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Engenharia de Confiabilidade e Segurança do Sistema 228 (2022) 108810

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Engenharia de Confiabilidade e Segurança do Sistema

página inicial da revista: www.elsevier.com/locate/ress

Avaliação do impacto das práticas de manutenção na sustentabilidade do ativo

Mageed Ghaleb Sharareh Taghipour *

,
O Laboratório de Pesquisa de Confiabilidade, Risco e Manutenção (RRMR Lab), Departamento de Engenharia Mecânica e Industrial, Ryerson University, Toronto, Ontário,
Canadá

INFORMAÇÕES DO ARTIGO ABSTRATO

Palavras-chave: As práticas de manutenção podem desempenhar um papel significativo na busca do desenvolvimento sustentável em vários setores.
Manutenção
No entanto, ainda não existe um método geral para monitorar e avaliar os impactos das intervenções de manutenção na sustentabilidade
Gerenciamento de manutenção
ambiental, social e econômica. Para calcular uma pontuação de sustentabilidade, neste artigo, propomos uma metodologia para
Método de avaliação de sustentabilidade
quantificar e medir os impactos das práticas de manutenção no desempenho da sustentabilidade. A metodologia proposta utiliza os
índice de sustentabilidade
dados disponíveis e agrega algoritmos de correlação com o método do melhor-pior (BWM), um método de tomada de decisão
Indicadores de sustentabilidade
Gestão de ativos
multicritério. A metodologia proposta pode ser aplicada para avaliar o desempenho da sustentabilidade quando um banco de dados
para um conjunto de indicadores relacionados à sustentabilidade relativos às atividades de manutenção está disponível. O objetivo
aqui não é ter uma metodologia complicada, mas simples e que possa ser facilmente aplicada na prática. Para tanto, a metodologia
proposta é implementada em um dashboard de sustentabilidade que pode ser utilizado como uma simples calculadora de pontuação
de sustentabilidade. Um estudo de caso é desenvolvido para demonstrar as implicações práticas do painel de sustentabilidade
proposto. As descobertas demonstram a eficiência da metodologia e sugerem que ela pode funcionar como uma ferramenta valiosa
para profissionais e acadêmicos entenderem os impactos das práticas de manutenção na pontuação geral de sustentabilidade (OSS)
de um ativo.

1. Introdução
Sustentabilidade pode ser geralmente definida como a capacidade de existir
continuamente. O Relatório Brundtland, “Nosso Futuro Comum”, estabeleceu uma
definição de sustentabilidade que tem sido mais amplamente utilizada [1]: “o
desenvolvimento que atende às necessidades do presente sem comprometer a
capacidade das gerações futuras de atender às suas próprias necessidades”. Segundo
Elkington [2], sustentabilidade é alcançar um equilíbrio entre objetivos econômicos,
sociais e ambientais, que são os três pilares da sustentabilidade (lucro, pessoas, planeta).
Nas organizações modernas, o desempenho da sustentabilidade é um dos aspectos
mais importantes a serem considerados ao gerenciar operações [3,4] ou priorizar seus
investimentos [5].
O desempenho sustentável de uma organização (ou de um ativo) refere-se à harmonização
dos objetivos econômicos, ambientais e sociais no processo de atender às necessidades
e expectativas de longo prazo dos clientes e outras partes interessadas para maximizar
o valor. Assim, os sucessos das organizações em termos de sustentabilidade são
medidos usando uma variedade de indicadores relacionados à sustentabilidade, que
devem abranger os três pilares da sustentabilidade [6,7].
Nesse contexto, uma das estratégias mais importantes para alcançar a
sustentabilidade é a manutenção [8,9]. A função de manutenção mudou
tempo, juntamente com o processo de fabricação, de uma ação reativa (ou seja, o mal
necessário) para abordagens preventivas, proativas, enxutas (manutenção enxuta),
verdes (manutenção verde) e modernas, onde deve ser tratado de forma sustentável
(manutenção sustentável) [10,11]. Franciosi et al. [12] definiram este novo paradigma de
manutenção (ou seja, manutenção sustentável) como “um conjunto de processos
interligados que, por um lado, tem de sustentar ativos/equipamentos durante o seu
funcionamento para garantir a conformidade do processo produtivo, dos produtos
fabricados e reduzir seus impactos industriais na economia, na sociedade e no meio
ambiente circundante. Por outro lado, tem que ser uma função empresarial sustentável
limitar suas falhas e impactos gerados durante as atividades de manutenção." Este novo
conceito (ou seja, manutenção sustentável) levou a colocar a manutenção como um
elemento essencial dentro do paradigma do desenvolvimento sustentável. Tal importância
pode ser explicada pela necessidade de manutenção para garantir segurança,
disponibilidade e confiabilidade e fornecer produtos com a qualidade exigida [13].
A manutenção pode melhorar significativamente a sustentabilidade se implementada
adequadamente [14]. Evidências de impactos positivos de práticas de manutenção
adequadas foram relatadas em trabalhos de pesquisa anteriores. Ghaleb et ai. [15] têm
uma descrição detalhada e análise de tais estudos em suas pesquisas.
Exemplos de estudos que forneceram tais evidências e os

* Autor correspondente.
Endereço de e-mail: sharareh@ryerson.ca (S. Taghipour).

