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Franchinsing
Tom Leite
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INTRODUÇÃO
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AULA 1 – CONHECENDO O FRANCHINSING
Existem outras leis importantes e que devem ser conhecidas pelos profissionais
envolvidos em franchinsing, como o Código de Defesa do Consumidor, assim
como as Leis de Propriedade Industrial e de Direitos Autorais, tendo em vista
que marca é um ativo importante do franchising.
Fundamentos de franchinsing
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Vamos mais a fundo: você sabe o conceito de stakeholders?
Basicamente, eles são as pessoas ou negócios impactados pelas
ações de uma determinada empresa. Em artigo publicado em
seu blog, a Rock Content traz mais detalhes. Vale a leitura.
Em tese, cada nova franquia que você abre deveria proporcionar uma margem
de contribuição superior ao que se tinha, quando do tamanho original da sua
rede. Também é importante atentarmos a dois possíveis diferenciais
competitivos que um franqueado tem sobre um franqueador. São eles:
Imagine que você é uma franqueadora sediada em São Paulo e tem uma
unidade franqueada estabelecida em Teresina. Quem estará, diariamente,
contratando, treinando, gerenciando e desenvolvendo times é o franqueado.
Por si só, ele deverá ter uma vantagem competitiva, nessa competência, diante
do franqueador, porque se o franqueador tiver que assumir essa tarefa nas
demais unidades, a tese do custo de monitoramento decrescente é
negativamente afetada.
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Segundo diferencial – Influência na comunidade local
Ao longo de sua explicação, Tom Leite traz uma informação que, segundo ele,
não é uma regra. No entanto, é um aprendizado que ele adquiriu durante a sua
experiência no mercado de franquias e que vale a pena ser compartilhado com
as pessoas que pretendem investir no setor.
Padrões transparentes
Dessa forma, você perderá o que Tom Leite chama de “uma das belezas do
mercado de franquias”, que é a renovação descentralizada. “E você só consegue
essa renovação descentralizada quando consegue equilibrar essa padronização
de ação com autonomia para o empresário franqueado. O modelo de liderança
dentro da franchinsing, para você maximizar o valor da marca e da rede, deve
obedecer a uma lógica mais horizontalizada, em que a troca entre as partes é
genuína e baseada em um ambiente que haja confiança”, comenta Leite.
Tom Leite exemplifica essa ação de mudança citando uma história da Spoleto,
empresa especializada na gastronomia italiana. Entre 2014 e 2016, o volume de
transações da rede de franquias estava em queda no Brasil. Para resolver o
problema, a equipe do franqueador – responsável por dar um norte para os
franqueados resolverem desafios -, inspirada na experiência da rede nos
Estados Unidos em um mercado altamente competitivo, levou alguns
empresários franqueados brasileiros para os Estados Unidos.
Modelo FEB
De acordo com Tom Leite, boa parte dos consultores faz parte da Associação
Brasileira de Franchinsing, considerada uma fonte importante do setor em
termos de contatos e de informações. Uma fonte de orientação é um modelo
de framework que reúne seis dimensões que compõem um franchising de
excelência.
Modelo de negócios
Expansão e implantação
Suporte e relacionamento
Capital humano
Marketing e comercial
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Cultura e engajamento
As diretrizes culturais devem ser muito claras aos franqueados, assim como a
missão, visão, valores e propósito da rede e das franquias. É importante
promover um programa de excelência no serviço prestado – com KPIs e
indicadores -, além de mensurar o engajamento e a satisfação dos
consumidores.
Franchinsing no Brasil
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Ainda no que diz respeito ao levantamento, a entidade detalha a quantidade de
marcas de franquias. Confira também:
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Na próxima aula, o professor Tom Leite traz um estudo de caso do Grupo Trigo.
Leite vai explicar como o mercado de gastronomia está evoluindo. Até o
próximo conteúdo!
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AULA 2 – APRENDENDO FRANCHINSING COM
O GRUPO TRIGO
Com 600 restaurantes espalhados por todo o Brasil, o Grupo Trigo é formado
por seis diferentes marcas, além de somar 406 pontos de vendas de marcas
digitais. Observe a seguir:
Além das marcas franqueadas, o Grupo Trigo possui uma fábrica e uma
distribuidora que dão suporte aos franqueados com todos os produtos que eles
precisam para as atividades dos restaurantes. Isso significa que, tudo o que o
franqueado precisa para operacionalizar um restaurante, ele compra em um
portal centralizado.
