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ANSI/AWS B1.

10-1999
Uma Norma Nacional Americana

Guia para o Ensaio


Não Destrutivo de
Soldaduras

ANSI/AWS B1.10-1999
Uma Norma Nacional Americana

Utilização Solmente para Formação


Guia para o Ensaio
Não Destrutivo de
Soldaduras

Utilização Solmente para Formação ii


Descritores – Guia, ensaio de correntes ANSI/AWS B1.10-1999
induzidas, ensaio de partículas magnéticas,
ensaio não destrutivo, ensaio de líquidos Uma Norma Nacional Americana
penetrantes, ensaio radiográfico, ensaio de
ultra-sons, exame visual, ensaio de
estanquidade (ou estanquecidade),
descontinuidades de soldadura
Aprovada por
American National Standards Institute
Outubro 26, 1999

Guia para o Ensaio Não


Destrutivo de Soldaduras

Substitui ANSI/AWS B1.10-86

Preparado por
Comité AWS de Métodos de Inspecção

Sobre a Direcção de
Comité de Actividades Técnicas AWS

Aprovado por
Conselho de Direcção AWS

Resumo
Este guia familiariza o utilizador com os métodos de ensaio não destrutivo usualmente utilizados para ensaiar soldaduras.
A norma também indica qual o método que melhor detecta vários tipos de descontinuidades. Os métodos de ensaio
incluídos são líquidos penetrantes, partículas magnéticas, radiográfico, electromagnético (correntes induzidas), de
estanquidade, e exame visual.

Utilização Solmente para Formação iii


Declaração sobre a Utilização de Normas AWS
Todas as normas (códigos, especificações, práticas recomendadas, métodos, classificações e guias) da American
Welding Society (Sociedade Americana de Soldadura) são normas de consenso voluntário desenvolvidas de acordo com
o American National Standards Institute (Instituto Americano de Normalização Nacional). Quando as normas AWS são
quer incorporadas em, ou fazem parte de, documentos que estão incluídos em leis ou regulamentos federais os estatais,
ou de regulamentos de outras entidades governamentais, as suas provisões tomam por inteiro toda a autoridade legal do
seu estatuto. Nesses casos, quaisquer alterações nessas normas AWS devem ser aprovadas pela entidade
governamental que detém o estatuto judicial antes que possam fazer parte dessas leis ou regulamentos. Em todos os
casos, estas normas acartam toda a autoridade legal do contrato ou outro documento que invoca as normas AWS. Onde
existe esta relação contratual existem, alterações ou desvios dos requerimentos de uma norma AWS devem ser por
mutuo acordo das partes do contrato.

Número Internacional de Livro Normativo: 0-87171-609-7


American Welding Society, 550 N.W. LeJeune Road, Miami, Florida 33126
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voluntários representando vários pontos de vista e interesses para atingir um consenso. Enquanto a AWS administra o
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independentes, avalia, ou verifica a precisão de qualquer informação ou a sanidade de quaisquer julgamentos contidos
nas suas normas.
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natureza, quer especial, indirecto, consequencial ou compensatória, directa ou indirectamente resultante da publicação,
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ou em nome de qualquer pessoa ou entidade. Nem está a executar qualquer dever pertencendo por outra pessoa ou
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como apropriado, procurar o conselho de um profissional competente na determinação do exercício de um cuidado
razoável em qualquer circunstância dada.
Esta norma pode ser substituída pela emissão de novas edições. Os utilizadores devem-se certificar que têm a ultima
edição.
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responsabilidades pelo infringimento de qualquer patente resultante do uso ou confiança nesta norma.
Finalmente, a AWS não monitoriza, policia, o obriga à conformidade com esta norma, nem tem o poder para o fazer.
Interpretações oficiais de qualquer dos requisitos técnicos desta norma podem ser obtidos enviando um pedido, por
escrito, ao Director Executivo dos Serviços Técnicos, American Welding Society, 550 N.W. LeJeune Road, Miami, FL
33126 (ver Anexo D). No que concerne a inquéritos técnicos às normas AWS, podem ser apresentadas opiniões orais
sobre as normas AWS. No entanto, tais opiniões representam apenas opiniões pessoais dos indivíduos que as expõem.
Estes indivíduos não falam em nome da AWS, nem estas opiniões orais constituem opiniões ou interpretações AWS
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interpretações oficiais.
Esta norma é sujeita a revisão em qualquer altura pelo Comité AWS B1. Deve ser revista todos os 5 anos e se não revista,
deve ser ou reaprovada ou retirada. Comentários (recomendações, adições ou remoções) e qualquer informação
pertinente que possa ser utilizada para melhorar esta norma são solicitados e devem ser endereçados à Sede da AWS.
Tais comentários receberão uma consideração cuidada pelo Comité AWS B1 e o autor dos comentários será informado da
resposta e comentários do Comité. Os visitantes são convidados a assistir a todos os encontros do Comité AWS B1 para
exprimirem os seus comentários verbalmente. São providenciados nos Regulamentos de Operação do Comité de
Actividades Técnicas AWS, procedimentos para apelar a uma decisão adversa sobre todos os comentários. Uma cópia
destes Regulamentos pode ser obtida da American Welding Society, 550 N.W. LeJeune Road, Miami, Florida 33126.

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formação em clientes específicos, é autorizada, pela American Welding Society (AWS) desde que tenha sido paga a taxa
de utilização ao Centro de Autorização de direitos de autor, 222 Rosewood Drive, Danvers, Ma 01923, Tel:508-750-8400;
internet: http://www.copyright.com

Utilização Solmente para Formação iv


Composição

Comité AWS de Métodos de Inspecção


P. A. Grim, Chair Modern Welding Company, Incorporated
st
R. D. McGuire, 1 Vice Chair National Board of Boiler and Pressure Vessel
Inspectors
E. D. Levert, 2nd Vice Chair Loral Vought Systems
L. P. Connor, Secretary American Welding Society
* W. Borges, P.E. Consultant
* C. R. Brashears Alyeska Pipeline Service Company
R. Brosilow Welding Design and Fabrication
W. A. Bruce Edison Welding Institute
* E. L. Criscuolo Consultant
* P. E. Deeds, Jr. Consolidated Edison Company of New York
* C. J. Hellier Hellier Associates
R. L. Holdren Welding Consultants, Incorporated
* D. L. Isenhour Newport News Shipbuilding and Dry Dock
Company
* L. Laime Consultant
* W. C: Minton Consultant
J. W. Overy Pacific Gas and Electric Company
* M. N. Pfeiffer Consultant
* A. G. Portz Consultant
* S. J. Walmsley S. J. Walmsley and Associates
K Zerkle Hobart Brothers Company
* Conselheiro/Consultor

Utilização Solmente para Formação v


Preâmbulo
(Este preâmbulo não faz parte da AWS B1.10:1999, Guia para o Ensaio Não Destrutivo de Soldaduras, mas é incluído
para fins meramente informativos)

O Guia para o Ensaio Não Destrutivo de Soldaduras foi inicialmente preparado pelo Comité AWS de Métodos
de Inspecção em 1977. A edição seguinte foi publicada em 1986, o conteúdo foi actualizado com as práticas
correntes da industria de então. Este guia fornece uma fonte actualizada de informação básica de métodos de
ensaios não destrutivos (END), e foi estendido para incluir o ensaio de estanquidade. Revela ao leitor os
métodos de END comuns e ajuda na selecção do método disponível mais adequado para determinada
soldadura, nomeadamente: visual, líquidos penetrantes, partículas magnéticas, radiografia, ultra-sons,
correntes induzidas e estanquidade. Dois novos anexos são incluídos nesta edição. O Anexo C contém uma
lista típica de normas industriais, e o Anexo D fornece as linhas de orientação para os inquéritos técnicos aos
Comités AWS.
O propósito deste guia é fornecer ao leitor uma ideia geral dos métodos de ensaio mais comuns disponíveis
sem o detalhe desnecessário e providenciar uma ajuda na decisão de qual método é mais adequado para o
ensaio de determinada soldadura.
As palavras ensaio, avaliação, inspecção, e examinação são consideradas sinónimos quando se descreve os
vários métodos de ensaio não destrutivo.
Este guia foi preparado pelo Comité AWS de Métodos de Inspecção para servir como uma simples, mas
fiável, fonte de informação geral. Não se pretende que este documento forneça uma cobertura completa e
compreensiva sobre o assunto. Existem vários manuais de referência disponíveis. Para uma cobertura mais
compreensiva sobre as actividades do inspector de soldadura este guia deve ser utilizado em conjunto com o
livro AWS, Inspecção de Soldadura (Welding Inspection). Inspecção de Soldadura fornece uma descrição
mais detalhada dos deveres e responsabilidades dos inspectores de soldadura, as técnicas e características
dos métodos usuais de ensaio não destrutivo, e os aspectos gerais de amostragem e a documentação
requerida para um sistema de controlo de qualidade adequado. Para outras referências sobre inspecção,
deve-se consultar os documentos técnicos sugeridos em 1.7, Referências Normativas, e Secção 5, Material
Suplementar de Leitura. o Anexo A sumariza o equipamento necessário, aplicações, vantagens e limitações
de cada um dos oito métodos de ensaio cobertos no documento. O Anexo B incorpora a Parte C – Símbolos
de Ensaio Não Destrutivo do ANSI/AWS A2.4-98, Símbolos Normalizados para Soldadura, Brasagem, e
Ensaios Não Destrutivos. O Anexo C contém uma lista típica de normas industriais e dos endereços das
entidades que desenvolvem as normas. O Anexo D fornece as linhas de orientação para fazer inquéritos aos
Comités AWS.
São bem vindos comentários e sugestões sobre esta norma. Esses comentários devem ser enviados ao
Secretário, Comité AWS de Métodos de Inspecção, American Welding Society, 550 N.W. LeJeune Road,
Miami, Florida 33126.

Utilização Solmente para Formação vi


Índice
Pág. Nº
Composição............................................................................................................................................................................ v
Preâmbulo ............................................................................................................................................................................. vi
Índice.....................................................................................................................................................................................vii
Lista de Figuras .................................................................................................................................................................... viii
Lista de Tabelas ................................................................................................................................................................... viii
Guia para o............................................................................................................................................................................. 1
Ensaio Não Destrutivo de Soldaduras.................................................................................................................................... 1
1. Geral............................................................................................................................................................................ 1
1.1 Âmbito.................................................................................................................................................................... 1
1.2 Vantagens e Limitações dos Métodos de Inspecção ............................................................................................. 1
1.3 Normas Aceitação.................................................................................................................................................. 1
1.4 Custo ..................................................................................................................................................................... 1
1.5 Procedimentos ....................................................................................................................................................... 2
1.6 Referências............................................................................................................................................................ 2
1.7 Símbolos de END .................................................................................................................................................. 2
1.8 Saúde e Segurança ............................................................................................................................................... 2
2. Descontinuidades ........................................................................................................................................................ 2
2.1 Discussão de Descontinuidades ............................................................................................................................ 2
2.2 Lista de Descontinuidades..................................................................................................................................... 2
2.3 Porosidade [ver Tabela 1 (1)] ................................................................................................................................ 2
2.4 Inclusões [ver Tabela 1 (2)] ................................................................................................................................... 5
2.5 Falta de Fusão [ver Tabela 1 (3)]........................................................................................................................... 5
2.6 Falta de Penetração [ver Tabela 1 (4)] .................................................................................................................. 6
2.7 Bordos Queimados [ver Tabela 1 (5)] .................................................................................................................... 6
2.8 Falta de Enchimento [ver Tabela 1 (6)].................................................................................................................. 6
2.9 Sobreposição ou Desbordo [ver Tabela 1 (7)] ....................................................................................................... 8
2.10 Laminação [ver Tabela 1 (8)] ................................................................................................................................. 8
2.11 Folheamento [ver Tabela 1 (9)].............................................................................................................................. 8
2.12 Dobras [ver Tabela 1 (10)] ..................................................................................................................................... 8
2.13 Arrancamento Lamelar [ver Tabela 1 (11)] ............................................................................................................ 8
2.14 Fissuras [ver Tabela 1 (12)] ................................................................................................................................... 9
2.15 Concavidade [ver Tabela 1 (13)].......................................................................................................................... 11
2.16 Convexidade [ver Tabela 1 (14)].......................................................................................................................... 11
2.17 Sobre-Espessura [ver Tabela 1 (15)] ................................................................................................................... 11
3. Métodos de Ensaio Não Destrutivo ........................................................................................................................... 13
3.1 Inspecção Visual (IV) (VT) ................................................................................................................................... 13
3.2 Ensaio de Líquidos Penetrantes (LP) (PT) .......................................................................................................... 14
3.3 Ensaio de Partículas Magnéticas (PM) (MT) ....................................................................................................... 15
3.4 Ensaio de Radiografia (RT) ................................................................................................................................. 16
3.5 Ensaio de Ultra-Sons (US) (UT) .......................................................................................................................... 19
3.6 Ensaio Electromagnético (ET) ............................................................................................................................. 23
3.7 Ensaio de Estanquidade (Estanquicidade) .......................................................................................................... 25
4. Interrelações Entre Processos de Soldadura, Descontinuidades, e Métodos de Ensaio .......................................... 26
5. Material Suplementar de Leitura ............................................................................................................................... 26
Anexo A Guia de Selecção do Método de Ensaio ................................................................................................................ 29
Anexo B Símbolos e Abreviações de END ........................................................................................................................... 31
Anexo C Normas Típicas da Indústria .................................................................................................................................. 37

