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SUMÁRIO
1. EMPREGADO 8
EMPREGADO RURAL 12
EMPREGADO DOMÉSTICO 12
EMPREGADO EVENTUAL 14
EMPREGADO AVULSO 15
TRABALHADOR AUTÔNOMO 15
ESTAGIÁRIO 16
EMPREGADO APRENDIZ 17
2. EMPREGADOR 18
CONCEITO DE EMPREGADOR 18
GRUPO ECONÔMICO 19
IDENTIDADE DE SÓCIOS 19
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4. CONTRATO DE TRABALHO 21
DEFINIÇÃO 21
PRAZOS 23
TRABALHO INTERMITENTE 24
TRABALHO TEMPORÁRIO 27
FORMALIDADES LEGAIS 27
VÍNCULO DE EMPREGO 28
PRAZO DE EXPERIÊNCIA 28
TERCEIRIZAÇÃO 30
CONTRATADA E CONTRATANTE 30
CONTRATO DE APRENDIZAGEM 32
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SALÁRIO E REMUNERAÇÃO 34
4. JORNADA DE TRABALHO 35
CONCEITO 35
VARIAÇÕES DE HORÁRIOS 36
DURAÇÃO DO TRABALHO 38
HORAS SUPLEMENTARES 42
FÉRIAS 42
SALÁRIO 42
HORAS EXTRAS 45
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COMPENSAÇÃO DE JORNADA 46
TRABALHO NOTURNO 47
INTERVALOS 48
INTERVALO INTERJORNADA 48
INTERVALO INTRAJORNADA 49
HORAS IN ITINERE 51
SOBREAVISO E PRONTIDÃO 52
5. SALÁRIO 53
SALÁRIO x REMUNERAÇÃO 53
ELEMENTOS DA REMUNERAÇÃO 56
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EQUIPARAÇÃO SALARIAL 57
AVISO PRÉVIO 61
DISPENSA COLETIVA 64
HOMOLOGAÇÃO E PAGAMENTO 64
RECIBO DE QUITAÇÃO 65
JUSTA CAUSA 66
SEGURO-DESEMPREGO 70
ESTABILIDADE 71
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ESTABILIDADE DEFINITIVA 71
ESTABILIDADE PROVISÓRIA 72
7. INSALUBRIDADE 73
EMPREGADA LACTANTE 75
8. PERICULOSIDADE 76
9. FÉRIAS 77
SINDICATO 79
NEGOCIAÇÃO COLETIVA 81
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GREVE 88
LOCKOUT 89
TELETRABALHO 93
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL 95
SUCESSÃO DE EMPREGADORES 96
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1. EMPREGADO
O art. 3° da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) traz o seguinte conceito de empregado.
Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não
eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
Considera-se empregado toda pessoa física que preste serviços de forma pessoal (pessoalidade;
não pode se fazer substituir), contínua (habitualidade ou caráter não eventual), mediante o
pagamento de salário (onerosidade) e subordinada à ordem do empregador. Todos esses
requisitos são cumulativos. São 4 requisitos – Macete: PEPENOS.
É preciso que o empregado seja pessoa física, pois o ordenamento jurídico brasileiro não permite
que sejam empregados animais ou pessoa jurídica. As relações entre pessoas jurídicas são
determinadas pelo Código Civil e não pela CLT.
Atualmente, muitas empresas exigem dos trabalhadores a criação de pessoa jurídica como
condição indispensável para a prestação dos serviços, o que é conhecido por “pejotização”. A
pejotização é a ideia do trabalhador como pessoa jurídica (com PJ). Posição Majoritária: trata-se
de uma fraude. Sendo fraude, ingressa-se com Reclamação Trabalhista e pede-se vínculo
empregatício com base no Princípio da Primazia da Realidade, ou seja, no confronto entre a
verdade real e a verdade formal, deve prevalecer a verdade real.
Quando se fala em pessoalidade na prestação de serviços, significa dizer que o empregado não
poderá ser substituído por outro, no sentido de que não poderá designar outra pessoa para
exercer suas atividades laborais. O contrato trabalhista é firmado com a pessoa do empregado,
sendo este considerado sujeito da relação de emprego e não objeto.
Nessas condições, o empregado só pode ser uma pessoa física que presta serviço a outra
pessoa, que pode ser física ou jurídica. Por isso, o trabalho deve ser pessoal.
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Tome-se como exemplo o caso de um empregado que, por razão alheia, não vai trabalhar e
encaminha um amigo para substituí-lo. A lei não permite tal substituição.
Para caracterizar a habitualidade, não é necessário que o empregado trabalhe todos os dias,
basta que este exerça suas atividades uma ou duas vezes por semana, sempre no mesmo
horário, para o mesmo empregador.
Por não existir contrato de trabalho gratuito, todo empregador deve pagar o respectivo valor
(salário) ao empregado como forma de contraprestação pelos serviços despendidos. Art. 457 da
CLT e súmula 354 do TST. Por esse motivo, o empregado recebe uma prestação salarial
denominada remuneração. A legislação, inclusive, não reconhece um contrato de trabalho sem
salário.
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É importante destacar, de início, que as regras relativas à CTPS foram alteradas pela recente Lei
da Liberdade Econômica (13.874/2019).
Com a entrada em vigor da lei 13.874/2019, a Carteira de Trabalho será emitida pelo Ministério da
Economia, preferencialmente em meio eletrônico (art. 14 da CLT), o que significa dizer que a
carteira de trabalho excepcionalmente poderá ser emitida em meio físico (parágrafo único do art.
14 da CLT).
Porém, além de ser excepcional a forma física da carteira de trabalho, esta só poderá ser emitida
nas unidades descentralizadas do Ministério da Economia que forem habilitadas para a emissão,
mediante convênio, por órgãos federais, estaduais e municipais da administração direta ou
indireta, ou mediante convênio com serviços notariais e de registro, sem custos para a
administração, garantidas as condições de segurança das informações (art. 14, I, II e III, da CLT).
Com o intuito de diminuir tantas burocracias e inúmeros documentos com numerações diferentes,
a lei da liberdade econômica veio permitir que o CPF do empregado sirva de numeração única
para identificação do colaborador na carteira de trabalho (art. 16 da CLT). Assim, as novas
carteiras de trabalho terão apenas o CPF como número de identificação.
Anotações: o empregador terá o prazo de 5 (cinco) dias úteis para anotar na CTPS, em relação
aos trabalhadores que admitir, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se
houver, facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a
serem expedidas pelo Ministério da Economia.
ATENÇÃO: o art. 29, §4º da CLT veda anotações desabonadoras realizadas pelo
empregador. Entende-se por desabonadora aquela que seja caluniosa, ou
discriminatória, mesmo que de forma indireta.
Cabe lembrar, ainda, que a lei 13.874/2019 modificou o prazo para anotação na carteira de
trabalho, passando a prever que o empregador terá o prazo de 5 (cinco) dias úteis para anotar, na
CTPS, em relação aos trabalhadores que admitir, a data de admissão, a remuneração e as
condições especiais, se houver, facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico,
conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério da Economia.
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Todos os registros eletrônicos gerados pelo empregador nos sistemas informatizados da CTPS
em meio digital equivalem às anotações à que se refere essa lei.
Ainda, a referida lei trouxe uma novidade: o trabalhador deverá ter acesso às informações da sua
CTPS no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas a partir de sua anotação.
No mesmo sentido é o art. 8º da portaria 41 do Ministério do Trabalho, o qual aduz que é vedado
ao empregador efetuar anotações que possam causar dano à imagem do trabalhador, o que
inclui observações sobre desempenho profissional ou comportamento, especialmente referentes a
sexo ou sexualidade, origem, raça, cor, estado civil, situação familiar, idade, condição de autor em
reclamações trabalhistas, saúde e desempenho profissional ou comportamento.
Tal prática, pela empresa, gera dano à imagem do empregado, passível de indenização por danos
morais, nos termos dos art. 223-A a 223-G da CLT, conforme mudanças provenientes da lei
13.467/17. Especificamente, o art. 223-C informa que a honra, a imagem, a intimidade, a
liberdade de ação, a autoestima, a sexualidade, a saúde, o lazer e a integridade física são bens
juridicamente tutelados inerentes à pessoa física.
O empregador que mantiver empregado sem o devido registro, nos termos do art. 41 da CLT, fica
sujeito às multas previstas no art. 634, §§1º e 2º da CLT.
As multas previstas nesse dispositivo são meramente administrativas, podendo ser cobradas
perante a Justiça do Trabalho, por força do art. 114, VII, da CRFB/1988, bem como para anular os
autos de infração que resultou na aplicação da multa pecuniária.
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EMPREGADO RURAL
O empregado rural, observando-se o disposto no art. 7º, “b”, CLT, é considerado aquele que,
exercendo funções diretamente ligadas à agricultura e à pecuária, não for empregado em
atividades que, pelos métodos de execução dos respectivos trabalhos ou pela finalidade de suas
operações, se classifiquem como industriais ou comerciais.
EMPREGADO DOMÉSTICO
Empregado doméstico, nos termos do art. 1º da LC 150/15, é aquele que presta serviços de
forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à
família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana. Neste mesmo
sentido, também determina o art. 7º, “a”, CLT, considerando como domésticos, de um modo geral,
os que prestam serviços de natureza não econômica à pessoa ou à família, no âmbito residencial
destas. Importante mencionar que o motorista particular, apesar de não frequentar diretamente a
residência, é considerado empregado doméstico.
Principais mudanças com o advento da LC 150/15, que regulamenta direitos dos trabalhadores
domésticos previstos na EC 72:
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semanal. Além disso, o empregado doméstico poderá ter jornada parcial: aquela cuja
duração não exceda 25 (vinte e cinco) horas semanais. O salário a ser pago ao empregado
sob regime de tempo parcial será proporcional a sua jornada, em relação ao empregado
que cumpre, nas mesmas funções, tempo integral;
c) Banco de horas: o trabalho que exceder a 44 horas semanais será compensado com horas
extras ou folgas, mas as 40 primeiras horas extras terão que ser remuneradas. As horas
extras deverão ser compensadas no prazo máximo de um ano;
d) FGTS e INSS: mensalmente 20% de alíquota incidente no salário pago (8% FGTS + 8%
INSS + 0,8% seguro contra acidente + 3,2% relativos à rescisão contratual);
e) Multa em caso de demissão: de 40% nas demissões. Será custeada por alíquota mensal
de 3,2% do salário, recolhida pelo empregador em um fundo separado ao do FGTS;
g) Férias: Os 30 dias de férias poderão ser divididos em dois períodos ao longo de um ano,
sendo que um dos períodos deverá ser de no mínimo 14 dias;
l) O trabalhador terá direito ao salário-família, valor pago para cada filho até a idade de 14
anos e para os inválidos de qualquer idade;
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seja, se por estas causas o doméstico puder voltar ao trabalho, ainda assim ficar com
sequelas, ou maior dificuldade de exercer o seu trabalho.
