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Cadernos PDE
PITANGA - 2013
Secretaria de Estado da Educação
UNIDADE DIDÁTICA
PITANGA-2013
APRESENTAÇÃO
4
não serem fixos e imutáveis, modificando-se de acordo com a necessidade de
alunos e professores.
5
Sumário
INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 7
ATIVIDADES PARA ESTUDO EM GRUPOS ....................................................... 17
PLANO DE UNIDADE (MODELO) ....................................................................... 20
O LIXO NA CIDADE DE PITANGA................................................................. 20
REFERÊNCIA DE TODOS OS RECURSOS UTILIZADOS .................................. 27
ANEXOS ............................................................................................................... 28
TEXTO 1 - O QUE É MESMO O ATO DE AVALIAR A APRENDIZAGEM ..... 29
TEXTO 2 – A AVALIAÇÃO ............................................................................. 36
TEXTO 3 – A AVALIAÇÃO EDUCACIONAL .................................................. 40
TEXTO 4 – SALA DE AULA E AVALIAÇÃO: CAMINHOS E DESAFIOS ....... 50
TEXTO 5 – PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO ............................................... 56
TEXTO 6 – A AVALIAÇÃO ESCOLAR ENQUANTO UM PROCESSO HISTÓ-
RICO E DIALÉTICO: CONTRIBUIÇÕES DA TEORIA DE VIGOTSKI............ 62
REFERÊNCIA DE TODOS OS RECURSOS UTILIZADOS .................................. 74
ATIVIDADES PARA O GRUPO DE ESTUDO ...................................................... 75
TEXTO 1 – CONCEPÇÃO TRADICIONAL DA AVALIAÇÃO ......................... 75
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 94
6
INTRODUÇÃO
7
Propõe-se uma forma de trabalho voltado para a reflexão a partir do
diálogo para evidenciar a visão de totalidade que o aluno tem a respeito do
conteúdo e ao mesmo tempo é desafiador, a dizer o que mais gostaria de saber
sobre o tema proposto.
8
Ao buscar um olhar construtivo em avaliação articula-se ao desejo
político do educador, num compromisso de aprofundamento teórico, em
atualização contextualizada e de consciência humanizadora sobre a realidade
social.
9
avaliações tirando assim, a sua responsabilidade do fracasso da aprendizagem do
aluno.não percebe que esse fracasso não é do aluno, mas sim, da metodologia
utilizada pelo professor.
10
realmente significativo, em prol de uma educação transformadora, que supere os
déficits educacionais e sociais atuais. Nas duas últimas décadas a Pedagogia
Histórico-Crítica, tem sido citada como uma perspectiva educacional que visa
resgatar a importância da escola e a reorganização do processo educativo.
Porém, percebe-se que os conhecimentos que a maioria dos educadores
possuem sobre esta teoria são superficiais, dessa forma dificulta-se a sua
implementação como metodologia de ensino, e, para aplicá-la na prática faz-se
necessário estudar a teoria, para melhor compreensão, quanto ela propõe, onde
está fundamentada,e qual sua filosofia.
11
VAMOS REFLETIR
12
construção do conhecimento, bem como mudar a metodologia de trabalho para
mudar a prática avaliativa, nada acontece sem uma nova forma de aplicar os
conteúdos e interagir com o aluno.
13
coerência pedagógica, refletindo e discutindo com os alunos, uma vez que este
diagnóstico é uma base para planejar futuras aulas.
2º) Problematização
3º) Instrumentalização
4º) Catarse
14
ainda que trabalhando em grupo . É a expressão de que de fato se apropriou do
conteúdo, aprendeu, e por isso sabe e aplica.É a nova forma de uso social dos
conteúdos científicos aprendidos na escola.esta fase possibilita ao aluno agir de
forma autônoma . Todo o trabalho na zona de desenvolvimento imediato que
nesse processo se expressa nos passos da Problematização, Instrumentalização
e Catarse, encerra com a obtenção de um novo nível de desenvolvimento atual,
no qual o aluno mostra que se superou . essa é a função de toda a atividade
docente, pois, como afirma Vigotski (2001,p.336).
16
Enfim, deve-se mudar o encaminhamento metodológico trabalhando de
forma a avaliar o processo da aprendizagem, e, não só visar o produto final, a
nota.
2-PROBLEMATIZAÇÂO:
- O que é avaliação?
- Quais os tipos?
- Quais as funções?
17
- Por que os pais esperam sempre boas notas de seus filhos ?
3-INSTRUMENTALIZAÇÃO:
4- CATARSE:
5.2-Ações do Professor
18
Todo o trabalho deve ser feito passo a passo, sendo que esse método, contém
cinco passos.
e) Prática Social Final (“é uma nova maneira de conhecer a realidade e posicionar-
se nela, ou seja são as intenções do aluno e ações concretas”).
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PLANO DE UNIDADE ( MODELO )
Objetivo Geral:
Tópicos do Conteúdo
Tópico 1
Objetivos Específicos:
Conceituar:
Tópico 2
Objetivo Especifico:
O que é o chorume ?
2.0 PROBLEMATIZAÇÃO
Por que o caminhão da coleta pública não passa para recolher o lixo
nas periferias?
a) - Conceitual:
b) - Histórica:
c) - Econômica :
d) Social:
Por que não há coleta do lixo nas favelas, se eles mora lá?
e) Legal :
f) Estética Afetiva :
g) Religiosa :
22
Seria o padre mais ouvido pelo prefeito em defesa dos fracos e
oprimido?
h ) Cultural :
3.0 INSTRUMENTALIZAÇÂO
- Comparações referentes aos locais da cidade com lixo mais acumulado a partir
de imagens (ação discente)
23
- Apresentação dos slides elaborados pelos alunos a partir de fotos reais (ação
discente).
3.2 Recursos :
3.2.2.Humanos e Materiais.
4.0 CATARSE
24
marcando-o fortemente com sua origem social. (FREIRE & CAMPOS,
1991.p.51).
