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Aluna: Joselia Silva de Oliveira e Mariele dos Santos Cordeiro

 O contexto histórico do Quinhentismo é o início da


colonização brasileira. As duas forças políticas que
atuaram na dominação do território e dos nativos,
o Estado português e a Igreja Católica, são perceptíveis
a partir das produções literárias do período.
 Tanto por meio das descrições de Pero Vaz de Caminha
ou das peças e poemas do Padre José de Anchieta, é
possível perceber traços do momento histórico que o
país passava.
 A produção literária dos primeiros anos da colonização brasileira pode ser dividida em dois grupos:
1. Literatura de informação
Esse tipo de produção literária tem como principal característica ter como função descrever o processo
de domínio português sob o território brasileiro. O principal escritor desse grupo
é Pero Vaz de Caminha, e sua famosa carta é um dos mais importantes documentos históricos do
período.
2. Literatura de Formação

 Também conhecida como literatura catequética, esse grupo literário é composto


por poemas, cartas, sermões e peças de teatro produzidos pelos padres jesuítas que desembarcaram
no Brasil no início da colonização. De modo breve, é possível dizer que tais produções tinham como
principal função catequizar os nativos do território.
 A catequização pode ser compreendida como uma espécie de colonização religiosa, haja vista que
os deuses e cultos indígenas foram demonizados pelos jesuítas, que impuseram o catolicismo na
região. Dessa forma, portanto, o Estado português dominou o território, e a Igreja Católica colonizou a
religião dos nativos.
 As obras mais relevantes do Quinhentismo são, entre
outras, a “Carta” (Pero Vaz de Caminha), “Duas Viagens
ao Brasil” (Hans Staden), poemas, peças de teatro e
"Arte de Gramática da Língua mais Usada na Costa do
Brasil" (Padre José de Anchieta), além de escritos e
cartas do Padre Manuel da Nóbrega.
Composição da Carta
 Iniciada como um processo epistolar de praxe, a Carta,
após desenvolver os primeiros parágrafos, realizando
toda a reverência ao monarca D. Manuel I (1469-1521),
irá continuar como um diário comum.
 Sobre sua composição, foi escrita em sete folhas, cada
qual dividida em quatro páginas. Da conotação fonética
das marcas ortográficas, vale citar que Caminha
reproduz o estilo de época típico dos textos
portugueses até o século XV.
O Manuscrito da Carta de Pero Vaz de Caminha
 "Ali veríeis galantes, pintados de preto e vermelho, e
quartejados, assim pelos corpos como pelas pernas, que, certo,
assim pareciam bem. Também andavam entre eles quatro ou
cinco mulheres, novas, que assim nuas, não pareciam mal. Entre
elas andava uma, com uma coxa, do joelho até o quadril e a
nádega, toda tingida daquela tintura preta; e todo o resto da sua
cor natural. Outra trazia ambos os joelhos com as curvas assim
tintas, e também os colos dos pés; e suas vergonhas tão nuas, e
com tanta inocência assim descobertas, que não havia nisso
desvergonha nenhuma."
 BARROCO: Marcado pelos ideais renascentistas do século XVI, em que o indivíduo dá
início ao seu processo de distanciamento do pensamento teocêntrico (voltado para a
vertente religiosa), pode-se compreender uma aproximação das influências do
antropocentrismo, momento em que a racionalidade é valorizada. Assim, o Barroco,
corrente literária marcada pela dualidade ideológica, buscou apresentar as análises e
desenvolvimentos de autores sobre os movimentos da Reforma e Contrarreforma na
Europa.
 QUIETISMO: O período quinhentista é marcado pelo início do processo de colonização no
Brasil. Não se trata de uma corrente literária, pois sua contribuição é muito mais histórica e
informativa sobre aquele momento, uma vez que é caracterizada pelo choque cultural entre
índios e europeus: os primeiros contatos, as relações de troca, a linguagem, a diferença
entre os valores e hábitos e, também, a exploração indígena. Além disso, devido as cartas
de Pero Vaz de Caminha, escrivão português, tivemos acesso às informações e relatos
daquele período, tais como a descrição climática e geográfica.
 "Ó que pão, ó que comida,ó que divino
manjarse nos dá no santo altar cada dia
[...]
"Este dá vida imortal,este mata toda
fome,porque nele Deus e homem se
contêm.“
[...]
Nascido no ano de 1534 em Tenerife,
"qu’ este manjar tudo gaste,porque é
Ilhas Canárias (arquipélago
fogo gastadorque com seu divino
Espanhol). Filho de mãe judia,
mudou-se para Coimbra, em Portugal, amor tudo abrasa
aos 14 anos a fim de receber sua
formação intelectual longe dos
domínios espanhóis em função da
perseguição do Tribunal do Santo
Ofício.

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