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Principais erros pré-analíticos nos exames laboratoriais

Mi Hwa Morais Oliveira


RA: 201851190198

De acordo com a FAPESP cerca de 55.000 pessoas morrem no Brasil por erros médicos1. Dada a
importância dos exames laboratoriais nas decisões médicas o trabalho do analista clínico possui
um impacto significativo na vida do paciente.
A análise laboratorial é dividida em 3 fases: pré-analítica, analítica e pós-analítica. A fase pré-
analítica consiste na solicitação médica, obtenção de dados do paciente, instrução do paciente
sobre o exame, coleta e transporte da amostra. Os erros na fase pré-analítica são os mais
expressivos dentre as três fases, o que implica maiores custos, atraso no tratamento, má escolha
terapêutica, com consequências que podem ser fatais.
Na fase pré-analítica, os erros mais comuns são:
1. Identificação: Coleta imprecisa das informações do paciente (nome, data de nascimento,
data da coleta e número de identificação).
2. Instrução do paciente: Em exames requerem algum preparo prévio, como jejum ou
suspensão de medicamentos, o não cumprimento dessas instruções pode causar alteração
nos resultados do laudo.
3. Coleta inadequada: A forma como a amostra é coletada, armazenada e transportada pode
afetar os resultados. Como, por exemplo, punção mal feita, recipiente de coleta
inadequado, homogeneização insuficiente.
4. Contaminação: A presença de contaminantes externos devido a uma assepsia incorreta,
materiais não-estéreis, ou até o manejo e local de armazenamento inadequados. É
importante seguir as diretrizes de coleta e evitar a contaminação durante o processo.
5. Erros na rotulagem e identificação: Rotular as amostras de forma inadequada ou trocá-
las durante o processamento.
Algumas práticas podem ajudar a diminuir estes erros como:

 Identificar o paciente no momento da coleta e a identificação do coletador também.


 Treinamento dos profissionais que lidam com o paciente ou transporte (recepcionista,
técnicos, entregador).
 Instruções escritas ou verbais sobre a preparação e coleta, de forma clara e acessível, para
o melhor entendimento do paciente.
 Documento de identificação ou número do prontuário médico.
 Instruções escritas dos critérios de rejeição de amostras, conforme a RDC nº 302.

Referências
1. FIORAVANTI, C. Saúde Pública. “Um diagnóstico do erro médico”. Jan. 2020 atualizado
14/05/2020. Revista pesquisa FAPESP.
2. ANVISA, Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. RDC nº 302, de 13 de outubro de 2005.

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