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APRESENTAÇÃO 03
PRINCÍPIOS TRABALHISTAS 04
RELAÇÃO DE TRABALHO E RELAÇÃO DE EMPREGO 06
SUJEITOS - EMPREGADO E EMPREGADOR 06
TERCEIRIZAÇÃO E TRABALHO TEMPORÁRIO 07
CONTRATO DE TRABALHO 08
ALTERAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO 11
INTERRUPÇÃO E SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO 14
JORNADA DE TRABALHO 15
SALÁRIO E REMUNERAÇÃO (SISTEMA REMUNERATÓRIO E EQUIPARAÇÃO SALARIAL) 22
FÉRIAS 30
TÉRMINO DO CONTRATO DE TRABALHO E PROCEDIMENTOS RESCISÓRIOS 35
ESTABILIDADES 40
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA 45
SEGURANÇA DO TRABALHO E ADICIONAIS 49
TRABALHO DA MULHER E DO MENOR 56
DIREITO COLETIVO - NEGOCIAÇÕES COLETIVAS 57
SUJEITOS DO DIREITO COLETIVO DO TRABALHO - ORGANIZAÇÃO SINDICAL 58
GREVE 59
DIREITO ADMINSTRATIVO DO TRABALHO 63
FGTS 64
SEGURO DESEMPREGO 66
TEMAS ESPECÍFICOS 67
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LEVEL UP
Apresentação
Conhecer os principais entendimentos jurisprudenciais já está
virando requisito básico para enfrentar provas de concursos de
alto nível. Questões que abordam a jurisprudência relacionada
aos diversos direitos apareceram em peso nas provas de 2023
e podemos esperar que o cenário se repita nos próximos anos.
JURISPRUDÊNCIAS Algumas jurisprudências são mais recentes e por isso ainda não foram
SEM QUESTÕES cobradas em provas. Essas são um prato cheio para as bancas!
Dicas de O melhor momento para estudar uma jurisprudência é logo após revisar os assuntos
estudo correlatos a ela. Você já estará com os conhecimentos frescos na memória e vai
conseguir assimilar melhor o entendimento dos julgados.
A maioria das questões da área fiscal que cobram jurisprudências exigem apenas
a literalidade do julgado. Logo, não há uma necessidade de aprofundamento tão
grande. Mesmo assim, procuramos explicar brevemente cada um.
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PRINCÍPIOS TRABALHISTAS
COMENTÁRIOS DA GURUJA
Nesse sentido, o Art. 59 da CLT afirma que: “A duração diária do trabalho poderá ser acrescida
de horas extras, em número não excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva
ou acordo coletivo de trabalho.”
Ou seja, as partes, empregado e empregador, de comum acordo, por meio de acordo individual
escrito poderão adotar a jornada de trabalho de 12X36.
COMO JÁ CAIU
COMENTÁRIOS DA GURUJA
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dos princípios contra legem (contra o direito), no Direito Trabalhista os princípios ocupam
uma posição de grande relevância, tanto os princípios secundum legem (conforme a lei) como
os praeter legem (na ausência de norma incidente).
A Súmula 212 do TST sintetiza a aplicação de diversos princípios do Direito Trabalhista, tais como
o Princípio da Proteção do Trabalhador, Princípio da Primazia da Realidade e Princípio da
Continuidade da Relação de Emprego.
Dessa forma, apesar de, como regra, caber ao Reclamante o ônus de provar o seu direito, quando
nega essa prestação ou o término do contrato, a Parte Reclamada (Empregador), atrai para si o
ônus da prova e, caso não consiga se desincumbir desse ônus, são assumidas como verdadeiras
as alegações do Empregado (claro, respeitando também os Princípios da Razoabilidade e da
Proporcionalidade).
COMO JÁ CAIU
TST – SÚMULA Nº 12
CARTEIRA PROFISSIONAL.
As anotações apostas pelo empregador na carteira profissional do empregado não geram
presunção “juris et de jure”, mas apenas “juris tantum”.
COMENTÁRIOS DA GURUJA
Mais um exemplo de aplicação do Princípio da Primazia da Realidade pelo TST, que entendeu que
a anotação realizada na CTPS admite prova em contrário, logo, possui presunção juris tantum
(presunção relativa), ao contrário da presunção juris et de jure (presunção absoluta, que não
admite prova em contrário). Neste sentido, destacamos também a Súmula Vinculante nº 225,
segundo a qual “Não é absoluto o valor probatório das anotações da carteira profissional”.
COMO JÁ CAIU
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RELAÇÃO DE TRABALHO E
RELAÇÃO DE EMPREGO
COMENTÁRIOS DA GURUJA
COMO JÁ CAIU
COMENTÁRIOS DA GURUJA
6 @gurujaconcursos Índice
Neste sentido, destacam-se os artigos 10 e 488 da CLT:
Art. 10, CLT. Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos
adquiridos por seus empregados.
Em relação à responsabilidade dos sócios, cabe destacar que o Sócio retirante responde
subsidiariamente pela época em que era sócio, em ações ajuizadas até 2 anos da averbação da
modificação do contrato social.
ATENÇÃO:
Sucessão típica – responsabilidade exclusiva do sucessor.
Sucessão com fraude comprovada – corresponsabilização da empresa sucedida – sucessor e
sucedido são responsáveis SOLIDÁRIOS.
COMO JÁ CAIU
QUESTÃO #2536667 QUESTÃO #2555366 QUESTÃO #2240587 QUESTÃO #1252214 QUESTÃO #384025
QUESTÃO #1262542
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não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa
regularmente contratada.
COMENTÁRIOS DA GURUJA
A terceirização ocorre quando uma empresa contrata outra, que disponibiliza seus profissionais,
para a realização de determinados serviços. Após a Reforma Trabalhista, com a Lei nº 13.467/2017,
passou a ser permitido que fossem terceirizadas não somente as atividades-meio, mas
também as atividades-fim. Contudo, mesmo com a Reforma, o TST manteve o entendimento
sumulado no verbete de nº 331, que trata da terceirização no meio público e no privado.
É importante que você entenda que o principal ponto de interesse de uma empresa pela
terceirização é a “transferência” da responsabilidade pelas verbas trabalhistas dos profissionais
terceirizados para a empresa prestadora de serviço, uma vez que não há reconhecimento de
vínculo com a tomadora de serviços. Isso, contudo, não implica em total irresponsabilidade da
empresa tomadora de serviços, uma vez que, em caso de ausência de cumprimento das obrigações
trabalhistas, a empresa tomadora de serviços pode sim ser responsabilizada.
Tal entendimento aplica-se, inclusive, à Administração Pública, que pode ser responsabilizada, de
forma subsidiária, caso tenha falhado com o dever de fiscalização do contrato com a terceirizada.
Nesse contexto, destaca-se recente mudança de entendimento, uma vez que, antes, a jurisprudência
dominante entendia que cabia ao empregado o ônus de provar que a Administração Pública fora
negligente na fiscalização do cumprimento das obrigações trabalhistas. Recentemente, tem-se
entendido que o ônus é da Administração Pública de provar que foi diligente na fiscalização
do contrato.
COMO JÁ CAIU
CONTRATO DE TRABALHO
A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma
jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo
ajuste em contrário.
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COMENTÁRIOS DA GURUJA
A Lei nº 5.889/73, em seu artigo 3º, §2º, estabelece que “sempre que uma ou mais empresas,
embora tendo cada uma delas personalidade jurídica própria, estiverem sob direção, controle
ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia,
integrem grupo econômico ou financeiro rural, serão responsáveis solidariamente nas obrigações
decorrentes da relação de emprego”.
Entendeu o TST que, mesmo que o empregado preste serviço a empresas diversas integrantes de
um mesmo grupo econômico, seu contrato de trabalho é único (não importando se a prestação
foi simultânea ou não, desde que tenha havido continuidade), são previsão contratual expressa.
COMO JÁ CAIU
COMENTÁRIOS DA GURUJA
O trabalho proibido é aquele que diz respeito a quem exerce o trabalho, ferindo normas de direito
do Trabalho. Como por exemplo, podemos citar o trabalho noturno. O trabalho noturno é permitido
para os trabalhadores em geral, mas proibido para os menores de idade. No caso do trabalho
proibido, o trabalhador tem seus direitos trabalhistas garantidos: caso haja o flagrante pelo AFT de
prestação de trabalho noturno por um menor, por exemplo, o trabalho em tais condições deve ser
interrompido, mas o trabalhador terá garantido o direito à percepção do adicional correspondente.
Já o trabalho ilícito é aquele que se refere à própria atividade, como o jogo do bicho ou casa de
apostas ou bingo (exemplos mais clássicos). Nessas hipóteses, caso um funcionário de uma casa
de jogo de bicho ou bingo seja dispensado sem o pagamento das verbas rescisórias, não poderá
pleitear judicialmente tais verbas, uma vez que a ilegalidade da atividade provoca a nulidade do
próprio contrato de trabalho.
COMO JÁ CAIU
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TST - SÚMULA Nº 363
COMENTÁRIOS DA GURUJA
Conforme trechos do artigo 37, da Constituição Federal acima destacados, é vedada a contratação
direta de servidores públicos, sem a realização de concurso público, com algumas ressalvas
expressamente previstas.
Entretanto, como é sabido, há uma grande diferença entre a realidade e o que foi previsto na lei.
Assim, inúmeros são os casos de burla às regras acima expostas, com a contratação irregular de
funcionários, os quais, após o fim do vínculo, procuravam a Justiça trabalhista em busca dos seus
direitos.
COMO JÁ CAIU
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ALTERAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
NORMA REGULAMENTAR. VANTAGENS E OPÇÃO PELO NOVO REGULAMENTO. ART. 468 DA CLT.
