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APOSTILA DE

Elaborada por: Flávia C. V. Bizzozero de Paula


Júlia M. Monteiro

2019

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SUMÁRIO
Apresentação da Oficina / Regras 3
Introdução à Língua Brasileira de Sinais 4
Tipos de Movimento 5
Legislação Pertinente 5
Surdo, Mudo, Mudinho, Surdo-Mudo ou Pessoa com Deficiência Auditiva? 6
Alfabeto Manual 7
Datilologia 8
Numerais 8
Saudações e Apresentação Pessoal 11
Pronomes 13
Expressão Facial e Corporal 15
Pessoas e Família 16
Calendário 19
Verbos referentes ao calendário 24
Natureza 24
Cores 28
Meios de Transporte 31
Vestuário e Acessórios 33
Alimentos 37
Bebidas 43
Verbos 44
Advérbios e Adjetivos 51
Materiais e Ambientes Escolares 56
Verbos referentes à escola 59
Comércio e Lugares 60
Verbos referentes ao Comércio 64
Animais 65
Verbos referentes aos animais 69
Profissionais da SDPD 70
Para saber mais: sugestão de sites 71
Para saber mais: sugestão de filmes 72
Para saber mais: sugestão de livros 73
Para saber mais: sugestão de aplicativos 73

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APRESENTAÇÃO DA OFICINA

A Prefeitura de Barueri, por intermédio da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência
(SDPD) oferece a Oficina de Libras, com duração de 30 horas/aula.

Dentre os objetivos da Oficina estão:

 Ensinar sinais básicos de modo que o participante consiga estabelecer um mínimo de


comunicação com o indivíduo Surdo, rompendo a barreira comunicacional;
 Promover conhecimento sobre a Libras – Língua Brasileira de Sinais e sobre a Cultura Surda.

A Oficina é composta por 15 encontros, com duração de 1h40 cada.

No final, cada participante recebe uma declaração de participação.

REGRAS

 Limite de faltas: até 3 faltas. Caso ocorra a 4ª falta o aluno será automaticamente desligado
da turma;

 Reposição de aula: apenas das 1ª e 2ª aulas mediante entrega de trabalho;

 Não haverá reposição de outras aulas;

 Atrasos: o aluno não será barrado por chegar atrasado, porém, quanto maior for o atraso
maior será a perda de conteúdo.

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INTRODUÇÃO À LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS – LIBRAS
A LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais é a língua utilizada pelos Surdos brasileiros. As línguas
de sinais são línguas naturais, assim como as línguas orais. Ou seja, surgiram de forma natural no
seio da comunidade Surda.

Diferente do que se pensa, assim como as línguas orais não são universais (cada país possui
a sua língua), as línguas de sinais também não são, variando de país para país. Por exemplo, no
Brasil temos a LIBRAS, já nos Estados Unidos, a língua de sinais utilizada pelos Surdos de lá é a ASL –
American Sign Language. Nas línguas de sinais existem também os regionalismos, ou seja, um sinal
de um mesmo objeto pode variar de um estado para outro.

Assim como as línguas orais, as línguas de sinais também são complexas, possuindo
morfologia, semântica, sintaxe e gramática própria. Portanto, não se resume a um conjunto de
gestos e mímicas. Por essa razão, LIBRAS é considerada uma língua e não uma linguagem.

As línguas de sinais se diferenciam das línguas orais, sobretudo por utilizar uma modalidade
diferente. As línguas orais utilizam o canal oral-auditivo, já as línguas de sinais utilizam o meio
gestual-visual. Isto significa que para nos comunicarmos com uma pessoa Surda precisamos olhar
os movimentos que ela faz para entender a sua mensagem.

O que nas línguas orais chamamos de “palavra”, nas línguas de sinais chamamos de “sinal”.

As Línguas de sinais são línguas vivas, estão em constante transformação, assim como
acontece em qualquer outra língua. Portanto, alguns sinais sofrem transformação com o passar do
tempo e até mesmo caem no desuso.

Para a realização de um sinal existem 5 parâmetros:

 Configuração de Mão (CM);


 Ponto de Articulação (PA)/Localização;
 Movimento;
 Direção/Orientação (O);
 Expressão Facial e Corporal.