Continuidade Eventualidade
Trabalho ininterrupto, por mais de dois dias por Trabalho eventual, de até dois dias por
semana, gera vínculo semana, não gera vínculo
EMPREGADO EVENTUAL
Empregado eventual é aquele que exerce atividade eventual a uma empresa ou mais, sem que
haja relação de emprego, conforme o disposto na alínea “g”, inciso V, art.12, da Lei nº 8.212/91.
A súmula 386 do TST reconhece a legitimidade do vínculo entre policial militar e empresa privada,
desde que preenchidos todos os requisitos, independentemente de penalidade imposta pelo
Estatuto da Polícia Militar.
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EMPREGADO AVULSO
Empregado avulso é considerado aquele que presta serviços de curta duração a vários
tomadores, intermediado pela entidade de classe da categoria (sindicato) e cujo pagamento é
feito, predominantemente, a partir de rateio. A Lei nº 9.719/98 apresenta a proteção ao
trabalhador avulso portuário, ao passo que a Lei nº 12.023/09 dispõe acerca das normas de
atuação do trabalhador avulso não portuário. São assegurados aos avulsos os mesmos direitos
do trabalhador com vínculo empregatício, conforme se observa no inciso XXXIV, art. 7º, da
Constituição Federal.
TRABALHADOR AUTÔNOMO
Art. 442-B. A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, de
forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado prevista no art. 3º desta Consolidação.
Agora, desde que todas as formalidades legais para a constituição da relação cível sejam
observadas, essa relação terá validade e ganhou força de lei, gerando segurança jurídica para as
partes. Quanto às formalidades legais, pode-se entendê-las como a formalização de um contrato
de prestação de serviço. O autônomo deverá possuir alvará, inscrição no INSS e registro nos
respectivos órgãos de classe.
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A relação jurídica que há nessas relações cíveis é obrigacional, isto é, o contratante contrata os
serviços e paga pelo trabalho realizado. Por sua vez, o contratado tem a obrigação legal e
contratual de executar os serviços para o qual foi contratado. Esse é o vínculo jurídico dessa
relação. Ambos estão subordinados nos seus deveres, obrigações e direitos derivados do
contrato de prestação de serviço. Agora, quando isso ultrapassa os limites do contrato (direitos e
obrigações), corre-se o risco de ter essa relação cível desqualificada e declarada como relação de
emprego.
Portanto, mesmo numa relação de trabalho autônomo, uma vez evidenciado todos os requisitos
contidos nos artigos 2º e 3º da CLT, configurada está a relação de emprego, e o contrato de
prestação de serviço autônomo será descaracterizado. Os requisitos são: subordinação,
habitualidade, onerosidade, não eventualidade e alteridade.
ESTAGIÁRIO
Por que o estagiário não é empregado? O artigo 3º da Lei fala que o estágio não cria vínculo
empregatício de qualquer natureza. Para que não haja o vínculo, todas as regras da lei deverão
ser preenchidas.
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EMPREGADO APRENDIZ
A Constituição Federal estabelece como idade mínima para trabalhar a idade de 16 anos.
Todavia, excepciona o trabalho na condição de aprendiz para jovens entre 14 e 24 anos (art. 7º,
inciso XXXIII, da CF/88).
Requisitos: para que possa ser exercido trabalho nesta condição especial, o aprendiz deve estar
matriculado em programas de aprendizagem, ter jornada máxima diária de seis horas e
pagamento do salário-mínimo hora, além de possuir entre 14 e 24 anos e que a atividade
desenvolvida lhe proporcione aporte técnico-profissional.
Vagas para aprendiz: o art. 429 da CLT estabelece que as empresas de qualquer natureza são
obrigadas a empregar e matricular nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem um
número de no mínimo 5% e máximo de 15% de aprendizes em relação aos trabalhadores
existentes.
Direitos do aprendiz:
● Vale-transporte;
● Férias (que devem preferencialmente coincidir com as férias escolares);
● Salário-mínimo hora ou condição mais favorável;
● Duração do trabalho: máximo de 6 horas diárias ou 8 horas diárias (para aqueles que já
concluíram o ensino fundamental);
● Alíquota do FGTS de 2%.
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2. EMPREGADOR
CONCEITO DE EMPREGADOR
GRUPO ECONÔMICO
O § 2º da CLT, alterado pela lei 13.467/2017, deixa claro que, mesmo sem subordinação entre as
empresas, caracteriza-se grupo econômico quando as empresas estiverem sob a direção,
controle ou administração de outra. Ficou expressa essa interpretação quando o legislador
acrescentou a segunda parte do referido parágrafo: “ou ainda quando, mesmo guardando cada
uma sua autonomia, integrem grupo econômico” (redação inspirada no § 2º do art. 3º da Lei
5.889/1973).
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Assim, tem-se uma caracterização de grupo econômico baseada numa administração de linha
horizontal, e não apenas em linha vertical, pois a subordinação não é mais requisito obrigatório.
IDENTIDADE DE SÓCIOS
Agora, para fins de responsabilidade solidária, não importa se o mesmo sócio compõe o quadro
societário de outra empresa; é necessário comprovar o interesse integrado, a efetiva comunhão
de interesses e a atuação conjunta das empresas, requisitos esses que devem ser preenchidos
cumulativamente. Ou seja, deve haver objetivo comum e permanente entre as empresas.
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ATENÇÃO: mesmo que o empregado assine, a pedido do empregador, uma declaração dizendo
que não tem interesse em receber o 13° salário, perante a legislação trabalhista esse
documento assinado pelo empregado não tem validade. Em casos especiais,
admite-se a renúncia somente mediante conciliação judicial.
f) PrincÍpio da igualdade: é princípio básico, em que todos são iguais perante a lei. Esse
princípio esclarece que, na empresa, não pode haver distinção ou preconceito;
h) Princípio da inalterabilidade contratual lesiva: o contrato de trabalho não pode ser alterado
para suprimir ou reduzir direitos, mas apenas para favorecer o empregado, acrescentando
ainda mais proteção e benefícios ao trabalhador;
i) Princípio da intangibilidade salarial: o salário é algo intocável, não podendo ser retido,
suprimido ou modificado. Esse princípio assegura o valor e a disponibilidade do salário em
benefício do empregado.
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4. CONTRATO DE TRABALHO
DEFINIÇÃO
O contrato de trabalho nada mais é do que um negócio jurídico realizado de forma expressa ou
tácita, pelo qual uma pessoa natural assume obrigação perante pessoa natural, jurídica ou ente
despersonificado, a uma prestação pessoal, não eventual, subordinada e onerosa de serviços.
Ele pode ser expresso ou tácito, verbal ou por escrito, solene ou informal, individual ou por equipe
e por tempo indeterminado ou por tempo determinado.
Por sua vez, o contrato de trabalho tácito nasce da revelação da vontade das partes. Um conjunto
de atos coordenados das partes, indicativos da presença de uma pactuação empregatícia entre
elas, sem que haja um contrato escrito ou verbal.
O contrato individual de trabalho é aquele que tem um único empregado no polo ativo da relação
jurídica formada, ao passo que o contrato de trabalho plúrimo ou de equipe é aquele que tem
mais de um ou diversos obreiros no polo ativo dessa mesma relação.
● Subordinação Jurídica;
● Pessoalidade;
● Pessoa Física;
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● Não eventualidade;
● Onerosidade.
Esse tipo de contrato é uma exceção e foi aprovado pela Lei nº 9.601/98. No contrato por prazo
determinado ou a termo, não há aviso prévio e nem multa de Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço (FGTS). Esses contratos não permitem nenhum tipo de estabilidade. O art. 443, §2°, CLT,
traz as hipóteses em que é possível pactuar o contrato por prazo determinado.
Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo
prefixado ou da execução de serviços especificados, ou ainda da realização de certo
acontecimento suscetível de previsão aproximada.
PRAZOS
OBSERVAÇÃO: caso o empregador rescinda o contrato, sem que haja justa causa,
antes da data final do contrato, deverá este empregador uma indenização equivalente
à metade do que o empregado deveria receber (art. 459, CLT). De acordo com a
súmula 163 do TST, caberá aviso prévio quando essa rescisão antecipada ocorrer
nos contratos de experiência.
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Existe penalidade também ao empregado que se desligar do contrato a termo sem justa causa,
sendo o trabalhador obrigado a indenizar o empregador pelos prejuízos que desse fato resultarem
(art. 480, CLT).
Regra: o contrato de trabalho por prazo prazo determinado não poderá ser estipulado por período
superior a dois anos.
Exceção: o contrato de experiência não poderá exceder 90 dias. Pode ocorrer prorrogação,
desde que permaneça dentro do limite dos 90 dias (súmula 188 do TST). Ex.: 45 + 45 dias ou 30
+ 60 dias, etc.
O art. 451 da CLT determina que o contrato de trabalho por prazo determinado que, tácita ou
expressamente, for prorrogado mais de uma vez, passará a vigorar sem determinação de prazo,
ou seja, será considerado contrato por tempo indeterminado.
TRABALHO INTERMITENTE
Foi criada uma nova espécie de contrato de trabalho, chamado de intermitente. É o modelo em
que o empregado alterna períodos de inatividade e de atividade. Isso é: quando o funcionário
trabalha, ele é remunerado. Já, quando não estiver trabalhando, não fica à disposição do patrão,
e não recebe nada, podendo ficar longos períodos sem trabalhar.
