõe a partir de seu
conhecimento pessoal sobre os fatos que ela foi chamada a comprovar; qualquer
outro tipo de declaração é considerado testemunho indireto (em inglês, hearsay).
Quanto ao seu valor probatório, oportuna é a lição da 6ª Turma do STJ:
“(...) A norma segundo a qual a testemunha deve depor pelo que sabe per
proprium sensum et non per sensumalterius impede, em alguns sistemas – como
o norte-americano – o depoimento da testemunha indireta, por ouvir dizer
(hearsay rule). No Brasil, embora não haja impedimento legal a esse tipo de
depoimento, ‘não se pode tolerar que alguém vá a juízo repetir a vox publica.
Testemunha que depusesse para dizer o que lhe contou, o que ouviu, sem apontar
seus informantes, não deveria ser levada em conta”.

V) Testemunha própria: é aquela que depõe sobre o thema probandum,


ou seja, acerca da imputação constante da peça acusatória;

VI) Testemunha imprópria, instrumentária ou fedatária: são aquelas


que depõem sobre a regularidade de um ato ou fato processual, e não sobre o
fato delituoso objeto do processo criminal.

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Exemplificando: dispõe o art. 304 do CPP que “Art. 304. Apresentado o


preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua
assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em
seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao
interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada
oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto.” Já seu
§ 2º, afirma que a falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão
em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos
duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade.

VII) Informante: são aquelas pessoas que são ouvidas, porém sem
prestar o compromisso de dizer a verdade. Além das pessoas do art. 206, que
porventura prestem seu depoimento, também estão incluídos os menores de 14
(quatorze) anos, os doentes e deficientes mentais (CPP, art. 208).

Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor.


Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim
em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho
adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou
integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.

Art. 208. Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes
e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a
que se refere o art. 206.

VIII) Testemunha referida: é aquela que foi mencionada por outra


pessoa, sendo ouvida a pedido das partes ou de ofício pelo magistrado (CPP, art.
209, § 1º). Podem ou não prestar compromisso, a depender do caso concreto;

IX) Depoimento ad perpetuam rei memoriam: se qualquer testemunha


houver de ausentar-se, ou, por enfermidade ou por velhice, inspirar receio de que
ao tempo da instrução criminal já não exista, ou esteja impossibilitada de depor, o
juiz poderá, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, tomar-lhe
antecipadamente o depoimento (CPP, art. 225). O procedimento da oitiva será o
da produção antecipada de provas dos arts. 381 a 383 do novo CPC.

X) Testemunha anônima: é aquela cuja identidade verdadeira –


compreendendo nome, sobrenome, endereço e demais dados qualificativos – não
é divulgada ao acusado e ao seu defensor técnico;

XI) Testemunha ausente: é aquela que não comparece em pessoa para


prestar depoimento durante o julgamento do acusado, por diversos motivos (v.g.,
testemunha que faleceu logo após o crime);

XII) Testemunha remota: é aquela que presta seu depoimento por


videoconferência.

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14- Quanto aos meios de prova, é correto afirmar que:


A) No processo penal, todas as pessoas poderão ser testemunhas.
B) No interrogatório o acusado não pode abster-se de responder qualquer
pergunta, sob pena de seu silêncio ser interpretado como confissão.
C) À testemunha é permitido trazer o depoimento por escrito, quando da
impossibilidade de fazê-lo oralmente.
D) Se ocorrer dúvida sobre a identidade da testemunha, o juiz procederá à
verificação pelos meios ao seu alcance, não podendo, entretanto, tomar-lhe o depoimento
desde logo.

GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA
A) No processo penal, todas as pessoas poderão ser testemunhas.
(certo)
Certo. Todas as pessoas poderão ser testemunhas.

B) No interrogatório o acusado não pode abster-se de responder


qualquer pergunta, sob pena de seu silêncio ser interpretado como
confissão. (errado)
Errado. O silêncio não será interpretado como confissão. Artigo 186 § único
do CPP.

C) À testemunha é permitido trazer o depoimento por escrito,


quando da impossibilidade de fazê-lo oralmente. (errado)
Errado. Artigo 204 CPP.

D) Se ocorrer dúvida sobre a identidade da testemunha, o juiz


procederá à verificação pelos meios ao seu alcance, não podendo,
entretanto, tomar-lhe o depoimento desde logo. (errado)
Errado. Não poderá tomar-lhe depoimento desde logo. Artigo 205 CPP.
SOLUÇÃO COMPLETA

A) No processo penal, todas as pessoas poderão ser testemunhas.


(certo)
Renato Brasileiro (p. 770, 2020) traz as espécies de testemunha no processo
penal, apontando suas principais diferenças, veja:

I) Testemunhas numerárias: são aquelas que são computadas para efeito de


aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, ou seja, as
arroladas pelas partes e que prestam compromisso legal;
II) Testemunhas extranumerárias: não são computadas para efeito de
aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, podendo,
portanto, ser ouvidas em número ilimitado.

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As testemunhas extranumerárias poderão ser:

- Aquelas ouvidas por iniciativa do juiz, conforme art. 209, caput, CPP que
afirma: Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras
testemunhas, além das indicadas pelas partes.
- As que não prestam o compromisso legal e foram arroladas pelas partes
- As que nada sabem que interesse à decisão da causa, conforme art. 209, §
2º CPP, que afirma: § 2o Não será computada como testemunha a pessoa que
nada souber que interesse à decisão da causa.

III) Testemunha direta: também conhecida como testemunha visual, é


aquela que depõe sobre fatos que presenciou ou visualizou
IV) Testemunha indireta: também conhecida como testemunha auricular,
essa pessoa não presenciou diretamente o fato delituoso, mas ouviu falar sobre
ele. Como dito acima, em regra, a testemunha depõe a partir de seu
conhecimento pessoal sobre os fatos que ela foi chamada a comprovar; qualquer
outro tipo de declaração é considerado testemunho indireto (em inglês, hearsay).
Quanto ao seu valor probatório, oportuna é a lição da 6ª Turma do STJ:
“(...) A norma segundo a qual a testemunha deve depor pelo que sabe per
proprium sensum et non per sensumalterius impede, em alguns sistemas – como
o norte-americano – o depoimento da testemunha indireta, por ouvir dizer
(hearsay rule). No Brasil, embora não haja impedimento legal a esse tipo de
depoimento, ‘não se pode tolerar que alguém vá a juízo repetir a vox publica.
Testemunha que depusesse para dizer o que lhe contou, o que ouviu, sem apontar
seus informantes, não deveria ser levada em conta”.

V) Testemunha própria: é aquela que depõe sobre o thema probandum, ou


seja, acerca da imputação constante da peça acusatória;

VI) Testemunha imprópria, instrumentária ou fedatária: são aquelas que


depõem sobre a regularidade de um ato ou fato processual, e não sobre o fato
delituoso objeto do processo criminal.
Exemplificando: dispõe o art. 304 do CPP que “Art. 304. Apresentado o
preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua
assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em
seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao
interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada
oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto.” Já seu
§ 2º, afirma que a falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão
em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos
duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade.

VII) Informante: são aquelas pessoas que são ouvidas, porém sem prestar o
compromisso de dizer a verdade. Além das pessoas do art. 206, que porventura
prestem seu depoimento, também estão incluídos os menores de 14 (quatorze)
anos, os doentes e deficientes mentais (CPP, art. 208).

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Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor.


Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim
em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho
adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou
integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.

Art. 208. Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes
e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a
que se refere o art. 206.

VIII) Testemunha referida: é aquela que foi mencionada por outra pessoa,
sendo ouvida a pedido das partes ou de ofício pelo magistrado (CPP, art. 209, §
1º). Podem ou não prestar compromisso, a depender do caso concreto;

IX) Depoimento ad perpetuam rei memoriam: se qualquer testemunha


houver de ausentar-se, ou, por enfermidade ou por velhice, inspirar receio de que
ao tempo da instrução criminal já não exista, ou esteja impossibilitada de depor, o
juiz poderá, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, tomar-lhe
antecipadamente o depoimento (CPP, art. 225). O procedimento da oitiva será o
da produção antecipada de provas dos arts. 381 a 383 do novo CPC.

X) Testemunha anônima: é aquela cuja identidade verdadeira –


compreendendo nome, sobrenome, endereço e demais dados qualificativos – não
é divulgada ao acusado e ao seu defensor técnico;

XI) Testemunha ausente: é aquela que não comparece em pessoa para


prestar depoimento durante o julgamento do acusado, por diversos motivos (v.g.,
testemunha que faleceu logo após o crime);

XII) Testemunha remota: é aquela que presta seu depoimento por


videoconferência.

B) No interrogatório o acusado não pode abster-se de responder


qualquer pergunta, sob pena de seu silêncio ser interpretado como
confissão. (errado)
O Código de Processo Penal afirma que:

Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da


acusação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do
seu direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem
formuladas.
Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser
interpretado em prejuízo da defesa.

C) À testemunha é permitido trazer o depoimento por escrito,


quando da impossibilidade de fazê-lo oralmente. (errado)
Em relação ao momento do depoimento da testemunha, o Código de
Processo Penal preceitua que:

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Art. 203. A testemunha fará, sob palavra de honra, a promessa de dizer a


verdade do que souber e Ihe for perguntado, devendo declarar seu nome, sua
idade, seu estado e sua residência, sua profissão, lugar onde exerce sua
atividade, se é parente, e em que grau, de alguma das partes, ou quais suas
relações com qualquer delas, e relatar o que souber, explicando sempre as razões
de sua ciência ou as circunstâncias pelas quais possa avaliar-se de sua
credibilidade.

Art. 204. O depoimento será prestado oralmente, não sendo permitido à


testemunha trazê-lo por escrito.

Parágrafo único. Não será vedada à testemunha, entretanto, breve consulta


a apontamentos.
D) Se ocorrer dúvida sobre a identidade da testemunha, o juiz
procederá à verificação pelos meios ao seu alcance, não podendo,
entretanto, tomar-lhe o depoimento desde logo. (errado)
Renato Brasileiro (p. 770, 2020) traz as espécies de testemunha no processo
penal, apontando suas principais diferenças, veja:

I) Testemunhas numerárias: são aquelas que são computadas para efeito de


aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, ou seja, as
arroladas pelas partes e que prestam compromisso legal;
II) Testemunhas extranumerárias: não são computadas para efeito de
aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, podendo,
portanto, ser ouvidas em número ilimitado.
As testemunhas extranumerárias poderão ser:

- Aquelas ouvidas por iniciativa do juiz, conforme art. 209, caput, CPP que
afirma: Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras
testemunhas, além das indicadas pelas partes.
- As que não prestam o compromisso legal e foram arroladas pelas partes
- As que nada sabem que interesse à decisão da causa, conforme art. 209, §
2º CPP, que afirma: § 2o Não será computada como testemunha a pessoa que
nada souber que interesse à decisão da causa.

III) Testemunha direta: também conhecida como testemunha visual, é


aquela que depõe sobre fatos que presenciou ou visualizou
IV) Testemunha indireta: também conhecida como testemunha auricular,
essa pessoa não presenciou diretamente o fato delituoso, mas ouviu falar sobre
ele. Como dito acima, em regra, a testemunha depõe a partir de seu
conhecimento pessoal sobre os fatos que ela foi chamada a comprovar; qualquer
outro tipo de declaração é considerado testemunho indireto (em inglês, hearsay).
Quanto ao seu valor probatório, oportuna é a lição da 6ª Turma do STJ:
“(...) A norma segundo a qual a testemunha deve depor pelo que sabe per
proprium sensum et non per sensumalterius impede, em alguns sistemas – como
o norte-americano – o depoimento da testemunha indireta, por ouvir dizer
(hearsay rule). No Brasil, embora não haja impedimento legal a esse tipo de

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depoimento, ‘não se pode tolerar que alguém vá a juízo repetir a vox publica.
Testemunha que depusesse para dizer o que lhe contou, o que ouviu, sem apontar
seus informantes, não deveria ser levada em conta”.

V) Testemunha própria: é aquela que depõe sobre o thema probandum, ou


seja, acerca da imputação constante da peça acusatória;

VI) Testemunha imprópria, instrumentária ou fedatária: são aquelas que


depõem sobre a regularidade de um ato ou fato processual, e não sobre o fato
delituoso objeto do processo criminal.
Exemplificando: dispõe o art. 304 do CPP que “Art. 304. Apresentado o
preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua
assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em
seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao
interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada
oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto.” Já seu
§ 2º, afirma que a falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão
em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos
duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade.

VII) Informante: são aquelas pessoas que são ouvidas, porém sem prestar o
compromisso de dizer a verdade. Além das pessoas do art. 206, que porventura
prestem seu depoimento, também estão incluídos os menores de 14 (quatorze)
anos, os doentes e deficientes mentais (CPP, art. 208).

Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor.


Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim
em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho
adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou
integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.

Art. 208. Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes
e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a
que se refere o art. 206.

VIII) Testemunha referida: é aquela que foi mencionada por outra pessoa,
sendo ouvida a pedido das partes ou de ofício pelo magistrado (CPP, art. 209, §
1º). Podem ou não prestar compromisso, a depender do caso concreto;

IX) Depoimento ad perpetuam rei memoriam: se qualquer testemunha


houver de ausentar-se, ou, por enfermidade ou por velhice, inspirar receio de que
ao tempo da instrução criminal já não exista, ou esteja impossibilitada de depor, o
juiz poderá, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, tomar-lhe
antecipadamente o depoimento (CPP, art. 225). O procedimento da oitiva será o
da produção antecipada de provas dos arts. 381 a 383 do novo CPC.

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X) Testemunha anônima: é aquela cuja identidade verdadeira –


compreendendo nome, sobrenome, endereço e demais dados qualificativos – não
é divulgada ao acusado e ao seu defensor técnico;

XI) Testemunha ausente: é aquela que não comparece em pessoa para


prestar depoimento durante o julgamento do acusado, por diversos motivos (v.g.,
testemunha que faleceu logo após o crime);

XII) Testemunha remota: é aquela que presta seu depoimento por


videoconferência.

Quanto à identidade das testemunhas, o Código de Processo Penal aduz:

Art. 205. Se ocorrer dúvida sobre a identidade da testemunha, o juiz


procederá à verificação pelos meios ao seu alcance, podendo, entretanto, tomar-
lhe o depoimento desde logo.

15- Em relação ao momento do depoimento da testemunha, de acordo com o


Código de Processo Penal é possível afirmar que:

A) A testemunha fará, sob palavra de honra, a promessa de dizer a verdade do que


souber e Ihe for perguntado.
B) A testemunha não precisará falar a verdade se estiver na qualidade de
testemunha direta.
C) A testemunha não precisa fazer promessa de dizer a verdade do que lhe souber e
Ihe for perguntado, devendo declarar seu nome, sua idade, seu estado e sua residência,
sua profissão, lugar onde exerce sua atividade, se é parente, e em que grau, de alguma
das partes, ou quais suas relações com qualquer delas, e relatar o que souber, explicando
sempre as razões de sua ciência ou as circunstâncias pelas quais possa avaliar-se de sua
credibilidade.
D) As testemunhas extranumerárias precisam fazer compromisso da verdade.

GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA
A) A testemunha fará, sob palavra de honra, a promessa de dizer a
verdade do que souber e Ihe for perguntado. (certo)
Certo. Artigo 203 CPP.

B) A testemunha não precisará falar a verdade se estiver na


qualidade de testemunha direta. (errado)
Errado. Artigo 203 CPP.

C) A testemunha não precisa fazer promessa de dizer a verdade do


que lhe souber e Ihe for perguntado, devendo declarar seu nome, sua
idade, seu estado e sua residência, sua profissão, lugar onde exerce sua

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atividade, se é parente, e em que grau, de alguma das partes, ou quais


suas relações com qualquer delas, e relatar o que souber, explicando
sempre as razões de sua ciência ou as circunstâncias pelas quais possa
avaliar-se de sua credibilidade. (errado)
Errado. Artigo 203 CPP.

D) As testemunhas extranumerárias precisam fazer compromisso da


verdade. (errado)
Errado. Artigo 203 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA
A) A testemunha fará, sob palavra de honra, a promessa de dizer a
verdade do que souber e Ihe for perguntado. (certo)
Renato Brasileiro (p. 770, 2020) traz as espécies de testemunha no processo
penal, apontando suas principais diferenças, veja:

I) Testemunhas numerárias: são aquelas que são computadas para efeito de


aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, ou seja, as
arroladas pelas partes e que prestam compromisso legal;
II) Testemunhas extranumerárias: não são computadas para efeito de
aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, podendo,
portanto, ser ouvidas em número ilimitado.
As testemunhas extranumerárias poderão ser:

- Aquelas ouvidas por iniciativa do juiz, conforme art. 209, caput, CPP que
afirma: Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras
testemunhas, além das indicadas pelas partes.
- As que não prestam o compromisso legal e foram arroladas pelas partes
- As que nada sabem que interesse à decisão da causa, conforme art. 209, §
2º CPP, que afirma: § 2o Não será computada como testemunha a pessoa que
nada souber que interesse à decisão da causa.

O código de processo penal afirma que:

Art. 203. A testemunha fará, sob palavra de honra, a promessa de dizer a


verdade do que souber e Ihe for perguntado, devendo declarar seu nome, sua
idade, seu estado e sua residência, sua profissão, lugar onde exerce sua
atividade, se é parente, e em que grau, de alguma das partes, ou quais suas
relações com qualquer delas, e relatar o que souber, explicando sempre as razões
de sua ciência ou as circunstâncias pelas quais possa avaliar-se de sua
credibilidade.

B) A testemunha não precisará falar a verdade se estiver na


qualidade de testemunha direta. (errado)
Renato Brasileiro (p. 770, 2020) traz as espécies de testemunha no processo
penal, apontando suas principais diferenças, veja:

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I) Testemunhas numerárias: são aquelas que são computadas para efeito de


aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, ou seja, as
arroladas pelas partes e que prestam compromisso legal;
II) Testemunhas extranumerárias: não são computadas para efeito de
aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, podendo,
portanto, ser ouvidas em número ilimitado.
As testemunhas extranumerárias poderão ser:

- Aquelas ouvidas por iniciativa do juiz, conforme art. 209, caput, CPP que
afirma: Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras
testemunhas, além das indicadas pelas partes.
- As que não prestam o compromisso legal e foram arroladas pelas partes
- As que nada sabem que interesse à decisão da causa, conforme art. 209, §
2º CPP, que afirma: § 2o Não será computada como testemunha a pessoa que
nada souber que interesse à decisão da causa.

O código de processo penal afirma que:

Art. 203. A testemunha fará, sob palavra de honra, a promessa de dizer a


verdade do que souber e Ihe for perguntado, devendo declarar seu nome, sua
idade, seu estado e sua residência, sua profissão, lugar onde exerce sua
atividade, se é parente, e em que grau, de alguma das partes, ou quais suas
relações com qualquer delas, e relatar o que souber, explicando sempre as razões
de sua ciência ou as circunstâncias pelas quais possa avaliar-se de sua
credibilidade.

C) A testemunha não precisa fazer promessa de dizer a verdade do


que lhe souber e Ihe for perguntado, devendo declarar seu nome, sua
idade, seu estado e sua residência, sua profissão, lugar onde exerce sua
atividade, se é parente, e em que grau, de alguma das partes, ou quais
suas relações com qualquer delas, e relatar o que souber, explicando
sempre as razões de sua ciência ou as circunstâncias pelas quais possa
avaliar-se de sua credibilidade. (errado)
Renato Brasileiro (p. 770, 2020) traz as espécies de testemunha no processo
penal, apontando suas principais diferenças, veja:

I) Testemunhas numerárias: são aquelas que são computadas para efeito de


aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, ou seja, as
arroladas pelas partes e que prestam compromisso legal;
II) Testemunhas extranumerárias: não são computadas para efeito de
aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, podendo,
portanto, ser ouvidas em número ilimitado.
As testemunhas extranumerárias poderão ser:

- Aquelas ouvidas por iniciativa do juiz, conforme art. 209, caput, CPP que
afirma: Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras
testemunhas, além das indicadas pelas partes.
- As que não prestam o compromisso legal e foram arroladas pelas partes

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- As que nada sabem que interesse à decisão da causa, conforme art. 209, §
2º CPP, que afirma: § 2o Não será computada como testemunha a pessoa que
nada souber que interesse à decisão da causa.

O código de processo penal afirma que:

Art. 203. A testemunha fará, sob palavra de honra, a promessa de dizer a


verdade do que souber e Ihe for perguntado, devendo declarar seu nome, sua
idade, seu estado e sua residência, sua profissão, lugar onde exerce sua
atividade, se é parente, e em que grau, de alguma das partes, ou quais suas
relações com qualquer delas, e relatar o que souber, explicando sempre as razões
de sua ciência ou as circunstâncias pelas quais possa avaliar-se de sua
credibilidade.

D) As testemunhas extranumerárias precisam fazer compromisso da


verdade. (errado)
Renato Brasileiro (p. 770, 2020) traz as espécies de testemunha no processo
penal, apontando suas principais diferenças, veja:

I) Testemunhas numerárias: são aquelas que são computadas para efeito de


aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, ou seja, as
arroladas pelas partes e que prestam compromisso legal;
II) Testemunhas extranumerárias: não são computadas para efeito de
aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, podendo,
portanto, ser ouvidas em número ilimitado.
As testemunhas extranumerárias poderão ser:

- Aquelas ouvidas por iniciativa do juiz, conforme art. 209, caput, CPP que
afirma: Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras
testemunhas, além das indicadas pelas partes.
- As que não prestam o compromisso legal e foram arroladas pelas partes
- As que nada sabem que interesse à decisão da causa, conforme art. 209, §
2º CPP, que afirma: § 2o Não será computada como testemunha a pessoa que
nada souber que interesse à decisão da causa.

O código de processo penal afirma que:

Art. 203. A testemunha fará, sob palavra de honra, a promessa de dizer a


verdade do que souber e Ihe for perguntado, devendo declarar seu nome, sua
idade, seu estado e sua residência, sua profissão, lugar onde exerce sua
atividade, se é parente, e em que grau, de alguma das partes, ou quais suas
relações com qualquer delas, e relatar o que souber, explicando sempre as razões
de sua ciência ou as circunstâncias pelas quais possa avaliar-se de sua
credibilidade.

Em regra, a testemunha assume o compromisso de dizer a verdade, nos


termos do art. 203 do CPP. Significa dizer, portanto, que a testemunha deve dizer

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o que sabe, não pode se calar sobre o que sabe, nem pode negar a verdade ou
declarar fato inverídico.
De todo modo, é bom que se diga que o compromisso legal de dizer a
verdade não decorre do ato de a testemunha prestar compromisso legal, previsto
no art. 203 do CPP, cuja natureza é meramente processual e o valor jurídico é o
de mera exortação, mas decorre do tipo penal do falso testemunho (art. 342 CP).
Apesar do disposto no art. 203 do CPP, nem todas as pessoas prestam
compromisso de dizer a verdade. É o que acontece com aquelas enumeradas no
art. 206 do CPP. Como já foi dito, tais pessoas não têm a obrigação de depor, a
não ser que não seja possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do
fato e de suas circunstâncias. Nessa hipótese, caso sejam ouvidas, não prestam o
compromisso de dizer a verdade. De modo semelhante, os menores de 14
(quatorze) anos, doentes e deficientes mentais também não são compromissados.
Nesse sentido, dispõe o art. 208 do CPP que não se deferirá o compromisso a que
alude o art. 203 aos doentes e deficientes mentais e aos menores de 14 anos,
nem às pessoas a que se refere o art. 206. Importante perceber que, se acaso as
pessoas proibidas de depor (CPP, art. 207) queiram dar o seu testemunho, e
sejam desobrigadas pela parte interessada, deverão prestá-lo devidamente
compromissadas.
Depoentes são as testemunhas que prestam compromisso legal, enquanto
que declarantes ou informantes são as pessoas que não prestam o compromisso
legal de dizer a verdade.

16- A testemunha:
A) Precisa prestar depoimento oralmente, mas é possível breve consulta à
apontamentos.
B) Precisa prestar depoimento oralmente, não sendo permitido trazer consigo
nenhum tipo de apontamentos por escrito.
C) Poderá prestar depoimento oral ou escrito.
D) Poderá prestar depoimento oral, não sendo proibido trazê-lo por escrito.
GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA
A) Precisa prestar depoimento oralmente, mas é possível breve
consulta à apontamentos. (certo)
Certo. Artigo 204 e 204 § único do CPP.

B) Precisa prestar depoimento oralmente, não sendo permitido


trazer consigo nenhum tipo de apontamentos por escrito. (errado)
Errado. Artigo 204 e 204 § único do CPP.

C) Poderá prestar depoimento oral ou escrito. (errado)


Errado. Artigo 204 e 204 § único do CPP.

D) Poderá prestar depoimento oral, não sendo proibido trazê-lo por


escrito. (errado)
Errado. Artigo 204 e 204 § único do CPP.

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SOLUÇÃO COMPLETA

A) Precisa prestar depoimento oralmente, mas é possível breve


consulta à apontamentos. (certo)
Renato Brasileiro (p. 770, 2020) traz as espécies de testemunha no processo
penal, apontando suas principais diferenças, veja:

I) Testemunhas numerárias: são aquelas que são computadas para efeito de


aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, ou seja, as
arroladas pelas partes e que prestam compromisso legal;
II) Testemunhas extranumerárias: não são computadas para efeito de
aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, podendo,
portanto, ser ouvidas em número ilimitado.
As testemunhas extranumerárias poderão ser:

- Aquelas ouvidas por iniciativa do juiz, conforme art. 209, caput, CPP que
afirma: Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras
testemunhas, além das indicadas pelas partes.
- As que não prestam o compromisso legal e foram arroladas pelas partes
- As que nada sabem que interesse à decisão da causa, conforme art. 209, §
2º CPP, que afirma: § 2o Não será computada como testemunha a pessoa que
nada souber que interesse à decisão da causa.

O código de processo penal afirma que:


Art. 204. O depoimento será prestado oralmente, não sendo permitido à
testemunha trazê-lo por escrito.

Parágrafo único. Não será vedada à testemunha, entretanto, breve consulta


a apontamentos.
B) Precisa prestar depoimento oralmente, não sendo permitido
trazer consigo nenhum tipo de apontamentos por escrito. (errado)
Renato Brasileiro (p. 770, 2020) traz as espécies de testemunha no processo
penal, apontando suas principais diferenças, veja:

I) Testemunhas numerárias: são aquelas que são computadas para efeito de


aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, ou seja, as
arroladas pelas partes e que prestam compromisso legal;
II) Testemunhas extranumerárias: não são computadas para efeito de
aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, podendo,
portanto, ser ouvidas em número ilimitado.
As testemunhas extranumerárias poderão ser:

- Aquelas ouvidas por iniciativa do juiz, conforme art. 209, caput, CPP que
afirma: Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras
testemunhas, além das indicadas pelas partes.
- As que não prestam o compromisso legal e foram arroladas pelas partes

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- As que nada sabem que interesse à decisão da causa, conforme art. 209, §
2º CPP, que afirma: § 2o Não será computada como testemunha a pessoa que
nada souber que interesse à decisão da causa.

O código de processo penal afirma que:


Art. 204. O depoimento será prestado oralmente, não sendo permitido à
testemunha trazê-lo por escrito.

Parágrafo único. Não será vedada à testemunha, entretanto, breve consulta


a apontamentos.

C) Poderá prestar depoimento oral ou escrito. (errado)


Renato Brasileiro (p. 770, 2020) traz as espécies de testemunha no processo
penal, apontando suas principais diferenças, veja:

I) Testemunhas numerárias: são aquelas que são computadas para efeito de


aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, ou seja, as
arroladas pelas partes e que prestam compromisso legal;
II) Testemunhas extranumerárias: não são computadas para efeito de
aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, podendo,
portanto, ser ouvidas em número ilimitado.
As testemunhas extranumerárias poderão ser:

- Aquelas ouvidas por iniciativa do juiz, conforme art. 209, caput, CPP que
afirma: Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras
testemunhas, além das indicadas pelas partes.
- As que não prestam o compromisso legal e foram arroladas pelas partes
- As que nada sabem que interesse à decisão da causa, conforme art. 209, §
2º CPP, que afirma: § 2o Não será computada como testemunha a pessoa que
nada souber que interesse à decisão da causa.

O código de processo penal afirma que:


Art. 204. O depoimento será prestado oralmente, não sendo permitido à
testemunha trazê-lo por escrito.

Parágrafo único. Não será vedada à testemunha, entretanto, breve consulta


a apontamentos.

D) Poderá prestar depoimento oral, não sendo proibido trazê-lo por


escrito. (errado)
Renato Brasileiro (p. 770, 2020) traz as espécies de testemunha no processo
penal, apontando suas principais diferenças, veja:

I) Testemunhas numerárias: são aquelas que são computadas para efeito de


aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, ou seja, as
arroladas pelas partes e que prestam compromisso legal;

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II) Testemunhas extranumerárias: não são computadas para efeito de


aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, podendo,
portanto, ser ouvidas em número ilimitado.
As testemunhas extranumerárias poderão ser:

- Aquelas ouvidas por iniciativa do juiz, conforme art. 209, caput, CPP que
afirma: Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras
testemunhas, além das indicadas pelas partes.
- As que não prestam o compromisso legal e foram arroladas pelas partes
- As que nada sabem que interesse à decisão da causa, conforme art. 209, §
2º CPP, que afirma: § 2o Não será computada como testemunha a pessoa que
nada souber que interesse à decisão da causa.

O código de processo penal afirma que:


Art. 204. O depoimento será prestado oralmente, não sendo permitido à
testemunha trazê-lo por escrito.

Parágrafo único. Não será vedada à testemunha, entretanto, breve consulta


a apontamentos.

17- Assinale a alternativa correta em relação aos impedimentos de testemunha, de


acordo com preceito legal:
A) Padres e pais/mães de santo são proibidos de depor, mesmo se autorizados pela
parte.
B) Caso a parte autorize, o médico será obrigado a depor na qualidade de
testemunha.
C) O curador do interessado poderá dar seu testemunho caso queira e esteja
autorizado pela parte.
D) Em razão de sua função ou ofício, as pessoas serão proibidas de figurarem como
testemunha, salvo por expressa autorização do juiz.

GABARITO LETRA C

SOLUÇÃO RÁPIDA
A) Padres e pais/mães de santo são proibidos de depor, mesmo se
autorizados pela parte. (errado)
Errado. Artigo 207 CPP.

B) Caso a parte autorize, o médico será obrigado a depor na


qualidade de testemunha. (errado)
Errado. Artigo 207 CPP.

C) O curador do interessado poderá dar seu testemunho caso queira


e esteja autorizado pela parte. (certo)
Certo. Artigo 207 CPP.

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D) Em razão de sua função ou ofício, as pessoas serão proibidas de


figurarem como testemunha, salvo por expressa autorização do juiz.
(errado)
Errado. Artigo 207 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA
A) Padres e pais/mães de santo são proibidos de depor, mesmo se
autorizados pela parte. (errado)
Renato Brasileiro (p. 763, 2020) afirma que Consoante dispõe o art. 202 do
CPP, toda pessoa poderá ser testemunha. A pessoa tem, portanto, o dever de
depor, contribuindo para o acertamento do fato delituoso.
Não obstante, a própria lei processual penal aponta certas pessoas que
podem se recusar a depor (CPP, art. 206), e outras que estão até mesmo
proibidas de depor (CPP, art. 207).
Segundo o art. 206 do CPP, a testemunha não poderá eximir-se da
obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou
descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado (leia-se:
separado ou divorciado), o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado,
salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do
fato e de suas circunstâncias. Por força constitucional (CF, art. 226, § 3º),
também deve ser incluído nesse rol de pessoas que podem recusar-se a depor o
companheiro ou a companheira.
O dispositivo em questão (CPP, art. 206) tem como objetivo precípuo
preservar a harmonia familiar, evitando que pessoas ligadas por laços de
parentesco ou conjugais sejam obrigadas a depor em detrimento de seus entes
próximos. Apesar de a lei permitir que tais pessoas possam recusar-se a depor,
depreende-se que seu depoimento pode ser prestado em duas hipóteses:
a) quando assim o desejarem – perceba-se que o art. 206 do CPP prevê que
elas podem recusar-se a depor, significando, portanto, que caso queiram prestar
seu depoimento, poderão fazê-lo, deixando de exercer a faculdade outorgada pela
lei. Nesse caso, não prestam o compromisso a que se refere o art. 203 do CPP.
b) quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova
do fato e de suas circunstâncias: supondo-se delito cometido no ambiente
familiar, outro caminho não haverá senão a oitiva dos familiares que presenciaram
a prática do delito, hipótese em que deverão ser ouvidas sem prestar o
compromisso a que se refere o art. 203 do CPP.
Lado outro, dispõe o art. 207 do CPP que “são proibidas de depor as pessoas
que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo,
salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho”. É
o que acontece, por exemplo, em relação ao padre, quanto ao conteúdo da
confissão religiosa; ou com o psicólogo, em relação ao teor da sessão de terapia.
Para fins do disposto no art. 207 do CPP, compreende-se por função o
encargo que alguém recebe em virtude de lei, decisão judicial ou contrato,
também abarcando a função pública; por ministério entende-se o encargo em
atividade religiosa ou social (v.g., padre); por ofício subentende-se a atividade
eminentemente mecânica, manual; profissão é a atividade de natureza intelectual,
ou aquela que contempla a conduta habitual do indivíduo, tendo fim lucrativo.

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O Código de Processo Penal nos ensina que:

Art. 202. Toda pessoa poderá ser testemunha.


Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor.
Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim
em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho
adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou
integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.

Art. 207. São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função,


ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas
pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.

Art. 208. Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes
e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a
que se refere o art. 206.
B) Caso a parte autorize, o médico será obrigado a depor na
qualidade de testemunha. (errado)
Renato Brasileiro (p. 763, 2020) afirma que Consoante dispõe o art. 202 do
CPP, toda pessoa poderá ser testemunha. A pessoa tem, portanto, o dever de
depor, contribuindo para o acertamento do fato delituoso.
Não obstante, a própria lei processual penal aponta certas pessoas que
podem se recusar a depor (CPP, art. 206), e outras que estão até mesmo
proibidas de depor (CPP, art. 207).
Segundo o art. 206 do CPP, a testemunha não poderá eximir-se da
obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou
descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado (leia-se:
separado ou divorciado), o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado,
salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do
fato e de suas circunstâncias. Por força constitucional (CF, art. 226, § 3º),
também deve ser incluído nesse rol de pessoas que podem recusar-se a depor o
companheiro ou a companheira.
O dispositivo em questão (CPP, art. 206) tem como objetivo precípuo
preservar a harmonia familiar, evitando que pessoas ligadas por laços de
parentesco ou conjugais sejam obrigadas a depor em detrimento de seus entes
próximos. Apesar de a lei permitir que tais pessoas possam recusar-se a depor,
depreende-se que seu depoimento pode ser prestado em duas hipóteses:
a) quando assim o desejarem – perceba-se que o art. 206 do CPP prevê que
elas podem recusar-se a depor, significando, portanto, que caso queiram prestar
seu depoimento, poderão fazê-lo, deixando de exercer a faculdade outorgada pela
lei. Nesse caso, não prestam o compromisso a que se refere o art. 203 do CPP.
b) quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova
do fato e de suas circunstâncias: supondo-se delito cometido no ambiente
familiar, outro caminho não haverá senão a oitiva dos familiares que presenciaram
a prática do delito, hipótese em que deverão ser ouvidas sem prestar o
compromisso a que se refere o art. 203 do CPP.
Lado outro, dispõe o art. 207 do CPP que “são proibidas de depor as pessoas
que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo,

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salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho”. É
o que acontece, por exemplo, em relação ao padre, quanto ao conteúdo da
confissão religiosa; ou com o psicólogo, em relação ao teor da sessão de terapia.
Para fins do disposto no art. 207 do CPP, compreende-se por função o
encargo que alguém recebe em virtude de lei, decisão judicial ou contrato,
também abarcando a função pública; por ministério entende-se o encargo em
atividade religiosa ou social (v.g., padre); por ofício subentende-se a atividade
eminentemente mecânica, manual; profissão é a atividade de natureza intelectual,
ou aquela que contempla a conduta habitual do indivíduo, tendo fim
lucrativo.

O Código de Processo Penal nos ensina que:

Art. 202. Toda pessoa poderá ser testemunha.


Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor.
Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim
em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho
adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou
integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.

Art. 207. São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função,


ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas
pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.

Art. 208. Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes
e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a
que se refere o art. 206.

C) O curador do interessado poderá dar seu testemunho caso queira


e esteja autorizado pela parte. (certo)
Renato Brasileiro (p. 763, 2020) afirma que Consoante dispõe o art. 202 do
CPP, toda pessoa poderá ser testemunha. A pessoa tem, portanto, o dever de
depor, contribuindo para o acertamento do fato delituoso.
Não obstante, a própria lei processual penal aponta certas pessoas que
podem se recusar a depor (CPP, art. 206), e outras que estão até mesmo
proibidas de depor (CPP, art. 207).
Segundo o art. 206 do CPP, a testemunha não poderá eximir-se da
obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou
descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado (leia-se:
separado ou divorciado), o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado,
salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do
fato e de suas circunstâncias. Por força constitucional (CF, art. 226, § 3º),
também deve ser incluído nesse rol de pessoas que podem recusar-se a depor o
companheiro ou a companheira.
O dispositivo em questão (CPP, art. 206) tem como objetivo precípuo
preservar a harmonia familiar, evitando que pessoas ligadas por laços de
parentesco ou conjugais sejam obrigadas a depor em detrimento de seus entes

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próximos. Apesar de a lei permitir que tais pessoas possam recusar-se a depor,
depreende-se que seu depoimento pode ser prestado em duas hipóteses:
a) quando assim o desejarem – perceba-se que o art. 206 do CPP prevê que
elas podem recusar-se a depor, significando, portanto, que caso queiram prestar
seu depoimento, poderão fazê-lo, deixando de exercer a faculdade outorgada pela
lei. Nesse caso, não prestam o compromisso a que se refere o art. 203 do CPP.
b) quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova
do fato e de suas circunstâncias: supondo-se delito cometido no ambiente
familiar, outro caminho não haverá senão a oitiva dos familiares que presenciaram
a prática do delito, hipótese em que deverão ser ouvidas sem prestar o
compromisso a que se refere o art. 203 do CPP.
Lado outro, dispõe o art. 207 do CPP que “são proibidas de depor as pessoas
que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo,
salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho”. É
o que acontece, por exemplo, em relação ao padre, quanto ao conteúdo da
confissão religiosa; ou com o psicólogo, em relação ao teor da sessão de terapia.
Para fins do disposto no art. 207 do CPP, compreende-se por função o
encargo que alguém recebe em virtude de lei, decisão judicial ou contrato,
também abarcando a função pública; por ministério entende-se o encargo em
atividade religiosa ou social (v.g., padre); por ofício subentende-se a atividade
eminentemente mecânica, manual; profissão é a atividade de natureza intelectual,
ou aquela que contempla a conduta habitual do indivíduo, tendo fim
lucrativo.

O Código de Processo Penal nos ensina que:

Art. 202. Toda pessoa poderá ser testemunha.


Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor.
Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim
em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho
adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou
integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.

Art. 207. São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função,


ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas
pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.

Art. 208. Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes
e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a
que se refere o art. 206.

D) Em razão de sua função ou ofício, as pessoas serão proibidas de


figurarem como testemunha, salvo por expressa autorização do juiz.
(errado)
Renato Brasileiro (p. 763, 2020) afirma que Consoante dispõe o art. 202 do
CPP, toda pessoa poderá ser testemunha. A pessoa tem, portanto, o dever de
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Não obstante, a própria lei processual penal aponta certas pessoas que
podem se recusar a depor (CPP, art. 206), e outras que estão até mesmo
proibidas de depor (CPP, art. 207).
Segundo o art. 206 do CPP, a testemunha não poderá eximir-se da
obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou
descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado (leia-se:
separado ou divorciado), o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado,
salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do
fato e de suas circunstâncias. Por força constitucional (CF, art. 226, § 3º),
também deve ser incluído nesse rol de pessoas que podem recusar-se a depor o
companheiro ou a companheira.
O dispositivo em questão (CPP, art. 206) tem como objetivo precípuo
preservar a harmonia familiar, evitando que pessoas ligadas por laços de
parentesco ou conjugais sejam obrigadas a depor em detrimento de seus entes
próximos. Apesar de a lei permitir que tais pessoas possam recusar-se a depor,
depreende-se que seu depoimento pode ser prestado em duas hipóteses:
a) quando assim o desejarem – perceba-se que o art. 206 do CPP prevê que
elas podem recusar-se a depor, significando, portanto, que caso queiram prestar
seu depoimento, poderão fazê-lo, deixando de exercer a faculdade outorgada pela
lei. Nesse caso, não prestam o compromisso a que se refere o art. 203 do CPP.
b) quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova
do fato e de suas circunstâncias: supondo-se delito cometido no ambiente
familiar, outro caminho não haverá senão a oitiva dos familiares que presenciaram
a prática do delito, hipótese em que deverão ser ouvidas sem prestar o
compromisso a que se refere o art. 203 do CPP.
Lado outro, dispõe o art. 207 do CPP que “são proibidas de depor as pessoas
que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo,
salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho”. É
o que acontece, por exemplo, em relação ao padre, quanto ao conteúdo da
confissão religiosa; ou com o psicólogo, em relação ao teor da sessão de terapia.
Para fins do disposto no art. 207 do CPP, compreende-se por função o
encargo que alguém recebe em virtude de lei, decisão judicial ou contrato,
também abarcando a função pública; por ministério entende-se o encargo em
atividade religiosa ou social (v.g., padre); por ofício subentende-se a atividade
eminentemente mecânica, manual; profissão é a atividade de natureza intelectual,
ou aquela que contempla a conduta habitual do indivíduo, tendo fim
lucrativo.

O Código de Processo Penal nos ensina que:

Art. 202. Toda pessoa poderá ser testemunha.


Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor.
Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim
em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho
adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou
integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.

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Art. 207. São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função,


ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas
pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.

Art. 208. Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes
e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a
que se refere o art. 206.

18- Assinale a alternativa correta:


A) A madrasta de um acusado poderá eximir-se da obrigação de depor, porém
deverá prestar compromisso.
B) O irmão adotivo de um acusado poderá eximir-se da obrigação de depor e não
prestar compromisso.
C) O cônjuge desquitado de um acusado poderá eximir-se da obrigação de depor,
porém deverá prestar compromisso.
D) Menores de 16 anos não prestarão compromisso com a verdade.

GABARITO LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) A madrasta de um acusado poderá eximir-se da obrigação de


depor, porém deverá prestar compromisso. (errado)
Errado. Artigo 206 CPP.

B) O irmão adotivo de um acusado poderá eximir-se da obrigação de


depor e não prestar compromisso. (certo)
Certo. Artigo 206 CPP.

C) O cônjuge desquitado de um acusado poderá eximir-se da


obrigação de depor, porém deverá prestar compromisso. (errado)
Errado. Artigo 206 CPP.

D) Menores de 16 anos não prestarão compromisso com a verdade.


(errado)
Errado. Artigo 206 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA
A) A madrasta de um acusado poderá eximir-se da obrigação de
depor, porém deverá prestar compromisso. (errado)
Renato Brasileiro (p. 763, 2020) afirma que Consoante dispõe o art. 202 do
CPP, toda pessoa poderá ser testemunha. A pessoa tem, portanto, o dever de
depor, contribuindo para o acertamento do fato delituoso.
Não obstante, a própria lei processual penal aponta certas pessoas que
podem se recusar a depor (CPP, art. 206), e outras que estão até mesmo
proibidas de depor (CPP, art. 207).

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Segundo o art. 206 do CPP, a testemunha não poderá eximir-se da


obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou
descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado (leia-se:
separado ou divorciado), o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado,
salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do
fato e de suas circunstâncias. Por força constitucional (CF, art. 226, § 3º),
também deve ser incluído nesse rol de pessoas que podem recusar-se a depor o
companheiro ou a companheira.
O dispositivo em questão (CPP, art. 206) tem como objetivo precípuo
preservar a harmonia familiar, evitando que pessoas ligadas por laços de
parentesco ou conjugais sejam obrigadas a depor em detrimento de seus entes
próximos. Apesar de a lei permitir que tais pessoas possam recusar-se a depor,
depreende-se que seu depoimento pode ser prestado em duas hipóteses:
a) quando assim o desejarem – perceba-se que o art. 206 do CPP prevê que
elas podem recusar-se a depor, significando, portanto, que caso queiram prestar
seu depoimento, poderão fazê-lo, deixando de exercer a faculdade outorgada pela
lei. Nesse caso, não prestam o compromisso a que se refere o art. 203 do CPP.
b) quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova
do fato e de suas circunstâncias: supondo-se delito cometido no ambiente
familiar, outro caminho não haverá senão a oitiva dos familiares que presenciaram
a prática do delito, hipótese em que deverão ser ouvidas sem prestar o
compromisso a que se refere o art. 203 do CPP.
Lado outro, dispõe o art. 207 do CPP que “são proibidas de depor as pessoas
que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo,
salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho”. É
o que acontece, por exemplo, em relação ao padre, quanto ao conteúdo da
confissão religiosa; ou com o psicólogo, em relação ao teor da sessão de terapia.
Para fins do disposto no art. 207 do CPP, compreende-se por função o
encargo que alguém recebe em virtude de lei, decisão judicial ou contrato,
também abarcando a função pública; por ministério entende-se o encargo em
atividade religiosa ou social (v.g., padre); por ofício subentende-se a atividade
eminentemente mecânica, manual; profissão é a atividade de natureza intelectual,
ou aquela que contempla a conduta habitual do indivíduo, tendo fim
lucrativo.

O Código de Processo Penal nos ensina que:

Art. 202. Toda pessoa poderá ser testemunha.


Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor.
Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim
em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho
adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou
integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.

Art. 207. São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função,


ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas
pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.

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Art. 208. Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes
e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a
que se refere o art. 206.

B) O irmão adotivo de um acusado poderá eximir-se da obrigação de


depor e não prestar compromisso. (certo)
Renato Brasileiro (p. 763, 2020) afirma que Consoante dispõe o art. 202 do CPP,
toda pessoa poderá ser testemunha. A pessoa tem, portanto, o dever de depor,
contribuindo para o acertamento do fato delituoso.
Não obstante, a própria lei processual penal aponta certas pessoas que
podem se recusar a depor (CPP, art. 206), e outras que estão até mesmo
proibidas de depor (CPP, art. 207).
Segundo o art. 206 do CPP, a testemunha não poderá eximir-se da
obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou
descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado (leia-se:
separado ou divorciado), o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado,
salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do
fato e de suas circunstâncias. Por força constitucional (CF, art. 226, § 3º),
também deve ser incluído nesse rol de pessoas que podem recusar-se a depor o
companheiro ou a companheira.
O dispositivo em questão (CPP, art. 206) tem como objetivo precípuo
preservar a harmonia familiar, evitando que pessoas ligadas por laços de
parentesco ou conjugais sejam obrigadas a depor em detrimento de seus entes
próximos. Apesar de a lei permitir que tais pessoas possam recusar-se a depor,
depreende-se que seu depoimento pode ser prestado em duas hipóteses:
a) quando assim o desejarem – perceba-se que o art. 206 do CPP prevê que
elas podem recusar-se a depor, significando, portanto, que caso queiram prestar
seu depoimento, poderão fazê-lo, deixando de exercer a faculdade outorgada pela
lei. Nesse caso, não prestam o compromisso a que se refere o art. 203 do CPP.
b) quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova
do fato e de suas circunstâncias: supondo-se delito cometido no ambiente
familiar, outro caminho não haverá senão a oitiva dos familiares que presenciaram
a prática do delito, hipótese em que deverão ser ouvidas sem prestar o
compromisso a que se refere o art. 203 do CPP.
Lado outro, dispõe o art. 207 do CPP que “são proibidas de depor as pessoas
que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo,
salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho”. É
o que acontece, por exemplo, em relação ao padre, quanto ao conteúdo da
confissão religiosa; ou com o psicólogo, em relação ao teor da sessão de terapia.
Para fins do disposto no art. 207 do CPP, compreende-se por função o
encargo que alguém recebe em virtude de lei, decisão judicial ou contrato,
também abarcando a função pública; por ministério entende-se o encargo em
atividade religiosa ou social (v.g., padre); por ofício subentende-se a atividade
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Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor.
Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim
em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho
adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou
integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.

Art. 207. São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função,


ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas
pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.

Art. 208. Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes
e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a
que se refere o art. 206.

C) O cônjuge desquitado de um acusado poderá eximir-se da


obrigação de depor, porém deverá prestar compromisso. (errado)
Renato Brasileiro (p. 763, 2020) afirma que Consoante dispõe o art. 202 do CPP,
toda pessoa poderá ser testemunha. A pessoa tem, portanto, o dever de depor,
contribuindo para o acertamento do fato delituoso.
Não obstante, a própria lei processual penal aponta certas pessoas que
podem se recusar a depor (CPP, art. 206), e outras que estão até mesmo
proibidas de depor (CPP, art. 207).
Segundo o art. 206 do CPP, a testemunha não poderá eximir-se da
obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou
descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado (leia-se:
separado ou divorciado), o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado,
salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do
fato e de suas circunstâncias. Por força constitucional (CF, art. 226, § 3º),
também deve ser incluído nesse rol de pessoas que podem recusar-se a depor o
companheiro ou a companheira.
O dispositivo em questão (CPP, art. 206) tem como objetivo precípuo
preservar a harmonia familiar, evitando que pessoas ligadas por laços de
parentesco ou conjugais sejam obrigadas a depor em detrimento de seus entes
próximos. Apesar de a lei permitir que tais pessoas possam recusar-se a depor,
depreende-se que seu depoimento pode ser prestado em duas hipóteses:
a) quando assim o desejarem – perceba-se que o art. 206 do CPP prevê que
elas podem recusar-se a depor, significando, portanto, que caso queiram prestar
seu depoimento, poderão fazê-lo, deixando de exercer a faculdade outorgada pela
lei. Nesse caso, não prestam o compromisso a que se refere o art. 203 do CPP.
b) quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova
do fato e de suas circunstâncias: supondo-se delito cometido no ambiente
familiar, outro caminho não haverá senão a oitiva dos familiares que presenciaram
a prática do delito, hipótese em que deverão ser ouvidas sem prestar o
compromisso a que se refere o art. 203 do CPP.
Lado outro, dispõe o art. 207 do CPP que “são proibidas de depor as pessoas
que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo,

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salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho”. É
o que acontece, por exemplo, em relação ao padre, quanto ao conteúdo da
confissão religiosa; ou com o psicólogo, em relação ao teor da sessão de terapia.
Para fins do disposto no art. 207 do CPP, compreende-se por função o
encargo que alguém recebe em virtude de lei, decisão judicial ou contrato,
também abarcando a função pública; por ministério entende-se o encargo em
atividade religiosa ou social (v.g., padre); por ofício subentende-se a atividade
eminentemente mecânica, manual; profissão é a atividade de natureza intelectual,
ou aquela que contempla a conduta habitual do indivíduo, tendo fim
lucrativo.

O Código de Processo Penal nos ensina que:

Art. 202. Toda pessoa poderá ser testemunha.


Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor.
Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim
em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho
adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou
integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.

Art. 207. São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função,


ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas
pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.

Art. 208. Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes
e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a
que se refere o art. 206.

D) Menores de 16 anos não prestarão compromisso com a verdade.