E conclui:
1- A partir de filmagem sobre o lixão da cidade, rios poluídos, ruas com lixos
espalhados e das estações de compras de lixo reciclável e periferias.
25
- Separar o lixo em casa - Separa o lixo seco, molhado,
reciclável para colaborar com o meio
- Conhecer mais sobre os efeitos
ambiente
negativos da decomposição do lixo no
meio ambiente por meio de pesquisas. - Visitar o lixão da cidade para
despertar consciência critica.
26
6 - REFERÊNCIAS DE TODOS OS RECURSOS UTILIZADOS
MORAN, JM. Leituras dos Meios de Comunicação. São Paulo, Ed. Pancast,
1993.
REVISTA ESCOLA. Educar para crescer. Editora Abril: São Paulo: Disponível em:
<http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/comenio-307077.shtml >.
Acesso em: 25 fev. 2012.
27
ANEXOS
28
Textos para estudo
TEXTO - 01
1
Cipriano Carlos Luckesi é professor de Pós-Graduação em Educação na UFBA. E-mail:
luckesi@bahianet.com.br
29
disposição psicológica necessária ao avaliador, o ato de avaliar, devido a estar a
serviço da obtenção do melhor resultado possível, antes de mais nada, implica a
disposição de acolher. Isso significa a possibilidade de tomar uma situação da
forma como se apresenta, seja ela satisfatória ou insatisfatória agradável ou
desagradável, bonita ou feia. Ela é assim,,nada mais. Acolhê-la como está é o
ponto de partida para se fazer qualquer coisa que possa ser feita com ela. Avaliar
um educando implica, antes de mais nada, acolhe-lo no seu ser e no seu modo de
ser, como está, para, a partir daí, decidir o que fazer.A disposição de acolher está
no sujeito do avaliador, e não no objeto da avaliação.
30
como recebemos as coisas. Se antes de ouvirmos ou vermos alguma coisa já
estamos julgando, positiva ou negativamente, com certeza, não somos capazes
de acolher.
31
função da finalidade à qual vai servir. Ou seja, o objeto da avaliação está
envolvido em uma tessitura cultural (teórica), compreensiva, que o envolve.
Mantendo o exemplo acima, a depender das circunstâncias onde esteja a cadeira,
com suas propriedades específicas, ela será qualificada de positiva ou de
negativa. Assim sendo, uma mesma cadeira poderá ser qualificada como
satisfatória para um determinado ambiente, mas insatisfatória para um outro
ambiente, possuindo as mesmas propriedades específicas. Desde que
diagnosticado um objeto de avaliação, ou seja, configurado e qualificado, há algo,
obrigatoriamente, a ser feito, uma tomada de decisão sobre ele. O ato de
qualificar, por si, implica uma tomada de posição – positiva ou negativa –, que, por
sua vez, conduz a uma tomada de decisão. Caso um objeto seja qualificado como
satisfatório, o que fazer com ele? Caso seja qualificado como insatisfatório, o que
fazer com ele? O ato de avaliar não é um ato neutro que se encerra na
constatação. Ele é um ato dinâmico, que implica na decisão de 'o que fazer' Sem
este ato de decidir, o ato de avaliar não se completa. Ele não se realiza. Chegar
ao diagnóstico é uma parte do ato de avaliar. A situação de 'diagnosticar sem
tomar uma decisão' assemelha-se à situação do náufrago que, após o naufrágio,
nada com todas as suas forças para salvar-se e, chegando às margens, morre,
antes de usufruir do seu esforço. Diagnóstico sem tomada de decisão é um curso
de ação avaliativa que não se completou. Como a qualificação, a tomada de
decisão também não se faz num vazio teórico. Toma-se decisão em função de um
objetivo que se tem a alcançar. Um médico toma decisões a respeito da saúde de
seu cliente em função de melhorar sua qualidade de vida; um empresário toma
decisões a respeito de sua empresa em função de melhorar seu desempenho; um
cozinheiro toma decisões a respeito do alimento que prepara em função de dar-lhe
o melhor sabor possível, e assim por diante.
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modo, a avaliação é uma auxiliar de uma vida melhor, mais rica e mais plena, em
qualquer de seus setores, desde que constata, qualifica e orienta possibilidades
novas e, certamente, mais adequadas, porque assentadas nos dados do presente
na avaliação da aprendizagem escolar.
Deste modo, caso utilizemos uma teoria pedagógica que considera que
a retenção da informação basta para o desenvolvimento do educando, os dados
serão qualificados diante desse entendimento. Porém, caso a teoria pedagógica
utilizada tenha em conta que, para o desenvolvimento do educando, importa a
formação de suas habilidades de compreender, analisar, sintetizar, aplicar..., os
dados coletados serão qualificados, positiva ou negativamente, diante dessa
exigência teórica.Assim, para qualificar a aprendizagem de nossos educandos,
importa, de um lado, ter clara a teoria que utilizamos como suporte de nossa
prática pedagógica, e, de outro, o planejamento de ensino, que estabelecemos
como guia para nossa prática de ensinar no decorrer das unidades de ensino do
ano letivo. Sem uma clara e consistente teoria pedagógica e sem um satisfatório
33
planejamento de ensino, com sua conseqüente execução, os atos avaliativos
serão praticados aleatoriamente, de forma mais arbitrária do que o são em sua
própria constituição. Serão praticados sem vínculos com a realidade educativa dos
educandos.Realizados os passos anteriores, chegamos ao diagnóstico. Ele é a
expressão qualificada da situação, pessoa ou ação que estamos avaliando.Temos,
pois, uma situação qualificada, um diagnóstico. O que fazer com ela? O ato
avaliativo, só se completará, como dissemos nos preliminares deste estudo, com a
toma de decisão do que fazer com a situação diagnosticada.Caso a situação de
aprendizagem diagnosticada seja satisfatória, que vamos fazer com ela? Caso
seja insatisfatória, que vamos fazer com ela? A situação diagnosticada, seja ela
positiva ou negativa, e o ato de avaliar, para se completar, necessita da tomada de
decisão A decisão do que fazer se impõe no ato de avaliar, pois, em si mesmo, ele
contém essa possibilidade e essa necessidade. A avaliação não se encerra com a
qualificação do estado em que está o educando ou os educandos Ela obriga a
decisão, não é neutra. A avaliação só se completa com a possibilidade de indicar
caminhos mais adequados e mais satisfatórios para uma ação, que está em curso.
