Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FACULDADE DE DIREITO
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 4
1. FINANÇAS PÚBLICAS.............................................................................................................. 6
2. MEIOS DE FINANCIAMENTO DO ESTADO ............................................................................. 7
2.1. Vistos na perspectiva financeira ................................................................................... 8
2.2. Vistos na perspectiva jurídica........................................................................................ 8
2.3. Duas notas importantes sobre os meios de financiamento do Estado......................... 9
3. DISTINÇÃO ENTRE FINANÇAS PÚBLICAS E FINANÇAS PRIVADAS .......................................... 9
4. FINANÇAS NEUTRAS E FINANÇAS INTERVENCIONISTAS ..................................................... 10
5. CIÊNCIAS QUE SE OCUPAM DO FENÓMENO FINANCEIRO.................................................. 11
6. DIREITO FINANCEIRO........................................................................................................... 12
6.1. Natureza jurídica e autonomia do Direito Financeiro ................................................. 12
6.2. Relação do Direito Financeiro com outros ramos de Direito ...................................... 13
6.3. Fontes do Direito Financeiro ....................................................................................... 13
6.4. Interpretação e aplicação das normas financeiras ..................................................... 14
7. ORÇAMENTO GERAL DO ESTADO ....................................................................................... 14
7.1. Elementos do OGE....................................................................................................... 14
7.2. Orçamento de gerência e orçamento de exercício ..................................................... 14
7.3. Processo de elaboração do OGE ................................................................................. 15
7.4. OGE e as suas Funções ................................................................................................ 17
7.5. Natureza Jurídica do Orçamento ................................................................................ 18
7.6. Orçamento e figuras afins ........................................................................................... 19
7.6.1. O Orçamento Geral do Estado e o Balanço ......................................................... 20
7.6.2. O Orçamento Geral do Estado e a Conta Geral do Estado .................................. 20
7.7. Regras/Princípios de Organização do OGE.................................................................. 20
7.8. Excepções das regras/princípios de elaboração do OGE ............................................ 25
7.9. Discussão e aprovação do OGE ................................................................................... 25
7.10. Execução do OGE..................................................................................................... 27
7.11. Alterações orçamentais........................................................................................... 29
7.12. Controlo da execução orçamental .......................................................................... 30
7.12.1. Níveis de controlo da execução orçamental ....................................................... 30
8. DESPESAS PÚBLICAS ............................................................................................................ 33
8.1. Classificação orçamental das despesas públicas......................................................... 34
8.2. Despesa pública e Despesa nacional ........................................................................... 35
8.3. Aumento das despesas públicas ................................................................................. 35
8.4. Causas do aumento mais que proporcional das despesas.......................................... 36
8.5. Efeito do aumento das despesas públicas .................................................................. 36
9. RECEITAS PÚBLICAS ............................................................................................................. 38
9.1. Receitas patrimoniais .................................................................................................. 38
9.2. Receitas tributárias ..................................................................................................... 39
9.2.1. Impostos .............................................................................................................. 39
9.2.2. Taxas .................................................................................................................... 40
9.2.3. Contribuições especiais ....................................................................................... 41
9.3. Receitas creditícias ...................................................................................................... 42
9.3.1. Crédito público .................................................................................................... 42
9.3.1. Razões de ordem financeira e económica do recurso ao crédito público ................ 43
9.4. Classificação das receitas ............................................................................................ 43
9.4.1. Classificação legal ................................................................................................ 43
9.4.2. Classificação doutrinal......................................................................................... 43
9.5. Regime jurídico das receitas públicas ......................................................................... 44
9.6. Avaliação das receitas ................................................................................................. 44
CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................................. 46
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................... 47
INTRODUÇÃO
Na caminhada académica, no contexto da formação, existem várias dificuldades, das
inúmeras formas de solucioná-las adoptamos o associativismo como a melhor estratégia
para enfrentar os vários constrangimentos que esta longa estrada nos apresenta,
juntamos forças e criámos o grupo Estudando IUS1.