COMENTÁRIOS DA GURUJA
Conferindo, mais uma vez, papel de relevância aos Princípios Trabalhistas, entendeu o TST pela
análise do caso concreto sob a ótica dos Princípios da Inalterabilidade Contratual Lesiva e também
da Proteção e da Aplicação da norma mais benéfica.
No inciso I, considerou o TST que o contrato de trabalho já vigente é protegido de inovações lesivas
ao trabalhador, somente atingindo novos contratos, iniciados após a alteração prejudicial.
Quanto ao inciso II, conferiu o TST ao empregado a opção pela escolha do instrumento normativo
que regerá seu contrato.
COMO JÁ CAIU
11 @gurujaconcursos Índice
TST – INFORMATIVO N º 272 – 2023
Não descaracteriza a mudança de domicílio para efeito do pagamento do referido adicional o fato de o
empregado ser transferido para trabalhar em localidade diversa, nela permanecendo em alojamento
fornecido pela empresa e, somente situações esparsas, deslocar-se ao domicílio de origem para
desfrutar do convívio de seu núcleo familiar e social.
COMENTÁRIOS DA GURUJA
Verifica-se, portanto, que a CLT nada diz acerca do recebimento do adicional de transferência para
os casos em que o empregado passa a ocupar, após a transferência, o alojamento da empresa.
Assim, em interpretação extensiva mais benéfica ao empregado, entendeu o TST que o pagamento
do adicional não fica prejudicado.
TST – SÚMULA Nº 29
TRANSFERÊNCIA
Empregado transferido, por ato unilateral do empregador, para local mais distante de sua
residência, tem direito a suplemento salarial correspondente ao acréscimo da despesa de transporte.
COMENTÁRIOS DA GURUJA
12 @gurujaconcursos Índice
acréscimos de gastos com transporte.
Importante destacar que o implemento salarial tratado pela Súmula 29 não se confunde
com o adicional de transferência, o acréscimo mínimo de 25% do salário devido em caso de
transferência provisória!
COMO JÁ CAIU
COMENTÁRIOS DA GURUJA
Entretanto, tal regra pode ser excepcionada, dentre outros, no caso de funcionários que exercem
cargo de confiança e nos casos em que há previsão contratual de possibilidade de transferência
independentemente da vontade do empregado.
Tais exceções, contudo, conforme entendimento do TST, somente são aplicadas à necessidade de
anuência do empregado, em nada interferindo no direito à percepção do adicional de transferência.
Dessa forma, ainda que haja previsão contratual de possibilidade de imposição da transferência
pelo empregador e que o funcionário ocupe cargo de confiança (consequentemente recebendo
maior remuneração), é devido o pagamento do adicional correspondente.
COMO JÁ CAIU
QUESTÃO #653924
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TST – SÚMULA Nº 265
COMENTÁRIOS DA GURUJA
Vale destacar que, uma vez que o adicional noturno pago com habitualidade integra o salário,
refletindo em outras verbas, tais como 13º salário e férias, há parcela da doutrina que discute se
essa alteração não seria lesiva ao trabalhador e, portanto, vedada.
Ocorre que o TST refutou essa tese, por entender que, ao analisar a situação como um todo, a
mudança para o trabalho diurno, por ser questão de saúde do trabalhador, teria prevalência e,
por ser o adicional noturno salário condição, não poderia ser mantido o seu recebimento sem a
continuidade da situação que lhe deu origem.
COMO JÁ CAIU
INTERRUPÇÃO E SUSPENSÃO DO
CONTRATO DE TRABALHO
14 @gurujaconcursos Índice
COMENTÁRIOS DA GURUJA
COMO JÁ CAIU
QUESTÃO #653925
JORNADA DE TRABALHO
COMENTÁRIOS DA GURUJA
Tanto a CLT quanto leis especiais preveem uma série de intervalos inter e intrajornada, os quais,
quando gozados, não representam tempo à disposição da empresa e não entram no cômputo da
jornada de trabalho.
Exemplo: empregado que registra ponto de entrada às 8h da manhã e de saída às 18h, e que goza
de intervalo para almoço de 2 horas não faz jus ao recebimento de horas extras.
Por outro lado, se temos um empregado que cumpre a mesma jornada de 8 horas diárias e 2
horas de almoço, e sai às 19 horas porque o empregador estipulou, por conta própria, mais dois
intervalos diários de 30 minutos, esse empregado tem direito a receber o valor equivalente a 1 hora
extra.
Isso porque, ao contrário dos descansos legais, os descansos concedidos por mera liberalidade do
empregador, segundo entendimento do TST, implicam em tempo à disposição da empresa, o que
enseja o pagamento do adicional de labor extraordinário.
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COMO JÁ CAIU
QUESTÃO #654063
JORNADA DE TRABALHO
Os empregados de empresas distribuidoras e corretoras de títulos e valores mobiliários não têm
direito à jornada especial dos bancários.
COMENTÁRIOS DA GURUJA
Os bancários fazem parte de uma categoria profissional diferenciada, em virtude das condições
específicas de trabalho e têm regramento próprio previsto na CLT e em outros dispositivos
infralegais, como previsão de jornada diária regular de 6 (seis) horas de trabalho e do sábado como
dia útil não trabalhado.
Em virtude de condições mais benéficas previstas para a categoria, outras categorias assemelhadas
(tais como empregados de corretoras de títulos e valores mobiliários, de casas lotéricas, de
administradoras de cartão de crédito e cooperativas de crédito) pretenderam, por analogia, a
aplicação do mesmo regramento previsto para os bancários.
Tal entendimento foi firmado em virtude de existência de previsão legal expressa das atividades
dos bancários e das atividades de cada um dos outros seguimentos empresariais em seus próprios
regramentos.
Dessa forma, uma vez que as atividades dos empregados de corretoras e distribuidoras de títulos
e valores mobiliários (cuja atividade é regulamentada pela Lei nº 6.385/76) diferem daquelas
pertinentes à função dos bancários, não pode ser aplicado o mesmo regramento trabalhista.
COMO JÁ CAIU
16 @gurujaconcursos Índice
COMENTÁRIOS DA GURUJA
O regime de trabalho em sobrejornada, previsto no artigo 224, §2º, da CLT, é aquele no qual o
empregado aguarda em casa, por um período máximo de até 24 horas, o chamado do seu
empregador para o serviço, recebendo o valor de 1/3 da hora normal.
Entendeu o TST que o pagamento das horas em virtude de sobreaviso, por implicar em controle
de jornada, não se aplica aos empregados exercentes de cargo de confiança, tratado no artigo 62,
II, da CLT:
Art. 62. Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo:
(…)
II – os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se
equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial.
(…)
Parágrafo único – O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados
mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança, compreendendo
a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de
40% (quarenta por cento).
Dessa forma, uma vez que os exercentes de cargos de confiança não se sujeitam a controle de
jornada, também não fazem jus ao pagamento de horas em sobreaviso.
COMO JÁ CAIU
QUESTÃO #107844
COMENTÁRIOS DA GURUJA
O artigo 72 da CLT prevê que “nos serviços permanentes de mecanografia (datilografia, escrituração
ou cálculo) a cada período de 90 (noventa) minutos de trabalho consecutivo corresponderá um
repouso de 10 (dez) minutos não deduzidos da duração normal de trabalho”.
Segundo o artigo acima destacado, aqueles funcionários que trabalham datilografando (no caso,
à época da edição da norma, eram aqueles que trabalhavam, por exemplo, com máquinas de
17 @gurujaconcursos Índice
escrever ou dispositivos assemelhados), como forma de assegurar condições de saúde e evitar o
desenvolvimento de doenças ocupacionais, teriam, a cada 90 minutos de trabalho, 10 minutos de
descanso.
Mas quantos datilógrafos você conhece hoje em dia? Pois é, trata-se de uma profissão já extinta,
mas que encontra sua equivalência, nos dias atuais, nos profissionais que trabalham com digitação.
Dessa forma, os digitadores foram equiparados aos empregados que trabalhavam com
mecanografia para fins de concessão do descanso previsto no artigo 72, da CLT.
Mas cuidado! Não é qualquer digitação, afinal de contas, hoje em dia todo mundo trabalha
digitando... o enunciado de súmula em análise trata dos profissionais que têm como função
precípua digitar, tais como secretários de audiências e digitadores, por exemplo.
COMO JÁ CAIU
COMENTÁRIOS DA GURUJA
Tal modalidade de contrato permite o trabalho extraordinário (até duas horas diárias) e, de acordo
com o TST, não é descaracterizado em virtude da fruição, pelo empregado, de intervalos intra e
interjonada, que são intervalos para repouso e alimentação, uma vez que tais intervalos não são
computados na jornada de trabalho.
COMO JÁ CAIU
QUESTÃO #2238130 QUESTÃO #113612 QUESTÃO #116515 QUESTÃO #1123397 QUESTÃO #2068825
18 @gurujaconcursos Índice
II – O valor das horas extras habitualmente prestadas integra o cálculo dos haveres trabalhistas,
independentemente da limitação prevista no “caput” do art. 59 da CLT.
COMENTÁRIOS DA GURUJA
O artigo 59 da CLT diz que o empregado pode cumprir até 02 (duas) horas de jornada extraordinária.
Fica então o questionamento: o empregado que cumprir mais de 02 horas suplementares apenas
receberá pelas horas autorizadas pela legislação?
Evidente que não! Ainda que o empregado supere o limite diário previsto no art. 59 da CLT haverá
pagamento de todas as horas extraordinárias prestadas, sob pena de enriquecimento ilícito do
empregador.
