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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA

FILHO” - FACULDADE DE ENGENHARIA DE ILHA SOLTEIRA

LABORATÓRIO DE FÍSICA II
RELATÓRIO 8: DENSIDADE DE LÍQUIDOS

Turma: MEC-614-P3
Docente: Vivian Delmute Rodrigues
Discentes: Guilherme Roberto Oliveira de Castro RA:201050048

Ilha Solteira, Maio de 2023


Sumário

1. Objetivo 1
2. Resumo 2
3. Introdução Teórica 3
3.1. Densidade 3
3.2. Lei de Stevin 4
4. Procedimento Experimental 6
5. Resultados e Discussões 8
6. Conclusão 11
7. Referências Bibliográficas 12
Objetivo

Determinar a densidade de um óleo automotivo utilizando a Lei de Stevin e a


Teoria de Erros.

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Resumo

Com o objetivo de determinar a densidade do óleo automotivo (ρ2) utilizando


a Teoria de Erros e a Lei de Stevin, Montamos um suporte com escala milimetrada
e fixamos um tubo em U, no qual colocamos água até uma altura inicial de 10cm,
depois de estabilizá-la inserimos 5ml de óleo e depois 4 vezes 1ml, medindo as
alturas das colunas de água e óleo. Com os dados obtidos traçamos um gráfico de
h1/h2 e pelo coeficiente angular obtivemos ρ’2 = 0,8875 g/cm³ e, pela fórmula (4),
ρ2 = (0,8886 ± 0,0007) g/cm³. Analisamos os erros percentuais, que variaram de
1,43% a 1,55%, o que nos mostrou que os métodos empregados foram eficientes
para nosso objetivo.

2
Introdução Teórica

Densidade

Uma propriedade importante de qualquer material é sua densidade, definida


como massa por unidade de volume. Um sinônimo para densidade é “massa
específica”. Um material homogêneo possui a mesma densidade em todas as
partes. Usaremos a letra grega ρ para simbolizá-la.

Dois objetos feitos com o mesmo material possuem a mesma densidade, mesmo
que tenham massas e volumes diferentes. Isso acontece porque a razão entre
massa e volume é a mesma para ambos os objetos.

A densidade ρ de um fluido em qualquer ponto, isolamos um pequeno elemento


de volume ∆V ao redor daquele ponto e medimos a massa ∆m do fluido contido
no elemento. A densidade é, portanto:

∆𝑚
𝜌= (1)
∆𝑉

Vamos considerar os líquidos estudados a seguir como ideais, ou seja, eles


serão contínuos, homogêneos, incompressíveis e não viscoso. Nessa situação
ideal podemos utilizar a equação abaixo:
𝑚
𝜌= (2)
𝑉

Densidade é uma grandeza escalar, sua unidade no S.I. é kg/m³ (quilograma por
metro cúbico). Sendo que a densidade dos gases varia consideravelmente com a
pressão, mas a dos líquidos não. Isto é, gases são facilmente compressíveis,
líquidos não. Baseando-se na água, tem-se que sua densidade aumenta apenas
0,5% quando a pressão varia de 1 a 100atm à temperatura ambiente. Portanto
considera-se no líquido: ρ = constante. 3
Lei de Stevin

A pressão no interior de um fluido aumenta linearmente com a profundidade.

Entre outras coisas Stevin demostrou experimentalmente no século XVI, que a


pressão exercida por um fluido depende da altura. Portanto a pressão P1 em um
reservatório a uma profundidade h1 é maior do que a pressão, P0, sentida na
superfície. Com isso Stevin provou que pontos a uma mesma altura dentro de um
reservatório possuem a mesma pressão, seguindo então a seguinte expressão:

P = ρ0 + ρ.g.h (3)

Onde;
P – Pressão total.
ρ0 – Pressão atmosférica local.
ρ – Densidade do fluido.
g – Aceleração da gravidade local.
h – Altura da coluna de líquido.

Figura 1. Tubo em U com dois líquidos, sendo A mais denso que B.

4
Igualando a equação (3) para os líquidos A e B na altura de contato entre eles,
obtemos:
PA = PB
ρ0 + ρ1.g.h1 = ρ0 + ρ2.g.h2

h1 ρ2
= (4)
h2 ρ1

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Procedimento Experimental

Materiais utilizados

• Tubo na forma de U;
• Suporte com escala milimetrada;
• Seringa de injeção;
• Óleo automotivo;
• Proveta;
• Balança analítica;
• Água.

Procedimento experimental

Primeiramente fixamos o tubo em U na vertical em um suporte com escala


milimetrada (±0,005cm) e colocamos água até a altura de 10cm.

Figura 2. Tubo em U contendo apenas água.


Com a seringa (±0,1cm3), colocamos aproximadamente 5ml de óleo
automotivo no lado esquerdo e esperamos o óleo acabar de descer e assentar.
Anotamos os valores de h0, h1 e h2 na tabela 1 de acordo com a figura 3.

6
Figura 3. Experimento com água e óleo.
Posteriormente, colocamos mais 1ml de óleo no mesmo ramo esquerdo e
determinamos as novas alturas (h0, h1 e h2), escrevendo-as também na tabela 1.
Assim, fizemos esse procedimento até obter cinco valores diferentes e anotamos
todas as alturas obtidas.
Calculamos então a densidade de cada medida experimental da tabela 1 e
fizemos a média para encontrarmos a densidade média ρ2 do óleo utilizando
também a Teoria dos Erros.
A partir dos dados calculados fizemos um gráfico no Microsoft Excel de h1 por
h2 e determinamos a densidade do óleo ρ’2 utilizando o coeficiente angular da
linha de tendência da reta.
Medimos enfim a massa do béquer vazio e dele com 10ml de óleo (utilizando
a seringa para colocar), com isso pudemos obter a massa de 10ml de óleo e,
utilizando a fórmula (2), calculamos sua densidade ρt (densidade teórica).
Depois disso só resta comparar as três densidades do óleo obtidas a fim de
encontrar um erro percentual entre elas.

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Resultados e Discussões

Nº medidas h0 (cm) h1 (cm) h2 (cm)


1 (5ml) 9,30 ± 0,005 9,60 ± 0,005 10,70 ± 0,005
2 (6ml) 8,30 ± 0,005 11,40 ± 0,005 12,90 ± 0,005
3 (7ml) 7,50 ± 0,005 13,30 ± 0,005 14,90 ± 0,005
4 (8ml) 6,50 ± 0,005 15,10 ± 0,005 17,10 ± 0,005
5 (9ml) 5,40 ± 0,005 17,20 ± 0,005 19,40 ± 0,005
Média 7,40 ± 0,005 13,32 ± 0,005 15,00 ± 0,005
Tabela1. Resultados obtidos no experimento de hidrostática

Adote: ρ1 = 1g/cm³

 Cálculo da densidade do óleo (ρ2) por meio da tabela 1 e da fórmula (4):


9,60±0,005𝑐𝑚 𝑔 𝑔
(1) 𝜌2 = × 1 ⁄𝑐𝑚3 → 𝜌2 = (89,72 ± 0,09 × 10−2 ⁄𝑐𝑚3)
10,70±0,005𝑐𝑚
11,40±0,005𝑐𝑚 𝑔 𝑔
(2) 𝜌2 = × 1 ⁄𝑐𝑚3 → 𝜌2 = (88,37 ± 0,07 × 10−2 ⁄𝑐𝑚3)
12,90±0,005𝑐𝑚
13,30±0,005𝑐𝑚 𝑔 𝑔
(3) 𝜌2 = × 1 ⁄𝑐𝑚3 → 𝜌2 = (89,26 ± 0,06 × 10−2 ⁄𝑐𝑚3)
14,90±0,005𝑐𝑚
15,10±0,005𝑐𝑚 𝑔 𝑔
(4) 𝜌2 = × 1 ⁄𝑐𝑚3 → 𝜌2 = (88,30 ± 0,06 × 10−2 ⁄𝑐𝑚3)
17,10±0,005𝑐𝑚
17,20±0,005𝑐𝑚 𝑔 𝑔
(5) 𝜌2 = × 1 ⁄ 3 → 𝜌2 = (88,66 ± 0,05 × 10−2 ⁄ 3)
19,40±0,005𝑐𝑚 𝑐𝑚 𝑐𝑚
𝒈
Média de ρ2: 𝝆𝟐 = (𝟎, 𝟖𝟖𝟖𝟔 ± 𝟎, 𝟎𝟎𝟎𝟕) ⁄ 𝟑
𝒄𝒎