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excelente. Nesse caso, elas ficam aguardando o chamado ao trabalhador sem que esse período
de inatividade seja considerado tempo à disposição, na forma do artigo 4º da CLT. Ou seja, não é
remunerado o tempo de ociosidade.
Esse período de inatividade não é considerado como tempo à disposição do empregador, motivo
pelo qual o trabalhador intermitente não será remunerado, pois somente receberá se houver
trabalho. Caso haja remuneração pelo período de inatividade, o contrato intermitente estará
automaticamente descaracterizado, devendo seguir as regras do contrato de trabalho “normal”.
O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado por escrito e o trabalhador intermitente
poderá ficar dias ou meses sem trabalhar.
Além disso, é condição formal do contrato intermitente a indicação do local e prazo para o
pagamento da remuneração.
Quando houver trabalho, a contratação se fará por hora de trabalho, a qual não poderá ser inferior
ao valor-hora dos demais empregados do estabelecimento que exercem a mesma função do
trabalhador intermitente, sempre respeitando o valor do salário mínimo. Isso significa que, numa
mesma empresa, poderá existir empregado “normal” e intermitente desempenhando a mesma
função.
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A contratação verbal ou tácita não será regida pelas regras do trabalho intermitente, mas sim pela
via da contratação ordinária, visto que a lei expressamente consignou como requisito de validade
a contratação por meio de contrato de trabalho escrito.
Assim, o tempo que o empregado passar em inatividade será considerado, na verdade, como
tempo à disposição do empregador.
Também podem estabelecer quais os turnos em que o empregado poderá ser chamado para o
trabalho, além de instituir as formas e os instrumentos de convocação para o trabalho e a
respectiva resposta do empregado, fixando o meio de contato entre empregador e empregado.
Descumprimento do Aceite
Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem justo motivo,
pagará à outra parte, no prazo de trinta dias, multa de 50% (cinquenta por cento) da remuneração
que seria devida, permitida a compensação em igual prazo.
O empregado será convocado para trabalhar, não tendo necessidade de ficar na sede da
empresa esperando trabalho. Quando chamado, o empregado receberá pelas horas efetivamente
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trabalhadas. Essa modalidade de trabalho pode ser muito bem utilizada para aquelas empresas
que trabalham sob demanda, e depois passam períodos sem trabalho.
Por sua vez, o empregado poderá recusar o trabalho, pois, recebida a convocação, o empregado
terá o prazo de um dia útil para responder ao chamado, presumindo-se, no silêncio, a recusa. A
recusa da oferta não descaracteriza a subordinação para fins do contrato de trabalho intermitente.
Pagamentos
TRABALHO TEMPORÁRIO
A Lei nº 6.019/74 é a que dispõe sobre o contrato de trabalho temporário, aquele prestado por
pessoa física a uma empresa, para atender à necessidade transitória de substituição de seu
pessoal regular e permanente ou devido a acréscimo extraordinário de serviços. O temporário
pode ser contratado para atuar na atividade-meio ou na atividade-fim da empresa tomadora de
serviços, além de ser autorizado a exercer as mesmas funções dos empregados da tomadora de
serviço, recebendo, assim, o mesmo valor salarial.
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FORMALIDADES LEGAIS
O contrato celebrado pela empresa de trabalho temporário e a tomadora de serviços será por
escrito, ficará à disposição da autoridade fiscalizadora no estabelecimento da tomadora de
serviços e conterá:
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VÍNCULO DE EMPREGO
Qualquer que seja o ramo da empresa tomadora de serviços, não existe vínculo de emprego
entre ela e os trabalhadores contratados pelas empresas de trabalho temporário.
O contrato de trabalho temporário, com relação ao mesmo empregador, não poderá exceder o
prazo de cento e oitenta dias, consecutivos ou não. O contrato poderá ser prorrogado por até
noventa dias, consecutivos ou não, além do prazo de 180 dias, quando comprovada a
manutenção das condições que o ensejaram.
PRAZO DE EXPERIÊNCIA
b) jornada de oito horas, remuneradas as horas extraordinárias não excedentes de duas, com
acréscimo de 20% (vinte por cento);
c) férias proporcionais;
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f) indenização por dispensa sem justa causa ou término normal do contrato, correspondente
a 1/12 (um doze avos) do pagamento recebido;
h) proteção previdenciária nos termos. Ainda, deverá ser registrada na CTPS do trabalhador a
sua condição de temporário.
O trabalhador temporário também está sujeito às causas de rescisão contratual por justa causa,
previstas no art. 482 da CLT, bem como o empregador também está sujeito às causas de rescisão
indireta, previstas no art. 483 da CLT.
TERCEIRIZAÇÃO
Nos termos do art. 4º-A da Lei 6.019/74, modificado pela Lei 13.467/17, considera-se prestação
de serviços a terceiros a transferência feita pela contratante da execução de quaisquer de suas
atividades, inclusive sua atividade principal, à pessoa jurídica de direito privado prestadora de
serviços que possua capacidade econômica compatível com a sua execução.
CONTRATADA E CONTRATANTE
Quem contrata o trabalhador é a empresa que fornecerá a mão de obra, que será responsável
pela remuneração e por dirigir o trabalho realizado por seus trabalhadores.
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Contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato com empresa de prestação de
serviços relacionados a quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal.
O § 5º do art. 5º-A da lei 6.019/74, o qual a lei 13.467/2017 não alterou, aduz que a empresa
contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao período
em que ocorrer a prestação de serviços, além de ser responsável pelo recolhimento das
contribuições previdenciárias. Observará a empresa o disposto no art. 31 da lei nº 8.212, de 24 de
julho de 1991.
Quanto à responsabilidade, a lei veio dizer o que a jurisprudência do TST já aplicava, conforme
letra VI da súmula 331: “A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as
verbas decorrentes da condenação referentes ao período da prestação laboral.”
Trata-se de uma relação jurídica triangular (trilateral) envolvendo três atores sociais.
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Artigo 4º-A, da lei 6.019/74: Considera-se prestação de serviços a terceiros a transferência feita
pela contratante da execução de quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade
principal, à pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços que possua capacidade
econômica compatível com a sua execução.
Responsabilidade:
CONTRATO DE APRENDIZAGEM
O art. 428 da CLT determina as características do contrato do empregado aprendiz. São elas:
a) contrato de prazo determinado (até 2 anos, exceto para aprendiz portador de deficiência);
b) contrato escrito;
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f) se o empregado ainda cursar o ensino médio, deve comprovar sua matrícula e frequência
na escola (exceto se na localidade não houver ensino médio, sendo que, nesse caso,
deverá ter concluído o ensino fundamental).
De acordo com o art. 468 da CLT, para que haja a alteração do contrato de trabalho, é necessária
a anuência do empregado, sendo que não pode haver prejuízo ao trabalhador. Essa alteração
tem que ser pactuada por ambas as partes. Caso contrário, as alterações serão nulas.
Quando existe mudança de domicílio do empregado, este terá direito a um adicional mínimo de
25% sobre o salário. Todavia, esse adicional será concedido se for transferência provisória,
conforme determina o art. 469, §3º, CLT. As despesas com transferência serão do empregador
(art. 470, CLT).
Ainda sobre a transferência, é importante conferir o teor das súmulas 43 e 29 do TST, bem como
a OJ nº 113 SBDI-1 do TST.
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indiretos ao empregado. Se assim não o for, há pena de nulidade da cláusula infringente dessa
garantia – art. 9º, CLT.
NOVIDADE
A alteração mencionada acima, com ou sem justo motivo, não assegura ao empregado o direito à
manutenção do pagamento da gratificação correspondente, que não será incorporada,
independentemente do tempo de exercício da respectiva função.
Assim, o empregador poderá remover o funcionário que exerce cargo de confiança para o seu
cargo de origem, retirando a gratificação de função que este recebe mensalmente,
independentemente do tempo.
Isso se dá pelo fato de que a gratificação de função se justifica pelo exercício da função de
confiança. Encerrando a função ou sendo o empregado removido do cargo de confiança para o
cargo de origem, não subsiste mais o fato gerador da gratificação, podendo ser retirada
imediatamente após o afastamento ou encerramento do cargo.
Lembrando que o caput do art. 461 não foi alterado pela reforma, permanecendo em vigor para
todos os efeitos, o que significa dizer que a alteração diz respeito apenas e tão somente à
supressão da gratificação de função percebida pelo empregado que exerce cargo de gestão, não
afetando os demais empregados.
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SALÁRIO E REMUNERAÇÃO
Entende-se por “gratificações legais” o 13º salário, chamado também de gratificação natalina, e
outras previstas em leis especiais em razão de acúmulo de função, tal como ocorre, por exemplo,
com os radialistas.
Não integram a remuneração, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo (qualquer
valor): auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem (qualquer
valor), prêmios e abonos.
Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho, só é lícita a alteração das respectivas condições
por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente,
prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.
Parágrafo único - Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que
o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de
função de confiança.
§ 2º A alteração de que trata o § 1º deste artigo, com ou sem justo motivo, não assegura ao
empregado o direito à manutenção do pagamento da gratificação correspondente, que não
será incorporada, independentemente do tempo de exercício da respectiva função.
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4. JORNADA DE TRABALHO
CONCEITO
É o tempo diário em que o empregado fica à disposição do empregador, conforme disposto nos
contratos individuais de trabalho. O art. 4º da CLT estabelece a definição de tempo de serviço
efetivo:
§ 2o Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como
período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco
minutos previsto no § 1o do art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, por escolha
própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições
climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer
atividades particulares, entre outras:
I - práticas religiosas;
II - descanso;
III - lazer;
IV - estudo;
V - alimentação;
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VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na
empresa.
VARIAÇÕES DE HORÁRIOS
Importante se faz destacar, inicialmente, que o § 1º do art. 58 da CLT, mencionado pelo então §
2º, aduz que não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações
de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de
dez minutos diários.
Exemplo: quando o empregado tem que entrar e bater seu ponto às 8h e acaba registrando a sua
entrada às 7h55min, esses 5 minutos de antecedência não serão computados na jornada de
trabalho. A mesma coisa ocorre na saída: o empregado tem que sair e bater o ponto às 18h, e
acaba registrando a saída às 18h4min. Esses 4 minutos não serão computados na jornada de
trabalho.