O ato de avaliar implica a busca do melhor e mais satisfatório estado daquilo que
está sendo avaliado.
34
Concluindo:
Referência
35
TEXTO- 02
A AVALIAÇÃO
36
quem avalia tem uma visão da realidade, uma competência científica e técnica e
um engajamento político que irá se refletir na forma de avaliar e no critério definido
que pode não ser o mais ético e o mais atento em promover as potencialidades de
cada pessoa humana; do aluno enquanto cidadão. Assim, fica fácil perceber o
quanto importante é o engajamento do professor em rever suas práticas
avaliativas, e ainda mais, o quanto pode ser difícil romper com antigos paradigmas
para assumir uma nova postura ante o processo avaliativo e os avaliados. Deixar
de pensar a avaliação como uma barreira entre aluno e professor, como o
momento do acerto de contas e passar a encarar a avaliação como uma
possibilidade: possibilidade de o aluno ser ajudado nas dificuldades e encorajado
a continuar no sucesso. Existem, segundo Borba et. al. (2007), diversos
instrumentos de avaliação, entre os quais podem ser citadas as provas orais,
escritas e práticas, entrevistas, relatórios, seminários, estudos de caso, resenhas,
exercícios, entre outros.
37
O termo avaliação é usado corriqueiramente em diversas situações.
Refere-se a mensurar, testar, verificar, entre outros, e avaliam-se objetos,
pessoas, instituições, condições, preços, etc. O resultado da avaliação nos
permite formar uma idéia ou agir de determinado modo em relação ao item
avaliado.A avaliação, segundo Catani e Gallego (2009), pode ser aplicada para
aferir conhecimento, desempenho, etc. em diversas esferas (pessoal, educacional,
profissional, entre outras). Na situação escolar, o ato de avaliar está comumente
identificado com dar ou receber notas, fazer provas, exames ou passar de ano"
(CATANI & GALLEGO, 2009, p. 10).
38
fazem o bastante, visto as condições precárias em que são obrigados a trabalhar.
Dessa maneira, falta ao professor subsídios para atualizar-se, o que prejudica
inclusive sua prática avaliativa, que se mantém ultrapassada (BORBA, 2003). E,
conhecer profundamente a avaliação da aprendizagem, estudar e prepara-se para
avaliar é, segundo Furlan (2007, p. 20) importante para o "desenvolvimento da
profissionalização docente". As avaliações são ainda realizadas segundo uma
concepção conservadora, mesmo tendo subsídios teóricos modernos e atuais
para a inovação do ato de avaliar.
REFERÊNCIA:
BORBA, Ângela. O brincar como um modo de ser e estar no mundo. In: BRASIL,
Minist. da Educação (org). Ensino Fundamental de nove anos: orientações para
a inclusão da criança de seis anos de idade. Brasília: MEC/ SEB, 2007. p 33-44.
39
TEXTO-03
Avaliação Educacional
Cipriano Carlos Luckesi
Objetivos da avaliação:
Qualquer atividade que realizamos no dia a dia realizamo-lo com um
certo objetivo, tal como outras atividades. Educar tem em vista determinados
objetivos, que permitam o desenvolvimento do indivíduo como um todo; no
domínio cognitivo, afetivo e psicomotor.
Num processo de avaliação são definidos objetivos específicos
(componente interna) que correspondem a atividade que se deve observar na
avaliação. Por exemplo na 8ª classe na disciplina de Desenho Técnico, o
professor antes de elaborar um teste de desenho, primeiro deve definir os
objetivos do que se espera relevantes aos objetivos gerais, onde os objetivos
específicos podem ser expressos através de verbos restritos e operacionais, tais
como:
Traçar retas paralelas utilizando régua e esquadro;
Dividir circunferências em 8 partes iguais.
Necessita replanejar as aulas e usar novos métodos pedagógicos,
dependendo das dificuldades apresentadas pelos alunos durante o processo de
ensino e aprendizagem.
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Importância da avaliação
A importância da avaliação reside na sua função social e pedagógica. A
avaliação tem a função diagnostica psico-pedagógica e didática.
Cada aluno tem seu próprio método de entendimento, na qual o
Professor deve lidar de um modo especial
Diagnóstica - identifica as dificuldades do aluno e os conhecimentos
prévios. Ajuda ao professor a constatar as falhas no seu trabalho e a decidir a
passagem ou não para uma nova unidade temática. Também ajuda o aluno a
realizar um esforço de sinetes das diferentes partes do programa do ensino, criar
hábitos de trabalho independente e consciencializar o grau consecutivo dos
objetivos atingidos após um período de trabalho. Pedagogico-Didática – refere-se
ao papel da avaliação no cumprimento dos objetivos gerais e específicos da
educação escolar. Permite um reajustamento com vista à processução dos
objetivos pedagógicos pretendidos, ao mesmo tempo favorece uma atitude mais
responsável do aluno em relação ao estudo, assumindo-o como um dever social;
contribui para a avaliação para correção de erros de conhecimentos e habilidades
e o desenvolvimento de capacidades cognitivas.
Função de Controle - controla o PEA, exigindo mais dos professores,
pois a observação visa a investigar, identificar os fatores do ensino, fazendo com
que o professor se adapte aos diferentes comportamentos dos alunos. Permite
que haja um controle contínuo e sistemático no processo de interação professor -
alunos no decorrer das aulas.