https://doi.org/10.1016/j.ress.2022.108810 Recebido
em 27 de dezembro de 2021; Recebido no formulário revisado em 2 de setembro de 2022; Aceito em 12 de setembro de 2022
Disponível online em 13 de setembro de
2022 0951-8320/© 2022 Elsevier Ltd. Todos os direitos reservados.
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M. Ghaleb e S. Taghipour
indicadores foram fornecidos na Seção 2.1.
Portanto, é essencial medir e rastrear o impacto das práticas de manutenção no
desempenho da sustentabilidade. No entanto, antes disso, é necessário identificar um
conjunto adequado de indicadores relacionados à sustentabilidade que possam ser usados
para gerenciar a relação manutenção-sustentabilidade. Devido à grande variedade de
indicadores relacionados às medidas de desempenho de sustentabilidade, existem
deficiências nos sistemas de gerenciamento de manutenção para avaliar o desempenho
sustentável [11,16]. As métricas atualmente abordadas na literatura não abordam
suficientemente os impactos sociais e ambientais da manutenção [17]. Poucos estudos
identificam os indicadores de sustentabilidade relacionados para medir o impacto das ações
de manutenção na sustentabilidade, por exemplo, [12,15,18,19]. Uma revisão recente é
fornecida por [11], sobre manufatura sustentável e a importância das políticas de manutenção,
prognósticos e gerenciamento de saúde para alcançar tal sustentabilidade no contexto da
Indústria 4.0. Neste artigo, considerando o objetivo de desenvolver uma metodologia simples
e fácil de aplicar na prática, são preferidos indicadores identificados com base em evidências
empíricas (ou seja, estudos de caso reais de diferentes setores).
Portanto, vamos considerar o conjunto de indicadores proposto por [15], uma vez que eles
identificaram tais indicadores com base em evidências empíricas. Depois de identificar os
indicadores relacionados, o próximo passo é desenvolver uma metodologia ou uma estrutura
para medir o desempenho da sustentabilidade.
Várias contribuições foram feitas para propor metodologias (modelos ou estruturas) para
medir o desempenho da sustentabilidade (consulte a Seção 2.2 para obter mais detalhes).
Uma revisão recente da literatura baseada em modelagem sobre tais abordagens é
fornecida por [20]. As estruturas de avaliação de sustentabilidade propostas anteriormente
abordavam a questão da avaliação de sustentabilidade em geral, e não com base nos
impactos de práticas específicas. Por exemplo, eles mediram a sustentabilidade ambiental
de eventos ou cidades [21-23]; avaliou a sustentabilidade energética de uma cidade [24];
comparou o desempenho de sustentabilidade de diferentes sistemas de produção [25]; e
avaliou a sustentabilidade dos sistemas de manufatura [26] ou produção de eletricidade [27].
Um número limitado de estudos abordou a questão de medir o impacto de práticas específicas
no desempenho da sustentabilidade, por exemplo, os impactos das medidas de prevenção
de resíduos no desempenho da sustentabilidade [28]. Além disso, nenhuma dessas
tentativas (ou seja, as ferramentas e estruturas desenvolvidas) medem os efeitos de
diferentes práticas de manutenção no desempenho da sustentabilidade.
Portanto, este artigo pode ser considerado a primeira tentativa de abordar tal questão
(ou seja, medir os impactos das práticas de manutenção no desempenho da sustentabilidade).
A contribuição deste artigo pode ser resumida da seguinte forma:
• O desenvolvimento de uma nova metodologia que quantifica os impactos das práticas de
manutenção em diversos indicadores de sustentabilidade ambiental, social e econômica.
• A utilização de registros históricos, ordens de serviço de manutenção, opiniões de
especialistas e correlações de séries temporais para avaliar a relação entre a eficiência
da manutenção e cada um dos indicadores de sustentabilidade selecionados.
• O cálculo das pontuações de sustentabilidade para cada indicador de sustentabilidade
e, em seguida, a agregação dessas pontuações em uma pontuação geral de
sustentabilidade (OSS) usando um método de avaliação de peso (o BMW).
Além disso, a metodologia proposta é simples e de fácil aplicação na prática. A
metodologia proposta utiliza registros de dados disponíveis no conjunto de indicadores
selecionados (ou seja, os indicadores de interesse para uma empresa) sem induzir custos
extras para configurações de coleta de dados, como isolar os efeitos em um conjunto de
indicadores usando o design de experimentos .
Os detalhes do painel de sustentabilidade proposto e a metodologia são abordados na
Seção 4.
Esta seção introduziu o tema da pesquisa e abordou a motivação, a contribuição e o
objetivo do artigo. Uma descrição detalhada do trabalho relacionado é apresentada na Seção
2. A declaração do problema é fornecida na Seção 3. Os detalhes do painel de sustentabilidade
desenvolvido são
2
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abordado na Seção 4. O estudo de caso projetado, que é desenvolvido para demonstrar as
implicações práticas do painel de sustentabilidade proposto, é apresentado na Seção 5.
Finalmente, as conclusões e as direções para trabalhos futuros são fornecidas na Seção 6.
2. Trabalho relacionado
Conforme brevemente declarado na Seção 1, várias tentativas foram feitas para medir o
desempenho da sustentabilidade. No entanto, a maior parte desses esforços foi dedicada à
identificação de indicadores de sustentabilidade e à avaliação do desempenho da
sustentabilidade em geral. O número de estudos que abordaram o problema de medir os
impactos de práticas específicas no desempenho da sustentabilidade foi limitado. Mais
precisamente, medir os impactos das práticas de manutenção no desempenho da
sustentabilidade não foi considerado nos estudos anteriores.
2.1. Impactos das práticas de manutenção nos indicadores relacionados à sustentabilidade
A manutenção pode melhorar significativamente a sustentabilidade se implementada
de forma adequada. Práticas de manutenção adequadas podem ter um impacto positivo em
vários indicadores relacionados à sustentabilidade. As evidências podem ser encontradas
nos três pilares da sustentabilidade (isto é, ambiental, social e econômico). Poucas tentativas
foram feitas para identificar os indicadores de sustentabilidade relacionados para medir os
impactos das ações de manutenção na sustentabilidade, por exemplo, [12,13,18,19,29,30].
A seguir, fornecemos exemplos de tais evidências.
Para a sustentabilidade ambiental, os impactos positivos de atividades de manutenção
adequadas são relatados para os seguintes indicadores: consumo de energia [31–33],
consumo de combustível [34], consumo de gás [35], consumo de óleo [33,35], uso de matéria-
prima [33 ], emissões de carbono [36-38], ruído [34] e resíduos [39].
Para a sustentabilidade social, também foi relatado que a manutenção impacta
positivamente os seguintes indicadores: tendências de acidentes e incidentes [40,41],
segurança das operações de aeronaves [42], número de acidentes no local de trabalho [43],
operadores e segurança do pessoal técnico [ 9], frequência de lesões [44], riscos de
acidentes/segurança no trânsito [45] e oportunidades de emprego [36].
Além disso, foi relatado que intervenções de manutenção adequadas melhoraram os
seguintes indicadores de sustentabilidade econômica: custos de manutenção [46-50], custos
de geração de eletricidade [51], custos de produção [49, 52], custos totais esperados [53,54],
eficácia geral do equipamento (OEE) [55], utilização [56], disponibilidade [54,57], confiabilidade
[50], produtividade [58,59], ciclo de vida do equipamento [43,49] e probabilidade de falha
[50] .
2.2. Avaliação do desempenho de sustentabilidade
Recentemente, mais esforços são direcionados para o desenvolvimento de estruturas
(ou ferramentas) para avaliar o desempenho da sustentabilidade. Alguns desses estudos
propuseram estruturas para medir a sustentabilidade em apenas uma dimensão, como
sustentabilidade ambiental e sustentabilidade energética. Por exemplo, Boggia et al. [21]
apresentou um procedimento de avaliação inovador para medir a sustentabilidade ambiental
dos eventos. O procedimento proposto é baseado em diversos indicadores, combinados com
uma abordagem multicritério e agregados em um índice final denominado METER
(Measuring Events Through Environmental Research).
Sol e outros. [22] usaram uma abordagem baseada na análise de envoltória de dados (DEA)
para medir o desempenho de sustentabilidade ambiental dos países do sul da Ásia. Vários
indicadores foram considerados e agregados em um único índice usando a abordagem
proposta. Em seguida, os países foram classificados com base em suas pontuações de
desempenho de sustentabilidade. Tao et ai. [23] adotou uma estrutura orientada por tema
para identificar oito indicadores para medir o desempenho da sustentabilidade ambiental
urbana na China. Os indicadores selecionados foram categorizados em três grupos: consumo
de recursos, iniciativas ambientais e resíduos. Para a sustentabilidade energética, Marquez-
Ballesteros et al. [24] propuseram uma metodologia para avaliar a sustentabilidade
energética de uma cidade baseada em
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compressores, motores, etc.) dentro de uma instalação industrial. Isso ajudará os gerentes a
identificar oportunidades para atualizações e substituições de equipamentos e alterar as rotinas
de manutenção preventiva para melhorar taticamente o desempenho de sustentabilidade.

O desenvolvimento sustentável exige que uma empresa reduza o consumo de recursos o

máximo possível e, ao mesmo tempo, seja o mais produtiva e eficiente possível. Ambos os
Fig. 1. A integridade do equipamento conecta a manutenção à sustentabilidade.
desafios podem ser alcançados com manutenção adequada. A alta produtividade é suportada
pela confiabilidade dos ativos, que pode ser alcançada por meio do planejamento ideal das
várias características dos sistemas de energia, incluindo uso final de energia, eficiência
atividades de manutenção.
energética, fluxos de energia e qualidade. A metodologia resulta na construção de um índice de
Tarefas de manutenção, como ajuste, lubrificação, limpeza e reaperto de ativos, levarão a um
sustentabilidade energética urbana a partir de diversos indicadores.
consumo ideal de recursos e reduzirão as perdas de energia. No entanto, nenhum método
Por outro lado, vários estudos abordaram o desempenho da sustentabilidade em sistemas
sistemático fornece uma medição dos impactos econômicos, ambientais e sociais das
de manufatura em função de mais de uma dimensão. Por exemplo, Castellini et al. [25]
atividades de manutenção no desempenho da sustentabilidade. Além disso, os efeitos das
comparou a sustentabilidade de três diferentes sistemas de produção avícola usando um
práticas de manutenção adequadas na sustentabilidade não foram examinados até agora.
modelo bioeconômico MCDA. Foi considerado um conjunto de seis indicadores para as
dimensões econômica, social, ambiental e de sustentabilidade da qualidade. Análises
energéticas, pegadas ecológicas e avaliação do ciclo de vida (ACV) foram usadas para estimar
Conforme declarado anteriormente na Seção 1, este trabalho busca desenvolver um painel
os indicadores ambientais. Fechete & Nedelcu [26] desenvolveram um modelo de avaliação de
de sustentabilidade de equipamentos que quantifique os impactos econômicos, ambientais e
desempenho para avaliar o desenvolvimento sustentável em sistemas de manufatura. O modelo
sociais das práticas de manutenção na sustentabilidade de um conjunto. O painel proposto
utiliza vários indicadores, incluindo custos de fabricação, qualidade de fabricação, consumo de
conta apenas com registros de dados disponíveis para o conjunto selecionado de indicadores
energia, motivação pessoal e segurança no local de trabalho. Li et ai. [27] propuseram um
relacionados à sustentabilidade, tornando-o simples e fácil de aplicar na prática. Conforme
quadro de avaliação da sustentabilidade para a produção de eletricidade. Vários indicadores
ilustrado na Fig. 1, o painel proposto usa a integridade do equipamento como uma interface
foram identificados para cada um dos três pilares da sustentabilidade: técnico-econômico,
entre as intervenções de manutenção e os indicadores de sustentabilidade desejados. A ideia
ambiental e social.
por trás dessa conexão é que a eficiência das ações de manutenção melhora a confiabilidade
dos equipamentos e, com isso, mitiga a manutenção dos equipamentos e os prejuízos
econômicos, ambientais e sociais. Portanto, a tendência da eficiência da manutenção com o
O desempenho da sustentabilidade foi avaliado por meio de um modelo de avaliação que
tempo é considerada como a variável de entrada em nossa metodologia. As variáveis de
combina a teoria da sustentabilidade e a abordagem do ciclo de vida.
resposta consideradas são as tendências das variáveis relacionadas à sustentabilidade
Finalmente, para medir os impactos de práticas específicas no desempenho da
identificadas com o tempo (por exemplo, consumo de energia, taxa de lesões, tempo entre
sustentabilidade, Magrini et al. [28] propôs uma avaliação de sustentabilidade e uma estrutura
falhas e custos de manutenção). Detalhes sobre estimativa de eficiência de manutenção são
de priorização de medidas de prevenção de resíduos.
fornecidos na Seção 3.1.
A estrutura começa selecionando as medidas de prevenção de resíduos relacionadas e
avaliando seus impactos ambientais, econômicos e de sustentabilidade social de uma
perspectiva de ciclo de vida. Foi proposto um algoritmo para priorizar os indicadores abordados.
Olugu et al. [60] discutiram o potencial de integrar os conceitos de manutenção e sustentabilidade
3.1. Estimativa de eficiência de manutenção
na indústria de petróleo e gás (O&G). Uma abordagem sustentável é proposta para a avaliação
de desempenho de instalações offshore de produção e perfuração. Saihi et al. [20] conduziram
A eficiência da manutenção é uma medida do trabalho de manutenção necessário para
uma revisão da literatura baseada em modelagem para investigar a modelagem de manutenção
transmitir os níveis de desempenho necessários de equipamentos, ativos, sistemas ou instalações.
e sustentabilidade. A revisão realizada mostrou que a modelagem de manutenção e
O trabalho de manutenção pode ser classificado em diferentes classes com base em vários
sustentabilidade é um campo de estudo emergente que tem atraído mais atenção recentemente.
elementos. A classificação comum dos trabalhos de manutenção, proposta por [61], considera
a ligação entre a ocorrência de uma avaria e a tarefa de manutenção ou o tempo em que

Também confirmou a necessidade de desenvolver modelos que possam ser colocados em

tarefas de manutenção são executadas. Nessa classificação, os trabalhos de manutenção são
prática, sejam baseados em dados confiáveis e oportunos e tenham resultados que possam ser
classificados em duas classes principais: manutenção corretiva
vistos em aplicações do mundo real.
(CM) e manutenção preventiva (PM). As tarefas CM são executadas após o evento de uma
Em conclusão, pode-se constatar que o número de estudos medindo o impacto de
falha, enquanto as tarefas PM são executadas antes da falha. Como os tempos de falha são
determinadas práticas no desempenho da sustentabilidade foi mínimo. Tanto quanto é do
desconhecidos, as tarefas CM são executadas em pontos de tempo imprevisíveis (ou seja, não
conhecimento dos autores, nenhuma das ferramentas e estruturas propostas (para medir o
podem ser agendadas com antecedência). O principal objetivo das ações do CM é restaurar o
desempenho da sustentabilidade) mede o impacto de diferentes práticas de manutenção no
sistema (componente/item) ao seu estado funcional antes da falha (ou seja, a um estado que
desempenho da sustentabilidade. Portanto, estruturas ou metodologias para avaliar os
permita ao sistema realizar a função requerida). Por outro lado, as ações de MP são executadas
impactos das práticas de manutenção na sustentabilidade são necessárias para superar essa
em intervalos de tempo predeterminados (manutenção programada) ou de acordo com alguma
lacuna de pesquisa. Neste artigo, tentamos preencher essa lacuna propondo um sistema de
informação sobre o estado do sistema, que pode ser determinada por monitoramento de
avaliação de indicadores de sustentabilidade para monitorar e avaliar o impacto das práticas de
condição, inspeções e testes (manutenção baseada em condição). O principal objetivo das
manutenção na pontuação geral de sustentabilidade de um ativo.
atividades de PM é melhorar o estado (ou condição) do sistema e aumentar sua vida útil ou
tempo até a falha.

Uma nova classificação foi proposta por [62], que considera o nível de melhoria da condição
3. Declaração do problema
do sistema após intervenções de manutenção. A nova classificação classifica as ações de
manutenção adequadas (tanto corretivas quanto preventivas) nas seguintes categorias:
Muitas indústrias têm pouca ou nenhuma visibilidade dos impactos ambientais e sociais do
manutenção perfeita (restaura um sistema para um estado “como novo”, por exemplo,
nível do equipamento. Isso torna difícil para aqueles encarregados de cumprir as metas de
substituição), manutenção imperfeita (restaura um sistema para um estado entre o estado As-
sustentabilidade saber como implantar os recursos internos da melhor forma para atingir suas
Good-As-New e seu estado antes da ação), reparo mínimo (restaura o sistema ao seu estado
metas de mitigação de impacto. Assim, além de quantificar os impactos económicos, é
antes da ação).
essencial medir e quantificar os impactos ambientais e sociais a nível de componentes mais
granulares (por exemplo, sistemas de iluminação, aquecedores, caldeiras,
Considerando a última classificação, e com um exemplo de sistema de pontuação de
(0%-100%) para eficiência de manutenção, manutenção perfeita

3
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as ações podem receber a pontuação mais alta de eficiência (100%), enquanto as ações
mínimas de reparo podem receber a pontuação mais baixa (0%). No entanto, estimar a
eficiência de ações de manutenção imperfeitas é um desafio. Vários métodos (ou modelos)
têm sido propostos para estimar a eficiência de ações de manutenção imperfeitas. A seguir,
explicaremos brevemente dois desses métodos: o método da idade virtual e o método da
taxa de risco. Mais detalhes sobre esses dois métodos podem ser
encontrado em [62-64].
• Método da idade virtual: Neste método, a intensidade da falha é avaliada considerando
a idade virtual ao invés de tempo real. Portanto, o nível de restauração alcançado após
um reparo do sistema é descrito por sua idade virtual.
Este método assume que um sistema com idade virtual V ÿ 0 opera como se fosse um
novo sistema, que roda sem falhas até atingir a idade v [65]. De acordo com [65], os
dois seguintes modelos de era virtual podem ser identificados:
vn = vnÿ 1 + eÿtn
vn = eÿ(vnÿ 1 + tn)
onde vn é a idade virtual instantânea após o enésimo reparo, e é a eficiência do
enésimo reparo (ou intervenção de manutenção) e tn é a enésima falha. O primeiro
tempo entre (n ÿ 1) º modelo, ou seja,
Eq. (1), assume que o enésimo reparo está eliminando o dano relacionado e a enésima
ao tempo entre o (n ÿ 1) modelo métrico º falha, chamada Arith
de Redução de Intensidade com memória um (ARI1). Enquanto o segundo modelo
assume que o enésimo reparo está removendo o dano cumulativo das falhas atuais e
anteriores, chamado modelo de Redução Aritmética de Intensidade com memória infinita
(ARIÿ). Aparentemente, em ambos os modelos (Eqs. (1) e (2)), se e = 0 então a
intervenção de manutenção é uma manutenção perfeita, e se e = 1, a intervenção de
manutenção é um reparo mínimo. Com a disponibilidade de dados sobre a idade virtual
do sistema antes e depois de cada ação de manutenção imperfeita, bem como o tempo
entre falhas, o valor de e (eficiência de manutenção ) para ações de manutenção
imperfeita pode ser estimado usando, por exemplo, a estimativa de máxima
verossimilhança (ML).
• Método de redução da taxa de perigo: Neste método, o nível de restauração realizado
após um reparo do sistema é descrito por sua taxa de perigo, ou seja, a integridade do
sistema é avaliada considerando a taxa de perigo. Semelhante ao método da era virtual,
Kim & Lim [64] propuseram dois modelos baseados em duas políticas de manutenção
diferentes que são conduzidas em um tempo periódico: política ARI1 PM e política
ARIÿ PM. De acordo com [64], os seguintes modelos de redução da taxa de risco podem
ser identificados:
, 0 < t < tpm
hpm(t) = { h(t)h(t) ÿ eÿh(kx) , kÿtpm < t < (k + 1)ÿtpm
ÿ h(t) , 0 < t < tpm
hpm(t) = j
h(t)ÿ eÿ ÿkÿ 1 (1 ÿ e) h ( (k ÿ j)tpm) , kÿtpm < t < (k+1)ÿtpm
ÿÿ
ÿÿ j=0
, 0 ÿ =eh(0).
para k = 1, 2, ..., N , hpm(0) ÿ 1 onde h(t) é a taxa de risco sem PM; h(t) é a taxa de
risco com PM; tpm é o período de PM; N é o número de ações de MP antes da
substituição do sistema e e é a eficiência da manutenção. Em ambos os modelos (Eqs.
(3) e (4)), quando e = 0, o sistema após PM está no estado As-Bad-As-Old (ABAO), ou
seja, a ação de manutenção realizada é de reparo mínimo, enquanto quando e = 1, o
sistema após o PM está no estado As-Good-As-New (AGAN), ou seja, a ação de
manutenção realizada é uma manutenção perfeita. Como o método anterior, com a
disponibilidade de dados sobre a taxa de perigo do sistema antes e depois de cada ação
de manutenção imperfeita, o
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o valor de e (eficiência de manutenção) para ações de manutenção imperfeita pode ser
estimado usando, por exemplo, a estimativa de máxima verossimilhança (MLE).
Embora esses modelos sejam comprovadamente eficazes, a aplicação de tais modelos
requer alguns desenvolvimentos teóricos e matemáticos. Além disso, em alguns casos, os
dados necessários para estabelecer esses modelos podem exigir configurações extras.
Assim, a maioria das empresas tende a avaliar a eficácia das atividades de manutenção
por meio de opiniões de especialistas, que se concluem principalmente a partir das
informações disponíveis nas ordens de serviço de manutenção. Na prática, tais ordens de
serviço incluem uma descrição técnica detalhada das tarefas de manutenção realizadas, que
podem ser utilizadas por especialistas para estimar a eficiência das tarefas de manutenção.
Por exemplo, a substituição de várias peças principais em um sistema pode ser vista como
um reparo como novo (por exemplo, entre 80% - 100%); ou pequenas ações de manutenção
podem ser consideradas como reparo mínimo (por exemplo, entre 0 – 20%). As ações de
manutenção que não são grandes ou pequenas são avaliadas como reparos imperfeitos e
recebem uma estimativa com base na opinião de especialistas (por exemplo, entre 20% -
(1)
80%). Além disso, as ações de manutenção são aplicadas no nível do componente, não no
nível da máquina. O nível das ações de reparo para cada um dos componentes críticos da
(2)
máquina (ou seja, os principais componentes) tem impacto no estado de integridade da
máquina. Portanto, a eficiência das ações de manutenção no nível do componente pode ser
agregada em um valor médio de eficiência de manutenção para o nível da máquina (ou do
sistema). Isso pode ser feito avaliando a contribuição dos principais componentes para a
funcionalidade da máquina. Tais valores podem ser avaliados por meio de opiniões de
especialistas, e um determinado peso pode ser atribuído a cada um desses componentes.
Então, pode-se ir do nível de componente para a máquina estimando a eficiência de
manutenção no nível do componente e usar os pesos obtidos para agregar essas estimativas
em uma eficiência de manutenção média no nível da máquina.
Uma vez que pretendemos desenvolver uma metodologia baseada nos dados disponíveis
e de fácil implementação na prática, uma abordagem semelhante baseada na opinião de
especialistas é utilizada para quantificar (ou estimar) a eficiência da manutenção. Pedimos
a especialistas de uma empresa prestadora de serviços de manutenção e de um laboratório
universitário especializado (em pesquisa de manutenção e sustentabilidade) para avaliar a
eficiência da manutenção com base em alguns registros coletados (ou seja, ordens de
serviço de manutenção). Na seção de preparação de dados do painel de sustentabilidade
proposto, o feedback coletado será usado para avaliações de eficiência de manutenção e
estimativa de pesos, para as contribuições dos principais componentes da máquina para a
funcionalidade (ou estado de saúde) da máquina.
Mais detalhes sobre o painel de sustentabilidade desenvolvido são fornecidos na Seção 4.
(3) 3.2. Suposições e limitações
Como a metodologia proposta neste artigo é baseada principalmente em dados
disponíveis, várias suposições são consideradas e um conjunto de limitações é identificado.
Por um lado, são considerados os seguintes pressupostos para o desenvolvimento da
metodologia e do painel de sustentabilidade:
(4)
• Assumimos que os indicadores listados estão relacionados ao desenvolvimento
sustentável e são significativos para os gestores de ativos.
• O conjunto de indicadores considerado tem um nível de incerteza muito menor,
permitindo que o painel produza resultados mais confiáveis e menos incertos.
• Os dados disponíveis por meio de um sistema computadorizado de gerenciamento de
manutenção (CMMS) ou outros bancos de dados relacionados terão as informações
necessárias para conduzir a análise. Isso permite afirmar que o dashboard pretendido é
viável em termos de disponibilidade de dados e se justifica pela necessidade de uma
economia sustentável.
4
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Tabela a contribuição das práticas de manutenção para a sustentabilidade ambiental,

1 Resumo dos indicadores relacionados à sustentabilidade identificados [15]. social e econômica (ou seja, impactos positivos ou negativos). O objetivo desta
Indicadores Unidade
etapa (Fase 1) é provar a ligação significativa entre as atividades de manutenção
Sustentabilidade Subcategoria
Pilar e os três pilares da sustentabilidade (ou seja, ambiental, social e econômico) e
Ambiental
identificar os indicadores relacionados à sustentabilidade que são praticamente
Consumo de recursos Energia Eletricidade
(kWh) influenciados pelas intervenções de manutenção.
Petróleo De acordo com o trabalho de pesquisa na Seção 2.2, poucas tentativas foram
bruto (barris) feitas para alcançar tal objetivo. Como mencionado anteriormente, este trabalho
Combustível (litro
visa desenvolver uma metodologia que seja aplicável na prática sem grandes
ou galão)
desenvolvimentos teóricos e matemáticos e, portanto, consideramos uma lista de
Gás natural
(m3) indicadores que podem servir a esse propósito. Conforme mencionado na Seção
Carvão (toneladas) 1, a lista de indicadores de sustentabilidade ambiental, social e econômica
Água Galão (ou) m3 identificada por [15] é utilizada neste artigo. Considerando que esses indicadores
Material Kg
foram identificados com base em evidências empíricas, assumimos que o conjunto
Emissões Emissões de carbono Kg CO2-eq
Outros GEE
considerado está relacionado ao desenvolvimento sustentável e é significativo
Kg CO2-eq
emissões para os gestores de ativos. No entanto, a metodologia proposta depende
Poluição Substâncias gramas principalmente da disponibilidade de dados e, portanto, a lista de indicadores
perigosas
identificados pode ser ajustada (ou seja, adicionar ou remover alguns dos
Substâncias que destroem a valor ODP-eq
camada de ozônio
indicadores) de acordo com as necessidades de uma empresa ou organização.
Desperdiça A Tabela 1 resume a lista considerada. Esta lista será incorporada ao
m3 (ou) Kg dB
Barulho dashboard, mas eventualmente o usuário terá a flexibilidade de decidir qual deve
Social Ocupacional/ Segurança no trabalho número/hora ser excluída do relatório/análise final.
Saúde e segurança do (taxa de lesões) Tal decisão será tomada de acordo com a disponibilidade de dados, pois alguns
cliente Segurança do cliente número/hora
indicadores podem apresentar um alto nível de incerteza. Poluentes como
(taxa de lesões)
Acidentes e número/hora toxicidade aquática e ruído são alguns exemplos desses impactos. Não há dados
incidentes suficientes disponíveis para tais indicadores, especialmente dados capturados
Outros % (ou)
Oportunidades pelo CMMS de uma empresa. Portanto, a falta de dados aumenta sua incerteza
de emprego dias úteis
inerente e, como resultado, a melhor escolha será excluir tais indicadores da lista
Iluminação Lux (ou
footcandles)
preliminar da empresa. Acreditamos que os indicadores listados na Tabela 1
Ventilação Volume/tempo $ $ possuem um nível de incerteza bem menor, permitindo que o dashboard produza
Econômico Manutenção e custos Custos de manutenção resultados mais confiáveis e menos incertos. Assumimos que os indicadores
operacionais totais Custos de uso de listados estão relacionados ao desenvolvimento sustentável e são significativos
recursos
para os gestores de ativos. Também assumimos que a maioria das instalações
Custos de cobranças $

(ambiente e segurança)
registra os dados relacionados a esses indicadores. Assim, o painel pretendido é
Custos externos $ viável em termos de disponibilidade de dados e é justificável quanto à necessidade
Produção Total $ de uma economia sustentável.
custos
Antes de introduzir a segunda etapa (ou fase) da metodologia proposta,
Baseado na utilização Produtividade %
medidas %
primeiro definimos os indicadores listados na Tabela 1. Embora alguns desses
Disponibilidade
Confiabilidade % indicadores sejam auto-explicativos (por exemplo, energia, água, material, ruído,
OEE % oportunidades de emprego, iluminação, ventilação e custos), outros podem
Utilização %
precisar ser claramente definidos para evitar mal-entendidos (por exemplo,
Tempo de inatividade tempo
taxa de falha
desperdícios, acidentes, incidentes, produtividade, confiabilidade, disponibilidade,
número/hora
Taxa de produção Número/hora % utilização e taxa de falha). A seguir, fornecemos definições para esses indicadores:
Taxa de defeito