Porém, é importante ficar atento para o seguinte: se a soma dos minutos que antecedem e
sucedem a jornada normal de trabalho ultrapassam 10 minutos, todo o período será considerado
como tempo de trabalho.
Outra situação: o empregado tem que entrar e bater seu ponto às 8h e acaba registrando a sua
entrada às 7h53min (7 minutos antes). Na saída, o empregado tem que bater o ponto às 18h e
acaba registrando a saída às 18h4min (4 minutos depois). Esses 4 minutos serão computados na
jornada de trabalho. Isso porque a soma dos dois ultrapassou 10 minutos, logo, todos os minutos
antes e depois são computados na jornada de trabalho.
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Agora a situação mudou: mesmo que a jornada de trabalho do empregado ultrapasse o limite de 5
minutos antes e depois da jornada, conforme mencionado acima, esse período não será mais
computado na jornada de trabalho, salvo se efetivamente o empregado estiver trabalhando. Essa
regra só se aplica quando o empregado não estiver trabalhando e permanecer nas dependências
da empresa exercendo algumas das atividades particulares elencadas no § 2º do art. 4º. Se o
empregado estiver realmente trabalhando, a referida regra deverá ser observada normalmente.
A reforma veio apenas afastar a caracterização do tempo gasto com troca de uniforme, lanches,
higiene pessoal, descanso, lazer, estudo, dentre outras atividades pessoais em o empregado não
esteja trabalhando, da jornada de trabalho, desconsiderando essas atividades pessoais como
tempo em que o empregado não está à disposição do empregador. O rol do § 2º é exemplificativo,
pois utilizou a expressão “entre outras”.
Na prática, o empregador terá que vigiar o exercício das atividades do seu empregado, a fim de
identificar se o tempo de jornada está sendo gasto para o trabalho. O empregador poderá exigir
que o empregado registre sua entrada e saída antes de realizar qualquer atividade particular.
Portanto, estão excluídos da jornada de trabalho o tempo em que o empregado estiver exercendo
atividades pessoais, não importando a ordem ou natureza. Aquilo que induz que tal período não
pode ser considerado como labor extraordinário.
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Por fim, essa regra não se aplica quando o empregado for obrigado, por determinação da
empresa, a trocar de roupa no local de trabalho. Exemplo clássico são os trabalhadores que
laboram com alimentação, açougue, padaria, etc, os quais necessitam de roupas especiais para
executarem as suas atividades e não podem utilizar a roupa de trabalho fora das dependências
da empresa.
Sendo assim, os empregados que não precisam de roupas especiais para desenvolver suas
atividades laborais, não sendo obrigados a trocar nas dependências da empresa, devem, antes
de registrar o início da jornada de trabalho, efetuar a troca de roupa ou uniforme. Quando do
encerramento da jornada, o empregado deverá primeiro registrar sua saída para depois trocar sua
roupa.
DURAÇÃO DO TRABALHO
O art. 7º, XIII,CF – traz a duração normal do trabalho no Brasil – 08 horas por dia e 44 horas por
semana. Máximo de duas horas extras por dia.
Súmula 376, TST – caso o empregado faça mais do que duas horas extras por dia, o empregador
terá que pagar todas as horas.
No que diz respeito à jornada 12/36, em que o empregado trabalha 12 horas seguidas e descansa
36, a lei 13.467/2017 veio permitir que as partes, em comum acordo escrito, pudessem
estabelecer acordo individual ou coletivo para estabelecer horário de trabalho de 12 horas
seguidas por 36 horas ininterruptas de descanso.
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ATENÇÃO: agora, a prestação de horas extras habituais não descaracteriza o acordo de jornada
de trabalho 12 por 36 (parágrafo único do art. 59-B).
Súmula 444, TST – a jornada 12x36 é válida se prevista em lei ou negociação coletiva.
Por fim, o trabalhador sob o regime de 12 por 36h não receberá em dobro pelos feriados
trabalhados e nem o adicional noturno pelas horas diurnas trabalhadas em prorrogação ao
trabalho noturno.
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Exceção: súmula 118, TST – trata dos intervalos concedidos por liberalidade do empregador – Os
intervalos concedidos por liberalidade do empregador integram a jornada.
● Tipos de intervalo:
Interjornada – entre duas jornadas – art. 66, CLT. Intervalo de, no mínimo, 11 horas entre um dia
de trabalho e outro.
Redução dos intervalos (intrajornada) – art. 71, § 3º, CLT. Pode-se reduzir, mas necessário a
presença de 3 requisitos:
III – Não pode haver prorrogação da jornada (o empregado não pode fazer hora extra).
Ainda, após a reforma trabalhista, o intervalo intrajornada (dentro da jornada: almoço e descanso)
continua a ser de no mínimo uma hora por dia. Porém, as partes poderão negociar, com
participação do sindicato da categoria dos empregados, a redução do intervalo para até 30
minutos diários. Assim, empregado e empregador poderão adequar a pausa intervalar de acordo
com as necessidades e interesses de ambos.
NOVIDADE
O art. 58, § 2º, agora elenca que o tempo despendido pelo empregado até a efetiva
ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno NÃO será computado na jornada
de trabalho.
§ 2º O tempo despendido pelo empregado até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o
seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo
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empregador, não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do
empregador.
§ 3º (Revogado)
O art. 4º, § 2º, elenca que o tempo que o empregado permanece no estabelecimento do patrão
por sua escolha, sem trabalhar, em situações excepcionais, de fato, NÃO pode ser computado na
jornada de trabalho.
O texto proposto exclui o tempo de troca de uniforme ou de roupa como tempo à disposição,
salvo quando houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa, assim como o tempo de
lanche e higiene pessoal.
O novo texto altera o contrato por tempo parcial de 25 horas semanais para 26 ou 30 horas
semanais.
Assim, considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda trinta
horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou, ainda, aquele cuja
duração não exceda vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até seis
horas suplementares semanais.
HORAS SUPLEMENTARES
Caso o trabalhador esteja na modalidade explicitada pela segunda parte do art. 58-A, as horas
suplementares serão pagas com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o salário-hora
normal.
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Essas horas suplementares poderão ser compensadas na semana seguinte e, não o sendo,
serão pagas (§5º do art. 58-A da CLT).
FÉRIAS
SALÁRIO
O salário pago aos empregados desta modalidade de contrato será proporcional à sua jornada de
trabalho, usando como paradigma os empregados que cumprem as mesmas funções em tempo
integral.
Dependendo do tipo de trabalhador, é possível que a jornada de trabalho seja diferenciada, como
no caso dos bancários, os quais trabalham sob um regime de 6 horas diárias e 30 horas
semanais, pois o banco não funciona aos sábados (a súmula 113 do TST determina que o sábado
do bancário é dia útil não trabalhado). Os telefonistas e os trabalhadores em turnos ininterruptos
de revezamento também possuem jornadas diferenciadas.
Turno ininterrupto de revezamento ocorre quando a empresa, normalmente, trabalha 24 horas por
dia. Tem que haver variação de horário, ora de manhã, ora de tarde, ora de noite.
O inciso XIV do art. 7º, CF, determina a jornada de 6 horas para o trabalho realizado em turnos
ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva. Significa dizer que, neste caso, a 7ª e a
8ª horas trabalhadas são extras, mas não recebem o pagamento adicional, conforme dispõe a
súmula 423 do TST: “estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio
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De acordo com a OJ 360 do SDI-I, o trabalhador que exerce suas atividades em sistema de
alternância de turnos, compreendendo, no todo ou em parte, trabalho diurno e noturno, também
faz jus à jornada especial prevista no art. 7º, XIV, CF, uma vez que se entende ser prejudicial à
saúde do empregado a troca de horário.
O art. 62 da CLT não confere a jornada de trabalho apresentada pelo inciso XIII, art. 7º, CF, aos:
NOVIDADE
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Caso tenha permanecido na função de gerência por 10 anos ou mais, mesmo que deixe de ser
gerente, não perderá a gratificação conquistada.
Importante destacar: a partir da entrada em vigor da lei 13.874/2019, empresa com mais de 20
(vinte) trabalhadores está obrigada a anotar a hora de entrada e de saída dos seus
colaboradores, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções expedidas pela
Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, permitida a
pré-assinalação do período de repouso (repouso para alimentação).
Outra grande novidade para as empresas é a permissão para utilização de registro de ponto por exceção à
jornada regular de trabalho, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de
trabalho.
Isso significa que as empresas poderão, mediante contrato ou termo aditivo escrito, firmar registro de
jornada por exceção, em que o empregado anotará apenas as exceções à jornada normal, tais como:
atrasos, horas extras, intervalos prolongados, faltas, atestados, etc., ou seja, tudo o que for diferente da
jornada normal de trabalho.
HORAS EXTRAS
De acordo com o art. 59 da CLT, o número de horas excedentes por dia não ultrapassará o limite
de 2 horas suplementares, mediante acordo por acordo individual, convenção coletiva ou acordo
coletivo de trabalho, valendo, pelo menos, 50% a mais que a hora de trabalho normal.
O art. 58, §1º da CLT não prevê desconto (ou cômputo como horas extras) nas variações de até 5
minutos no cartão de ponto dos trabalhadores, estabelecendo-se o limite diário de 10 minutos.
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Não conta como hora extra: por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será
computado como período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o
limite de cinco minutos previsto no § 1º do art. 58 da CLT, quando o empregado, por escolha
própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições
climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer
atividades particulares, entre outras:
● práticas religiosas;
● descanso;
● lazer;
● estudo;
● alimentação;
● atividades de relacionamento social;
● higiene pessoal;
● troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na
empresa.
NOVIDADES
O caput do art. 59, da CLT, foi alterado. A nova redação retirou a forma escrita falando em acordo
individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.
Agora, o parágrafo 1º prevê o adicional de horas extras de acordo com o comando constitucional,
isto é, de, no mínimo, 50%, o que independe de acordo.
Os §§ 2º, 3º e 5º, do art. 59, regulam o banco de horas. As horas extras poderão ser
compensadas dentro de um ano. A novidade está na possibilidade de se pactuar o banco de
horas por mero acordo individual escrito, ficando, neste caso, limitado ao lapso de 6 meses (§ 5º):
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a) Banco de horas de até 6 meses – mediante mero acordo individual escrito, acordo coletivo
ou convenção coletiva de trabalho;
b) Banco de horas maior que 6 meses, limitado ao período de um ano - mediante acordo
coletivo ou convenção coletiva de trabalho.