(errado)
Renato Brasileiro (p. 763, 2020) afirma que Consoante dispõe o art. 202 do
CPP, toda pessoa poderá ser testemunha. A pessoa tem, portanto, o dever de
depor, contribuindo para o acertamento do fato delituoso.
Não obstante, a própria lei processual penal aponta certas pessoas que
podem se recusar a depor (CPP, art. 206), e outras que estão até mesmo
proibidas de depor (CPP, art. 207).
Segundo o art. 206 do CPP, a testemunha não poderá eximir-se da
obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou
descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado (leia-se:
separado ou divorciado), o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado,
salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do
fato e de suas circunstâncias. Por força constitucional (CF, art. 226, § 3º),
também deve ser incluído nesse rol de pessoas que podem recusar-se a depor o
companheiro ou a companheira.
O dispositivo em questão (CPP, art. 206) tem como objetivo precípuo
preservar a harmonia familiar, evitando que pessoas ligadas por laços de
parentesco ou conjugais sejam obrigadas a depor em detrimento de seus entes

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próximos. Apesar de a lei permitir que tais pessoas possam recusar-se a depor,
depreende-se que seu depoimento pode ser prestado em duas hipóteses:
a) quando assim o desejarem – perceba-se que o art. 206 do CPP prevê que
elas podem recusar-se a depor, significando, portanto, que caso queiram prestar
seu depoimento, poderão fazê-lo, deixando de exercer a faculdade outorgada pela
lei. Nesse caso, não prestam o compromisso a que se refere o art. 203 do CPP.
b) quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova
do fato e de suas circunstâncias: supondo-se delito cometido no ambiente
familiar, outro caminho não haverá senão a oitiva dos familiares que presenciaram
a prática do delito, hipótese em que deverão ser ouvidas sem prestar o
compromisso a que se refere o art. 203 do CPP.
Lado outro, dispõe o art. 207 do CPP que “são proibidas de depor as pessoas
que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo,
salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho”. É
o que acontece, por exemplo, em relação ao padre, quanto ao conteúdo da
confissão religiosa; ou com o psicólogo, em relação ao teor da sessão de terapia.
Para fins do disposto no art. 207 do CPP, compreende-se por função o
encargo que alguém recebe em virtude de lei, decisão judicial ou contrato,
também abarcando a função pública; por ministério entende-se o encargo em
atividade religiosa ou social (v.g., padre); por ofício subentende-se a atividade
eminentemente mecânica, manual; profissão é a atividade de natureza intelectual,
ou aquela que contempla a conduta habitual do indivíduo, tendo fim
lucrativo.

O Código de Processo Penal nos ensina que:

Art. 202. Toda pessoa poderá ser testemunha.


Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor.
Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim
em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho
adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou
integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.

Art. 207. São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função,


ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas
pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.

Art. 208. Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes
e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a
que se refere o art. 206.

19- Com relação às testemunhas no processo penal, é correto afirmar que


A) é permitido à testemunha trazer o depoimento por escrito, não necessitando
prestá-lo oralmente.
B) as pessoas impossibilitadas, por enfermidade ou por velhice, de comparecer
para depor, serão inquiridas onde estiverem.

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C)é vedado ao juiz ouvir outras testemunhas, além das indicadas pelas partes.
D)é vedado à testemunha trazer apontamentos para consulta em seu depoimento.
GABARITO LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) é permitido à testemunha trazer o depoimento por escrito, não


necessitando prestá-lo oralmente. (errado)
Errado. Artigo 204 CPP.

B) as pessoas impossibilitadas, por enfermidade ou por velhice, de


comparecer para depor, serão inquiridas onde estiverem. (certo)
Certo. Artigo 220 CPP.

C)é vedado ao juiz ouvir outras testemunhas, além das indicadas


pelas partes. (errado)
Errado. Artigo 209 CPP.

D)é vedado à testemunha trazer apontamentos para consulta em seu


depoimento. (errado)
Errado. Artigo 204 § único CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA
A) é permitido à testemunha trazer o depoimento por escrito, não
necessitando prestá-lo oralmente. (errado)
O código de processo penal, em relação a forma que o depoimentos será
prestado afirma:

Art. 203. A testemunha fará, sob palavra de honra, a promessa de dizer a


verdade do que souber e Ihe for perguntado, devendo declarar seu nome, sua
idade, seu estado e sua residência, sua profissão, lugar onde exerce sua
atividade, se é parente, e em que grau, de alguma das partes, ou quais suas
relações com qualquer delas, e relatar o que souber, explicando sempre as razões
de sua ciência ou as circunstâncias pelas quais possa avaliar-se de sua
credibilidade.

Art. 204. O depoimento será prestado oralmente, não sendo permitido à


testemunha trazê-lo por escrito.

Parágrafo único. Não será vedada à testemunha, entretanto, breve consulta


a apontamentos.
B) as pessoas impossibilitadas, por enfermidade ou por velhice, de
comparecer para depor, serão inquiridas onde estiverem. (certo)
O código de processo penal, em relação à situação narrada na questão,
afirma exatamente o que o enunciado afirma, veja:

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Art. 220. As pessoas impossibilitadas, por enfermidade ou por velhice, de


comparecer para depor, serão inquiridas onde estiverem.

C)é vedado ao juiz ouvir outras testemunhas, além das indicadas


pelas partes. (errado)
Renato Brasileiro (p. 770, 2020) traz as espécies de testemunha no processo
penal, apontando suas principais diferenças, veja:

I) Testemunhas numerárias: são aquelas que são computadas para efeito de


aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, ou seja, as
arroladas pelas partes e que prestam compromisso legal;
II) Testemunhas extranumerárias: não são computadas para efeito de
aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, podendo,
portanto, ser ouvidas em número ilimitado.
As testemunhas extranumerárias poderão ser:

- Aquelas ouvidas por iniciativa do juiz, conforme art. 209, caput, CPP que
afirma: Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras
testemunhas, além das indicadas pelas partes.
- As que não prestam o compromisso legal e foram arroladas pelas partes
- As que nada sabem que interesse à decisão da causa, conforme art. 209, §
2º CPP, que afirma: § 2o Não será computada como testemunha a pessoa que
nada souber que interesse à decisão da causa.

Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras


testemunhas, além das indicadas pelas partes.
§ 1o Se ao juiz parecer conveniente, serão ouvidas as pessoas a que as
testemunhas se referirem.
§ 2o Não será computada como testemunha a pessoa que nada souber que
interesse à decisão da causa.

D)é vedado à testemunha trazer apontamentos para consulta em seu


depoimento. (errado)
O código de processo penal, em relação a forma que o depoimentos será
prestado afirma:

Art. 203. A testemunha fará, sob palavra de honra, a promessa de dizer a


verdade do que souber e Ihe for perguntado, devendo declarar seu nome, sua
idade, seu estado e sua residência, sua profissão, lugar onde exerce sua
atividade, se é parente, e em que grau, de alguma das partes, ou quais suas
relações com qualquer delas, e relatar o que souber, explicando sempre as razões
de sua ciência ou as circunstâncias pelas quais possa avaliar-se de sua
credibilidade.

Art. 204. O depoimento será prestado oralmente, não sendo permitido à


testemunha trazê-lo por escrito.

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Parágrafo único. Não será vedada à testemunha, entretanto, breve consulta


a apontamentos.

20- Em consonância com o Código de Processo Penal assinale a alternativa


incorreta:
A) As pessoas impossibilitadas, por enfermidade ou por velhice, de comparecer
para depor, serão inquiridas onde estiverem.
B) Se, regularmente intimada, a testemunha deixar de comparecer sem motivo
justificado, o juiz poderá requisitar à autoridade policial a sua apresentação ou
determinar seja conduzida por oficial de justiça, que poderá solicitar o auxílio da força
pública.
C) O juiz não permitirá que a testemunha manifeste suas apreciações pessoais,
ainda quando inseparáveis da narrativa do fato.
D) O depoimento da testemunha será reduzido a termo, assinado por ela, pelo juiz e
pelas partes.

GABARITO LETRA C

SOLUÇÃO RÁPIDA
A) As pessoas impossibilitadas, por enfermidade ou por velhice, de
comparecer para depor, serão inquiridas onde estiverem. (errado)
Certo, não devendo ser assinalado. Artigo 220 CPP.

B) Se, regularmente intimada, a testemunha deixar de comparecer


sem motivo justificado, o juiz poderá requisitar à autoridade policial a sua
apresentação ou determinar seja conduzida por oficial de justiça, que
poderá solicitar o auxílio da força pública. (errado)
Certo, não devendo ser assinalado. Artigo 218 CPP.

C) O juiz não permitirá que a testemunha manifeste suas


apreciações pessoais, ainda quando inseparáveis da narrativa do fato.
(certo)
Errado, devendo ser assinalado. Artigo 213 CPP.

D) O depoimento da testemunha será reduzido a termo, assinado por


ela, pelo juiz e pelas partes. (errado)
Certo, não devendo ser assinalado. Artigo 216 CPP

SOLUÇÃO COMPLETA
A) As pessoas impossibilitadas, por enfermidade ou por velhice, de
comparecer para depor, serão inquiridas onde estiverem. (errado)
O código de processo penal, em relação à situação narrada na questão,
afirma exatamente o que o enunciado afirma, veja:

Art. 220. As pessoas impossibilitadas, por enfermidade ou por velhice, de


comparecer para depor, serão inquiridas onde estiverem.

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B) Se, regularmente intimada, a testemunha deixar de comparecer


sem motivo justificado, o juiz poderá requisitar à autoridade policial a sua
apresentação ou determinar seja conduzida por oficial de justiça, que
poderá solicitar o auxílio da força pública. (errado)
Renato Brasileiro (p. 770, 2020) traz as espécies de testemunha no processo
penal, apontando suas principais diferenças, veja:

I) Testemunhas numerárias: são aquelas que são computadas para efeito de


aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, ou seja, as
arroladas pelas partes e que prestam compromisso legal;
II) Testemunhas extranumerárias: não são computadas para efeito de
aferição do número máximo de testemunhas legalmente permitido, podendo,
portanto, ser ouvidas em número ilimitado.
As testemunhas extranumerárias poderão ser:

- Aquelas ouvidas por iniciativa do juiz, conforme art. 209, caput, CPP que
afirma: Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras
testemunhas, além das indicadas pelas partes.
- As que não prestam o compromisso legal e foram arroladas pelas partes
- As que nada sabem que interesse à decisão da causa, conforme art. 209, §
2º CPP, que afirma: § 2o Não será computada como testemunha a pessoa que
nada souber que interesse à decisão da causa.

Em caso de falta, é sabido pelo Código de Processo Penal que:

Art. 218. Se, regularmente intimada, a testemunha deixar de comparecer


sem motivo justificado, o juiz poderá requisitar à autoridade policial a sua
apresentação ou determinar seja conduzida por oficial de justiça, que poderá
solicitar o auxílio da força pública.

C) O juiz não permitirá que a testemunha manifeste suas


apreciações pessoais, ainda quando inseparáveis da narrativa do fato.
(certo)
O código de processo penal, em relação a forma que o depoimentos será
prestado afirma:

Art. 213. O juiz não permitirá que a testemunha manifeste suas


apreciações pessoais, salvo quando inseparáveis da narrativa do fato.

D) O depoimento da testemunha será reduzido a termo, assinado por


ela, pelo juiz e pelas partes. (errado)
O código de processo penal, em relação a forma que o depoimentos será
prestado afirma:

Art. 213. O juiz não permitirá que a testemunha manifeste suas


apreciações pessoais, salvo quando inseparáveis da narrativa do fato

MUDE SUA VIDA!


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Art. 216. O depoimento da testemunha será reduzido a termo, assinado por


ela, pelo juiz e pelas partes. Se a testemunha não souber assinar, ou não puder
fazê-lo, pedirá a alguém que o faça por ela, depois de lido na presença de ambos.

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SUMÁRIO
Questões sobre a aula......................................................................................................................................2
Gabarito ...........................................................................................................................................................6
Questões Comentadas .....................................................................................................................................7

MUDE SUA VIDA!


1
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QUESTÕES SOBRE A AULA

1. ANO: 2020 Questão Inédita

De acordo com o que o Código de Processo Penal chama de acareação, julgue o item
abaixo:

A acareação será admitida somente entre acusados de infrações penais.

Certo ( ) Errado ( )

2. ANO: 2020 Questão Inédita


.
Julgue o item abaixo:

Para ser realizada a acareação é exigido que as pessoas em questão já tenham


prestado declarações, com identidade de juízo, fatos e circunstancias, sendo irrelevante
se existe contradição entre as versões.

Certo ( ) Errado ( )

3. ANO: 2020 Questão Inédita

Analise a assertiva abaixo acerca do instituto da acareação:

A acareação poderá ser direta ou indireta, sendo a primeira quando se coloca as


pessoas que prestaram declarações divergentes frente a frente. Já a acareação indireta
não fora recepcionada pela Constituição de 1988.

Certo ( ) Errado ( )

4. ANO: 2020 Questão Inédita

De acordo com o que o Código de Processo Penal considera documento, julgue o item
abaixo:

Consideram-se documentos quaisquer escritos, instrumentos ou papéis, públicos ou


particulares, devendo, à fotografia do documento, devidamente autenticada, se dar o
mesmo valor do original.

Certo ( ) Errado ( )

5. ANO: 2020 Questão Inédita

De acordo com entendimento do Supremo Tribunal Federal, analise o item abaixo:

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2
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Parecer elaborado por jurista renomado não pode ser qualificado como documento nos
termos da legislação processual penal.

Certo ( ) Errado ( )

6. ANO: 2020 Questão Inédita

Analise a assertiva abaixo:

Salvo os casos expressos em lei, as partes poderão apresentar documentos em


qualquer fase do processo.

Certo ( ) Errado ( )

7. ANO: 2020 Questão Inédita

Julgue o item abaixo:

As partes poderão apresentar documento em qualquer fase do processo, independente


do rito a que seguir.

Certo ( ) Errado ( )

8. ANO: 2020 Questão Inédita

Analise o item abaixo:

É vedada acareação entre acusado e testemunha, mas é permitida acareação de


testemunhas, entre si, e acusados, entre si.

Certo ( ) Errado ( )

9. ANO: 2020 Questão Inédita

Julgue o item abaixo:

Os acareados serão reperguntados sobre toda a sua declaração anterior, visando


detectar o maior número de inverdades que possam ter sido ditas.

Certo ( ) Errado ( )

10. ANO: 2020 Questão Inédita

Analise o item a seguir à luz da lavratura do auto de acareação:

Nesse ato deverá constar qualificação do ofendido, referência ao despacho da


autoridade policial, referencia do ponto fático que ser esclarecido mas não poderá
fazer referencia a declaração anteriormente prestada.

Certo ( ) Errado ( )

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3
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11. ANO: 2013 BANCA: UEG ÓRGÃO: PC-GO PROVA: UEG - 2013 - PC-GO -
ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL - CURSO DE FORMAÇÃO - 2ª PROVA

Sobre a acareação, tem-se que

A) é vedada a acareação entre vítima e indiciado.


B) é um ato informal que não necessita ser reduzido a termo.
C) a testemunha devidamente intimada é obrigada a participar.
D) ocorrerá somente quando for solicitada pelo advogado do indiciado.

12. ANO: 2020 Questão Inédita

De acordo com o que preceitua o Código de Processo Penal, sobre acareação, marque a
assertiva correta:

A) é um ato formal que necessita ser reduzida a termo.


B) é vedada entre acusados
C) é vedada entre vítima e acusado
D) não é possível ser realizada por carta precatória

13. ANO: 2020 Questão Inédita

De acordo com o instituto da acareação, assinale a alternativa correta:

A) A acareação pode ser direta ou indireta


B) A acareação só poderá ser direta
C) A acareação indireta não fora recepcionada pela Constituição
D) A acareação é uma construção doutrinária mas não encontra abrigo legal.

14. ANO: 2020 Questão Inédita

Assinale a alternativa incorreta:

A) Cartas poderão ser exibidas em juízo pelo respectivo destinatário, para a defesa de
seu direito, ainda que não haja consentimento do signatário.
B) Cartas poderão ser exibidas em juízo pelo respectivo destinatário, para a defesa de
seu direito, desde que haja consentimento do signatário.
C) Se o juiz tiver notícia da existência de documento relativo a ponto relevante da
acusação ou da defesa, providenciará, independentemente de requerimento de
qualquer das partes, para sua juntada aos autos, se possível.
D) Consideram-se documentos quaisquer escritos, instrumentos ou papéis, públicos ou
particulares.

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15. ANO: 2020 Questão Inédita

Em relação aos documentos aceitos no Processo Penal, assinale a opção incorreta:


A) Considera-se documento qualquer escrito, instrumento ou papel
B) Será conferido o mesmo valor original à fotografia do documento, ainda que não
esteja autenticada
C) Cartas particulares interceptadas não são admitidas em juízo
D) Se o juiz tiver notícia da existência de documento relativo a ponto relevante da
acusação ou da defesa, providenciará, independentemente de requerimento de
qualquer das partes, para sua juntada aos autos, se possível

16. ANO: 2020 Questão Inédita

A apresentação de documentos no processo penal:

A) Poderá sempre ser feita a qualquer fase do processo


B) O órgão julgador não poderá indeferir a juntada de documentos
C) não será permitida a leitura de documento ou a exibição de objeto durante o
julgamento que não tiver sido juntado aos autos com a antecedência mínima de 5
(cinco) dias úteis, dando-se ciência à outra parte
D) não será permitida a leitura de documento ou a exibição de objeto durante o
julgamento que não tiver sido juntado aos autos com a antecedência mínima de 3 (três)
dias úteis, dando-se ciência à outra parte

17. ANO: 2013 BANCA: VUNESP ÓRGÃO: MPE-ES PROVA: VUNESP - 2013 - MPE-ES -
AGENTE DE PROMOTORIA – ASSESSORIA

A acareação, no CPP, é admitida para resolver divergência entre as versões


apresentadas, e pode ser realizada entre:

A)acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou


testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas.
B)acusado e a pessoa ofendida, e entre testemunhas, apenas.
C)pessoas ofendidas e testemunhas.
D)testemunhas, apenas.

18. ANO: 2013 BANCA: MPE-GO ÓRGÃO: MPE-GO PROVA: MPE-GO - 2013 - MPE-GO -
PROMOTOR DE JUSTIÇA

Com relação ao procedimento de acareação, é correto afirmar que:

A)a acareação somente poderá ser realizada na fase de investigação preliminar.


B)o investigado, por força de lei, deverá compulsoriamente ser submetido a acareação,
sob pena de responder por crime de desobediência (art. 330 do Código Penal).
C)a lei processual penal brasileira prevê a possibilidade de acareação até entre o
acusado e as testemunhas.

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5
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D)não se admite no processo penal brasileiro a acareação por precatória de


testemunhas.

19. ANO: 2013 BANCA: FUNCAB ÓRGÃO: PC-ES PROVA: FUNCAB - 2013 - PC-ES -
ESCRIVÃO DE POLÍCIA

Quanto à “acareação”, é correto afirmar:

A)Será admitida entre acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre
acusado ou testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que
divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes.
B)Se ausente alguma testemunha, cujas declarações divirjam das de outra, que esteja
presente, não se poderá efetuar a acareação.
C)Os acareados serão reperguntados, para que expliquem os pontos de convergência,
reduzindo-se a termo o ato de acareação.
D)Se subsistir a discordância, expedir-se-á precatória, transcrevendo-se as declarações
somente das testemunhas presentes, a fim de que se complete a diligência.

20. ANO: 2012 BANCA: CESPE / CEBRASPE ÓRGÃO: DPE-AC PROVA: CESPE - 2012 -
DPE-AC - DEFENSOR PÚBLICO

Admite-se a acareação entre testemunhas que divergirem, em seus depoimentos, a


respeito de circunstâncias de fatos relevantes. No caso de uma dessas testemunhas
residir fora da comarca do juízo, deve o juiz
A)deferir a realização da acareação e determinar o comparecimento das testemunhas;
ausente testemunha cujas declarações divirjam das da que esteja presente, a esta se
deve dar a conhecer os pontos de divergência, colhendo-se seu depoimento. Em
seguida, deve o magistrado determinar a expedição de carta precatória para inquirição
da testemunha residente fora da comarca do juízo a fim de completar o ato.
B)deferir a realização da acareação, determinando o comparecimento da testemunha
residente fora da comarca, sob pena de condução coercitiva.
C)deferir a realização da acareação, determinando o comparecimento da testemunha
residente em outra localidade; na hipótese de apenas uma das testemunhas objeto da
acareação comparecer, o juiz deverá declarar prejudicado o ato.
D)indeferir a realização da acareação, por ser esta prejudicial ao processo, e por não
ser possível determinar o comparecimento em juízo de testemunhas residentes fora da
comarca do juízo.

GABARITO
1. Errado
2. Errado
3. Errado
4. Certo
5. Certo
6. Certo
7. Errado
8. Errado

MUDE SUA VIDA!


6
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9. Errado
10. Errado
11. D
12. A
13. A
14. B
15. B
16. D
17. A
18. C
19. A
20. A

QUESTÕES COMENTADAS
1- De acordo com o que o Código de Processo Penal chama de acareação,
julgue o item abaixo:

A acareação será admitida somente entre acusados de infrações penais.

GABARITO ERRADO.

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. Artigo 229 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

Renato Brasileiro (p. 786, 2020) cita Mirabete para ensinar o conceito da
acareação, que segue abaixo:

Acarear (ou acoroar) é pôr em presença uma da outra, face a face, pessoas
cujas declarações são divergentes. A acareação é, portanto, o ato processual
consistente na confrontação das declarações de dois ou mais acusados,
testemunhas ou ofendidos, já ouvidos, e destinado a obter o convencimento do
juiz sobre a verdade de algum fato em que as declarações dessas pessoas forem
divergentes.
De acordo com o art. 229 do CPP, a acareação será admitida entre
acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou
testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que
divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes. Como
se vê, então, a acareação pode ser feita:
a) entre os acusados;
b) entre o acusado e testemunha;
c) entre testemunhas;
d) entre acusado e ofendido;
e) entre as pessoas ofendidas;

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f)entre testemunhas e ofendido.

Dois são os pressupostos para sua realização: 1) As pessoas a serem


acareadas (acusados, testemunhas e ofendidos) já devem ter prestado suas
declarações, perante o mesmo juízo e sobre os mesmos fatos e circunstâncias; 2)
Deve haver divergência sobre ponto relevante no relato dessas pessoas, ou seja,
é necessário que existam contradições ou versões discrepantes sobre fatos que
realmente interessem ao deslinde do processo.

2. Julgue o item abaixo:

Para ser realizada a acareação é exigido que as pessoas em questão já


tenham prestado declarações, com identidade de juízo, fatos e circunstancias,
sendo irrelevante se existe contradição entre as versões.
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

A acareação só poderá ser feita se houver contradição ou versões


discrepantes.

SOLUÇÃO COMPLETA
Renato Brasileiro (p. 786, 2020) cita Mirabete para ensinar o conceito da
acareação, que segue abaixo:

Acarear (ou acoroar) é pôr em presença uma da outra, face a face, pessoas
cujas declarações são divergentes. A acareação é, portanto, o ato processual
consistente na confrontação das declarações de dois ou mais acusados,
testemunhas ou ofendidos, já ouvidos, e destinado a obter o convencimento do
juiz sobre a verdade de algum fato em que as declarações dessas pessoas forem
divergentes.
De acordo com o art. 229 do CPP, a acareação será admitida entre
acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou
testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que
divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes. Como
se vê, então, a acareação pode ser feita:
a) entre os acusados;
b) entre o acusado
e testemunha;
c) entre testemunhas;
d) entre acusado e ofendido;
e) entre as pessoas ofendidas;
f)entre testemunhas e ofendido.

Dois são os pressupostos para sua realização: 1) As pessoas a serem


acareadas (acusados, testemunhas e ofendidos) já devem ter prestado suas
declarações, perante o mesmo juízo e sobre os mesmos fatos e circunstâncias; 2)

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Deve haver divergência sobre ponto relevante no relato dessas pessoas, ou seja,
é necessário que existam contradições ou versões discrepantes sobre fatos que
realmente interessem ao deslinde do processo.

3- Analise a assertiva abaixo acerca do instituto da acareação:

A acareação poderá ser direta ou indireta, sendo a primeira quando se coloca as


pessoas que prestaram declarações divergentes frente a frente. Já a acareação indireta
não fora recepcionada pela Constituição de 1988.
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado. Existe acareação indireta. Artigo 230 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

Prevê o art. 229, parágrafo único, do CPP, que “os acareados serão
reperguntados, para que expliquem os pontos de divergências, reduzindo-se a
termo o ato de acareação”. Logo, ao serem perguntados sobre os pontos de
divergências, os acareados poderão confirmar as declarações anteriormente
prestadas, o que geralmente acontece, ou modificá-las. Então, o ato de acareação
é reproduzido em um termo onde ficam consignadas as perguntas feitas a cada
um dos acareados e suas respectivas respostas, auto este a ser subscrito pelo
escrevente e assinado por todos.
Renato Brasileiro (p. 787, 2020) afirma que para assegurar o êxito da
acareação, é fundamental que seja preservada a incomunicabilidade entre as
pessoas que a ela serão submetidas. Portanto, antevendo a possibilidade de ser
determinada a acareação, e também para evitar constrangimentos ou
intimidações, os arts. 201, § 4º, e 210,parágrafo único, estabelecem que, antes
do início da audiência e no curso de sua realização, seja reservado espaço
separado para a vítima e testemunhas.
É possível que um dos acareados se encontre fora da comarca do juízo
perante o qual tramita o processo. Nesse caso, prevê o art. 230 do CPP: “Se
ausente alguma testemunha, cujas declarações divirjam das de outra, que esteja
presente, a esta se darão a conhecer os pontos da divergência, consignando-se no
auto o que explicar ou observar. Se subsistir a discordância, expedir-se-á
precatória à autoridade do lugar onde resida a testemunha ausente,
transcrevendo-se as declarações desta e as da testemunha presente, nos pontos
em que divergirem, bem como o texto do referido auto, a fim de que se complete
a diligência, ouvindo-se a testemunha ausente, pela mesma forma estabelecida
para a testemunha presente. Esta diligência só se realizará quando não importe
demora prejudicial ao processo e o juiz a entenda conveniente”.

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Em suma, temos que a direta seria justamente aquela hipótese em que as


pessoas que prestaram declarações divergentes são colocadas frente a frente e
confrontadas nos pontos incompatíveis com o objetivo de que as declarações se
compatibilizem conforme efetivamente os fatos ocorreram. Já a indireta ocorrerá
em hipóteses que se mostram inviáveis colocá-las frente a frente.

4- De acordo com o que o Código de Processo Penal considera documento, julgue o


item abaixo:

Consideram-se documentos quaisquer escritos, instrumentos ou papéis, públicos


ou particulares, devendo, à fotografia do documento, devidamente autenticada, se dar o
mesmo valor do original.
GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Certo. Artigo 232 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

Veja o que o doutrinador Renato Brasileiro pontua acerca do conceito de


documento:

O conceito de documento pode ser abordado de forma estrita ou de modo


amplo. Numa concepção mais restrita, considera-se documento (de doceo,
ensinar, mostrar, indicar) qualquer escrito, instrumento ou papel, público ou
particular (CPP, art. 232, caput). Pode-se defini-lo, assim, como toda a peça
escrita que condensa graficamente o pensamento de alguém, podendo provar um
fato ou a realização de algum ato dotado de relevância jurídica. Numa concepção
mais ampla, e com base em uma interpretação progressiva, tem-se como
documento qualquer objeto representativo de um fato ou ato relevante, conceito
no qual podemos incluir fotografias, filmes, desenhos, esquemas, e-mails, figuras
digitalizadas, planilhas, croquis, etc. Em ambas as concepções, apresenta-se como
característica essencial do documento a relevância jurídica, a ser compreendida
como a possibilidade da expressão do pensamento nele contido gerar
consequências no plano jurídico.

5- De acordo com entendimento do Supremo Tribunal Federal, analise o item


abaixo:

Parecer elaborado por jurista renomado não pode ser qualificado como documento
nos termos da legislação processual penal.
GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA

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Certo. STF, 1ª Turma, RHC 94.350/SC, Rel. Min. Cármen Lúcia, j.


14/10/2008, DJe 206 30/10/2008.

SOLUÇÃO COMPLETA

Veja o que o doutrinador Renato Brasileiro pontua acerca do conceito de


documento:

O conceito de documento pode ser abordado de forma estrita ou de modo


amplo. Numa concepção mais restrita, considera-se documento (de doceo,
ensinar, mostrar, indicar) qualquer escrito, instrumento ou papel, público ou
particular (CPP, art. 232, caput). Pode-se defini-lo, assim, como toda a peça
escrita que condensa graficamente o pensamento de alguém, podendo provar um
fato ou a realização de algum ato dotado de relevância jurídica. Numa concepção
mais ampla, e com base em uma interpretação progressiva, tem-se como
documento qualquer objeto representativo de um fato ou ato relevante, conceito
no qual podemos incluir fotografias, filmes, desenhos, esquemas, e-mails, figuras
digitalizadas, planilhas, croquis, etc. Em ambas as concepções, apresenta-se como
característica essencial do documento a relevância jurídica, a ser compreendida
como a possibilidade da expressão do pensamento nele contido gerar
consequências no plano jurídico.
De acordo com a 1ª Turma do Supremo, um parecer elaborado por jurista
renomado, por não ser um escrito destinado à prova, não pode ser qualificado
como documento nos termos da legislação processual penal. Pareceres opinativos
não se equiparam a documentos, sendo que a sua eventual juntada aos autos
sequer induz à abertura de vista à parte contrária.

6- Analise a assertiva abaixo:

Salvo os casos expressos em lei, as partes poderão apresentar documentos em


qualquer fase do processo.
GABARITO CERTO

SOLUÇÃO RÁPIDA
Certo. Artigo 231 CPP

SOLUÇÃO COMPLETA
Veja o que o doutrinador Renato Brasileiro pontua acerca do conceito de
documento:

O conceito de documento pode ser abordado de forma estrita ou de modo


amplo. Numa concepção mais restrita, considera-se documento (de doceo,
ensinar, mostrar, indicar) qualquer escrito, instrumento ou papel, público ou
particular (CPP, art. 232, caput). Pode-se defini-lo, assim, como toda a peça
escrita que condensa graficamente o pensamento de alguém, podendo provar um
fato ou a realização de algum ato dotado de relevância jurídica. Numa concepção
mais ampla, e com base em uma interpretação progressiva, tem-se como

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documento qualquer objeto representativo de um fato ou ato relevante, conceito


no qual podemos incluir fotografias, filmes, desenhos, esquemas, e-mails, figuras
digitalizadas, planilhas, croquis, etc. Em ambas as concepções, apresenta-se como
característica essencial do documento a relevância jurídica, a ser compreendida
como a possibilidade da expressão do pensamento nele contido gerar
consequências no plano jurídico.
Em regra, será sempre possível a juntada de documentos no processo penal,
em qualquer fase, logicamente, desde que sejam submetidos ao devido processo
legal. Veja o que destaca o artigo 231, do Código de Processo Penal:

Art. 231. Salvo os casos expressos em lei, as partes poderão apresentar


documentos em qualquer fase do processo

7- Julgue o item abaixo:

As partes poderão apresentar documento em qualquer fase do processo,


independente do rito a que seguir.
GABARITO ERRADO.

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado, pois existem exceções à regra do artigo 231 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com a produção de prova no processo penal, Renato Brasileiro
(p. 789, 2020) defende que De acordo com o art. 231 do CPP, salvo os casos
expressos em lei, as partes poderão apresentar documentos em qualquer fase do
processo. A regra, no tocante à produção da prova documental, é que as partes
podem juntar documentos em qualquer fase do processo, só podendo haver o
indeferimento do órgão julgador quando os documentos apresentados tiverem
caráter meramente protelatório ou tumultuário. Todavia, há restrições à
possibilidade de juntada de documentos em qualquer fase processual.
Antes da reforma processual de 2008, duas importantes exceções eram
obrigatoriamente lembradas:
a) de acordo com o revogado art. 406, § 2º, do CPP, era vedada a juntada
de documentos na fase de alegações finais na primeira fase do procedimento
bifásico do júri;
b) nos termos do revogado art. 475 do CPP, durante o julgamento no
plenário do júri, não era permitida a produção ou leitura de documento que não
tivesse sido comunicado à parte contrária, com antecedência, pelo menos, de três
dias, compreendida nessa proibição a leitura de jornais ou qualquer escrito, cujo
conteúdo versasse sobre matéria de fato constante do processo.
Com a vigência da Lei nº 11.689/08, a primeira exceção foi suprimida do
texto do Código de Processo Penal. Isso porque não existem mais alegações finais
escritas na primeira fase do procedimento do júri (judicium accusationis). De fato,

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diante da nova redação do art. 411, § 4º, do CPP, as alegações passam a ser
apresentadas oralmente, não havendo mais de se falar em restrição à
apresentação de documentos nessa fase.
Quanto à segunda restrição, dispõe o art. 479 do CPP, com redação dada
pela Lei nº 11.689/08, que não será permitida a leitura de documento ou a
exibição de objeto durante o julgamento que não tiver sido juntado aos autos com
a antecedência mínima de 3 (três) dias úteis, dando-se ciência à outra parte.
Compreende-se na proibição deste artigo a leitura de jornais ou qualquer outro
escrito, bem como a exibição de vídeos, gravações, fotografias, laudos, quadros,
croqui ou qualquer outro meio assemelhado, cujo conteúdo versar sobre a matéria
de fato submetida à apreciação e julgamento dos jurados.

8- Analise o item abaixo:

É vedada acareação entre acusado e testemunha, mas é permitida acareação de


testemunhas, entre si, e acusados, entre si.

GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA
Errado. Artigo 229 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

Renato Brasileiro (p. 786, 2020) cita Mirabete para ensinar o conceito
da acareação, que segue abaixo:

Acarear (ou acoroar) é pôr em presença uma da outra, face a face, pessoas
cujas declarações são divergentes. A acareação é, portanto, o ato processual
consistente na confrontação das declarações de dois ou mais acusados,
testemunhas ou ofendidos, já ouvidos, e destinado a obter o convencimento do
juiz sobre a verdade de algum fato em que as declarações dessas pessoas forem
divergentes.
De acordo com o art. 229 do CPP, a acareação será admitida entre
acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou
testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que
divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes. Como
se vê, então, a acareação pode ser feita:
a) entre os acusados;
b) entre o acusado
e testemunha;
c) entre testemunhas;
d) entre acusado e ofendido;
e) entre as pessoas ofendidas;
f)entre testemunhas e ofendido.

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Dois são os pressupostos para sua realização: 1) As pessoas a serem


acareadas (acusados, testemunhas e ofendidos) já devem ter prestado suas
declarações, perante o mesmo juízo e sobre os mesmos fatos e circunstâncias; 2)
Deve haver divergência sobre ponto relevante no relato dessas pessoas, ou seja,
é necessário que existam contradições ou versões discrepantes sobre fatos que
realmente interessem ao deslinde do processo.

9- Julgue o item abaixo:

Os acareados serão reperguntados sobre toda a sua declaração anterior, visando


detectar o maior número de inverdades que possam ter sido ditas.
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA
Errado. Artigo 229 §único CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA
Renato Brasileiro (p. 786, 2020) cita Mirabete para ensinar o conceito
da acareação, que segue abaixo:

Acarear (ou acoroar) é pôr em presença uma da outra, face a face, pessoas
cujas declarações são divergentes. A acareação é, portanto, o ato processual
consistente na confrontação das declarações de dois ou mais acusados,
testemunhas ou ofendidos, já ouvidos, e destinado a obter o convencimento do
juiz sobre a verdade de algum fato em que as declarações dessas pessoas forem
divergentes.
De acordo com o art. 229 do CPP, a acareação será admitida entre
acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou
testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que
divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes. Como
se vê, então, a acareação pode ser feita:
a) entre os acusados;
b) entre o acusado
e testemunha;
c) entre testemunhas;
d) entre acusado e ofendido;
e) entre as pessoas ofendidas;
f)entre testemunhas e ofendido.

O artigo 229, §1º, Código de Processo Penal trata a respeito do


procedimento a ser adotado, quando da realização da acareação, note:

Art 229. Parágrafo único. Os acareados serão reperguntados, para que


expliquem os pontos de divergências, reduzindo-se a termo o ato de acareação.

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Assim, observa-se que o Delegado de Polícia deverá reperguntar os pontos


considerados divergentes nos depoimentos prestados, reduzindo-se a termo as
novas declarações prestadas. Nesse ato, a pessoa ouvida poderá manter as suas
declarações ou alterá-las, ocasião em que o Delegado de Polícia deverá reproduzir
em um termo a diligência realizada, documento em que ficarão consignadas as
perguntas feitas a cada um dos acareados e suas respostas. Estar-se-á diante do
Auto de Acareação, o qual deverá ser subscrito pelo escrivão de polícia e assinado
por todos os participantes.

10- Analise o item a seguir à luz da lavratura do auto de acareação:

Nesse ato deverá constar qualificação do ofendido, referência ao despacho da


autoridade policial, referencia do ponto fático que ser esclarecido mas não poderá fazer
referencia a declaração anteriormente prestada.
GABARITO ERRADO

SOLUÇÃO RÁPIDA

Errado pois no auto de acareação é necessário ter menção a declaração


anterior que deu ensejo à acareação.

SOLUÇÃO COMPLETA

Prevê o art. 229, parágrafo único, do CPP, que “os acareados serão
reperguntados, para que expliquem os pontos de divergências, reduzindo-se a
termo o ato de acareação”. Logo, ao serem perguntados sobre os pontos de
divergências, os acareados poderão confirmar as declarações anteriormente
prestadas, o que geralmente acontece, ou modificá-las. Então, o ato de acareação
é reproduzido em um termo onde ficam consignadas as perguntas feitas a cada
um dos acareados e suas respectivas respostas, auto este a ser subscrito pelo
escrevente e assinado por todos.
Na lavratura do ato, deverá conter:

a) referencia ao despacho da autoridade policial, o qual determina a


diligencia
b) qualificação dos envolvidos
c) referencia do ponto fático que deverá ser esclarecido, fazendo referencia
a declarações anteriormente prestadas
d) reperguntas realizadas
e) respostas que foram prestadas
f) encerramento do auto.

11- Sobre a acareação, tem-se que

A) é vedada a acareação entre vítima e indiciado.


B) é um ato informal que não necessita ser reduzido a termo.
C) a testemunha devidamente intimada é obrigada a participar.

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D) ocorrerá somente quando for solicitada pelo advogado do indiciado.


GABARITO LETRA C

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) é vedada a acareação entre vítima e indiciado. (errado)


Errado. Artigo 229 CPP.
B) é um ato informal que não necessita ser reduzido a termo.
(errado)
Errado. Artigo 229 § único CPP.

C) a testemunha devidamente intimada é obrigada a participar.


(certo)
Certo. Artigo 206 CPP

D) ocorrerá somente quando for solicitada pelo advogado do


indiciado. (errado)
Errado. Não é pressuposto da acareação solicitação do advogado.
SOLUÇÃO COMPLETA

A) é vedada a acareação entre vítima e indiciado. (errado)


Renato Brasileiro (p. 786, 2020) cita Mirabete para ensinar o conceito da
acareação, que segue abaixo:

Acarear (ou acoroar) é pôr em presença uma da outra, face a face, pessoas
cujas declarações são divergentes. A acareação é, portanto, o ato processual
consistente na confrontação das declarações de dois ou mais acusados,
testemunhas ou ofendidos, já ouvidos, e destinado a obter o convencimento do
juiz sobre a verdade de algum fato em que as declarações dessas pessoas forem
divergentes.
De acordo com o art. 229 do CPP, a acareação será admitida entre
acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou
testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que
divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes. Como
se vê, então, a acareação pode ser feita:
a) entre os acusados;
b) entre o acusado e testemunha;
c) entre testemunhas;
d) entre acusado e ofendido;
e) entre as pessoas ofendidas;
f)entre testemunhas e ofendido.

Dois são os pressupostos para sua realização: 1) As pessoas a serem


acareadas (acusados, testemunhas e ofendidos) já devem ter prestado suas
declarações, perante o mesmo juízo e sobre os mesmos fatos e circunstâncias; 2)
Deve haver divergência sobre ponto relevante no relato dessas pessoas, ou seja,

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é necessário que existam contradições ou versões discrepantes sobre fatos que


realmente interessem ao deslinde do processo.

B) é um ato informal que não necessita ser reduzido a termo.


(errado)
Renato Brasileiro (p. 786, 2020) cita Mirabete para ensinar o conceito da
acareação, que segue abaixo:

Acarear (ou acoroar) é pôr em presença uma da outra, face a face, pessoas
cujas declarações são divergentes. A acareação é, portanto, o ato processual
consistente na confrontação das declarações de dois ou mais acusados,
testemunhas ou ofendidos, já ouvidos, e destinado a obter o convencimento do
juiz sobre a verdade de algum fato em que as declarações dessas pessoas forem
divergentes.
De acordo com o art. 229 do CPP, a acareação será admitida entre
acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou
testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que
divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes. Como
se vê, então, a acareação pode ser feita:
a) entre os acusados;
b) entre o acusado e testemunha;
c) entre testemunhas;
d) entre acusado e ofendido;
e) entre as pessoas ofendidas;
f)entre testemunhas e ofendido.

Dois são os pressupostos para sua realização: 1) As pessoas a serem


acareadas (acusados, testemunhas e ofendidos) já devem ter prestado suas
declarações, perante o mesmo juízo e sobre os mesmos fatos e circunstâncias; 2)
Deve haver divergência sobre ponto relevante no relato dessas pessoas, ou seja,
é necessário que existam contradições ou versões discrepantes sobre fatos que
realmente interessem ao deslinde do processo.

Veja o que preceitua o Código de Processo Penal:

Art. 229. A acareação será admitida entre acusados, entre acusado e


testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou testemunha e a pessoa
ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que divergirem, em suas
declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes.

Parágrafo único. Os acareados serão reperguntados, para que


expliquem os pontos de divergências, reduzindo-se a termo o ato de
acareação.

C) a testemunha devidamente intimada é obrigada a participar.


(certo)
Renato Brasileiro (p. 786, 2020) cita Mirabete para ensinar o conceito da
acareação, que segue abaixo:

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cujas declarações são divergentes. A acareação é, portanto, o ato processual
consistente na confrontação das declarações de dois ou mais acusados,
testemunhas ou ofendidos, já ouvidos, e destinado a obter o convencimento do
juiz sobre a verdade de algum fato em que as declarações dessas pessoas forem
divergentes.
De acordo com o art. 229 do CPP, a acareação será admitida entre
acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou
testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que
divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes. Como
se vê, então, a acareação pode ser feita:
a) entre os acusados;
b) entre o acusado e testemunha;
c) entre testemunhas;
d) entre acusado e ofendido;
e) entre as pessoas ofendidas;
f)entre testemunhas e ofendido.

Dois são os pressupostos para sua realização: 1) As pessoas a serem


acareadas (acusados, testemunhas e ofendidos) já devem ter prestado suas
declarações, perante o mesmo juízo e sobre os mesmos fatos e circunstâncias; 2)
Deve haver divergência sobre ponto relevante no relato dessas pessoas, ou seja,
é necessário que existam contradições ou versões discrepantes sobre fatos que
realmente interessem ao deslinde do processo.

Veja o que preceitua o Código de Processo Penal:

Art. 229. A acareação será admitida entre acusados, entre acusado e


testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou testemunha e a pessoa
ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que divergirem, em suas
declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes.

Parágrafo único. Os acareados serão reperguntados, para que expliquem os


pontos de divergências, reduzindo-se a termo o ato de acareação.

Em relação a obrigatoriedade de testemunha, destaca-se:

Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de


depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou
descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o
irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo quando não for
possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de
suas circunstâncias.

Norberto AVENA (p. 538). ensina que “Não há, efetivamente, como
constranger alguém a submeter-se ao procedimento da acareação, sejam
acusados, testemunhas ou ofendidos. (...) embora não se possa obrigar alguém a

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participar do ato, isto não significa que inexista obrigação de a ele fazer-se
presente”

Já Eugênio PACELLI de Oliveira (p. 428) adverte que as testemunhas e o


ofendido têm o dever de depor “e poderão ser responsabilizados criminalmente
por eventual falsidade nos seus depoimentos. As testemunhas, pelo crime e falso
testemunho (art. 342, CP), e o ofendido, pelo crime de denunciação caluniosa
(art. 339, CP), sem prejuízo do crime de desobediência (art. 330, CP), cabível em
relação a ambos”.
D) ocorrerá somente quando for solicitada pelo advogado do
indiciado. (errado)
Renato Brasileiro (p. 786, 2020) cita Mirabete para ensinar o conceito da
acareação, que segue abaixo:

Acarear (ou acoroar) é pôr em presença uma da outra, face a face, pessoas
cujas declarações são divergentes. A acareação é, portanto, o ato processual
consistente na confrontação das declarações de dois ou mais acusados,
testemunhas ou ofendidos, já ouvidos, e destinado a obter o convencimento do
juiz sobre a verdade de algum fato em que as declarações dessas pessoas forem
divergentes.
De acordo com o art. 229 do CPP, a acareação será admitida entre
acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou
testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que
divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes. Como
se vê, então, a acareação pode ser feita:
a) entre os acusados;
b) entre o acusado e testemunha;
c) entre testemunhas;
d) entre acusado e ofendido;
e) entre as pessoas ofendidas;
f)entre testemunhas e ofendido.

Dois são os pressupostos para sua realização: 1) As pessoas a serem


acareadas (acusados, testemunhas e ofendidos) já devem ter prestado suas
declarações, perante o mesmo juízo e sobre os mesmos fatos e circunstâncias; 2)
Deve haver divergência sobre ponto relevante no relato dessas pessoas, ou seja,
é necessário que existam contradições ou versões discrepantes sobre fatos que
realmente interessem ao deslinde do processo.

Veja o que preceitua o Código de Processo Penal:

Art. 229. A acareação será admitida entre acusados, entre acusado e


testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou testemunha e a pessoa
ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que divergirem, em suas
declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes.

Parágrafo único. Os acareados serão reperguntados, para que expliquem os


pontos de divergências, reduzindo-se a termo o ato de acareação.

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12- De acordo com o que preceitua o Código de Processo Penal, sobre acareação,
marque a assertiva correta:

A) é um ato formal que necessita ser reduzida a termo.


B) é vedada entre acusados
C) é vedada entre vítima e acusado
D) não é possível ser realizada por carta precatória

GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA
A) é um ato formal que necessita ser reduzida a termo. (certo)
Certo. Artigo 229 § único CPP

B) é vedada entre acusados. (errado)


Errado. É permitida. Art. 229 CPP

C) é vedada entre vítima e acusado (errado)


Errado. É permitida. Art. 229 CPP

D) não é possível ser realizada por carta precatória (errado)


Errado. É permitida. Art. 230 CPP

SOLUÇÃO COMPLETA

A) é um ato formal que necessita ser reduzida a termo. (certo)


Renato Brasileiro (p. 786, 2020) cita Mirabete para ensinar o conceito da
acareação, que segue abaixo:

Acarear (ou acoroar) é pôr em presença uma da outra, face a face, pessoas
cujas declarações são divergentes. A acareação é, portanto, o ato processual
consistente na confrontação das declarações de dois ou mais acusados,
testemunhas ou ofendidos, já ouvidos, e destinado a obter o convencimento do
juiz sobre a verdade de algum fato em que as declarações dessas pessoas forem
divergentes.
De acordo com o art. 229 do CPP, a acareação será admitida entre
acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou
testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que
divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes. Como
se vê, então, a acareação pode ser feita:
a) entre os acusados;
b) entre o acusado e testemunha;
c) entre testemunhas;
d) entre acusado e ofendido;

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e) entre as pessoas ofendidas;


f)entre testemunhas e ofendido.

Dois são os pressupostos para sua realização: 1) As pessoas a serem


acareadas (acusados, testemunhas e ofendidos) já devem ter prestado suas
declarações, perante o mesmo juízo e sobre os mesmos fatos e circunstâncias; 2)
Deve haver divergência sobre ponto relevante no relato dessas pessoas, ou seja,
é necessário que existam contradições ou versões discrepantes sobre fatos que
realmente interessem ao deslinde do processo.

Veja o que preceitua o Código de Processo Penal:

Art. 229. A acareação será admitida entre acusados, entre acusado e


testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou testemunha e a pessoa
ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que divergirem, em suas
declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes.

Parágrafo único. Os acareados serão reperguntados, para que expliquem os


pontos de divergências, reduzindo-se a termo o ato de acareação.

B) é vedada entre acusados (errado)


Renato Brasileiro (p. 786, 2020) cita Mirabete para ensinar o conceito da
acareação, que segue abaixo:

Acarear (ou acoroar) é pôr em presença uma da outra, face a face, pessoas
cujas declarações são divergentes. A acareação é, portanto, o ato processual
consistente na confrontação das declarações de dois ou mais acusados,
testemunhas ou ofendidos, já ouvidos, e destinado a obter o convencimento do
juiz sobre a verdade de algum fato em que as declarações dessas pessoas forem
divergentes.
De acordo com o art. 229 do CPP, a acareação será admitida entre
acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou
testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que
divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes. Como
se vê, então, a acareação pode ser feita:
a) entre os acusados;
b) entre o acusado e testemunha;
c) entre testemunhas;
d) entre acusado e ofendido;
e) entre as pessoas ofendidas;
f)entre testemunhas e ofendido.

Dois são os pressupostos para sua realização: 1) As pessoas a serem


acareadas (acusados, testemunhas e ofendidos) já devem ter prestado suas
declarações, perante o mesmo juízo e sobre os mesmos fatos e circunstâncias; 2)
Deve haver divergência sobre ponto relevante no relato dessas pessoas, ou seja,
é necessário que existam contradições ou versões discrepantes sobre fatos que
realmente interessem ao deslinde do processo.

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Veja o que preceitua o Código de Processo Penal:

Art. 229. A acareação será admitida entre acusados, entre acusado e


testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou testemunha e a pessoa
ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que divergirem, em suas
declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes.

C) é vedada entre vítima e acusado (errado)


Renato Brasileiro (p. 786, 2020) cita Mirabete para ensinar o conceito da
acareação, que segue abaixo:

Acarear (ou acoroar) é pôr em presença uma da outra, face a face, pessoas
cujas declarações são divergentes. A acareação é, portanto, o ato processual
consistente na confrontação das declarações de dois ou mais acusados,
testemunhas ou ofendidos, já ouvidos, e destinado a obter o convencimento do
juiz sobre a verdade de algum fato em que as declarações dessas pessoas forem
divergentes.
De acordo com o art. 229 do CPP, a acareação será admitida entre
acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou
testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que
divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes. Como
se vê, então, a acareação pode ser feita:
a) entre os acusados;
b) entre o acusado e testemunha;
c) entre testemunhas;
d) entre acusado e ofendido;
e) entre as pessoas ofendidas;
f)entre testemunhas e ofendido.

Dois são os pressupostos para sua realização: 1) As pessoas a serem


acareadas (acusados, testemunhas e ofendidos) já devem ter prestado suas
declarações, perante o mesmo juízo e sobre os mesmos fatos e circunstâncias; 2)
Deve haver divergência sobre ponto relevante no relato dessas pessoas, ou seja,
é necessário que existam contradições ou versões discrepantes sobre fatos que
realmente interessem ao deslinde do processo.

Veja o que preceitua o Código de Processo Penal:

Art. 229. A acareação será admitida entre acusados, entre acusado e


testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou testemunha e a pessoa
ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que divergirem, em suas
declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes.

D) não é possível ser realizada por carta precatória (errado)


Renato Brasileiro (p. 786, 2020) cita Mirabete para ensinar o conceito da
acareação, que segue abaixo:

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Acarear (ou acoroar) é pôr em presença uma da outra, face a face, pessoas
cujas declarações são divergentes. A acareação é, portanto, o ato processual
consistente na confrontação das declarações de dois ou mais acusados,
testemunhas ou ofendidos, já ouvidos, e destinado a obter o convencimento do
juiz sobre a verdade de algum fato em que as declarações dessas pessoas forem
divergentes.
De acordo com o art. 229 do CPP, a acareação será admitida entre
acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou
testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que
divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes. Como
se vê, então, a acareação pode ser feita:
a) entre os acusados;
b) entre o acusado e testemunha;
c) entre testemunhas;
d) entre acusado e ofendido;
e) entre as pessoas ofendidas;
f)entre testemunhas e ofendido.

Dois são os pressupostos para sua realização: 1) As pessoas a serem


acareadas (acusados, testemunhas e ofendidos) já devem ter prestado suas
declarações, perante o mesmo juízo e sobre os mesmos fatos e circunstâncias; 2)
Deve haver divergência sobre ponto relevante no relato dessas pessoas, ou seja,
é necessário que existam contradições ou versões discrepantes sobre fatos que
realmente interessem ao deslinde do processo.

Veja o que preceitua o Código de Processo Penal:

Art. 229. A acareação será admitida entre acusados, entre acusado e


testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou testemunha e a pessoa
ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que divergirem, em suas
declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes.

Renato Brasileiro (p. 787, 2020) afirma que para assegurar o êxito da
acareação, é fundamental que seja preservada a incomunicabilidade entre as
pessoas que a ela serão submetidas. Portanto, antevendo a possibilidade de ser
determinada a acareação, e também para evitar constrangimentos ou
intimidações, os arts. 201, § 4º, e 210,parágrafo único, estabelecem que, antes
do início da audiência e no curso de sua realização, seja reservado espaço
separado para a vítima e testemunhas.
É possível que um dos acareados se encontre fora da comarca do juízo
perante o qual tramita o processo. Nesse caso, prevê o art. 230 do CPP: “Se
ausente alguma testemunha, cujas declarações divirjam das de outra, que esteja
presente, a esta se darão a conhecer os pontos da divergência, consignando-se no
auto o que explicar ou observar. Se subsistir a discordância, expedir-se-á
precatória à autoridade do lugar onde resida a testemunha ausente,
transcrevendo-se as declarações desta e as da testemunha presente, nos pontos
em que divergirem, bem como o texto do referido auto, a fim de que se complete
a diligência, ouvindo-se a testemunha ausente, pela mesma forma estabelecida

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para a testemunha presente. Esta diligência só se realizará quando não importe


demora prejudicial ao processo e o juiz a entenda conveniente”.

