Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Como os outros animais, estamos num mundo que é anterior ao nosso aparecimento. Mas,
ao contrário deles, este mundo que nos precede não é simplesmente dado, colocado à
nossa disposição para um relacionamento imediato.
Os animais vivem em harmonia com a sua própria natureza. Isso significa que todo o animal age
de acordo com as caraterísticas da sua espécie quando, por exemplo, acasala, protege a cria, caça
ou se defende. E algumas espécies organizam-se mesmo em “sociedades”, com
uma distribuição de «tarefas particulares», visando satisfazer a sobrevivência comum. Os seus
instintos regem-se por leis biológicas, pelo que podemos prever as reações típicas de cada
espécie. Os animais veem ao mundo com impulsos altamente especializados e firmemente
dirigidos, e por isso vivem praticamente determinados pelos seus instintos e, cada espécie, vive
no seu ambiente particular.
A etologia é a ciência que se ocupa do estudo comparado do comportamento dos animais, indicando
a regularidade desse comportamento. É evidente que existem grandes diferenças entre
os animais conforme o seu lugar na escala zoológica: enquanto um inseto como a abelha
constrói a colmeia e prepara o mel seguindo os padrões rígidos das ações instintivas, animais
superiores, como alguns mamíferos, agem por instinto, mas também desenvolvem outros
comportamentos mais flexíveis e portanto menos previsíveis.
O ser humano é imperfeitamente programado pela sua constituição biológica. A sua estrutura
de instintos no nascimento é insuficientemente especializada e não é dirigida a um ambiente que
lhe seja específico. Sugar e chorar são das poucas coisas que sabemos quando nascemos. O mundo
humano é um mundo aberto, isto é, um mundo que deve ser construído pela própria atividade
humana. O ser humano precisa de "organizar" o mundo para superar o "caos", necessita de
construir um mundo para si, um mundo que tenha um sentido humano, e, nesse processo,
construir-se a si mesmo.
Karl Marx consegue colocar essa ideia de uma forma extraordinariamente clara, quando faz
a distinção entre o trabalho humano e a atividade instintiva do animal:
«Uma aranha executa operações semelhantes às do tecelão, e a abelha supera um arquiteto ao construir a sua colmeia. Mas
o que distingue o pior arquiteto da melhor abelha é que ele figura na mente a sua construção antes de a transformar em
realidade. No fim do processo de trabalho aparece um resultado que já existia antes, idealmente, na imaginação do
trabalhador. Ele não transforma apenas o material sobre o qual opera; ele imprime ao material o projeto que
tinha conscientemente em mira, o qual constitui a lei determinante do seu modo de operar e ao qual tem de subordinar
a sua vontade. E essa subordinação não é um ato fortuito. Além do esforço dos órgãos que trabalham, é mister a
vontade adequada que se manifesta através da atenção durante todo o curso do trabalho.»
Assim, pelo trabalho, pela aplicação da energia humana (física e mental) numa determinada
atividade útil, o homem torna-se capaz de modificar a própria natureza, colocando-a ao seu serviço. Desde o
início da evolução humana que homens e mulheres trabalham, visando satisfazer
necessidades comuns. E quanto mais desenvolvidas se revelam as sociedades, mais urgente é a procura
pela satisfação dessas necessidades.
De um modo geral, o ser humano aspira a viver confortavelmente, com qualidade. Mas porque é ser
social, procura dar resposta não só às necessidades individuais, mas também às necessidades que a todos
dizem respeito (coletivas). Então, é fácil concluir que, se não houvesse necessidades humanas individuais e
coletivas a satisfazer, não haveria justificação para o trabalho.
Na era primitiva, o homem iniciou uma aventura que jamais parou em busca da satisfação das mais variadas
necessidades humanas, tentando dar resposta aos diferentes tipos de necessidades que se foram
desenvolvendo a par do próprio desenvolvimento social e cultural das comunidades. Isto porque, à
medida que o mundo vai evoluindo, vai desenvolvendo no ser humano um conjunto de desejos e
de vontades que se tornaram para o ser humano como o fundamento da procura de mais e melhores
soluções, provocando, dessa forma, maior e melhor desenvolvimento.
