Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Your use of the JSTOR archive indicates your acceptance of the Terms & Conditions of Use, available at
http://about.jstor.org/terms
JSTOR is a not-for-profit service that helps scholars, researchers, and students discover, use, and build upon a wide range of content in a trusted
digital archive. We use information technology and tools to increase productivity and facilitate new forms of scholarship. For more information about
JSTOR, please contact support@jstor.org.
Instituto Ciências Sociais da Universidad de Lisboa is collaborating with JSTOR to digitize, preserve
and extend access to Análise Social
This content downloaded from 139.184.14.159 on Thu, 05 May 2016 13:15:48 UTC
All use subject to http://about.jstor.org/terms
Henk van der Kolk* Análise Social, vol. lx (177), 2005, 847-864
INTRODUÇÃO
This content downloaded from 139.184.14.159 on Thu, 05 May 2016 13:15:48 UTC
All use subject to http://about.jstor.org/terms
Henk van der Kolk
PLANO
This content downloaded from 139.184.14.159 on Thu, 05 May 2016 13:15:48 UTC
All use subject to http://about.jstor.org/terms
informação se traduz numa atribuição de lugares políticos. As regras de um
sistema eleitoral são frequentemente muito complexas, tendo sido propostos
diferentes esquemas de classificação para reduzir essa complexidade (Biais,
1988; Taagepera, 1989). Muitos desses esquemas de classificação baseiam-
-se em três dimensões: a fórmula eleitoral, a estrutura dos círculos eleitorais
e a estrutura do escrutínio. Estas três dimensões reportam-se ao trabalho de
Rae (Rae, 1969) (v. quadro n.° 1).
Dimensão Valores
Fórmula eleitoral
Número de votos.
This content downloaded from 139.184.14.159 on Thu, 05 May 2016 13:15:48 UTC
All use subject to http://about.jstor.org/terms
Henk van der Kolk
SISTEMAS MAIORITÁRIOS
This content downloaded from 139.184.14.159 on Thu, 05 May 2016 13:15:48 UTC
All use subject to http://about.jstor.org/terms
Sistemas eleitorais locais na Europa ocidental
•2
s "> ^ c "C
3 õ « <B «Ä
h> cnc/3 c/3 "Pc«c^ c^c173
ì ^s^sssss^^síssssssSsSo ss 5
Sa>u u v u u "C ^
o-cucu CuOhCuCu jg _2
"3
illíí .1 ss s s ss i
c
*3
O
S 8 1 S « - >> > > >>«
2 -S g > ? t
CS
a
o
L. "o
W
CS
îîî I? I? I
c
CM
H
2 8s: I
"öS «*«c2c occcoooooooocoooocccocco'c'o
B.Ï O »cd £ £ CSC
C <cC ,ct3 <aj ípj íaj <aJ <c0 (CS C )C3 irt (CS (C3 £ £ S «S £ £ ic« ^
ic« cy
CA
03
j .§ 3 'S 2www22Z22222«i2222c«cww2tfli«ZwZ "S
«S c ^
CA
- =
CA Cfl ■*«»
cd tu jn
S, S ^ a ^
¡à cul %% o t
■ : ^^ Poo íí ^ ill o Ë
S giii88i*ia°oi|li88iiSaiII-8 f
=3 g" mm^mc^VA^^mm V A "S ü -o .O
•i
.5-
a VA
CQ
^5
>
vaVA
Z 2
,§w|
¿3 g,
g
.'•'.':: : : : : ' : : : • : • g a.
S
Q
<
11 Ili -e 15 || 1}! -s¿ g ?
-< CQ Q U- fe < O Ä ä ZU DCDnpq c^ c^ Pd 851
This content downloaded from 139.184.14.159 on Thu, 05 May 2016 13:15:48 UTC
All use subject to http://about.jstor.org/terms
Henk van der Kolk
This content downloaded from 139.184.14.159 on Thu, 05 May 2016 13:15:48 UTC
All use subject to http://about.jstor.org/terms
SISTEMAS DE LISTAS FECHADAS
Os sistemas eleitorais mais simples (pelo menos para quem está habituado
aos sistemas proporcionais) são os sistemas de listas fechadas, como os
utilizados em Portugal e nos municípios maiores em Espanha (Alba e
Navarro, 2003, p. 208; COR, 2004). Os eleitores votam num dos partidos.