13- De acordo com o instituto da acareação, assinale a alternativa correta:

A) A acareação pode ser direta ou indireta


B) A acareação só poderá ser direta
C) A acareação indireta não fora recepcionada pela Constituição
D) A acareação é uma construção doutrinária mas não encontra abrigo legal.

GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) A acareação pode ser direta ou indireta (certo)


Certo. Artigo 229 e 230 CPP.

B) A acareação só poderá ser direta (errado)


Errado. Pode ser direta ou indireta. Artigo 229 e 230 CPP.

C) A acareação indireta não fora recepcionada pela Constituição


(errado)
Errado. Pode ser direta ou indireta. Artigo 229 e 230 CPP.

D) A acareação é uma construção doutrinária mas não encontra


abrigo legal. (errado)
Errado. A acareação, direta ou indireta, está prevista no CPP. Artigo 229 e
230 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

A) A acareação pode ser direta ou indireta (certo)


Prevê o art. 229, parágrafo único, do CPP, que “os acareados serão
reperguntados, para que expliquem os pontos de divergências, reduzindo-se a
termo o ato de acareação”. Logo, ao serem perguntados sobre os pontos de
divergências, os acareados poderão confirmar as declarações anteriormente
prestadas, o que geralmente acontece, ou modificá-las. Então, o ato de acareação
é reproduzido em um termo onde ficam consignadas as perguntas feitas a cada
um dos acareados e suas respectivas respostas, auto este a ser subscrito pelo
escrevente e assinado por todos.
Renato Brasileiro (p. 787, 2020) afirma que para assegurar o êxito da
acareação, é fundamental que seja preservada a incomunicabilidade entre as
pessoas que a ela serão submetidas. Portanto, antevendo a possibilidade de ser
determinada a acareação, e também para evitar constrangimentos ou
intimidações, os arts. 201, § 4º, e 210,parágrafo único, estabelecem que, antes

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do início da audiência e no curso de sua realização, seja reservado espaço


separado para a vítima e testemunhas.
É possível que um dos acareados se encontre fora da comarca do juízo
perante o qual tramita o processo. Nesse caso, prevê o art. 230 do CPP: “Se
ausente alguma testemunha, cujas declarações divirjam das de outra, que esteja
presente, a esta se darão a conhecer os pontos da divergência, consignando-se no
auto o que explicar ou observar. Se subsistir a discordância, expedir-se-á
precatória à autoridade do lugar onde resida a testemunha ausente,
transcrevendo-se as declarações desta e as da testemunha presente, nos pontos
em que divergirem, bem como o texto do referido auto, a fim de que se complete
a diligência, ouvindo-se a testemunha ausente, pela mesma forma estabelecida
para a testemunha presente. Esta diligência só se realizará quando não importe
demora prejudicial ao processo e o juiz a entenda conveniente”.
Em suma, temos que a direta seria justamente aquela hipótese em que as
pessoas que prestaram declarações divergentes são colocadas frente a frente e
confrontadas nos pontos incompatíveis com o objetivo de que as declarações se
compatibilizem conforme efetivamente os fatos ocorreram. Já a indireta ocorrerá
em hipóteses que se mostram inviáveis colocá-las frente a frente.

B) A acareação só poderá ser direta (errado)


Prevê o art. 229, parágrafo único, do CPP, que “os acareados serão
reperguntados, para que expliquem os pontos de divergências, reduzindo-se a
termo o ato de acareação”. Logo, ao serem perguntados sobre os pontos de
divergências, os acareados poderão confirmar as declarações anteriormente
prestadas, o que geralmente acontece, ou modificá-las. Então, o ato de acareação
é reproduzido em um termo onde ficam consignadas as perguntas feitas a cada
um dos acareados e suas respectivas respostas, auto este a ser subscrito pelo
escrevente e assinado por todos.
Renato Brasileiro (p. 787, 2020) afirma que para assegurar o êxito da
acareação, é fundamental que seja preservada a incomunicabilidade entre as
pessoas que a ela serão submetidas. Portanto, antevendo a possibilidade de ser
determinada a acareação, e também para evitar constrangimentos ou
intimidações, os arts. 201, § 4º, e 210,parágrafo único, estabelecem que, antes
do início da audiência e no curso de sua realização, seja reservado espaço
separado para a vítima e testemunhas.
É possível que um dos acareados se encontre fora da comarca do juízo
perante o qual tramita o processo. Nesse caso, prevê o art. 230 do CPP: “Se
ausente alguma testemunha, cujas declarações divirjam das de outra, que esteja
presente, a esta se darão a conhecer os pontos da divergência, consignando-se no
auto o que explicar ou observar. Se subsistir a discordância, expedir-se-á
precatória à autoridade do lugar onde resida a testemunha ausente,
transcrevendo-se as declarações desta e as da testemunha presente, nos pontos
em que divergirem, bem como o texto do referido auto, a fim de que se complete
a diligência, ouvindo-se a testemunha ausente, pela mesma forma estabelecida
para a testemunha presente. Esta diligência só se realizará quando não importe
demora prejudicial ao processo e o juiz a entenda conveniente”.
Em suma, temos que a direta seria justamente aquela hipótese em que as
pessoas que prestaram declarações divergentes são colocadas frente a frente e

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confrontadas nos pontos incompatíveis com o objetivo de que as declarações se


compatibilizem conforme efetivamente os fatos ocorreram. Já a indireta ocorrerá
em hipóteses que se mostram inviáveis colocá-las frente a frente.

C) A acareação indireta não fora recepcionada pela Constituição


(errado)
Prevê o art. 229, parágrafo único, do CPP, que “os acareados serão
reperguntados, para que expliquem os pontos de divergências, reduzindo-se a
termo o ato de acareação”. Logo, ao serem perguntados sobre os pontos de
divergências, os acareados poderão confirmar as declarações anteriormente
prestadas, o que geralmente acontece, ou modificá-las. Então, o ato de acareação
é reproduzido em um termo onde ficam consignadas as perguntas feitas a cada
um dos acareados e suas respectivas respostas, auto este a ser subscrito pelo
escrevente e assinado por todos.
Renato Brasileiro (p. 787, 2020) afirma que para assegurar o êxito da
acareação, é fundamental que seja preservada a incomunicabilidade entre as
pessoas que a ela serão submetidas. Portanto, antevendo a possibilidade de ser
determinada a acareação, e também para evitar constrangimentos ou
intimidações, os arts. 201, § 4º, e 210,parágrafo único, estabelecem que, antes
do início da audiência e no curso de sua realização, seja reservado espaço
separado para a vítima e testemunhas.
É possível que um dos acareados se encontre fora da comarca do juízo
perante o qual tramita o processo. Nesse caso, prevê o art. 230 do CPP: “Se
ausente alguma testemunha, cujas declarações divirjam das de outra, que esteja
presente, a esta se darão a conhecer os pontos da divergência, consignando-se no
auto o que explicar ou observar. Se subsistir a discordância, expedir-se-á
precatória à autoridade do lugar onde resida a testemunha ausente,
transcrevendo-se as declarações desta e as da testemunha presente, nos pontos
em que divergirem, bem como o texto do referido auto, a fim de que se complete
a diligência, ouvindo-se a testemunha ausente, pela mesma forma estabelecida
para a testemunha presente. Esta diligência só se realizará quando não importe
demora prejudicial ao processo e o juiz a entenda conveniente”.
Em suma, temos que a direta seria justamente aquela hipótese em que as
pessoas que prestaram declarações divergentes são colocadas frente a frente e
confrontadas nos pontos incompatíveis com o objetivo de que as declarações se
compatibilizem conforme efetivamente os fatos ocorreram. Já a indireta ocorrerá
em hipóteses que se mostram inviáveis colocá-las frente a frente.

D) A acareação é uma construção doutrinária mas não encontra


abrigo legal. (errado)
Prevê o art. 229, parágrafo único, do CPP, que “os acareados serão
reperguntados, para que expliquem os pontos de divergências, reduzindo-se a
termo o ato de acareação”. Logo, ao serem perguntados sobre os pontos de
divergências, os acareados poderão confirmar as declarações anteriormente
prestadas, o que geralmente acontece, ou modificá-las. Então, o ato de acareação
é reproduzido em um termo onde ficam consignadas as perguntas feitas a cada
um dos acareados e suas respectivas respostas, auto este a ser subscrito pelo
escrevente e assinado por todos.

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Renato Brasileiro (p. 787, 2020) afirma que para assegurar o êxito da
acareação, é fundamental que seja preservada a incomunicabilidade entre as
pessoas que a ela serão submetidas. Portanto, antevendo a possibilidade de ser
determinada a acareação, e também para evitar constrangimentos ou
intimidações, os arts. 201, § 4º, e 210,parágrafo único, estabelecem que, antes
do início da audiência e no curso de sua realização, seja reservado espaço
separado para a vítima e testemunhas.
É possível que um dos acareados se encontre fora da comarca do juízo
perante o qual tramita o processo. Nesse caso, prevê o art. 230 do CPP: “Se
ausente alguma testemunha, cujas declarações divirjam das de outra, que esteja
presente, a esta se darão a conhecer os pontos da divergência, consignando-se no
auto o que explicar ou observar. Se subsistir a discordância, expedir-se-á
precatória à autoridade do lugar onde resida a testemunha ausente,
transcrevendo-se as declarações desta e as da testemunha presente, nos pontos
em que divergirem, bem como o texto do referido auto, a fim de que se complete
a diligência, ouvindo-se a testemunha ausente, pela mesma forma estabelecida
para a testemunha presente. Esta diligência só se realizará quando não importe
demora prejudicial ao processo e o juiz a entenda conveniente”.
Em suma, temos que a direta seria justamente aquela hipótese em que as
pessoas que prestaram declarações divergentes são colocadas frente a frente e
confrontadas nos pontos incompatíveis com o objetivo de que as declarações se
compatibilizem conforme efetivamente os fatos ocorreram. Já a indireta ocorrerá
em hipóteses que se mostram inviáveis colocá-las frente a frente.

14- Assinale a alternativa incorreta:

A) Cartas poderão ser exibidas em juízo pelo respectivo destinatário, para a defesa
de seu direito, ainda que não haja consentimento do signatário.
B) Cartas poderão ser exibidas em juízo pelo respectivo destinatário, para a defesa
de seu direito, desde que haja consentimento do signatário.
C) Se o juiz tiver notícia da existência de documento relativo a ponto relevante da
acusação ou da defesa, providenciará, independentemente de requerimento de qualquer
das partes, para sua juntada aos autos, se possível.
D) Consideram-se documentos quaisquer escritos, instrumentos ou papéis, públicos ou
particulares.

GABARITO LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) Cartas poderão ser exibidas em juízo pelo respectivo destinatário,


para a defesa de seu direito, ainda que não haja consentimento do
signatário. (Errado)
Alternativa está correta não devendo ser assinalada como gabarito da
questão. Artigo 233 § único CPP

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B) Cartas poderão ser exibidas em juízo pelo respectivo


destinatário, para a defesa de seu direito, desde que haja consentimento
do signatário. (certo)
Alternativa está incorreta devendo ser assinalada como gabarito da
questão. Artigo 233 § único CPP

C) Se o juiz tiver notícia da existência de documento relativo a ponto


relevante da acusação ou da defesa, providenciará, independentemente
de requerimento de qualquer das partes, para sua juntada aos autos, se
possível. (Errado)
Alternativa está correta não devendo ser assinalada como gabarito da
questão. Artigo 234 CPP.

D) Consideram-se documentos quaisquer escritos, instrumentos ou


papéis, públicos ou particulares. (Errado)
Alternativa está correta não devendo ser assinalada como gabarito da
questão. Artigo 232 CPP
SOLUÇÃO COMPLETA

A) Cartas poderão ser exibidas em juízo pelo respectivo destinatário,


para a defesa de seu direito, ainda que não haja consentimento do
signatário. (Errado)
Veja o que o doutrinador Renato Brasileiro pontua acerca do conceito de
documento:

O conceito de documento pode ser abordado de forma estrita ou de modo


amplo. Numa concepção mais restrita, considera-se documento (de doceo,
ensinar, mostrar, indicar) qualquer escrito, instrumento ou papel, público ou
particular (CPP, art. 232, caput). Pode-se defini-lo, assim, como toda a peça
escrita que condensa graficamente o pensamento de alguém, podendo provar um
fato ou a realização de algum ato dotado de relevância jurídica. Numa concepção
mais ampla, e com base em uma interpretação progressiva, tem-se como
documento qualquer objeto representativo de um fato ou ato relevante, conceito
no qual podemos incluir fotografias, filmes, desenhos, esquemas, e-mails, figuras
digitalizadas, planilhas, croquis, etc. Em ambas as concepções, apresenta-se como
característica essencial do documento a relevância jurídica, a ser compreendida
como a possibilidade da expressão do pensamento nele contido gerar
consequências no plano jurídico.

Art. 233. As cartas particulares, interceptadas ou obtidas por meios


criminosos, não serão admitidas em juízo.

Parágrafo único. As cartas poderão ser exibidas em juízo pelo


respectivo destinatário, para a defesa de seu direito, ainda que não haja
consentimento do signatário.

B) Cartas poderão ser exibidas em juízo pelo respectivo destinatário,


para a defesa de seu direito, desde que haja consentimento do signatário.

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Veja o que o doutrinador Renato Brasileiro pontua acerca do conceito de


documento:

O conceito de documento pode ser abordado de forma estrita ou de modo


amplo. Numa concepção mais restrita, considera-se documento (de doceo,
ensinar, mostrar, indicar) qualquer escrito, instrumento ou papel, público ou
particular (CPP, art. 232, caput). Pode-se defini-lo, assim, como toda a peça
escrita que condensa graficamente o pensamento de alguém, podendo provar um
fato ou a realização de algum ato dotado de relevância jurídica. Numa concepção
mais ampla, e com base em uma interpretação progressiva, tem-se como
documento qualquer objeto representativo de um fato ou ato relevante, conceito
no qual podemos incluir fotografias, filmes, desenhos, esquemas, e-mails, figuras
digitalizadas, planilhas, croquis, etc. Em ambas as concepções, apresenta-se como
característica essencial do documento a relevância jurídica, a ser compreendida
como a possibilidade da expressão do pensamento nele contido gerar
consequências no plano jurídico.

Art. 233. As cartas particulares, interceptadas ou obtidas por meios


criminosos, não serão admitidas em juízo.

Parágrafo único. As cartas poderão ser exibidas em juízo pelo


respectivo destinatário, para a defesa de seu direito, ainda que não haja
consentimento do signatário.

C) Se o juiz tiver notícia da existência de documento relativo a ponto


relevante da acusação ou da defesa, providenciará, independentemente
de requerimento de qualquer das partes, para sua juntada aos autos, se
possível. (Errado)
Veja o que o doutrinador Renato Brasileiro pontua acerca do conceito de
documento:

O conceito de documento pode ser abordado de forma estrita ou de modo


amplo. Numa concepção mais restrita, considera-se documento (de doceo,
ensinar, mostrar, indicar) qualquer escrito, instrumento ou papel, público ou
particular (CPP, art. 232, caput). Pode-se defini-lo, assim, como toda a peça
escrita que condensa graficamente o pensamento de alguém, podendo provar um
fato ou a realização de algum ato dotado de relevância jurídica. Numa concepção
mais ampla, e com base em uma interpretação progressiva, tem-se como
documento qualquer objeto representativo de um fato ou ato relevante, conceito
no qual podemos incluir fotografias, filmes, desenhos, esquemas, e-mails, figuras
digitalizadas, planilhas, croquis, etc. Em ambas as concepções, apresenta-se como
característica essencial do documento a relevância jurídica, a ser compreendida
como a possibilidade da expressão do pensamento nele contido gerar
consequências no plano jurídico.

Art. 234. Se o juiz tiver notícia da existência de documento relativo


a ponto relevante da acusação ou da defesa, providenciará,

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independentemente de requerimento de qualquer das partes, para sua


juntada aos autos, se possível.

D) Consideram-se documentos quaisquer escritos, instrumentos ou


papéis, públicos ou particulares. (Errado)
Veja o que o doutrinador Renato Brasileiro pontua acerca do conceito de
documento:

O conceito de documento pode ser abordado de forma estrita ou de modo


amplo. Numa concepção mais restrita, considera-se documento (de doceo,
ensinar, mostrar, indicar) qualquer escrito, instrumento ou papel, público ou
particular (CPP, art. 232, caput). Pode-se defini-lo, assim, como toda a peça
escrita que condensa graficamente o pensamento de alguém, podendo provar um
fato ou a realização de algum ato dotado de relevância jurídica. Numa concepção
mais ampla, e com base em uma interpretação progressiva, tem-se como
documento qualquer objeto representativo de um fato ou ato relevante, conceito
no qual podemos incluir fotografias, filmes, desenhos, esquemas, e-mails, figuras
digitalizadas, planilhas, croquis, etc. Em ambas as concepções, apresenta-se como
característica essencial do documento a relevância jurídica, a ser compreendida
como a possibilidade da expressão do pensamento nele contido gerar
consequências no plano jurídico.

Art. 232 CPP. Consideram-se documentos quaisquer escritos, instrumentos


ou papéis, públicos ou particulares.

15- Em relação aos documentos aceitos no Processo Penal, assinale a opção


incorreta:
A) Considera-se documento qualquer escrito, instrumento ou papel
B) Será conferido o mesmo valor original à fotografia do documento, ainda que não
esteja autenticada
C) Cartas particulares interceptadas não são admitidas em juízo
D) Se o juiz tiver notícia da existência de documento relativo a ponto relevante da
acusação ou da defesa, providenciará, independentemente de requerimento de qualquer
das partes, para sua juntada aos autos, se possível

GABARITO LETRA B

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) Considera-se documento qualquer escrito, instrumento ou papel


(errado)
Certo. Artigo 232 CPP

B) Será conferido o mesmo valor original à fotografia do documento,


ainda que não esteja autenticada (certo)
Errado. Artigo 232 § único CPP

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C) Cartas particulares interceptadas não são admitidas em juízo


(errado)
Errado, artigo 233 CPP.

D) Se o juiz tiver notícia da existência de documento relativo a


ponto relevante da acusação ou da defesa, providenciará,
independentemente de requerimento de qualquer das partes, para sua
juntada aos autos, se possível (errado)
Errado, artigo 234 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

A) Considera-se documento qualquer escrito, instrumento ou papel


(errado)
Veja o que o doutrinador Renato Brasileiro pontua acerca do conceito de
documento:

O conceito de documento pode ser abordado de forma estrita ou de modo


amplo. Numa concepção mais restrita, considera-se documento (de doceo,
ensinar, mostrar, indicar) qualquer escrito, instrumento ou papel, público ou
particular (CPP, art. 232, caput). Pode-se defini-lo, assim, como toda a peça
escrita que condensa graficamente o pensamento de alguém, podendo provar um
fato ou a realização de algum ato dotado de relevância jurídica. Numa concepção
mais ampla, e com base em uma interpretação progressiva, tem-se como
documento qualquer objeto representativo de um fato ou ato relevante, conceito
no qual podemos incluir fotografias, filmes, desenhos, esquemas, e-mails, figuras
digitalizadas, planilhas, croquis, etc. Em ambas as concepções, apresenta-se como
característica essencial do documento a relevância jurídica, a ser compreendida
como a possibilidade da expressão do pensamento nele contido gerar
consequências no plano jurídico.

Art. 232 CPP. Consideram-se documentos quaisquer escritos, instrumentos


ou papéis, públicos ou particulares.

B) Será conferido o mesmo valor original à fotografia do documento,


ainda que não esteja autenticada (certo)
Veja o que o doutrinador Renato Brasileiro pontua acerca do conceito de
documento:

O conceito de documento pode ser abordado de forma estrita ou de modo


amplo. Numa concepção mais restrita, considera-se documento (de doceo,
ensinar, mostrar, indicar) qualquer escrito, instrumento ou papel, público ou
particular (CPP, art. 232, caput). Pode-se defini-lo, assim, como toda a peça
escrita que condensa graficamente o pensamento de alguém, podendo provar um
fato ou a realização de algum ato dotado de relevância jurídica. Numa concepção
mais ampla, e com base em uma interpretação progressiva, tem-se como
documento qualquer objeto representativo de um fato ou ato relevante, conceito

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no qual podemos incluir fotografias, filmes, desenhos, esquemas, e-mails, figuras


digitalizadas, planilhas, croquis, etc. Em ambas as concepções, apresenta-se como
característica essencial do documento a relevância jurídica, a ser compreendida
como a possibilidade da expressão do pensamento nele contido gerar
consequências no plano jurídico.

Art. 232 CPP. Consideram-se documentos quaisquer escritos, instrumentos


ou papéis, públicos ou particulares.
Parágrafo único. À fotografia do documento, devidamente autenticada, se
dará o mesmo valor do original.

C) Cartas particulares interceptadas não são admitidas em juízo


(errado)
Veja o que o doutrinador Renato Brasileiro pontua acerca do conceito de
documento:

O conceito de documento pode ser abordado de forma estrita ou de modo


amplo. Numa concepção mais restrita, considera-se documento (de doceo,
ensinar, mostrar, indicar) qualquer escrito, instrumento ou papel, público ou
particular (CPP, art. 232, caput). Pode-se defini-lo, assim, como toda a peça
escrita que condensa graficamente o pensamento de alguém, podendo provar um
fato ou a realização de algum ato dotado de relevância jurídica. Numa concepção
mais ampla, e com base em uma interpretação progressiva, tem-se como
documento qualquer objeto representativo de um fato ou ato relevante, conceito
no qual podemos incluir fotografias, filmes, desenhos, esquemas, e-mails, figuras
digitalizadas, planilhas, croquis, etc. Em ambas as concepções, apresenta-se como
característica essencial do documento a relevância jurídica, a ser compreendida
como a possibilidade da expressão do pensamento nele contido gerar
consequências no plano jurídico.

Art. 232 CPP. Consideram-se documentos quaisquer escritos, instrumentos


ou papéis, públicos ou particulares.
Parágrafo único. À fotografia do documento, devidamente autenticada, se
dará o mesmo valor do original.

Art. 233. As cartas particulares, interceptadas ou obtidas por meios


criminosos, não serão admitidas em juízo.

D) Se o juiz tiver notícia da existência de documento relativo a


ponto relevante da acusação ou da defesa, providenciará,
independentemente de requerimento de qualquer das partes, para sua
juntada aos autos, se possível (errado)
Veja o que o doutrinador Renato Brasileiro pontua acerca do conceito de
documento:

O conceito de documento pode ser abordado de forma estrita ou de modo


amplo. Numa concepção mais restrita, considera-se documento (de doceo,

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ensinar, mostrar, indicar) qualquer escrito, instrumento ou papel, público ou


particular (CPP, art. 232, caput). Pode-se defini-lo, assim, como toda a peça
escrita que condensa graficamente o pensamento de alguém, podendo provar um
fato ou a realização de algum ato dotado de relevância jurídica. Numa concepção
mais ampla, e com base em uma interpretação progressiva, tem-se como
documento qualquer objeto representativo de um fato ou ato relevante, conceito
no qual podemos incluir fotografias, filmes, desenhos, esquemas, e-mails, figuras
digitalizadas, planilhas, croquis, etc. Em ambas as concepções, apresenta-se como
característica essencial do documento a relevância jurídica, a ser compreendida
como a possibilidade da expressão do pensamento nele contido gerar
consequências no plano jurídico.

Art. 232 CPP. Consideram-se documentos quaisquer escritos, instrumentos


ou papéis, públicos ou particulares.

16- A apresentação de documentos no processo penal:

A) Poderá sempre ser feita a qualquer fase do processo


B) O órgão julgador não poderá indeferir a juntada de documentos
C) não será permitida a leitura de documento ou a exibição de objeto durante o
julgamento que não tiver sido juntado aos autos com a antecedência mínima de 5 (cinco)
dias úteis, dando-se ciência à outra parte
D) não será permitida a leitura de documento ou a exibição de objeto durante o
julgamento que não tiver sido juntado aos autos com a antecedência mínima de 3 (três)
dias úteis, dando-se ciência à outra parte

GABARITO LETRA D

SOLUÇÃO RÁPIDA

A) Poderá sempre ser feita a qualquer fase do processo (errado)


Errado pois existem exceções à regra do artigo 231 CPP.

B) O órgão julgador não poderá indeferir a juntada de documentos


(errado)
Errado. Pode quando os documentos apresentados tiverem caráter
meramente protelatório ou tumultuário

C) não será permitida a leitura de documento ou a exibição de objeto


durante o julgamento que não tiver sido juntado aos autos com a
antecedência mínima de 5 (cinco) dias úteis, dando-se ciência à outra
parte (errado)
Errado. Artigo 479 CPP

D) não será permitida a leitura de documento ou a exibição de


objeto durante o julgamento que não tiver sido juntado aos autos com a

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antecedência mínima de 3 (três) dias úteis, dando-se ciência à outra


parte (certo)
Certo. Artigo 479 CPP
SOLUÇÃO COMPLETA

A) Poderá sempre ser feita a qualquer fase do processo (errado)


De acordo com a produção de prova no processo penal, Renato Brasileiro (p.
789, 2020) defende que De acordo com o art. 231 do CPP, salvo os casos
expressos em lei, as partes poderão apresentar documentos em qualquer fase do
processo. A regra, no tocante à produção da prova documental, é que as partes
podem juntar documentos em qualquer fase do processo, só podendo haver o
indeferimento do órgão julgador quando os documentos apresentados tiverem
caráter meramente protelatório ou tumultuário. Todavia, há restrições à
possibilidade de juntada de documentos em qualquer fase processual.
Antes da reforma processual de 2008, duas importantes exceções eram
obrigatoriamente lembradas:
a) de acordo com o revogado art. 406, § 2º, do CPP, era vedada a juntada
de documentos na fase de alegações finais na primeira fase do procedimento
bifásico do júri;
b) nos termos do revogado art. 475 do CPP, durante o julgamento no
plenário do júri, não era permitida a produção ou leitura de documento que não
tivesse sido comunicado à parte contrária, com antecedência, pelo menos, de três
dias, compreendida nessa proibição a leitura de jornais ou qualquer escrito, cujo
conteúdo versasse sobre matéria de fato constante do processo.
Com a vigência da Lei nº 11.689/08, a primeira exceção foi suprimida do
texto do Código de Processo Penal. Isso porque não existem mais alegações finais
escritas na primeira fase do procedimento do júri (judicium accusationis). De fato,
diante da nova redação do art. 411, § 4º, do CPP, as alegações passam a ser
apresentadas oralmente, não havendo mais de se falar em restrição à
apresentação de documentos nessa fase.
Quanto à segunda restrição, dispõe o art. 479 do CPP, com redação dada
pela Lei nº 11.689/08, que não será permitida a leitura de documento ou a
exibição de objeto durante o julgamento que não tiver sido juntado aos autos com
a antecedência mínima de 3 (três) dias úteis, dando-se ciência à outra parte.
Compreende-se na proibição deste artigo a leitura de jornais ou qualquer outro
escrito, bem como a exibição de vídeos, gravações, fotografias, laudos, quadros,
croqui ou qualquer outro meio assemelhado, cujo conteúdo versar sobre a matéria
de fato submetida à apreciação e julgamento dos jurados.

B) O órgão julgador não poderá indeferir a juntada de documentos


(errado)
De acordo com a produção de prova no processo penal, Renato Brasileiro (p.
789, 2020) defende que De acordo com o art. 231 do CPP, salvo os casos
expressos em lei, as partes poderão apresentar documentos em qualquer fase do
processo. A regra, no tocante à produção da prova documental, é que as partes
podem juntar documentos em qualquer fase do processo, só podendo haver o
indeferimento do órgão julgador quando os documentos apresentados tiverem

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caráter meramente protelatório ou tumultuário. Todavia, há restrições à


possibilidade de juntada de documentos em qualquer fase processual.
Antes da reforma processual de 2008, duas importantes exceções eram
obrigatoriamente lembradas:
a) de acordo com o revogado art. 406, § 2º, do CPP, era vedada a juntada
de documentos na fase de alegações finais na primeira fase do procedimento
bifásico do júri;
b) nos termos do revogado art. 475 do CPP, durante o julgamento no
plenário do júri, não era permitida a produção ou leitura de documento que não
tivesse sido comunicado à parte contrária, com antecedência, pelo menos, de três
dias, compreendida nessa proibição a leitura de jornais ou qualquer escrito, cujo
conteúdo versasse sobre matéria de fato constante do processo.
Com a vigência da Lei nº 11.689/08, a primeira exceção foi suprimida do
texto do Código de Processo Penal. Isso porque não existem mais alegações finais
escritas na primeira fase do procedimento do júri (judicium accusationis). De fato,
diante da nova redação do art. 411, § 4º, do CPP, as alegações passam a ser
apresentadas oralmente, não havendo mais de se falar em restrição à
apresentação de documentos nessa fase.
Quanto à segunda restrição, dispõe o art. 479 do CPP, com redação dada
pela Lei nº 11.689/08, que não será permitida a leitura de documento ou a
exibição de objeto durante o julgamento que não tiver sido juntado aos autos com
a antecedência mínima de 3 (três) dias úteis, dando-se ciência à outra parte.
Compreende-se na proibição deste artigo a leitura de jornais ou qualquer outro
escrito, bem como a exibição de vídeos, gravações, fotografias, laudos, quadros,
croqui ou qualquer outro meio assemelhado, cujo conteúdo versar sobre a matéria
de fato submetida à apreciação e julgamento dos jurados.

C) não será permitida a leitura de documento ou a exibição de objeto


durante o julgamento que não tiver sido juntado aos autos com a
antecedência mínima de 5 (cinco) dias úteis, dando-se ciência à outra
parte (errado)
De acordo com a produção de prova no processo penal, Renato Brasileiro (p.
789, 2020) defende que De acordo com o art. 231 do CPP, salvo os casos
expressos em lei, as partes poderão apresentar documentos em qualquer fase do
processo. A regra, no tocante à produção da prova documental, é que as partes
podem juntar documentos em qualquer fase do processo, só podendo haver o
indeferimento do órgão julgador quando os documentos apresentados tiverem
caráter meramente protelatório ou tumultuário. Todavia, há restrições à
possibilidade de juntada de documentos em qualquer fase processual.
Antes da reforma processual de 2008, duas importantes exceções eram
obrigatoriamente lembradas:
a) de acordo com o revogado art. 406, § 2º, do CPP, era vedada a juntada
de documentos na fase de alegações finais na primeira fase do procedimento
bifásico do júri;
b) nos termos do revogado art. 475 do CPP, durante o julgamento no
plenário do júri, não era permitida a produção ou leitura de documento que não
tivesse sido comunicado à parte contrária, com antecedência, pelo menos, de três

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dias, compreendida nessa proibição a leitura de jornais ou qualquer escrito, cujo


conteúdo versasse sobre matéria de fato constante do processo.
Com a vigência da Lei nº 11.689/08, a primeira exceção foi suprimida do
texto do Código de Processo Penal. Isso porque não existem mais alegações finais
escritas na primeira fase do procedimento do júri (judicium accusationis). De fato,
diante da nova redação do art. 411, § 4º, do CPP, as alegações passam a ser
apresentadas oralmente, não havendo mais de se falar em restrição à
apresentação de documentos nessa fase.
Quanto à segunda restrição, dispõe o art. 479 do CPP, com redação dada
pela Lei nº 11.689/08, que não será permitida a leitura de documento ou a
exibição de objeto durante o julgamento que não tiver sido juntado aos autos com
a antecedência mínima de 3 (três) dias úteis, dando-se ciência à outra parte.
Compreende-se na proibição deste artigo a leitura de jornais ou qualquer outro
escrito, bem como a exibição de vídeos, gravações, fotografias, laudos, quadros,
croqui ou qualquer outro meio assemelhado, cujo conteúdo versar sobre a matéria
de fato submetida à apreciação e julgamento dos jurados.

D) não será permitida a leitura de documento ou a exibição de


objeto durante o julgamento que não tiver sido juntado aos autos com a
antecedência mínima de 3 (três) dias úteis, dando-se ciência à outra
parte (certo)
De acordo com a produção de prova no processo penal, Renato Brasileiro (p.
789, 2020) defende que De acordo com o art. 231 do CPP, salvo os casos
expressos em lei, as partes poderão apresentar documentos em qualquer fase do
processo. A regra, no tocante à produção da prova documental, é que as partes
podem juntar documentos em qualquer fase do processo, só podendo haver o
indeferimento do órgão julgador quando os documentos apresentados tiverem
caráter meramente protelatório ou tumultuário. Todavia, há restrições à
possibilidade de juntada de documentos em qualquer fase processual.
Antes da reforma processual de 2008, duas importantes exceções eram
obrigatoriamente lembradas:
a) de acordo com o revogado art. 406, § 2º, do CPP, era vedada a juntada
de documentos na fase de alegações finais na primeira fase do procedimento
bifásico do júri;
b) nos termos do revogado art. 475 do CPP, durante o julgamento no
plenário do júri, não era permitida a produção ou leitura de documento que não
tivesse sido comunicado à parte contrária, com antecedência, pelo menos, de três
dias, compreendida nessa proibição a leitura de jornais ou qualquer escrito, cujo
conteúdo versasse sobre matéria de fato constante do processo.
Com a vigência da Lei nº 11.689/08, a primeira exceção foi suprimida do
texto do Código de Processo Penal. Isso porque não existem mais alegações finais
escritas na primeira fase do procedimento do júri (judicium accusationis). De fato,
diante da nova redação do art. 411, § 4º, do CPP, as alegações passam a ser
apresentadas oralmente, não havendo mais de se falar em restrição à
apresentação de documentos nessa fase.
Quanto à segunda restrição, dispõe o art. 479 do CPP, com redação dada
pela Lei nº 11.689/08, que não será permitida a leitura de documento ou a
exibição de objeto durante o julgamento que não tiver sido juntado aos autos com

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a antecedência mínima de 3 (três) dias úteis, dando-se ciência à outra parte.


Compreende-se na proibição deste artigo a leitura de jornais ou qualquer outro
escrito, bem como a exibição de vídeos, gravações, fotografias, laudos, quadros,
croqui ou qualquer outro meio assemelhado, cujo conteúdo versar sobre a matéria
de fato submetida à apreciação e julgamento dos jurados.

17- A acareação, no CPP, é admitida para resolver divergência entre as versões


apresentadas, e pode ser realizada entre
A)acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou
testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas.
B)acusado e a pessoa ofendida, e entre testemunhas, apenas.
C)pessoas ofendidas e testemunhas, apenas.
D)testemunhas, apenas.

GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

A)acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre


acusado ou testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas
ofendidas. (certo)
Certo. Artigo 229 CPP
B)acusado e a pessoa ofendida, e entre testemunhas, apenas.
(errado)
Errado. Artigo 229 CPP

C)pessoas ofendidas e testemunhas, apenas. (errado)


Errado. Artigo 229 CPP

D)testemunhas, apenas. (errado)


Errado. Artigo 229 CPP

SOLUÇÃO COMPLETA

A)acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre


acusado ou testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas
ofendidas. (certo)
Renato Brasileiro (p. 786, 2020) cita Mirabete para ensinar o conceito da
acareação, que segue abaixo:

Acarear (ou acoroar) é pôr em presença uma da outra, face a face, pessoas
cujas declarações são divergentes. A acareação é, portanto, o ato processual
consistente na confrontação das declarações de dois ou mais acusados,
testemunhas ou ofendidos, já ouvidos, e destinado a obter o convencimento do

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juiz sobre a verdade de algum fato em que as declarações dessas pessoas forem
divergentes.
De acordo com o art. 229 do CPP, a acareação será admitida entre
acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou
testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que
divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes. Como
se vê, então, a acareação pode ser feita:
a) entre os acusados;
b) entre o acusado e testemunha;
c) entre testemunhas;
d) entre acusado e ofendido;
e) entre as pessoas ofendidas;
f)entre testemunhas e ofendido.

Dois são os pressupostos para sua realização: 1) As pessoas a serem


acareadas (acusados, testemunhas e ofendidos) já devem ter prestado suas
declarações, perante o mesmo juízo e sobre os mesmos fatos e circunstâncias; 2)
Deve haver divergência sobre ponto relevante no relato dessas pessoas, ou seja,
é necessário que existam contradições ou versões discrepantes sobre fatos que
realmente interessem ao deslinde do processo.

B)acusado e a pessoa ofendida, e entre testemunhas, apenas.


(errado)
Renato Brasileiro (p. 786, 2020) cita Mirabete para ensinar o conceito da
acareação, que segue abaixo:

Acarear (ou acoroar) é pôr em presença uma da outra, face a face, pessoas
cujas declarações são divergentes. A acareação é, portanto, o ato processual
consistente na confrontação das declarações de dois ou mais acusados,
testemunhas ou ofendidos, já ouvidos, e destinado a obter o convencimento do
juiz sobre a verdade de algum fato em que as declarações dessas pessoas forem
divergentes.
De acordo com o art. 229 do CPP, a acareação será admitida entre
acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou
testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que
divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes. Como
se vê, então, a acareação pode ser feita:
a) entre os acusados;
b) entre o acusado e testemunha;
c) entre testemunhas;
d) entre acusado e ofendido;
e) entre as pessoas ofendidas;
f)entre testemunhas e ofendido.

Dois são os pressupostos para sua realização: 1) As pessoas a serem


acareadas (acusados, testemunhas e ofendidos) já devem ter prestado suas
declarações, perante o mesmo juízo e sobre os mesmos fatos e circunstâncias; 2)
Deve haver divergência sobre ponto relevante no relato dessas pessoas, ou seja,

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é necessário que existam contradições ou versões discrepantes sobre fatos que


realmente interessem ao deslinde do processo.

C)pessoas ofendidas e testemunhas, apenas. (errado)


Renato Brasileiro (p. 786, 2020) cita Mirabete para ensinar o conceito da
acareação, que segue abaixo:

Acarear (ou acoroar) é pôr em presença uma da outra, face a face, pessoas
cujas declarações são divergentes. A acareação é, portanto, o ato processual
consistente na confrontação das declarações de dois ou mais acusados,
testemunhas ou ofendidos, já ouvidos, e destinado a obter o convencimento do
juiz sobre a verdade de algum fato em que as declarações dessas pessoas forem
divergentes.
De acordo com o art. 229 do CPP, a acareação será admitida entre
acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou
testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que
divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes. Como
se vê, então, a acareação pode ser feita:
a) entre os acusados;
b) entre o acusado e testemunha;
c) entre testemunhas;
d) entre acusado e ofendido;
e) entre as pessoas ofendidas;
f)entre testemunhas e ofendido.

Dois são os pressupostos para sua realização: 1) As pessoas a serem


acareadas (acusados, testemunhas e ofendidos) já devem ter prestado suas
declarações, perante o mesmo juízo e sobre os mesmos fatos e circunstâncias; 2)
Deve haver divergência sobre ponto relevante no relato dessas pessoas, ou seja,
é necessário que existam contradições ou versões discrepantes sobre fatos que
realmente interessem ao deslinde do processo.

D)testemunhas, apenas. (errado)


Renato Brasileiro (p. 786, 2020) cita Mirabete para ensinar o conceito da
acareação, que segue abaixo:

Acarear (ou acoroar) é pôr em presença uma da outra, face a face, pessoas
cujas declarações são divergentes. A acareação é, portanto, o ato processual
consistente na confrontação das declarações de dois ou mais acusados,
testemunhas ou ofendidos, já ouvidos, e destinado a obter o convencimento do
juiz sobre a verdade de algum fato em que as declarações dessas pessoas forem
divergentes.
De acordo com o art. 229 do CPP, a acareação será admitida entre
acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou
testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que
divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes. Como
se vê, então, a acareação pode ser feita:
a) entre os acusados;

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b) entre o acusado e testemunha;


c) entre testemunhas;
d) entre acusado e ofendido;
e) entre as pessoas ofendidas;
f)entre testemunhas e ofendido.

Dois são os pressupostos para sua realização: 1) As pessoas a serem


acareadas (acusados, testemunhas e ofendidos) já devem ter prestado suas
declarações, perante o mesmo juízo e sobre os mesmos fatos e circunstâncias; 2)
Deve haver divergência sobre ponto relevante no relato dessas pessoas, ou seja,
é necessário que existam contradições ou versões discrepantes sobre fatos que
realmente interessem ao deslinde do processo.

18- Com relação ao procedimento de acareação, é correto afirmar que:

A)a acareação somente poderá ser realizada na fase de investigação preliminar.


B)o investigado, por força de lei, deverá compulsoriamente ser submetido a
acareação, sob pena de responder por crime de desobediência (art. 330 do Código Penal).
C)a lei processual penal brasileira prevê a possibilidade de acareação até entre o
acusado e as testemunhas.
D)não se admite no processo penal brasileiro a acareação por precatória de
testemunhas.

GABARITO LETRA C

SOLUÇÃO RÁPIDA

A)a acareação somente poderá ser realizada na fase de investigação


preliminar. (errado)
Errado. Artigo 6 VI CPP

B)o investigado, por força de lei, deverá compulsoriamente ser


submetido a acareação, sob pena de responder por crime de
desobediência (art. 330 do Código Penal). (errado)
Errado já que o investigado tem direito ao silencio e direito a não
autoincriminação.

C)a lei processual penal brasileira prevê a possibilidade de


acareação até entre o acusado e as testemunhas. (certo)
Certo, artigo 229 CPP

D)não se admite no processo penal brasileiro a acareação por


precatória de testemunhas. (errado)
Errado. Se admite. Artigo 230 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

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A)a acareação somente poderá ser realizada na fase de investigação


preliminar. (errado)
Veja o que preceitua o Código de processo penal logo em um de seus
primeiros artigos:

Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a


autoridade policial deverá:
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;

Renato Brasileiro (p. 786, 2020) cita Mirabete para ensinar o conceito da
acareação, que segue abaixo:

Acarear (ou acoroar) é pôr em presença uma da outra, face a face, pessoas
cujas declarações são divergentes. A acareação é, portanto, o ato processual
consistente na confrontação das declarações de dois ou mais acusados,
testemunhas ou ofendidos, já ouvidos, e destinado a obter o convencimento do
juiz sobre a verdade de algum fato em que as declarações dessas pessoas forem
divergentes.
De acordo com o art. 229 do CPP, a acareação será admitida entre
acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou
testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que
divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes. Como
se vê, então, a acareação pode ser feita:
a) entre os acusados;
b) entre o acusado e testemunha;
c) entre testemunhas;
d) entre acusado e ofendido;
e) entre as pessoas ofendidas;
f)entre testemunhas e ofendido.

Dois são os pressupostos para sua realização: 1) As pessoas a serem


acareadas (acusados, testemunhas e ofendidos) já devem ter prestado suas
declarações, perante o mesmo juízo e sobre os mesmos fatos e circunstâncias; 2)
Deve haver divergência sobre ponto relevante no relato dessas pessoas, ou seja,
é necessário que existam contradições ou versões discrepantes sobre fatos que
realmente interessem ao deslinde do processo.

B)o investigado, por força de lei, deverá compulsoriamente ser


submetido a acareação, sob pena de responder por crime de
desobediência (art. 330 do Código Penal). (errado)
Renato Brasileiro (p. 786, 2020) cita Mirabete para ensinar o conceito da
acareação, que segue abaixo:

Acarear (ou acoroar) é pôr em presença uma da outra, face a face, pessoas
cujas declarações são divergentes. A acareação é, portanto, o ato processual
consistente na confrontação das declarações de dois ou mais acusados,
testemunhas ou ofendidos, já ouvidos, e destinado a obter o convencimento do

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juiz sobre a verdade de algum fato em que as declarações dessas pessoas forem
divergentes.
De acordo com o art. 229 do CPP, a acareação será admitida entre
acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou
testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que
divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes. Como
se vê, então, a acareação pode ser feita:
a) entre os acusados;
b) entre o acusado e testemunha;
c) entre testemunhas;
d) entre acusado e ofendido;
e) entre as pessoas ofendidas;
f)entre testemunhas e ofendido.

Dois são os pressupostos para sua realização: 1) As pessoas a serem


acareadas (acusados, testemunhas e ofendidos) já devem ter prestado suas
declarações, perante o mesmo juízo e sobre os mesmos fatos e circunstâncias; 2)
Deve haver divergência sobre ponto relevante no relato dessas pessoas, ou seja,
é necessário que existam contradições ou versões discrepantes sobre fatos que
realmente interessem ao deslinde do processo.

C)a lei processual penal brasileira prevê a possibilidade de


acareação até entre o acusado e as testemunhas. (certo)
Renato Brasileiro (p. 786, 2020) cita Mirabete para ensinar o conceito da
acareação, que segue abaixo:

Acarear (ou acoroar) é pôr em presença uma da outra, face a face, pessoas
cujas declarações são divergentes. A acareação é, portanto, o ato processual
consistente na confrontação das declarações de dois ou mais acusados,
testemunhas ou ofendidos, já ouvidos, e destinado a obter o convencimento do
juiz sobre a verdade de algum fato em que as declarações dessas pessoas forem
divergentes.
De acordo com o art. 229 do CPP, a acareação será admitida entre
acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou
testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que
divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes. Como
se vê, então, a acareação pode ser feita:
a) entre os acusados;
b) entre o acusado e testemunha;
c) entre testemunhas;
d) entre acusado e ofendido;
e) entre as pessoas ofendidas;
f)entre testemunhas e ofendido.

Dois são os pressupostos para sua realização: 1) As pessoas a serem


acareadas (acusados, testemunhas e ofendidos) já devem ter prestado suas
declarações, perante o mesmo juízo e sobre os mesmos fatos e circunstâncias; 2)
Deve haver divergência sobre ponto relevante no relato dessas pessoas, ou seja,

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é necessário que existam contradições ou versões discrepantes sobre fatos que


realmente interessem ao deslinde do processo.

D)não se admite no processo penal brasileiro a acareação por


precatória de testemunhas. (errado)
Renato Brasileiro (p. 786, 2020) cita Mirabete para ensinar o conceito da
acareação, que segue abaixo:

Acarear (ou acoroar) é pôr em presença uma da outra, face a face, pessoas
cujas declarações são divergentes. A acareação é, portanto, o ato processual
consistente na confrontação das declarações de dois ou mais acusados,
testemunhas ou ofendidos, já ouvidos, e destinado a obter o convencimento do
juiz sobre a verdade de algum fato em que as declarações dessas pessoas forem
divergentes.
De acordo com o art. 229 do CPP, a acareação será admitida entre
acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou
testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que
divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes. Como
se vê, então, a acareação pode ser feita:
a) entre os acusados;
b) entre o acusado e testemunha;
c) entre testemunhas;
d) entre acusado e ofendido;
e) entre as pessoas ofendidas;
f)entre testemunhas e ofendido.

Dois são os pressupostos para sua realização: 1) As pessoas a serem


acareadas (acusados, testemunhas e ofendidos) já devem ter prestado suas
declarações, perante o mesmo juízo e sobre os mesmos fatos e circunstâncias; 2)
Deve haver divergência sobre ponto relevante no relato dessas pessoas, ou seja,
é necessário que existam contradições ou versões discrepantes sobre fatos que
realmente interessem ao deslinde do processo.

Art. 230. Se ausente alguma testemunha, cujas declarações divirjam das de


outra, que esteja presente, a esta se darão a conhecer os pontos da divergência,
consignando-se no auto o que explicar ou observar. Se subsistir a discordância,
expedir-se-á precatória à autoridade do lugar onde resida a testemunha ausente,
transcrevendo-se as declarações desta e as da testemunha presente, nos pontos
em que divergirem, bem como o texto do referido auto, a fim de que se complete
a diligência, ouvindo-se a testemunha ausente, pela mesma forma estabelecida
para a testemunha presente. Esta diligência só se realizará quando não importe
demora prejudicial ao processo e o juiz a entenda conveniente.

19- Quanto à “acareação”, é correto afirmar:

MUDE SUA VIDA!


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A)Será admitida entre acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas,


entre acusado ou testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre
que divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes.
B)Se ausente alguma testemunha, cujas declarações divirjam das de outra, que
esteja presente, não se poderá efetuar a acareação.
C)Os acareados serão reperguntados, para que expliquem os pontos de
convergência, reduzindo-se a termo o ato de acareação.
D)Se subsistir a discordância, expedir-se-á precatória, transcrevendo-se as
declarações somente das testemunhas presentes, a fim de que se complete a diligência.
GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

A)Será admitida entre acusados, entre acusado e testemunha, entre


testemunhas, entre acusado ou testemunha e a pessoa ofendida, e entre
as pessoas ofendidas, sempre que divergirem, em suas declarações,
sobre fatos ou circunstâncias relevantes. (certo)
Certo. Artigo 229 CPP.

B)Se ausente alguma testemunha, cujas declarações divirjam das de


outra, que esteja presente, não se poderá efetuar a acareação. (errado)
Errado. Artigo 230 CPP.

C)Os acareados serão reperguntados, para que expliquem os pontos


de convergência, reduzindo-se a termo o ato de acareação. (errado)
Errado. Pontos de divergência. Artigo 230 § único CPP.

D)Se subsistir a discordância, expedir-se-á precatória,


transcrevendo-se as declarações somente das testemunhas presentes, a
fim de que se complete a diligência. (errado)
Errado. Artigo 230 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

A)Será admitida entre acusados, entre acusado e testemunha, entre


testemunhas, entre acusado ou testemunha e a pessoa ofendida, e entre
as pessoas ofendidas, sempre que divergirem, em suas declarações,
sobre fatos ou circunstâncias relevantes. (certo)
B)Se ausente alguma testemunha, cujas declarações divirjam das de
outra, que esteja presente, não se poderá efetuar a acareação. (errado)
Renato Brasileiro (p. 786, 2020) cita Mirabete para ensinar o conceito da
acareação, que segue abaixo:

Acarear (ou acoroar) é pôr em presença uma da outra, face a face, pessoas
cujas declarações são divergentes. A acareação é, portanto, o ato processual
consistente na confrontação das declarações de dois ou mais acusados,
testemunhas ou ofendidos, já ouvidos, e destinado a obter o convencimento do

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juiz sobre a verdade de algum fato em que as declarações dessas pessoas forem
divergentes.
De acordo com o art. 229 do CPP, a acareação será admitida entre
acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou
testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que
divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes. Como
se vê, então, a acareação pode ser feita:
a) entre os acusados;
b) entre o acusado e testemunha;
c) entre testemunhas;
d) entre acusado e ofendido;
e) entre as pessoas ofendidas;
f)entre testemunhas e ofendido.

Dois são os pressupostos para sua realização: 1) As pessoas a serem


acareadas (acusados, testemunhas e ofendidos) já devem ter prestado suas
declarações, perante o mesmo juízo e sobre os mesmos fatos e circunstâncias; 2)
Deve haver divergência sobre ponto relevante no relato dessas pessoas, ou seja,
é necessário que existam contradições ou versões discrepantes sobre fatos que
realmente interessem ao deslinde do processo.

Art. 230. Se ausente alguma testemunha, cujas declarações divirjam das de


outra, que esteja presente, a esta se darão a conhecer os pontos da divergência,
consignando-se no auto o que explicar ou observar. Se subsistir a discordância,
expedir-se-á precatória à autoridade do lugar onde resida a testemunha ausente,
transcrevendo-se as declarações desta e as da testemunha presente, nos pontos
em que divergirem, bem como o texto do referido auto, a fim de que se complete
a diligência, ouvindo-se a testemunha ausente, pela mesma forma estabelecida
para a testemunha presente. Esta diligência só se realizará quando não importe
demora prejudicial ao processo e o juiz a entenda conveniente.

C)Os acareados serão reperguntados, para que expliquem os pontos


de convergência, reduzindo-se a termo o ato de acareação. (errado)
Renato Brasileiro (p. 786, 2020) cita Mirabete para ensinar o conceito da
acareação, que segue abaixo:

Acarear (ou acoroar) é pôr em presença uma da outra, face a face, pessoas
cujas declarações são divergentes. A acareação é, portanto, o ato processual
consistente na confrontação das declarações de dois ou mais acusados,
testemunhas ou ofendidos, já ouvidos, e destinado a obter o convencimento do
juiz sobre a verdade de algum fato em que as declarações dessas pessoas forem
divergentes.
De acordo com o art. 229 do CPP, a acareação será admitida entre
acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou
testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que
divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes. Como
se vê, então, a acareação pode ser feita:
a) entre os acusados;

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b) entre o acusado e testemunha;


c) entre testemunhas;
d) entre acusado e ofendido;
e) entre as pessoas ofendidas;
f)entre testemunhas e ofendido.