Utilização Solmente para Formação vii


Lista de Figuras
Pág. Nº
Figura 1 – Soldadura em Chanfro em X (Duplo V) em junta topo a topo ............................................................................... 4
Figura 2 – Soldadura de Ângulo e em Chanfro em Bisel numa Junta de Canto..................................................................... 5
Figura 3 – Soldadura em Chanfro de Duplo Bisel numa Junta de Canto em T ...................................................................... 6
Figura 4 – Soldadura Dupla de Ângulo numa Junta Sobreposta............................................................................................ 7
Figura 5 – Soldadura Dupla de Ângulo numa Junta de Canto em T com passes simples ..................................................... 7
Figura 6 – Soldadura em Chanfro em Bisel numa Junta Topo a Topo................................................................................... 8
Figura 7 – Terminologia de Soldaduras de Ângulo................................................................................................................. 9
Figura 8 – Descontinuidades em Soldaduras de Ângulo........................................................................................................ 9
Figura 9 – Terminologia de Soldaduras em Chanfro ............................................................................................................ 10
Figura 10 – Descontinuidades em Soldaduras em Chanfro ................................................................................................. 11
Figura 11 – Etapas do Ensaio de Líquidos Penetrantes....................................................................................................... 14
Figura 12 – Campo de Fuga................................................................................................................................................. 15
Figura 13 – Magnetização Directa Utilizado Pontas dc ........................................................................................................ 15
Figura 14 – Magnetização Indirecta Utilizando um Electroíman........................................................................................... 16
Figura 15 – Realização de uma Radiografia ........................................................................................................................ 17
Figura 16 –Radiografias Típicas de Descontinuidades de Soldadura .................................................................................. 18
Figura 17 –Detecção de Descontinuidades Planares em Várias Orientações por Radiografia ............................................ 19
Figura 18 – Diagrama do Detector de Falhas Eco-Pulsado ................................................................................................. 20
Figura 19 – Similaridades Entre Reflexões de Luz e Som nas Interfaces ............................................................................ 20
Figura 20 – Refracção .......................................................................................................................................................... 21
Figura 21 – Difracção ........................................................................................................................................................... 21
Figura 22 – Exemplo de Ensaio Longitudinal ....................................................................................................................... 21
Figura 23 – Sem Descontinuidades...................................................................................................................................... 22
Figura 24 – Descontinuidade................................................................................................................................................ 22
Figura 25 – Falta de Fusão da Barra de Suporte ................................................................................................................. 22
Figura 26 – Ensaio de Correntes Induzidas de uma Soldadura ........................................................................................... 23
Figura 27 – Bobine Circular para Ensaio por Correntes Induzidas de Tubo Soldado........................................................... 24
Figura 28 –Sondas de Superfície Típicas de Correntes Induzidas para Ensaio de Soldaduras........................................... 25

Figura B 1 – Localização Normalizada dos Elementos ........................................................................................................ 32

Lista de Tabelas
Pág. Nº
Tabela 1 Tipos Comuns de Descontinuidades .................................................................................................................. 3
Tabela 2 Descontinuidades Mais Comuns encontradas com os Processo de Soldadura........................................... 12
Tabela 3 Métodos de Inspecção de Soldadura Comuns vs. Descontinuidades ........................................................... 27
Tabela 4 Métodos de Ensaio Aplicáveis – CincoTipos de Juntas de Soldadura .......................................................... 27

Utilização Solmente para Formação viii


AWD B1.10:1999

Guia para o
Ensaio Não Destrutivo de Soldaduras

1.2 Vantagens e Limitações dos Métodos de


1. Geral Inspecção
1.1 Âmbito As vantagens e limitações de um método de inspecção
ajudam a determinar que método(s) são melhores para
Esta norma fornece um guia de referência para os tipos detectar descontinuidades de determinada dimensão,
de métodos de ensaio não destrutivo utilizados para forma e orientação. Por exemplo, a radiografia pode
verificar se as soldaduras cumprem os requisitos do detectar as descontinuidades com os maiores planos
código ou especificação. Os métodos de ensaio não paralelamente alinhados com o feixe de radiação, tal
destrutivo descritos são: como fissuras orientadas à normal da superfície das
(1) Visual chapas. Radiografia, no entanto, normalmente não
consegue detectar laminações em chapa ou fissuras
(2) Líquidos Penetrantes orientadas paralelamente à superfície da chapa. Por
outro lado, o ensaio por ultra-sons pode detectar
(3) Partículas Magnéticas fissuras orientadas em qualquer direcção desde que o
(4) Radiográfico feixe de som esteja orientado essencialmente
perpendicular ao maior eixo da fissura.
(5) Ultra-Sons
(6) Electromagnético 1.3 Normas Aceitação

(7) Estanquidade (Estanquecidade) A frase “a soldadura será ensaiada por radiografia” está
incompleta a não ser que seja especificado a norma de
Os tipos de descontinuidades detectados por cada aceitação. As normas de aceitação definem as
método são reveladas e as suas causas discutidas. Os características das descontinuidades e referem se
critérios de aceitação não são endereçados nesta determinado tipo de descontinuidade é permitida. Certo
norma. Esses critérios podem estar no código de tipo de descontinuidades tal como escória ou porosidade
construção da aplicação. Os requisitos para o ensaio são aceitáveis desde que a sua dimensão e distribuição
não destrutivo e o critério de aceitação não fornecidos estejam destro dos limites especificados. Estes critérios
na aplicação devem ser especificados em documentos tem de ser incorporados nas normas de aceitação. A
específicos antes da cedência de contractos. maior parte dos códigos e especificações tal como AWS
D1.1, Código para a Soldadura de Estruturas – Aço,
Ensaio Não Destrutivo (END) é um termo geral utilizado
ASME Código de Caldeiras de Reservatórios sob
neste texto para identificar métodos comuns de
Pressão, e API 1104, Soldadura de tubagens e afins
inspecção para avaliação de soldaduras e materiais
contêm normas de aceitação. Estas e outras normas de
relacionados sem a destruição da sua utilização.
construção são mostradas no Anexo B.
A terminologia utilizada neste guia é a estabelecida em
AWS A3.0, Termos e Definições de Soldadura 1.4 Custo
Normalizadas. Esse documento define uma
Os custos dos vários métodos de inspecção dependem
descontinuidade como “Interrupção na estrutura típica
da situação particular. Dois factores que devem ser
do material, tal como falta de homogeneidade nas suas
considerados na selecção de um método de ensaio não
características mecânicas, químicas ou físicas.” Define
destrutivo são o do equipamento e o do executar da
descontinuidade como um defeito quando excede as
inspecção. A inspecção visual é normalmente o menos
dimensões e tipos de descontinuidades definidas como
dispendioso, mas é limitada à detecção de
rejeitável pela especificação aplicável. Para o propósito
descontinuidades superficiais. Em geral, o custo de
deste guia, a referência será feita à detecção de
ensaio por radiografia, por ultra-sons, ou por correntes
descontinuidades sem a preocupação da distinção entre
induzidas é superior ao da inspecção visual, ensaio por
aceitação ou rejeição.
partículas magnéticas, ou por líquidos penetrantes. Para
Os principais factores a ter em conta quando se escolhe conseguir os objectivos e minimizar o custo, deve ser
um método de inspecção são as vantagens e limitações consultado um técnico ou engenheiro qualificado de
do método, dimensão e tipo de descontinuidades ensaios não destrutivos.
previstas, critérios de aceitação, e custos. O Anexo A é
um guia para a selecção de processos.

Utilização Solmente para Formação 1


AWD B1.10:1999

1.5 Procedimentos zona termicamente afectada, ou metal base, são


utilizadas as seguintes abreviações para indicar o local,
Deve-se reconhecer que todos os métodos de END respectivamente: MF, ZTA, e MB.
devem ser realizados de acordo com um procedimento
aprovado que está disponível ao técnico que está a 2.2 Lista de Descontinuidades
realizar o ensaio ou inspecção. Apenas seguindo um
procedimento (escrito) pode o técnico de END assegurar Os tipos de descontinuidade mais comuns em juntas
a aderência aos códigos e especificações aplicáveis ao topo a topo, de canto em T, de canto, sobreposta, e em
equipamento sob ensaio. Estes procedimentos devem aresta/cunha são listadas na Tabela 1 e estão ilustradas
especificar todos os detalhes da preparação do ensaio, nas figuras 1 a 10. Quando na lista se indica que a
execução, e interpretação para garantir credibilidade e descontinuidade é geralmente localizada na soldadura,
repetibilidade dos resultados. é de esperar que apareça em quase todo o tipo de
soldaduras. Inclusões de Tungsténio são uma excepção.
1.6 Referências As inclusões de Tungsténio apenas são encontradas em
soldaduras executadas pelos processos TIG ou Plasma.
(1) AWS A2.4, Símbolos Normalizados para
Soldadura, Brasagem, e Ensaios Não Destrutivos. Descontinuidades na soldadura e metal base de tipos
específicos são mais comuns quando determinados
(2) AWS A3.0, Termos e Definições de Soldadura processos ou tipos de juntas são utilizados, ver Tabela
Normalizadas. 2. Constrangimentos elevados e acessos limitados a
(3) AWS B1.11, Guia para a Inspecção Visual de porções da junta de soldadura podem causar uma
Soldaduras. incidência superior ao normal de descontinuidades na
soldadura e metal base. Cada tipo geral de
(4) AWS D1.1 Código para a Soldadura de Estruturas descontinuidade é discutido em detalhe nesta secção.
– Aço.
(5) API 1104, Soldadura de tubagens e afins.
2.3 Porosidade [ver Tabela 1 (1)] 1
Porosidade é uma descontinuidade do tipo cavidade
(6) ASME Código de Caldeiras de Reservatórios sob
formada por gás confinado durante a solidificação ou
Pressão.
num depósito de projecção térmica. A descontinuidade
Documentos adicionais listados na Secção 5, Material formada é geralmente esférica e pode ser alongada.
Suplementar de Leitura, pode também ser útil. Uma causa comum da porosidade é a contaminação
durante a soldadura. Geralmente, a porosidade não é
1.7 Símbolos de END considerada tão detriorante como as outras
descontinuidades, tais como fissuras ou falta de fusão. A
A utilização de símbolos de END e abreviaturas é forma arredondada da porosidade não concentra tantas
mostrado no Anexo C que é retirado do AWS A2.4, tensões como as descontinuidades planares (afiadas
Símbolos Normalizados para Soldadura, Brasagem, e nos extremos) tal como fissuras ou falta de fusão. A
Ensaios Não Destrutivos. porosidade é uma indicação de que os parâmetros de
soldadura, os consumíveis de soldadura, ou o
1.8 Saúde e Segurança alinhamento da junta não estão a ser devidamente
Esta norma não está direccionada para as questões de controlados para o processo de soldadura seleccionado
segurança relacionadas com a execução de ensaios não ou que o metal base está contaminado ou de que existe
destrutivos. Os utilizadores devem seguir os uma incompatibilidade na composição do metal de
regulamentos estatais e locais assim como as adição utilizado. Informação importante relativa à causa
recomendações do fabricante do equipamento ou do problema é proveniente da descrição tanto da forma
material. como da orientação de poros individuais ou um vector
geométrico de poros adjacentes.

2. Descontinuidades Um exemplo desta utilidade é a distinção entre


porosidade alongada e porosidade tubular. Ambos têm
um comprimento superior à largura, mas diferem na sua
2.1 Discussão de Descontinuidades
orientação em relação ao eixo da soldadura. Também
Este guia apenas se preocupa com descontinuidades, diferem em relação à maneira como foram originados.
que podem ser classificadas como defeitos (rejeitáveis)
Ao fornecer esta informação adicional um inspector está
dependendo do critério de aceitação de determinada
a fornecer mais informação do que é normalmente
especificação ou código. As descontinuidades são
requerido, no entanto pode ser de grande ajuda para se
rejeitáveis apenas se excederem os requerimentos da
determinar quais as acções correctivas a tomar.
especificação em termos de tipo, dimensão, distribuição,
ou localização.
As descontinuidades podem ser encontradas no metal
depositado/fundido, zonas termicamente afectadas, e
metais base de componentes soldados executados nos
cinco tipos básicos de juntas de soldadura: topo a topo,
de canto em T, canto, sobreposta, e em aresta/cunha. A
secção seguinte apresenta uma lista parcial de
descontinuidades que podem ser encontradas no fabrico
de metais por soldadura. Quando descontinuidades 1
Os números em parênteses em 2.3 – 2.16 referem-se a
especificas são localizadas no metal depositado/fundido, números na Tabela 1 e Figuras 1 - 10

Utilização Solmente para Formação 2


AWD B1.10:1999

Tabela 1
Tipos Comuns de Descontinuidades
Tipo de Descontinuidade Secção Localização Observações
(1) Porosidade 2.3 MF A Porosidade também pode ser encontrada no MB e
ZTA se o metal base for um vazado.
(a) Uniformemente distribuída 2.3.1
(b) Agrupada (ninho) 2.3.2
(c) Tubular 2.3.3
(d) Alinhada 2.3.4
(e) Alongada 2.3.5
(2) Inclusão 2.4 MF, IS
(a) Escória 2.4.1
(b) Tungsténio 2.4.2
(3) Falta de Fusão 2.5 MF/IS No MF entre passes
(4) Falta de Penetração 2.6 MB Raiz da Soldadura
(5) Bordos queimados 2.7 IS Adjacente à concordância da soldadura ou à raiz da
soldadura no metal base
(6) Falta de enchimento 2.8 MF Face da soldadura ou superfície da raiz de uma
soldadura em chanfro
(7) Sobreposição ou desbordo 2.9 IS Concordância da soldadura ou superfície da raiz
(8) Laminação 2.10 MB Metal base, geralmente perto da meia espessura da
secção
(9) Folheamento 2.11 MB Metal base, geralmente perto da meia espessura da
secção
(10) Dobra ou sulco 2.12 Superfície do metal base geralmente alinhado com a
direcção de laminagem
(11) Arrancamento lamelar 2.13 MB Metal base, perto da ZTA
(12) Fissuras (inclui fissuração a quente e a 2.14
frio descritas no texto) 2.14.1
(a) Longitudinal 2.14.2, 3 MF, ZTA, MB Metal depositado/fundido ou metal base adjacente à
IS
(b) Transversal 2.14.2, 4 MF, ZTA, MB
Metal depositado/fundido (pode-se propagar para
(c) Cratera 2.14.5 MF ZTA e MB)
(d) Garganta 2.14.6 MF MF no ponto onde o arco é terminado
Paralelo ao eixo da soldadura. Através da garganta
(e) Concordância 2.14.7 IS, ZTA de uma soldadura de ângulo
(f) Raiz 2.14.8 IS, ZTA
(g) Abaixo da soldadura e ZTA 2.14.9 ZTA Superfície da raiz ou raiz da soldadura
(13) Concavidade 2.15 MF Face da soldadura ou soldadura de ângulo
(14) Convexidade 2.16 MF Face da soldadura ou soldadura de ângulo
(15) sobreespessura 2.17 MF Face da soldadura de uma soldadura em chanfro
Legenda:
MF - zona do metal depositado/fundido
MB - zona do metal base
ZTA - zona termicamente afectada
IS - interface de soldadura

