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Resumo A ultra-sonografia intra-operatória foi realizada especialmente a partir de 1960, com alguns relatos de expe-
riências iniciais nos anos 50. Inicialmente foram avaliados tumores cerebrais, posteriormente estudando-se
também cálculos de vias biliares e cálculos renais. Entretanto, a ultra-sonografia intra-operatória em modo
A ou modo B estático não adquiriu grande aceitação no meio médico. Não obstante, os primeiros estudos
forneceram as bases para o desenvolvimento da moderna ultra-sonografia intra-operatória, com a utilização
dos equipamentos ultra-sonográficos em modo B em tempo real. Os autores discorrem sobre a utilização da
ultra-sonografia intra-operatória desde o seu início até os dias atuais.
Unitermos: Ultra-sonografia intra-operatória; Ultra-sonografia em modo A; Ultra-sonografia em modo B es-
tático.
INTRODUÇÃO lativamente nova(1–3). A USIO desenvol- Schlegel et al.(4) relataram o uso com
veu-se a partir de 1960, podendo ser iden- sucesso da USIO em modo A na localiza-
A ultra-sonografia intra-operatória tificadas três fases que marcaram a evolu- ção de cálculos renais. Os autores referi-
(USIO) é uma modalidade diagnóstica re- ção desse método ao longo do tempo(1). ram que a USIO foi útil na identificação de
O primeiro período ocorreu na década diversos cálculos não-palpáveis, permitin-
* Trabalho realizado no Departamento de Radiologia do de 60, sendo marcado pela USIO usando do nefrotomias pequenas, exatamente ao
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Univer-
sidade de São Paulo (HC-FMUSP) e no Departamento de o modo A ou o modo B com imagens es- nível dos cálculos.
Radiologia do Hospital Sírio Libanês, São Paulo, SP. táticas. O segundo período compreende o A ultra-sonografia em modo A aplica-
1. Médico Radiologista do Hospital das Clínicas da Fa-
culdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (HC-
final dos anos 70 e os anos 80, quando da na via biliar também se iniciou nos anos
FMUFG), Doutor em Radiologia pela FMUSP. ocorreu uma expansão do método, com a 60. Entretanto, os primeiros estudos rea-
2. Médica Radiologista do HC-FMUFG, Pós-graduanda ultra-sonografia em modo B com imagens lizados para identificar cálculos biliares
do Departamento de Radiologia da FMUSP.
3. Professor Doutor do Departamento de Radiologia da em tempo real. O terceiro período teve com a USIO foram feitos por via laparos-
FMUSP. início nos anos 90, marcado pela utiliza- cópica, por um grupo japonês, liderado por
4. Médicos Assistentes do Serviço de Cirurgia do Fíga-
do e Hipertensão Portal do HC-FMUSP, Doutores em Ci- ção do Doppler e da ultra-sonografia lapa- Wagai, conforme citado por Makuuchi et
rurgia pelo Departamento de Gastroenterologia da FMUSP. roscópica. É importante observarmos que, al.(1). Já em 1958, esse grupo, por intermé-
5. Chefe do Serviço de Cirurgia do Fígado e Hiperten-
são Portal do HC-FMUSP.
durante esse período, foram identificadas dio de Yamakawa et al.(9), relatou a utili-
6. Professor Titular da Disciplina de Transplante e Ci- influências vindas principalmente da Eu- zação de um protótipo de transdutor lapa-
rurgia do Fígado da FMUSP. ropa, EUA, Japão e Austrália(1). roscópico para visualizar cálculos de vesí-
7. Chefe do Setor de Ultra-Sonografia da Divisão de
Clínica Urológica do HC-FMUSP. cula biliar e câncer gástrico. Esse transdu-
8. Professor Titular da Disciplina de Cirurgia do Apare- tor possuía 5 mm de diâmetro e 30 cm de
lho Digestivo da FMUSP. USIO EM MODO A OU MODO B
9. Professora Titular da Disciplina de Coloproctologia da ESTÁTICO comprimento, com a freqüência de 5,0
FMUSP. MHz. Os resultados clínicos dessas avalia-
10. Professor Titular do Departamento de Radiologia da A partir do início dos anos 60, a USIO ções em 81 pacientes foram publicados
FMUSP.