Dois são os pressupostos para sua realização: 1) As pessoas a serem


acareadas (acusados, testemunhas e ofendidos) já devem ter prestado suas
declarações, perante o mesmo juízo e sobre os mesmos fatos e circunstâncias; 2)
Deve haver divergência sobre ponto relevante no relato dessas pessoas, ou seja,
é necessário que existam contradições ou versões discrepantes sobre fatos que
realmente interessem ao deslinde do processo.

Art 239. Parágrafo único. Os acareados serão reperguntados, para que


expliquem os pontos de divergências, reduzindo-se a termo o ato de acareação.
Art. 230. Se ausente alguma testemunha, cujas declarações divirjam das de
outra, que esteja presente, a esta se darão a conhecer os pontos da divergência,
consignando-se no auto o que explicar ou observar. Se subsistir a discordância,
expedir-se-á precatória à autoridade do lugar onde resida a testemunha ausente,
transcrevendo-se as declarações desta e as da testemunha presente, nos pontos
em que divergirem, bem como o texto do referido auto, a fim de que se complete
a diligência, ouvindo-se a testemunha ausente, pela mesma forma estabelecida
para a testemunha presente. Esta diligência só se realizará quando não importe
demora prejudicial ao processo e o juiz a entenda conveniente.

D)Se subsistir a discordância, expedir-se-á precatória,


transcrevendo-se as declarações somente das testemunhas presentes, a
fim de que se complete a diligência. (errado)
Renato Brasileiro (p. 786, 2020) cita Mirabete para ensinar o conceito da
acareação, que segue abaixo:

Acarear (ou acoroar) é pôr em presença uma da outra, face a face, pessoas
cujas declarações são divergentes. A acareação é, portanto, o ato processual
consistente na confrontação das declarações de dois ou mais acusados,
testemunhas ou ofendidos, já ouvidos, e destinado a obter o convencimento do
juiz sobre a verdade de algum fato em que as declarações dessas pessoas forem
divergentes.
De acordo com o art. 229 do CPP, a acareação será admitida entre
acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou
testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que
divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes. Como
se vê, então, a acareação pode ser feita:
a) entre os acusados;
b) entre o acusado e testemunha;
c) entre testemunhas;
d) entre acusado e ofendido;
e) entre as pessoas ofendidas;

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f)entre testemunhas e ofendido.

Dois são os pressupostos para sua realização: 1) As pessoas a serem


acareadas (acusados, testemunhas e ofendidos) já devem ter prestado suas
declarações, perante o mesmo juízo e sobre os mesmos fatos e circunstâncias; 2)
Deve haver divergência sobre ponto relevante no relato dessas pessoas, ou seja,
é necessário que existam contradições ou versões discrepantes sobre fatos que
realmente interessem ao deslinde do processo.

Art 239. Parágrafo único. Os acareados serão reperguntados, para que


expliquem os pontos de divergências, reduzindo-se a termo o ato de acareação.
Art. 230. Se ausente alguma testemunha, cujas declarações divirjam das de
outra, que esteja presente, a esta se darão a conhecer os pontos da divergência,
consignando-se no auto o que explicar ou observar. Se subsistir a discordância,
expedir-se-á precatória à autoridade do lugar onde resida a testemunha ausente,
transcrevendo-se as declarações desta e as da testemunha presente, nos pontos
em que divergirem, bem como o texto do referido auto, a fim de que se complete
a diligência, ouvindo-se a testemunha ausente, pela mesma forma estabelecida
para a testemunha presente. Esta diligência só se realizará quando não importe
demora prejudicial ao processo e o juiz a entenda conveniente.

20- Admite-se a acareação entre testemunhas que divergirem, em seus


depoimentos, a respeito de circunstâncias de fatos relevantes. No caso de uma dessas
testemunhas residir fora da comarca do juízo, deve o juiz
A)deferir a realização da acareação e determinar o comparecimento das
testemunhas; ausente testemunha cujas declarações divirjam das da que esteja presente,
a esta se deve dar a conhecer os pontos de divergência, colhendo-se seu depoimento. Em
seguida, deve o magistrado determinar a expedição de carta precatória para inquirição
da testemunha residente fora da comarca do juízo a fim de completar o ato.
B)deferir a realização da acareação, determinando o comparecimento da
testemunha residente fora da comarca, sob pena de condução coercitiva.
C)deferir a realização da acareação, determinando o comparecimento da
testemunha residente em outra localidade; na hipótese de apenas uma das testemunhas
objeto da acareação comparecer, o juiz deverá declarar prejudicado o ato.
D)indeferir a realização da acareação, por ser esta prejudicial ao processo, e por
não ser possível determinar o comparecimento em juízo de testemunhas residentes fora
da comarca do juízo.

GABARITO LETRA A

SOLUÇÃO RÁPIDA

A)deferir a realização da acareação e determinar o comparecimento


das testemunhas; ausente testemunha cujas declarações divirjam das da
que esteja presente, a esta se deve dar a conhecer os pontos de
divergência, colhendo-se seu depoimento. Em seguida, deve o magistrado

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determinar a expedição de carta precatória para inquirição da


testemunha residente fora da comarca do juízo a fim de completar o ato.
(certo)
Certo. Artigo 230 CPP.

B)deferir a realização da acareação, determinando o


comparecimento da testemunha residente fora da comarca, sob pena de
condução coercitiva. (errado)
Errado. Artigo 230 CPP.

C)deferir a realização da acareação, determinando o


comparecimento da testemunha residente em outra localidade; na
hipótese de apenas uma das testemunhas objeto da acareação
comparecer, o juiz deverá declarar prejudicado o ato. (errado)
Errado. Artigo 230 CPP.

D)indeferir a realização da acareação, por ser esta prejudicial ao


processo, e por não ser possível determinar o comparecimento em juízo
de testemunhas residentes fora da comarca do juízo. (errado)
Errado. Artigo 230 CPP.

SOLUÇÃO COMPLETA

A)deferir a realização da acareação e determinar o comparecimento


das testemunhas; ausente testemunha cujas declarações divirjam das da
que esteja presente, a esta se deve dar a conhecer os pontos de
divergência, colhendo-se seu depoimento. Em seguida, deve o magistrado
determinar a expedição de carta precatória para inquirição da
testemunha residente fora da comarca do juízo a fim de completar o ato.
(certo)
Renato Brasileiro (p. 786, 2020) cita Mirabete para ensinar o conceito da
acareação, que segue abaixo:

Acarear (ou acoroar) é pôr em presença uma da outra, face a face, pessoas
cujas declarações são divergentes. A acareação é, portanto, o ato processual
consistente na confrontação das declarações de dois ou mais acusados,
testemunhas ou ofendidos, já ouvidos, e destinado a obter o convencimento do
juiz sobre a verdade de algum fato em que as declarações dessas pessoas forem
divergentes.
De acordo com o art. 229 do CPP, a acareação será admitida entre
acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou
testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que
divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes. Como
se vê, então, a acareação pode ser feita:
a) entre os acusados;
b) entre o acusado e testemunha;
c) entre testemunhas;

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d) entre acusado e ofendido;


e) entre as pessoas ofendidas;
f)entre testemunhas e ofendido.

Dois são os pressupostos para sua realização: 1) As pessoas a serem


acareadas (acusados, testemunhas e ofendidos) já devem ter prestado suas
declarações, perante o mesmo juízo e sobre os mesmos fatos e circunstâncias; 2)
Deve haver divergência sobre ponto relevante no relato dessas pessoas, ou seja,
é necessário que existam contradições ou versões discrepantes sobre fatos que
realmente interessem ao deslinde do processo.

Art. 230. Se ausente alguma testemunha, cujas declarações


divirjam das de outra, que esteja presente, a esta se darão a conhecer os
pontos da divergência, consignando-se no auto o que explicar ou
observar. Se subsistir a discordância, expedir-se-á precatória à
autoridade do lugar onde resida a testemunha ausente, transcrevendo-se
as declarações desta e as da testemunha presente, nos pontos em que
divergirem, bem como o texto do referido auto, a fim de que se complete
a diligência, ouvindo-se a testemunha ausente, pela mesma forma
estabelecida para a testemunha presente. Esta diligência só se realizará
quando não importe demora prejudicial ao processo e o juiz a entenda
conveniente.

B)deferir a realização da acareação, determinando o


comparecimento da testemunha residente fora da comarca, sob pena de
condução coercitiva. (errado)
Renato Brasileiro (p. 786, 2020) cita Mirabete para ensinar o conceito da
acareação, que segue abaixo:

Acarear (ou acoroar) é pôr em presença uma da outra, face a face, pessoas
cujas declarações são divergentes. A acareação é, portanto, o ato processual
consistente na confrontação das declarações de dois ou mais acusados,
testemunhas ou ofendidos, já ouvidos, e destinado a obter o convencimento do
juiz sobre a verdade de algum fato em que as declarações dessas pessoas forem
divergentes.
De acordo com o art. 229 do CPP, a acareação será admitida entre
acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou
testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que
divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes. Como
se vê, então, a acareação pode ser feita:
a) entre os acusados;
b) entre o acusado e testemunha;
c) entre testemunhas;
d) entre acusado e ofendido;
e) entre as pessoas ofendidas;
f)entre testemunhas e ofendido.

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Dois são os pressupostos para sua realização: 1) As pessoas a serem


acareadas (acusados, testemunhas e ofendidos) já devem ter prestado suas
declarações, perante o mesmo juízo e sobre os mesmos fatos e circunstâncias; 2)
Deve haver divergência sobre ponto relevante no relato dessas pessoas, ou seja,
é necessário que existam contradições ou versões discrepantes sobre fatos que
realmente interessem ao deslinde do processo.

Art. 230. Se ausente alguma testemunha, cujas declarações


divirjam das de outra, que esteja presente, a esta se darão a conhecer os
pontos da divergência, consignando-se no auto o que explicar ou
observar. Se subsistir a discordância, expedir-se-á precatória à
autoridade do lugar onde resida a testemunha ausente, transcrevendo-se
as declarações desta e as da testemunha presente, nos pontos em que
divergirem, bem como o texto do referido auto, a fim de que se complete
a diligência, ouvindo-se a testemunha ausente, pela mesma forma
estabelecida para a testemunha presente. Esta diligência só se realizará
quando não importe demora prejudicial ao processo e o juiz a entenda
conveniente.

C)deferir a realização da acareação, determinando o


comparecimento da testemunha residente em outra localidade; na
hipótese de apenas uma das testemunhas objeto da acareação
comparecer, o juiz deverá declarar prejudicado o ato. (errado)
Renato Brasileiro (p. 786, 2020) cita Mirabete para ensinar o conceito da
acareação, que segue abaixo:

Acarear (ou acoroar) é pôr em presença uma da outra, face a face, pessoas
cujas declarações são divergentes. A acareação é, portanto, o ato processual
consistente na confrontação das declarações de dois ou mais acusados,
testemunhas ou ofendidos, já ouvidos, e destinado a obter o convencimento do
juiz sobre a verdade de algum fato em que as declarações dessas pessoas forem
divergentes.
De acordo com o art. 229 do CPP, a acareação será admitida entre
acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou
testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que
divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes. Como
se vê, então, a acareação pode ser feita:
a) entre os acusados;
b) entre o acusado e testemunha;
c) entre testemunhas;
d) entre acusado e ofendido;
e) entre as pessoas ofendidas;
f)entre testemunhas e ofendido.

Dois são os pressupostos para sua realização: 1) As pessoas a serem


acareadas (acusados, testemunhas e ofendidos) já devem ter prestado suas
declarações, perante o mesmo juízo e sobre os mesmos fatos e circunstâncias; 2)
Deve haver divergência sobre ponto relevante no relato dessas pessoas, ou seja,

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é necessário que existam contradições ou versões discrepantes sobre fatos que


realmente interessem ao deslinde do processo.

Art. 230. Se ausente alguma testemunha, cujas declarações


divirjam das de outra, que esteja presente, a esta se darão a conhecer os
pontos da divergência, consignando-se no auto o que explicar ou
observar. Se subsistir a discordância, expedir-se-á precatória à
autoridade do lugar onde resida a testemunha ausente, transcrevendo-se
as declarações desta e as da testemunha presente, nos pontos em que
divergirem, bem como o texto do referido auto, a fim de que se complete
a diligência, ouvindo-se a testemunha ausente, pela mesma forma
estabelecida para a testemunha presente. Esta diligência só se realizará
quando não importe demora prejudicial ao processo e o juiz a entenda
conveniente.

D)indeferir a realização da acareação, por ser esta prejudicial ao


processo, e por não ser possível determinar o comparecimento em juízo
de testemunhas residentes fora da comarca do juízo. (errado)
Renato Brasileiro (p. 786, 2020) cita Mirabete para ensinar o conceito da
acareação, que segue abaixo:

Acarear (ou acoroar) é pôr em presença uma da outra, face a face, pessoas
cujas declarações são divergentes. A acareação é, portanto, o ato processual
consistente na confrontação das declarações de dois ou mais acusados,
testemunhas ou ofendidos, já ouvidos, e destinado a obter o convencimento do
juiz sobre a verdade de algum fato em que as declarações dessas pessoas forem
divergentes.
De acordo com o art. 229 do CPP, a acareação será admitida entre
acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou
testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que
divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes. Como
se vê, então, a acareação pode ser feita:
a) entre os acusados;
b) entre o acusado e testemunha;
c) entre testemunhas;
d) entre acusado e ofendido;
e) entre as pessoas ofendidas;
f)entre testemunhas e ofendido.

Dois são os pressupostos para sua realização: 1) As pessoas a serem


acareadas (acusados, testemunhas e ofendidos) já devem ter prestado suas
declarações, perante o mesmo juízo e sobre os mesmos fatos e circunstâncias; 2)
Deve haver divergência sobre ponto relevante no relato dessas pessoas, ou seja,
é necessário que existam contradições ou versões discrepantes sobre fatos que
realmente interessem ao deslinde do processo.

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Art. 230. Se ausente alguma testemunha, cujas declarações


divirjam das de outra, que esteja presente, a esta se darão a conhecer os
pontos da divergência, consignando-se no auto o que explicar ou
observar. Se subsistir a discordância, expedir-se-á precatória à
autoridade do lugar onde resida a testemunha ausente, transcrevendo-se
as declarações desta e as da testemunha presente, nos pontos em que
divergirem, bem como o texto do referido auto, a fim de que se complete
a diligência, ouvindo-se a testemunha ausente, pela mesma forma
estabelecida para a testemunha presente. Esta diligência só se realizará
quando não importe demora prejudicial ao processo e o juiz a entenda
conveniente.

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SUMÁRIO
QUESTÕES SOBRE A AULA ................................................................................................................................. 2
LEI 9.455/97 – TORTURA: ASPECTOS GERAIS E CRIMES EM ESPÉCIE; ........................................................... 2
GABARITO .......................................................................................................................................................... 6
QUESTÕES COMENTADAS ................................................................................................................................. 7

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QUESTÕES SOBRE A AULA


LEI 9.455/97 – TORTURA: CRIMES EM ESPECIE I;
1. (QUESTÃO INÉDITA - 2021)
Analise a hipótese abaixo:
Constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento
físico ou mental reflete o denominado dolo genérico do crime de tortura.
Certo ( ) Errado ()
2. (QUESTÃO INÉDITA - 2021)
Analise a hipótese abaixo:
Para configurar um crime da Lei de Tortura é necessário que o sujeito ativo pratique o dolo
genérico, bem como alguma das alíneas do inciso, onde estão descritas as finalidades específicas
(dolo específico).
Certo ( ) Errado ()
3. (QUESTÃO INÉDITA - 2021)
Analise a hipótese abaixo:
O indivíduo que constrange alguém com emprego de violência ou grave ameaça e causa
sofrimento físico ou mental à vítima comete crime da Lei de Tortura sempre.
Certo ( ) Errado ( )

4. (QUESTÃO INÉDITA - 2021)


Analise a hipótese abaixo:
O delito de tortura com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de
terceira pessoa se trata da chamada tortura prova.
Certo ( ) Errado ( )
5. (QUESTÃO INÉDITA - 2021)
Analise a hipótese abaixo:
O delito de tortura para provocar ação ou omissão de natureza criminosa se trata da chamada
tortura discriminatória.
Certo ( ) Errado ( )
6. (QUESTÃO INÉDITA - 2021)
Analise a hipótese abaixo:
O delito de tortura em razão de discriminação racial ou religiosa se trata da chamada tortura
crime.
Certo ( ) Errado ( )
7. (QUESTÃO INÉDITA - 2021)
Analise a hipótese abaixo:
A tortura prova, além dessa denominação, também pode ser chamada de tortura confissão,
tortura inquisitorial, institucional, persecutória ou acusatória.
Certo ( ) Errado ( )

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2
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8. (QUESTÃO INÉDITA - 2021)


Analise a hipótese abaixo:
A tortura prova se consuma no momento em que o agente constrange alguém mediante o
emprego de violência ou grave ameaça independente de causar o sofrimento físico ou mental
na vítima.
Certo ( ) Errado ( )
9. (QUESTÃO INÉDITA - 2021)
Analise a hipótese abaixo:
Quando o sujeito ativo atinge a finalidade pretendida, trata-se de mero exaurimento do crime,
ou seja, isso influenciará na dosagem da pena, mas não diretamente na consumação do delito.
Certo ( ) Errado ( )
10. (QUESTÃO INÉDITA - 2021)
Analise a hipótese abaixo:
A doutrina e jurisprudência admitem a chamada prova ilícita pro reo.
Certo ( ) Errado ( )
11. (QUESTÃO INÉDITA - 2021)
A respeito da tortura prova, assinale a alternativa incorreta:
a) para se caracterizar a tortura prova é necessário que o agente constranja alguém com a
finalidade de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa.
b) Se consuma no momento que o agente finaliza a agressão.
c) quando o sujeito ativo atinge a finalidade pretendida, trata-se de mero exaurimento do
crime.
d) A tortura prova, além dessa denominação, também pode ser chamada de tortura
confissão.
e) A tortura prova, além dessa denominação, também pode ser chamada de tortura
inquisitorial, institucional, persecutória ou acusatória
12. (QUESTÃO INÉDITA - 2021)
Considere as situações abaixo a respeito da tortura prova:
I. para se caracterizar a tortura prova é necessário que o agente constranja alguém com a
finalidade de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa.
II. quando o sujeito ativo atinge a finalidade pretendida, trata-se de mero exaurimento do
crime.
III. Se consuma no momento que o agente constrange alguém mediante o emprego de
violência ou grave ameaça e causa o sofrimento físico ou mental na vítima.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas I e III.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) Todas.
13. (QUESTÃO INÉDITA - 2021)

MUDE SUA VIDA!


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Quando o agente pratica o crime de tortura para provocar ação ou omissão de natureza
criminosa ele está incorrendo no delito de:
a) Tortura crime.
a) Tortura prova.
b) Tortura discriminatória.
c) Tortura preconceito
d) Nenhuma das anteriores.
14. (QUESTÃO INÉDITA - 2021)
Considere as situações abaixo a respeito da tortura crime:
I. é um delito formal.
II. admite a tentativa.
III. A consumação da tortura crime também ocorre com o sofrimento causado mediante
constrangimento praticado com violência ou grave ameaça.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas I e III.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) Todas.
15. (QUESTÃO INÉDITA - 2021)
Quando o agente pratica o crime de tortura com o fim de obter informação, declaração ou
confissão da vítima ou de terceira pessoa ele está incorrendo no delito de:
a) Tortura crime.
b) Tortura prova.
c) Tortura discriminatória.
d) Tortura preconceito
e) Nenhuma das anteriores.
16. (QUESTÃO INÉDITA - 2021)
Quando o agente pratica o crime de tortura em razão de discriminação racial ou religiosa ele
está incorrendo no delito de:
a) Tortura crime.
b) Tortura prova.
c) Tortura discriminatória.
d) Tortura genérica
e) Nenhuma das anteriores.
17. (QUESTÃO INÉDITA - 2021)
Considere as situações abaixo a respeito da tortura crime:
I – Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não
manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.
II – a exigibilidade de conduta diversa é um dos elementos da culpabilidade.

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III – o torturador responderá tanto pela tortura quanto pelo crime cometido pela vítima da
tortura, a mando de si mesmo.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II e III.
c) Apenas I e II.
d) Apenas I, II e III.
e) Apenas II.
18. (QUESTÃO INÉDITA - 2021)
Considere as seguintes afirmativas em relação à tortura:
I - Constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento
físico ou mental reflete o denominado dolo genérico do crime de tortura.
II – Para configurar um crime da Lei de Tortura é necessário que o sujeito ativo pratique o
dolo genérico, bem como alguma das alíneas do inciso, onde estão descritas as finalidades
específicas (dolo específico).
III – O delito de tortura com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou
de terceira pessoa se trata da chamada tortura prova.
Quais delas estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas I e III.
c) Apenas II e III.
d) Apenas III.
e) Todas estão corretas.
19. (QUESTÃO INÉDITA - 2021)
Em relação à tortura discriminatória, assinale V para verdadeiro e F para falso nas
assertivas a seguir:
( ) Esse delito também pode receber as denominações de “tortura preconceito” ou “tortura
racismo”.
( ) Nele, a prática de tortura ocorre em razão de discriminação racial ou religiosa.
( ) De forma majoritária, classifica-se o crime de tortura discriminatória como um crime formal.
Qual alternativa preenche corretamente as lacunas?
a) F–F–F
a) F–V–F
b) F–F–V
c) V–V–V
d) V–F–V
20. (QUESTÃO INÉDITA - 2021)
Em relação à tortura discriminatória assinale V para verdadeiro e F para falso nas
assertivas a seguir:
( ) De forma majoritária, define-se que o crime de tortura discriminatória admite tentativa
( ) A motivação/finalidade do crime deve ser racial ou religiosa, de modo que não são admitidas
outras formas de discriminação para a sua caracterização

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( ) É possível a caracterização da tortura discriminatória quando a motivação é a discriminação


pela idade ou pelo sexo.
Qual alternativa preenche corretamente as lacunas?
a) F–F–F
b) V–V-F
c) F–F–V
d) V–V–V
e) V–F–F

GABARITO
1. Certo
2. Certo
3. Certo
4. Certo
5. Errado
6. Errado
7. Certo
8. Errado
9. Certo
10. Certo
11. B
12. E
13. A
14. E
15. B
16. D
17. D
18. E
19. B
20. B

QUESTÕES COMENTADAS
1. (QUESTÃO INÉDITA - 2021)
Analise a hipótese abaixo:
Constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento
físico ou mental reflete o denominado dolo genérico do crime de tortura.
Certo (X) Errado ()
GABARITO CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Lei nº 9.455/1997:
Art. 1º Constitui crime de tortura:
I – constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-
lhe sofrimento físico ou mental:
O inciso I reflete o denominado dolo genérico.

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Quanto a isso pode-se questionar: o indivíduo que constrange alguém com


emprego de violência ou grave ameaça e causa sofrimento físico ou mental à vítima
comete crime da Lei de Tortura? Não necessariamente.
Nota-se que a disposição do inciso I traz somente o dolo genérico (ou somente
dolo) e as alíneas, além do dolo genérico exigem o cumprimento de um dolo
específico pelo agente para a caracterização do delito.
Art. 1º (…) a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima
ou de terceira pessoa; b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; c)
em razão de discriminação racial ou religiosa;
Alínea “a”: tortura prova.
Alínea “b”: tortura crime.
Alínea “c”: tortura discriminatória ou preconceito.
Ou seja, para configurar um crime da Lei de Tortura é necessário que o sujeito
ativo pratique o dolo genérico (descrito no inciso I), bem como alguma das alíneas
do inciso, onde estão descritas as finalidades específicas (dolo específico). Além
disso, destaca-se que não é necessário que o agente alcance efetivamente alguma
das finalidades previstas nas alíneas, basta que ele dirija a sua conduta para alcançá-
las, ou seja, é necessário que o agente dê início à conduta visando a
consubstanciação de alguma das finalidades descritas nas alíneas do inciso I do art.
1º.

2. (QUESTÃO INÉDITA - 2021)


Analise a hipótese abaixo:
Para configurar um crime da Lei de Tortura é necessário que o sujeito ativo pratique o dolo
genérico, bem como alguma das alíneas do inciso, onde estão descritas as finalidades específicas
(dolo específico).
Certo (X) Errado ()

GABARITO CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Lei nº 9.455/1997:
Art. 1º Constitui crime de tortura:
I – constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-
lhe sofrimento físico ou mental:
O inciso I reflete o denominado dolo genérico.
Quanto a isso pode-se questionar: o indivíduo que constrange alguém com
emprego de violência ou grave ameaça e causa sofrimento físico ou mental à vítima
comete crime da Lei de Tortura? Não necessariamente.
Nota-se que a disposição do inciso I traz somente o dolo genérico (ou somente
dolo) e as alíneas, além do dolo genérico exigem o cumprimento de um dolo
específico pelo agente para a caracterização do delito.
Art. 1º (…) a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima
ou de terceira pessoa; b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; c)
em razão de discriminação racial ou religiosa; Alínea “a”: tortura prova. Alínea “b”:
tortura crime. Alínea “c”: tortura discriminatória ou preconceito. Ou seja, para
configurar um crime da Lei de Tortura é necessário que o sujeito ativo pratique o
dolo genérico (descrito no inciso I), bem como alguma das alíneas do inciso, onde

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estão descritas as finalidades específicas (dolo específico). Além disso, destaca-se


que não é necessário que o agente alcance efetivamente alguma das finalidades
previstas nas alíneas, basta que ele dirija a sua conduta para alcançá-las, ou seja, é
necessário que o agente dê início à conduta visando a consubstanciação de alguma
das finalidades descritas nas alíneas do inciso I do art. 1º.

3. (QUESTÃO INÉDITA - 2021)


Analise a hipótese abaixo:
O indivíduo que constrange alguém com emprego de violência ou grave ameaça e causa
sofrimento físico ou mental à vítima comete crime da Lei de Tortura sempre.
Certo ( ) Errado (X)

GABARITO ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Lei nº 9.455/1997:
Art. 1º Constitui crime de tortura:
I – constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-
lhe sofrimento físico ou mental:
O inciso I reflete o denominado dolo genérico.
Quanto a isso pode-se questionar: o indivíduo que constrange alguém com
emprego de violência ou grave ameaça e causa sofrimento físico ou mental à vítima
comete crime da Lei de Tortura? Não necessariamente.
Nota-se que a disposição do inciso I traz somente o dolo genérico (ou somente
dolo) e as alíneas, além do dolo genérico exigem o cumprimento de um dolo
específico pelo agente para a caracterização do delito.
Art. 1º (…) a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima
ou de terceira pessoa; b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; c)
em razão de discriminação racial ou religiosa; Alínea “a”: tortura prova. Alínea “b”:
tortura crime. Alínea “c”: tortura discriminatória ou preconceito. Ou seja, para
configurar um crime da Lei de Tortura é necessário que o sujeito ativo pratique o
dolo genérico (descrito no inciso I), bem como alguma das alíneas do inciso, onde
estão descritas as finalidades específicas (dolo específico). Além disso, destaca-se
que não é necessário que o agente alcance efetivamente alguma das finalidades
previstas nas alíneas, basta que ele dirija a sua conduta para alcançá-las, ou seja, é
necessário que o agente dê início à conduta visando a consubstanciação de alguma
das finalidades descritas nas alíneas do inciso I do art. 1º.

4. (QUESTÃO INÉDITA - 2021)


Analise a hipótese abaixo:
O delito de tortura com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de
terceira pessoa se trata da chamada tortura prova.
Certo (X) Errado ( )

GABARITO CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Lei nº 9.455/1997:
Art. 1º Constitui crime de tortura:

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I – constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-


lhe sofrimento físico ou mental:
O inciso I reflete o denominado dolo genérico.
Quanto a isso pode-se questionar: o indivíduo que constrange alguém com
emprego de violência ou grave ameaça e causa sofrimento físico ou mental à vítima
comete crime da Lei de Tortura? Não necessariamente.
Nota-se que a disposição do inciso I traz somente o dolo genérico (ou somente
dolo) e as alíneas, além do dolo genérico exigem o cumprimento de um dolo
específico pelo agente para a caracterização do delito.
Art. 1º (…) a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima
ou de terceira pessoa; b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; c)
em razão de discriminação racial ou religiosa; Alínea “a”: tortura prova. Alínea “b”:
tortura crime. Alínea “c”: tortura discriminatória ou preconceito. Ou seja, para
configurar um crime da Lei de Tortura é necessário que o sujeito ativo pratique o
dolo genérico (descrito no inciso I), bem como alguma das alíneas do inciso, onde
estão descritas as finalidades específicas (dolo específico). Além disso, destaca-se
que não é necessário que o agente alcance efetivamente alguma das finalidades
previstas nas alíneas, basta que ele dirija a sua conduta para alcançá-las, ou seja, é
necessário que o agente dê início à conduta visando a consubstanciação de alguma
das finalidades descritas nas alíneas do inciso I do art. 1º.

5. (QUESTÃO INÉDITA - 2021)


Analise a hipótese abaixo:
O delito de tortura para provocar ação ou omissão de natureza criminosa se trata da chamada
tortura discriminatória.
Certo ( ) Errado (X)

GABARITO ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Lei nº 9.455/1997:
Art. 1º Constitui crime de tortura:
I – constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-
lhe sofrimento físico ou mental:
O inciso I reflete o denominado dolo genérico.
Quanto a isso pode-se questionar: o indivíduo que constrange alguém com
emprego de violência ou grave ameaça e causa sofrimento físico ou mental à vítima
comete crime da Lei de Tortura? Não necessariamente.
Nota-se que a disposição do inciso I traz somente o dolo genérico (ou somente
dolo) e as alíneas, além do dolo genérico exigem o cumprimento de um dolo
específico pelo agente para a caracterização do delito.
Art. 1º (…) a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima
ou de terceira pessoa; b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; c)
em razão de discriminação racial ou religiosa; Alínea “a”: tortura prova. Alínea “b”:
tortura crime. Alínea “c”: tortura discriminatória ou preconceito. Ou seja, para
configurar um crime da Lei de Tortura é necessário que o sujeito ativo pratique o
dolo genérico (descrito no inciso I), bem como alguma das alíneas do inciso, onde
estão descritas as finalidades específicas (dolo específico). Além disso, destaca-se

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que não é necessário que o agente alcance efetivamente alguma das finalidades
previstas nas alíneas, basta que ele dirija a sua conduta para alcançá-las, ou seja, é
necessário que o agente dê início à conduta visando a consubstanciação de alguma
das finalidades descritas nas alíneas do inciso I do art. 1º.

6. (QUESTÃO INÉDITA - 2021)


Analise a hipótese abaixo:
O delito de tortura em razão de discriminação racial ou religiosa se trata da chamada tortura
crime.
Certo ( ) Errado (X)

GABARITO ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Lei nº 9.455/1997:
Art. 1º Constitui crime de tortura:
I – constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-
lhe sofrimento físico ou mental:
O inciso I reflete o denominado dolo genérico.
Quanto a isso pode-se questionar: o indivíduo que constrange alguém com
emprego de violência ou grave ameaça e causa sofrimento físico ou mental à vítima
comete crime da Lei de Tortura? Não necessariamente.
Nota-se que a disposição do inciso I traz somente o dolo genérico (ou somente
dolo) e as alíneas, além do dolo genérico exigem o cumprimento de um dolo
específico pelo agente para a caracterização do delito.
Art. 1º (…) a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima
ou de terceira pessoa; b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; c)
em razão de discriminação racial ou religiosa; Alínea “a”: tortura prova. Alínea “b”:
tortura crime. Alínea “c”: tortura discriminatória ou preconceito. Ou seja, para
configurar um crime da Lei de Tortura é necessário que o sujeito ativo pratique o
dolo genérico (descrito no inciso I), bem como alguma das alíneas do inciso, onde
estão descritas as finalidades específicas (dolo específico). Além disso, destaca-se
que não é necessário que o agente alcance efetivamente alguma das finalidades
previstas nas alíneas, basta que ele dirija a sua conduta para alcançá-las, ou seja, é
necessário que o agente dê início à conduta visando a consubstanciação de alguma
das finalidades descritas nas alíneas do inciso I do art. 1º.

7. (QUESTÃO INÉDITA - 2021)


Analise a hipótese abaixo:
A tortura prova, além dessa denominação, também pode ser chamada de tortura confissão,
tortura inquisitorial, institucional, persecutória ou acusatória.
Certo (X) Errado ( )

GABARITO CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
A tortura prova, além dessa denominação, também pode ser chamada de
tortura confissão, tortura inquisitorial, institucional, persecutória ou acusatória.
Continuando, para se caracterizar o crime descrito na alínea “a” do inciso I, do art.

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1º, é necessário que o agente constranja alguém com a finalidade de obter


informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa – esta é a
finalidade específica para este crime.
Tal crime se consuma no momento em que o agente constrange alguém
mediante o emprego de violência ou grave ameaça e causa o sofrimento físico ou
mental na vítima. Pouco importa se ele efetivamente conseguiu ou não a confissão,
bastando que desde o início o agente esteja com essa pretensão (crime formal).
Sendo assim, quando o sujeito ativo atinge a finalidade pretendida, trata-se de
mero exaurimento do crime, ou seja, isso influenciará na dosagem da pena, mas não
diretamente na consumação do delito.

8. (QUESTÃO INÉDITA - 2021)


Analise a hipótese abaixo:
A tortura prova se consuma no momento em que o agente constrange alguém mediante o
emprego de violência ou grave ameaça independente de causar o sofrimento físico ou mental
na vítima.
Certo ( ) Errado (X)

GABARITO ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
A tortura prova, além dessa denominação, também pode ser chamada de
tortura confissão, tortura inquisitorial, institucional, persecutória ou acusatória.
Continuando, para se caracterizar o crime descrito na alínea “a” do inciso I, do art.
1º, é necessário que o agente constranja alguém com a finalidade de obter
informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa – esta é a
finalidade específica para este crime.
Tal crime se consuma no momento em que o agente constrange alguém
mediante o emprego de violência ou grave ameaça e causa o sofrimento físico ou
mental na vítima. Pouco importa se ele efetivamente conseguiu ou não a confissão,
bastando que desde o início o agente esteja com essa pretensão (crime formal).
Sendo assim, quando o sujeito ativo atinge a finalidade pretendida, trata-se de
mero exaurimento do crime, ou seja, isso influenciará na dosagem da pena, mas não
diretamente na consumação do delito.

9. (QUESTÃO INÉDITA - 2021)


Analise a hipótese abaixo:
Quando o sujeito ativo atinge a finalidade pretendida, trata-se de mero exaurimento do crime,
ou seja, isso influenciará na dosagem da pena, mas não diretamente na consumação do delito.
Certo (X) Errado ( )

GABARITO CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
A tortura prova, além dessa denominação, também pode ser chamada de
tortura confissão, tortura inquisitorial, institucional, persecutória ou acusatória.
Continuando, para se caracterizar o crime descrito na alínea “a” do inciso I, do art.
1º, é necessário que o agente constranja alguém com a finalidade de obter
informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa – esta é a
finalidade específica para este crime.

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Tal crime se consuma no momento em que o agente constrange alguém


mediante o emprego de violência ou grave ameaça e causa o sofrimento físico ou
mental na vítima. Pouco importa se ele efetivamente conseguiu ou não a confissão,
bastando que desde o início o agente esteja com essa pretensão (crime formal).
Sendo assim, quando o sujeito ativo atinge a finalidade pretendida, trata-se de
mero exaurimento do crime, ou seja, isso influenciará na dosagem da pena, mas não
diretamente na consumação do delito.

10. (QUESTÃO INÉDITA - 2021)


Analise a hipótese abaixo:
A doutrina e jurisprudência admitem a chamada prova ilícita pro reo.
Certo (X) Errado ( )

GABARITO CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Uma observação importante diz respeito às provas obtidas mediante tortura.
Quando estudamos o Direito Processual Penal, temos que as provas ilícitas são
inadmissíveis e devem ser desentranhadas do processo, conforme preleciona o art.
157 do CPP.
Aprofundando um pouco mais, a doutrina e jurisprudência admitem a chamada
prova ilícita pro reo.
Ou seja, a prova que for ilícita, mas que for útil para provar a inocência do réu
ou para algum fato importante à sua defesa, pode ser utilizada e mantida no
processo, aplicando-se o princípio da proporcionalidade.

11. (QUESTÃO INÉDITA - 2021)


A respeito da tortura prova, assinale a alternativa incorreta:
a) para se caracterizar a tortura prova é necessário que o agente constranja alguém com a
finalidade de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa.
b) Se consuma no momento que o agente finaliza a agressão.
c) quando o sujeito ativo atinge a finalidade pretendida, trata-se de mero exaurimento do
crime.
d) A tortura prova, além dessa denominação, também pode ser chamada de tortura
confissão.
e) A tortura prova, além dessa denominação, também pode ser chamada de tortura
inquisitorial, institucional, persecutória ou acusatória

GABARITO B
SOLUÇÃO RÁPIDA
A tortura prova, além dessa denominação, também pode ser chamada de
tortura confissão, tortura inquisitorial, institucional, persecutória ou acusatória.
Continuando, para se caracterizar o crime descrito na alínea “a” do inciso I, do art.
1º, é necessário que o agente constranja alguém com a finalidade de obter
informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa – esta é a
finalidade específica para este crime.
Tal crime se consuma no momento em que o agente constrange alguém
mediante o emprego de violência ou grave ameaça e causa o sofrimento físico ou

MUDE SUA VIDA!


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mental na vítima. Pouco importa se ele efetivamente conseguiu ou não a confissão,


bastando que desde o início o agente esteja com essa pretensão (crime formal).
Sendo assim, quando o sujeito ativo atinge a finalidade pretendida, trata-se de
mero exaurimento do crime, ou seja, isso influenciará na dosagem da pena, mas não
diretamente na consumação do delito.
Uma observação importante diz respeito às provas obtidas mediante tortura.
Quando estudamos o Direito Processual Penal, temos que as provas ilícitas são
inadmissíveis e devem ser desentranhadas do processo, conforme preleciona o art.
157 do CPP.
Aprofundando um pouco mais, a doutrina e jurisprudência admitem a chamada
prova ilícita pro reo.
Ou seja, a prova que for ilícita, mas que for útil para provar a inocência do réu
ou para algum fato importante à sua defesa, pode ser utilizada e mantida no
processo, aplicando-se o princípio da proporcionalidade.
No entanto dentro das provas ilícitas pro reo existe outra exceção (um meio de
prova que nunca poderá ser admitido). Trata-se da prova obtida mediante tortura
para provar a inocência do réu; ou seja, quando o réu, para provar a sua inocência
se utiliza da tortura para que alguém forneça determinada declaração. Este meio de
prova jamais será aceito no processo penal, conforme ensinam os doutrinadores
Renato Brasileiro e Norberto Avena, por se tratar de uma regressão na proteção dos
direitos fundamentais e da dignidade da pessoa humana.

12. (QUESTÃO INÉDITA - 2021)


Considere as situações abaixo a respeito da tortura prova:
I. para se caracterizar a tortura prova é necessário que o agente constranja alguém com a
finalidade de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa.
II. quando o sujeito ativo atinge a finalidade pretendida, trata-se de mero exaurimento do
crime.
III. Se consuma no momento que o agente constrange alguém mediante o emprego de
violência ou grave ameaça e causa o sofrimento físico ou mental na vítima.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas I e III.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) Todas.

GABARITO E
SOLUÇÃO RÁPIDA
A tortura prova, além dessa denominação, também pode ser chamada de
tortura confissão, tortura inquisitorial, institucional, persecutória ou acusatória.
Continuando, para se caracterizar o crime descrito na alínea “a” do inciso I, do art.
1º, é necessário que o agente constranja alguém com a finalidade de obter
informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa – esta é a
finalidade específica para este crime.

MUDE SUA VIDA!


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Tal crime se consuma no momento em que o agente constrange alguém


mediante o emprego de violência ou grave ameaça e causa o sofrimento físico ou
mental na vítima. Pouco importa se ele efetivamente conseguiu ou não a confissão,
bastando que desde o início o agente esteja com essa pretensão (crime formal).
Sendo assim, quando o sujeito ativo atinge a finalidade pretendida, trata-se de
mero exaurimento do crime, ou seja, isso influenciará na dosagem da pena, mas não
diretamente na consumação do delito.
Uma observação importante diz respeito às provas obtidas mediante tortura.
Quando estudamos o Direito Processual Penal, temos que as provas ilícitas são
inadmissíveis e devem ser desentranhadas do processo, conforme preleciona o art.
157 do CPP.
Aprofundando um pouco mais, a doutrina e jurisprudência admitem a chamada
prova ilícita pro reo.
Ou seja, a prova que for ilícita, mas que for útil para provar a inocência do réu
ou para algum fato importante à sua defesa, pode ser utilizada e mantida no
processo, aplicando-se o princípio da proporcionalidade.
No entanto dentro das provas ilícitas pro reo existe outra exceção (um meio de
prova que nunca poderá ser admitido). Trata-se da prova obtida mediante tortura
para provar a inocência do réu; ou seja, quando o réu, para provar a sua inocência
se utiliza da tortura para que alguém forneça determinada declaração. Este meio de
prova jamais será aceito no processo penal, conforme ensinam os doutrinadores
Renato Brasileiro e Norberto Avena, por se tratar de uma regressão na proteção dos
direitos fundamentais e da dignidade da pessoa humana..

13. (QUESTÃO INÉDITA - 2021)


Quando o agente pratica o crime de tortura para provocar ação ou omissão de natureza
criminosa ele está incorrendo no delito de:
a) Tortura crime.
b) Tortura prova.
c) Tortura discriminatória.
d) Tortura preconceito
e) Nenhuma das anteriores.

GABARITO A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Lei nº 9.455/1997:
Art. 1º Constitui crime de tortura:
I – constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-
lhe sofrimento físico ou mental:
O inciso I reflete o denominado dolo genérico.
Quanto a isso pode-se questionar: o indivíduo que constrange alguém com
emprego de violência ou grave ameaça e causa sofrimento físico ou mental à vítima
comete crime da Lei de Tortura? Não necessariamente.
Nota-se que a disposição do inciso I traz somente o dolo genérico (ou somente
dolo) e as alíneas, além do dolo genérico exigem o cumprimento de um dolo
específico pelo agente para a caracterização do delito.

MUDE SUA VIDA!


14
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Art. 1º (…) a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima


ou de terceira pessoa; b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; c)
em razão de discriminação racial ou religiosa; Alínea “a”: tortura prova. Alínea “b”:
tortura crime. Alínea “c”: tortura discriminatória ou preconceito. Ou seja, para
configurar um crime da Lei de Tortura é necessário que o sujeito ativo pratique o
dolo genérico (descrito no inciso I), bem como alguma das alíneas do inciso, onde
estão descritas as finalidades específicas (dolo específico). Além disso, destaca-se
que não é necessário que o agente alcance efetivamente alguma das finalidades
previstas nas alíneas, basta que ele dirija a sua conduta para alcançá-las, ou seja, é
necessário que o agente dê início à conduta visando a consubstanciação de alguma
das finalidades descritas nas alíneas do inciso I do art. 1º.

14. (QUESTÃO INÉDITA - 2021)


Considere as situações abaixo a respeito da tortura crime:
I. é um delito formal.
II. admite a tentativa.
III. A consumação da tortura crime também ocorre com o sofrimento causado mediante
constrangimento praticado com violência ou grave ameaça.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas I e III.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) Todas.

GABARITO E
SOLUÇÃO RÁPIDA
ALÍNEA “B” – TORTURA CRIME Neste crime, a finalidade é provocar ação ou
omissão de natureza criminosa.
Estamos diante de um delito formal, que admite a tentativa.
A consumação da tortura crime também ocorre com o sofrimento causado
mediante constrangimento praticado com violência ou grave ameaça.
Por fim, resta-nos estudar a hipótese de o delito para o qual a vítima foi
constrangida a cometer (ação ou omissão) ter sido efetivamente praticado. Diante
disso, devemos analisar primeiramente se existe a culpabilidade da vítima da tortura.
Não existe, visto que a vítima de tortura não será responsabilizada pelo crime
praticado, pois nesta ocasião ele agiu sob coação moral irresistível – prevista no art.
22 do Código Penal, a qual isenta o agente de pena.
Art. 22. Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a
ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da
coação ou da ordem.
Lembre-se que a exigibilidade de conduta diversa é um dos elementos da
culpabilidade. Então, quando não se pode exigir outra conduta do agente, exclui-se
a própria culpabilidade, não podendo ser aplicada pena a ele.
Por sua vez, o torturador responderá tanto pela tortura quanto pelo crime
cometido pela vítima da tortura, a mando de si mesmo.

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Outra observação importante é que para a configuração do delito previsto na


alínea “b”, exige-se que a ação ou omissão seja para a prática de um crime, não
podendo ser uma contravenção penal. No caso de cometimento de uma contravenção
penal estaríamos diante do crime de constrangimento ilegal, previsto no art. 146 do
Código Penal.

15. (QUESTÃO INÉDITA - 2021)


Quando o agente pratica o crime de tortura com o fim de obter informação, declaração ou
confissão da vítima ou de terceira pessoa ele está incorrendo no delito de:
a) Tortura crime.
b) Tortura prova.
c) Tortura discriminatória.
d) Tortura preconceito
e) Nenhuma das anteriores.

GABARITO B
SOLUÇÃO RÁPIDA
Lei nº 9.455/1997:
Art. 1º Constitui crime de tortura:
I – constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-
lhe sofrimento físico ou mental:
O inciso I reflete o denominado dolo genérico.
Quanto a isso pode-se questionar: o indivíduo que constrange alguém com
emprego de violência ou grave ameaça e causa sofrimento físico ou mental à vítima
comete crime da Lei de Tortura? Não necessariamente.
Nota-se que a disposição do inciso I traz somente o dolo genérico (ou somente
dolo) e as alíneas, além do dolo genérico exigem o cumprimento de um dolo
específico pelo agente para a caracterização do delito.
Art. 1º (…) a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima
ou de terceira pessoa; b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; c)
em razão de discriminação racial ou religiosa; Alínea “a”: tortura prova. Alínea “b”:
tortura crime. Alínea “c”: tortura discriminatória ou preconceito. Ou seja, para
configurar um crime da Lei de Tortura é necessário que o sujeito ativo pratique o
dolo genérico (descrito no inciso I), bem como alguma das alíneas do inciso, onde
estão descritas as finalidades específicas (dolo específico). Além disso, destaca-se
que não é necessário que o agente alcance efetivamente alguma das finalidades
previstas nas alíneas, basta que ele dirija a sua conduta para alcançá-las, ou seja, é
necessário que o agente dê início à conduta visando a consubstanciação de alguma
das finalidades descritas nas alíneas do inciso I do art. 1º.

16. (QUESTÃO INÉDITA - 2021)


Quando o agente pratica o crime de tortura em razão de discriminação racial ou religiosa ele
está incorrendo no delito de:
a) Tortura crime.
b) Tortura prova.
c) Tortura discriminatória.
d) Tortura genérica

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e) Nenhuma das anteriores.

GABARITO C
SOLUÇÃO RÁPIDA
Lei nº 9.455/1997:
Art. 1º Constitui crime de tortura:
I – constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-
lhe sofrimento físico ou mental:
O inciso I reflete o denominado dolo genérico.
Quanto a isso pode-se questionar: o indivíduo que constrange alguém com
emprego de violência ou grave ameaça e causa sofrimento físico ou mental à vítima
comete crime da Lei de Tortura? Não necessariamente.
Nota-se que a disposição do inciso I traz somente o dolo genérico (ou somente
dolo) e as alíneas, além do dolo genérico exigem o cumprimento de um dolo
específico pelo agente para a caracterização do delito.
Art. 1º (…) a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima
ou de terceira pessoa; b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; c)
em razão de discriminação racial ou religiosa; Alínea “a”: tortura prova. Alínea “b”:
tortura crime. Alínea “c”: tortura discriminatória ou preconceito. Ou seja, para
configurar um crime da Lei de Tortura é necessário que o sujeito ativo pratique o
dolo genérico (descrito no inciso I), bem como alguma das alíneas do inciso, onde
estão descritas as finalidades específicas (dolo específico). Além disso, destaca-se
que não é necessário que o agente alcance efetivamente alguma das finalidades
previstas nas alíneas, basta que ele dirija a sua conduta para alcançá-las, ou seja, é
necessário que o agente dê início à conduta visando a consubstanciação de alguma
das finalidades descritas nas alíneas do inciso I do art. 1º.

17. (QUESTÃO INÉDITA - 2021)


Considere as situações abaixo a respeito da tortura crime:
I. Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não
manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.
II. a exigibilidade de conduta diversa é um dos elementos da culpabilidade.
III. o torturador responderá tanto pela tortura quanto pelo crime cometido pela vítima da
tortura, a mando de si mesmo.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II e III.
c) Apenas I e II.
d) Apenas I, II e III.
e) Apenas II.

GABARITO D
SOLUÇÃO RÁPIDA
ALÍNEA “B” – TORTURA CRIME Neste crime, a finalidade é provocar ação ou
omissão de natureza criminosa.
Estamos diante de um delito formal, que admite a tentativa.

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A consumação da tortura crime também ocorre com o sofrimento causado


mediante constrangimento praticado com violência ou grave ameaça.
Por fim, resta-nos estudar a hipótese de o delito para o qual a vítima foi
constrangida a cometer (ação ou omissão) ter sido efetivamente praticado. Diante
disso, devemos analisar primeiramente se existe a culpabilidade da vítima da tortura.
Não existe, visto que a vítima de tortura não será responsabilizada pelo crime
praticado, pois nesta ocasião ele agiu sob coação moral irresistível – prevista no art.
22 do Código Penal, a qual isenta o agente de pena.
Art. 22. Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a
ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da
coação ou da ordem.
Lembre-se que a exigibilidade de conduta diversa é um dos elementos da
culpabilidade. Então, quando não se pode exigir outra conduta do agente, exclui-se
a própria culpabilidade, não podendo ser aplicada pena a ele.
Por sua vez, o torturador responderá tanto pela tortura quanto pelo crime
cometido pela vítima da tortura, a mando de si mesmo.
Outra observação importante é que para a configuração do delito previsto na alínea
“b”, exige-se que a ação ou omissão seja para a prática de um crime, não podendo
ser uma contravenção penal. No caso de cometimento de uma contravenção penal
estaríamos diante do crime de constrangimento ilegal, previsto no art. 146 do Código
Penal.

18. (QUESTÃO INÉDITA - 2021)


Considere as seguintes afirmativas em relação à tortura:
I. Constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe
sofrimento físico ou mental reflete o denominado dolo genérico do crime de tortura.
II. Para configurar um crime da Lei de Tortura é necessário que o sujeito ativo pratique o
dolo genérico, bem como alguma das alíneas do inciso, onde estão descritas as finalidades
específicas (dolo específico).
III. O delito de tortura com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou
de terceira pessoa se trata da chamada tortura prova.
Quais delas estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas I e III.
c) Apenas II e III.
d) Apenas III.
e) Todas estão corretas.

GABARITO E
SOLUÇÃO RÁPIDA
Lei nº 9.455/1997:
Art. 1º Constitui crime de tortura:
I – constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-
lhe sofrimento físico ou mental:
O inciso I reflete o denominado dolo genérico.

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Quanto a isso pode-se questionar: o indivíduo que constrange alguém com


emprego de violência ou grave ameaça e causa sofrimento físico ou mental à vítima
comete crime da Lei de Tortura? Não necessariamente.
Nota-se que a disposição do inciso I traz somente o dolo genérico (ou somente
dolo) e as alíneas, além do dolo genérico exigem o cumprimento de um dolo
específico pelo agente para a caracterização do delito.
Art. 1º (…) a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou
de terceira pessoa; b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; c) em
razão de discriminação racial ou religiosa; Alínea “a”: tortura prova. Alínea “b”:
tortura crime. Alínea “c”: tortura discriminatória ou preconceito. Ou seja, para
configurar um crime da Lei de Tortura é necessário que o sujeito ativo pratique o
dolo genérico (descrito no inciso I), bem como alguma das alíneas do inciso, onde
estão descritas as finalidades específicas (dolo específico). Além disso, destaca-se
que não é necessário que o agente alcance efetivamente alguma das finalidades
previstas nas alíneas, basta que ele dirija a sua conduta para alcançá-las, ou seja, é
necessário que o agente dê início à conduta visando a consubstanciação de alguma
das finalidades descritas nas alíneas do inciso I do art. 1º.