Trata-se de um trabalho não acabado, mas sim subsidiário, que é susceptível de erros,
razão pela qual aconselhamos a todos os leitores a consultarem outros manuais para
1
O grupo Estudando IUS foi fundado aos 15 de Abril de 2019, actualmente é composto por 12
membros. Foi constituído em primeiro, por iniciativa dos próprios estudantes e em segundo, por uma
orientação pedagógico-académica do corpo docente para com a turma no sentido de incentivar os
estudos em grupo.
2
Termo usado para se referir a uma técnica engenhosa, aqui fizemos recurso a ela para se referir a
grande habilidade de ensinar dos docentes.
4
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
Este material foi elaborado, a princípio, com base nas anotações e resumos que
fazíamos das aulas presenciais leccionadas pelos professores da cadeira. Em segundo
plano, sempre que possível, recorríamos aos materiais que podem ser vistos nas
referências bibliográficas, mas fundamentalmente o da professora Doutora Elisa Rangel
- Lições de Finanças Públicas e de Direito Financeiro. 6a edição. Por isso, alertamos,
mais uma vez, que este material não é principal, mas subsidiário, ou seja, deve ser
utilizado em segundo plano.
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
a) Sentido orgânico: refere-se aos órgãos do Estado que vão arrecadar receitas
para satisfazer as necessidades da colectividade. Ex.: AGT;
b) Sentido objectivo: refere-se à actividade que o Estado vai realizar para
satisfazer as necessidades colectivas ou sociais. Ex.: cobrança de impostos;
c) Sentido subjectivo: refere-se às disciplinas e aos princípios que estudam a
actuação do Estado, um dos princípios fundamentais para a actividade do Estado
é o princípio da legalidade.
A actividade financeira do Estado acaba por ser o conjunto de acções que o Estado
pratica para adquirir bens para a satisfação das necessidades pública. Na verdade, tudo
anda a volta do Estado para satisfazer as necessidades colectivas ou individuais tendo
como limite o Princípio da Legalidade.
a) Inexcluibilidade;
6
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
Interessa também falarmos sobre a externalidade que se refere aos efeitos externos do
comportamento do indivíduo. Ela pode ser negativa, quando prejudica um terceiro e
positiva quando beneficia este mesmo terceiro. Ou seja, a presença de terceiro é
indispensável para que haja externalidade, pois o mesmo é quem sofre ou beneficia do
acto.
Vale ainda falar sobre os bens públicos e a sua divisão. Temos, assim, bens públicos
propriamente ditos e bens semi-públicos, sendo que é importante que saibamos a
diferença destes e dos bens de domínio público.
Preço: refere-se à participação social que o Estado tem em diversas empresas privadas.
O Estado (administração, executivo (P.R.)) detém parcelas em determinadas empresas,
elas vendem bens/serviços e no final de cada exercício os acionistas reúnem para
analisar o relatório de gestão e repartem os dividendos. O Estado recebe o seu dividendo
na proporção da sua participação e este valor é depois encaminhado para o OGE. Ex.: a
participação que o Estado tem na Unitel.
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
Impostos: nos impostos o Estado não assume um carácter imediato, ou seja, não
assume uma obrigação (de devolver) como no empréstimo ou como aquisição de um
património como é o caso dos preços. O meio mais viável de que o Estado se serve são
os impostos. Numa perspectiva percentual, o imposto chega a cobrir cerca de 75% das
necessidades do Estado.
Quando olharmos para o preço veremos que é consensual, pois é regido pelo princípio
da igualdade. Do ponto de vista jurídico, o preço é uma receita voluntária. Do mesmo
jeito é o empréstimo, ou seja, há um consenso entre o credor e o devedor. Os impostos
não são receitas voluntárias, pois o Estado quando entende que quer cobrar um imposto
o faz de qualquer jeito. Os impostos são de carácter coactivo porque decorrem de uma
imposição legal.
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
A posição acima referida não é a normalmente adoptada, pois a taxa não obedece o
custo de produção como acontece com os preços e nem obedecem ao critério ou
realidade do mercado.
2a. Geralmente o Estado cobra receitas para realizar despesas, outras vezes o Estado
cobra receitas não para realizar despesas em primeira instância, por vezes para aumentar
e proteger a produção nacional.