A maioria dos psicólogos está de acordo na afirmação de que «existe um conjunto de motivações comuns
a todos os homens, em todas as culturas». Há necessidades biológicas que visam o bem-estar físico:
comer, beber, dormir, manter a temperatura do corpo e fugir à dor. Mas, há também outras forças que
dirigem e orientam o comportamento humano. São as necessidades psicológicas. Adaptando
e desenvolvendo um esquema do psicólogo Abraham Maslow, salientam-se quatro grupos de
motivações (psicológicas) fundamentais que todas as pessoas procuram satisfazer: proteção
e segurança, convivência e afeto, estima e apreço, realização pessoal.
De acordo com Maslow, essas motivações dispõem-se em forma de pirâmide e cada pessoa
procura, regra geral, satisfazer prioritariamente as motivações mais básicas, passando, depois, às
do topo da pirâmide.
É universal o desejo de viver em paz e segurança, esconjurar os medos, a doença e a morte. Este desejo
leva a criança indefesa a procurar refúgio junto da mãe e tem levado o homem, desde sempre, a
tomar medidas de precaução contra as ameaças (físicas ou psicológicas). Nasceram, assim, abrigos,
muralhas, instrumentos de guerra, sistemas de segurança social, companhias seguradoras…
Um dos mais profundos princípios da natureza humana é a sede de estima e apreço. Mesmo as pessoas
inteligentes não resistem a um elogio ou a um gesto de admiração por parte dos outros. Todos
nós gostamos da aprovação alheia. Vemos reforçada a autoestima sempre que os outros nos dão um sinal do
seu apreço ou da sua atenção. Basta que nos cumprimentem calorosamente ou que nos tratem pelo
nome para nos sentirmos como alguém importante e não como um anónimo qualquer. O
desejo de ser apreciado explica a facilidade com que as pessoas se deixam atrair e influenciar por quem
lhes oferece um elogio sincero.
• Podem-se resumir aos seguintes momentos, a evolução do trabalho ao longo dos tempos:
- Nas sociedades primitivas o homem sentiu necessidade de lançar mão do trabalho que,
na sua função mais primordial, era a defesa da unidade do clã, numa luta
constante contra os perigos oferecidos pela natureza e pelos animais selvagens. Foi pelo
trabalho que, ainda na era Neolítica, o homem descobriu que agia melhor em
comunidade do que sozinho ou no seu pequeno grupo familiar. O trabalho aparece
assim como resposta às necessidades humanas. Para sobreviver, os primeiros
homens tiveram que caçar, construir abrigos, fazer roupas, domesticar animais…
Constatou que era um ser social, e adotou um estilo de vida comunitário, com fortes reflexos
sobre a vida moral da época.
- Na linguagem bíblica, a ideia de trabalho está ligada à de punição: "Ganharás o teu pão com
o suor de teu rosto". No (livro do) Génesis, Adão era expulso do Paraíso e condenado
a trabalhar. Assim, é através de um esforço doloroso que o homem sobrevive na natureza.
- O renascimento do comércio e das cidades afetou e foi afetado pelas transformações do trabalho
e das relações de produção. Daí até aos séculos XVI e XVII a economia passou, sucessivamente,
do âmbito local ao regional, deste ao nacional (com a formação dos chamados estados
nacionais modernos) e ao internacional: do quase nenhum mercado e escassa circulação monetária
da Idade Média, chega-se à economia do dinheiro e dos múltiplos mercados dos séculos XVII-XVIII,
com base no crescimento agrícola, na exploração colonial da América/África/Ásia e na diversificação do
artesanato que, cada vez mais, se vai diferenciando em indústrias diversas. A crise da ordem feudal,
fundada na subsistência e na servidão, e o desenvolvimento do comércio e das atividades de
manufaturação deu origem a uma nova estrutura social: a sociedade capitalista.