A distribuição de lugares na assembleia municipal reflecte a distribuição de
votos no eleitorado. Na ausência de um (grande) limiar, e desde que o
sistema partidário não seja completamente nacionalizado (dominado por par-
tidos políticos nacionais), mesmo os sistemas de listas «fechadas» podem
ser formalmente bastante abertos para os candidatos individuais fortes. Estes
candidatos «só» têm de organizar um partido político local. Mas os candidatos
dentro dos partidos políticos não são encorajados a concorrerem pelos votos
individuais. E, considerando que os sistemas partidários são fortemente
«nacionalizados» em muitos países e que muitos eleitores votam nos partidos
políticos nacionais, a possibilidade de os candidatos individuais fortes entra-
rem para a assembleia municipal sem o apoio de um partido político nacional
é, provavelmente, bastante reduzida (Alba e Navarro, 2003, p. 209).
This content downloaded from 139.184.14.159 on Thu, 05 May 2016 13:15:48 UTC
All use subject to http://about.jstor.org/terms
Henk van der Kolk
This content downloaded from 139.184.14.159 on Thu, 05 May 2016 13:15:48 UTC
All use subject to http://about.jstor.org/terms
lista. Tudo isto, no entanto, tem limites. A distribuição de lugares pelos
partidos é determinada pelas preferências declaradas pelos partidos. A dis-
tribuição de lugares num partido político é completamente determinada pelos
votos preferenciais, o que torna a ordem da lista irrelevante.
VUT
This content downloaded from 139.184.14.159 on Thu, 05 May 2016 13:15:48 UTC
All use subject to http://about.jstor.org/terms
Henk van der Kolk
This content downloaded from 139.184.14.159 on Thu, 05 May 2016 13:15:48 UTC
All use subject to http://about.jstor.org/terms
Sistemas eleitorais locais na Europa ocidental
cimento tácito dos sistemas eleitorais nacionais para perceber que os sis-
temas eleitorais locais por vezes diferem dos seus homólogos nacionais.
No quadro n.° 2 dá-se uma indicação geral das semelhanças ou diferenças
entre os sistemas eleitorais nacionais e locais.
Em estados unitários, como Portugal, a Holanda e a Finlândia, as prin-
cipais características do sistema eleitoral proporcional nacional são idênticas
ao sistema eleitoral utilizado nos municípios. O mesmo se aplica à Irlanda,
que utiliza o VUT tanto a nível local como nacional, e à Inglaterra, que utiliza
um sistema de maioria relativa na maior parte dos municípios, embora alguns
municípios utilizem círculos plurinominais. Noutros países, contudo, como
a Suécia, a Dinamarca e a Bélgica, o sistema nacional é diferente do utilizado
a nível local, mas isso deve-se, principalmente, ao facto de os sistemas
eleitorais nacionais nestes países se basearem em (grandes) círculos eleito-
rais, ao passo que os municípios formam apenas um círculo.
Em certos países (Espanha6, Luxemburgo), as eleições nos municípios
maiores são regulamentadas pelo mesmo sistema utilizado nas eleições nacio-
nais, enquanto as eleições nos municípios mais pequenos são regulamentadas
de forma diferente7. O motivo para esta diferença parece óbvio. Os muni-
cípios mais pequenos não têm um sistema partidário bem desenvolvido (a
base do sistema eleitoral em ambos os países) e as suas dimensões reduzidas
fazem com que os eleitores conheçam muitos, se não todos, os candidatos.