19. (QUESTÃO INÉDITA - 2021)


Em relação à tortura discriminatória, assinale V para verdadeiro e F para falso nas
assertivas a seguir:
( ) Esse delito também pode receber as denominações de “tortura preconceito” ou “tortura
racismo”.
( ) Nele, a prática de tortura ocorre em razão de discriminação racial ou religiosa.
( ) De forma majoritária, classifica-se o crime de tortura discriminatória como um crime formal.
Qual alternativa preenche corretamente as lacunas?
a) F–F–F
b) F–V–F
c) F–F–V
d) V–V–V
e) V–F–V

GABARITO D
SOLUÇÃO RÁPIDA
ALÍNEA “C” – TORTURA DISCRIMINATÓRIA
Esse delito também pode receber as denominações de “tortura preconceito” ou
“tortura racismo”. Nele, a prática de tortura ocorre em razão de discriminação racial
ou religiosa.
De forma majoritária, classifica-se o crime de tortura discriminatória como um
crime formal e que admite tentativa.
A observação que se faz importante quanto à alínea “c” é que esse delito não
admite analogia. Ou seja, a motivação/finalidade do crime deve ser racial ou
religiosa, de modo que não são admitidas outras formas de discriminação para a sua
caracterização, sob pena de analogia in malam partem (vedada pelo Código Penal).
Sendo assim, não é possível a caracterização da tortura discriminatória quando
a motivação é a discriminação pela idade ou pelo sexo (admite-se somente a
discriminação pela raça ou religião).

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Quanto a isso, pode surgir a dúvida com relação à decisão do STF na ADO 26/DF
e no MI 4733, que entendeu ser possível a discriminação em relação à orientação
sexual como apta a configurar crimes da Lei de Preconceito de raça ou de cor (Lei nº
7.716/89).
ͫ O STF entendeu que condutas consideradas homofóbicas ou transfóbicas
podem caracterizar os crimes da Lei de Preconceito, bem como que o Congresso
Nacional não abrangeu a proteção desses indivíduos. Destaca-se que esse
entendimento não é aplicado à Lei de Tortura, mas apenas na Lei de Preconceito.
Ou seja, não se aplica o mesmo entendimento jurisprudencial para a
configuração do crime de tortura discriminatória, que só pode ocorrer em razão da
raça ou religião.
Ainda, tal entendimento é defendido pelo Professor Filipe Ávila e a professora
Claudia Barros, no livro de Legislação Criminal, e ainda pelo professor Renato
Brasileiro e Guilherme de Souza Nucci, embora esse último não discorra muito sobre
essa questão. Sendo assim, pelo menos por enquanto, esse é o posicionamento mais
adequado para o nosso concurso.

20. (QUESTÃO INÉDITA - 2021)


Em relação à tortura discriminatória assinale V para verdadeiro e F para falso nas
assertivas a seguir:
( ) De forma majoritária, define-se que o crime de tortura discriminatória admite tentativa
( ) A motivação/finalidade do crime deve ser racial ou religiosa, de modo que não são admitidas
outras formas de discriminação para a sua caracterização
( ) É possível a caracterização da tortura discriminatória quando a motivação é a discriminação
pela idade ou pelo sexo.
Qual alternativa preenche corretamente as lacunas?
a) F–F–F
b) V–V-F
c) F–F–V
d) V–V–V
e) V–F–F

GABARITO B
SOLUÇÃO RÁPIDA
ALÍNEA “C” – TORTURA DISCRIMINATÓRIA
Esse delito também pode receber as denominações de “tortura preconceito” ou
“tortura racismo”. Nele, a prática de tortura ocorre em razão de discriminação racial
ou religiosa.
De forma majoritária, classifica-se o crime de tortura discriminatória como um
crime formal e que admite tentativa.
A observação que se faz importante quanto à alínea “c” é que esse delito não
admite analogia. Ou seja, a motivação/finalidade do crime deve ser racial ou
religiosa, de modo que não são admitidas outras formas de discriminação para a sua
caracterização, sob pena de analogia in malam partem (vedada pelo Código Penal).
Sendo assim, não é possível a caracterização da tortura discriminatória quando
a motivação é a discriminação pela idade ou pelo sexo (admite-se somente a
discriminação pela raça ou religião).

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Quanto a isso, pode surgir a dúvida com relação à decisão do STF na ADO 26/DF
e no MI 4733, que entendeu ser possível a discriminação em relação à orientação
sexual como apta a configurar crimes da Lei de Preconceito de raça ou de cor (Lei nº
7.716/89).
ͫ O STF entendeu que condutas consideradas homofóbicas ou transfóbicas
podem caracterizar os crimes da Lei de Preconceito, bem como que o Congresso
Nacional não abrangeu a proteção desses indivíduos. Destaca-se que esse
entendimento não é aplicado à Lei de Tortura, mas apenas na Lei de Preconceito.
Ou seja, não se aplica o mesmo entendimento jurisprudencial para a
configuração do crime de tortura discriminatória, que só pode ocorrer em razão da
raça ou religião.
Ainda, tal entendimento é defendido pelo Professor Filipe Ávila e a professora
Claudia Barros, no livro de Legislação Criminal, e ainda pelo professor Renato
Brasileiro e Guilherme de Souza Nucci, embora esse último não discorra muito sobre
essa questão. Sendo assim, pelo menos por enquanto, esse é o posicionamento mais
adequado para o nosso concurso.

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SUMÁRIO
Questões sobre a aula ....................................................................................................................................... 2
Gabarito ............................................................................................................................................................. 6
Questões Comentadas ...................................................................................................................................... 6

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QUESTÕES SOBRE A AULA


1. Nos termos do Código de Processo Penal, a proibição de ausentar-se do País será
comunicada pelo juiz às autoridades encarregadas de fiscalizar as saídas do território
nacional, intimando-se o indiciado ou acusado para entregar o passaporte, no prazo de
48 (quarenta e oito) horas.

Certo ( ) Errado ( )

2. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante ou por ordem escrita e fundamentada da
autoridade judiciária competente, razão pela qual, havendo ordem legal emanada, a não
apresentação do mandado obsta a prisão, que deverá ser relaxada, se executada.

Certo ( ) Errado ( )

3. Em caso de descumprimento de alguma medida cautelar, a regra será a decretação


imediata e automática da prisão processual.

Certo ( ) Errado ( )

4. Júlio foi preso em flagrante pela prática de furto de um caixa eletrônico da CEF. Júlio
responde a outros processos por crime contra o patrimônio.

A respeito dessa situação hipotética, julgue o seguinte item.

Ao ser comunicado da prisão e verificando a necessidade de evitar a prática de infrações


penais, ao juiz será vedado aplicar qualquer medida cautelar alternativa à prisão, mesmo
que sejam preenchidos os requisitos da necessidade e da adequação previstos no CPP.

Certo ( ) Errado ( )

5. Toda e qualquer medida cautelar positivada no Código de Processo Penal deve ajustar-
se à gravidade do crime, às circunstâncias do fato e às condições pessoais do indiciado ou
acusado.

Certo ( ) Errado ( )

6. A decretação de uma prisão preventiva impõe ao juiz analisar se não é suficiente e


igualmente eficaz a imposição, ao indiciado ou acusado, de medida cautelar alternativa.

Certo ( ) Errado ( )

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7. A prisão preventiva pode ser decretada em qualquer fase do processo penal ou


investigação policial, sempre de ofício ou a requerimento do Ministério Público, do
assistente de acusação ou do querelante, ou por representação da autoridade policial.

Certo ( ) Errado ( )

8. No brasil é vedado o que se chama de mandado genérico.

Certo ( ) Errado ( )

9. A prisão decorrente de sentença condenatória com trânsito em julgado, chamada de


prisão definitiva, é uma modalidade de prisão cautelar.

Certo ( ) Errado ( )

10. Ninguém será recolhido à prisão, sem que seja exibido o mandado ao respectivo diretor
ou carcereiro, a quem será entregue cópia assinada pelo executor ou apresentada a guia
expedida pela autoridade competente, devendo ser passado recibo da entrega do preso,
com declaração de dia e hora.

Certo ( ) Errado ( )

11. A respeito da prisão e medidas cautelares, assinale a alternativa INCORRETA.

A) Segundo o código de processo penal, em caso de descumprimento de alguma medida


cautelar, o juiz poderá substituí-la, impor outra em cumulação ou, em último caso,
decretar a prisão preventiva.
B) Segundo o código de processo penal, nos casos em que couber fiança, o juiz,
verificando a situação econômica do preso, poderá conceder-lhe a liberdade provisória,
dispensando-o do pagamento da fiança, mas impondo-lhe outras obrigações previstas na
lei processual, inclusive outras medidas cautelares, se for o caso.
C) A aplicação das medidas cautelares pessoais previstas no código de processo penal
não é regida pelo princípio da proporcionalidade.
D) O juiz, ao receber o pedido de medida cautelar, determinará a intimação da parte
contrária, ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida.

12. De acordo com o entendimento do STF, o uso de algemas

A) é uma excepcionalidade e deve ser justificado previamente, de forma oral ou por


escrito.
B) é restrito à prisão penal, sendo inadmissível na prisão cautelar, devido ao princípio da
inocência.
C) ensejará responsabilidade disciplinar, civil e penal da autoridade que o determinar,
caso seja injustificado.
D) ensejará a anulabilidade da prisão e dos atos subsequentes, caso seja injustificado.
E) é lícito somente nas hipóteses de fundado receio de fuga e de perigo à integridade
física de terceiros.

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13. Nos termos da Súmula Vinculante n° 11, do Supremo Tribunal Federal, só é lícito o uso
de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade
física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros. Durante o parto, em relação
às mulheres grávidas, o uso de algemas

A) poderá ser substituído por medicamentos que tornem inviável a fuga da mulher
grávida.
B) deverá ser justificado por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e
penal do agente ou da autoridade.
C) é vedado pelo Código de Processo Penal.
D) não é vedado pelo Código de Processo Penal, mas não é admitido por razões
humanitárias.
E) é permitido em caso de prisão em flagrante delito ou decretada por autoridade
judiciária competente.

14. Sobre prisão e medidas cautelares, é correto afirmar:

A) por se tratar de medida urgente, a prisão deverá ser efetuada em qualquer lugar e dia
e a qualquer hora.
B) a falta de exibição do mandado não obsta a prisão se a infração for inafiançável.
C) deverão ser aplicadas, observando-se a necessidade, adequação, regulamentação, usos
e costumes e os princípios gerais de direito.
D) o juiz não pode dispensar a manifestação da parte contrária antes de decidir sobre o
pedido de medida cautelar.
E) dispensa-se a assinatura no mandado de prisão quando a autoridade judiciária
responsável pela sua expedição se fizer presente em seu cumprimento.

15. A respeito do cumprimento de mandado de prisão, de acordo com o Código de Processo


Penal, é correto afirmar que

A) durante a diligência respectiva, são admitidas tão somente as restrições relativas à


inviolabilidade do domicílio.
B) o emprego da força física será admitido apenas na hipótese de tentativa de fuga do
preso.
C) devem ser observadas as restrições referentes à inviolabilidade de domicílio, à
liberdade de culto e ao respeito aos mortos.
D) somente poderá ser realizado durante o dia, independentemente do local.
E) o emprego de força será admitido exclusivamente contra obstáculo físico, visando a
prender o procurado.

16. É INCORRETO afirmar que

A)as medidas cautelares somente poderão ser aplicadas isoladamente, para evitar bis in
idem.
B) constitui medida cautelar diversa da prisão o recolhimento domiciliar no período
noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha residência e trabalho
fixos.
C) o juiz poderá decretar, no curso do inquérito policial, a proibição de o indiciado manter
contato com a vítima quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, o indiciado deva
permanecer distante dela.

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D) revogada a medida cautelar antes decretada, o juiz pode voltar a decretá-la, se


sobrevierem razões que a justifiquem.
E) se não houver urgência nem perigo de ineficácia da medida cautelar, o juiz, ao receber
o pedido de decretação da medida, determinará a intimação da parte contrária,
acompanhada de cópia do requerimento e das peças necessárias, permanecendo os autos
em juízo.

17. Sobre o tratamento que o Código de Processo Penal dá ao tema Prisão e Medidas
Cautelares, assinale a alternativa INCORRETA.

A) As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente.


B) A prisão preventiva será determinada quando for cabível a sua substituição por outra
medida cautelar.
C) O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substitui-la quando verificar a falta de
motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que a
justifiquem.
D) Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o juiz, ao
receber o pedido de medida cautelar, determinará a intimação da parte contrária,
acompanhada de cópia do requerimento e das peças necessárias, permanecendo os autos
em juízo.
18. Em relação às prisões cautelares, é correto afirmar que:

A) a gravidade da imputação, presente o princípio da não culpabilidade, é capaz, por si


só, de levar à prisão provisória;
B) a alegação de excesso de prazo da prisão preventiva não fica superada pela
superveniência da sentença condenatória;
C) o modus operandi da prática delitiva, a revelar a periculosidade in concreto do réu,
constitui justificativa idônea da prisão preventiva para garantia da ordem pública;
D) é válida a utilização de fundamento para manutenção da prisão cautelar referente a
elementos da execução da pena;
E) a possibilidade de reiteração criminosa e a participação em organização criminosa não
são motivos idôneos para a manutenção da custódia cautelar.

19. Em relação ao tema prisão, é correto afirmar que

A) o emprego de força para a realização da prisão será permitido sempre que a


autoridade policial julgar necessário, não existindo restrição legal.
B) a prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora, respeitadas as
restrições relativas à inviolabilidade de domicílio.
C) a prisão cautelar somente ocorre durante o inquérito policial.
D) em todas as suas hipóteses, é imprescindível a existência de mandado judicial prévio.
E)a prisão preventiva somente ocorre durante o processo judicial.

20. Deve (m) constar do mandado de prisão:

A) O motivo da prisão.
B) A pena imposta.
C) Os dados pessoais do indivíduo.
D) O local de cumprimento da pena.
E) Todas as alternativas estão corretas.

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GABARITO
1. ERRADO
2. ERRADO
3. ERRADO
4. ERRADO
5. CERTO
6. CERTO
7. ERRADO
8. CERTO
9. ERRADO
10. CERTO
11. C
12. C
13. C
14. B
15. A
16. A
17. B
18. C
19. B
20. E

QUESTÕES COMENTADAS
1. Nos termos do Código de Processo Penal, a proibição de ausentar-se do País será
comunicada pelo juiz às autoridades encarregadas de fiscalizar as saídas do território
nacional, intimando-se o indiciado ou acusado para entregar o passaporte, no prazo de 48
(quarenta e oito) horas.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: ERRADO
O prazo será de 24 horas e não de 48 horas, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 320. A proibição de ausentar-se do País será comunicada pelo juiz às
autoridades encarregadas de fiscalizar as saídas do território nacional, intimando-se
o indiciado ou acusado para entregar o passaporte, no prazo de 24 (vinte quatro)
horas.

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2. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante ou por ordem escrita e fundamentada da
autoridade judiciária competente, razão pela qual, havendo ordem legal emanada, a não
apresentação do mandado obsta a prisão, que deverá ser relaxada, se executada.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: ERRADO
Não haverá relaxamento de prisão em caso não seja apresentado o mandado,
há inclusive dispositivo legal que admite a realização da prisão sem a exibição do
mesmo, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem
escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de
prisão cautelar ou em virtude de condenação criminal transitada em julgado.

Art. 287. Se a infração for inafiançável, a falta de exibição do mandado não


obstará a prisão, e o preso, em tal caso, será imediatamente apresentado ao juiz que
tiver expedido o mandado, para a realização de audiência de custódia.

3. Em caso de descumprimento de alguma medida cautelar, a regra será a decretação


imediata e automática da prisão processual.

Certo ( ) Errado ( )
SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: ERRADO
A prisão é medida de “ultima ratio” bem como não se pode decretá-la de forma
automática, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 282 § 4º No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas,
o juiz, mediante requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do
querelante, poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último
caso, decretar a prisão preventiva, nos termos do parágrafo único do art. 312 deste
Código.

4. Júlio foi preso em flagrante pela prática de furto de um caixa eletrônico da CEF. Júlio
responde a outros processos por crime contra o patrimônio.

A respeito dessa situação hipotética, julgue o seguinte item.

MUDE SUA VIDA!


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Ao ser comunicado da prisão e verificando a necessidade de evitar a prática de infrações


penais, ao juiz será vedado aplicar qualquer medida cautelar alternativa à prisão, mesmo
que sejam preenchidos os requisitos da necessidade e da adequação previstos no CPP.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: ERRADO
A prisão é medida de “ultima ratio” bem como não se pode decretá-la de forma
automática, dessa forma no caso narrado estando presentes os requisitos que
autorizam a decretação de medida menos severa que a prisão o juiz deverá adotá-
la, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até
24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover
audiência de custódia com a presença do acusado, seu advogado constituído ou
membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério Público, e, nessa audiência,
o juiz deverá, fundamentadamente:
I - relaxar a prisão ilegal; ou
II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes
os requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem
inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou
III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.

5. Toda e qualquer medida cautelar positivada no Código de Processo Penal deve ajustar-
se à gravidade do crime, às circunstâncias do fato e às condições pessoais do indiciado ou
acusado.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
Toda e qualquer medida cautelar deve obedecer ao princípio da
proporcionalidade, ou seja, verificada a necessidade da adoção de medida cautelar
de natureza pessoal (Art. 282 I CPP), a intensidade e a qualidade da medida cautelar
de natureza pessoal deve ser estabelecida segundo os critérios fixados no inciso II
do art. 282 do CPP: a) gravidade do crime; b) circunstâncias do fato; c) condições
pessoais do indiciado ou acusado.
Vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser aplicadas
observando-se a:

MUDE SUA VIDA!


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I - necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a instrução


criminal e, nos casos expressamente previstos, para evitar a prática de infrações
penais;
II - adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e
condições pessoais do indiciado ou acusado.

6. A decretação de uma prisão preventiva impõe ao juiz analisar se não é suficiente e


igualmente eficaz a imposição, ao indiciado ou acusado, de medida cautelar alternativa.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
A prisão é medida de “ultima ratio” bem como não se pode decretá-la de forma
automática, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 282 § 6º A prisão preventiva somente será determinada quando não for
cabível a sua substituição por outra medida cautelar, observado o art. 319 deste
Código, e o não cabimento da substituição por outra medida cautelar deverá ser
justificado de forma fundamentada nos elementos presentes do caso concreto, de
forma individualizada.

7. A prisão preventiva pode ser decretada em qualquer fase do processo penal ou


investigação policial, sempre de ofício ou a requerimento do Ministério Público, do
assistente de acusação ou do querelante, ou por representação da autoridade policial.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: ERRADO
Após as alterações promovidas pelo pacote anticrime, não é mais possível
decretação de prisão preventiva de ofício, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá
a prisão preventiva decretada pelo juiz, a requerimento do Ministério Público, do
querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.

8. No brasil é vedado o que se chama de mandado genérico.

Certo ( ) Errado ( )

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SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
Exige conhecimento sobre os pressupostos do mandado de prisão, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
O mandado designará a pessoa que tiver de ser presa pelo nome, alcunha ou
sinais característicos, o que deve ser feito de forma clara e objetiva, para que se
preserve a eficiência na execução. Hoje no brasil é vedado o que se chama de
mandado genérico.

Art. 285. A autoridade que ordenar a prisão fará expedir o respectivo mandado.

Parágrafo único. O mandado de prisão:


a) será lavrado pelo escrivão e assinado pela autoridade;
b) designará a pessoa, que tiver de ser presa, por seu nome, alcunha ou sinais
característicos;
c) mencionará a infração penal que motivar a prisão;
d) declarará o valor da fiança arbitrada, quando afiançável a infração;
e) será dirigido a quem tiver qualidade para dar-lhe execução.

9. A prisão decorrente de sentença condenatória com trânsito em julgado, chamada de


prisão definitiva, é uma modalidade de prisão cautelar.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: ERRADO
Tal modalidade de prisão se trata de uma sanção, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
A prisão decorrente de sentença condenatória com trânsito em julgado,
chamada de prisão definitiva, é uma sanção, e caracteriza a fase de execução da
pena. Por isso, ela também é conhecida como prisão pena. Porém, antes do trânsito
em julgado de sentença penal condenatória, é possível a prisão. Em outras palavras:
durante a persecução penal (inquérito policial e ação penal), pode-se vir a efetivar
prisão. Quando isso ocorre, estamos diante do que chamamos de prisão cautelar ou
provisório.

10. Ninguém será recolhido à prisão, sem que seja exibido o mandado ao respectivo diretor
ou carcereiro, a quem será entregue cópia assinada pelo executor ou apresentada a guia
expedida pela autoridade competente, devendo ser passado recibo da entrega do preso,
com declaração de dia e hora.

Certo ( ) Errado ( )

MUDE SUA VIDA!


10
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SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
Trata-se de procedimento previsto expressamente no CPP, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 288 Ninguém será recolhido à prisão, sem que seja exibido o mandado ao
respectivo diretor ou carcereiro, a quem será entregue cópia assinada pelo executor
ou apresentada a guia expedida pela autoridade competente, devendo ser passado
recibo da entrega do preso, com declaração de dia e hora.

11. A respeito da prisão e medidas cautelares, assinale a alternativa INCORRETA.

A) Segundo o código de processo penal, em caso de descumprimento de alguma medida


cautelar, o juiz poderá substituí-la, impor outra em cumulação ou, em último caso,
decretar a prisão preventiva.
B) Segundo o código de processo penal, nos casos em que couber fiança, o juiz,
verificando a situação econômica do preso, poderá conceder-lhe a liberdade provisória,
dispensando-o do pagamento da fiança, mas impondo-lhe outras obrigações previstas na
lei processual, inclusive outras medidas cautelares, se for o caso.
C) A aplicação das medidas cautelares pessoais previstas no código de processo penal
não é regida pelo princípio da proporcionalidade.
D) O juiz, ao receber o pedido de medida cautelar, determinará a intimação da parte
contrária, ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida.
SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA C
Diferente do que dispões a alternativa “C” toda e qualquer medida cautelar
deve obedecer ao princípio da proporcionalidade, ou seja, verificada a necessidade
da adoção de medida cautelar de natureza pessoal (Art. 282 I CPP), a intensidade e
a qualidade da medida cautelar de natureza pessoal deve ser estabelecida segundo
os critérios fixados no inciso II do art. 282 do CPP: a) gravidade do crime; b)
circunstâncias do fato; c) condições pessoais do indiciado ou acusado.
Vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

“...a fim de se harmonizar a imposição de qualquer medida cautelar de natureza


pessoal com o princípio da proporcionalidade, e com o objetivo de não se emprestar
a ela função exclusivamente punitiva, que é própria do momento em que ocorre o
trânsito em julgado de sentença penal condenatória, impõe-se concluir que sua
decretação somente é possível quando, além de necessária e adequada, não resulte
na imposição de gravame superior ao decorrente de eventual provimento
condenatório. Bom exemplo disso consta do próprio CPP, ao dispor que as medidas
cautelares previstas no Título IX não se aplicam à infração a que não for isolada,
cumulativa ou altenativamente cominada pena privativa de liberdade (CPP, art. 283,
§ I)...” (Renato Brasileiro de Lima; Manual de Processo Penal; Volume Único; 7
Edição; Editora jus podvim).

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12. De acordo com o entendimento do STF, o uso de algemas

A) é uma excepcionalidade e deve ser justificado previamente, de forma oral ou por


escrito.
B) é restrito à prisão penal, sendo inadmissível na prisão cautelar, devido ao princípio da
inocência.
C) ensejará responsabilidade disciplinar, civil e penal da autoridade que o determinar,
caso seja injustificado.
D) ensejará a anulabilidade da prisão e dos atos subsequentes, caso seja injustificado.
E) é lícito somente nas hipóteses de fundado receio de fuga e de perigo à integridade
física de terceiros.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA C
Exige conhecimento sobre a possibilidade do uso de algemas e seus requisitos
estabelecidos pelo STF em sua súmula vinculante de número 11, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Súmula vinculante 11
Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de
fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de
terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade
disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do
ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.

13. Nos termos da Súmula Vinculante n° 11, do Supremo Tribunal Federal, só é lícito o uso
de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade
física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros. Durante o parto, em relação
às mulheres grávidas, o uso de algemas

A) poderá ser substituído por medicamentos que tornem inviável a fuga da mulher
grávida.
B) deverá ser justificado por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e
penal do agente ou da autoridade.
C) é vedado pelo Código de Processo Penal.
D) não é vedado pelo Código de Processo Penal, mas não é admitido por razões
humanitárias.
E) é permitido em caso de prisão em flagrante delito ou decretada por autoridade
judiciária competente.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA C
Exige conhecimento sobre a possibilidade do uso de algemas e seus requisitos
estabelecidos pelo STF em sua súmula vinculante de número 11, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

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Súmula vinculante 11
Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de
fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de
terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade
disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do
ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.

14. Sobre prisão e medidas cautelares, é correto afirmar:

A) por se tratar de medida urgente, a prisão deverá ser efetuada em qualquer lugar e dia
e a qualquer hora.
B) a falta de exibição do mandado não obsta a prisão se a infração for inafiançável.
C) deverão ser aplicadas, observando-se a necessidade, adequação, regulamentação, usos
e costumes e os princípios gerais de direito.
D) o juiz não pode dispensar a manifestação da parte contrária antes de decidir sobre o
pedido de medida cautelar.
E) dispensa-se a assinatura no mandado de prisão quando a autoridade judiciária
responsável pela sua expedição se fizer presente em seu cumprimento.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA B
A regra é a exibição do mandado de prisão, podendo ser dispensado tal
procedimento quando se tratar de crime inafiançável, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Afirmativa A
Art. 283. § 2o A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora,
respeitadas as restrições relativas à inviolabilidade do domicílio.

Afirmativa B
Art. 287. Se a infração for inafiançável, a falta de exibição do mandado não
obstará a prisão, e o preso, em tal caso, será imediatamente apresentado ao juiz que
tiver expedido o mandado, para a realização de audiência de custódia.

Afirmativa C
Deverão ser aplicadas, observando-se a necessidade e adequação não havendo
previsão legal ou doutrinária para a observância da regulamentação, usos e costumes
e os princípios gerais de direito.

Afirmativa D
Art. 282. § 3o Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de
ineficácia da medida, o juiz, ao receber o pedido de medida cautelar, determinará
a intimação da parte contrária, acompanhada de cópia do requerimento e das peças
necessárias, permanecendo os autos em juízo.

Afirmativa E

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Art. 285. A autoridade que ordenar a prisão fará expedir o respectivo mandado.
Parágrafo único. O mandado de prisão:
a) será lavrado pelo escrivão e assinado pela autoridade;
b) designará a pessoa, que tiver de ser presa, por seu nome, alcunha ou sinais
característicos;
c) mencionará a infração penal que motivar a prisão;
d) declarará o valor da fiança arbitrada, quando afiançável a infração;
e) será dirigido a quem tiver qualidade para dar-lhe execução.

15. A respeito do cumprimento de mandado de prisão, de acordo com o Código de Processo


Penal, é correto afirmar que

A) durante a diligência respectiva, são admitidas tão somente as restrições relativas à


inviolabilidade do domicílio.
B) o emprego da força física será admitido apenas na hipótese de tentativa de fuga do
preso.
C) devem ser observadas as restrições referentes à inviolabilidade de domicílio, à
liberdade de culto e ao respeito aos mortos.
D) somente poderá ser realizado durante o dia, independentemente do local.
E) o emprego de força será admitido exclusivamente contra obstáculo físico, visando a
prender o procurado.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA A
A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora, respeitadas
as restrições relativas à inviolabilidade do domicílio, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Afirmativa A
Art. 283. § 2o A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora,
respeitadas as restrições relativas à inviolabilidade do domicílio.

Afirmativa B
Art. 284. Não será permitido o emprego de força, salvo a indispensável no caso
de resistência ou de tentativa de fuga do preso.

Afirmativa C
Art. 283. § 2o A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora,
respeitadas as restrições relativas à inviolabilidade do domicílio.

Afirmativa D
Art. 283. § 2o A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer
hora, respeitadas as restrições relativas à inviolabilidade do domicílio

Afirmativa E

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Art. 284. Não será permitido o emprego de força, salvo a indispensável no caso
de resistência ou de tentativa de fuga do preso.

16. É INCORRETO afirmar que

A)as medidas cautelares somente poderão ser aplicadas isoladamente, para evitar bis in
idem.
B) constitui medida cautelar diversa da prisão o recolhimento domiciliar no período
noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha residência e trabalho
fixos.
C) o juiz poderá decretar, no curso do inquérito policial, a proibição de o indiciado manter
contato com a vítima quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, o indiciado deva
permanecer distante dela.
D) revogada a medida cautelar antes decretada, o juiz pode voltar a decretá-la, se
sobrevierem razões que a justifiquem.
E) se não houver urgência nem perigo de ineficácia da medida cautelar, o juiz, ao receber
o pedido de decretação da medida, determinará a intimação da parte contrária,
acompanhada de cópia do requerimento e das peças necessárias, permanecendo os autos
em juízo.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA A
As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente,
vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 282 § 1o As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou
cumulativamente.

Veja a lição doutrinária sobre as medidas cautelares:

“Apesar de não ser possível se admitir a existência de um processo penal


cautelar autônomo, certo é que, no âmbito processual penal, a tutela jurisdicional
cautelar é exercida através de uma série de medidas cautelares previstas no Código
de Processo Penal e na legislação especial, para instrumentalizar, quando necessário,
o exercício da jurisdição. Afinal, em sede processual penal, é extremamente comum
a ocorrência de situações em que essas providências urgentes se tomam imperiosas,
seja para assegurar a correta apuração do fato delituoso, a futura e possível execução
da sanção, a proteção da própria coletividade, ameaçada pelo risco de reiteração da
conduta delituosa, ou, ainda, o ressarcimento do dano causado pelo delito.
Com efeito, de nada valeria, por exemplo, uma sentença condenatória à pena
privativa de liberdade, se o acusado já tivesse se evadido do distrito da culpa; ou
garantir à parte o direito de produzir determinada prova testemunhai se, ao tempo
da instrução processual, essa testemunha já estivesse morta. É evidente, pois, que
o processo penal precisa dispor de instrumentos e mecanismos que sejam capazes
de contornar os efeitos deletérios do tempo sobre o processo. Afinal, como advertiu

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Calamandrei, sem a cautela ter-se-ia um remédio longamente elaborado para um


doente já morto.” (Renato Brasileiro de Lima; Manual de Processo Penal; Volume
Único; 7 Edição; Editora jus podvim).

17. Sobre o tratamento que o Código de Processo Penal dá ao tema Prisão e Medidas
Cautelares, assinale a alternativa INCORRETA.

A) As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente.


B) A prisão preventiva será determinada quando for cabível a sua substituição por outra
medida cautelar.
C) O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substitui-la quando verificar a falta de
motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que a
justifiquem.
D) Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o juiz, ao
receber o pedido de medida cautelar, determinará a intimação da parte contrária,
acompanhada de cópia do requerimento e das peças necessárias, permanecendo os autos
em juízo.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA B
Caso seja cabível medida cautelar diversa e menos gravosa a prisão preventiva
não será decretada, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art 282 § 6 A prisão preventiva será determinada quando não for cabível a sua
substituição por outra medida cautelar.

“Portanto, como a medida cautelar não pode constituir um fim em si mesmo, e


tendo em conta que a prisão preventiva sempre segue o regime fechado, deve a
gradação em abstrato da pena do crime praticado pelo agente funcionar como
importante elemento de valoração no momento da apreciação da necessidade de
decretação da prisão cautelar. Somente assim se consegue evitar o risco de a medida
instrumental representar, para o acusado, um mal maior do que o decorrente da
própria condenação ainda por vir. De modo algum estamos dizendo que a prisão
cautelar jamais poderá ser decretada em tais hipóteses. Na verdade, o que se impõe
é uma efetiva ponderação judicial a ser feita por ocasião de sua decretação, levando-
se em consideração não apenas a gravidade do crime, as circunstâncias do fato e as
condições pessoais do investigado (CPP, art. 282, II), como também a efetiva
viabilidade de imposição de pena de prisão ao final do processo.” (Renato Brasileiro
de Lima; Manual de Processo Penal; Volume Único; 7 Edição; Editora jus podvim).

18. . Em relação às prisões cautelares, é correto afirmar que:

A) a gravidade da imputação, presente o princípio da não culpabilidade, é capaz, por si


só, de levar à prisão provisória;
B) a alegação de excesso de prazo da prisão preventiva não fica superada pela
superveniência da sentença condenatória;

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C) o modus operandi da prática delitiva, a revelar a periculosidade in concreto do réu,


constitui justificativa idônea da prisão preventiva para garantia da ordem pública;
D) é válida a utilização de fundamento para manutenção da prisão cautelar referente a
elementos da execução da pena;
E) a possibilidade de reiteração criminosa e a participação em organização criminosa não
são motivos idôneos para a manutenção da custódia cautelar.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA C
Exige conhecimento a respeito da posição dos tribunais superiores sobre o
tema, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Afirmativa A
A gravidade da imputação, presente o princípio da não culpabilidade, não é
capaz, por si só, de levar à prisão preventiva.

Afirmativa B
“...Encerrada a instrução criminal com a prolação de sentença condenatória,
fica superada a alegação de excesso de prazo, ex vi da Súmula 52/STJ.
Nos termos da jurisprudência da Quinta Turma desta Corte, a superveniência
da sentença condenatória, em regra, não prejudica o habeas corpus impetrado contra
o decreto prisional, quando mantidos os fundamentos que levaram a decretação da
segregação cautelar...” (AgRg no HC n. 250.392/RN, Relator Ministro GURGEL DE
FARIA, Quinta Turma)

Súmula 52 - STJ - Encerrada a instrução criminal, fica superada a alegação de


constrangimento por excesso de prazo.

Afirmativa C
“...Quando da pronúncia, foi assinalado o longo período em que o recorrente
permaneceu foragido, a evidenciar o requisito do risco para aplicação da lei penal.
Entrementes, foi assinalado que o recorrente seria pessoa temida na região.
Ademais, foi pontuada a gravidade concreta da imputação, derivada da prática de
tentativa de homicídio qualificado em local público, logo após um baile,
demonstrando modus operandi cuja reprovabilidade é digna de nota, traduzindo a
necessidade de garantia da ordem pública. 3. Recurso desprovido. (RHC 46.269/SP,
Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA)

Afirmativa D
A fundamentação das prisões cautelares deve sempre se relacionar a questões
relacionadas à cautelaridade da medida, não se admite outro tipo de fundamento, ou
seja, não deve o magistrado fugir do “fumus comici delict” e do “ periculum in
libertatis”

Afirmativa E

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“...A periculosidade do agente concretamente demonstrada, acrescida da


possibilidade de reiteração criminosa e a participação em organização criminosa são
motivos idôneos para a manutenção da custódia cautelar, a fim de garantir a ordem
pública (HC n. 104.699/SP, 1ª Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia)

19. Em relação ao tema prisão, é correto afirmar que

A) o emprego de força para a realização da prisão será permitido sempre que a


autoridade policial julgar necessário, não existindo restrição legal.
B) a prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora, respeitadas as
restrições relativas à inviolabilidade de domicílio.
C) a prisão cautelar somente ocorre durante o inquérito policial.
D) em todas as suas hipóteses, é imprescindível a existência de mandado judicial prévio.
E)a prisão preventiva somente ocorre durante o processo judicial.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA B
Uma das restrições impostas ao cumprimento da prisão é a observância da
inviolabilidade domiciliar, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Afirmativa A
Art. 284. Não será permitido o emprego de força, salvo a indispensável no caso
de resistência ou de tentativa de fuga do preso.

Afirmativa B
Art. 283. § 2o A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora,
respeitadas as restrições relativas à inviolabilidade do domicílio.

Afirmativa C
Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal,
caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, a requerimento do Ministério Público,
do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.

Afirmativa D
Art. 287. Se a infração for inafiançável, a falta de exibição do mandado não
obstará a prisão, e o preso, em tal caso, será imediatamente apresentado ao juiz que
tiver expedido o mandado, para a realização de audiência de custódia.

Afirmativa E
Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal,
caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, a requerimento do Ministério Público,
do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.

20. Deve (m) constar do mandado de prisão:

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A) O motivo da prisão.
B) A pena imposta.
C) Os dados pessoais do indivíduo.
D) O local de cumprimento da pena.
E) Todas as alternativas estão corretas.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA E
Exige conhecimento sobre os requisitos do mandado de prisão, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 285. A autoridade que ordenar a prisão fará expedir o respectivo mandado.

Parágrafo único. O mandado de prisão:


a) será lavrado pelo escrivão e assinado pela autoridade;
b) designará a pessoa, que tiver de ser presa, por seu nome, alcunha ou sinais
característicos;
c) mencionará a infração penal que motivar a prisão;
d) declarará o valor da fiança arbitrada, quando afiançável a infração;
e) será dirigido a quem tiver qualidade para dar-lhe execução.

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SUMÁRIO
Questões sobre a aula.................................................................................................................................. 2
Gabarito ...................................................................................................................................................... 7
Questões Comentadas ................................................................................................................................. 8

MUDE SUA VIDA!


1
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QUESTÕES SOBRE A AULA


1. Ao receber o auto de prisão em flagrante, a autoridade judiciária poderá conceder
liberdade provisória de forma fundamentada.

Certo ( ) Errado ( )

2. Determinado cidadão, penalmente responsável, valendo-se de um adolescente de treze


anos de idade, sexualmente corrompido, produziu imagens eróticas em cenário
previamente montado, divulgando-as por meio de sistema de informática em sítio da
Internet. O mantenedor do sítio, tão logo divulgadas as imagens, foi notificado pelo juiz
da infância e da juventude do conteúdo ilícito do material e, de imediato, desabilitou o
acesso às imagens.

Com referência à situação hipotética acima, julgue os itens a seguir à luz do Estatuto da
Criança e do Adolescente.

Na situação considerada, é viável a prisão em flagrante do mantenedor do sítio,


porquanto a sua conduta é classificada como crime permanente, uma vez ultrapassada a
fase de notificação e não desativado o acesso.

Certo ( ) Errado ( )

3. Segundo a doutrina, em processo penal, intitula-se flagrante forjado a hipótese em que é


colocada, no bolso de quem se submete a revista pessoal, quantidade de substância
entorpecente, no intuito de criar falsa prova de crime inexistente.

Certo ( ) Errado ( )

4. A apresentação espontânea do acusado afasta a possibilidade de prisão em flagrante, mas


não impede a decretação de prisão preventiva.

Certo ( ) Errado ( )

5. Flagrante esperado é aquele que se realiza quando se toma conhecimento de que vai
ocorrer uma infração penal, e a autoridade policial desloca-se para o local, apenas
aguardando e observando a atuação do agente, sem induzir ou provocar o crime.

Certo ( ) Errado ( )

6. A atual sistemática processual condiciona a execução da prisão em flagrante e a lavratura


do respectivo auto ao delito imputado, que, sendo doloso, deve ser punido com pena
máxima privativa de liberdade superior a quatro anos.

Certo ( ) Errado ( )

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7. Considera-se em flagrante delito quem é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo
ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração.

Certo ( ) Errado ( )

8. Recebido o auto de prisão em flagrante pelo juiz, ele deve aguardar a manifestação das
partes.

Certo ( ) Errado ( )

9. Tem-se o denominado flagrante presumido se o agente é encontrado, logo depois, com


instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.

Certo ( ) Errado ( )

10. José, de sessenta e nove anos de idade, fiscal de vigilância sanitária municipal, viúvo e
único responsável pelos cuidados de seu filho, de onze anos de idade, foi denunciado à
polícia por comerciantes que alegavam que o referido fiscal lhes solicitava dinheiro para
que não fossem por ele autuados por infração à legislação sanitária. Durante investigação
conduzida por autoridade policial em razão dessa denúncia, foi deferida judicialmente
interceptação da comunicação telefônica de José.

Nesse ato, evidenciou-se, em uma degravação, que José havia solicitado certa quantia em
dinheiro a um comerciante, Pedro, para não interditar seu estabelecimento comercial, e
que José havia combinado encontrar-se com Pedro para realizarem essa transação
financeira. Na interceptação, foram captadas, ainda, conversas em que José e outros
quatro fiscais não identificados discutiam a forma de solicitar dinheiro a comerciantes,
em troca de não autuá-los, e a repartição do dinheiro que seria obtido com isso.

No dia combinado, Pedro encontrou-se com José, e, pouco antes de entregar-lhe o


dinheiro que carregava consigo, policiais que haviam instalado escuta ambiental na sala
do fiscal mediante autorização judicial prévia deram voz de prisão em flagrante a José,
conduzindo-o, em seguida, à presença da autoridade policial.

Em revista pessoal, foi constatado que José portava três cigarros de maconha.
Questionado, o fiscal afirmou ter comprado os cigarros de um estrangeiro que trazia os
entorpecentes de seu país para o Brasil e os revendia perto da residência de José. A
autoridade policial deu andamento aos procedimentos, redigiu o relatório final do
inquérito policial e o encaminhou à autoridade competente.

Considerando essa situação hipotética, julgue o item subsequente.

A prisão de José, realizada pelos policiais, é nula, uma vez que a preparação do flagrante
tornou impossível a consumação do crime.

Certo ( ) Errado ( )

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11. Conforme a Lei nº 3.689/1941 - Código de Processo Penal, sobre a prisão em flagrante,
marcar C para as afirmativas Certas, E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa que
apresenta a sequência CORRETA:

( ) A prisão em flagrante somente poderá ser decretada pelas autoridades policiais ou


agentes.

( ) Somente será considerado em flagrante o delito quando o infrator estiver cometendo


a infração penal.

( ) A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em flagrante.

A) C - E - C.
B) E - C - E.
C) E - E - C.
D) C - C - E.

12. De acordo com o Código de Processo Penal, a nota de culpa deverá conter:
1. a assinatura do preso. 2. o nome da autoridade policial. 3. os motivos da prisão. 4. o
nome do condutor.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

A)São corretas apenas as afirmativas 3 e 4.


B) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.
C) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 4.
D) São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 4.
E) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.

13. Cessará o estado de flagrância se

A) findar a perseguição sem que o acusado seja alcançado.


B) estiver ausente ou impedido escrivão que lavre o auto de prisão.
C) transcorrer o prazo de vinte e quatro horas após a prática do ato criminoso.
D) inexistirem testemunhas da infração.
E) recursar-se o acusado a assinar o auto de prisão.

14. Acerca da prisão em flagrante, assinale a alternativa correta.

A) Se o réu, sendo perseguido, passar ao território de outro município ou comarca, o


executor deverá pedir apoio da Autoridade Policial local para poder lhe efetuar a prisão.
B) Quando o acusado se recusar a assinar, não souber ou não puder fazê-lo, o auto de
prisão em flagrante será assinado por duas testemunhas, que tenham ouvido sua leitura
na presença deste.
C) O militar não poderá ser preso em flagrante delito e sim autuado e recolhido ao quartel
da instituição a que pertencer.
D) Na falta ou no impedimento do escrivão, somente a Autoridade Policial poderá lavrar
o auto.
E) Quando o fato for praticado em presença da Autoridade Policial, ou contra esta, no
exercício de suas funções, outra Autoridade Policial deverá ser convocada para a
autuação em flagrante.

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15. Sobre a prisão, o Código de Processo Penal dispõe:

A) As autoridades policiais e seus agentes, bem como qualquer do povo, deverão prender
quem quer que seja encontrado em flagrante delito.
B) Não havendo autoridade no lugar em que se tiver efetuado a prisão em flagrante, o
preso deverá ser posto em liberdade.
C) A custódia preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da
ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação
da lei penal, quando houver indícios da existência do crime e de sua autoria.
D) Da lavratura do auto de prisão em flagrante deverá constar a informação sobre a
existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o
contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.
E) Somente no curso do processo penal caberá a decretação de prisão preventiva pelo
juiz, haja vista que, durante o inquérito policial, somente é possível a prisão em flagrante
delito do investigado.

16. Nos exatos termos do art. 302 do CPP, considera-se em flagrante delito quem

A) cometeu a infração penal nas últimas 24h.


B) é imediatamente reconhecido como autor do crime pela vítima.
C)é avistado em conduta que gera fundada suspeita, logo após o crime.
D) é encontrado com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele
autor da infração.
E) é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em
situação que faça presumir ser autor da infração.

17. P. é surpreendido pela atuação de agentes policiais que preparam um flagrante em seu
desfavor. No caso, resta caracterizado o denominado crime:

A) presumido
B) putativo
C) impossível
D) impertinente

18. De acordo com o Código de Processo Penal, a prisão de qualquer pessoa e o local onde se
encontre serão comunicados imediatamente:

1. ao Ministério Público.

2. ao Departamento Prisional.

3. à família do preso.

4. à defensoria pública ou ao advogado do preso.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

A) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.


B) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 4
C) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.
D) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.

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E) São corretas as afirmativas 1, 2, 3 e 4.

19. Sobre a prisão em flagrante é correto afirmar que

A) toda pessoa do povo tem o dever legal de prender quem esteja em flagrante delito.
B) em caso de crime hediondo a comunicação da prisão em flagrante à família do preso
pode ser proibida pelo Delegado de Polícia.
C) pode ser relaxada se estiver em conformidade com as formalidades legais e o fato
constituir crime.
D) a ausência de testemunhas do crime impede a elaboração do auto de prisão em
flagrante.
E) é considerado em flagrante delito não só aquele que está cometendo a infração penal
como aquele que acaba de cometê-la.

20. Lucas, oficial do Ministério Público, enquanto cumpria sua função em via pública, por
volta de 15h, depara-se com Antônio conduzindo uma motocicleta com simulacro de
arma de fogo na cintura e se surpreende com aquela situação, tendo em vista que
identificou, pela placa, que aquela moto era de propriedade de seu colega de trabalho.
Diante disso, Lucas entra em contato com seu colega, que confirma que fora vítima de um
crime de roubo que teria sido praticado 30 minutos antes, descrevendo as características
do autor do fato, que coincidiam com as de Antônio.

Considerando as informações expostas, em sendo confirmada a autoria, é correto afirmar


que Lucas:

A) não poderá realizar a prisão captura de Antônio, tendo em vista que, apesar da
situação de flagrante, o ato somente pode ser realizado por agentes de segurança pública;
B) não poderá realizar a prisão captura de Antônio, uma vez que inexiste situação de
flagrante prevista em lei, apesar da identificação da autoria;
C) poderá realizar a prisão captura de Antônio, pois constatada a situação de flagrante
próprio prevista em lei;
D) poderá realizar a prisão captura de Antônio, uma vez constatada a situação de
flagrante presumido;
E) poderá realizar a prisão captura de Antônio, já que há situação de flagrante esperado.

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GABARITO
1. CERTO
2. CERTO
3. CERTO
4. CERTO
5. CERTO
6. ERRADO
7. CERTO
8. ERRADO
9. CERTO
10. CERTO
11. C
12. E
13. A
14. B
15. D
16. E
17. C
18. A
19. E
20. D

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QUESTÕES COMENTADAS
1. Ao receber o auto de prisão em flagrante, a autoridade judiciária poderá conceder
liberdade provisória de forma fundamentada.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA

GABARITO: CERTO
Exige conhecimento sobre as decisões que podem ser tomadas pelo magistrado
ao receber o auto de prisão em flagrante, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até
24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover
audiência de custódia com a presença do acusado, seu advogado constituído ou
membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério Público, e, nessa audiência,
o juiz deverá, fundamentadamente:

I - relaxar a prisão ilegal; ou

II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os


requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou
insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou

III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.

2. Determinado cidadão, penalmente responsável, valendo-se de um adolescente de treze


anos de idade, sexualmente corrompido, produziu imagens eróticas em cenário
previamente montado, divulgando-as por meio de sistema de informática em sítio da
Internet. O mantenedor do sítio, tão logo divulgadas as imagens, foi notificado pelo juiz
da infância e da juventude do conteúdo ilícito do material e, de imediato, desabilitou o
acesso às imagens.

Com referência à situação hipotética acima, julgue os itens a seguir à luz do Estatuto da
Criança e do Adolescente.

Na situação considerada, é viável a prisão em flagrante do mantenedor do sítio,


porquanto a sua conduta é classificada como crime permanente, uma vez ultrapassada a
fase de notificação e não desativado o acesso.

Certo ( ) Errado ( )

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SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
Exige conhecimento sobre a tipificação do delito e a possibilidade de prisão em
flagrante nos crimes permanentes.
Perceba que o examinador indaga da seguinte forma: ”... uma vez ultrapassada
a fase de notificação e não desativado o acesso...”
Vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
De acordo com o ECA (lei;8069/90)
Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou
divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou
telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito
ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente:

§ 2o As condutas tipificadas nos incisos I e II do § 1o deste artigo são puníveis


quando o responsável legal pela prestação do serviço, oficialmente notificado,
deixa de desabilitar o acesso ao conteúdo ilícito de que trata o caput deste
artigo.

Tal conduta configura crime permanente, ou seja, um crime em que sua


consumação se prolonga no tempo, embora o agente tenha o poder de fazer cessar
a execução do delito a qualquer momento.
Nessa modalidade de crime haverá flagrante enquanto não cessar a
permanência.

Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-se o agente em


flagrante delito enquanto não cessar a permanência.

3. Segundo a doutrina, em processo penal, intitula-se flagrante forjado a hipótese em que é


colocada, no bolso de quem se submete a revista pessoal, quantidade de substância
entorpecente, no intuito de criar falsa prova de crime inexistente.

Certo ( ) Errado ( )
SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
Exige conhecimento sobre as modalidades de flagrante, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Nesta espécie de flagrante totalmente artificial, policiais ou particulares criam
provas de um crime inexistente, a fim de ‘legitimar’ (falsamente) uma prisão em
flagrante.236
Imagine-se o exemplo em que alguém coloca certa porção de substância
entorpecente no veículo de determinada pessoa, para que posteriormente lhe dê voz
de prisão em flagrante pelo crime de tráfico ou porte de drogas para consumo
pessoal. Nesse caso, a par da inexistência do delito, responde a autoridade policial
criminalmente pelo delito de abuso de autoridade (Lei n° 4.898/65, art. 3o, “a”),

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caso o delito seja praticado em razão de suas funções, ao passo que o particular pode
responder pelo crime de denunciação caluniosa (CP, art. 339). (Renato Brasileiro de
Lima; Manual de Processo Penal; Volume Único; 7 Edição; Editora jus podvim).

4. A apresentação espontânea do acusado afasta a possibilidade de prisão em flagrante, mas


não impede a decretação de prisão preventiva.

Certo ( ) Errado ( )
SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
Exige conhecimento sobre as hipóteses impeditivas da prisão em flagrante,
vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
“...a apresentação espontânea continua figurando como causa impeditiva da
prisão em flagrante. Afinal, não tem cabimento prender em flagrante o agente que
se entrega à polícia, que não o perseguia, e confessa o crime. De mais a mais, quando
o agente se apresenta espontaneamente, não haverá flagrante próprio, impróprio,
nem tampouco presumido (CPP, art. 302,1, II, III e IV), desautorizando sua prisão
em flagrante. Obviamente, caso o juiz entenda que estão presentes os pressupostos
dos art. 312e313do CPP, nada impede a decretação da prisão preventiva pela
autoridade judiciária competente, caso se revelem inadequadas ou insuficientes as
medidas cautelares diversas da prisão previstas no art. 319 do CPP.254...” (Renato
Brasileiro de Lima; Manual de Processo Penal; Volume Único; 7 Edição; Editora jus
podvim).

5. Flagrante esperado é aquele que se realiza quando se toma conhecimento de que vai
ocorrer uma infração penal, e a autoridade policial desloca-se para o local, apenas
aguardando e observando a atuação do agente, sem induzir ou provocar o crime.

Certo ( ) Errado ( )
SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
Exige conhecimento sobre as modalidades de prisão em flagrante, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
“Nessa espécie de flagrante, não há qualquer atividade de induzimento,
instigação ou provocação. Valendo-se de investigação anterior, sem a utilização de
um agente provocador, a autoridade policial ou terceiro limita-se a aguardar o
momento do cometimento do delito para efetuar a prisão em flagrante, respondendo
o agente pelo crime praticado na modalidade consumada, ou, a depender do caso,
tentada. Tratando-se de flagrante legal, não há falar em relaxamento da prisão nos
casos de flagrante esperado, funcionando a liberdade provisória com ou sem fiança
como medida de contracautela.” (Renato Brasileiro de Lima; Manual de Processo
Penal; Volume Único; 7 Edição; Editora jus podvim).

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6. A atual sistemática processual condiciona a execução da prisão em flagrante e a lavratura


do respectivo auto ao delito imputado, que, sendo doloso, deve ser punido com pena
máxima privativa de liberdade superior a quatro anos.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: ERRADO
Não há previsão legal para tal exigência, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 304. Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor
e colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de
entrega do preso. Em seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o
acompanharem e ao interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita,
colhendo, após cada oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade,
afinal, o auto.

§ 1o Resultando das respostas fundada a suspeita contra o conduzido, a


autoridade mandará recolhê-lo à prisão, exceto no caso de livrar-se solto ou de
prestar fiança, e prosseguirá nos atos do inquérito ou processo, se para isso for
competente; se não o for, enviará os autos à autoridade que o seja.