- Entrados no século XX, assistimos ao rápido florescimento das novas tecnologias e ao desenvolvimento
da chamada sociedade da informação. Com as exigências e os desafios dos
tempos modernos houve necessidade de recentrar a noção de trabalho para a noção de profissão.
Já não falamos apenas da força produtiva do trabalhador mas da especialização e desenvolvimento técnico
de trabalhador. A exigência de um trabalho tecnicamente perfeito e profissional passou a ser um
dos requisitos para o desenvolvimento de uma atividade laboral.
Sendo o trabalho a mais importante atividade fundadora de sentido da vida humana, é natural que e s t e
esteja diretamente relacionado com a dignidade humana. No entanto, só no século passado é que esta
relação, ganhou expressão positiva (de direito).
A OIT (Organização Internacional do Trabalho), que surgiu após a 1ª guerra mundial, teve um
papel preponderante na concretização do direito humano ao trabalho. Mas, é com o artigo 23º,
consagrado ao direito ao trabalho, da Declaração Universal dos Direitos do Homem, proclamada a 10
de dezembro de 1948, que este direito ganha internacionalmente expressão positiva, sobretudo como
direito fundamental social. Note-se que, os Estados que subscreveram a Declaração, ficaram
obrigados a concretizar no seu próprio sistema jurídico, determinadas exigências ou direitos de acordo com
as possibilidades e necessidades locais.
Alguns Estados do Ocidente aprovaram também, em 1950, uma convenção de proteção dos direitos do
homem e, em 1961, foi votada a Carta Social Europeia que devia garantir a prática dos direitos sociais. E
muitos outros pactos e documentos surgiram para proteger este direito fundamental ao trabalho.
Uma ideia muito clara nos nossos dias é a de que existe um direito humano ao trabalho e que este está
diretamente relacionado com a dignidade humana. Mas, este conceito de dignidade humana, envolve
uma complexidade de aspetos. Se por um lado, é intolerável o trabalho como escravidão, na medida em
que uma situação dessas atenta contra a dignidade intrínseca (inerente à natureza humana), por
outro, é inaceitável a discriminação salarial por género, uma vez que atenta à dignidade extrínseca
(construída na relação interpessoal). Assim, cabe à sociedade criar as condições
necessárias para que o homem possa crescer em valores e em formação no sentido de poder exercer uma
profissão que seja conveniente à pessoa humana, possibilitando-lhe crescer plenamente, quer enquanto
ser individual, quer enquanto ser social. Daí que o direito humano ao trabalho signifique, sem discriminação
alguma:
Pelo exposto anteriormente, a concretização de um direito humano ao trabalho é, nos nossos dias,
alcançável por dois caminhos: o primeiro é o do trabalho/profissão, e o segundo, reside na fundação
de instituições que levem à criação de empregos. Ora, nesta rede complexa de inter-relações e,
dada a importância e o sentido do trabalho para o ser humano, é fundamental não perder de
vista a realização dos valores humanos.
Tal como no passado, também hoje, na sociedade de informação e comunicação, o mundo do trabalho exige
aos profissionais a salvaguarda dos valores humanos. Os valores são essenciais para criar um ambiente ético
e estes devem prevalecer nas atitudes dos profissionais e das respetivas organizações.
Tal como reconhecido no módulo 1, todos nós aspiramos à realização de valores na nossa própria vida quando
nos parece importante distinguir entre uma ação justa e outra que é injusta, quando apreciamos
e reconhecemos o valor da honestidade, bem como quando criticamos ou recusamos o
comportamento desonesto.
analisava a questão da honestidade. Outras pessoas excedem-se no sentido de obter qualquer coisa e
de qualquer fonte, fazendo negócios sórdidos… Todas as pessoas deste tipo obtêm mais do que
merecem e de fontes erradas. O que há de comum entre elas é obviamente uma ganância sórdida. São
inúmeros os exemplos de falta de honestidade no exercício de uma profissão. Um psicanalista, abusando da
sua profissão ao induzir um paciente a cometer adultério, está a ser desonesto. Um contabilista que,
para conseguir aumentos de honorários, retém os livros de um comerciante, está a ser desonesto. A
honestidade é um valor ético-moral, e, como tal, fundamental no campo profissional. É um princípio que
não admite relatividade, tolerância ou interpretações circunstanciais.