Ainda, em que pese o cumprimento de horas extras ser algo excepcional, pelo menos em tese, o
cumprimento de trabalho extraordinário de forma habitual provoca a integração dessas horas ao
salário, refletindo em outras verbas de caráter salarial, tais como 13º salário, férias e aviso prévio, por
exemplo.
COMO JÁ CAIU
QUESTÃO #281218
COMENTÁRIOS DA GURUJA
Entretanto, entendeu o TST que são válidas as normas coletivas que estendam a jornada de turnos
ininterruptos para 8 (oito) horas diárias, sem que isso descaracterize a modalidade de contrato,
não sendo devido, nesse caso, o pagamento da 7ª e da 8ª horas como extraordinárias.
COMO JÁ CAIU
19 @gurujaconcursos Índice
TST – SÚMULA Nº 428
COMENTÁRIOS DA GURUJA
O trabalho em sobreaviso foi previsto inicialmente para os Ferroviários, cujo serviço é tratado na
CLT, dos artigos 236 ao 247.
Segundo o artigo 244, § 2º, da CLT, “considera-se de “sobre-aviso” o empregado efetivo, que
permanecer em sua própria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço.
Cada escala de “sobre-aviso” será, no máximo, de vinte e quatro horas, As horas de “sobre-aviso”,
para todos os efeitos, serão contadas à razão de 1/3 (um terço) do salário normal”.
O trabalho em regime de sobreaviso, apesar de não implicar tempo integral à disposição da empresa,
ainda assim implica em restrição do tempo do empregado, motivo pelo qual é remunerado, em
valor correspondente a um terço do valor da hora de trabalho normal.
Contudo, para caracterizar o sobreaviso, não basta o uso de telefones ou computadores pelo
empregado, é necessária a análise do caso concreto e a verificação da restrição do tempo do
empregado e da necessidade disponibilidade em caso de convocação pela empresa.
COMO JÁ CAIU
20 @gurujaconcursos Índice
COMENTÁRIOS DA GURUJA
O adicional noturno é uma parcela com natureza jurídica de salário-condição, paga ao empregado
que labora em horário noturno. No caso dos trabalhadores urbanos, o adicional de 20% é pago
para aqueles que trabalham no período compreendido entre de 22h às 5h.
Mas o que acontece no caso dos trabalhadores que cumprem jornada de 12x36, cuja jornada,
apesar de compreender todo o período noturno, se estende após as 5h da manhã?
Nesses casos, entendeu o TST que faz o trabalhador jus a receber o adicional de 20% por todas as
12h trabalhadas, inclusive aquelas cumpridas após o fim do período noturno definido em lei, ou
seja, toda a jornada será considerada como noturna.
COMENTÁRIOS DA GURUJA
Por meio da OJ de nº 395, o TST tratou de dois institutos muito importantes para o direito dos
trabalhadores, a hora noturna e a jornada em turnos ininterruptos de revezamento.
O trabalho realizado no período noturno é mais gravoso ao trabalhador quando comparado com
o trabalho realizados no período diurno. Em virtude disso, estabelece a CLT que a hora noturna é
reduzida, ou seja, a “hora noturna” equivale a 52 minutos e trinta segundos e deve ser paga com
um adicional.
Quanto ao trabalho em regime de turnos ininterruptos, já vimos que o empregado, em regra, tem
uma jornada de 06 (seis) horas diárias, que podem ser cumpridas nos períodos da manhã, tarde
ou noite, mediante escalonamento.
Diante de inúmeras decisões divergentes, o TST pacificou o entendimento segundo o qual não há
qualquer incompatibilidade entre a hora noturna reduzida e a prestação do trabalho em regime
de turnos ininterruptos de revezamento.
COMO JÁ CAIU
21 @gurujaconcursos Índice
SALÁRIO E REMUNERAÇÃO (SISTEMA REMUNERATÓRIO
E EQUIPARAÇÃO SALARIAL)
COMENTÁRIOS DA GURUJA
O TST já possuía entendimento sumulado acerca da integração ao salário das horas extras prestadas
habitualmente, isso quer dizer que, quando habituais, as horas extras repercutem em outras
parcelas salariais, tais como férias, 13º salário, férias, aviso prévio e FGTS.
Ocorre que o trabalho prestado em sobrelabor (horas extras) também influencia no valor do DSR
(descanso ou repouso semanal remunerado) e, por consequência, no cálculo de todas as demais
parcelas de natureza salarial. Em virtude disso, surgiram várias demandas nas quais argumentava-
se que a incidência desse “novo” valor no cálculo das parcelas salarias implicaria em bis in idem
(cobrança em duplicidade de uma mesma verba), o que é vedado em nosso ordenamento.
Entretanto, rechaçando essa tese, o TST entendeu que se trata de questão de mera aritmética, e
não de dupla cobrança, uma vez que as horas extras prestadas com habitualidade e seus reflexos
no DSR são parcelas autônomas que fazem parte da remuneração do trabalhador, motivo pelo
qual também devem ser calculadas de forma autônoma.
Destaca-se, contudo, que tal entendimento somente passou a ser aplicado, em virtude da
modulação de efeitos da decisão, a partir de 20/03/2023.
COMO JÁ CAIU
QUESTÃO #2607130
22 @gurujaconcursos Índice
III - A equiparação salarial só é possível se o empregado e o paradigma exercerem a mesma
função, desempenhando as mesmas tarefas, não importando se os cargos têm, ou não, a mesma
denominação. (ex-OJ da SBDI-1 nº 328 - DJ 09.12.2003)
COMENTÁRIOS DA GURUJA
Como pressuposto para a equiparação temos a idêntica função, trabalho de igual valor, prestado ao
mesmo empregador e no mesmo estabelecimento empresarial.
Para o legislador, trabalho de igual valor consiste em: 1) igual produtividade e mesma perfeição
técnica; 2) diferença de tempo de serviço para o empregador menor ou igual a 4 anos; 3) diferença
de tempo na função menor ou igual a 2 anos.
Entendeu o TST que a avaliação do “trabalho de igual valor” deve ser feita em virtude da função
efetivamente exercida pelo empregado, independentemente da sua simples denominação.
Ainda, de acordo com o Inciso VI da Súmula nº 6 do TST, ora analisada, presentes os pressupostos
do Art. 461 da CLT, é irrelevante que o desnível salarial tenha origem em decisão judicial que tenha,
de algum modo, beneficiado o paradigma, pessoa a quem o empregado pretende ser equiparado.
Todavia, não será cabível pedido de equiparação se a diferença salarial for decorrente de vantagem
pessoal (como por exemplo, um curso de especialização), de tese jurídica superada ou equiparação
salarial em cadeia, uma vez que é vedada a indicação de paradigmas remotos.
Entretanto, destaca-se que a CLT prevê que, caso o empregador possua quadro de carreira ou plano
de salários previsto em normas coletivas ou internas, resta afastada a possibilidade de equiparação
salarial.
ATENÇÃO:
Trabalhador readaptado, por deficiência física ou mental, pela previdência social
(INSS) não pode ser considerado paradigma para equiparação.
É possível a equiparação salarial em trabalho intelectual, avaliando a perfeição técnica
por meio de critérios objetivos.
Havendo quadro de pessoal organizado em carreira não cabe ação de equiparação,
sendo possível a reclamação de preterição, enquadramento ou reclassificação.
Na hipótese de desvio de função, é possível o reconhecimento do direito às respectivas
diferenças salariais, caso não seja possível o novo enquadramento.
23 @gurujaconcursos Índice
COMO JÁ CAIU
TST – SÚMULA Nº 60
COMENTÁRIOS DA GURUJA
Uma vez que esse trabalho noturno é prestado com habitualidade, entendeu o TST que deve
integrar o salário do empregado, o que implica em reflexos pecuniários nas demais verbas de
caráter salarial, tais como férias, 13º salário, DSR, FGTS e aviso prévio.
Ainda, sedimentou também o TST o entendimento segundo o qual, caso seja a jornada
integralmente laborada no horário noturno com extensão até o período diurno, o pagamento das
horas com o adicional noturno também será pago sobre o período de tempo que ultrapassa tal
limite.
COMO JÁ CAIU
QUESTÃO #2068897 QUESTÃO #652140 QUESTÃO #10735 QUESTÃO #397552 QUESTÃO #881577
QUESTÃO #2159434
24 @gurujaconcursos Índice
COMENTÁRIOS DA GURUJA
Acontece que tal cálculo leva em consideração as horas habitualmente trabalhadas pelo
empregado. Assim, em caso de prestação de horas extras habituais, como estas se incorporam ao
salário, devem ser também levadas em consideração quando do cálculo do RSR.
LEMBREM-SE: O adicional pago pelas horas, quando percebido habitualmente, reflete nas
seguintes verbas: em repousos semanais remunerados, gratificação natalina, férias e aviso-
prévio indenizado.
COMO JÁ CAIU
COMENTÁRIOS DA GURUJA
25 @gurujaconcursos Índice
COMO JÁ CAIU
COMENTÁRIOS DA GURUJA
As gorjetas correspondem aos valores espontaneamente dados pelo cliente ao empregado, valor
cobrado pela empresa e destinado à distribuição para os empregados.
Entretanto, em que pese comporem a remuneração, as gorjetas não são consideradas verbas
salariais propriamente ditas, motivo pelo qual não integram o cálculo do aviso prévio, do adicional
noturno e do RSR, também não constituindo base de cálculo para o pagamento das horas extras
prestadas.
COMO JÁ CAIU
COMENTÁRIOS DA GURUJA
Entretanto, caso as folgas aos domingos e feriados não sejam gozadas e nem compensadas, deve o
empregado receber o dobro da remuneração correspondente ao dia e mais o valor correspondente
ao descanso semanal remunerado.