Utilização Solmente para Formação 3


AWD B1.10:1999

OS NÚMEROS NOS CÍRCULOS REFEREM-SE À TABELA 1

Figura 1 – Soldadura em Chanfro em X (Duplo V) em junta topo a topo


perpendicular à superfície de soldadura. A porosidade
2.3.1 Porosidade Distribuída [ver Tabela 1 (1)(a)] tubular pode também se referida como porosidade
É porosidade uniformemente distribuída através do vermicular. A porosidade tubular em soldaduras de
metal depositado/fundido. Quando é encontrada ângulo estende-se da raiz da soldadura para a
porosidade distribuída, geralmente a causa é uma superfície de soldadura. Muita da porosidade tubular
deficiente técnica de soldadura ou materiais. A técnica encontrada nas soldaduras não se estende até à
de preparação da junta ou os materiais utilizados podem superfície. Uma escavação cuidada pode também
também resultar em condições que causam porosidade revelar porosidade subsuperficial.
distribuída.
2.3.4 Porosidade alinhada [ver Tabela 1 (1)(d)]
Se uma soldadura solidifica lentamente o
suficientemente para possibilitar que a maior parte do É um vector localizado de porosidade alinhada numa
gás passe para a superfície antes da solidificação da linha. Os poros podem ser esféricos ou alongados.
soldadura, então aparecem menos poros na soldadura. Acontece frequentemente ao longo da interface de
soldadura, na interface de cordões de soldadura, ou
2.3.2 Porosidade agrupada – ninho de poros [ver perto da raiz da soldadura e é causada pela
Tabela 1 (1)(b)] contaminação que leva à criação de gás nestes locais. A
porosidade alinhada é por vezes referida como
É um vector localizado de porosidade com uma
porosidade linear.
distribuição geométrica ao acaso. Normalmente resulta
de problemas na inicialização ou finalização do passe de 2.3.5 Porosidade alongada [ver Tabela 1 (1)(e)]
soldadura.
É uma forma de porosidade em que o comprimento é
2.3.3 Porosidade tubular ou Vermicular [ver Tabela maior que a largura que está aproximadamente
1 (1)(c)] perpendicular à superfície de soldadura.
É uma forma de porosidade em que o comprimento é
maior que a largura que está aproximadamente

Utilização Solmente para Formação 4


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OS NÚMEROS NOS CÍRCULOS REFEREM-SE À TABELA 1

Figura 2 – Soldadura de Ângulo e em Chanfro em Bisel numa Junta de Canto


frequentemente associadas ao processo TIG e por
2.4 Inclusões [ver Tabela 1 (2)] vezes associadas aos processo de Plasma. Nestes
São partículas estranhas aprisionadas de material processos, é utilizado um eléctrodo não consumível de
sólido, tal como escória, fluxo, tungsténio, ou óxido. tungsténio para estabelecer e manter um arco de
soldadura entre o eléctrodo e a soldadura ou metal
2.4.1 Inclusões de Escória [ver Tabela 1 (2)(a)] base. Se o eléctrodo de tungsténio é inserido no banho
São descontinuidades resultantes de produtos não de soldadura, fica contaminado ou fragilizado, ou se o
metálicos aprisionadas no metal depositado/fundido. ajuste da corrente está muito elevado origina a fusão do
Inclusões de escória resultam da dissolução mutua do tungsténio, estas causas podem resultar inclusões em
fluxo e impurezas não metálicas em alguns processos tungsténio. As inclusões de tungsténio aparecem como
de soldadura e brasagem. indicações claras nas radiografias pois o tungsténio é
mais denso que o aço ou alumínio e absorve mais
Podem ser encontradas em soldaduras executadas com radiação.
qualquer processo com arco que empregue fluxo como
meio de protecção. Em geral, inclusões de escória 2.5 Falta de Fusão [ver Tabela 1 (3)]
resultam de técnicas de soldadura impróprias, falta de
É uma descontinuidade na soldadura em que não
acesso adequado para a soldadura da junta, ou limpeza
ocorreu fusão entre o metal depositado/fundido e as
inadequada entre passes de soldadura. Devido à sua
faces de fusão ou entre dois cordões de soldadura
baixa densidade e baixo ponto de fusão a escória
adjacentes. É o resultado de técnicas de soldadura
fundida normalmente sobrenada o passe de soldadura.
impróprias, preparações do metal base deficientes, e
Entalhes afiados ou em aresta na interface de soldadura
desenhos de junta impróprios. Deficiências que causam
ou entre passes dão origem normalmente que a escória
falta de fusão incluem a entrega térmica insuficiente ou
fique presa sobre o metal depositado fundido. A
falta de acesso a todas às faces de fusão, ou ambos.
libertação da escória do metal fundido poderá ser
esperada por parte de qualquer factor que torne o metal A não ser que a junta de soldadura seja devidamente
menos viscoso ou que retarde a sua solidificação, tal limpa, os óxidos altamente aderentes podem interferir
como entrega térmica elevada. com a fusão completa, mesmo quando existe o devido
acesso para a soldadura e a devida entrega térmica é
2.4.2 Inclusões de Tungsténio [ver Tabela 1 (2)(b)] utilizada.
São partículas de tungsténio aprisionadas no metal
depositado/fundido. As inclusões de tungsténio são

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OS NÚMEROS NOS CÍRCULOS REFEREM-SE À TABELA 1

Figura 3 – Soldadura em Chanfro de Duplo Bisel numa Junta de Canto em T


penetração completa podem requerer ensaios por
2.6 Falta de Penetração [ver Tabela 1 (4)] inspecção visual e por outro método não destrutivo.
É uma condição da raiz da junta em que o metal
depositado/fundido não se estende para além da 2.7 Bordos Queimados [ver Tabela 1 (5)]
espessura da junta. A zona não penetrada e não fundida Chanfro fundido no metal base adjacente à
é a descontinuidade descrita como falta de penetração. concordância da soldadura ou raiz da soldadura e
A falta de penetração pode resultar de insuficiente deixado por encher pelo metal fundido. Este chanfro cria
entrega térmica, desenho de junta impróprio (ex. um entalhe mecânico concentrador de tensões. Quando
espessura que o arco não consiga penetrar), ou controlo os bordos queimados são controlados dentro dos limites
lateral do arco de soldadura indevido. Alguns processos da especificação não é considerado um defeito de
de soldadura têm maior poder de penetração do que soldadura. Os bordos queimados são geralmente
outros. Para juntas soldadas de ambos os lados, associados quer a técnicas de soldadura impróprias ou
descarnar/goivar/burilar a raiz pode ser especificado a correntes demasiado elevadas, ou ambas.
antes de se soldar o outro lado de forma a garantir que
não existe falta de penetração. Soldaduras de tubagem 2.8 Falta de Enchimento [ver Tabela 1 (6)]
são particularmente vulneráveis a este tipo de
descontinuidade, pois o interior do tubo é normalmente Condição em que a face de soldadura ou superfície da
inacessível. Os projectistas podem empregar anéis de raiz se encontra abaixo da superfície adjacente do metal
suporte da raiz ou anéis fusíveis para ajudar os base. Resulta da falha por parte do soldador de encher
soldadores nestes casos. As soldaduras que requerem completamente a junta de soldadura.

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OS NÚMEROS NOS CÍRCULOS REFEREM-SE À TABELA 1

Figura 4 – Soldadura Dupla de Ângulo numa Junta Sobreposta

OS NÚMEROS NOS CÍRCULOS REFEREM-SE À TABELA 1

Figura 5 – Soldadura Dupla de Ângulo numa Junta de Canto em T com passes simples

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OS NÚMEROS NOS CÍRCULOS REFEREM-SE À TABELA 1

Figura 6 – Soldadura em Chanfro em Bisel numa Junta Topo a Topo

2.9 Sobreposição ou Desbordo [ver Tabela 1 2.11 Folheamento [ver Tabela 1 (9)]
(7)]
É uma laminação que se separou devido a tensões.
Desbordo de metal depositado/fundido para além da
margem da soldadura ou raiz de soldadura. Desbordo é 2.12 Dobras ou Sulcos [ver Tabela 1 (10)]
uma descontinuidade superficial que forma um entalhe
São descontinuidades no metal base que podem ser
mecânico e é quase sempre considerado rejeitável.
encontradas em produtos laminados, fundidos ou
Duas causas comuns do desbordo pode ser a
forjados. Diferem de laminagens pois aparecem à
velocidade de deslocação insuficiente e preparação
superfície do produto trabalhado. Quando a
imprópria do metal base.
descontinuidade é paralela à tensão principal, não é
geralmente um defeito crítico. Quando as dobras são
2.10 Laminação [ver Tabela 1 (8)]
perpendiculares às tensões aplicadas ou residuais, por
Tipo de descontinuidade com separação ou vezes propagam-se como fissuras. Enquanto as dobras
enfraquecimento geralmente alinhada paralelamente à são defeitos superficiais, a sua presença pode ser
superfície laminada de um produto laminado. As ocultada pelos processos de fabrico que
laminações podem ser completamente internas e são subsequentemente modificaram a superfície do produto
normalmente detectadas não destrutivamente por ultra- vazado. Soldar por cima das dobras pode causar
sons. Podem também estenderem-se a uma aresta ou fissuração ou porosidade.
ponta, onde são visíveis à superfície e podem ser
detectadas por inspecção visual, ensaio de líquidos 2.13 Arrancamento Lamelar [ver Tabela 1
penetrantes ou partículas magnéticas. Podem ser (11)]
encontradas quando o corte ou maquinagem expõem
Fissuração subsuperfícial em forma de degraus no metal
laminações internas.
base com a orientação básica paralela á superfície. É
As laminações são formadas quando vazios gasosos, causada por tensões de tracção na direcção segundo a
cavidades de constrangimento, ou inclusões não espessura dos metais base enfraquecidos pela
metálicas no lingote original são achatadas durante a presença de pequenas inclusões não metálicas,
operação de laminagem. Geralmente aparecem dispersas, achatadas, paralelas à superfície do metal. O
paralelamente à superfície de produtos laminados e é arrancamento lamelar ocorre com mais frequência em
mais comum aparecerem em perfis e chapas. Metais materiais de elevada secção.
que contenham laminações não devem ser utilizados
O arrancamento lamelar pode-se estender por longas
para suportarem esforços de tracção na direcção da
distâncias e geralmente inicia-se em regiões do metal
espessura.
base que têm elevada incidência de inclusões não
metálicas (com forma de agulha) em planos paralelos e

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com altas tensões residuais. A fractura propaga-se ao longo de linhas que estão próximas da normal à
usualmente de um plano lamelar para outro pelo corte superfície laminada.

(A)

(A)

OS NÚMEROS NOS CÍRCULOS REFEREM-SE À TABELA 1

(B)

OS NÚMEROS NOS CÍRCULOS REFEREM-SE À TABELA 1

(B)

Figura 7 – Terminologia de Soldaduras de Ângulo Figura 8 – Descontinuidades em Soldaduras de Ângulo

resultado do constrangimento proveniente da junta de


2.14 Fissuras [ver Tabela 1 (12)] soldadura e da contracção térmica da soldadura após a
São definidas como descontinuidades do tipo fractura, solidificação. As fissuras relacionadas com a soldadura
caracterizada por uma extremidade aguçada e uma são geralmente de natureza frágil, exibindo pouca
elevada razão comprimento/largura para a deslocação deformação plástica nos limites da fissura.
da sua abertura. Podem ocorrer na zona do metal Uma fissura formada na primeira camada de uma
depositado/fundido, zona termicamente afectada, e soldadura e não completamente removida antes da
metal base quando tensões localizadas excedem a deposição da próxima camada tende a progredir para a
tensão limite do material. A fissuração inicia-se com camada acima e então propagando-se a cada camada
frequência em concentrações de tensões causadas por posterior até que finalmente, pode aparecer à superfície.
outras descontinuidades ou perto de entalhes A extensão final para a superfície pode ocorrer durante
mecânicos associados ao projecto do componente o arrefecimento após a soldadura ter sido completada.
soldado. As tensões residuais desenvolvem-se como

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(A) (B)

(C) (D)

Figura 9 – Terminologia de Soldaduras em Chanfro


associadas com as altas velocidades de soldadura e
2.14.1 Tipos de Fissuras podem estar relacionadas com problemas de porosidade
As fissuras podem na generalidade ser classificadas que não aparecem à superfície da soldadura.
como provenientes de fissuração a quente ou a frio. A
fissuração a quente desenvolve-se durante a 2.14.4 Fissuras Transversais [ver Tabela 1 (12)(b)]
solidificação e como resultado da insuficiente ductilidade São geralmente o resultado de tensões de contracção
a alta temperatura. A fissuração a quente propaga-se longitudinais agindo em metais depositados de baixa
entre grãos no metal depositado/fundido ou na interface ductilidade. A fissuração por hidrogénio do metal
de soldadura. depositado/fundido pode ser orientada na direcção
A fissuração a frio (ou por Hidrogénio) desenvolve-se transversal.
após a solidificação estar completa. Pode ocorrer quer
na zona do metal depositado/fundido, zona 2.14.5 Fissuras de Cratera [ver Tabela 1 (12)(c)]
termicamente afectada, ou zona do metal base. Pode Ocorrem na cratera de uma soldadura que é terminada
resultar de técnicas de soldadura impróprias ou de impropriamente. São por vezes referidas como fissuras
condições de serviço. A fissuração a frio propaga-se estrela, no entanto podem ter outras configurações. As
tanto entre como através dos grãos. fissuras de cratera são provenientes da fissuração a
quente normalmente prolongadas com forma de uma
2.14.2 Orientações das Fissuras rede em estrela. As fissuras de cratera são normalmente
As fissuras podem ser descritas como longitudinais [ver encontradas em materiais com altos coeficientes de
Tabela 1 (12)(a)] ou transversais [ver Tabela 1 (12)(b)], expansão térmica, por exemplo aços inoxidáveis
dependendo da sua orientação, Quando a fissura é austeníticos e alumínio. No entanto, a ocorrência de tais
paralela ao eixo da soldadura é chamada de fissura fissuras pode ser minimizada ou prevenida preenchendo
longitudinal independentemente de ser no centro do a cratera até uma forma levemente convexa antes de
metal depositado/fundido ou na concordância da zona terminar o arco.
termicamente afectada do metal base. As fissuras
transversais são perpendiculares ao eixo da soldadura.
Estas podem estar limitadas na dimensão e estar
completamente contidas dentro do metal
depositado/fundido ou podem propagar-se do metal
depositado/fundido para a zona termicamente afectada
adjacente e depois para o metal base. Em alguns
componentes soldados, as fissuras transversais podem-
se formar na zona termicamente afectada e não na
soldadura.