Características da avaliação educacional
• Reflete a unidade: objetivo/conteúdo/método: o aluno precisa saber
para o que estão trabalhando e no que estão sendo avaliados e quais serão os
métodos utilizados.
• Revisão do plano de ensino: ajuda a tornar mais claro os objetivos
que se quer atingir, onde o professor à medida que vai ministrando os conteúdos
vai elucidando novos caminhos, ao observar os seus alunos, o que possibilitará
tomar novas decisões para as atividades subsequentes.
42
• Desenvolve capacidades e habilidades: uma vez que o objetivo do
processo ensino e aprendizagem é que todos os alunos desenvolvam as suas
capacidades físicas e intelectuais, sua criticidade para a vida em sociedade
• Ser objetiva: deve garantir e comprovar os conhecimentos realmente
assimilados pelos alunos, de acordo com os objetivos e os conteúdos trabalhados.
• Promove a autopercepção do professor: permite ao professor
responder questões como: Os meus objetivos são claros? Os conteúdos são
acessíveis, significativos e bem dosados? Os métodos são os mais apropriados
aos meus "clientes"? Auxilio bem os que apresentam dificuldades de
aprendizado?
Tarefas da avaliação
Nos diversos momentos do PEA são tarefas da avaliação as seguintes:
- Conhecer o aluno
Pode-se orientar e guiar o aluno no processo educativo avaliando-o,
para melhor conhecer a sua personalidade, atitude, aptidões, interesses e
dificuldades, para estimular o sucesso de todos.
- Verificar os ritmos de progresso do aluno
É a coleta de dados sobre o aproveitamento dos alunos através de
provas, exercícios ou de meios auxiliares, como observação do desempenho e
entrevista, para verificar se houve um progresso do aluno desde o ponto de
partida da aprendizagem até ao momento. O professor pode organizar um
caderno para anotar a progressão dos alunos em cada período.
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- Orientar a aprendizagem
Os resultados obtidos pela avaliação devem ser utilizados para corrigir,
melhorar e completar o trabalho. Com base nesses resultados deve, na medida do
possível, adequar o ensino de forma que a aprendizagem se torne mais fácil e
eficaz.
Tipos de Avaliação
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Avaliação diagnóstica
Este tipo de avaliação realiza-se no início do curso, do ano letivo, do
semestre/trimestre, da unidade ou de um novo tema e pretende verificar o
seguinte:
Identificar alunos com padrão aceitável de conhecimentos;
Constata deficiências em termos de pré-requisitos;
Constata particularidades
Avaliação formativa
Esta avaliação ocorre ao longo do ano letivo. É através desta avaliação
que se faz o acompanhamento progressivo do aluno; ajuda o aluno a desenvolver
as capacidades cognitivas, ao mesmo tempo fornece informações sobre o seu
desempenho.
Informa sobre os objetivos se estão ou não a ser atingidos pelos alunos;
Identifica obstáculos que estão a comprometer a aprendizagem;
Localiza deficiências/dificuldades.
Avaliação somativa
Esta avaliação classifica os alunos no fim de um semestre/trimestre, do
curso, do ano letivo, segundo níveis de aproveitamento. Tem a função
classificadora (classificação final).
Tipos de testes
A verificação e a quantificação (avaliação) dos resultados de
aprendizagem no inicio, durante e no final das unidades visam a sempre
diagnosticar e superar dificuldades, corrigir falhas e estimular os alunos para que
continuem se dedicando aos estudos. Sendo uma das funções da avaliação
determinar o quanto e em que nível de qualidade estão sendo atingidos os
resultados. Durante o desenvolvimento da aula acompanha-se o rendimento dos
alunos por meio de exercícios, estudos dirigidos, trabalhos em grupo, observação
45
do comportamento, conversas, recordação da matéria, são aplicadas provas ou
testes de aproveitamento.
Provas orais
Realizam-se na base do diálogo entre professor e o aluno, obedecendo
os seguintes critérios:
Criar condições favoráveis para que os alunos se sintam à vontade.
Criar uma conversa amigável com o aluno para que este se sinta à
vontade.
Feita a pergunta, deve-se dar tempo para que esta seja objecto de
reflexão.
O professor deve fazer perguntas claras precisas, directas e formuladas
de maneira pensada.
Provas escritas
Estas provas podem ser usadas em qualquer aula no início da aula
seguinte para o professor certificar-se sobre o que o aluno aprendeu e então,
saber que rumo dar aos trabalhos da nova aula. Se é para repetir, rectificar ou
prosseguir, dependendo da situação vivida no momento quando ao saber, saber
fazer e saber ser, estar nos alunos; por conseguinte, as provas escritas
frequentemente utilizadas são: ACS, ACP, ACF e Exame Final, dependendo ainda
delas a atribuição de notas ou classificação, quais vão determinar a aprovação e
reprovação do aluno.
Provas práticas
Neste tipo de prova o aluno e posto diante duma situação problemática
que há de ser resolvido por uma realização material, um conhecimento de
elementos visuais. Este tipo de provas é característico do Desenho Técnico.
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Critérios de avaliação
Visão tradicional
Ação individual e competitiva
Concepção classificatória
Apresenta um fim em si mesma
Postura disciplinadora e diretiva do professor
Privilégio à memorização
Pressupõe a dependência do aluno.
Modelo adequado
Ação coletiva e consensual
Concepção investigativa e reflexiva
Atua como mecanismo de diagnóstico da situação
Postura cooperativa entre professor e aluno
Privilégio à compreensão
Incentiva a conquista da autonomia do aluno.
ATIVIDADES :
48
1-Qual a influência dos adultos na formação de conceitos pela criança?
Antes de iniciar esta unidade sugiro que cada aluno leia para o grupo a sua
monografia e, após todos os alunos terem lido a sua monografia, haja uma
discussão em grande grupo das ideias apresentadas, tentando definir os pontos
comuns às várias monografias apresentadas.
REFERÊNCIAS DO TEXTO
LIBÂNEO, José C. Uma definição de avaliação escolar. In: Didática. São Paulo.