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“Dentro do Grupo Trigo, nós temos também um negócio que se fortaleceu a
partir da pandemia da Covid-19, que são as marcas digitais. São marcas que se
utilizam do investimento realizado em uma das marcas mães”, explana Leite.
Vamos à uma hipótese:
Imagine que um franqueado abriu uma unidade do “China in Box”. Para ele, é
disponibilizado um portfólio de marcas que se encaixam nesse segmento e
nessa estrutura; essas marcas só existem no ambiente digital, permitindo ao
franqueado captar receita incremental, tendo em vista que o investimento
original aconteceu no âmbito do China in Box.
Existem alguns pilares estratégicos, definidos pelo Grupo Trigo em 2019 e que
foram acelerados em 2020 diante da pandemia da Covid-19, considerados
essenciais para as adequações das marcas ao atual cenário da franchising,
principalmente no recorte dos restaurantes. Todos os pilares estavam
relacionados ao que o grupo chamava de revolução digital. Confira:
• Revolução digital
• Marcas digitais
• Delivery
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Em 2019, o Grupo Trigo já debatia a ideia de criar negócios que proporcionem
receitas incrementais. Também havia uma prática, iniciada com a Spoleto, de
não utilizar ingredientes industrializados e processados, no que chamamos de
Scratch Kitchens ou cozinhas feitas do zero. Essa é uma tendência no mercado
de gastronomia global.
O Grupo também tinha uma visão clara sobre a importância que os dados
proporcionariam para o negócio. Nesse sentido, foi formatada uma área capaz
de desenvolver ferramentas e mecanismos que permitissem às franquias
aprender sobre os clientes.
“A grande renúncia”
Diante desse contexto, cultura passa a ser um ponto ainda mais importante,
assim como os cuidados com o time por meio da valorização humana e do
fortalecimento de cultura.
Aspectos econômicos
De acordo com Tom Leite, ainda sobre o processo evolutivo do segmento, são
registradas mudanças de poder na cadeia de valor e nas atitudes e
comportamentos dos consumidores. Podemos citar um exemplo dessa
mudança de costumes entre os clientes:
Ainda sobre essa questão das embalagens, a indústria passa a permitir que
produtos que não foram, originalmente, pensados para o delivery, possam ser
entregues aos consumidores sem dados, a exemplo de sorvetes e bebidas
quentes.
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Devemos compreender também que o que leva um cliente a decidir sobre
comprar de uma marca em vez de outra empresa é a percepção de valor que
ele tem acerca da escolhida. A equação de valor dos restaurantes, portanto,
pode ser entendida da seguinte maneira:
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No caso do Spoleto, além de a rede aplicar essa mensuração de tempo, foi feita
uma estruturação para consolidar – em uma mesma plataforma - as avaliações
dos clientes compartilhadas em diferentes canais. Dessa forma, tudo o que é
falado sobre a Spoleto e seus produtos é compartilhado com os times que
compõem a franquia, permitindo que os colaboradores saibam, de forma
aprofundada, as dores, desejos e necessidades dos consumidores, e
principalmente o que eles têm falado a respeito da marca.
• Reclame Aqui
• Fale conosco
• Chat do Ifood
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• WhatsApp
• Avaliação do Ifood
Quando é promovida uma escuta ativa do cliente final, a empresa passa a ter
uma gama de sugestões que podem ser analisadas e até aplicadas nas marcas.
Porém, é necessário ter cuidado com o excesso de solicitações de melhorias.
Por isso, na Spoleto, foi instaurada uma premissa de que os pontos com
reclamações corriqueiras devem passar por melhorias a serem aplicadas nas
unidades franqueadas.
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Adaptação às mudanças de consumo vindas do digital
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“Em 2020, aceleramos a digitalização dos restaurantes físicos da Spoleto para a
captura de dados também no offline, quebrando o paradigma de contato do
cliente com o chef. Aumentamos a capacidade de atendimento de 80 para 150
pessoas por hora, com um feedback muito positivo: os clientes agora dizem que
têm tempo para pensar na hora da montagem dos pratos por meio dos totens
eletrônicos”, detalha Tom Leite.
Ainda de acordo com Leite, hoje, o novo modelo de operação da Spoleto conta
com um atendimento totalmente digital. Até então, novas 100 unidades foram
implantadas em várias regiões brasileiras.
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A empresa percebeu que o cliente que se engaja no programa de fidelidade e
não resgata o cashback, tinha uma frequência média de quase quatro vezes em
um ano. Ele gastou, nesse período, R$ 166,60. O LTV desse cliente era de R$
82,80.
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CONCLUSÃO
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