2o O segundo elemento de distinção centra-se no facto de que nas Finanças Privadas são
as receitas que determinam as despesas, ao passo que nas Finanças Públicas não são as
receitas que determinam as despesas nem tão pouco as despesas que determinam as
receitas, mas sim os objetivos do Estado.
3 o Objectivos que se propõem atingir – uma Empresa Privada quando produz bens,
fá-los com o objetivo de vender esses bens visando a obtenção de lucro, já nas Finanças
Públicas o objetivo é a satisfação das necessidades colectivas.
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
Esta concepção neutra sofreu uma mutação para a teoria intervencionista (o Estado
deixou de ser neutro), na base disto tem os seguintes aspectos/factores:
1. Factor Político: o Estado passou a ser mais intervencionista e não abstrato (mão
invisível), passou a ser um agente económico, ou seja, passou a produzir bens e
serviços, bem como a regular a própria economia. Este factor foi precedido pelos
seguintes processos:
a) Passagem do sufrágio censitário para o sufrágio universal;
b) Surgimento dos partidos trabalhistas, socialistas e da doutrina social da igreja;
c) As guerras mundiais.
2. Factor Económico:
a) Redistribuição das riquezas;
10
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
Com esta transição, de Estado neutro para Estado intervencionista, o Estado passou a ter
as seguintes características:
11
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
Para o professor Jean Patrício da Silva é o Direito que organiza as finanças do Estado,
do qual deriva o Direito Tributário.
O Direito Financeiro é um ramo do Direito público porque as normas que hão de regular
as relações do Estado com terceiros são do Direito público, apesar de nalguns casos
serem regulados por Direito Privado.
Um aspecto importante cinge-se na distinção entre direito das receitas, das despesas e da
administração financeira ou fazendeira.
O direito das receitas refere-se ao conjunto de normas que regulam a obtenção das
receitas. Aqui devemos prestar atenção ao direito tributário que estuda os tributos
(impostos e taxas). Dentro deste (direito tributário) vamos encontrar o direito fiscal que
se autonomizou e estuda apenas os impostos.
O direito das despesas refere-se ao conjunto de normas que regem o dispêndio das
despesas. O direito da administração financeira ou fazendeira estuda o funcionamento
dos órgãos da administração financeira.
12
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
Por outro, o Direito financeiro tem um objecto de estudo próprio que é a obtenção,
gestão, dispêndio e controlo dos meios financeiros públicos (atividade financeira do
Estado). Tem um método próprio que é o arbitramento ou separação dos interesses
públicos e tem um fim próprio que é a satisfação dos interesses colectivos.
1. A Constituição;
2. As Leis de Base e da Assembleia Nacional;
3. Os Decretos Legislativos Presidenciais;
4. Os Decretos Presidenciais e outros actos normativos do Titular do Poder
Executivo;
13
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
14
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
Apesar de o OGE ser uma proposta do Presidente, não quer dizer que é ele quem senta e
o elabora, ocorre da seguinte forma:
15
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
Diz-se que o orçamento está a ser executado quando está a se cobrar as receitas e a se
efectuar as despesas. O orçamento de receitas é efectuado quando se cobram as receitas,
para isso foi criado o SIGFE (Sistema Integrado de Gestão Financeira do Estado), sendo
constituído pelo Tesouro Nacional (que está domiciliado no Banco Nacional de Angola,
que é o banqueiro do Estado), pelas Delegações provinciais das Finanças e pelo BPC,
3
A regra do duodécimo quer dizer que os serviços não podem, em cada mês, gastar mais do que a verba
correspondente a duodécima parte (1/12) da dotação anual, acrescida dos duodécimos anteriores
vencidos e não gastos. Ou seja, se o orçamento é anual (12 meses), imaginemos que a cabimentação
orçamental é de 120 milhões para o ano. A regra duodecimal orienta que a unidade orçamental deve
gastar a cada mês 10 milhões, para que quando terminar o ano a unidade orçamental tenha gasto os
120 milhões no total e 10 milhões a cada mês. Porém, esta regra tem uma exceção, conhecida como
programação financeira que está consagrada no artigo 28.° da LQOGE.