O respeito pela dignidade da Pessoa Humana é um valor primário e universal. Demonstrar respeito
pela dignidade humana, pela intimidade, pelo direito à livre determinação, pelas leis e pela
consciência social, é fundamental no exercício profissional. E a primeira forma de verificar o seu
cumprimento é o sigilo profissional. O respeito pelos segredos das pessoas, dos negócios, das
empresas, deve ser desenvolvido na formação de futuros profissionais, pois trata-se de algo
muito importante. Uma informação sigilosa é algo que nos é confiado e cuja preservação de
silêncio é obrigatória. Revelar detalhes ou mesmo frívolas ocorrências dos locais de trabalho, em
geral, nada interessa a terceiros e ainda existe a agravante de que planos e projetos de uma empresa
ainda não colocados em prática possam ser copiados e colocados no mercado pela concorrência antes
que a empresa, que os concebeu, tenha tido oportunidade de os lançar. Documentos, registos
contabilísticos, planos de marketing, pesquisas científicas, hábitos pessoais, entre outros, devem ser
mantidos em sigilo e a sua revelação pode representar sérios problemas para a empresa ou para os clientes.
Também, a propósito dos valores intelectuais, foi possível perceber que o ser humano busca a verdade
para compreender a realidade que o rodeia. A veracidade ou qualidade moral do que é verdadeiro, deve
refletir a realidade sem alterações. Este é um valor profissional a defender. É importante ter boas
fontes quando estamos a transmitir dados e a dar a nossa opinião sobre factos, pessoas ou
situações. A veracidade tem benefícios do ponto de vista económico porque as pessoas preferem
fazer negócios com quem é verdadeiro e não com quem só diz meias verdades.
Mas só a incorporação dos valores pelo indivíduo particular não são suficientes para a retidão da ação ética.
O autoconhecimento de si mesmo, das suas qualidades e defeitos, em busca da correção e
do autoaperfeiçoamento, é condição essencial para o desenvolvimento das virtudes pessoais e que
são fundamentais no exercício de toda e qualquer profissão. Ou seja, atuar na direção correta em
todos os aspetos da vida, conhecendo e utilizando ao máximo as capacidades e as qualidades
pessoais e desenvolvendo-as, tanto a nível pessoal como a nível profissional, numa linha de coerência de
vida e de aspirações, contribui para uma vivência virtuosa.
As qualidades pessoais vão sendo desenvolvidas ao longo da vida nas relações interpessoais. E se
umas parecem estar “enraizadas desde o nascimento” na personalidade de cada um, outras há que
podem ser adquiridas com esforço e boa vontade. No entanto, só o autoconhecimento de si mesmo
permite ao ser humano, preservar umas e desenvolver mais outras, de forma a construir-
se solidamente em qualidades. O certo é que a nível profissional, no primeiro caso as
qualidades pessoais irão naturalmente facilitar o exercício da profissão, e, no segundo
caso, o autodesenvolvimento de outras aumentará o mérito do profissional que, no decorrer da sua
atividade consegue incorporá-las na sua personalidade, procurando vivenciá-las enquanto profissional.
Num artigo publicado na revista EXAME, o consultor dinamarquês Clauss MOLLER (1996, p.103-104) faz
uma associação entre as qualidades responsabilidade, lealdade e iniciativa como fundamentais
para o exercício profissional, afirmando mesmo que «o futuro de uma carreira depende dessas
qualidades, que solidamente praticadas se revelam como virtudes».
A consciência de que se possui uma influência real constitui uma experiência pessoal
muito importante. É algo que fortalece a autoestima de cada pessoa. Só pessoas que tenham autoestima
e um sentimento de poder próprio são capazes de assumir responsabilidade. Elas sentem um sentido na
vida, alcançando metas sobre as quais concordam previamente e pelas quais assumiram responsabilidade
real, de maneira consciente. Um profissional responsável é aquele que assume as consequências das
suas ações e responde pelos resultados e esforços. Um profissional que se sinta responsável pelos
resultados da equipa terá maior probabilidade de agir de maneira mais favorável aos interesses da
equipa e dos seus clientes, dentro e fora da organização. Gera-se confiança nestes profissionais pois
as suas ações são previsivelmente
éticas. O sentido de responsabilidade é para
Clauss Moller, prestigiado consultor dinamarquês, o
elemento fundamental da empregabilidade.
