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SOCIEDADE,
EDUCAÇÃO
& HISTÓRIA
Campina Grande - PB
2020
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José Ozildo dos Santos (Organizador)
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Sociedade, Educação & História
SOCIEDADE,
EDUCAÇÃO
& HISTÓRIA
Campina Grande - PB
2020
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José Ozildo dos Santos (Organizador)
CONSELHO EDITORIAL
Ficha Catalográfica
Catalogação na Fonte
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SANTOS, José Ozildo dos (org.). Sociedade, Educação & História.
/José Ozildo dos Santos (organizador). Sociedade, Educação, & História – Campina
Grande - PB, Grupo de Estudos Avançados em Desenvolvimento Sustentável do Semiárido
– GEADES, 2020.
93p.
CDD: 413-7
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A reprodução de partes ou do todo deste trabalho é permitida, desde que haja a devida
citação bibliográfica dos autores, conforme a legislação brasileira vigente.
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SUMÁRIO
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José Ozildo dos Santos (Organizador)
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APRESENTAÇÃO
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1 Introdução
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[...] foi do positivismo social de Comte que fluiu uma primeira vertente
ideológica voltada para retificar o capitalismo mediante propostas de
integração das classes a ser cumprida por uma vigilante administração
pública dos conflitos. A sua inspiração profunda é ética e, tanto em Saint-
Simon, quanto em Comte, evoluiu para um ideal de ordem distributivista
(BOSI, 1992, p. 282).
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O pensamento de Comte tinha como espinha dorsal a lei dos três estados. Ele
achava que a filosofia positiva deveria buscar aplicações políticas e fundar uma
nova religião, afirmando que era possível planejar o desenvolvimento das
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4 Considerações Finais
5 Referências
BOSI, A. Dialética da colonização. 3 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
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1 Introdução
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tão mal visto pela opinião e através do qual iriam renascer a intervenção e o
prestígio estrangeiros na pessoa do príncipe consorte, iniciando-se uma
política pouco inteligente e cheia de intolerância pelos defeitos de educação
da princesa; os excessos dos partidos dominados pela ambição do poder, que
procuravam gargalo à custa das maiores violências e corrupções; a
decadência e a miséria econômica das províncias, absorvidas pela
centralização do governo imperial, tudo isto dava uma feição especial à
situação política do país e trazia para as instituições a influência dissolvente
de todos estes fatos.
Nota-se, portanto, que o declínio da monarquia não teve uma causa única. Um
conjunto de diferentes fatores contribuiu para o malogro do regime imperial.
Entretanto, ao decidir por emancipar os escravos, a Coroa brasileira não imaginou
que a assinatura da Lei Áurea poderia trazer efeitos políticos que colocariam em
cheque a estabilidade do regime. A consequência imediata do ato protagonizado
pela Princesa Isabel foi a retirada do apoio à Coroa por parte dos proprietários
tradicionais.
Avaliando esse momento da história brasileira, Silva (1998, p. 46) ressalta
que:
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4 Referências
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FERREIRA, Marieta de Moraes; PINTO, Surama Conde Sá. A crise dos anos 20 e a
revolução de trinta. Rio de Janeiro: CPDOC, 2006.
NOHARA, Irene Patrícia; SILVA, Marcos Oliveira Marques da. Coronelismo, enxada
e voto: da imprescindibilidade da análise de Victor Nunes Leal para a compreensão
das raízes da manifestação do poder privado no âmbito das administrações
municipais da república velha. THESIS, São Paulo, ano IV, n.7. p. 107-111, 2º
Semestre. 2007.
SILVA, Hélio. História da república brasileira. 3 ed. São Paulo: Grupo Três, 1998.
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1 Introdução
O Serviço Social é uma profissão dinâmica que possui um curto, mas belo
processo histórico. Seus fundamentos foram estruturados no final do século XIX,
quando se consolidou o processo de industrialização, conhecido na história da
humanidade como Revolução Industrial.
Tal ‘revolução’ facilitou a consolidação do capitalismo, que ainda no final
daquele século, adquiriu um novo perfil, deixando de lado seu
aspecto concorrencial para adquirir um estágio monopolista, gerando, desta forma,
significativos impactos na estrutura societária.
Nesse cenário de grandes questões sociais, surgiram as bases estruturadoras
do Serviço Social, que, durante muito tempo, esteve a serviço da burguesia,
recebendo forte influência da doutrina social, desenvolvida pela Igreja Católica.
Entretanto, no Brasil, o serviço social somente se desenvolveu a partir do
século XX, quando o estado brasileiro deu os primeiros passos em busca da
industrialização.
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pelo mundo inteiro, refletindo, de certa forma, sob algumas ciências. Dentre esses
movimentos, pode-se citar o movimento das mulheres, que espalhou-se por vários
países da Europa.
Afirma Wagner (2004) que o movimento de mulheres desencadeado na
Europa no final do século XIX e ampliado no início do século seguinte, contribui de
forma decisiva para o processo de profissionalização do Serviço Social. Nesse
mesmo período, outros movimentos sociais também deram impulso considerável
nesse processo.