26 @gurujaconcursos Índice
COMO JÁ CAIU
COMENTÁRIOS DA GURUJA
Todavia, quando o servidor passa a exercer atribuições que ultrapassam aquelas previstas em lei
para o seu cargo, ou mesmo quando passa a exercer funções condizentes com outros cargos
que exigem maior conhecimento técnico e “nível de carreira diferenciado”, são devidas diferenças
remuneratórias, não por equiparação, mas por desvio de função.
No mesmo sentido, a Súmula Vinculante nº 37 estabelece que “Não cabe ao Poder Judiciário, que
não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de
isonomia.” Ou seja, reajustar os vencimentos dos servidores públicos é competência do Poder
Legislativo, mediante promulgação de lei específica.
COMO JÁ CAIU
Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como indexador
de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por
decisão judicial.
27 @gurujaconcursos Índice
COMENTÁRIOS DA GURUJA
Ao editar a Súmula Vinculante nº 4, pretendeu o STF, primeiramente, que o salário mínimo não
fosse utilizado como indexador econômico de salários ou de subsídios. Ou seja, procurou-se evitar
um aumento automático e progressivo (aumento em cascata) de remunerações com base no
aumento do salário mínimo.
Ainda, determina também que o valor do salário mínimo (determinado por lei e anualmente
atualizado, com base no custo de vida da população) não pode ser definido por decisão judicial,
sob pena de usurpação, pelo Judiciário, da função legislativa.
Vale ressaltar que o adicional de insalubridade, é uma exceção a essa Súmula, uma vez que tem
como base de cálculo o salário mínimo (conforme previsto no artigo 192, da CLT), sendo vedado,
também por decisão do STF, que a Justiça trabalhista aplique outro indexador.
COMO JÁ CAIU
COMENTÁRIOS DA GURUJA
Isso porque, entendeu-se que o serviço obrigatório é um “munus” público, submetido a um regime
jurídico próprio, constituindo uma obrigação imposta legalmente a determinados cidadãos, não
sendo, portanto, um trabalho regular, motivo pelo qual não se enquadra na imperiosidade de
respeito à retribuição mínima.
Cabe salientar, contudo, que, segundo o entendimento firmado pelo STF, não há vedação ao
pagamento maior que o mínimo ou igual a este, caso haja fixação em lei, mas tão somente a
declaração de constitucionalidade do patamar atualmente fixado.
COMO JÁ CAIU
QUESTÃO #1130756 QUESTÃO #1583980 QUESTÃO #1770271 QUESTÃO #1707687 QUESTÃO #717236
QUESTÃO#2083124
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TST – SÚMULA 367
COMENTÁRIOS DA GURUJA
O salário “in natura”, também denominado salário utilidade, previsto na CLT, é qualquer retribuição
ao trabalho, na forma de bens ou utilidades, como moradia, alimentação, veículo, etc, não podendo
exceder a 70% do salário do empregado (prevê a CLT que pelo menos 30% do salário tem que ser
pago em dinheiro).
Ocorre que, para serem consideradas como salário utilidade, tais parcelas devem ser concedidas ao
empregado EM VIRTUDE do trabalho e não PARA o trabalho. Ou seja, caso o bem seja fornecido
para o exercício da função (como por exemplo, um carro para um motorista), ainda que haja
sua utilização também para fins pessoais, ele perderá o caráter de verba salarial.
Ainda, o TST consignou também na Súmula nº 367, que o salário utilidade não poderá ser pago em
itens que possam ser nocivos ao trabalhador, citando expressamente o cigarro.
COMO JÁ CAIU
QUESTÃO #2230251 QUESTÃO #357866 QUESTÃO #115555 QUESTÃO #710981 QUESTÃO #455556
COMENTÁRIOS DA GURUJA
As comissões são uma modalidade de remuneração por produtividade, paga pelo empregador, o que
as diferencia das gorjetas (que são uma liberalidade para pelo consumidor de um determinado serviço).
Como regra, as comissões recebidas pelo empregado integram o cálculo de férias, 13º salário
e também verbas rescisórias. Ocorre que essa integração não deve ser feita com base no valor
recebido à época do pagamento, conforme entendimento firmado pelo TST, mas sim corrigidas
monetariamente, quando do pagamento das verbas nas quais elas irão refletir, salvo negociação
coletiva.
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COMO JÁ CAIU
QUESTÃO #326471
COMENTÁRIOS DA GURUJA
A exceção, conforme a Súmula nº 253 ficava somente por conta da indenização por antiguidade
(paga em virtude dos anos já trabalhados pelo empregado) e da gratificação natalina (13º salário).
Nesses casos, o valor das gratificações semestrais era somado e dividido por 12, servindo de base
de cálculo.
Ocorre que a Reforma Trabalhista trouxe algumas mudanças, entre elas, a parte final da Súmula ora
analisada. Dessa forma, desde dezembro de 2017, as gratificações semestrais não mais repercutem
nas indenizações por antiguidade e na gratificação natalina, ainda que pagas com habitualidade.
COMO JÁ CAIU
QUESTÃO #85055
FÉRIAS
TST – SÚMULA Nº 81
FÉRIAS
Os dias de férias gozados após o período legal de concessão deverão ser remunerados em
dobro.
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COMENTÁRIOS DA GURUJA
Acerca do gozo das férias, dispõe o artigo 134 da CLT que as férias serão concedidas pelo
empregador ao empregado no período de 12 meses (período concessivo) subsequentes
à data em que este tiver adquirido seu direito às férias (período aquisitivo). Ou seja, após
completado 01 (um) ano de contrato, o empregado tem direito, como regra, a 30 dias de férias
remuneradas, que serão gozadas dentro dos próximos 12 meses.
Caso o período concessivo não seja respeitado, o empregado faz jus ao recebimento de indenização
pela supressão, correspondente ao valor normal que receberia, de forma dobrada.
Salientamos que o pagamento dobrado vale somente para o caso de as férias serem
usufruídas fora do prazo, caso o empregado goze as férias no prazo correto, mas não receba o
pagamento (que deve ser realizado em até dois dias antes do início das férias), tal hipótese não dá
ensejo ao pagamento em dobro, nesse caso o pagamento é devido na forma simples.
COMO JÁ CAIU
COMENTÁRIOS DA GURUJA
De acordo com o princípio da norma mais favorável, havendo situações de conflito entre duas
normas distintas, pactuando situações semelhantes, adota-se aquela mais benéfica ao trabalhador.
COMO JÁ CAIU
QUESTÃO #1511743
31 @gurujaconcursos Índice
TST – SÚMULA Nº 89
FALTA AO SERVIÇO
Se as faltas já são justificadas pela lei, consideram-se como ausências legais e não serão
descontadas para o cálculo do período de férias.
COMENTÁRIOS DA GURUJA
As faltas justificadas são dispensas previstas em lei, constituindo forma de interrupção do contrato
de trabalho (quando não há trabalho mas permanece o pagamento do salário), que não impactam
na contagem dos dias de férias a que o empregado tem direito. Dessa forma, considerou o TST
que, em virtude da justificação legal (artigo 479, da CLT), são ausências que não são consideradas
como faltas para efeito de desconto do gozo de férias.
COMO JÁ CAIU
TST – SÚMULA Nº 46
ACIDENTE DE TRABALHO
As faltas ou ausências decorrentes de acidente do trabalho não são consideradas para os efeitos de
duração de férias e cálculo da gratificação natalina.
COMENTÁRIOS DA GURUJA
Em regra, todo empregado tem direito, após finalizado o período aquisitivo, ao gozo de 30 dias de férias.
Entretanto, prevê a lei a possibilidade de diminuição do período de férias em caso de faltas injustificadas,
conforme a tabela abaixo:
No entanto, não é toda falta que enseja a possibilidade de desconto dos dias de férias, prevendo o
artigo 473 da CLT diversas hipóteses de faltas justificadas que isentam o empregado.
Além das hipóteses legais de dispensa, estabeleceu também o TST que, nos casos em que o empregado
precisar faltar ou se ausentar do trabalho em virtude de ter sofrido acidente de trabalho, os dias de
32 @gurujaconcursos Índice
afastamento não impactarão no cômputo das férias.
Com relação ao cálculo da gratificação natalina, também utilizou o TST o mesmo raciocínio. Tal
entendimento é de extrema importância, uma vez que o cálculo do 13º salário é feito com base na
quantidade de meses trabalhados, considerando-se como mês completo aquele no qual o empregado
labora mais de 15 dias.
COMO JÁ CAIU
COMENTÁRIOS DA GURUJA
A readmissão é a recontratação de empregado que teve seu contrato de trabalho rescindido sem
justa causa, dentro de do prazo de 90 (noventa) dias da data da rescisão. Caso sejam respeitados
esses parâmetros, o TST sumulou o entendimento segundo o qual o período do contrato anterior
à rescisão é contado a favor do empregado.
Nesse sentido, por exemplo, temos o artigo 133, da CLT, segundo o qual, caso um empregado tenha
seu contrato rescindido e, à época tivesse cumprido 9 meses de período aquisitivo de férias, ele
não perde esse período caso readmitido (no caso de férias, dentro do prazo de 60 dias), precisando
cumprir somente mais 3 meses para conquistar o direito ao gozo de férias.
COMO JÁ CAIU
TST – SÚMULA Nº 7
FÉRIAS
A indenização pelo não-deferimento das férias no tempo oportuno será calculada com base na
remuneração devida ao empregado na época da reclamação ou, se for o caso, na da extinção do
contrato.
