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RESENHA DO ARTIGO:
“SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS PARA O ORAL E A ESCRITA:
APRESENTAÇÃO DE UM PROCEDIMENTO”
BAURU
2023
1. DESENVOLVIMENTO
A presente resenha visa discorrer sobre o artigo intitulado “Sequências didáticas para
o oral e a escrita: apresentação de um procedimento”. É um capitulo retirado da Coleção
de Livros Didáticos dos autores Joaquim Dolz, Michele Noverraz e Bernard Schnewly,
o capitulo em questão, inicia-se com um questionamento, questiona ao leitor qual a
forma correta de ensinar a expressão oral e escrita, o texto afirma que por mais que
atualmente nós tenhamos inúmeras respostas, nenhuma é plenamente eficaz e
satisfatória, já que não abrangem as exigências perante a esse ensino.
Nessa seção, os autores apresentam uma serie de procedimentos e instrumentos para
o ensino, eles refletem sobre os mecanismos e abordagens adequadas de planejamento,
elaboração e aplicação sobre a didática satisfatória sobre a expressão oral ou escrita. De
acordo com os autores o principal desafio encontrado é que os alunos se apropriem
amplamente das técnicas, das características e da forma do gênero estudado. Partindo
desse princípio, os escritores defendem um “esquema da sequência didática”, em que
inicia-se com “apresentação da situação”, nessa etapa ocorre uma descrição detalhada
da tarefa, podendo ser oral ou escrita, que os alunos deverão realizar. Em seguida, os
estudantes produzirão um texto inicial, sendo a etapa da “primeira produção”. Com isso,
o professor poderá avaliar o conhecimento prévio do aluno, tendo a possibilidade de
moldar as atividades e conteúdos que abordará a seguir, tendo contato com as
dificuldades reais de cada estudante. A terceira etapa é dividida em módulos, que são
constituídos por exercícios e atividades, aprofundando no gênero e nos problemas
encontrados . A última etapa é chamada de “produção final”, é o momento em que o
aluno pode colocar em prática os conhecimentos que foram adquiridos, além disso,
serve para uma avaliação, analisando todos os aspectos e a eficácia da sequência
didática.
A sequência didática, proporciona que o professor acompanhe o processo de
aprendizagem do aluno, permite que acompanhe progressos realizados, esse método
permite que tanto a escrita quanto a oralidade sejam trabalhadas, de forma simultânea.
Ao decorrer do artigo, os autores abordam a modularidade, a qual é um principio
geral no uso das sequências didáticas. Essa abordagem se distancia da “naturalista”, que
defende que é suficiente “fazer” para desenvolver uma habilidade ou uma nova
capacidade. O processo de SD está presente em uma perspectiva construtivista, social e
interacionista, a qual trata-se da adaptação as necessidades particulares de cada um.
Os autores defendem esse método, acreditam que os professores não devem se
submeter a um sistema de ensino rígido e pré-estruturado, eles devem usar a sequência
didática, a qual proporciona o contato direto com o gênero textual, dando maior ênfase
no processo de aprendizagem, é um processo positivo para todos os envolvidos, desde
professores até aos estudantes, todos se beneficiam.
Sendo assim, o professor precisa realizar uma profunda análise da produção inicial,
somente a partir disso que poderá adaptar da melhor forma, sendo para um grupo maior
ou para casos individuais. Segundo Dolz, Noverraz e Schneuwly a adequação exige do
professor:
A escrita pode ser corrigida, durante a escrita e também ao final, antes de publicá-la ou
compartilhá-la, afirmam que o estudante deve entender que o fato de aprender a
escrever está ligado ao reescrever, já que o texto passa por inúmeras versões e correções
antes do texto definitivo. Já a fala é corrigida antecipadamente, o estudante deve se
preparar (treinando), ele deve dominar o que irá apresentar oralmente, visto que não
será possível uma correção, o que é dito é definitivo.
É importante ressaltar que o artigo afirma que a aprendizagem não é algo único, é um
conjunto de aprendizagens de gêneros variados. Cada um desses gêneros necessitam de
um ensino específico, adaptado de acordo com a necessidade de ensino. Defendem que
os gêneros podem ser agrupados por função e aspectos linguisticos, de acordo com
Dolz, Noverraz e Schneuwly, estes agrupamentos podem ser divididos em três critérios: