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conhecimento
na unidade da consciência e vice-versa” — já está subentendido que o exercício da
filosofia
depende menos da aquisição de uma cultura filosófica do que da aquisição de uma
espécie de
força. Uma espécie de poder que o indivíduo tem de perseverar em si mesmo. De
perseverar
nesses momentos a que se refere o Louis Lavelle, e de encarar tudo com a máxima
seriedade
em face daquilo que é mais permanente e, em última instância, decisivo. De algum
modo, é
como você olhar tudo sob a categoria da única certeza que existe: a certeza da
morte. Você
sabe que vai morrer um dia. Sabe que no instante em que você morrer a sua vida não
poderá
sofrer mais transformações. E sabe que você terá alcançado a sua forma completa e
definitiva
— simbolizada, como eu já lhes disse, num caixão sextavado de defunto, que imita e
simboliza os seis dias da criação e, portanto, o fim do ciclo de transformações.
Trata-se de
olhar a vida sob o aspecto dessa forma final que você terá adquirido no instante da
morte, e
então, evidentemente, olhar tudo o que é transitório à luz do que é definitivo. Sem
isto, toda a
pretensão de conhecimento, de moralidade, de conduta certa etc. é ilusão, imitação,
frescura.
É tudo uma futilidade imensa.
Aluno: O sentido da vida seria saber lidar com os fatores desfavoráveis e saber
adaptá-los ou
reinterpretá-los de maneira que, ao invés de deter os nossos objetivos, ajude-nos a
realizálos?
Outro exercício: quando você ler um livro, faça um roteiro de filme na sua cabeça.
E quando
você assistir a um filme, faça uma narrativa verbal.