O processo de profissionalização do Serviço Social foi lento. Isto porque o
mesmo foi produzido para atender aos interesses da burguesia, que tentava
desarticular a classe operária, sacrificada pelas relações trabalho-capital. Por outro
lado, é importante também destacar que no Brasil, o Serviço Social teve sua origem
a partir do amplo movimento social, desenvolvido pela Igreja Católica objetivando
recristianizar a sociedade.
Registra Silva (2008, p. 2), que:
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3 Considerações finais
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4 Referências
PAULO NETTO, José. Capitalismo monopolista e serviço social. 3. ed. São Paulo:
Cortez, 2001.
WAGNER, Leonie. Serviço social e movimentos sociais: uma não relação? Civitas:
Revista de Ciências Sociais, v. 4, n. 1, jan-jun/2008.
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A IMPORTÂNCIA DA INTERDISCIPLINARIDADE NA
PRÁTICA PEDAGÓGICA
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4 Interdisciplinaridade e conhecimento
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5 Considerações Finais
3 Referências
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1 Introdução
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(1998); André (2001); Libâneo (2001); Vasconcellos (2002), entre outros. Mesmo
assim, é um tema que sendo tratado com pouca importância pelas escolas.
Através do PPP pode-se vislumbrar um ensino de melhor qualidade, pois o
mesmo possibilita operacionalizar o funcionamento da escola com autonomia. No
entanto, na implantação desse instrumento auxiliar algumas escolas enfrentam
sérios desafios.
Desta forma, percebe-se que a LDB deixa explícita a ideia de que a escola
não pode prescindir da reflexão sobre a intencionalidade educativa. Respeitando
as normas comuns e as do seu sistema de ensino, a escola deve elaborar seu PPP de
forma participativa.
Na opinião de Veiga (2001, p. 275):
É importante destacar que o PPP não pode e nem deve ser visto como um
instrumento burocrático, elaborado para satisfazer uma exigência legal. No
contexto escolar ele deve ser reconhecido como um instrumento capaz de dar um
novo significado à atuação da escola, bem como às ações realizadas em seu
interior.
Veiga (2001), Vasconcellos (2002) e André (2001), afirmam que o Projeto
Político Pedagógico deve ser um instrumento diagnóstico e de transformação da
realidade escolar, construído coletivamente.
O PPP existe para estruturar as propostas que norteiem as práticas
educacionais. E, como instrumento de inovação em qualquer nível de ensino, pode
ter um caráter regulatório ou emancipatório.
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É um instrumento de trabalho que mostra o que vai ser feito, quando, de que
maneira, por quem para chegar a que resultados. Além disso, explicita uma
filosofia e harmoniza as diretrizes da educação nacional com a realidade da
escola, traduzindo sua autonomia e definindo seu compromisso com a
clientela. É a valorização da identidade da escola e um chamamento à
responsabilidade dos agentes com as racionalidades interna e externa. Esta
ideia implica a necessidade de uma relação contratual, isto é, o projeto deve
ser aceito por todos os envolvidos, daí a importância de que seja elaborado
participativa e democraticamente.
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Existindo projeto pedagógico próprio, torna-se bem mais fácil planejar o ano
letivo, ou rever e aperfeiçoar a oferta curricular, aprimorar expedientes
avaliativos, demonstrando a capacidade de evolução positiva crescente. É
possível lançar desafios estratégicos, como: diminuir a repetência, introduzir
índices crescentes de melhoria qualitativa, experimentar didáticas
alternativas, atingir posição de excelência.
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Existindo projeto pedagógico próprio, torna-se bem mais fácil planejar o ano
letivo, ou rever e aperfeiçoar a oferta curricular, aprimorar expedientes
avaliativos, demonstrando a capacidade de evolução positiva crescente. É
possível lançar desafios estratégicos, como: diminuir a repetência, introduzir
índices crescentes de melhoria qualitativa, experimentar didáticas
alternativas, atingir posição de excelência.
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O PPP não é somente uma carta de intenções, nem apenas uma exigência de
ordem administrativa. Ele deve expressar a reflexão, e o trabalho realizado em
conjunto por todos os profissionais da escola, no sentido de atender às diretrizes
do sistema nacional de Educação, bem como às necessidades locais e específicas da
escola. Ele representa “a concretização da identidade da escola e do oferecimento
de garantias para um ensino de qualidade” (ANDRE, 2001, p. 188).
Na concepção de Libâneo (2001, p. 125), o projeto pedagógico “deve ser
compreendido como instrumento e processo de organização das escolas”, tendo
em conta as características do instituído e do instituinte.
Complementando esse pensamento, Vasconcellos (1995, p. 143) afirma que o
PPP:
Assim sendo, percebe-se que o PPP norteia o curso das reflexões e ações que
constituem o cotidiano escolar, possibilitando que as potencialidades da
instituição sejam equacionadas.
