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D09 – Reconhecer
gêneros discursivos.
Caro(a) professor(a),
Equipe COADE
Secretaria da Educação do Estado do Ceará
Comentários referentes ao conteúdo abordado nesta unidade
Sendo assim, a SD pode permitir a formação contínua dos alunos, bem como a
construção da representação de atividades escritas e orais que poderão servir como
modelo para produções posteriores.
Dessa forma, a SD apresenta quatro etapas básicas que podem ser adequadas às
vivências em sala de aula, são elas: apresentação da situação; produção inicial; módulos e
produção final. A primeira etapa consiste em mostrar aos alunos informações suficientes
para a compreensão da situação de produção do gênero. Para isso, é necessário explicitar
qual gênero será abordado, a quem se dirige, quem participará e qual forma assumirá a
produção (DOLZ, NOVERRAZ e SCHNEUWLY, 2004). A produção inicial é a base para a
construção das etapas seguintes. Nela, os alunos fazem uma primeira versão do gênero
proposto, a qual não deve ser atribuída notas, mas feita uma coleta de informações sobre
os conhecimentos prévios dos estudantes e as dificuldades que eles apresentam em
relação ao gênero em estudo. Ou seja, deve-se realizar um diagnóstico inicial do estudante,
observando as dificuldades apresentadas na composição do gênero textual.
Os módulos, etapa seguinte da SD, compreendem as atividades de planejamento
das aulas com base nos aspectos detectados na avaliação da produção inicial. É
fundamental que cada necessidade formativa dos estudantes, identificada na produção
inicial, seja abordada em módulos específicos com uso de atividades diversificadas e que,
ao final de cada um, possa haver um momento de reescrita do texto inicial dos estudantes.
Vale salientar que fica a critério do professor o quantitativo de módulos da SD. A última
etapa consiste na produção final de um texto a partir dos conhecimentos adquiridos ao
longo da Sequência Didática. É nesse momento que o professor pode verificar a eficácia e
a validade das intervenções dos módulos. Além disso, essa etapa pode auxiliar o aluno a
“(...) regular e controlar seu próprio comportamento de produtor de textos, durante a revisão
e reescrita” (DOLZ, NOVERRAZ E SCHNEUWLY, 2004, p.107). Cabe ressaltar que, apesar
do uso da nomenclatura produção final, a SD enfatiza o processo de aprendizagem ao
longo de suas etapas. Nessa perspectiva, o produto é compreendido apenas como mais
um momento da aprendizagem.
O trabalho com as sequências didáticas possibilitam, assim, que o ensino da língua
portuguesa não se limite ao conhecimento da gramática descontextualizada, sendo
essencial o propósito comunicativo ser o mais próximo possível da realidade dos
estudantes. Com base no que foi explorado neste material, fica clara a necessidade de
levar para dentro da escola as situações de uso dos gêneros, distanciando, assim, das
redações escolares para a produção autêntica de gêneros discursivos.
O esquema a seguir mostra de maneira resumida as etapas supracitadas da SD.
Dessa forma, na etapa final da SD, podem ser propostas para a classe situações nas
quais as produções realizadas tenham um público para que ela realmente seja lida, exposta
ou apresentada. O público pode ser composto por seus próprios colegas, professores,
comunidade escolar, familiares e até por sujeitos distantes de suas realidades, como no
caso de um ofício, carta aberta, entre tantos outros textos que circulam frequentemente na
sociedade. Além disso, é importante que o professor esteja atento nas escolhas de
gêneros, pois assim eles se tornam atrativos para os estudantes, de modo que os instigue
a produzir com mais facilidade.
Mesmo com todo esse cuidado de como o ensino da língua pautado no texto deva
ser trabalhado, sendo uma abordagem presente tanto nos documentos orientadores da
educação brasileira quanto em muitos livros didáticos, não podemos esquecer que
Texto I
Canção do exílio Minha terra tem primores,
(Gonçalves Dias) Que tais não encontro eu cá;
Minha terra tem palmeiras Em cismar – sozinho, à noite –
Onde canta o Sabiá, Mais prazer encontro eu lá;
As aves, que aqui gorjeiam, Minha terra tem palmeiras,
Não gorjeiam como lá. Onde canta o Sabiá.
Nosso céu tem mais estrelas, Não permita Deus que eu morra,
Nossas várzeas têm mais flores, Sem que eu volte para lá;
Nossos bosques têm mais vida, Sem que desfrute os primores
Nossa vida mais amores. Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Em cismar, sozinho, à noite,
Onde canta o Sabiá.
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras, Cinco estrelas. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. Coleção
Onde canta o Sabiá. Literatura em Minha Casa.
Bode Gaiato
Ministério da Saúde
Texto IV
Doutor, como eu faço para emagrecer? Basta a senhora mover a cabeça da
esquerda para a direita e da direita para a esquerda. Quantas vezes, doutor? Todas as
vezes que lhe oferecerem comida.
Autoria desconhecida
b) Escolha pelo menos dois textos e apresente quais suas principais características,
avaliando pontos como: onde podemos encontrá-los, qual a sua função na sociedade e em
quais situações eles são usados.