Cortez, 1991. p. 196-8.
LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. 14ª Ed. São Paulo: Cortez,
2002.
49
TEXTO-04
2
Regina Emiko Shudo é pedagoga e pós-graduada em metodologia de ensino pela Universidade
Estadual de Maringá, com experiência na área educacional há mais de 27 anos.
50
de avaliação, das tomadas de decisão, além de assumir pequenas
responsabilidades.
Na perspectiva dessa escola cidadã, teremos, na sala de aula, um
professor mediador entre o sujeito e o objeto do conhecimento, trabalhando de
forma que, a partir dos conteúdos, dos conhecimentos apropriados pelos alunos,
eles possam compreender a realidade, atuar na sociedade em que vivem e
transformá-la. Assim, o conhecimento para o professor deixa de ter um caráter
estático e passa a ter um caráter significativo para o aluno.
Por conta de uma série de reformas e mudanças que ocorreram na
educação nos últimos anos, os sistemas de ensino têm produzido maior
flexibilização e autonomia nas escolas, até mesmo em relação ao desempenho
dos alunos.
Cabe à escola definir o seu projeto educativo, considerando todos os
aspectos, sem criar um descompasso entre o que se pensa e diz e o que se tem
feito, ou seja, o seu projeto deve ser coerente, claro, participativo, e estar em
sintonia com os grupos envolvidos com a escola, ou seja, com a comunidade,
alunos, professores...
É preciso também pensar sobre os professores, pois, para superar os
limites dessa escola que não queremos mais, será necessário investir
continuamente na sua formação, retomando e repensando o seu papel diante
dessa escola cidadã. Nela, não caberá um professor conteudista, tecnicista,
preocupado somente com provas e notas, mas, sim, um professor mais humano,
ético, estético, justo, solidário, que se preocupe com a aprendizagem. É preciso
um profissional com competência, tanto política quanto técnica, que conheça e
domine os conteúdos escolares,e, saiba trabalhar em sala de aula utilizando uma
metodologia dialética, tenha um compromisso político, social, seja pesquisador,
um eterno aprendiz e estudioso, tenha uma prática coerente com a teoria, seja
consciente do seu papel como cidadão, etc.
Diante dessas exigências quanto à escola e ao professor, daremos
prosseguimento às reflexões iniciais, em relação às práticas avaliativas.
51
AVALIAÇÃO E SUAS CONCEPÇÕES
O que é avaliação?
Em encontros com professores e até relatos de especialistas,
constatamos uma contradição entre as intenções e o processo efetivamente
aplicado, na busca de uma definição ou de um posicionamento acerca da
avaliação. Certamente tal contradição nasce da autocensura gerada pelo
descompasso entre uma imagem idealizada da avaliação, encontrada em teorias
atuais, progressistas, e a realidade cotidiana das escolas, condicionadas,
estruturalmente, pelo sistema de promoção e seriação e, conjunturalmente, pelas
péssimas condições concretas de trabalho e pelas determinações de superiores.
Talvez por esse motivo, mesmo que aparente, surjam tantas
concepções de avaliação, sempre vagamente apresentadas nas formulações
verbais de professores, pais e alunos, que identificam a avaliação como tudo o
que ocorre nas práticas avaliativas, como prova, nota, boletim, recuperação,
aprovação, etc.
Entre estudiosos do tema, percebemos uma interminável discussão,
seja pelo monopólio da verdade, seja pela tentativa da precisão do conceito, o que
fez surgir consequentemente uma variação conceitual muito grande.
Em cada conceito de avaliação subjaz uma determinada concepção de
educação. Na questão específica da avaliação da aprendizagem, a escola
encontra-se diante de duas correntes resultantes de concepções antagônicas,
pautadas, é claro, nos modelos de sociedade: a liberal conservadora e a social
democrática.
Assim, a pedagogia, de acordo com os modelos sociais, se apresenta
como conservadora ou transformadora.
A pedagogia conservadora, da escola tradicional, prioriza a avaliação
dos conteúdos livrescos; a escola novista, as relações afetivas, e a tecnicista, os
meios técnicos, o fazer. A pedagogia transformadora apresenta nas suas práticas
pedagógicas a pedagogia libertadora, que apresenta subjacente à sua teoria a
formação da consciência política, de uma avaliação antiautoritária.
52
Já a pedagogia libertária traz a autogestão, e a pedagogia histórico-
crítica, a compreensão da realidade, dando prioridade à educação como
instrumento de transformação, de formação para a cidadania.
Podemos acrescentar que a pedagogia conservadora destaca a
importância das medidas de dimensões ou aspectos quantificáveis, considerando
a importância da periodicidade do processo de avaliação e do registro de seus
resultados, especialmente nos momentos de terminalidade, como de uma
unidade, série, curso, etc.
A avaliação tem uma função, então, de classificação, sempre se
referenciando em padrões socialmente aceitáveis, destacando a avaliação como
um julgamento de valor, com base em padrões consagrados. Além disso, a
distinção que estabelecem entre padrões sociais, culturais, científicos denota
nessa escola, nessa pedagogia, uma postura positivista, na medida em que não
incorporam a idéia de que os padrões científicos são também socialmente
elaborados.
Para a pedagogia transformadora, na avaliação da aprendizagem
predominam os aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Nesta concepção, a
avaliação deve ter uma finalidade diagnóstica, voltada para o levantamento das
dificuldades dos alunos, com vistas à correção de rumos, à reformulação de
procedimentos didáticos ou até mesmo dos objetivos.
A avaliação é um processo contínuo e paralelo ao processo de ensino-
aprendizagem. Ela deve ser permanente, permitindo-se a periodicidade apenas no
registro das dificuldades e avanços do aluno relativamente às suas próprias
situações pregressas.
Nesta pedagogia, considera-se como parâmetros válidos e legítimos
para servirem de referência apenas o ritmo, as características e aspirações do
próprio alvo da avaliação (seja ele o aluno, a instituição, o professor, ou qualquer
outro).
