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UFJF – UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

FIL027 – INTRODUÇÃO A FILOSOFIA

JÉSSICA LEITE DE MELO

MITO

O mito teve/tem uma grande importância para a humanidade. Graças as histórias


passadas de geração em geração, a humanidade encontrou uma fonte que a mantivesse
motivada enquanto passava pelos períodos de sofrimento e desentendimento. Porém, o mito
não aparece do nada, mas advém das cresças religiosas.

O entendimento do “eu como dono de mim mesmo” rompe com a concepção da


religião como necessidade no mundo moderno/contemporâneo. Porém na tentativa de
conceituar a religião - como Marx, que considera a religião uma mera ferramenta de controle
capitalista; como Freud, que a considera loucura, ilusão e até mesmo patologia; como
Nietzsche, que considera a religião como uma limitação intelectual do ser humano, e também,
como loucura; e etc. – perdesse vários aspectos fundamentais para entender a humanidade,
ocorrendo um apequenamento das dimensões religiosas, dimensões estas que incluem “o
mito”.

Devemos levar em consideração, que descartando a religião, estamos descartando as


dimensões que advém dela, como o rito, o mito, a doutrina, a ética, a dimensão social e
experiencial, etc. Tais dimensões expressam as reivindicações de uma tradição religiosa sobre
a natureza do mundo invisível e seus objetivos sobre como a vida dos homens deveria ser
formada. E não é nosso dever julgar a veracidade das concepções religiosas, mas sim analisar
seus componentes e entender o que isto diz a respeito da humanidade. E podemos analisar
através dos mitos, um material político, histórico e ético de como o ser humano acha que se
deve viver o mundo da “maneira correta”. Que querendo ou não, é de maior importância na
história da humanidade, pois organiza e estrutura o ser humano no mundo.

Não sabemos de onde viemos e para onde vamos, porém quando esta demanda
existencial - que pode ser gerada pela falta de conhecimento sobre o além, que é a busca pela
razão da existência, sendo algo que faz parte da própria existência do indivíduo - bate à porta,
a religião aparece como “anestésico” para as dores do mundo, construindo sentidos coletivos
que embasam a vida das pessoas. E o mito nos leva a compreender, olhando no princípio do
nosso nascimento religioso, que na nossa constituição há uma substancia divina.

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