O § 3º trata do saldo de banco de horas. O pagamento das horas no caso de rescisão contratual
por qualquer motivo deverá ser calculada sobre o salário da época da rescisão. O mesmo
entendimento vale para as horas extras não compensadas no período.
COMPENSAÇÃO DE JORNADA
Com a reforma trabalhista, o regime 12hx36h pode ser ajustado por acordo individual escrito,
coletivo, ou convenção coletiva de trabalho.
O artigo 59-B informa que a prestação de horas extras habituais não descaracteriza o regime de
compensação.
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O artigo elenca que o ajuste tácito não torna nulo o acordo de compensação, desde que a
compensação ocorra dentro do mês. Essa modificação também contraria a súmula 85 do TST.
TRABALHO NOTURNO
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de
sua condição social:
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INTERVALOS
INTERVALO INTERJORNADA
O intervalo interjornada está previsto no art. 66 da CLT, e estabelece que o período de descanso
mínimo entre 2 jornadas de trabalho é de 11 horas consecutivas, tanto para o trabalhador urbano
quanto para o rural (art. 5º da Lei nº 5.889/73). A súmula nº 110 do TST determina que, no regime
de revezamento de jornadas, as horas trabalhadas em seguida ao repouso semanal de 24 horas,
com prejuízo do intervalo mínimo de 11 horas consecutivas para descanso, devem ser
remuneradas como extraordinárias, inclusive com o respectivo adicional.
INTERVALO INTRAJORNADA
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NOVIDADE
Para jornadas acima de 6 horas, o período de descanso (intervalo intrajornada) é de, no mínimo,
30 minutos, desde que negociado em acordo ou convenção coletiva de trabalho. Se não for
concedido o descanso, a empresa pode ser condenada a pagar apenas o tempo suprimido
(diferença entre o tempo concedido e o tempo efetivo de descanso), calculados com acréscimo de
50% sobre o valor da hora normal. Assim, o trabalho realizado durante o intervalo que extrapola a
jornada é extra e, por isso, deve ser remunerado com acréscimo de 50% (art. 71, da CLT, §4º).
A sanção imposta pelo já mencionado §4º do art. 71 da CLT é aplicada ao empregador que
desrespeitar os períodos de intervalo intrajornada.
c) Minas e subsolo: a cada 3 horas de trabalho, 15 minutos de descanso (art. 298, CLT);
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d) Mulher em período de amamentação: até que o filho complete 6 meses de idade, haverá 2
descansos diários de meia hora cada (art. 396, CLT), inclusive, se advindo de adoção.
Esses intervalos deverão ser definidos em acordo individual entre a mulher e o
empregador.
Esses dois descansos podem ser definidos em acordo individual entre a mulher e o empregador,
permitindo uma melhor adequação do direito para a empregada e seu empregador.
Assim, a empregada lactante terá que gozar da pausa para sua própria alimentação e descanso,
direito inerente a ela própria, e mais dois intervalos de meia hora cada um para amamentar,
direito dela e da criança (verdadeiro interessado).
Os dois intervalos para amamentação estão inseridos na jornada de trabalho, para todos os
efeitos, como tempo de serviço, sendo proibido descontar da carga horária diária tais pausas, pois
a lei utiliza da expressão “durante a jornada de trabalho”, o que não permite também o
elastecimento da jornada normal para “compensar” as duas pausas de trinta minutos cada.
Portanto, se a empregada lactante trabalha oito horas por dia, a sua jornada de trabalho efetiva
passará para sete horas diárias, em virtude das duas pausas de meia hora cada.
Importante também lembrar que esses intervalos não poderão ser substituídos por pagamento em
forma de indenização caso a empregada opte em não gozar dos intervalos para amamentação.
Trata-se de um direito indisponível, que visa exclusivamente à saúde da criança, não podendo a
mãe negociar tal direito com o empregador.
HORAS IN ITINERE
É o tempo despendido pelo trabalhador para realizar o percurso de casa para o emprego ou do
emprego para casa.
Esse tempo despendido pelo empregado até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o
seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo
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empregador, não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do
empregador.
NOVIDADE
O novo texto suprime as horas in itinere porque desconsidera o tempo gasto pelo
empregado no transporte casa-trabalho e vice-versa, independente do fornecimento,
pelo patrão, da condução e do local em que se situa a empresa.
O horário in itinere ocorria quando a empresa estava situada ou locada em local de difícil acesso,
ou o trajeto não possuísse serviço público de transporte e o empregador fornecesse a condução.
Então, o empregador poderá oferecer transporte aos seus empregados com a segurança de que
esse tempo não será considerado como jornada de trabalho, independentemente do tempo de
deslocamento.
Todavia, a mudança não afeta os mineiros e os ferroviários, os quais possuem previsão própria na
CLT:
Art. 294 - O tempo despendido pelo empregado da boca da mina ao local do trabalho e
vice-versa será computado para o efeito de pagamento do salário.
Art. 238. Será computado como de trabalho efetivo todo o tempo em que o empregado
estiver à disposição da estrada. [...]
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SOBREAVISO E PRONTIDÃO
As definições de sobreaviso e prontidão podem ser obtidas a partir do art. 244, §§2º e 3º, CLT:
5. SALÁRIO
SALÁRIO x REMUNERAÇÃO
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Verbas consideradas REMUNERAÇÃO e que são base para o cálculo de 13º, férias, rescisões,
entre outras: hora extra; descanso semanal remunerado; comissões; adicional noturno;
gratificação de função (cargo de confiança); adicional de periculosidade; adicional de
insalubridade; quebra de caixa; gorjetas.
ATENÇÃO: a gorjeta passa a ser receita própria dos empregadores, salvo previsão
em acordo ou convenção coletiva de trabalho, distribuídas nos termos do art. 457 da
CLT.
Art. 457 – Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além
do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as
gorjetas que receber.
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NOVIDADE
● O ticket alimentação, por conseguinte, deixa de ter natureza salarial. Porém, a lei é clara
ao proibir o seu pagamento em dinheiro, sob pena de configurar tal verba em salário.
Dessa forma, a ajuda-alimentação ou vale-refeição não terão mais natureza salarial,
isentando as empresas de aderirem ao PAT (Programa de Alimentação ao Trabalhador)
para então afastar a natureza salarial do auxílio alimentação, pois a Orientação
Jurisprudencial nº 133 do TST assim o exigia, afirmando que “a ajuda-alimentação
fornecida por empresa participante do programa de alimentação ao trabalhador, instituído
pela Lei nº 6.321/76, não tem caráter salarial. Portanto, não integra o salário para nenhum
efeito legal.”
● As diárias de viagem, mesmo aquelas que ultrapassem 50% do salário recebido pelo
empregado, não serão mais consideradas salário, independentemente do valor pago.
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Súmula 354, TST – as gorjetas integram o cálculo de todas as verbas trabalhistas, menos de
quatro:
ELEMENTOS DA REMUNERAÇÃO
a) Habitualidade;
b) Periodicidade;
c) Quantificação;
d) Essencialidade;
e) Reciprocidade.
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Será em moeda corrente no País (art. 463 da CLT). O pagamento em cheque ou depósito é
possível se observadas as determinações do art. 464 da CLT e da Portaria 3281/84. A Portaria
3281/84 determina: “referidos dispositivos autorizam as empresas, com o consentimento do
empregado, a fazer o pagamento de salários através de conta bancária aberta para este fim ou
em cheque emitido diretamente pelo empregador em favor do empregado, salvo se este for
analfabeto”. O pagamento feito com inobservância desta portaria se considera como não
realizado.
Salário in natura / utilidade: é o salário pago através de bens econômicos. A lei não autoriza que
todo o salário seja pago desta forma, sendo que pelo menos 30% dele devem vir em dinheiro (art.
82, parágrafo único, CLT). Para ter natureza salarial, a remuneração deve ser dada pelo trabalho,
em reconhecimento ao trabalho do empregado, e não para o trabalho (indispensável ao trabalho),
conforme estabelece a súmula 367 do TST.
● Por tempo;
● Por produção ou unidade de obra;
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● Por tarefa.
EQUIPARAÇÃO SALARIAL
Art. 461 - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo
empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem
distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade.
§ 1º Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual
produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de
serviço para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos e a diferença de tempo na
função não seja superior a dois anos.
§ 2o Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal
organizado em quadro de carreira ou adotar, por meio de norma interna da empresa ou de
negociação coletiva, plano de cargos e salários, dispensada qualquer forma de homologação
ou registro em órgão público.
§ 3o No caso do § 2o deste artigo, as promoções poderão ser feitas por merecimento e por
antiguidade, ou por apenas um destes critérios, dentro de cada categoria profissional.
§ 6o No caso de comprovada discriminação por motivo de sexo ou etnia, o juízo determinará,
além do pagamento das diferenças salariais devidas, multa, em favor do empregado
discriminado, no valor de 50% (cinquenta por cento) do limite máximo dos benefícios do
Regime Geral de Previdência Social.
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NOVIDADE
A partir de agora, para haver equiparação salarial, esta só será possível entre
empregados que tiverem trabalhado ou trabalharem no mesmo estabelecimento
patronal.
Com as alterações trazidas pela nova legislação, para fazer jus às diferenças em virtude da
equiparação salarial, o empregado:
a) não poderá possuir tempo superior a 2 (dois) anos na mesma função em relação ao
paradigma;
b) o empregado paradigma não pode também ter tempo igual ou superior a 4 (quatro) anos
no mesmo empregador;
c) o empregado paradigma precisa trabalhar no mesmo estabelecimento juntamente com o
paragonado;
d) por fim, a ''equiparação salarial só será possível entre empregados contemporâneos no
cargo ou na função, ficando vedada a indicação de paradigmas remotos, ainda que o
paradigma contemporâneo tenha obtido a vantagem em ação judicial própria.''
No § 6º, foi fixada multa em favor do empregado discriminado (em decorrência de sexo e etnia),
no valor de 50% (cinquenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social.
