O documento discute a diferença entre jornalismo generalista e especializado. Afirma que jornalistas precisam ter conhecimentos gerais no início da carreira, mas também devem se especializar em determinadas áreas para se tornarem bons profissionais. Destaca que equilíbrio é necessário entre ter uma preparação ampla e focar na excelência em tópicos específicos.
O documento discute a diferença entre jornalismo generalista e especializado. Afirma que jornalistas precisam ter conhecimentos gerais no início da carreira, mas também devem se especializar em determinadas áreas para se tornarem bons profissionais. Destaca que equilíbrio é necessário entre ter uma preparação ampla e focar na excelência em tópicos específicos.
O documento discute a diferença entre jornalismo generalista e especializado. Afirma que jornalistas precisam ter conhecimentos gerais no início da carreira, mas também devem se especializar em determinadas áreas para se tornarem bons profissionais. Destaca que equilíbrio é necessário entre ter uma preparação ampla e focar na excelência em tópicos específicos.
A expressão “o jornalista é um especialista em generalidades” é
amplamente difundida entre a comunidade jornalística, seja no âmbito profissional, seja no ambiente acadêmico. Aparentemente simples e inofensiva, é preciso estar atento e refletir para perceber que o conceito é muito mais amplo do que pode parecer em um primeiro momento.
O jornalista, de fato, precisa conhecer um pouco de tudo do mundo que o
cerca. A amplitude de repertório é um dos fatores que pode facilitar a inserção do profissional em oportunidades de trabalho, pois o torna versátil. Penso que isso vale principalmente para o jornalista em início de carreira, cuja identidade profissional e preferências de atuação ainda estão em formação. Professores de graduação frequentemente frisam a importância de levar a sério todas as disciplinas do curso, mesmo as que pareçam menos atrativas, justamente para que haja uma preparação eficiente para eventuais experiências futuras. Tal orientação diz respeito principalmente aos veículos (rádio, TV, web...), mas deve ser considerada também em relação às diversas temáticas e segmentos abordados pelo jornalismo.
Vem então o questionamento: o jornalista é superficial? Depende. Pode
ser, quando na qualidade de especialista em generalidades não teve a iniciativa necessária para buscar mais informações sobre um tema que não lhe era tão familiar, e acabou fazendo apenas o feijão com arroz. Ou ainda porque o veículo onde trabalha tem por característica a produção de conteúdos menos aprofundados. Trouxe propositalmente duas situações distintas para destacar um ponto importantíssimo: o conteúdo pode ser mais ou menos aprofundado, sempre de acordo com a demanda existente. O material produzido, ao menos em teoria, não pode ser limitado pela incapacidade do jornalista em buscar uma informação de melhor qualidade, de ir mais a fundo. A proatividade e a iniciativa são companheiras inseparáveis de profissão do jornalista na busca por conhecimento e crescimento pessoal.
Ao mesmo tempo que é indiscutível a importância de buscar informação
nas mais diversas áreas, é preciso que o jornalista eleja, ao longo do tempo, certos segmentos de preferência para se especializar. Não é sustentável em termos de carreira passar a vida fazendo um pouco de tudo e não sendo realmente bom em nada. Tal foco evita ao profissional a fama de “quebra-galho”, potencialmente depreciada no mercado de trabalho.
A especialização, por outro lado, tende a criar um estigma em torno do
profissional conforme esse ganha prestígio e reconhecimento em uma determinada área. Por melhor profissional que seja, como imaginar um Galvão Bueno, cuja imagem chega a ser folclórica dentro do esporte nacional, redigindo uma coluna de economia, por exemplo? Dentro do meio jornalístico, é mais comum que exista a consciência de que a consagração em uma especialidade não necessariamente aprisiona o profissional nessa área pelo resto da vida. É preciso considerar, entretanto, as grandes massas, por vezes providas de preconceitos rasos e ignorantes. Como fica a credibilidade do profissional e do veículo perante ao grande público? É sempre necessário refletir.
Como em tantas outras situações da vida, o equilíbrio e a prudência são
essenciais na trajetória do jornalista. Desde o ambiente acadêmico, é importante garantir uma preparação que possibilite o aproveitamento das escassas e valiosas oportunidades que surgirem. Entretanto, quanto mais cedo o profissional puder identificar sua real vocação dentro da profissão, melhor: isso significa ganhar tempo para buscar a excelência. Isso não isenta a responsabilidade de buscar conhecimento tanto quanto possível, o que implica na saída da zona de conforto. Todavia, é melhor ser muito bom em um conjunto restrito de assuntos do que ter um amplo repertório de mediocridade.
Os Segredos Da Oratória Empresarial - Aprenda Técnicas Comprovadas Para Falar Em Publico Com Confiança E Credibilidade: Coleção Liberdade Financeira, #15