COMENTÁRIOS DA GURUJA
De acordo com o artigo 142 da CLT, a remuneração das férias será aquela “que lhe for devida na
data da sua concessão”. Em caso de não concessão das férias no período oportuno (durante
o período concessivo), faz jus o empregado a uma indenização substitutiva, que será paga em
33 @gurujaconcursos Índice
dobro.
O valor dessa indenização irá variar, dependendo de estar ou não o contrato de trabalho
vigente à época da reclamatória trabalhista.
Caso o contrato de trabalho ainda esteja vigente, a indenização das férias será calculada com
base na remuneração devida ao empregado na época de propositura da ação. Entretanto, caso a
propositura da ação se dê após a extinção do contrato de trabalho, a indenização será calculada
com base na última remuneração recebida pelo empregado.
COMO JÁ CAIU
COMENTÁRIOS DA GURUJA
Como regra, o empregado tem direito ao gozo de 30 dias de férias, sem prejuízo da sua
remuneração, após completar o seu período aquisitivo (12 meses). Ocorre que a CLT nada
dispôs para os casos em que o empregado pedisse demissão, tendo sido necessário que o TST se
pronunciasse nesse sentido.
Dessa forma, foi sumulado o entendimento segundo o qual, caso pedisse demissão antes de
completar seu período aquisitivo, o empregado faria jus ao pagamento da remuneração das
férias com o terço constitucional de forma proporcional.
Cabe ressaltar que o empregado só perde o direito ao recebimento do valor proporcional aos
meses trabalhados em caso de demissão por justa causa.
COMO JÁ CAIU
QUESTÃO #115553
34 @gurujaconcursos Índice
TÉRMINO DO CONTRATO DE TRABALHO
E PROCEDIMENTOS RESCISÓRIOS
TST – SÚMULA Nº 44
AVISO PRÉVIO
A cessação da atividade da empresa, com o pagamento da indenização, simples ou em dobro,
não exclui, por si só, o direito do empregado ao aviso prévio.
COMENTÁRIOS DA GURUJA
O aviso prévio é uma declaração receptícia de vontade (vontade endereçada a outra com a
finalidade de dar comunicação de determinada intenção). Em casos de demissão injustificada,
faz jus o empregado ao aviso prévio, indenizado ou trabalhado, proporcional ao tempo de serviço
(mínimo de 30 dias, acrescidos de 03 dias a cada ano trabalhado, até o máximo de 60 dias).
Contudo, o TST, ao definir o teor da Súmula nº 44, entendeu que a ausência de motivo apto a
ensejar o direito ao aviso prévio refere-se ao empregado, ao fato de não ter sido ele o causador da
dispensa. Dessa forma, a cessação das atividades da empresa, por si só, não é motivação hábil a
justificar a exclusão do direito do empregado ao aviso prévio.
COMO JÁ CAIU
COMENTÁRIOS DA GURUJA
Com a Súmula nº 443, pretendeu o TST conferir maior proteção ao empregado que, por questões
de moléstia grave, encontra-se em situação de vulnerabilidade ainda maior perante o empregador.
Dessa forma, a dispensa de empregado portador do vírus HIV ou outra doença grave (em
35 @gurujaconcursos Índice
geral as doenças infectocontagiosas), que suscite estigma ou preconceito, é presumidamente
discriminatória (presunção relativa – juris tantum –, da qual cabe prova em sentido contrário),
conferindo ao empregado o direito a ter a despedida invalidada com sua consequente reintegração
ao emprego e pagamento dos salários correspondentes ao período de afastamento.
Salienta-se que, salvo o caso do vírus HIV, não há um rol expresso de quais doenças estariam
abarcadas pela Súmula nº 443, devendo o juiz analisar no caso concreto se a despedida foi ou
não discriminatória.
COMO JÁ CAIU
COMENTÁRIOS DA GURUJA
As férias correspondem ao descanso de até 30 dias concedido após cada período de 12 meses
trabalhados (período aquisitivo), sendo um direito constitucionalmente assegurado aos
trabalhadores urbanos e rurais. Caso o contrato de trabalho seja rescindido, sem que seja por justa
causa do empregado, antes de completado 01 ano, este fará jus ao recebimento do pagamento
correspondente às férias e do terço constitucional, calculado de forma proporcional aos meses
trabalhados.
COMO JÁ CAIU
TST – SÚMULA Nº 32
ABANDONO DE EMPREGO
Presume-se o abandono de emprego se o trabalhador não retornar ao serviço no prazo de 30
(trinta) dias após a cessação do benefício previdenciário nem justificar o motivo de não o fazer.
COMENTÁRIOS DA GURUJA
O abandono de emprego é previsto no artigo 482, da CLT, como uma das causas que justificam
36 @gurujaconcursos Índice
a aplicação da penalidade de demissão por justa causa ao empregado. Ocorre que a CLT não
estabeleceu um prazo para a caracterização da situação de abandono do emprego, ficando
tal determinação a cargo do TST, que definiu o prazo de 30 dias sem comparecimento ao
trabalho de forma injustificada.
De forma análoga, entendeu o TST por aplicar esse mesmo prazo para os casos em que, após a
alta previdenciária por perícia médica e com o fim da percepção de benefício previdenciário, o
empregado não retorna ao serviço e também não justifica a sua ausência.
COMO JÁ CAIU
TST – SÚMULA Nº 73
COMENTÁRIOS DA GURUJA
A justa causa corresponde à penalidade máxima aplicada ao empregado que incorre em uma das
faltas previstas no rol do artigo 482, da CLT.
O fato de o empregado ter sido anteriormente demitido sem justa causa, não impede que, em caso
de cometimento das faltas acima referidas no curso do aviso prévio trabalhado, haja a conversão da
despedida sem justa causa em despedida por justa causa. Quando isso ocorrer, salvo na hipótese
destacada na Súmula nº 73, o abandono de emprego, perderá o empregado o direito às verbas
rescisórias de natureza indenizatória, recebendo somente as parcelas de cunho remuneratório,
quais sejam, saldo de salário e férias vencidas, acrescido do terço constitucional. Ressalta-se que,
nesses casos, também perde o empregado o direito de receber Seguro Desemprego.
COMO JÁ CAIU
QUESTÃO #402534
37 @gurujaconcursos Índice
COMENTÁRIOS DA GURUJA
Determina a CLT que, durante o curso do aviso prévio trabalhado, o empregado pode optar
por deixar o trabalho 2 horas antes do horário normal de sua jornada de trabalho ou faltar
por 07 dias corridos. Lembrando que tal opção é um direito do empregado, concedida com o
fim de proporcionar ao trabalhador a busca por um novo emprego. Dessa forma, determinou
o TST que a substituição da diminuição da jornada ou dos dias de trabalho por pagamento de
indenização correspondente é ilegal.
COMO JÁ CAIU
COMENTÁRIOS DA GURUJA
Em caso de despedida sem justa causa, é devido ao empregado o aviso prévio proporcional ao
tempo de serviço, como já visto em comentários anteriores. A finalidade desse instituto é conceder
ao empregado a possibilidade de procurar um novo emprego, não sendo possível deixar de
concedê-lo, ainda que a pedido do mesmo, por ser um direito irrenunciável. Ou seja, a renúncia
é nula de pleno direito, ressalvada a hipótese prevista na Súmula de nº 276, do TST, qual seja, o
pedido de dispensa motivado pela comprovação de obtenção de um novo emprego.
Isso porque, como o objetivo do aviso prévio é oportunizar ao empregado a procura por um novo
emprego, a obtenção de um novo trabalho significa que tal objetivo fora alcançado, não havendo
prejuízo, portanto, na sua dispensa.
COMO JÁ CAIU
38 @gurujaconcursos Índice
TST – SÚMULA Nº 371
COMENTÁRIOS DA GURUJA
O aviso prévio, quando concedido pelo empregador, pode ser de duas espécies: trabalhado ou
indenizado.
No caso do aviso prévio indenizado, em que pese aplicar-se também a regra da proporcionalidade
com o tempo de serviço, não há a prestação de trabalho, mas tão somente o pagamento do valor
correspondente.
Há também, nesse caso, a figura da “projeção do aviso prévio”, que nada mais é do que uma
projeção de data do término do aviso prévio, caso este tivesse sido na modalidade trabalhada,
considerando-se o último dia da projeção como o último dia da vigência do contrato de trabalho.
Destaca-se, com relação à Súmula nº 371, que, caso entre o empregado em gozo de auxílio-doença
durante o curso do aviso prévio, este fica sobrestado, somente voltando o prazo a correr após
terminada a concessão do benefício previdenciário.
COMO JÁ CAIU
QUESTÃO #2230255
COMENTÁRIOS DA GURUJA
Em se tratando de demissão injustificada, já vimos que o empregado tem direito ao aviso prévio,
indenizado ou trabalhado, proporcional ao tempo de serviço (mínimo de 30 dias, acrescidos de 03
dias a cada ano trabalhado, até o máximo de 60 dias).
39 @gurujaconcursos Índice
Nessas situações falamos em projeção do aviso prévio – situação na qual é verificada em qual
data o contrato se encerraria caso o aviso prévio tivesse sido trabalhado, data essa que deverá ser
anotada na CTPS no empregado, como último dia de vigência do contrato de trabalho.
COMO JÁ CAIU
ESTABILIDADES
COMENTÁRIOS DA GURUJA
Direito potestativo é o aquele exercido por vontade exclusiva de uma das partes de uma relação
jurídica, independentemente da vontade da parte contrária. Como exemplos de direito potestativo
do empregador, podemos citar o poder de demissão e outros poderes diretivos, tais como
determinação de horários, uniformes e determinadas condutas dentro da empresa.