2.14.3 Fissuras Longitudinais [ver Tabela 1 (12)(a)]


As fissuras longitudinais em pequenas soldaduras entre
secções elevadas são normalmente resultado de taxas
de arrefecimento elevadas e alto constrangimento. Em
soldadura por arco submerso são muito comuns e

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Estas fissuras são geralmente o resultado de tensões de


contracção térmica numa zona termicamente afectada
da soldadura. Algumas fissuras na concordância
ocorrem devido a que as propriedades de tracção
transversais do metal base não podem acomodar as
tensões de contracção que são impostas pela
soldadura.

2.14.8 Fissuras na Raiz [ver Tabela 1 (12)(f)]


São fissuras longitudinais na raiz da soldadura ou na
superfície da raiz. Podem ter origem na fissuração a
quente ou a frio.

2.14.9 Fissuras Abaixo da Soldadura e na ZTA [ver


Tabela 1 (12)(g)]
São geralmente provenientes da fissuração a frio na
zona termicamente afectada do metal base. São
geralmente curtas, mas várias podem-se juntar para
(A) formar uma fissura continua. As fissuras abaixo da
soldadura podem tornar-se um grave problema quando
três elementos estão presentes: (1) Hidrogénio (2) uma
microestrutura com uma ductilidade relativamente baixa,
e (3) tensões residuais altas. Fissuras abaixo da
soldadura e na zona termicamente afectada podem ser
longitudinais e transversais. Podem ser encontradas em
intervalos regulares abaixo da soldadura e também nos
limites exteriores na zona termicamente afectada onde
as tensões residuais são mais elevadas.

2.15 Concavidade [ver Tabela 1 (13)]


É a máxima distância desde a face de uma soldadura de
ângulo côncava perpendicular à linha que une as linhas
de concordância. É por vezes chamada de garganta
insuficiente. A concavidade não é rejeitável a não ser
que a soldadura esteja abaixo da dimensão. Soldadura
de ângulo côncavas devem ser inspeccionadas
utilizando um padrão/calibre de soldadura (galga) capaz
de medir a dimensão da garganta, uma vez que esta é a
(B) dimensão limite em termos de dimensão da soldadura
de ângulo côncava. Um perfil côncavo do cordão de
ângulo não pode ser correctamente dimensionado pelo
cateto.

2.16 Convexidade [ver Tabela 1 (14)]


Convexidade é a máxima distância desde a face de uma
soldadura de ângulo convexa perpendicular à linha que
une as linhas de concordância. A convexidade resulta
OS NÚMEROS NOS CÍRCULOS REFEREM-SE À TABELA 1 num entalhe mecânico na junção da face de soldadura e
metal base similar ao produzido pelo desbordo. O nível
(C) de severidade é maior quanto maior for a convexidade.
Figura 10 – Descontinuidades em Soldaduras em
2.17 SobreEspessura [ver Tabela 1 (15)]
Chanfro
Em soldaduras em chanfro, a sobreespessura é o metal
2.14.6 Fissuras na Garganta [ver Tabela 1 (12)(d)] depositado/fundido em excesso da quantidade requerida
São fissuras longitudinais orientadas ao longo da para encher a junta. A sobreespessura pode estar
garganta de soldaduras de ângulo. São geralmente, mas localizada tanto na raiz como na face da soldadura em
nem sempre, provenientes de fissuração a quente. chanfro. A sobreespessura é indesejável quando cria
altas concentrações de tensões nas concordâncias da
2.14.7 Fissuras na Concordância [ver Tabela 1 soldadura ou na raiz da soldadura similar à
(12)(e)] convexidade. Tende a estabelecer entalhes que criam
concentrações de tensões. Esta condição pode resultar
São geralmente provenientes de fissuração a quente.
de técnicas de soldadura impróprias ou corrente de
Iniciam-se e propagam-se desde a concordância da
soldadura insuficiente.
soldadura onde as tensões de contracção estão
concentradas. As fissuras na concordância iniciam-se
aproximadamente paralelas à superfície do metal base.

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AWD B1.10:1999

Tabela 2
Descontinuidades Mais Comuns encontradas com os Processo de Soldadura

Falta
de Falta de Bordos
Processo de Soldadura Porosidade Escória Fusão Penetração Queimados Desbordo Fissuras
ARCO
SW – Soldadura de pernos X X X X
PAW – Soldadura por plasma X X X X X
SAW – Soldadura por arco submerso X X X X X X X
GTAW – Soldadura TIG X X X X X
EGW – Soldadura por electroescória X X X X X X
GMAW – Soldadura MIG-MAG X X X X X X
FCAW – Soldadura por fios fluxados X X X X X X X
SMAW – Soldadura por eléctrodo revestido X X X X X X X
CAW – Soldadura por eléctrodo de carbono X X X X X X X
RESISTÊNCIA
RSW – Soldadura por resistência por pontos X* X X X
RSEW–Soldadura por resistência por roletes X* X X X
PW – Soldadura por projecção X X X
FW – Soldadura por faiscamento X X X
UW – Soldadura por esmagamento X X X
OXIGÁS
OAW – Soldadura por oxiacetileno X X X X X X
OHW – Soldadura por oxihidrogéneo X X X X
PGW – Soldadura por pressão a gás X X X
ESTADO SÓLIDO**
CW – Soldadura por pressão a frio X X
DFW - Soldadura por difusão X X
EXW - Soldadura por explosão X
FOW - Soldadura por forja X
FRW - Soldadura por fricção X
USW - Soldadura por ultra-sons X
OUTRAS
EBW - Soldadura por feixe de electrões X X X X
ESW - Soldadura por electroescória X X X X X X X
IW - Soldadura por indução X X
LBW - Soldadura por feixe de electrões X X X X
PEW - Soldadura por percussão X X
TW - Soldadura por aluminotermia X X X X
* Porosidade em soldaduras por resistência é designada por vazios.
** Estado Sólido não é um processo de fusão, por isso falta de ligação é soldadura incompleta em vez de falta de fusão.

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AWD B1.10:1999

códigos e especificações requerem que o inspector de


3. Métodos de Ensaio Não Destrutivo soldadura seja qualificado e certificado.
Algumas ferramentas são por vezes necessárias para
Ensaios Não Destrutivos (END) é um termo geral alguns aspectos da inspecção visual de soldadura. São
utilizado neste guia para identificar todos os métodos utilizadas várias escalas e padrões/calibres (galgas)
que permitem a avaliação de soldaduras e áreas para verificar as dimensões das soldaduras. Existem
adjacentes sem destruir a sua utilidade. O Propósito vários tipos de padrões/calibres (galgas) para
deste capítulo é explicar ao inspector de soldadura algo soldaduras de ângulo utilizados por todo o mundo para
sobre os métodos de ensaio não destrutivo mais determinar a dimensão da soldadura de ângulo. Outros
comuns e as condições fundamentais da sua utilização. padrões/calibres (galgas) podem ser utilizadas para
A inspecção visual é o mais comum dos ensaios não verificar a folga da raiz, sobreespessura, e ângulo do
destrutivos. bisel da soldadura. Os dispositivos de medida são
Para o propósito deste guia vão ser discutidos os utilizados para verificar folgas da raiz, dimensões de
seguintes métodos básicos de END: material livre, materiais de suporte, e alinhamento e
montagem das peças. Indicadores de temperatura
(1) Visual verificam o pré-aquecimento e temperatura interpasse.
(2) Líquidos Penetrantes Endoscópios, endóscopia com vídeo, lanternas, e
espelhos são utilizados em áreas de acesso limitado. O
(3) Partículas Magnéticas desenvolvimento de sistemas de inspecção de fibra
óptica flexível permite ao inspector inspeccionar
(4) Radiografia visualmente áreas inacessíveis a outros dispositivos.
(5) Ultra-Sons
3.1.1 Inspecção Visual Antes da Soldadura
(6) Correntes Induzidas A inspecção do material antes do fabrico pode eliminar
(7) Estanquidade (/Estanquecidade) condições que tendem a causar defeitos de soldadura.
Revestimentos, costuras, e escamamento podem ser
As características mais salientes de cada método estão detectados nesta fase, e as laminações na chapa
sumarizadas em tabelas no Anexo A. Deve ser notado podem ser observadas em arestas cortadas. Outras
que os ensaios não destrutivos não eliminam a áreas que devem ser inspeccionadas antes de soldar
necessidade de realizar ensaios destrutivos, pelo são:
contrario complementam-os. Não é inédito que o critério
de aceitação de ensaios não destrutivos seja (1) Verificar se os materiais são os correctos
desenvolvido pela investigação de ensaios destrutivos verificando os registos
correlacionados com resultados de END. O (2) Verificar os procedimentos de soldadura, e as
conhecimento geral apresentado neste guia deve ser de qualificações de soldador / operador de soldadura
ajuda preciosa para o utilizador pois fornece uma ideia
geral dos métodos de ensaio sem o desnecessário (3) Verificar a preparação específica das
detalhe. arestas/topos/bordas, dimensões, e acabamento

3.1 Inspecção Visual (IV) (VT) (4) Verificar o alinhamento e montagem das peças

A integridade da maior parte das soldaduras é verificada (5) Verificar as dimensões de material livre, materiais
principalmente por inspecção visual. Mesmo para de suporte, e anéis fusíveis
componentes soldados com juntas em que se tenha (6) Verificar a limpeza e a condição dos pingos de
especificado que serão inspeccionadas por outro soldadura
método de ensaio não destrutivo, a inspecção visual
ainda constitui uma importante parte da prática de (7) Verificar o devido pré-aquecimento, quando
controlo de qualidade. Portanto, a inspecção visual é da requerido.
maior importância. É o método mais utilizado
exaustivamente de qualquer dos outros métodos de 3.1.2 Inspecção Visual Durante a Soldadura
ensaio não destrutivo, a inspecção visual é facilmente A inspecção visual continua durante o processo de
aplicável, rápida, e normalmente não requer fabrico. Vários dos itens que devem ser verificados são
equipamento especial além de uma boa capacidade os seguintes:
visual e algumas ferramentas simples e baratas. Uma
(1) Processo de soldadura e condições do local
revisão extensa sobre a inspecção visual é contida no
AWS B1.11, Guia para a Inspecção Visual de (2) Variáveis de soldadura e sua conformidade com os
Soldadura. procedimentos de soldadura
Apesar das muitas vantagens da inspecção visual, a sua (3) Metal de adição
maior desvantagem é a necessidade de um inspector
que tenha uma experiência considerável e (4) Fluxos e gases de protecção
conhecimentos em várias áreas que acompanham a (5) Temperaturas de pré aquecimento e interpasse
inspecção visual de soldadura. O inspector tem de
conhecer os materiais, desenhos, códigos, (6) Controlo da distorção pela sequência de soldadura
especificações, procedimentos de soldadura, (7) Martelagem, rebarbagem e a
qualificações de soldador/operador, requisitos da goivagem/descarnagem/burilamento entre passes
qualificação de procedimentos, e normas de trabalho, e
todos os aspectos da boa prática em fabrico. Alguns (8) Intervalos de inspecção (quer tempo ou sequência)

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3.1.3 Inspecção Visual Após a Soldadura mais sensível devido ao facto de o olho humano poder
Se todos os aspectos preliminares do programa de destinguir mais facilmente uma indicação fluorescente.
inspecção tiverem sido devidamente executados, a IV Existem três tipos diferentes de penetrantes utilizados
(VT) após soldadura deve ser pouco mais do que a ambos com os métodos visível e fluorescente
verificação de que todos os passos anteriores foram classificados pela maneira como são removidos da
bem sucedidos. Alguns itens que devem ser incluídos superfície de ensaio. Estes são removíveis com
são: solventes, removíveis com água, e pós-emulsificáveis.
(1) Precisão dimensional de todo o componente Os penetrantes removíveis com solventes são
soldado formulados para serem removidos com um solvente
(2) Se soldadura está completada utilizando um pano. Os penetrantes removíveis por
solvente são bastante portáteis e utilizados
(3) Dimensão das soldaduras frequentemente para inspecções em estaleiro/campo.
(4) Contorno, sobreespessura, e acabamento da
superfície das soldaduras
(5) Nível de falta de enchimento, bordos queimados, e
desbordo
(6) grainhas / salpicos de soldadura, fissuras de
cratera, marcação por estampagem, riscos, (A)
chanfros, e escorvamentos de arco LIMPEZA (B)
APLICAR
(7) Danos de manuseamento PENETRANTE E
(8) Execução e se está completo o tratamento térmico ESPERAR TEMPO DE
após soldadura PENETRAÇÃO

(9) Ensaios não destrutivos e resultados


(10) Preparação e manutenção dos registos de
inspecção
Inspecção visual de soldadura, se utilizada antes,
durante, e após a soldadura, pode prevenir
descontinuidades que de outra forma aparecem em
ensaios não destrutivos posteriores ou causam a falha (C) (D)
em serviço. Todas as inspecções e os resultados devem REMOVER APLICAR REVELADOR
estar documentados pelo inspector. PENETRANTE DA E INTERPRETAR
SUPERFÍCIE
3.2 Ensaio de Líquidos Penetrantes (LP) (PT)
Figura 11 – Etapas do Ensaio de Líquidos
O ensaio de líquidos penetrantes é um método sensível Penetrantes
de detectar e localizar descontinuidades, desde que as
descontinuidades estejam livres e abertas à superfície. Os penetrantes removíveis com água são solúveis em
O método emprega um líquido penetrante colorido que é água. Este método requer uma fonte de água, um meio
aplicado à superfície a ser examinada devidamente de escoar a água, e algum meio de secar o artigo.
limpa e que entra na descontinuidade. Após o devido Os penetrantes pós-emulsificáveis não são solúveis em
tempo de penetração, o excesso de penetrante é água. São formulados para serem removidos utilizando
removido da superfície e o componente é seco. Um um emulsificador em separado e uma solução aquosa.
revelador é então aplicado e age como um mata borrão, Tais soluções irão dissolver o penetrante. Os
puxando o penetrante para fora da descontinuidade. O penetrantes pós-emulsificáveis requerem as mesmas
penetrante, removido de uma abertura na superfície, instalações que os penetrantes removíveis com água.
indica a presença e localização de uma Os penetrantes pós-emulsificáveis são utilizados quando
descontinuidade. As quatro etapas estão ilustradas na se deseja detectar descontinuidades muito diminutas.
Figura 11.
Os ensaios de líquidos penetrantes são largamente
Existem duas classificações básicas do método de aplicáveis em materiais magnéticos e não magnéticos,
líquidos penetrantes, ambos utilizam um principio mas são particularmente úteis em materiais não
similar. Um utiliza uma coloração visível e o outro utiliza magnéticos tais como alumínio, magnésio, a aço
uma coloração fluorescente que só é visível quando inoxidável austenítico onde o ensaio por partículas
exposta à luz ultravioleta. O penetrante visível é magnéticas não pode ser utilizado. Também é útil para
normalmente de cor vermelha para provocar um alto localizar fissuras e outras descontinuidades que podem
contraste com o fundo branco do revelador. A luz branca causar fugas em reservatórios e tubagens.
normal é normalmente suficiente para observar as
descontinuidades. Um exemplo interessante de um ensaio de líquidos
penetrantes é o enchimento ou a aplicação por pincel de
Os penetrantes fluorescentes provoca uma indicação penetrante no interior de um reservatório e verificar o
amarela esverdeada num fundo escuro quando exterior para fugas. Este procedimento detecta
observada numa zona escurecida sobre uma luz negra descontinuidades que atravessam a espessura.
(ultravioleta). O método fluorescente é inerentemente

14
AWD B1.10:1999

O ensaio de líquidos penetrantes é relativamente barato.