Idêntica Função
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Pode parecer, num primeiro momento, um requisito objetivo, bastando apresentar o contrato de
trabalho ou a função descrita na CTPS. Porém, muitos empregados exercem a mesma função de
outros colegas de trabalho, e ambas as funções possuem nomenclaturas diferentes.
Portanto, a configuração desse requisito não se perfaz apenas com o nome do cargo ou função,
mas sim quando o empregado e o paradigma exercerem a mesma função, desempenhando as
mesmas tarefas, não importando se os cargos têm, ou não, a mesma denominação.Nesse caso,
o inciso III da súmula 6 do TST deve permanecer em vigor:
Trabalho de igual valor será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição
técnica entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço, para o mesmo empregador, não seja
superior a quatro anos, e a diferença de tempo na função não seja superior a dois anos. Por
tempo de serviço, compreende-se o tempo de trabalho na empresa, tempo de emprego, tempo de
“casa”, independentemente da função.
Quanto ao quadro de carreira ou plano de cargos e salários, a empresa não precisa mais
homologar ou registrar em qualquer órgão público o seu quadro de carreira ou o plano de cargos
e salários, tendo ambos validade por força de lei.
Regras de Promoção
No que diz respeito ao critério de promoção, na regra anterior, dentro do quadro de carreira ou do
plano de cargos e salários, as promoções deveriam ocorrer, obrigatoriamente, de forma alternada,
por merecimento e por antiguidade, dentro de cada categoria profissional.
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Agora, com a nova redação do § 3º do art. 461 da CLT, as promoções poderão ser feitas por
merecimento e por antiguidade, ou por apenas um destes critérios, dentro de cada categoria
profissional.
Será devido a qualquer espécie de empregado, conforme os ditames da Lei 4.090/62 e do art. 7º,
VIII, CF. A primeira parcela deve ser paga de fevereiro a novembro, e a segunda parcela, até 20
de dezembro. A base de cálculo do décimo terceiro é feita sobre o mês de dezembro, salvo se o
salário for variável.
Todo trabalhador com Carteira de Trabalho assinada terá direito ao FGTS, uma espécie de
poupança, que poderá ser utilizada nas hipóteses em que o empregador despedir o empregado
injustamente ou para aquisição da casa própria, entre outras possibilidades mencionadas no art.
20 da Lei 8.036/90:
Hipóteses de saque:
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● Acordo para extinção do contrato de trabalho: o art. 484-A permite essa prática,
estabelecendo que o contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e
empregador, caso em que o empregado só poderá movimentar 80% da sua conta do
FGTS.
AVISO PRÉVIO
É o direito do contratante de ser avisado, com antecedência mínima de 30 das, sobre a intenção
da outra parte de terminar o contrato de trabalho. O art. 487 da CLT, o art.7°, XXI da CF e a Lei
12.506/11 regulamentam este instituto.
O aviso prévio é proporcional ao tempo de serviço, sendo, no mínimo, de 30 dias. A nova lei deu
ao empregado, a cada ano trabalhado, mais 3 dias de aviso prévio, tendo como limite de aviso
prévio o período de 90 dias.
Aviso prévio não cabe nos contratos por prazo determinado e por demissão por justa causa.
Quando o empregador romper o contrato antes do fim ajustado, sem justa causa, caberá ao
empregado indenização de metade da remuneração que lhe seria devida até o final do contrato
(art. 479, CLT).
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O trabalhador poderá cumprir o aviso prévio trabalhando duas horas a menos por dia ou saindo
uma semana antes do serviço, ficando a escolha por conta do empregado (art. 488, CLT). É ilegal
a substituição das 2 horas diárias pelo pagamento de horas correspondentes, conforme determina
a súmula 230 do TST.
Segundo a súmula 276 do TST, o pedido de dispensa de cumprimento do aviso prévio não exime
o empregador de pagar o respectivo valor, salvo comprovada a obtenção de novo emprego pelo
trabalhador. A súmula 182 do TST determina que o tempo do aviso prévio, mesmo indenizado,
anda é contado para efeito de indenização adicional.
É possível, de acordo com o art. 489 da CLT, a reconsideração enquanto houver o cumprimento
do aviso prévio, mas é preciso que a parte notificante reconsidere o ato, antes do último dia, e
que a outra parte aceite.
O aviso prévio, quando solicitado pelo empregado, não concede o direito de redução da jornada
de trabalho, mas dá ao empregador a possibilidade de descontar os salários correspondentes ao
prazo respectivo (art. 487 §2º, CLT), caso o empregado não cumpra o aviso trabalhando. O aviso
deverá ser oferecido com 30 dias de antecedência.
O empregado não precisa cumprir o aviso prévio até o fim se o empregador der causa à falta
grave (despedida indireta), devendo este arcar com o pagamento dos dias restantes ao
trabalhador (art. 490, CLT). Da mesma forma, o empregado, durante o aviso prévio, está sujeito
às causas de rescisão do contrato de trabalho por justa causa, nos termos do art. 482 da CLT.
Entretanto, não terá direito ao pagamento dos dias restantes e nem às indenizações decorrentes
da rescisão, o empregado que cometer qualquer das faltas consideradas pela lei como justas
para a rescisão contratual (art. 491, CLT).
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DISPENSA COLETIVA
O art. 477-A equiparou, para todos os efeitos, as dispensas coletivas e individuais. Isso significa
que as dispensas coletivas não necessitam de assistência do sindicato dos empregados ou
autorização via acordo ou convenção coletiva de trabalho.
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HOMOLOGAÇÃO E PAGAMENTO
NOVIDADE
Agora, com a revogação do § 1º do art. 477 da CLT, independentemente do tempo de serviço, não
é mais obrigatório homologar a rescisão contratual junto ao sindicato, afastando, assim, a
assistência da entidade sindical para esse fim, tendo em vista a ausência de imposição legal
nesse sentido.
Essa adequação na lei veio acompanhar o que já é praticado nos casos dos empregados
domésticos, pois nos termos da LC 150/2015, as rescisões e pedidos de demissão já eram feitas
sem a necessidade de homologação ou chancela do sindicato para validar o ato.
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RECIBO DE QUITAÇÃO
JUSTA CAUSA
Os atos considerados como motivos de justa causa para a demissão do empregado (pelo
empregador) são, essencialmente, as faltas graves previstas no art. 482 da CLT:
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a) ato de improbidade;
b) incontinência de conduta ou mau procedimento;
c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando
constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for
prejudicial ao serviço;
d) condenação criminal do empregado, transitada em julgado, caso não tenha havido
suspensão da execução da pena;
e) desídia no desempenho das respectivas funções;
f) embriaguez habitual ou em serviço;
g) violação de segredo da empresa;
h) ato de indisciplina ou de insubordinação;
i) abandono de emprego;
j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou
ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de
outrem;
k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e
superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
l) prática constante de jogos de azar.
Cabe ressaltar que além das hipóteses do art. 482 da CLT, também configura justa causa:
a) prática de atos atentatórios à segurança nacional (art. 482, parágrafo único, CLT);
b) recusa injustificada do empregado em utilizar equipamentos individuais e observar as
instruções do empregador para prevenir acidentes no trabalho (art. 158, parágrafo único,
“b”, CLT);
c) não estar devidamente matriculado, o empregado aprendiz, nos cursos de aprendizagem
ou ter frequência ou aproveitamento insuficientes (art. 433, CLT);
d) excessos na prática de greve (art. 14, Lei 7.783/89);
e) declaração fraudulenta de itinerário ou de uso do vale-transporte (art. 7º, §3º, Decreto
95.247/87).
NOVIDADE
O art. 482, m, da CLT, elenca a aplicação da justa causa quando o empregado, por
sua culpa, perde sua habilitação ou os requisitos estabelecidos em lei para o exercício
profissional. O elemento subjetivo do tipo exige a conduta dolosa (dolo direto ou
eventual).
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Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador:[...]
Na prática, o empregado que necessita de habilitação prevista em lei para exercer determinada
função tem o dever de zelar pela sua boa e regular manutenção, salvaguardando-se de situações
que o levem a perder tal habilitação, tendo em vista que a perda dessa qualidade o impossibilitará
de exercer a sua função, o que acarretará na rescisão contratual por justa causa.
Um exemplo clássico dessa modalidade de rescisão do contrato de trabalho por justa causa são
os motoristas profissionais, os quais necessitam da Carteira Nacional de Habilitação para
exercerem a função de motorista.
Ao perder sua habilitação, por qualquer razão, desde que seja de forma dolosa, isto é, com a
intenção de praticar o ato faltoso, dará ensejo à aplicação de justa causa por parte do seu
empregador. Em outros casos, podemos citar os advogados, contadores e demais profissionais
que necessitem de registro nos respectivos órgãos de classe para o exercício da função.
Dessa forma, se a perda da habilitação para o exercício da função profissional se der de forma
culposa, sem a intenção de praticar o ato que o desabilitou, o empregado não poderá ter seu
contrato de trabalho rescindido por justa causa.
Ocorre a rescisão indireta quando o empregado pleitear a rescisão de seu contrato de trabalho
devido à falta grave cometida pelo empregador, tendo direito à indenização se:
a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons
costumes, ou alheios ao contrato;
b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo;
c) correr perigo manifesto de mal considerável;
d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato;
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e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo
da honra e boa fama;
f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legítima
defesa, própria ou de outrem;
g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar
sensivelmente a importância dos salários.
NOVIDADE
A reforma veio assegurar legalmente a prática do PDV ou PDI. Mantém, ainda assim, a
necessidade de sua formulação por meio de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho,
isto é, a participação do sindicato da categoria dos empregados é necessária para sua validação
e para quitação plena e irrevogável dos direitos decorrentes da relação empregatícia entabulados
nos referidos planos.
Sobre o tema, o STF, no RE nº 590415, de relatoria do Ministro Luiz Roberto Barroso, entendeu
que o plano de dispensa incentivada tem validade e, quando pactuado por meio de acordo ou
convenção coletiva de trabalho, com cláusula de quitação ampla, geral e irrestrita ao contrato de
trabalho, seus efeitos contemplam quitação de toda e qualquer parcela decorrente da relação de
emprego.