16
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
17
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
Começando pelo grupo dos que vêem o orçamento como um todo, temos:
1. Hanel, Zorn e Ingrosso, que para estes o orçamento é uma lei em sentido
material, isto porque por meio desta lei o Estado adquire o direito de cobrar
receitas e realizar despesas.
2. Augusto Graziani, Gianini e Louis, que para estes o orçamento é uma lei em
sentido formal, isto porque apesar de ser uma lei não tem conteúdo legislativo
por não estabelecer regras fundamentais e permanentes.
3. Paul Laband e Otto Mayer, que para estes o orçamento é um acto administrativo,
isto porque a seu ver o orçamento é um simples plano de gestão financeira do
Estado, não contendo qualquer punição, ordem ou norma jurídica.
4. Jellinek, que para este o orçamento é um acto-condição, isto porque o orçamento
é condição para que o Estado desenvolva a sua actividade financeira.
18
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
O posicionamento adoptado tem sido o defendido pela professora Elisa Rangel que nos
diz que, tal como se pode verificar na alínea e) do artigo 161.° e alínea d) do artigo
166.° ambos da Constituição, o orçamento é uma lei. Entretanto, o orçamento por conter
também o plano financeiro do Estado é também um acto político. Conjugando as duas
questões (ser uma lei e um acto político) chega-se a conclusão que o orçamento é uma
lei em sentido material especial, isto porque é o Presidente que tem a competência de
elaborar e executar o orçamento, mas este não o pode executar sem a autorização da
Assembleia Nacional. Mesmo após a aprovação, tal lei só tem validade num
determinado período de tempo. Em conclusão, é um plano financeiro aprovado sobre a
forma de lei em sentido material especial.
19
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
Entende-se por activo as posições e ou relações jurídicas em que o Estado aparece com
a faculdade de exigir a terceiros determinada prestação. Entende-se por passivo aquelas
posições em que o Estado é susceptível de prestar a terceiros.
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
21
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
O n°3 do artigo 7.° da LQOGE, desde o princípio até a palavra “défice” constitui a
excepção, nestes casos o Estado poderá recorrer aos empréstimos ou aumentar a base
tributária (agravamento dos impostos), o limite da excepção está na parte final deste
mesmo número “... sem recorrer à criação de moeda”. A razão de ser do limite da
excepção é o de evitar a inflação que pode ser causada com a criação de moeda. .
Nesta ordem de ideias surge a seguinte pergunta: que tipo de receitas e despesas são
necessárias para que se verifique ou tenhamos equilíbrio substancial?
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
Para esta corrente haveria desequilíbrio quando as receitas não efectivas cobrissem as
despesas efectivas.
As duas correntes que acabamos de ver limitam a sua abordagem nas despesas e receitas
patrimoniais. Foi necessário que se adoptasse uma corrente que admitisse os
empréstimos por causa dos investimentos que o Estado passou a fazer. A seguir
abordaremos as correntes que viam os empréstimos como receitas a constarem no
orçamento.
23
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
Neste caso, as despesas ordinárias (ex.: pagamento de salários) deve ser coberta com as
receitas ordinárias (ex.: impostos). As despesas cujos efeitos se prolongam no tempo,
devem ser cobertas com as receitas ordinárias ou extraordinárias (ex.: empréstimos).
Esta corrente chama atenção que o Estado não deve recorrer as receitas extraordinárias
para cobrir despesas ordinárias.
A corrente neoclássica sofreu várias críticas, uma delas e a que mais vincou é a que
questionava a forma como seriam definidas e que critérios seriam usados para
definir uma receita ordinária e uma receita extraordinária?
Por não existir estes critérios esta teoria sofreu várias críticas e alguns Estados foram
esforçados a abandonarem esta posição, pois seriam os Estados a definir o que seria
ordinário e extraordinário, esforçando assim sempre um orçamento equilibrado.