Endereço para correspondência: Dr. Márcio Martins Ma- em modo A foi utilizada por diversos au- posteriormente por Hayashi et al.(5), repre-
chado. Rua 1027, 230, Ed. Fabiana, apto. 304. Goiânia, tores para a localização de cálculos re- sentando o pensamento do grupo que era
GO, 74823-120. E-mail: marciommachado@ibest.com.br
Recebido para publicação em 9/4/2002. Aceito, após
nais(4), cálculos biliares(5–7) e massas cere- liderado por Wagai, novamente conforme
revisão, em 23/7/2002. brais(8). relatado por Makuuchi et al.(1).
Knight e Newell(6) relataram seus estu- utilizados no futuro. Ainda devemos men- esses trabalhos, a USIO foi importante para
dos com a USIO na identificação de cálcu- cionar que, logo antes do desenvolvimen- a localização do ducto dilatado e para de-
los biliares, também com o modo A. Seus to da USIO com o modo B em tempo real, finir se este se apresentava dilatado o sufi-
resultados iniciais foram reproduzidos de houve a introdução da USIO em modo M ciente para uma adequada anastomose, nas
maneira mais precisa pelo estudo de Eise- durante cirurgias cardíacas. Johnson et derivações biliares internas intra-hepáticas.
man et al.(7). Esses investigadores, após al.(10) iniciaram o uso da ecocardiografia As imagens em modo B em tempo real
realizarem estudos in vitro e in vivo usan- em modo M durante cirurgias cardíacas apresentavam importantes vantagens quan-
do animais, realizaram o estudo em huma- para afecções na válvula mitral. do comparadas àquelas obtidas em modo
nos, em que analisaram 46 operações so- A ou em modo B estático. Dentre elas, es-
bre as vias biliares. Utilizaram um instru- USIO COM O MODO B EM TEMPO ses autores relataram a rapidez na obten-
mento com 1,8 cm de diâmetro, com trans- REAL ção das imagens, a facilidade em repeti-las,
dutor de 2,25 MHz de freqüência. Aprimo- e a interpretação mais fácil dessas imagens.
raram ainda mais a técnica, sendo que nos A partir dos meados dos anos 70, com Esses autores concluíram que o método
últimos oito pacientes desenvolveram um o desenvolvimento da tecnologia e o aper- requer pessoal experiente e familiarizado
transdutor com 3 mm de diâmetro e com feiçoamento do instrumental técnico, a com o instrumental e a interpretação das
freqüência de 7,5 MHz, que foi introduzi- ultra-sonografia bidimensional em tempo imagens da USIO. Deve ser notado que
do no interior da via biliar. Esse artifício foi real com o modo B tornou-se disponível. esses preceitos permanecem atuais, mesmo
utilizado para identificar cálculos intra- Nesse particular, foi especialmente impor- decorridos mais de 20 anos desde que foi
hepáticos e coledococianos. Com esse es- tante o desenvolvimento dos transdutores feita esta referência. O transdutor inicial-
tudo, foi demonstrada a possibilidade de se de alta freqüência, o que propiciou a aqui- mente utilizado por Makuuchi et al.(12) era
avaliar a via biliar durante a cirurgia, tanto sição de imagens de melhor qualidade. o mesmo que havia sido desenvolvido para
externamente no campo operatório quan- Portanto, com esse desenvolvimento dos a realização da ultra-sonografia abdominal
to introduzindo o transdutor no interior da transdutores e com as imagens bidimen- convencional, sendo, portanto, muito gran-
via biliar. Isto possibilitaria auxiliar na sionais em tempo real com o modo B, a de e inadequado para o manuseio intra-
identificação e remoção dos cálculos nas USIO beneficiou-se à medida que passou operatório(1).
