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CENTRO DE EDUCAÇÃO.
PROGRAMA DE POS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO.
PROJETO DE PESQUISA
Natal-RN
2015
RESUMO
1 APRESENTAÇÃO .................................................................................................... 6
5 METODOLOGIA..................................................................................................... 74
7 CRONOGRAMA ..................................................................................................... 99
1 APRESENTAÇÃO
I. Livros
Editora EDUFRN
Editora EDUFRN.
1. 03 publicados
III. Artigos
1. 02 publicados
03 regionais
06 nacionais
02 internacionais.
2. Em andamento:
COMPETÊNCIA HABILIDADE
habilidades cognitivo- linguísticas, muito usadas nas ciências naturais. Como explicam
Jorba et al (2000), cognitivo no sentido que se relacionar com processos cognitivos
de grande elaboração e complexidade, mas que só se pode ter acesso a eles por meio
da linguagem.
modelos nos livros didáticos ou pelos professores, de forma tal que os estudantes
venham reproduzi-las de forma acrítica e mecânica, desconhecendo a estrutura
dessas atividades.
autores essa formação se institui numa primeira etapa para superar dificuldades no
contexto escolar.
A descrição deve permitir que o receptor possa fazer uma representação exata
do que se descreve, o que lhe confere validez.
Não obstante, como explica a autora, as explicações nas aulas de ciências não
têm sido objeto de atenção como parte das dificuldades de aprendizagem dos alunos.
No ensino de ciências, especialmente a forma de explicar, considerada um aspecto
específico da comunicação, merece mais atenção e deve ser formada como
habilidade. Essa habilidade se constitui num tipo de atividade que permite a aplicação
dos conhecimentos. Como explica Nuñez (2009), os alunos dominam um conceito
quando sabem usá-lo como parte de uma habilidade na qual a consciência é um
elemento necessário. Essa mesma ideia é defendida por Toulmin (1977) ao afirmar
que só se compreende o significado científico de um conhecimento quando se
aprende a aplicá-lo, por exemplo, para explicar um fenômeno das ciências.
Aprender ciências é aprender a explicar o que se sabe (OGBORN et. al., 1996),
e, nesse sentido, o professor de ciências é também professor de uma linguagem.
Aprender ciências é aprender a expressar e explicar melhor o que se sabe, produzindo
textos científicos com diferentes metas e estruturas (SANMARTÍ, 1997).
Ogborn et. al. (1998) assinalam que uma forma de aceder ao conhecimento
científico pode ser por meio da apresentação de forma narrativa da explicação. Para
esses autores, as explicações científicas dependem de opiniões, de teorias e de
visões de mundo daquele que se propõe a explicação e cujos comportamentos
organizam a história. Dessa forma, os estudantes devem ter consciência do
significado dos termos das teorias que utilizam para explicar.
f) Oferecer uma nova perspectiva que permita fazer inferências, sempre com
fatos.
A habilidade definir tem sido muito estudada como procedimento lógico com
crianças e estudantes do ensino médio e universitário, sob a perspectiva histórico-
cultural. Já no ensino de ciências naturais não encontramos trabalhos de ensino no
caso de professores nessa área do conhecimento.
A definição é uma habilidade que permite revelar o conteúdo dos conceitos, ou seja
revelar as características e propriedades dos objetos e fenômenos da realidade, os
quais pertencem a uma mesma classe.
Jorba (2000) por sua vez aponta para a necessidade de escolher as propriedades ou
características dos objetos, comparar e estabelecer as diferenças e semelhanças.
Dessa forma se trata da passagem das propriedades gerais para as essências.
Essa revisão, por sua vez, nos permite fazer as seguintes afirmações:
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González et. al. (2011) definem a habilidade como processos pelos quais se
realizam tarefas e atividades com eficácia e eficiência, sendo um elemento chave na
atuação competente.
a) é um sistema de ações;
b) possibilita a realização de uma atividade determinada;
c) integra conhecimentos e hábitos.