Sem responsabilidade a pessoa não pode
demonstrar lealdade, nem espírito de iniciativa.
seu comportamento vai promover os legítimos interesses da organização. Assim, ser leal,
às vezes, pode significar a recusa em fazer algo que a pessoa acha que poderá prejudicar
a organização, ou a equipa de funcionários. No Reino Unido, por exemplo, essa ideia é expressa
pelo termo "Oposição Leal a Sua Majestade". Por outras palavras, é perfeitamente possível ser
leal a Sua Majestade e, mesmo assim, fazer parte da oposição. Do mesmo modo, é possível ser
leal a uma organização ou a uma equipa mesmo que se discorde dos métodos usados
para se alcançarem determinados objetivos. Na verdade, seria desleal deixar de expressar o
sentimento de que algo está errado, se é isso que a pessoa sente. A lealdade obriga
a procurar alternativas a tudo o que não seja ético nas nossas relações profissionais.
Ser leal é ser transparente e honesto com os colegas, com os superiores e com os clientes.
Além das qualidades humanas referenciadas por Clauss Moller, e que se revelam
como virtudes também profissionais, há que destacar alguns exemplos de qualidades
individuais que em contexto profissional se revelam importantes:
- Prudência: Todo trabalho, para ser executado, exige muita segurança. A prudência,
fazendo com que o profissional analise situações complexas e difíceis com mais facilidade e de
forma mais profunda e minuciosa, contribui para uma maior segurança, principalmente nas
decisões a serem tomadas. A prudência é indispensável nos casos de decisões sérias e
graves, pois evita os julgamentos apressados e as lutas ou discussões inúteis.
- Coragem: Todo o profissional precisa de ter coragem, pois "o homem que evita e teme tudo, não enfrenta
coisa alguma, torna-se um cobarde" (ARISTÓTELES). A coragem ajuda-nos a reagir às críticas,
quando injustas, e a defender-nos dignamente quando estamos cientes do nosso dever. Ajuda-nos a
não termos medo de defender a verdade e a justiça, principalmente quando estas forem do real interesse
para outrem ou para o bem comum. Temos que ter coragem para tomar decisões,
indispensáveis e importantes, para a eficácia do trabalho, sem levar em conta possíveis atitudes ou atos de
desagrado dos chefes ou colegas.
- Otimismo: Face às perspetivas das sociedades modernas, o profissional precisa e deve ser otimista, para
acreditar na capacidade de realização da pessoa humana, no poder do desenvolvimento, enfrentando o
futuro com energia e bom-humor.
Resta mencionar a caraterística que todo o profissional deve refletir ao longo da sua vida:
a competência profissional. Competência, sob o ponto de vista funcional, é o exercício
do conhecimento adequado e persistente para um trabalho ou profissão. Devemos buscá-la sempre. «A
função de um citarista é tocar cítara, e a de um bom citarista é tocá-la bem.» (ARISTÓTELES). É de
extrema importância a busca da competência profissional em qualquer área de atuação. Apesar de nem
sempre ser possível acumular todo o conhecimento exigido por uma determinada tarefa, é necessário
que se tenha a postura ética de recusar serviços quando não se tem a devida capacitação para o executar.
Pacientes que morrem ou ficam incapacitados por incompetência médica, causas que são perdidas pela
incompetência de advogados, prédios que desabam por erros de cálculo em engenharia, são apenas
alguns exemplos de quanto se deve investir na busca da competência.
No contexto atual, e para o contexto futuro previsível do mercado das qualificações, resumir
a competência profissional a apenas estes dois saberes (saber fazer e saber estar) é
demasiado simplista.