A partir desta segunda concepção de avaliação, acredito que na escola
cidadã, na escola democrática, devemos caminhar para uma educação em que o
conhecimento não tenha uma estrutura gnoseológica estática, mas seja um
53
processo de descobertas mediatizado pelo diálogo entre educador e educando.
Nesta escola, a preocupação, na sala de aula, deverá ser com uma educação que
torne os alunos pessoas habilitadas para agir na sociedade e entendê-la, sem
qualquer tipo de manipulação obscura, como, por exemplo, um sistema avaliativo
punitivo. Devemos valorizar na sala de aula o processo de aprender a aprender, a
formação das capacidades, o desenvolvimento da criatividade pessoal e do
reconhecimento do outro como sujeito, a criação de atividades que privilegiem o
conhecimento e, por fim, a possibilidade de verificar o desempenho dos alunos
nas diversas práticas escolares, para encadear sempre a correção de rumos e o
replanejar.
Ressaltamos ainda que, nesse processo de avaliação, o professor deve
conhecer os seus alunos, seus avanços e dificuldades, e também que o próprio
aluno deve aprender a se avaliar e descobrir o que é preciso mudar para garantir
melhor desempenho. É importante que os alunos reflitam sobre seus
relacionamentos, de forma a alterar as regras quando necessário, para que todos
alcancem os objetivos estabelecidos coletivamente.
O professor, para acompanhar o desempenho dos alunos, poderá
registrar cotidianamente as considerações sobre o grupo todo e sobre cada um
dos alunos, a partir das atividades desenvolvidas durante todo o trabalho
pedagógico. Tomando como parâmetros os critérios formais da aprendizagem,
deve observar: o nível de aprendizagem, relacionado ao conhecimento; o
interesse e a iniciativa do aluno para a leitura, o estudo, a pesquisa; a qualidade
do conteúdo elaborado e da linguagem utilizada; a sistematização e ordenação
das partes, relacionadas à produção individual; a qualidade da elaboração em
conjunto com outros alunos; a capacidade crítica, indicando a criatividade; a
capacidade de reconstrução própria e de relacionar os conteúdos das diversas
áreas do conhecimento. As considerações e opiniões dos próprios alunos deverão
também ser anotadas e analisadas pelo professor.
Nesse processo de avaliação, não podemos esquecer que o professor
também deve se avaliar, refletindo sobre o seu próprio trabalho, verificando seus
procedimentos e, quando necessário, reestruturando sua prática.
54
Diante de todas as considerações apresentadas acerca do papel e da
importância da avaliação no processo educativo, destacamos que a avaliação
deve ser conscientemente vinculada à concepção de mundo, de sociedade e de
ensino que queremos, permeando toda a prática pedagógica e as decisões
metodológicas. Sendo assim, a avaliação não deve representar o fim do processo
de aprendizagem, nem tampouco a escolha inconsciente de instrumentos
avaliativos, mas, sim, a escolha de um caminho a percorrer na busca de uma
escola necessária.
REFERÊNCIA DO TEXTO
55
TEXTO -05
PLANEJAMENTO E AVALIAÇÂO
3
João Luiz Gasparin, professor, doutor, formado pela Universidade Estadual de Maringá,
pesquisador
56
imediato, dos quais resulta o novo patamar de desenvolvimento atual, como
síntese de ambos. O terceiro nível são os cinco passos da Pedagogia Histórico
Crítica de Saviani: Prática Social, Problematização, Instrumentalização, Catarse e
Prática Social.
Por fim, como quarto nível, no chão da sala de aula, está minha leitura
e interpretação de Marx, Vigotski e Saviani, buscando transpor seus fundamentos
teóricos metodológicos para uma nova forma de planejamento e de ação teórico
prática do professor, seguindo os cinco passos propostos por Saviani na
Pedagogia Histórico- Crítica.
Quanto ao segundo tópico desta palestra – a avaliação – necessário
esclarecer que toda teoria educacional traz, implícita ou explicitamente, sua
concepção sobre avaliação. No caso da Pedagogia Histórico- Crítica, a avaliação
consistirá em evidenciar o crescimento do educando, tendo como critério a
aquisição do conhecimento científico como instrumento de transformação social.
O ponto de partida para esta forma de avaliação é o conhecimento
inicial do aluno sobre o tema da aula, comparado ao conhecimento científico que o
professor lhe apresentou.
O aluno deverá, mentalmente, realizar o processo dialético de unir sua
prática de vida, com o conhecimento científico escolar, chegando a uma nova
síntese de compreensão do conteúdo e de uso em sua vida cotidiana.
Este processo de constatar o rendimento escolar do aluno poderá ser
desenvolvido de forma consistente se o professor tiver clareza do conceito de
avaliar. Para isso, é necessário, em primeiro lugar, desmistificar um pouco as
concepções de avaliação e seus usos correntes.
57
O PROCESSO DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR NA PRÁTICA
PEDAGÓGICA
58
O uso dos resultados das avaliações encerra-se na obtenção e registro
de símbolo do valor mensurável da aprendizagem do aluno. Estes símbolos
podem ser conceitos ou notas que expressam o valor atribuído pelo professor,
supostamente, referente ao aprendizado do aluno, encerrando-se aí o ato de
avaliar que, como revela Luckesi (2005)
59
O autor explica que na referida concepção dialética, a proposta
pedagógica tem como primeiro passo, ver a prática social dos sujeitos da
educação, a tomada de consciência sobre esta prática, levando professores e
alunos a teorizar sobre a realidade. Isto possibilita passar do senso comum para
os conhecimentos científicos e retornar à pratica social de origem com uma
perspectiva transformadora desta realidade.
60
REFERÊNCIAS
61
TEXTO 06
4
Martins, João Batista, graduado em psicologia Faculdades Metropolitanas Unidas (1980), Doutorado em
Educação (Conceito CAPES 5). Universidade Federal de São Carlos, UFSCAR, Brasil, Pós Doutorado UNB
(2008).