24
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
A excepção acontece pelo facto destas unidades orçamentais terem receitas e despesas
próprias, o que resulta no duplo orçamento (o valor do OGE e os valores arrecadados
nos orçamentos próprios).
25
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
Segue-se depois a discussão e votação na especialidade. Tal como o nome diz, esta
discussão acontece nas Comissões de Trabalho Especializadas e que em regra dispõem
do prazo de vinte dias. Esta abordagem é detalhada nos artigos 268.° e 270.°.
26
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
Assim como para a elaboração do OGE o Presidente emana instruções, para a execução
também elabora regras que os gestores destas unidades deverão observar na execução
do orçamento. Isso quer dizer que se o titular da unidade orçamental não observar as
regras ou instruções no processo de execução do orçamento poderá ser responsabilizado
politicamente (exoneração), disciplinarmente (redução salarial, mudança de posto e
outros), civilmente (indemnização), financeiramente (devolução dos valores desviados,
normalmente impostos pelo Tribunal de Contas) e até mesmo criminalmente (pena
privativa de liberdade). As regras emanadas são consagradas em diploma próprio
emanado pelo Presidente da República (para o exercício económico de 2020 foram
consagradas no Decreto Presidencial 141/20 de 25 de Maio) e se o titular da unidade
orçamental e dos órgãos dependentes executar o orçamento no seu organismo
inobservando essas regras ele está sujeito a ser responsabilizado, tal como dissemos
anteriormente.
Para conferir maior controle do OGE, foi criado o SIGFE (Sistema Integrado de Gestão
Financeira do Estado), esse sistema integra um conjunto de entidades como o Tesouro
Nacional (com a responsabilidade de coordenar a Conta Única do Tesouro), o Banco
Nacional de Angola (enquanto banqueiro do Estado e é onde está sedeada a Conta
Única do Tesouro), as Delegações Provinciais das Finanças, o BPC (na qualidade de
Banco operador), os Gabinetes de Estudos e de Planeamento ou similares dos órgãos da
administração central do Estado, tal como está consagrado no artigo 2.° do Decreto
n°73/01 de 12 de Outubro.
27
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
O orçamento das receitas está sendo executado quando o Estado cobra receitas e o
orçamento das despesas está sendo executado quando o Estado realiza despesas, mas no
que respeita ao orçamento das receitas, por ser susceptível de onerar o Estado, está
sujeito a regras mais apertadas, obedece a três etapas:
28
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
29
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
Estes créditos são abertos por decreto presidencial devendo o Presidente dar a conhecer
imediatamente a Assembleia Nacional. Nestas situações não se impõem um limite ao
Presidente para pôr mão aos recursos considerando a gravidade do momento.
a) Controlo interno: este controlo é feito por entidades que integram a estrutura
administrativa. Isto traduz a ideia de que o órgão que executa é parte da estrutura
administrativa que controla.
A última parte do no 1 do artigo 63.o da LQOGE diz que “(...) o controlo interno é feito
pelo Presidente da República, através dos seus órgãos especializados”. À luz do decreto
30
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
Tal como já dissemos a Conta Geral do Estado respeita para o passado e corresponde a
atividade financeira desenvolvida pelo Estado. A CRA na alínea b) do artigo 162.o nos
diz que compete a Assembleia Nacional “receber e analisar a conta geral do Estado (...)
«podendo» as mesmas serem acompanhadas (...)”. O termo podendo traz a ideia de ser
facultativo e não imperativo. Mas esta questão é suprida com o no2 do artigo 7.o da Lei
Orgânica e do Processo do Tribunal de Contas.
31
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
Todos os órgãos que integram o OGE devem constar na Conta Geral do Estado tal como
consagra o no1 do artigo 58.o da LQOGE. À luz do no2 do artigo 104.o da CRA as
Autarquias integram o OGE então as mesmas e os demais organismos (empresas
públicas, etc.) são passíveis de fiscalização e integram a Conta Geral do Estado.
Segundo o artigo 20.o do Estatuto do Ministério das Finanças, a entidade a quem
compete elaborar a Conta Geral do Estado é a Direcção Nacional de Contabilidade
Pública.