§ 2o A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em


flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos duas
pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade.

§ 3o Quando o acusado se recusar a assinar, não souber ou não puder fazê-lo,


o auto de prisão em flagrante será assinado por duas testemunhas, que tenham
ouvido sua leitura na presença deste.

§ 4o Da lavratura do auto de prisão em flagrante deverá constar a informação


sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o
nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela
pessoa presa.

7. Considera-se em flagrante delito quem é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo
ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração.

Certo ( ) Errado ( )
SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
Exige conhecimento sobre as modalidades de prisão em flagrante, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:

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I - está cometendo a infração penal; (flagrante próprio ou real)

II - acaba de cometê-la; (flagrante próprio ou real)

III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por


qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;
(flagrante impróprio ou quase flagrante)

IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis


que façam presumir ser ele autor da infração. (flagrante ficto ou assimilado)

8. Recebido o auto de prisão em flagrante pelo juiz, ele deve aguardar a manifestação das
partes.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA

GABARITO: ERRADO
O juiz não aguarda a manifestação das partes, deve proceder conforme o Art.
310 CPP, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até
24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover
audiência de custódia com a presença do acusado, seu advogado constituído ou
membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério Público, e, nessa audiência,
o juiz deverá, fundamentadamente:

I - relaxar a prisão ilegal; ou

II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os


requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou
insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou

III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.

9. Tem-se o denominado flagrante presumido se o agente é encontrado, logo depois, com


instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.

Certo ( ) Errado ( )

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SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
Exige conhecimento sobre as modalidades de prisão em flagrante, esta
modalidade de flagrante que se encontra no inciso IV do Art. 302 CPP também é
conhecida pela doutrina como flagrante presumido, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:

I - está cometendo a infração penal; (flagrante próprio ou real)

II - acaba de cometê-la; (flagrante próprio ou real)

III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer
pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; (flagrante impróprio ou
quase flagrante)

IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou


papéis que façam presumir ser ele autor da infração. (flagrante ficto ou
assimilado)

10. José, de sessenta e nove anos de idade, fiscal de vigilância sanitária municipal, viúvo e
único responsável pelos cuidados de seu filho, de onze anos de idade, foi denunciado à
polícia por comerciantes que alegavam que o referido fiscal lhes solicitava dinheiro para
que não fossem por ele autuados por infração à legislação sanitária. Durante investigação
conduzida por autoridade policial em razão dessa denúncia, foi deferida judicialmente
interceptação da comunicação telefônica de José.

Nesse ato, evidenciou-se, em uma degravação, que José havia solicitado certa quantia em
dinheiro a um comerciante, Pedro, para não interditar seu estabelecimento comercial, e
que José havia combinado encontrar-se com Pedro para realizarem essa transação
financeira. Na interceptação, foram captadas, ainda, conversas em que José e outros
quatro fiscais não identificados discutiam a forma de solicitar dinheiro a comerciantes,
em troca de não autuá-los, e a repartição do dinheiro que seria obtido com isso.

No dia combinado, Pedro encontrou-se com José, e, pouco antes de entregar-lhe o


dinheiro que carregava consigo, policiais que haviam instalado escuta ambiental na sala
do fiscal mediante autorização judicial prévia deram voz de prisão em flagrante a José,
conduzindo-o, em seguida, à presença da autoridade policial.

Em revista pessoal, foi constatado que José portava três cigarros de maconha.
Questionado, o fiscal afirmou ter comprado os cigarros de um estrangeiro que trazia os
entorpecentes de seu país para o Brasil e os revendia perto da residência de José. A
autoridade policial deu andamento aos procedimentos, redigiu o relatório final do
inquérito policial e o encaminhou à autoridade competente.

Considerando essa situação hipotética, julgue o item subsequente.

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A prisão de José, realizada pelos policiais, é nula, uma vez que a preparação do flagrante
tornou impossível a consumação do crime.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
Exige conhecimento sobre as modalidades de prisão em flagrante, no caso da
questão, não houve provocação, mas houve o impedimento, pois o agente não
conseguiu receber o dinheiro porque a polícia prendeu antes, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
“Ocorre quando alguém (particular ou autoridade policial), de forma insidiosa,
instiga o agente à prática do delito com o objetivo de prendê-lo em flagrante, ao
mesmo tempo em que adota todas as providências para que o delito não se
consume. Como adverte a doutrina, nessa hipótese de flagrante o suposto autor do
delito não passa de um protagonista inconsciente de uma comédia, cooperando para
a ardilosa averiguação da autoria de crimes anteriores, ou da simulação da
exterioridade de um crime...”
....
“Acerca do flagrante preparado, confira-se o teor da Súmula n° 145 do
Supremo Tribunal Federal: “Não há crime, quando a preparação do flagrante pela
polícia toma impossível a sua consumação”. A leitura da súmula fornece os dois
requisitos do flagrante preparado: preparação e não consumação do delito. Logo,
mesmo que o agente tenha sido induzido à prática do delito, porém operando-se a
consumação do ilícito, haverá crime e a prisão será considerada legal.” (Renato
Brasileiro de Lima; Manual de Processo Penal; Volume Único; 7 Edição; Editora jus
podvim).

11. Conforme a Lei nº 3.689/1941 - Código de Processo Penal, sobre a prisão em flagrante,
marcar C para as afirmativas Certas, E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa que
apresenta a sequência CORRETA:

( ) A prisão em flagrante somente poderá ser decretada pelas autoridades policiais ou


agentes.

( ) Somente será considerado em flagrante o delito quando o infrator estiver cometendo


a infração penal.

( ) A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em flagrante.

A) C - E - C.
B) E - C - E.
C) E - E - C.
D) C - C - E.

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SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA C
Exige conhecimento sobre os sujeitos do flagrante, suas modalidades e seu
procedimento, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

Vejamos cada alternativa:

Afirmativa I
Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes
deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.

Afirmativa II
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:

I - está cometendo a infração penal; (flagrante próprio ou real)

II - acaba de cometê-la; (flagrante próprio ou real)

III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer
pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; (flagrante impróprio
ou quase flagrante)

IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis


que façam presumir ser ele autor da infração. (flagrante ficto ou assimilado)

Afirmativa III
Art.304 § 2o A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão
em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos duas
pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade.

12. De acordo com o Código de Processo Penal, a nota de culpa deverá conter:
1. a assinatura do preso. 2. o nome da autoridade policial. 3. os motivos da prisão. 4. o
nome do condutor.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

A)São corretas apenas as afirmativas 3 e 4.


B) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.
C) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 4.
D) São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 4.
E) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA E
Exige conhecimento sobre o procedimento relativo à prisão, vejamos:

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SOLUÇÃO COMPLETA
Vejamos cada alternativa:

Afirmativa I
Não há previsão legal para a assinatura do preso.

Art 306 § 2o No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a


nota de culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor
e os das testemunhas.

Afirmativas II, III, IV


Art 306 § 2o No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a
nota de culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor
e os das testemunhas.

13. Cessará o estado de flagrância se

A) findar a perseguição sem que o acusado seja alcançado.


B) estiver ausente ou impedido escrivão que lavre o auto de prisão.
C) transcorrer o prazo de vinte e quatro horas após a prática do ato criminoso.
D) inexistirem testemunhas da infração.
E) recursar-se o acusado a assinar o auto de prisão.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA A
Enquanto houver perseguição haverá flagrante, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:

I - está cometendo a infração penal; (flagrante próprio ou real)

II - acaba de cometê-la; (flagrante próprio ou real)

III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer
pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; (flagrante impróprio
ou quase flagrante)

IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis


que façam presumir ser ele autor da infração. (flagrante ficto ou assimilado)

14. Acerca da prisão em flagrante, assinale a alternativa correta.

A) Se o réu, sendo perseguido, passar ao território de outro município ou comarca, o


executor deverá pedir apoio da Autoridade Policial local para poder lhe efetuar a prisão.

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B) Quando o acusado se recusar a assinar, não souber ou não puder fazê-lo, o auto de
prisão em flagrante será assinado por duas testemunhas, que tenham ouvido sua leitura
na presença deste.
C) O militar não poderá ser preso em flagrante delito e sim autuado e recolhido ao quartel
da instituição a que pertencer.
D) Na falta ou no impedimento do escrivão, somente a Autoridade Policial poderá lavrar
o auto.
E) Quando o fato for praticado em presença da Autoridade Policial, ou contra esta, no
exercício de suas funções, outra Autoridade Policial deverá ser convocada para a
autuação em flagrante.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA B
Exige conhecimento sobre os sujeitos do flagrante, suas modalidades e seu
procedimento, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Vejamos cada alternativa:

Afirmativa A
Art. 290. Se o réu, sendo perseguido, passar ao território de outro município
ou comarca, o executor poderá efetuar a prisão no lugar onde o alcançar,
apresentando-o imediatamente à autoridade local, que, depois de lavrado, se for o
caso, o auto de flagrante, providenciará para a remoção do preso.

Afirmativa B
Art. 304. § 3o Quando o acusado se recusar a assinar, não souber ou não puder
fazê-lo, o auto de prisão em flagrante será assinado por duas testemunhas, que
tenham ouvido sua leitura na presença deste.

Afirmativa C
Art. 300. Parágrafo único. O militar preso em flagrante delito, após a lavratura
dos procedimentos legais, será recolhido a quartel da instituição a que pertencer,
onde ficará preso à disposição das autoridades competentes.

Afirmativa D
Art. 305. Na falta ou no impedimento do escrivão, qualquer pessoa designada
pela autoridade lavrará o auto, depois de prestado o compromisso legal.

Afirmativa E
Art. 307. Quando o fato for praticado em presença da autoridade, ou contra
esta, no exercício de suas funções, constarão do auto a narração deste fato, a voz
de prisão, as declarações que fizer o preso e os depoimentos das testemunhas, sendo
tudo assinado pela autoridade, pelo preso e pelas testemunhas e remetido
imediatamente ao juiz a quem couber tomar conhecimento do fato delituoso, se não
o for a autoridade que houver presidido o auto.

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15. Sobre a prisão, o Código de Processo Penal dispõe:

A) As autoridades policiais e seus agentes, bem como qualquer do povo, deverão prender
quem quer que seja encontrado em flagrante delito.
B) Não havendo autoridade no lugar em que se tiver efetuado a prisão em flagrante, o
preso deverá ser posto em liberdade.
C) A custódia preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da
ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação
da lei penal, quando houver indícios da existência do crime e de sua autoria.
D) Da lavratura do auto de prisão em flagrante deverá constar a informação sobre a
existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o
contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.
E) Somente no curso do processo penal caberá a decretação de prisão preventiva pelo
juiz, haja vista que, durante o inquérito policial, somente é possível a prisão em flagrante
delito do investigado.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA D
Exige conhecimento sobre os sujeitos do flagrante, suas modalidades e seu
procedimento, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Vejamos cada alternativa:

Afirmativa A
Art. 301 CPP- Qualquer do povo poderá e as autoridade e seus agentes deverão
prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.

Afirmativa B
Art. 305 CPP - Na falta ou no impedimento do escrivão, qualquer pessoa
designada pela autoridade lavrará o auto, depois de prestado o compromisso legal.

Afirmativa C
312 CPP - A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem
pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para
assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e
indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado.

Afirmativa D
Art. 304 CPP, parágrafo quarto - Da lavratura do auto de prisão em flagrante
deverá constar a informação sobre a existência de filhos, respectivas idades e se
possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos
cuidados dos filhos, indicada pela pessoa presa.

Afirmativa E
Art. 311 CPP - Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal,
caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz a requerimento do MP, do querelante
ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.

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16. Nos exatos termos do art. 302 do CPP, considera-se em flagrante delito quem

A) cometeu a infração penal nas últimas 24h.


B) é imediatamente reconhecido como autor do crime pela vítima.
C)é avistado em conduta que gera fundada suspeita, logo após o crime.
D) é encontrado com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele
autor da infração.
E) é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em
situação que faça presumir ser autor da infração.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA E
Exige conhecimento sobre as modalidades de flagrante, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:

I - está cometendo a infração penal; (flagrante próprio ou real)

II - acaba de cometê-la; (flagrante próprio ou real)

III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por


qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;
(flagrante impróprio ou quase flagrante)

IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis


que façam presumir ser ele autor da infração. (flagrante ficto ou assimilado)

17. P. é surpreendido pela atuação de agentes policiais que preparam um flagrante em seu
desfavor. No caso, resta caracterizado o denominado crime:

A) presumido
B) putativo
C) impossível
D) impertinente

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA C
Exige conhecimento sobre as modalidades de prisão em flagrante, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
“Ocorre quando alguém (particular ou autoridade policial), de forma insidiosa,
instiga o agente à prática do delito com o objetivo de prendê-lo em flagrante, ao
mesmo tempo em que adota todas as providências para que o delito não se consume.
Como adverte a doutrina, nessa hipótese de flagrante o suposto autor do delito não
passa de um protagonista inconsciente de uma comédia, cooperando para a ardilosa
averiguação da autoria de crimes anteriores, ou da simulação da exterioridade de um
crime...”

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....
“Acerca do flagrante preparado, confira-se o teor da Súmula n° 145 do
Supremo Tribunal Federal: “Não há crime, quando a preparação do flagrante pela
polícia toma impossível a sua consumação”. A leitura da súmula fornece os dois
requisitos do flagrante preparado: preparação e não consumação do delito. Logo,
mesmo que o agente tenha sido induzido à prática do delito, porém operando-se a
consumação do ilícito, haverá crime e a prisão será considerada legal.” (Renato
Brasileiro de Lima; Manual de Processo Penal; Volume Único; 7 Edição; Editora jus
podvim).

18. De acordo com o Código de Processo Penal, a prisão de qualquer pessoa e o local onde se
encontre serão comunicados imediatamente:

1. ao Ministério Público.

2. ao Departamento Prisional.

3. à família do preso.

4. à defensoria pública ou ao advogado do preso.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

A) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.


B) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 4
C) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.
D) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.
E) São corretas as afirmativas 1, 2, 3 e 4.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA A
Exige conhecimento sobre o procedimento previsto para a prisão em flagrante,
vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão
comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do
preso ou à pessoa por ele indicada.

19. Sobre a prisão em flagrante é correto afirmar que

A) toda pessoa do povo tem o dever legal de prender quem esteja em flagrante delito.
B) em caso de crime hediondo a comunicação da prisão em flagrante à família do preso
pode ser proibida pelo Delegado de Polícia.
C) pode ser relaxada se estiver em conformidade com as formalidades legais e o fato
constituir crime.
D) a ausência de testemunhas do crime impede a elaboração do auto de prisão em
flagrante.

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E) é considerado em flagrante delito não só aquele que está cometendo a infração penal
como aquele que acaba de cometê-la.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA E
Exige conhecimento sobre os sujeitos do flagrante, suas modalidades e seu
procedimento, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Vejamos cada alternativa:

Afirmativa A
Art. 301 CPP- Qualquer do povo poderá e as autoridade e seus agentes deverão
prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.

Afirmativa B
Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão
comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do
preso ou à pessoa por ele indicada.

Afirmativa C
Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá
fundamentadamente:

I - relaxar a prisão ilegal;

Afirmativa D
Art. 304. §2 A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão
em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos duas
pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade.

Afirmativa E
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: I - está cometendo a infração
penal; II - acaba de cometê-la;

20. Lucas, oficial do Ministério Público, enquanto cumpria sua função em via pública, por
volta de 15h, depara-se com Antônio conduzindo uma motocicleta com simulacro de
arma de fogo na cintura e se surpreende com aquela situação, tendo em vista que
identificou, pela placa, que aquela moto era de propriedade de seu colega de trabalho.
Diante disso, Lucas entra em contato com seu colega, que confirma que fora vítima de um
crime de roubo que teria sido praticado 30 minutos antes, descrevendo as características
do autor do fato, que coincidiam com as de Antônio.

Considerando as informações expostas, em sendo confirmada a autoria, é correto afirmar


que Lucas:

A) não poderá realizar a prisão captura de Antônio, tendo em vista que, apesar da
situação de flagrante, o ato somente pode ser realizado por agentes de segurança pública;

MUDE SUA VIDA!


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B) não poderá realizar a prisão captura de Antônio, uma vez que inexiste situação de
flagrante prevista em lei, apesar da identificação da autoria;
C) poderá realizar a prisão captura de Antônio, pois constatada a situação de flagrante
próprio prevista em lei;
D) poderá realizar a prisão captura de Antônio, uma vez constatada a situação de
flagrante presumido;
E) poderá realizar a prisão captura de Antônio, já que há situação de flagrante esperado.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA D
Exige conhecimento sobre as modalidades de prisão em flagrante, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
“No flagrante presumido, ficto ou assimilado, o agente é preso logo depois de
cometer a infração, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir
ser ele o autor da infração (CPP, art. 302, IV). Nesse caso, a lei não exige que haja
perseguição, bastando que a pessoa seja encontrada logo depois da prática do ilícito
com coisas que traduzam um veemente indício da autoria ou participação no crime.
Ex: agentes encontrados algumas horas depois do crime em circunstâncias suspeitas,
aptas a autorizar a presunção de serem os autores do delito, por estarem na posse
do automóvel e dos objetos da vítima, além do fato de tentarem fugir, ao perceberem
a presença de viatura policial.” (Renato Brasileiro de Lima; Manual de Processo Penal;
Volume Único; 7 Edição; Editora jus podvim).

MUDE SUA VIDA!


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SUMÁRIO
Questões sobre a aula ....................................................................................................................................... 2
Gabarito ............................................................................................................................................................. 6
Questões Comentadas ...................................................................................................................................... 6

MUDE SUA VIDA!


1
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QUESTÕES SOBRE A AULA


1. A prisão preventiva, que pode ser decretada pela autoridade judiciária durante o
processo criminal, não é cabível na fase do inquérito policial.

Certo ( ) Errado ( )

2. Revogada a prisão preventiva, pode o juiz novamente decretá-la, se sobrevierem razões


que a justifiquem.

Certo ( ) Errado ( )

3. A apresentação espontânea do acusado afasta a possibilidade de prisão em flagrante, mas


não impede a decretação de prisão preventiva.

Certo ( ) Errado ( )

4. A gravidade abstrata do crime serve à fundamentação da prisão preventiva, segundo


entendimento assente nos tribunais superiores.

Certo ( ) Errado ( )

5. Na motivação da decretação da prisão preventiva ou de qualquer outra cautelar, o juiz


deverá indicar concretamente a existência de fatos novos ou contemporâneos que
justifiquem a aplicação da medida adotada.

Certo ( ) Errado ( )

6. A prisão preventiva poderá ser substituída por domiciliar quando o preso tiver filho de
até 12 anos incompletos, desde que seja o único responsável pelos cuidados da criança.

Certo ( ) Errado ( )

7. Não será admitida a decretação da prisão preventiva com a finalidade de antecipação de


cumprimento de pena ou como decorrência imediata de investigação criminal ou da
apresentação ou recebimento de denúncia.

Certo ( ) Errado ( )

8. A prisão preventiva em nenhum caso será decretada se o juiz verificar pelas provas
constantes dos autos ter o agente praticado o fato em legítima defesa.

MUDE SUA VIDA!


2
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Certo ( ) Errado ( )

9. Se considera fundamentada a decisão judicial que invocar motivos que se prestariam a


justificar qualquer outra decisão.

Certo ( ) Errado ( )

10. A prisão preventiva poderá ser decretada em caso de descumprimento de qualquer das
obrigações impostas por força de outras medidas cautelares.

Certo ( ) Errado ( )

11. De acordo com a Lei nº 3.689/1941 - Código de Processo Penal, o juiz poderá substituir
a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for:

I - Extremamente debilitado por motivo de doença grave.

II - Maior de 60 anos.

A) Os itens I e II estão corretos.


B) Somente o item I está correto.
C) Somente o item II está correto.
D) Os itens I e II estão incorretos.

12. Segundo estabelece o CPP, será admitida a decretação da prisão preventiva

A) nos crimes culposos punidos com pena privativa de liberdade máxima de quatro anos.
B) nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a oito
anos.
C) nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a
quatro anos.
D) nos crimes culposos punidos com pena privativa de liberdade máxima de oito anos.

13. Em um processo crime, a prisão preventiva do acusado foi decretada com base na
garantia da ordem pública. Posteriormente, verificando que o réu tinha residência fixa,
emprego lícito e bons antecedentes, o juiz revogou a prisão decretada ante a sua
desnecessidade. Ocorre que, no curso da instrução criminal, uma das testemunhas
arroladas pela acusação noticiou ao juízo que estava recebendo ameaças do acusado para
que não comparecesse em juízo no dia da audiência ou iria morrer. Diante da situação
apresentada, assinale a alternativa correta.

A) O juiz poderá decretar a prisão temporária do acusado até a realização da audiência


de instrução.
B) Não poderá ser novamente decretada a prisão preventiva do acusado, porque a prisão
já foi revogada uma vez no mesmo processo.
C) Somente poderá ser novamente decretada a prisão preventiva do acusado se houver
uma das hipóteses de prisão em flagrante.

MUDE SUA VIDA!


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D) Poderá ser decretada novamente a prisão preventiva do acusado com fundamento na


conveniência da instrução criminal.
E) Somente poderá ser decretada novamente a prisão preventiva se tratar-se de crime
da competência do Tribunal do Júri.

14. De acordo com o Código de processo Penal, a prisão preventiva imposta à mulher
gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência será
substituída por prisão domiciliar, desde que:

I. Não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa.

II. Não tenha cometido o crime contra seu filho ou dependente.

III. Se submeta à monitoração eletrônica.

Quais estão corretas?

A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas III.
D) Apenas I e II.
E) Apenas I e III.

15. Dentre as prisões cautelares, isto é, aquelas prisões decretadas antes da sentença final
condenatória transitada em julgado, destaca-se a prisão preventiva. Nesse sentido, um
dos motivos que autoriza a decretação da prisão preventiva é a:

A) prática de crime punido com pena privativa de liberdade máxima superior a 2 (dois)
anos.
B) prática de crime culposo contra o patrimônio.
C) conveniência da instrução criminal
D) garantia da ordem privada.
E) inexistência de prova do crime.

16. De acordo com o Código de Processo Penal, cabe à autoridade policial:

A) representar acerca da prisão preventiva.


B) decidir sobre o arquivamento do inquérito policial.
C) oferecera denúncia ao juiz.
D) requisitar ao juiz ou ao Ministério Público a realização de diligências probatórias.
E) apresentar ao juiz a queixa-crime.

17. Acerca das prisões cautelares, assinale a alternativa INCORRETA.

A) O juiz não poderá revogar a prisão preventiva de ofício se, no correr do processo,
verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la se
sobrevierem razões que a justifiquem.
B) Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender
quem quer que seja encontrado em flagrante delito.

MUDE SUA VIDA!


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C) A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem
econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei
penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria.
D) A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados
imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa
por ele indicada.
E) Os presos temporários deverão permanecer, obrigatoriamente, separados dos demais
detentos.

18. A prisão preventiva poderá ser decretada

A) para assegurar a aplicação da lei penal, nos crimes dolosos punidos com pena privativa
de liberdade máxima superior a 03 (três) anos.
B) por conveniência da instrução criminal, nos crimes dolosos ou culposos.
C) como garantia da ordem econômica, nos crimes dolosos punidos com pena privativa
de liberdade máxima superior a 04 (quatro) anos.
D) como garantia da ordem pública, nos crimes dolosos punidos com pena privativa de
liberdade máxima superior a 02 (dois) anos.

19. Acerca da prisão, medidas cautelares e liberdade, é correto afirmar que:

A) É cabível medida cautelar diversa da prisão a crime cuja pena cominada seja de multa.
B) A prisão temporária será decretada pelo Juiz, de ofício, em face da representação da
autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco)
dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
C) Ausentes os requisitos da prisão preventiva, é cabível liberdade provisória para o
crime de tráfico de drogas.
D) É constitucional a expressão "e liberdade provisória", constante do caput do artigo 44
da Lei nº 11.343/2006, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal.
E) A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena
privativa de liberdade máxima seja inferior a 4 (quatro) anos.

20. João foi atuado em flagrante delito pelo crime de receptação dolosa de animal (Art. 180-
A, CP) na Região da Campanha Estado do Rio Grande do Sul. Em sua propriedade, foram
encontrados, ocultados, cerca de 300 semoventes subtraídos de determinada fazenda,
demonstrando a gravidade em concreto da ação do flagrado. Confessado o delito, João
referiu que possuía a finalidade de comercializar o gado em momento posterior.
Considerando a prática deste delito e verificadas as condenações anteriores, restou
caracterizada, com a nova conduta, a reincidência dolosa de João em delitos da mesma
espécie. Além disso, o autuado apresenta extenso rol de maus antecedentes em delitos
de receptação. Neste caso, considerando o Código de Processo Penal, deverá o delegado
de polícia:

A) Representar por medida cautelar diversa da prisão, uma vez que o delito foi praticado
sem a utilização de violência ou grave ameaça à pessoa.
B) Representar pela prisão preventiva, demonstrando, fundamentadamente, a
insuficiência e a inadequação de outras medidas cautelares diversas da prisão, bem como
a presença dos requisitos autorizadores da segregação cautelar.
C) Arbitrar fiança, de imediato, sob pena de constrangimento ilegal ao autuado.

MUDE SUA VIDA!


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D) Representar pela prisão preventiva, ainda que seja suficiente medida cautelar diversa
da prisão, tendo em vista estarem presentes os requisitos previstos no art. 312 do Código
de Processo Penal.
E) Após a lavratura do auto de prisão em flagrante, remeter os autos ao Poder Judiciário,
independente de representação por prisão preventiva, sendo permitido ao juiz decretá-
la de ofício, conforme Art. 311 do Código de Processo Penal.

GABARITO
1. ERRADO
2. CERTO
3. CERTO
4. ERRADO
5. CERTO
6. CERTO
7. CERTO
8. CERTO
9. ERRADO
10. CERTO
11. B
12. C
13. D
14. D
15. C
16. A
17. A
18. C
19. C
20. B

QUESTÕES COMENTADAS
1. A prisão preventiva, que pode ser decretada pela autoridade judiciária durante o
processo criminal, não é cabível na fase do inquérito policial.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: ERRADO
A prisão preventiva tem cabimento na fase processual e também na fase do
inquérito policial, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

MUDE SUA VIDA!


6
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Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal,


caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, a requerimento do Ministério Público,
do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.

2. Revogada a prisão preventiva, pode o juiz novamente decretá-la, se sobrevierem razões


que a justifiquem.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
Exige conhecimento sobre a competência para decretação e sua renovação,
vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Após a entrada em vigor do pacote anticrime e suas alterações na legislação,
ao magistrado restou vedado decretar a prisão preventiva de ofício, mesmo que
durante a ação penal (Art.311 CPP), podendo após a decretação, rever sua
necessidade (a cada 90 dias) bem como novamente decretá-la, podendo nessas duas
hipóteses agir de ofício. Embora haja certa controvérsia doutrinária sobre a
possibilidade do magistrado agir de ofício, em qualquer momento da prisão
preventiva, não há posição do STF firmada sobre o tema, razão pela qual será
utilizado a opção legislativa.

Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá


a prisão preventiva decretada pelo juiz, a requerimento do Ministério Público, do
querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.

Art. 316. O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a prisão
preventiva se, no correr da investigação ou do processo, verificar a falta de motivo
para que ela subsista, bem como novamente decretá-la, se sobrevierem razões que
a justifiquem.

Parágrafo único. Decretada a prisão preventiva, deverá o órgão emissor da


decisão revisar a necessidade de sua manutenção a cada 90 (noventa) dias, mediante
decisão fundamentada, de ofício, sob pena de tornar a prisão ilegal.

3. A apresentação espontânea do acusado afasta a possibilidade de prisão em flagrante, mas


não impede a decretação de prisão preventiva.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO

MUDE SUA VIDA!


7
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Exige conhecimento sobre possibilidade de prisão preventiva na apresentação


espontânea, que para a doutrina, preenchidos os requisitos legais, é possível,
vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
“A apresentação espontânea continua figurando como causa impeditiva da
prisão em flagrante. Afinal, não tem cabimento prender em flagrante o agente que
se entrega à polícia, que não o perseguia, e confessa o crime. Ora, quando o agente
se apresenta espontaneamente, não há flagrante próprio, impróprio, nem tampouco
presumido (CPP, art. 302, I, n, III e IV), desautorizando sua prisão em flagrante.
Obviamente, caso estejam presentes os pressupostos dos arts. 312 e 313 do CPP,
nada impede a decretação da prisão preventiva pela autoridade judiciária
competente, caso se revelem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares
diversas da prisão previstas no art. 319 do CPP.” (Renato Brasileiro de Lima; Manual
de Processo Penal; Volume Único; 7 Edição; Editora jus podvim).

4. A gravidade abstrata do crime serve à fundamentação da prisão preventiva, segundo


entendimento assente nos tribunais superiores.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: ERRADO
Para a jurisprudência a gravidade do crime não é motivo idôneo para decretação
da prisão preventiva, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Vejamos um julgado do STF:

“...Os fundamentos da preventiva não resistem a exame. Inexiste a custódia


automática tendo em conta o crime possivelmente cometido, levando à inversão da
ordem processual, que direciona, presente o princípio da não culpabilidade, a apurar
para, selada a culpa, prender, em verdadeira execução de pena. O Juízo considerou
a gravidade concreta da imputação. Referiu-se à possibilidade de reiteração
delituosa, sem revelar dado concreto, individualizado, a respaldar o argumento
alusivo à preservação da ordem pública. Partiu da capacidade intuitiva, olvidando que
a presunção seria de postura digna, ante o fato de estar a paciente submetida aos
holofotes da Justiça. A ausência de vínculo com o distrito da culpa tem solução no
artigo 366 do Código de Processo Penal. Ainda que, citado por edital, a acusada não
constitua defesa técnica, as consequências são a suspensão do processo e do prazo
prescricional, devendo a preventiva fazer-se balizada no artigo 312 dele constante.
Surge a insubsistência das premissas lançadas. 3. Defiro a liminar. Expeçam alvará
de soltura a ser cumprido com as cautelas próprias: caso a paciente não se encontre
recolhida por motivo diverso da prisão preventiva formalizada...” (HC 154.582)

Embora o STF reconheça a ilegalidade da decretação da prisão preventiva com


base na gravidade abstrata do delito, a Suprema Corte tem admitido a decretação
da prisão com base na gravidade concreta da conduta (HC 135.913, Rel. Min. Marco

MUDE SUA VIDA!


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Aurélio, Rel. p/ Acórdão:Min. Alexandre de Moraes, Primeira Turma, DJe de


24/10/2017; HC156.673 AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de
22/06/2018;HC 125.384 AgR, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe
de08/05/2015).
Fonte:https://canalcienciascriminais.jusbrasil.com.br/artigos/731747143/pris
ao-preventiva-fundamentada-na-gravidade-concreta-do-delito

5. Na motivação da decretação da prisão preventiva ou de qualquer outra cautelar, o juiz


deverá indicar concretamente a existência de fatos novos ou contemporâneos que
justifiquem a aplicação da medida adotada.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
Tal exigência era feita pela doutrina e jurisprudência passando a constar de
forma expressa no CPP após o pacote anticrime, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
ART. 315 § 1º Na motivação da decretação da prisão preventiva ou de qualquer
outra cautelar, o juiz deverá indicar concretamente a existência de fatos novos ou
contemporâneos que justifiquem a aplicação da medida adotada.

“ Para fins de decretação de toda e qualquer medida cautelar, esse periculum


libertatis que a justifica deve ser atual, presente. Afinal, as medidas cautelares são
“situacionais”, “provisionais”, tutelam uma situação fática presente, um risco atual.
É dizer, não se admite a decretação de uma medida cautelar para tutelar fatos
pretéritos...” (Renato Brasileiro de Lima; Manual de Processo Penal; Volume Único;
8 Edição; Editora jus podvim).

6. A prisão preventiva poderá ser substituída por domiciliar quando o preso tiver filho de
até 12 anos incompletos, desde que seja o único responsável pelos cuidados da criança.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
Exige conhecimento sobre possibilidade de conversão da prisão preventiva em
prisão domiciliar, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o
agente for:

I - maior de 80 (oitenta) anos;

MUDE SUA VIDA!


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II - extremamente debilitado por motivo de doença grave;

III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos


de idade ou com deficiência; .

IV - gestante;

V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;

VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de


até 12 (doze) anos de idade incompletos.

7. Não será admitida a decretação da prisão preventiva com a finalidade de antecipação de


cumprimento de pena ou como decorrência imediata de investigação criminal ou da
apresentação ou recebimento de denúncia.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
Exige conhecimento sobre as alterações promovidas pelo pacote anticrime em
relação a prisão preventiva, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 313 § 2º Não será admitida a decretação da prisão preventiva com a
finalidade de antecipação de cumprimento de pena ou como decorrência imediata de
investigação criminal ou da apresentação ou recebimento de denúncia

8. A prisão preventiva em nenhum caso será decretada se o juiz verificar pelas provas
constantes dos autos ter o agente praticado o fato em legítima defesa.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
Não é possível a decretação da prisão preventiva quando estivermos diante de
uma causa de exclusão da ilicitude, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 314. A prisão preventiva em nenhum caso será decretada se o juiz verificar
pelas provas constantes dos autos ter o agente praticado o fato nas condições
previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 - Código Penal.

MUDE SUA VIDA!


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“Não se admite a decretação da prisão preventiva quando o juiz verificar das


provas colhidas nos autos que o agente praticou o crime acobertado por uma causa
excludente da ilicitude, ou seja, em estado de necessidade, legítima defesa, estrito
cumprimento de dever legal e no exercício regular de direito. Não faz sentido a
decretação da prisão preventiva se o juiz já visualiza futura e provável absolvição do
agente com fundamento no art. 386, inciso VI, do CPP (com redação dada pela Lei
n° 11.690/08).
Por analogia, a doutrina estende a aplicação do art. 314 às justificantes
previstas na Parte Especial do Código Penal e em leis especiais (CP, arts. 128, I e II,
142, I, II e III, 146, § 3o, 150, § 3o, I e II, etc.)” (Renato Brasileiro de Lima; Manual
de Processo Penal; Volume Único; 7 Edição; Editora jus podvim).

9. Se considera fundamentada a decisão judicial que invocar motivos que se prestariam a


justificar qualquer outra decisão.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: ERRADO
A necessidade de fundamentação da decisão que decreta a prisão preventiva
prestigia o princípio republicano da publicidade, afim de dar destaque a este princípio
o CPP passou a prever as hipóteses de não fundamentação das decisões judiciais,
vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
“De fato, nos exatos termos do art. 5o, inciso LXI, da Constituição Federal,
ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada
de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime
propriamente militar, definidos em lei. Por sua vez, o art. 93, inciso IX, da Carta
Magna, determina que todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão
públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade. Evidente, pois,
a necessidade de que todo e qualquer decreto prisional seja devidamente
fundamentado.” (Renato Brasileiro de Lima; Manual de Processo Penal; Volume
Único; 7 Edição; Editora jus podvim).

Após o pacote anticrime o CPP passou a dispor:

Art. 315 § 2º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial,


seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:

I - limitar-se à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem


explicar sua relação com a causa ou a questão decidida;

II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo


concreto de sua incidência no caso;

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III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra


decisão;

IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em


tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;

V - limitar-se a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar


seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se
ajusta àqueles fundamentos;

VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente


invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em
julgamento ou a superação do entendimento

10. A prisão preventiva poderá ser decretada em caso de descumprimento de qualquer das
obrigações impostas por força de outras medidas cautelares.

Certo ( ) Errado ( )
SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
Exige conhecimento sobre as hipóteses de cabimento da prisão preventiva,
vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 312 § 1º A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de
descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas
cautelares (art. 282, § 4o).

11. De acordo com a Lei nº 3.689/1941 - Código de Processo Penal, o juiz poderá substituir
a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for:

I - Extremamente debilitado por motivo de doença grave.

II - Maior de 60 anos.

A) Os itens I e II estão corretos.


B) Somente o item I está correto.
C) Somente o item II está correto.
D) Os itens I e II estão incorretos.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA B
Não há previsão para a substituição quando se tratar de maior de 60 anos, mas
sim de 80 anos, vejamos:

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SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o
agente for:

I - maior de 80 (oitenta) anos;

II - extremamente debilitado por motivo de doença grave;

III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos


de idade ou com deficiência; .

IV - gestante;

V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;

VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12


(doze) anos de idade incompletos.

12. Segundo estabelece o CPP, será admitida a decretação da prisão preventiva

A) nos crimes culposos punidos com pena privativa de liberdade máxima de quatro anos.
B) nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a oito
anos.
C) nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a
quatro anos.
D) nos crimes culposos punidos com pena privativa de liberdade máxima de oito anos.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA C
Exige conhecimento dos crimes que admitem prisão preventiva, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

Afirmativa A
Art. 313 CPP
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima
superior a 4 (quatro) anos;

Afirmativa B
Não há essa previsão no Art. 313 do CPP, contudo tal hipótese seria possível
caso o agente fosse reincidente em outro crime doloso conforme prevê o Art. 313 II
CPP. Porém não foi essa a afirmativa feita pelo examinador.

Afirmativa C
Art. 313 CPP
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima
superior a 4 (quatro) anos;

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Afirmativa D
Art. 313 CPP
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima
superior a 4 (quatro) anos;

13. Em um processo crime, a prisão preventiva do acusado foi decretada com base na
garantia da ordem pública. Posteriormente, verificando que o réu tinha residência fixa,
emprego lícito e bons antecedentes, o juiz revogou a prisão decretada ante a sua
desnecessidade. Ocorre que, no curso da instrução criminal, uma das testemunhas
arroladas pela acusação noticiou ao juízo que estava recebendo ameaças do acusado para
que não comparecesse em juízo no dia da audiência ou iria morrer. Diante da situação
apresentada, assinale a alternativa correta.

A) O juiz poderá decretar a prisão temporária do acusado até a realização da audiência


de instrução.
B) Não poderá ser novamente decretada a prisão preventiva do acusado, porque a prisão
já foi revogada uma vez no mesmo processo.
C) Somente poderá ser novamente decretada a prisão preventiva do acusado se houver
uma das hipóteses de prisão em flagrante.
D) Poderá ser decretada novamente a prisão preventiva do acusado com fundamento na
conveniência da instrução criminal.
E) Somente poderá ser decretada novamente a prisão preventiva se tratar-se de crime
da competência do Tribunal do Júri.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA D
Exige conhecimento sobre a competência para decretação e sua renovação,
vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Após a entrada em vigor do pacote anticrime e suas alterações na legislação,
ao magistrado restou vedado decretar a prisão preventiva de ofício, mesmo que
durante a ação penal (Art.311 CPP), podendo após a decretação, rever sua
necessidade (a cada 90 dias) bem como novamente decretá-la, podendo nessas duas
hipóteses agir de ofício. Embora haja certa controvérsia doutrinária sobre a
possibilidade do magistrado agir de ofício, em qualquer momento da prisão
preventiva, não há posição do STF firmada sobre o tema, razão pela qual será
utilizado a opção legislativa.

Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá


a prisão preventiva decretada pelo juiz, a requerimento do Ministério Público, do
querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.

Art. 316. O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a prisão
preventiva se, no correr da investigação ou do processo, verificar a falta de motivo
para que ela subsista, bem como novamente decretá-la, se sobrevierem razões que
a justifiquem.

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Parágrafo único. Decretada a prisão preventiva, deverá o órgão emissor da


decisão revisar a necessidade de sua manutenção a cada 90 (noventa) dias, mediante
decisão fundamentada, de ofício, sob pena de tornar a prisão ilegal.

14. De acordo com o Código de processo Penal, a prisão preventiva imposta à mulher
gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência será
substituída por prisão domiciliar, desde que:

I. Não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa.

II. Não tenha cometido o crime contra seu filho ou dependente.

III. Se submeta à monitoração eletrônica.

Quais estão corretas?

A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas III.
D) Apenas I e II.
E) Apenas I e III.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA D
Exige conhecimento sobre a possibilidade de substituição da prisão preventiva,
vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 318-A. A prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que for mãe ou
responsável por crianças ou pessoas com deficiência será substituída por prisão
domiciliar, desde que:

I - não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa;

II - não tenha cometido o crime contra seu filho ou dependente.

15. Dentre as prisões cautelares, isto é, aquelas prisões decretadas antes da sentença final
condenatória transitada em julgado, destaca-se a prisão preventiva. Nesse sentido, um
dos motivos que autoriza a decretação da prisão preventiva é a:

A) prática de crime punido com pena privativa de liberdade máxima superior a 2 (dois)
anos.
B) prática de crime culposo contra o patrimônio.
C) conveniência da instrução criminal
D) garantia da ordem privada.

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E) inexistência de prova do crime.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA C
Exige conhecimento sobre os motivos que autorizam a prisão preventiva,
vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem
pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para
assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e
indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado.

16. De acordo com o Código de Processo Penal, cabe à autoridade policial:

A) representar acerca da prisão preventiva.


B) decidir sobre o arquivamento do inquérito policial.
C) oferecera denúncia ao juiz.
D) requisitar ao juiz ou ao Ministério Público a realização de diligências probatórias.
E) apresentar ao juiz a queixa-crime.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA A
Exige conhecimento sobre os legitimados para a prisão preventiva, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Após a entrada em vigor do pacote anticrime e suas alterações na legislação,
ao magistrado restou vedado decretar a prisão preventiva de ofício, mesmo que
durante a ação penal (Art.311 CPP), cabendo aos legitimados provocar o juízo para
a decretação da mesma.

Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá


a prisão preventiva decretada pelo juiz, a requerimento do Ministério Público, do
querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.

17. Acerca das prisões cautelares, assinale a alternativa INCORRETA.

A) O juiz não poderá revogar a prisão preventiva de ofício se, no correr do processo,
verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la se
sobrevierem razões que a justifiquem.
B) Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender
quem quer que seja encontrado em flagrante delito.
C) A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem
econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei
penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria.

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D) A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados


imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa
por ele indicada.
E) Os presos temporários deverão permanecer, obrigatoriamente, separados dos demais
detentos.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA A
Exige conhecimento sobre a competência para decretação e sua renovação,
vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Após a entrada em vigor do pacote anticrime e suas alterações na legislação,
ao magistrado restou vedado decretar a prisão preventiva de ofício, mesmo que
durante a ação penal (Art.311 CPP), podendo após a decretação, rever sua
necessidade (a cada 90 dias) bem como novamente decretá-la, podendo nessas duas
hipóteses agir de ofício. Embora haja certa controvérsia doutrinária sobre a
possibilidade do magistrado agir de ofício, em qualquer momento da prisão
preventiva, não há posição do STF firmada sobre o tema, razão pela qual será
utilizado a opção legislativa.

Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá


a prisão preventiva decretada pelo juiz, a requerimento do Ministério Público, do
querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.

Art. 316. O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a prisão
preventiva se, no correr da investigação ou do processo, verificar a falta de motivo
para que ela subsista, bem como novamente decretá-la, se sobrevierem razões que
a justifiquem.

Parágrafo único. Decretada a prisão preventiva, deverá o órgão emissor da


decisão revisar a necessidade de sua manutenção a cada 90 (noventa) dias, mediante
decisão fundamentada, de ofício, sob pena de tornar a prisão ilegal.

18. A prisão preventiva poderá ser decretada

A) para assegurar a aplicação da lei penal, nos crimes dolosos punidos com pena privativa
de liberdade máxima superior a 03 (três) anos.
B) por conveniência da instrução criminal, nos crimes dolosos ou culposos.
C) como garantia da ordem econômica, nos crimes dolosos punidos com pena privativa
de liberdade máxima superior a 04 (quatro) anos.
D) como garantia da ordem pública, nos crimes dolosos punidos com pena privativa de
liberdade máxima superior a 02 (dois) anos.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA C

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Exige conhecimento sobre as hipóteses de cabimento da prisão preventiva,


vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem
pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para
assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e
indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado.

Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da
prisão preventiva:
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima
superior a 4 (quatro) anos;
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em
julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no
2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal;
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança,
adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das
medidas protetivas de urgência;
IV - (revogado).
§ 1º Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre
a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para
esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a
identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida.

§ 2º Não será admitida a decretação da prisão preventiva com a finalidade de


antecipação de cumprimento de pena ou como decorrência imediata de investigação
criminal ou da apresentação ou recebimento de denúncia.

19. Acerca da prisão, medidas cautelares e liberdade, é correto afirmar que:

A) É cabível medida cautelar diversa da prisão a crime cuja pena cominada seja de multa.
B) A prisão temporária será decretada pelo Juiz, de ofício, em face da representação da
autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco)
dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
C) Ausentes os requisitos da prisão preventiva, é cabível liberdade provisória para o
crime de tráfico de drogas.
D) É constitucional a expressão "e liberdade provisória", constante do caput do artigo 44
da Lei nº 11.343/2006, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal.
E) A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena
privativa de liberdade máxima seja inferior a 4 (quatro) anos.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA C
Exige conhecimento sobre, medidas cautelares, prisões e liberdade provisória,
vejamos:

MUDE SUA VIDA!


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SOLUÇÃO COMPLETA

Afirmativa A
Não é possível medida cautelar a infração penal punida somente com multa.

Art. 283 § 1o As medidas cautelares previstas neste Título não se aplicam à


infração a que não for isolada, cumulativa ou alternativamente cominada pena
privativa de liberdade.

Afirmativa B
Não é possível ao magistrado decretar prisão temporária de ofício.

Afirmativa C
Embora o tráfico de drogas seja um crime inafiançável, é possível a concessão
de liberdade provisória sem fiança.

Afirmativa D
O STF reafirmou sua jurisprudência no sentido da inconstitucionalidade de regra
prevista na Lei de Drogas (Lei 11.343/2006) que veda a concessão de liberdade
provisória a presos acusados de tráfico. (RE 1038925)

Afirmativa E
Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de
infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro)
anos.

20. João foi atuado em flagrante delito pelo crime de receptação dolosa de animal (Art. 180-
A, CP) na Região da Campanha Estado do Rio Grande do Sul. Em sua propriedade, foram
encontrados, ocultados, cerca de 300 semoventes subtraídos de determinada fazenda,
demonstrando a gravidade em concreto da ação do flagrado. Confessado o delito, João
referiu que possuía a finalidade de comercializar o gado em momento posterior.
Considerando a prática deste delito e verificadas as condenações anteriores, restou
caracterizada, com a nova conduta, a reincidência dolosa de João em delitos da mesma
espécie. Além disso, o autuado apresenta extenso rol de maus antecedentes em delitos
de receptação. Neste caso, considerando o Código de Processo Penal, deverá o delegado
de polícia:

A) Representar por medida cautelar diversa da prisão, uma vez que o delito foi praticado
sem a utilização de violência ou grave ameaça à pessoa.
B) Representar pela prisão preventiva, demonstrando, fundamentadamente, a
insuficiência e a inadequação de outras medidas cautelares diversas da prisão, bem como
a presença dos requisitos autorizadores da segregação cautelar.
C) Arbitrar fiança, de imediato, sob pena de constrangimento ilegal ao autuado.
D) Representar pela prisão preventiva, ainda que seja suficiente medida cautelar diversa
da prisão, tendo em vista estarem presentes os requisitos previstos no art. 312 do Código
de Processo Penal.

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E) Após a lavratura do auto de prisão em flagrante, remeter os autos ao Poder Judiciário,


independente de representação por prisão preventiva, sendo permitido ao juiz decretá-
la de ofício, conforme Art. 311 do Código de Processo Penal.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA B
Exige conhecimento sobre as hipóteses de cabimento da prisão preventiva,
vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
O fato de ser reincidente demonstra perigo em sua liberdade, bem como um
perigo a ordem pública, admitindo dessa forma a representação por parte do
delegado de polícia pela prisão preventiva.

Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem
pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para
assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e
indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do
imputado.

Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da
prisão preventiva:
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima
superior a 4 (quatro) anos;
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença
transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64
do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal;
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança,
adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das
medidas protetivas de urgência;
IV - (revogado).
§ 1º Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre
a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para
esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a
identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida.

§ 2º Não será admitida a decretação da prisão preventiva com a finalidade de


antecipação de cumprimento de pena ou como decorrência imediata de investigação
criminal ou da apresentação ou recebimento de denúncia.

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SUMÁRIO
Questões sobre a aula.................................................................................................................................. 2
Gabarito ...................................................................................................................................................... 7
Questões Comentadas ................................................................................................................................. 8

MUDE SUA VIDA!


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QUESTÕES SOBRE A AULA


1. Uma vez requerida a prisão temporária pela Autoridade Policial, antes de decidir o Juiz
ouvirá o Ministério Público.

Certo ( ) Errado ( )

2. A prisão temporária pode ser decretada de ofício pelo Judiciário, mas, no caso de
representação pela Autoridade Policial, o Juiz, antes de decidir, ouvirá o Ministério
Público.

Certo ( ) Errado ( )

3. Lúcio é investigado pela prática de latrocínio. Durante a investigação, apurou-se a


participação de Carlos no crime, tendo sido decretada de ofício a sua prisão temporária.

A partir dessa situação hipotética e do que dispõe a legislação, julgue o item seguinte.

Recebida a denúncia, não será mais cabível prisão temporária para Lúcio e Carlos.

Certo ( ) Errado ( )

4. Lúcio é investigado pela prática de latrocínio. Durante a investigação, apurou-se a


participação de Carlos no crime, tendo sido decretada de ofício a sua prisão temporária.

A partir dessa situação hipotética e do que dispõe a legislação, julgue o item seguinte.

É ilegal a prisão temporária de Carlos, porque, apesar de o crime de latrocínio admiti-la,


não poderia ter sido decretada de ofício pelo juiz.

Certo ( ) Errado ( )

5. Inclui-se o dia do cumprimento do mandado de prisão no cômputo do prazo de prisão


temporária.

Certo ( ) Errado ( )

6. A prisão temporária é instrumento utilizado nas investigações criminais, podendo ser


aplicada independentemente do crime que esteja sendo investigado, desde que
indispensável à investigação.

Certo ( ) Errado ( )

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7. Os presos temporários deverão permanecer, obrigatoriamente, separados dos demais


detentos.

Certo ( ) Errado ( )

8. Desde que ajuizada a queixa-crime, o ofendido ou querelante tem legitimidade para


requerer à autoridade judiciária competente a decretação da prisão temporária do
querelado.

Certo ( ) Errado ( )

9. De acordo com a legislação pertinente, caberá prisão temporária para o agente dos
crimes de homicídio doloso, estupro e sequestro ou cárcere privado.

Certo ( ) Errado ( )

10. Considere que, no curso de determinada investigação, a autoridade policial tenha


representado ao competente juízo pela prisão temporária do indiciado. Nessa situação, a
prisão não poderá ser decretada após a fase inquisitória da persecução penal.

Certo ( ) Errado ( )

11. São crimes que admitem a decretação da Prisão Temporária:

A)epidemia com resultado morte e crimes contra o sistema financeiro.


B) tráfico de drogas e posse de drogas para consumo pessoal.
C) homicídio doloso e ameaça.
D) estupro e homicídio culposo.
E) embriaguez ao volante e homicídio culposo.

12. Acerca de prisão temporária, assinale a opção correta.

A) A autoridade policial, após o cumprimento da prisão temporária, deverá nomear


defensor para o investigado, caso este não constitua advogado para assisti-lo.
B) É cabível a concessão de fiança, desde que o crime que ensejou a custódia tenha sido
cometido sem violência ou grave ameaça.
C) O investigado deverá ser mantido preso durante todo o prazo judicialmente estipulado
para a custódia temporária, ao final do qual deverá ser posto imediatamente em
liberdade.
D) A custódia temporária poderá persistir após a conclusão da investigação, até o
recebimento da denúncia pelo competente juízo.
E) Somente poderá ser decretada prisão temporária se o crime que originou a
investigação estiver elencado entre as infrações penais taxativamente previstas em lei.

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13. Considere os seguintes casos hipotéticos:

I. Paulo, funcionário público no exercício do seu cargo, cometeu crime de corrupção


passiva ao exigir dinheiro de uma determinada pessoa para deixar de praticar
determinado ato de ofício.

II. Júlio cometeu crime de cárcere privado (artigo 148, do Código Penal) ao invadir a casa
da ex-namorada, que não queria reatar o relacionamento amoroso.

III. Afonso cometeu crime de roubo (artigo 157, do Código Penal) contra um
hipermercado situado na cidade de São Paulo, em comparsaria com outros elementos.

IV. Manoel, funcionário público, cometeu crime de peculato após se apropriar de dinheiro
de que teve a posse em razão do seu cargo.

Presentes todos os requisitos legais previstos na Lei n° 7.960/1989, que dispõe sobre a
prisão temporária, o magistrado competente poderá decretar a prisão temporária de:

A) Paulo, Júlio e Manoel, apenas.