Ocorre que, como toda regra tem sua exceção, o poder de demissão do empregador não é
absoluto, encontrando óbice nas estabilidades, circunstância as quais, por determinação legal, não
pode o empregado ser demitido. Uma dessas estabilidades, a gravídica, é tratada na Orientação
Jurisprudencial nº 30 do TST, segundo a qual, em proteção à maternidade, é vedado ao empregador
demitir a funcionária grávida, valendo tal estabilidade do momento da confirmação da gravidez,
até 05 (cinco) meses após o parto. Tal estabilidade, além de valer também para as adotantes, foi,
inclusive, estendida, em recente decisão do STF, aos casos de contrato por tempo determinado.
Destaca-se, ainda, que, além da vedação à demissão por parte do empregador, entende também
o TST pela nulidade de qualquer cláusula constante do contrato de trabalho, que implique em
renúncia ou transação (qualquer tipo de acordo) à essa estabilidade.
COMO JÁ CAIU
40 @gurujaconcursos Índice
TST – SÚMULA Nº 244
III - A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso II, alínea
“b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na hipótese de admissão mediante
contrato por tempo determinado.
COMENTÁRIOS DA GURUJA
E o que acontece se a empregada somente descobre o seu estado gravídico após a sua demissão?
Caso a descoberta da gravidez ocorra ainda dentro do período equivalente ao da estabilidade, a
empregada tem direito à reintegração, sem prejuízo da indenização correspondente ao período
em que ficou afastada. Contudo, caso a descoberta ocorra somente após o fim do período da
estabilidade, a empregada terá direito tão somente à indenização correspondente (respeitando-
se o prazo prescricional de dois anos).
Por fim, destaca-se também que a estabilidade da gestante/adotante também é aplicável aos
contratos de trabalho por tempo determinado.
COMO JÁ CAIU
41 @gurujaconcursos Índice
COMENTÁRIOS DA GURUJA
A estabilidade do dirigente sindical vigora, conforme o artigo 543, §3º, da CLT, do momento
da candidatura ao cago, até 01 (um) ano após o fim do mandato. Tal estabilidade, contudo,
não tem caráter absoluto, podendo o empregado dirigente sindical ser demitido caso incorra em
alguma das hipóteses de cometimento de falta grave do empregado.
Ocorre que, de modo a evitar abusos por parte do empregador, a penalidade da justa causa
somente pode ser aplicada ao dirigente sindical mediante um procedimento judicial
denominado Inquérito para apuração de falta grave, sob pena de ser declarada nula a
demissão, com a reintegração do empregado ao cargo e pagamento da remuneração
correspondente ao período em que esteve afastado.
COMO JÁ CAIU
COMENTÁRIOS DA GURUJA
A doença ocupacional é aquela adquirida pelo empregado em virtude do exercício do seu trabalho.
Em caso de afastamento do funcionário com percepção de benefício previdenciário, quando do
seu retorno ao trabalho, faz jus o trabalhador a uma estabilidade provisória pelo período de 12
meses.
É muito comum que, ao ser afastado pela Instituição Previdenciária, o empregado ingresse
em Juízo pleiteando indenização por danos materiais (em caso de deferimento, será paga na
proporção da perda da sua capacidade laboral, incidente sobre o salário percebido quando da sua
atividade, na forma de pensionamento mensal).
Caso retorne ao trabalho, entendeu o TST que, o recebimento do salário não implica em prejuízo
da indenização por danos materiais, paga mensalmente, em virtude de possuírem as verbas
natureza distintas, não incidindo, portanto, em bis in idem.
42 @gurujaconcursos Índice
TST – SÚMULA Nº 339
II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para as
atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em atividade a empresa.
Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo impossível a reintegração e
indevida a indenização do período estabilitário.
COMENTÁRIOS DA GURUJA
COMO JÁ CAIU
COMENTÁRIOS DA GURUJA
A garantia de emprego possibilita ao empregado ter estabilidade no serviço, não sendo permitido
ao empregador dispensá-lo sem justa causa, como a exemplo das estabilidades previstas para o
dirigente sindical, o cipeiro, a gestante e o acidentado.
O empregado detentor da garantia de emprego poderá ser dispensado somente por justa causa,
em virtude do cometimento de falta grave.
43 @gurujaconcursos Índice
Sendo assim, segundo entendimento do TST, é antagônica a figura da estabilidade/garantia no
emprego e o instituto do aviso prévio. Dessa forma, caso o empregador comunique a dispensa
ao empregado em gozo de estabilidade, a fluência do aviso prévio só tem início ao fim do
período de estabilidade.
COMO JÁ CAIU
QUESTÃO #2230255
III – O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da garantia
provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho prevista no art. 118 da Lei nº 8.213/91
COMENTÁRIOS DA GURUJA
Lembrando que, quando falamos em acidente de trabalho, não estamos tratando somente dos
acidentes típicos de trabalho, no exercício do trabalho (queda de andaime, acidente envolvendo
motorista de caminhão, etc), mas também dos acidentes equiparados (tais como acidentes
ocorridos durante o trajeto ao trabalho ou durante o horário de almoço) e os atípicos (relacionados
às condições de trabalho, como o burnout e a LER).
COMO JÁ CAIU
44 @gurujaconcursos Índice
TST – ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL Nº 365
COMENTÁRIOS DA GURUJA
Por esse motivo, entendeu o TST que os Membros do Conselho fiscal não têm direto à estabilidade
provisória conferida aos ocupantes de direção ou representação sindical, entendimento esse
também estendido aos Delegados Sindicais, na OJ nº 369.
COMO JÁ CAIU
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
COMENTÁRIOS DA GURUJA
Quando da análise das súmulas referentes à estabilidade, vimos que em alguns casos, como
o do dirigente sindical, é vedada a despedida arbitrária do empregado, que somente pode ser
dispensado em virtude do cometimento de falta grave, apurada no procedimento judicial de
Inquérito para Apuração de Falta Grave. Esse procedimento deve ser iniciado em até 30 dias do
cometimento da falta, sob pena de decadência.
45 @gurujaconcursos Índice
Mas o que isso quer dizer? Quer dizer que, ao contrário da prescrição, que envolve a perda da
pretensão relativa a um direito, a decadência afeta o próprio direito em si, dessa forma, caso
não exercido, ou seja, caso não iniciado o inquérito no prazo de 30 dias, o empregador perde o
direito de aplicar a penalidade pelo fato ocorrido.
COMO JÁ CAIU
QUESTÃO #325104
TST – SÚMULA Nº 62
ABANDONO DE EMPREGO
O prazo de decadência do direito do empregador de ajuizar inquérito em face do empregado que
incorre em abandono de emprego é contado a partir do momento em que o empregado pretendeu
seu retorno ao serviço.
COMENTÁRIOS DA GURUJA
A configuração da justa causa por abandono de emprego necessita do requisito objetivo, ausência
ao trabalho por 30 dias, e do critério subjetivo (“animus abandonandi”, ou seja, a intenção do
empregado de não mais retornar ao serviço), dando causa à extinção do contrato de trabalho.
COMO JÁ CAIU
46 @gurujaconcursos Índice
COMENTÁRIOS DA GURUJA
Ter o contrato de emprego suspenso implica em dizer que restou configurada uma situação na
qual, em razão da sua ausência ao trabalho, o empregado não recebe salário (ao contrário das
hipóteses de interrupção, nas quais o empregado, mesmo não comparecendo ao trabalho, recebe
o salário normalmente) e também não tem seu FGTS recolhido.
Essa suspensão do contrato de trabalho, contudo, não impede que o empregado afastado recorra
ao Judiciário, caso algum direito trabalhista seu não seja respeitado, e também não interfere
na fluência do prazo prescricional quinquenal. Ou seja, caso acione o Judiciário, o empregado
somente poderá requerer direitos relativos aos últimos 05 anos, de forma que a aposentadoria por
invalidez e a percepção de auxílio-doença não têm o condão de suspender ou interromper o
prazo prescricional, salvo hipótese de impossibilidade de acesso do empregado ao Judiciário.
COMO JÁ CAIU
COMENTÁRIOS DA GURUJA
Ocorre que tal regra era utilizada de forma abusiva. “Como assim?” você deve estar se perguntando...
Vamos a um exemplo, para ilustrar melhor a situação:
Imagine que um reclamante ajuíza uma ação, pleiteando o pagamento de horas extraordinárias.
Após a distribuição dessa ação, por achar que o juiz não lhe será favorável, o reclamante não
comparece à audiência, o que provoca a extinção do processo sem resolução de mérito, permitindo,
portanto, o ajuizamento de uma nova ação.
Tempos depois, o mesmo reclamante ajuíza nova demanda, pleiteando o pagamento das horas
extras e também de adicional noturno. Nesse caso, a interrupção da prescrição se deu somente
em relação às horas extras, em virtude da identidade com o pedido da ação anterior, tendo corrido
47 @gurujaconcursos Índice
normalmente com relação ao adicional noturno.
COMO JÁ CAIU
QUESTÃO #2368583
COMENTÁRIOS DA GURUJA
Ainda, cabe salientar que questões trabalhistas referentes ao regime celetista serão discutidas
no âmbito da Justiça do Trabalho, enquanto as questões trabalhistas pertinentes ao regime
estatutário serão discutidas no âmbito da Justiça Comum.
COMO JÁ CAIU
COMENTÁRIOS DA GURUJA
O parágrafo 1º do artigo 487 da CLT dispõe que “A falta do aviso prévio por parte do empregador
dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a
48 @gurujaconcursos Índice
integração desse período no seu tempo de serviço.” Ou seja, o aviso prévio, ainda que indenizado,
integra o tempo de serviço do trabalhador para todos os efeitos, provocando a projeção do término
do contrato de trabalho.