Na concepção de André (2001, p. 189), o PPP “é político no sentido de
compromisso com a formação do cidadão para um tipo de sociedade”.
Partindo desse princípio pode-se dizer que o referido projeto é político
porque expressa uma intervenção em determinada direção. No entanto, é também
pedagógico porque possibilita a efetivação da intencionalidade da escola, que pode
ser entendida como a formação do cidadão participativo, responsável,
compromissado, crítico e criativo. Assim, como processo pedagógico, o PPP realiza
uma reflexão sobre a ação dos homens na realidade, explicando suas
determinações.
Em sua essência, o PPP possui a missão de orientar e de conduzir o presente
e o futuro. Sua qualificação política é assumida por sua natureza pedagógica, pois
não há ação pedagógica que não seja política. Por sua própria natureza, pode-se
entender que o PPP representa uma intenção, uma ação deliberada, ou melhor,
uma estratégia.
Na opinião de Veiga (1998, p. 13):
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6 Considerações Finais
O projeto político pedagógico deve ser algo sólido e abrangente para poder
ser o fio conduto de todas as atividades de uma escola. No caso especifico do CIEP
II, seu PPP não pode ser considerado como um instrumento condutor de todas as
atividades ali desenvolvidas. O referido projeto, embora possuindo objetivos, ações
e metas, não apresenta uma metodologia clara a ser seguida, nem tão pouco possui
um calendário escolar.
Para servir como um instrumento norteador das atividades desenvolvidas
pela escola, o referido PPP deveria conter, pelo menos, uma matriz curricular,
apresentar uma proposta curricular voltada para as modalidades de ensino ali
desenvolvidas, focalizando o conteúdo específico e sua modalidade de avaliação.
Na presente pesquisa ficou demonstrando que a maioria dos professores e da
equipe de gestão, entende que é necessário a construção de um novo PPP para a
referida escola. E, que isto poderá melhorar a prática pedagógica desenvolvida na
referida escola, trazendo para a sala de aula, temas/assuntos da própria
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7 Referências
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________. Projeto político pedagógico: uma construção possível. São Paulo: Cortez,
2001.
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2 Trabalho Infantil
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3 A identidade e a diversidade
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Assim sendo, para melhor exercer o seu papel a escola necessita saber
posicionar-se de maneira crítica, utilizando o diálogo como forma de mediar
conflitos, ensinando o educando a tomar decisões coletivas e a valorizar a
pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro, de forma a entender que
qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de
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5 Considerações Finais
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6 Referências
ALVES, Rubem. Conversas com quem gosta de ensinar. 27 ed. São Paulo: Cortez,
1993. (Coleção Questões da Nossa Época, v. 11).
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[...] pelo indivíduo que nela vive, ou melhor, pela verificação das “intenções”,
“motivações”, “valores” e “expectativas” que orientam as ações do indivíduo
na sociedade. Sua proposta é a de que os indivíduos podem conviver,
relacionar-se e até mesmo constituir juntos algumas instituições (como a
família, a igreja, a justiça), exatamente porque quando agem eles o fazem
partilhando, comungando uma pauta bem parecida de valores, motivações e
expectativas quanto aos objetivos e resultados de suas ações. E mais, seriam
as ações recíprocas (repetidas e “combinadas”) dos indivíduos que
permitiriam a constituição daquelas formas duráveis (Estado, Igreja,
casamento, etc.) de organização social.
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Bourdieu teve o mérito de formular, a partir dos anos 60, uma resposta
original, abrangente e bem fundamentada, teórica e empiricamente, para o
problema das desigualdades escolares. Essa resposta tornou-se um marco na
história, não apenas da Sociologia da Educação, mas do pensamento e da
prática educacional em todo o mundo. Até meados do século XX,
predominava nas Ciências Sociais e mesmo no senso-comum uma visão
extremamente otimista, de inspiração funcionalista, que atribuía à
escolarização um papel central no duplo processo de superação do atraso
econômico, do autoritarismo e dos privilégios adscritos, associados às
sociedades tradicionais, e de construção de uma nova sociedade, justa
(meritocrática), moderna (centrada na razão e nos conhecimentos
científicos) e democrática (fundamentada na autonomia individual).
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Se, por um lado, Bourdieu se afasta, então, do subjetivismo, por outro, ele
critica, igualmente, as abordagens estruturalistas, definidas por ele como
objetivistas, que descreveriam a experiência subjetiva como diretamente
subordinada às relações objetivas (normalmente, de natureza linguística ou
socioeconômica).
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1UNDIME, União Nacional dos dirigentes Municipais de Educação, CONSED, Conselho Nacional de
Secretários de Educação, CNE, Conselho Nacional de Educação
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Algumas novas tarefas passam a se colocar a escola, não porque seja a única
instancia responsável pela educação, mas por ser a instituição que
desenvolve uma prática educativa planejada e sistêmica durante um período
continuo e extenso de tempo na vida das pessoas. E, também, porque é
reconhecida pela sociedade como a instituição da aprendizagem (BRASIL,
2000, p. 10).
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