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RESENHA CRITICA DO LIVRO "SISTEMAS ELEITORAIS"

ALUNA: Dágila de Sousa Silva Nascimento

TERESINA-PI, 11/08/2022
Jairo Nicolau é um cientista político que nasceu no Brasil em 1964 e escreveu o
livro Sistemas Eleitorais, em sua obra o autor trata sobre o conjunto de regras que
definem as eleições em diversos países e como o eleitor poderá fazer suas
escolhas afim de transformar os votos em mandatos. Jairo ressalta que, o eleitor
comum não conhece os detalhes técnicos do sistema eleitoral empregado em seu
país, e os eleitores brasileiros provavelmente se surpreenderiam ao saber que, em
outras democracias, os métodos usados para eleger representantes podem ser bem
diferentes dos usados aqui.
Nas estruturas políticas dos países que vivem sob o regime democrático
representativo, os partidos políticos são parte essencial de sua organização.
Podemos definir “partidos políticos” como uma organização voltada para a disputa
do controle legítimo do governo de uma nação por meio de um processo eleitoral,
ou seja, pelo voto.
As formas como se organizam esses grupos partidários dependem de como são
estipuladas as regras de embate político de uma nação. Dito isso, os sistemas
podem ser tanto unipartidários, em que apenas um partido único forma o cenário
político de uma nação, bipartidários, em que apenas dois partidos políticos disputam
o poder, ou pluripartidário, em que vários partidos diferentes se envolvem na disputa
política.
Jairo explica em sua obra que as eleições no Brasil são realizadas por maioria
simples em cidades com menos de 200 mil habitantes. Em locais com mais de
200.000 habitantes, um segundo turno é necessário se nenhum candidato receber
mais de 50% dos votos.
Para melhor compreensão do livro, o autor analisa três maneiras de classificar o
sistema eleitoral, sendo estas, a representação majoritária, a representação
proporcional e a representação mista, definindo ainda subtipos dentro de cada
sistema.
O primeiro sistema a ser tratado, é o sistema majoritário em que o objetivo é
garantir que apenas os candidatos mais votados sejam eleitos. Dentre os subtipos,
a maioria simples é caracterizada como o próprio nome diz, o candidato com mais
votos é eleito, esse sistema possui uma capacidade de criar governos com maioria
absoluta de cadeiras no legislativo.
Já no sistema de dois turnos, a principal diferença do subtipo anterior é maioria
absoluta que um candidato deve ter para ser eleito no primeiro turno 50% dos votos,
caso isso não ocorra há uma segunda eleição só com os candidatos mais votados
do primeiro turno.
E por último, o voto alternativo utiliza método de transferência de candidatos
menores para outros para garantir que todos os eleitos tenham maioria absoluta dos
votos em um segundo turno. Esses dois últimos sistemas são os que mais dificultam
a eleição de candidatos com forte rejeição.
O segundo sistema é de representação proporcional, seu principal objetivo é
garantir que a diversidade de opiniões dos cidadãos esteja representada no
legislativo. O subtipo voto único transferível, é um sistema em que os eleitores
podem votar em candidatos de diferentes partidos, estabelecendo uma ordem de
preferência para que esses candidatos sejam eleitos, diferentemente do sistema
majoritário o eleitor tem controle sobre como as transferências são feitas.
Enquanto a representação proporcional de lista, cada partido apresenta uma lista
de candidatos para eleição e distribuição de cadeiras, é feita de maneira
proporcional às votações, na prática também é um sistema complexo que exige
fórmulas eleitorais para definir as cadeiras entre os partidos e coligações.
Algo a se destacar é que nesse sistema para garantir que os resultados das
eleições sejam proporcionais, existem fórmulas eleitorais para garantir tanto
equidade do número de cadeiras recebidas por cada distrito eleitoral, quanto dos
votos entre os partidos que disputam a eleição.
O último sistema eleitoral analisado é o sistema misto, em que mistura aspectos
dos sistemas majoritário e proporcional. O subtipo de superposição é o mais comum
dentro do sistema misto, neles os eleitores elegem seus representantes através da
combinação de duas fórmulas, a mais comum é uma parte das cadeiras serem
eleitas por lista fechada e a outra por maioria simples, mas também existem outras
combinações. Enquanto no subtipo correção as duas fórmulas também são usadas,
mas diferente do anterior, existe uma associação entre elas, de maneira que a
proporcional serve para corrigir as distorções da majoritária.
Existe um padrão em quase todos os países que utilizam esse sistema, primeiro as
cadeiras são distribuídas proporcionalmente aos votos dados na lista do distrito
nacional ou regional, depois é feito uma subtração dessas cadeiras obtidas nos
distritos e com a diferença os primeiros candidatos da lista são eleitos.
Por fim existem muitos sistemas eleitoras no mundo e todos eles possuem
vantagens e desvantagens, de maneira que não existem sistemas bons ou ruins.
Além disso mesmo que países adotem o mesmo sistema cada um tem sua forma de
implementá-lo

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