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PREVIDENCIÁRIO
INTRODUÇÃO.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA.
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
O que é previdência?
PROTEÇÃO SOCIAL
“Quando nasce um ser humano, a segurança social logo vem compensar os encargos
adicionais dos progenitores. Liberta pai e mãe da vida profissional para prestarem os
primeiros cuidados ao recém-nascido, subsidiando-lhes licenças de maternidade e
paternidade. Segue apoiando as famílias no esforço educativo posto em cada filho. Ajuda
os adultos a enfrentar consequências da doença e do desemprego, fazendo as vezes do
rendimento perdido, contribuindo para pagar cuidados de saúde ou subsidiando ações de
valorização profissional. Na aposentação por velhice ou na invalidez, substitui-se
definitivamente aos rendimentos do trabalho. E, na morte, sobrevive-nos, para apoiar os
que ainda estejam a nosso cargo.”
(MENDES, Fernando Ribeiro. Segurança Social: o futuro hipotecado. Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos
Santos, 2011, p. 13.)
PROTEÇÃO SOCIAL
“Por mais caro que pareça o seguro social, resulta menos gravoso que os
riscos de uma revolução”
(Bismarck - governante responsável pela unificação do Estado Alemão – 1871 a 1918)
PROTEÇÃO SOCIAL
(Apud CARDONE, Marly. Previdência, assistência, saúde: o não trabalho na Constituição de 1988. São Paulo: LTr, 1990, p.
24.)
O BEM-ESTAR SOCIAL
Paulo Cruz, citando Jean Touchard, indica quatro fases evolutivas da
proteção social ao trabalhador:
a) experimental;
b) de consolidação;
c) de expansão; e,
d) de redefinição, que tem início na década de oitenta e se
encontra em curso
(CRUZ, Paulo Márcio. Poder, Política, Ideologia e Estado Contemporâneo. Florianópolis: Diploma Legal, 2001, p. 219)
O BEM-ESTAR SOCIAL
a) Experimental:
Otto von Bismarck (1883 a 1889) - faz viger um conjunto de normas que serão o
embrião do que hoje é conhecido como Previdência Social, assegurando aos
trabalhadores o seguro-doença, a aposentadoria e a proteção a vítimas de
acidentes de trabalho; (contributividade e compulsoriedade de filiação).
“Se a tendência dos últimos anos se mantiver, uma parte significativa da população
economicamente activa passará a trabalhar no sector informal, onde necessitará
de sistemas de protecção social que funcionem como uma rede de segurança. Por
outro lado, cada vez mais pessoas poderão ter uma vida profissional flexível, mudar
de estatuto profissional com maior frequência, adquirir periodicamente mais
competências e interromper o seu percurso profissional em várias etapas das suas
vidas. Perante este cenário, o desafio que se coloca aos decisores políticos e às
organizações de empregadores e trabalhadores consiste em conjugar flexibilidade e
segurança social nas políticas nacionais”.
(BUREAU INTERNACIONAL DO TRABALHO. A OIT: origens, funcionamento e actividade. Disponível em: <https://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/---europe/---ro-geneva/---ilo-
lisbon/documents/publication/wcms_711836.pdf>. Acesso em: 14 jul. 2021.)
NO BRASIL
O Brasil só veio a conhecer verdadeiras regras de caráter geral em matéria de previdência
social no século XX. Antes disso, apesar de haver previsão constitucional a respeito da
matéria, apenas em diplomas isolados aparece alguma forma de proteção a infortúnios.
• as primeiras formas de proteção social dos indivíduos no Brasil tinham caráter eminentemente
beneficente e assistencial;
• ainda no período colonial, tem-se a criação das Santas Casas de Misericórdia, sendo a mais antiga aquela
fundada no Porto de São Vicente, depois Vila de Santos (1543) e, no ano de 1795, estabeleceu-se o Plano
de Beneficência dos Órfãos e Viúvas dos Oficiais da Marinha.
• o primeiro texto em matéria de previdência social no Brasil foi expedido em 1821, pelo ainda Príncipe
Regente, Dom Pedro de Alcântara. Decreto de 1º de outubro de 1821, concedendo aposentadoria aos
mestres e professores, após 30 anos de serviço, e assegurado um abono de 1/4 (um quarto) dos ganhos
aos que continuassem em atividade;
• Em 1888, o Decreto n. 9.912-A, de 26 de março, dispôs sobre a concessão de aposentadoria aos
empregados dos Correios, fixando em trinta anos de serviço e idade mínima de 60 anos os requisitos para
tal;
NO BRASIL
O Regime Geral de Previdência Social – RGPS, nos termos da Constituição atual (art. 201),
não abriga a totalidade da população economicamente ativa, mas somente aqueles que,
mediante contribuição e nos termos da lei, fizerem jus aos benefícios ali previstos, e desde
que não sejam abrangidos por outros regimes específicos de previdência social – os
Regimes Próprios de Previdência.
NO BRASIL – CONSTITUIÇÃO DE 1988
A Assembleia Nacional Constituinte assegurou direitos até então não previstos,
como por exemplo:
Em 1991 foram publicadas as Leis ns. 8.212 e 8.213, que tratam respectivamente do
custeio da Seguridade Social e dos benefícios e serviços da Previdência, incluindo os
benefícios por acidentes de trabalho, leis que até hoje vigoram, mesmo com as alterações
ocorridas em diversos artigos.
Entre 1993 e 1997, vários pontos da legislação de Seguridade Social foram alterados, sendo
relevantes os seguintes: a criação da Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS (Lei n.
8.742, de 7.12.1993), com a transferência dos benefícios de renda mensal vitalícia, auxílio-
natalidade e auxílio-funeral para este vértice da Seguridade Social.
NO BRASIL – EC 20 DE 1998
Modificou substancialmente a Previdência Social no Brasil, foi promulgada no dia
15.12.1998, no encerramento do ano legislativo, após três anos e nove meses de
tramitação no Congresso Nacional.
• as aposentadorias passaram a ser concedidas tendo por base o tempo de contribuição, e não mais o tempo de
serviço, tanto no âmbito do Regime Geral de Previdência Social, tanto – e principalmente – no âmbito dos Regimes
de Servidores Públicos, aos que ingressaram em tais regimes após a publicação da Emenda, ou aos que optaram
pelas regras da Emenda, já sendo segurados anteriormente.
• Foram criadas regras diferenciadas para os trabalhadores que já contribuíam para a Previdência e para os que
entraram no mercado de trabalho após 16.12.1998.
• Os professores que comprovassem exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na
educação infantil e no ensino fundamental e médio preservariam o direito à aposentadoria especial, com vinte e
cinco anos de atividades, no caso das mulheres, ou trinta anos, no caso dos homens, sem observância do limite
mínimo de idade;
• A adoção do chamado “fator previdenciário” - reduzir despesas com a concessão de aposentadorias por tempo de
contribuição a pessoas que se aposentassem com idades bem abaixo daquela considerada ideal pelos atuários da
Previdência Social.
NO BRASIL – EC 41 E 47
AMADO, Frederico. Curso de direito e processo previdenciário. 12.ed. ver., ampl. e atual. –
Salvador: Ed. JusPodivm, 2020.
BERWANGER, Jane Lucia Wilhelm; GUIOTTO, Maíra Custódio Mota. Aposentadoria especial
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CASTRO, Carlos Alberto Pereira de; LAZZARI, João B. Manual de Direito Previdenciário.
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IBRAHIM, Fábio Zambitte. Curso de direito previdenciário. 18ª ed. Rio de Janeiro:
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