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Sendo assim, dispensa por adesão à Plano de Demissão Voluntária ou Incentivada negociada por
norma coletiva de trabalho terá plena e irrestrita quitação, assegurando validade geral à
negociação, desde que observados os requisitos do art. 104 do Código Civil de 2002:
a) agente capaz;
b) objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
c) forma prescrita ou não defesa em lei.
SEGURO-DESEMPREGO
O seguro-desemprego é um benefício previsto na Lei 7.998/90, que tem por finalidade essencial
prover assistência financeira temporária ao trabalhador dispensado sem justa causa (ou
indiretamente), auxiliando-o na busca por outro emprego.
● por, pelo menos, 12 meses nos últimos 18 meses imediatamente anteriores à data
da dispensa;
● quanto às parcelas a receber, terá direito a 4 parcelas se comprovar vínculo
empregatício de, no mínimo, 12 meses e no máximo 23 meses. Terá direito a 5
parcelas o trabalhador que comprovar vínculo empregatício de no mínimo 24 meses.
● por, pelo menos, 09 meses nos últimos 12 meses imediatamente anteriores à data
da dispensa;
● quanto às parcelas a receber, terá direito a 3 parcelas se comprovar vínculo
empregatício de, no mínimo, 09 meses e no máximo 11 meses. Terá direito a 4
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O § 10 do art. 477 da CLT dispõe que a anotação da extinção do contrato na Carteira de Trabalho
e Previdência Social é documento hábil para requerer o benefício do seguro-desemprego e a
movimentação da conta vinculada no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, nas hipóteses
legais, desde que a comunicação prevista no caput desse artigo tenha sido realizada.
ESTABILIDADE
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ESTABILIDADE DEFINITIVA
O art. 19 dos Atos das Disposições Constitucionais (ADCT), entretanto, prevê estabilidade
definitiva nos seguintes termos:
Art. 19. Os servidores públicos civis da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, da administração direta, autárquica e das fundações públicas, em exercício na data
da promulgação da Constituição, há pelo menos cinco anos continuados, e que não tenham
sido admitidos na forma regulada no art. 37, da Constituição, são considerados estáveis no
serviço público.
§ 1º - O tempo de serviço dos servidores referidos neste artigo será contado como título
quando se submeterem a concurso para fins de efetivação, na forma da lei.
§ 2º - O disposto neste artigo não se aplica aos ocupantes de cargos, funções e empregos de
confiança ou em comissão, nem aos que a lei declare de livre exoneração, cujo tempo de
serviço não será computado para os fins do "caput" deste artigo, exceto se se tratar de
servidor.
§ 3º - O disposto neste artigo não se aplica aos professores de nível superior, nos termos da lei.
ESTABILIDADE PROVISÓRIA
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Vale ressaltar, ainda, que a estabilidade provisória à gestante é aplicável mesmo nos casos
de contratos por prazo determinado, e ainda que seja durante o aviso prévio trabalhado ou
indenizado (art. 391-A).
A licença-maternidade é de 120 dias (28 dias antes do parto e 92 dias depois do parto). A
mãe adotante também possui o direito de licença, que são contados da guarda judicial. A
lei 11.770/08 FACULTA às empresas darem mais 60 dias de licença-maternidade
prevalecendo um total de 180 dias. E o mesmo se aplica às hipóteses de adoção ou
guarda judicial para fins de adoção.
Para amamentar seu filho, inclusive se advindo de adoção, até que este complete 6 (seis)
meses de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de trabalho, a 2 (dois) descansos
especiais de meia hora cada um - art. 396 da CLT.
d) Acidentado: o art. 118 da Lei 8.213/91 assegura ao trabalhador que sofreu acidente
a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa por, pelo menos, 12 meses após a
cessação do auxílio-doença. A súmula 378 do TST impõe ainda dois requisitos para haver
a estabilidade do acidentado: o afastamento superior a 15 dias e a consequente percepção
do auxílio-doença acidentário.
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7. INSALUBRIDADE
Art. 189 - Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua
natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à
saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do
agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.
Quem trabalha em lugar nocivo à saúde terá direito a adicional. Não será necessário que o
empregado trabalhe todos os dias no lugar nocivo. Só são consideradas atividades insalubres
aquelas previstas na Portaria nº 3.214/78, sendo esse rol taxativo. Caso trabalhe com atividade
nociva, será necessário receber equipamento de proteção individual ou equipamento de proteção
coletivo. Vale ressaltar que o menor não poderá trabalhar em lugar insalubre (art. 7º, XXXIII, CF).
A insalubridade será sobre o salário mínimo, exceto para cálculo dos empregados que percebem
salário profissional ou se a lei ou convenção coletiva determinar o contrário, conforme a súmula
17 do TST.
NOVIDADE
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Desse modo, fica proibido o trabalho de mulheres grávidas ou lactantes em qualquer grau,
devendo a mulher ser afastada imediatamente da função insalubre, sem prejuízo ao salário.
EMPREGADA LACTANTE
Nos casos da lactante, esta somente será afastada das suas atividades em condições insalubres
em qualquer grau se apresentar, voluntariamente, atestado de saúde emitido por médico da sua
confiança recomendando o afastamento do trabalho durante a lactação.
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atividades em local salubre na empresa, pois tal hipótese seria considerada como gravidez de
risco e ensejaria a percepção de salário-maternidade, nos termos da lei 8.213/1991, durante todo
o período de afastamento. Ou seja, enquanto durar a gestação ou a lactação, a empregada
receberia auxílio-maternidade.
8. PERICULOSIDADE
§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja
devido.
É o risco à integridade física dos empregados, pois estes trabalham com atividades consideradas
perigosas. O adicional será de 30% sobre o valor do salário do empregado. A perícia se torna
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ATENÇÃO: o §4º do art. 193 da CLT foi incluído pela Lei nº 12.997, de 2014,
conferindo aos trabalhadores em motocicleta o adicional de periculosidade.
9. FÉRIAS
O empregado recebe seu salário mais 1/3, que deverá ser pago 2 dias antes de o empregado
poder usufruí-las (art. 145, CLT).
É necessário comunicar ao empregado, por escrito, sobre suas férias, pelo menos 30 dias antes
(Art. 135, CLT)
Poderão ser fracionadas em até três períodos, mediante negociação, contanto que um dos
períodos seja de pelo menos 14 dias corridos, e os demais não poderão ser inferiores a 5 dias
corridos, cada um (art. 134 da CLT).
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Durante as férias, o empregado não poderá prestar serviços a outro empregador, salvo se estiver
obrigado a fazê-lo em virtude de contrato de trabalho regularmente mantido com aquele (art. 138,
CLT).
Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata o art. 134, o empregador
pagará em dobro a respectiva remuneração (salário + 1/3 + salário + 1/3) (art. 137 CLT).
É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do período de férias a que tiver direito em
abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes, que
deverá ser requerido até 15 (quinze) dias antes do término do período aquisitivo (art.143, CLT).
Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze)
meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito.
§ 1o Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até
três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os
demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um.
§ 2o (Revogado).
§ 3o É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso
semanal remunerado.
Período aquisitivo – período de 12 meses, necessário para que o empregado adquira o direito
de férias. Passados os 12 meses, imediatamente inicia-se o período concessivo, por 12
meses, no qual o empregador deverá conceder as férias ao empregado (art. 129 e art. 130 da
CLT).
Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o
empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:
Faltas Férias
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De 6 a 14 24 dias
De 15 a 23 18 das
De 24 a 32 12 dias
§ 2º - O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de serviço.
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SINDICATO
Art. 511. É lícita a associação para fins de estudo, defesa e coordenação dos seus interesses
econômicos ou profissionais de todos os que, como empregadores, empregados, agentes ou
trabalhadores autônomos ou profissionais liberais exerçam, respectivamente, a mesma atividade
ou profissão ou atividades ou profissões similares ou conexas.
Os sindicatos têm natureza de pessoa jurídica de direito privado, sem haver necessidade da
autorização do Estado para sua criação, ressalvado o registro no órgão competente (art. 8º, I,
CF/88). Um dos deveres dos sindicatos é promover a conciliação nos dissídios de trabalho.
Prerrogativas do Sindicato
O art. 513 da CLT determina que compete ao sindicato, entre outras prerrogativas:
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NEGOCIAÇÃO COLETIVA
Há dois instrumentos utilizados na negociação coletiva que são criadores de normas jurídicas
(regem as relações dos representados além do contrato de trabalho na base territorial) e
cláusulas contratuais (regem as obrigações entre os signatários), sendo considerados como
fontes formais autônomas do direito do trabalho: o Acordo Coletivo de Trabalho e a Convenção
Coletiva de Trabalho.
O que for negociado não precisará ser incorporado ao contrato de trabalho. Os sindicatos e as
empresas poderão dispor livremente sobre os prazos de validade dos acordos e convenções
coletivas, bem como sobre a manutenção ou não dos direitos ali previstos quando expirados os
períodos de vigência. E, em caso de expiração da validade, novas negociações terão de ser
feitas.
Art. 611 - Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou
mais Sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições
de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais de
trabalho.
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A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre
outros, dispuserem sobre os incisos constantes no art. 611-A da CLT.
A regra que possibilitou a instituição de banco de horas por meio de acordo ou contrato escrito
firmado entre empregado e empregador, afastando a figura do sindicato ou a homologação do
MTE. Dever-se-á limitar a compensação das horas extras por folga dentro de no máximo seis
meses.
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Intervalo Intrajornada, Respeitado o Limite Mínimo de Trinta Minutos para Jornadas Superiores a
Seis Horas
O intervalo intrajornada (dentro da jornada: almoço e descanso) continua a ser de, no mínimo,
uma hora por dia. Porém, as partes poderão negociar, com participação do sindicato da categoria
dos empregados, a redução do intervalo para até 30 minutos diários. Assim, empregado e
empregador poderão adequar a pausa intervalar de acordo com as necessidades e interesses de
ambos.
O acordo coletivo de trabalho específico para adesão ao PSE (Lei 13.189/2015), celebrado entre
a empresa e o sindicato de trabalhadores representativo da categoria da atividade econômica
preponderante da empresa, pode reduzir em até 30% (trinta por cento) a jornada e o salário.