O processo é simples e os operadores têm pouca
dificuldade na aprendizagem da forma correcta de os
aplicar. O sucesso do ensaio de líquidos penetrantes,
como quase todos os outros métodos de ensaio,
depende da acuidade visual do inspector.
Deve ser referido que algumas substâncias dos
penetrantes podem ter um efeito deteriorante quer nas
soldaduras ou metais base e pode afectar a vida em
serviço da soldadura ou a aplicação do componente. Os
penetrantes são difíceis de remover completamente das
descontinuidades, e se forem corrosivos para o material,
ou de qualquer forma incompatíveis com a aplicação do
produto, então devem ser evitados.
Existem dois métodos comuns de registar uma
indicação de LP (PT) para avaliação. Pode ser
efectuada uma fotografia das descontinuidades Figura 12 – Campo de Fuga
expostas pelo ensaio. Outro método envolve a aplicação
A detecção de descontinuidades subsuperficiais
de uma fita cola transparente sobre a indicação. Quando
depende de várias variáveis, incluído o método de
a fita é levantada da superfície de ensaio, a indicação irá
magnetização, o tipo de corrente, as direcções e
aderir à fita e pode ser transferida para o relatório de
densidade do fluxo magnético, e as propriedades do
inspecção para uma futura referência. Estas técnicas
material do componente soldado. Quando se avalia
também se aplicam ao ensaio por partículas
apenas descontinuidades superficiais, é preferível
magnéticas.
utilizar corrente alterna (ac) com o método de
3.3 Ensaio de Partículas Magnéticas (PM) (MT) magnetização indirecto (ver Figura 14).
A corrente alterna inverte continuamente o campo
Este método de END é utilizado para localizar
magnético causando uma grande mobilidade das
descontinuidades superficiais ou subsuperficiais em
partículas. Esta mobilidade promove a detecção de
materiais ferromagnéticos. O ensaio de partículas
descontinuidades superficiais. No entanto, a corrente
magnéticas é baseado nos princípios de que as linhas
alterna tem pouca capacidade de penetração pois o
magnéticas de força são distorcidas pela alteração da
campo magnético alternante está concentrado à
continuidade do material; isto é, uma descontinuidade
superfície do metal.
cria um campo magnético ou campo de fuga (ver Figura
12).
Um componente soldado pode ser magnetizado pela
passagem de uma corrente eléctrica através da área de
soldadura (magnetização directa) ou colocando o
componente soldado num campo magnético
(magnetização indirecta).
O método de magnetização directo é normalmente
utilizado com corrente continua (dc), corrente continua
de meia onda (hwdc) ou corrente continua de onda
completa (fwdc) (ver Figura 13). Estes tipos de correntes
têm capacidades de penetração que geralmente
permitem que descontinuidades subsuperficiais sejam
detectadas. A magnetização directa pode também ser
utilizada com corrente alterna (ac), que está limitada a
apenas à detecção de descontinuidades superficiais. A
corrente alterna é também o método de escolha para a
localização de descontinuidades relacionadas com
fadiga em serviço.
Figura 13 – Magnetização Directa Utilizado Pontas
dc

15
AWD B1.10:1999

indicações irrelevantes mesmo através de soldaduras


sãs. A maior parte das superfícies de soldadura são
aceitáveis para o ensaio de partículas magnéticas após
a remoção de escória, salpicos, ou outro corpo estranho
que possa reter mecanicamente o meio de ensaio
(partículas).
Existem dois métodos comuns de registar uma
indicação de PM (MT) para avaliação. Pode ser
efectuada uma fotografia das descontinuidades para
ambos os métodos (via partículas secas e via húmida
fluorescente). Outro método envolve a aplicação de uma
fita cola transparente sobre a indicação. Quando a fita é
levantada da superfície de ensaio, a indicação irá aderir
à fita e pode ser transferida para o relatório de
inspecção para uma futura referência. Estas técnicas
também se aplicam ao ensaio de líquidos penetrantes.

3.4 Ensaio de Radiografia (RT)


RT é um método de ensaio não destrutivo que utiliza
Figura 14 – Magnetização Indirecta Utilizando um radiação para penetrar a soldadura e revelar informação
Electroíman sobre a sua condição interna. Quando a soldadura é
exposta à radiação penetrante, alguma radiação é
Quando o campo magnético é estabelecido na peça, as absorvida, alguma é dispersa, e alguma é transmitida
partículas magnéticas (meio) são aplicadas à superfície através da soldadura para um dispositivo de registo (ver
a ser examinada. As partículas magnéticas podem ser Figura 15). As técnicas mais convencionais de RT
secas ou em suspensão num líquido. As utilizadas hoje em dia envolvem exposições que
descontinuidades podem ser mais evidenciadas utilizado registam uma imagem permanente num filme
partículas magnéticas fluorescentes e observando-as à fotográfico, podendo no entanto ser utilizados outros
luz negra. Após a remoção do excesso de partículas, as meios de registo.
partículas restantes presas no campo de fuga da
descontinuidade revelam a localização, forma, e O processo básico de ensaio radiográfico envolve duas
dimensão da descontinuidades detectável. Estas etapas gerais:
indicações são normalmente destinguidas pela sua
(1) a execução da radiografia e
aparência como afiadas, linhas bem definidas de meio
num fundo da superfície da soldadura ou zona (2) interpretação da radiografia.
termicamente afectada.
Os elementos essenciais necessários para realizar estas
O ensaio de partículas magnéticas pode ser bastante duas operações consistem em:
benéfico como uma técnica de avaliação no processo. O
garante de uma soldadura sã antes da soldadura estar (1) Uma fonte de radiação
completa pode prevenir reparações dispendiosas no (2) Soldadura a ser radiografada
produto final. O ensaio de partículas magnéticas em
processo tem-se tornado numa prática comum devido à (3) Marcadores de chumbo, indicadores de qualidade
portabilidade dos modernos equipamentos leves. Esta de imagem (IQI)
vantagem ajuda na redução do tempo de produção. (4) um filme de RX contido numa embalagem selada
O custo de ensaio de partículas magnéticas é (5) Um operador capaz de produzir um filme exposto
consideravelmente menos caro que radiografia (RT) ou
ultra-sons (US). O equipamento de ensaio de partículas (6) Os meios de processar quimicamente o filme
magnéticas tem um preço relativamente baixo quando exposto
comparado com o preço do equipamento de RT ou US,
(7) Uma pessoa capaz de interpretar e avaliar as
e é geralmente necessário menos tempo de treino para
imagens radiográficas
o pessoal se tornar competente a executar ensaios de
partículas magnéticas e a avaliar descontinuidades. Os dois tipos de fontes de radiação usualmente
Utilizando PM, o inspector obtém uma indicação visível utilizados em inspecção de soldadura são máquinas de
instantânea da dimensão e forma da descontinuidade, e RX e isótopos radioactivos. A radiação X é produzida
permite ao Inspector julgar se a descontinuidade é por máquinas que vão desde as portáveis, de baixa
aceitável ou inaceitável. Comparado com LP, o método energia e capazes de radiografar objectos relativamente
PM tem a vantagem de revelar descontinuidades que finos, até aos enormes aceleradores lineares e betatrões
não estão abertas à superfície, e portanto não capazes de radiografar soldaduras de aço espessas até
detectáveis por LP. O ensaio de partículas magnéticas é 500 mm (20 in.) de aço. A radiação gama é emitida por
geralmente mais rápido, requer uma menor preparação radioisótopos, os dois mais comuns são o Cobalto 60 e
da superfície, e é portanto normalmente mais económico Irídio 192. O Cobalto 60 penetra efectivamente até
que LP (desprezando os custos do equipamento). aproximadamente 125 mm (5 in.) de aço; enquanto que ,
o Irídio 192 está efectivamente limitado até
O método de PM está limitado a materiais
aproximadamente 75 mm (3 in.) de aço
ferromagnéticos. Juntas soldadas entre metais de
características magnéticas dissimilares podem criar

16
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O processo radiográfico está dependente das poder de penetração da fonte de radiação está
quantidades variáveis de radiação a serem absorvidas dependente das regulações do equipamento na
pelas diferentes áreas da soldadura. Dois factores chave máquina de RX ou do nível de energia característica e
determinam as diferentes razões de absorção: intensidade do isótopo particular seleccionado para a
quantidade de massa representada pelo metal e o poder radiografia gama. As diferenças de absorção que
de penetração (definido pela energia) da fonte de ocorrem dos processo de exposição revelam-se como
radiação. A quantidade de massa está relacionada com regiões clara e escuras na radiografia.
a espessura e a densidade ou composição do metal. O

Figura 15 – Realização de uma Radiografia

O Filme, outro elemento obviamente essencial para o de mais fácil penetração da soldadura (isto é, secções
processo radiográfico, consiste numa base de plástico finas e a maior parte das descontinuidades) enquanto
fino transparente revestido com cristais finos de brometo que as regiões mais claras representam as áreas de
de prata (emulsão). O tamanho do grão da emulsão de mais difícil penetração (secções mais espessas). A
brometo de prata determina a velocidade e a interpretação é normalmente executada numa sala
sensibilidade do filme. A emulsão é sensível à radiação escurecida (com uma luz fraca indirecta) e colocando a
assim como um filme fotográfico é sensível á luz. A radiografia na frente de uma fonte de luz intensa. A
revelação (processamento químico) do filme converte a iluminação fraca indirecta reduz as reflexões de luz na
imagem produzida pela exposição da radiação na superfície do filme que podem obscurecer a observação
emulsão a uma imagem permanente, e visível. de interpretação da imagem radiográfica. A Figura 16
ilustra vários tipo de descontinuidades de soldadura que
A interpretação da radiografia envolve a identificação de uma interpretação pode revelar na avaliação de
imagens resultantes das várias áreas claras e escuras radiografias de soldadura.
no filme. As áreas mais escuras representam as partes

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(A) (B) (C)

(A) A falta de penetração é indicado


por uma linha fina e direita. A linha é
direita a ser originada pela linha do
chanfro original.
(B) Falta de penetração causada por
deficiente alinhamento da junta. Esta
condição é normalmente referido como
“hi-low”. É indicado por uma zona mais
escurecida onde a radiação necessitou
atravessar espessura adicional.
(C) Fissura transversal no metal
depositado/fundido. Esta fissura podia
também ser encontrada por inspecção
visual, ensaio de partículas
magnéticas, ou de líquidos
penetrantes.
(D) Porosidade. A porosidade é
indicada por imagens escuras de
formato oval.
(E) Inclusão de escória alongada. A
imagem radiográfica mostra que a
inclusão de escória é intermitente.

(D) (E)

Figura 16 –Radiografias Típicas de Descontinuidades de Soldadura

18
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Uma limitação significativa da radiografia é que as (4) É requerida a acessibilidade de ambos os lados da
descontinuidades tem que estar favoravelmente peça para se preparar o equipamento de ensaio.
alinhadas com o feixe de radiação para serem
devidamente detectadas. Não costuma ser um Comparado com outros métodos de ensaio não
problema para descontinuidades do tipo porosidade ou destrutivo, a radiografia tem as seguintes vantagens:
escórias (volúmicas) pois são normalmente de secção (1) Não está normalmente restringido quanto ao tipo
redonda e alinham com o feixe em qualquer direcção. de material.
Não é o caso de descontinuidades planares tais como
fissuras, falta de fusão, e as laminações. Uma porção (2) Podem ser detectadas descontinuidades
substâncial destas descontinuidades devem estar superficiais e subsuperficiais.
favoravelmente alinhada para ser devidamente (3) As imagens radiográficas ajudam na
detectada pelo inspector. A Figura 17 ilustra esta caracterização (identificação) das
limitação. descontinuidades.
A radiografia tem também outras limitações: (4) A radiografia pode ser utilizada para executar um
(1) Apresenta um potencial perigo de radiação para os mapa, ou transparência, de forma a localizar a
operadores e o público. orientação exacta do defeito e assistir na remoção
da condição inaceitável no componente soldado.
(2) O custo do equipamento radiográfico, instalações,
programas de segurança, e licenciamentos 3.5 Ensaio de Ultra-Sons (US) (UT)
relacionados são bastante elevados.
O ensaio de ultra-sons (US) tem vindo a tornar-se num
dos métodos de END mais utilizados. A sua aplicação
primária é a detecção e caracterização de
descontinuidades internas. è também utilizado para
detectar descontinuidades superficiais, para definir
características de ligação, e para medir espessuras. O
método eco-pulsado com representação em A-scan é o
mais utilizado para inspeccionar soldaduras. Este
sistema utiliza um tubo de raios catódicos (CRT) ou
écran digital para representar a informação do ensaio.
Os componentes básicos do método eco-pulsado são
mostrados num diagrama na Figura 18.
As ondas sonoras de alta frequência são introduzidas no
material para detectar descontinuidades superficiais e
subsuperficiais. As ondas de som deslocam-se através
do material com alguma perda de energia (atenuação) e
são reflectidas nas interfaces. O feixe de som reflectido
é detectado e analisado para definir a presença e
localização de descontinuidades.
Em muitos aspectos, um feixe de ultra-sons é similar a
um feixe de luz; ambos são ondas e obedecem à
equação geral de onda. Cada uma desloca-se a uma
velocidade característica num dado meio homogéneo. A
velocidade dada para um determinado meio depende
das propriedades do meio e do movimento vibracional
da onda. Tal como os feixes de luz, os feixes de ultra-
sons são reflectidos nas superfícies (ver Figura 19);
refractados quando atravessam interfaces entre duas
substâncias com diferentes características de
velocidade do som (ver Figura 20); e difractados em
arestas ou à volta de obstáculos (ver Figura 21). A
dispersão em superfícies rugosas, partículas, ou grãos
grosseiros reduz a energia de um feixe de ultra-sons, da
forma similar a que a dispersão reduz a intensidade de
um feixe de luz.
O ensaio de ultra-sons é normalmente executado quer
Figura 17 –Detecção de Descontinuidades Planares
com ondas longitudinais (feixe direito) ou com ondas de
em Várias Orientações por Radiografia
corte (feixe angular). As frequências mais utilizadas são
(3) Existe um período relativamente elevado quando entre 1 e 5 MHz, com feixes de som a ângulos de 0, 45,
comparado com PM, LP, IV, e ET, entre o 60, e 70 graus medidos a partir da linha perpendicular à
processo de exposição e a disponibilidade de superfície do material.
resultados.

