BIMESTRE NOTA FINAL:

TURMA: 3ª ano DATA: ___/___/___

1º BIM
DISCIPLINA: Literatura PROFESSOR(A): Raíssa Vale 2º BIM
3º BIM
ALUNO(A): 4º BIM

Leia o texto a seguir para responder às questões 1,2 e 3: (1,0)2)De acordo com o texto, qual é a imagem idealizada
que Policarpo tinha do povo brasileiro?
Desde dezoito anos que o tal patriotismo lhe absorvia e por _________________________________________________
ele fizera a tolice de estudar inutilidades. Oue lhe _________________________________________________
importavam os rios? Eram grandes? Pois que fossem... Em _________________________________________________
que lhe contribuía para a felicidade saber o nome dos heróis _________________________________________________
do Brasil? Em nada... O importante e que ele tivesse sido (1,0)3)De que forma a transformação de Policarpo
feliz. Foi? Não. Lembrou-se das coisas do tupi, do folk-lore, exemplifica a intenção dos pré-modernistas de criar uma
das suas tentativas agrícolas... Restava disso tudo em sua consciência crítica a respeito do Brasil?
alma uma satisfação? Nenhuma! Nenhuma! _________________________________________________
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O tupi encontrou a incredulidade geral, o riso, a mofa, o _________________________________________________
escárnio; e levou-o à loucura. Uma decepção. E a agricultura? _________________________________________________
Nada. As terras não eram ferazes e ela não era fácil como Leia a seguir o poema “Psicologia de um vencido” do poeta
diziam os livros. Outra decepção. E, quando o seu pré-modernista paraibano Augusto dos Anjos para responder
patriotismo se fizera combatente, o que achara? Decepções. a questão 4:
Onde estava a doçura de nossa gente? Pois ele a viu combater Eu, filho do carbono e do amoníaco,
como feras? Pois não a via matar prisioneiros, inúmeros? Monstro de escuridão e rutilância,
Outra decepção. A sua vida era uma decepção, uma série, Sofro, desde a epigênese da infância,
melhor, um encadeamento de decepções.A pátria que quisera A influência má dos signos do zodíaco.
ter era um mito; um fantasma criado por ele no silêncio de Profundissimamente hipocondríaco,
seu gabinete. Este ambiente me causa repugnância…
Sobe–me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.
BARRETO, L. Triste fim de Policarpo Quaresma. Disponível em: www.dominiopubIico.gov.br. Acesso em: 8 nov. 2011.
Já o verme — este operário das ruínas —
Que o sangue podre das carnificinas
(1,0)1)O romance Triste fim de Policarpo Quaresma, de Come, e à vida em geral declara guerra,
Lima Barreto, foi publicado em 1911. No fragmento Anda a espreitar meus olhos para roê–los,
destacado, a reação do personagem aos desdobramentos E há de deixar–me apenas os cabelos,
de suas iniciativas patrióticas evidencia que Na frialdade ignorância da terra!
ANJOS, A. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.
a) A dedicação de Policarpo Quaresma ao conhecimento
da natureza brasileira levou-o a estudar inutilidades, mas (1,0)4)A poesia de Augusto dos Anjos revela aspectos
possibilitou-lhe uma visão mais ampla do país. de uma literatura de transição designada como pré-
b) A curiosidade em relação aos heróis da pátria levou-o modernista. Com relação à poética e à abordagem
ao ideal de prosperidade e democracia que o temática presentes no soneto, identificam–se marcas
personagem encontra no contexto republicano. dessa literatura de transição, como
c) A construção de uma pátria a partir de elementos
míticos, como a cordialidade do povo, a riqueza do solo a) a forma do soneto, os versos metrificados, a presença
e a pureza linguística, conduz à frustração ideológica. de rimas e o vocabulário requintado, além do ceticismo,
d) A propensão do brasileiro ao riso, ao escárnio, que antecipam conceitos estéticos vigentes no
justifica a reação de decepção e desistência de Policarpo Modernismo.
Quaresma, que prefere resguardar-se em seu gabinete. b) o empenho do eu lírico pelo resgate da poesia
e) A certeza da fertilidade da terra e da produção simbolista, manifesta em metáforas como “Monstro de
agrícola incondicional faz parte de um projeto escuridão e relutância" e “influência má dos signos do
ideológico salvacionista, tal como foi difundido na zodíaco".
época do autor. c) a seleção lexical emprestada ao cientificismo, como
se lê em “carbono e amoníaco", “epigênese da infância"

TURMA: 3ª ano
DISCIPLINA: Literatura
ALUNO(A):
e “frialdade ignorância", que restitui a visão naturalista
do homem.
d) a manutenção de elementos formais vinculados à
estética do Parnasianismo e do Simbolismo,
dimensionada pela inovação na expressividade poética,
e o desconcerto existencial.
e) a ênfase no processo de construção de uma poesia
descritiva e ao mesmo tempo filosófica, que incorpora
valores morais e científicos mais tarde renovados pelos
modernistas.
(1,0)5)A referência ao “sangue podre” assinala mais
uma característica da poesia de Augusto dos Anjos: o
uso de termos fortes e chocantes, muitas vezes
associados às funções corporais. O que diziam os
críticos da época a respeito desse aspecto da poesia do
autor?
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(1,0)6)A Semana de arte moderna, ocorrida em 1922,
inaugurou o movimento modernista no Brasil. A
primeira fase do modernismo literário brasileiro, que
durou de 1922 a 1930, teve como principal
característica:
a) uso de poemas de forma fixa, como o soneto.
b) linguagem rebuscada e acadêmica.
c) valorização das raízes culturais brasileiras.
d) pessimismo e oposição ao romantismo.
e) foco em temas relacionados com a colonização
(1,0)7)A primeira geração modernista ficou conhecida
como “fase heroica” por tentar criar uma identidade
mais brasileira se afastando dos moldes europeus.
Assim, houve diversos grupos, revistas e manifestos que
foram criados nesse momento, exceto:
a) Movimento Verde-Amarelo
b) Revista Klaxon
c) Movimento Pau-Brasil
d) Movimento Antropofágico
e) Poesia de 30
Leia a seguir um poema de Manuel bandeira para
responder as questões a seguir:
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Poema só para Jaime Ovalle
Quando hoje acordei, ainda fazia escuro
(Embora a manhã já estivesse avançada).
Chovia.
Chovia uma triste chuva de resignação
Como contraste e consolo ao calor tempestuoso da noite.
Então me levantei,
Bebi o café que eu mesmo preparei,
Depois me deitei novamente, acendi um cigarro e fiquei
pensando...
- Humildemente pensando na vida e nas mulheres que
amei.
BANDEIRA, Manuel. "Belo belo". In:_____. Poesia completa e
prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1967
(1,0)8)No texto, a chuva é caracterizada como “triste” e
“de resignação”. Considerando que esse é o “olhar” do
eu lírico para a chuva, o que essas expressões
simbolizam?
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(1,0)9)Explique por que no verso “Bebi o café que eu
mesmo preparei” o trecho destacado é o recurso
utilizado pelo eu lírico para se referir à solidão:
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(1,0)10) No verso final, como pode ser interpretada a
expressão “humildemente” no contexto do poema?
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