Plano de Cargos, Salários e Funções Compatíveis com a Condição Pessoal do Empregado, bem
como Identificação dos Cargos que se Enquadram como Funções de Confiança
Em relação ao plano de cargos e salários, este pode ser feito também por acordo individual, mas
se preferido, poderá ser instituído em norma coletiva. A diferença, agora, é que não há mais
necessidade de homologá-lo perante a autoridade competente.
Regulamento Empresarial
Também pode ser feito por acordo individual, mas para sobressair-se à lei, poderá ser feito por
norma coletiva.
Nas empresas com mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de uma comissão
para representá-los, com a finalidade de promover-lhes o entendimento direto com os
empregadores.
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Direito do Trabalho | 11ª ed.
O teletrabalho está regulado pelo art. 75-A e seguintes da CLT. No entanto, as regras dessa
dinâmica poderão ser alteradas por norma coletiva, como, por exemplo, atribuir ao empregado a
responsabilidade pela sua saúde e segurança, bem como pela aquisição de equipamentos e
maquinário para o exercício da sua função, afastando do empregador essa responsabilidade.
Sobreaviso
No tocante ao regime de sobreaviso, este já era objeto de norma coletiva, podendo agora ser
negociado para descaracterizar como tempo à disposição do empregador, excluindo o seu
pagamento.
Trabalho Intermitente
No tocante ao trabalho intermitente, as regras contidas no art. 452-A e seguintes da CLT poderão
ser modificadas, alterando o prazo de convocação, resposta, multa por descumprimento, período
máximo de inatividade, dentre outros.
O registro de jornada de trabalho tem que ser eletrônico. Porém, determinadas atividades são
incompatíveis com tais registros. Por isso, agora é permitido estipular, em norma coletiva, outras
formas de registrar a jornada de trabalho, seja de forma eletrônica, manual, pelo sistema, ou
qualquer outra medida idônea que permita o registro correto da jornada pelo empregado.
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Direito do Trabalho | 11ª ed.
Sabe aquele feriado que cai no meio da semana? Pois então, agora esse feriado poderá ser
negociado e trocado por outro dia que coincida com fim de semana. Ex.: feriado que cai numa
quinta-feira poderá ser transferido para sexta-feira, a fim de permitir uma pausa ininterrupta de
descanso.
Lembrando que tal possibilidade não afeta a regra do pagamento em dobro ou compensado por
outro dia de folga, na forma da lei 605/49.
Pela regra contida no vigente art. 60 da CLT, as empresas que operam em atividades insalubres
devem requerer ao Ministério do Trabalho e Emprego autorização para trabalho extraordinário, a
fim de que este examine o local de trabalho e verifique as condições. Agora, esta exigência
poderá ser suprida diretamente com o sindicato dos empregados, sem interferência do MTE,
mediante negociação coletiva.
O empregador poderá, por norma coletiva de trabalho, instituir premiações de incentivo aos
funcionários por meio de programas devidamente firmados perante o sindicato dos empregados,
contendo as regras que nortearão os incentivos, além de prever quais os bens ou serviços
possuem caráter indenizatório.
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Poderá a empresa ajustar, em norma coletiva, o pagamento até mesmo de forma mensal, com
possibilidade inclusive de parcelamento do valor correspondente, conforme já decidido pelo TST e
materializado na orientação jurisprudencial transitória nº 73.
Se for pactuada cláusula que reduza o salário ou a jornada, a convenção coletiva ou o acordo
coletivo de trabalho deverão prever a proteção dos empregados contra dispensa imotivada
durante o prazo de vigência do instrumento coletivo.
Esquema de memorização:
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ATENÇÃO: caso exista conflito de normas coletivas, deve-se observar o art. 620 da
CLT, o qual dispõe que as condições estabelecidas em acordo coletivo de trabalho
sempre prevalecerão sobre as estipuladas em convenção coletiva de trabalho.
O rito para a celebração do instrumento coletivo de trabalho obedece aos seguintes critérios (art.
612, CLT):
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● O instrumento coletivo estará vigente após três dias do depósito administrativo junto ao
MTE (art. 614, §1º, CLT);
● O prazo máximo de validade da CCT e do ACT é de 2 anos (art. 614, §2º, CLT), salvo no
tocante ao estabelecimento de pisos salariais e de garantias com prazo superior a 2 anos.
As normas coletivas podem flexibilizar direitos patrimoniais disponíveis, ampliar alguns direitos
assegurados pela lei (até diminuir, como no caso expressamente previsto de redução salarial),
mas não podem interferir no que diz respeito às normas mínimas de saúde e segurança do
trabalhador ou de seus direitos constitucionais.
GREVE
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O art. 2º da Lei nº 7.783/89 considera como legítimo o exercício do direito de greve quando ocorre
a suspensão coletiva, temporária e pacífica, total ou parcial, de prestação pessoal de serviços ao
empregador.
É permitida a greve em atividades essenciais, mas deve ser pré-avisada não só ao empregador,
mas também aos usuários dos serviços, e o prazo é de, no mínimo, 72 horas antes do início do
movimento (art. 13 da Lei 7.783/89). Independentemente do pré-aviso, é obrigação dos grevistas
garantir a prestação dos serviços indispensáveis à comunidade.
LOCKOUT
O lockout é prática definida pelo art. 17 da Lei 7.783/89. Em suma, é uma espécie de “greve do
empregador”, que se origina de conflito entre empregados e patrão.
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Diferentemente do que ocorre com os empregados, o lockout não possui legitimidade e, portanto,
é vedado.
Art. 476-A. O contrato de trabalho poderá ser suspenso, por um período de dois a cinco meses,
para participação do empregado em curso ou programa de qualificação profissional oferecido pelo
empregador, com duração equivalente à suspensão contratual, mediante previsão em convenção
ou acordo coletivo de trabalho e aquiescência formal do empregado, observado o disposto no art.
471 desta Consolidação.
INTERRUPÇÃO SUSPENSÃO
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Dias Motivo
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até 2 dias consecutivos ou não para o fim de se alistar eleitor, nos termos
da lei eleitoral.
pelo período que se fizer necessário. período de tempo em que tiver de cumprir
as exigências do Serviço Militar.
pelo período que se fizer necessário. pelo tempo que se fizer necessário,
quando tiver que comparecer a juízo.
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Exemplos: licenças não remuneradas, ausências não justificadas ou não abonadas, greve,
aposentadoria por invalidez. Exemplos em que há cômputo do período e depósito do FGTS:
acidente de trabalho após o 15º dia (até o 15º é interrupção). No período de suspensão, o
empregado recebe o benefício e há o cômputo e o depósito do FGTS; quando ele tem alta
previdenciária, a empresa não pode despedi-lo sem justa causa pelo prazo de 12 meses.
TELETRABALHO
O inciso III do artigo 62 da CLT exclui os empregados que trabalham a distância, através de
instrumentos telemáticos ou informatizados, do Capítulo “Da Duração do Trabalho”. Isso significa
que esses trabalhadores, mesmo que controlados, passam a não ter direito às horas extras,
intervalo intrajornada, intervalo interjornada, hora noturna e adicional noturno.
Conceito
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Formalidades do Teletrabalho
Alternância de Regimes
Poderá ser realizada a alteração entre regime presencial e de teletrabalho, desde que haja mútuo
acordo entre as partes, registrado em aditivo contratual.
Dessa forma, é importante destacar que poderá ser realizada a alteração do regime presencial
para o de teletrabalho, desde que haja mútuo acordo entre as partes, registrado em aditivo
contratual.
Por outro lado, poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho para o presencial por
determinação do empregador, garantido prazo de transição mínimo de quinze dias, com
correspondente registro em aditivo contratual.
Assim:
Custo do Teletrabalho
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em contrato escrito, e deverão ser arcadas pelo empregador, não integrando a remuneração do
empregado
Jornada de Trabalho
Por fim, cabe destacar que os empregados na modalidade de teletrabalho estão excluídos do
regime de controle de jornada, não havendo obrigação legal de registrar jornada diária de
trabalho, pois, nessa modalidade, o empregador não controla a jornada, logo, também não haverá
pagamento de horas extras (art. 62, III, da CLT).
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL
A contribuição sindical, nos termos do art. 580 da CLT, será recolhida, de uma só vez,
anualmente, e consistirá na importância correspondente à remuneração de um dia de trabalho
para os empregados, qualquer que seja a forma da referida remuneração.
Forma Opcional
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A reforma trabalhista apenas retirou a última parte do art. 545 da CLT, a qual dizia: “salvo quanto
à contribuição sindical, cujo desconto independe dessas formalidades”. Assim, a contribuição
sindical não é mais obrigatória tanto para os empregados (545) quanto para os empregadores
(587).
A partir de agora, com as novas regras da CLT, as contribuições devidas aos sindicatos pelos
participantes das categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas
pelas referidas entidades serão, sob a denominação de contribuição sindical, pagas, recolhidas e
aplicadas desde que prévia e expressamente autorizadas. Isso, na prática, significa autorização
prévia por escrito. Caso não haja essa autorização, o desconto é ilícito (art. 578).
Repare que a lógica mudou: pela regra anterior, fora a contribuição sindical obrigatória, as demais
eram descontadas normalmente, salvo se o empregado expressamente desautorizasse o
desconto. Agora, somente poderá haver o desconto se o empregado autorizar. Ou seja: a lei
utiliza a expressão “prévia”, o que significa que primeiro o empregado autoriza, depois o
empregador desconta. Antes, era o contrário: primeiro o empregador descontava, quando
notificado pelo sindicato, depois o empregado decidia se desautorizava ou não.
SUCESSÃO DE EMPREGADORES
Ocorre quando uma empresa compra outra empresa; fusão, incorporação. Para o empregado,
não muda NADA. Não se pode modificar o contrato de trabalho, nem se pode extinguir/diminuir
direitos. Pode-se, contudo, mandar empregado embora.
O art. 448-A da CLT aduz que, uma vez caracterizada a sucessão empresarial ou de
empregadores prevista nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas,
inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida,
são de responsabilidade do sucessor.
Ainda, a empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora quando ficar comprovada
fraude na transferência.
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Sócio Retirante
a) a empresa devedora;
b) os sócios atuais;
c) os sócios retirantes.
O sócio retirante responderá solidariamente com os demais quando ficar comprovada fraude na
alteração societária decorrente da modificação do contrato.
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