vias biliares e, adicionalmente, poderia a contar com imagens de alta qualidade e Nesse contexto, entendia-se a necessi-
corroborar o exame final das vias biliares imediatas, superando as dificuldades das dade de se encontrar instrumental adequa-
após a remoção dos cálculos. imagens obtidas com o modo A e com o do para a realização de USIO nos países
Em meados dos anos 60, muitos auto- modo B estático. Entende-se, portanto, o orientais, onde a incidência de cirrose e
res relataram a utilidade da USIO em modo ressurgimento do interesse pela USIO em hepatocarcinomas é alta. Nesses pacientes
A durante cirurgias neurológicas. Sugar e diversos setores da cirurgia, observado no com fígados cirróticos, muito freqüente-
Uematsu(8) usaram transdutores com fre- final dos anos 70 e início dos anos 80(1). mente os tumores não são palpáveis e nem
qüência de 2,0 a 5,0 MHz. Esses autores Nessa nova perspectiva de utilização da visíveis. Desta feita, os japoneses foram
aplicavam os transdutores após a cranio- USIO, foram Cook e Lytton(11), nos EUA, pioneiros na tentativa de desenvolver um
tomia, sobre a dura-máter úmida. Com essa e Makuuchi et al.(12), no Japão, quem pri- transdutor adequado para a realização da
técnica, avaliaram uma série de lesões co- meiro descreveram o uso da USIO com o USIO (Figuras 1A, 1B e 2). Foram Makuu-
mo tumores cerebrais (astrocitomas, glio- modo B em tempo real. chi et al.(14) e Akimoto et al.(15) quem pri-
blastomas, ependimomas e metástases), Cook e Lytton(11) utilizaram um trans- meiro desenvolveram transdutores lineares
hemorragias, cistos, abscessos e hidrocefa- dutor com freqüência de 10,0 MHz para especificamente desenhados para o uso
lia. Nesses estudos, a USIO foi considera- estudar o rim no intra-operatório, na pro- intra-operatório. O transdutor de Makuu-
da como método simples, seguro e rápido, cura de cálculos durante nefrolitotomias. chi et al.(14) apresentava o formato em “I”
auxiliando o procedimento cirúrgico. Esses autores demonstraram, ao ultra-som, (Figura 1B), medindo 1,4 × 1,9 × 6,2 cm,
Mesmo com esses esforços, os exames a presença de cálculos não-palpáveis de 2 e apresentava a freqüência de 3,5 MHz.
com o modo A ou com o modo B estático mm e de 3 mm. Esses mesmos autores re- Este transdutor foi fabricado pela Aloka
não alcançaram grande aceitação por par- lataram, em outro trabalho(13), a remoção, Co. (Tóquio, Japão). Este transdutor me-
te dos médicos. Mesmo que esses resulta- com sucesso, de pequenos cálculos e frag- rece destaque, pois foi o primeiro que po-
dos iniciais não fossem representativos, mentos de cálculos. dia ser segurado facilmente entre os dedos
eles expressavam o desejo dos médicos em Makuuchi et al.(12) fizeram uso de um do examinador, e desta forma permitiria
complementar a avaliação de seus pacien- transdutor linear de 2,5 MHz e 3,5 MHz uma varredura mais adequada do parênqui-
tes, procurando aprimorar a capacidade de para a avaliação intra-operatória do fíga- ma hepático. Posteriormente, foi desenvol-
detectar e localizar lesões. Esses esforços do e do pâncreas. Eles determinaram a lo- vido outro transdutor, com o formato em
contribuíram para que se acumulasse co- calização do ducto biliar dilatado para a “T” (Figura 1A), de 5,0 MHz, o que faci-
nhecimento sobre a aplicação da USIO nos realização de derivação biliar interna e litava a orientação do examinador duran-
primeiros anos de sua utilização(1), e mui- externa. Esses autores avaliaram também a te a realização de biópsias(14). Já o trans-
tos ensinamentos dessa época puderam ser USIO nas doenças pancreáticas. Segundo dutor de Akimoto et al.(15) (Figura 2) era
vasculares após a reconstrução. Adicional- por vídeo-laparoscopia, houve um ressur- de 10 mm poderiam ser usados alternada-
mente, fornecia dados sobre as condições gimento do interesse pela ultra-sonografia mente pela óptica e pelo transdutor lapa-
hemodinâmicas locais, que auxiliavam du- laparoscópica. Nos anos 90, muitos estu- roscópico, permitindo sua alternância de
rante a decisão de reintervir e corrigir as al- dos foram feitos com a ultra-sonografia por posição, facilitando o estudo do fígado.