19
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forma que uma descontinuidade. Portanto, deve ser


tomado o cuidado de durante o ensaio de ultra-sons de
juntas com geometrias complexas (tais como soldaduras
com barras de suporte)de forma a garantir que as
indicações são resultado da presença de
descontinuidades e não apenas devido à configuração
da junta. A Figura 25 ilustra uma descontinuidade
verdadeira (inclusão de escória) mascarada por uma
indicação falsa de uma barra de suporte; no entanto,
esta descontinuidade pode ser avaliada realizando o
ensaio pelo outro lado da soldadura.

(A)
INCIDÊNCIA NORMAL

(B)
INCIDÊNCIA ANGULAR

Figura 18 – Diagrama do Detector de Falhas Eco-


Pulsado

Num ensaio com feixe longitudinal (usualmente utilizado (C)


para ensaiar chapas), o som na forma de vibrações INCIDÊNCIA DE CANTO
ultra-sónicas é introduzido na peça perpendicular
(normal) à superfície de entrada pela sonda de feixe Figura 19 – Similaridades Entre Reflexões de Luz e
direito (Ver Figura 22). Quando a superfície de entrada e Som nas Interfaces
a de trás são paralelas, a reflexão da face de trás
aparecerá no ecrã. Uma descontinuidade que esteja É na generalidade desejável que o feixe de som
entre a superfície da frente e a de trás também intercepte o plano da descontinuidade a ou perto de 90
aparecerá representada do ecrã. Medindo a altura da graus para que a máxima quantidade de som seja
reflexão no ecrã, de uma descontinuidade real ou reflectida para o transdutor. No entanto, as fissuras que
artificial de dimensão conhecida, pode-se estabelecer não estão orientadas perpendicularmente ao feixe de
um nível de referência para que reflexões de ultra-sons podem ser detectadas devido às suas
descontinuidades de dimensões desconhecidas possam superfícies não serem lisas e o som é reflectido pelas
ser avaliadas. facetas que sejam aproximadamente perpendiculares ao
feixe. A selecção da superfície da sonda depende da
A técnica de feixe angular (ver Figura 23) é utilizada acessibilidade. A selecção da superfície da sonda é
para o ensaio de soldaduras. Idealmente, apenas devem também baseada no formato da soldadura e estrutura.
aparecer descontinuidades no ecrã, durante um ensaio
com feixe angular (ver Figura 24). Este nem sempre é o
caso, no entanto, os limites geométricos do componente
a ser ensaiado reflectem por vezes o som da mesma

20
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Figura 20 – Refracção
Figura 21 – Difracção

Figura 22 – Exemplo de Ensaio Longitudinal

21
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Figura 23 – Sem Descontinuidades

Figura 24 – Descontinuidade

Figura 25 – Falta de Fusão da Barra de Suporte

22
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O arranjo do varrimento tem que ser suficiente para (1) A operação manual requer uma atenção cuidada
passar o feixe de som projectado por todo o volume da por parte de operadores com experiência.
soldadura e zona termicamente afectada de forma a
permitir a detecção de possíveis descontinuidades. Isto (2) É requerido um extenso conhecimento técnico
requer uma larga variedade de sondas angulares para o desenvolvimento de procedimentos de
disponíveis. Em casos especiais , as sondas são feitas ensaio e de interpretação de indicações.
com ângulos específicos não normalizados. (3) Componentes que sejam rugosos, de forma
Uma vez que é importante interceptar a descontinuidade irregular, muito pequenos ou finos, ou não
a 90 graus, é comum a utilização de mais de uma sonda homogéneos são difíceis de ensaiar.
angular para ensaiar uma determinada soldadura. Por (4) As descontinuidade que estejam na camada de
exemplo, o AWS D1.1, Código para a Soldadura de material logo abaixo da superfície de ensaio
Estruturas – Aço especifica os ângulos a serem podem não ser detectadas.
utilizados para determinadas espessuras e
configurações de juntas. (5) São necessários acoplantes para fornecer uma
transferência efectiva da energia onda-ultra-sónica
As principais vantagens do ensaio de ultra-sons, entre a sonda e o componente a ser ensaiado.
comparado com os outros métodos de ensaio não
destrutivo de componentes metálicos são: (6) São necessários padrões/calibres de referência
que dupliquem as condições exactas do ensaio
(1) Permite a detecção de descontinuidades a para calibrar o equipamento.
grandes profundidades do componente.
(2) A alta sensibilidade permite a detecção de
3.6 Ensaio Electromagnético (ET)
descontinuidades muito pequenas. O ensaio electromagnético (correntes induzidas) pode
ser definido como um método de ensaio não destrutivo
(3) Maior precisão em determinar a posição de
electromagnético em que pequenas corrente eléctricas
descontinuidades internas, estimar a dimensão e
são induzidas num material, e quaisquer alterações no
caracterizar a orientação, forma e natureza.
escoamento destas correntes no material são
(4) Necessita que apenas uma face esteja acessível. detectadas por uma bobine para subsequente
processamento electrónico e apresentação. A sua
(5) Fornece indicações quase instantâneas das utilização para inspecção de soldaduras para detecção
indicações. Isto torna o método adequado para de descontinuidades superficiais ou subsuperficiais, é
interpretação imediata, automação, amostragem apenas uma das muitas aplicações (ver Figura 26). As
rápida, monitorização de produção em linha, e técnicas de correntes induzidas (Correntes de Eddy ou
controlo do processo. Com alguns sistemas, um Foucault) têm também sido aplicadas com sucesso a
registo permanente dos resultados do ensaio pode medir conductividade, tamanho de grão, dureza, e
ser efectuado para uma futura referência. espessura; para identificar materiais com diferentes
(6) A capacidade de sondar permite o ensaio do composições, microestrutura, permeabilidades
volume de material que se estende desde a frente magnéticas, e condição de tratamento térmico; e para
até à superfície de trás de uma soldadura. determinar a espessura de revestimentos e
chapeamento de vários materiais.
Algumas desvantagens do ensaio de ultra-sons incluem:

Figura 26 – Ensaio de Correntes Induzidas de uma Soldadura

23
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Em ensaios de correntes induzidas, passa-se uma Vários dos tipos de sondas de superfície mais utilizados
corrente alterna através de um a bobine colocada na estão representadas na Figura 28. Estas sondas podem
proximidade da soldadura. A corrente alterna na bobine ser utilizadas em qualquer posição e são normalmente
cria um campo magnético alternado no material. O manipuladas manualmente.
campo magnético alternado na soldadura, por outro
lado, cria correntes eléctricas (correntes de Várias das vantagens da utilização do ensaio de
Eddy/Foucault) no material. Estas correntes induzidas, correntes induzidas em soldaduras incluem:
que variam com o campo magnético, criam o seu próprio (1) O equipamento utilizado com as sondas de
campo magnético que interage com o campo inicial. A superfície é geralmente leve e portável (ver Figura
bobine de ensaio, ou em alguns casos uma bobine 27).
externa, é electronicamente monitorizada para detectar
quaisquer alterações nesta interacções de campos. As (2) Algumas condições da superfície da soldadura,
descontinuidades na soldadura vão alterar a magnitude tais como rugosidade excessiva ou pequenos
e direcção das correntes induzidas e assim são bordos queimados, podem resultar em irrelevantes
detectadas através do sinal de ensaio. O sinal é então com outros métodos de END. Soldaduras com tais
representado num mostrador analógico, digital, tubo de condições podem ser normalmente ensaiadas por
raios catódicos (CRT), plotter x-y, ou registador de fita técnicas de correntes induzidas sem a
dependendo do equipamento particular ou aplicação. necessidade de verificar a relevância da indicação
por processamento posterior (por exemplo
Uma bobine comum utilizada para inspecção de rebarbar para remover a irregularidade superficial
soldaduras está representada na Figura 27. A Figura 27 e reensaiar).
representa uma bobine circular que é principalmente
utilizada em tubagem soldada com uma junta (3) O contacto intimo entre o metal depositado/fundido
longitudinal topo a topo. Como as correntes induzidas e a sonda não é requerido, pelo que soldaduras
fluem numa direcção circular, as descontinuidades pintadas ou revestidas podem ser ensaiadas. Isto
longitudinais produziriam a maior alteração do permite também o ensaio de superfícies quentes e
escoamento das correntes induzidas. resultar em ganhos significativos em áreas de
Consequentemente, esta técnica seria mais sensível a inspecção em serviço e inspecções periódicas de
descontinuidades orientadas na longitudinal. O tubo é manutenção.
normalmente passado em roletes através da bobine, o (4) Em alguns casos, como o ensaio de um tubo
que torna a técnica própria para automação. O seu soldado, o processo pode ser parcialmente o
tamanho, o ziguezaguear, a alma (se existir) variam com completamente automatizado para facilitar a
o tipo de material, orientação das descontinuidades de inspecção relativamente barata a alta velocidade.
interesse, e dimensão da menor descontinuidade de
interesse. Existem três limitações gerais à utilização de ensaios de
correntes induzidas em soldaduras:
(1) O artigo de ensaio (por exemplo, soldadura) tem
de ser um condutor eléctrico.
(2) A profundidade de inspecção está geralmente
limitada a 6 mm (1/4 in.) para materiais não
ferromagnéticos e 0.25 mm (0.010 in.) para
materiais ferromagnéticos. A penetração em
materiais ferromagnéticos pode ser
significativamente aumentada utilizando técnicas
especiais tais como saturação magnética da área
a ser ensaiada.
(3) Como várias variáveis podem afectar o sinal da
corrente induzida (isto é, permeabilidade,
conductividade, posição da sonda e contorno da
soldadura), deve-se ter o cuidado de suprimir ou
separar as variáveis sem influência daquelas que
têm interesse. Sondas protegidas podem ser
utilizadas para se conseguir esta supressão mais
rapidamente.

Figura 27 – Bobine Circular para Ensaio por


Correntes Induzidas de Tubo Soldado

24
AWD B1.10:1999

Figura 28 –Sondas de Superfície Típicas de Correntes Induzidas para Ensaio de Soldaduras

3.7 Ensaio de Estanquidade (Estanquecidade) (3) Observação pelo lado oposto, da parede do
componente para evidencias da passagem do
O ensaio de estanquidade é um meio de determinar a fluido de ensaio através da parede do
capacidade do componente de conter determinado componente.
produto sob pressão, mesmo que essa pressão seja só
a atmosférica. Este método pode ser utilizado em (4) Nos casos em que são utilizados gases, soluções
qualquer componente metálico ou não metálico que de sabonária ou outros dispositivos especiais de
possa ser pressurizado ou efectuado vácuo. Este é um detecção podem ser aplicados para indicar a
tipo de método de ensaio importante para qualquer presença de gás.
material que possa sofrer vácuo ou ser pressurizado.
3.7.2
Uma vez que as soldaduras são aplicadas para unir as
secções destes componentes, é pratica comum o ensaio A forma mais simples de ensaio de estanquidade é
de estanquidade das soldaduras completas para quando o líquido de ensaio é colocado no interior do
determinar a sua sanidade. objecto a ser ensaiado. Depois o exterior do objecto é
examinado para detectar a presença de qualquer líquido
3.7.1 que tenha penetrado através da parede. O enchimento
O ensaio de estanquidade é um termo geral que se de um recipiente de armazenamento com água e
aplica a um número de diferentes técnicas. No entanto, observar o exterior do recipiente seria um exemplo deste
em cada um desses ensaios diferentes, os princípios tipo de ensaio de estanquidade.
básicos são os mesmos. Os elementos básicos de um
3.7.3
ensaio de estanquidade são os abaixo listados:
A variação desta prática seria a aplicação se alguma
(1) Introdução de um fluido de ensaio (normalmente pressão adicional para aumentar a mobilidade do líquido
um gás ou um líquido) no interior ou exterior do através da parede do componente. Esse é o caso em
componente a ser ensaiado. que um recipiente sob pressão é sujeito a um teste
(2) Pode ser aplicada alguma pressão positiva para hidrostático, onde a água é o fluido de ensaio. Esta
promover o movimento do fluido de ensaio através pressão pode ser fornecida por bombagem do líquido a
das paredes do componente. alguma alta pressão ou introduzindo uma adição de gás
no fluido de ensaio. Em alguns casos, o fluido de ensaio