Por exemplo, para sinalizar “SUPERMERCADO” temos:

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CM: Mãos em “S”, palmas para
baixo, lado a lado
PA: à frente na altura do
abdômen
M: afastar
O: para frente

TIPOS DE MOVIMENTO

 Retilíneo;
 Helicoidal;
 Circular;
 Semicircular;
 Sinuoso;
 Angular

LEGISLAÇÃO PERTINENTE

 Lei nº 10.436/02: Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais, reconhecendo-a


como língua oficial do país;
 Decreto 5.626/05: Regulamenta a Lei 10.436/02 bem como garante a
acessibilidade do Surdo em diversos espaços.

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SURDO, MUDO, MUDINHO, SURDO-MUDO OU PESSOA COM
DEFICIÊNCIA AUDITIVA?

Muitas pessoas acreditam que as pessoas que possuem deficiência auditiva são
mudas, pois grande parte delas não se comunica através da fala. No entanto, elas não
possuem nenhum problema em suas pregas vocais que as impeçam de falar.
A audição é fundamental para o desenvolvimento da fala, pois é através da
imitação da fala do outro que aprendemos a nos comunicar oralmente. Logo, a falta da
audição acarreta em dificuldades para o desenvolvimento da fala. É por essa razão que
a maior parte dos Surdos não fala, pois por não ouvirem não aprendem a falar.
Mesmo assim é possível que o Surdo aprenda a falar se passar por terapia
fonoaudiológica.
Portanto, os termos MUDINHO e SURDO-MUDO são usados equivocadamente.
As nomenclaturas corretas são: SURDO ou PESSOA COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA.

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ALFABETO MANUAL

Fonte: http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo7/libras/unidade1/alfabeto_manual.htm

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Os acentos gráficos também deverão ser utilizados. Configuração de mão:
Indicador estendido. Desenhar o acento no ar.

DATILOLOGIA

A datilologia, também conhecida como soletração, é utilizada para expressar


conceitos em LIBRAS quando não há um sinal. É comumente utilizada também para
expressar nomes próprios e nomes de ruas e avenidas. Além disso, pode ser utilizada
quando não existe um sinal para o objeto ou este é desconhecido.

Ex: R-A-Q-U-E-L

NUMERAIS

 QUANTITATIVOS

 CARDINAIS

 ORDINAIS

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QUANTITATIVOS

0 6
1 7
2 8
3 9
4 10
5

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Os numerais quantitativos, como o próprio nome diz, são utilizados para expressar
quantidades. Por exemplo, quantidade de objetos comprados, quantidade de dias afastado do
trabalho, quantidade de anos, etc.

CARDINAIS

Os numerais cardinais são utilizados para falarmos sobre números fixos que não expressam
quantidades. Por exemplo: número do endereço de uma casa, número de um telefone, número do
CEP, etc.

ORDINAIS

Utilizamos para expressar ordem. Por exemplo, posição em uma fila, número do andar de
um prédio, número de chegada em uma competição, etc.

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SAUDAÇÕES E APRESENTAÇÃO PESSOAL

BEM / BOM
/ BOA
FAZER O SINAL DE “BOA” E DEPOIS O SINAL ABAIXO:

BOA TARDE

FAZER O SINAL DE “BOM” E DEPOIS O SINAL ABAIXO:

BOM DIA
FAZER O SINAL DE “BOA” E DEPOIS O SINAL ABAIXO:

BOA NOITE
FAZER O SINAL DE “BOM” E DEPOIS O
SINAL ABAIXO:

TUDO BEM IDADE

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MÔNICA

SEU-NOME
MEU-NOME

SEU-SINAL MEU-SINAL

NASCER /
NASCIMENT
POR FAVOR /
O COM LICENÇA

PRAZER EM
CONHECER

OBRIGADO DESCULPA
(A)

OI
OI

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TCHAU

PRONOMES

ME@
EL@/ VOCÊ (MEU, MINHA)
(ELE, ELA,
VOCÊ)

NÓS

EU

NÓS-DOIS NÓS-TRÊS

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SE@
NÓS-QUATRO (SEU / SUA
DELE / DELA)

PRONOMES INTERROGATIVOS

QUEM?
O QUE?

PORQUE?
ONDE?

QUANDO?
(passado) QUANDO?
(futuro)

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QUAL? QUAL DOS
DOIS?
REPETIR O SINAL DE
“QUANDO FUTURO”

QUANTOS

EXPRESSÃO FACIAL E CORPORAL

Nas línguas de sinais as expressões faciais e corporais são fundamentais para o


entendimento daquilo que queremos expressar. Elas traduzem sentimentos daquele que está se
comunicando e dão mais sentido ao que está sendo dito. Alguns sinais não exigem expressão facial.
Nesses casos dizemos que a expressão facial é neutra. No entanto, há casos em que a falta de
expressão facial ou o uso indevido dela pode modificar totalmente o significado daquilo que se
quer dizer.