Na opinião de Talízina, (2001), as habilidades são ações e constituem modos
de agir que permitem operar com conhecimentos. As habilidades são ferramentas
essenciais para a atuação competente e para o desenvolvimento do pensamento
estratégico. Podem ser consideradas como esquemas ou modos de atuação que
integram o saber ao saber fazer e que têm finalidades educativas, ou seja, são
dirigidas ao desenvolvimento integral dos estudantes. A habilidade supõe a
construção ou atualização e domínio pelo estudante, do modo de atuação inerente a
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Nos artigos, Sobre a formação das imagens sensoriais e dos conceitos e Sobre
a formação dos conceitos e das ações mentais, Galperin apresenta e discute as
etapas de assimilação dos conceitos e de suas ações correspondentes, explicitando
o mecanismo da sua teoria. Já no artigo, Sobre a linguagem interna, retoma uma vez
mais as etapas da formação da atividade interna e dos conceitos, e, no artigo, A
direção do processo de aprendizagem, estabelece as cinco etapas fundamentais para
a assimilação das habilidades, que constituem a formação da atividade interna,
mental. Essas etapas são caracterizadas pelo autor como mostramos a seguir.
Como assinala Galperin, por seu conteúdo, por trás de cada imagem (e entre
elas o conceito da própria ação), oculta-se uma ação mental de orientação
generalizada, abreviada e automatizada. O esclarecimento dessa ação significa a
decodificação do mecanismo psicológico da imagem e, em particular, a explicação
psicológica da habilidade.
As formações por etapas das ações, que levam às ações externas objetais,
internas, ideais, constituíram o conteúdo fundamental do processo de assimilação. Na
opinião de Galperin, Zaporozhets e Elkonin (1987, p 302), a determinação da
organização da atividade objetal externa do estudante, que assegura essa
transformação, é o princípio fundamental que orienta o processo de ensino. A questão
da orientação na atividade já tinha sido colocada por A. Zaporozhets e seus
colaboradores.
estudiosos como uma contribuição teórica e prática de grande relevância de sua teoria
(NÚÑEZ, 2009).
A BOA constitui para o sujeito a imagem da ação que ele irá realizar, a imagem
do produto final, ligada tanto aos procedimentos como ao sistema de condições
exigidas para a ação. Na BOA, expressa-se o modelo teórico da atividade de
aprendizagem como um sistema que a regula e dirige nas condições específicas. Ela
tem como objetivo a construção correta e racional da parte executora e reguladora. O
conteúdo da BOA marca a estrutura da ação em termos das operações necessárias
para se atingir os objetivos como metas. Ela se estrutura na base de quatro modelos:
Galperin (2001a) define três tipos de Bases Orientadoras (BOAs I, II e III), cada
uma relacionada com um dado tipo de aprendizagem. Neste estudo, nos focamos na
BOA tipo III, por sua potencialidade para a aprendizagem e o desenvolvimento
profissional dos professores.
O terceiro tipo de orientação, BOA tipo III, tem uma composição completa e
generalizada e aplica-se a um conjunto de fenômenos e tarefas de uma mesma
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classe. Nela está contida a essência invariante da atividade por se tratar de uma
orientação teórica. O estudante pode construí-la de forma independente, com ajuda
de métodos gerais que lhe são fornecidos pelo professor. A atividade, segundo esse
tipo, forma-se rapidamente com poucos erros e se caracteriza por sua estabilidade,
alto nível de generalização e, portanto, por uma maior transferência a situações novas,
com potencial para o desenvolvimento da criatividade.
A formação, como explicam Carascosa et. al. (2008), deve contribuir a mudar
o “pensamento espontâneo” dos professores sobre os problemas educacionais,
construído durante os anos de práticas acriticas e que pela falta de alternativas
concretas, leva à reprodução de práticas inadequadas que eles mesmos vivenciaram.
de pesquisa, para se pensar de forma crítica aquilo do que tratam as atuais políticas,
conforma-se a partir das contribuições teóricas seguintes:
a) Os de natureza epistemológica;
b) Os de natureza psicológica;
c) Os de natureza didática.
3.1.3. Os fundamentos epistemológicos da aprendizagem na formação continuada
dos professores de ciências naturais
forma tal que se desenvolva a capacidade de teorizar a prática, como elemento das
competências para o ensino.
a) formulação dos objetivos sobre a base de uma habilidade geral a formar, com os
indicadores qualitativos que caracterizam seu grau de desenvolvimento.