Dessa forma, ante a projeção, do término do contrato de trabalho, projeta-se também, para o
primeiro dia seguinte, o início do prazo prescricional.
COMO JÁ CAIU
TST – SÚMULA Nº 39
PERICULOSIDADE
Os empregados que operam em bomba de gasolina têm direito ao adicional de periculosidade.
COMENTÁRIOS DA GURUJA
COMO JÁ CAIU
TST – SÚMULA Nº 47
INSALUBRIDADE
O trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente, não afasta, só por essa
circunstância, o direito à percepção do respectivo adicional.
49 @gurujaconcursos Índice
COMENTÁRIOS DA GURUJA
O adicional de insalubridade é devido a todos os empregados que, nos termos do artigo 189,
da CLT, laboram em a atividades ou operações que, pela sua natureza, condições e métodos
exponham os empregados a agentes nocivos à saúde além dos limites de tolerância (não bastando
que a constatação da insalubridade, a atividade exercida tem que estar em lista oficial feita pelo
Ministério do Trabalho).
O seu pagamento é proporcional ao grau de insalubridade, que divide-se em mínimo (10%), médio
(20%) e máximo (40%).
A legislação não delimita, contudo, os limites de tolerância de tempo de exposição aos agentes
insalubres, tendo isso em vista, de forma a dirimir controvérsias, estabeleceu o TST que o tempo
de exposição não é fator a ser considerado por si só, devendo o tempo de exposição aos agentes
insalubres, ser aferido de forma qualitativa, e não quantitativamente, não sendo a intermitência
fator relevante em si.
COMO JÁ CAIU
TST – SÚMULA Nº 80
INSALUBRIDADE
A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo
órgão competente do Poder Executivo exclui a percepção do respectivo adicional.
COMENTÁRIOS DA GURUJA
COMO JÁ CAIU
QUESTÃO #2509502 QUESTÃO #2238692 QUESTÃO #1335788 QUESTÃO #300533 QUESTÃO #2230245
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TST – SÚMULA Nº 132
II - Durante as horas de sobreaviso, o empregado não se encontra em condições de risco, razão pela
qual é incabível a integração do adicional de periculosidade sobre as mencionadas horas.
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Vale ressaltar, o adicional de periculosidade, como tem natureza de salário- condição, é devido
somente enquanto o empregado ficar exposto aos agentes perigosos, dessa forma, caso o
trabalhador esteja trabalhando em regime de sobreaviso, face à ausência de exposição ao risco,
suspende-se o pagamento do correspondente adicional.
COMO JÁ CAIU
QUESTÃO #2509502
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Após diversos julgados, o TST pôs fim à discussão, estabelecendo que, mesmo no caso de
trabalhadores submetidos a trabalho perigoso de forma intermitente (exposição em certos
momentos da cadeia de produção, com intervalos regularmente programados), o recebimento
do adicional de periculosidade deve ser dar de forma integral (30% calculado sobre o salário-base
sem acréscimos), sem nenhum cálculo de proporcionalidade.
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COMO JÁ CAIU
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O fundamento legal do adicional de periculosidade é o Art. 193 da CLT, sendo cabível o pagamento
do adicional em caso de contato PERMANENTE ou INTERMITENTE com inflamáveis, explosivos,
eletricidade, serviços de proteção pessoal ou patrimonial, motociclista e radiação ionizante.
A alíquota única de 30 % sobre o salário base ou básico do trabalhador, somente será dispensada
em caso de exposição eventual ou fortuita, ante o baixo risco de exposição ao perigo.
Ainda, sedimentou o TST o entendimento segundo o qual, em que pese a força normativa conferida
aos instrumentos de negociação coletiva, cláusulas que impliquem em redução do percentual
do adicional de periculosidade ou em restrição do seu pagamento, tornando-o proporcional ao
tempo de exposição serão inválidas, nulas de pleno direito.
COMO JÁ CAIU
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III - A alteração da base de cálculo do adicional de periculosidade do eletricitário promovida
pela Lei nº 12.740/2012 atinge somente contrato de trabalho firmado a partir de sua vigência,
de modo que, nesse caso, o cálculo será realizado exclusivamente sobre o salário básico, conforme
determina o § 1º do art. 193 da CLT.
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A Súmula de nº 191, editada pelo TST é um ótimo exemplo de aplicação, na prática, do princípio da
inalterabilidade lesiva do contrato de trabalho. Explicamos.
Determina o artigo 193, § 1º, da CLT que o empregado submetido ao trabalho em condições
perigosas faz jus ao adicional de 30%, calculado “sobre o salário sem os acréscimos resultantes de
gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa”, ou seja, sobre o salário-base.
Ocorre que a Lei nº 7.369/85 determinava, em seu artigo 1º, que o adicional fosse pago sobre toda
a remuneração que recebesse. Tal lei, em virtude do critério da especialidade, prevalece sobre a
CLT, para a classe dos eletricitários. Posteriormente, foi editada a Lei nº 12.740/12, que revogou
a legislação anterior, fazendo valer, portanto, o quanto previsto na CLT quanto ao adicional de
periculosidade, condição essa mais danosa ao empregado, vez que passa a valer a normativa do
cálculo do adicional sobre o salário-base.
COMO JÁ CAIU
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Conforme já destacado, o adicional de insalubridade pode ser pago em 20%, 30% ou 40% do salário
base do empregado, a depender do seu risco de exposição em mínimo, médio ou máximo.
A percepção do adicional, contudo, não gera direito adquirido, havendo a possibilidade de, mediante
eliminação de agentes insalubres e nova perícia, haver a reclassificação do risco ou mesmo a sua
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descaracterização, o que, por consequência, irá interferir financeiramente no montante a ser
recebido pelo empregado, sem que isso configure alteração contratual lesiva.
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COMO JÁ CAIU
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A edição do Enunciado de Súmula nº 460 pelo STF é, portanto, clara aplicação do princípio da
legalidade. Dessa forma, somente as atividades expressamente previstas pelo rol formulado pelo
Ministério do Trabalho ensejam o enquadramento como atividade insalubre e o pagamento do
respectivo adicional.
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QUESTÃO #1772196
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TRABALHO DA MULHER E DO MENOR
Compete à Justiça Comum Estadual (juízo da infância e juventude) apreciar os pedidos de alvará
visando a participação de crianças e adolescentes em representações artísticas.
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“Art. 394-A. Sem prejuízo de sua remuneração, nesta incluído o valor do adicional de
insalubridade, a empregada será afastada de:
(...)
II – atividades consideradas insalubres em grau médio ou mínimo, quando apresentar
atestado de saúde, emitido por médico de confiança da mulher, que recomende o afastamento,
durante a gestação;
III – atividades consideradas insalubres em qualquer grau, quando apresentar atestado
de saúde, emitido por médico de confiança da mulher, que recomende o afastamento, durante
a gestação.”
Dos trechos destacados acima, verifica-se que, em caso de autorização médica, era permitido o
trabalho da mulher gestante em atividades insalubres. Esse permissivo legal, contudo, conforme
entendimento do STF violava a Constituição Federal, que protege o mercado de trabalho da
mulher, a maternidade e a criança, motivo pelo qual foi declarada a inconstitucionalidade da
expressão “quando apresentar atestado de saúde, emitido por médico de confiança da mulher,
que recomende o afastamento”.
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Dessa forma, considerou-se que a proteção à maternidade e à criança são direitos irrenunciáveis,
sendo vedado o trabalho da gestante e da lactante em condições enquadradas como de
insalubridade, independentemente de autorização médica.
A fixação de vencimentos dos servidores públicos não pode ser objeto de convenção coletiva.
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A Constituição Federal determina, ao tratar dos servidores públicos, que sua remuneração ou
subsídio, somente poderão ser fixados ou modificados por lei específica, garantindo também
revisão anual dos valores.
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à suas atividades. Como exemplos temos os motoristas, os seguranças, bancários, telefonistas,
dentre outros.
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Antes da Reforma Trabalhista, em dezembro de 2017, a CLT determinava que as dispensas coletivas
somente poderiam ser realizadas mediante acordo ou negociação coletiva, com a participação
obrigatória do Sindicato dos trabalhadores.
Art. 477-A. As dispensas imotivadas individuais, plúrimas ou coletivas equiparam-se para todos
os fins, não havendo necessidade de autorização prévia de entidade sindical ou de celebração
de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho para sua efetivação.
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Ente coletivo.
Tal posicionamento, apesar de não vinculante, foi seguido pelo TST, que definiu ainda que, em que
pese a ausência do Sindicato nas demissões coletivas não implicar em nulidade, pode ensejar o
pagamento de indenização por danos morais coletivos.
COMO JÁ CAIU
O art. 522 da CLT, que prevê um número máximo de empregados que podem ser dirigentes sindicais,
é compatível com a CF/88 e não viola a garantia da liberdade sindical.
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Prevê o artigo 522, da CLT que “a administração do sindicato será exercida por uma diretoria
constituída no máximo de sete e no mínimo de três membros e de um Conselho Fiscal composto
de três membros, eleitos esses órgãos pela Assembleia Geral”.
Uma vez que há também previsão de estabilidade no emprego para os dirigentes sindicais e
seus suplentes, da data do registro da candidatura até um ano após o fim do mandato, houve a
discussão, em diversas ações judiciais, de que tal dispositivo não respeitava o princípio da liberdade
sindical, previsto constitucionalmente.