As expressões faciais também são importantes para o sentido do enunciado, ou seja, é


através da expressão facial que pontuamos se o enunciado se trata de uma afirmação, uma
interrogação, uma exclamação ou uma negação.

A expressão corporal é fundamental para exprimir idéias e sentimentos, tanto nas línguas
orais, quanto nas línguas de sinais. A LIBRAS apresenta não apenas expressões faciais, mas também
corporais que são de suma importância para facilitar a comunicação. Muitas vezes são utilizadas
para enfatizar aquilo que se quer transmitir.

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PESSOAS E FAMÍLIA

PESSOA
FAMÍLIA

MULHER HOMEM

AMIG@

BEBÊ

CRIANÇA JOVEM /
ADOLESCENTE

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Sinalizar “MULHER” e depois: Sinalizar “HOMEM” e depois:

MÃE PAI

Sinalizar “MULHER” e depois: Sinalizar “HOMEM” e depois:


FILHO

FILHA

Sinalizar “MULHER” e depois:

IRMÃ
MENINO

NAMORA- Sinalizar “MULHER” e depois: Sinalizar “HOMEM” e depois:


DA

NOIVO
Sinalizar “MULHER” e depois: Sinalizar “HOMEM” e depois:

ESPOSA ESPOSO

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SOLETRAÇÃO RÍTMICA “V-O-V-O”

VOV@ NET@

TI@ SOBRINH@

PRIM@

AFILHAD@

CUNHAD@

SOGR@

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NORA GENRO
CM: “N” CM: “G”

OBS: Quando utilizamos o arroba (@) no final da palavra, significa que aquele sinal serve para
ambos os sexos. No caso dos membros da família é necessário fazer antes o sinal de “HOMEM” ou
“MULHER” para marcar o gênero masculino/feminino.

CALENDÁRIO

ONTEM

CM: “L” HOJE /


AGORA

AMANHÃ DEPOIS

19
01 / 11 /17

ANTES DIA
CM: “L”

TARDE
NOITE

MANHÃ

ANO
ANO
2018 PASSADO

2017 - 2018

20
FAZER SINAL DE “ANO” O DE “DEPOIS”

2018 -
2019

ANO QUE
VEM FÉRIAS

FERIADO
(VERMELHO^FOLGA)

FOLGA

DIARIAMENTE
FUTURO

CM: “F”
HORA
10:30
10:20 a.m.
a.m.
MINUTO

MEIO DIA
PASSADO

SEMANA

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DIAS DA SEMANA

DOMINGO 2ª FEIRA

3ª FEIRA 4ª FEIRA

5ª FEIRA 6ª FEIRA

SÁBADO
ABRIR E FECHAR A MÃO ALGUMAS VEZES.

22
MESES

MÊS

OU: Sinalizar “J” e depois “FRIO”

23
VERBOS REFERENTES

ATRASAR

CHEGAR

NATUREZA

ÁRVORE
CÉU

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CHUVA ESTRELA

FLOR LUA

MAR MONTANHA
(ÁGUA^ONDA)

25
NUBLADO

NATUREZA

PEDRA
NUVEM

PRAIA RAIO

26
RIO
(ÁGUA^ TERRA
CAMINHO)

TERRA VENTO
(PLANETA)

FLORESTA
SOL

27
CORES

AMARELO

AZUL

BEGE
BRANCO

CINZA LILÁS

CM em “C”

28
LARANJA PRATA /
PRATEADO

MARROM
PRETO

ROXO
ROSA

29
VERMELHO VERDE

VINHO CORES

ESCURO
DOURADO/
OURO

CLARO

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MEIOS DE TRANSPORTE

AVIÃO BARCO

CARRO TREM

MOTO
CAMINHÃO

HELICÓPTE- METRÔ
RO CM: “5”

31
ÔNIBUS

BICICLETA

VIAJAR

PASSEAR

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VESTUÁRIO E ACESSÓRIOS

ROUPA SUTIÃ

CALÇA
SAIA

CASACO
VESTIDO

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SAPATO
SAPATO DE
SALTO

CHINELO
CHAPÉU

CALCINHA CUECA

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TÊNIS BONÉ

ANEL BOLSA

GRAVATA
MEIA

35
RELÓGIO
ÓCULOS

VERBOS REFERENTES:

COMPRAR
VENDER

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