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UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS - UNISINOS

INTERNACIONALIZAÇÃO DOS NEGÓCIOS


Lucchiana Resmini e Rafaela Teston

Caso Marcopolo

MODOS A SEREM PRIORIZADOS

Joint Venture

Joint Venture é quando duas ou mais partes se juntam em uma "empresa


conjunta" e é um modelo estratégico de parceria comercial que tem como objetivo
uma colaboração entre as duas para fins comerciais, em que as empresas não
perdem suas identidades individuais como pessoa jurídica. As joint ventures não
apenas são recomendadas à Marcopolo, como já são presentes, a Tata Motors, na
Índia é uma Joint Venture com a Marcopolo que está em vigor desde 2008, ou seja
14 anos, esta joint venture tem sede Karnataka na Índia.

Investimento Externo Direto

O Investimento Externo Direto, segundo o Banco Central é a aquisição de


participação no capital social de empresa brasileira por investidor (pessoa física ou
jurídica) não residente no país ou com sede no exterior, ele é composto por capitais
internacionais movimentados do exterior para o Brasil e serve para desenvolver as
operações de um negócio no Brasil. Estudos indicam que estratégias que implicam
em investimento externo direto parecem proporcionar às empresas resultados
superiores em termos de: a) melhoria do desempenho global da empresa; b) menor
dependência do mercado doméstico; e c) maior estabilidade dos resultados
econômico-financeiros, de acordo com a pesquisa feita por Cyrino e Oliveira Júnior
em 2002, creio que o IED seria beneficial à Marcopolo por já ter Joint Venture.

Exportação Direta

A exportação direta é quando a venda é efetuada diretamente ao comprador


estrangeiro, de forma que o exportador, no caso a Marcopolo, é responsável por
todo o processo de exportação - desde a logística até questões aduaneiras e
cambiais. Esse modo é indicado para empresas que já tenham experiência com
exportação e que tenham, ao menos, um especialista para auxiliar durante todo o
processo. No caso da Marcopolo, eles já possuem experiência com os trâmites de
uma exportação, então valeria a pena por não precisar desembolsar um valor a mais
para pagar um intermediador, como é o caso da exportação indireta. Além disso,
eles também possuem experiência em negociações com outros países, então
sabem o que deve ser feito e o que deve ser evitado durante uma negociação com
outro país e é um modo que possibilita uma relação mais próxima com o cliente,
valor que a Marcopolo preza.

Licenciamento

Atráves do licenciamento, a licenciadora (Marcopolo) disponibiliza recursos


para uma organização em outro país – a licenciada –, permitindo que ela produza e
comercialize um produto similar ao que a licenciadora produz. Esse modo envolve a
transferência dos conhecimentos de tecnologia, patentes, administração etc. Além
disso, existe a possibilidade de a empresa licenciadora receber royalties pelo uso de
sua marca. Acreditamos que esse pode ser um modo de entrada indicado para a
Marcopolo pois a empresa já está consolidada no mercado e poderia receber
royalties sem, de fato, “colocar a mão na massa”.

MODOS A SEREM EVITADOS

Franquias

As franquias funcionam em uma relação de semi-independência entre uma


marca e um empreendedor, o empreendedor tem certa autonomia para administrar
a sua unidade contanto que siga as regras impostas pela empresa, este
empreendedor ganha o direito de explorar e comercializar produtos e/ou serviços
que são ligados a esta empresa. As franquias são ditas terem um grande risco,
principalmente na questão de roubo de tecnologia e informação, tanto que a Lei das
Franquias da legislação brasileira se baseia nos princípios de boa fé, bons hábitos e
do dever da informação, acredito que esta seja mais recomendada para empresas
que não lidem com tecnologias ou produtos únicos, mas sim com coisas mais
simples como alimentação (muitas redes de fast-food tem franquias ao redor do
mundo por estas não apresentarem um risco tão alto), porém como a Marcopolo
trabalha com produtos de ponta creio que não seria tão indicado para ela.

Exportação Indireta

A exportação indireta tem todo o processo de exportação intermediado por


uma terceira empresa, e o comprador que tem o compromisso de exportar dentro do
prazo legal. Esse modo de entrada é muito bom para quem não conhece tanto a
área de comércio exterior ou não quer ficar com a responsabilidade de resolver
todos os trâmites que envolvem uma exportação. No entanto, não consideramos
como ideal para a Marcopolo pelo fato de que eles não teriam tanto acesso a como
o produto deles está indo no mercado externo, bem como não teriam proximidade
com o cliente.

Contrato de Produção

Nesse caso a Marcopolo contrataria uma empresa no exterior para fabricar


seus produtos, dessa forma seria estabelecido um contrato de produção. A venda
dos produtos pode ocorrer no próprio país da empresa contratada, no país da
empresa contratante ou em terceiros países onde a contratante atue.
Acreditamos que esse modo não faça sentido para a Marcopolo, pois eles
têm experiência em fabricar os seus próprios produtos e, nos casos que os produtos
são fabricados no exterior, a fábrica é comprada por eles e pode haver a
possibilidade de fazer parceria com algum executivo local.

FONTES:
● https://www.tatamotors.com/press/tata-motors-india-and-marcopolo-brazil-ann
ounce-joint-venture/
● https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/7665/000551116.pdf
● http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13966.htm#art9
● http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8955.htm

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