 Cálculo da densidade do óleo (ρ’2) por meio do gráfico de h1/h2 (figura


4), onde o coeficiente angular corresponde a densidade:

8
Figura 4. Gráfico milimetrado de h1/h2
23
22
21
20
19 y = 0,8875x
18
17 19,4; 17,2
16
15 17,1; 15,1
14
13 14,9; 13,3
h1 12
11 12,9; 11,4
(cm)
10
10,7; 9,6
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0 0; 0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23

h2 (cm)

Como pode ser visto no gráfico traçando a linha de tendência entre os pontos
encontramos a equação y = 0,8875x o que indica que:

𝒈
𝝆′𝟐 = 𝟎, 𝟖𝟖𝟕𝟓 ⁄ 𝟑
𝒄𝒎

 Cálculo da densidade do óleo (pt), por meio da fórmula 2:

Em um volume de 10ml ou seja 10cm3, obteve-se a massa de 8,80g, portanto:

(8,75 ± 0,05)𝑔 𝒈
𝜌𝑡 = → 𝝆𝒕 = (𝟎, 𝟖𝟕𝟓 ± 𝟎, 𝟎𝟏) ⁄ 𝟑
(10,0 ± 0,1)𝑐𝑚 3 𝒄𝒎

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 Erros percentuais (E%):
• Entre ρt (densidade teórica) e ρ2 (densidade média):

0,875 − 0,8886
𝐸% = × 100% = 0,98% → 𝑬%𝝆𝒕 𝒆 𝝆𝟐 = 𝟏, 𝟓𝟓%
0,875

• Entre ρt (densidade teórica) e ρ’2 (densidade do gráfico):

0,875 − 0,8875
𝐸% = × 100% = 1,43% → 𝑬%𝝆𝒕 𝒆 𝝆′𝟐 = 𝟏, 𝟒𝟑%
0,875

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Conclusão

Com esse experimento conseguimos determinar a densidade do óleo


automotivo, que pela média dos resultados experimentais utilizando a fórmula 4
𝑔
foi de 𝜌2 = (0,8886 ± 0,0007) ⁄ 3 e pelo gráfico utilizando uma
𝑐𝑚
g
aproximação da reta e seu coeficiente angular encontramos ρ′2 = 0,8875 ⁄ 3.
cm
Comparando tais valores com o valor teórico encontrado utilizando a massa do
óleo em um certo volume, de acordo com a fórmula 2, igual a ρt = (0,875 ±
g
0,01) ⁄cm3, encontramos erros percentuais entre os valores teóricos e os

experimentais de 1,55% para ρ2 e 1,43% para ρ’2.

Analisando tais erros concluímos que a experiência foi bem sucedida e os


métodos utilizados foram adequados para a determinação de densidades pois erros
tão pequenos podem ser referentes a eventuais efeitos de Parallax na leitura da
altura do tubo e da aproximação da densidade da água por exemplo.

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Referências Bibliográficas

[1] http://macbeth.if.usp.br/~gusev/ApostilaErros.pdf

[2] https://drive.google.com/file/d/1NnodB4_HwKvvA-VUIgBXYxYOxUnvC-JA/view

[3] https://drive.google.com/file/d/1NJ4HC9ampdK_1hE-x25o7sO7YoDgkbH-/view

[4] https://drive.google.com/file/d/1zuPs9FaI3V5j67x3gwzMPGWGkFfNQH8c/view

[5] https://slideplayer.com.br/slide/2525883/

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