25
AWD B1.10:1999

pode ser totalmente gasoso, como no caso de um Por exemplo, a forma da soldadura, a compatibilidade
ensaio pneumático, onde é utilizado ar comprimido. do material com o método escolhido, e o processo de
soldadura todos afectam a escolha do método.
3.7.4
A Tabela 4 relaciona os tipos de juntas a métodos de
Nos casos em que ar ou outro gás é utilizado como ensaio não destrutivo aplicáveis. Novamente, é
fluido de ensaio, a sua presença no lado do componente necessária mais informação antes de se escolher
de baixa pressão pode ser difícil de observar. Uma determinado método. Tipo e forma de material, processo
técnica de melhoramento é a imersão do componente de soldadura, nível crítico do componente soldado, e
num banho líquido ou a projecção de uma solução de tipos de descontinuidades inaceitáveis devem ser
sabonária na superfície exterior. Se o gás ganhou considerados na selecção do método de ensaio mais
passagem através da parede do componente, irá cria apropriado.
bolhas no banho líquido ou filme de sabonária que
podem ser facilmente detectadas visualmente. Não se deve tentar retirar conclusões comparando uma
tabela com outra. Cada tabela vale por si e apenas é
3.7.5 fornecida como guia geral. Se for necessária mais
O ensaio com caixa de vácuo é uma variação do ensaio informação adicional além da apresentada, na Secção 5
de estanquidade onde o inspector apenas tem acesso a é referido material suplementar de leitura, ou então deve
um lado do componente a ser ensaiado. Onde, a ser contactado um consultor competente em ensaios
solução de sabonária é aplicada à área de ensaio e uma não destrutivos.
caixa com vedante de borracha com uma janela é Mais informação sobre a aplicabilidade dos vários
colocada sobre a área. Utilizado uma válvula de bypass métodos de ensaio não destrutivo pode ser encontrada
com um compressor de ar ou uma bomba de vácuo, o ar no Anexo A.
é evacuado da caixa para produzir uma pressão
negativa. Se existir uma fuga, bolhas irão ser formadas
no filme de sabonária. Esta técnica é normalmente 5. Material Suplementar de Leitura
aplicada para o ensaio de chãos (fundos) de tanques de
armazenamento. (1) Krautkramer, J. e H. Krautkramer, Ultrasonic
Testing of Materials, New York, NY: Springer-
3.7.6 Verlag, Inc.
Um tipo de ensaio de estanquidade adicional a ser aqui (2) McMaster, Robert C. Ed., Nondestructive Testing
discutido utiliza um gás com umas moléculas muito Handbook, 1st Ed, Columbus, OH: The American
finas como fluido de ensaio. Hélio é o gás mais utilizado Society for Nondestructive Testing.
para este propósito. O Hélio é introduzido no objecto de
th
ensaio sob pressão. É então detectado no lado oposto (3) Nondestructive Inspection and Quality Control, 9
do componente utilizando instrumentos especiais tal Ed., ASM Metals Handbook, Vol. XVII, Metals
como um espectrómetro de massa. Esta forma de Parks, OH: ASM International.
ensaio de estanquidade fornece uma alta sensibilidade,
(4) Nondestructive Testing Training Handbook Series,
na capacidade de detectar a menor das fugas.
San Diego, CA: General Dynamics/Convair
Division. Disponivel da American Society for
4. Interrelações Entre Processos de Nondestructive Testing, Columbus, OH.
Soldadura, Descontinuidades, e (5) Radiography in Modern Industry, 4
th
Ed.,
Métodos de Ensaio Rochester, NY: Eastman Kodak Co.

Esta secção inclui várias tabelas indicando as relações (6) Richardson, H. D., Industrial Radiography Manual,
particulares existentes entre processos de soldadura, Washington, D.C.: Government 1968. Reimpresso
descontinuidades, e métodos de ensaio. Esta 1979 pela The American Society for
informação é fornecida como referência e não deve ser Nondestructive Testing.
aplicada a todas as situações específicas de inspecção. (7) Standard Terminology and Definitions for Weld
Muitos factores que estão para além do objectivo deste Conditions and Defects, NAVSHIPS 250-634-7.
guia afectam estas relações. Por exemplo, a Tabela 2 (8) Standard Symbols for Welding, Brasing, and
lista as descontinuidades para cada processo de Nondestructive Examination, AWS2.4, Miami, FL:
soldadura que podem ocorrer sobre várias condições e American Welding Society.
com várias combinações de metais de adição e base.
th
Quando se controla as variáveis de soldadura (9) Connor, L.P., Welding Handbook, 8 Ed. Vol. 1,
específicas, e dependendo do tipo de metais de adição Miami, FL: American Welding Society.
e base, não se espera que apareçam algumas das
(10) Welding Inspection. 2nd Ed., Miami, FL: American
descontinuidades .
Welding Society.
A Tabela 3 relaciona os métodos de ensaio com os
(11) Standard Welding Terms and Definitions, AWS
vários tipos de descontinuidades. Devem também ser
A3.0, Miami, FL: American Welding Society.
considerados outros factores antes de ser escolhido o
método de ensaio para se obter resultados consistentes.

26
AWD B1.10:1999

Tabela 3
Métodos de Inspecção de Soldadura Comuns vs. Descontinuidades
Métodos de Inspecção
Descontinuidades RT US (UT) LP (PT) PM (MT) IV (VT) ET LT
Porosidade A O A O A O A
Inclusões de Escória A O A O A O O
Falta de Fusão O A U O O O U
Falta de Penetração A A U O O O U
Bordos Queimados A O A O A O U
Desbordo/Sobreposição U O A A O O U
Fissuras O A A A A A A
Laminação U A A A A U U
Nota:
a. Superficial
b. Superficial e levemente subsuperfícial
c. Preparação da Soldadura ou aresta do metal base
d. O Ensaio de Partículas Magnéticas é aplicável apenas a materiais ferromagnéticos.
e. O Ensaio de Estanquidade é apenas aplicável a estruturas fechadas e que possam ser seladas e pressurizadas durante o ensaio.

Legenda:
RT – Ensaio Radiográfico
US (UT) – Ensaio de Ultra-Sons
LP (PT) – Ensaio de Líquidos Penetrantes, incluindo o ensaio por via colorida e fluorescente (DPT / FPT)
PM (MT) - Ensaio de Partículas Magnéticas
IV (VT) – Inspecção Visual
ET – Ensaio de Correntes Induzidas (Electromagnético)
LT – Ensaio de Estanquidade

A – Método Aplicável
O – Aplicável marginalmente (dependente de outros factores tal como espessura de material, dimensão da descontinuidade, orientação, e localização)
U – Usualmente não utilizado

Tabela 4
Métodos de Ensaio Aplicáveis – Cinco Tipos de Juntas de Soldadura
Métodos de Inspecção
Juntas RT US (UT) LP (PT) PM (MT) IV (VT) ET LT
Topo a Topo A A A A A A A
Canto O A A A A O A
de Canto em T O A A A A O A
Sobreposta O O A A A O A
Cunha (aresta) O O A A A O A
Legenda:
RT – Ensaio Radiográfico
US (UT) – Ensaio de Ultra-Sons
LP (PT) – Ensaio de Líquidos Penetrantes, incluindo o ensaio por via colorida e fluorescente (DPT / FPT)
PM (MT) - Ensaio de Partículas Magnéticas
IV (VT) – Inspecção Visual
ET – Ensaio de Correntes Induzidas (Electromagnético)
LT – Ensaio de Estanquidade

A – Método Aplicável
O – Aplicável marginalmente (dependente de outros factores tal como espessura de material, dimensão da descontinuidade, orientação, e localização)

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Anexo A
Guia de Selecção do Método de Ensaio
(Este Anexo não faz parte da AWS B1.10:1999, Guia para o Ensaio Não Destrutivo de Soldaduras, mas é incluído para
fins meramente informativos)

Necessidades de Equipamentos Aplicações Vantagens Limitações

Visual
Lupas, contraste de cor, Componentes soldados que O método é económico e O método está apenas limitado
projectores, outro equipamento de apenas têm expedito, e requer às condições externas ou de
medida, ex. escalas, micrómetros, descontinuidades à relativamente pouco treino e superfície e à acuidade visual
comparadores ópticos, lanternas. superfície relativamente pouco do inspector
equipamento para muitas
aplicações
Líquidos Penetrantes
Penetrante colorido ou fluorescente, Componentes soldados que O equipamento é portátil e Filmes superficiais tais como
reveladores, produtos de limpeza apenas têm relativamente barato. Os revestimentos, escamamento
(solventes, emulsificadores, etc.). descontinuidades à resultados da inspecção são podem mascarar ou esconder
Equipamento de limpeza adequado. superfície rápidos. Os resultados são descontinuidades.
Luz ultravioleta se for utilizado facilmente interpretados. Não Sangramento das superfícies
penetrante fluorescente requer energia eléctrica porosas pode também
exceptuado o caso de fontes de mascaras indicações. Os
luz. componentes tem de ser limpos
antes e depois da inspecção.
Partículas Magnéticas
Pontas, Yokes, bobines indicadas Componentes soldados que O método é relativamente O método é apenas aplicável a
para induzir magnetismo à têm descontinuidades à ou económico e rápido. O materiais ferromagnéticos. Os
soldadura. Fonte de potência perto da superfície equipamento de inspecção é componentes tem de ser limpos
(eléctrica). Pós magnéticos – considerado portátil. Ao antes e depois da inspecção.
algumas aplicações requerem contrário de LP, as partículas Os revestimentos espessos
instalações especiais e luzes magnéticas podem detectar podem mascarar
ultravioleta. algumas descontinuidades logo descontinuidades inaceitáveis.
abaixo da superfície. Algumas aplicações requerem
que o componente seja
desmagnetizado após a
inspecção. O ensaio por
partículas magnéticas requer a
utilização de energia para
quase todas as utilizações.
Radiografia (Gama)
Fontes de raios gama, Componentes soldados O método geralmente não está As descontinuidades planares
negatoscópio, molas de filmes, com descontinuidades restringido ao tipo de material devem estar favoravelmente
filmes, ecrãs de chumbo, volúmicas tais como ou à estrutura de grão. O alinhadas com o feixe de
equipamento de processamento de porosidade, falta de método pode detectar radiação para serem realmente
filmes, instalações de exposição, penetração, escória, etc. descontinuidades superficiais detectadas. A radiação é um
equipamento de monitorização de Descontinuidades do tipo ou subsuperficiais. As imagens potencial risco para os
radiação. lamelar tais como fissuras e radiográficas ajudam a operadores. O custo do
falta de fusão podem ser caracterizar as equipamento radiográfico,
detectados com uma menor descontinuidades. O filme instalações, programas de
fiabilidade. Em algumas fornece um registo permanente segurança, e licenciamentos
aplicações pode também para futuras avaliações. relacionados são bastante
ser utilizado para avaliar elevados. Período
requerimentos relativamente elevado entre o
dimensionais tais como processo de exposição e a
alinhamento, condições da disponibilidade de resultados. É
raiz, e espessura da requerida a acessibilidade de
parede. ambos os lados da peça.

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Necessidades de Equipamentos Aplicações Vantagens Limitações

Radiografia (RX)
Fontes de raios X (máquinas), fonte Mesma aplicação que Mesmo que os raios gama, Alto custo inicial do
potência eléctrica, mesmo acima excepto que a radiografia por equipamento de RX. Não é
equipamento geral que o utilizado RX pode utilizar níveis de geralmente considerado portátil.
com os raios gama (acima) energia ajustáveis, e na E também, as mesmas
generalidade produz limitações que os raios gama.
radiografias com melhor
qualidade que as fontes gama.
Ultra-Sons
Instrumento eco-pulsado capaz de O método pode detectar O método é mais sensível com A condição da superfície tem de
excitar um material piezoeléctrico e quase todas as defeitos do tipo planar. Os ser a indicada para acoplar o
gerar energia ultra-sónica na descontinuidades incluindo resultados dos ensaios são transdutor. É requerido um
soldadura, um ecrã capaz de fissuras, escória, e falta de conhecidos imediatamente. O líquido acoplante. Pequenas, e
representar as magnitudes da fusão. Pode também ser método é portátil, e a maior finas soldaduras podem ser
energia da onda de som recebida. utilizado para verificar a parte dos detectores de falhas difíceis de inspeccionar. São
Padrões/calibres de calibração e espessura do metal base. de ultra-sons são operados com requeridos padrões/calibres de
acoplantes. baterias. O método tem um alto referência e operadores ou
poder de penetração. inspectores com competências
relativamente elevadas.
Correntes Induzidas
Um instrumento capaz de induzir Componentes soldados que O equipamento utilizado com Inspecção de penetração
campos electromagnéticos na têm descontinuidades à ou sondas de superfície é relativamente baixa. Muitos
soldadura e detectar as correntes perto da superfície. Os normalmente leve e portátil. materiais e variáveis do ensaio
eléctricas resultantes (Eddy ou elementos de liga ou Podem ser ensaiadas podem afectar o sinal de
Foucault) com uma sonda ou tratamento térmico podem soldaduras revestidas ou ensaio.
detector. Padrões/calibres de afectar os resultados. pintadas. O método pode ser
calibração. parcialmente ou completamente
automatizado para facilitar a
inspecção relativamente barata
a alta velocidade.
Ensaio de Estanquidade
O ensaio de estanquidade requer Componentes soldados Relativamente barato e fácil de Requer uma fonte de água ou
um fluido líquido ou gasoso, uma com descontinuidades que executar se for possível a outro fluido, um meio de
bomba para aplicar um diferencial atravessem a espessura. detecção visual das fugas. eliminar o fluido, e o
de pressão a um dos lados da Fluidos especiais, tal como componente soldado pode
soldadura e um dispositivo para Hélio, requerem equipamento requerer limpeza após o ensaio
conter a pressão se o componente mais sofisticado para detectar.
soldado não é uma estrutura No entanto um ensaio de
fechada. Pode também ser estanquidade com Hélio é muito
requerido um instrumento de sensível.
detecção se o fluido de penetração
na soldadura não poder ser
detectado visualmente.

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Anexo B
Símbolos e Abreviações de END

(Este Anexo não faz parte da AWS B1.10:1999, Guia para o Ensaio Não Destrutivo de Soldaduras, mas é incluído para
fins meramente informativos)

B1. Elementos do Símbolo de Ensaio Não B1.2 Símbolos Suplementares. Os símbolos


Destrutivo suplementares a serem utilizados na simbologia de
ensaios não destrutivos devem ser os seguintes:
O símbolo de ensaio consiste nos seguintes elementos:
(1) Linha de Referência
(2) Seta
(3) Letras da designação do método de ensaio
(4) Extensão e número de ensaios
(5) Símbolos suplementares B1.3 Localização Normalizada dos
(6) Cauda (especificações, códigos, e outras Elementos de um Símbolo de END. Os elementos
referências) de um símbolo de ensaio não destrutivo têm uma
localização normalizada em relação aos outros como
representado na Figura B1.
B1.1 Letras de Designação do Método de
Ensaio. Os métodos de ensaio não destrutivo devem
se referidos com a utilização das siglas abaixo B2. Definições Gerais
indicadas:

Método de Ensaio Sigla B2.1 Significado da Localização da Seta. A seta


Emissão Acústica AET liga a linha de referência ao elemento a ser ensaiado. O
lado do componente para qual a seta aponta deve ser
Electromagnético ET considerado como o lado da seta do componente. O
lado oposto ao lado da seta do componente deve ser
Estanquidade LT
considerado de o outro lado.
Partículas Magnéticas PM (MT)
Radiografia por Neutrão NRT B2.2 Localização das Siglas
Líquidos Penetrantes LP (PT)
Prova (Ensaiar a Capacidade PRT B2.2.1 Localização no Lado da Seta. Os ensaios a
do Funcionamento em Serviço) serem executados no lado da seta do componente são
especificados colocando a sigla do método de ensaio
Radiográfico RT seleccionado por baixo da linha de referência.
Ultra-Sons US (UT)
Visual IV (VT)

PM IV

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Figura B 1 – Localização Normalizada dos Elementos

B2.2.2 Localização no Outro Lado. Os ensaios a B2.2.5 Combinação de Ensaios. Podem ser
serem executados no outro lado do componente são especificados mais do que um método de ensaio para o
especificados colocando a sigla do método de ensaio mesmo componente, colocando a combinação de siglas
seleccionado por cima da linha de referência. dos ensaios seleccionados nas posições relativas à
linha de referência apropriadas. As siglas para dois ou
mais métodos de ensaios, a serem colocados no mesmo
lado da linha de referência ou centrada na linha de
US RT
referência, são separadas por um sinal mais.