• Nos casos de indisponibilidade de dados para alguns indicadores, estes
indicadores podem ser excluídos sem que haja qualquer influência na eficácia
da metodologia proposta.
Por outro lado, identificam-se as seguintes limitações:
• Alguns dos indicadores selecionados podem ser impactados por outras práticas
(não apenas pela manutenção), por exemplo, qualidade, demandas, produção,
segurança e meio ambiente. • As
tendências podem ser observadas, mas sempre haverá uma chance de que tais
tendências não sejam devido à manutenção; eles podem ser devido a outros
fatores.
• Impactos positivos podem ser observados, mas ainda podem não ser devido a
manutenção.
4. Painel de sustentabilidade proposto
A metodologia proposta do painel de sustentabilidade desenvolvido consiste
em duas etapas. A primeira é estabelecer a relação geral entre manutenção e
sustentabilidade. Mais especificamente, para examinar
Definição 4.1. Os gases de efeito estufa (GEE) são gases que retêm calor na
atmosfera. O dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4), o óxido nitroso (N2O) e
os gases fluorados são considerados os principais GEE.
Definição 4.2. Substâncias perigosas podem ser qualquer item ou agente – de
natureza biológica, química, radiológica ou física – que causa danos a humanos,
animais ou ao meio ambiente. Isso pode ser resultado de sua interação com
outros fatores ou de suas próprias propriedades.
Definição 4.3. Substâncias que destroem a camada de ozônio são itens que
geralmente contêm cloro, flúor, bromo, carbono e hidrogênio em proporções
variadas e geralmente são descritos pelo termo geral halocarbonos.
Definição 4.4. Resíduos são materiais danificados, defeituosos ou supérfluos
produzidos por um processo: como material ejetado durante um processo de
usinagem; sucatear; um subproduto indesejado de um processo, laboratório
químico ou reator nuclear (por exemplo, lixo tóxico, lixo perigoso e lixo nuclear)
[66].
Definição 4.5. A segurança no local de trabalho refere-se ao ambiente de trabalho
de uma empresa e abrange todos os fatores que afetam a segurança, saúde e

5
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M. Ghaleb e S. Taghipour
Fig. 2. O painel de sustentabilidade proposto.
bem-estar dos funcionários. Isso pode incluir riscos ambientais, condições ou processos
de trabalho inseguros, abuso de drogas e álcool e violência no local de trabalho.
Definição 4.6. A segurança do cliente refere-se à experiência segura que os clientes
devem ter ao fazer uma compra, usar um produto ou aguardar a conclusão de um
serviço.
Definição 4.7. Acidentes são eventos inesperados que podem resultar em danos
materiais e resultam em lesões ou doenças de um funcionário (ou funcionários) [67].
Definição 4.8. Incidentes são eventos inesperados que podem resultar em danos à
propriedade, mas não resultam em ferimentos ou doenças. Os incidentes também são
chamados de “quase acidentes” ou “quase acertos” [67].
Definição 4.9. A produtividade é uma medida de desempenho econômico que compara
o número de bens e serviços produzidos (saída) com o número de insumos usados para
produzir esses bens e serviços.
Definição 4.10. Confiabilidade é a capacidade do sistema (item ou componente) de
iniciar e continuar a operação até atingir seus objetivos e missão [68].
Definição 4.11. Disponibilidade é a capacidade do sistema (item ou componente) de
permanecer operacional e rapidamente se tornar operacional após uma falha [68].
Definição 4.12. A eficácia geral do equipamento (OEE) é o padrão para medir a
produtividade da manufatura. Ele identifica a porcentagem de tempo de fabricação que
é realmente produtiva. Uma pontuação OEE de 100% significa que você está fabricando
apenas peças boas, o mais rápido possível, sem parar.
Definição 4.13. A utilização refere-se ao uso real de um ativo. Refere-se
6
Engenharia de Confiabilidade e Segurança do Sistema 228 (2022) 108810
à porcentagem de tempo disponível em que um ativo está trabalhando ativamente.
Definição 4.14. O tempo de inatividade é um período durante o qual um ativo não é
funcional ou não pode funcionar. Pode ser devido a falha técnica, ajuste da máquina,
manutenção ou indisponibilidade de insumos, como materiais, mão de obra e energia.
Definição 4.15. A taxa de falha é o número previsto de vezes que um ativo falha em um
período de tempo especificado.
Definição 4.16. A taxa de produção refere-se ao número de bens que podem ser
produzidos durante um determinado período de tempo.
Definição 4.17. A taxa de defeitos é a porcentagem de produção que não atende a uma
meta de qualidade.
A segunda etapa (ou fase) da metodologia proposta é a construção de uma
ferramenta prática (ou seja, o painel de sustentabilidade), que é o foco principal desta
pesquisa. A ferramenta é desenvolvida para quantificar e mensurar os impactos das
atividades de manutenção em indicadores relacionados à sustentabilidade ambiental,
social e econômica. O painel (ou ferramenta) de sustentabilidade desenvolvido possui
três módulos, e seus elementos estão representados na Fig. 2.
Quando os indicadores são determinados com base na lista primária fornecida na
Tabela 1, uma análise inicial de correlação deve ser realizada para verificar se algum
dos indicadores selecionados está correlacionado e, portanto, manter apenas um deles
na lista. Em seguida, com a lista finalizada de indicadores, o módulo de correlação
examinará a correlação econômica selecionada entre os indicadores relacionados à
indicador ambiental selecionado; Sk: k o indicador social sustentabilidade (Ci: i o
das ações de selecionado; Ej: j indicador) como variáveis de resposta e a eficiência
manutenção corretiva (CM: eCM ePM ) como variáveis de entrada. A eficiência das
práticas de PM e CM
1 , …, eCM
n ) e manutenção preventiva (PM: ePM 1 , …,
conduzidas
m é estimada usando opiniões de especialistas sobre o disponível
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dados conforme explicado na Seção 3.1. Um valor variando de 0 a 1 será dado para
cada eficiência da atividade de PM e CM. As ações de CM e PM são coletadas dos
registros da empresa (ou seja, dados históricos) corre f
respondendo ao tempo de falhas (t 1,…, tfn) e a frequência de PM ac
PM PM
ções 1 ,…, t ), respectivamente. Um algoritmo de análise de correlação pode ser
m
( desenvolvidas para determinar a correlação entre a eficiência das práticas de
manutenção e os indicadores relacionados à sustentabilidade selecionados.
Junto com este módulo, será desenvolvido outro módulo que utiliza o método do
melhor-pior (BWM) para atribuir um peso a cada indicador.
Os resultados de ambos os módulos (ou seja, o módulo de correlação e o módulo de
pesos) fluirão para o módulo OSS junto com o limite da empresa para cada um dos
indicadores relacionados à sustentabilidade considerados.
O módulo OSS mapeará os valores de correlação (do módulo de correlação) em uma
escala de 0 a 1 para sustentar a consistência de cada indicador (ou seja, em termos da
direção dos impactos das práticas de manutenção, positivos ou negativos). Os valores
mapeados serão integrados em um OSS usando os pesos obtidos (do módulo de
determinação de peso). Em seguida, a empresa monitorará o desempenho de
sustentabilidade (ou seja, o impacto das práticas de manutenção nos indicadores de
sustentabilidade selecionados) comparando o OSS atual com os limites de sustentabilidade
fornecidos.
Além disso, a empresa calculará o OSS. Nas subseções a seguir, são fornecidos mais
detalhes sobre cada um dos módulos mencionados acima e todos os algoritmos
relacionados.
4.1. módulo de correlação
Os dados coletados para parte dos indicadores selecionados são impactados por
diversas práticas, incluindo manutenção, qualidade, demandas, produção, etc. Portanto,
isolar os impactos de outras práticas e coletar dados para indicadores impactados apenas
pelas práticas de manutenção não é possível para vários indicadores, como consumo de
energia, emissões, resíduos, ruído, segurança e utilização. No entanto, este não é o caso
de alguns outros indicadores, pois é mais fácil coletar dados para esses indicadores
quando as práticas de manutenção os afetam. Exemplos de tais indicadores são custos
de manutenção, material usado, oportunidades de emprego e confiabilidade. Além disso,
os dados na maioria dos registros da empresa são coletados de forma independente.
Portanto, para aproveitar ao máximo esses registros, são necessárias diferentes técnicas
de análise de dados. Uma das técnicas mais valiosas na análise de dados é a análise de
correlação, que utilizamos neste artigo para quantificar os possíveis impactos das
práticas de manutenção em diversos indicadores relacionados à sustentabilidade.
A eficiência das práticas de manutenção é considerada como variável de entrada e
os indicadores relacionados à sustentabilidade selecionados como variáveis de resposta.
Conforme mostrado na Fig. 2, assumimos que as práticas de manutenção são de dois
tipos: manutenção corretiva (CM) e manutenção preventiva (PM). As ações CM são
conduzidas sempre que ocorre uma falha (isto é, o número de ações CM conduzidas
depende do número de falhas). Por outro lado, as ações de PM são realizadas para
prevenir possíveis falhas do sistema e dependem da frequência dessas ações. Estima-
se que as ações de PM alcancem um determinado nível de disponibilidade ou
confiabilidade.
Eles podem ser atribuídos com base nas diretrizes do fabricante do sistema para manter
o nível operacional necessário. As tarefas de manutenção podem ser realizadas
internamente (equipes internas) ou por contratados (equipes externas).
Independentemente disso, a eficiência de cada tarefa de manutenção é estimada
conforme explicado na Seção 3.1.
Os dados coletados para a variável de entrada (eCM e ePM ) e os i indicadores
eu
relacionados à sustentabilidade selecionados (Ci, Ei e Si) são um conjunto de séries
temporais. Isso significa que as séries temporais (Ci, Ei ou Si) podem estar relacionadas
a defasagens passadas das séries (eCM e ePM ). Há muitas maneiras de estudar a
eu eu
relação entre duas séries temporais diferentes, mas um método simples é examinar sua
covariância cruzada e correlação cruzada. A função de correlação cruzada de amostra
(CCF) é usada neste artigo. O CCF ajuda a identificar defasagens da variável de entrada
(eCM e ePM ) que podem ser úteis para prever as variáveis de resposta (Ci, Ei ou Si). A
eu
eu
amostra CCF é definida como o conjunto de correlações amostrais entre xt+h e yt para
(h = 0,±1,±2,±3,…).
7
Engenharia de Confiabilidade e Segurança do Sistema 228 (2022) 108810
Um valor negativo de h é uma correlação entre a variável x em um momento antes de t e
a variável y no momento t. Por exemplo, considere h = ÿ 2. O valor CCF daria a correlação
entre xtÿ 2 e yt. Levando em consideração que estamos examinando a variável x (eCM e
ePM em nosso caso) para ser uma variável principal da variável y (Ci, Ei e Si em nosso eu
eu
caso), geralmente veremos o que está acontecendo nos valores negativos de h no gráfico
CCF (ver Fig. A2 no Apêndice). A amostra CCF entre uma variável y e uma variável com
deslocamento de tempo diferente xt+h pode ser definida da seguinte forma:
h
x, = ÿnÿt=1 (yt ÿ y)(xt+h ÿ x) (5)
y
rh
ÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿ
n × SDxSDy ÿ
onde SDx e SDy são os desvios padrão de amostra de {xt} e {yt}, respectivamente. Um
intervalo de confiança aproximado de 95% no CCF pode ser estimado da seguinte forma:
2
ÿ
1± ÿÿÿ
(6)
n nÿ
onde n nas Eqs. (5) e (6) é o número de pontos de dados usados no cálculo do CCF. A
função interna do CCF no MATLAB é usada para desenvolver o algoritmo de análise de
correlação para determinar a correlação entre a eficiência das práticas de manutenção e
os indicadores relacionados à sustentabilidade selecionados.
4.2. Módulo de determinação de peso
Este módulo utiliza o BWM para determinar os pesos para os indicadores, categorias
e pilares selecionados relacionados à sustentabilidade. BWM é um novo método MCDM
que foi introduzido em 2015 por [69]. Semelhante ao conhecido método AHP, o BWM é
baseado em uma comparação pareada dos critérios. Além disso, o BWM usa uma
comparação sistemática de pares que minimiza o número necessário de comparações
de pares. Portanto, o número necessário de comparações pareadas é muito menor em
comparação com o AHP. Tal vantagem leva ao amplo uso de BWM no campo de MCDM,
incluindo pesquisas relacionadas à sustentabilidade (por exemplo, [70,71]).
Além disso, essa vantagem é útil ao coletar feedback sobre comparações de pares da
indústria. Por exemplo, em nosso caso, o parceiro do setor rejeitou a ideia de responder
a longos questionários sobre comparações pareadas para calcular os pesos.
Eles sugeriram que demos a eles a opção de inserir esses pesos manualmente com base
em sua experiência ou criar questionários muito mais curtos. Este foi um dos principais
motivos para a escolha da BMW em detrimento da AHP, pois estávamos muito
interessados na inclusão de um parceiro da indústria para avaliar o procedimento
proposto. Os procedimentos BWM podem ser resumidos da seguinte forma [70]:
• Passo 1: Determinar critérios relevantes de acordo com o problema em questão
investigação.
• Passo 2: De acordo com a opinião dos especialistas, melhor (B) e pior (W)
critérios são determinados.
• Passo 3: Usando uma escala de 1 a 9 (“1” significa igual importância e “9” significa
extremamente mais importância), o melhor critério é comparado com os outros
critérios. Como resultado, o vetor best-to-others é formado da seguinte forma:
(7)
AB = (aB1, aB2,…, aBn)
onde n é o número de critérios, aBj é a preferência do melhor critério (B) ao critério j,
ej = 1,2 ,…,n. • Passo 4: Semelhante ao Passo 3, o
vetor dos outros para o pior é formado comparando o pior critério com os outros critérios
usando a mesma escala a seguir:
T
(8)
AW = (a1W , a2W ,…, eW )
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M. Ghaleb e S. Taghipour Engenharia de Confiabilidade e Segurança do Sistema 228 (2022) 108810