62
aprendizagem e desenvolvimento, a noção de zona de desenvolvimento proximal,
a questão da situação social de desenvolvimento, dentre outros.
64
através da fala egocêntrica, do aprendizado da linguagem etc.- ela os internaliza,
o que lhe possibilita uma certa independência em relação aos adultos. Veresov
(2010), analisando a lei geral do desenvolvimento cultural levanta uma questão
referente às relações sociais que, ao serem internalizadas, se transformam em
função psicológica superior, perguntando-se, que tipo de relação é essa?
65
que ela se modifica. Tais situações são denominadas de situação social de
desenvolvimento.
66
em um determinado período. Esta situação de desenvolvimento determina as
relações entre a criança e o meio, dela surge e se desenvolve as novas formações
próprias da idade.
Isso significa dizer que nos períodos das idades, ocorre uma
reconstrução no processo de desenvolvimento infantil, marcada inicialmente por
uma situação social de desenvolvimento, e que ao final de uma idade dada, a
criança se converte num ser completamente distinto do que era ao princípio da
mesma. Isso, entretanto, não significa que deva mudar forçosamente a situação
social de desenvolvimento que, em suas características básicas, se formou o
princípio de uma idade.
68
Tal afirmação nos remete para várias dimensões do olhar de Vigotski.
Uma delas resgata suas considerações acerca do desenvolvimento humano
entrelaçado com as relações sociais vividas pelos sujeitos. Outra dimensão
importante está no fato de o autor repousar suas preocupações não nos “defeitos”
das pessoas, mas sobre a personalidade das mesmas. Por último, vale ressaltar
suas indicações – por uma exigência dialética – com o futuro das funções
psicológicas das pessoas, uma vez que o psicólogo estabelecerá programas de
intervenção para as pessoas que apresentam “defeitos”.
69
atividade que o surgimento e o desenvolvimento de sua personalidade ocorre.
(Kravtsova, 2009, p. 15)
70
explorar aquelas funções que ainda não se desenvolveram, mas que estão em
“estado embrionário”.
71
O conceito de ZDP nos possibilita abordar o processo de aprendizado e
de desenvolvimento das crianças numa perspectiva histórica – tanto
retrospectivamente, como prospectivamente. Nesse sentido, ao
operacionalizarmos tal conceito em nossa prática pedagógica, estaremos
estabelecendo um diagnóstico e um prognóstico das crianças, tanto do seu
desenvolvimento intelectual quanto de outras dimensões relacionadas com sua
personalidade, o que nos permite planejarmos estratégias educacionais para que
elas consigam superar seu nível de desenvolvimento.Conceitos científicos x
conceitos cotidianos: algumas relações. (VIGOTSKI, 1987), ao desenvolver sua
teoria sobre a formação de conceitos, mostra como o conhecimento, possibilidade
que a interação social coloca para os sujeitos, transforma-se ao longo da vida dos
homens a partir de um movimento de elaboração complexa: um conceito não é
uma formação fossilizada e imutável, mas sim uma parte ativa do processo
intelectual, constantemente a serviço da comunicação, do entendimento e da
solução de problemas. (VIGOTSKI, 1987). Para esse autor, os conceitos originam-
se a partir de um processo que se inicia na fase mais precoce da infância. O
processo de aquisição/construção de conceitos se traduz num conjunto de
desafios: o de se destacar das situações e objetos; o de destacar um objeto do
outro; o de decompor, analisar, sintetizar objetos e situações; o de generalizar o
aprendido em utilização concomitante ou posterior. Discutindo a inserção da
criança no contexto escolar, Vigotski estabelece uma distinção entre conceitos
espontâneos (cotidianos) e conceitos científicos. Segundo ele os conceitos
cotidianos se referem a conceitos que a criança desenvolve a partir de suas
práticas diárias, e ela não está consciente deles, pois sua atenção está centrada
muito mais no objeto ao qual se refere do que no próprio pensamento. Quanto aos
conceitos científicos, ele destaca que “o nascimento dos conceitos científicos
começa não com um encontro imediato com coisas mas com um relacionamento
mediado para um objeto. Com o conceito espontâneo [cotidiano] a criança se
move das coisas para o conceito. Com os conceitos científicos ela é forçada a
seguir a trajetória oposta - do conceito para as coisas”. (VIGOTSKI, 1987, p. 219).
Vigotski considera que os conceitos cotidianos são embasados nas experiência
72
imediatas das crianças, e não fazem parte de um sistema. Já os conceitos
científicos – aprendidos na escola – são apresentados e aprendidos como parte
de uma de uma série de conceitos subordinados, e pressupõe também uma
hierarquia de conceitos de diferentes níveis de generalidade. Assim, o conceito
dado é inserido em um sistema de relações de generalidade (VIGOTSKI, 1987).
73
6 - REFERÊNCIAS DE TODOS OS RECURSOS UTILIZADOS
REVISTA ESCOLA. Educar para crescer. Editora Abril: São Paulo: Disponível em:
<http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/comenio-307077.shtml >.
Acesso em: 25 fev. 2012.