4
A regra dos 3E's, vem nos dizer que a despesa tem de ser o mais Económica possível, Eficaz e Eficiente.
32
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
Podemos identificar três elementos que abrangem todas as realidades que devem ser
vistas como despesas, estes elementos são elemento objectivo, subjectivo e teleológico.
Para entender a diferença temos que saber que o sector público é mais abrangente.
Sendo que as despesas públicas abarcam:
5
Os afins que nos referimos são as sociedades comerciais em que o Estado detém participações.
33
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
6
Esta matéria está dentro do âmbito das avaliações das despesas.
7
Não se deve confundir esta classificação com a que agrupa as despesas em corrente e de capital, pois
existem despesas de capital que não correspondem a despesas de investimento, como é o caso do
reembolso de um empréstimo e há despesas correntes que não correspondem a despesas de
funcionamento, como é o caso do pagamento de juros da dívida pública.
34
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
35
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
36
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
Por vezes surgem causas externas que impedem o funcionamento destes instrumentos
ou, pelo menos, que determinam que os seus efeitos sejam inferiores aos esperados.
Essas causas derivam de um fenómeno de filtrações ou fugas que limita ou anula o
efeito pleno do multiplicador, do acelerador ou do propulsor. Ex.: as importações, a
propensão para a poupança e o rendimento de subsistência.
8
Se um destes pressupostos não estiver presente, o consumo adicional não induz aumento de
investimento. Quando muito poderá determinar um acréscimo de emprego ou uma melhor utilização
dos equipamentos.
37
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
9
Ficam de fora do leque das receitas públicas, as receitas que o Estado antecipa para regime transitório.
Um exemplo de uma receita ou recurso em um regime transitório seria um empréstimo a curto prazo
para cobrir um défice de tesouraria.
10
Para além destas existem outras receitas como as transferências, contas de ordem, as multas, etc.
11
As receitas patrimoniais e as tributárias são efectivas porque aumentam o património monetário do
Estado. Contrário destas são as receitas não efectivas que diminuem o património monetário do Estado.
38
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
Existem ainda os bens integrados no domínio privado do Estado, estes bens podem sim
ser alienados e devem obedecer ao princípio da concorrência, outras vezes não
obedecerá esta regra, quando estivermos em regime de monopólio, por isso existe a Lei
das Cláusulas Gerais dos Contratos para evitar as cláusulas abusivas. Nesta senda, a lei
do sector empresarial do Estado não permite a extinção de uma empresa pública por via
do instituto da falência, para evitar que os bens de domínio público passem para a esfera
de privados.
9.2.1. Impostos
É uma prestação patrimonial definitiva12, estabelecida por lei ou coactiva, sem contra-
prestação imediata, a favor de entidades que exerçam tarefas ou funções públicas, sem
carácter sansonatório e em prol das necessidades colectivas.
12
O termo prestação definitiva significa que uma vez pago não há qualquer reembolso. Porém, existem
casos em que, por algum erro, o contribuinte acabou por pagar mais do que o exigido, nestes casos não
há reembolso, há uma reposição.
39
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
9.2.2. Taxas
É uma prestação patrimonial definitiva, estabelecida por lei ou coactiva, a favor de
entidades que exerçam funções públicas como contra-prestação individualizada de uma
actividade pública da utilização individual de bens de domínio público ou remoção de
um limite jurídico à actividade dos particulares. Estão consagradas no artigo 103.° da
CRA e na Lei 7/11 de 16 de Fevereiro que estabelece o Regime Geral das Taxas.
A taxa aparece normalmente ligada a uma utilidade, ou seja, o contribuinte tira da taxa
uma utilidade, é esta utilidade que coloca o contribuinte na obrigação de pagar a taxa.
40
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
Segundo o n°1 do artigo 12.° da Lei sobre o Regime Geral das Taxas, as taxas são
criadas por via de um acto administrativo. O artigo 8.°, 9.°, 10.° e 11.° abordam sobre
os princípios para se criar uma taxa.
1. Utilidade que uma despesa pública vai criar ao particular, ou seja, por se
repercutir de forma directa e imediata na esfera/vida do particular.