Tabela 2
ÿ ÿ wB ÿ ÿ ÿ R ÿj
ÿ aBj
Valores de IC em BWM [69]. ÿ ÿ wj ÿ ÿ
(10)
aBW 1 2 3 4 5 6 7 8 9

CI 0 0,44 1 1.63 2.3 3 3,73 4.47 5.23 ÿ ÿ wj ÿ ÿ ÿ R ÿj ÿ

ÿ ÿajW
wW ÿ ÿ
(11)
aBW é a preferência dos melhores critérios sobre os piores critérios.

ÿ wj = 1 (12)
j
Tabela 3

Indicadores selecionados relacionados à sustentabilidade para o estudo de caso. (13)

wj ÿ 0 ÿj
Pilar de Sustentabilidade Indicadores Unidade

onde wB e wW são o peso do melhor critério e o peso do pior critério,

Ambiental Consumo de energia kWh
Desperdiça Kg
respectivamente. Os pesos ótimos dos critérios e o nível de confiabilidade (Rÿ)
Barulho dB são determinados nesta etapa (Etapa 5). • Passo 6: Calcule a razão de
Social acidentes número/hora consistência (CR) para avaliar a confiabilidade das comparações pareadas. CR pode
Incidentes número/hora
ser calculado da seguinte forma:
Frequência de lesões Número
Econômico Custos de manutenção Rÿ
$%
CR = (14)
Confiabilidade CI
Tempo entre falhas horas

onde CI é o índice de consistência e seu valor tabulado é determinado usando a

Tabela 4 Tabela 2 [69].
Os parâmetros utilizados para gerar os dados para o estudo de caso.
Os procedimentos BWM mencionados acima são codificados usando MATLAB.
Indicadores Parâmetros Frequência de Medição Unidade
Um arquivo de entrada é necessário para executar a função desenvolvida. O arquivo
Consumo Por mês kWh
U(3000 ÿ 10, 000) deve conter os indicadores selecionados e as categorias e pilares atribuídos, se
de energia
aplicável. O arquivo também deve incluir as respostas dos especialistas de acordo
Desperdiça U(30 ÿ 300) Diário Kg
Barulho dB com a escala BWM (1 – 9) explicada no procedimento.
U(35 ÿ 120) 5 anos
acidentes U(0 ÿ 7) por hora Número/
hora
Incidentes
4.3. módulo OSS
U(3 ÿ 30) 5 anos Número/
tempo

Frequência de lesão U(0 ÿ 10) 5 anos Número $ O módulo OSS (como mostrado na Fig. 2) usa o número obtido do módulo de
Custos de manutenção U(800 ÿ 2500) Por mês
correlação e o módulo de determinação de peso junto com

Confiabilidade U(40 ÿ 100) Por mês %

Tempo entre W(120,1,3) Aleatório (depende dos horas Tabela 6
falhas tempos de falha) Pesos dos pilares da sustentabilidade e dos indicadores relacionados à sustentabilidade selecionados.
Tempo Cinco anos

Pilar de Sustentabilidade Peso (%) Indicadores Peso (%)

onde ajW é a preferência do critério j ao pior critério. • Passo 5: Obtenha os Ambiental 40 Consumo de energia 60
pesos resolvendo a seguinte otimização Desperdiça 15
modelo: Barulho 25
Social 20 acidentes 40
minR (9) Incidentes 20

Frequência de lesões 40

st Econômico 40 Custos de manutenção 35

Confiabilidade 30
Tempo entre falhas 35

Tabela 5

Amostras do conjunto de dados gerado.