R: A exemplo do texto II, podemos esperar que eles entendam que o meme
geralmente encontra-se na internet, especificamente nas redes sociais, que eles têm
como função principal fazer uma crítica ou provocar humor com aspectos
corriqueiros da sociedade e que, por fim, os memes podem ser usados em
publicações dessas mesmas redes para representar uma concepção acerca de algum
assunto.
c) Com base no que foi analisado nesta questão, tente definir o que é gênero textual.
R: Espera-se que os estudantes direcionem suas respostas para uma definição de
que gêneros textuais são tipos diferentes de textos que têm aspectos em comum
como a função e onde são encontrados.
AUTOPSICOGRAFIA
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
4)
Esse texto é
A) uma biografia.
B) uma resenha.
C) um conto.
D) um editorial.
E) um resumo.
Diagnóstica 2018.
Carta
O significado da palavra chat vem do inglês e quer dizer “conversa”. Essa conversa
acontece em tempo real, e, para isso, é necessário que duas ou mais pessoas estejam
conectadas ao mesmo tempo, o que chamamos de comunicação síncrona. São muitos os
sites que oferecem a opção de bate-papo na internet, basta escolher a sala que deseja
“entrar”, salas são divididas por assuntos, como educação, cinema, esporte, música, sexo,
entre outros. Para entrar, é necessário escolher um nick, uma espécie de apelido que
identificará o participante durante a conversa. Algumas salas restringem a idade, mas não
existe nenhum controle para verificar se a idade informada é realmente a idade de quem
está acessando, facilitando que crianças e adolescentes acessem salas com conteúdos
inadequados para sua faixa etária.
AMARAL, S. F. Internet: novos valores e novos comportamentos. In: SILVA, E.T. (Coord.). A leitura nos
oceanos da internet. São Paulo: Cortez, 2003. (adaptado).
A) possibilita que ocorra diálogo sem a exposição da identidade real dos indivíduos,
que podem recorrer a apelidos fictícios sem comprometer o fluxo da comunicação
em tempo real.
B) disponibiliza salas de bate-papo sobre diferentes assuntos com pessoas pré-
selecionadas por meio de um sistema de busca monitorado e atualizado por autoridades no
assunto.
C) seleciona previamente conteúdos adequados à faixa etária dos usuários que serão
distribuídos nas faixas de idade organizadas pelo site que disponibiliza a ferramenta.
D) Garante a gravação das conversas, o que possibilita que um diálogo permaneça aberto,
independente da disposição de cada participante.
E) Limita a quantidade de participantes conectados nas salas de bate-papo, a fim de
garantir qualidade e eficiência dos diálogos, evitando mal-entendidos.
ENEM 2010.
Comentário das questões 6 e 7
Professor, a questão 6 tem por objetivo abordar o que Bakhtin pontuou como
aspectos relativamente estáveis do gênero. Isso fica claro quando percebemos
características marcantes de dois gêneros em um texto só. Por esse motivo, esta questão
está presente aqui, pois o estudante não tem apenas que identificar o gênero, mas deve
haver uma análise envolvendo uma situação nova que corresponde a percepção que um
texto pode conter traços de vários outros, fazendo assim com que eles se complementem
no propósito comunicativo. Diante do exposto, você poderá, através dessa questão,
levantar um debate sobre essa característica dos gêneros. Assim,
PROPOSTA 2:
Nesta prova, seu desafio é refletir sobre uma das questões que mais têm
preocupado estudiosos do clima, cientistas sociais e governantes neste início de século: os
efeitos da crescente urbanização.
Imagine como será o futuro de sua cidade. Escreva uma história de ficção que seja
ambientada nesse lugar e cuja trama se desenvolva entre personagens do século XXII.
Textos motivadores:
(UECE, 2014.1)
Comentário pedagógico da questão 9
10) Agora chegou o momento de revisar! Aproprie-se das observações feitas pelo professor
em seu texto e reescreva-o a fim de trazer melhorias para seu produto final.
Indicativa
Nesse tipo de correção, o professor indica, através de marcações no texto, onde
estariam os trechos que apresentam problemas de qualquer natureza.
Resolutiva
Na correção resolutiva, o professor reescreve palavras, frases e períodos completos
dos textos, refletindo a opinião do professor diante da produção do estudante.
Classificatória
Por meio de indicações feitas no texto, o aluno visualiza quais as melhorias a serem
efetuadas. É importante, para esse tipo de correção, que haja uma categorização de
elementos que o professor se baseará para a análise do texto. É preciso ainda que esses
elementos sejam previamente esclarecidos com a turma para evitar qualquer tipo de
ambiguidade que possa surgir na leitura das correções feita pelo estudante. Assim, um
método indicado é a criação de uma planilha de correção na qual seja convencionado,
juntamente com a sala, os símbolos e expressões que, por ventura, aparecerão nos textos.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Nukácia; ZAVAM, Áurea. Gêneros escritos e ensino. In: PONTES, Antônio;
COSTA, Maria Aurora (Org.). Ensino de Língua Materna na Perspectiva do Discurso.
Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2008. p. 7 – 32.
SERAFINI, Maria Teresa. Como escrever textos. 8 edição. São Paulo: Editora Globo,
1999.