Em contraste, os três estados federais da Europa ocidental (Áustria,
Suíça e Alemanha) deixam as leis eleitorais locais para as partes constituintes
do país, mostrando que as diferenças entre o sistema eleitoral nacional e o
sistema eleitoral local estão longe de serem impossíveis. A Alemanha é o
exemplo mais claro do que pode acontecer se as leis eleitorais locais forem
descentralizadas. Antes da década de 90, a maioria dos estados federados da
Alemanha utilizava um sistema eleitoral bastante fechado. Mas em Baden-
-Vurtemberga e na Baviera utilizava-se um sistema que dava aos eleitores um
amplo leque de possibilidades para expressarem as suas preferências relati-
vamente aos candidatos. Em parte devido à popularidade crescente de outros
elementos da organização institucional de Baden- Vurtemberga e da Baviera,
que incluía um presidente da câmara directamente eleito, estes estados fe-
derados do Sul tornaram-se uma espécie de ideal nos novos estados da
6 Apesar das suas «regiões autónomas», a variação entre sistemas eleitorais locais em
Espanha é espantosamente limitada. A única diferença é um limiar ligeiramente mais elevado
para os partidos políticos em certas regiões. Esta subtileza não é descrita nesta comunicação.
7 Mesmo na Holanda, que utiliza basicamente o mesmo sistema eleitoral para todos os
níveis de governo, existem algumas diferenças subtis entre os sistemas eleitorais dos municípios
grandes e pequenos. Os municípios mais pequenos utilizam o sistema de Hare, enquanto os
municípios maiores e o parlamento nacional utilizam o método de Hondt. 857
This content downloaded from 139.184.14.159 on Thu, 05 May 2016 13:15:48 UTC
All use subject to http://about.jstor.org/terms
Henk van der Kolk
Alemanha unificada. Tal suscitou uma alteração nas leis eleitorais de muitos
estados alemães (van der Kolk e Vetter, 2004).
Embora a relação entre federalismo, por um lado, e uma diferença entre
um sistema eleitoral nacional e um sistema eleitoral local, por outro, seja
óbvia, alguns estados unitários utilizam sistemas diferentes também a nível
nacional e local. Em França, em Itália e na Grécia, o sistema a nível local
parece estar mais direccionado do que o sistema a nível nacional para a
«governabilidade» dos municípios, criando, artificialmente, maiorias. Mas o
sistema eleitoral nacional norueguês é um sistema de listas fechadas (com
alguns círculos eleitorais grandes), enquanto, a nível local, o sistema eleitoral
permite aos eleitores acumularem e fazerem panachage do seu voto, afec-
tando, assim, a composição da assembleia municipal. Isto faz com que o
sistema eleitoral local seja mais «aberto» do que o sistema eleitoral nacional.
Estes exemplos mostram que os países podem optar por sistemas eleitorais
diferentes em diferentes níveis de governo.
É IMPORTANTE?
This content downloaded from 139.184.14.159 on Thu, 05 May 2016 13:15:48 UTC
All use subject to http://about.jstor.org/terms
Sistemas eleitorais locais na Europa ocidental
This content downloaded from 139.184.14.159 on Thu, 05 May 2016 13:15:48 UTC
All use subject to http://about.jstor.org/terms
Henk van der Kolk
ESTUDAR AS DIFERENÇAS
This content downloaded from 139.184.14.159 on Thu, 05 May 2016 13:15:48 UTC
All use subject to http://about.jstor.org/terms
Sistemas eleitorais locais na Europa ocidental
ESTUDAR AS MUDANÇAS
EXPERIMENTAÇÃO
This content downloaded from 139.184.14.159 on Thu, 05 May 2016 13:15:48 UTC
All use subject to http://about.jstor.org/terms
Henk van der Kolk
CONCLUSÕES
This content downloaded from 139.184.14.159 on Thu, 05 May 2016 13:15:48 UTC
All use subject to http://about.jstor.org/terms
Sistemas eleitorais locais na Europa ocidental
BIBLIOGRAFIA
Aars, J., e Ringkjob, H.-E. (2005), «Party politicisation reversed? Non-partisan alternatives
in Norwegian local politics», in Scandinavian Political Studies, 28, pp. 161-181.
Alba, C, e Navarro, e. (2003), «Twenty-five years of democratic local government in
Spain», in N. Kersting e A. Vetter (eds.), Reforming Local Government in Europe, Urban
Research International, Opladen, Leske + Budrich.
Biais, A. (1988), «The classification of electoral systems», in European Journal of Political
Research, 16, pp. 99-110.
Biais, A. (1991), «The debate over electoral systems», in International Political Science
Review, 12, pp. 239-260.
Bowler, S., Brockington, D., e Donovan, T. (2001), «Election systems and voter turnout:
experiments in the United States», in Journal of Politics, 63, pp. 902-915.
CDLR ( 1 998), Electoral Systems and Voting Procedures at Local Level, Estrasburgo, Council
of Europe Publishing.
COR (2004), Strengthening Regional and Local Democracy in the European Union, vols.
1 e 2, Bruxelas, Comité das Regiões.
Cox, G. W. (1997), Making Votes Count; Strategic Coordination in the World's Electoral
Systems, Cambridge, Cambridge University Press.
Fabbrini, S. (2000), «Presidentialization of Italian local government? The nature and the
effects of semiparliamentarism», in ECPR Joint Sessions of Workshops; Workshop on
«The presidentialization of parliamentary democracies», Copenhaga, Dinamarca.
Häggroth, S., Kronvall, K., Riberdahl, C, e Rudenbeck, K. (1999), Swedish Local
Government; Traditions and Reforms, Estocolmo, Swedish Institute.
Hajnal, Z. L., e Lewis, P. G. (2003), «Municipal institutions and voter turnout in local
elections», in Urban Affairs Review, 38, pp. 645-668.
Jerome, B., e Lewis-Beck, M. S. (1999), «Is local politics local? French evidence», in
European Journal of Political Research, 35, pp. 181-197.
Kelleher, C, e Lowery, D. (2004), «Political participation and metropolitan institutional
contexts», in Urban Affairs Review, 39, pp. 720-757.
Kummeling, H., e van der Kolk, H. (2002), Lokale kiesstelsels vergeleken: over de
vormgeving, het gebruik en de consequenties van lokale kiesstelsels, Den Haag, VNG
Uitgeverij. 863
This content downloaded from 139.184.14.159 on Thu, 05 May 2016 13:15:48 UTC
All use subject to http://about.jstor.org/terms
Henk van der Kolk
Ladner, A., e Milner, H. (1999), «Do voters turn out more under proportional than
majoritarian systems? The evidence from Swiss communal elections», in Electoral
Studies, 18, pp. 235-250.
Luphart, A. (1994), Electoral Systems and Party Systems: A Study of Twenty-Seven
Democracies, 1945-1990, Oxford, Oxford University Press.
Martin, P. (2001), Les élections municipales en France depuis 1945, Paris, La Documen-
tation Française.
Massicotte, L., e Blais, A. (1999), «Mixed electoral systems: a conceptual and empirical
survey», in Electoral Studies, 18, pp. 341-366.
Norris, P. (1997), «Choosing electoral systems: proportional, majoritarian and mixed
systems», in International Political Science Review, 18, pp. 297-312.
Norris, P. (2003), Electoral Engineering; Voting Rules and Electoral Behavior, Cambridge
University Press.
Norton, A. (1994), International Handbook of Local and Regional Government -
A Comparative Analysis of Advanced Democracies, Cheltenham, RU, Edward Elga.
Rae, D. (1969), The Political Consequences of Electoral Laws, New Haven, Yale University
Press.
Van der Kolk, H., e Vetter, A. (2004), Als burgemeester in Duitsland; ervaringen uit
verschillende Duitse deelstaten, Den Haag, Ministerie van Binnenlandse Zaken en
Koninkrijksrelaties.
Weaver, R. Kent; Rockman, Bert, A. (1993), «Institutional reform and constitutional
design», in R. K. R. Weaver e A. Bert (eds.), Do Institutions Matter? Government
Capabilities in the United States and abroad, Washington, D. C, The Brookings
Institution, pp. 462-482.
Wood, C. (2002), «Voter turnout in city elections», in Urban Affairs Review, 38, pp. 209-
-231.
864
This content downloaded from 139.184.14.159 on Thu, 05 May 2016 13:15:48 UTC
All use subject to http://about.jstor.org/terms