Decidiu então, o STF, pela constitucionalidade do artigo 522, da CLT, sob o fundamento de que a
liberdade sindical não é absoluta, sob pena de a ausência de limitação do número máximo de
pessoas com direito à estabilidade implicar, inclusive, em abuso de direito e violação à razoabilidade.
Salienta-se que tal entendimento também é seguido pelo TST, no Enunciado de Súmula de nº 369.
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GREVE
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É abusiva a greve levada a efeito sem que as partes hajam tentado, direta e pacificamente,
solucionar o conflito que lhe constitui o objeto.
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Dessa forma, entendeu o TST que, caso seja a greve declarada sem tentativa anterior de solução
direta e pacífica das controvérsias trabalhistas, deve ter sua abusividade declarada pela Justiça do
Trabalho, uma vez que a greve é entendida como “ultima ratio”, ou seja, última medida a ser adotada.
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De modo a evitar abusos, a greve deve ser a ultima ratio, ou seja, o último recurso a ser utilizado,
não podendo, jamais, ser utilizada com fins políticos, sob pena de desvirtuamento do movimento
trabalhista.
Entendeu, portanto, o TST, que, caso verificado o cunho eminentemente político do movimento
grevista, a greve deve ser declarada abusiva. A declaração da abusividade implica, como consequência,
na aplicação de penalidades aos trabalhadores, permitindo, inclusive a aplicação da justa causa, e,
também às entidades sindicais, como a aplicação de multas.
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COMO JÁ CAIU
QUESTÃO #115679
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Atividades ou serviços essenciais são aqueles cuja manutenção é imperativa para atender às
necessidades da população, tais como tratamento e abastecimento de água e esgoto, produção de
energia elétrica, gás e combustíveis, serviços funerários, transporte coletivo, atividades médicas, etc.
Ao contrário do que é comumente afirmado, não há vedação à realização de greves nos setores de
serviços/atividades essenciais, mas tão somente necessidade de comunicação prévia num lapso
maior de tempo (72 horas, em oposição às 48 horas previstas para as atividades não essenciais).
Ainda, há determinação também, para que seja assegurada à população a prestação de um efetivo
em patamar mínimo, para atendimento das necessidades inadiáveis, ou seja, não pode haver a
paralização total. Dessa forma, caso não respeitado o percentual mínimo de 30% de continuidade
de prestação de serviço nos setores considerados essenciais, a greve é declarada abusiva, sendo
cabíveis as devidas penalidades.
COMO JÁ CAIU
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Como regra, o julgamento de ações possessórias são de competência da Justiça Comum Estadual,
do foro onde localizado o bem. Ocorre que há situações em que, em virtude do exercício do Direito
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de Greve, pode haver ocupação do imóvel por parte do movimento grevista, motivo pelo qual
pode haver a necessidade de propositura de ações possessórias. Assim, uma vez que intimamente
ligada ao direito de greve, cuja competência para julgamento, no caso dos empregados da iniciativa
privada, é da Justiça Trabalhista, entendeu o STF que, ante a conexão entre as demandas, as ações
possessórias envolvendo o direito de greve também devem ser julgadas nessa justiça especializada.
COMO JÁ CAIU
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Não é nenhuma novidade o fato de que a greve é um dos maiores terrores de qualquer empregador,
afinal de contas, uma paralisação na prestação do serviço, por menor que seja, pode gerar prejuízos
inimagináveis.
Contudo, em que pesem os resultados danosos da greve para o empregador, nenhum empregado
pode ser penalizado por simplesmente exercer o seu direito. Dessa forma, não pode o empregador
aplicar ao empregado advertência ou outra penalidade sob a justificativa de cometimento de falta
grave pela simples adesão ao movimento grevista, desde que não reconhecida sua abusividade/
ilegalidade.
Mas claro, como nenhum direito é absoluto, em caso de reconhecimento da abusividade da greve
ou de cometimento de excessos por parte dos empregados durante as paralisações, as devidas
penalidades poderão ser aplicadas.
COMO JÁ CAIU
O tabelamento das indenizações trabalhistas previsto na CLT deverá ser observado pelo julgador
como critério orientador; isso não impede, contudo, a fixação de condenação em quantia
superior, desde que devidamente motivada.
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COMENTÁRIOS DA GURUJA
A Reforma Trabalhista provocou alterações na CLT também no que se refere à reparação por danos
extrapatrimoniais, prevendo um “tabelamento” da indenização a ser deferida ao trabalhador, em
virtude do grau da ofensa (leve, médio, grave e gravíssimo), a ser calculado com base no salário
contratual do ofendido.
Muito se argumentou contra esses dispositivos, uma vez que, dentre outras críticas, apontou-se
o engessamento do juiz no deferimento da indenização e também o caráter discriminatório do
dispositivo. Isso porque, uma vez que o tabelamento leva em consideração o salário contratual do
ofendido, pessoas que recebem salários menores, teriam indenizações por danos extrapatrimoniais
em patamares muito mais baixos que funcionários com altos salários, considerando-se lesões
semelhantes.
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As multas administrativas, na seara trabalhista, são aplicadas, como regra, após a realização de
inspeção do ambiente de trabalho pelo Auditor Fiscal do Trabalho, em virtude do descumprimento
de determinada regra ou de reincidência em alguma falta já advertida.
Das multas e demais penalidades aplicadas, pode o empregador oferecer recurso administrativo,
no prazo de 10 (dez) dias, contados do recebimento da notificação correspondente. Um dos
requisitos para a interposição desse recurso, é a sua instrução com prova do depósito da multa
aplicada.
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Ocorre que tal exigência acabava constituindo óbice ao pleno exercício do direito do contraditório,
além de impedir o pleno acesso à Justiça, Dessa forma, foi editada a Súmula nº 424 pelo TST, a
qual, no mesmo sentido da Súmula Vinculante nº 21, editada no mesmo ano pelo STF, declarou
a inconstitucionalidade dos dispositivos de lei que condicionassem a interposição/
admissibilidade de recursos administrativos ao arrolamento ou depósito prévios de valores
ou bens.
COMO JÁ CAIU
FGTS
TST – SÚMULA Nº 63
FUNDO DE GARANTIA
A contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço incide sobre a remuneração mensal
devida ao empregado, inclusive horas extras e adicionais eventuais.
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O FGTS, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, é depositado todos os meses, até o vigésimo
dia, em conta vinculada do empregado, no montante de 8% da remuneração paga ou devida ao
trabalhador.
COMO JÁ CAIU
QUESTÃO #455487
FGTS. PRESCRIÇÃO.
I – Para os casos em que a ciência da lesão ocorreu a partir de 13.11.2014, é quinquenal a prescrição
do direito de reclamar contra o não-recolhimento de contribuição para o FGTS, observado o prazo de
dois anos após o término do contrato;
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II – Para os casos em que o prazo prescricional já estava em curso em 13.11.2014, aplica-se o prazo
prescricional que se consumar primeiro: trinta anos, contados do termo inicial, ou cinco anos, a partir
de 13.11.2014,
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Em virtude desse julgamento, a Súmula de nº 362 foi reeditada pelo TST, a fim de realizar a modulação
dos efeitos dessa decisão. Dessa forma, determinou o TST que, para os recolhimentos não efetuados
a partir de 13.11.2014, a prescrição aplicada seria a quinquenal, observada a prescrição bienal, a contar
do fim do contrato de trabalho.
Ainda, determinou também que, nos casos em que a ausência de recolhimento tivesse ocorrido
antes de 13.11.2014, nos quais o prazo da prescrição trintenária já havia começado a correr, seria
aplicado o prazo que primeiro terminasse, o de 30 (trinta) ou o de 05 (cinco) anos.
COMO JÁ CAIU
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Determina a CLT que, em caso de ações judiciais, cabe ao autor a prova de fatos constitutivos do seu
direito. À parte contrária, por sua vez, cabe a prova dos fatos extintivos ou modificativos do direito do
autor.
Dessa forma, uma vez alegado em Juízo o direito ao pagamento de indenização substitutiva dos
valores não recolhidos ou recolhidos a menor de FGTS, cabe ao empregador a prova do correto
recolhimento, vez que tal fato implicaria na extinção do direito do obreiro ao recebimento da verba.
COMO JÁ CAIU
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TST – ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL Nº 195
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As férias indenizadas consistem nas férias não gozadas no período da rescisão do contrato de trabalho
ou não usufruídas durante o contrato de trabalho no período concessivo (em até um ano do fim do
período aquisitivo), sendo hipótese de indenização. Em virtude desse caráter de verba indenizatória,
não é devido o recolhimento de FGTS e nem a incidência de contribuição previdenciária.
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SEGURO DESEMPREGO
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COMO JÁ CAIU
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TEMAS ESPECÍFICOS
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Quando em gozo de benefício previdenciário não há, portanto, qualquer óbice à condenação do
empregador ao pagamento de pensionamento mensal ao empregado, independentemente de
prova de existência de prejuízo ao salário quando em comparação com os valores percebidos
quando se encontrava em atividade, em virtude da diferença de natureza jurídica de cada uma
das parcelas.
Em atenção ao princípio da reparação integral, nos moldes dos artigos 949 e 950 do Código Civil,
configura-se possível o deferimento de pedido atinente ao custeio de plano de saúde vitalício em favor
de empregado vítima de acidente de trabalho, que tenha acarretado a incapacidade permanente
para o exercício de seu ofício ou profissão, quando ficar comprovada nos autos a necessidade de
tratamento médico de forma prolongada.
COMENTÁRIOS DA GURUJA
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civil aplicada ao contrato de trabalho. Sim, em aplicação à Teoria do Diálogo das Fontes, cada vez
mais institutos de outros ramos do Direito vêm sendo aplicados ao Direito do Trabalho.
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