2. Pela actividade que o particular desempenha criar maiores encargos ao Estado.
Ex.: o caso dos caminhões cisternas que tratam das fossas. Essa actividade cria
maior despesa ao Estado, por degradar o ambiente e fazem com que o Estado dê
outro tratamento àquele resíduo.
41
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
Temos que ter em conta que só estamos a falar de crédito público sempre que um dos
sujeitos dessa relação é uma entidade pública. Estritamente falando, existe crédito
público sempre que o sujeito público encontra-se na posição passiva numa relação de
crédito. Já de forma ampla, resume-se ao conjunto de operações e esforços que o Estado
faz para obtenção de meios para cobrir as suas responsabilidades ou encargos, deste
conjunto, a mais significativa é o empréstimo público.
13
O Estado geralmente assume o papel de devedor subsidiário quando o devedor principal, não tendo
meios para liquidar a dívida, constitui um grande parceiro para o Estado, sendo que este último fica com
a responsabilidade de reembolsar o Estado posteriormente – a este tipo denominamos empréstimo com
reembolso de encargos. Nos casos em que o Estado se compromete apenas a pagar, caso o devedor não
cumpra – a este tipo denominamos aval do Estado.
42
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
1. Correntes e de capital.
2. Ordinárias e extraordinárias.
3. Coercivas e não coercivas14.
14
As receitas coercivas resultam da imposição lega. Ex.: Impostos. Já as receitas não coercivas resultam
de uma relação obrigacional (contrato). Ex.: Contrato de compra e venda.
43
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
As receitas públicas podem ser de direito público, quando o Estado as arrecada munido
do seu poder de autoridade. Ex.: os impostos. Podem também ser de direito privado,
quando o Estado as arrecada como se de privado se tratasse. Ex.: os preços.
15
As receitas originárias são as que derivam da actividade de produção própria do Estado. Ex.: receitas
patrimoniais do Estado. Já as receitas derivadas representam a participação do Estado na riqueza gerada
por outras entidades. Ex.: Impostos.
44
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
45
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
Todos os assuntos abordados nesta manual são de cariz introdutórios, sendo certo que
devem ser aprofundados e acompanhados com os materiais obrigatórios e com as leis
actualizadas. Esperamos que este material não limite os estudantes ou qualquer
interessado, pelo contrário, que os estimule a procurarem desenvolver mais os assuntos
aqui abordados.
Por não ser um material elaborado por experts na matéria, de certeza que tem várias
lacunas e assuntos bastantes resumidos que os aprofundar constituem vantagens para o
estudante.
Conseguimos notar que ainda há muito por se abordar e as Finanças Públicas e Direito
Financeiro é um assunto interessante que nos permite perceber muitos assuntos actuais e
actuantes da vida do Estado, fundamentalmente sobre o Orçamento Geral do Estado
enquanto maior instrumento de governação. Muitos assuntos que eram alheios e
passavam despercebidos para nós, com o estudar desta disciplina tornam-se familiares e
apreciáveis.
Por ser uma matéria que está sujeita a vinculações legais é fundamental que estejamos
atentos a toda a legislação que é aprovada e entra em vigor, pois só assim saberemos das
normas que entram em vigor e das que perdem a vigência. Por outro, todo o conjunto de
matérias estudadas anteriormente noutras disciplinas como Introdução ao Estudo do
Direito, Ciência Política e Direito Constitucional, Economia Política e outras, bem
como as disciplinas contemporâneas a esta, principalmente Direito Administrativo,
serão fundamentais para a percepção desta disciplina.
Esperamos que a leitura ou consulta tenha sido boa e servido para ajudar nalgum
aspecto, desejamos força e tudo de bom, independentemente do caminho que esteja a
traçar e trilhar.
46
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.
47
Elaborado pelo Grupo Estudando IUS, constituído por: Aires Munhingana, Anita Senda,
Dalton de Carvalho, Danilson de Castro, Daniel Matetele, Honoré Kangala, Joaquim Vicente,
Ismael Job, Marinela Brandão, Márcia Lelo, Telmo Tchitanga e Santos dos Santos.