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3.

1- DNA GENE MUTAÇÃO

O DNA (Ácido Desoxirribonucleico) é uma molécula presente no núcleo das células de todos
os seres vivos e que carrega toda a informação genética de um organismo. É formado por
uma fita dupla em forma de espiral (dupla hélice), composta por nucleotídeos. A molécula de
DNA é constituída por três substâncias químicas: Bases nitrogenadas Adenina (A), Timina
(T), Citosina (C) e Guanina (G); Pentose – Um açúcar que apresenta moléculas formadas por
cinco átomos de carbono; Fosfato – un radical de ácido fosfórico.Os dois filamentos que
constituem o DNA enrolam-se um sobre o outro e unem-se através de pontes de hidrogênio,
que se formam entre as 4 bases nitrogenadas dos nucleotídeos: A-Adenina; T-Timina; C-
Citosina; G-Guanina.

As pontes de hidrogênio são formadas entre os pares de bases: A-T e C-G. Adenina com
Timina e Citosina com Guanina. O DNA está tão compactado no núcleo celular, que se fosse
possível esticá-lo, ele teria 2 metros de comprimento.

Gene, são unidades de informação hereditária que formam os cromossomos, formados por
sequências especiais de centenas ou milhares de pares de bases nitrogenadas (A-T ou C-G).
São eles que determinam tanto as características próprias da espécie humana, quanto às
características próprias de cada indivíduo. Os genes especificam as sequências de
aminoácidos que servem de base para a síntese de proteínas celulares. Essas proteínas, em
geral enzimas, atuam na estrutura e nas funções metabólicas das células e, consequentemente,
no funcionamento de todo o organismo.

Os cromossomos são formados por diferentes sequências de DNA. O ser humano ter 46
cromossomos, sendo assim 23 são da parte paterna e 23 da materno. Cada par de
cromossomos é composto de inúmeros genes.

O Genoma é toda a informação hereditária codificada no DNA de um organismo ou no RNA,


no caso dos vírus. É o conjunto de todos os genes de determinada espécie.

O sequenciamento de DNA ou genoma é a técnica usada para determinar em que ordem as


bases nitrogenadas (Adenina, Timina, Citosina, Guanina) se encontram no DNA. Sequenciar
um genoma significa determinar a ordem em que as informações, ou seja os genes, estão
colocados no genoma, o que permite obter informações sobre a linha evolutiva dos
organismos, podendo trazer novos métodos para diagnosticar doenças ou formular
medicamentos e vacinas.
3.2- Terapia Gênica

Atualmente os métodos terapêuticos usam abordagens farmacêuticas ou cirúrgicas que podem


ou não ser eficazes e trazer diversos efeitos colaterais. Com o surgimento de novos
equipamentos, novas abordagens e avanços na biologia molecular e medicina a terapia gênica
tem sido uma importante possibilidade de tratamento eficaz e sem prováveis efeitos
colaterais, dando assim esperanças para cura de diversas doenças na atualidade.

A definição de terapia gênica é a inserção de material genético em células de um indivíduo


para fins terapêuticos (Figura 1). O material genético utilizado pode ser inserido de duas
formas, a primeira é a utilização de genes (DNA) específicos e funcionais para substituir
genes defeituosos, e a segunda é a utilização de RNA de interferência para silenciar algum
gene, geralmente defeituoso. Essa introdução ocorre por meio de vetores e acontecem por
meio de duas estratégias: ex vivo e in vivo.

Essas estratégias, in vivo e ex vivo (Figura 2), são nomeadas pela forma de introdução dos
vetores de transferência de material genético nas células. A estratégia ex vivo utiliza células
retiradas do paciente, geralmente da medula óssea, e cultivadas in vitro. O uso de vetores
acontece in vitro para que as células já estejam modificadas antes de serem reintroduzidas no
paciente. Na estratégia ex vivo os vetores são injetados diretamente no paciente próximo ou
diretamente no tecido alvo e, com isso, os vetores irão agir dentro do paciente.
Figura 1 – Descrição das etapas que envolvem a terapia gênica

Legenda:
1, Seleção do gene terapêutico e do vetor;
2, Substituição de genes do vírus pelos genes terapêuticos;
3, Introdução do genoma no vírus;
4,transfecção;
5, Substituição do gene defeituoso pelo gene terapêutico;
6, Gene correto é passado para as células filhas;
7, Proteínas corretas começam a ser produzidas.
Fonte: Valentim 2016

A terapia gênica pode ser realizada em células germinativas ou em células somáticas,


dependendo do alvo e função desejados. A realização da terapia em células germinativas não
é convencional, pois ao fazer edição ou supressão nos genes, a modificação é passada para a
prole. Utilizar células somáticas como alvo não passa modificações à prole e tem como
objetivo corrigir defeitos genéticos que causam consequências clínicas, como em doenças
genéticas.

Figura 2 – Estratégias de terapia gênica in vivo e ex vivo.

Legenda:
Meio ex vivo:
1, Coleta de células do paciente e cultivo in vitro;
2,Introdução do vetor contendo gene terapêutico na cultura;
3, Seleção e multiplicação das células modificadas e;
4, reintrodução das células no paciente.

Meio in vivo:
1, Montagem do melhor vetor com gene terapêutico e;
2, Introdução dos vetores no tecido alvo do paciente.
Fonte: Menck; Ventura (2007).

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