terações encontradas. vídeo-laparoscopia (USIO-LAPA), em es- Dessa forma, todas as superfícies hepáticas
Em cirurgia geral, especialmente duran- pecial por pesquisadores europeus(39). Nos seriam visualizadas pela laparoscopia e o
te procedimentos hepatobiliopancreáticos, EUA, inicialmente foram usados cateteres parênquima hepático poderia ser estudado
também ocorreram estudos com o Doppler em “miniatura”, com transdutores na extre- de maneira mais precisa pelo ultra-som
(Machi et al.(19)). Esses autores referiram midade, que, passados pelo laparoscópio laparoscópico. Posteriormente, esses mes-
que com essa nova modalidade de ultra- ou mediastinoscópio, avaliavam a cavida- mos autores analisaram a importância da
sonografia era mais fácil o reconhecimen- de abdominal ou o mediastino(40). A reali- evolução tecnológica dos transdutores na
to de pequenos vasos sanguíneos e a dis- zação de ultra-sonografia endoluminal bi- ultra-sonografia laparoscópica. Nesse sen-
tinção dos vasos sanguíneos de outras es- liar, utilizando transdutores semelhantes, tido, ficou demonstrado que a adição dos
truturas hipoecogênicas, como os ductos também foi relatada na busca de cálculos transdutores ultra-sonográficos laparoscó-
biliares. Segundo esses mesmos autores, o biliares durante colecistectomia vídeo-la- picos de extremidade flexível e de alta fre-
Doppler tornava o exame de mais fácil in- paroscópica(41). Entretanto, esses transdu- qüência, em substituição aos transdutores
terpretação pelos cirurgiões. tores, originalmente desenhados para a de extremidade rígida, veio facilitar ainda
Com o desenvolvimento dos transplan- realização de ultra-sonografia endolumi- mais o estudo das estruturas abdominais,
tes hepáticos, alguns autores descreveram nal, não adquiriram grande popularidade permitindo um acoplamento adequado
suas experiências com a USIO com Dop- nos procedimentos laparoscópicos. com os órgãos abdominais, ampliando a
pler. Relataram que o Doppler seria váli- A primeira metade dos anos 90 foi mar- qualidade das imagens obtidas e melhoran-
do para a avaliação do fluxo da artéria cada pelo desenvolvimento de transduto- do a detecção das lesões(23).
hepática e veia porta após as anastomoses, res para serem usados, especificamente, Ainda no Brasil, Machado et al.(26–29)
na tentativa de reconhecer complicações durante procedimentos vídeo-laparoscópi- ressaltam que a USIO poderia identificar
precoces(36). cos. Dessa forma, eles seriam introduzidos metástases hepáticas e tumores hepáticos
Conforme referido anteriormente, a ul- na cavidade abdominal através dos portos intraparenquimatosos e subcapsulares pe-
tra-sonografia intracorpórea durante pro- de 10 mm. Esses transdutores tinham ex- quenos (especialmente os menores que 1
cedimentos laparoscópicos foi inicialmente tremidade rígida ou flexível, podendo ser cm). Especialmente nessas formas de apre-
utilizada por investigadores japoneses há lineares, convexos ou setoriais(42). sentação, os nódulos hepáticos comumen-
mais de 30 anos(5,9). Nesses trabalhos ini- Com o incremento do uso da vídeo-la- te não são identificados pelos exames pré-
ciais eram utilizadas imagens em modo A, paroscopia para o estadiamento das neo- operatórios (como a tomografia computa-
que não alcançaram popularidade devido plasias do aparelho digestivo, a USIO- dorizada convencional ou helicoidal, a
à dificuldade de interpretação. No início LAPA foi introduzida para que se imple- ressonância magnética, ou a ultra-sonogra-
dos anos 80 foram desenvolvidos protóti- mentasse a investigação desses pacientes. fia abdominal(28,29,32,44–47)).
pos de aparelhos para a realização de ul- Muitos estudos foram publicados na área
tra-sonografia durante os procedimentos de cirurgia hepatobiliar, pancreática e gás- REFERÊNCIAS
laparoscópicos. Esses transdutores apre- trica, demonstrando que a USIO-LAPA 1. Makuuchi M, Torzilli G, Machi J. History of intra-
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rior da cavidade abdominal forneciam ima- No Brasil, Machado e Cerri(22,23) publi- operatória em fígado, vias biliares e pâncreas. [Tese
gens de boa qualidade. Esses equipamen- caram os primeiros estudos sobre USIO- de doutorado]. São Paulo: Universidade de São
tos foram desenvolvidos no Japão(37) e na LAPA no estadiamento do fígado. Nesse Paulo, 1995.
3. Cerri LMO, Cerri GG. Intraoperative ultrasonog-
Europa(38). Entretanto, a despeito das ima- sentido, Machado e Cerri(22) relataram uma raphy of liver, bile ducts and pancreas. Rev Paul
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não ganhou grande aplicabilidade. Isto USIO-LAPA, visando maximizar os bene- 4. Schlegel JU, Diggdon P, Cuellar J. The use of ul-
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provavelmente decorreu devido a dois fa- fícios do método. Seriam utilizados três
86:367–9.
tores. Primeiro, durante esta fase inicial, a portos: um de 5 mm no epigástrio (para 5. Hayashi S, Kikuchi Y, Ishikawa S, et al. Ultrasonic
ultra-sonografia por laparoscopia era uti- elevar os lobos hepáticos, facilitando a vi- diagnosis of breast tumor and cholelithiasis. West
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