Para Sanmartí (2000, p.241), projetar uma unidade de ensino, para colocá-lo
em prática, é decidir o que será ensinado e que será a atividade mais importante
realizada por professores, porque através dela se concretiza suas ideias e intenções
educativas.
Para a autora,
5 METODOLOGIA
Dessa forma, isso aponta para o caráter sincrónico e diacrónico dos fatos e
processos e a relação sujeito-objeto (KOSIK,1969).
[...] importa não apenas a lei que os rege, enquanto tem forma definida
e os liga a relação observada em dado período histórico. O mais
importante de tudo é a lei de sua transformação, do seu
desenvolvimento, ou seja, a transição de uma forma para outra, de
uma ordem de relações para outra.
Por sua vez, os resultados não podem ser fechados em construções teóricas
apriorísticas. Porém, podem ser ferramentas para a liberdade, a crítica e a
identificação do potencial de mudança e da inovação nas práticas de ensino de
ciências.
Nesse mesmo sentido, Nuñez e Ramalho (2004) chamam a atenção para o que
chamam de “dispersão sistemática na pesquisa educacional. ” Essa dispersão dificulta
se estabelecerem comparações e a sistematização de resultados.
e as produções nos portfólios para se ter uma visão mais completa e qualitativa dos
processos.
Habilidade Orientação
Execução
Modelos
b) prestar atenção aos sucessos que vão acontecendo nos diversos níveis, a fim de
detectar possíveis conexões de influências;
- Adequação às referências.
A teoria de Galperin tem sido ainda pouco estudada em países como o Brasil.
No entanto ela é a via que explica os processos de internalização dos conceitos
científicos na atividade e na comunicação segundo etapas flexíveis de assimilação
devidamente planejadas. Isso pode, em tese, explicar as dificuldades na solidez dos
conceitos estudados segundo os enfoques construtivistas. (NÚÑEZ, 2009).
A pesquisa também visa contribuir com uma área de prioridade imediata, que
é melhorar a preparação de pesquisadores sobre educação e aprendizagem na
formação de pesquisadores sobre formação docente. A preparação de Unidades
Didáticas para a formação de habilidades dos alunos da escola de Ensino Médio,
pelos professores, é um saber que se situa na busca de soluções inovadoras a
situações-problema didáticas. É um saber de natureza metadisciplinar e estruturante
de saberes profissionais.
7 CRONOGRAMA
Semestres
Atividade
I II III IV V VI VII VIII
Organização X
do Grupo de
reflexão
Redefinição X X
os
fundamentos
epistemológi
cos e do
problema de
pesquisa.
Definição dos X
sujeitos da
pesquisa.
Elaboração e X X X
validação de
instrumentos
de pesquisa
Diagnóstico
do grau de
X X
desenvolvim
ento das
habilidades,
de saberes e
das
concepções
nos
professores
Preparação X X
das
Unidades
Didáticas
Atividades X X
orientadas à
apropriação
do referencial
teórico com
os
licenciandos
Estudo dos X X X
processos de
formação de
100
habilidades
nos
professores.
Coleta de
dados.
Reuniões de X X X X X X X X
reflexão com
os
pesquisadore
s
Análises e X X X X
meta-
análises dos
dados
Realização
de Seminário
Estadual,
com
formadores e
gestores de
escolas
públicas e de
Instituições
Formadoras
de
professores
para debater
os resultados
da pesquisa
e seu
impacto na
formação de
professores.
Elaboração X X
de relatórios
Elaboração X X
de artigos e
outras
publicações
Elaboração e
publicação
de dois livros
com os
resultados da
pesquisa.
Apresentaçã X X X
o de
trabalhos em
eventos para
divulgação e
socialização
101
de
conheciment
os
EQUIPE DO PROJETO.
Doutora. Formação de
SUELY ALVES DA SILVA professores de ciências
Pesquisadora
102
REFERENCIAS
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models for planning and teaching science. Journal of Research in Science
Teaching, 26, p. 467-501,1989.
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8-32, 1997.