B) Paulo, Júlio, Afonso e Manoel.
C) Paulo, Afonso e Manoel, apenas.
D) Júlio e Afonso, apenas.
E) Júlio e Manoel, apenas.

14. Alan, funcionário público de determinado Tribunal de Justiça, estava sendo investigado,
em inquérito policial, pela suposta prática dos crimes de associação criminosa e
corrupção passiva. Decorrido o prazo das investigações, a autoridade policial
encaminhou os autos ao Poder Judiciário solicitando novo prazo para prosseguimento
dos atos investigatórios. O Ministério Público apenas concordou com o requerimento de
prorrogação do prazo, não apresentando qualquer outro requerimento. O magistrado,
por sua vez, ao receber os autos, concedeu mais 15 (quinze) dias para investigações e, na
mesma decisão, decretou a prisão temporária de Alan pelo prazo de 05 (cinco) dias,
argumentando que a cautelar seria imprescindível para as investigações do inquérito
policial.

Alan foi preso temporariamente e mantido separado dos demais detentos da unidade
penitenciária. Ao final do 4º dia de prisão, a autoridade judicial prorrogou por mais 05
(cinco) dias a prisão temporária, esclarecendo que os motivos que justificaram a decisão
permaneciam inalterados, ainda sendo necessária a medida drástica para as
investigações.

Procurado pela família do preso, o advogado de Alan deverá esclarecer que:

A) a prisão temporária foi decretada e prorrogada de maneira válida, mas houve


ilegalidade na sua execução, tendo em vista que os presos temporários não podem ser
mantidos separados dos demais detentos;
B) a prisão temporária não poderia ter sido prorrogada pelo prazo de 05 (cinco) dias, já
que essa cautelar somente tem prazo máximo total de 05 (cinco) dias, que foi o período
inicialmente fixado;

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C) a prisão temporária, mesmo que presentes os requisitos legais, não poderia ter sido
decretada de ofício pela autoridade judicial;
D) a prisão temporária foi decretada e prorrogada de maneira válida, não havendo
também qualquer ilegalidade em sua execução;
E) o crime de associação criminosa não admite a decretação da prisão temporária por
não estar previsto no rol da Lei nº 7.960/89.

15. Com base nas disposições da Lei nº 7.960/1989 sobre a prisão temporária, analise os
itens a seguir:

I. A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade


policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias,
prorrogável por até 30 (trinta) dias em caso de extrema e comprovada necessidade.

II. A prisão somente poderá ser executada depois da expedição de mandado judicial.

III. Os presos temporários deverão permanecer, obrigatoriamente, separados dos demais


detentos.

Analisados os itens, pode-se afirmar corretamente que:

A) Apenas o item I está correto.


B) Apenas o item II está correto.
C) Apenas o item III está correto.
D) Apenas os itens I e II estão corretos.
E) Apenas os itens II e III estão corretos.

16. Quanto à prisão temporária, assinale a alternativa correta.

A) Por se tratar de medida cautelar, dada a urgência, na hipótese de representação da


autoridade policial, o Juiz poderá decidir independentemente de manifestação do
Ministério Público.
B) Caberá prisão temporária em homicídio qualificado, mas não em homicídio simples.
C) A prisão temporária somente poderá ser executada depois da expedição de mandado
judicial.
D) O despacho que decretar a prisão temporária deverá ser fundamentado e prolatado
dentro do prazo de 48 horas, contadas a partir do recebimento da representação ou do
requerimento.

17. Assinale a alternativa correta em relação à prisão temporária.

A) A prisão temporária terá prazo de 5 dias improrrogáveis.


B) Decretada a prisão temporária e findo o seu prazo, será ela convertida em preventiva
necessariamente.
C) Caberá prisão temporária nas hipóteses de homicídio culposo e doloso.
D) A prisão temporária caberá quando o indiciado não tiver residência fixa ou não
fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade.
E) Sempre que possível, os presos temporários ficarão separados dos demais detentos.

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18. Em relação à prisão temporária, prevista na Lei n° 7.960/1989, assinale a alternativa


correta.

A) É cabível para os crimes que a admitem, e somente na fase pré-processual, desde que
em atenção a requerimento da Autoridade Policial ou do Ministério Público, vedada a
decretação de ofício.
B) É cabível para os crimes que a admitem, tanto na fase pré-processual quanto na
processual, a requerimento da Autoridade Policial ou do Ministério Público, vedada a
decretação de ofício, por 5 (cinco) dias, prorrogáveis uma vez e pelo mesmo prazo, em
caso de extrema necessidade, devidamente demonstrada.
C) É cabível para os crimes que a admitem, e somente na fase pré-processual, sendo
imprescindível para a decretação, quando requerida pela Autoridade Policial, a
concordância do Ministério Público.
D) É cabível para os crimes que a admitem, tanto na fase pré-processual quanto na
processual, podendo ser decretada de ofício, ou a requerimento da Autoridade Policial
ou do Ministério Público.

19. De acordo com a disciplina legal da prisão temporária (Lei nº 7.960, de 21 de dezembro
de 1989), assinale a alternativa correta.

A) A prisão temporária somente poderá ser executada depois da expedição do respectivo


mandado judicial.
B) A prisão temporária pode ser decretada em qualquer infração penal cuja pena mínima
cominada seja superior a 02 (dois) anos.
C) A prisão em flagrante deve ser convertida em prisão temporária quando o autuado
não firmar o termo de comparecimento perante os Juizados Especiais Criminais.
D) O juiz pode, na sentença condenatória que reconhece a responsabilidade por crime
hediondo, decretar a prisão temporária do condenado, como condição de prelibação para
o juízo de admissibilidade do recurso de agravo, ainda que o réu tenha respondido ao
processo em liberdade provisória.

20. Durante investigação de prática de crime de extorsão simples, considerando que a prisão
do indiciado José era indispensável para as investigações, após representação da
autoridade policial, mas sem requerimento expresso do Ministério Público, o juiz
competente decretou a prisão temporária de José pelo prazo inicial de 10 dias.

Quando o oficial de justiça, acompanhado de força policial, foi cumprir o mandado de


prisão, José entrou imediatamente em contato com seu advogado, para esclarecimentos.

O advogado de José deverá esclarecer que a prisão temporária:

A) não é válida, porque não cabe prisão temporária antes do oferecimento da denúncia;
B) não é válida, apesar de cabível no delito mencionado, em razão do prazo fixado pelo
magistrado;
C) é válida e, ao final do prazo, deverá o preso ser colocado em liberdade
independentemente de nova ordem judicial;
D) é valida, apesar de decretada de ofício em razão da ausência de requerimento do
Ministério Público;
E) não é válida, porque o crime investigado não está no rol daqueles que admitem essa
modalidade de prisão.

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GABARITO
1. CERTO
2. ERRADO
3. CERTO
4. CERTO
5. CERTO
6. ERRADO
7. CERTO
8. ERRADO
9. CERTO
10. CERTO
11. A
12. E
13. D
14. C
15. E
16. C
17. D
18. A
19. A
20. B

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QUESTÕES COMENTADAS
1. Uma vez requerida a prisão temporária pela Autoridade Policial, antes de decidir o Juiz
ouvirá o Ministério Público.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
Sempre que a prisão temporária for representada pela autoridade policial
(Delegado de polícia) o juiz deverá ouvir o MP, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Lei: 7960/89
Art. 2° § 1° Na hipótese de representação da autoridade policial, o Juiz, antes
de decidir, ouvirá o Ministério Público.

2. A prisão temporária pode ser decretada de ofício pelo Judiciário, mas, no caso de
representação pela Autoridade Policial, o Juiz, antes de decidir, ouvirá o Ministério
Público.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: ERRADO
Pelo fato da prisão temporária somente ser cabível na fase do inquérito policial
não é possível ao juiz decretá-la de ofício, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Lei: 7960/89
“A prisão temporária será decretada pelo juiz, em face da representação da
autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5
(cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada
necessidade. Da leitura do art. 2o, caput, da Lei n° 7.960/89, depreende-se que a
prisão temporária não pode ser decretada de ofício pelo juiz. Preserva-se, assim,
o sistema acusatório e o princípio da imparcialidade do juiz.” (Renato Brasileiro de
Lima; Manual de Processo Penal; Volume Único; 7 Edição; Editora jus podvim).

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3. Lúcio é investigado pela prática de latrocínio. Durante a investigação, apurou-se a


participação de Carlos no crime, tendo sido decretada de ofício a sua prisão temporária.

A partir dessa situação hipotética e do que dispõe a legislação, julgue o item seguinte.

Recebida a denúncia, não será mais cabível prisão temporária para Lúcio e Carlos.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
A prisão temporária somente é cabível durante a fase do inquérito policial,
vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Lei: 7960/89
Art. 1° Caberá prisão temporária:

I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;

4. Lúcio é investigado pela prática de latrocínio. Durante a investigação, apurou-se a


participação de Carlos no crime, tendo sido decretada de ofício a sua prisão temporária.

A partir dessa situação hipotética e do que dispõe a legislação, julgue o item seguinte.

É ilegal a prisão temporária de Carlos, porque, apesar de o crime de latrocínio admiti-la,


não poderia ter sido decretada de ofício pelo juiz.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
Pelo fato da prisão temporária somente ser cabível na fase do inquérito policial
não é possível ao juiz decretá-la de ofício, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Lei: 7960/89
“A prisão temporária será decretada pelo juiz, em face da representação da
autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5
(cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada
necessidade. Da leitura do art. 2o, caput, da Lei n° 7.960/89, depreende-se que a

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prisão temporária não pode ser decretada de ofício pelo juiz. Preserva-se, assim,
o sistema acusatório e o princípio da imparcialidade do juiz.” (Renato Brasileiro de
Lima; Manual de Processo Penal; Volume Único; 7 Edição; Editora jus podvim).

5. Inclui-se o dia do cumprimento do mandado de prisão no cômputo do prazo de prisão


temporária.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
Tal forma de contagem foi incluída recentemente pela nova lei de abuso de
autoridade (Lei:13869/19), vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Lei: 7960/89
Art 2 § 8º Inclui-se o dia do cumprimento do mandado de prisão no cômputo
do prazo de prisão temporária.

A doutrina denomina esse prazo de prazo material, atendendo-se ao disposto


no Art. 10 do CP.

6. A prisão temporária é instrumento utilizado nas investigações criminais, podendo ser


aplicada independentemente do crime que esteja sendo investigado, desde que
indispensável à investigação.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: ERRADO
Exige do candidato conhecimento a respeito dos crimes que admitem prisão
temporária, além do rol taxativo previsto na lei: 7960/89 os crimes hediondos e
equiparados também admitem essa modalidade de prisão, por força do disposto no
Art. 2 §4 da lei: 8072/90, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Lei: 7960/89
Art. 1° Caberá prisão temporária:
...
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida
na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes:

...

o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 1986).

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Lei: 8072/90
Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no
Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou
tentados:

I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de


extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121,
§ 2º, incisos I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII);

I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2o) e lesão
corporal seguida de morte (art. 129, § 3o), quando praticadas contra autoridade ou
agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema
prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em
decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até
terceiro grau, em razão dessa condição;

II - roubo:

a) circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. 157, § 2º, inciso


V);

b) circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art. 157, § 2º-A, inciso I)


ou pelo emprego de arma de fogo de uso proibido ou restrito (art. 157, § 2º-B);

c) qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte (art. 157, § 3º);

III - extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima, ocorrência de


lesão corporal ou morte (art. 158, § 3º);

IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§


lo, 2o e 3o);

V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o);

VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o);

VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o). (Inciso


incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)

VII-A – (VETADO)

VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado


a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B, com a
redação dada pela Lei no 9.677, de 2 de julho de 1998).

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VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de


criança ou adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º).

IX - furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que


cause perigo comum (art. 155, § 4º-A).

Parágrafo único. Consideram-se também hediondos, tentados ou consumados:

I - o crime de genocídio, previsto nos arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 2.889, de 1º


de outubro de 1956;

II - o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido, previsto


no art. 16 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003;

III - o crime de comércio ilegal de armas de fogo, previsto no art. 17 da Lei nº


10.826, de 22 de dezembro de 2003;

IV - o crime de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição,


previsto no art. 18 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003;

V - o crime de organização criminosa, quando direcionado à prática de crime


hediondo ou equiparado.

Art. 2 § 4o A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de


dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta)
dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.

7. Os presos temporários deverão permanecer, obrigatoriamente, separados dos demais


detentos.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
Exige conhecimento sobre o procedimento relativo a prisão temporária,
vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 3° Os presos temporários deverão permanecer, obrigatoriamente,
separados dos demais detentos.

8. Desde que ajuizada a queixa-crime, o ofendido ou querelante tem legitimidade para


requerer à autoridade judiciária competente a decretação da prisão temporária do
querelado.

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Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: ERRADO
Diferente do que ocorre na prisão preventiva (Art. 311 CPP), o querelante não
possui legitimidade para requerer a prisão temporária, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Lei: 7960/89
Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação
da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5
(cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada
necessidade.

9. De acordo com a legislação pertinente, caberá prisão temporária para o agente dos
crimes de homicídio doloso, estupro e sequestro ou cárcere privado.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
Exige do candidato conhecimento a respeito dos crimes que admitem prisão
temporária, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Lei: 7960/89
Art. 1° Caberá prisão temporária:
...
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida
na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes:

a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°);

b) seqüestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°);


...
f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e
parágrafo único);
...

10. Considere que, no curso de determinada investigação, a autoridade policial tenha


representado ao competente juízo pela prisão temporária do indiciado. Nessa situação, a
prisão não poderá ser decretada após a fase inquisitória da persecução penal.

Certo ( ) Errado ( )

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SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
A prisão temporária somente terá cabimento na fase do inquérito policial, não
se admitindo na fase processual, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 1° Caberá prisão temporária:
I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;

11. São crimes que admitem a decretação da Prisão Temporária:

A)epidemia com resultado morte e crimes contra o sistema financeiro.


B) tráfico de drogas e posse de drogas para consumo pessoal.
C) homicídio doloso e ameaça.
D) estupro e homicídio culposo.
E) embriaguez ao volante e homicídio culposo.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA A
Exige do candidato conhecimento a respeito dos crimes que admitem prisão
temporária, previstos no rol taxativo da lei: 7960/89 (também é possível prisão
temporária nos crimes hediondos e equiparados, por força do Art. 2 §4 da
lei:8072/90), vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Lei: 7960/89
Art. 1° Caberá prisão temporária:

I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;

II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos


necessários ao esclarecimento de sua identidade;

III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida
na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes:
...

i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°);


...
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de
1986).
...

12. Acerca de prisão temporária, assinale a opção correta.

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A) A autoridade policial, após o cumprimento da prisão temporária, deverá nomear


defensor para o investigado, caso este não constitua advogado para assisti-lo.
B) É cabível a concessão de fiança, desde que o crime que ensejou a custódia tenha sido
cometido sem violência ou grave ameaça.
C) O investigado deverá ser mantido preso durante todo o prazo judicialmente estipulado
para a custódia temporária, ao final do qual deverá ser posto imediatamente em
liberdade.
D) A custódia temporária poderá persistir após a conclusão da investigação, até o
recebimento da denúncia pelo competente juízo.
E) Somente poderá ser decretada prisão temporária se o crime que originou a
investigação estiver elencado entre as infrações penais taxativamente previstas em lei.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA E
A prisão temporária somente pode ser decretada em face dos crimes previstos
taxativamente na legislação, não admitindo interpretação extensiva, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Afirmativa A
Não cabe a autoridade policial nomear defensor, tal possibilidade sequer é
prevista na lei:7960/89.

Afirmativa B
Para a concessão da fiança não é exigência legal a ausência de violência ou
grave ameaça, tal requisito não está previsto em lei.

Afirmativa C
Não há obrigatoriedade de se manter o indivíduo preso durante todo o prazo,
podendo a prisão ser revogada antes do término do prazo, caso não estejam mais
presentes os requisitos que a ensejaram.

Afirmativa D
A prisão temporária só é cabível durante a fase do inquérito policial.

Lei: 7960/89
Art. 1° Caberá prisão temporária:

I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;

Afirmativa E
A prisão temporária só é cabível nas hipóteses taxativamente previstas em lei.

13. Considere os seguintes casos hipotéticos:

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I. Paulo, funcionário público no exercício do seu cargo, cometeu crime de corrupção


passiva ao exigir dinheiro de uma determinada pessoa para deixar de praticar
determinado ato de ofício.

II. Júlio cometeu crime de cárcere privado (artigo 148, do Código Penal) ao invadir a casa
da ex-namorada, que não queria reatar o relacionamento amoroso.

III. Afonso cometeu crime de roubo (artigo 157, do Código Penal) contra um
hipermercado situado na cidade de São Paulo, em comparsaria com outros elementos.

IV. Manoel, funcionário público, cometeu crime de peculato após se apropriar de dinheiro
de que teve a posse em razão do seu cargo.

Presentes todos os requisitos legais previstos na Lei n° 7.960/1989, que dispõe sobre a
prisão temporária, o magistrado competente poderá decretar a prisão temporária de:

A) Paulo, Júlio e Manoel, apenas.


B) Paulo, Júlio, Afonso e Manoel.
C) Paulo, Afonso e Manoel, apenas.
D) Júlio e Afonso, apenas.
E) Júlio e Manoel, apenas.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA D
Exige do candidato conhecimento a respeito dos crimes que admitem prisão
temporária, previstos no rol taxativo da lei: 7960/89, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Lei: 7960/89
Art. 1° Caberá prisão temporária:
...
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida
na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes:
...

b) seqüestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°);

c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);

14. Alan, funcionário público de determinado Tribunal de Justiça, estava sendo investigado,
em inquérito policial, pela suposta prática dos crimes de associação criminosa e
corrupção passiva. Decorrido o prazo das investigações, a autoridade policial
encaminhou os autos ao Poder Judiciário solicitando novo prazo para prosseguimento
dos atos investigatórios. O Ministério Público apenas concordou com o requerimento de
prorrogação do prazo, não apresentando qualquer outro requerimento. O magistrado,
por sua vez, ao receber os autos, concedeu mais 15 (quinze) dias para investigações e, na

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mesma decisão, decretou a prisão temporária de Alan pelo prazo de 05 (cinco) dias,
argumentando que a cautelar seria imprescindível para as investigações do inquérito
policial.

Alan foi preso temporariamente e mantido separado dos demais detentos da unidade
penitenciária. Ao final do 4º dia de prisão, a autoridade judicial prorrogou por mais 05
(cinco) dias a prisão temporária, esclarecendo que os motivos que justificaram a decisão
permaneciam inalterados, ainda sendo necessária a medida drástica para as
investigações.

Procurado pela família do preso, o advogado de Alan deverá esclarecer que:

A) a prisão temporária foi decretada e prorrogada de maneira válida, mas houve


ilegalidade na sua execução, tendo em vista que os presos temporários não podem ser
mantidos separados dos demais detentos;
B) a prisão temporária não poderia ter sido prorrogada pelo prazo de 05 (cinco) dias, já
que essa cautelar somente tem prazo máximo total de 05 (cinco) dias, que foi o período
inicialmente fixado;
C) a prisão temporária, mesmo que presentes os requisitos legais, não poderia ter sido
decretada de ofício pela autoridade judicial;
D) a prisão temporária foi decretada e prorrogada de maneira válida, não havendo
também qualquer ilegalidade em sua execução;
E) o crime de associação criminosa não admite a decretação da prisão temporária por
não estar previsto no rol da Lei nº 7.960/89.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA C
Pelo fato da prisão temporária somente ser cabível na fase investigatória não é
possível ao juiz decretá-la de ofício, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Lei: 7960/89
“A prisão temporária será decretada pelo juiz, em face da representação da
autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5
(cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada
necessidade. Da leitura do art. 2o, caput, da Lei n° 7.960/89, depreende-se que a
prisão temporária não pode ser decretada de ofício pelo juiz. Preserva-se, assim,
o sistema acusatório e o princípio da imparcialidade do juiz.” (Renato Brasileiro de
Lima; Manual de Processo Penal; Volume Único; 7 Edição; Editora jus podvim).

15. Com base nas disposições da Lei nº 7.960/1989 sobre a prisão temporária, analise os
itens a seguir:

MUDE SUA VIDA!


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I. A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade


policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias,
prorrogável por até 30 (trinta) dias em caso de extrema e comprovada necessidade.

II. A prisão somente poderá ser executada depois da expedição de mandado judicial.

III. Os presos temporários deverão permanecer, obrigatoriamente, separados dos demais


detentos.

Analisados os itens, pode-se afirmar corretamente que:

A) Apenas o item I está correto.


B) Apenas o item II está correto.
C) Apenas o item III está correto.
D) Apenas os itens I e II estão corretos.
E) Apenas os itens II e III estão corretos.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA E
Exige conhecimento sobre o procedimento relativo a prisão temporária,
vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Afirmativa I
Lei:7960/89
Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação
da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5
(cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada
necessidade.

Afirmativa II
Lei:7960/89
Art. 2° § 5° A prisão somente poderá ser executada depois da expedição de
mandado judicial.

Afirmativa III
Art. 3° Os presos temporários deverão permanecer, obrigatoriamente,
separados dos demais detentos.

16. Quanto à prisão temporária, assinale a alternativa correta.

A) Por se tratar de medida cautelar, dada a urgência, na hipótese de representação da


autoridade policial, o Juiz poderá decidir independentemente de manifestação do
Ministério Público.
B) Caberá prisão temporária em homicídio qualificado, mas não em homicídio simples.
C) A prisão temporária somente poderá ser executada depois da expedição de mandado
judicial.

MUDE SUA VIDA!


18
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D) O despacho que decretar a prisão temporária deverá ser fundamentado e prolatado


dentro do prazo de 48 horas, contadas a partir do recebimento da representação ou do
requerimento.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA C
Exige conhecimento sobre a prisão temporária, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Afirmativa A
O magistrado não poderá decidir de ofício.
Lei:7960/89
Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação
da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5
(cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada
necessidade.

Afirmativa B
A lei admite prisão temporária no homicídio doloso, sem fazer distinção se
simples ou qualificado.
Lei: 7960/89
Art. 1° Caberá prisão temporária:
...
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida
na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes:

a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°);

Afirmativa C
Lei: 7960/89
Art. 2 § 5° A prisão somente poderá ser executada depois da expedição de
mandado judicial.

Afirmativa D
Lei: 7960/89
Art. 2 § 2° O despacho que decretar a prisão temporária deverá ser
fundamentado e prolatado dentro do prazo de 24 (vinte e quatro) horas, contadas a
partir do recebimento da representação ou do requerimento.

17. Assinale a alternativa correta em relação à prisão temporária.

A) A prisão temporária terá prazo de 5 dias improrrogáveis.


B) Decretada a prisão temporária e findo o seu prazo, será ela convertida em preventiva
necessariamente.
C) Caberá prisão temporária nas hipóteses de homicídio culposo e doloso.

MUDE SUA VIDA!


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D) A prisão temporária caberá quando o indiciado não tiver residência fixa ou não
fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade.
E) Sempre que possível, os presos temporários ficarão separados dos demais detentos.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA D
Exige conhecimento sobre a prisão temporária, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Afirmativa A
Lei:7960/89
Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação
da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5
(cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada
necessidade.

Afirmativa B
Não haverá conversão automática.
Lei: 7960/89
Art. 2 § 7º Decorrido o prazo contido no mandado de prisão, a autoridade
responsável pela custódia deverá, independentemente de nova ordem da autoridade
judicial, pôr imediatamente o preso em liberdade, salvo se já tiver sido comunicada
da prorrogação da prisão temporária ou da decretação da prisão preventiva.

Afirmativa C
A lei não admite prisão temporária no homicídio culposo.
Lei: 7960/89
Art. 1° Caberá prisão temporária:
...
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida
na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes:

a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°);

Afirmativa D
Lei: 7960/89
Art. 1° Caberá prisão temporária:
...
II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos
necessários ao esclarecimento de sua identidade;

Afirmativa E
Art. 3° Os presos temporários deverão permanecer, obrigatoriamente,
separados dos demais detentos.

MUDE SUA VIDA!


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18. Em relação à prisão temporária, prevista na Lei n° 7.960/1989, assinale a alternativa


correta.

A) É cabível para os crimes que a admitem, e somente na fase pré-processual, desde que
em atenção a requerimento da Autoridade Policial ou do Ministério Público, vedada a
decretação de ofício.
B) É cabível para os crimes que a admitem, tanto na fase pré-processual quanto na
processual, a requerimento da Autoridade Policial ou do Ministério Público, vedada a
decretação de ofício, por 5 (cinco) dias, prorrogáveis uma vez e pelo mesmo prazo, em
caso de extrema necessidade, devidamente demonstrada.
C) É cabível para os crimes que a admitem, e somente na fase pré-processual, sendo
imprescindível para a decretação, quando requerida pela Autoridade Policial, a
concordância do Ministério Público.
D) É cabível para os crimes que a admitem, tanto na fase pré-processual quanto na
processual, podendo ser decretada de ofício, ou a requerimento da Autoridade Policial
ou do Ministério Público.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA A
Exige conhecimento sobre a prisão temporária, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Afirmativa A
O rol de crimes que admitem a temporária é taxativo, tal prisão somente é
cabível na fase do inquérito policial e o magistrado não pode decretá-la de ofício.

Afirmativa B
Não é cabível prisão temporária na fase processual.

Lei: 7960/89
Art. 1° Caberá prisão temporária:

I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;

Afirmativa C
O MP será ouvido, mas a lei não exige a concordância do mesmo, cabendo ao
magistrado a palavra final.

Afirmativa D
Só é cabível prisão temporária na fase do inquérito policial e não pode ser
decretada de ofício.

19. De acordo com a disciplina legal da prisão temporária (Lei nº 7.960, de 21 de dezembro
de 1989), assinale a alternativa correta.

MUDE SUA VIDA!


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A) A prisão temporária somente poderá ser executada depois da expedição do respectivo


mandado judicial.
B) A prisão temporária pode ser decretada em qualquer infração penal cuja pena mínima
cominada seja superior a 02 (dois) anos.
C) A prisão em flagrante deve ser convertida em prisão temporária quando o autuado
não firmar o termo de comparecimento perante os Juizados Especiais Criminais.
D) O juiz pode, na sentença condenatória que reconhece a responsabilidade por crime
hediondo, decretar a prisão temporária do condenado, como condição de prelibação para
o juízo de admissibilidade do recurso de agravo, ainda que o réu tenha respondido ao
processo em liberdade provisória.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA A
Exige conhecimento sobre a prisão temporária, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Afirmativa A
Lei 7.960/89

Art. 2º § 5º A prisão somente poderá ser executada depois da expedição de


mandado judicial.

Afirmativa B
A prisão temporária somente pode ser decretada nos crimes previstos
taxativamente na lei 7960 bem como nos crimes hediondos e equiparados por força
do Art. 2 §4 da lei: 8072/90.

Afirmativa C
Não há previsão legal para essa hipótese.

Afirmativa D
Só é cabível prisão temporária na fase do inquérito policial não podendo a
mesma ser decretada na sentença condenatória.

20. Durante investigação de prática de crime de extorsão simples, considerando que a prisão
do indiciado José era indispensável para as investigações, após representação da
autoridade policial, mas sem requerimento expresso do Ministério Público, o juiz
competente decretou a prisão temporária de José pelo prazo inicial de 10 dias.

Quando o oficial de justiça, acompanhado de força policial, foi cumprir o mandado de


prisão, José entrou imediatamente em contato com seu advogado, para esclarecimentos.

O advogado de José deverá esclarecer que a prisão temporária:

A) não é válida, porque não cabe prisão temporária antes do oferecimento da denúncia;
B) não é válida, apesar de cabível no delito mencionado, em razão do prazo fixado pelo
magistrado;
C) é válida e, ao final do prazo, deverá o preso ser colocado em liberdade
independentemente de nova ordem judicial;

MUDE SUA VIDA!


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D) é valida, apesar de decretada de ofício em razão da ausência de requerimento do


Ministério Público;
E) não é válida, porque o crime investigado não está no rol daqueles que admitem essa
modalidade de prisão.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA B
A prisão temporária tem como regra um prazo de 5 dias, podendo ser
prorrogado por igual período, prazo este que não foi observado na questão, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação
da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5
(cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada
necessidade.

Cumpre salientar que nos crimes hediondos e equiparados o prazo será


diferente, vejamos:

Lei: 8072/90
Art. 2 § 4o A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de
dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta)
dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.

MUDE SUA VIDA!


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SUMÁRIO
Questões sobre a aula.................................................................................................................................. 2
Gabarito ...................................................................................................................................................... 6
Questões Comentadas ................................................................................................................................. 7

MUDE SUA VIDA!


1
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QUESTÕES SOBRE A AULA


1. Tales foi preso em flagrante em um parque de Fortaleza pela prática do crime de estupro,
tendo sido reconhecido pela vítima, Marta, com a qual não possuía relação anterior. Há
indícios de que Tales tenha praticado outros crimes sexuais, tendo sido também reconhecido
por outras vítimas.

A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir.

O juiz poderá aplicar medidas cautelares a Tales, como a monitoração eletrônica, ou, se
entender que estas não sejam adequadas ou suficientes, converter a prisão em flagrante em
prisão preventiva.

Certo ( ) Errado ( )

2. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for homem,
caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade
incompletos.

Certo ( ) Errado ( )

3. São medidas cautelares diversas da prisão, dentre outras, a monitoração eletrônica e o


comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para
informar e justificar atividades.

Certo ( ) Errado ( )

4. José, de sessenta e nove anos de idade, fiscal de vigilância sanitária municipal, viúvo e
único responsável pelos cuidados de seu filho, de onze anos de idade, foi denunciado à polícia
por comerciantes que alegavam que o referido fiscal lhes solicitava dinheiro para que não
fossem por ele autuados por infração à legislação sanitária. Durante investigação conduzida
por autoridade policial em razão dessa denúncia, foi deferida judicialmente interceptação da
comunicação telefônica de José.

Nesse ato, evidenciou-se, em uma degravação, que José havia solicitado certa quantia em
dinheiro a um comerciante, Pedro, para não interditar seu estabelecimento comercial, e que
José havia combinado encontrar-se com Pedro para realizarem essa transação financeira. Na
interceptação, foram captadas, ainda, conversas em que José e outros quatro fiscais não
identificados discutiam a forma de solicitar dinheiro a comerciantes, em troca de não autuá-
los, e a repartição do dinheiro que seria obtido com isso.

No dia combinado, Pedro encontrou-se com José, e, pouco antes de entregar-lhe o dinheiro
que carregava consigo, policiais que haviam instalado escuta ambiental na sala do fiscal
mediante autorização judicial prévia deram voz de prisão em flagrante a José, conduzindo-
o, em seguida, à presença da autoridade policial.

MUDE SUA VIDA!


2
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Em revista pessoal, foi constatado que José portava três cigarros de maconha. Questionado,
o fiscal afirmou ter comprado os cigarros de um estrangeiro que trazia os entorpecentes de
seu país para o Brasil e os revendia perto da residência de José. A autoridade policial deu
andamento aos procedimentos, redigiu o relatório final do inquérito policial e o encaminhou
à autoridade competente.

Considerando essa situação hipotética, julgue o item subsequente.

No curso da ação penal, caso seja decretada prisão preventiva, o juiz poderá, a requerimento
da defesa de José, substituí-la por prisão domiciliar.

Certo ( ) Errado ( )

5. A medida cautelar de proibição de manter contato com determinada pessoa é vedada a


crimes que não estejam submetidos à Lei Maria da Penha.

Certo ( ) Errado ( )

6. A adequação das medidas cautelares diversas da prisão não interferem na conversão da


prisão em flagrante em preventiva, se presentes os requisitos do art. 312 do Código de
Processo Penal.

Certo ( ) Errado ( )

7. O juiz poderá substituir a prisão preventiva pela prisão domiciliar, caso o réu tenha mais
de oitenta anos ou prove ser portador de doença grave que cause extrema debilidade.

Certo ( ) Errado ( )

8. Na fase de conhecimento, a prisão domiciliar para ser concedida à mãe com filhos de até
doze anos depende de comprovação da imprescindibilidade para os cuidados da criança.

Certo ( ) Errado ( )

9. A prisão domiciliar pode ser concedida ao preso se for imprescindível aos cuidados de
pessoa com deficiência.

Certo ( ) Errado ( )

10. A prisão domiciliar, regulada no Código de Processo Penal, teve suas hipóteses alteradas
pelo Estatuto da Primeira Infância, passando a permitir sua concessão em qualquer tempo
de gravidez, desde que comprovada a inadequação concreta do estabelecimento prisional.

Certo ( ) Errado ( )

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3
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11. Acerca da prisão domiciliar, prevista no CPP, assinale a alternativa INCORRETA

A) A prisão preventiva imposta à mulher que for mãe ou responsável por crianças ou
pessoas com deficiência será substituída por prisão domiciliar, desde que não tenha
cometido o crime contra seu filho ou dependente.
B) Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando a agente for
gestante.
C) A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua
residência, só podendo dela ausentar-se com autorização judicial.
D) Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for maior
de sessenta anos.

12. De acordo com o Código de Processo Penal, são medidas cautelares diversas da
prisão:

I. Comparecimento periódico em juízo, no prazo de a cada 6 meses e nas condições


fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades.

II. Proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, a critério do juiz,


deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de
novas infrações.

III. Suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou


financeira quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações
penais.

Quais estão corretas?

A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas III.
D) Apenas I e III.
E) Apenas II e III.

13. De acordo com o Código de Processo Penal, é cabível ao juiz substituir a prisão
preventiva pela domiciliar a
A) pessoa de setenta e cinco anos de idade condenada pela prática do crime de estelionato.
B) gestante condenada pelo crime de furto qualificado, desde que já tenha ultrapassado o
sétimo mês de gravidez.
C) mulher que, condenada pelo crime de roubo, tenha filho de um ano de idade.
D) homem que, condenado pelo crime de corrupção passiva, seja o único responsável pelos
cuidados do seu filho de dez anos de idade.
E) mulher que tenha praticado o crime de abandono de incapaz contra seu filho de cinco anos
de idade.

14. Conforme entendimento dos Tribunais Superiores sobre a prisão domiciliar prevista no
Código de Processo Penal, é correto afirmar que:
A) É medida cautelar alternativa à prisão incompatível com a detração penal.
B) É medida destinada apenas às mulheres presas, tendo em vista o alto número do
encarceramento feminino no Brasil.

MUDE SUA VIDA!


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C) É vedada quando a acusada for reincidente em crime doloso, bem como quando o crime
for cometido pela mãe contra seu próprio filho.
D) Caso haja dúvida acerca da condição de guardiã dos filhos, pode o juiz solicitar laudo
social, desde que já efetive a medida em favor da mulher presa.
E) Conforme expresso no Código de Processo Penal, pode ser decretada quando a mulher
presa tenha cometido o crime de roubo, desde que primária e de bons antecedentes.

15. São medidas cautelares diversas da prisão,


A) o reconhecimento de pessoas e a monitoração eletrônica.
B) o comparecimento periódico em juízo e o recurso em sentido estrito.
C) a proibição de ausentar-se da comarca e o regime aberto.
D) a proibição de manter contato com pessoa determinada e o interrogatório.
E) a fiança e a proibição de acesso ou frequência a determinados lugares.

16. Com base em ofício recebido no cartório da Vara Criminal onde exercia suas funções,
Luiz deveria separar todos os processos de pessoas presas que possivelmente teriam direito
à substituição da prisão preventiva pela prisão domiciliar. Diante disso, separou quatro
procedimentos para análise de prisões preventivas: no primeiro, Clara encontrava-se presa
pelo crime de roubo com emprego de arma de fogo e violência real, possuindo filho de 12
anos de idade; no segundo, o preso era Antônio, senhor de 81 anos de idade respondendo à
ação penal em que se imputava a prática de três crimes de estelionato; no terceiro, João
estava preso pelo crime de corrupção, sendo o único responsável pelos cuidados de seu filho
de 11 anos; no quarto, Larissa estava presa como acusada dos crimes de uso de documento
falso e moeda falsa, possuindo filha de 5 anos, mas não era a única responsável pela criança,
que também morava com o pai.

Com base nas previsões do Código de Processo Penal, em especial dos artigos 318 e 318-A,
Luiz deveria separar, pela possibilidade, em tese, de ser admitida prisão domiciliar, os
processos em que figuram como acusados(as):

A) Clara, Antônio, João e Larissa;


B) Antônio, João e Larissa, apenas;
C) Clara e Larissa, apenas;
D) Antônio e Larissa, apenas;
E) Antônio, apenas.

17. Sobre as medidas cautelares diversas da prisão, assinale a alternativa INCORRETA.

A) A periodicidade do comparecimento em juízo é estipulada pelo juiz.


B) A fiança não poderá ser cumulada com outras medidas cautelares.
C) É possível decretar-se internação provisória como medida cautelar diversa da prisão.
D) O comparecimento periódico em juízo tem como objetivo que o acusado ou investigado
informe e justifique ao juiz as suas atividades.
E) A proibição de frequentar determinados lugares almeja evitar o risco de novas infrações.

18. Como alternativa à prisão, o legislador contemplou outras medidas cautelares. Dentre
esse rol, qual não corresponde a uma medida cautelar diversa da prisão?

A) Comparecimento periódico em juízo, até o dia 10 (dez) de cada mês e nas condições
fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades.
B) Monitoração eletrônica.

MUDE SUA VIDA!


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C) Proibição de acesso ou frequência a determinados lugares, quando, por circunstâncias


relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para
evitar o risco de novas infrações.
D) Proibição de manter contato com pessoa determinada, quando, por circunstâncias
relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante.
E) Proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou
necessária para a investigação ou instrução.

19. Sobre as medidas cautelares diversas da prisão:

A) A monitoração eletrônica só pode ser aplicada em caso de crimes cometidos com violência
ou grave ameaça contra a pessoa.
B) A prisão preventiva só será determinada quando não for cabível a sua substituição por
outra medida cautelar.
C) Em caso de descumprimento de medida cautelar, deve o juiz de imediato decretar a prisão
preventiva, sendo vedada a substituição por outra medida.
D) A internação provisória é cabível em caso de furto quando os peritos concluírem ser
inimputável o acusado e houver risco de reiteração.
E) É vedada a aplicação cumulativa de medidas cautelares diversas da prisão, sob pena de
bis in idem.

20. É INCORRETO afirmar que

A) as medidas cautelares somente poderão ser aplicadas isoladamente, para evitar bis in
idem.
B) constitui medida cautelar diversa da prisão o recolhimento domiciliar no período noturno
e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos.
C) o juiz poderá decretar, no curso do inquérito policial, a proibição de o indiciado manter
contato com a vítima quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, o indiciado deva
permanecer distante dela.
D) revogada a medida cautelar antes decretada, o juiz pode voltar a decretá-la, se
sobrevierem razões que a justifiquem.
E) se não houver urgência nem perigo de ineficácia da medida cautelar, o juiz, ao receber o
pedido de decretação da medida, determinará a intimação da parte contrária, acompanhada
de cópia do requerimento e das peças necessárias, permanecendo os autos em juízo.

GABARITO
1. CERTO
2. CERTO
3. CERTO
4. CERTO
5. ERRADO
6. ERRADO
7. CERTO

MUDE SUA VIDA!


6
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8. ERRADO
9. CERTO
10. ERRADO
11. D
12. C
13. D
14. D
15. E
16. B
17. B
18. A
19. B
20. A

QUESTÕES COMENTADAS
1. Tales foi preso em flagrante em um parque de Fortaleza pela prática do crime de estupro,
tendo sido reconhecido pela vítima, Marta, com a qual não possuía relação anterior. Há
indícios de que Tales tenha praticado outros crimes sexuais, tendo sido também reconhecido
por outras vítimas.

A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir.

O juiz poderá aplicar medidas cautelares a Tales, como a monitoração eletrônica, ou, se
entender que estas não sejam adequadas ou suficientes, converter a prisão em flagrante em
prisão preventiva.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
Ao receber o auto de prisão em flagrante o juiz na audiência de custódia, de
maneira fundamentada, poderá decretar uma medida cautelar ou até mesmo
converter a prisão em flagrante em preventiva, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até
24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover
audiência de custódia com a presença do acusado, seu advogado constituído ou
membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério Público, e, nessa audiência,
o juiz deverá, fundamentadamente:
I - relaxar a prisão ilegal; ou
II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes
os requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem
inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou
III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.

MUDE SUA VIDA!


7
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2. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for homem,
caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade
incompletos.

Certo ( ) Errado ( )
SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
Exige conhecimento sobre possibilidade de conversão da prisão preventiva em
prisão domiciliar, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o
agente for:
I - maior de 80 (oitenta) anos;
II - extremamente debilitado por motivo de doença grave;
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos
de idade ou com deficiência;
IV - gestante;
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;
VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de
até 12 (doze) anos de idade incompletos.

3. São medidas cautelares diversas da prisão, dentre outras, a monitoração eletrônica e o


comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para
informar e justificar atividades.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
Exige conhecimento sobre quais são as medidas cautelares diversas da prisão
previstas no CPP, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão:

I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições


fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades;

II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por


circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante
desses locais para evitar o risco de novas infrações;

III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por


circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer
distante;

MUDE SUA VIDA!


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IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja


conveniente ou necessária para a investigação ou instrução;

V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o


investigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos;

VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza


econômica ou financeira quando houver justo receio de sua utilização para a prática
de infrações penais;

VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com


violência ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-
imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de reiteração;

VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento


a atos do processo, evitar a obstrução do seu andamento ou em caso de resistência
injustificada à ordem judicial;

IX - monitoração eletrônica.

4. José, de sessenta e nove anos de idade, fiscal de vigilância sanitária municipal, viúvo e
único responsável pelos cuidados de seu filho, de onze anos de idade, foi denunciado à polícia
por comerciantes que alegavam que o referido fiscal lhes solicitava dinheiro para que não
fossem por ele autuados por infração à legislação sanitária. Durante investigação conduzida
por autoridade policial em razão dessa denúncia, foi deferida judicialmente interceptação da
comunicação telefônica de José.

Nesse ato, evidenciou-se, em uma degravação, que José havia solicitado certa quantia em
dinheiro a um comerciante, Pedro, para não interditar seu estabelecimento comercial, e que
José havia combinado encontrar-se com Pedro para realizarem essa transação financeira. Na
interceptação, foram captadas, ainda, conversas em que José e outros quatro fiscais não
identificados discutiam a forma de solicitar dinheiro a comerciantes, em troca de não autuá-
los, e a repartição do dinheiro que seria obtido com isso.

No dia combinado, Pedro encontrou-se com José, e, pouco antes de entregar-lhe o dinheiro
que carregava consigo, policiais que haviam instalado escuta ambiental na sala do fiscal
mediante autorização judicial prévia deram voz de prisão em flagrante a José, conduzindo-
o, em seguida, à presença da autoridade policial.
Em revista pessoal, foi constatado que José portava três cigarros de maconha. Questionado,
o fiscal afirmou ter comprado os cigarros de um estrangeiro que trazia os entorpecentes de
seu país para o Brasil e os revendia perto da residência de José. A autoridade policial deu
andamento aos procedimentos, redigiu o relatório final do inquérito policial e o encaminhou
à autoridade competente.

Considerando essa situação hipotética, julgue o item subsequente.

MUDE SUA VIDA!


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No curso da ação penal, caso seja decretada prisão preventiva, o juiz poderá, a requerimento
da defesa de José, substituí-la por prisão domiciliar.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
Por ser o único responsável por seu filho de 11 anos terá direito a prisão
domiciliar, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o
agente for:
I - maior de 80 (oitenta) anos;
II - extremamente debilitado por motivo de doença grave;
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos
de idade ou com deficiência;
IV - gestante;
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;
VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de
até 12 (doze) anos de idade incompletos.

5. A medida cautelar de proibição de manter contato com determinada pessoa é vedada a


crimes que não estejam submetidos à Lei Maria da Penha.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: ERRADO
Embora essa medida esteja prevista na lei: 11340/06, não se restringe apenas
as hipóteses de violência doméstica contra a mulher, também há previsão no CPP,
vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão:

III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por


circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer
distante;

6. A adequação das medidas cautelares diversas da prisão não interferem na conversão da


prisão em flagrante em preventiva, se presentes os requisitos do art. 312 do Código de
Processo Penal.

MUDE SUA VIDA!


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Certo ( ) Errado ( )
SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: ERRADO
Estando presentes os requisitos que autorizam a decretação de uma medida
cautelar diversa da prisão o magistrado assim deve proceder, ou seja, a prisão é a
“ultima ratio”, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até
24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover
audiência de custódia com a presença do acusado, seu advogado constituído ou
membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério Público, e, nessa audiência,
o juiz deverá, fundamentadamente:
I - relaxar a prisão ilegal; ou
II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes
os requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem
inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou
III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.

E mais...

Art. 282 § 6º A prisão preventiva somente será determinada quando não for
cabível a sua substituição por outra medida cautelar, observado o art. 319 deste
Código, e o não cabimento da substituição por outra medida cautelar deverá ser
justificado de forma fundamentada nos elementos presentes do caso concreto, de
forma individualizada.

7. O juiz poderá substituir a prisão preventiva pela prisão domiciliar, caso o réu tenha mais
de oitenta anos ou prove ser portador de doença grave que cause extrema debilidade.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
Exige conhecimento a respeito das hipóteses de cabimento da prisão domiciliar,
vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o
agente for:
I - maior de 80 (oitenta) anos;
II - extremamente debilitado por motivo de doença grave;
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos
de idade ou com deficiência;
IV - gestante;
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;

MUDE SUA VIDA!


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VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12


(doze) anos de idade incompletos.

8. Na fase de conhecimento, a prisão domiciliar para ser concedida à mãe com filhos de até
doze anos depende de comprovação da imprescindibilidade para os cuidados da criança.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: ERRADO
Diferente do que ocorre com o homem a lei não exige para a mulher que esta
seja a única responsável pela criança, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o
agente for:
I - maior de 80 (oitenta) anos;
II - extremamente debilitado por motivo de doença grave;
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos
de idade ou com deficiência;
IV - gestante;
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;
VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12
(doze) anos de idade incompletos.

9. A prisão domiciliar pode ser concedida ao preso se for imprescindível aos cuidados de
pessoa com deficiência.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
Exige conhecimento a respeito das hipóteses de cabimento da prisão domiciliar,
vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o
agente for:
I - maior de 80 (oitenta) anos;
II - extremamente debilitado por motivo de doença grave;

MUDE SUA VIDA!


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III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos


de idade ou com deficiência;
IV - gestante;
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;
VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12
(doze) anos de idade incompletos.

10. A prisão domiciliar, regulada no Código de Processo Penal, teve suas hipóteses alteradas
pelo Estatuto da Primeira Infância, passando a permitir sua concessão em qualquer tempo
de gravidez, desde que comprovada a inadequação concreta do estabelecimento prisional.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: ERRADO
A única exigência é que a pessoa detida esteja grávida, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o
agente for:
I - maior de 80 (oitenta) anos;
II - extremamente debilitado por motivo de doença grave;
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos
de idade ou com deficiência;
IV - gestante;
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;
VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12
(doze) anos de idade incompletos.

11. Acerca da prisão domiciliar, prevista no CPP, assinale a alternativa INCORRETA

A) A prisão preventiva imposta à mulher que for mãe ou responsável por crianças ou
pessoas com deficiência será substituída por prisão domiciliar, desde que não tenha
cometido o crime contra seu filho ou dependente.
B) Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando a agente for
gestante.
C) A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua
residência, só podendo dela ausentar-se com autorização judicial.
D) Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for maior
de sessenta anos.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA D
Exige conhecimento sobre possibilidade de conversão da prisão preventiva em
prisão domiciliar, vejamos:

MUDE SUA VIDA!


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SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o
agente for:

I - maior de 80 (oitenta) anos;


II - extremamente debilitado por motivo de doença grave;
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos
de idade ou com deficiência;
IV - gestante;
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;
VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12
(doze) anos de idade incompletos.

12. De acordo com o Código de Processo Penal, são medidas cautelares diversas da
prisão:

I. Comparecimento periódico em juízo, no prazo de a cada 6 meses e nas condições


fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades.

II. Proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, a critério do juiz,


deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de
novas infrações.

III. Suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou


financeira quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações
penais.

Quais estão corretas?

A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas III.
D) Apenas I e III.
E) Apenas II e III.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA C
Exige conhecimento sobre quais são as medidas cautelares diversas da prisão
previstas no CPP, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Afirmativa I
Trata-se de medida cautelar, porém, o prazo é estipulado pelo juiz.

Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão:

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I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas


pelo juiz, para informar e justificar atividades;

Afirmativa II
Trata-se de medida cautelar, porém, a proibição deve guardar relação com a
infração praticada.

Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão:

II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por


circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer
distante desses locais para evitar o risco de novas infrações;

Afirmativa III
Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão:

VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza


econômica ou financeira quando houver justo receio de sua utilização para a prática
de infrações penais;

13. De acordo com o Código de Processo Penal, é cabível ao juiz substituir a prisão
preventiva pela domiciliar a
A) pessoa de setenta e cinco anos de idade condenada pela prática do crime de estelionato.
B) gestante condenada pelo crime de furto qualificado, desde que já tenha ultrapassado o
sétimo mês de gravidez.
C) mulher que, condenada pelo crime de roubo, tenha filho de um ano de idade.
D) homem que, condenado pelo crime de corrupção passiva, seja o único responsável pelos
cuidados do seu filho de dez anos de idade.
E) mulher que tenha praticado o crime de abandono de incapaz contra seu filho de cinco anos
de idade.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA D
Exige conhecimento sobre possibilidade de conversão da prisão preventiva em
prisão domiciliar, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o
agente for:

I - maior de 80 (oitenta) anos;


II - extremamente debilitado por motivo de doença grave;
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos
de idade ou com deficiência;
IV - gestante;
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;

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VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de


até 12 (doze) anos de idade incompletos.

14. Conforme entendimento dos Tribunais Superiores sobre a prisão domiciliar prevista no
Código de Processo Penal, é correto afirmar que:
A) É medida cautelar alternativa à prisão incompatível com a detração penal.
B) É medida destinada apenas às mulheres presas, tendo em vista o alto número do
encarceramento feminino no Brasil.
C) É vedada quando a acusada for reincidente em crime doloso, bem como quando o crime
for cometido pela mãe contra seu próprio filho.
D) Caso haja dúvida acerca da condição de guardiã dos filhos, pode o juiz solicitar laudo
social, desde que já efetive a medida em favor da mulher presa.
E) Conforme expresso no Código de Processo Penal, pode ser decretada quando a mulher
presa tenha cometido o crime de roubo, desde que primária e de bons antecedentes.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA D
Exige conhecimento sobre a prisão domiciliar prevista no Art. 318 do CPP, bem
como a posição dos tribunais sobre o tema, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Afirmativa A
A medida por ser uma substitutiva da prisão preventiva, admite a detração na
forma do Art. 42 do CP.

Afirmativa B
Não é direcionada apenas para as mulheres.

Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o
agente for:
I - maior de 80 (oitenta) anos;
II - extremamente debilitado por motivo de doença grave;
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos
de idade ou com deficiência;
IV - gestante;
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;
VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12
(doze) anos de idade incompletos.

Afirmativa C
Não há proibição legal para a concessão da prisão domiciliar ao reincidente.

Em relação a mãe que pratica o crime contra o próprio filho veja o que dispõe
o CPP:

MUDE SUA VIDA!


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Art. 318-A. A prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que for mãe ou
responsável por crianças ou pessoas com deficiência será substituída por prisão
domiciliar, desde que:

I - não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa;

II - não tenha cometido o crime contra seu filho ou dependente.

Afirmativa D
Tal possibilidade foi julgada pelo STF no HC Coletivo 143641 que determinou a
substituição da prisão preventiva pela domiciliar de todas as mulheres presas
gestantes, puérperas ou mãe de crianças e deficientes.

Fonte:https://stf.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/642872834/habeas-corpus-
hc-143641-sp-sao-paulo

Afirmativa E
Essa possibilidade não possui previsão legal.

15. São medidas cautelares diversas da prisão,


A) o reconhecimento de pessoas e a monitoração eletrônica.
B) o comparecimento periódico em juízo e o recurso em sentido estrito.
C) a proibição de ausentar-se da comarca e o regime aberto.
D) a proibição de manter contato com pessoa determinada e o interrogatório.
E) a fiança e a proibição de acesso ou frequência a determinados lugares.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA E
Exige conhecimento sobre quais são as medidas cautelares diversas da prisão
previstas no CPP, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão:

I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo


juiz, para informar e justificar atividades;

II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando,


por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer
distante desses locais para evitar o risco de novas infrações;

III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por


circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer
distante;

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IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja


conveniente ou necessária para a investigação ou instrução;

V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o


investigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos;

VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza


econômica ou financeira quando houver justo receio de sua utilização para a prática
de infrações penais;

VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com


violência ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-
imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de reiteração;

VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento


a atos do processo, evitar a obstrução do seu andamento ou em caso de resistência
injustificada à ordem judicial;

IX - monitoração eletrônica.