LP LT+PRT
US+RT RT

B2.2.3 Localização nos Dois Lados. Os ensaios a


serem executados em ambos os lados do componente
são especificados colocando as siglas dos métodos de
ensaio seleccionados em ambos os lados da linha de
referência. B2.2.6 Símbolos de Soldadura e END. Símbolos de
ensaios não destrutivos e símbolos de soldadura podem
ser combinados.

LP PM
IV PM PM
US
PM

B2.2.4 Localização Centrada na Linha de


PRT IV+RT
Referência. Quando o lado da seta ou outro lado não
tem qualquer significado para a Sigla, ou não existe
preferência a partir de que lado o ensaio é realizado, a
sigla é centrada na linha de referência.

RT

ET AET

B2.3 Sistema de Unidades Métrico e


Americano. Quando é requerido especificar
dimensões com símbolos de ensaios não destrutivos,
deve ser utilizado o mesmo sistema de unidades da

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AWD B1.10:1999

norma do desenho. Duplo dimensionamento deve ser


evitado com os símbolos de ensaio não destrutivo. Se
for requerido incluir conversões de um sistema de
unidades para outro , uma tabela de conversões pode
ser incluída no desenho. Para orientação de como
elaborar normas, é feita referência ao ANSI Y14,
Drafting Manual. Como guia de orientação na utilização
do sistema métrico de unidades (SI), é feita referência
ao AWS A1.1, Metric Practice Guide for the Welding
Industry.

B3. Símbolos Suplementares

B3.1 Ensaiar a Toda A Volta. Os ensaios a serem


executados a toda a volta da soldadura, junta ou
componente são especificados colocando o símbolo de
ensaiar a Toda A Volta na junção da seta com a linha de
referência.

LP
PM B4. Especificações, Códigos, e
Referências
A informação, aplicável ao ensaio especificado e que
não é fornecida de outra forma, pode ser colocada na
cauda do símbolo de ensaios não destrutivos.
B3.2 Ensaiar em Estaleiro/Campo. Os ensaios a
serem executados em estaleiro/campo ou em montagem
(não no fabrico) são especificados colocando o símbolo
de ensaiar em estaleiro na junção da seta com a linha LP
A-12 354
de referência. RT

PM
US
B5. Extensão, Localização, e Orientação do
Ensaio Não Destrutivo

B3.3 Direcção de Radiação. A direcção da radiação B5.1 Especificação do Comprimento da Secção


penetrante pode ser especificada pela utilização do a ser Ensaiada
símbolo da direcção de radiação no ângulo requerido no
desenho e o ângulo indicado, em graus, para garantir
B5.1.1 Representação do Comprimento. Para
que não existem enganos.
especificar o ensaio de soldaduras ou partes em que
apenas o comprimento da secção precisa de ser
considerado, a dimensão do comprimento é colocada à
direita da sigla.

LP 250

PM 8

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B5.1.2 Representação da Localização. Para enquadramentos são localizados com coordenadas


especificar a localização exacta da secção a ser dimensionais ou cotas.
ensaiada, assim como o comprimento, utilizam-se linhas
dimensionais ou cotas.

B5.1.3 Ensaio de Todo o Comprimento. Quando


todo o comprimento do componente é para ensaiar, não
é necessário incluir nenhuma dimensão de comprimento
no símbolo de ensaio não destrutivo.

B5.1.4 Ensaios Parciais. Quando se pretende ensaiar


menos que 100% do comprimento da soldadura ou da
parte, com localizações a serem determinadas através
B5.3.2 Áreas de Revolução. Para ensaiar não
de procedimentos específicos, o comprimento a ensaiar
destrutivamente uma área de revolução, a área é
é especificado através da apropriada percentagem que
especificada utilizando o símbolo ensaiar a Toda A Volta
deve ser colocada à direita da sigla de designa o ensaio
e dimensões apropriadas. A ilustração seguinte
não destrutivo. O procedimento que é relevante ou
especifica:
especificado pode ser mencionado através da inserção
da sua referência na cauda do símbolo de ensaio não (1) Ensaio de Partículas Magnéticas no interior da
destrutivo. flange a uma distância de 2 in desde a face direita, a
toda a volta da circunferência.
(2) Ensaio radiográfico de uma área de revolução
PM 50% onde as dimensões não estão disponíveis no desenho.
RT 25%

B5.2 Quantidade de Ensaios. Para especificar o


número de ensaios a serem executados numa junta ou
componente em locais aleatórios, o número de ensaios
requeridos deve ser colocado em parênteses tanto por
cima ou por baixo da sigla para lá da linha de referência.

(2)
US

RT 8
(3)
O símbolo abaixo especifica uma área de revolução
sujeita a um ensaio interno de prova/capacidade e um
ensaio externo de correntes induzidas. Uma vez que
B5.3 Áreas de Ensaios. As áreas de ensaio não não são dadas dimensões, todo o comprimento será
destrutivo devem ser especificadas por um dos métodos ensaiado.
seguintes:

B5.3.1 Áreas Planas. Para especificar ensaios não


destrutivos numa área representada como um plano no
desenho, a área a ser ensaiada deve ser enquadrada
por seguementos de recta tracejados com um circulo em
cada mudança de direcção. As siglas para os ensaios
requeridos são utilizadas em conecção com estas linhas
como representado em baixo. Quando necessário, estes

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B5.3.3 Emissão Acústica. A emissão acústica é


geralmente aplicada a toda ou a uma grande porção do
componente, como um recipiente sob pressão ou
tubagem. O símbolo abaixo indica a aplicação de AET
ao componente sem a referência específica da
localização dos sensores.

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Anexo C
Normas Típicas da Indústria
(Este Anexo não faz parte da AWS B1.10:1999, Guia para o Ensaio Não Destrutivo de Soldaduras, mas é incluído para
fins meramente informativos)

Abaixo listados estão algumas das normas utilizadas na indústria de soldadura para o fabrico e ensaio ou inspecção. São
aqui listadas por nome de categoria e sociedade.

Categoria Sociedade (Entidade) Título

Reservatório American Society of Mechanical Engineers (ASME) Código de Caldeiras de Reservatórios sob Pressão
sob Pressão 345 E, 47th Street Secção V, Ensaios Não Destrutivos
New York, NY 10017

Tubagem American Society of Mechanical Engineers (ASME) B31.1 – Tubagens de Processo


345 E, 47th Street
New York, NY 10017 B31.3 – Tubagem de Refinarias de Petróleo e
Instalações Químicas
B31.4 – Sistemas de Tubagem de Transporte de
Petróleo Líquido

American Petroleum Institute (API) Norma 1104 – Norma para a Soldadura de Tubagens e
1220 L Street N. W. Instalações Afins
Washington, DC 20005

Estrutura American Welding Society (AWS) D1.1 – Código para a Soldadura de Estruturas – Aço
550 N. W. LeJeune Road
Miami, FL 33126 D1.2 – Código para a Soldadura de Estruturas –
Alumínio
D1.3 – Código para a Soldadura de Estruturas – Folha
de Aço
D1.4 – Código para a Soldadura de Estruturas – Aço
de Reforço
D9.1 – Código de Soldadura de Chapa Metálica
D3.6 – Especificação para Soldadura SubAquática
QC1 – Norma para a Certificação AWS de Inspectores
de Soldadura (CWI)
QC2 – Prática Recomendada para Treino,
Qualificação, e Certificação de Inspector de Soldadura
Especialista e Inspector de Soldadura Assistente

American Institute of Steel Construction (AISC) Critérios de Aceitação e Normas de Inspecção, 2ª


400 N. Michigan Avenue Edição, Especificações para o Projecto, Fabrico, e
Chicago, IL 60611 Montagem de Estruturas Relacionadas com Segurança
para Instalações Nucleares

Naval American Bureau of Shipping (ABS) Regras para Construção e Classificação de


Two World Trade Center Reservatórios de Aço, Secção 43
106th Floor
New York 10048

Militar Naval Publication and Forms Center Mil-Std-248, Mil-Std-278


5801 Taber Avenue
Philadelphia, PA 19120

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Anexo D
Linhas de Orientação para Preparação de Consultas Técnicas
aos Comités Técnicos da AWS
(Este Anexo não faz parte da AWS B1.10:1999, Guia para o Ensaio Não Destrutivo de Soldaduras, mas é incluído para
fins meramente informativos)
do ponto de vista de quem fez a consulta. Desenhos
D1. Introdução podem ser utilizados quando apropriado e todos os
parágrafos, figuras, e tabelas (ou o Anexo), que seja o
O Conselho de Direcção AWS adoptou a política que alvo da consulta deve ser citado. Se o ponto de vista da
todas as interpretações oficiais das normas AWS serão consulta é obter uma revisão à norma, a consulta deve
tratadas da mesma maneira formal. Sobre esta política, fornecer uma justificação técnica para essa revisão.
todas as interpretações são realizadas pelo comité que é
responsável pela norma. As comunicações oficiais D2.4 Resposta Proposta
respeitantes a uma interpretação são feitas através de
um membro do pessoal da AWS que trabalhe naquele Quem fizer a consulta deve, como resposta proposta,
comité. A política requer que todos os pedidos para uma referir uma interpretação da disposição em foco, ou a
interpretação sejam submetidos por escrito. Tais pedidos descrição da revisão proposta, se for o que a pessoa que
serão atendidos da forma mais expedita possível mas fizer a consulta procura.
devido à complexidade do trabalho e dos procedimentos
que têm que ser cumpridos, algumas interpretações
podem requerer algum tempo. D3. Interpretação das Disposições da
Norma
D2. Procedimento Interpretações das disposições da Norma são realizadas
pelo Comité Técnico da AWS relevante. O secretário do
Todas as consultas têm que ser direccionadas a: comité refere todos as consultas ao presidente do
Managing Director, Technical Services subcomité particular que detém a jurisdição sobre a
American Welding Society porção da norma a que a consulta se dirige. O subcomité
revê a consulta e a resposta proposta para determinar
550 N. W. LeJeune Road
qual será resposta à consulta. Seguindo o
Miami, FL 33126 desenvolvimento da resposta pelo subcomité, a consulta
Todas as consultas devem conter o nome, endereço, e e a resposta são apresentadas a todo o comité para
afiliação de quem faz a consulta, e devem fornecer revisão e aprovação. Após aprovação pelo comité, a
informação suficiente para que o comité compreenda por interpretação será uma interpretação oficial da
completo o ponto de vista da dúvida da consulta. Quando Sociedade, e o secretário transmitirá a resposta à pessoa
esse ponto não estiver claramente definido, a consulta que fez a consulta e ao Welding Journal (Jornal de
será devolvida para clarificação. Para um manuseamento Soldadura) para publicação.
eficiente, todas as consultas devem ser escritas à
máquina e devem também vir no formato aqui utilizado. D4. Publicação das Interpretações

D2.1 Objectivo Todas as interpretações oficiais aparecerão no Welding


Journal (Jornal de Soldadura).
Cada consulta deve ser dirigida a uma única disposição
da norma, a menos que envolva duas ou mais D5. Consultas Telefónicas
disposições interrelacionadas. Essa disposição deve
estar identificada no Objectivo da consulta, juntamente Consultas telefónicas à Sede do AWS relativas a
com a edição da norma que contém as disposições. Normas AWS devem-se limitar a questões de natureza
geral ou a assuntos directamente relacionados à
D2.2 Propósito da Consulta utilização da Norma. A política do Conselho de Direcção
AWS requer que todos os membros do pessoal AWS
O propósito da consulta deve estar referido nesta porção respondam a um pedido telefónico para uma
da consulta. O propósito pode ser tanto para obter uma interpretação oficial de qualquer Norma AWS com a
interpretação de um requerimento da Norma, ou para informação de que tal interpretação pode ser apenas
solicitar a revisão de uma disposição particular na obtida através de um pedido escrito. O pessoal da Sede
Norma. não pode providenciar serviços de consultoria. O pessoal
pode, no entanto, referir qualquer dos consultores cujos
nomes constam em ficheiro da Sede AWS.
D2.3 Conteúdo da Consulta
A consulta dever ser concisa, no entanto completa, para
permitir ao comité uma rápida e completa compreensão

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D6. Comité Técnico da AWS oferecer serviços de interpretação ou consultoria em: (1)
problemas de engenharia específicos; ou (2)
As actividades dos Comités Técnicos AWS no que requerimentos de Normas aplicadas a fabricos fora do
relaciona a interpretações, estão estritamente limitados à âmbito do documento ou pontos não especificamente
Interpretação de disposições de Normas preparado pelo cobertos pela Norma. Em tais casos, quem fizer a
Comité ou em consideração de revisões de disposições consulta deverá procurar a assistência de um engenheiro
existentes na base de nova informação ou tecnologia. competente e experiente no campo particular de
Nem o comité nem o pessoal está em posição de interesse.

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Lista de Documentos AWS

Designação AWS Título


B1.10 Guia para o Ensaio Não Destrutivo de Soldaduras
B1.11 Guia para a Inspecção Visual de Soldaduras
Para informações de encomendas, contactar o AWS Order Department, American Welding Society, 550 N. W. LeJeune
Road, Miami, FL 33126, Telefones: (800) 334-9353, (305) 443-9353, ext. 280; FAX (305) 443-7559.

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