Tempo (horas) Eficiência média de manutenção Energia Manutenção Barulho Acidentes Lesões Incidentes de Resíduos de Confiabilidade
Consumo Custo Nível Frequência

732.20 0,27 7507.57 1896.58 103,55 0,08 0,12 0,59 208,03 0,46
1464,41 0,41 4579,98 1657.03 66.03 0,05 0,03 0,73 118,24 0,20
2196,61 0,30 8647.31 2012.42 95,46 0,09 0,13 0,42 297,84 0,42
2928,81 0,48 4316,57 1410.16 71.02 0,03 0,07 0,78 123,86 0,12
3661.02 0,33 5578,83 1303.17 51,84 0,02 0,06 0,62 72.03 0,16
4393,22 0,59 6164,51 1202,18 70,83 0,05 0,08 0,69 115,54 0,24 141,34
5125,42 0,34 6019,44 1627,83 59,76 0,04 0,08 0,77 0,17
5857.63 0,48 4866,83 1294,77 68,98 0,03 0,05 0,68 113,68 0,19
6589,83 0,17 8115.05 2377,52 113,42 0,08 0,11 0,59 247,65 0,35
7322.03 0,41 6217,46 1215,37 60,71 0,02 0,05 0,80 126,27 0,22
8054.24 0,25 9324.69 1931.19 86,49 0,07 0,10 0,58 166,53 0,40
8786.44 0,23 7771.48 1730,50 83,17 0,07 0,16 0,52 204,50 0,42
9518.64 0,32 4133.45 1657,09 67,72 0,03 0,07 0,76 120,28 0,17 279,45
10250,85 0,16 9787.15 1783,70 104.02 0,08 0,12 0,50 0,38
10983.05 0,35 5258,95 1699.12 63,92 0,02 0,04 0,62 77.16 0,15
… … … … … … … … … …