16. Com base em ofício recebido no cartório da Vara Criminal onde exercia suas funções,
Luiz deveria separar todos os processos de pessoas presas que possivelmente teriam direito
à substituição da prisão preventiva pela prisão domiciliar. Diante disso, separou quatro
procedimentos para análise de prisões preventivas: no primeiro, Clara encontrava-se presa
pelo crime de roubo com emprego de arma de fogo e violência real, possuindo filho de 12
anos de idade; no segundo, o preso era Antônio, senhor de 81 anos de idade respondendo à
ação penal em que se imputava a prática de três crimes de estelionato; no terceiro, João
estava preso pelo crime de corrupção, sendo o único responsável pelos cuidados de seu filho
de 11 anos; no quarto, Larissa estava presa como acusada dos crimes de uso de documento
falso e moeda falsa, possuindo filha de 5 anos, mas não era a única responsável pela criança,
que também morava com o pai.

Com base nas previsões do Código de Processo Penal, em especial dos artigos 318 e 318-A,
Luiz deveria separar, pela possibilidade, em tese, de ser admitida prisão domiciliar, os
processos em que figuram como acusados(as):

A) Clara, Antônio, João e Larissa;


B) Antônio, João e Larissa, apenas;
C) Clara e Larissa, apenas;
D) Antônio e Larissa, apenas;
E) Antônio, apenas.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA B
Exige conhecimento sobre possibilidade de conversão da prisão preventiva em
prisão domiciliar, vejamos:

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SOLUÇÃO COMPLETA
Vejamos a situação de cada um em separado:

Clara:
Não terá direito a prisão domiciliar por ter praticado crime com violência ou
grave ameaça.

Art. 318-A. A prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que for mãe ou
responsável por crianças ou pessoas com deficiência será substituída por prisão
domiciliar, desde que:

I - não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa;

II - não tenha cometido o crime contra seu filho ou dependente.

Antônio:
Terá direito a prisão domiciliar, por ter idade de 81 anos.

Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o
agente for:

I - maior de 80 (oitenta) anos;

João:
Terá direito a prisão domiciliar por ser o único responsável pela criança.

Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o
agente for:
VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de
até 12 (doze) anos de idade incompletos.

Larissa:
Terá direito a prisão domiciliar, pois diferente do que ocorre com o homem a
lei não exige para a mulher que esta seja a única responsável pela criança.

Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o
agente for:

V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;

17. Sobre as medidas cautelares diversas da prisão, assinale a alternativa INCORRETA.

A) A periodicidade do comparecimento em juízo é estipulada pelo juiz.


B) A fiança não poderá ser cumulada com outras medidas cautelares.
C) É possível decretar-se internação provisória como medida cautelar diversa da prisão.

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D) O comparecimento periódico em juízo tem como objetivo que o acusado ou investigado


informe e justifique ao juiz as suas atividades.
E) A proibição de frequentar determinados lugares almeja evitar o risco de novas infrações.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA B
É possível cumular as medidas cautelares com a fiança, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 319 §4º A fiança será aplicada de acordo com as disposições do Capítulo
VI deste título, podendo ser cumulada com outras medidas cautelares.

18. Como alternativa à prisão, o legislador contemplou outras medidas cautelares. Dentre
esse rol, qual não corresponde a uma medida cautelar diversa da prisão?

A) Comparecimento periódico em juízo, até o dia 10 (dez) de cada mês e nas condições
fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades.
B) Monitoração eletrônica.
C) Proibição de acesso ou frequência a determinados lugares, quando, por circunstâncias
relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para
evitar o risco de novas infrações.
D) Proibição de manter contato com pessoa determinada, quando, por circunstâncias
relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante.
E) Proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou
necessária para a investigação ou instrução.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA A
Não há um prazo pré estabelecido em lei para o comparecimento periódico,
cabe ao juiz fixar tal prazo, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão:

I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições


fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades;

II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por


circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante
desses locais para evitar o risco de novas infrações;

III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por


circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer
distante;

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IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja


conveniente ou necessária para a investigação ou instrução;

V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o


investigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos;

VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza


econômica ou financeira quando houver justo receio de sua utilização para a prática
de infrações penais;

VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com


violência ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-
imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de reiteração;

VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento


a atos do processo, evitar a obstrução do seu andamento ou em caso de resistência
injustificada à ordem judicial;

IX - monitoração eletrônica.

19. Sobre as medidas cautelares diversas da prisão:

A) A monitoração eletrônica só pode ser aplicada em caso de crimes cometidos com violência
ou grave ameaça contra a pessoa.
B) A prisão preventiva só será determinada quando não for cabível a sua substituição por
outra medida cautelar.
C) Em caso de descumprimento de medida cautelar, deve o juiz de imediato decretar a prisão
preventiva, sendo vedada a substituição por outra medida.
D) A internação provisória é cabível em caso de furto quando os peritos concluírem ser
inimputável o acusado e houver risco de reiteração.
E) É vedada a aplicação cumulativa de medidas cautelares diversas da prisão, sob pena de
bis in idem.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA B
Exige conhecimento sobre as medidas cautelares diversas da prisão previstas
no CPP, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Afirmativa A
A monitoração eletrônica é medida cautelar diversa da prisão (Art. 319 IX CPP),
porém não há a exigência de que o crime tenha sido praticado com violência ou grave
ameaça para a sua concessão.

Afirmativa B
Art. 282 § 6º A prisão preventiva somente será determinada quando não for
cabível a sua substituição por outra medida cautelar, observado o art. 319 deste
Código, e o não cabimento da substituição por outra medida cautelar deverá ser

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justificado de forma fundamentada nos elementos presentes do caso concreto, de


forma individualizada.

Afirmativa C
Art. 282 § 4º No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas,
o juiz, mediante requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do
querelante, poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último
caso, decretar a prisão preventiva, nos termos do parágrafo único do art. 312 deste
Código.

Afirmativa D
Art. 319 VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes
praticados com violência ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser
inimputável ou semi-imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de
reiteração;

Afirmativa E
Art. 282 § 1º As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou
cumulativamente.

20. É INCORRETO afirmar que

A) as medidas cautelares somente poderão ser aplicadas isoladamente, para evitar bis in
idem.
B) constitui medida cautelar diversa da prisão o recolhimento domiciliar no período noturno
e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos.
C) o juiz poderá decretar, no curso do inquérito policial, a proibição de o indiciado manter
contato com a vítima quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, o indiciado deva
permanecer distante dela.
D) revogada a medida cautelar antes decretada, o juiz pode voltar a decretá-la, se
sobrevierem razões que a justifiquem.
E) se não houver urgência nem perigo de ineficácia da medida cautelar, o juiz, ao receber o
pedido de decretação da medida, determinará a intimação da parte contrária, acompanhada
de cópia do requerimento e das peças necessárias, permanecendo os autos em juízo.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA A
Não há que se falar em bis in idem, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 282 § 1º As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou
cumulativamente.

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QUESTÕES SOBRE A
AULA

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2

QUESTÕES SOBRE A AULA


1. Ano: 2011 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PC-ES Cargo: Perito Papiloscópio – Esp.
Acerca da identificação criminal, julgue os itens a seguir à luz daLei nº 12.037/2009.
Não se equiparam aos documentos de identificação civis os documentos de identificação
militares.
Certo ( ) Errado ( )
2. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Cargo: Escrivão de Polícia Federal
Com relação aos direitos e às garantias fundamentais constitucionalmente assegurados, julgue
o item que segue.
Em regra, indivíduo civilmente identificado não será submetido à identificação criminal.
Certo ( ) Errado ( )
3. Ano: 2013 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PC-BA Cargo: Delegado de Polícia
João, preso em flagrante pela prática do crime de roubo, foi encaminhado à delegacia de
polícia, onde apresentou a carteira nacional de habilitação para identificar-se, visto que não por-
tava sua carteira de identidade. Ainda assim, o delegado determinou que João fosse submetido à
perícia dactiloscópica.
Com base nessa situação hipotética, julgue o item que se segue à luz do disposto na Lei nº
12.037/2009.
Nos termos da Lei nº 12.037/2009, a identificação criminal de João se justifica pelo fato de ele
estar sendo indiciado pela prática de crime de roubo.
Certo ( ) Errado ( )
4. Ano: 2013 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PC-BA Cargo: Delegado de Polícia
João, preso em flagrante pela prática do crime de roubo, foi encaminhado à delegacia de
polícia, onde apresentou a carteira nacional de habilitação para identificar-se, visto que não por-
tava sua carteira de identidade. Ainda assim, o delegado determinou que João fosse submetido à
perícia dactiloscópica.
Com base nessa situação hipotética, julgue o item que se segue à luz do disposto na Lei nº
12.037/2009.
Ao determinar a identificação criminal de João, o delegado praticou o delito de constrangi-
mento ilegal.
Certo ( ) Errado ( )
5. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Cargo: Papiloscopista Policial
Federal
Na tentativa de entrar em território brasileiro com drogas ilícitas a bordo de um veículo, um
traficante disparou um tiro contra agente policial federal que estava em missão em unidade fron-
teiriça. Após troca de tiros, outros agentes prenderam o traficante em flagrante, conduziram-no à
autoridade policial local e levaram o colega ferido ao hospital da região.
Nessa situação hipotética, caso o traficante tenha se identificado com carteira nacional de
habilitação rasurada, sua identificação criminal deverá ser feita pelo processo datiloscópico.
Certo ( ) Errado ( )

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QUESTÕES SOBRE A AULA 3

6. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Cargo: Papiloscopista Policial
Federal
Em cada um dos itens que se seguem, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma
assertiva a ser julgada com base em disposições das Leis nºs 8.069/1990, 12.037/2009 e 13.445/2017
e suas alterações.
Um indivíduo foi preso e a autoridade judiciária decidiu, de ofício, pela sua identificação
criminal, por entender que tal medida seria essencial às investigações policiais. Nessa situação, a
identificação criminal é legal e incluirá o processo datiloscópico e o fotográfico, podendo incluir
também a coleta de material genético para a obtenção do perfil genético.
Certo ( ) Errado ( )
7. Ano: 2013 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: SEGESP-AL Cargo: Papiloscopista
Acerca da identificação criminal, julgue os seguintes itens.
A identificação criminal poderá incluir a coleta de material biológico para a obtenção do perfil
genético quando o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado
Certo ( ) Errado ( )
8. Ano: 2013 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PC-DF Cargo: Agente de Polícia
Considerando, por hipótese, que, devido ao fato de estar sendo investigado pela prática de
latrocínio, José tenha contratado um advogado para acompanhar as investigações, julgue os itens
a seguir.
Se surgirem indícios contra José, ele deverá ser indiciado e identificado pelo processo dati-
loscópico, pois, na hipótese em apreço, o referido crime é hediondo, fato que torna obrigatória a
identificação criminal.
Certo ( ) Errado ( )
9. Ano: 2013 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PC-BA Cargo: Investigador de Polícia
Acerca do concurso de crimes, do concurso de pessoas e das causas de exclusão da ilicitude,
julgue os itens que se seguem.
O agente policial, ao submeter o preso aos procedimentos estabelecidos na lei, como, por
exemplo, à identificação datiloscópica, quando autorizada, e ao reconhecimento de pessoas e de
coisas, no curso do inquérito policial, encontra-se amparado pelo exercício regular de direito, res-
pondendo criminalmente nos casos de excesso doloso ou culposo.
Certo ( ) Errado ( )
10. Ano: 2011 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PC-ES Cargo: Perito Papiloscópico - Específicos
Acerca da identificação criminal, julgue os itens a seguir à luz daLei nº 12.037/2009.
Considere a seguinte situação hipotética. Antônia foi presa em flagrante quando praticava
furto em uma loja de eletrodomésticos. Encaminhada ao distrito policial mais próximo, apresen-
tou à autoridade policial duas identidades com sobrenomes distintos, esclarecendo que seu nome
de solteira fora alterado quando se casou. Nessa situação, seria legalmente permitido se fazer a
identificação criminal de Antônia.
Certo ( ) Errado ( )

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4

GABARITO
1. Errado

2. Certo

3. Errado

4. Errado

5. Certo

6. Certo

7. Errado

8. Errado

9. Errado

10. Certo

QUESTÕES COMENTADAS
1. Ano: 2011 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PC-ES Cargo: Perito Papiloscópio – Esp.
Acerca da identificação criminal, julgue os itens a seguir à luz daLei nº 12.037/2009.
Não se equiparam aos documentos de identificação civis os documentos de identificação
militares.
Certo ( ) Errado ( )
SOLUÇÃO
Resposta: Errado
A questão deseja saber se a afirmativa é verdadeira ou não, em relação à Lei n o
12.037/2009.
A identificação militar não é equiparada a identificação civil?
A afirmativa torna-se falsa graças ao art. 2º, Parágrafo único que afirma que os documen-
tos militares são equiparados aos de identificação civil.
Com isso, podemos afirmar pelo art. 2º que são aceitos os seguintes documentos: car-
teira de identidade, carteira profissional, passaporte, carteira de identificação funcional,
outro documento público que permite a identificação, além das identificações militares.

2. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Cargo: Escrivão de Polícia Federal
Com relação aos direitos e às garantias fundamentais constitucionalmente assegurados, julgue
o item que segue.
Em regra, indivíduo civilmente identificado não será submetido à identificação criminal.
Certo ( ) Errado ( )

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QUESTÕES COMENTADAS 5

SOLUÇÃO
Resposta: Certo
A questão deseja saber se é verdadeiro ou falso a afirmativa apresentada, em que um
indivíduo civilmente identificado não será submetido à identificação criminal.
A afirmativa esta correta, com base no art. 5º, LVIII da CF/88 explicita isso e o art. 1º da
Lei 12.037/09, por motivos óbvios, não contradiz a constituição explicitando o mesmo
que no artigo 5º de nossa Carta Magna.

3. Ano: 2013 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PC-BA Cargo: Delegado de Polícia


João, preso em flagrante pela prática do crime de roubo, foi encaminhado à delegacia de
polícia, onde apresentou a carteira nacional de habilitação para identificar-se, visto que não por-
tava sua carteira de identidade. Ainda assim, o delegado determinou que João fosse submetido à
perícia dactiloscópica.
Com base nessa situação hipotética, julgue o item que se segue à luz do disposto na Lei nº
12.037/2009.
Nos termos da Lei nº 12.037/2009, a identificação criminal de João se justifica pelo fato de ele
estar sendo indiciado pela prática de crime de roubo.
Certo ( ) Errado ( )
SOLUÇÃO
Resposta: Errado
A questão deseja saber se a afirmativa é verdadeira ou falsa sobre um estudo de caso.
O estudo de caso apresentado deseja saber se, pela referida lei, é justificado o ato de
identificação criminal de João, praticado pelo delegado, por ele estar sendo indiciado
pela prática de crime de roubo.
Tanto no art. 5º de nossa CF/88 quanto o art. 1º da referida lei na questão deixam bem
claro que um civil identificado não deve ser submetido à identificação criminal, salvo
alguns casos apresentados no art. 3º que são: documento com rasura ou indício de
falsificação (I), documento insuficiente para identificação (II), informações conflitantes
(III), decisão de ofício ou mediante representação (IV), constar uso de outros nomes em
registro policial (V), estado de conservação ou tiver distância temporal ou de localidade
(VI), mas nenhuma dessas informações foram apresentadas no estudo de caso.
Concluindo a alternativa a ser marcada é a errada, pois com a apresentação da carteira de
habilitação, que esta incluída no art. 2º como documento a ser aceito como identificação
civil, a identificação criminal não poderia ter sido feito, nem pelo fato de ter sido preso
em flagrante pelo crime de roubo.

4. Ano: 2013 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PC-BA Cargo: Delegado de Polícia


João, preso em flagrante pela prática do crime de roubo, foi encaminhado à delegacia de
polícia, onde apresentou a carteira nacional de habilitação para identificar-se, visto que não por-
tava sua carteira de identidade. Ainda assim, o delegado determinou que João fosse submetido à
perícia dactiloscópica.
Com base nessa situação hipotética, julgue o item que se segue à luz do disposto na Lei nº
12.037/2009.

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6

Ao determinar a identificação criminal de João, o delegado praticou o delito de constrangi-


mento ilegal.
Certo ( ) Errado ( )
SOLUÇÃO
Resposta: Errado
Dando prosseguimento a história de João, que foi relatada na questão anterior.
Julgue se a afirmativa esta certa ou errada?
O delegado praticou um delito de constrangimento ilegal ao identificar criminalmente
o João?
A resposta a ser marcada é a errada, pois analisando a Súmula 568 do Superior Tribunal
Federal é informada que não há a constituição de constrangimento ilegal a identificação
criminal, mesmo o indiciado tendo sido identificado civilmente.

5. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Cargo: Papiloscopista Policial
Federal
Na tentativa de entrar em território brasileiro com drogas ilícitas a bordo de um veículo, um
traficante disparou um tiro contra agente policial federal que estava em missão em unidade fron-
teiriça. Após troca de tiros, outros agentes prenderam o traficante em flagrante, conduziram-no à
autoridade policial local e levaram o colega ferido ao hospital da região.
Nessa situação hipotética, caso o traficante tenha se identificado com carteira nacional de
habilitação rasurada, sua identificação criminal deverá ser feita pelo processo datiloscópico.
Certo ( ) Errado ( )
SOLUÇÃO
Resposta: Certo
Novo estudo de caso que a banca Cespe/Cebraspe deseja que o candidato analise se
esta correta ou não.
A parte que ser analisada é a identificação criminal que foi feita em um traficante após
apresentar carteira nacional de habilitação rasurada. Esta atitude foi correta ou não?
A resposta é certa, a atitude tomada foi à correta com base no art. 3º, I da lei 12.037/09,
que explicita que um documento apresentando rasura ou tiver indício de falsificação
pode ocorrer à identificação criminal.

6. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Cargo: Papiloscopista Policial
Federal
Em cada um dos itens que se seguem, é apresentada uma situação hipotética, seguida de
uma assertiva a ser julgada com base em disposições das Leis nº s 8.069/1990, 12.037/2009 e
13.445/2017 e suas alterações.
Um indivíduo foi preso e a autoridade judiciária decidiu, de ofício, pela sua identificação
criminal, por entender que tal medida seria essencial às investigações policiais. Nessa situação, a
identificação criminal é legal e incluirá o processo datiloscópico e o fotográfico, podendo incluir
também a coleta de material genético para a obtenção do perfil genético.
Certo ( ) Errado ( )

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QUESTÕES COMENTADAS 7

SOLUÇÃO
Resposta: Certo
Novo estudo de caso apresentado pela banca Cespe/Cebraspe. A questão deseja saber se
esta certa ou não que por decisão, de ofício, de autoridade judiciária que um indivíduo
preso deve ser identificado criminalmente.
No art. 3º, IV, da lei 12.037/09 informa que é legal a identificação criminal de indivíduo
e o art. 5º inclui o processo datiloscópico e o fotográfico e a coleta de material genético
para obtenção de perfil genético.

7. Ano: 2013 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: SEGESP-AL Cargo: Papiloscopista


Acerca da identificação criminal, julgue os seguintes itens.
A identificação criminal poderá incluir a coleta de material biológico para a obtenção do perfil
genético quando o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado
Certo ( ) Errado ( )
SOLUÇÃO
Resposta: Errado
A questão deseja saber se a identificação criminal poderá incluir a coleta de material
biológico do perfil genética quando o documento apresentado foi insuficiente para iden-
tificação cabal do indiciado?
A resposta está errada, pois de acordo com o art 5º serão inclusos os processos dati-
lográfico e o fotográfico, não esta inclusa o material biológico. A inclusão de material
biológico ocorrerá em hipótese do inciso IV, do art 3º, por decisão de ofício ou mediante
representação da autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa.

8. Ano: 2013 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PC-DF Cargo: Agente de Polícia


Considerando, por hipótese, que, devido ao fato de estar sendo investigado pela prática de
latrocínio, José tenha contratado um advogado para acompanhar as investigações, julgue os itens
a seguir.
Se surgirem indícios contra José, ele deverá ser indiciado e identificado pelo processo dati-
loscópico, pois, na hipótese em apreço, o referido crime é hediondo, fato que torna obrigatória a
identificação criminal.
Certo ( ) Errado ( )
SOLUÇÃO
Resposta: Errado
A questão deseja saber, apresentando este estudo de caso, se é correto ou não, devido
José estar sendo investigado em um crime hediondo é obrigatório a sua identificação
criminal?
A resposta é errada. As hipóteses para identificação criminal são apresentadas no art
3º da lei 12.037/09, que são: documento com rasura ou indício de falsificação (I), docu-
mento insuficiente para identificação (II), informações conflitantes (III), decisão de ofício
ou mediante representação (IV), constar uso de outros nomes em registro policial (V),

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8

estado de conservação ou tiver distância temporal ou de localidade (VI), mas nenhuma


dessas informações foram apresentadas no estudo de caso.

9. Ano: 2013 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PC-BA Cargo: Investigador de Polícia


Acerca do concurso de crimes, do concurso de pessoas e das causas de exclusão da ilicitude,
julgue os itens que se seguem.
O agente policial, ao submeter o preso aos procedimentos estabelecidos na lei, como, por
exemplo, à identificação datiloscópica, quando autorizada, e ao reconhecimento de pessoas e de
coisas, no curso do inquérito policial, encontra-se amparado pelo exercício regular de direito, res-
pondendo criminalmente nos casos de excesso doloso ou culposo.
Certo ( ) Errado ( )
SOLUÇÃO
Resposta: Errado
A questão deseja saber se neste estudo de caso esta certa ou errada o amparo pelo
exercício regular de direito, causa excludente de ilicitude a identificação datiloscópica,
quando autorizada em curso de inquérito policial, quando autorizada.
A resposta é errada pelos seguintes fatores:

10. 1) Não é exercício regular de direito, mas sim estrito cumprimento de dever legal;
2) A exclusão de ilicitude é para os seguintes casos (lei 7.209, de 11/7/1984): em estado de
necessidade (I), em legítima defesa (II), em estrito cumprimento do dever legal ou no exercício
regular de direito (III).
Como podemos ver trata-se de estrito cumprimento de dever legal e não exercício regular
de direito, portanto esta incorreta.

11. Ano: 2011 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PC-ES Cargo: Perito Papiloscópico – Específicos
Acerca da identificação criminal, julgue os itens a seguir à luz da Lei nº 12.037/2009.
Considere a seguinte situação hipotética. Antônia foi presa em flagrante quando praticava
furto em uma loja de eletrodomésticos. Encaminhada ao distrito policial mais próximo, apresen-
tou à autoridade policial duas identidades com sobrenomes distintos, esclarecendo que seu nome
de solteira fora alterado quando se casou. Nessa situação, seria legalmente permitido se fazer a
identificação criminal de Antônia.
Certo ( ) Errado ( )
SOLUÇÃO
Resposta: Certo
Em novo estudo de caso a questão deseja saber se está correto a realização da identi-
ficação criminal porque a pessoa, chamada Antônia, apresentou duas identidades com
sobrenomes distintos.
De acordo com a lei 12.037/09, no art 3º, III é explicitado que o indiciado que portar
documentos de identificação distintos, com informações conflitantes entre si abre a
possibilidade para a realização da identificação criminal.
Concluindo, a afirmativa está correta.

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SUMÁRIO
Questões sobre a aula ................................................................................................................................. 2
Gabarito ...................................................................................................................................................... 6
Questões Comentadas ................................................................................................................................. 7

MUDE SUA VIDA!


1
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QUESTÕES SOBRE A AULA


1. O item a seguir, é apresentada uma situação hipotética a respeito dos procedimentos do
júri, da Lei n.º 9.099/1995 e dos crimes contra a honra e de responsabilidade dos
funcionários públicos, seguida de uma assertiva a ser julgada.

Jaime foi denunciado pelo órgão do Ministério Público por praticar o crime de tráfico
ilícito de substância entorpecente. Inconformado com a imputação, impetrou habeas
corpus perante o Tribunal de Justiça pleiteando a alteração da capitulação jurídica da
denúncia, para que fosse processado pelo cometimento do crime de porte ilegal de
substância entorpecente. O writ foi deferido para que, afastado o crime de tráfico, o
Ministério Público se manifestasse a respeito dos benefícios da Lei n.º 9.099/1995. O
promotor de justiça negou a proposta de transação penal, por entender incabível.

Nessa situação, caso o magistrado divirja do não-oferecimento da proposta, deve remeter


os autos ao procurador-geral de justiça para análise, e não propô-la ex offício.

Certo ( ) Errado ( )

2. Na ação penal pública condicionada à representação em crime da competência do


juizado especial criminal, não obtida composição civil e não aceita a proposta de transação
penal, o MP poderá, antes da denúncia, oferecer proposta de suspensão condicional do
processo.

Certo ( ) Errado ( )

3. A suspensão condicional do processo pode ser concedida para cada crime isoladamente,
desde que para cada um deles, individualmente, a pena mínima cominada não seja superior
a um ano, mesmo que o somatório das penas ultrapasse esse limite.

Certo ( ) Errado ( )

4. Frustrada, no juízo cível, por falta de bens à penhora, a execução da composição civil dos
danos homologada no juizado especial criminal, o MP poderá oferecer denúncia contra o
autor do fato.

Certo ( ) Errado ( )

5. A composição dos danos civis decorrentes de crime promovido por meio de ação penal
privada em nada interfere na propositura desta.

Certo ( ) Errado ( )

6. A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre que possível, ou por
mandado.

MUDE SUA VIDA!


2
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Certo ( ) Errado ( )

7. Os atos processuais serão públicos e serão realizados somente em horário diurno e em


dias úteis.

Certo ( ) Errado ( )

8. Do ato de intimação do autor do fato ou do mandado de citação do acusado, constará a


recomendação de seu comparecimento acompanhado de advogado, cuja presença é
facultativa.

Certo ( ) Errado ( )

9. O não oferecimento da representação na audiência preliminar implica decadência do


direito.

Certo ( ) Errado ( )

10. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública condicionada à
representação, o acordo homologado não acarreta a renúncia ao direito de queixa ou
representação.

Certo ( ) Errado ( )

11. Pela regra do art. 61 da Lei no 9.099/95, assinale a alternativa que traz pena que
corresponde à infração penal de menor potencial ofensivo.

A) Detenção de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa


B) Reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos.
C) Detenção de 6 (seis) meses a 4 (quatro) anos.
D) Detenção de 6 (seis) meses a 3 (três) anos.

12. Uma pessoa denunciada por crime para o qual a pena mínima é igual a um ano
recebeu e aceitou uma proposta do MP prevista na Lei n.º 9.099/1995. Nesse caso, a
proposta em questão caracteriza-se como uma

A) suspensão condicional da pena, que poderá ser revogada se a pessoa vier a ser
condenada definitivamente por outro crime.
B) transação penal, pois a pessoa cometeu crime de menor potencial ofensivo.
C) transação penal, caso o crime cometido seja de menor potencial ofensivo.
D) suspensão condicional do processo, que poderá ser revogada se a pessoa vier a ser
processada por contravenção penal no curso do prazo.

13. Acerca dos princípios orientadores dos Juizados Especiais, assinale a opção
CORRETA.

MUDE SUA VIDA!


3
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A) Nos Juizados Especiais o processo é orientado pelos critérios da oralidade,


anterioridade, irretroatividade, economia processual e celeridade, buscando, sempre que
possível, a conciliação ou a transação.
B) Nos Juizados Especiais o processo é orientado pelos critérios da oralidade,
simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade, buscando, sempre que
possível, a conciliação ou a transação.
C) Nos Juizados Especiais o processo é orientado pelos critérios da fragmentariedade,
simplicidade, intervenção mínima, economia processual e celeridade, buscando, desde
que requerida pelas partes, a conciliação ou a transação.
D) Nos Juizados Especiais o processo é orientado pelos critérios da oralidade,
anterioridade, segurança jurídica, informalidade, economia processual e celeridade,
buscando, sempre que necessário, a conciliação ou a transação.

14. Em relação a competência do juizado especial criminal indique a alternativa


correta:

A) Praticados delitos de menor potencial ofensivo em concurso material, se o somatório


das penas máximas abstratas previstas para os tipos penais ultrapassar o limite
estabelecido pela Lei. 9099/95, afastada estará a competência do juizado especial,
devendo o feito ser remetido para o juízo comum.
B) Praticados delitos de menor potencial ofensivo em concurso material, se o somatório
das penas máximas abstratas previstas para os tipos penais ultrapassar o limite
estabelecido pela Lei. 9099/95, os autos serão desmembrados e para cada delito terá o
autor direito aos benefícios estabelecidos pela Lei.
C) A Lei 9.099/95 adota como critério para a fixação de competência a teoria da
ubiquidade.
D) A Lei 9.099/95 adota como critério para a fixação de competência a teoria do
resultado.

15. Assinale a alternativa correta sobre a audiência preliminar.

A)Na audiência preliminar, presente o representante do Ministério Público, o autor do


fato e a vítima e, se possível, o responsável civil, acompanhados por seus advogados, o
Juiz esclarecerá sobre a possibilidade da composição dos danos e da aceitação da
proposta de aplicação imediata de pena não privativa de liberdade.
B) A audiência preliminar ocorre apenas nas infrações penais que se processam por ação
penal privada e ação penal pública condicionada.
C) Na audiência preliminar, presentes o autor do fato, a vítima e o representante do
Ministério Público, o Juiz receberá, ou não, a denúncia ou queixa, e, se for o caso, passará
a colheita das provas.
D) A conciliação será dirigida pelo representante do Ministério Público, ou, na sua falta,
pelo Chefe de Secretaria.

16. Sobre a suspensão condicional do processo marque a alternativa correta:

A) É cabível a proposta de suspensão condicional do processo antes do oferecimento da


denúncia.
B) Tem incidência para os crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a
dois anos, desde que o acusado não esteja sendo processado.
C) A suspensão do processo poderá ser revogada se o acusado vier a ser processado, no
curso do prazo, por contravenção penal.

MUDE SUA VIDA!


4
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D) A suspensão do processo poderá ser revogada se o acusado vier a ser processado, no


curso do prazo, por outro crime.

17. Em relação ao sistema recursal no âmbito do juizado especial criminal, assinale a


alternativa correta:

A) Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa caberá recurso em sentido estrito.


B) Da sentença caberá apelação, proposta no prazo de cinco dias.
C) Os embargos de declaração suspendem o prazo para a interposição de recurso.
D) N.D.A

18. Sobre a transação penal é correto afirmar que:

A) A aceitação de proposta de transação penal terá efeitos civis, valendo como título
executivo judicial.
B) A aceitação de proposta de transação penal importará em reincidência em caso de
cometimento de novo crime no prazo de cinco anos.
C) Será admitida a proposta ainda que tenha sido o autor da infração condenado, por
sentença definitiva, pela prática de crime.
D) Não se admitirá a proposta se ficar comprovado ter sido o agente beneficiado
anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena restritiva de direito ou
multa.

19. Com relação ao procedimento sumaríssimo e às regras aplicáveis ao Juizado Especial


Criminal, assinale a alternativa correta.

A) Contra as decisões da Turma Recursal, cabe recurso ordinário ao Tribunal de Justiça.


B) A denúncia/queixa será recebida tão logo inicie a audiência de instrução e julgamento.
C) Se houver, por qualquer motivo, remessa do feito do juizado especial para o juízo comum,
o rito a ser aplicado será o sumário.
D) Descumprido pelo autor do fato o acordo feito em transação penal, a ação penal não mais
pode ser intentada, cabendo apenas a execução da medida acordada.

20. Sobre os juizados especiais criminais é correto afirmar que:

A) De acordo com a Lei n. 9.099/95 a competência do juizado será determinada pelo lugar
do domicílio da vítima.
B) São consideradas infrações de menor potencial ofensivo as contravenções penais e crimes
a que a lei comine pena máxima não superior a dois anos.
C) Havendo concurso de crimes, o que determina a competência para julgamento perante o
juizado especial é a pena máxima em abstrato de cada delito.
D) São consideradas infrações de menor potencial ofensivo as contravenções penais e crimes
a que a lei comine pena máxima não superior a três anos.

MUDE SUA VIDA!


5
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GABARITO
1. CERTO
2. ERRADO
3. ERRADO
4. ERRADO
5. ERRADO
6. CERTO
7. ERRADO
8. ERRADO
9. ERRADO
10. ERRADO
11. A
12. D
13. B
14. A
15. A
16. C
17. D
18. D
19. C
20. B

MUDE SUA VIDA!


6
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QUESTÕES COMENTADAS
1. O item a seguir, é apresentada uma situação hipotética a respeito dos procedimentos do
júri, da Lei n.º 9.099/1995 e dos crimes contra a honra e de responsabilidade dos
funcionários públicos, seguida de uma assertiva a ser julgada.

Jaime foi denunciado pelo órgão do Ministério Público por praticar o crime de tráfico ilícito
de substância entorpecente. Inconformado com a imputação, impetrou habeas
corpus perante o Tribunal de Justiça pleiteando a alteração da capitulação jurídica da
denúncia, para que fosse processado pelo cometimento do crime de porte ilegal de
substância entorpecente. O writ foi deferido para que, afastado o crime de tráfico, o
Ministério Público se manifestasse a respeito dos benefícios da Lei n.º 9.099/1995. O
promotor de justiça negou a proposta de transação penal, por entender incabível.

Nessa situação, caso o magistrado divirja do não-oferecimento da proposta, deve remeter os


autos ao procurador-geral de justiça para análise, e não propô-la ex offício.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
Exige conhecimento sobre a posição dos tribunais superiores a respeito do
tema, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Súmula 696 STF: Reunidos os pressupostos legais permissivos da suspensão
condicional do processo, mas se recusando o promotor de justiça a propô-la, o juiz,
dissentindo, remeterá a questão ao Procurador-Geral, aplicando-se por analogia o
art. 28 do Código de Processo Penal.
Embora a súmula faça referência a suspensão condicional do processo, o
mesmo raciocínio se aplica a transação penal.

Vejamos um julgado sobre o tema:

“É prerrogativa exclusiva do Ministério Público a iniciativa para a proposta de


transação penal, sendo descabida, em tese, a sua realização pelo Julgador.
Divergindo o Juiz e o Representante do Parquet, quanto à proposição da benesse
legal, os autos devem ser encaminhados ao Procurador-Geral de Justiça, por
aplicação analógica do art. 28 do Diploma Processual Penal. Recurso conhecido e
provido para anular a decisão monocrática que concedeu a transação penal, a fim de
que seja adotado o procedimento do art. 28 do CPP.” (Recurso Ordinário em Mandado
de Segurança nº 9009 – MG, 5ª Turma, Rel. Min. GILSON DIPP).

2. Na ação penal pública condicionada à representação em crime da competência do


juizado especial criminal, não obtida composição civil e não aceita a proposta de transação

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penal, o MP poderá, antes da denúncia, oferecer proposta de suspensão condicional do


processo.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: ERRADO
A proposta é feita no oferecimento da denúncia, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um
ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia,
poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado
não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes
os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena.

3. A suspensão condicional do processo pode ser concedida para cada crime isoladamente,
desde que para cada um deles, individualmente, a pena mínima cominada não seja superior
a um ano, mesmo que o somatório das penas ultrapasse esse limite.

Certo ( ) Errado ( )
SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: ERRADO
O STJ não admite tal hipótese caso o somatório ultrapasse um ano, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Súmula 243 STJ: O benefício da suspensão do processo não é aplicável em
relação às infrações penais cometidas em concurso material, concurso formal ou
continuidade delitiva, quando a pena mínima cominada, seja pelo somatório, seja
pela incidência da majorante, ultrapassar o limite de um (01) ano.

4. Frustrada, no juízo cível, por falta de bens à penhora, a execução da composição civil dos
danos homologada no juizado especial criminal, o MP poderá oferecer denúncia contra o
autor do fato.

Certo ( ) Errado ( )
SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: ERRADO
Não será possível o oferecimento da denúncia nessa hipótese pois o acordo
trata-se de uma medida despenalizadora, gerando inclusive renúncia, saliente-se que
a sentença homologatória da composição civil faz coisa julgada material, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA

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Art. 74 A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada


pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no
juízo civil competente.
Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação
penal pública condicionada à representação, o acordo homologado acarreta a
renúncia ao direito de queixa ou representação.

5. A composição dos danos civis decorrentes de crime promovido por meio de ação penal
privada em nada interfere na propositura desta.

Certo ( ) Errado ( )
SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: ERRADO
A composição civil gera os efeitos do Art. 74 § único, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 74 A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada
pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no
juízo civil competente.
Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação
penal pública condicionada à representação, o acordo homologado acarreta a
renúncia ao direito de queixa ou representação.

6. A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre que possível, ou por
mandado.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: CERTO
A citação no juizado será pessoal, destacando-se a não possibilidade de citação
por edital na lei: 9099, caso seja necessária a citação editalícia o processo será
encaminhado para o juízo comum e lá será adotado o procedimento sumário,
vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre que
possível, ou por mandado.

7. Os atos processuais serão públicos e serão realizados somente em horário diurno e em


dias úteis.

Certo ( ) Errado ( )

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SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: ERRADO
Exige conhecimento sobre o procedimento sumaríssimo, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 64. Os atos processuais serão públicos e poderão realizar-se em horário
noturno e em qualquer dia da semana, conforme dispuserem as normas de
organização judiciária.

8. Do ato de intimação do autor do fato ou do mandado de citação do acusado, constará a


recomendação de seu comparecimento acompanhado de advogado, cuja presença é
facultativa.

Certo ( ) Errado ( )
SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: ERRADO
A presença do advogado é obrigatória, na sua falta nomeia-se um defensor
público, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 68. Do ato de intimação do autor do fato e do mandado de citação do
acusado, constará a necessidade de seu comparecimento acompanhado de
advogado, com a advertência de que, na sua falta, ser-lhe-á designado defensor
público.

9. O não oferecimento da representação na audiência preliminar implica decadência do


direito.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: ERRADO
O não oferecimento da representação na audiência preliminar não implica
decadência, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 75. Parágrafo único. O não oferecimento da representação na audiência
preliminar não implica decadência do direito, que poderá ser exercido no prazo
previsto em lei.

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10. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública condicionada à
representação, o acordo homologado não acarreta a renúncia ao direito de queixa ou
representação.

Certo ( ) Errado ( )

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: ERRADO
Nessas hipóteses o acordo acarreta a renúncia, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Art. 74. Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de
ação penal pública condicionada à representação, o acordo homologado acarreta a
renúncia ao direito de queixa ou representação.

11. Pela regra do art. 61 da Lei no 9.099/95, assinale a alternativa que traz pena que
corresponde à infração penal de menor potencial ofensivo.

A) Detenção de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa


B) Reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos.
C) Detenção de 6 (seis) meses a 4 (quatro) anos.
D) Detenção de 6 (seis) meses a 3 (três) anos.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA A
Exige conhecimento sobre o conceito de infração penal de menor potencial
ofensivo, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Lei: 9099/95
Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os
efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena
máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa.

12. Uma pessoa denunciada por crime para o qual a pena mínima é igual a um ano
recebeu e aceitou uma proposta do MP prevista na Lei n.º 9.099/1995. Nesse caso, a
proposta em questão caracteriza-se como uma

A) suspensão condicional da pena, que poderá ser revogada se a pessoa vier a ser
condenada definitivamente por outro crime.
B) transação penal, pois a pessoa cometeu crime de menor potencial ofensivo.
C) transação penal, caso o crime cometido seja de menor potencial ofensivo.
D) suspensão condicional do processo, que poderá ser revogada se a pessoa vier a ser
processada por contravenção penal no curso do prazo.

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SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA D
Para os crimes com pena mínima igual ou inferior a um ano é cabível o instituto
despenalizador da suspensão condicional do processo, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Lei: 9099/95
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior
a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a
denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde
que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro
crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da
pena.
...

§ 4º A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser processado, no


curso do prazo, por contravenção, ou descumprir qualquer outra condição imposta.

13. Acerca dos princípios orientadores dos Juizados Especiais, assinale a opção
CORRETA.

A) Nos Juizados Especiais o processo é orientado pelos critérios da oralidade,


anterioridade, irretroatividade, economia processual e celeridade, buscando, sempre que
possível, a conciliação ou a transação.
B) Nos Juizados Especiais o processo é orientado pelos critérios da oralidade,
simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade, buscando, sempre que
possível, a conciliação ou a transação.
C) Nos Juizados Especiais o processo é orientado pelos critérios da fragmentariedade,
simplicidade, intervenção mínima, economia processual e celeridade, buscando, desde
que requerida pelas partes, a conciliação ou a transação.
D) Nos Juizados Especiais o processo é orientado pelos critérios da oralidade,
anterioridade, segurança jurídica, informalidade, economia processual e celeridade,
buscando, sempre que necessário, a conciliação ou a transação.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA B
Exige conhecimento sobre os princípios que norteiam o procedimento
sumaríssimo, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Lei: 9099/95
Art. 62. O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á pelos critérios da
oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade,
objetivando, sempre que possível, a reparação dos danos sofridos pela vítima e a
aplicação de pena não privativa de liberdade.

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14. Em relação a competência do juizado especial criminal indique a alternativa


correta:

A) Praticados delitos de menor potencial ofensivo em concurso material, se o somatório


das penas máximas abstratas previstas para os tipos penais ultrapassar o limite
estabelecido pela Lei. 9099/95, afastada estará a competência do juizado especial,
devendo o feito ser remetido para o juízo comum.
B) Praticados delitos de menor potencial ofensivo em concurso material, se o somatório
das penas máximas abstratas previstas para os tipos penais ultrapassar o limite
estabelecido pela Lei. 9099/95, os autos serão desmembrados e para cada delito terá o
autor direito aos benefícios estabelecidos pela Lei.
C) A Lei 9.099/95 adota como critério para a fixação de competência a teoria da
ubiquidade.
D) A Lei 9.099/95 adota como critério para a fixação de competência a teoria do
resultado.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA A
Exige conhecimento sobre competência no procedimento sumaríssimo,
vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Afirmativa A
“Praticados delitos de menor potencial ofensivo em concurso material, se o
somatório das penas máximas abstratas previstas para os tipos penais ultrapassar 2
(dois) anos, afastada estará a competência do juizado especial, devendo o feito ser
instruído e julgado por juízo comum..." (HC 66312 / RS, 6ª. Turma do STJ, rel.
Ministra Maria Thereza de Assis Moura).

Afirmativa B
A explicação proposta na afirmativa “A” fundamenta a afirmativa “B”.

Afirmativa C
Embora com certa controvérsia doutrinária, prevalece que o critério adotado
pela lei:9099/95 em seu Art. 63 para fixação da competência é o da atividade, ou
seja, considera competente o foro do local em que foi praticada a conduta.

Art. 63. A competência do Juizado será determinada pelo lugar em que foi
praticada a infração penal.

Afirmativa D
A explicação proposta na afirmativa “C” fundamenta a afirmativa “D”.

15. Assinale a alternativa correta sobre a audiência preliminar.

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A)Na audiência preliminar, presente o representante do Ministério Público, o autor do


fato e a vítima e, se possível, o responsável civil, acompanhados por seus advogados, o
Juiz esclarecerá sobre a possibilidade da composição dos danos e da aceitação da
proposta de aplicação imediata de pena não privativa de liberdade.
B) A audiência preliminar ocorre apenas nas infrações penais que se processam por ação
penal privada e ação penal pública condicionada.
C) Na audiência preliminar, presentes o autor do fato, a vítima e o representante do
Ministério Público, o Juiz receberá, ou não, a denúncia ou queixa, e, se for o caso, passará
a colheita das provas.
D) A conciliação será dirigida pelo representante do Ministério Público, ou, na sua falta,
pelo Chefe de Secretaria.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA A
Exige conhecimento sobre o procedimento sumaríssimo previsto na
Lei:9099/95, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Afirmativa A
Art. 72. Na audiência preliminar, presente o representante do Ministério
Público, o autor do fato e a vítima e, se possível, o responsável civil, acompanhados
por seus advogados, o Juiz esclarecerá sobre a possibilidade da composição dos
danos e da aceitação da proposta de aplicação imediata de pena não privativa de
liberdade.

Afirmativa B
A audiência preliminar ocorre em todas as infrações penais de menor potencial
ofensivo, independentemente da natureza da ação penal.

Afirmativa C
Art. 72. Na audiência preliminar, presente o representante do Ministério
Público, o autor do fato e a vítima e, se possível, o responsável civil, acompanhados
por seus advogados, o Juiz esclarecerá sobre a possibilidade da composição dos
danos e da aceitação da proposta de aplicação imediata de pena não privativa de
liberdade.

A hipótese narrada na questão não ocorre na audiência preliminar prevista no


Art. 72, mas sim na Audiência de instrução e julgamento (caso haja).

Art. 81. Aberta a audiência, será dada a palavra ao defensor para responder à
acusação, após o que o Juiz receberá, ou não, a denúncia ou queixa; havendo
recebimento, serão ouvidas a vítima e as testemunhas de acusação e defesa,
interrogando-se a seguir o acusado, se presente, passando-se imediatamente aos
debates orais e à prolação da sentença.

Afirmativa D

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Art. 73. A conciliação será conduzida pelo Juiz ou por conciliador sob sua
orientação.

16. Sobre a suspensão condicional do processo marque a alternativa correta:

A) É cabível a proposta de suspensão condicional do processo antes do oferecimento da


denúncia.
B) Tem incidência para os crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a
dois anos, desde que o acusado não esteja sendo processado.
C) A suspensão do processo poderá ser revogada se o acusado vier a ser processado, no
curso do prazo, por contravenção penal.
D) A suspensão do processo poderá ser revogada se o acusado vier a ser processado, no
curso do prazo, por outro crime.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA C
Exige conhecimento sobre o instituto despenalizador da suspensão condicional
do processo previsto na Lei:9099/95, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Afirmativa A
A suspensão é proposta no momento do oferecimento da denúncia.

Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um
ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia,
poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado
não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes
os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena.

Afirmativa B
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior
a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a
denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que
o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro
crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da
pena.

Afirmativa C
Art. 89 § 4º A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser
processado, no curso do prazo, por contravenção, ou descumprir qualquer outra
condição imposta.

Afirmativa D
Trata-se de causa obrigatória de revogação.

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Art. 89 § 3º A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário


vier a ser processado por outro crime ou não efetuar, sem motivo justificado, a
reparação do dano.

17. Em relação ao sistema recursal no âmbito do juizado especial criminal, assinale a


alternativa correta:

A) Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa caberá recurso em sentido estrito.


B) Da sentença caberá apelação, proposta no prazo de cinco dias.
C) Os embargos de declaração suspendem o prazo para a interposição de recurso.
D) N.D.A

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA D
Exige conhecimento sobre o sistema recursal previsto na Lei:9099/95,
vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Afirmativa A
Art. 82. Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença caberá
apelação, que poderá ser julgada por turma composta de três Juízes em exercício
no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado

Afirmativa B
Art. 82, § 1º A apelação será interposta no prazo de dez dias, contados da
ciência da sentença pelo Ministério Público, pelo réu e seu defensor, por petição
escrita, da qual constarão as razões e o pedido do recorrente.

Afirmativa C
Art. 50. Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição
de recurso.

Afirmativa D
Não há alternativa correta.

18. Sobre a transação penal é correto afirmar que:

A) A aceitação de proposta de transação penal terá efeitos civis, valendo como título
executivo judicial.
B) A aceitação de proposta de transação penal importará em reincidência em caso de
cometimento de novo crime no prazo de cinco anos.
C) Será admitida a proposta ainda que tenha sido o autor da infração condenado, por
sentença definitiva, pela prática de crime.

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D) Não se admitirá a proposta se ficar comprovado ter sido o agente beneficiado


anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena restritiva de direito ou
multa.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA D
Exige conhecimento sobre o instituto despenalizador da transação penal
previsto na Lei:9099/95, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Afirmativa A
Art. 76, § 6º A imposição da sanção de que trata o § 4º deste artigo não
constará de certidão de antecedentes criminais, salvo para os fins previstos no
mesmo dispositivo, e não terá efeitos civis, cabendo aos interessados propor ação
cabível no juízo cível.

Afirmativa B
Art. 76 § 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da
infração, o Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que não importará
em reincidência, sendo registrada apenas para impedir novamente o mesmo
benefício no prazo de cinco anos.

Afirmativa C
Art. 76 § 2º Não se admitirá a proposta se ficar comprovado:
I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena
privativa de liberdade, por sentença definitiva;

Afirmativa D
Art. 76 § 2º Não se admitirá a proposta se ficar comprovado:

II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela


aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo;

19. Com relação ao procedimento sumaríssimo e às regras aplicáveis ao Juizado Especial


Criminal, assinale a alternativa correta.

A) Contra as decisões da Turma Recursal, cabe recurso ordinário ao Tribunal de Justiça.


B) A denúncia/queixa será recebida tão logo inicie a audiência de instrução e julgamento.
C) Se houver, por qualquer motivo, remessa do feito do juizado especial para o juízo comum,
o rito a ser aplicado será o sumário.
D) Descumprido pelo autor do fato o acordo feito em transação penal, a ação penal não mais
pode ser intentada, cabendo apenas a execução da medida acordada.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA C

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Exige conhecimento a respeito do procedimento sumaríssimo e às regras


aplicáveis ao Juizado Especial Criminal, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Afirmativa A
Súmula 640 STF: É cabível recurso extraordinário contra decisão proferida por
juiz de primeiro grau nas causas de alçada, ou por turma recursal de juizado especial
cível e criminal.

Afirmativa B
De acordo com o Art. 81 da lei:9099/95 aberta a audiência primeiro se dará
voz ao defensor para responder à acusação, só após decidirá o juiz pelo recebimento
ou não da peça acusatória.

Art. 81. Aberta a audiência, será dada a palavra ao defensor para responder à
acusação, após o que o Juiz receberá, ou não, a denúncia ou queixa; havendo
recebimento, serão ouvidas a vítima e as testemunhas de acusação e defesa,
interrogando-se a seguir o acusado, se presente, passando-se imediatamente aos
debates orais e à prolação da sentença.

Afirmativa C
Deixo uma observação para a expressão “por qualquer motivo” contida na
questão, pois existem hipóteses onde apesar de ser encaminhado os autos ao juízo
comum não se adotará o procedimento sumário, basta pensar no exemplo de
conexão entre uma infração de menor potencial ofensivo e um crime doloso contra a
vida, onde o procedimento seria o do tribunal do júri, contudo considerou o
examinador como gabarito a alternativa C.

Art. 538 CPP. Nas infrações penais de menor potencial ofensivo, quando o
juizado especial criminal encaminhar ao juízo comum as peças existentes para a
adoção de outro procedimento, observar-se-á o procedimento sumário previsto neste
Capítulo.

Afirmativa D
SÚMULA VINCULANTE 35

A homologação da transação penal prevista no artigo 76 da Lei 9.099/1995 não


faz coisa julgada material e, descumpridas suas cláusulas, retoma-se a situação
anterior, possibilitando-se ao Ministério Público a continuidade da persecução penal
mediante oferecimento de denúncia ou requisição de inquérito policial.

20. Sobre os juizados especiais criminais é correto afirmar que:

A) De acordo com a Lei n. 9.099/95 a competência do juizado será determinada pelo lugar
do domicílio da vítima.
B) São consideradas infrações de menor potencial ofensivo as contravenções penais e
crimes a que a lei comine pena máxima não superior a dois anos.

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C) Havendo concurso de crimes, o que determina a competência para julgamento perante


o juizado especial é a pena máxima em abstrato de cada delito.
D) São consideradas infrações de menor potencial ofensivo as contravenções penais e
crimes a que a lei comine pena máxima não superior a três anos.

SOLUÇÃO RÁPIDA
GABARITO: LETRA B
Exige conhecimento referente ao procedimento sumaríssimo previsto na lei
9099, vejamos:

SOLUÇÃO COMPLETA
Afirmativa A
Embora com certa controvérsia doutrinária, prevalece que o critério adotado
pela lei:9099/95 em seu Art. 63 para fixação da competência é o da atividade, ou
seja, considera competente o foro do local em que foi praticada a conduta.

Art. 63. A competência do Juizado será determinada pelo lugar em que foi
praticada a infração penal.

Afirmativa B
Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os
efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena
máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa.

Afirmativa C
“Praticados delitos de menor potencial ofensivo em concurso material, se o
somatório das penas máximas abstratas previstas para os tipos penais ultrapassar 2
(dois) anos, afastada estará a competência do juizado especial, devendo o feito ser
instruído e julgado por juízo comum..." (HC 66312 / RS, 6ª. Turma do STJ, rel.
Ministra Maria Thereza de Assis Moura).

Afirmativa D
Mesma fundamentação da afirmativa “B”.

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