74
ATIVIDADES PARA O GRUPO DE ESTUDO:
TEXTO 01
75
Entretanto, a prática de exames já era utilizada na sociedade chinesa,
não como forma de avaliar a educação, mas com a finalidade de seleção para o
ingresso ao serviço público. Assim, os exames escolares da forma como são
realizados atualmente, foram organizados a partir da modernidade e da prática
pedagógica necessária a sua época (LUCKESI, 2003).O auge da utilização dos
exames deu-se quando a burguesia ascendeu e se consolidou no poder, pois,
como não tinha fortuna por herança familiar, nem tampouco privilégio por
descendência aristocrática, teve que recorrer aos postos de trabalho e à formação
acadêmica para ascender socialmente. Chueiri (2008, p.54) pondera que:
76
fortalecimento do capitalismo, surgem as primeiras reformas no ensino, sempre
com intenções políticas. “As idéias educacionais defendidas e divulgadas pelos
‘renovadores’, nas décadas de 20 e 30, não constituíam novidade dentro da
Sociedade brasileira” (XAVIER, 1994 p.60). Isso ocorreu em função de o Brasil
absorver a influência cultural das ideologias das sociedades mais desenvolvidas e,
portanto, hegemônicas. As elites intelectuais tanto assimilaram como recriaram
essas ideologias, de acordo com os interesses locais. Aquelas idéias liberais que
prometiam ascensão social via escolarização, porém, “refletiam, ao que tudo
indica, uma preocupação com a adequação do discurso educacional ao discurso
político” (XAVIER, 1994, p.61)
77
(2008, p.56), essa forma de conceber a avaliação, oportunizou a “expansão de
uma cultura dos testes e medidas na educação”; nessa pedagogia se comprova o
rendimento com base nos objetivos comportamentais, os quais se reduzem a uma
medida e, portanto, separa o processo de ensino de seu resultado. Para esta
autora “a idéia de avaliar, não só para medir mudanças comportamentais, mas
também a aprendizagem, portanto para quantificar resultados, encontra-se
apoiada na racionalidade instrumental preconizada pelo Positivismo” (2008, p.56).
78
Este conceito de avaliação tem caráter excludente, pois os resultados
dos testes tinham função de explicar a eliminação dos “retardados mentais“, bem
como o ingresso segundo as condições cognitivas de cada sujeito.
79
no processo de escolarização ou uma promoção ou para uma colocação no
mercado de trabalho.
80
processo que evolui em virtude de descobertas sucessivas e de transformações
do contexto”
81
metodologias, ou processos, recriando-os, pois a garantia de aprendizagem
requer a qualidade da avaliação e dos seus processos formais”,
82
Uma nova sistemática de avaliação poderá gerar tensões por vezes
difíceis de suportar, e os professores poderão sentir-se privados das
satisfações que o sistema tradicional lhes proporcionava. Associa-se ao
prazer gerado por aquela segurança a satisfação gerada pelo poder da
avaliação. Será preciso, ao tratar da nova perspectiva de avaliação,
trabalhar estes aspectos pessoais e coletivos no contexto da escola
(SAUL, 2010, s.p.).
83
trabalho e “focaliza os diversos aspectos relacionados ao processo ensino-
aprendizado para a compreensão do desenvolvimento do educando” (SAUL, 2010,
s.p.).
84
aterrorizando-os; mas como uma valiosa ferramenta auxiliar na tomada de
decisões com vistas à mudança e a transformação da prática, isto é, promovendo
o crescimento profissional e a melhoria do ensino e da aprendizagem.
PEDAGOGIA TRADICIONAL
85
senso moral.; Privilégio verbal, escrito e oral; Atividades intelectuais e raciocínio
abstrato.Snyders (1974): Busca levar o aluno ao contato com as grandes
realizações da humanidade. Ênfase aos modelos, em todos os campos do
saber.Sociedade - Cultural: O homem ascende socialmente pela culturaNa
arte: mimética, cópias, modelos externos, fazer técnica e científico, conteúdo
reprodutivista, mantém a divisão social existente, canto orfeônico, trabalhos
manuais.
86
aluno.Read: Experiências cognitivas de modo progressivo em consideração aos
interesses.Cizerk: Libertar impulso criador. Desenvolvimento através de
experiências estimuladoras.
PEDAGOGIA TECNICISTA
Tendência Liberal Segunda metade século XX Brasil 1960-1970
Escola: Produzir indivíduos competentes para o mercado de
trabalho.Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - 5692/71 Introdução da
Disciplina Educação Artística Homem: Consequência das influências ou forças do
meio ambiente.Conteúdos: Baseia-se nos princípios científicos, manuais e
módulos de auto-instrução.Skinner - O homem é produto do meio - análise
funcional. Popham, Briggs, Papay, Gerlach, Glaser - Modelos de instrução e
sistemas.Mundo: Já construído.O meio pode ser manipulado e pode também
selecionar.
Relação professor-aluno: Professor é o técnico e responsável pela
eficiência do ensino.
Teorias: Behavioristas, Positivismo, Comportamentalismo,
Instrumentalismo.
Metodologia: Técnica para atingir objetivos instrucionais, aprender-
fazendo, cópia, geometria, desenho geométrico, educação através da arte, livre-
expressão.
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qualidade do ensino de arte. Dicotomias: ora saber construir, ora saber exprimir.
Passam à categoria de apenas atividades artísticas: Desenho, trabalhos manuais,
artes aplicadas, música, canto-coral.
PEDAGOGIA LIBERTADORA
PEDAGOGIA LIBERTÁRIA
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Tendência Progressista :
PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA
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Nas artes: Conhecer arte. Apreciação, contextualização e fazer artístico; Educação
Artística abrange aspectos contextualistas e essenciais. Aspectos sociais são
considerados para o ensino de arte.Valorização da estética do cotidiano e capital
cultural do aluno.Resgate da identidade cultural antes de ser partir para um
contexto mais amplo.
Introdução
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acontece no interior da escola sobre os usos da avaliação, principalmente naquilo
que ela representa em termos históricos. Por isso entendemos que esta
compreensão se faz necessária para que deixemos de reforçar práticas
historicamente arraigadas.
Vasconcellos (1994, p 43), diz entender que a avaliação que se realiza na escola e
que incide sobre o processo ensino/aprendizagem, existe desde quando esta é
organizada com a finalidade de educar, formar pessoas com fins específicos.
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Exames orais e provas escritas têm sido as formas mais comuns de
praticá-la, pelo menos até por volta dos anos sessenta do século vinte. A propósito
do exame, Foucault (1988, p.164), assim se posiciona:
92
onde muitas vezes o professor é desprovido de conhecimento para exercer tal
processo avaliativo.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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