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as entradas da empresa para os limites de sustentabilidade. O módulo OSS realiza as
seguintes etapas:
• Etapa 1: mapear e refletir o valor de correlação de cada indicador em uma escala
de 0 a 1 para sustentar a consistência de cada indicador (ou seja, em termos da
direção dos impactos das práticas de manutenção, positivos ou negativos). •
Etapa 2: Integrar os valores mapeados no grupo triplo de indicadores (Ci/ Ei/ Si) e
os pesos determinados em uma pontuação geral de sustentabilidade (OSS).
• Etapa 3: Use as pontuações obtidas e os limites fornecidos para
monitorar o desempenho de sustentabilidade.
• Etapa 4: relatar o desempenho geral de sustentabilidade usando o ob
OSS mantido.
Como nos módulos anteriores, as etapas listadas acima são codificadas em uma
função geral usando o MATLAB. A função exigirá as seguintes informações: as
correlações do módulo de correlação, os pesos do módulo de determinação de peso
e o limite de sustentabilidade dos tomadores de decisão (ou da empresa).
5. Estudo de caso
Um estudo de caso é projetado para demonstrar as implicações práticas do painel
de sustentabilidade proposto. O caso foi desenhado com base em alguns dados
fornecidos por nosso parceiro da indústria de um de seus clientes.
Nosso parceiro do setor é fornecedor de um sistema computadorizado de
gerenciamento de manutenção (CMMS) pronto para uso que capacita as empresas a
agendar, organizar e rastrear suas atividades de manutenção e transformar os dados
disponíveis em insights acionáveis. Devido a questões de privacidade, os dados
fornecidos são limitados a uma única unidade (ou máquina) em uma linha de produção
de uma empresa termoplástica que utiliza um CMMS, fornecido por nosso parceiro da
indústria, para gerenciar suas operações de manutenção. A empresa possui 31
máquinas (ou unidades) em seu chão de fábrica (ou seja, área de produção) e produz
uma variedade de produtos. As máquinas são máquinas injetoras hidráulicas comuns
com tamanhos diferentes, que são determinados por sua tonelagem (ou seja, a maior
carga de prensagem, em toneladas). Os dados fornecidos foram para uma máquina
de moldagem por injeção hidráulica de 500 toneladas com 2 tiros (ou seja, pode injetar
duas resinas diferentes de matéria-prima). O molde é o componente mais crítico da
máquina e suas alterações requerem 2,5 horas de preparação. A máquina possui
quatro partes básicas: o sistema de injeção, o sistema de fixação, a unidade de ejeção
e o sistema de controle elétrico e hidráulico. Os dados fornecidos indicaram que a
máquina tem uma taxa de falha de quatro por mês e uma frequência de PM de duas
ações por mês.
As ações de manutenção preventiva e corretiva realizadas são organizadas em ordens
de serviço de manutenção (concebidas pela empresa).
As informações nessas ordens de serviço são usadas por especialistas para avaliar a
eficácia das atividades de manutenção realizadas (ou seja, para quantificar ou estimar
a eficiência da manutenção). A eficiência média da manutenção é usada como
indicador relacionado à manutenção (a variável de entrada).
Para os indicadores relacionados à sustentabilidade, os indicadores abordados
se limitam a uma lista mais curta dos indicadores propostos na Tabela 1. Consideramos
apenas os indicadores que nosso parceiro do setor pode validar com base em alguns
registros de dados. Esses registros não foram fornecidos a nós, mas conseguimos
obter alguns parâmetros para gerar o conjunto de dados necessário.
Os indicadores selecionados estão listados na Tabela 3 com as unidades utilizadas.
Os dados são gerados a partir de um conjunto de parâmetros, conforme Tabela 4.
Para refletir o impacto das práticas de manutenção nos indicadores selecionados,
induzimos uma correlação entre a eficiência da manutenção e cada um dos indicadores
selecionados nos dados gerados. Uma amostra dos dados gerados (em médias por
mês) é apresentada na Tabela 5.
9
Engenharia de Confiabilidade e Segurança do Sistema 228 (2022) 108810
Os pesos para os três pilares da sustentabilidade e os indicadores selecionados
são obtidos usando o BWM. Para tanto, neste caso, uma empresa prestadora de
serviços de manutenção e um laboratório universitário especializado (em pesquisa
em manutenção e sustentabilidade) foram selecionados para realizar as entrevistas
necessárias. Comparações pareadas (usando a escala de 1 a 9 discutida na Seção
4.2) para os três pilares da sustentabilidade e os indicadores selecionados foram
conduzidos por meio de questionários. O número de especialistas pesquisados foi de
20 (7 do parceiro acadêmico e 13 do parceiro da indústria). Como temos dois grupos
diferentes de especialistas, as preferências pelos indivíduos dentro dos grupos são
agregadas usando a agregação de julgamentos individuais (AIJ). O método da média
geométrica ponderada é usado para obter a preferência do grupo para cada entrada
das matrizes de comparação. Em seguida, após agregar as preferências nos dois
grupos, utilizamos a agregação de prioridades individuais (AIP) para agregar as
prioridades obtidas. O método da média aritmética ponderada é usado para agregar
as prioridades de grupo resultantes a uma preferência de grupo final. Os pesos obtidos
neste estudo de caso também foram arredondados para o 5 ou 10 mais próximo, o
que for mais próximo. Desenvolvemos uma função BWM (usando MATLAB) para
conduzir todas as etapas do BWM e os métodos de agregação sugeridos. A Tabela 6
apresenta os pesos determinados para os três pilares da sustentabilidade e os
indicadores selecionados.
Uma interface de usuário simples é projetada usando os algoritmos e as funções
desenvolvidas para cada módulo (conforme explicado nas Seções 4.1., 4.2. e 4.3.)
usando o MATLAB. A interface desenvolvida lê os dados de dois arquivos de entrada
(os dados gerados e os pesos atribuídos usando o BWM). A interface de usuário
desenvolvida conduz todas as etapas de análise de dados necessárias. Ele estima a
eficiência da manutenção e depois reflete os dados (em termos de médias) para
corresponder à unidade-tempo usada para coletar as variáveis de resposta, ou seja,
os nove indicadores selecionados. Consulte o Apêndice para os diagramas
relacionados à interface de usuário desenvolvida (Figs. A1–A3). A Fig. A1 mostra uma
amostra de uma das guias de dados da ferramenta desenvolvida, que inclui dados
prontos para análise sobre tempos de medição, eficiência média de manutenção e
indicadores selecionados.
Ele também fornece algumas estatísticas para os dados coletados com base no
indicador selecionado na lista suspensa. A Fig. A2 mostra exemplos de algumas
estatísticas e gráficos para os dados relacionados a três indicadores de
sustentabilidade: consumo de energia, nível de ruído e acidentes. Os quatro gráficos
na Fig. A2 (a, b e c) são a eficiência média de manutenção versus tempo, o indicador
versus tempo, a correlação cruzada e o indicador versus eficiência média de
manutenção. Por exemplo, na Fig. A2 (a), o gráfico de consumo de energia versus
eficiência média de manutenção mostra uma melhoria no consumo de energia com
maior eficiência de manutenção. Na mesma figura (ou seja, Fig. A2 (a)), o gráfico de
correlação cruzada mostra uma correlação negativa, o que confirma a melhoria do
consumo de energia com o aumento da eficiência de manutenção. Da mesma forma,
na Fig. A2 (b), o gráfico nível de ruído versus eficiência média de manutenção mostra
uma melhoria no nível de ruído com maior eficiência de manutenção.
Enquanto o gráfico de correlação cruzada mostra uma correlação negativa, o que
confirma a melhoria do nível de ruído com o aumento da eficiência da manutenção.
Também na Fig. A2 (c), a mesma conclusão pode ser feita, ou seja, o número de
acidentes está diminuindo com o aumento da eficiência da manutenção. A ferramenta
também calcula a porcentagem de melhorias e prevê o desempenho futuro em função
da eficiência da manutenção.
Essas descobertas também podem ser apoiadas pelas evidências do estudo de
caso. Por exemplo, os moldes que são instalados na máquina possuem um conjunto
de cavidades para produzir peças. Essas cavidades ficam bloqueadas quando o scrab
continua se acumulando com o tempo. Portanto, sem as devidas atividades de
manutenção (ou seja, limpeza de escombros e recolocação do molde em perfeitas
condições), o tempo necessário para a produção aumentará, o que aumentará o
consumo de energia. Além disso, a potência necessária para
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M. Ghaleb e S. Taghipour
a prensagem aumentará por causa da raspagem acumulada no molde, o que
também aumentará o consumo de energia. O mesmo se aplica às práticas
regulares de manutenção preventiva (isto é, lubrificação, troca de óleo e troca de
filtro). Se essas ações preventivas não forem realizadas de forma adequada e no
tempo recomendado, espera-se um aumento no consumo de energia e no nível
de ruído. Para nosso estudo de caso específico, devido ao tamanho da máquina
e dos moldes, bem como a complicação advinda do processo 2-shots, realizar as
manutenções preventivas de forma adequada e no tempo recomendado é
fundamental para a segurança dos operadores. Por exemplo, a sucata acumulada
aumenta a dificuldade das configurações do molde. Com frequentes trocas de
molde devido a manutenção inadequada, podem ocorrer danos ao molde e
ferimentos. Isso levará a um aumento nas taxas de incidentes e acidentes. Além
disso, as evidências da literatura também podem ser fornecidas para apoiar
esses achados.
Por exemplo, na indústria de fundição, as práticas de MP resultaram em cerca de
15% de redução no consumo de eletricidade [33]. Em veículos e motocicletas a
diesel, práticas adequadas de manutenção resultaram em uma redução de 30%
nas emissões totais e em aproximadamente 0,4 tCO2/pessoa/ano nas emissões
de gases de efeito estufa (GEE) [37] . Além disso, em sistemas de geração de
energia eólica, as práticas de manutenção adequadas melhoraram a produtividade
em quase 27% [58].
A ferramenta criada (ou seja, a interface do usuário) utiliza os desenvolvimentos
das Seções (4.1 – 4.3) para estimar as correlações, determinar os pesos e
calcular a pontuação geral de sustentabilidade (OSS) com base no conjunto de
dados fornecido. A Fig. A3 mostra a parte do cálculo OSS da ferramenta
desenvolvida. Usando os dados coletados, as correlações e os pesos obtidos
(na Tabela 6), a pontuação geral de sustentabilidade (OSS) é de 73,71%.
Os resultados obtidos mostram a praticidade da metodologia proposta e sua
facilidade de aplicação com os dados disponíveis. Com isso, conclui-se o objetivo
principal desta pesquisa, que é o desenvolvimento de uma metodologia de
avaliação de sustentabilidade simples e de fácil aplicação na prática. Até este
ponto, mostramos que o painel de sustentabilidade proposto fornece uma
ferramenta prática para rastrear e monitorar os impactos da intervenção de
manutenção nas três dimensões da sustentabilidade por meio de um conjunto
adequado de indicadores selecionados. O painel proposto também calcula a
pontuação geral de sustentabilidade (OSS) usando os pesos determinados pelo
método BWM. O painel de sustentabilidade proposto pode ser facilmente aplicado
na prática, pois requer apenas a preparação de dois arquivos de dados: o primeiro
arquivo inclui todos os dados coletados para as práticas de manutenção e os
indicadores de sustentabilidade selecionados. A segunda é um arquivo que
contém as opiniões dos especialistas sobre a importância dos indicadores
relacionados à sustentabilidade selecionados. Além disso, a metodologia proposta
utiliza os algoritmos e os métodos que podem ser adotados sem a necessidade
de grandes desenvolvimentos teóricos e matemáticos, o que torna a metodologia
proposta replicável e de fácil aplicação.
6. Conclusão e Trabalhos Futuros
Este estudo propõe uma metodologia para monitorar e avaliar o desempenho
de sustentabilidade de ativos (empresas ou organizações) afetados por práticas
de manutenção. A metodologia proposta baseia-se principalmente nos dados
disponíveis, tornando-a mais fácil de ser aplicada na prática. O procedimento
proposto formaliza a relação entre as tarefas de manutenção e os indicadores de
sustentabilidade e, em seguida, determina a pontuação geral de sustentabilidade
(OSS) de um ativo. Os valores de OSS para todos os ativos podem ser
apresentados como uma lista ou agrupados em uma pontuação geral para uma
empresa. Isso ajuda as empresas (ou organizações) a monitorar o desempenho
sustentável de seus ativos e fornece à empresa uma ideia sobre seu desempenho
geral de sustentabilidade. A nova metodologia introduz a ideia de
10
Engenharia de Confiabilidade e Segurança do Sistema 228 (2022) 108810
integrando correlações de séries temporais e sistemas de pesagem para rastrear,
monitorar e avaliar o desempenho de sustentabilidade conforme impactado por
intervenções de manutenção. Portanto, a metodologia proposta permitirá que
empresas (ou organizações) estabeleçam uma correlação com a manutenção
usando quaisquer dados disponíveis. Este pode ser um passo importante, mas
fácil, para melhorar a sustentabilidade.
A metodologia proposta é implementada em um painel de sustentabilidade
que pode ser usado como uma calculadora de pontuação de sustentabilidade.
Um estudo de caso é desenhado com a ajuda de nosso parceiro da indústria para
testar e validar a metodologia proposta, e também para demonstrar a viabilidade
do painel de sustentabilidade desenvolvido (veja o Apêndice). A eficácia do
dashboard projetado (ferramenta ou interface do usuário) no cálculo do OSS
mostra que a metodologia proposta é prática e de fácil aplicação na prática, o que
confirma o alcance do objetivo principal desta pesquisa.
Direções para trabalhos futuros podem incluir estender o painel de
sustentabilidade proposto para incluir mais práticas (por exemplo, qualidade,
segurança e mudanças ambientais) usando modelos mais sofisticados (por
exemplo, regressões múltiplas, previsões e algoritmos de aprendizado de
máquina). Esses modelos podem ser usados para definir e formular a relação
entre os indicadores dos três pilares da sustentabilidade (ou seja, ambiental,
social e econômico) e essas práticas. Esses modelos devem ser integrados a
um sistema geral de sustentabilidade que possa quantificar os impactos das
práticas consideradas, monitorar esses impactos e ajudar as organizações a
atingirem suas metas de sustentabilidade. Outra direção para trabalhos futuros
pode ser converter o painel desenvolvido neste documento (ou qualquer versão
futura dele) em uma função para sistemas computadorizados de gerenciamento
de manutenção (CMMS) para rastrear e controlar o desempenho de
sustentabilidade de uma instalação operacional.
Declaração de contribuição de autoria do CRediT
Mageed Ghaleb: Conceitualização, Metodologia, Análise formal, Investigação,
Visualização, Redação – rascunho original, Redação – revisão e edição. Sharareh
Taghipour: Supervisão, Redação – revisão e edição, Administração do projeto,
Aquisição de financiamento.
Declaração de Interesse Concorrente
Os autores declaram os seguintes interesses financeiros/relacionamentos
pessoais que podem ser considerados como potenciais interesses concorrentes:
Mageed Ghaleb e Sharareh Taghipour declaram que não têm
conflito de interesses.
Disponibilidade de dados
Os dados serão disponibilizados mediante solicitação.
Reconhecimento
O financiamento para esta pesquisa foi fornecido pelo Conselho de Pesquisa
em Ciências Naturais e Engenharia (NSERC) do Canadá (CRD) e Software Fiix
para Tecnologia da Informação e Serviços (Toronto, Ontário, Canadá).
Apêndice
A seguir estão os diagramas (Figs. A1–A3) relacionados ao desenvolvido
painel de sustentabilidade.
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M. Ghaleb e S. Taghipour Engenharia de Confiabilidade e Segurança do Sistema 228 (2022) 108810

Fig. A1. Ferramenta OSS – Análise de dados (tempos de medição, eficiência média de manutenção e indicadores selecionados).

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M. Ghaleb e S. Taghipour Engenharia de Confiabilidade e Segurança do Sistema 228 (2022) 108810

Figura A2. Ferramenta OSS – Gráficos de análise de dados.

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M. Ghaleb e S. Taghipour Engenharia de Confiabilidade e Segurança do Sistema 228 (2022) 108810

Fig. A3. Ferramenta OSS – Cálculo da pontuação de sustentabilidade usando os pesos determinados.

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